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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVL
Kelli Manfio
APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR
18 (2015) NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE
UMA EMPRESA EM SANTA MARIA/RS
Santa Maria, RS
2017
Kelli Manfio
APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR 18 (2015)
NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE UMA EMPRESA EM
SANTA MARIA/RS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como
requisito parcial para a obtenção do grau de
Engenheira Civil.
Orientadora: Profª. Drª. Larissa Degliuomini Kirchhof
Santa Maria, RS
2017
Kelli Manfio
APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR 18 (2015)
NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE UMA EMPRESA EM
SANTA MARIA/RS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como
requisito parcial para a obtenção do grau de
Engenheira Civil.
Aprovado em 15 de dezembro de 2017:
_________________________________________
Larissa Degliuomini Kirchhof, Profª. Drª.(UFSM)
(Presidente / Orientador)
_________________________________________
Janis Elisa Ruppenthal, Profª. Drª. (UFSM)
_________________________________________
Évelyn Paniz, Engª.Civil (UFSM)
Santa Maria, RS
2017
Dedico este trabalho aos meus pais,
Magdalena e Sergio Manfio!
“É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu...”
AGRADECIMENTOS
Agradeço imensamente à Deus pela vida, por 2017 e por todas coisas boas. 2017 veio
em formato de furacão, com toda a adrenalina e coragem que eu precisava para mudar muitos
conceitos na minha vida.
Dedico esse trabalho ao meu pai e à minha mãe, incansáveis por sonharem comigo e
acreditarem em mim nesses 5 (cinco) anos de graduação, por me dar apoio e coragem nos
momentos de luta e desespero.
À minha mãe, a grande protagonista de 2017, lutou contra tudo e contra todos, com
todas suas forças, e segue comigo de mãos dadas. Essa conquista é pra ti, minha Guerreira, eu
tenho muito orgulho de você!
Ao meu pai, por ser pai de verdade, que me apoiou e jamais deixou eu desistir dos meus
sonhos. Tu estava ali, quando ninguém mais estava. Eu te amo, meu velho!
À minha irmã, querida Juliana Maria. Deu-me o melhor presente em 2013, iniciei a
faculdade com o Eric. Um amor que só cresce, que só se multiplica e nos faz muito felizes.
Obrigada mana, por todo o incentivo nesses vários anos de batalha. Essa conquista é tua
também!
À minha orientadora Profª. Drª. Larissa Degliuomini Kirchhof, que estendeu as mãos e
aceitou me orientar nessa caminhada, compartilhando comigo experiências e ensinamentos. De
coração, o meu muito obrigada!
À eterna BACIA, Caroline, Gerson e Matheus. Que time, que saudades de vocês.
Obrigada por todo companheirismo e por estarem comigo de verdade no 9º semestre. Amo
vocês de coração!
Aos meus amigos de Nova Palma, especialmente Alexia e Tavares, obrigada pelo
companheirismo de sempre! Vocês são feras!
A Universidade Federal de Santa Maria, pelo conhecimento, qualidade de ensino e
formação profissional.
Obrigada meu Deus, por me permitir viver tudo isso, nessa intensidade maravilhosa, ao
lado das pessoas que eu amo, com todos eles aqui comigo!
RESUMO
APLICAÇÃO DO CHECKLIST DA NORMA REGULAMENTADORA NR 18 (2015)
NO COMPARATIVO DE DOIS CANTEIROS DE OBRA DE UMA EMPRESA EM
SANTA MARIA/RS
AUTORA: Kelli Manfio
ORIENTADORA: Larissa Degliuomini Kirchhof
A construção civil apresenta elevados índices de acidentes e doenças de trabalho, devido à
diversos fatores, que vão desde a mão de obra barata e desqualificada, como também a carência
de treinamentos e cursos sobre segurança e saúde do trabalhador. Os acidentes e doenças do
trabalho estão relacionados a diversos fatores, que vão desde a falta de fiscalização por meio
dos órgãos responsáveis, técnicas ainda rudimentares de construção, falta de treinamento e de
qualificação dos trabalhadores, carência de equipamentos e mecanismos de proteção
disponíveis nos canteiros, além da própria percepção e preocupação do trabalhador com sua
saúde e segurança. Desse modo, o presente trabalho tem como principal objetivo fazer a
aplicação da Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção”, por meio de um checklist proposto pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. Para realizar esta pesquisa, foram avaliados dois canteiros de obra,
pertencentes a uma mesma empresa, localizados na cidade de Santa Maria-RS. Por meio dos
resultados obtidos, foi possível realizar, primeiramente, uma análise de conformidades e não
conformidades para cada canteiro de obra, bem como uma análise comparativa entre os dois
canteiros de obra, salientando as principais desconformidades e dificuldades encontradas em
ambas obras acerca dos mecanismos de prevenção e proteção da saúde e segurança dos
trabalhadores. O canteiro de obra B apresentou melhor desempenho: 84,40% de conformidade
com a NR-18 (2015), enquanto o canteiro de obra A obteve apenas 67,67% de conformidade
com a norma.
Palavras-chave: Acidentes e doenças do trabalho. Construção civil. NR-18 (2015). Segurança
do trabalho.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Classificicação dos principais riscos ocupacionais ............................................... 21
Figura 02 – Canteiro de obra: (a) A, (b) B ............................................................................... 44
Figura 03 – Fluxograma de aplicação do checklist................................................................... 45
Figura 04 – Índices de conformidade com a NR-18 alcançado por item analisado ................. 47
Figura 05 – Tapume aberto e mal fixado: obra A..................................................................... 48
Figura 06 – Inst. Sanitárias obra A: (a) piso quebrado, (b) lixeira em saco plástico, (c) chuveiro
sem ventilação .......................................................................................................................... 49
Figura 07 – Local de refeições: (a) obra A, (b) obra B ........................................................... 50
Figura 08 – Vestiário: (a) obra A, (b) obra B ........................................................................... 50
Figura 09 – Armazenamento e estocagem de materiais: (a) e (b) material armazenado fora do
canteiro de obra A, (c) material armazenado sobre tapumes, obra B ....................................... 51
Figura 10 – Corrimão das escadas: (a) trecho sem corrimão, (b) trecho com corrimão .......... 52
Figura 11 – Escada de mão: (a) parte inferior, (b) corpo da escada, (c) parte superior ........... 53
Figura 12 – Poço do elevador: (a) acesso sinalizado, (b) fechamento, (c) vista interna .......... 53
Figura 13 – Quadro de disjuntores obra A ............................................................................... 54
Figura 14 – Carpintaria: obra B ............................................................................................... 55
Figura 15 – Sinalização para uso da betoneira – Obra B ......................................................... 55
Figura 16 – Carpintaria obra B: (a) bancada, (b) armazenamento, (c) espaço reservado .......56
Figura 17 – Equipamento de proteção individual: (a) cinto de segurança disponível n canteiro,
(b) funcionários trabalhando em altura sem cinto .................................................................... 57
Figura 18 – Extintor de incêndio, obra A ................................................................................. 58
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Equipamentos de proteção individual ................................................................... 29
Tabela 02 – Inspeções rRealizadas em Saúde e Segurança no Brasil entre janeiro e outubro de
2015 .......................................................................................................................................... 31
Tabela 03 – Despesas do INSS com pagamentos de benefícios por acidente do trabalho em
milhões de reais, entre 2008 e 2013 ......................................................................................... 32
Tabela 04 – Classificação do cumprimento da Norma Regulamentadora NR-18 .................... 45
Tabela 05 – Análise quantitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B .............................. 46
Tabela 06 – Análise qualitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B ................................ 47
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Legenda utilizada para diferenciar a conformidade dos itens com a norma NR-18
.................................................................................................................................................. 44
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AT Acidente de Trabalho
CA Certificado de Aprovação
CAT Comunicação de Acidente de Trabalho
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT Consolidação das Leis Trabalhistas
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
ICC Indústria da Construção Civil
INSS Instituto Nacional de Seguridade Social
HST Higiene e Segurança do Trabalho
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR Norma Regulamentadora
OIT Organização Internacional do Trabalho
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho
SSST Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14
1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 15
1.1.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 15
1.1.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 15
1.2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 15
1.3 DELIMITAÇÕES ...................................................................................................... 16
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................................. 16
2 ACIDENTES DE TRABALHO ..................................................................................... 18
2.1 DEFINIÇÃO .............................................................................................................. 18
2.2 TIPOS DE RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO ........................................ 19
2.2.1 Riscos Físicos ..................................................................................................... 19
2.2.2 Riscos Químicos ................................................................................................ 20
2.2.3 Riscos Biológicos ............................................................................................... 20
2.3 PROGRAMAS DE SEGURANÇA ........................................................................... 21
2.3.1 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção – PCMAT .................................................................................................... 21
2.3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO ............... 22
2.3.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ............................... 23
2.4 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO (CAT) ................................. 24
2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) ................... 24
2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ................................................................................ 26
2.7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ........................................ 28
2.8 ÍNDICES E ESTATÍSTICAS SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL
30
3. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................................................................... 33
3.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA ............................................................................................ 33
3.1.1 Instalações Sanitárias ....................................................................................... 34
3.1.2 Vestiário ............................................................................................................. 35
3.1.3 Local para Refeições ......................................................................................... 36
3.2 CARPINTARIA ......................................................................................................... 36
3.3 ARMAÇÕES DE AÇO ............................................................................................. 37
3.4 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS ................................................................. 37
3.4.1 Escadas ................................................................................................................... 37
3.4.2 Rampas e passarelas .............................................................................................. 37
3.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM ALTURA .......................... 38
3.6 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS ................. 38
3.7 ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO ............................................... 39
3.8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................................................................. 39
3.9 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS ...................... 39
3.10 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .......................................... 39
3.11 ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM DE MATERIAIS .......................................... 40
3.12 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ......................................................................... 41
3.13 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ......................................................................... 41
3.14 TREINAMENTO ....................................................................................................... 42
3.15 ORDEM E LIMPEZA ............................................................................................... 42
3.16 TAPUMES E GALERIA ........................................................................................... 42
3.17 ACIDENTE FATAL .................................................................................................. 42
4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 43
4.1 APRESENTAÇÃO DOS CANTEIROS ................................................................... 43
4.2 MÉTODO DE AVALIAÇÃO ................................................................................... 44
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................... 46
5.1 TAPUMES E GALERIAS ......................................................................................... 48
5.2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ............................................................................... 48
5.3 LOCAL PARA REFEIÇÕES .................................................................................... 49
5.4 VESTIÁRIO .............................................................................................................. 50
5.5 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL .............................................................. 51
5.6 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS ..................................... 51
5.7 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES ................................................. 52
5.8 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS .................................................................. 52
5.9 POÇO DE ELEVADOR ............................................................................................ 53
5.10 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................................................................. 54
5.11 CARPINTARIA E SERRA CIRCULAR .................................................................. 54
5.12 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS ...................... 55
5.13 ARMAÇÕES DE AÇO ............................................................................................. 56
5.14 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................................. 56
5.15 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ........................................................................ 57
5.16 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ........................................................................ 57
5.17 ORDEM E LIMPEZA .............................................................................................. 58
5.18 ORGANIÇÃO DA EMPRESA E AMBIENTE DE TRABALHO .......................... 58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 60
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 62
ANEXO A – CHECKLIST NR –18 ........................................................................................ 65
APÊNDICE A – RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA A ............................................. 80
APÊNDICE B – RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA B ............................................. 89
14
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a indústria da construção civil apresentou um elevado crescimento,
principalmente, após incentivos do Governo Federal, em parceria com estados, municípios e
empresas, por meio, por exemplo, de projetos como o Programa Minha Casa Minha Vida,
implementado em 2009 (DA CAS, 2017). Desse modo, a indústria da construção civil
impulsionou o desenvolvimento econômico, gerando renda e empregos, necessitando de grande
quantidade de mão de obra e produtividade nos canteiros de obra, a fim de vencer prazos em
menores períodos de tempo e com consequente geração de lucro (THOMÉ, 2016).
Com a grande demanda de mão de obra necessária para trabalhar e atender as
necessidades da construção e devido à alta rotatividade dos trabalhadores na construção civil,
a mão de obra, além de barata, se tornou desqualificada, visto que os operários trabalham por
empreitada ou somente em uma fase da obra, não recebendo treinamentos adequados que
possam promovem a sua segurança e proteção (NUNES, 2016).
Com isso, os acidentes de trabalho na indústria da construção apresentam elevados
números devido a diversos fatores que vão desde a falta de fiscalização, por meio de técnicos
de segurança do trabalho ou engenheiros de segurança do trabalho, técnicas ainda rudimentares
e artesanais de construção, como também a falta de percepção dos próprios operários em
conhecer e identificar os riscos dos quais estão expostos, a fim de prevenir e fazer o uso correto
dos Equipamentos de Proteção Individual e Segurança (EPI) e dos dispositivos de segurança
(THOMÉ, 2016).
Por isso, torna-se necessário fazer uma análise e avaliação das fontes de riscos que
englobam desde a etapa de concepção do projeto, para que estes possam ser minimizados e,
desse modo, prevenir os acidentes e doenças de trabalho, criando mecanismos de prevenção e
educação, orientando os operários, por meio de treinamentos que sejam eficientes quanto à
segurança e redução dos acidentes.
Deste modo, a Norma Regulamentadora NR-18 (2015): "Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da Construção" nos diz respeito sobre os mecanimos de prevenção
relacionados aos acidentes e doenças do trabalho, com o intuito deminimizar e reduzirestes
acidentes, tornando o canteiro de obras um ambiente mais organizado e seguro.
Desta forma, a presente pesquisa tem como principais objetivos ressaltar os aspectos
mais pertinentes listados pela norma, realizando, através de registros fotográficos e da aplicação
15
do Checklist NR-18,uma análise comparativa entre dois canteiros localizados na cidade de
Santa Maria- RS, abordando os itens que não estão em conformidade com a norma.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Realizar um estudo comparativo entre dois canteiros de obras do ramo da construção
civil, a partir da aplicação de um checklist, desenvolvido com base nos requisitos da NR-18
(2015): "Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção", com objetivo
de ressaltar a importância da segurança do trabalho na indústria da construção civil.
1.1.2 Objetivos Específicos
i. Utilizar um modelo de checklist, com base na NR 18 (2015) e aplicá-lo em
dois canteiros de obra pertencentes a uma mesma empresa do ramo da
construção civil, localizados na cidade de Santa Maria-RS;
ii. Realizar um estudo comparativo nos itens da norma que se sobrepõem entre
os dois canteiros de obra analisados;
iii. Fazer uma análise crítica a respeito do modelo de checklist utilizado no
estudo, bem como da Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”.
1.2 JUSTIFICATIVA
A atividade da construção civil, segundo Gonçalves (2008), apresenta características
próprias geradoras de riscos ambientais como também capacidade de grande absorção de mão
de obra desprovida de qualificações profissionais. De acordo com o autor, a construção civil
tem se destacado como um dos ramos produtivos que apresenta os maiores índices de acidentes
de trabalho.
Para Mattos e Másculo (2011), além da morte e do sofrimento causado para o
trabalhador e sua família, os acidentes de trabalho têem reflexos socioambientais, econômicos
e políticos para toda a sociedade. Por estes motivos, o autor salienta a importância da prevenção
e do controle, por meio da gestão da segurança e saúde do trabalhador.
16
Ainda, para Gonçalves (2008), a ocorrência do acidente de trabalho fatal em canteiros
de obra é uma consequência bem previsível das precárias condições ambientais de trabalho,
como por exemplo, instalações elétricas improvisadas, ensejando que o choque elétrico fosse a
principal causa de morte, ficando em segundo, as mortes por queda de nível, na falta de proteção
nas aberturas do piso ou na periferia das edificações.
Além do mais, as exigências das Normas Regulamentadores devem ser encaradas como
requisitos mínimos a serem atendidos. Para Saurin (2002), há uma necessidade de outras
medidas preventivas para reduzir os acidentes, as quais podem instrumentalizar ou mesmo
complementar as exigências das normas.
Dessa forma, a escolha desta temática justifica-se devido à grande ocorrência de
acidentes de trabalho na construção civil e à importância do cumprimento da Norma
Regulamentadora NR 18 (2015) - "Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção" e das demais normas regulamentadoras para a prevenção dos acidentes de trabalho.
Como a Construção Civil é um dos setores da economia que mais cresceu nos últimos anos e
que emprega milhares de pessoas com grande rotatividade de mão de obra, percebe-se que,
grande parte dos acidentes de trabalho está concentrado neste setor, devido à falta de
fiscalização bem como de qualificação e treinamento dos operários.
1.3 DELIMITAÇÕES
O estudo apresentado neste trabalho foi delimitado a obras do setor da Indústria da
Construção Civil, subsetor Edificações Multifamiliares. Além disso, houve uma restrição
geográfica, realizando o estudo em apenas dois canteiros de obras da cidade de Santa Maria –
RS.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
O trabalho se divide em seis capítulos. O primeiro capítulo consiste em uma breve
introdução acerca da segurança do trabalho na construção civil, temática a qual será abordada
e discutida neste trabalho.
No segundo capítulo, serão definidos os conceitos de acidente de trabalho, os tipos de
riscos presentes num canteiro de obra, os programas de segurança e as demais normas
17
regulamentadoras que complementam a NR-18 (2015) , além de apresentar os índices
estatísticos e informações acerca dos pacientes e doenças de trabalho no Brasil.
No terceiro capítulo serão apresentados aspectos referentes à norma regulamentadora
NR-18 (2015), os quais serão posteriormente avaliados em dois canteiros de obra.
No quarto capítulo serão descritos os canteiros de obra que serão estudados, bem como
a metodologia utilizada para a avaliação quantitativa e qualitativa da segurança do trabalho.
No quinto capítulo serão apresentados os resultados obtidos através da obtenção dos
dados do checklist, assim como será realizada uma análise crítica em relação ao cumprimento
da norma nos canteiros estudados.
Por fim, por meio de análise dos resultados obtidos, serão apresentadas as principais
conclusões deste estudo.
18
2 ACIDENTES DE TRABALHO
De acordo com Santana e Oliveira (2004), a construção civil é responsável por empregar
grande parte das camadas pobres da população masculina, como também, é considerada uma
das profissões mais perigosas no mundo, liderando as taxas de acidentes de trabalho fatais, não-
fatais e anos de vida perdidos. Ainda, segundo os autores, os acidentes de trabalho constituem
a principal causa ocupacional de morte na construção civil.
Bozza (2010) ressalta a ideia de que construção civil tem grande dependência da mão
de obra da qual utiliza, o que deveria contribuir diretamente para um processo com mais
qualificação acerca da segurança. Porém, o autor salienta que a construção civil continua sendo
um dos setores industriais com maior índice de acidentes de trabalho.
