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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM MARIANA BASTOS RAMOS COMUNICAÇÃO NA ASSISTÊNCIA DO PACIENTE ONCOLÓGICO EM CUIDADOS PALIATIVOS BELO HORIZONTE 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENFERMAGEM

MARIANA BASTOS RAMOS

COMUNICACcedilAtildeO NA ASSISTEcircNCIA DO PACIENTE ONCOLOacuteGICO EM

CUIDADOS PALIATIVOS

BELO HORIZONTE

2013

MARIANA BASTOS RAMOS

COMUNICACcedilAtildeO NA ASSISTEcircNCIA DO PACIENTE ONCOLOacuteGICO EM

CUIDADOS PALIATIVOS

Monografia apresentada agrave Universidade

Federal de Minas Gerais como parte das

exigecircncias do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato

Sensu em Assistecircncia de Enfermagem de

Meacutedia e Alta Complexidade para a obtenccedilatildeo

do tiacutetulo de Especialista em Oncologia

Orientadora Prof Dra Meacutercia HFCunha

BELO HORIZONTE

2013

Ficha de identificaccedilatildeo da obra elaborada pelo autor atraveacutes do

Programa de Geraccedilatildeo Automaacutetica da Biblioteca Universitaacuteria da UFMG

Ramos Mariana Bastos

Comunicaccedilatildeo na assistecircncia do paciente oncoloacutegico em

cuidados paliativos [manuscrito] Mariana Bastos Ramos -

2013

45 f

Orientadora Meacutercia Heloiacutesa Ferreira Cunha

Monografia apresentada ao curso de Especializaccedilatildeo em

Assistecircncia de Enfermagem de Media e Alta Complexidade -

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Oncologia

1Comunicaccedilatildeo 2Enfermagem Oncoloacutegica 3Cuidados

Paliativos ICunha Meacutercia Heloiacutesa Ferreira IIUniversidade

Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem IIITiacutetulo

RESUMO

Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que

apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em

cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo

dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme

os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes

anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar

direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma

estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico

Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma

assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente

oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes

Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica

ABSTRACT

This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence

of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care

The study was guided by the integrative review method to select the articles used three

databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we

obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed

that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care

highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering

experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a

humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting

improved quality of life of these patients

Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing

SUMAacuteRIO

1INTRODUCcedilAtildeO09

2 OBJETIVO 13

3 REVISAtildeO DA LITERATURA14

31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14

32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17

33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18

34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19

4 MEacuteTODO 20

41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20

42 Revisatildeo Integrativa21

5 PERCURSO METODOLOGICO24

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24

52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25

6 RESULTADOS28

7 DISCUSSAtildeO32

71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de

Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32

72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33

73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a

Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37

REFEREcircNCIAS38

APENDICE44

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

MARIANA BASTOS RAMOS

COMUNICACcedilAtildeO NA ASSISTEcircNCIA DO PACIENTE ONCOLOacuteGICO EM

CUIDADOS PALIATIVOS

Monografia apresentada agrave Universidade

Federal de Minas Gerais como parte das

exigecircncias do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato

Sensu em Assistecircncia de Enfermagem de

Meacutedia e Alta Complexidade para a obtenccedilatildeo

do tiacutetulo de Especialista em Oncologia

Orientadora Prof Dra Meacutercia HFCunha

BELO HORIZONTE

2013

Ficha de identificaccedilatildeo da obra elaborada pelo autor atraveacutes do

Programa de Geraccedilatildeo Automaacutetica da Biblioteca Universitaacuteria da UFMG

Ramos Mariana Bastos

Comunicaccedilatildeo na assistecircncia do paciente oncoloacutegico em

cuidados paliativos [manuscrito] Mariana Bastos Ramos -

2013

45 f

Orientadora Meacutercia Heloiacutesa Ferreira Cunha

Monografia apresentada ao curso de Especializaccedilatildeo em

Assistecircncia de Enfermagem de Media e Alta Complexidade -

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Oncologia

1Comunicaccedilatildeo 2Enfermagem Oncoloacutegica 3Cuidados

Paliativos ICunha Meacutercia Heloiacutesa Ferreira IIUniversidade

Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem IIITiacutetulo

RESUMO

Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que

apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em

cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo

dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme

os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes

anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar

direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma

estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico

Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma

assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente

oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes

Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica

ABSTRACT

This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence

of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care

The study was guided by the integrative review method to select the articles used three

databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we

obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed

that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care

highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering

experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a

humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting

improved quality of life of these patients

Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing

SUMAacuteRIO

1INTRODUCcedilAtildeO09

2 OBJETIVO 13

3 REVISAtildeO DA LITERATURA14

31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14

32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17

33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18

34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19

4 MEacuteTODO 20

41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20

42 Revisatildeo Integrativa21

5 PERCURSO METODOLOGICO24

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24

52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25

6 RESULTADOS28

7 DISCUSSAtildeO32

71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de

Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32

72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33

73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a

Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37

REFEREcircNCIAS38

APENDICE44

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

Ficha de identificaccedilatildeo da obra elaborada pelo autor atraveacutes do

Programa de Geraccedilatildeo Automaacutetica da Biblioteca Universitaacuteria da UFMG

Ramos Mariana Bastos

Comunicaccedilatildeo na assistecircncia do paciente oncoloacutegico em

cuidados paliativos [manuscrito] Mariana Bastos Ramos -

2013

45 f

Orientadora Meacutercia Heloiacutesa Ferreira Cunha

Monografia apresentada ao curso de Especializaccedilatildeo em

Assistecircncia de Enfermagem de Media e Alta Complexidade -

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Oncologia

1Comunicaccedilatildeo 2Enfermagem Oncoloacutegica 3Cuidados

Paliativos ICunha Meacutercia Heloiacutesa Ferreira IIUniversidade

Federal de Minas Gerais Escola de Enfermagem IIITiacutetulo

RESUMO

Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que

apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em

cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo

dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme

os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes

anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar

direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma

estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico

Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma

assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente

oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes

Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica

ABSTRACT

This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence

of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care

The study was guided by the integrative review method to select the articles used three

databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we

obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed

that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care

highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering

experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a

humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting

improved quality of life of these patients

Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing

SUMAacuteRIO

1INTRODUCcedilAtildeO09

2 OBJETIVO 13

3 REVISAtildeO DA LITERATURA14

31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14

32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17

33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18

34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19

4 MEacuteTODO 20

41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20

42 Revisatildeo Integrativa21

5 PERCURSO METODOLOGICO24

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24

52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25

6 RESULTADOS28

7 DISCUSSAtildeO32

71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de

Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32

72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33

73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a

Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37

REFEREcircNCIAS38

APENDICE44

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

RESUMO

Esta revisatildeo integrativa tem como objetivo sintetizar as contribuiccedilotildees dos estudos que

apontem evidecircncias da eficaacutecia da comunicaccedilatildeo na assistecircncia ao paciente oncoloacutegico em

cuidados paliativos O estudo foi norteado pelo meacutetodo da revisatildeo integrativa e para seleccedilatildeo

dos artigos foram utilizadas trecircs bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS Conforme

os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo da apara amostragem foram obtidos 09 estudos Apoacutes

anaacutelise do material os resultados apontaram que entre as accedilotildees da equipe multidisciplinar

direcionadas agrave pacientes em cuidados paliativos destacam-se a comunicaccedilatildeo como uma

estrateacutegia eficaz para o aliacutevio e reduccedilatildeo do sofrimento vivenciado pelo paciente oncoloacutegico

Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos a enfermagem deve proporcionar uma

assistecircncia humanizada a fim de amenizar os desconfortos e sofrimentos do paciente

oncoloacutegico promovendo melhoria da qualidade de vida desses pacientes

Palavras-chave Comunicaccedilatildeo Cuidados Paliativos Enfermagem Oncoloacutegica

ABSTRACT

This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence

of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care

The study was guided by the integrative review method to select the articles used three

databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we

obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed

that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care

highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering

experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a

humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting

improved quality of life of these patients

Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing

SUMAacuteRIO

1INTRODUCcedilAtildeO09

2 OBJETIVO 13

3 REVISAtildeO DA LITERATURA14

31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14

32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17

33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18

34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19

4 MEacuteTODO 20

41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20

42 Revisatildeo Integrativa21

5 PERCURSO METODOLOGICO24

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24

52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25

6 RESULTADOS28

7 DISCUSSAtildeO32

71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de

Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32

72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33

73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a

Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37

REFEREcircNCIAS38

APENDICE44

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

ABSTRACT

This integrative review aims to summarize the contributions of studies that indicate evidence

of efficacy or effectiveness of communication in care for cancer patients in palliative care

The study was guided by the integrative review method to select the articles used three

databases BDENF MEDLINE and LILACS As the criteria for inclusion and exclusion we

obtained a sample of 10 studies After analysis of the material obtained the results showed

that among the actions of the multidisciplinary team directed to patients in palliative care

highlight communication as an effective strategy for relief and reduction of suffering

experienced by cancer patients In the context of palliative care nursing must provide a

humanized In order to ease the discomfort and suffering of cancer patients promoting

improved quality of life of these patients

Keywords Communication Palliative Care Oncology Nursing

SUMAacuteRIO

1INTRODUCcedilAtildeO09

2 OBJETIVO 13

3 REVISAtildeO DA LITERATURA14

31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14

32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17

33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18

34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19

4 MEacuteTODO 20

41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20

42 Revisatildeo Integrativa21

5 PERCURSO METODOLOGICO24

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24

52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25

6 RESULTADOS28

7 DISCUSSAtildeO32

71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de

Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32

72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33

73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a

Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37

REFEREcircNCIAS38

APENDICE44

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

SUMAacuteRIO

1INTRODUCcedilAtildeO09

2 OBJETIVO 13

3 REVISAtildeO DA LITERATURA14

31 Histoacuteria do Cuidado Paliativo14

32 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo17

33 Controle dos Sintomas no Cuidado Paliativo18

34 Depressatildeo e Cuidados Paliativos19

4 MEacuteTODO 20

41 Praacuteticas Baseada em Evidecircncias20

42 Revisatildeo Integrativa21

5 PERCURSO METODOLOGICO24

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos Estudos24

52 Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo25

6 RESULTADOS28

7 DISCUSSAtildeO32

71 Visatildeo dos Pacientes em Relaccedilatildeo agrave Comunicaccedilatildeo e Formas de Agir do Profissional de

Sauacutede Frente o Paciente Oncoloacutegico sob Cuidados Paliativos32

72 Importacircncia da Comunicaccedilatildeo Natildeo Verbal33

73 Comunicaccedilatildeo e Melhora do Sofrimento do Paciente a Expectativa dos Cuidados e a

Relaccedilatildeo de Confianccedila com o Profissional34

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS37

REFEREcircNCIAS38

APENDICE44

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Quadro 2- Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Quadro 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

Quadro 4- Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ABCP- Associaccedilatildeo Brasileira de Cuidados Paliativos

PBE- Praacutetica Baseada em Evidecircncia

AHRQ- Agency for healthcare research and quality

BVS- Biblioteca Virtual de Sauacutede

BDENF- Banco de dados em enfermagem

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 2002) o cacircncer se tornou nas

uacuteltimas deacutecadas um problema de sauacutede puacuteblica mundial estima-se que em 2030 chegaraacute a 27

milhotildees de casos incidentes de cacircncer na populaccedilatildeo totalizando 17 milhotildees de oacutebitos devido

ao cacircncer e no Brasil segundo estimativa para o ano de 2013 ocorreraacute aproximadamente

518510 casos novos de cacircncer incluindo os casos de pele natildeo melanoma ao excluir os casos

de cacircncer da pele natildeo melanoma estima-se um total de 385 mil casos novos da doenccedila

Os cacircnceres mais frequumlentes satildeo os cacircnceres de pele natildeo melanoma proacutestata pulmatildeo

coacutelon e reto e estocircmago para sexo masculino e os de pele natildeo melanoma mama colo do

uacutetero coacutelon e reto e glacircndula tireoacuteide para sexo feminino espera-se 257870 casos novos para

o sexo masculino e 260640 para o sexo feminino (BRASIL 2012)

O cacircncer cada vez mais vem tornando uma doenccedila de grande magnitude para a

populaccedilatildeo podendo causar seacuterios danos a toda famiacutelia principalmente quando o provedor da

famiacutelia eacute afetado ou mesmo quando os filhos tecircm que modificar suas atividades diaacuterias para

se tornar um cuidador para o familiar que necessita de ajuda (BRASIL 2012)

