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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE ENFERMAGEM
MARIANA BASTOS RAMOS
COMUNICACcedilAtildeO NA ASSISTEcircNCIA DO PACIENTE ONCOLOacuteGICO EM
CUIDADOS PALIATIVOS
BELO HORIZONTE
2013
MARIANA BASTOS RAMOS
COMUNICACcedilAtildeO NA ASSISTEcircNCIA DO PACIENTE ONCOLOacuteGICO EM
CUIDADOS PALIATIVOS
Monografia apresentada agrave Universidade
Federal de Minas Gerais como parte das
exigecircncias do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato
Sensu em Assistecircncia de Enfermagem de
Meacutedia e Alta Complexidade para a obtenccedilatildeo
do tiacutetulo de Especialista em Oncologia
Orientadora Prof Dra Meacutercia HFCunha
BELO HORIZONTE
2013
Ficha de identificaccedilatildeo da obra elaborada pelo autor atraveacutes do
Programa de Geraccedilatildeo Automaacutetica da Biblioteca Universitaacuteria da UFMG
Ramos Mariana Bastos
Comunicaccedilatildeo na assistecircncia do paciente oncoloacutegico em
cuidados paliativos [manuscrito] Mariana Bastos Ramos -
2013
45 f
Orientadora Meacutercia Heloiacutesa Ferreira Cunha
Monografia apresentada ao curso de Especializaccedilatildeo em
Assistecircncia de Enfermagem de Media e Alta Complexidade -
Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Oncologia
1Comunicaccedilatildeo 2Enfermagem Oncoloacutegica 3Cuidados
Paliativos ICunha Meacutercia Heloiacutesa Ferreira IIUniversidade
Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem IIITiacutetulo
RESUMO
Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que
apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em
cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo
dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme
os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes
anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar
direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma
estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico
Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma
assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente
oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes
Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica
ABSTRACT
This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence
of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care
The study was guided by the integrative review method to select the articles used three
databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we
obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed
that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care
highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering
experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a
humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting
improved quality of life of these patients
Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing
SUMAacuteRIO
1INTRODUCcedilAtildeO09
2 OBJETIVO 13
3 REVISAtildeO DA LITERATURA14
31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14
32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17
33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18
34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19
4 MEacuteTODO 20
41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20
42 Revisatildeo Integrativa21
5 PERCURSO METODOLOGICO24
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24
52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25
6 RESULTADOS28
7 DISCUSSAtildeO32
71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de
Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32
72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33
73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a
Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37
REFEREcircNCIAS38
APENDICE44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
MARIANA BASTOS RAMOS
COMUNICACcedilAtildeO NA ASSISTEcircNCIA DO PACIENTE ONCOLOacuteGICO EM
CUIDADOS PALIATIVOS
Monografia apresentada agrave Universidade
Federal de Minas Gerais como parte das
exigecircncias do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato
Sensu em Assistecircncia de Enfermagem de
Meacutedia e Alta Complexidade para a obtenccedilatildeo
do tiacutetulo de Especialista em Oncologia
Orientadora Prof Dra Meacutercia HFCunha
BELO HORIZONTE
2013
Ficha de identificaccedilatildeo da obra elaborada pelo autor atraveacutes do
Programa de Geraccedilatildeo Automaacutetica da Biblioteca Universitaacuteria da UFMG
Ramos Mariana Bastos
Comunicaccedilatildeo na assistecircncia do paciente oncoloacutegico em
cuidados paliativos [manuscrito] Mariana Bastos Ramos -
2013
45 f
Orientadora Meacutercia Heloiacutesa Ferreira Cunha
Monografia apresentada ao curso de Especializaccedilatildeo em
Assistecircncia de Enfermagem de Media e Alta Complexidade -
Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Oncologia
1Comunicaccedilatildeo 2Enfermagem Oncoloacutegica 3Cuidados
Paliativos ICunha Meacutercia Heloiacutesa Ferreira IIUniversidade
Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem IIITiacutetulo
RESUMO
Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que
apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em
cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo
dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme
os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes
anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar
direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma
estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico
Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma
assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente
oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes
Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica
ABSTRACT
This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence
of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care
The study was guided by the integrative review method to select the articles used three
databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we
obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed
that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care
highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering
experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a
humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting
improved quality of life of these patients
Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing
SUMAacuteRIO
1INTRODUCcedilAtildeO09
2 OBJETIVO 13
3 REVISAtildeO DA LITERATURA14
31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14
32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17
33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18
34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19
4 MEacuteTODO 20
41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20
42 Revisatildeo Integrativa21
5 PERCURSO METODOLOGICO24
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24
52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25
6 RESULTADOS28
7 DISCUSSAtildeO32
71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de
Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32
72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33
73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a
Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37
REFEREcircNCIAS38
APENDICE44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
Ficha de identificaccedilatildeo da obra elaborada pelo autor atraveacutes do
Programa de Geraccedilatildeo Automaacutetica da Biblioteca Universitaacuteria da UFMG
Ramos Mariana Bastos
Comunicaccedilatildeo na assistecircncia do paciente oncoloacutegico em
cuidados paliativos [manuscrito] Mariana Bastos Ramos -
2013
45 f
Orientadora Meacutercia Heloiacutesa Ferreira Cunha
Monografia apresentada ao curso de Especializaccedilatildeo em
Assistecircncia de Enfermagem de Media e Alta Complexidade -
Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Oncologia
1Comunicaccedilatildeo 2Enfermagem Oncoloacutegica 3Cuidados
Paliativos ICunha Meacutercia Heloiacutesa Ferreira IIUniversidade
Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem IIITiacutetulo
RESUMO
Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que
apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em
cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo
dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme
os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes
anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar
direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma
estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico
Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma
assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente
oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes
Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica
ABSTRACT
This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence
of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care
The study was guided by the integrative review method to select the articles used three
databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we
obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed
that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care
highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering
experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a
humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting
improved quality of life of these patients
Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing
SUMAacuteRIO
1INTRODUCcedilAtildeO09
2 OBJETIVO 13
3 REVISAtildeO DA LITERATURA14
31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14
32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17
33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18
34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19
4 MEacuteTODO 20
41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20
42 Revisatildeo Integrativa21
5 PERCURSO METODOLOGICO24
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24
52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25
6 RESULTADOS28
7 DISCUSSAtildeO32
71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de
Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32
72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33
73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a
Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37
REFEREcircNCIAS38
APENDICE44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
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pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
RESUMO
Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que
apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em
cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo
dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme
os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes
anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar
direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma
estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico
Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma
assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente
oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes
Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica
ABSTRACT
This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence
of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care
The study was guided by the integrative review method to select the articles used three
databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we
obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed
that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care
highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering
experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a
humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting
improved quality of life of these patients
Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing
SUMAacuteRIO
1INTRODUCcedilAtildeO09
2 OBJETIVO 13
3 REVISAtildeO DA LITERATURA14
31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14
32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17
33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18
34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19
4 MEacuteTODO 20
41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20
42 Revisatildeo Integrativa21
5 PERCURSO METODOLOGICO24
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24
52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25
6 RESULTADOS28
7 DISCUSSAtildeO32
71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de
Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32
72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33
73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a
Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37
REFEREcircNCIAS38
APENDICE44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
ABSTRACT
This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence
of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care
The study was guided by the integrative review method to select the articles used three
databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we
obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed
that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care
highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering
experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a
humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting
improved quality of life of these patients
Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing
SUMAacuteRIO
1INTRODUCcedilAtildeO09
2 OBJETIVO 13
3 REVISAtildeO DA LITERATURA14
31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14
32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17
33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18
34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19
4 MEacuteTODO 20
41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20
42 Revisatildeo Integrativa21
5 PERCURSO METODOLOGICO24
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24
52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25
6 RESULTADOS28
7 DISCUSSAtildeO32
71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de
Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32
72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33
73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a
Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37
REFEREcircNCIAS38
APENDICE44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
SUMAacuteRIO
1INTRODUCcedilAtildeO09
2 OBJETIVO 13
3 REVISAtildeO DA LITERATURA14
31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14
32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17
33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18
34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19
4 MEacuteTODO 20
41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20
42 Revisatildeo Integrativa21
5 PERCURSO METODOLOGICO24
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24
52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25
6 RESULTADOS28
7 DISCUSSAtildeO32
71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de
Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32
72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33
73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a
Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37
REFEREcircNCIAS38
APENDICE44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos
PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia
AHRQ- Agency for healthcare research and quality
BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede
BDENF- Banco de dados em enfermagem
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
9
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas
uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27
milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido
ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente
518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos
de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila
Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo
coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do
uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para
o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)
O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a
populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da
famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para
se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)
Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o
surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos
procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o
transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos
(BORGES et al 2006)
Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de
forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao
prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo
de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo
neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que
possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas
necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas
presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo
(DINIZ et al 2006)
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
10
O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade
de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem
poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar
controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano
da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e
reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber
valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o
outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em
cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na
doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares
(PIMENTA 2010)
A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a
dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na
relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao
indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de
enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o
profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias
sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo
sincero (BROCA FERREIRA 2012)
Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute
tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do
profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o
enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos
diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve
ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da
comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees
e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS
2007)
A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude
mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas
necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
11
de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a
comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve
ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)
A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos
intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de
aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado
de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a
enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de
confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)
A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal
fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos
natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute
neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente
humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida
(PIMENTA 2010)
No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar
vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade
incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor
medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de
pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo
e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)
Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que
fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no
cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto
cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja
prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades
de cada paciente individualmente (MORAES 2009)
A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional
composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta
ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
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pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
12
paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente
(PESSINI BERTACHINI 2006)
O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes
portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica
apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada
da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento
curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica
(BOEMER 2009)
Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o
paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO
RAMOS 2008)
Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo
haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais
necessidades de cada indiviacuteduo
Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto
para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional
Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
13
2 OBJETIVO
Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o
paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
14
3 REVISAtildeO DA LITERATURA
31 Histoacuteria do cuidado paliativo
O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely
Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939
iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou
os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter
a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957
ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase
terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para
ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)
Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor
psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher
Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres
(VIDAL TORRES 2006)
O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice
Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade
terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em
internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de
meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a
possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute
fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa
independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)
O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de
controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico
onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo
(VIDAL TORRES 2006)
Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas
de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de
cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira
definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
15
Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro
da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de
2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida
em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados
paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do
hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os
pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de
sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o
movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e
uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em
diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em
Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)
Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a
partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento
(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos
cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao
exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao
Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro
serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente
em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes
foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo
Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de
oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO
2009)
Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que
visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo
ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como
processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos
espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o
paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um
sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto
oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
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pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
16
vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA
NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)
Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica
pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um
sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a
pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades
sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O
enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da
pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela
de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando
todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI
BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados
no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua
vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo
podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim
um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os
cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o
objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos
sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em
doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da
doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al
2010)
As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas
sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos
(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III
sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada
possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em
internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir
atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de
desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos
(MACIEL et al 2006)
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
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pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados
paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008
SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
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43
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literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
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VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
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WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
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the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
17
32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo
Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do
sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de
um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza
saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo
importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)
O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para
que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O
paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na
qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e
nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)
Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste
momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria
caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO
2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo
do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte
digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se
em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo
o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande
preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o
desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-
se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a
porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes
dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente
resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de
sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real
ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor
meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores
(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a
respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o
objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante
atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998
43
URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
18
33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo
Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia
principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa
comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma
relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)
O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio
diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem
estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom
entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem
de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a
respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser
fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)
A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo
presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser
utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a
comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI
2012)
O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na
comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel
agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua
duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um
procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para
transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)
A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos
corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo
aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal
incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
19
34 Depressatildeo e cuidado paliativo
A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma
siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo
muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes
oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O
tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no
paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto
emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com
maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)
A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes
ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados
para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere
negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que
possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de
relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas
depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO
FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes
oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado
estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como
falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)
Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a
presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer
avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da
dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com
depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes
com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de
risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila
da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros
(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
20
4 MEacuteTODO
41 Praacuteticas baseada em evidecircncias
A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para
a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)
Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de
estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO
2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em
evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a
evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um
procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se
que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e
intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de
eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)
A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e
identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor
avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na
elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO
2008)
A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da
assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute
representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O
ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da
pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada
facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas
de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de
informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa
(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
21
42 Revisatildeo integrativa
A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o
passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de
um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas
relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica
(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e
resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo
eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos
estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo
ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma
pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais
podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos
propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas
metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo
de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema
resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de
estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui
tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente
sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa
consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com
delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos
estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de
pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa
anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos
sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO
CUNHA MACEDO 2011)
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta
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POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo
integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta
Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
22
O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo
aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os
criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES
SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as
informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa
Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso
dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)
Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de
cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A
anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos
estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha
ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA
GALVAtildeO 2008)
A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor
que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede
(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e
apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa
Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi
Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das
evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da
Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A
classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos
estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3
estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e
poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa
descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados
obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades
respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas
Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos
estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica
(GALVAtildeO 2006)
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
23
QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia
Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia
E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV
E2 Betcher (2010) Enfermagem V
E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV
E4 Bushinski RL Cummings
KM (2007)
Enfermagem
III
E5 Dale C (2006) Enfermagem IV
E6 Irma et al (2007)
Enfermagem
IV
E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I
E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV
E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
24
5 PERCURSO METODOLOacuteGICO
51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos
Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas
identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta
norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo
dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se
necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes
oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados
paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de
aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o
efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse
questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por
considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas
apresentam diversas necessidades de cuidados
O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da
Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os
artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-
ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-
ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-
ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados
paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma
combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de
dados
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
25
52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo
Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes
criteacuterios
Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente
oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a
comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs
Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam
cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
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care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
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the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
26
QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees
identificadas
Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees
Identificadas
Somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$)
17
MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR
Comunicacioacuten OR Communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND
(MH H02478$ OR Enfermagem OR
Enfermeriacutea OR Nursing)
838
MEDLINE
Assunto principal
comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR
comunicacioacuten OR communication) AND
(Cuidados Paliativos OR Palliative Care
OR Cuidados Paliativos na Terminalidade
da Vida OR Cuidados Paliativos al Final
de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh
h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea
OR nursing) AND db(MEDLINE) AND
mj(Comunicaccedilatildeo)
95
Somente base
LILACS
(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$
AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR
nurs$))
53
Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013
Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na
BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE
realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias
totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os
artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
REFEREcircNCIAS
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ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da Estrateacutegias de
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
27
por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma
amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos
por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos
foi agrave seguinte
1deg Estrateacutegia- MEDLINE
(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)
2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo
(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR
Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la
Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND
db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)
3deg Estrateacutegia- somente base LILACS
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
4deg Estrateacutegia- somente base BDENF
(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))
Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)
contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia
cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram
incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
28
6 RESULTADOS
Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter
uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9
QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo
perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero
IDENTIFI
CACcedilAtildeO
DO
ESTUDO
TIacuteTULO PERIOacuteDICO
ANO DE
PUBLICA
CcedilAtildeO
VN
E1
A comunicaccedilatildeo com o paciente em
cuidados paliativos valorizando a alegria e
o otimismo
Rev Esc
Enferm USP 2007
41
4
E2
Elephant in the room project improving
caring efficacy through effective and
compassionate communication with
palliative care patients
Medsurg Nurs
2010 19
2
E3 Effective communication in palliative care
Nurs Stand
2005 20
13
E4
Practices of effective end-of-life
communication between nurses and
patientsfamilies in two re settings
Creat Nurs
2007 -3
E5 Communication in palliative care
Nurs Stand
2006 20
45
E6 Nurse-patient communication in cancer
care A review of the literature Cancer Nurs 2000
23
1
E7
Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing
nurses communication skills with
cancerpalliative care patients a
randomised controlled trial
Palliat Med
2008 22
E8
Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por
profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave
pacientes sob cuidados paliativos
Rev Esc