2.1 DEFINIÇÃO
Existem inúmeras definições para o evento acidente de trabalho. Segundo a Lei de
Benefícios Sociais n º 8.123 de 21/07/1991, em seu art.19, assim como o Ministério da Saúde
(2006), consideram como acidente de trabalho:
aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de qualquer empresa
(...), provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,
ou perda, ou redução, permanente ou temporária da capacidade do trabalho.
De acordo com a Legislação Trabalhista Brasileira (art.19 da Lei n° 8.213/1991) existem
três tipos de acidente de trabalho:
i. Acidentes típicos;
ii. Doenças profissionais;
iii. Acidente de trajeto.
Os acidentes típicos são caracterizados por provocarem lesões imediatas, como cortes,
fraturas, queimaduras, os quais reduzem a capacidade do trabalho logo após o acidente.
As doenças profissionais são determinadas pelo ramo da atividade, contraídas devido à
exposição contínua a algum agente agressor presente no local de trabalho.
Os acidentes de trajeto são acidentes sofridos pelo empregado, mesmo fora do local e
horário de trabalho, como os ocorridos no percurso da residência para o trabalho ou ao
contrário.
19
2.2 TIPOS DE RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Para Mattos e Másculo (2011), os Acidentes de Trabalho (AT) ocorrem quando algum
componente do processo construtivo deixa de operar conforme o planejado, gerando, desse
modo, uma disfunção. De acordo com os autores, a disfunção do processo indica a perda da
confiabilidade do sistema, pois degradará o contexto do trabalho. Dessa forma, a disfunção
representa uma condição insegura de trabalho, a qual poderá induzir a atos inseguros e
ocasionar situações de riscos.
O conceito de risco, para Mattos e Másculo (2011), possui duas dimensões, as quais
podem ser analisadas de forma quantitativa e qualitativa. Enquanto o risco quantitativo
representa a probabilidade de ocorrência de um acidente, o risco qualitativo indica o perigo que
é criado pela disfunção, ou seja, a perda de confiabilidade do sistema implantado no canteiro
de obras.
A quantificação dos riscos, para Saurin (2002), costuma ser necessária somente quando
os danos podem ser de grandes proporções, como perdas de vida humana ou perdas econômicas,
por exemplo.
Para Chocarero (2007), a verificação das causas e dos efeitos de cada risco, além de
medidas preventivas e corretivas, qualifica os riscos para priorizar as ações, o que auxilia na
identificação dos aspectos desapercebidos. Além do mais, estas verificações permitem que
sejam feitas revisões de cada serviço em tempo hábil, para que se possa oferecer maior
segurança operacional aos trabalhadores.
Existe ainda, outra forma de caracterização dos riscos, segundo o Programa de
Prevenção de Riscos Ambienais (PPRA), normatizado pela NR - 9 (2014), a qual estabelece
riscos físicos, químicos e biológicos.
2.2.1 Riscos Físicos
Os riscos físicos são ocasionados por agentes que tem capacidade de modificar as
características físicas do meio ambiente, e que, no meio seguinte, causará agressões em quem
estiver nele imerso (Mattos e Másculo ,2011)
De acordo com Mattos e Másculo (2011), os riscos físicos se caracterizam por:
i. Exigir um meio de transmissão para propagar a nocividade, geralmente
o ar.
20
ii. Agir mesmo sobre pessoas que não tem contato direto com a fonte de
risco.
iii. Ocasionar lesões crônicas mediatas.
2.2.2 Riscos Químicos
Os riscos químicos são provocados por agentes que modificam a composição química
do meio ambiente. Porém, não necessitam da existência de um meio para propagação de sua
nocividade, uma vez que algumas substâncias são nocivas por contato direto (Mattos e
Másculo,2011).
Dessa forma, as características do processo tecnológico têm elevada a importância nesse
grupo, uma vez que os processos industriais lançam mão da tecnologia química e de substâncias
tóxicas. Além do mais, são lançados anualmente no mercado, novas substâncias e produtos
químicos, sem que se conheça os verdadeiros riscos envolvidos pelo seu manuseio (Mattos e
Másculo, 2011).
2.2.3 Riscos Biológicos
Os riscos biológicos são aqueles introduzidos nos processos de trabalho pela utilização
de seres vivos como parte integrante do processo produtivo, tais como vírus, bacilos, bactérias,
os quais são potencialmente nocivos ao ser humano. Além do mais, esse risco pode ser
decorrente da falta de higienização do ambiente de trabalho, o que pode facilitar a presença de
animais transmissores de doenças no ambiente de trabalho (Mattos e Másculo, 2011).
A Norma Regulamentadora NR- 9 (2014): “Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) estabelece como principais fundamentos a preservação da saúde e
integridade física dos trabalhadores, como também a antecipação, reconhecimento, avaliação
dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, os quais
levam em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Na Figura 01 está
apresentada a classificação dos riscos ambientais:
21
Figura 01 – Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais
Fonte: Google Imagens,2017
2.3 PROGRAMAS DE SEGURANÇA
Os Programas de Segurança exigidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
são:
i. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção (PCMAT);
ii. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
iii. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Segundo a NR-18 (2015), o PCMAT e o PCMSO são programas obrigatórios para todos
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) e o PPRA é um programa específico para empresas do ramo da construção
civil.
2.3.1 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
– PCMAT
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
(PCMAT) está estabelecido na Norma Regulamentadora NR-18 (2015) - "Condições e Meio
22
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”, aprovado pela Portaria n.º 3214, de 08 de
junho de 1978 do Ministério do Trabalho.
A norma orienta que a elaboração e execução do PCMAT deve ser feita por profissionais
capacitados na área da segurança do trabalho, assim como o cumprimento do PCMAT é
obrigatório em estabelecimentos com 20 (vinte) ou mais trabalhadores.
O PCMAT, dessa forma, tem por objetivo preservar a saúde e a integridade dos
trabalhadores na indústria da construção civil, assim como, implementar medidas de controle
de segurança nos processos construtivos durante toda fase de execução da obra. Desse modo, a
elaboração do PCMAT se dá pela antecipação dos riscos relacionados à atividade da construção
civil (NR 18, 2015).
Os documentos que integram o PCMAT, de acordo com a NR 18 (2015):
i. Memorial sobre as condições e meio ambiente de trabalho nas
atividades e operações, levando-se em consideração riscos de
acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas
preventivas;
ii. Projeto de execução das proteções coletivas, em conformidade com
as etapas de execução a obra;
iii. Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem
utilizadas;
iv. Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no
PCMAT;
v. Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, a previsão de
dimensionamento das áreas de vivência;
vi. Programa educativo contemplando a temática de prevenção de
acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.
2.3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
A Norma Regulamentadora NR – 07 (2013): “Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional” corresponde a um programa que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de empregadores e empresas, que admitam trabalhadores como
empregados, que tem como objetivos a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores,
através da obrigatoriedade da realização de exames médicos (NR - 07, 2013). O programa de
controle médico constitui, dessa forma, um conjunto de iniciativas da empresa no sentido de
23
preservar a saúde e a integridade dos funcionários, devendo estar articulado às demais Normas
Regulamentadoras (Mattos e Másculo, 2011).
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) deverá ter caráter de
prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho,
inclusive de natureza subclínica, além de constatar a existência de casos de doenças
profissionais ou danos irreversíveis a saúde dos trabalhadores (NR - 07, 2013).
Para Mattos e Másculo (2011), o PCMSO deve:
i. Considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de
trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na
abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho;
ii. Ser planejado e implementado com base nos riscos à saúde dos
trabalhadores;
iii. Obedecer um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde
a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório
anual.
2.3.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é um programa que deve ser
elaborado e implementado por todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), visando a preservação da saúde e
integridade dos trabalhadores.
Regido pela Norma Regulamentadora NR – 09 (2016): “Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais”, o programa tem como principal objetivo a preservação da saúde e
integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes ou que venham existir no ambiente de
trabalho, levando em conta a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (NR - 09,
2016).
De acordo com o item 9.3.1 da NR-09 (2016), o PPRA deverá ser estruturado pelas
seguintes etapas:
i. Antecipação e reconhecimento dos riscos;
ii. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
iii. Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
iv. Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
24
v. Monitoramento da exposição dos riscos;
vi. Registro e divulgação dos dados.
Para Mattos e Másculo (2011), o PPRA é um programa que pode ser elaborado e
incorporado nos atuais conceitos de gerenciamento e gestão, nos quais o empregador possui
autonomia e responsabilidade para adotar um conjunto de medidas que sejam necessárias para
garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
2.4 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO (CAT)
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para
reconhecer um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como uma doença ocupacional (INSS,
2017). O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) é o órgão responsável para receber o
documento de registro dos acidentes de trabalho ocorridos em território nacional.
O preenchimento e envio do CAT é obrigatório para que se garanta ao trabalhador o
direito de reconhecimento de vítima de acidente de trabalho, além de que, a comunicação ao
INSS deve ser feita independente da gravidade da lesão e do tempo de afastamento da vítima.
Conforme previsto no art. 22, da Lei nº 8.213/1991, a comunicação do acidente de
trabalho pode ser realizada pela empresa, pelo próprio trabalhador ou seus dependentes, bem
como o sindicato que representa o trabalhador ou o médico que fez o primeiro atendimento.
Porém, o fato da empresa não fazer o preenchimento da Comunicação do Acidente de Trabalho
(CAT), não torna a empresa isenta da responsabilidade do acidente, estando essa sujeita a
penalidades previstas na Lei de Benefícios da Previdência (art.21, da Lei n° 8.213/1991).
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT,2013), ocorrem no mundo,
aproximadamente 270 milhões de acidentes de trabalho, e cerca de dois milhões de mortes por
ano.
2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA)
A Norma Regulamentadora NR – 05 (2011): CIPA – “Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes”, em vigor na Portaria SSST_MTE n.8, de 23 de fevereiro de 1999, é constituída
por uma comissão partidária, formada por empregados, na sua maioria leigos em prevenção de
acidentes, e tem como principais objetivos promover a prevenção dos acidentes de trabalho,
bem como as doenças profissionais e do trabalho, de modo a tornar compatível o trabalho com
a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
25
Constitucionalmente, a CIPA deve ser organizada e mantida em funcionamento nos
estabelecimentos públicos ou privados, sociedades de economia mista, órgãos da administração
direta ou indireta, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.
Além do mais, uma empresa que possuir no mesmo município, um ou mais
estabelecimentos, deverá garantir a integração da CIPA e dos designados, com o objetivo de
harmonizar as políticas de segurança e saúde do trabalho.
De acordo com Mattos e Másculo (2011), as atribuições da CIPA são:
i. Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar os mapas de riscos, com
a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT),
onde houver;
ii. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde do trabalhador;
iii. Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
iv. Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores;
v. Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
vi. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
vii. Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores;
viii. Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação
de máquina ou setor onde considere haver risco grave eminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;
ix. Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde do trabalhador;
x. Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
cláusulas de acordo e convenções coletivas de trabalho;
26
xi. Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;
xii. Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde do trabalhador;
xiii. Requisitar à empresa as cópias das Comunicações dos Acidentes de
Trabalho (CAT) emitidas;
xiv. Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho –SIPAT;
xv. Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção da AIDS.
2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT)
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT), regulamentada pela Norma Regulamentadora NR-04 (2016): “Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho” do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), constitui-se de um órgão técnico, o qual é composto por
profissionais especialistas em segurança ou saúde no trabalho. O SESMT tem como finalidade
a elaboração e também a implementação de programas preventivos de acidentes e doenças
ocupacionais no âmbito do trabalho, sendo obrigatório em empresas com mais de 100
funcionários.
Para Mattos e Másculo (2011), o principal motivo para a normatização do artigo 164 da
CLT (1997) referente à existência dos Serviços Especializados em Segurança e em Medicina
do Trabalho (SESMT), foi a imagem negativa que a representação dos acidentes de trabalho
causava perante o cenário mundial. Segundo os autores, ocorreram aproximadamente 1,8
milhões de acidentes de trabalho por ano no Brasil, o que acabou interrompendo os empréstimos
fornecidos pelo Banco Mundial ao país.
Para Nunes (2016), o dimensionamento do SESMT está vinculado ao grau de risco das
atividades e ao número total de empregados do estabelecimento. A partir desses elementos, se
definirá o quadro de profissionais, sendo estes obrigados a estarem registrados no Órgão
Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
27
Assim sendo, de acordo com Mattos e Másculo (2011) o SESMT deverá ser composto
por:
i. Engenheiro de Segurança do Trabalho;
ii. Médico do Trabalho;
iii. Enfermeira do Trabalho;
iv. Técnico em Segurança do Trabalho;
v. Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
No item 4.12 da Norma Regulamentadora NR-04 (2016), estão estabelecidas as
seguintes diretrizes:
i. Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do
trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes,
inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir e/ou eliminar os
riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
ii. Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a
eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo
trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo
com o que determina a NR 6 - (2009), desde que a concentração, a
intensidade ou característica do agente assim o exija;
iii. Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa;
iv. Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao
cumprimento do disposto nas NRs aplicáveis às atividades executadas
pela empresa e/ou pelos seus estabelecimentos;
v. Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao
máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la,
conforme dispõe a NR-05 (2011);
vi. Promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de
programas de duração permanente;
vii. Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;
viii. Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os
acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima,
28
e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores
ambientais, as características do agente e as condições do(s)
indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
ix. Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade;
x. Manter os registros na sede dos Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a
partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de
arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições
de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, por um período
não inferior a 5 (cinco) anos;
xi. As atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são
essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento
de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de
planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios
que visem o combate a incêndios e o salvamento e a imediata atenção à
vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em
suas atividades.
Dessa forma, segundo a NR-04 (2016), os integrantes do SESMT deverão, de forma
periódica, realizar inspeção de segurança nos ambientes de trabalho, para que se possa
identificar as condições de riscos nocivas à saúde ou integridade física do trabalhador, para que
possam ser desenvolvidas medidas preventivas e corretivas com o intuito de solucionar as
problemáticas referentes à saúde e segurança do trabalhador.
2.7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
A Norma Regulamentadora NR-06 (2009): “Equipamentos de Proteção Individual”
define Equipamento de Proteção Individual (EPI) como todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
saúde e a segurança do trabalhador. Ainda, a atual NR-06 (2009) determina Equipamento
Conjugado de Proteção Individual como todo equipamento que é composto por vários
dispositivos, nos quais o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam vir a
29
ocorrer de forma simultânea e que sejam capazes de ameaçar a saúde e segurança do
trabalhador.
A norma regulamentadora NR-06 (2009), presente nos canteiros de obras, ainda define
que as empresas são obrigadas a fornecerem aos empregados EPI gratuitamente, sendo estes
equipamentos adequados ao riscos nos quais os funcionários estão expostos, além de estarem
em bom estado de conservação e funcionamento.
Em relação às responsabilidades do empregador aos equipamentos de proteção
individual (EPI), a norma NR-06 (2009) enumera as seguintes concepções:
i. Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade e que possua
Certificado de Aprovação (CA);
ii. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, sua guarda e
conservação, além de exigir seu uso;
iii. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica do EPI,
devendo substitui-lo quando danificado ou for extraviado;
iv. Comunicar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre qualquer
irregularidade observada.
Em seu anexo I, a NR-06 (2009) lista os equipamentos de proteção individual (EPI) que
devem ser utilizados pelas empresas, os quais estão apresentados na Tabela 01.
Tabela 01- Equipamentos de Proteção Individual
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A. EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
A.1 Capacete
A.2 Capuz
B. EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
B.1 Óculos
B.2 Protetor facial
B.3 Máscara de Solda
C. EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
C.1 Proteção auditivo
D. EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
D.1 Respirador purificador de ar
D.2 Respirador de adução de ar
D.3 Respirador de fuga
E. EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
E.1 Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao contra riscos de origem térmica, mecânica,
química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água.
E.2 Colete a prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalham portando arma de fogo,
para proteção do tronco contra riscos de ordem mecânica.
F. EPI PARA PROTEÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES
F.1 Luvas
F.2 Creme protetor
30
F.3 Manga
F.4 Braçadeira
F.5 Dedeira
G. EPI PARA PROTEÇÃO DE MEMBRIS INFERIORES
G.1 Calçado
G.2 Meia
G.3 Perneira
G.4 Calça
H. EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
H.1 Macacão
H.2 Conjunto
H.3 Vestimenta de corpo inteiro
I. EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NIVEL
I.1 Dispositivo de trava queda
I.2 Cinturão
Fonte: Anexo I NR-06,2009
2.8 ÍNDICES E ESTATÍSTICAS SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL
De acordo com Ministério do Trabalho e Emprego (2015), os principais dados
estatísticos brasileiros relacionados à segurança e saúde do trabalhador são concedidos pelo
Ministério da Previdência Social, através da Comunicação dos Acidentes de Trabalho (CAT),
a qual é obrigatória para todas as empresas e instituições que são regidas pela Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT, 2017).
Segundo dados informados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em
2013, ocorreram aproximadamente 717.911 acidentes e doenças de trabalho no Brasil, sendo
432.254 considerados acidentes típicos e somente 15.226 foram avaliados como acidentes de
trabalho. Já no mundo, as estatísticas da OIT indicam que acontecem 2 (dois) milhões de mortes
por ano, devido a acidentes e doenças do trabalho.
Ainda, segundo o MTE (2015), os índices de acidentes e doenças do trabalho no país
são considerados baixos, uma vez que muitos destes casos não são notificados ao órgão
responsável, o INSS. Desse modo, apesar de existir uma subnotificação dos acidentes, as
estatísticas mostram que as medidas de prevenção de saúde e segurança do trabalhador são
insuficientes e comprovam carência em relação aos mecanismos de fiscalização e cumprimento
das normas.
Os índices de acidentes de trabalho no Brasil, quando divididos por setores da economia,
expressam que alguns ramos são considerados de alto risco, como por exemplo a construção
civil, a indústria extrativa, fabricação de metais e produtos minerais, entre outros. Desse modo,
na Tabela 02, fornecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pode-se constatar, tomando
31
como referência os dados de janeiro a outubro de 2015, os setores da economia que apresentam
grande impacto em relação a saúde e segurança do trabalhador, quando analisadas as inspeções
acerca da segurança nestes segmentos.