Eacute fato que o tratamento oncoloacutegico vem progredindo nas uacuteltimas trecircs deacutecadas com o

surgimento de novos tipos de tratamentos e com o avanccedilo nas drogas utilizadas Assim novos

procedimentos tecircm sido utilizados no tratamento do cacircncer tais como a cirurgia a radiaccedilatildeo o

transplante de medula os controladores de imunidade e a combinaccedilatildeo de quimioteraacutepicos

(BORGES et al 2006)

Apesar dos avanccedilos no tratamento do cacircncer nem todas as pessoas respondem de

forma positiva ao tratamento na medida em que existem diversos fatores ligados ao

prognoacutestico tais como o tamanho de tumor comprometimento do tumor no oacutergatildeo extensatildeo

de acometimento linfonodal existecircncia de metaacutestase agrave distacircncia invasatildeo vascular invasatildeo

neural diferenciaccedilatildeo celular estadiamento do tumor idade entre outros Indiviacuteduos que

possuem resposta negativa ao tratamento chegando a natildeo ter possibilidades terapecircuticas

necessitam de uma forma de cuidado que vai aleacutem do controle da dor e de outros sintomas

presentes que contemple a manutenccedilatildeo da qualidade de vida sendo ele o cuidado paliativo

(DINIZ et al 2006)

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

10

O cuidado paliativo natildeo eacute considerado uma forma nova de se cuidar esta modalidade

de cuidado consiste em atividades que sempre foram especiacuteficas do cuidado em enfermagem

poreacutem o movimento do cuidado paliativo encontra-se presente para enfatizar que o cuidar

controlar sintomas aliviar o sofrimento desconforto e dor satildeo accedilotildees necessaacuterias no cotidiano

da enfermagem O cuidar em enfermagem paliativa significa promover o cuidado agir e

reagir de forma adequada frente um oacutebito do paciente eacute valorizar o sofrimento eacute saber

valorizar o proacuteximo preservar a integridade fiacutesica emocional e espiritual e contribuir com o

outro e a si mesmo a buscar sentido nas situaccedilotildees diaacuterias As accedilotildees de enfermagem em

cuidados paliativos satildeo promover permanecer com o foco no doente e famiacutelia e natildeo na

doenccedila cooperar e manter uma comunicaccedilatildeo honesta e aberta com os pacientes e familiares

(PIMENTA 2010)

A equipe de enfermagem tem como objetivo promover o cuidado mantendo sempre a

dignidade humana sendo assim a comunicaccedilatildeo eacute considerada um elemento essencial na

relaccedilatildeo paciente e profissional eacute uma forma de promover o cuidado humanizado ao

indiviacuteduo estabelecendo uma relaccedilatildeo de confianccedila como forma de melhoria ao cuidado de

enfermagem Atraveacutes da comunicaccedilatildeo eacute formado um elo entre o paciente a famiacutelia e o

profissional pode entatildeo obter uma aproximaccedilatildeo existindo troca de experiecircncia e vivecircncias

sendo possiacutevel tambeacutem obter respostas do estado de sauacutede do paciente atraveacutes de um diaacutelogo

sincero (BROCA FERREIRA 2012)

Para Berlo (2003) existem diversos tipos de comunicaccedilatildeo sendo que comunicaccedilatildeo eacute

tudo aquilo que pode conceder um sentido sendo importante ressaltar que a funccedilatildeo do

profissional de enfermagem natildeo se restringe a executar teacutecnicas e procedimentos o

enfermeiro deve proporcionar ao paciente um cuidado de forma integral abrangendo aspectos

diversos desenvolvendo tambeacutem habilidades de comunicaccedilatildeo A utilizaccedilatildeo do diaacutelogo deve

ser uma forma de identificaccedilatildeo das necessidades do paciente e seus familiares Atraveacutes da

comunicaccedilatildeo os indiviacuteduos expressam seus sentimentos anguacutestias anseios dores satisfaccedilotildees

e a partir disto pode-se promover um cuidado adequado (PONTES LEITAtildeO RAMOS

2007)

A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo entre enfermeiro e paciente natildeo deve ser uma atitude

mecacircnica como em grande maioria acontece aleacutem disso o paciente deve ter todas as suas

necessidades atendidas Se o indiviacuteduo eacute visto como um objeto de trabalho pelo profissional

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

11

de enfermagem pode ocorrer de necessidades natildeo serem atendidas uma vez que a

comunicaccedilatildeo natildeo eacute simplesmente troca de palavras entre duas pessoas eacute uma accedilatildeo que deve

ser planejada e individualizada antes da sua realizaccedilatildeo (PONTES LEITAtildeO RAMOS 2007)

A comunicaccedilatildeo e o cuidado possuem uma relaccedilatildeo uma vez que satildeo fenocircmenos baacutesicos

intriacutensecos ao indiviacuteduo sendo estabelecidos de forma natural e sendo passiacutevel de

aprendizado A comunicaccedilatildeo eacute considerada um instrumento primordial na praacutetica do cuidado

de enfermagem ao paciente e eacute atraveacutes do diaacutelogo que o profissional ajudaraacute o paciente a

enfrentar seus medos e dores frente agrave doenccedila estabelecendo assim um relacionamento de

confianccedila e viacutenculo (LIMA et al 2010)

A pessoa fora de possibilidades terapecircuticas de cura eacute rotulada como ldquoterminalrdquo e tal

fato traz a falsa ideacuteia de que nada mais pode ser feito por ela poreacutem os cuidados paliativos

natildeo visam agrave cura e sim o cuidado de forma a preconizar a compaixatildeo e natildeo o abandono eacute

neste cuidado que a relaccedilatildeo paciente-profissional estaacute pautada em uma relaccedilatildeo extremamente

humanizada e boa para ambas as partes na medida em que o profissional tem que atentar para

proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente mesmo que no fim da vida

(PIMENTA 2010)

No estaacutegio avanccedilado da doenccedila a pessoa portadora de cacircncer tambeacutem pode manifestar

vaacuterias atitudes e comportamentos como pensamentos de impotecircncia raiva ansiedade

incertezas medo do sofrimento do que ainda estaacute por acontecer anguacutestia medo de sentir dor

medo da dependecircncia e de como seraacute sua vida dali em diante assim as reaccedilotildees variam de

pessoa para pessoa e eacute o profissional que deve transmitir confianccedila demonstrar compreensatildeo

e incentivaacute-lo a tomar decisotildees positivas neste momento (MORAES 2009)

Os familiares tambeacutem enfrentam dificuldades sobre como lidar com a situaccedilatildeo e o que

fazer para ajudar a pessoa o que determina o surgimento de diversas preocupaccedilotildees no

cotidiano da famiacutelia As reaccedilotildees por parte dos familiares satildeo afetadas devido o aspecto

cultural socioeconocircmico crenccedilas e valores que devem ser compreendidos por quem deseja

prestar assistecircncia aquele indiviacuteduo Torna-se importante portanto priorizar as necessidades

de cada paciente individualmente (MORAES 2009)

A adoccedilatildeo dos cuidados paliativos passa pela interaccedilatildeo de uma equipe multiprofissional

composta por meacutedico enfermeiro assistente social voluntaacuterios treinados terapeuta

ocupacional fisioterapeuta entre outros para que possam promover os cuidados com o

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

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43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

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VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

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World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

12

paciente e a famiacutelia sendo que os cuidados com a famiacutelia vatildeo aleacutem agrave morte do paciente

(PESSINI BERTACHINI 2006)

O cuidado paliativo eacute uma forma de cuidado que contribui na assistecircncia aos pacientes

portadores de doenccedilas oncoloacutegicas que se encontram fora de possibilidade terapecircutica

apresenta uma postura ativa frente ao controle de sinais e sintomas inerentes agrave fase avanccedilada

da doenccedila Natildeo deve ser considerado como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento

curativo e sim um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica

(BOEMER 2009)

Alguns estudos apontam que o relacionamento interpessoal e a comunicaccedilatildeo entre o

paciente e o profissional natildeo satildeo realizados de maneira adequada (PONTES LEITAtildeO

RAMOS 2008)

Atraveacutes de vivecircncias em hospitais com pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

pode-se perceber que a comunicaccedilatildeo ainda sim eacute um instrumento pouco utilizado pois natildeo

haacute uma pausa no cotidiano para se realizar uma comunicaccedilatildeo onde se possa identificar as reais

necessidades de cada indiviacuteduo

Assim acredita-se que este estudo poderaacute contribuir tanto para a assistecircncia quanto

para a pesquisa na medida em que auxiliaraacute a equipe na implementaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

diaacuteria ao paciente oncoloacutegico criando um laccedilo de confianccedila e respeito com o profissional

Aleacutem de contribuir para o fomento de pesquisas na aacuterea da enfermagem oncoloacutegica

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

REFEREcircNCIAS

ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS Manual de cuidados paliativos

Rio de Janeiro Diagraphic 320p 2009

ACQUA Magda Cristina Queiroz Dell ARAUacuteJO Vilanice Alves de SILVA Maria Juacutelia

Paes da Toque qual o uso atual pelo enfermeiro Rev Latino-amenfermagem Ribeiratildeo

Pretov6 n2 17-22p 1998

ALVES Vanessa Souza et al Conhecimento de Profissionais da Enfermagem sobre Fatores

que Agravam e Aliviam a Dor Oncoloacutegica Revista Brasileira de Cancerologia Maceioacute

(AL) v 57 n 2 199-206 p 2011

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da A comunicaccedilatildeo com o

paciente em cuidados paliativos valorizando a alegria e o otimismo Rev Esc Enferm Usp

Satildeo Paulo v 41 n 4 668-674 p 2007

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

13

2 OBJETIVO

Identificar na literatura evidecircncias de estudos sobre os efeitos da comunicaccedilatildeo com o

paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

14

3 REVISAtildeO DA LITERATURA

31 Histoacuteria do cuidado paliativo

O iniacutecio dos cuidados paliativos se deu na Inglaterra em 1967 pela meacutedica Cicely

Saunders que nasceu em 1918 em Londres teve iniacutecio de sua vida com os estudos em 1939

iniciou os estudos de filosofia em Oxford em meados da segunda guerra mundial abandonou

os estudos e comeccedilou a trabalhar como enfermeira Em 1947 retornou para Oxford para obter

a licenciatura em Serviccedilo Social Deu iniacutecio a carreira de medicina aos 33 anos e em 1957

ganhou uma bolsa de estudos para estudar os tratamentos da dor em pacientes em fase

terminal Em 1963 realizou diversas publicaccedilotildees em revistas meacutedicas e foi convidada para

ministrar vaacuterias palestras (VIDAL TORRES 2006)

Em seus estudos pocircde observar dois tipos de dor sendo elas dor fiacutesica e dor

psicoloacutegica da morte espiritual Em 1967 Cicely Saunders inaugurou o St Christopher

Hospice em Londres foi o primeiro hospice de cuidados paliativos proacuteximo de Londres

(VIDAL TORRES 2006)

O termo cuidados paliativos eacute utilizado como sinocircnimo de tratamento tipo hospice

Hospice significa abrigo conforto refuacutegio sendo atendidos pacientes fora de possibilidade

terapecircutica Na abordagem dos cuidados paliativos os pacientes podem ser atendidos em

internaccedilatildeo hospitalar em casas ambientadas ambulatoacuterios ou em domicilio Hospitais de

meacutedia complexidade tornam-se necessaacuterio no ambiente da enfermaria de cuidado paliativo a

possibilidade de permanecircncia de familiares junto ao paciente durante 24 horas e eacute

fundamental que o paciente perceba a importacircncia que o mesmo possui para a pessoa

independente do estaacutegio que encontra sua doenccedila (FILHO et al 2010)

O hospice foi fundado para atender pacientes em fase terminal com o objetivo de

controlar a dor promovendo uma morte digna Este tambeacutem foi o primeiro hospice acadecircmico

onde foi ensinado os cuidados paliativos posteriormente se espalhando em todo o mundo

(VIDAL TORRES 2006)

Em 1982 o Comitecirc de Cacircncer da OMS criou grupos de trabalho para formular poliacuteticas

de cuidados e aliacutevio dos sofrimentos do tipo hospice a ser recomendado como forma de

cuidados para todos os paiacuteses para pacientes com cacircncer A OMS publicou a primeira

definiccedilatildeo para cuidados paliativos em 1999 que foi revisada em 2002 permanecendo a atual

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

15

Cicely possui diversas publicaccedilotildees e precircmios internacionais como a medalha de ouro

da Associaccedilatildeo Meacutedica Britacircnica e o tiacutetulo de dama do Impeacuterio Britacircnico em 14 de julho de