Enferm USP
2012 46
3
E9
O conhecimento de estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo
emocional em cuidados paliativos
Texto amp
Contexto
enferm
2012 21
1
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
29
Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma
encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os
artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico
sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012
Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico
obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras
encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia
de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o
paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos
QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra
Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo
E1 Identificar as
expectativas de
pacientes que
vivenciam
os cuidados
paliativos
relacionadas agrave
comunicaccedilatildeo
com a equipe de
enfermagem
Os pacientes
entrevistados
destacam a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo e do
relacionamento
interpessoal no
momento da
terminalidade e
reafirmam o desejo
de conversar natildeo
apenas sobre a
doenccedila
O relacionamento
interpessoal com os
pacientes sob
cuidados paliativos
mostrou-se de
grande relevacircncia
A comunicaccedilatildeo
obteve um papel de
destaque no
processo de morrer
Estudo exploratoacuterio
e descritivo com
abordagem
qualitativa
E2 Apresentaccedilatildeo de
um projeto
implantado em um
hospital nos
Estados Unidos
com o objetivo de
tornar a
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros eficaz
com os pacientes
sob cuidados
paliativos
Nota-se que os
enfermeiros elevam
o niacutevel de confianccedila
do paciente atraveacutes
da comunicaccedilatildeo
eficaz
A comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativos
eacute essencial
Estudo qualitativo
E3 Analisar o processo
de comunicaccedilatildeo em
cuidados paliativos
O profissional que
apresenta
habilidade de
comunicaccedilatildeo pode
contribuir no aliacutevio
A comunicaccedilatildeo eacute o
instrumento pelo
qual acontece o
relacionamento
estudoduplo-cego
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
30
do sofrimento do
paciente
interpessoal
E4 Analisar a
utilizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo pelos
enfermeiros aos
pacientes sob
cuidados paliativos
Os enfermeiros do
estudo consideram
a estrateacutegia de
comunicaccedilatildeo
eficaz a confianccedila
foi identificada
como um
componente
relevante em um
relacionamento
entre o profissional
e o paciente
Necessita-se de
mais estudos
relacionado a
comunicaccedilatildeo ao
paciente sob
cuidados paliativo e
de participaccedilatildeo dos
enfermeiros em
cursos especiacuteficos
Estudo qualitativo
E5 Discutir barreiras
encontradas na
comunicaccedilatildeo com
paciente sob
cuidados paliativos
A comunicaccedilatildeo
pode transmitir
informaccedilotildees ao
paciente como
tambeacutem servir de
apoio ao paciente e
seus familiares
Enfermeiro tem a
responsabilidade de
transmitir confianccedila
ao paciente
permitindo assim
uma comunicaccedilatildeo
adequada
Revisatildeo de
literatura
E6 Obter
conhecimento a
respeito de
atividades
realizadas com o
paciente
oncoloacutegico
Relacionamentos
entre o paciente e o
profissional geram
impacto positivo no
bem estar do
paciente atraveacutes da
comunicaccedilatildeo pode-
se identificar a real
necessidade do
paciente
A utilizaccedilatildeo de
instrumentos
comunicativos
desempenham um
papel importante no
paciente
oncoloacutegico
Estudo qualitativo
E7 Avaliar a eficaacutecia
de um curso de
habilidade de
comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros
Houve mudanccedila no
niacutevel de confianccedila
na comunicaccedilatildeo dos
enfermeiros com os
pacientes
Os enfermeiros que
fizeram o curso
tiveram evidecircncias
eficazes na
comunicaccedilatildeo com
pacientes em
cuidados paliativos
proporcionando o
aliacutevio do
sofrimento
Randomizado
controlado
E8 Investigar se
profissionais de
sauacutede
que trabalham ou
tecircm contato
frequumlente
com pacientes sob
cuidados paliativos
valorizam a
comunicaccedilatildeo
interpessoal no
contexto da
Os profissionais
enfatizaram a
importacircncia da
comunicaccedilatildeo ao
paciente sem
possibilidade de
cura
Os profissionais
devem utilizar de
uma comunicaccedilatildeo
eficaz uma vez que
as necessidades datildeo
identificadas
atraveacutes da
comunicaccedilatildeo
Estudo de campo
multicecircntrico
descritivo
exploratoacuterio e
transversal com
abordagem
quantitativa
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
31
terminalidade
E9 Identificar o
conhecimento e a
utilizaccedilatildeo
das estrateacutegias
comunicacionais
pelos profissionais
de sauacutede no
cuidado emocional
de pacientes
sob cuidados
paliativos
Evidenciou-se que
profissionais com
capacitaccedilatildeo
paliativista
possuem melhor
desempenho
comunicacional
com o paciente
Os profissionais
participantes do
estudo apresentam
conhecimento
insatisfatoacuterio em
relaccedilatildeo agrave
comunicaccedilatildeo para
suporte emocional
de pacientes sob
cuidados paliativos
Trata-se de um
estudo descritivo
exploratoacuterio
transversal e de
campo com
abordagem
quantitativa
Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em
relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente
oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo
e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila
com o profissional
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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43
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World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
32
7 DISCUSSAtildeO
71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de
sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos
O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim
da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a
isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores
sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a
experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional
valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta
maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente
energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma
comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo
espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um
bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo
paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele
tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele
pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto
e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de
relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante
transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber
reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento
fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente
De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de
sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de
forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente
traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede
transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
33
72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal
Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa
atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do
paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio
destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar
Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por
sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz
postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que
o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando
transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo
que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que
o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de
enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem
sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus
sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente
e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do
paciente
Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande
importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)
(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)
Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo
de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute
sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e
energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)
A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao
paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que
compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila
seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que
haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos
pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
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44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
34
73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos
cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem
Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que
podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O
indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um
aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva
no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um
apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos
De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada
pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode
contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o
paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro
e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a
comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e
preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo
dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes
encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares
ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo
no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no
paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio
tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas
preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)
Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo
permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim
os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo
sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o
profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma
relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma
melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
REFEREcircNCIAS
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World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
35
a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute
apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos
Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo
com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional
Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute
importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto
teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de
confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente
oncoloacutegico
Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em
cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns
aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a
respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem
uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior
confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo
tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel
identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos
sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por
enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado
geral e emocional
A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte
emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e
afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para
um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que
possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de
apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e
seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando
eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo
Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo
adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
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FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica
Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao
paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011
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Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010
FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados
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INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro
Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de
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JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no
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41
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na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de
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PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do
trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010
POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo
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RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na
aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012
42
RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004
Cap 1
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atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
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43
URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
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World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
36
necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede
contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute
um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem
deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e
solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer
um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo
Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente
entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo
realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
enferm
agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
38
REFEREcircNCIAS
ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS Manual de cuidados paliativos
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Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
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WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
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World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
37
8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo
experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico
de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento
vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor
seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente
e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da
comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel
e fraacutegil
Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido
escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de
cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento
deste paciente
A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu
para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos
nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da
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agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os
pacientes oncoloacutegicos e seus familiares
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Pretov6 n2 17-22p 1998
ALVES Vanessa Souza et al Conhecimento de Profissionais da Enfermagem sobre Fatores
que Agravam e Aliviam a Dor Oncoloacutegica Revista Brasileira de Cancerologia Maceioacute
(AL) v 57 n 2 199-206 p 2011
ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da A comunicaccedilatildeo com o
paciente em cuidados paliativos valorizando a alegria e o otimismo Rev Esc Enferm Usp
Satildeo Paulo v 41 n 4 668-674 p 2007
ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da Estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo utilizadas por profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave pacientes sob cuidados
paliativos Rev Esc Enferm Usp Satildeo Paulo v 46 n 3 626-632 p 2012
ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da O conhecimento de
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo emocional em cuidados Texto
Contexto Enferm Florianoacutepolis v 21 n 1 121-129 p 2012
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Cuidados paliativos
oncoloacutegicos controle de sintomas Rio de Janeiro INCA 130p 2001
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Joseacute Alencar Gomes da Silva
Estimativa 2012 incidecircncia de cacircncer no Brasil Rio de Janeiro INCA 118p 2011
Berlo DK O processo da comunicaccedilatildeo introduccedilatildeo agrave teoria e agrave praacutetica 10ordf ed Satildeo Paulo
Martins Fontes 2003
39
BETCHER Denise KElephant in the room project improving caring efficacy through
effective and compassionate communication with palliative care patients Medsurg
Nursing v 19 n 2 101-105 p 2010
BOEMER M R Sobre cuidados paliativos Rev Esc Enferm Satildeo Paulo v 43 n 3 500-
501 p 2009
BORGES et al Percepccedilatildeo da morte pelo paciente oncoloacutegico ao longo do
desenvolvimento Psicologia em Estudo Maringaacute v 11 n 2 362-369 p 2006
BOTELHO Louise Lira Roedel CUNHA Cristiano Castro de Almeida MACEDO
Marcelo O meacutetodo da revisatildeo integrativa nos estudos organizacionais Gestatildeo e
Sociedade Belo Horizonte v 5 n 11 122-136 p 2011
BOTTINO S M B FRAGUAacuteS R GATTAZ W F Depressatildeo e cacircncer Rev Psiq Cliacuten
Satildeo Paulo v 36 n 3 110-115 p 2009
BROCA Priscilla Valladares FERREIRA Maacutercia de Assunccedilatildeo Equipe de enfermagem e
comunicaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Revista Brasileira de
Enfermagem Brasilia v 65 n 1 97-103 p 2012
BUSHINSKI Hobvii L CUMMINGS Kathleen M Practices of Effective End-of-Life
Communication between Nurses and PatientsFamilies in Two Care Settings Creative
Nursing n 3 9-12 p 2007
CRUZ Dinaacute de Almeida Lopes Monteiro da PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos
Praacutetica baseada em evidecircncias aplicada ao raciociacutenio diagnoacutestico Rev Latino-am
Enfermagem Satildeo Paulo v 13 n 3 415-422 p 2005
DALE Charlotte Communication in palliative care Nursing Standard v 20 v 45 55 p
2006
DINIZ Renata Wanderley et al O conhecimento do diagnoacutestico do cacircncer natildeo leva agrave
depressatildeo em pacientes sob cuidados paliativos Rev Assoc Med Bras Satildeo Caetano do Sul
ndashSP v 52 n 5 298-303 p 2006
40
DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem
baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem
Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003
DUNE Kathleen Effective communication in palliative care Nunrsing Standard v 20 n
13 57-64 p 2005
ELLINGTON Lee et al Hospice Nurse Communication with Patients with Cancer and
their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012
FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes
oncoloacutegicos hospitalizados prevalecircncia e fatores associados Rev Assoc Med Bras
Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010
FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica
Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao
paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011
FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica
Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010
FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados
Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de
enfermagem Revista Brasileira de Cancerologia Rio de Janeiro v51 v4 51-54 p 2005
GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre
profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista
da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003
GALVAtildeO C M Niacuteveis de Evidecircncias Acta Paul Enferm v19 n 2 5-5 p 2006
INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro
Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de
enfermagem Rev Esc Enferm UspSatildeo Paulo v 39 n 4 423-429 p 2005
JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no
Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008
41
MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no
Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p
2006
MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO
Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de
evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4
758-764 p 2008
MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O
Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009
PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de
cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am
Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012
PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta
BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006
PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica
na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de
Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011
PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do
trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010
POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo
integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta
Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009
PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa
Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista
Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008
RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na
aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012
42
RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004
Cap 1
RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade
ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009
RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira
com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio
de Janeiro v18 n186-91 p 2010
SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE
Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and
evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007
SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados
paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008
SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998
43
URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
38
REFEREcircNCIAS
ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS Manual de cuidados paliativos
Rio de Janeiro Diagraphic 320p 2009
ACQUA Magda Cristina Queiroz Dell ARAUacuteJO Vilanice Alves de SILVA Maria Juacutelia
Paes da Toque qual o uso atual pelo enfermeiro Rev Latino-amenfermagem Ribeiratildeo
Pretov6 n2 17-22p 1998
ALVES Vanessa Souza et al Conhecimento de Profissionais da Enfermagem sobre Fatores
que Agravam e Aliviam a Dor Oncoloacutegica Revista Brasileira de Cancerologia Maceioacute
(AL) v 57 n 2 199-206 p 2011
ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da A comunicaccedilatildeo com o
paciente em cuidados paliativos valorizando a alegria e o otimismo Rev Esc Enferm Usp
Satildeo Paulo v 41 n 4 668-674 p 2007
ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da Estrateacutegias de
comunicaccedilatildeo utilizadas por profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave pacientes sob cuidados
paliativos Rev Esc Enferm Usp Satildeo Paulo v 46 n 3 626-632 p 2012
ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da O conhecimento de
estrateacutegias de comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo emocional em cuidados Texto
Contexto Enferm Florianoacutepolis v 21 n 1 121-129 p 2012
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Cuidados paliativos
oncoloacutegicos controle de sintomas Rio de Janeiro INCA 130p 2001
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Joseacute Alencar Gomes da Silva
Estimativa 2012 incidecircncia de cacircncer no Brasil Rio de Janeiro INCA 118p 2011
Berlo DK O processo da comunicaccedilatildeo introduccedilatildeo agrave teoria e agrave praacutetica 10ordf ed Satildeo Paulo
Martins Fontes 2003
39
BETCHER Denise KElephant in the room project improving caring efficacy through
effective and compassionate communication with palliative care patients Medsurg
Nursing v 19 n 2 101-105 p 2010
BOEMER M R Sobre cuidados paliativos Rev Esc Enferm Satildeo Paulo v 43 n 3 500-
501 p 2009
BORGES et al Percepccedilatildeo da morte pelo paciente oncoloacutegico ao longo do
desenvolvimento Psicologia em Estudo Maringaacute v 11 n 2 362-369 p 2006
BOTELHO Louise Lira Roedel CUNHA Cristiano Castro de Almeida MACEDO
Marcelo O meacutetodo da revisatildeo integrativa nos estudos organizacionais Gestatildeo e
Sociedade Belo Horizonte v 5 n 11 122-136 p 2011
BOTTINO S M B FRAGUAacuteS R GATTAZ W F Depressatildeo e cacircncer Rev Psiq Cliacuten
Satildeo Paulo v 36 n 3 110-115 p 2009
BROCA Priscilla Valladares FERREIRA Maacutercia de Assunccedilatildeo Equipe de enfermagem e
comunicaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Revista Brasileira de
Enfermagem Brasilia v 65 n 1 97-103 p 2012
BUSHINSKI Hobvii L CUMMINGS Kathleen M Practices of Effective End-of-Life
Communication between Nurses and PatientsFamilies in Two Care Settings Creative
Nursing n 3 9-12 p 2007
CRUZ Dinaacute de Almeida Lopes Monteiro da PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos
Praacutetica baseada em evidecircncias aplicada ao raciociacutenio diagnoacutestico Rev Latino-am
Enfermagem Satildeo Paulo v 13 n 3 415-422 p 2005
DALE Charlotte Communication in palliative care Nursing Standard v 20 v 45 55 p
2006
DINIZ Renata Wanderley et al O conhecimento do diagnoacutestico do cacircncer natildeo leva agrave
depressatildeo em pacientes sob cuidados paliativos Rev Assoc Med Bras Satildeo Caetano do Sul
ndashSP v 52 n 5 298-303 p 2006
40
DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem
baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem
Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003
DUNE Kathleen Effective communication in palliative care Nunrsing Standard v 20 n
13 57-64 p 2005
ELLINGTON Lee et al Hospice Nurse Communication with Patients with Cancer and
their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012
FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes
oncoloacutegicos hospitalizados prevalecircncia e fatores associados Rev Assoc Med Bras
Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010
FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica
Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao
paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011
FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica
Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010
FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados
Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de
enfermagem Revista Brasileira de Cancerologia Rio de Janeiro v51 v4 51-54 p 2005
GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre
profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista
da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003
GALVAtildeO C M Niacuteveis de Evidecircncias Acta Paul Enferm v19 n 2 5-5 p 2006
INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro
Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de
enfermagem Rev Esc Enferm UspSatildeo Paulo v 39 n 4 423-429 p 2005
JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no
Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008
41
MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no
Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p
2006
MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO
Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de
evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4
758-764 p 2008
MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O
Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009
PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de
cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am
Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012
PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta
BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006
PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica
na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de
Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011
PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do
trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010
POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo
integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta
Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009
PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa
Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista
Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008
RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na
aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012
42
RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004
Cap 1
RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade
ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009
RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira
com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio
de Janeiro v18 n186-91 p 2010
SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE
Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and
evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007
SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados
paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008
SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998
43
URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
39
BETCHER Denise KElephant in the room project improving caring efficacy through
effective and compassionate communication with palliative care patients Medsurg
Nursing v 19 n 2 101-105 p 2010
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CRUZ Dinaacute de Almeida Lopes Monteiro da PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos
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2006
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40
DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem
baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem
Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003
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13 57-64 p 2005
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their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012
FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes
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Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010
FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica
Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao
paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011
FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica
Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010
FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados
Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de
enfermagem Revista Brasileira de Cancerologia Rio de Janeiro v51 v4 51-54 p 2005
GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre
profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista
da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003
GALVAtildeO C M Niacuteveis de Evidecircncias Acta Paul Enferm v19 n 2 5-5 p 2006
INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro
Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de
enfermagem Rev Esc Enferm UspSatildeo Paulo v 39 n 4 423-429 p 2005
JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no
Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008
41
MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no
Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p
2006
MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO
Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de
evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4
758-764 p 2008
MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O
Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009
PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de
cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am
Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012
PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta
BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006
PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica
na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de
Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011
PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do
trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010
POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo
integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta
Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009
PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa
Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista
Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008
RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na
aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012
42
RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004
Cap 1
RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade
ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009
RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira
com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio
de Janeiro v18 n186-91 p 2010
SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE
Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and
evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007
SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados
paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008
SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998
43
URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
40
DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem
baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem
Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003
DUNE Kathleen Effective communication in palliative care Nunrsing Standard v 20 n
13 57-64 p 2005
ELLINGTON Lee et al Hospice Nurse Communication with Patients with Cancer and
their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012
FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes
oncoloacutegicos hospitalizados prevalecircncia e fatores associados Rev Assoc Med Bras
Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010
FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica
Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao
paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011
FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica
Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010
FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados
Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de
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GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre
profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista
da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003
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Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de
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JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no
Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008
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MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no
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2006
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Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de
evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4
758-764 p 2008
MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O
Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009
PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de
cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am
Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012
PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta
BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006
PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica
na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de
Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011
PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do
trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010
POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo
integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta
Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009
PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa
Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista
Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008
RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na
aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012
42
RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004
Cap 1
RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade
ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009
RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira
com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio
de Janeiro v18 n186-91 p 2010
SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE
Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and
evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007
SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados
paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008
SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998
43
URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
41
MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no
Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p
2006
MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO
Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de
evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4
758-764 p 2008
MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O
Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009
PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de
cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am
Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012
PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta
BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006
PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica
na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de
Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011
PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do
trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010
POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo
integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta
Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009
PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa
Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista
Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008
RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na
aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012
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RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004
Cap 1
RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade
ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009
RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira
com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio
de Janeiro v18 n186-91 p 2010
SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE
Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and
evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007
SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados
paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008
SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998
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URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
42
RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004
Cap 1
RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade
ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009
RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira
com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio
de Janeiro v18 n186-91 p 2010
SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE
Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and
evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007
SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados
paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008
SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A
importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua
atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010
SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos
oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de
Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006
SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e
adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013
SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo
1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010
Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing
service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998
43
URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
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URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da
literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto
da Universidade de Satildeo Paulo
VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados
Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006
WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo
da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p
2010
WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day
communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative
care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008
World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and
the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p
World Health OrganizationDefinition of palliative care2002
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
44
Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados
A Identificaccedilatildeo
Tiacutetulo do artigo
Tiacutetulo do perioacutedico
Autores
Paiacutes
Idioma
Ano de publicaccedilatildeo
B Instituiccedilatildeo sede do estudo
Hospital Universidade
Centro de pesquisa
Instituiccedilatildeo uacutenica
Pesquisa multicecircntrica
Outras instituiccedilotildees
Natildeo identifica o local
C Tipo de publicaccedilatildeo
Publicaccedilatildeo de enfermagem
Publicaccedilatildeo meacutedica
Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual
D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo
1 Tipo de publicaccedilatildeo
11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________
2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo
3 Amostra
31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005
45
Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos
4 Tratamento dos dados
5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo
da intervenccedilatildeo
6 Resultados
7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia
8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores
9 Niacutevel de evidecircncia
E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico
Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica
URSI 2005