Tabela 02 – Inspeções Realizadas em Saúde e Segurança no Brasil entre Janeiro e outubro de
2015
Setor
Econômico
Ações
Fiscais
Trabalhadores
Alcançados
Notificações Autuações Embargos Acidentes
Analisados
Agricultura 6.938 450.233 14.407 8.405 95 94
Comércio 22.021 1.242.011 19.906 11.927 460 230
Construção 17.920 1.696.458 8.043 33.388 2.142 437
Educação 1.514 180.291 207 469 5 5
Hotéis
Restaurantes
5.856 239.629 1.446 3.282 22 32
Ind. Alimentos 3.350 1.195.497 6.438 5.891 199 154
Ind. Madeira
Papel
818 99.942 1.453 1.392 67 47
Ind. Metal 4.099 1.325.410 2.887 5.382 225 152
Ind. Mineral 1.753 207.560 1.021 3.418 125 92
Ind. Químicos 1.725 533.793 1.097 2.314 55 109
Ind. Tecido e
Couro
1.460 259.192 806 1.469 25 36
Ind. Outras 1.098 109.616 955 1.218 53 26
Instituições
Financeiras
558 508.107 108 321 4 4
Saúde 2.291 723.147 802 2.113 27 20
Serviços 5.314 1.809.427 2.266 4.673 98 154
Transportes 5.094 1.072.023 1.534 4.961 68 142
Outros 2.416 476.380 998 1.708 73 43
TOTAL 84.275 1.2128.706 64.374 92.331 3.743 1.777
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (Sistema Federal de Inspeção do Trabalho)
Conforme os resultados apresentados na tabela 02, a Construção Civil representa 24,6
% dos acidentes de trabalho analisados no período de tempo considerado, como também
80,17% dos embargos durante as fiscalizações. Dessa forma, a construção civil é um dos
segmentos da economia que apresenta atividades de alto risco, nos quais os mecanismos de
prevenção da saúde e segurança do trabalhador ainda apresentam muitas falhas, necessitando
de melhorias e fiscalizações mais severas para reduzir esses riscos.
Os acidentes de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
além de causarem dor e sofrimento para as vítimas e seus familiares, geram custos financeiros
32
para as empresas e o Estado. Segundo os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS, 2017), os gastos previdenciários pagos de acordo com os benefícios
concedidos - auxílio doença, pensão por morte, aposentadoria por invalidez e auxilio acidente
– no período de 2008 a 2013, resultaram em aproximadamente 50 milhões de reais aos cofres
públicos.
Para o Ministério do Trabalho e Emprego, os custos gerados pelos acidentes do trabalho
podem ser classificados em 3 (três) categorias. Os custos diretos são aqueles associados a
tratamentos e reabilitações médicas; os custos indiretos estão relacionados com as
oportunidades perdidas pelo trabalhador acidentado, o empregador e a previdência social,
enquanto que os custos humanos estão compreendidos na piora da qualidade de vida do
trabalhador acidentado e sua família. Na Tabela 03 estão apresentadas as despesas em relação
ao pagamento de benefícios por acidentes.
Tabela 03 - Despesas do INSS com pagamentos de benefícios por acidente do trabalho em
milhões de reais, entre 2008 e 2013
Pensões
Acidentárias
Aposentadoria
por Invalidez
Auxílio
Doença
Auxílio
Acidente
Auxílio
Suplementar
Total
2008 1.214 1.628 1.676 1.455 308 6.281
2009 1.328 1.850 2.103 1.468 124 6.873
2010 1.393 2.082 2.408 1.675 112 7.670
2011 1.514 2.371 2.698 1.818 125 8.455
2012 1.839 2.656 2.942 2.162 240 9.838
2013 2.033 2.994 3.375 2.378 197 10.977
TOTAL 9.320 13.581 15.132 10.955 1.105 50.094
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (2017)
33
3. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO CIVIL
A Indústria da Construção Civil (ICC), de acordo com Gonçalves (2008), é responsável
pela grande captação de mão de obra trabalhadora, a qual é desprovida de qualificações
profissionais. Ainda, segundo o autor, a construção civil é um dos ramos produtivos que
apresenta elevados índices de acidentes de trabalho, o que justifica a existência de Norma
Regulamentadora especifica, a NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção”.
Para Mattos e Másculo (2011), é necessário realizar as atividades com planejamento
adequado, com os fundamentos de Higiene e Segurança do Trabalho (HST), para que se previna
e controle os fatores de riscos que podem levar a acidentes, como assim também, aumentar a
produtividade do trabalhador. Além disso, para os autores, os acidentes de trabalho estão
associados as relações de produção, pois quanto mais intenso for o processo produtivo, maior
será o desgaste do trabalhador, o que aumenta a probabilidade de ocorrência de acidentes.
Santana e Oliveira (2004) ainda salientam que os principais agentes causadores dos
acidentes e doenças do trabalho na indústria da construção civil estão relacionados ao grande
número de riscos ocupacionais, como, por exemplo, trabalhos em alturas, o manuseio de
máquinas, equipamentos e ferramentas cortantes, instalações elétricas, uso de veículos
automotores, posturas anti-ergonômicas como a elevação de objetos pesados, além do estresse
devido à alta rotatividade nos canteiros de obra.
Dessa forma, neste capítulo serão abordados apenas os itens da Norma
Regulamentadora NR-18 (2015) que serão posteriormente avaliados no check-listaplicado nos
canteiros de obras.
3.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA
A obrigatoriedade das áreas de convívio prevista pela NR-18 (2015), segundo Noronha
(2009), foi uma das principais conquistas em benefício dos trabalhadores da construção civil.
Para o autor, as áreas de vivência são responsáveis por garantir boas condições humanas de
trabalho, o que resulta no bem-estar dos trabalhadores, como também, na redução do número
de acidentes.
Para Rocha, Saurin e Formoso (2013) as áreas de vivência de um canteiro de obras,
embora não estejam diretamente relacionadas às causas dos acidentes de trabalho, têm grande
34
influência na ocorrência dos acidentes, uma vez que as condições precárias das áreas de
convívio contribuem para diminuir a motivação dos trabalhadores, o que gera comportamentos
inseguros nos trabalhadores.
No item 18.4.1 da NR-18 (2015), estão listados os itens que as áreas de vivência de um
canteiro de obra deve dispor, sendo eles:
i. Instalações sanitárias;
ii. Vestiário;
iii. Alojamento;
iv. Local de refeições;
v. Cozinha, quando houver necessidade de preparo;
vi. Lavanderia;
vii. Área de lazer;
viii. Ambulatório.
As áreas de vivência de um canteiro de obras devem ser mantidas em adequado estado
de conservação e limpeza, bem como, se forem feitas sobre instalações móveis, a exemplo de
contêineres, devem dispor de apropriada área de ventilação natural para que se garanta
condições favoráveis de conforto térmico (NR-18, 2015).
Os alojamentos, lavanderias e área de lazer são itens obrigatórios apenas quando houver
trabalhadores alojados no canteiro de obra (NR-18, 2015), bem como a presença de ambulatório
só é necessária quando se tratar de frentes de trabalho com mais de 50 (cinquenta) trabalhadores.
3.1.1 Instalações Sanitárias
As instalações sanitárias, conforme o item 18.4.2.1 da NR-18 (2015), são os locais
destinado ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção dos trabalhadores do
canteiro de obra, sendo compostas por lavatórios, vasos sanitários, mictórios e chuveiros. Para
cada grupo de 20 (vinte) funcionários, a instalação sanitária deve constituir um conjunto de
lavatório, vaso sanitário e mictório, bem como o chuveiro, na proporção de umaunidade para
cada 10 trabalhadores.
As instalações sanitárias, de acordo com o item 18.4.2.3 da NR-18 (2015), devem:
i. Ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;
ii. Ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de
modo a manter o resguardo conveniente;
iii. Ter paredes de material lavável e resistente, podendo ser de madeira;
35
iv. Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
v. Não se ligar diretamente a locais com os locais destinados a refeições;
vi. Ser independente para homens e mulheres, quando necessários;
vii. Ter ventilação e iluminação adequados;
viii. Ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
ix. Ter pé-direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros),
ou respeitando o que determina o Código de Obras do município da obra;
x. Ser situados em local de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um
deslocamento superior a 150 m (cento e cinquenta metros) do posto de
trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.
3.1.2 Vestiário
De acordo com a NR-18 (2015), os vestiários são espaços destinados à troca de roupas,
o que torna obrigatório, dessa forma, que todo canteiro de obra disponha de vestiários para
trabalhadores que não residam na obra. Os vestiários devem estar dispostos próximos ao
alojamentos ou entrada da obra, permitindo que os trabalhadores acessem a obra com uniforme
e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para sua segurança.
O item 18.4.2.9.3 da NR-18 (2015) estabelece que os vestiários devem dispor:
i. Paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
ii. Ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
iii. Ter cobertura que proteja das intempéries;
iv. Ter área de ventilação, de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso;
v. Ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com
cadeado;
vi. Ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros),
ou respeitando o Código de Obras do município da obra;
vii. Ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;
viii. Ter bancos em número suficiente para atender os usuários, com largura
mínima de 0,30 m (trinta centímetros).
36
3.1.3 Local para Refeições
Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local para refeições,
independentemente do número de funcionários e da existência de cozinha. O refeitório deve
dispor de equipamento adequado para o aquecimento de refeições de forma segura, bem como
haver fornecimento de água potável, filtrada e fresca, sendo proibido o uso de copos coletivos
(NR-18, 2015). O refeitório, segundo a NR-18 (2015), deve ter:
i. Paredes que permitam o isolamento durante as refeições;
ii. Ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;
iii. Ter cobertura que proteja das intempéries;
iv. Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no
horário das refeições;
v. Ter iluminação e ventilação natural e/ou artificial;
vi. Ter mesas com tampos lisos e laváveis;
vii. Ter lavatório instalado em suas proximidades ou interior;
viii. Ter assentos em número suficientes para atender aos usuários;
ix. Ter depósito, com tampa, para detritos;
x. Não estar localizado em subsolos ou porões das edificações;
xi. Ter pé-direito de, no mínimo, 2,80m (dois metros e oitenta centímetros),
ou conforme o Código de Obras do município da obra.
3.2 CARPINTARIA
Os serviços de carpintaria na construção civil demandam de ambiente com piso
resistente, nivelado e antiderrapante, com cobertura que proteja os operários contra quedas de
materiais e intempéries. Ainda, o uso de máquinas e equipamentos que são necessários para a
realização das atividades, somente devem ser usados por profissionais qualificados segundo a
Norma Regulamentadora, pelo risco que apresentam durante seu manuseio (NR-18, 2015).
As serras circulares deverão ser dotadas de mesa estável com o disco mantido afiado e
travado. Todas as serras devem ser providas de coifa protetora do disco e cutelo divisor, e nas
operações de corte de madeira deverão ser utilizados dispositivo empurrador, guia de
alinhamento e coletor de serragem (NR-18,2015).
37
3.3 ARMAÇÕES DE AÇO
As dobragens e cortes de vergalhões, segundo a NR-18 (2015), devem ser feitos sobre
bancadas ou plataformas adequadas e estáveis, as quais estejam apoiadas sobre superfícies
resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da área de circulação dos trabalhadores.
Além disso, a bancada de trabalho deve estar coberta e protegida das intempéries e queda de
materiais.
A norma ainda especifica, que é proibida a existência de pontas verticais de vergalhões
de aço desprotegidas, bem como a carga e descarga desse material deve ser feito em áreas
isoladas.
3.4 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS
Em canteiros de obra, de acordo com o item 18.12.4 da NR-18 (2015), se faz obrigatória
a instalação de rampas ou escadas provisórias para uso coletivo para mudanças de níveis, bem
como permitir a circulação dos trabalhadores na obra. O material utilizado para a construção
desses acessos deve ser de boa qualidade, sem apresentar rachaduras que comprometam a
resistência, bem como é vedado o uso de pintura que encubra imperfeições do material.Todas
escadas, rampas e passarelas devem ser dotadas de corrimão e rodapé.
3.4.1 Escadas
As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas de acordo com o fluxo
de trabalhadores, devendo ter largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros) e a cada 2,90 m
(dois metros e noventa centímetros), um patamar intermediário (NR-18,2015).
As escadas de mão poderão ter extensão de até 7 m (sete metros) e o espaçamento entre
os degraus deve ser uniforme, bem como seu uso deve ser restrito para acessos provisórios e
para serviços de pequeno porte. Ainda, devem estar fixadas no piso superior e inferior,
ultrapassando cerca de um metro do piso superior. (NR-18,2015).
3.4.2 Rampas e passarelas
As rampas e passarelas provisórias utilizadas nos canteiros de obra devem ser
construídas e mantidas em condições ideais de uso e segurança. Devem ser fixadas no piso
38
inferior e superior, não ultrapassando 30° (trinta graus) de inclinação em relação ao piso (NR-
18,2015).
3.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM ALTURA
Onde houver risco de queda de materiais ou trabalhadores, de acordo com o item 18.13
da NR- 18 (2015), é obrigatória a instalação de proteção coletiva.Desse modo:
i. Em vãos de acesso a caixa de elevadores, deve ter fechamento provisório
mínimo de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de altura, construídos com
material resistente e seguramente fixados na estrutura, até a colocação definitiva
das portas;
ii. Em todo perímetro da construção de edificação com mais de 4 (quatro)
pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma
principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-
direito acima do nível do terreno. Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m
(dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da
construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão,
com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.
3.6 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS
No item 18.14 da NR-18 (2015) estão relacionadas as disposições a cerca da
movimentação e transporte de pessoas e materiais nos canteiros de obra, desde a instalação,
montagem, desmontagem, operação, manutenção e reparos dos equipamentos que realizam
esses transportes.
Os funcionários designados a operar equipamentos de movimentação e transporte de
pessoas devem receber treinamentos e qualificação especificada referente a cada dispositivo,
além de possuirem atribuições para manter o local de trabalho limpo e organizado, instruir e
organizar as cargas que serão transportadas, como também acompanhar qualquer serviço de
manutenção e correção executados.
39
3.7 ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO
As exigências referentes a esses elementos estão dispostas no item 18.15 da NR-18
(2015), e tem como objetivo designar o dimensionamento de andaimes, sua estrutura de
sustentação e fixação, a qual deve ser dimensionado por um profissional habilitado. Além do
mais, os projetos de andaimes tipo fachadeiro, suspensos e em balanço devem possuir Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART), para que possam suportar de forma segura a carga de
trabalho que estarão expostos.
3.8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
De acordo com item 18.21.1 da NR-18 (2015), a execução e manutenção das instalações
elétricas devem ser realizadas por profissionais qualificados, tendo supervisão de profissionais
habilitados. Além disso, as instalações devem ser protegidas contra impactos mecânicos,
umidade e agentes corrosivos, não podendo serem executadas quando o circuito elétrico estiver
energizado.
3.9 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS
As recomendações da NR-18 (2015), acerca da operação de máquinas e uso de
equipamentos, salienta que somente funcionários qualificados e identificados por crachá
deverão executar trabalhos em máquinas que oferecem riscos.
As ferramentas e equipamentos utilizados no canteiro de obras devem estar em perfeito
estado de conservação, não apresentando defeitos ou partes danificadas, as quais devem ser
substituídas sempre que não apresentarem mais garantia de segurança ao trabalhador.
3.10 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são dispositivos obrigatórios aos
trabalhadores, os quais devem ser fornecidos pela empresa de forma gratuita, sendo estes
dispositivos adequados ao tipo de risco exposto, e devem estar em perfeito estado de
conservação e funcionamento (NR-18,2015).
Os cintos de segurança tipo paraquedista são recomendados para alturas maiores que 2
m (dois metros) em relação ao piso, em atividades que apresentam riscos. Já os cintos de
40
segurança tipo abdominal, conforme o item 18.23 da NR-18 (2015), só devem ser utilizados em
serviços elétricos e em atividades que sejam necessárias limitação dos movimentos. Além disso,
todos os cintos de segurança devem dispor de trava-quedas e estarem ligados a cabos de
segurança independente à estrutura do andaime.
3.11 ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM DE MATERIAIS
Conforme o item 18.24 da NR-18 (2015):
i. A armazenagem e estocagem de materiais nos canteiros de obra, deve ser feita,
de modo que não dificulte o trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação
de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, não interrompa
a passagem de portas ou saídas de emergência e não provoque sobrecargas nas
paredes, lajes ou demais estruturas, além do previsto em seu dimensionamento;
ii. As pilhas de materiais, seja a granel ou embalados, devem ser armazenadas de
forma e altura que tenham estabilidade, segurança e facilite o manuseio quando
necessário remoção para uso;
iii. Tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas devem ser arrumados em camadas,
com espaçadores e peças de retenção, separados de acordo com o tipo de material
e a bitola das peças. Além disso, o armazenamento deve ser feito de modo a
permitir que os materiais sejam retirados de forma a não prejudicar a estabilidade
das pilhas;
iv. Os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso instável, úmido
ou desnivelado;
v. A cal virgem deve ser armazenada em local seco e arejado;
vi. Os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos devem ser
armazenados em locais isolados, apropriados, sinalizados e de acesso permitido
somente a pessoas devidamente autorizadas. Estas devem ter conhecimento
prévio do procedimento a ser adotado em caso de eventual acidente;
vii. As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, formas e escoramentos devem ser
empilhadas, depois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de
amarração;
viii. Os recipientes de gases para solda devem ser transportados e armazenados
adequadamente, obedecendo-se às prescrições quanto ao transporte e
armazenamento de produtos inflamáveis.
41
3.12 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
É obrigatório a adoção de medidas preventivas que atendam às necessidades de proteção
e prevenção contra incêndios para os diversos setores que fazem parte do canteiro de obra.
Desse modo, em todo canteiro de obras deve existir um sistema de alarme que seja sensível a
situações de ameaça que possam causar incêndios, além de funcionários capacitados a
ministrarem dispositivos como extintores e mangueiras de incêndio (NR-18,2015).
Ainda, em locais confinados e em locais que estejam sendo aplicadas pinturas, pisos
laminados, papeis de paredes, emprego de cola, tinta, solventes e demais substâncias
inflamáveis e explosivas, é vedado o uso de dispositivos de aquecimento, como também
cigarros e faíscas. Esses locais devem possuir sistema de ventilação e uso de luminárias a prova
de explosão, além de placas nos locais de acesso alertando sobre os riscos (NR-18,2015).
3.13 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de prevenir e alertar sobre os
riscos dos quais os operários e as pessoas estão expostos. No item 18.27.1 da NR-18 (2015)
estão designados os demais objetivos da sinalização de segurança nos canteiros de obras. Desse
modo, é preciso:
i. Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;
ii. Indicar a saída por meio de diretrizes ou setas;
iii. Manter a comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
iv. Advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes
móveis das máquinas e equipamentos;
v. Advertir quanto ao risco de queda;
vi. Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, especifico para a
atividade executada, com a devida sinalização e advertências próximas
ao posto de trabalho;
vii. Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de
materiais por grua, guincho e guindastes;
viii. Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos em obra;
ix. Advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for
inferior a 1,80 m (um metro e oitenta centímetros);
42
x. Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis,
explosivas e radioativas.
3.14 TREINAMENTO
Conforme o item 18.28 da NR-18 (2015), todos integrantes do quadro funcional, quando
admitidos, devem receber treinamentos periódicos acerca das atividades que irão executar.