2005 Cicely Saunders faleceu de cacircncer de mama permaneceu ateacute o uacuteltimo dia de sua vida

em um quarto no St Christopher Hospice cercada pelo tratamento e a relevacircncia dos cuidados

paliativos que ela ensinou e deixou para todos (VIDAL TORRES 2006) Para a criaccedilatildeo do

hospice Cicely Saunders observou a carecircncia de cuidados hospitalares existentes para os

pacientes incuraacuteveis sendo a primeira pessoa a se especializar em cuidados dos sintomas de

sofrimento apresentados pelos pacientes em estaacutegio avanccedilado da doenccedila Iniciou com o

movimento hospice onde propunha uma nova abordagem aos pacientes em fase terminal e

uma abordagem de forma global para que fosse possiacutevel enfrentar a doenccedila tendo atenccedilatildeo em

diversos sintomas de sofrimento vivenciados pelos pacientes Este movimento nasceu em

Londres e posteriormente estendeu por todo o mundo (VIDAL TORRES 2006)

Os cuidados paliativos tiveram iniacutecio no Brasil na deacutecada de 1980 tendo um avanccedilo a

partir do ano 2000 totalizando 40 iniciativas em todo o Brasil ateacute o atual momento

(ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009) Para a implantaccedilatildeo dos

cuidados paliativos no Brasil foi necessaacuterio que meacutedicos psicoacutelogos e teoacutelogos fossem ao

exterior para conhecer a realidade dos cuidados paliativos em outros paiacuteses No retorno ao

Brasil foi implantada a filosofia hospice para os pacientes em fase terminal e o primeiro

serviccedilo de cuidados paliativos no Brasil foi iniciado no Rio Grande do Sul aproximadamente

em 1983 o segundo em Satildeo Paulo em 1986 e o terceiro em Santa Catarina em 1989 apoacutes

foram surgindo outros (RODRIGUES 2004) Em 2005 criou-se no Brasil a Associaccedilatildeo

Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) composta por profissionais atuantes na aacuterea de

oncologia e a criaccedilatildeo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (RODRIGUES ZAGO

2009)

Os cuidados paliativos natildeo estatildeo baseados em protocolos mas sim em princiacutepios que

visam proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida seus princiacutepios listados satildeo

ocasionar aliacutevio da dor e dos demais sintomas estressantes enfatizar a vida e a morte como

processos naturais natildeo antecipar ou adiar a morte incorporar os aspectos psicoloacutegicos

espirituais e sociais ao cuidado no paciente disponibilizar um serviccedilo que possibilite que o

paciente viva ativamente o maacuteximo possiacutevel ateacute o momento da sua morte oferecer um

sistema de suporte para amparar os familiares durante todo o percurso da doenccedila e o luto

oferecer abordagem multiprofissional em todo momento da doenccedila melhorar a qualidade de

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

16

vida do paciente iniciar com cuidados paliativos o mais precocemente (ACADEMIA

NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS 2009)

Pessini e Bertachini (2006) afirmam que a pessoa deve receber atenccedilatildeo psicoloacutegica

pois somente os cuidados fiacutesicos natildeo satildeo suficientes pois os cuidados paliativos satildeo um

sistema de cuidado para a pessoa viver de forma ativa ateacute o dia de sua morte neste caso a

pessoa define os objetivos e o profissional de sauacutede deve ajudaacute-la para que suas prioridades

sejam alcanccediladas bem como a famiacutelia para que possa lidar com a doenccedila e a dor da pessoa O

enfermeiro enquanto membro da equipe multidisciplinar deve se inteirar das vivecircncias da

pessoa portadora de cacircncer e dos familiares e compreender os problemas enfrentados por ela

de modo que possa planejar e implementar intervenccedilotildees num contexto sistecircmico valorizando

todas as necessidades fiacutesicas psiacutequicas sociais espirituais e culturais (PESSINI

BERTACHINI 2006) Assim o cuidado paliativo oferece agrave pessoa uma proposta de cuidados

no final da vida por uma equipe multiprofissional nas diversas dimensotildees e aspectos da sua

vida com vista ao atendimento das necessidades individuais pois os cuidados paliativos natildeo

podem ser considerados como uma alternativa apoacutes a ineficaacutecia do tratamento curativo e sim

um agrupamento de cuidados prestados desde o iniacutecio da terapecircutica (BOEMER 2009) Os

cuidados paliativos satildeo realizados atraveacutes de uma abordagem multiprofissional com o

objetivo de promover qualidade de vida ao paciente mediante a prevenccedilatildeo e o aliacutevio dos

sintomas estressantes e do sofrimento vivenciado pelo paciente e deve ser utilizado em

doenccedilas que ameaccedilam a continuidade da vida A atenccedilatildeo oferecida natildeo eacute para a cura da

doenccedila mas sim para o paciente uma vez que as doenccedilas satildeo incuraacuteveis (FILHO et al

2010)

As necessidades dos pacientes que estatildeo associadas agrave doenccedila devem ser priorizadas

sabendo que muitas vezes estatildeo relacionadas com aspectos fiacutesico emocionais e psicoloacutegicos

(MORAES 2009) Os niacuteveis dos cuidados paliativos satildeo divididos do niacutevel I ao niacutevel III

sendo classificados da seguinte maneira niacutevel I satildeo equipes com formaccedilatildeo diferenciada

possui equipes moacuteveis que natildeo possui internaccedilatildeo proacutepria no niacutevel II o cuidado eacute prestado em

internaccedilatildeo ou em domiciacutelio por um profissional com formaccedilatildeo diferenciada e deve possuir

atenccedilatildeo 24 horas no niacutevel III encontra-se agrupado o niacutevel II acrescentado de

desenvolvimento de pesquisas em cuidados paliativos e desenvolvimento de protocolos

(MACIEL et al 2006)

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

17

32 Controle dos sintomas no cuidado paliativo

Eacute necessaacuterio que o foco dos cuidados paliativos seja o controle dos sintomas e do

sofrimento que cada paciente iraacute manifestar individualmente Estes pacientes necessitam de

um cuidado especial pois a presenccedila da doenccedila jaacute causa nos doentes momentos de tristeza

saber que natildeo haacute mais tratamento curativo para o seu caso traraacute pensamentos negativos sendo

importante a assistecircncia especializada (SILVA SUDIGURSKY 2008)

O controle dos sintomas no paciente oncoloacutegico eacute de fundamental importacircncia para

que o indiviacuteduo possa continuar realizando atividades e para minimizar o sofrimento O

paciente oncoloacutegico em sua maioria possui a dor como o sintoma que mais interfere na

qualidade de vida e consequumlentemente influencia o humor o sono a ingestatildeo de alimentos e

nas atividades diaacuterias (FERREIRA LOPES MELO 2011)

Ter consciecircncia da proacutepria morte estar livre de sintomas de sofrimento e estar neste

momento na presenccedila do familiar torna o processo da morte menos angustiante do que seria

caso os sintomas de sofrimentos estivessem presentes no paciente (RODRIGUES ZAGO

2009) Nos cuidados paliativos o atendimento deve ser multiprofissional sendo que a relaccedilatildeo

do profissional ndash paciente deve ser humanizadora todo indiviacuteduo tem direito a uma morte

digna com respeito aos princiacutepios eacuteticos (PIMENTA 2010) Quando o paciente encontra-se

em fase avanccedilada da doenccedila iniciam-se problemas relacionados agrave progressatildeo do cacircncer sendo

o mais frequumlente a dor Eacute o sintoma mais observado em pacientes oncoloacutegicos haacute grande

preocupaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao controle do sofrimento do paciente trabalha-se minimizando o

desconforto aliviando as afliccedilotildees e anguacutestias que vatildeo surgindo diariamente A dor manifesta-

se em 51 a 70 em pacientes com diagnoacutestico de cacircncer na fase avanccedilada da doenccedila a

porcentagem aumenta para 70 a 90 em indiviacuteduos sob cuidados paliativos Seguindo estes

dados pode-se concluir que a dor ainda eacute um assunto que natildeo se encontra totalmente

resolvida (WATERKEMPER REIBNITZ 2010) A dor eacute denominada uma experiecircncia de

sentimento desconfortaacutevel desagradaacutevel relacionada a algum problema tissular sendo ele real

ou potencial A dor eacute uma experiecircncia pessoal que varia de cada pessoa entretanto o melhor

meio para conhecer a dor eacute atraveacutes de relato de quem jaacute passou por momentos de dores

(ALVES et al 2011) Eacute fundamental que o profissional de enfermagem tenha entendimento a

respeito da dor somente desta maneira poderaacute realizar uma intervenccedilatildeo adequada com o

objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida conforto e aliacutevio da dor Eacute importante

atentar para o estilo de vida cultura e crenccedilas de cada indiviacuteduo (ALVES et al2011)

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

18

33 Comunicaccedilatildeo e cuidado paliativo

Eacute fundamental que haja uma boa comunicaccedilatildeo entre o profissional paciente e famiacutelia

principalmente em pacientes criacuteticos ou terminais o enfermeiro caso tenha uma boa

comunicaccedilatildeo com o paciente pode estabelecer um cuidado de melhor qualidade criando uma

relaccedilatildeo de confianccedila entre o profissional e o paciente (INABA SILVA TELLES 2005)

O paciente que encontra em estaacutegio avanccedilado necessita de uma maior atenccedilatildeo e apoio

diariamente principalmente indiviacuteduos impossibilitados de comunicar-se com palavras devem

estabelecer uma forma de comunicaccedilatildeo com o profissional de modo que haja um bom

entendimento prevalecendo agrave confianccedila A presenccedila dos familiares eacute indispensaacutevel pois aleacutem

de apoiar o paciente a mesma fornece informaccedilotildees necessaacuterias para os profissionais a

respeito do paciente como manias gostos formas de comunicar dados que podem ser

fundamental para um bom cuidado de enfermagem (INABA SILVA TELLES 2005)

A comunicaccedilatildeo pode ser verbal e natildeo verbal sendo que as duas maneiras estatildeo

presentes no cuidado de enfermagem ao paciente A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser

utilizada para complementar ou substituir a comunicaccedilatildeo verbal caso haja desacordo entre a

comunicaccedilatildeo verbal e a natildeo verbal prevaleceraacute a natildeo verbal (RAMOS BORTAGARAI

2012)

O toque eacute considerado por Acqu Araujo Silva (1998) uma das melhores formas na

comunicaccedilatildeo natildeo verbal e eacute nele que haveraacute transmissatildeo de sentimento podendo ser possiacutevel

agrave troca de mensagens positivas e negativas dependendo da maneira em que o toque eacute feito sua

duraccedilatildeo e sua localizaccedilatildeo O toque pode ser utilizado no momento da realizaccedilatildeo de um

procedimento como sondagem curativo punccedilatildeo venosa ou de forma mais consciente para

transmitir ao paciente seguranccedila e ou confianccedila (ACQU ARAUJO SILVA 1998)

A comunicaccedilatildeo natildeo verbal pode ser presenciada em grande maioria nos movimentos

corporais na postura corporal nos sinais vocais ou paralinguisticos Abrangendo

aproximadamente 38 por sinais paralinguisticos e em 55 com sinais silenciosos corporal

incluindo os gestos o modo de olhar a expressatildeo e postura (RAMOS BORTAGARAI 2012)

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

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World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

19

34 Depressatildeo e cuidado paliativo

A palavra depressatildeo pode significar tanto um estado de tristeza quanto um sintoma

siacutendrome ou doenccedila (JUVER VERCcedilOSA 2008) O cacircncer eacute uma doenccedila que vem atingindo

muito a sauacutede mental do paciente A variaccedilatildeo da ocorrecircncia de depressatildeo em pacientes

oncoloacutegicos se da devido agrave extensatildeo e a gravidade do tumor (FANGER et al 2010) O

tratamento oncoloacutegico eacute bastante agressivo provocando diversos efeitos colaterais no

paciente que por sua vez causa uma modificaccedilatildeo em sua vida no aspecto fiacutesico quanto

emocional de todos os sintomas psicoloacutegicos a depressatildeo e ansiedade eacute o que aparece com

maior frequumlecircncia (DE PAULA et al 2012)