Os treinamentos tem como objetivo garantir que as atividades sejam executadas de
forma segura, além de informar os funcionários sobre as condições de trabalho, dos riscos
inerentes à função que exercem e também sobre a importância do uso dos EPIs e EPCs nos
canteiros de obra.
3.15 ORDEM E LIMPEZA
O canteiro de obras, segundo o item 18.29 da NR-18 (2015), deve ser mantido limpo e
organizado para que se evite o acúmulo de materiais que possam obstruir as vias de circulação
e passagens de pessoas. Dessa forma, os entulhos e materiais que não estão sendo utilizados em
obra, devem ser coletados e destinados a lugares adequados (NR-18, 2015).
3.16 TAPUMES E GALERIA
Para que se torne restrito o acesso de pessoas no canteiro de obras, segundo o item 18.30
da NR-18 (2015), devem ser colocados tapumes ou barreiras físicas, com altura mínima de
2,20m (dois metros e vinte centímetros) em relação ao nível do terreno, em torno de toda
extensão da obra.
Adicionalmente, em demolições, transportes de materiais e demais atividades que
apresentam riscos de queda de material nas edificações vizinhas, a NR-18 (2015) recomenda a
proteção dessas edificações, para que se evite acidentes e danos materiais.
3.17 ACIDENTE FATAL
Em caso de ocorrência de acidente fatal, o item 18.31 da NR-18 (2015) torna obrigatório
a comunicação breve do acidente as autoridades policiais, bem como ao Ministério do Trabalho,
sendo necessário isolar o local do acidente para que se tome as medidas cabíveis.
43
4 METODOLOGIA
A metodologia aplicada neste estudo consiste em fazer uma análise comparativa entre
dois canteiros de obra através da aplicação do checklist, o qual foi selecionado de acordo com
os critérios estabelecidos pela Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”.
A cidade de Santa Maria – RS foi escolhida para aplicação da pesquisa, sendo utilizados
dois canteiros de obra da mesma construtora, os quais serão diferenciados e, desta forma,
designados, canteiro de obra A e canteiro de obra B.
4.1 APRESENTAÇÃO DOS CANTEIROS
O canteiro de obra A compreende um edifício multifamiliar, composto por 05 (cinco)
pavimentos, totalizando 16 (dezesseis) apartamentos. No período de aplicação do checklist, a
construção estava na fase final de estruturação, na qual estavam sendo montadas as fôrmas para
posterior concretagem dos pilares, lajes e vigas do último pavimento. Concomitante a
finalização da fase estrutural do edifício, estava sendo realizado o fechamento e vedação dos
pavimentos inferiores com blocos de alvenaria, como também reboco interno e instalações
hidráulicas e elétricas. A obra possuía 18 (dezoito) funcionários.
O canteiro de obra B também é formado por uma edificação multifamiliar de 05 (cinco)
pavimentos, a qual possui 16 (dezesseis) apartamentos. A construção se encontra na fase
estrutural, na qual estavam sendo montadas as fôrmas do terceiro pavimento, para posterior
concretagem. O fechamento e vedação com blocos de alvenaria estava sendo executado no
segundo pavimento, acompanhando as demais atividades rotineiras de um canteiro obra. Por
meio da figura 02, é possível visualizar o desenvolvimento das obras no decorrer da aplicação
do checklist. A obra possuía 09 (nove) funcionários.
44
Figura 02 – Canteiro de obra: (a) A, (b) B
(a) (b)
Fonte: Autor
4.2 MÉTODO DE AVALIAÇÃO
O método de pesquisa utilizado neste trabalho compreende mecanismos técnicos de
coleta de informações através da aplicação de checklist, como também levantamento de dados,
por meio de registros fotográficos.
Desse modo, através de pesquisas realizadas para a elaboração deste estudo, foram
encontrados diversos modelos de checklist, sendo escolhido e adaptado para este trabalho, o
“Checklist NR-18”, assim denominado, o qual é disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). O modelo de checklist utilizado para essa pesquisa encontra-se no Anexo A.
O “Checklist NR-18” é uma lista de verificação em que estão dispostos os itens
apresentados na Norma Regulamentadora NR-18 (2015), com o intuito de fazer uma análise do
cumprimento da norma. Dessa forma, para cada item apontado no questionário, há três
alternativas de resposta, devendo apenas uma opção ser marcada referente ao seu cumprimento:
“SIM”, para quando o item está em conformidade com a norma; “NÃO”, para quando o item
não está em conformidade com a norma, e “NÃO SE APLICA”, quando o cumprimento do
item não se faz necessário na fase de execução obra, conforme apresentado no Quadro 01:
Quadro 01 - Legenda utilizada para diferenciar a conformidade dos itens com a norma NR-18
Sim Não Não se aplica ( ) ( ) ( )
Fonte: Autor
45
Para que se possa fazer uma análise qualitativa e quantitativa, em função das condições
de segurança e saúde do trabalhador nos canteiros A e B, será utilizado o seguinte critério de
pontuação, apresentado na equação 01:
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑢𝑎çã𝑜 =𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝐼𝑀 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑠𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐á𝑣𝑒𝑖𝑠× (100) (1)
Após obter a pontuação de cada item aplicado nos canteiros de obra A e B, os dados
foram tabulados e foi feita uma análise quantitativa comparativa nos dois canteiros de obra.
Ainda, conforme a Tabela 04, os itens foram classificados qualitativamente, de acordo com sua
pontuação:
Tabela 04 – Classificação do cumprimento da Norma Regulamentadora NR-18
Pontuação (%) Classificação
0 a 20% Péssimo
20,1 a 40% Ruim
40,1 a 60% Regular
60,1 a 80% Bom
80,1 a 100% Ótimo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego / CEREST-Jundiaí / INSS / Representação Sindical
Obtidas a pontuação e a classificação de cada item da norma NR-18 (2015), foi realizada
uma análise comparativa crítica entre os dois canteiros de obra analisados, com o auxílio dos
registros fotográficos e dos dados que foram juntamente coletados durante aplicação dos
questionários. A Figura 03 ilustra, em síntese, a metodologia utilizada para o desenvolvimento
deste estudo.
Figura 03 – Fluxograma de aplicação do checklist
Fonte: Autor
OBRA
A Aplicação do
checklist +
registro
fotográfico
Tabulação dos
dados +
classificação dos
critérios
analisados
Análise crítica
dos resultados
obtidos OBRA
B
46
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Este capítulo tem como finalidade apresentar os resultados obtidos após a aplicação do
checklist referente à norma regulamentadora NR-18 (2015), mostrando a pontuação alcançada,
após a tabulação dos dados, por cada item da norma nos canteiros de obra analisados.
Conforme a metodologia apresentada no capítulo anterior, a qual foi aplicada no
instrumento de pesquisa para o levantamento de dados, foi possível obter as seguintes
pontuações para cada item da norma, de forma a quantificar e qualificar o desempenho dos
canteiros de obra A e B.
O canteiro de obra A apresentou mais desconformidades com a NR-18 (2015), dispondo
como média geral 67,66 %, enquanto no canteiro de obra B, a média obtida foi 84,40 %.
Os itens “áreas de lazer” e “andaimes suspensos”, no dia da aplicação do checklist, não
se faziam presentes nos canteiros de obra, por isso, esses itens não receberam avaliação. Pelo
fato das duas edificações estarem em diferentes fases de execução, o canteiro de obra A, com a
estruturação finalizada e o canteiro B, com a etapa estrutural em andamento, concomitante a
realização de fechamentos em alvenaria, não foi considerado o item "andaimes suspensos" na
aplicação do questionário. Ainda, devido às duas edificações não possuírem funcionários
alojados nas suas dependências, o tópico "áreas de lazer" também não foi avaliado.
Para cada item analisado, obteve-se uma pontuação acerca do grau de conformidade
com a norma regulamentadora NR-18 (2015), a qual está disposta na Tabela 05:
Tabela 05 – Análise quantitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B
Item NR-18 Obra A Obra B
Tapumes e galerias 66,7 % 100 %
Instalações sanitárias 53,3 % 80 %
Local para refeições 75 % 91,67 %
Vestiário 44,4 % 88,90 %
Área de lazer - -
Fornecimento de agua potável 100 % 100 %
Armazenamento e estocagem de materiais 50 % 83,3 %
Corrimão das escadas permanentes 100 % 75 %
Escadas de mão e provisórias 60 % -
Poço de elevador 100 % 100 %
Andaimes suspensos - -
Instalações elétricas 42,85% 87,50 %
Carpintaria e serra circular 66,6 % 100 %
Máquinas, equipamentos e ferramentas
diversas
33,3 % 66,7 %
Armações de aço 67,7 % 100 %
Equipamento de proteção individual 75 % 75 %
Sinalização de segurança 100 % 100 %
47
Proteção contra incêndio 75 % 0 %
Ordem e limpeza 33,3 % 100 %
Fonte: Autor
Através da Figura 04, é possível analisar graficamente os resultados obtidos em função
da análise quantitativa dos itens avaliados:
Figura 04 – Índices de conformidade com a NR-18 alcançado por cada item da norma
Fonte: Autor
Da mesma forma, a partir das notas alcançadas por cada item analisado, foi possível
construir a Tabela 06, de forma a qualificar esses itens.
Tabela 06 – Análise qualitativa dos resultados obtidos: obra A e obra B
0,00%20,00%40,00%60,00%80,00%
100,00%120,00%
Índice de conformidade com a NR-18 x item analisado
Obra A Obra B
Item NR-18 Obra A Obra B
Tapumes e galerias Bom Ótimo
Instalações sanitárias Regular Ótimo
Local para refeições Bom Ótimo
Vestiário Regular Ótimo
Área de lazer - -
Fornecimento de agua potável Ótimo Ótimo
Armazenamento e estocagem de materiais Bom Ótimo
Corrimão das escadas permanentes Ótimo Bom
Escadas de mão e provisórias Regular -
Poço de elevador Ótimo Ótimo
Andaimes suspensos - -
Instalações elétricas Regular Ótimo
Carpintaria e serra circular Bom Ótimo
Máquinas, equipamentos e ferramentas
diversas
Ruim Bom
Armações de aço Bom Ótimo
Equipamento de proteção individual Bom Bom
Sinalização de segurança Ótimo Ótimo
48
Fonte: Autor
A partir do desempenho alcançado pelos itens da norma, foi possível analisar de forma
comparativa os itens que se sobrepõem, visto que muitos dos tópicos não são aplicáveis
simultaneamente nos canteiros, devido a diferença de fase de execução das obras.
5.1 TAPUMES E GALERIAS
Os dois canteiros de obra, no dia da aplicação do checklist, possuíam os tapumes e
portões de acesso ao canteiro abertos, onde qualquer pessoa que circulasse pela rua poderia ter
acesso.
O canteiro de obra A, que obteve 66,7% de conformidade com a norma, apresentou
divergências quanto à alocação e fixação dos tapumes, os quais não estavam dispostos de
maneira resistente e segura, conforme ilustrado na Figura 05. O canteiro de obra B, atendeu de
forma satisfatória os itens da norma, obtendo 100% de conformidade com a NR-18 (2015).
Figura 05 – Tapume aberto e mal fixado obra A
Fonte: Autor
5.2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Os dois canteiros de obra analisados apresentam discordâncias com diversos itens
referentes às instalações sanitárias, sendo que em nenhum deles, o banheiro possui ventilação
e iluminação adequados, apresentando apenas uma abertura entre a parede e a cobertura.
O canteiro de obra A, que obteve 53,3% de conformidade, a área reservada para o
chuveiro não apresenta boas condições de uso, onde o piso se encontra quebrado, o que pode
causar ferimentos e até queda dos funcionários. Ainda, há apenas um chuveiro para 18
Proteção contra incêndio Bom Péssimo
Ordem e limpeza Ruim Ótimo
49
funcionários que estão trabalhando na obra, sendo que a NR-18 (2015) recomenda 1 chuveiro
a cada 10 trabalhadores. Além disso, ao lado do lavatório não há depósito para lixo, possuindo
apenas um saco plástico que está vulnerável à ação do vento e intempéries. O canteiro B, em
contrapartida, apresentou 80% de conformidade com a NR-18 (2015), o qual não havia
recipente para depósito de papéis junto ao lavatório, tampouco cabide para toalha e suporte para
sabonete junto ao chuveiro. A Figura 06 ilustra tais não conformidades descritas anteriormente.
Figura 06 – Inst. sanitárias obra A: (a) piso quebrado, (b) lixeira em saco plástico, (c) chuveiro
sem ventilação
(a) (b) (c)
Fonte: Autor
5.3 LOCAL PARA REFEIÇÕES
O local para refeições do canteiro de obra A apresentou 75% de conformidade com a
NR-18 (2015), em razão do refeitório não dispor de bancos em número suficiente para atender
todos os funcionários da obra, lixeira para depósito de restos alimentares com tampa, ventilação
e iluminação naturais adequados, além do fechamento do piso em madeira permitir a entrada
de insetos ou até mesmo animais.
O canteiro de obra B alcançou 91,67% de conformidade com a norma, não apresentando
apenas, no interior do refeitório, lixeira com tampa para o depósito de detritos. O espaço é
amplo e arejado, dispondo de geladeira, fogão e até televisão para os horários de intervalo. O
tampo da mesa é liso e revestido com toalha plástica lavável. A Figura 07 ilustra o refeitório
dos canteiros de obra A e B.
50
Figura 07 – Local de refeições: (a) obra A, (b) obra B
(a) (b)
Fonte: Autor
5.4 VESTIÁRIO
O canteiro de obra A obteve 44,4% de conformidade com a NR-18 (2015), onde o
vestiário, apesar de possuir armários individuais com cadeados, não está localizado próximo à
entrada da obra. A ventilação e iluminação naturais estão abaixo do recomendado pela NR-18
(2015), onde a área de ventilação é inferior à 1/8 da área do piso, assim como não há bancos
em número suficiente para atender todos trabalhadores.
O vestiário do canteiro de obra B, com 88,90% de conformidade, possui espaço físico
amplo, iluminado e ventilado, o qual permite colocação de varais para secagem de roupas em
dias de chuva. Está em bom estado de conservação e limpeza, além de estar localizado próximo
à entrada da obra, o que garante que todos acessem o canteiro com segurança. A
desconformidade observada, foi que o vestiário não possui bancos em número suficientes para
atender todos os trabalhadores da obra. A Figura 08 ilustra os vestiários de ambos canteiros.
Figura 08 – Vestiário: (a) obra A, (b) obra B
(a) (b)
Fonte: Autor
51
5.5 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
Nos dois canteiros de obra, este item obteve 100% de conformidade com a NR-18
(2015), nos quais há fornecimento de água potável a todos os funcionários, por meio de
torneiras em que a água vem tratada direto da Rede de Abastecimento do município de santa
Maria-RS. Também há fornecimento de copos descartáveis.
5.6 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS
No canteiro de obra A, que obteve 50% de pontuação, observou-se inúmeras
desconformidades com a NR-18 (2015), em que grande parte das fôrmas utilizadas para
escoramento da estrutura estavam jogadas em vários lugares do canteiro, obstruindo passagens
e a circulação de pessoas, como também oferecendo riscos aos trabalhadores da obra, por
apresentarem pregos e fitas de amarração. Havia também areia e brita espalhadas pela obra,
sobre a ação de intempéries, além de tijolos depositados fora do domínio do canteiro, sobre o
passeio público, conforme ilustra as Figuras 09a e 9b.
O canteiro de obra B, que atingiu 83,30% de conformidade com a norma, estava
organizado e limpo, com placas sinalizando a estocagem de cada material. A areia e a brita
estavam armazenadas sobre chapas compensadas estáveis, livres de umidade e protegidas de
intempéries, conforme ilustra a Figura 09c. A única desconformidade observada foi que havia
materiais depositados ao lado externo dos tapumes da obra, sobre o passeio público e sem
escoras de contenção.
Figura 09 – Armazenamento e estocagem dos materiais: (a) e (b) material armazenado fora do
canteiro de obra A, (c) material armazenado sobre tapumes, obra B
(a) (b) (c)
Fonte: Autor
52
5.7 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES
Os corrimãos das escadas são de madeiras, com guarda-corpo principal e isentos de
qualquer pintura que venha encobrir imperfeições na madeira. O canteiro de obra A obteve
100% de conformidade com a NR-18 (2015) e o canteiro B, 75 %. Nos dois canteiros, não há
presença de corrimão em toda extensão de escadas e passarelas, o que contribui para o risco de
queda dos funcionários e demais visitantes da obra. A Figura 10a ilustra um patamar sem
corrimão e a 10b, uma escada com proteção.
Figura 10- Corrimão das escadas: (a) trecho sem corrimão, (b) trecho com corrimão
(a) (b)
Fonte: Autor
5.8 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS
A escada de mão encontrada no canteiro de obra A é constituída de material resistente
e isenta de qualquer pintura que possa esconder suas imperfeições. A escada não está fixa nos
pisos inferior e superior, como também não ultrapassa um metro do piso superior, conforme
recomenda NR-18 (2015). Este item obteve 60% de conformidade com a norma.
No canteiro de obra B, não foi encontrada nenhuma escada de mão ou provisória. A
Figura 11 ilustra a estrutura da escada no canteiro de obra A.
53
Figura 11 - Escada de mão: (a) parte inferior, (b) corpo da escada, (c) parte superior
(a) (b) (c)
Fonte: Autor
5.9 POÇO DE ELEVADOR
Ambos canteiros atenderam satisfatoriamente os itens referentes aos vãos de acesso ao
poço de elevador (100% de conformidade com a NR-18, 2015), com sinalização e fechamento
provisório resistentes, devidamente fixados à estrutura, com sistema de guarda-corpo e rodapé
revestidos com tela. A Figura 12 ilustra a estrutura de proteção do poço de elevador do canteiro
de obra A.
Figura 12 – Poço do elevador: (a) acesso sinalizado, (b) fechamento, (c) vista interna
(a) (b) (c)
Fonte: Autor
54
5.10 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Nos dois canteiros de obras, as instalações elétricas são feitas por profissionais
capacitados, através de serviços terceirizados, não envolvendo funcionários da empresa. No
canteiro de obra A, o qual obteve 42,85% de conformidade com a NR-18 (2015), o quadro de
disjuntores estava aberto, não possuía caixa com portas para fechamento adequado, os circuitos
não estavam identificados, além dos fios condutores estarem desencapados e expostos à
intempéries, conforme representado na Figura 13.
O canteiro de obra B apresentou 87,50 % de conformidade com a NR-18 (2015), onde
os quadros dos disjuntores estão isolados, sinalizados com placas de advertências e protegidos
de chuvas e ventos. As ligações de máquinas e equipamentos na rede elétrica são feitas por
profissionais habilitados terceirizados, o que diminui os riscos de acidentes e choques elétricos.