A prevalecircncia da ocorrecircncia de depressatildeo associada ao cacircncer eacute de 14 em pacientes

ambulatoriais 28 em pacientes em cuidados paliativos e 141 em pacientes internados

para transplante de medula A presenccedila da depressatildeo associada ao cacircncer interfere

negativamente na qualidade de vida do paciente entretanto existem intervenccedilotildees que

possibilitam melhora quando abordado a depressatildeo nestes pacientes como teacutecnicas de

relaxamento terapia em grupo ou individual contribuindo para a diminuiccedilatildeo dos sintomas

depressivos e consequentemente o estresse que eacute causado no paciente (BOTTINO

FRAGUAS GATTAZ 2009) Mesmo sendo comum a presenccedila de depressatildeo nos pacientes

oncoloacutegicos este transtorno natildeo eacute diagnosticado e tratado corretamente Torna-se complicado

estabelecer o diagnoacutestico pelo fato das duas doenccedilas apresentarem sintomas comuns como

falta de prazer fadiga perda de peso humor deprimido entre outros (SOUZA et al 2013)

Eacute relevante que a depressatildeo seja diagnosticada e tratada adequadamente pois a

presenccedila da depressatildeo somente dificultaraacute para a piora do paciente Em pacientes com cacircncer

avanccedilado a depressatildeo pode estabelecer maior desejo de ldquoencurtar a vidardquo do que a presenccedila da

dor (BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009) Menos da metade dos pacientes com

depressatildeo associada ao cacircncer avanccedilado recebem tratamentos com antidepressivo Pacientes

com cacircncer avanccedilado podem vir apresentar pensamentos suicidas sendo que os fatores de

risco para a obtenccedilatildeo deste pensamento satildeo o surgimento de episoacutedio depressivo a presenccedila

da dor constantemente sexo masculino presenccedila de delirium fadiga entre outros

(BOTTINO FRAGUAS GATTAZ 2009)

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

20

4 MEacuteTODO

41 Praacuteticas baseada em evidecircncias

A praacutetica baseada em evidecircncia (PBE) consta a melhor evidecircncia cientiacutefica atual para

a escolha de um cuidado ao paciente de forma individual (DOMENICO IDE 2003)

Envolve o problema cliacutenico a identificaccedilatildeo das informaccedilotildees necessaacuterias a conduccedilatildeo de

estudos buscados em toda literatura e sua avaliaccedilatildeo criacutetica (SOUZA SILVA CARVALHO

2010) A enfermagem baseada em evidecircncia teve seu inicio a partir da medicina baseada em

evidecircncia Pesquisas baseadas em evidecircncias possuem um alto grau de validaccedilatildeo pois a

evidecircncia fornece provas concretas de qual a melhor escolha a ser utilizada ao realizar um

procedimento ou um cuidado a evidecircncia eacute dividida em niacuteveis I II III IV e V ressalta-se

que a enfermagem baseada em evidecircncia estaacute presente para sustentar diagnoacutesticos e

intervenccedilotildees ajudando na tomada de decisatildeo para que aja uma escolha com alto grau de

eficaacutecia (CRUZ PIMENTA 2005)

A etapa inicial da PBE requer a construccedilatildeo da pergunta adequada de pesquisa e

identificaccedilatildeo de evidecircncias (SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

A revisatildeo integrativa deve conter informaccedilotildees especiacuteficas para que possibilite ao leitor

avaliar a pertinecircncia dos procedimentos utilizados na revisatildeo Esta etapa consiste na

elaboraccedilatildeo de documentos abordando as etapas percorridas pelo revisor e os principais

resultados evidenciados da anaacutelise dos artigos incluiacutedos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO

2008)

A praacutetica baseada em evidecircncias propotildee que as duacutevidas que surgem no dia a dia da

assistecircncia do ensino ou da pesquisa sejam organizadas seguindo a estrateacutegia PICO que eacute

representada por um acrocircnimo onde P eacute paciente I intervenccedilatildeo C comparaccedilatildeo e O

ldquooutcomesrdquo (desfecho ou resultado) A estrateacutegia PICO contribui para a construccedilatildeo da

pergunta levando aacute busca de evidencias na literatura quando a pergunta eacute bem formulada

facilita a definiccedilatildeo correta de evidecircncias e consequentemente agrave resoluccedilatildeo de questotildees cliacutenicas

de pesquisas Atraveacutes da utilizaccedilatildeo da estrateacutegia PICO pode-se obter uma busca de

informaccedilotildees bem sucedida uma vez que a estrateacutegia serviraacute como norte para a pesquisa

(SANTOS PIMENTA NOBRE 2007)

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

21

42 Revisatildeo integrativa

A revisatildeo integrativa eacute desenvolvida por meio de um meacutetodo especiacutefico que reuacutene o

passado da literatura empiacuterica e teoacuterica para possibilitar um entendimento mais abrangente de

um fenocircmeno particular Assim a revisatildeo integrativa inclui anaacutelise ampla de pesquisas

relevantes que contribuem na tomada de decisatildeo para a melhoria na praacutetica cliacutenica

(BOTELHO CUNHA MACEDO 2011) Contribuindo para discussatildeo sobre meacutetodos e

resultados de pesquisa refletindo sobre realizaccedilotildees de futuros estudos seu principal objetivo

eacute adquirir conhecimento de uma determinada aacuterea de estudo tomando como base muacuteltiplos

estudos anteriores tornando-se imprescindiacutevel seguir um padratildeo metodoloacutegico transmitindo

ao leitor as caracteriacutesticas dos estudos incluiacutedos na pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A revisatildeo integrativa eacute uma abordagem metodoloacutegica ampla para realizar uma

pesquisa de revisatildeo permite-se a inclusatildeo de estudos experimentais e natildeo-experimentais

podendo incluir dados de literatura teoacuterica ou empiacuterica aleacutem de incorporar diversos

propoacutesitos definiccedilotildees de conceitos revisatildeo de teorias e evidecircncias e anaacutelise de problemas

metodoloacutegicos de um toacutepico particular (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) Este meacutetodo

de pesquisa possibilita a siacutentese de diversos estudos sobre um determinado problema

resultando em uma conclusatildeo de forma generalizada agrave respeito de uma particular aacuterea de

estudo Eacute um meacutetodo bastante valioso para o enfermeiro que por muitas vezes natildeo possui

tempo suficiente para acessar a grande quantidade de pesquisas realizadas particularmente

sobre um assunto (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

Possui seis etapas como apresentadas a seguir primeira etapa da revisatildeo integrativa

consiste na identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011) O assunto deve ser abordado de forma clara e especiacutefica com

delimitaccedilatildeo da questatildeo de pesquisa e acesso aos descritores para se iniciar a busca dos

estudos (MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008) Na segunda etapa satildeo estabelecidos

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo e apoacutes a escolha do tema e a formulaccedilatildeo da pergunta de

pesquisa inicia-se a busca pelos estudos nas bases de dados Esta etapa estaacute ligada agrave etapa

anterior pois dependendo da delimitaccedilatildeo do problema poderaacute encontrar diversos estudos

sobre o assunto o que necessitaraacute de uma analise mais criteriosa do pesquisador (BOTELHO

CUNHA MACEDO 2011)

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

REFEREcircNCIAS

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

22

O ideal eacute a inclusatildeo de todos os artigos encontrados ou a aplicaccedilatildeo de uma seleccedilatildeo

aleatoacuteria Caso isso natildeo ocorra o pesquisador deve abordar com clareza quais foram os

criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo para a construccedilatildeo da revisatildeo integrativa (MENDES

SILVEIRA GALVAtildeO 2008)

A terceira etapa se caracteriza pela coleta de dados devendo definir quais as

informaccedilotildees seratildeo extraiacutedas dos estudos selecionados utilizando um instrumento de pesquisa

Deve avaliar o niacutevel de evidecircncia dos estudos com objetivo de determinar a confianccedila nos uso

dos resultados (SOUZA SILVA CARVALHO 2010)

Na Quarta etapa eacute realizada a avaliaccedilatildeo dos estudos incluiacutedos e contem a anaacutelise de

cada estudo destacando a caracteriacutestica do mesmo (SOUZA SILVA CARVALHO 2010) A

anaacutelise deve ser criteriosa procurando explicaccedilotildees para resultados diferentes nos diversos

estudos O revisor pode estar optando por anaacutelise estatiacutestica a listagem de fatores a escolha

ou exclusatildeo de estudos frente o delineamento da pesquisa (MENDES SILVEIRA

GALVAtildeO 2008)

A Quinta etapa inclui a interpretaccedilatildeo dos resultados onde seraacute permitido ao revisor

que aponte sugestotildees pertinentes para futuras pesquisas direcionada a assistecircncia agrave sauacutede

(POMPEO ROSSI GALVAtildeO 2008) A Sexta etapa eacute a siacutentese do conhecimento e

apresentaccedilatildeo da revisatildeo integrativa

Identificou-se que os niacuteveis de evidecircncia dos estudos de acordo com Stetler Morsi

Rucki et al (1998) Stetler et al (1998) que abordaram uma forma de classificaccedilatildeo das

evidecircncias para pesquisas ou outros meacutetodos de informaccedilotildees baseadas na categorizaccedilatildeo da

Agency for Healthcare Reseach and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da Aacutemerica A

classificaccedilatildeo das evidecircncias satildeo divididas de 1 a 6 onde o niacutevel 1 metanaacutelise de muacuteltiplos

estudos controlados o niacutevel 2 estudo individual com delineamento experimental niacutevel 3

estudo com delineamento quase-experimental sem randomizaccedilatildeo apenas com grupo preacute e

poacutes teste seacuteries temporais ou caso-controle o niacutevel 4 estudo natildeo experimental pesquisa

descritiva correlacional e qualitativa ou estudos de caso o niacutevel 5 relatoacuterio de casos dados

obtidos de forma sistemaacutetica ou avaliaccedilatildeo de programas e o niacutevel 6 opiniatildeo de autoridades

respeitaacuteveis incluindo informaccedilotildees natildeo baseadas em pesquisas

Este sistema de classificaccedilatildeo auxilia o pesquisador a avaliar o niacutevel de evidecircncia dos

estudos contribuindo assim na decisatildeo sobre a utilizaccedilatildeo dos estudos na praacutetica cliacutenica

(GALVAtildeO 2006)

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

23

QUADRO 1 - Artigos conforme o autor graduaccedilatildeo e niacutevel de evidecircncia

Identificaccedilatildeo Autor Graduaccedilatildeo Niacutevel de evidecircncia

E1 Arauacutejo Silva (2011) Enfermagem IV

E2 Betcher (2010) Enfermagem V

E3 Dunne k (2005) Enfermagem IV

E4 Bushinski RL Cummings

KM (2007)

Enfermagem

III

E5 Dale C (2006) Enfermagem IV

E6 Irma et al (2007)

Enfermagem

IV

E7 Wilkinson et al (2008) Medicina I

E8 Arauacutejo Silva (2007) Enfermagem IV

E9 Arauacutejo Silva (2012) Enfermagem IV

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

REFEREcircNCIAS

ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS Manual de cuidados paliativos

Rio de Janeiro Diagraphic 320p 2009

ACQUA Magda Cristina Queiroz Dell ARAUacuteJO Vilanice Alves de SILVA Maria Juacutelia

Paes da Toque qual o uso atual pelo enfermeiro Rev Latino-amenfermagem Ribeiratildeo

Pretov6 n2 17-22p 1998

ALVES Vanessa Souza et al Conhecimento de Profissionais da Enfermagem sobre Fatores

que Agravam e Aliviam a Dor Oncoloacutegica Revista Brasileira de Cancerologia Maceioacute

(AL) v 57 n 2 199-206 p 2011

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da A comunicaccedilatildeo com o

paciente em cuidados paliativos valorizando a alegria e o otimismo Rev Esc Enferm Usp

Satildeo Paulo v 41 n 4 668-674 p 2007

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da Estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo utilizadas por profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave pacientes sob cuidados

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

24

5 PERCURSO METODOLOacuteGICO

51 Procedimentos para busca e seleccedilatildeo dos estudos

Trata-se de uma revisatildeo integrativa que foi elaborada conforme as etapas

identificaccedilatildeo do problema e seleccedilatildeo da questatildeo de pesquisa (elaboraccedilatildeo da pergunta

norteadora) estabelecimento dos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo coleta de dados e avaliaccedilatildeo

dos estudos incluiacutedos O tema eacute um elemento relevante no estudo devido isto torna-se

necessaacuterio identificar efeitos da comunicaccedilatildeo como forma de cuidado aos pacientes

oncoloacutegicos a percepccedilatildeo que o paciente e o profissional tem frente comunicaccedilatildeo em cuidados

paliativos e os diversos tipos de comunicaccedilatildeo que pode ser realizada Na perspectiva de

aprofundar o conhecimento acerca da temaacutetica emergiu a seguinte questatildeo norteadora Qual o

efeito da comunicaccedilatildeo com o paciente oncoloacutegico no contexto do cuidado paliativo Esse

questionamento se configura como o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa por

considerar que pessoas com doenccedila oncoloacutegica fora de possibilidades terapecircuticas

apresentam diversas necessidades de cuidados

O levantamento dos artigos que foram analisados foi obtido pela internet no site da

Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) obtendo acesso as seguintes bases de dados Banco de

Dados em Enfermagem (BDENF) MEDLINE e LILACS Utilizou-se para selecionar os

artigos os seguintes descritores em portuguecircs ndash ldquocomunicaccedilatildeordquo em inglecircs-

ldquocommunicationrdquo portuguecircs-ldquocuidados paliativosrdquo inglecircs- ldquopalliative carerdquo portuguecircs-

ldquocuidados paliativos na terminalidade da vidardquo inglecircs- ldquohospice carerdquo portuguecircs-

ldquoenfermagemrdquo inglecircs- ldquoNursingrdquo Como palavra chave foi utilizada comunicaccedilatildeo cuidados

paliativos e enfermagem Oncoloacutegica Aplicaram-se os operadores booleanos OR (Uma

combinaccedilatildeo aditiva) e AND (Uma combinaccedilatildeo restritiva) que satildeo delimitadores das bases de

dados

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

25

52 Criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

Para a seleccedilatildeo dos artigos foram utilizados aleacutem da questatildeo norteadora os seguintes

criteacuterios

Criteacuterios de inclusatildeo artigos relacionados agrave assistecircncia de enfermagem no paciente

oncoloacutegico em cuidados paliativos e nos pacientes adultos artigos que abordassem a

comunicaccedilatildeo ao paciente oncoloacutegico artigos em portuguecircs e inglecircs

Como criteacuterios de exclusatildeo artigos abordando tratamentos pediaacutetricos artigos que abordavam

cuidados paliativos em outras doenccedilas artigos com descritores incompletos

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

26

QUADRO 2 ndash Base de dados estrateacutegia de busca dos descritores e publicaccedilotildees

identificadas

Bases de dados Estrateacutegia de busca Publicaccedilotildees

Identificadas

Somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$)

17

MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR

Comunicacioacuten OR Communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND

(MH H02478$ OR Enfermagem OR

Enfermeriacutea OR Nursing)

838

MEDLINE

Assunto principal

comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR

comunicacioacuten OR communication) AND

(Cuidados Paliativos OR Palliative Care

OR Cuidados Paliativos na Terminalidade

da Vida OR Cuidados Paliativos al Final

de la Vida OR Hospice Care ) AND (mh

h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea

OR nursing) AND db(MEDLINE) AND

mj(Comunicaccedilatildeo)

95

Somente base

LILACS

(tw(comunicaccedilao))AND (tw(cuidado$

AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR

nurs$))

53

Fonte Bases de dados BDENF MEDLINE e LILACS 2013

Na busca inicial encontrou-se 53 referecircncias na base de dados LILACS 17 na

BDENF e 838 na MEDLINE totalizando 908 trabalhos Na base de dados MEDLINE

realizou-se um filtro com o assunto principal comunicaccedilatildeo obtendo-se 95 referecircncias

totalizando 165 trabalhos Para a realizaccedilatildeo desta revisatildeo integrativa optou-se por todos os

artigos relacionados ao tema Inicialmente foi feito uma preacute-seleccedilatildeo dos artigos encontrados

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

27

por meio de uma leitura do tiacutetulo e o resumo de cada artigo Em seguida selecionou-se uma

amostra contendo 09 artigos para serem analisados sendo que 155 artigos foram excluiacutedos

por natildeo conter assunto do interesse da pesquisa A estrateacutegia utilizada para a busca dos artigos

foi agrave seguinte

1deg Estrateacutegia- MEDLINE

(MH F01145209$ OR Comunicaccedilatildeo OR Comunicacioacuten OR Communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (MH H02478$ OR Enfermagem OR Enfermeriacutea OR Nursing)

2deg Estrateacutegia ndash MEDLINE assunto principal comunicaccedilatildeo

(mh f01145209 OR comunicaccedilatildeo OR comunicacioacuten OR communication) AND (Cuidados Paliativos OR

Palliative Care OR Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida OR Cuidados Paliativos al Final de la

Vida OR Hospice Care ) AND (mh h02478 OR enfermagem OR enfermeriacutea OR nursing) AND

db(MEDLINE) AND mj(Comunicaccedilatildeo)

3deg Estrateacutegia- somente base LILACS

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

4deg Estrateacutegia- somente base BDENF

(tw( comunicaccedilao)) AND (tw(cuidado$ AND paliativo$ )) AND (tw(enf$ OR nurs$))

Utilizou-se o instrumento de coleta de dados utilizado por Ursi (2005) (Apecircndice1)

contendo itens como objetivos do estudo meacutetodo autores graduaccedilatildeo niacutevel de evidecircncia

cientiacutefica grau de recomendaccedilatildeo entre outros Os resultados dos artigos analisados foram

incluiacutedos no resultado e discussatildeo do estudo

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

28

6 RESULTADOS

Como forma de identificaccedilatildeo dos estudos foi abordada a letras E (estudo) para se obter

uma melhor visualizaccedilatildeo formando uma sequumlecircncia de E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 e E9

QUADRO 3- Distribuiccedilatildeo dos artigos conforme identificaccedilatildeo do estudo tiacutetulo

perioacutedico ano de publicaccedilatildeo volume e nuacutemero

IDENTIFI

CACcedilAtildeO

DO

ESTUDO

TIacuteTULO PERIOacuteDICO

ANO DE

PUBLICA

CcedilAtildeO

VN

E1

A comunicaccedilatildeo com o paciente em

cuidados paliativos valorizando a alegria e

o otimismo

Rev Esc

Enferm USP 2007

41

4

E2

Elephant in the room project improving

caring efficacy through effective and

compassionate communication with

palliative care patients

Medsurg Nurs

2010 19

2

E3 Effective communication in palliative care

Nurs Stand

2005 20

13

E4

Practices of effective end-of-life

communication between nurses and

patientsfamilies in two re settings

Creat Nurs

2007 -3

E5 Communication in palliative care

Nurs Stand

2006 20

45

E6 Nurse-patient communication in cancer

care A review of the literature Cancer Nurs 2000

23

1

E7

Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing

nurses communication skills with

cancerpalliative care patients a

randomised controlled trial

Palliat Med

2008 22

E8

Estrateacutegias de comunicaccedilatildeo utilizadas por

profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave

pacientes sob cuidados paliativos

Rev Esc

Enferm USP

2012 46

3

E9

O conhecimento de estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo

emocional em cuidados paliativos

Texto amp

Contexto

enferm

2012 21

1

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

29

Esta revisatildeo integrativa obteve uma amostra de 9 artigos em relaccedilatildeo ao idioma

encontrou-se 3 artigos publicados em portuguecircs e 6 artigos publicados em inglecircs Todos os

artigos abordaram a importacircncia da comunicaccedilatildeo durante o tratamento do paciente oncoloacutegico

sob cuidados paliativos Os artigos foram publicados entre 2000 e 2012

Todos os estudos da amostra abordaram o tema comunicaccedilatildeo no paciente oncoloacutegico

obtendo como resultado as expectativas do paciente em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo as barreiras

encontradas para a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo e a identificaccedilatildeo do conhecimento da estrateacutegia

de comunicaccedilatildeo Como conclusatildeo encontrou-se a relevacircncia que a comunicaccedilatildeo tem para o

paciente oncoloacutegico em cuidados paliativos

QUADRO 4 - Objetivo resultados conclusatildeo e meacutetodo dos estudos da amostra

Identificaccedilatildeo Objetivo Resultados Conclusatildeo Meacutetodo

E1 Identificar as

expectativas de

pacientes que

vivenciam

os cuidados

paliativos

relacionadas agrave

comunicaccedilatildeo

com a equipe de

enfermagem

Os pacientes

entrevistados

destacam a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo e do

relacionamento

interpessoal no

momento da

terminalidade e

reafirmam o desejo

de conversar natildeo

apenas sobre a

doenccedila

O relacionamento

interpessoal com os

pacientes sob

cuidados paliativos

mostrou-se de

grande relevacircncia

A comunicaccedilatildeo

obteve um papel de

destaque no

processo de morrer

Estudo exploratoacuterio

e descritivo com

abordagem

qualitativa

E2 Apresentaccedilatildeo de

um projeto

implantado em um

hospital nos

Estados Unidos

com o objetivo de

tornar a

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros eficaz

com os pacientes

sob cuidados

paliativos

Nota-se que os

enfermeiros elevam

o niacutevel de confianccedila

do paciente atraveacutes

da comunicaccedilatildeo

eficaz

A comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativos

eacute essencial

Estudo qualitativo

E3 Analisar o processo

de comunicaccedilatildeo em

cuidados paliativos

O profissional que

apresenta

habilidade de

comunicaccedilatildeo pode

contribuir no aliacutevio

A comunicaccedilatildeo eacute o

instrumento pelo

qual acontece o

relacionamento

estudoduplo-cego

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

30

do sofrimento do

paciente

interpessoal

E4 Analisar a

utilizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo pelos

enfermeiros aos

pacientes sob

cuidados paliativos

Os enfermeiros do

estudo consideram

a estrateacutegia de

comunicaccedilatildeo

eficaz a confianccedila

foi identificada

como um

componente

relevante em um

relacionamento

entre o profissional

e o paciente

Necessita-se de

mais estudos

relacionado a

comunicaccedilatildeo ao

paciente sob

cuidados paliativo e

de participaccedilatildeo dos

enfermeiros em

cursos especiacuteficos

Estudo qualitativo

E5 Discutir barreiras

encontradas na

comunicaccedilatildeo com

paciente sob

cuidados paliativos

A comunicaccedilatildeo

pode transmitir

informaccedilotildees ao

paciente como

tambeacutem servir de

apoio ao paciente e

seus familiares

Enfermeiro tem a

responsabilidade de

transmitir confianccedila

ao paciente

permitindo assim

uma comunicaccedilatildeo

adequada

Revisatildeo de

literatura

E6 Obter

conhecimento a

respeito de

atividades

realizadas com o

paciente

oncoloacutegico

Relacionamentos

entre o paciente e o

profissional geram

impacto positivo no

bem estar do

paciente atraveacutes da

comunicaccedilatildeo pode-

se identificar a real

necessidade do

paciente

A utilizaccedilatildeo de

instrumentos

comunicativos

desempenham um

papel importante no

paciente

oncoloacutegico

Estudo qualitativo

E7 Avaliar a eficaacutecia

de um curso de

habilidade de

comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros

Houve mudanccedila no

niacutevel de confianccedila

na comunicaccedilatildeo dos

enfermeiros com os

pacientes

Os enfermeiros que

fizeram o curso

tiveram evidecircncias

eficazes na

comunicaccedilatildeo com

pacientes em

cuidados paliativos

proporcionando o

aliacutevio do

sofrimento

Randomizado

controlado

E8 Investigar se

profissionais de

sauacutede

que trabalham ou

tecircm contato

frequumlente

com pacientes sob

cuidados paliativos

valorizam a

comunicaccedilatildeo

interpessoal no

contexto da

Os profissionais

enfatizaram a

importacircncia da

comunicaccedilatildeo ao

paciente sem

possibilidade de

cura

Os profissionais

devem utilizar de

uma comunicaccedilatildeo

eficaz uma vez que

as necessidades datildeo

identificadas

atraveacutes da

comunicaccedilatildeo

Estudo de campo

multicecircntrico

descritivo

exploratoacuterio e

transversal com

abordagem

quantitativa

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

31

terminalidade

E9 Identificar o

conhecimento e a

utilizaccedilatildeo

das estrateacutegias

comunicacionais

pelos profissionais

de sauacutede no

cuidado emocional

de pacientes

sob cuidados

paliativos

Evidenciou-se que

profissionais com

capacitaccedilatildeo

paliativista

possuem melhor

desempenho

comunicacional

com o paciente

Os profissionais

participantes do

estudo apresentam

conhecimento

insatisfatoacuterio em

relaccedilatildeo agrave

comunicaccedilatildeo para

suporte emocional

de pacientes sob

cuidados paliativos

Trata-se de um

estudo descritivo

exploratoacuterio

transversal e de

campo com

abordagem

quantitativa

Atraveacutes da anaacutelise dos estudos identificaram-se os temas percepccedilotildees dos pacientes em

relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de sauacutede frente o paciente

oncoloacutegico sob cuidados paliativos a importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo-verbal comunicaccedilatildeo

e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila

com o profissional

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

32

7 DISCUSSAtildeO

71 Visatildeo dos pacientes em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo e formas de agir do profissional de

sauacutede frente o paciente oncoloacutegico sob cuidados paliativos

O E8 enfatiza a importacircncia do relacionamento interpessoal e da comunicaccedilatildeo no fim

da vida os pacientes relatam que neste momento da vida se sentem um pouco soacute e devido a

isso a comunicaccedilatildeo se torna essencial contribuindo com o aliacutevio do sofrimento e das dores

sentidas ressalta que toda a equipe de enfermagem deve sempre procurar ldquohumanizar a

experiecircncia da dorrdquo e humanizar o cuidado ao paciente Eacute interessante que o profissional

valorize o bom humor entre os pacientes e familiares e com todos da equipe permite-se desta

maneira um ambiente com menos tensatildeo bom de conviver transmitindo ao paciente somente

energia positivas lembrando-se sempre que o humor eacute um elemento essencial para uma

comunicaccedilatildeo em cuidados paliativos O humor eacute considerado uma forma de comunicaccedilatildeo

espontacircnea onde manifesta-se por expressotildees verbais faciais e sorrisos Um alto astral um

bom humor uma alegria eacute capaz de reduzir a ansiedade e o sofrimento e dor vivenciada pelo

paciente oncoloacutegico O E9 coloca a importacircncia de a equipe demonstrar ao paciente que ele

tem valor mantendo o contato visual sorrindo para o paciente mostrar ao mesmo que ele

pode realmente obter confianccedila no profissional permanecendo sempre com um diaacutelogo aberto

e sincero de forma a transmitir ao paciente aliacutevio nas dores vivenciadas Quando se fala de

relacionamento a confianccedila se torna ferramenta fundamental E4 aborda que eacute importante

transmitir ao paciente confianccedila mostrar que se preocupa de verdade com ele Saber

reconhecer os sinais e sintomas vivenciados pelo paciente foi mencionado como um elemento

fundamental para a contribuiccedilatildeo de melhora ao paciente

De acordo com Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009) os profissionais de

sauacutede devem esforccedilar para que todas estas necessidades dos pacientes sejam atendidas de

forma adequadas Atitudes de compaixatildeo afeto e cuidado no relacionamento com o paciente

traduzem a certeza de que o indiviacuteduo eacute importante independente do seu estado de sauacutede

transmite-se entatildeo consolo e paz interior para o indiviacuteduo

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

33

72 Importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal

Outro fator importante abordado pelo E8 eacute a comunicaccedilatildeo-natildeo-verbal que se expressa

atraveacutes de sinais silenciosos como contato pelo olhar pela importacircncia dada nas falas do

paciente e ateacute mesmo pelo sorriso transmitido na realizaccedilatildeo de alguma intervenccedilatildeo Por meio

destes sinais o paciente consegue perceber em qual profissional ele deve confiar

Segundo Sousa Leal Sena (2010) a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal natildeo eacute realizada por

sinais verbais e nem pela escrita Este tipo de comunicaccedilatildeo eacute realizado atraveacutes de tom de voz

postura corporal gestos entre outros Em relaccedilatildeo agrave comunicaccedilatildeo natildeo verbal E9 enfatiza que

o contato fiacutesico o toque eacute capaz de estimular terminaccedilotildees nervosas sensoriais proporcionando

transformaccedilotildees neuronais e mentais as emoccedilotildees A importacircncia da comunicaccedilatildeo expondo

que eacute necessaacuterio que o paciente seja informado quanto o seu estado de sauacutede os sintomas que

o mesmo pode vir a apresentar e medidas a serem tomadas Eacute essencial que a equipe de

enfermagem utilize a comunicaccedilatildeo como um instrumento do cuidado aos pacientes devem

sempre encorajaacute-los transmitindo confianccedila permitindo que o indiviacuteduo exponha seus

sentimentos suas preocupaccedilotildees e angustias A comunicaccedilatildeo facilita a assistecircncia ao paciente

e garante que seja uma assistecircncia qualificada e humanizada respeitando a autonomia do

paciente

Estudos realizados com profissionais de sauacutede aponta que estes consideram de grande

importacircncia a realizaccedilatildeo e o conhecimento da comunicaccedilatildeo natildeo verbal (SILVA et al 2000)

(MESQUITA 1997) (RIBEIRO MORAES BELTRAME 2008)

Eacute importante que seja realizado a comunicaccedilatildeo natildeo verbal pois a ausecircncia deste tipo

de comunicaccedilatildeo pode fazer com que o profissional toque sem sentir olhe sem ver e escute

sem ouvir Ressalta-se que o toque eacute uma forma que contribui para a realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal uma vez que atraveacutes do toque podemos transmitir sentimentos e

energias positivas (RAMOS BORTAGARI 2012)

A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal eacute considerada um instrumento importante no cuidado ao

paciente por Gala Telles Silva (2003) na medida em que o toque eacute um dos elementos que

compotildee a comunicaccedilatildeo natildeo-verbal atraveacutes do toque transmite-se ao paciente confianccedila

seguranccedila afeto proteccedilatildeo valorizaccedilatildeo do individuo e apoio O contato fiacutesico permite que

haja alteraccedilotildees neurais glandulares musculares e mentais contribuindo assim na melhora dos

pacientes internados (GALA TELLES SILVA 2003)

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

34

73 Comunicaccedilatildeo e melhora do sofrimento do paciente a expectativa dos

cuidados e a relaccedilatildeo de confianccedila com o profissional de enfermagem

Conforme E1 E7 E8 e E9 a comunicaccedilatildeo permite a identificaccedilatildeo de informaccedilotildees que

podem contribuir para uma melhor assistecircncia em relaccedilatildeo aos sintomas do paciente O

indiviacuteduo se sente acolhido cuidado quando se tem uma comunicaccedilatildeo tendo tambeacutem um

aliacutevio do sofrimento preocupaccedilotildees e anguacutestias do paciente e familiar e uma resposta positiva

no estado geral do paciente A estrateacutegia da comunicaccedilatildeo eacute o elemento principal para um

apoio no estado emocional em pacientes oncoloacutegicos sob cuidados paliativos

De acordo Peterson Carvalho (2011) a comunicaccedilatildeo deve ser uma atitude realizada

pelos profissionais da enfermagem com o paciente oncoloacutegico uma vez que este meacutetodo pode

contribuir na reduccedilatildeo do sofrimento angustias e preocupaccedilotildees do indiviacuteduo ajudando o

paciente a se adaptar melhor ao seu estado de sauacutede assim o paciente poderaacute se sentir seguro

e satisfeito consequentemente reduzindo o medo e a ansiedade da doenccedila Aleacutem disso a

comunicaccedilatildeo pode ser vista como uma forma de humanizaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de respeito e

preocupaccedilatildeo por parte do enfermeiro A comunicaccedilatildeo contribui bastante na melhora da gestatildeo

dos sintomas de sofrimento do paciente e ateacute mesmo dos familiares que muitas vezes

encontra-se angustiados Quando realizado a comunicaccedilatildeo ao paciente e seus familiares

ocorre tambeacutem uma melhora na gestatildeo da qualidade da assistecircncia obtendo-se uma reduccedilatildeo

no sofrimento dor e uma melhora o estado emocional do paciente A comunicaccedilatildeo focada no

paciente obteve resultados como a melhora do estado emocional do paciente Eacute necessaacuterio

tambeacutem que o profissional consiga manter o paciente o familiar informado respondendo suas

preocupaccedilotildees e perguntas (ELLINGTON et al 2012)

Conforme E2 para que haja confianccedila eacute necessaacuterio que se tenha uma comunicaccedilatildeo

permitindo que o paciente enxergue o profissional como um cuidador acolhedor sendo assim

os pacientes teratildeo a liberdade de conversar sobre suas preocupaccedilotildees sentimentos ateacute mesmo

sobre a doenccedila Os pacientes esperam ter uma comunicaccedilatildeo aberta e sincera com o

profissional onde seus medos poderatildeo ser acalmados E3 enfatiza que o sustento de uma

relaccedilatildeo de confianccedila quando realizada corretamente e com sinceridade pode observar uma

melhora no quadro de sofrimento do paciente e seus familiares Uma boa comunicaccedilatildeo reduz

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

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1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

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43

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VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

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World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

35

a ansiedade estresse tensatildeo tanto do paciente como de sua famiacutelia a comunicaccedilatildeo natildeo eacute

apenas troca de informaccedilotildees e sim apoio emocional a todos os envolvidos

Segundo Peterson Carvalho (2011) o enfermeiro deve desenvolver uma comunicaccedilatildeo

com o paciente pois atraveacutes do diaacutelogo o indiviacuteduo adquire confianccedila no profissional

Cultivar a confianccedila respeito e empatia auxilia no restabelecimento do paciente e eacute

importante lembrar que o tratamento do paciente oncoloacutegico exige uma atenccedilatildeo maior tanto

teacutecnica cientifica como de relaccedilotildees interpessoais O desenvolvimento de uma relaccedilatildeo de

confianccedila empatia e comunicaccedilatildeo satildeo elementos influenciadores na assistecircncia ao paciente

oncoloacutegico

Pode-se notar em E5 e E1 que a comunicaccedilatildeo com o paciente que se encontra em

cuidados paliativos e seus familiares eacute um elemento fundamental na melhora de alguns

aspectos do indiviacuteduo Eacute necessaacuterio transmitir apoio emocional e troca de informaccedilotildees a

respeito do paciente Aleacutem de a comunicaccedilatildeo conseguir ser efetiva ao paciente eacute tambeacutem

uma forma de permitir que a pessoa se torne mais confiante diante da situaccedilatildeo e tenha maior

confianccedila no profissional que estaacute prestando os cuidados A realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

interpessoal frequumlentemente auxilia na reduccedilatildeo da ansiedade e afliccedilatildeo do indiviacuteduo que natildeo

tem possibilidade de cura aleacutem de proporcionar maior qualidade no cuidado Eacute possiacutevel

identificar atraveacutes da comunicaccedilatildeo informaccedilotildees essenciais que auxiliaram no manejo dos

sintomas do paciente Evidecircncias no E7 afirmam que a realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo por

enfermeiros proporciona aos pacientes uma satisfaccedilatildeo e uma resposta positiva em seu estado

geral e emocional

A utilizaccedilatildeo de estrateacutegias comunicacionais segundo E9 eacute a base para um suporte

emocional em cuidados paliativos Saber escutar o paciente seus sentimentos anguacutestias e

afliccedilotildees satildeo ferramentas essenciais para possibilitar conforto emocional contribuindo para

um enfrentamento positivo da doenccedila Eacute identificado no estudo que profissionais que

possuem formaccedilatildeo preacutevia em cuidado paliativo apresentam mais facilidade em utilizar as

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo do que os que natildeo possuem Ressalta-se que escutar eacute diferente de

apenas ouvir Escutar exige uma atenccedilatildeo maior nas necessidades do proacuteximo Os pacientes e

seus familiares se sentem escutados quando o profissional se importa com os mesmo quando

eacute transmitido um cuidado individualizado e com atenccedilatildeo

Segundo Rodrigues Ferreira Menezes (2010) atraveacutes da realizaccedilatildeo da comunicaccedilatildeo

adequada eacute possiacutevel prestar assistecircncia de forma holiacutestica ao paciente identificando reais

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

REFEREcircNCIAS

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World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

36

necessidades transmitindo uma confianccedila e entendimento do seu estado de sauacutede

contribuindo para um melhor enfrentamento das dificuldades vivenciadas A comunicaccedilatildeo eacute

um facilitador do processo de relacionamento enfermeiro-paciente A equipe de enfermagem

deve ter habilidade de interpretar as mensagens enviadas pelos pacientes compreender e

solucionar as necessidades individualizadas de cada indiviacuteduo com o objetivo de estabelecer

um relacionamento baseado na confianccedila respeito muacutetuo

Segundo E2 E3 E4 e E5 a confianccedila eacute fundamental entre o profissional e o paciente

entretanto para que se tenha confianccedila entre os mesmos eacute importante existir uma

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia entre o profissionalpaciente e familiares Uma comunicaccedilatildeo

realizada com eficiecircncia pode reduzir sofrimentos vivenciados pelo paciente e a famiacutelia