Figura 13 – Quadro de disjuntores obra A
Fonte: Autor
5.11 CARPINTARIA E SERRA CIRCULAR
No canteiro de obra A, a carpintaria estava localizada nos fundos do canteiro, com placas
de sinalização e segurança. Apesar do espaço ser reservado e amplo para realização dos
serviços, a carpintaria se encontrava desorganizada, com muitos materiais e madeiras
depositados em locais inapropriados, apontando, desse modo, 66,60 % de conformidade com a
NR-18 (2015). No canteiro de obra B, que alcançou 100% de conformidade com a norma, a
carpintaria estava situada nos fundos da obra, possuía placas de sinalização, além de apresentar
barreiras físicas que limitavam o acesso somente a pessoas autorizadas.
Ambas possuíam pisos resistentes, nivelados e antiderrapantes, com cobertura adequada
para proteção das intempéries. Na data de aplicação do questionário, nenhuma das obras possuía
serra circular. A Figura 14 ilustra a bancada da carpintaria do canteiro de obra B.
55
Figura 14 – Carpintaria: obra B
Fonte: Autor
5.12 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS
Segundo o profissional responsável em segurança do trabalho nos canteiros
mencionados, todas as instalações elétricas de máquinas e equipamentos diversos são realizadas
por profissionais qualificados. Além disso, os funcionários da obra designados a operarem
máquinas, como por exemplo, a betoneira, recebem cursos e treinamentos específicos, os quais
são fornecidos pela empresa gratuitamente.
O canteiro de obra A apresentou somente 33,3% de conformidade com a NR-18 (2015),
no qual as máquinas elétricas não possuíam duplo isolamento e dispositivos de bloqueio para
serem acionadas, impedindo o uso de pessoas não autorizadas. O canteiro de obra B
obteve 66,67 % de conformidade com a norma, não havendo dispositivos de bloqueio que
impediam o uso de máquinas por pessoas não autorizadas. Próximo à betoneira, havia uma
placa de sinalização que indicava o funcionário responsável e capacitado para realizar as
operações e manutenções da betoneira, conforme representado na Figura 15.
Figura 15 – Sinalização para uso da betoneira – Obra B
Fonte: Autor
56
5.13 ARMAÇÕES DE AÇO
No canteiro de obra A, a bancada para dobra e corte de vergalhões estava desativada,
uma vez que a fase estrutural já estava concluída. Mesmo com a ferragem desativada, foi
possível observar que no local existiam placas de sinalização sobre o uso correto dos EPIs,
como também espaço reservado para armazenagem das barras de ferro, separadas estas por
bitola. As pontas dos vergalhões, em algumas esperas de pilares, não estavam protegidas
devidamente, o que acarretou 66,70% de conformidade com a NR-18 (2015).
No canteiro B, a bancada para corte e dobra de vergalhões era feita com material
resistente, afastada e isolada no canteiro por meio de portões, onde somente funcionários
autorizados têm acesso. A ferragem estava protegida das intempéries através da cobertura da
laje e assentada sobre piso nivelado e resistente, com amplo e organizado espaço para execução
das armaduras. O canteiro obteve 100% de conformidade com a norma. A Figura 16 ilustra as
conformidades do canteiro de obra B.
Figura 16 – Carpintaria obra B: (a) bancada, (b) armazenamento, (c) espaço reservado
(a) (b) (c)
Fonte: Autor
5.14 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Este item foi parcialmente atendido nos dois canteiros, com 75 % de conformidade com
a NR-18 (2015) em ambas obras. Os funcionários estavam com uniformes fornecidos pela
empresa, usavam botinas e capacetes, independente da função desempenhada. Quanto ao tópico
trabalho em altura, na obra A, observou-se que havia funcionários que não estavam usando o
cinto de segurança, mesmo estando disponível na obra, assim como a linha de vida. Todos os
57
funcionários, segundo o responsável técnico em segurança do trabalho, recebem treinamentos
periódicos sobre os equipamentos de proteção individual e coletiva e seu uso correto, assim
como cursos que são obrigatórios no momento da admissão. A Figura 17 ilustra as situações
citadas acima.
Figura 17– Equipamento de proteção individual: (a) cinto de segurança disponível no canteiro,
(b) funcionários trabalhando em altura sem cinto de segurança
(a) (b)
Fonte: Autor
5.15 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
O item sinalização de segurança foi atendido integralmente nos canteiros de obra A e
B. Existiam identificação nos locais de apoio do canteiro, placas de advertências nos locais que
oferecem riscos, alertas de obrigatoriedade para o uso dos EPIs, como também sinalização que
indicava a saída dos canteiros.
5.16 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Este item foi o que mais apresentou desconformidades com a NR-18 (2015). O canteiro
de obra B não possui extintor de incêndio nem sistema de alarme, obtendo 0% de conformidade
com a NR-18 (2015), desrespeitando todos os itens analisados. O canteiro de obra A o qual
apresentou 75% de conformidade com esse item, possuía apenas um extintor de incêndio
próximo ao depósito de materiais e a betoneira. A Figura 18 ilustra o extintor de incêndio do
canteiro de obra A.
58
Figura 18- Extintor de incêndio, obra A
Fonte: Autor
5.17 ORDEM E LIMPEZA
Este item foi totalmente atendido no canteiro de obra B, o qual estava organizado e
limpo, sem material que impedisse as vias de circulação. As sobras de materiais eram
depositadas em caixas de entulho, as quais eram removidas assim que atingissem sua
capacidade máxima.
O canteiro A possuía excesso de material espalhado, como madeiras de desfôrma, tijolos
e até mesmo equipamentos, o que impedia e dificultava a circulação dos funcionários. No dia
da aplicação do questionário, os funcionários estavam desformando as lajes do quinto
pavimento e arremessando as madeiras para o térreo, o que deveria ser feito através de calha
fechada ou guincho, conforme recomendado pela NR-18 (2015). Por esses motivos, o canteiro
A atingiu 33,30 % de conformidade com a norma.
Segundo o responsável técnico em segurança do trabalho, os dois canteiros possuem
escala dos funcionários para realização da limpeza dos banheiros e refeitório, com o intuito de
conservar os locais adequados para o uso coletivo. Também foi constatado que os canteiros não
realizam queima de lixo, sendo, desse modo, todo material descartado nas caixas de entulho.
5.18 ORGANIÇÃO DA EMPRESA E AMBIENTE DE TRABALHO
O Setor de Segurança da empresa é composto por um responsável técnico em segurança
do trabalho e um estagiário. Nas edificações analisadas, segundo o responsável técnico, foram
realizados treinamentos e conversas mensais relacionados à segurança e saúde do trabalhador,
sempre com temas relevantes e com maneiras simples de abordagem. Todo funcionário quando
admitido, é obrigado a fazer exames que confirmem sua aptidão e estado de saúde, os quais
serão repetidos anualmente, além de receberem treinamentos referentes às normas
59
regulamentadoras NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção” e NR-35 (2016): “Trabalho em Altura”. Ainda, dependendo da função que os
funcionários irão exercer, estes são designados a realizar cursos específicos, como por exemplo,
operador de betoneira, operador de guincho, entre outros.
Ainda, foi salientado que, como a empresa ultrapassou os 50 (cinquenta) funcionários,
estava sendo organizada a eleição da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes),
onde todos os funcionários podem se candidatar ao cargo, com o intuito de intensificar a
segurança e fiscalização nos canteiros de obra. Também estava sendo organizada a SIPAT
(Semana Interna de Prevenção de Acidentes), com a finalidade de informar os trabalhadores a
respeito dos acidentes de trabalho e de como evitá-los.
Nos canteiros de obra foram organizadas escalas rotativas dos trabalhadores para
limpeza e organização do refeitório e banheiros, com a finalidade de conservar o local de
trabalho em condições de higiene adequados.
60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos propostos neste trabalho foram os de apresentar e verificar o grau de
conformidade da Norma Regulamentadora NR-18 (2015): “Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção” em canteiros de obra da cidade Santa Maria – RS, a partir
da aplicação de um questionário (adaptação do Checklist daNR-18, proposto pelo Ministério
do Trabalho e Emprego), em dois canteiros de obra pertencentes a uma mesma construtora, os
quais são compostos por edificações multifamiliares de cinco pavimentos.
A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir:
O canteiro de obra A apresentou 66,67 % de conformidade com a NR-18 (2015), no
qual muitos dos itens avaliados estavam parcialmente de acordo com a norma. Foi
observado que mesmo sendo realizados treinamentos e conversas periódicas, cursos
sobre normas regulamentadoras fundamentais à saúde e segurança dos funcionários, o
canteiro de obra necessita de melhorias, adequações e fiscalizações mais intensas em
benefício da segurança do trabalhador. A organização do canteiro, por exemplo, oferece
riscos a todos que circulam pela obra, pois foi constatado depósito de materiais nas vias
de circulação que deveriam estar livres, além das instalações sanitárias, vestiário e local
para refeições apresentarem diversas desconformidades, desde iluminação e ventilação
inadequados, falta de higiene e limpeza, como também carência de espaço físico para
acomodar os funcionários. Salienta-se ainda que haviam funcionários trabalhando em
alturas superiores a dois metros sem portar cinto de segurança, o que potencializa o risco
de quedas e acidentes fatais.
O canteiro de obra B mostrou-se mais adequado às exigências da NR-18 (2015), visto
que mais de 80% dos itens estavam em conformidade com ela, embora sejam
necessárias melhorias e adequações, como por exemplo, o item “Proteção contra
incêndio”, que estava não conforme, devido o canteiro não possuir extintor de incêndio
nas suas dependências, tampouco sistema de alarme.
Com referência ao comparativo entre os dois canteiros de obra, lembrando que foram
comparados apenas os itens comuns aos dois canteiros, visto que as obras estavam em
diferentes etapas de execução, percebeu-se que o canteiro de obra B apresentou
pontuações superiores ao canteiro de obra A em praticamente todos os tópicos, exceto
no item “Proteção contra incêndio”.
61
Por fim, conclui-se que embora pertencentes a mesma construtora e fiscalizados pelos
mesmos técnicos em segurança do trabalho, ambos canteiros apresentaram inúmeras
divergências entre si e, principalmente, com a NR-18 (2015). Dessa forma, os resultados
obtidos nesse trabalho apontam as dificuldades encontradas em transformar o canteiro de obra
em um ambiente de trabalho saudável e seguro. Por isso, salienta-se a importância de estratégias
prevencionistas mais consistentes através da educação, conscientização e qualificação dos
trabalhadores, assim como o interesse dos próprios trabalhadores em se envolverem nas
comissões internas e sindicatos em busca de sistemas de segurança eficientes que realmente
sejam ativos em canteiros de obra, afim de reduzir o número de acidentes e doenças do trabalho.
62
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Especialização) .Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2010.
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Trabalho na Indústria da Construção. Disponível em: <
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Disponível em: < portal.mte.gov.br/legislação/normas-regulamentadoras-1>. Acesso em 16 de
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agosto de 2017.
65
ANEXO A – CHECKLIST NR –18
CHECK LIST - NR18
LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA DIAGNÓSTICO
DA ADEQUAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRA À NR-18
Preenchido por: Data:
Empresa:
Obra:
Caracterização geral do canteiro: Fase da obra
( ) Infraestrutura ( ) Estrutura
( ) Alvenaria ( )
Revestimento
Interno
( ) Revestimento externo ( ) Outra:
____________
____
Nº de pavimentos:
Totai
s:
Na fase atual da obra:
Nº de operários:
Pico: Na fase atual da obra:
Instruções para preenchimento:
* Antes de ir à obra leia todas as folhas com atenção;
* Existem três opções de preenchimento: assinalar opção “sim” (S) quando o canteiro cumprir o requisito da
norma, assinalar “não” (N), quando o requisito não estiver sendo cumprido, e assinalar “não se aplica” (NA)
quando o requisito não for aplicável ao canteiro, seja devido a tipologia da obra ou a fase de execução no dia
da visita;
* No caso de requisitos com dois ou mais elementos iguais para serem analisados, como por exemplo, a
existência de dois guinchos ou duas gruas no mesmo bloco, adotar sempre a pior situação;
* No caso de canteiros de obras nos quais existam dois ou mais blocos em execução simultânea, usar uma
Lista de Verificação para cada bloco. Deve-se estar atento para que os itens comuns a dois ou mais blocos,
como vestiários e refeitórios, sejam analisados uma única vez, tendo seus dados preenchidos somente em uma
Lista de Verificação, indicando-se nos outros, o motivo do não preenchimento;
* Levar trena para fazer as medições necessárias;
Instruções para cálculo das notas de cada elemento:
66
* Soma dos itens assinalados “sim” x 10 divido pelo total de itens aplicáveis (não considerar os itens
assinalados “não se aplica”).
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
A. TAPUMES E GALERIAS
A.1. Caso a obra tenha mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio-fio
e seja executada no alinhamento do terreno, existe galeria sobre o
passeio, com altura int. livre 3,0 m, no mínimo;
A.2. As bordas da cobertura da galeria possuem tapume com altura
mínima de 1,0 m com inclinação aproximada de 45°;
A.3. Caso o prédio seja construído no alinhamento do terreno, a obra é
protegida em toda a sua extensão por fechamento de tela;
A.4. Caso exista risco de queda de materiais nas edificações vizinhas,
estas são protegidas;
A.5. TAPUMES ( 1 ) existe ( ) não existe
Caso não existam, assinale "não" para os itens A.5.1. a A.5.3.
A.5.1
.
Há tapumes construídos e fixados de forma resistente;
A.5.2
.
Os tapumes têm altura mínima de 2,20m;
A.5.3
.
Os tapumes estão em bom estado de conservação;
Obs.:
B. ÁREAS DE VIVÊNCIA / APR-001
B.1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( 1 ) existe ( ) não existe
Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.1.1 As instalações sanitárias estão em bom estado de conservação,
higiene e limpeza;
B.1.2
.
Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros são de
material que resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção
(logo, o uso de chapas de compensado sem proteção não é
recomendável);
B.1.3
.
Tem ventilação natural adequada (1/8 da área do piso, segundo a
NR24);
Área de ventilação: Área do piso:
B.1.4
.
Tem iluminação natural ou artificial;
B.1.5
.
Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é
necessário percorrer menos de 150 m (considerando distâncias
verticais e horizontais somadas);
B.1.6
.
Possuem chuveiros em número suficiente (1 / 10 trabalhadores);
B.1.7
.
Possuem lavatórios em número suficiente (1 / 20 trabalhadores);
B.1.8 Possuem vasos sanitários em número suficiente (1 / 20
trabalhadores);
N° de chuveiros: N° de lavatórios:
67
N° de vasos sanitários e
tipo:
N° de mictórios:
B.1.9
.
Há recipiente para depósito de papéis usados junto ao lavatório;
B.1.1
0
O local destinado ao vaso sanitário possui porta com trinco interno e
divisórias com altura mínima de 1,80 m;
B.1.1
1
Há disponibilidade de papel higiênico, diretamente no banheiro ou
no almoxarifado;
B.1.1
2
Há recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao
vaso sanitário;
B.1.1
3
Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante
ou estrado de madeira;
B.1.1
4
Há um suporte para sabonete correspondente à cada chuveiro;
B.1.1
5
Há cabide para toalha correspondente à cada chuveiro;
Obs.:
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
B.2. LOCAL PARA REFEIÇÕES ( ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.2.1 Tem fechamento (paredes ou tela) que evite a penetração de
pequenos animais e isole a instalação das áreas de produção e
circulação, contribuindo para a manutenção da limpeza do local;
B.2.2 Tem piso de concreto, cimento, madeira ou de outro material que
permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local;
B.2.3 Tem ventilação natural e/ou artificial;
B.2.4 Tem iluminação natural e/ou artificial;
B.2.5 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
* Estime a distância em metros: _________________________
B.2.6 Possui mesas com tampos lisos e laváveis;
B.2.7 Tem depósito de lixo com tampa;
B.2.8 Há assentos em número suficiente para atender todos os usuários
(caso existam assentos em menor número do que o total de operários
da obra, verificar se as refeições são feitas por turnos, existindo
assentos para todos usuários de cada turno);
B.2.9 Está situado em local que não seja subsolo nem porão;
B.2.1
0
O refeitório não tem comunicação direta com as instalações
sanitárias (ou seja, não possuem portas e/ou janelas em comum);
B.2.1
1
Possui equipamento adequado para aquecer refeições (fogão comum,
aquecedor elétrico industrial ou sistema semelhante);
B.2.1
2
Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro
sistema no local para refeições;
Obs.:
B.3 VESTIÁRIO ( 1 ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.3.1 Está localizado próximo à entrada da obra;
68
B.3.2 Não possui comunicação direta com o refeitório (ou seja, não possui
portas e/ou janelas em comum);
B.3.3 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou de outro que permita a
fácil conservação da limpeza e higiene do local;
B.3.4 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-
24);
Área do piso: Área de ventilação:
B.3.5 Tem área de 1,5m² / pessoa (segundo a NR-24);
B.3.6 Tem iluminação natural e/ou artificial;
B.3.7 Tem armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com
cadeado;
B.3.8 Está em bom estado de conservação e limpeza;
B.3.9 Tem bancos em número suficiente para atender todos os
trabalhadores da obra;
Obs.:
B.4 ALOJAMENTOS: Necessário quando existem trabalhadores morando na obra:
( ) é necessário e está instalado;
( ) é necessário, porém não está instalado; Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( ) não é necessário; Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
B.4.1 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou outro material permita
a fácil conservação da limpeza e higiene do local;
B.4.2 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-
24);
Área do piso: Área de ventilação:
B.4.3 Tem iluminação natural e/ou artificial;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
B.4.4 Está situado em local que não seja subsolo nem porão;
B.4.5 Está em bom estado de conservação, higiene e limpeza;
B.4.6 Possui armários individuais com prateleiras para separar roupas de
uso comum de roupas de trabalho;
B.4.7 Há no alojamento fornecimento de água potável por meio de
bebedouro ou outro dispositivo que cumpra a mesma função;
Obs.:
B.5 ÁREA DE LAZER. Necessária quando existem trabalhadores alojados na obra.
( ) é necessária e está instalada. Neste caso, assinale "sim" para este item e descreva as instalações
existentes: ______________________________________________________
( ) é necessária, porém não está instalada. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( x ) não é necessária. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
B.5.1 É aproveitada alguma instalação provisória da obra como local para
área de lazer (como refeitório, por exemplo);
Obs.:
B.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL NOS POSTOS DE TRABALHO
69
B.6.1 Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro
sistema que garanta seu nos postos de trabalho· Caso não se use
bebedouro, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* B.6.2 e
B.6.3) e especifique o outro dispositivo:
_______________________________________________________
________
B.6.2 (*) O fornecimento de água potável no canteiro é feito por meio de
bebedouros na proporção de um aparelho para cada grupo de 25
trabalhadores ou fração;
Número de bebedouros:
B.6.3 (*) Para se deslocar do posto de trabalho ao bebedouro todos os
trabalhadores fazem deslocamentos inferiores a 100 m no plano
horizontal e inferiores a 15 m no plano vertical;
Obs.:
C ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS / PR-011
C.1 O cimento é estocado em pilhas de no máximo 10 sacos, de forma a
facilitar seu manuseio;
C.2 Os tijolos ou blocos são estocados em pilhas de no máximo 1,80 m
de altura (a NR-18 não estabelece altura limite);
C.3 Os tubos de PVC estão armazenados em camadas, com espaçadores,
separados de acordo com a bitola;
C.4 Os blocos ou tijolos estão estocados sobre piso nivelado;
C.5 Os vergalhões estão armazenados de forma a impedir o
desmoronamento das pilhas e separados de acordo com a bitola das
peças;
C.6 As madeiras retiradas de fôrmas e escoramentos estão empilhadas de
forma a evitar seu desmoronamento e manter livre e desimpedida a
circulação no local;
Obs.:
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
D PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA
D.1 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES. Necessários sempre que as escadas
permanentes forem utilizadas para a circulação de pessoas durante a obra:
( ) é necessário e está instalado;
( ) é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( ) não é necessário. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
D.1.1 Os corrimãos, caso sejam de madeira, estão isentos de qualquer
pintura que encubra nós e rachaduras na madeira;
D.1.2 Há corrimão definitivo ou provisório, com guarda-corpo principal à
1,2 m de altura, constituído de madeira ou outro material de
resistência equivalente;
D.1.3 Há guarda-corpo intermediário à 0,7 m de altura, constituído de
madeira ou outro material de resistência equivalente;
D.1.4 Há rodapé com altura de 0,2 m, constituído de madeira ou outro
material de resistência equivalente;
70
Obs.:
D.2 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS
D.2.1 As escadas, caso sejam de madeira, estão isentas de qualquer pintura
que encubra nós e rachaduras na madeira;
D.2.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com
desnível superior a 40 cm;
D.2.3 As escadas de mão têm até 7,0 metros de extensão;
D.2.4 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 metro o piso
superior;
D.2.5 As escadas de mão estão fixadas no piso superior e inferior, ou são
dotadas de dispositivo que impeça escorregamento;
Obs.:
D.3 POÇO DO ELEVADOR
D.3.1 Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório tipo sistema guarda-corpo e rodapé, ou dispositivo que
cumpra as mesmas funções de proteção (grade ou painel, por
exemplo) · Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-
corpo e rodapé, assinale ²não se aplica² para os itens marcados (*
D.3.3 a D.3.6), e descreva-o:
_______________________________________________________
_____________
D.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está
seguramente fixado à estrutura;
D.3.3 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com guarda-corpo principal à 1,20 m de altura;
D.3.4 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com guarda-corpo intermediário à 0,70 m de altura;
D.3.5 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com rodapé à 0,20 m de altura;
D.3.6 (*) Os guarda-corpos e rodapé são revestidos com tela;
D.3.7 Antes do fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe
proteção horizontal em todas as lajes com assoalhamento inteiriço,
ou guarda-corpo e rodapé em todos os pavimentos associado ao
assoalhamento, no mínimo, a cada 3 pavimentos;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
D.3.8 Após o fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe, no
mínimo a cada 3 pavimentos, assoalhamento com proteção inteiriça
dentro dos poços para amenizar eventuais quedas de materiais ou
pessoas;
Obs.:
71
D.4 PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS
Assinale a(s) situação(ões) encontradas na obra: 1. ( ) Pavimento com laje de piso concretada e execução das fôrmas da laje do pavimento superior;
2. ( ) Pavimento com laje de piso e de forro já concretadas;
3. ( ) Pavimento em que estão sendo colocadas as ferragens nas fôrmas de vigas e lajes ou no qual
está sendo feita a concretagem;
4. ( ) Alvenaria de periferia já executada (dispensa a proteção periférica, portanto marque "não se
aplica" para todos os itens.
D.4.1 SITUAÇÃO 1: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20 m de altura,
constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo
que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-
corpo e rodapé, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* D.4.1.1 a D.4.1.4) e descreva-o:
_____________________________________________________________________
D.4.1
.1
(*) Existe guarda-corpo principal, constituído por anteparo rígido, a
1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 1;
D.4.1
.2
(*) Existe guarda-corpo intermediário, constituído por anteparo
rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 1;
D.4.1
.3
(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de
altura nas periferias dos pavimentos na situação 1;
D.4.1
.4
(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 1, fechamento
com tela de arame galvanizado ou material de resistência
equivalente;
Obs.:
D.4.2 SITUAÇÃO 2: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20 m de altura,
constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo
que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-
corpo e rodapé, marque "não se aplica" para os itens marcados (* D.4.2.1 a D.4.2.4) e descreva-o:
_____________________________________________
D.4.2
.1
(*) Existe guarda-corpo principal, constituído por anteparo rígido, a
1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 2;
D.4.2
.2
(*) Existe guarda-corpo intermediário, constituído por anteparo
rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 2;
D.4.2
.3
(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de
altura nas periferias dos pavimentos na situação 2;
D.4.2
.4
(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 2, fechamento
com tela de arame galvanizado ou material de resistência
equivalente;
Obs.:
D.4.3 SITUAÇÃO 3: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20 m de altura,
constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo
que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-
corpo e rodapé, marque "não se aplica" para os itens marcados (* D.4.3.1 a D.4.3.4) e descreva-o:
_____________________________________________________________________
D.4.3
.1
(*) Existe guarda-corpo principal, constituído por anteparo rígido, a
1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 3;
D.4.3
.2
(*) Existe guarda-corpo intermediário, constituído por anteparo
rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 3;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
72
D.4.3
.3
(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de
altura nas periferias dos pavimentos na situação 3;
D.4.3
.4
(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 3, fechamento
com tela de arame galvanizado ou material de resistência
equivalente;
Obs.:
D.5 ABERTURAS NO PISO
D.5.1 Todas as aberturas nos pisos de lajes têm fechamento provisório
resistente, tais como assoalho fixado a estrutura de forma a evitar seu
deslizamento ou sistema de guarda-corpo e rodapé;
Obs.:
D.6 PLATAFORMA DE PROTEÇÃO
Assinale a situação atual da obra:
1. ( ) A altura do prédio não exige bandejas (4 pavimentos ou menos). Neste caso assinale "não se
aplica" para todos os itens;
2. ( ) A fase atual não exige mais o uso de bandejas (alvenarias e revestimentos acima da plataforma
principal já executados). Neste caso assinale "não se aplica" para todos os itens;
3. ( ) Só a plataforma principal é necessária na fase atual da obra (todas alvenarias acima da mesma
já foram executadas, mas o revestimento ainda está por ser concluído). Neste caso assinale "não se
aplica" para os itens marcados (* D.6.3 a D.6.7);
4. ( ) A plataforma principal e as secundárias, e/ou as terciárias são necessárias na fase atual da obra
(alvenarias acima das plataformas secundárias e/ou terciárias ainda não foram completamente
executadas).
D.6.1 A plataforma principal de proteção está na primeira laje situada a no
mínimo um pé-direito acima do nível do terreno· Se estiver em outra
indique : __________________________
D.6.2 A plataforma principal tem largura de 2,50 m de projeção horizontal
e complemento de 0,80 m (inclinado à 45°);
D.6.3 (*) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a
partir da plataforma principal;
D.6.4 (*) As plataformas secundárias têm largura de 1,40 m de projeção
horizontal e complemento de 0,80 m (inclinado à 45°);
D.6.5 (*) Caso o edifício possua subsolos, existem plataformas terciárias de
proteção, de duas em duas lajes, contadas em direção ao subsolo a
partir da plataforma principal;
D.6.6 (*) As plataformas terciárias têm largura de 2,20 m de projeção
horizontal e complemento de 0,80 m (inclinado à 45°);
D.6.7 As plataformas contornam todo o perímetro da edificação;
D.6.8 Durante a concretagem da laje do pavimento foram previstos meios
para fixação ou apoio das plataformas de proteção como furos na
viga, espera na laje ou solução equivalente;
D.6.9 Existe fechamento com tela entre as extremidades das plataformas de
proteção;
D.6.1
0
As plataformas de proteção estão em bom estado de conservação;
Obs.:
D.7 ANDAIMES SUSPENSOS MECÂNICOS
73
Tipo de andaime suspenso utilizado:
1. ( ) Andaime suspenso pesado (projetados para suportam cargas até 400 kgf/m²);
2. ( ) Andaime suspenso leve (projetados para suportar carga mínima de 85 Kgf/m² e carga máxima
total de 300 Kgf - o que equivale à permanência de no máximo 2 pessoas mais material para
execução de pequenos serviços de reparos, pinturas, limpeza e manutenção).
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
D.7.1 Os andaimes suspensos (leves ou pesados) dispõem de sistema de
guarda-corpo e rodapé, com tela de arame galvanizado (ou material
de resistência e durabilidade equivalentes), em todo o perímetro,
exceto na face de trabalho;
D.7.2 Os andaimes suspensos (leves ou pesados) são sustentados por vigas
metálicas;
D.7.3 Os andaimes suspensos (leves ou pesados) estão fixados à construção
na posição de trabalho;
D.7.4 Os guinchos de elevação possuem dispositivo que impeça o
retrocesso do tambor;
D.7.5 O piso de trabalho dos andaimes (leves ou pesados) é constituído por
madeira de boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras isento de
pintura que encubra imperfeições e de frestas por onde possam
passar materiais;
ANDAIMES SUSPENSOS MECÂNICOS PESADOS
D.7.6 As vigas metálicas de sustentação dos andaimes pesados são fixadas
por braçadeiras, ganchos chumbados na laje ou sistema
semelhanteDescreva o(s) sistema(s) existente(s):
_______________________________________
D.7.7 Cada viga metálica dos andaimes pesados corresponde à sustentação
de dois guinchos;
D.7.8 Os andaimes pesados possuem largura superior a 1,50 metros;
D.7.9 Caso os estrados dos andaimes pesados estejam interligados, seu
comprimento não excede 8,0 m;
Obs.:
ANDAIMES SUSPENSOS MECÂNICOS LEVES
D.7.1
0
As vigas metálicas de sustentação dos andaimes suspensos leves são
fixadas por um dos seguintes sistemas (assinale a opção):
( ) braçadeiras ou ganchos chumbados na laje;
( ) sistema contrapeso (exceto com o uso de sacos de areia e latas de
concreto) projetado por profissional legalmente habilitado;
( ) outro. Neste caso, descreva o(s) sistema(s) existente(s):
_______________________________________________________
______________
D.7.1
1
No caso de andaimes suspensos leves cujas vigas sustente apenas um
guincho cada, existe cabo de segurança adicional, de aço, ligado a
dispositivo de bloqueio mecânico / automático;
D.7.1
2
Os andaimes leves possuem largura entre 0,6 e 1,0 m;
Obs.:
D.8 ANDAIMES FACHADEIROS / APR-021
74
D.8.1 Os andaimes fachadeiros dispõem de proteção com tela de arame
galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalente
desde a primeira até 2,00 acima da última plataforma de trabalho;
D.8.2 Os montantes do andaime têm seus encaixes travados com parafusos,
contrapinos, braçadeiras ou dispositivo que cumpra a mesma função;
D.8.3 Os painéis destinados a suportar os pisos e / ou funcionar como
travamento, são contrapinados ou travados com parafusos,
braçadeiras ou dispositivo que cumpra a mesma função;
D.8.4 As peças de contraventamento são fixadas nos montantes por meio
de parafusos, braçadeiras ou por dispositivo que cumpra a mesma
função;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
D.8.5 O acesso vertical entre as plataformas de trabalho ao andaime é feito
por meio de escadas ou torres de acesso;
Obs.:
D.9 ANDAIMES SIMPLESMENTE APOIADOS
D.9.1 Caso o andaime seja apoiado sobre cavaletes, o piso de trabalho tem
altura máxima de 2,0 m e largura superior a 0,90 m;
D.9.2 Andaimes com piso de trabalho superior a 1,50 m de altura são
providos de escadas ou rampas;
D.9.3 Quando externos e com altura superior a 2,0 m, a estrutura dos
andaimes está fixada à construção por meio de amarração e
estroncamento;
D.9.4 Quando internos e na periferia das edificações, os andaimes são
fixados à estrutura das mesmas por meio de amarração ou
estroncamento;
Obs.:
E. ELEVADOR DE CARGA
E.1 TORRE DO ELEVADOR
E.1.1 A torre está afastada das redes elétricas ou está isolada;
E.1.2 A base da torre, quando de concreto, tem no mínimo 15 cm acima do
nível do terreno, sendo dotada de drenos para escorrer a água de seu
interior;
E.1.3 Na base da torre existe material para amortecimento de impactos
imprevistos do elevador (por exemplo, pneus);
E.1.4 A torre possui os montantes anteriores, ou seja, aqueles mais
próximos da fachada do prédio, fixados à estrutura em todos os
pavimentos;
E.1.5 A distância mínima entre a viga superior da cabine e o topo da torre,
após a última parada, é de 4,0 m;
E.1.6 Os montantes posteriores são estaiados na estrutura a cada 6,0 m;
E.1.7 A torre e o guincho estão aterrados eletricamente;
E.1.8 Em todos os acessos de entrada à torre, está instalada uma barreira
(cancela) com 1,80 m de altura;
75
E.1.9 Caso a barreira (cancela) esteja rente à torre, existe proteção
impedindo que as pessoas exponham alguma parte de seu corpo no
interior da mesma (por exemplo, o portão da cancela é
confeccionado com malha aço de pequena abertura);
E.1.1
0
A torre do guincho é revestida com tela de arame galvanizado ou
material de resistência e durabilidade equivalentesl Caso a(s) porta(s)
e contenções laterais tenham altura de 2,0 m, o entelamento da torre
é dispensável;
E.1.1
1
A torre é equipada com dispositivo que impeça a abertura da cancela
quando o elevador não estiver no nível do pavimento;
E.1.1
2
As rampas de acesso ao elevador são dotadas de guarda-corpo;
E.1.1
3
As rampas de acesso à torre do elevador são dotadas de rodapé;
E.1.1
4
As rampas de acesso têm piso de material resistente sem apresentar
aberturas ou outras deficiências que possam comprometer sua
resistência;
E.1.1
5
As rampas de acesso à torre são fixadas na estrutura do prédio e da
torre;
E.1.1
6
As rampas de acesso à torre são planas ou ascendentes no sentido de
entrada na torre;
E.1.1
7
Em cada pavimento existe botão para acionar lâmpada ou campainha
junto ao guincheiro;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
E.1.1
8
Existe tubofone ou dispositivo de comunicação eletrônica como
sistema complementar ao do item anterior;
E.1.1
9
Existe proteção no trecho de cabo de aço entre o tambor do guincho
e a roldana louca (madeira ou tela de arame de pequena abertura);
Obs.:
E.2 PLATAFORMA DO ELEVADOR
E.2.1 O elevador dispõe de sistema de trava de segurança para mantê-lo
parado em altura;
E.2.2 Tem interruptor de corrente para que só se movimente com portas e
painéis fechados;
E.2.3 O elevador é provido, nas laterais, de painéis fixos de contenção com
altura mínima de 1,0 m;
E.2.4 O elevador é dotado de cobertura fixa, basculável ou removível;
Obs.:
E.3 POSTO DO GUINCHEIRO
E.3.1 O posto de trabalho do guincheiro é isolado por meio de barreiras
físicas;
E.3.2 O posto de trabalho do guincheiro possui cobertura de proteção
contra queda de materiais;
E.3.3 Há assento para o guincheiro;
E.3.4 O assento do guincheiro é confortável (encosto para as costas e sem
cantos vivos);
76
E.3.5 Há placa de sinalização, junto ao guincheiro, indicando o uso dos
EPI`s pertinentes;
Obs.:
F. ELEVADOR DE PASSAGEIROS
É obrigatório a partir da 7° laje dos edifícios com 8 ou mais pavimentos, cujo canteiro possua
pelo menos 30 trabalhadores OU em edifícios com 12 pavimentos ou mais. Assinale a situação da obra:
1. ( ) O elevador de passageiros é necessário e está instalado;
2. ( ) O elevador de passageiro é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não"
para todos os itens;
3. ( ) O elevador de passageiro não é necessárioNeste caso assinale "não se aplica" para todos os
itens.
F.1 O elevador possui cabine metálica com porta (tipo pantográfica por
exemplo);
F.2 A cabine possui placa indicando o número máximo de passageiros e
peso máximo equivalente;
F.3 A cabine possui iluminação e ventilação natural ou, caso necessário,
artificial;
Obs.:
G GRUA
G.1 A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estão afastados no
mínimo 3,0 m de qualquer obstáculo;
G.2 A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estão afastados da
rede elétrica;
G.3 A grua possui aterramento e pára-raios;
G.4 As áreas de carga / descarga são delimitadas (guarda-corpo, pintura,
cavalete, etc);
G.5 A grua possui sinal sonoro que é acionado pelo operador sempre que
houver movimentação de carga;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
G.6 Caso a ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estejam
próximos da rede elétrica, os fios elétricos possuem isolamento;
Obs.:
H INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
As instalações elétricas poderão ser realizadas somente por profissional habilitado.