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

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38

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42

RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

37

8 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Embora natildeo haja tantas publicaccedilotildees que forneccedilam o rigor metodoloacutegico de um estudo

experimental pode-se concluir que a comunicaccedilatildeo realizada com o paciente com diagnoacutestico

de cacircncer sob cuidados paliativos eacute uma estrateacutegia eficaz na reduccedilatildeo e aliacutevio do sofrimento

vivenciado pelos pacientes e seus familiares A comunicaccedilatildeo verbal permite o paciente expor

seus sentimentos ideacuteias evidenciando o cuidado paliativista que eacute preocupar com o paciente

e natildeo apenas com a doenccedila Constatou que a confianccedila adquirida atraveacutes da realizaccedilatildeo da

comunicaccedilatildeo com eficiecircncia eacute relevante para o paciente pois o mesmo encontra-se vulneraacutevel

e fraacutegil

Eacute importante que o profissional trabalhe para que o paciente sinta-se acolhido

escutado amparado e cuidado A equipe de enfermagem deve sempre buscar novas

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para serem utilizadas ao paciente como forma de instrumento de

cuidado Um diaacutelogo sincero realizado pelo enfermeiro contribuiraacute para o aliacutevio do sofrimento

deste paciente

A pesquisadora concluiu que a utilizaccedilatildeo da revisatildeo integrativa da literatura contribuiu

para o alcance do objetivo proposto neste trabalho poreacutem eacute necessaacuterio realizar mais estudos

nessa aacuterea para subsidiar o planejamento e as accedilotildees da equipe de sauacutede e em especial da

enferm

agem no contexto dos cuidados paliativos direcionados a comunicaccedilatildeo com os

pacientes oncoloacutegicos e seus familiares

38

REFEREcircNCIAS

ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS Manual de cuidados paliativos

Rio de Janeiro Diagraphic 320p 2009

ACQUA Magda Cristina Queiroz Dell ARAUacuteJO Vilanice Alves de SILVA Maria Juacutelia

Paes da Toque qual o uso atual pelo enfermeiro Rev Latino-amenfermagem Ribeiratildeo

Pretov6 n2 17-22p 1998

ALVES Vanessa Souza et al Conhecimento de Profissionais da Enfermagem sobre Fatores

que Agravam e Aliviam a Dor Oncoloacutegica Revista Brasileira de Cancerologia Maceioacute

(AL) v 57 n 2 199-206 p 2011

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da A comunicaccedilatildeo com o

paciente em cuidados paliativos valorizando a alegria e o otimismo Rev Esc Enferm Usp

Satildeo Paulo v 41 n 4 668-674 p 2007

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da Estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo utilizadas por profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave pacientes sob cuidados

paliativos Rev Esc Enferm Usp Satildeo Paulo v 46 n 3 626-632 p 2012

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da O conhecimento de

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo emocional em cuidados Texto

Contexto Enferm Florianoacutepolis v 21 n 1 121-129 p 2012

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Cuidados paliativos

oncoloacutegicos controle de sintomas Rio de Janeiro INCA 130p 2001

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Joseacute Alencar Gomes da Silva

Estimativa 2012 incidecircncia de cacircncer no Brasil Rio de Janeiro INCA 118p 2011

Berlo DK O processo da comunicaccedilatildeo introduccedilatildeo agrave teoria e agrave praacutetica 10ordf ed Satildeo Paulo

Martins Fontes 2003

39

BETCHER Denise KElephant in the room project improving caring efficacy through

effective and compassionate communication with palliative care patients Medsurg

Nursing v 19 n 2 101-105 p 2010

BOEMER M R Sobre cuidados paliativos Rev Esc Enferm Satildeo Paulo v 43 n 3 500-

501 p 2009

BORGES et al Percepccedilatildeo da morte pelo paciente oncoloacutegico ao longo do

desenvolvimento Psicologia em Estudo Maringaacute v 11 n 2 362-369 p 2006

BOTELHO Louise Lira Roedel CUNHA Cristiano Castro de Almeida MACEDO

Marcelo O meacutetodo da revisatildeo integrativa nos estudos organizacionais Gestatildeo e

Sociedade Belo Horizonte v 5 n 11 122-136 p 2011

BOTTINO S M B FRAGUAacuteS R GATTAZ W F Depressatildeo e cacircncer Rev Psiq Cliacuten

Satildeo Paulo v 36 n 3 110-115 p 2009

BROCA Priscilla Valladares FERREIRA Maacutercia de Assunccedilatildeo Equipe de enfermagem e

comunicaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Revista Brasileira de

Enfermagem Brasilia v 65 n 1 97-103 p 2012

BUSHINSKI Hobvii L CUMMINGS Kathleen M Practices of Effective End-of-Life

Communication between Nurses and PatientsFamilies in Two Care Settings Creative

Nursing n 3 9-12 p 2007

CRUZ Dinaacute de Almeida Lopes Monteiro da PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos

Praacutetica baseada em evidecircncias aplicada ao raciociacutenio diagnoacutestico Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 13 n 3 415-422 p 2005

DALE Charlotte Communication in palliative care Nursing Standard v 20 v 45 55 p

2006

DINIZ Renata Wanderley et al O conhecimento do diagnoacutestico do cacircncer natildeo leva agrave

depressatildeo em pacientes sob cuidados paliativos Rev Assoc Med Bras Satildeo Caetano do Sul

ndashSP v 52 n 5 298-303 p 2006

40

DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem

baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem

Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003

DUNE Kathleen Effective communication in palliative care Nunrsing Standard v 20 n

13 57-64 p 2005

ELLINGTON Lee et al Hospice Nurse Communication with Patients with Cancer and

their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012

FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes

oncoloacutegicos hospitalizados prevalecircncia e fatores associados Rev Assoc Med Bras

Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010

FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica

Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao

paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011

FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica

Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010

FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados

Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de

enfermagem Revista Brasileira de Cancerologia Rio de Janeiro v51 v4 51-54 p 2005

GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre

profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista

da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003

GALVAtildeO C M Niacuteveis de Evidecircncias Acta Paul Enferm v19 n 2 5-5 p 2006

INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro

Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de

enfermagem Rev Esc Enferm UspSatildeo Paulo v 39 n 4 423-429 p 2005

JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no

Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008

41

MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no

Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p

2006

MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO

Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de

evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4

758-764 p 2008

MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O

Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009

PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de

cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012

PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta

BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006

PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica

na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de

Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011

PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do

trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010

POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo

integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta

Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009

PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa

Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista

Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008

RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na

aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012

42

RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

38

REFEREcircNCIAS

ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS Manual de cuidados paliativos

Rio de Janeiro Diagraphic 320p 2009

ACQUA Magda Cristina Queiroz Dell ARAUacuteJO Vilanice Alves de SILVA Maria Juacutelia

Paes da Toque qual o uso atual pelo enfermeiro Rev Latino-amenfermagem Ribeiratildeo

Pretov6 n2 17-22p 1998

ALVES Vanessa Souza et al Conhecimento de Profissionais da Enfermagem sobre Fatores

que Agravam e Aliviam a Dor Oncoloacutegica Revista Brasileira de Cancerologia Maceioacute

(AL) v 57 n 2 199-206 p 2011

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da A comunicaccedilatildeo com o

paciente em cuidados paliativos valorizando a alegria e o otimismo Rev Esc Enferm Usp

Satildeo Paulo v 41 n 4 668-674 p 2007

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da Estrateacutegias de

comunicaccedilatildeo utilizadas por profissionais de sauacutede na atenccedilatildeo agrave pacientes sob cuidados

paliativos Rev Esc Enferm Usp Satildeo Paulo v 46 n 3 626-632 p 2012

ARAUacuteJO Monica Martins Trovo de SILVA Maria Juacutelia Paes da O conhecimento de

estrateacutegias de comunicaccedilatildeo no atendimento agrave dimensatildeo emocional em cuidados Texto

Contexto Enferm Florianoacutepolis v 21 n 1 121-129 p 2012

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Cuidados paliativos

oncoloacutegicos controle de sintomas Rio de Janeiro INCA 130p 2001

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Instituto Nacional de Cacircncer Joseacute Alencar Gomes da Silva

Estimativa 2012 incidecircncia de cacircncer no Brasil Rio de Janeiro INCA 118p 2011

Berlo DK O processo da comunicaccedilatildeo introduccedilatildeo agrave teoria e agrave praacutetica 10ordf ed Satildeo Paulo

Martins Fontes 2003

39

BETCHER Denise KElephant in the room project improving caring efficacy through

effective and compassionate communication with palliative care patients Medsurg

Nursing v 19 n 2 101-105 p 2010

BOEMER M R Sobre cuidados paliativos Rev Esc Enferm Satildeo Paulo v 43 n 3 500-

501 p 2009

BORGES et al Percepccedilatildeo da morte pelo paciente oncoloacutegico ao longo do

desenvolvimento Psicologia em Estudo Maringaacute v 11 n 2 362-369 p 2006

BOTELHO Louise Lira Roedel CUNHA Cristiano Castro de Almeida MACEDO

Marcelo O meacutetodo da revisatildeo integrativa nos estudos organizacionais Gestatildeo e

Sociedade Belo Horizonte v 5 n 11 122-136 p 2011

BOTTINO S M B FRAGUAacuteS R GATTAZ W F Depressatildeo e cacircncer Rev Psiq Cliacuten

Satildeo Paulo v 36 n 3 110-115 p 2009

BROCA Priscilla Valladares FERREIRA Maacutercia de Assunccedilatildeo Equipe de enfermagem e

comunicaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Revista Brasileira de

Enfermagem Brasilia v 65 n 1 97-103 p 2012

BUSHINSKI Hobvii L CUMMINGS Kathleen M Practices of Effective End-of-Life

Communication between Nurses and PatientsFamilies in Two Care Settings Creative

Nursing n 3 9-12 p 2007

CRUZ Dinaacute de Almeida Lopes Monteiro da PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos

Praacutetica baseada em evidecircncias aplicada ao raciociacutenio diagnoacutestico Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 13 n 3 415-422 p 2005

DALE Charlotte Communication in palliative care Nursing Standard v 20 v 45 55 p

2006

DINIZ Renata Wanderley et al O conhecimento do diagnoacutestico do cacircncer natildeo leva agrave

depressatildeo em pacientes sob cuidados paliativos Rev Assoc Med Bras Satildeo Caetano do Sul

ndashSP v 52 n 5 298-303 p 2006

40

DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem

baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem

Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003

DUNE Kathleen Effective communication in palliative care Nunrsing Standard v 20 n

13 57-64 p 2005

ELLINGTON Lee et al Hospice Nurse Communication with Patients with Cancer and

their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012

FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes

oncoloacutegicos hospitalizados prevalecircncia e fatores associados Rev Assoc Med Bras

Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010

FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica

Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao

paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011

FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica

Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010

FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados

Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de

enfermagem Revista Brasileira de Cancerologia Rio de Janeiro v51 v4 51-54 p 2005

GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre

profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista

da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003

GALVAtildeO C M Niacuteveis de Evidecircncias Acta Paul Enferm v19 n 2 5-5 p 2006

INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro

Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de

enfermagem Rev Esc Enferm UspSatildeo Paulo v 39 n 4 423-429 p 2005

JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no

Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008

41

MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no

Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p

2006

MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO

Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de

evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4

758-764 p 2008

MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O

Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009

PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de

cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012

PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta

BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006

PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica

na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de

Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011

PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do

trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010

POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo

integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta

Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009

PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa

Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista

Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008

RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na

aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012

42

RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

39

BETCHER Denise KElephant in the room project improving caring efficacy through

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BOTELHO Louise Lira Roedel CUNHA Cristiano Castro de Almeida MACEDO

Marcelo O meacutetodo da revisatildeo integrativa nos estudos organizacionais Gestatildeo e

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BOTTINO S M B FRAGUAacuteS R GATTAZ W F Depressatildeo e cacircncer Rev Psiq Cliacuten

Satildeo Paulo v 36 n 3 110-115 p 2009

BROCA Priscilla Valladares FERREIRA Maacutercia de Assunccedilatildeo Equipe de enfermagem e

comunicaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Revista Brasileira de

Enfermagem Brasilia v 65 n 1 97-103 p 2012

BUSHINSKI Hobvii L CUMMINGS Kathleen M Practices of Effective End-of-Life

Communication between Nurses and PatientsFamilies in Two Care Settings Creative

Nursing n 3 9-12 p 2007

CRUZ Dinaacute de Almeida Lopes Monteiro da PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos

Praacutetica baseada em evidecircncias aplicada ao raciociacutenio diagnoacutestico Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 13 n 3 415-422 p 2005

DALE Charlotte Communication in palliative care Nursing Standard v 20 v 45 55 p

2006

DINIZ Renata Wanderley et al O conhecimento do diagnoacutestico do cacircncer natildeo leva agrave

depressatildeo em pacientes sob cuidados paliativos Rev Assoc Med Bras Satildeo Caetano do Sul

ndashSP v 52 n 5 298-303 p 2006

40

DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem

baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem

Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003

DUNE Kathleen Effective communication in palliative care Nunrsing Standard v 20 n

13 57-64 p 2005

ELLINGTON Lee et al Hospice Nurse Communication with Patients with Cancer and

their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012

FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes

oncoloacutegicos hospitalizados prevalecircncia e fatores associados Rev Assoc Med Bras

Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010

FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica

Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao

paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011

FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica

Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010

FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados

Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de

enfermagem Revista Brasileira de Cancerologia Rio de Janeiro v51 v4 51-54 p 2005

GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre

profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista

da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003

GALVAtildeO C M Niacuteveis de Evidecircncias Acta Paul Enferm v19 n 2 5-5 p 2006

INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro

Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de

enfermagem Rev Esc Enferm UspSatildeo Paulo v 39 n 4 423-429 p 2005

JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no

Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008

41

MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no

Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p

2006

MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO

Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de

evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4

758-764 p 2008

MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O

Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009

PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de

cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012

PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta

BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006

PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica

na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de

Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011

PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do

trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010

POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo

integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta

Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009

PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa

Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista

Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008

RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na

aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012

42

RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

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DOMENICO Edvane Birelo Lopes De IDE Cilene Aparecida Costardi Enfermagem

baseada em evidecircncias princiacutepios e aplicabilidades Rev Latino-am Enfermagem

Ribeiratildeo Preto v 11 n 1 115-118 p 2003

DUNE Kathleen Effective communication in palliative care Nunrsing Standard v 20 n

13 57-64 p 2005

ELLINGTON Lee et al Hospice Nurse Communication with Patients with Cancer and

their Family Caregivers Journal Of Palliative Medicine v 15 n 3 262-268 p 2012

FAGNER Priscila Caroline et al Depressatildeo e comportamento suicida em pacientes

oncoloacutegicos hospitalizados prevalecircncia e fatores associados Rev Assoc Med Bras

Campinas SP v 56 n 2 173-178 p 2010

FERREIRA Ana Paula de Queiroz LOPES Leany Queiroz Ferreira MELO Mocircnica

Cristina Batista de O papel do psicoacutelogo na equipe de cuidados paliativos junto ao

paciente com cacircncer Rev Sbph Rio de Janeiro v 14 n 2 86-98 p 2011

FILHO S Silvio RB da et al Cuidados paliativos em enfermaria de cliacutenica meacutedica

Ribeiratildeo PretoHttpwwwfmrpuspbrrevista 126-133 p 2010

FIRMINO Flaacutevia Pacientes portadores de feridas neoplaacutesicas em Serviccedilos de Cuidados

Paliativos contribuiccedilotildees para a elaboraccedilatildeo de protocolos de intervenccedilotildees de

enfermagem Revista Brasileira de Cancerologia Rio de Janeiro v51 v4 51-54 p 2005

GALA F M TELLES S C R SILVA M J P Ocorrecircncia e significado do toque entre

profissionais de enfermagem e pacientes de uma UTI e unidade SemiIntensiva Revista

da Escola de Enfermagem da USP Satildeo Paulo v37 n1 52-61 p 2003

GALVAtildeO C M Niacuteveis de Evidecircncias Acta Paul Enferm v19 n 2 5-5 p 2006

INABA Luciana Cintra SILVA Maria Juacutelia Paes da TELLES Sandra Cristina Ribeiro

Paciente criacutetico e comunicaccedilatildeo visatildeo de familiares sobre sua adequaccedilatildeo pela equipe de

enfermagem Rev Esc Enferm UspSatildeo Paulo v 39 n 4 423-429 p 2005

JUVER Jeane Pereira da Silva VERCcedilOSA Nuacutebia Depressatildeo em Pacientes com Dor no

Cacircncer Avanccedilado Rev Bras Anestesiol Rio de Janeiro v 58 n 3 287-298 p 2008

41

MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no

Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p

2006

MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO

Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de

evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4

758-764 p 2008

MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O

Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009

PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de

cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012

PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta

BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006

PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica

na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de

Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011

PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do

trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010

POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo

integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta

Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009

PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa

Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista

Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008

RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na

aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012

42

RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

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URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

41

MACIEL Maria Goretti Sales et al Criteacuterios de qualidade para cuidados paliativos no

Brasil Academia Nacional de Cuidados Paliativos Editora Diagraphic Rio de Janeiro 60p

2006

MENDES Karina Dal Sasso SILVEIRA Renata Cristina de Campos Pereira GALVAtildeO

Cristina Maria Revisatildeo integrativa meacutetodo de pesquisa para a incorporaccedilatildeo de

evidecircncias na sauacutede e na enfermagem Texto Contexto ndash Enferm Florianoacutepolis v17 n4

758-764 p 2008

MORAES Tania Mara de Como cuidar de um doente em fase avanccedilada de doenccedila O

Mundo Da Sauacutede Satildeo Paulo v33 n2 231-238 p 2009

PAULA Juliana Maria de et al Sintomas de depressatildeo nos pacientes com cacircncer de

cabeccedila e pescoccedilo em tratamento radioteraacutepico um estudo prospectivo Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 20 n 2 362-368 p 2012

PESSINI Leo BERTACHINI Luciana Nuevas perspectivas em cuidados paliativos Acta

BioethicaSantiago v 12 n 2 231-242 p 2006

PETERSON Aline Azevedo CARVALHOI Emiacutelia Campos de Comunicaccedilatildeo terapecircutica

na enfermagem dificuldades para o cuidar de idosos com cacircncer Revista Brasileira de

Enfermagem Brasiacutelia v 64 n 4 692-697 p 2011

PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Cuidados paliativos uma nova especialidade do

trabalho da enfermagem Acta Paul Enferm Satildeo Paulo v23 n 3 2010

POMPEO Daniele Alcalaacute ROSSI Liacutedia Aparecida GALVAtildeO Cristina Maria Revisatildeo

integrativa etapa inicial do processo de validaccedilatildeo de diagnoacutestico de enfermagem Acta

Paul EnfermSatildeo Paulov 22n4 435-438 p 2009

PONTES Alexandra Carvalho LEITAtildeO Ilse Maria Tigre Arruda RAMOSI Islane Costa

Comunicaccedilatildeo terapecircutica em Enfermagem instrumento essencial do cuidado Revista

Brasileira de Enfermagem Brasiacutelia v61 n3 312-318 p 2008

RAMOS Ana Paula BORTAGARAI Francine Manara A comunicaccedilatildeo natildeo-verbal na

aacuterea da sauacutede Rev Cefac Rio Grande Sul v14n1 164-170 p 2012

42

RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

42

RODRIGUES Inecircs Gimenes Cuidados Paliativos Anaacutelise de conceitos 2004 231 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Ribeiratildeo Preto 2004

Cap 1

RODRIGUES Inecircs Gimenes ZAGO Maacutercia Maria Fontatildeo Cuidados paliativos realidade

ou utopia Cienc Cuid Sauacutede Satildeo Paulo v 8 136-141 p 2009

RODRIGUES MVC FERREIRA ED MENEZES TMO Comunicaccedilatildeo da enfermeira

com pacientes portadores de cacircncer fora da possibilidade de cura Rev Enferm UERJRio

de Janeiro v18 n186-91 p 2010

SANTOS Cristina Mameacutedio da Costa PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos NOBRE

Moarcyr Roberto Cuce The PICO strategy for the research question construction and

evidence search Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v15 n3 508-511 p 2007

SILVA Ednamare Pereira da SUDIGURSKY Dora Concepccedilotildees sobre cuidados

paliativos revisatildeo bibliograacutefica Acta Paul EnfermSalvador BA v21 n3504-508 p 2008

SOUSA Luisa de Faacutetima Lucena de LEAL Ana Luacutecia SENA Ester Feijoacute Correia de A

importacircncia da comunicaccedilatildeo natildeo verbal do professor universitaacuterio no exerciacutecio de sua

atividade profissional Revista CefacBom Jardim-PE v12 n5 784-787 p 2010

SILVA Ronaldo Correcirca Ferreira da HORTALE Virginia Alonso Cuidados paliativos

oncoloacutegicos elementos para debate de diretrizes nesta aacuterea Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de

Janeiro v20 n10 2055-2066 p 2006

SOUZA Bianca Fresche de et al Pacientes em uso de quimioteraacutepicos depressatildeo e

adesatildeo ao tratamento Rev Esc Enferm Usp Ribeiratildeo Preto v47 n1 61-68 p 2013

SOUZA Marcela Tavares de SILVA Michelly Dias da CARVALHO Rachel de Revisatildeo

1integrativa o que eacute e como fazer Einstein Trecircs Lagoas- MS v8 n 1 102-106 p 2010

Stetler CB Morsi D Rucki S et alUtilization-focused integrative reviews in a nursing

service Appl Nurs Res v 11 n4 195-206 p 1998

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

43

URSI E S Prevenccedilatildeo de lesotildees de pele no perioperatoacuterio revisatildeo integrativa da

literatura 2005 128 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto

da Universidade de Satildeo Paulo

VIDAL MA TORRES LM In memoriam Cicely Saundersfundadora de los Cuidados

Paliativos Revsocespdolos Espanha v13 n3143-144 p 2006

WATERKEMPER Roberta REIBNITZ Kenya Schmidt Cuidados paliativos a avaliaccedilatildeo

da dor na percepccedilatildeo de enfermeiras Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v31 n1 84-91 p

2010

WILKINSON S PERRY R BLANCHARD K LINSELL L Effectiveness of a three-day

communication skills course in changing nursersquo communication skills with cancerpalliative

care patients a randomized controlled trial Palliative Medicine V 22 365-375 p 2008

World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food nutrition and

the prevention of cancer a global perspective Washington (DC) The Institute 1997 670 p

World Health OrganizationDefinition of palliative care2002

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

44

Apecircndice 1- Instrumento de coleta de dados

A Identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do artigo

Tiacutetulo do perioacutedico

Autores

Paiacutes

Idioma

Ano de publicaccedilatildeo

B Instituiccedilatildeo sede do estudo

Hospital Universidade

Centro de pesquisa

Instituiccedilatildeo uacutenica

Pesquisa multicecircntrica

Outras instituiccedilotildees

Natildeo identifica o local

C Tipo de publicaccedilatildeo

Publicaccedilatildeo de enfermagem

Publicaccedilatildeo meacutedica

Publicaccedilatildeo de outra aacuterea da sauacutede Qual

D Caracteriacutesticas metodoloacutegicas do estudo

1 Tipo de publicaccedilatildeo

11 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa () Delineamento experimental ( ) Delineamento quase-experimental ( ) Abordagem qualitativa 12 Natildeo pesquisa ( ) Revisatildeo de literatura ( ) Relato de experiecircncia ( ) Outros________________________

2 Objetivo ou questatildeo de investigaccedilatildeo

3 Amostra

31 Seleccedilatildeo ( ) Randocircmica () Conveniecircncia ( ) Outra______________________________ 32 Tamanho ( ) inicial () final 33 Caracteriacutesticas 34 Idade 35 Sexo M () f ( ) Raccedila Diagnoacutestico

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE …Considera-se que no contexto dos cuidados paliativos, a enfermagem deve proporcionar uma assistência humanizada, a fim de amenizar

45

Tipo de cirurgia 34 Criteacuterios de inclusatildeoexclusatildeo dos sujeitos

4 Tratamento dos dados

5 Intervenccedilotildees realizadas 51 Variaacutevel independente 52 Variaacutevel dependente 53 Grupo controle sim ( ) natildeo () 54 Instrumento de medida sim ( ) natildeo ( ) 55 Duraccedilatildeo do estudo 56 Meacutetodos empregados para mensuraccedilatildeo

da intervenccedilatildeo

6 Resultados

7 Anaacutelise 71 Tratamento estatiacutestico 72 Niacutevel de significacircncia

8 Implicaccedilotildees 81 As conclusotildees satildeo justificadas com base nos resultados 82 Quais satildeo as recomendaccedilotildees dos autores

9 Niacutevel de evidecircncia

E Avaliaccedilatildeo do rigor metodoloacutegico

Clareza na identificaccedilatildeo da trajetoacuteria metodoloacutegica

URSI 2005