H.1 Não existem circuitos e equipamentos elétricos com partes vivas
expostas, tais como fios desencapados;
H.2 Os disjuntores dos quadros gerais de distribuição têm seus circuitos
identificados;
H.3 Os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos (quadros
de distribuição nos pavimentos) possuem disjuntores ou chaves
magnéticas independentes, que possam ser acionadas com facilidade
e segurança;
H.4 Os fios condutores estão em locais livres de umidade;
H.5 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e
equipamentos, de modo que está preservada sua isolação;
77
H.6 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por
conjunto plugue e tomada;
H.7 Caso necessário, as redes de alta tensão estão isoladas de modo a
evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e
trabalhadores;
Obs.:
I SERRA CIRCULAR E CENTRAL DE CARPINTARIA / APR-005
I.1 A serra é dotada de mesa que possui fechamento de suas faces
inferiores, anterior e posterior, ou seja, as faces frontal e oposta à
posição de trabalho;
I.2 A carcaça do motor está aterrada eletricamente;
I.3 O disco da serra está em boas condições para o trabalho (não possui
trincas, dentes quebrados ou empenados);
I.4 A serra possui coifa protetora do disco;
I.5 A serra possui coletor de serragem;
I.6 As lâmpadas de iluminação da carpintaria estão protegidas contra
impactos provenientes da projeção de partículas (por exemplo:
proteção gradeada);
I.7 A carpintaria possui piso resistente, nivelado e antiderrapante;
I.8 A carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores das
intempéries;
I.9 Há placa de sinalização, junto à serra circular, indicando o uso dos
EPI´s pertinentes;
Obs.:
J MÁQUINAS, EQUIP. E FERRAMENTAS DIVERSAS / FM-035
J.1 Todas as ferramentas elétricas manuais possuem duplo isolamento;
J.2 Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou
desligadas pelo operador na sua posição de trabalho;
J.3 Toda máquina possui dispositivo de bloqueio para impedir seu
acionamento por pessoa não autorizada;
Obs.:
K ARMAÇÕES DE AÇO / APR-004
K.1 A bancada de corte e dobra de vergalhões está apoiada sobre
superfície resistente, nivelada e não escorregadia;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
K.2 A bancada de corte e dobra de aço está afastada da área de circulação
de trabalhadores ou isolada de forma a evitar impactos contra
trabalhadores durante seu manuseio;
K.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação possui
cobertura resistente para proteção contra intempéries e quedas de
materiais;
K.4 As lâmpadas de iluminação da área de trabalho estão protegidas
contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de
vergalhões (por ex. proteções gradeadas);
78
K.5 Existem pranchas de madeira (ou outro material resistente) sobre as
armações de aço durante a execução da concretagem, de modo que
facilite a circulação de operários sobre elas;
K.6 Todas as pontas verticais de vergalhões de aço estão protegidas (no
transporte e quando para espera de pilar);
K.7 Quando necessário, as pontas horizontais dos vergalhões estão
protegidas de forma a evitar impactos acidentais contra elas;
K.8 Há placa de sinalização, junto à bancada de armação de aço,
indicando o uso dos EPI`s pertinentes;
Obs.:
L EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
L.1 São fornecidos capacetes para os visitantes;
L.2 Independente da função, todo trabalhador está usando botinas e
capacetes;
L.3 Os trabalhadores estão usando uniformes cedidos pela empresa;
L.4 Trabalhadores em serviço a mais de 2,00m de altura estão usando
cinto de segurança tipo pára-quedas com cabo fixado na construção;
Obs.:
M ORDEM E LIMPEZA / APR-002
M.1 O canteiro está limpo, sem entulhos espalhados, de forma que não
são prejudicadas a segurança e a circulação de materiais e pessoas;
M.2 O entulho possui local específico para depósito (baia, caçamba tele-
entulho ou área do canteiro delimitada);
M.3 O entulho é transportado para o térreo através de calha fechada, grua
ou guincho;
Obs.:
N SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
N.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório,
almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro;
N.2 Há indicações das saídas da obra, por meio de dizeres ou setas;
N.3 Nos locais pertinentes existem alertas contra o perigo de queda (poço
do elevador, periferia da edificação, etc.);
N.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e
circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;
N.5 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso dos EPI`s básicos
(capacete e botina) dispostos em locais de fácil visualização ou de
presença obrigatória dos operários (refeitórios, vestiários,
alojamentos);
N.6 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a carga
máxima para transporte de carga;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
NA
N.7 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a
proibição do transporte de pessoas;
Obs.:
O PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
79
O.1 O canteiro possui extintor de incêndio próximo a serra elétrica;
O.2 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao almoxarifado;
O.3 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de
materiais inflamáveis (marcar "Não se aplica" caso este esteja dentro
do almoxarifado);
O.4 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de
madeiras;
Indicar outros locais onde há a presença de extintores. Especifique:
_________________________________________________________
O.5 Há um sistema de alarme;
O.6 O canteiro possui equipes de operários treinadas para o primeiro
combate ao fogo;
Obs.:
80
APÊNDICE A- RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA A
CHECK LIST - NR18
LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA DIAGNÓSTICO
DA ADEQUAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRA À NR-18 – CANTEIRO OBRA A
Preenchido por: Kelli Data:
Empresa:x
Obra: A
Caracterização geral do canteiro: Fase da obra
( ) Infraestrutura (x ) Estrutura
( x ) Alvenaria ( )
Revestimento
Interno
( ) Revestimento externo ( ) Outra:
_____________
___
Nº de pavimentos:
Totai
s:
05 Na fase atual da obra: 05
Nº de operários:
Pico: 18 Na fase atual da obra: 18
Instruções para preenchimento:
* Antes de ir à obra leia todas as folhas com atenção;
* Existem três opções de preenchimento: assinalar opção “sim” (S) quando o canteiro cumprir o requisito da
norma, assinalar “não” (N), quando o requisito não estiver sendo cumprido, e assinalar “não se aplica” (NA)
quando o requisito não for aplicável ao canteiro, seja devido a tipologia da obra ou a fase de execução no dia
da visita;
* No caso de requisitos com dois ou mais elementos iguais para serem analisados, como por exemplo, a
existência de dois guinchos ou duas gruas no mesmo bloco, adotar sempre a pior situação;
* No caso de canteiros de obras nos quais existam dois ou mais blocos em execução simultânea, usar uma
Lista de Verificação para cada bloco. Deve-se estar atento para que os itens comuns a dois ou mais blocos,
como vestiários e refeitórios, sejam analisados uma única vez, tendo seus dados preenchidos somente em uma
Lista de Verificação, indicando-se nos outros, o motivo do não preenchimento;
* Levar trena para fazer as medições necessárias;
Instruções para cálculo das notas de cada elemento:
81
* Soma dos itens assinalados “sim” x 10 divido pelo total de itens aplicáveis (não considerar os itens
assinalados “não se aplica”).
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
A. TAPUMES E GALERIAS
A.1. Caso a obra tenha mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio-fio e
seja executada no alinhamento do terreno, existe galeria sobre o
passeio, com altura int. livre 3,0 m, no mínimo;
x
A.2. As bordas da cobertura da galeria possuem tapume com altura mínima
de 1,0 m com inclinação aproximada de 45°;
x
A.3. Caso o prédio seja construído no alinhamento do terreno, a obra é
protegida em toda a sua extensão por fechamento de tela;
x
A.4. Caso exista risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas
são protegidas;
x
A.5. TAPUMES ( 1 ) existe ( ) não existe
Caso não existam, assinale "não" para os itens A.5.1. a A.5.3.
A.5.1
.
Há tapumes construídos e fixados de forma resistente; x
A.5.2
.
Os tapumes têm altura mínima de 2,20m; x
A.5.3
.
Os tapumes estão em bom estado de conservação; x
Obs.:
B. ÁREAS DE VIVÊNCIA / APR-001
B.1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( x) existe ( ) não existe
Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.1.1 As instalações sanitárias estão em bom estado de conservação, higiene
e limpeza;
x
B.1.2
.
Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros são de
material que resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção (logo,
o uso de chapas de compensado sem proteção não é recomendável);
x
B.1.3
.
Tem ventilação natural adequada (1/8 da área do piso, segundo a
NR24);
x
Área de ventilação: Área do piso:
B.1.4
.
Tem iluminação natural ou artificial; x
B.1.5
.
Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é
necessário percorrer menos de 150 m (considerando distâncias
verticais e horizontais somadas);
x
B.1.6
.
Possuem chuveiros em número suficiente (1 / 10 trabalhadores); x
B.1.7
.
Possuem lavatórios em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); x
B.1.8 Possuem vasos sanitários em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); x
N° de chuveiros: 1 N° de lavatórios: 1
N° de vasos sanitários e
tipo: 1
N° de mictórios: 0
82
B.1.9
.
Há recipiente para depósito de papéis usados junto ao lavatório; x
B.1.1
0
O local destinado ao vaso sanitário possui porta com trinco interno e
divisórias com altura mínima de 1,80 m;
x
B.1.1
1
Há disponibilidade de papel higiênico, diretamente no banheiro ou no
almoxarifado;
x
B.1.1
2
Há recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao vaso
sanitário;
x
B.1.1
3
Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante
ou estrado de madeira;
x
B.1.1
4
Há um suporte para sabonete correspondente à cada chuveiro; x
B.1.1
5
Há cabide para toalha correspondente à cada chuveiro; x
Obs.:
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
B.2. LOCAL PARA REFEIÇÕES ( ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.2.1 Tem fechamento (paredes ou tela) que evite a penetração de pequenos
animais e isole a instalação das áreas de produção e circulação,
contribuindo para a manutenção da limpeza do local;
x
B.2.2 Tem piso de concreto, cimento, madeira ou de outro material que
permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local;
x
B.2.3 Tem ventilação natural e/ou artificial; x
B.2.4 Tem iluminação natural e/ou artificial; x
B.2.5 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
* Estime a distância em metros: _________________________
x
B.2.6 Possui mesas com tampos lisos e laváveis; x x
B.2.7 Tem depósito de lixo com tampa; x
B.2.8 Há assentos em número suficiente para atender todos os usuários (caso
existam assentos em menor número do que o total de operários da
obra, verificar se as refeições são feitas por turnos, existindo assentos
para todos usuários de cada turno);
x
B.2.9 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; x
B.2.1
0
O refeitório não tem comunicação direta com as instalações sanitárias
(ou seja, não possuem portas e/ou janelas em comum);
x
B.2.1
1
Possui equipamento adequado para aquecer refeições (fogão comum,
aquecedor elétrico industrial ou sistema semelhante);
x
B.2.1
2
Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro
sistema no local para refeições;
x
Obs.:
B.3 VESTIÁRIO ( 1 ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.3.1 Está localizado próximo à entrada da obra; x
B.3.2 Não possui comunicação direta com o refeitório (ou seja, não possui
portas e/ou janelas em comum);
x
83
B.3.3 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou de outro que permita a
fácil conservação da limpeza e higiene do local;
x
B.3.4 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); x
Área do piso: Área de ventilação:
B.3.5 Tem área de 1,5m² / pessoa (segundo a NR-24); x
B.3.6 Tem iluminação natural e/ou artificial; x
B.3.7 Tem armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com
cadeado;
x
B.3.8 Está em bom estado de conservação e limpeza; x
B.3.9 Tem bancos em número suficiente para atender todos os trabalhadores
da obra;
x
Obs.:
B.4 ALOJAMENTOS: Necessário quando existem trabalhadores morando na obra:
( ) é necessário e está instalado;
( ) é necessário, porém não está instalado; Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( ) não é necessário; Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
B.4.1 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou outro material permita a
fácil conservação da limpeza e higiene do local;
x
B.4.2 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); x
Área do piso: Área de ventilação:
B.4.3 Tem iluminação natural e/ou artificial;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
B.4.4 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; x
B.4.5 Está em bom estado de conservação, higiene e limpeza; x
B.4.6 Possui armários individuais com prateleiras para separar roupas de uso
comum de roupas de trabalho;
x
B.4.7 Há no alojamento fornecimento de água potável por meio de
bebedouro ou outro dispositivo que cumpra a mesma função;
x
Obs.:
B.5 ÁREA DE LAZER. Necessária quando existem trabalhadores alojados na obra.
( ) é necessária e está instalada. Neste caso, assinale "sim" para este item e descreva as instalações
existentes: ______________________________________________________
( ) é necessária, porém não está instalada. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( x ) não é necessária. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
B.5.1 É aproveitada alguma instalação provisória da obra como local para
área de lazer (como refeitório, por exemplo);
x
Obs.:
B.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL NOS POSTOS DE TRABALHO
B.6.1 Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro
sistema que garanta seu nos postos de trabalho· Caso não se use
bebedouro, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* B.6.2 e
B.6.3) e especifique o outro dispositivo:
________________________________________________________
_______
x
84
B.6.2 (*) O fornecimento de água potável no canteiro é feito por meio de
bebedouros na proporção de um aparelho para cada grupo de 25
trabalhadores ou fração;
x
Número de bebedouros:
B.6.3 (*) Para se deslocar do posto de trabalho ao bebedouro todos os
trabalhadores fazem deslocamentos inferiores a 100 m no plano
horizontal e inferiores a 15 m no plano vertical;
x
Obs.:
C ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS / PR-011
C.1 O cimento é estocado em pilhas de no máximo 10 sacos, de forma a
facilitar seu manuseio;
x
C.2 Os tijolos ou blocos são estocados em pilhas de no máximo 1,80 m de
altura (a NR-18 não estabelece altura limite);
x
C.3 Os tubos de PVC estão armazenados em camadas, com espaçadores,
separados de acordo com a bitola;
x
C.4 Os blocos ou tijolos estão estocados sobre piso nivelado; x
C.5 Os vergalhões estão armazenados de forma a impedir o
desmoronamento das pilhas e separados de acordo com a bitola das
peças;
x
C.6 As madeiras retiradas de fôrmas e escoramentos estão empilhadas de
forma a evitar seu desmoronamento e manter livre e desimpedida a
circulação no local;
x
Obs.:
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
D PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA
D.1 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES. Necessários sempre que as escadas
permanentes forem utilizadas para a circulação de pessoas durante a obra:
( ) é necessário e está instalado;
( ) é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( ) não é necessário. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
D.1.1 Os corrimãos, caso sejam de madeira, estão isentos de qualquer
pintura que encubra nós e rachaduras na madeira;
x
D.1.2 Há corrimão definitivo ou provisório, com guarda-corpo principal à
1,2 m de altura, constituído de madeira ou outro material de
resistência equivalente;
x
D.1.3 Há guarda-corpo intermediário à 0,7 m de altura, constituído de
madeira ou outro material de resistência equivalente;
x
D.1.4 Há rodapé com altura de 0,2 m, constituído de madeira ou outro
material de resistência equivalente;
x
Obs.:
D.2 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS
D.2.1 As escadas, caso sejam de madeira, estão isentas de qualquer pintura
que encubra nós e rachaduras na madeira;
x
85
D.2.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com
desnível superior a 40 cm;
x
D.2.3 As escadas de mão têm até 7,0 metros de extensão; x
D.2.4 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 metro o piso superior; x
D.2.5 As escadas de mão estão fixadas no piso superior e inferior, ou são
dotadas de dispositivo que impeça escorregamento;
x
Obs.:
D.3 POÇO DO ELEVADOR
D.3.1 Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório tipo sistema guarda-corpo e rodapé, ou dispositivo que
cumpra as mesmas funções de proteção (grade ou painel, por
exemplo) · Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo
e rodapé, assinale ²não se aplica² para os itens marcados (* D.3.3 a
D.3.6), e descreva-o:
________________________________________________________
____________
x
D.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está
seguramente fixado à estrutura;
x
D.3.3 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com guarda-corpo principal à 1,20 m de altura;
x
D.3.4 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com guarda-corpo intermediário à 0,70 m de altura;
x
D.3.5 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com rodapé à 0,20 m de altura;
x
D.3.6 (*) Os guarda-corpos e rodapé são revestidos com tela; x
D.3.7 Antes do fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe
proteção horizontal em todas as lajes com assoalhamento inteiriço, ou
guarda-corpo e rodapé em todos os pavimentos associado ao
assoalhamento, no mínimo, a cada 3 pavimentos;
x
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
D.3.8 Após o fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe, no
mínimo a cada 3 pavimentos, assoalhamento com proteção inteiriça
dentro dos poços para amenizar eventuais quedas de materiais ou
pessoas;
x
Obs.:
H INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
As instalações elétricas poderão ser realizadas somente por profissional habilitado.
H.1 Não existem circuitos e equipamentos elétricos com partes vivas
expostas, tais como fios desencapados;
x
H.2 Os disjuntores dos quadros gerais de distribuição têm seus circuitos
identificados;
x
86
H.3 Os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos (quadros de
distribuição nos pavimentos) possuem disjuntores ou chaves
magnéticas independentes, que possam ser acionadas com facilidade e
segurança;
x
H.4 Os fios condutores estão em locais livres de umidade; x
H.5 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e
equipamentos, de modo que está preservada sua isolação;
x
H.6 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por
conjunto plugue e tomada;
x
H.7 Caso necessário, as redes de alta tensão estão isoladas de modo a
evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores;
x
Obs.:
I SERRA CIRCULAR E CENTRAL DE CARPINTARIA / APR-005
I.1 A serra é dotada de mesa que possui fechamento de suas faces
inferiores, anterior e posterior, ou seja, as faces frontal e oposta à
posição de trabalho;
x
I.2 A carcaça do motor está aterrada eletricamente; x
I.3 O disco da serra está em boas condições para o trabalho (não possui
trincas, dentes quebrados ou empenados);
x
I.4 A serra possui coifa protetora do disco; x
I.5 A serra possui coletor de serragem; x
I.6 As lâmpadas de iluminação da carpintaria estão protegidas contra
impactos provenientes da projeção de partículas (por exemplo:
proteção gradeada);
x
I.7 A carpintaria possui piso resistente, nivelado e antiderrapante; x
I.8 A carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores das
intempéries;
x
I.9 Há placa de sinalização, junto à serra circular, indicando o uso dos
EPI´s pertinentes;
x
Obs.:
J MÁQUINAS, EQUIP. E FERRAMENTAS DIVERSAS / FM-035
J.1 Todas as ferramentas elétricas manuais possuem duplo isolamento; x
J.2 Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou desligadas
pelo operador na sua posição de trabalho;
x
J.3 Toda máquina possui dispositivo de bloqueio para impedir seu
acionamento por pessoa não autorizada;
x
Obs.:
K ARMAÇÕES DE AÇO / APR-004
K.1 A bancada de corte e dobra de vergalhões está apoiada sobre
superfície resistente, nivelada e não escorregadia;
x
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
K.2 A bancada de corte e dobra de aço está afastada da área de circulação
de trabalhadores ou isolada de forma a evitar impactos contra
trabalhadores durante seu manuseio;
x
87
K.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação possui
cobertura resistente para proteção contra intempéries e quedas de
materiais;
x
K.4 As lâmpadas de iluminação da área de trabalho estão protegidas contra
impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões (por
ex. proteções gradeadas);
x
K.5 Existem pranchas de madeira (ou outro material resistente) sobre as
armações de aço durante a execução da concretagem, de modo que
facilite a circulação de operários sobre elas;
x
K.6 Todas as pontas verticais de vergalhões de aço estão protegidas (no
transporte e quando para espera de pilar);
x
K.7 Quando necessário, as pontas horizontais dos vergalhões estão
protegidas de forma a evitar impactos acidentais contra elas;
x
K.8 Há placa de sinalização, junto à bancada de armação de aço, indicando
o uso dos EPI`s pertinentes;
x
Obs.:
L EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
L.1 São fornecidos capacetes para os visitantes; x
L.2 Independente da função, todo trabalhador está usando botinas e
capacetes;
x
L.3 Os trabalhadores estão usando uniformes cedidos pela empresa; x
L.4 Trabalhadores em serviço a mais de 2,00m de altura estão usando
cinto de segurança tipo pára-quedas com cabo fixado na construção;
x
Obs.:
M ORDEM E LIMPEZA / APR-002
M.1 O canteiro está limpo, sem entulhos espalhados, de forma que não são
prejudicadas a segurança e a circulação de materiais e pessoas;
x
M.2 O entulho possui local específico para depósito (baia, caçamba tele-
entulho ou área do canteiro delimitada);
x
M.3 O entulho é transportado para o térreo através de calha fechada, grua
ou guincho;
x
Obs.:
N SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
N.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório,
almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro;
x
N.2 Há indicações das saídas da obra, por meio de dizeres ou setas; x
N.3 Nos locais pertinentes existem alertas contra o perigo de queda (poço
do elevador, periferia da edificação, etc.);
x
N.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e
circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;
x
N.5 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso dos EPI`s básicos
(capacete e botina) dispostos em locais de fácil visualização ou de
presença obrigatória dos operários (refeitórios, vestiários,
alojamentos);
x
N.6 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a carga
máxima para transporte de carga;
x
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
88
N.7 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a
proibição do transporte de pessoas;
x
Obs.:
O PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
O.1 O canteiro possui extintor de incêndio próximo a serra elétrica; x
O.2 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao almoxarifado; x
O.3 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de
materiais inflamáveis (marcar "Não se aplica" caso este esteja dentro
do almoxarifado);
x
O.4 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de
madeiras;
x
Indicar outros locais onde há a presença de extintores. Especifique:
_________________________________________________________
O.5 Há um sistema de alarme; x
O.6 O canteiro possui equipes de operários treinadas para o primeiro
combate ao fogo;
x
Obs.:
89
APÊNDICE B – RESULTADOS CANTEIRO DE OBRA B
CHECK LIST - NR18
LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA DIAGNÓSTICO
DA ADEQUAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRA À NR-18 – CANTEIRO DE OBRA B
Preenchido por: Kelli Data:
Empresa: x
Obra: B
Caracterização geral do canteiro: Fase da obra
( ) Infraestrutura ( X ) Estrutura
( X ) Alvenaria ( )
Revestimento
Interno
( ) Revestimento externo ( ) Outra:
_____________
___
Nº de pavimentos:
Totai
s:
05 Na fase atual da obra:
Nº de operários:
Pico: 09 Na fase atual da obra: 09
Instruções para preenchimento:
* Antes de ir à obra leia todas as folhas com atenção;
* Existem três opções de preenchimento: assinalar opção “sim” (S) quando o canteiro cumprir o requisito da
norma, assinalar “não” (N), quando o requisito não estiver sendo cumprido, e assinalar “não se aplica” (NA)
quando o requisito não for aplicável ao canteiro, seja devido a tipologia da obra ou a fase de execução no dia
da visita;
* No caso de requisitos com dois ou mais elementos iguais para serem analisados, como por exemplo, a
existência de dois guinchos ou duas gruas no mesmo bloco, adotar sempre a pior situação;
* No caso de canteiros de obras nos quais existam dois ou mais blocos em execução simultânea, usar uma
Lista de Verificação para cada bloco. Deve-se estar atento para que os itens comuns a dois ou mais blocos,
como vestiários e refeitórios, sejam analisados uma única vez, tendo seus dados preenchidos somente em uma
Lista de Verificação, indicando-se nos outros, o motivo do não preenchimento;
* Levar trena para fazer as medições necessárias;
Instruções para cálculo das notas de cada elemento:
90
* Soma dos itens assinalados “sim” x 10 divido pelo total de itens aplicáveis (não considerar os itens
assinalados “não se aplica”).
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
A. TAPUMES E GALERIAS
A.1. Caso a obra tenha mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio-fio e
seja executada no alinhamento do terreno, existe galeria sobre o
passeio, com altura int. livre 3,0 m, no mínimo;
X
A.2. As bordas da cobertura da galeria possuem tapume com altura mínima
de 1,0 m com inclinação aproximada de 45°;
X
A.3. Caso o prédio seja construído no alinhamento do terreno, a obra é
protegida em toda a sua extensão por fechamento de tela;
X
A.4. Caso exista risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas
são protegidas;
X
A.5. TAPUMES ( 1 ) existe ( ) não existe
Caso não existam, assinale "não" para os itens A.5.1. a A.5.3.
A.5.1
.
Há tapumes construídos e fixados de forma resistente; X
A.5.2
.
Os tapumes têm altura mínima de 2,20m; X
A.5.3
.
Os tapumes estão em bom estado de conservação; X
Obs.:
B. ÁREAS DE VIVÊNCIA / APR-001
B.1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ( 1 ) existe ( ) não existe
Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.1.1 As instalações sanitárias estão em bom estado de conservação, higiene
e limpeza;
X
B.1.2
.
Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros são de
material que resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção (logo,
o uso de chapas de compensado sem proteção não é recomendável);
X
B.1.3
.
Tem ventilação natural adequada (1/8 da área do piso, segundo a
NR24);
X
Área de ventilação: Área do piso:
B.1.4
.
Tem iluminação natural ou artificial; X
B.1.5
.
Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é
necessário percorrer menos de 150 m (considerando distâncias
verticais e horizontais somadas);
X
B.1.6
.
Possuem chuveiros em número suficiente (1 / 10 trabalhadores); X
B.1.7
.
Possuem lavatórios em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); X
B.1.8 Possuem vasos sanitários em número suficiente (1 / 20 trabalhadores); X
N° de chuveiros: 1 N° de lavatórios: 1
N° de vasos sanitários e
tipo: 1
N° de mictórios: 0
91
B.1.9
.
Há recipiente para depósito de papéis usados junto ao lavatório; X
B.1.1
0
O local destinado ao vaso sanitário possui porta com trinco interno e
divisórias com altura mínima de 1,80 m;
X
B.1.1
1
Há disponibilidade de papel higiênico, diretamente no banheiro ou no
almoxarifado;
X
B.1.1
2
Há recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao vaso
sanitário;
X
B.1.1
3
Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante
ou estrado de madeira;
X
B.1.1
4
Há um suporte para sabonete correspondente à cada chuveiro; X
B.1.1
5
Há cabide para toalha correspondente à cada chuveiro; X
Obs.:
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
B.2. LOCAL PARA REFEIÇÕES ( ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.2.1 Tem fechamento (paredes ou tela) que evite a penetração de pequenos
animais e isole a instalação das áreas de produção e circulação,
contribuindo para a manutenção da limpeza do local;
X
B.2.2 Tem piso de concreto, cimento, madeira ou de outro material que
permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local;
X
B.2.3 Tem ventilação natural e/ou artificial; X
B.2.4 Tem iluminação natural e/ou artificial; X
B.2.5 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
* Estime a distância em metros: _________________________
X
B.2.6 Possui mesas com tampos lisos e laváveis; X
B.2.7 Tem depósito de lixo com tampa; X
B.2.8 Há assentos em número suficiente para atender todos os usuários (caso
existam assentos em menor número do que o total de operários da
obra, verificar se as refeições são feitas por turnos, existindo assentos
para todos usuários de cada turno);
X
B.2.9 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; X
B.2.1
0
O refeitório não tem comunicação direta com as instalações sanitárias
(ou seja, não possuem portas e/ou janelas em comum);
X
B.2.1
1
Possui equipamento adequado para aquecer refeições (fogão comum,
aquecedor elétrico industrial ou sistema semelhante);
X
B.2.1
2
Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro
sistema no local para refeições;
X
Obs.:
B.3 VESTIÁRIO ( 1 ) existe ( ) não existe Caso não exsitam, assinale "não" para todos itens
B.3.1 Está localizado próximo à entrada da obra; X
B.3.2 Não possui comunicação direta com o refeitório (ou seja, não possui
portas e/ou janelas em comum);
X
92
B.3.3 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou de outro que permita a
fácil conservação da limpeza e higiene do local;
X
B.3.4 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); X
Área do piso: Área de ventilação:
B.3.5 Tem área de 1,5m² / pessoa (segundo a NR-24); X
B.3.6 Tem iluminação natural e/ou artificial; X
B.3.7 Tem armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com
cadeado;
X
B.3.8 Está em bom estado de conservação e limpeza; X
B.3.9 Tem bancos em número suficiente para atender todos os trabalhadores
da obra;
X
Obs.:
B.4 ALOJAMENTOS: Necessário quando existem trabalhadores morando na obra:
( ) é necessário e está instalado;
( ) é necessário, porém não está instalado; Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( ) não é necessário; Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
B.4.1 Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou outro material permita a
fácil conservação da limpeza e higiene do local;
X
B.4.2 Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24); X
Área do piso: Área de ventilação:
B.4.3 Tem iluminação natural e/ou artificial;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
B.4.4 Está situado em local que não seja subsolo nem porão; X
B.4.5 Está em bom estado de conservação, higiene e limpeza; X
B.4.6 Possui armários individuais com prateleiras para separar roupas de uso
comum de roupas de trabalho;
X
B.4.7 Há no alojamento fornecimento de água potável por meio de
bebedouro ou outro dispositivo que cumpra a mesma função;
X
Obs.:
B.5 ÁREA DE LAZER. Necessária quando existem trabalhadores alojados na obra.
( ) é necessária e está instalada. Neste caso, assinale "sim" para este item e descreva as instalações
existentes: ______________________________________________________
( ) é necessária, porém não está instalada. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( x ) não é necessária. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
B.5.1 É aproveitada alguma instalação provisória da obra como local para
área de lazer (como refeitório, por exemplo);
X
Obs.:
B.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL NOS POSTOS DE TRABALHO
B.6.1 Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro
sistema que garanta seu nos postos de trabalho· Caso não se use
bebedouro, assinale "não se aplica" para os itens marcados (* B.6.2 e
B.6.3) e especifique o outro dispositivo:
________________________________________________________
_______
X
93
B.6.2 (*) O fornecimento de água potável no canteiro é feito por meio de
bebedouros na proporção de um aparelho para cada grupo de 25
trabalhadores ou fração;
X
Número de bebedouros:
B.6.3 (*) Para se deslocar do posto de trabalho ao bebedouro todos os
trabalhadores fazem deslocamentos inferiores a 100 m no plano
horizontal e inferiores a 15 m no plano vertical;
X
Obs.:
C ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS / PR-011
C.1 O cimento é estocado em pilhas de no máximo 10 sacos, de forma a
facilitar seu manuseio;
X
C.2 Os tijolos ou blocos são estocados em pilhas de no máximo 1,80 m de
altura (a NR-18 não estabelece altura limite);
X
C.3 Os tubos de PVC estão armazenados em camadas, com espaçadores,
separados de acordo com a bitola;
X
C.4 Os blocos ou tijolos estão estocados sobre piso nivelado; X
C.5 Os vergalhões estão armazenados de forma a impedir o
desmoronamento das pilhas e separados de acordo com a bitola das
peças;
X
C.6 As madeiras retiradas de fôrmas e escoramentos estão empilhadas de
forma a evitar seu desmoronamento e manter livre e desimpedida a
circulação no local;
X
Obs.:
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
D PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA
D.1 CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES. Necessários sempre que as escadas
permanentes forem utilizadas para a circulação de pessoas durante a obra:
( ) é necessário e está instalado;
( ) é necessário, porém não está instalado. Neste caso, assinale "não" para todos os itens;
( ) não é necessário. Neste caso, assinale "não se aplica" para todos os itens.
D.1.1 Os corrimãos, caso sejam de madeira, estão isentos de qualquer
pintura que encubra nós e rachaduras na madeira;
X
D.1.2 Há corrimão definitivo ou provisório, com guarda-corpo principal à
1,2 m de altura, constituído de madeira ou outro material de
resistência equivalente;
X
D.1.3 Há guarda-corpo intermediário à 0,7 m de altura, constituído de
madeira ou outro material de resistência equivalente;
X
D.1.4 Há rodapé com altura de 0,2 m, constituído de madeira ou outro
material de resistência equivalente;
X
Obs.:
D.2 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS
D.2.1 As escadas, caso sejam de madeira, estão isentas de qualquer pintura
que encubra nós e rachaduras na madeira;
X
94
D.2.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com
desnível superior a 40 cm;
X
D.2.3 As escadas de mão têm até 7,0 metros de extensão; X
D.2.4 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 metro o piso superior; X
D.2.5 As escadas de mão estão fixadas no piso superior e inferior, ou são
dotadas de dispositivo que impeça escorregamento;
X
Obs.:
D.3 POÇO DO ELEVADOR
D.3.1 Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório tipo sistema guarda-corpo e rodapé, ou dispositivo que
cumpra as mesmas funções de proteção (grade ou painel, por
exemplo) · Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo
e rodapé, assinale ²não se aplica² para os itens marcados (* D.3.3 a
D.3.6), e descreva-o:
________________________________________________________
____________
X
D.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está
seguramente fixado à estrutura;
X
D.3.3 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com guarda-corpo principal à 1,20 m de altura;
X
D.3.4 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com guarda-corpo intermediário à 0,70 m de altura;
X
D.3.5 (*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento
provisório com rodapé à 0,20 m de altura;
X
D.3.6 (*) Os guarda-corpos e rodapé são revestidos com tela; X
D.3.7 Antes do fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe
proteção horizontal em todas as lajes com assoalhamento inteiriço, ou
guarda-corpo e rodapé em todos os pavimentos associado ao
assoalhamento, no mínimo, a cada 3 pavimentos;
X
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
D.3.8 Após o fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe, no
mínimo a cada 3 pavimentos, assoalhamento com proteção inteiriça
dentro dos poços para amenizar eventuais quedas de materiais ou
pessoas;
X
Obs.:
Obs.:
H INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
As instalações elétricas poderão ser realizadas somente por profissional habilitado.
H.1 Não existem circuitos e equipamentos elétricos com partes vivas
expostas, tais como fios desencapados;
x
H.2 Os disjuntores dos quadros gerais de distribuição têm seus circuitos
identificados;
x
95
H.3 Os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos (quadros de
distribuição nos pavimentos) possuem disjuntores ou chaves
magnéticas independentes, que possam ser acionadas com facilidade e
segurança;
x
H.4 Os fios condutores estão em locais livres de umidade; x
H.5 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e
equipamentos, de modo que está preservada sua isolação;
x
H.6 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por
conjunto plugue e tomada;
x
H.7 Caso necessário, as redes de alta tensão estão isoladas de modo a
evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores;
x
Obs.:
I SERRA CIRCULAR E CENTRAL DE CARPINTARIA / APR-005
I.1 A serra é dotada de mesa que possui fechamento de suas faces
inferiores, anterior e posterior, ou seja, as faces frontal e oposta à
posição de trabalho;
x
I.2 A carcaça do motor está aterrada eletricamente; x
I.3 O disco da serra está em boas condições para o trabalho (não possui
trincas, dentes quebrados ou empenados);
x
I.4 A serra possui coifa protetora do disco; x
I.5 A serra possui coletor de serragem; x
I.6 As lâmpadas de iluminação da carpintaria estão protegidas contra
impactos provenientes da projeção de partículas (por exemplo:
proteção gradeada);
x
I.7 A carpintaria possui piso resistente, nivelado e antiderrapante; x
I.8 A carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores das
intempéries;
x
I.9 Há placa de sinalização, junto à serra circular, indicando o uso dos
EPI´s pertinentes;
x
Obs.:
J MÁQUINAS, EQUIP. E FERRAMENTAS DIVERSAS / FM-035
J.1 Todas as ferramentas elétricas manuais possuem duplo isolamento; x
J.2 Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou desligadas
pelo operador na sua posição de trabalho;
x
J.3 Toda máquina possui dispositivo de bloqueio para impedir seu
acionamento por pessoa não autorizada;
x
Obs.:
K ARMAÇÕES DE AÇO / APR-004
K.1 A bancada de corte e dobra de vergalhões está apoiada sobre
superfície resistente, nivelada e não escorregadia;
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
o
N
A
K.2 A bancada de corte e dobra de aço está afastada da área de circulação
de trabalhadores ou isolada de forma a evitar impactos contra
trabalhadores durante seu manuseio;
x
96
K.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação possui
cobertura resistente para proteção contra intempéries e quedas de
materiais;
x
K.4 As lâmpadas de iluminação da área de trabalho estão protegidas contra
impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões (por
ex. proteções gradeadas);
x
K.5 Existem pranchas de madeira (ou outro material resistente) sobre as
armações de aço durante a execução da concretagem, de modo que
facilite a circulação de operários sobre elas;
x
K.6 Todas as pontas verticais de vergalhões de aço estão protegidas (no
transporte e quando para espera de pilar);
x
K.7 Quando necessário, as pontas horizontais dos vergalhões estão
protegidas de forma a evitar impactos acidentais contra elas;
x
K.8 Há placa de sinalização, junto à bancada de armação de aço, indicando
o uso dos EPI`s pertinentes;
x
Obs.:
L EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
L.1 São fornecidos capacetes para os visitantes; x
L.2 Independente da função, todo trabalhador está usando botinas e
capacetes;
x
L.3 Os trabalhadores estão usando uniformes cedidos pela empresa; x
L.4 Trabalhadores em serviço a mais de 2,00m de altura estão usando
cinto de segurança tipo pára-quedas com cabo fixado na construção;
x
Obs.:
M ORDEM E LIMPEZA / APR-002
M.1 O canteiro está limpo, sem entulhos espalhados, de forma que não são
prejudicadas a segurança e a circulação de materiais e pessoas;
x
M.2 O entulho possui local específico para depósito (baia, caçamba tele-
entulho ou área do canteiro delimitada);
x
M.3 O entulho é transportado para o térreo através de calha fechada, grua
ou guincho;
x
Obs.:
N SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
N.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório,
almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro;
x
N.2 Há indicações das saídas da obra, por meio de dizeres ou setas; x
N.3 Nos locais pertinentes existem alertas contra o perigo de queda (poço
do elevador, periferia da edificação, etc.);
x
N.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e
circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;
x
N.5 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso dos EPI`s básicos
(capacete e botina) dispostos em locais de fácil visualização ou de
presença obrigatória dos operários (refeitórios, vestiários,
alojamentos);
x
N.6 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a carga
máxima para transporte de carga;
x
Elementos / itens / Documentos de Origem Sim Nã
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N
A
97
N.7 Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a
proibição do transporte de pessoas;
x
Obs.:
O PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
O.1 O canteiro possui extintor de incêndio próximo a serra elétrica; x
O.2 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao almoxarifado; x
O.3 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de
materiais inflamáveis (marcar "Não se aplica" caso este esteja dentro
do almoxarifado);
x
O.4 O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de
madeiras;
x
Indicar outros locais onde há a presença de extintores. Especifique:
_________________________________________________________
O.5 Há um sistema de alarme; x
O.6 O canteiro possui equipes de operários treinadas para o primeiro
combate ao fogo;
x
Obs.: