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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ A A u u t t o o a a v v a a l l i i a a ç ç ã ã o o R R e e l l a a t t ó ó r r i i o o Belém 2008

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - ufpa.brufpa.br/deavi/documentos/deavi_Documentos/Relat_AutoAval_06-08.pdf · João Farias Guerreiro Assessora Especial de Educação a Distância Selma

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

AAuuttooaavvaall ii aaççããoo RReell aatt óó rr ii oo

Belém 2008

Reitor Alex Bolonha Fiúza de Mello

Vice-Reitora Regina Fátima Feio Barroso

Chefe de Gabinete Sílvia Helena Dias de Arruda Câmara Brasil

Pró-Reitor de Ensino de Graduação Licurgo Peixoto de Brito

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Roberto Dall’Agnol

Pró-Reitora de Extensão Ney Cristina Monteiro de Oliveira

Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Sinfronio Brito Moraes

Pró-Reitora de Administração Simone Andréa Lima do Nascimento Baía

Pró-Reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal Sibele Maria Bitar de Lima Caetano

Prefeito Luiz Otávio Mota Pereira

Procuradora Geral Maria Cristina Cesar de Oliveira

Diretor Executivo da FADESP João Farias Guerreiro

Assessora Especial de Educação a Distância Selma Dias leite

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

DIRIGENTES DAS UNIDADES ACADÊMICAS

Instituto de Ciências Biológicas José Luiz Martins do Nascimento

Instituto de Ciências da Arte José Afonso Medeiros Souza

Instituto de Ciências da Saúde Eliete da Cunha Araújo

Instituto de Ciências Exatas e Naturais Geraldo Narciso da Rocha Filho

Instituto de Ciências Jurídicas Antônio José de Mattos Neto

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas Maria Elvira Rocha de Sá

Instituto de Educação Josenilda Maria Maués da Silva

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Maria de Nazaré dos Santos Sarges

Instituto de Geociências José Geraldo das Virgens Alves

Instituto de Letras e Comunicação Luiz Roberto Vieira de Jesus

Instituto de Tecnologia José Augusto Lima Barreiros

Núcleo de Altos Estudos Amazônicos Edna Maria Ramos de Castro

Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural Paulo Fernando da Silva Marins

Núcleo de Medicina Tropical Luiz Carlos de Lima Silveira

Núcleo de Meio Ambiente Gilberto de Miranda Rocha

Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico Terezinha Valin Óliver Gonçalves

Escola de Aplicação Walter Silva Júnior

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Campus de Abaetetuba Francisca Maria Carvalho

Campus de Altamira Rainério Meireles da Silva

Campus de Bragança Rosa Helena Sousa de Oliveira

Campus de Breves Carlos Élvio das Neves Paes

Campus de Cametá Gilmar Pereira da Silva

Campus de Castanhal Adriano Sales dos Santos Silva

Campus de Marabá Erivan Souza Cruz

Campus de Santarém Marlene Escher Furtado

Campus de Soure Maria Luizete Sampaio Sobral Carliez

DIRIGENTES DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira

Hospital Universitário João de Barros Barreto Luiz Alberto Rodrigues de Moraes

PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Sinfrônio Brito Moraes

DIRETORES DE DEPARTAMENTOS:

Luiz Armando Souza Pinheiro Diretor do Departamento de Informações

Madeleine Mônica Athanázio Diretora do Departamento de Planejamento

Sandra Maria de Azevedo Carvalho Diretora do Departamento de Avaliação

__________________________

Organização e elaboração

Edna Fátima Barros Valente

Jaciane do Carmo Ribeiro

Sandra Carvalho (coordenação)

Colaboração

Luiz Armando Souza Pinheiro

Apoio

Ramon Pereira dos Reis Estagiário

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

SUMÁRIO

SUMÁRIO .................................................................................................................................6 LISTA DE GRÁFICOS ...........................................................................................................8 LISTA DE QUADROS ...........................................................................................................10 LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................11 LISTA DE TABELAS ............................................................................................................12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ..................................................................................................13 LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................14 1 DADOS DA INSTITUIÇÃO .........................................................................................17 2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .....................................................................................18 3 UNIVERSO INSTITUCIONAL ....................................................................................19 4 METODOLOGIA ...........................................................................................................24 5 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO ..................................................................................28 5.1 ENSINO DE GRADUAÇÃO.......................................................................................28 5.1.1 Processo seletivo de ingresso na UFPA.................................................................31 5.1.2 Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes.........................38 5.1.3 Avaliação dos Cursos de Graduação....................................................................41 5.1.4 Programa de Avaliação e Acompanhamento do Ensino de Graduação............43 5.1.5 Reformulação dos Projetos Pedagógicos..............................................................57 5.1.6 Educação a Distância.............................................................................................61 5.2 ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO..............................................................................65 5.2.1 Pós- Graduação Stricto Sensu................................................................................65 5.2.2 Pós- Graduação Lato Sensu...................................................................................71 5.2.3 Educação a Distância.............................................................................................74 5.3 PESQUISA ...................................................................................................................78 5.4 EXTENSÃO E INCLUSÃO SOCIAL.........................................................................84 5.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL ...............................................................................89 5.6 COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE ..................................................................98 5.6.1 Instrumentos de Comunicação..............................................................................98 5.6.2 Ouvidoria ...............................................................................................................102 5.7 POLÍTICAS DE PESSOAL, CARREIRA, APERFEIÇOAMENTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO....................................................................................................................104 5.7.1 Corpo Docente e Corpo Técnico-Administrativo..............................................108 5.8 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO...................................................................................111 5.9 INFRAESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DE APOIO ......................................116 5.9.1 Sistema de Bibliotecas da UFPA.........................................................................118 5.10 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ........................................................................122 5.10.1 Coerência do Planejamento e Avaliação............................................................122 5.10.2 Autoavaliação Institucional.................................................................................123 5.10.3 Planejamento e Ações Acadêmico-administrativas a partir do Resultado das Avaliações..............................................................................................................................125 5.11 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES........................................126 5.11.1 A Política de Assistência Estudantil da UFPA...................................................126 5.11.2 Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes referentes à realização de eventos............................................................................................................127 5.11.3 Condições Institucionais de Atendimento ao Discente......................................128 5.11.4 Egressos.................................................................................................................130 5.12 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA....................................................................132 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................134

DOCUMENTO E SISTEMAS PESQUISADOS...............................................................135 ANEXO ..................................................................................................................................138

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Número de alunos matriculados na graduação. .....................................................19 Gráfico 2 - Evolução do número de cursos de graduação. .......................................................30 Gráfico 3 - Número de vagas ofertadas nos processos seletivos de ingresso na UFPA...........37 Gráfico 4 - Quantidade de cursos de graduação submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008. ........................................................................................45 Gráfico 5 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação às salas de aulas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .....................................................................................46 Gráfico 6 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao acervo das bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ......................................................................47 Gráfico 7 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao atendimento nas bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .................................................47 Gráfico 8 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos laboratórios nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)............................................................................48 Gráfico 9 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos recursos de informática que a instituição dispõe,nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .................48 Gráfico 10 - Projetos especiais disponíveis na instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)....49 Gráfico 11 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de com relação aos recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .................49 Gráfico 12 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à orientação do coordenador sobre o percurso acadêmico, esclarecendo o Projeto Pedagógico ou grade curricular do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).......................................................50 Gráfico 13 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à estimulação do coordenador para organização de eventos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ..50 Gráfico 14 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao bom relacionamento do coordenador com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ...................51 Gráfico 15 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade do coordenador para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)...................................................................................................................................................51 Gráfico 16 - Conhecimento do coordenador sobre a estrutura acadêmico-administrativa da instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .............................................................................52 Gráfico 17 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade dos secretários para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)...................................................................................................................................................52 Gráfico 18 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à resolução de questões acadêmicas com o apoio das secretárias nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ............................................................................................................................................53 Gráfico 19 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao comprometimento das atividades devido ausência do apoio técnico nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ...................................................................................................................................53 Gráfico 20 - Desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ..................................................................................................................54 Gráfico 21- Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação no que diz respeito ao relacionamento dos técnicos e secretários com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).....54 Gráfico 22 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos ao curso avaliado, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)....................................................................................55 Gráfico 23 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos à UFPA, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)................................................................................................55

Gráfico 24 - Percentual das notas atribuídas pelo aluno ao seu desempenho como estudante, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).......................................................56 Gráfico 25 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos. ......60 Gráfico 26 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008. .........................................................................................................................................66 Gráfico 27 - Número de teses e de dissertações concluídas no período 2006-2008. ...............66 Gráfico 28 - Dimensão da pós-graduação stricto sensu em 2008. ...........................................67 Gráfico 29 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC. ....................................................................................................................70 Gráfico 30 - Distribuição percentual dos programas, por conceito..........................................70 Gráfico 31 - Número de cursos da pós-graduação lato sensu período 2006-200.....................73 Gráfico 32 - Número de alunos matriculados na pós-graduação lato sensu no período 2006-2008. .........................................................................................................................................73 Gráfico 33 - Número de monografias concluídas no período 2006-2008. ...............................74 Gráfico 34 - Número das ações extensionistas no período de 2006 a 2008. ............................86 Gráfico 35 - Percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008. .........................................................................................................109 Gráfico 36 - Área física construída, reformada e adaptada em m2 no período de 2006 a 2008.................................................................................................................................................116 Gráfico 37 - Investimentos em infraestrutura no período de 2006 a 2008. ............................117 Gráfico 38 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA no período de 2006 a 2008. .120 Gráfico 39 - Recursos do tesouro destinados à aquisição de acervos no período de 2006 a 2008 ........................................................................................................................................121 Gráfico 40 - Recursos de OCC do Tesouro - período 2006-2008. .........................................132

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Número de cursos/programas e de alunos matriculados. .......................................20 Quadro 2 - Estrutura organizativa da UFPA. ...........................................................................20 Quadro 3 - Eixos estruturantes do plano de desenvolvimento da UFPA 2001–2010. .............23 Quadro 4 - Cursos criados no período 2006-2008....................................................................29 Quadro 5 - Resultados da avaliação dos cursos de graduação. ................................................42 Quadro 6 - Cursos submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008, por campi/pólo................................................................................................................44 Quadro 7 - Temas abordados durante a realização do III Seminário de Avaliação. ................56 Quadro 8 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos do campus da capital. ....................................................................................................59 Quadro 9 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos dos campi do interior e pólos. .......................................................................................60 Quadro 10 - Relação dos programas e projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX.......................................................................................................................................86 Quadro 11 – Obras realizadas pela da associação dos amigos da UFPA. ..............................102

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Organograma da UFPA...........................................................................................21 Figura 2 - Diagrama do processo de autoavaliação..................................................................26

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Números do ensino de graduação............................................................................30 Tabela 2 - Taxa de sucesso na graduação (TSG)......................................................................31 Tabela 3 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Capital.......................................................................................................................................32 Tabela 4 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Interior ......................................................................................................................................35 Tabela 5 - Número de vagas ofertadas/contratadas no período de 2005 a 2008 ......................37 Tabela 6 - Cursos avaliados no ENADE 2006 .........................................................................38 Tabela 7 - Cursos avaliados no ENADE 2007 .........................................................................39 Tabela 8 - Cursos avaliados nas edições de 2004 e 2007 do ENADE .....................................40 Tabela 9 - Quantidade de alunos dos cursos de graduação da UFPA submetidos ao Processo de Avaliação da PROEG que responderam ao formulário aluno 2 nos anos de 2006 e 2007..45 Tabela 10 - Cursos de graduação a distância em 2007.............................................................62 Tabela 11 - Processos seletivos especiais 2008 – Modalidade a distância...............................63 Tabela 12 - Número de alunos matriculados em cursos de graduação a distância – 2006/2008..................................................................................................................................................64 Tabela 13 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008 ..........................................................................................................................................66 Tabela 14 - Nota do CTC aos programas de pós-graduação da UFPA ....................................68 Tabela 15 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC .....................................................................................................................70 Tabela 16 - Movimentação dos programas avaliados na escala de conceitos trienal 2007 versus trienal 2004....................................................................................................................71 Tabela 17 - Número de cursos lato sensu, por área do conhecimento......................................72 Tabela 18 – Número de alunos matriculados por cursos de pós-graduação (lato sensu) a distância em 2008 .....................................................................................................................74 Tabela 19 - Censo dos grupos de pesquisa da UFPA...............................................................79 Tabela 20 – Número de bolsas e de pesquisadores dos programas de iniciação científica......80 Tabela 21 - Quantitativo de marcas e patentes solicitadas em 2008 ........................................81 Tabela 22 - Quantidade de registro de obras intelectuais.........................................................81 Tabela 23 - Número de docentes, técnico-administrativos, discentes e de pessoas atendidas em programas e projetos no período de 2006 a 2008.....................................................................85 Tabela 24 - Número de cursos e concluintes no período de 2006 a 2008 ................................85 Tabela 25 - Número de eventos e participantes no período de 2006 a 2008............................86 Tabela 26 - Quantidade de servidores capacitados da UFPA no período de 2006 a 2008.....105 Tabela 27 - IQCD da UFPA no período de 2006 a 2008 .......................................................108 Tabela 28 - Quantidade e percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008.......................................................................................109 Tabela 29 - Quantidade e percentual de técnico-administrativos da UFPA por Escolaridade/Titulação no período de 2006 a 2008................................................................110 Tabela 30 - Número de bibliotecas do SIBI/UFPA por áreas de conhecimento no ano de 2008................................................................................................................................................118 Tabela 31 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA, existentes até dezembro de 2008................................................................................................................................................119

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 – Fotografias do prédio, de pavilhões de salas de aula e de laboratórios. ..........117 Ilustração 2 – Fotografias do hospital e clínica veterinária, da quadra poliesportiva e da piscina semiolímpica. .............................................................................................................117 Ilustração 3 – Laboratórios e salas de aula dos de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, de Engenharia de Materiais e cantina multiuso...........................................................................118

LISTA DE SIGLAS

SIGLAS NOMES

ACG Avaliação dos Cursos de Graduação

AEDI Assessoria de Educação a Distância

ALUNORTE Alumina do Norte do Brasil

ANDIFES Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior

ARNI Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais

ASCOM Assessoria de Comunicação Institucional

ASSEAI Assessoria Especial de Avaliação Institucional

AVALIA Programa de Autoavaliação da UFPA

BASA Banco da Amazônia

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CAC Coordenadoria de Avaliação e Currículos

CAPACIT Centro de Capacitação

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior

CEBRAN Central de Biotecnologia da Reprodução Animal

CEFET-PA Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará

CEPS Centro de Processos Seletivos

CESUPA Centro de Estudos Superiores do Pará

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CONSAD Conselho Superior de Administração

CONSEPE Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão

CONSUN Conselho Universitário

CPA Comissão Própria de Avaliação

CTC Conselho Técnico Científico

CVRD Companhia Vale do Rio Doce

DEAVI Departamento de Avaliação Institucional

DEINF Departamento de Informações

DEPLAN Departamento de Planejamento

EaD Ensino a Distância

EDUFPA Gráfica e Editora Universitária da UFPA

ELETRONORTE Centrais Elétricas do Norte do Brasil

EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

SIGLAS NOMES

ENADE Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes

ENAPE Escola Nacional de Administração Pública

FAPESPA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará

FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

HUBFS Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza

HUJBB Hospital Universitário João de Barros Barreto

ICA Instituto de Ciências da Arte

ICB Instituto de Ciências Biológicas

ICED Instituto de Ciências da Educação

ICEN Instituto de Ciências Exatas e Naturais

ICJ Instituto de Ciências Jurídicas

ICS Instituto de Ciências da Saúde

ICSA Instituto de Ciências Sociais Aplicadas

IDESIGN Incubadora de Design

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

IECOS Instituto de Estudos Costeiros

IES Instituição de Ensino Superior

IETIC Incubadora de Tecnologia da Informação e Comunicação

IFCH Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

IFES Instituições Federais de Ensino Superior

IFNOPAP O Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia

IFPA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

IG Instituto de Geociências

ILC Instituto de Letras e Comunicação

INDESP Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

IP Internet Protocol

IQCD Índice de Qualificação do Corpo Docente

ITEC Instituto de Tecnologia

MEC Ministério da Educação

METROBEL Rede Metropolitana de Belém

NAEA Núcleo de Altos Estudos Amazônicos

NCADR Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural

SIGLAS NOMES

NMT Núcleo de Medicina Tropical

NPADC Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica

NUMA Núcleo de Meio Ambiente

OCC Despesas de Custeios e Capital

PAIUB Programa Nacional de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras

PARD Programa de Apoio ao Recém-Doutor

PBIA Programa de Bolsas de Iniciação Acadêmica

PBM Programa de Bolsa-Moradia

PGO Plano de Gestão Orçamentária

PIAPA Programa Interisntitucional de Apoio a Produção Acadêmica

PIBEX Programa Institucional de Bolsas de Extensão

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

PIEBT Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA

PingIFES Plataforma de Integração de Dados das IFES

POEMATEC Comércio de Tecnologia Sustentável para a Amazônia

PROAD Pró-Reitoria de Administração e Coordenação de Órgãos Suplementares

PROAVI Projeto de Avaliação Institucional

PROEG Pró-Reitoria de Ensino de Graduação

PROEX Pró-Reitoria de Extensão

PROGEP Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal

PROINFRA Programa de Recuperação da Infraestrutura Física

PROINT Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão

PRONERA Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária

PROPESP Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

PROPLAN Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

PSS Processo Seletivo Seriado

REUNI Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais

SIAPE Sistema Integrado de Administração de Pessoal

SIBI Sistema de Bibliotecas da UFPA

SIBOP Sistema de Bolsas de Permanência Estudantil

SIE Sistema de Informações para o Ensino

SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

SIGLAS NOMES

SISAE Sistema de Gerenciamento das Ações Extensionistas

SISCA Sistema de Controle Acadêmico

SNPG Sistema Nacional de Pós-Graduação

SUS Sistema Único de Saúde

UAB Universidade Aberta do Brasil

UEPA Universidade Estadual do Pará

UFAM Universidade Federal do Amazonas

UFMG Universidade Federal de Minas gerais

UFPA Universidade Federal do Pará

UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia

UNAMA Universidade da Amazônia

UNIAM Universidade de Integração da Amazônia

UNIVERSITEC Rede UFPA de Inovação Tecnológica

USP Universidade de São Paulo

17

1 DADOS DA INSTITUIÇÃO

1.1 NOME: Universidade Federal do Pará

1.2 CÓDIGO: 0569

1.3 ESTADO: Pará

1.4 MUNICÍPIO SEDE: Belém

1.5 COMPOSIÇÃO DA CPA

Titulares Suplentes Categorias

Adriano Sales dos Santos Silva Francisca Maria Carvalho Docente

Breno Augusto Mendes dos Santos Anderson Roberto Melo de Castro Discente da Graduação

Carmem Dias Numazawa Carlos Barbosa Pena Técnico-Administrativo

Emmanuel Zagury Tourinho Rommel Mario Burbano Docente

Fernanda do Socorro Lucas Bandeira Gilson Luis Pantoja Discente da Graduação

Francisco Rodrigues de Freitas Renato Borges Guerra Docente

Josenilda Maria Maués da Silva Maria de Nazaré dos Santos Sarges

Docente

Lorena Magalhães Freire da Silva Eliana de Cáritas Santos Cardoso Representante da Sociedade Civil

Margaret Moura Refkalefshy Maria Bernadete Santos de Oliveira

Técnico-Administrativo

Maria José Oliveira e Silva Jackson da Costa

Barbara Vieira Guedes Representante da Sociedade Civil

Max André Corrêa Costa Rigler da Costa Aragão Discente da Pós-Graduação

Réia Silva Lemos da Costa e Silva* Midori Makino Docente

Sandra Maria de Azevedo Carvalho Edna Fátima Barros Valente Técnico-Administrativo

*Coordenadora.

1.6 ATO DE DESIGNAÇÃO DA CPA: Portaria nº 1717/2007 de 29/05/2007

18

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Em cumprimento à determinação da lei nº 10.861 de 14 de abril de 2004, a

Universidade Federal do Pará constituiu sua primeira Comissão Própria de Avaliação (CPA)

por meio da portaria nº 2.098/2004 de 11 de junho de 2004. Dentre outras, a esta Comissão

foi designada a responsabilidade de elaborar a Proposta de Autoavaliação da Universidade

Federal do Pará (UFPA) que, em 31 de março de 2005, foi encaminhada ao Instituto Nacional

de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Em abril de 2006, a Administração Superior da Universidade Federal do Pará —

UFPA iniciou um processo de reestruturação e ampliação de suas ações de avaliação, e criou

o Departamento de Avaliação Institucional (DEAVI), unidade vinculada à Pró-Reitoria de

Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PROPLAN).

O Departamento de Avaliação Institucional redesenhou a proposta de avaliação

encaminhada ao INEP, adequando-a as orientações sugeridas e transformando-a no Programa

de Autoavaliação da UFPA (AVALIA).

A segunda CPA da UFPA foi constituída em 29 de maio de 2007, por meio da Portaria

nº 1717 de 29 de maio de 2007, e instalada em 04 de junho de 2007, com a atribuição, dentre

outras, de coordenar os processos de avaliação interna da Universidade Federal do Pará na

forma da legislação vigente. A Comissão definiu como sua primeira atividade a análise do

Programa de Autoavaliação da UFPA para o necessário detalhamento da metodologia do

Programa de Avaliação Interna da Universidade Federal do Pará.

Na versão final do Programa de Autoavaliação da UFPA estão descritos os objetivos,

as diretrizes e a metodologia propostos para a condução do que se denomina Segundo Ciclo

Avaliativo da UFPA a partir da criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior, iniciado 2006 e finalizado em 2008.

O presente Relatório sintetiza de forma organizada as ações realizadas nesse intervalo

de tempo com o objetivo de atender aos procedimentos legais e institucionais, e contempla um

referencial histórico que compreende o período que se inicia no 2º semestre de 2006 e se

estende ao 1º semestre de 2008.

19

3 UNIVERSO INSTITUCIONAL

A Universidade Federal do Pará foi criada em 1957. Aos 51 anos, reconhecida

nacionalmente como uma das mais importantes instituições da região norte, a UFPA é a maior

do Brasil (entre as instituições públicas federais) em área física e em número de alunos da

graduação — 30.297 matriculados em 300 cursos distribuídos pelos 10 campi (um na capital e

nove no interior do Estado; possui a maior densidade de pesquisa da Amazônia; e congrega

4.709 servidores (docentes e técnico administrativos).

No ano de sua criação a UFPA possuía 1.082 alunos matriculados na graduação,

cinquenta e um anos depois foi registrado um aumento considerável da ordem de 2.700,09%,

visto que a UFPA possui atualmente 30.297 alunos regularmente matriculados.

O GRÁFICO 1 apresenta o número de alunos da UFPA matriculados na graduação, no

ano de sua criação e o dos três últimos anos.

1.082

31.46529.340

30.297

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

1957 2006 2007 2008

me

ro d

e A

lun

os

Anos Gráfico 1 - Número de alunos matriculados na graduação.

Nos últimos 3 anos (2006/2008), a Universidade Federal do Pará vem trabalhando no

sentido de proceder aos ajustes necessários em suas bases de dados, principalmente as

relativas ao ensino de graduação.

Nesse sentido, foi adquirido junto a Universidade de Santa Maria/RS, um Sistema de

Informações Gerenciais, denominado Sistema de Informações para o Ensino (SIE), que se

encontra em processo de implantação/implementação na UFPA, visando dar maior

confiabilidade às informações Institucionais.

No período foram realizados ajustes nas bases de dados, que continham alunos que

apesar de estarem em situação normal no antigo Sistema de Controle Acadêmico (SISCA), já

20

haviam desistido ou abandonado seus cursos há algum tempo e, até mesmo, em alguns casos,

já tinham diplomado, e ainda permaneciam no sistema como alunos aptos à matrícula.

Com a migração dos dados do SISCA para o SIE, estas distorções estão sendo

identificadas e corrigidas, tanto que o número de alunos matriculados em 2008 sofreu uma

redução da ordem de 3,71% em relação ao ano de 2006.

Atualmente, a Universidade Federal do Pará possui 40.748 alunos matriculados,

conforme demonstra o QUADRO 1.

300 cursos1 de graduação com 30.297 alunos.

71 cursos de especialização com 3.407 alunos.

38 programas de mestrado2 com 1.629 alunos.

17 programas de doutorado com 545 alunos.

13 programas de residência médica com 159 alunos.

24 cursos de educação profissional técnica com 542 alunos.

3 cursos livres com 2.476 alunos.

Educação Básica3 com 1.693 alunos.

Quadro 1 - Número de cursos/programas e de alunos matriculados. 1 Presenciais (capital, interior, convênios/contratos) e a distância. 2 Dois profissionalizante. 3. Ensino infantil, fundamental, médio e magistério. Fonte: Departamento de Informações/PROPLAN.

Ao longo dos seus 51 anos, a UFPA se consolidou como uma força integradora da

Amazônia no contexto nacional e, hoje, a Instituição abriga um contingente de

aproximadamente 45.457 pessoas, distribuídas entre docentes, técnico-administrativos e

discentes. A constituição de sua estrutura organizativa está representada no QUADRO 2 e na

FIGURA 1, a seguir:

12 Institutos de formação acadêmica e de produção de conhecimento 9 Campi no interior do Estado. O mais próximo está a 70 km de Belém, e o mais distante a 800 km 5 Núcleos de produção de conhecimento 2 Hospitais Universitários 1 Escola de Aplicação 1 Centro de Capacitação 1 Centro de Convenções para 1.000 lugares 3 Parques Tecnológicos (Belém, Marabá e Santarém) 1 Sistema de Incubadora de Empresas

34 Bibliotecas Universitárias 1 Central 33 Setoriais localizadas na capital e nos Campi do

interior

Quadro 2 - Estrutura organizativa da UFPA.

21

ORGANOGRAMA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Figura 1 – Organograma da UFPA. Elaborado pelo DEPLAN/PROPLAN. **Órgãos Suplementares: Biblioteca; CTIC; Museu; Editora; Gráfica; Arquivo Central; CIAC; CEPS. *Assessorias: ARNI; ASCOM; AEDI. IECOS - Situado no Campus de Bragança

Campus de Abaetetuba

Pró-reitoria de Ensino de Graduação

(PROEG)

ICA

ITEC

Campus de Altamira

Campus de Bragança

Campus de Breves

Campus de Santarém

Campus de Cametá

Campus de Castanhal

Campus de Marabá

Campus de Soure

Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Institucional (PROPLAN) Pró-reitoria de

Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (PROGEP)

Pró-reitoria de Administração

(PROAD)

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

(PROPESP)

Pró-reitoria de Extensão (PROEX)

Reitoria

CONSUN

CONSAD CONSEPE

Escola de Aplicação

HUBFS

HUJBB

ICB

ICED

ICEN

ICJ

ICS

ICSA

IG

ILC

NAEA

NCADR

NMT

IFCH

NPADC

NUMA

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Órgãos Suplementares**

Procuradoria

Uni

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cadê

mic

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Esp

ecia

is

Assessorias*

Prefeitura

IECOS

22

Nos termos do artigo 3° do seu Estatuto, a prática institucional da Universidade

Federal do Pará objetiva os seguintes fins:

� estimular a criação cultural e o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo,

de forma a gerar, sistematizar, aplicar e difundir o conhecimento em suas várias

formas de expressão e campos de investigação científica, cultural e tecnológica;

� formar e qualificar continuamente profissionais nas diversas áreas do

conhecimento, zelando pela sua formação humanista e ética, de modo a contribuir

para o pleno exercício da cidadania, a promoção do bem público e a melhoria da

qualidade de vida, particularmente do amazônida;

� cooperar para o desenvolvimento regional, nacional e internacional, firmando-se

como suporte técnico e científico de excelência no atendimento de serviços de

interesse comunitário e às demandas sócio-político-culturais para uma Amazônia

economicamente viável, ambientalmente segura e socialmente justa.

São princípios da UFPA:

� a universalização do conhecimento;

� o respeito à ética e à diversidade étnica, cultural e biológica;

� o pluralismo de ideias e de pensamento;

� o ensino público e gratuito;

� a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;

� a flexibilidade de métodos, critérios e procedimentos acadêmicos;

� a excelência acadêmica;

� a defesa dos direitos humanos e a preservação do meio ambiente.

Caracterizada como Universidade Multicampi, a UFPA atua como propulsora e líder

de processos de desenvolvimento regional.

O Planejamento Estratégico das ações da UFPA está configurado no Plano de

Desenvolvimento 2001–2010, elaborado dentro dos princípios da Administração Pública,

através de um processo de planejamento contínuo e construído conjuntamente pelos

segmentos da comunidade universitária. Nele, encontram-se delineadas vinte Metas,

cinquenta Estratégias e duzentas e vinte e sete Linhas de Ação, traduzidas em forma de sete

Eixos Estruturantes, listados no QUADRO 3.

23

Universidade Multicampi

Integração com a Sociedade

Reestruturação do Modelo de Ensino

Pesquisa e Desenvolvimento Amazônico

Valorização dos Recursos Humanos

Ambiente Adequado

Modernização da Gestão

Quadro 3 - Eixos estruturantes do plano de desenvolvimento da UFPA 2001–2010.

São fundamentos do Plano de Desenvolvimento:

1. A Missão:

Gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do

saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano em

geral, e em particular do amazônida, aproveitando as potencialidades

da região mediante processos integrados de ensino, pesquisa e

extensão, por sua vez sustentados em princípios de responsabilidade,

de respeito à ética, à diversidade biológica, étnica e cultural,

garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado,

de modo a contribuir para o exercício pleno da cidadania, fundada

em formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa.

2. A Visão

Tornar-se referência local, regional, nacional e internacional nas

atividades de ensino, pesquisa e extensão, consolidando-se como

instituição multicampi e firmando-se como suporte de excelência para

as demandas sócio-políticas de uma Amazônia economicamente

viável, ambientalmente segura e socialmente justa.

Nos últimos sete anos, a Universidade Federal do Pará consolidou, por meio do

fortalecimento do planejamento, uma cultura administrativa pró-ativa, a partir da qual as

unidades acadêmico-administrativas planejam suas ações, definem metas e estabelecem

indicadores que possibilitam o acompanhamento, a avaliação e mudanças de rumo, quando

necessário.

24

4 METODOLOGIA

O universo da avaliação institucional no âmbito da Universidade Federal do Pará é

constituído dos servidores (docentes e técnico-administrativos), dos discentes, dos cursos de

graduação, de pós-graduação (lato e stricto sensu), de educação profissional técnica, de

educação básica, dos cursos livres, dos projetos de pesquisa, dos programas e projetos de

extensão integrados ao ensino e/ou à pesquisa, dos hospitais universitários e dos setores

administrativos.

Considerando-se que a proposta é de institucionalização do processo de autoavaliação,

as ações desenvolvidas neste âmbito não estão atreladas a datas marcadas para início e fim e

se caracterizam pela presença permanente do processo. Contudo, determinadas atividades de

avaliação podem ser priorizadas por questões relacionadas aos planos e projetos

institucionais.

A execução da proposta de autoavaliação da UFPA prevê a ocorrência de quatro

etapas, algumas das quais desenvolvidas simultaneamente, outras, em momentos distintos,

dependendo do grau de sensibilização e de amadurecimento dos atores envolvidos em relação

às ações desenvolvidas em suas unidades acadêmico-administrativas. Foram definidos

procedimentos sob a responsabilidade das Unidades Acadêmico-administrativas, os quais

serão cumpridos periodicamente, em prazos estabelecidos pela CPA. São etapas:

1ª) Preparação

� elaboração da proposta de avaliação.

2ª) Sensibilização

� realização de eventos de sensibilização e de apresentação do SINAES e da

proposta de avaliação.

3ª) Execução da Proposta nas Unidades

� Atividades dirigidas ao levantamento e tratamento de informações relativas às

cinco áreas representativas das atividades-fim e atividades-meio da instituição:

1. Ensino de Graduação;

2. Ensino de Pós-Graduação;

3. Pesquisa;

4. Extensão;

5. Gestão.

25

Para cada uma dessas áreas, estão definidos:

� Unidades responsáveis;

� Periodicidade;

� Concepção ou Princípios Norteadores;

� Procedimentos para levantamento de informações;

� Instrumentos de coleta de dados;

� Procedimentos para análise das informações;

� Sistema eletrônico on-line para transferência das informações ao DEAVI.

A execução dessa etapa está sob a responsabilidade das Pró-Reitorias: Pró-Reitoria

de Ensino de Graduação (1), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (2, 3), Pró-

Reitoria de Extensão (4), Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal e

Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (5).

O detalhamento dessa etapa, para cada área, encontra-se nos APÊNDICES de A a E.

As informações produzidas e analisadas são integradas, na etapa seguinte, para que

então se possa elaborar um diagnóstico mais completo de cada área e da instituição

como um todo.

4ª) Consolidação

� elaboração de relatórios;

� publicação dos resultados;

� balanço crítico;

� uso efetivo dos resultados;

� meta-avaliação.

26

Figura 2 - Diagrama do processo de autoavaliação

Os dados quantitativos foram coletados dos relatórios das unidades acadêmicas e

administrativas; do Censo da Educação Superior; da Fita Espelho do Sistema Integrado de

Administração de Recursos Humanos (SIAPE) e dos Sistemas Corporativos que integram o

Sistema de Informações para o Ensino (SIE/UFPA). Os dados qualitativos foram extraídos

dos relatórios das unidades acadêmicas e administrativas e dos relatórios de gestão,

elaborados anualmente.

Os resultados do Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes

(ENADE), o Cadastro da Educação Superior e os relatórios e conceitos da Coordenação de

Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES) para os cursos de pós-graduação

também são incorporados ao processo de autoavaliação da UFPA.

Todo este esforço visa a garantir a utilidade da avaliação para a melhoria do ensino, da

pesquisa, da extensão e da gestão. Para tanto, é preciso periodicamente refletir sobre os

objetivos definidos, sobre os atores envolvidos, sobre as estratégias estabelecidas e sobre os

Preparação

Execução da

Proposta

Consolidação

Sensibilização

27

instrumentos utilizados. Isto requer o planejamento de ações que permitam a meta-avaliação:

elemento fundamental para que a UFPA possa avaliar o seu próprio sistema de avaliação e

estabelecer procedimentos futuros para o alcance da excelência.

28

5 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO

5.1 ENSINO DE GRADUAÇÃO

A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) é responsável por propor, coordenar

e avaliar as políticas de ensino de graduação, tecnológico e níveis equivalentes, da educação

básica e do ensino técnico e profissional, em consonância com as diretrizes estabelecidas no

Plano de Desenvolvimento Institucional, em cooperação com as unidades acadêmicas e

administrativas da UFPA.

É missão da PROEG “Alcançar excelência e modernidade no ensino de graduação”.

O ensino de graduação na Universidade Federal do Pará é voltado à formação

profissional de nível superior, articulado com a iniciação científica e a extensão, com ênfase

na formação cidadã. O acesso aos cursos de graduação se dá por meio da oferta de vagas no

Processo Seletivo Seriado (PSS).

A partir de 2005, a UFPA passou a priorizar as vocações e demandas loco-regionais,

como critério fundamental para a implantação de novos cursos, cuja principal característica é

a formação técnico-acadêmica de profissionais para responder aos desafios propostos pelo

desenvolvimento das regiões nas quais eles estão inseridos.

Para atingir esse objetivo, a administração superior da UFPA consolidou as

negociações com órgãos governamentais e empresas do setor produtivo do Estado, para o

estabelecimento de uma rede de cooperação que viabilizasse essa proposta ambiciosa, não só

para o Estado, mas para a região como um todo. Dentre as instituições parceiras, destacam-se

a Vale e a Eletronorte.

Essa estratégia culminou com a criação de 58 novos cursos — presenciais e a distância

— na capital e no interior, no período 2006-2008 e atingiu 22 municípios do interior do

Estado.

O QUADRO 4 apresenta os cursos criados no período 2006-2008, por ano de criação,

habilitação, modalidade e município.

Ano Curso Habilitação Modalidade Município Administração Não se aplica Ensino a distância Belém

Ciências Biológicas Não se aplica Ensino presencial Soure

Educação Artística Música Ensino presencial Soure

Educação Física Não se aplica Ensino presencial Belém

Física Física Ambiental Ensino presencial Santarém

Língua Portuguesa Ensino presencial Abaetetuba

Língua Portuguesa Ensino presencial Capanema

Língua Espanhola Ensino presencial Belém

2006

Letras

Língua Portuguesa Ensino presencial Santarém

29

Ano Curso Habilitação Modalidade Município Língua Alemã Ensino presencial Soure

Ensino presencial Marabá

Ensino presencial Itaituba

Pedagogia Não se aplica

Ensino presencial Colares

Ensino a distância Marabá

Ensino a distância Capanema

Ensino a distância Oriximiná Ciências Biológicas Não se aplica

Ensino presencial Oriximiná

Ensino presencial Belém Ciências Naturais Não se aplica

Ensino presencial Canaã dos Carajás

História Não se aplica Ensino presencial Parauapebas

Língua Espanhola Ensino presencial Abaetetuba

Língua Portuguesa Ensino presencial Igarapé-Miri

Língua Portuguesa Ensino presencial Pacajá

Língua Portuguesa Ensino presencial Altamira

Língua Inglesa Ensino presencial Bragança

Língua Portuguesa Ensino presencial Bragança

Língua Portuguesa Ensino presencial Breves

Letras

Língua Inglesa Ensino presencial Cametá

Ensino presencial Abaetetuba

Ensino presencial Oriximiná Matemática Não se aplica

Ensino presencial Canaã dos Carajás

2007

Química Não se aplica Ensino presencial Marabá

Artes Visuais Não se aplica Ensino presencial Belém

Ciências Biológicas Não se aplica Ensino a distância Parauapebas

Ensino presencial Parauapebas Ciências Naturais Não se aplica

Ensino presencial Marabá

Dança Não se aplica Ensino presencial Belém

Engenharia Civil Não se aplica Ensino presencial Parauapebas

Filosofia Não se aplica Ensino presencial Parauapebas

Ensino presencial Oriximiná

Ensino presencial Parauapebas Geografia Não se aplica

Ensino presencial Juruti

Língua Portuguesa Ensino a distância Goianésia do Pará

Língua Inglesa Ensino presencial Altamira

Língua Espanhola Ensino presencial Castanhal

Língua Portuguesa Ensino presencial Castanhal

Letras

Língua Portuguesa Ensino presencial Marabá

Matemática Não se aplica Ensino presencial Monte Alegre

Música Não se aplica Ensino presencial Belém

Ensino a distância Altamira

Ensino a distância Breves

Ensino a distância Bujarú

Ensino a distância Marabá

Ensino a distância Oriximiná

Ensino a distância Parauapebas

Ensino a distância Santarém

Química Não se aplica

Ensino a distância Tucuruí

2008

Sistemas de Informação Não se aplica Ensino presencial Parauapebas

Quadro 4 - Cursos criados no período 2006-2008. Fonte: http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/ acessado em 19.02.2009.

O GRÁFICO 2 apresenta a evolução do número de cursos de graduação no período

2006-2008. Apesar da criação de novos cursos observa-se, em 2008, um acréscimo de apenas

5,26% no número de cursos da Instituição em relação ao ano de 2006 e de 10,29% em

relação ao ano de 2007 e, neste mesmo ano, ocorreu uma redução de 4,56% em relação ao

30

ano de 2006, isso porque, alguns dos cursos criados não são de oferta regular e outros cursos

foram extintos.

285

272

300

255

260

265

270

275

280

285

290

295

300

305

2006 2007 2008

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urs

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Anos Gráfico 2 - Evolução do número de cursos de graduação. Fonte: SIE/PingIFES - mar/2009.

Com a adesão da UFPA ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão

das Universidades Federais (REUNI), serão realizados investimentos, até 2012, para a criação

de novos cursos de graduação e pós-graduação — principalmente nos campi do interior do

Estado —, contratação de professores para os dois níveis de ensino, além de recursos

destinados à infraestrutura e custeio das ações.

A UFPA possui 38.598 alunos cadastrados em 300 cursos de graduação, sendo que

destes, 30.297 se encontram efetivamente matriculados.

Nestes números estão computados, também, os cursos de educação a distância e os de

convênios/contratos financiados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), convênios com Prefeituras e com a

Secretaria de Estado de Educação, para a formação de professores do Ensino Básico das

Redes Públicas — Estadual e Municipal — de Ensino, estes últimos, somam 2.261 alunos

matriculados em 84 cursos.

Na TABELA 1 estão registrados os números atuais do ensino de graduação, no que diz

respeito ao número de cursos e de alunos.

Tabela 1 - Números do ensino de graduação

ALUNOS Nº DE CURSOS Ingressantes* Matriculados Diplomados**

300 6.601 30.297 3.772

(*) Por processos seletivos e outras vias. (**) Números parciais Fonte: SIE/UFPA.

31

Tabela 2 - Taxa de sucesso na graduação (TSG)

Ano 2004 2005 2006 2007 2008

TSG 0,84 0,82 0,77 0,86 0,83

A Taxa de Sucesso na Graduação na UFPA, demonstrada na TABELA 2 tem se

mantido estável ao longo dos últimos cinco anos, entre 0,82 e 0,86, com exceção do ano de

2006, que apresentou uma taxa de sucesso de 0,77, abaixo do patamar histórico. Quanto ao

ano de 2008, o número é parcial, tendo em vista que as colações de grau referentes ao 2º

semestre de 2008, ainda estão em curso. Assim, foram considerados para efeito de cálculo da

taxa de sucesso, os diplomados do 2º semestre de 2007, e do 1º semestre de 2008.

Ressalta-se que a taxa média de sucesso na UFPA, da ordem de 0,82, pode ser

considerada como boa, tendo em vista que, a meta pactuada junto REUNI, a ser alcançada em

2012, é de 0,90.

A UFPA está presente em 46 municípios, some-se a isto, os consórcios entre as

prefeituras municipais para a formação de professores do Ensino Básico, que elevam o

número de municípios para 96, o que representa uma cobertura de 67% dos municípios do

Estado.

Com o Programa de Expansão das IFES implementado pelo Ministério da Educação

(MEC), o aumento do número de cursos regulares ofertados, bem como, a diversificação dos

mesmos nas várias áreas do conhecimento, deverá ter um impacto substancial na

democratização do acesso das populações locais ao Ensino Superior.

5.1.1 Processo seletivo de ingresso na UFPA

A partir do ano de 2004, o Vestibular — tradicional processo seletivo de ingresso na

Universidade Federal do Pará — foi substituído por um novo modelo de avaliação para o

acesso aos cursos de graduação ofertados pela UFPA: o Processo Seletivo Seriado (PSS). Foi

um passo importante para a valorização e fortalecimento do ensino médio. Os candidatos

deixaram de realizar uma prova ao final do ensino médio para participar de eliminatórias ao

fim da primeira, segunda e terceira séries.

No entanto, ao logo dos seus cinco anos de existência, esse processo seletivo mostrou-

se inviável, visto que a avaliação realizada demonstrou que o PSS reduziu o ingresso de

alunos de escolas públicas na UFPA e também onerou a seleção tanto para a Instituição

quanto para o aluno, uma vez que se passou a exigir o pagamento de três taxas, uma para cada

32

etapa, num total de R$ 88,00. E garantir a isenção para todos é uma hipótese descartada diante

do gasto de mais de R$ 3 milhões com a organização do concurso.

O modelo experimentado trouxe avanços como a avaliação de cada uma das séries do

ensino médio. Também fez crescer o número de aprovados: no modelo anterior, 17% dos

inscritos passavam e no PSS 31%. Regrediu, porém, na meta de aumentar o ingresso de

alunos das escolas públicas — antes do PSS, 58% dos calouros eram de escola pública,

depois do PSS este percentual caiu para 42%.

A partir de 2011, o PSS será substituído por um concurso anual. As transformações

serão graduais e terão início no processo seletivo de 2009, ano em que não haverá oferta de

inscrição de forma isolada para a 1ª fase do PSS e que a prova da 3ª fase passará por

modificações. O novo processo seletivo far-se-á em uma única etapa, somente para os

concluintes do ensino médio, mas o novo modelo não será igual ao antigo vestibular. O novo

modelo tem como meta a valorização da capacidade de raciocínio do estudante e objetiva

proporcionar concorrência igualitária entre os candidatos oriundos da rede pública e particular

de ensino.

No processo Seletivo Seriado de 2008 foi ofertado 73 cursos regulares, com 3.396

vagas para a capital e 43 cursos regulares, com 1.640 vagas para os campi do interior.

Nas TABELAS 3 e 4 estão listados os cursos ofertados na capital e no interior,

respectivamente, com o número de vagas ofertadas e preenchidas no Processo Seletivo

Seriado do ano de 2008, por turno.

Tabela 3 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Capital

Vagas Área/Curso Turno Demanda

Ofertadas Preenchidas

CIÊNCIAS AGRÁRIAS 223 36 36

Engenharia de Alimentos M 223 36 36

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 989 86 86

Ciências Biológicas (Bacharelado) V/N 442 30 30

Ciências Biológicas (Licenciatura) M/V 384 30 30

Ciências Biológicas (Licenciatura) N 163 26 26

CIÊNCIAS DA SAÚDE 6.578 496 496

Educação Física (Licenciatura) V 763 46 46

Enfermagem M/N 475 40 40

Enfermagem V/N 489 40 40

Farmácia M/V 524 70 70

Medicina M/V 2675 150 150

33

Vagas Área/Curso Turno Demanda

Ofertadas Preenchidas

Nutrição M/V 989 60 60

Odontologia M/V 663 90 90

CIÊNCIAS EXATAS E TERRA 3.616 608 568

Ciência da Computação (Bacharelado) V 542 36 36

Engenharia de Computação M/V 682 80 80

Estatística (Bacharelado) V/N 97 40 30

Física (Bacharelado) M 230 50 50

Física (Licenciatura) N 174 40 40

Geofísica (Bacharelado) M/V 73 20 20

Geologia M/V 434 40 40

Matemática (Licenciatura) M/V 361 80 80

Matemática (Licenciatura) - Modalidade à Distância - 92 50 20

Meteorologia (Bacharelado) M/V 157 40 40

Oceanografia M/V 199 30 30

Química (Bacharelado) V 59 20 20

Química (Licenciatura) M 204 46 46

Sistemas de Informação (Bacharelado) N 312 36 36

CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS 8.074 860 853

Administração M 673 40 40

Administração N 605 40 40

Arquitetura e Urbanismo M/V 513 50 50

Biblioteconomia M 141 30 30

Biblioteconomia N 145 30 23

Ciências Contábeis M 262 40 40

Ciências Contábeis V 264 40 40

Ciências Contábeis N 357 40 40

Ciências Econômicas M 202 40 40

Ciências Econômicas N 126 40 40

Comunicação Social (Jornalismo) M 408 30 30

Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) M 308 20 20

Direito M/V 1575 120 120

Direito N 662 60 60

Serviço Social M/V 806 80 80

Serviço Social N 417 40 40

Turismo M 367 80 80

Turismo N 243 40 40

CIÊNCIAS HUMANAS 3.272 420 420

Filosofia (Bacharelado/Licenciatura) 182 40 40

Geografia (Bacharelado/Licenciatura) M 251 40 40

Geografia (Bacharelado/Licenciatura) N 254 30 30

34

Vagas Área/Curso Turno Demanda

Ofertadas Preenchidas

História (Bacharelado/Licenciatura) M 406 30 30

História (Bacharelado/Licenciatura) N 348 40 40

Psicologia (Formação do Psicólogo) M/V 989 60 60

Pedagogia (Licenciatura) M 393 90 90

Pedagogia (Licenciatura) N 449 90 90

ENGENHARIA 2.731 410 410

Engenharia Civil M 395 70 70

Engenharia Civil N 459 70 70

Engenharia Elétrica M/V 386 60 60

Engenharia Mecânica M 283 40 40

Engenharia Mecânica V 266 40 40

Engenharia Naval M 146 20 20

Engenharia Química V 339 50 50

Engenharia Sanitária e Ambiental M/V 457 60 60

LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES 1.374 330 297

Artes Visuais (Bacharelado/Licenciatura) V/N 109 30 30

Dança (Licenciatura) M 119 40 34

Letras - Hab. em Língua Alemã (Licenciatura) M 31 26 11

Letras - Hab. em Língua Espanhola (Licenciatura) N 109 26 25

Letras - Hab. em Língua Francesa (Licenciatura) M 59 26 25

Letras - Hab. em Língua Inglesa (Licenciatura) M 184 26 26

Letras - Hab. em Língua Inglesa (Licenciatura) N 125 26 26

Letras - Hab. em Língua Portuguesa (Licenciatura) M 308 50 50

Letras - Hab. em Língua Portuguesa (Licenciatura) N 263 50 50

Música (Licenciatura) V/N 67 30 20

OUTROS 836 150 150

Biomedicina (Bacharelado) M/V 326 40 40

Ciências Sociais (Bacharelado/Licenciatura) M 176 40 40

Ciências Sociais (Bacharelado/Licenciatura) N 182 40 40

Química Industrial V 152 30 30

Total 27.693 3.396 3.316

Fonte: Centro de Processos Seletivos. M: Matutino. N: Noturno. V: Vespertino.

35

Tabela 4 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Interior

Vagas Campi/Núcleo/Curso Turno Demanda

Ofertadas Preenchidas

CAMPUS DE ABAETETUBA 601 130 98

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura) - Intervalar

M/V 243 40 39

Matemática (Licenciatura) - Intervalar M/V 245 50 50

Pedagogia (Licenciatura) N 113 40 9

CAMPUS DE ALTAMIRA 542 160 48

Agronomia M/N 155 30 19

Ciências Biológicas M 137 30 17

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)

M 135 60 7

Pedagogia (Licenciatura) - Intervalar M/N 115 40 5

CAMPUS DE BRAGANÇA 787 150 113

Ciências Biológicas M 283 40 40

Engenharia de Pesca M/V 166 30 30

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)

N 177 40 23

Pedagogia (Licenciatura) M 161 40 20

CAMPUS DE BREVES 389 100 48

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura) - Intervalar

M/V 179 50 26

Pedagogia (Licenciatura) N 210 50 22

CAMPUS DE CAMETÁ 489 130 75

Letras - Hab. Língua Inglesa (Licenciatura) - Intervalar

M/N 140 30 30

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)

M 153 50 24

Pedagogia M 196 50 21

CAMPUS DE CASTANHAL 1.134 190 164

Educação Física M/V 361 40 40

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)

V 192 40 40

Matemática (Licenciatura) M 149 40 36

Medicina Veterinária M/V 296 30 30

Pedagogia (Licenciatura) V 136 40 18

CAMPUS DE MARABÁ 2.133 380 275

Ciências Naturais N 72 30 14

Ciências Sociais (Licenciatura/Bacharelado)

V 113 40 24

Direito V/N 544 40 40

Engenharia de Minas e Meio Ambiente M 441 30 30

Engenharia de Materiais M 152 30 30

36

Vagas Campi/Núcleo/Curso Turno Demanda

Ofertadas Preenchidas

Geologia M/V 186 30 30

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)

N 165 40 27

Matemática M 60 40 9

Pedagogia (Licenciatura) N 116 40 14

Química (Licenciatura) N 119 30 27

Sistemas de Informação (Bacharelado) M/V 165 30 30

CAMPUS DE SANTARÉM 2.019 280 250

Ciências Biológicas (Licenciatura) N 442 30 30

Direito V 447 40 40

Física Ambiental (Licenciatura) M 144 40 39

Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)

M/N 265 60 54

Matemática (Licenciatura) N 195 40 40

Pedagogia (Licenciatura) - Intervalar M/V 186 40 17

Sistemas de Informação (Bacharelado) M 340 30 30

CAMPUS DE SOURE 191 30 18

Letras - Hab. Língua Inglesa (Licenciatura) - Intervalar

M/N 191 30 18

NÚCLEO DE TUCURUÍ 532 90 89

Engenharia Civil V 181 30 30

Engenharia Elétrica V 185 30 30

Engenharia Mecânica M 166 30 29

Total 8.817 1.640 1.178

Fonte: Centro de Processos Seletivos. M: Matutino. N: Noturno. V: Vespertino.

A TABELA 5 e o GRÁFICO 3 mostram o número de vagas ofertadas/contratadas nos

processos seletivos de ingresso na UFPA, no período de 2005 a 2008. Nestas ilustrações,

percebe-se que no geral houve uma redução no número de vagas no período de 2006 a 2008

em relação ao ano de 2005, o que corresponde a 9,99%, 10,78% e 4,74%, respectivamente.

Ao verificar o ano de 2006, observa-se uma redução no número de vagas ofertadas nos cursos

regulares do Processo Seletivo Seriado do interior e no Processo Seletivo Seriado à

Mobilidade Acadêmica tanto na capital quanto no interior. Em 2007, verifica-se que além de

reduzir o número de vagas ofertadas nos cursos intervalares do Processo Seletivo Seriado do

interior, não houve ofertas de vagas para o Processo Seletivo Seriado à Mobilidade

Acadêmica Interna e as vagas de contrato. Finalmente, em 2008, percebe-se redução no

37

número de vagas ofertadas nos cursos regulares e intervalares do Processo Seletivo Seriado do

interior o que contribuiu para a redução geral de vagas ofertadas em relação a 2005.

Entretanto, é válido ressaltar o aumento no número de vagas no ano de 2008 em relação aos

anos de 2006 e 2007, uma vez que há oferta de vagas para o Processo Seletivo Seriado à

Mobilidade Acadêmica Interna e Externa, o que não ocorreu nos anos anteriores.

Tabela 5 - Número de vagas ofertadas/contratadas no período de 2005 a 2008

VAGAS CAMPI 2005 2006 2007 2008

Capital 3.060 3.140 3.210 3.396 Processo Seletivo Seriado – PSS Cursos Regulares Interior 1.885 1.280 1.540 1.360

Capital - - 45 - Processo Seletivo Seriado – PSS Cursos Intervalares Interior 325 385 260 280

Capital 513 369 - - Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica (Vestibulinho) * Interior 166 117 - -

Capital - - - 128 Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica Interna Interior - - - 20

Capital - - 365 113 Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica Externa Interior - - 111 33

Capital 40 47 - 150 Contrato

Interior 210 242 - 425

Capital 3.613 3.556 3.620 3.787 Total

Interior 2.586 2.024 1.911 2.118

Total Geral 6.199 5.580 5.531 5.905

Fonte: CEPS/CIAC/DEINF. *: A partir de 2007, a mobilidade acadêmica dividiu-se em mobilidade acadêmica interna e externa.

5.000

5.200

5.400

5.600

5.800

6.000

6.200

2005 2006 2007 2008

6.199

5.580 5.531

5.905

me

ro d

e V

ag

as

Anos Gráfico 3 - Número de vagas ofertadas nos processos seletivos de ingresso na UFPA. Fonte: CEPS/CIAC/DEINF.

38

5.1.2 Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, que integra o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior, foi instituído pela Lei 10.861/2004. Coordenado pelo

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira tem o objetivo de

aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos

programáticos, suas habilidades e competências.

Em 2006, foram avaliados 22 cursos da UFPA. Destes, 08 não contribuíram para a

geração do conceito por não terem alunos ingressantes ou alunos concluintes. Ex: curso de

Administração de Castanhal (sem concluintes), curso de Ciências Contábeis de Abaetetuba

(sem ingressantes).

A TABELA 6 informa os cursos avaliados, por conceito, e o indicador de diferença

entre os desempenhos observado e esperado.

Tabela 6 - Cursos avaliados no ENADE 2006

CURSOS MUNICÍPIOS CONCEITO ENADE

IDD -3,3

IDD 1a5

Administração Belém 4 -0.757 2

Administração Castanhal SC SC SC

Administração Marabá SC SC SC

Administração Parauapebas SC SC SC

Biblioteconomia Belém 1 -0.201 3

Biomedicina Belém 3 -0.931 2

Ciências Contábeis Abaetetuba SC SC SC

Ciências Contábeis Belém 2 -0.070 3

Ciências Contábeis Capanema SC SC SC

Ciências Contábeis Marabá SC SC SC

Ciências Contábeis Parauapebas SC SC SC

Ciências Econômicas Belém 2 -0.220 2

Comunicação Social – Jornalismo Belém 2 0.964 4

Comunicação Social - Pub. e Propaganda Belém 2 0.964 4

Comunicação Social Editoração Parauapebas SC SC SC

Direito Belém 4 -0.632 2

Direito Marabá 3 -2.018 1

Direito Santarém 3 -1.127 2

Musica Belém 2 SC

Psicologia Belém 1 0.370 3

Turismo Belém 1 -2.147 1

Turismo Soure 3 -0.067 3

Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/ acessado em 04.06.2007. IDD: Indicador de diferença de desempenho (entre o observado e o esperado). SC: Sem conceito.

39

Três cursos obtiveram conceito 1: Biblioteconomia, Psicologia e Turismo. Ou seja,

21% dos cursos avaliados apresentaram conceito 1. O que perfaz, aproximadamente, 5% da

Média Nacional dos cursos com esse conceito.

Cinco cursos obtiveram conceito 2: são eles: Ciências Contábeis (Belém); Ciências

Econômicas, Comunicação Social – Jornalismo, Comunicação Social – Propaganda;

Educação Artística- Música. Ou seja, representam 36% do total dos cursos da UFPA

avaliados, sendo 11,8% da Média Nacional.

Quatro cursos obtiveram conceito 3: Biomedicina, Turismo (Soure), Direito (Marabá),

Direito (Santarém). Representam 29% dos cursos da UFPA avaliados, correspondendo a

28,8% da Média Nacional.

Dois cursos foram contemplados com conceito 4: Administração (Belém) e Direito

(Belém) representando 14% dos cursos avaliados e correspondem a 33,1% da Média

Nacional.

Em 2007 foram avaliados 12 cursos. Na TABELA 7 estão relacionados os cursos

submetidos ao ENADE 2007, com as respectivas médias e conceitos.

Tabela 7 - Cursos avaliados no ENADE 2007

Média da Formação

Geral

Média do Componente Específico

Média Geral Curso Município

Ing Conc Ing Conc Ing Conc

Conceito ENADE

IDD Conceito

Preliminar do curso

Altamira 54.1 62.0 40.9 48.4 44.2 51.8 3 SC 3 Agronomia

Marabá 59.5 55.1 43.1 43.4 47.2 46.3 3 SC 3

Biomedicina Belém 54.1 64.8 33.7 48.6 38.8 52.7 3 3 3

Belém 38.4 - 40.1 - 39.7 - SC SC SC Educação Física Castanhal 53.8 50.0 49.9 58.7 50.9 56.5 4 SC 4

Enfermagem Belém 51.5 54.3 27.7 36.4 33.6 40.9 3 3 3

Farmácia Belém 60.6 56.8 38.4 45.4 44.0 48.2 3 3 3

Medicina Belém 63.5 64.2 27.4 53.0 36.4 55.8 2 2 2

Medicina Veterinária

Castanhal 57.3 56.5 31.2 47.1 37.7 49.5 3 SC SC

Nutrição Belém 58.2 56.7 41.3 51.4 45.5 52.7 3 4 3

Odontologia Belém 64.4 71.5 37.8 61.5 44.5 64.0 4 4 4

Serviço Social

Belém 12.5 55.1 9.2 49.3 10.0 50.8 3 SC 3

Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/ acessado em 08.08.2008. IDD: Indicador de diferença de desempenho (entre o observado e o esperado). Ing: Ingressante. Conc: Concluinte.

40

Os cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Medicina e Nutrição registraram

menos de dez participantes no ENADE; nestes casos atribuiu-se o mesmo valor do ENADE

como IDD.

Não foi atribuído conceito para os cursos que não contavam, no mínimo, com cinco

participantes (concluintes e/ou ingressantes) no ENADE e no mínimo cinco respondentes do

questionário socioeconômico aplicado. Neste caso, enquadram-se os cursos de Educação

Física e Medicina Veterinária.

O curso de Educação Física não inscreveu alunos concluintes por ser um curso novo,

iniciado em 02.01.2006.

A TABELA 8 apresenta a movimentação dos cursos avaliados na primeira e na quarta

edições do ENADE. Dos doze cursos avaliados em 2007, oito foram avaliados na primeira

edição do ENADE (2004). Dessa maneira, dentre os oito cursos avaliados nas duas edições,

verifica-se que o curso de Agronomia nos municípios de Altamira e Marabá não possui

conceito em 2004, pois se tratava de um curso novo e observa-se que 37,50% dos cursos

permaneceram com o mesmo conceito (Farmácia, Nutrição e Odontologia) e que 25,00%

aumentaram seus conceitos (Enfermagem e Serviço Social). Apenas, o curso de medicina teve

seu conceito reduzido Isto fez com a direção da faculdade adotasse uma série de medidas que

objetivam reverter essa situação.

Tabela 8 - Cursos avaliados nas edições de 2004 e 2007 do ENADE

CONCEITOS MUNICÍPIOS CURSOS 2004 2007

ALTAMIRA AGRONOMIA SC 3

ENFERMAGEM 2 3

FARMÁCIA 3 3

MEDICINA 3 2

NUTRIÇÃO 3 3

ODONTOLOGIA 4 4

BELÉM

SERVIÇO SOCIAL

1 3

MARABÁ AGRONOMIA SC 3

Fonte: DEAVI. SC: Sem conceito.

Dentre as medidas adotadas pela Faculdade de Medicina, destaca-se a criação de uma

comissão de auditamento acadêmico do curso de Medicina. Esta Comissão promoveu uma

avaliação diagnóstica do curso, de forma criteriosa, no tocante à organização curricular,

categoria docente e discente, recursos humanos, estrutura e infraestrutura.

41

Ao término da avaliação foi elaborado um relatório que indica medidas e providências

para sanear as deficiências do curso de Medicina. São elas:

� A implementação do Projeto Pedagógico do Curso para possibilitar a

superação do ensino disciplinar isolado e baseado em especialidades; a integração

dos Ciclos Básico e Profissional; a otimização da integração do ensino com as

atividades de pesquisa e extensão; a redução do protagonismo dos docentes nas

atividades de ensino, para tornar a aprendizagem significativa; a realização de um

ensino integrado entre as atividades curriculares; a superação da formação do

médico no modelo centrado na doença, com prática médica hospitalocêntrica e

alheio ao perfil epidemiológico da Região; a realização de um processo avaliativo

que abranja os aspectos conceituais, competências e habilidades psicomotoras,

atitudes éticas e compromisso social;

� a destinação de verbas para a implantação de laboratórios de habilidades

médicas — projeto que se justifica pelo atendimento de questões fundamentais

apontadas nas Diretrizes Curriculares para o Ensino de Graduação em Medicina e

no Projeto Pedagógico do Curso — e para reequipar os laboratórios de aulas

teóricas e práticas;

� desenvolvimento das atividades administrativas e das curriculares que não

necessitem de contato com paciente e comunidade em um único espaço físico;

� realização das atividades curriculares que necessitam de contato com paciente

e comunidade em uma única unidade assistencial-hospitalar.

5.1.3 Avaliação dos Cursos de Graduação

A avaliação dos cursos de graduação (ACG), que integra o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior, é um procedimento utilizado pelo MEC para o

reconhecimento ou renovação de reconhecimento dos cursos de graduação representando uma

medida necessária para a emissão de diplomas.

Essa avaliação passou a ser realizada de forma periódica com o objetivo de cumprir a

determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Superior, a fim de garantir a

qualidade do ensino oferecido pelas Instituições de Educação Superior.

O Formulário eletrônico, instrumento de informações preenchido pelas Instituições,

permite a análise prévia pelos avaliadores da situação dos cursos, possibilitando uma melhor

verificação in loco de comissões externas designadas pelo Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais. Este formulário é composto por três grandes dimensões, a saber:

42

� Dimensão 1: organização didático-pedagógica;

� Dimensão 2: corpo docente, corpo discente e corpo técnico-administrativo;

� Dimensão 3: instalações físicas.

Esses indicadores diagnósticos contribuem para uma análise mais substancial da

realidade.

A portaria de reconhecimento e/ou renovação do curso avaliado é gerada após a

validação do relatório elaborado pela equipe de avaliadores. O QUADRO 5 apresenta o

resultado da avaliação de cursos realizada nos anos de 2006 e 2008, cujos relatórios já foram

validados e disponibilizados aos coordenadores de cursos e encaminhados ao DEAVI. Quanto

ao ano de 2007, não existe registro neste Departamento de avaliação.

AVALIAÇÃO CÓDIGO CURSOS CAMPUS/ PÓLO DATA PP CD IE CG 2006

66475 Ciências Naturais Oriximiná 23 a 26/10 CB CB CR CB 66533 Ciências Naturais Santarém 28 a 39/09 3 5 2 CR 12001 Engenharia Civil Belém 08 a 10.06 CR CMB CB - 86396 Matemática a Distância Belém 16 a 24.09 3 3 2 CR 53202 Medicina Veterinária Castanhal 06 a 08.11 - - - CB 60886 Sistemas de Informação Belém 27 a 29.11 4 4 3 CB 86318 Sistemas de Informações Marabá 28 a 30.09 3 3 2 CR 86326 Sistemas de Informação Santarém 28 a 39.09 - - - CB 66749 Turismo Soure 14 a 16.09 4 5 3 CB

2008 66739 Geofísica Belém 14 a 18/04 SI SI SI 4

Quadro 5 - Resultados da avaliação dos cursos de graduação. PP: projeto pedagógico. CD: corpo docente. IE: infraestrutura. CG: conceito geral CMB: condições muito boas. CB: condições boas. CR: condições regulares. SI: sem informação.

O Ministério da Educação criou o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação

para ser aplicado pelos avaliadores nas modalidades presencial e a distância. Esse instrumento

possui abrangência e flexibilização necessárias para garantir uma avaliação fidedigna dos

cursos e dar visibilidade às especificidades de cada um deles. A sua construção está pautada

nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos, nos princípios e diretrizes do SINAES e nos

padrões de qualidade da educação superior. No entanto, os relatórios de avaliação, contendo

as críticas das comissões externas de avaliação aos diversos itens avaliados, não são

disponibilizados às Comissões Próprias de Avaliação e nem à sociedade.

43

5.1.4 Programa de Avaliação e Acompanhamento do Ensino de Graduação

O Regulamento do Ensino de Graduação, em vigor desde 18 de fevereiro de 2008,

tornou permanente a autoavaliação dos cursos de graduação na Universidade Federal do Pará

iniciada nesta Instituição no ano de 2003. Para tanto, foi implementado o Programa de

Avaliação e Acompanhamento do Ensino da Graduação. A PROEG, por meio da Diretoria de

Ensino e de sua Coordenadoria de Avaliação e Currículos, sistematizou uma proposta na qual

formaliza as diretrizes gerais do Programa que tem por finalidade identificar situações

favoráveis ou desfavoráveis à realização do projeto pedagógico dos cursos, em todas as suas

dimensões, bem como, propor soluções a fim de subsidiar as tomadas de decisões pelos

gestores que favoreçam a melhoria do ensino de graduação.

Em junho de 2008, iniciou-se a primeira fase de implantação desse Programa de

Avaliação com a discussão do Programa nas Unidades Acadêmicas e Administrativas, com os

coordenadores dos campi, diretores e diretores adjuntos dos Institutos e Faculdades, membros

das Comissões Internas de Avaliação, docentes, estudantes e técnico-administrativos. Nessa

fase, que deve se prolongar até metade de 2009 deverá ocorrer: o diagnóstico dos cursos

extensivos e intensivos da UFPA; a consolidação das diretrizes gerais do Programa de

Avaliação; a realização de reuniões para avaliação coletiva em cada faculdade; o

preenchimento dos formulários por discentes e docentes ao final dos períodos letivos; a

adequação dos formulários existentes aos elementos do projeto pedagógico e a criação de

formulários para gestores e técnicos.

A segunda fase deve iniciar no segundo semestre de 2009. Ela consistirá na aplicação de

novos formulários para professores e estudantes com preenchimento on line ao final de cada

período letivo e também na consolidação da avaliação diagnóstica realizada anualmente pela

Coordenadoria de Avaliação e Currículos, e das reuniões para avaliação coletiva ao final dos

períodos letivos, como preconiza o Regulamento do Ensino de Graduação. A terceira fase

corresponde à aplicação de formulário, com preenchimento on line, pelos estudantes que

ingressaram de 2008 em diante, no período de integralização do curso.

Com base nos formulários existentes (Anexo A), criados na versão do projeto de

autoavaliação dos cursos de graduação, preenchidos por docentes e alunos, o QUADRO 6

apresenta, por ano, campi e pólo, o número de cursos da Universidade Federal do Pará

submetidos ao processo de avaliação da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação no período de

2006 a 2008. O cômputo levou em consideração os formulários que deram entrada na

PROEG, para leitura ótica, até dezembro de 2008.

44

Ano de Aplicação dos Formulários Campi/Pólos Cursos 2006 2007 2008

Alenquer Pedagogia ���� Altamira Ciências Biológicas ����

Artes Visuais ���� ���� Biomedicina ���� Ciências Biológicas - Bacharelado ���� Ciências Biológicas – Licenciatura ���� Ciências Biológicas - Licenciatura (noturno) ���� Ciências da Computação ���� ���� ���� Comunicação Social – Jornalismo ���� ���� Comunicação Social – Publicidade ���� ���� Dança ���� Direito ���� Educação Artística ���� Engenharia da Computação ���� Engenharia Mecânica ���� Engenharia Naval ���� Engenharia Química ���� Estatística ���� Física ���� Geofísica ���� Geografia ���� Letras ���� Matemática ���� Medicina ���� Nutrição ���� Química – Bacharelado ����

Belém

Sistema de Informação ���� ���� Letras ����

Curuá Pedagogia ���� Biologia ���� Engenharia de Pesca ���� Letras ����

Bragança

Pedagogia ���� Breves Pedagogia ����

Letras ���� Matemática ���� Castanhal Pedagogia ����

Itaituba Pedagogia ���� Agronomia ���� Direito ���� Engenharia de Materiais ���� Geologia ����

Marabá

Letras ���� ���� Letras ����

Óbidos Pedagogia ���� História ����

Oriximiná Pedagogia ����

Parauapebas História ���� Engenharia Civil ���� Engenharia Elétrica ���� Tucuruí Engenharia Mecânica ����

Total 16 22 20

Quadro 6 - Cursos submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008, por campi/pólo. Fonte: PROEG – dez/2008.

O GRÁFICO 4 mostra o número de cursos de graduação da UFPA submetido ao

processo de Autoavaliação da PROEG no período citado, verifica-se que o ano de 2007

45

apresentou o maior quantitativo de cursos envolvidos nesse processo, com 22 cursos, seguido

do ano de 2008, com 20 cursos avaliados.

0

5

10

15

20

25

2006 2007 2008

16

2220

me

ro d

e C

urs

os

Anos Gráfico 4 - Quantidade de cursos de graduação submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008. Fonte: PROEG.

A TABELA 9 apresenta, por curso, a quantidade de alunos de graduação da UFPA que

responderam ao formulário Aluno 2 quando submetidos ao Processo de Avaliação da PROEG

nos anos de 2006 e 2007. Observa-se que 1.965 alunos foram envolvidos no processo de

avaliação, sendo 914 no ano de 2006 e 1.051, no ano de 2007. Ressalta-se que a maior parte

dos alunos que participou desse processo no ano de 2006 correspondeu aos cursos de Letras e

Pedagogia, com 356 (38,95%) e 172 (18,82%) alunos, respectivamente. No ano de 2007, a

maior parte dos alunos que participou foi dos cursos de Engenharia Mecânica, Geografia e

Engenharia da Computação, com 307 (29,22%), 155 (14,75%) e 107 (10,18%),

respectivamente. Esses números não representam o total de cursos submetidos ao processo de

avaliação nos anos de 2006 e 2007. Indicam os cursos cujo processo de leitura ótica do

formulário Aluno 2 foi finalizado até setembro de 2008.

Tabela 9 - Quantidade de alunos dos cursos de graduação da UFPA submetidos ao Processo de Avaliação da PROEG que responderam ao formulário aluno 2 nos anos de 2006 e 2007

2006 2007 Total Cursos Quantidade % Quantidade % Quantidade %

Agronomia 41 4,49 0 0,00 41 2,09 Artes visuais 0 0,00 98 9,32 98 4,99 Ciência da Computação 26 2,84 63 5,99 89 4,53 Ciências Biológicas 0 0,00 41 3,90 41 2,09 Comunicação Social 134 14,66 0 0,00 134 6,82 Engenharia Civil 0 0,00 20 1,90 20 1,02 Engenharia da Computação 0 0,00 107 10,18 107 5,45 Engenharia Elétrica 0 0,00 37 3,52 37 1,88 Engenharia Mecânica 0 0,00 307 29,22 307 15,62

46

2006 2007 Total Cursos Quantidade % Quantidade % Quantidade %

Engenharia Química 141 15,43 0 0,00 141 7,18 Física 0 0,00 70 6,66 70 3,56 Geofísica 0 0,00 46 4,38 46 2,34 Geografia 0 0,00 155 14,75 155 7,89 Geologia 44 4,81 0 0,00 44 2,24 Letras 356 38,95 23 2,19 379 19,27 Pedagogia 172 18,82 26 2,47 198 10,08 Sistema de Informação 0 0,00 58 5,52 58 2,95

Total 914 100,00 1.051 100,00 1.965 100,00

Fonte: PROEG – set/2008.

Os GRÁFICOS 5 a 21 referem-se às variáveis apresentadas no formulário de avaliação

denominado Aluno 2 o qual está dividido da seguinte maneira:

� Infraestrutura - perguntas de 1 a 7

� Coordenador de Curso - perguntas de 8 a 12

� Técnicos - perguntas de 13 a 17

Infraestrutura

O GRÁFICO 5 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação às salas de aulas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, observa-se que, no

ano de 2006, 28,99% dos alunos entrevistados responderam que algumas vezes as salas de

aula estão adequadas às atividades didáticas e 21,01% responderam que as salas de aula não

estão adequadas. Em 2007, observa-se que 31,68% dos entrevistados informaram que

algumas vezes as salas de aula estão adequadas às atividades didáticas e 20,84% informaram

que na minoria das vezes as salas de aulas estão adequadas.

Não

21,01%

Na minoria

das vezes

19,69%Algumas

vezes

28,99%

Na maioria

das vezes

20,79%

Sim

7,99%

Nulo

0,22%

SR

1,31%Não

15,22%

Na minoria

das vezes

20,84%Algumas

vezes

31,68%

Na maioria

das vezes

19,51%

Sim

11,32%

SR

1,43%

(a) (b)

Gráfico 5 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação às salas de aulas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 6 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação ao acervo das bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira,

em 2006, percebe-se que 38,18% dos alunos entrevistados responderam que na minoria das

47

vezes o acervo das bibliotecas atende às suas necessidades e 24,73% responderam que o

acervo das bibliotecas não atende às suas necessidades. Enquanto que, em 2007, 31,20% dos

alunos disseram que algumas vezes o acervo das bibliotecas atende às suas necessidades e

27,50% disseram que na minoria das vezes atende às necessidades.

Não

24,73%

Na minoria

das vezes

38,18%

Algumas

vezes

24,07%

Na maioria

das vezes

10,07%

Sim

1,75%

Nulo

0,98%

SR

0,22%Não

16,18%

Na minoria

das vezes

27,50%Algumas

vezes

31,20%

Na maioria

das vezes

18,74%

Sim

4,85%

Nulo

1,43%

SR

0,10%

(a) (b)

Gráfico 6 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao acervo das bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 7 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação ao atendimento nas bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa

maneira, em 2006, percebe-se que 27,58% dos alunos entrevistados responderam que

algumas vezes o atendimento nas bibliotecas é satisfatório e 24,29% responderam que na

maioria das vezes o atendimento é satisfatório. Enquanto que, em 2007, 29,21% dos alunos

disseram que na maioria das vezes o atendimento nas bibliotecas é satisfatório e 29,12%

disseram que algumas vezes é satisfatório.

Não

14,33%

Na minoria

das vezes

21,66%Algumas

vezes

27,58%

Na maioria

das vezes

24,29%

Sim

10,61%

Nulo

1,09%

SR

0,44%Não

11,32%Na minoria

das vezes

14,46%

Algumas

vezes

29,12%

Na maioria

das vezes

29,21%

Sim

14,18%

Nulo

1,71%

(a) (b)

Gráfico 7 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao atendimento nas bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 8 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação aos laboratórios nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira, em 2006,

percebe-se que 43,98% dos alunos entrevistados disseram que os laboratórios não estão

adequados aos objetivos das disciplinas e do curso como um todo e 22,54% responderam que

48

na minoria das vezes os laboratórios estão adequados. Em 2007, 29,50% dos alunos disseram

que na minoria das vezes os laboratórios estão adequados e 25,21% disseram que algumas

vezes os laboratórios estão adequados.

Não

43,98%

Na minoria

das vezes

22,54%

Algumas

vezes

20,24%

Na maioria

das vezes

9,30%

Sim

1,53%

Nulo

2,30%

SR

0,11% Não

23,79%

Na minoria

das vezes

29,50%

Algumas

vezes

25,21%

Na maioria

das vezes

14,46%

Sim

5,04%

Nulo

1,90%

SR

0,10%

(a) (b)

Gráfico 8 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos laboratórios nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 9 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação aos recursos de informática que a instituição dispõe nos anos de 2006 (a) e

2007 (b). Portanto, em 2006, observa-se que 38,51% dos alunos entrevistados responderam

que os recursos de informática que a instituição dispõe não atendem às necessidades do curso

e 30,42% responderam que na minoria das vezes esses recursos atendem às necessidades do

curso. Em 2007, 27,59% dos alunos disseram que na minoria das vezes os recursos atendem

às necessidades do curso e 25,40% disseram que os recursos não atendem às necessidades.

Não

38,51%

Na minoria

das vezes

30,42%

Algumas

vezes

20,13%

Na maioria

das vezes

6,78%

Sim

2,08%

Nulo

1,86%

SR

0,22% Não

25,40%

Na minoria

das vezes

27,59%

Algumas

vezes

22,84%

Na maioria

das vezes

13,51%

Sim

8,47%

Nulo

2,00%

SR

0,19%

(a) (b)

Gráfico 9 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos recursos de informática que a instituição dispõe,nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 10 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação aos projetos especiais disponíveis na instituição nos anos de 2006 (a) e

2007 (b). Dessa maneira, em 2006, observa-se que 47,81% dos alunos entrevistados

responderam que os projetos especiais, tais como coleções didáticas, museus, herbários,

biotérios, entre outros, disponíveis na instituição não contribuem para a aprendizagem do

49

aluno e 20,68% responderam que na minoria das vezes esses projetos especiais contribuem

para a aprendizagem do aluno. Em 2007, 29,01% dos alunos disseram que os projetos

especiais não contribuem para a aprendizagem do aluno e 26,74% disseram que os projetos

especiais contribuem na minoria das vezes.

Não

47,81%

Na minoria

das vezes

20,68%

Algumas

vezes

14,55%

Na maioria

das vezes

9,41%

Sim

5,47%

Nulo

2,08%Não

29,01%

Na minoria

das vezes

26,74%

Algumas

vezes

21,98%

Na maioria

das vezes

11,04%

Sim

7,71%

Nulo

3,52%

(a) (b)

Gráfico 10 - Projetos especiais disponíveis na instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 11 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação aos recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino nos anos

de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira, em 2006, observa-se que 26,91% dos alunos

entrevistados disseram que os recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino

contribuem na maioria das vezes para a aprendizagem e 24,73% responderam que algumas

vezes esses recursos contribuem para a aprendizagem do aluno. Em 2007, 28,54% dos

entrevistados informaram que na maioria das vezes esses recursos contribuem para a

aprendizagem do aluno e 27,50% responderam que os recursos contribuem algumas vezes

para o aprendizado.

Não

9,52%

Na minoria

das vezes

23,74%

Algumas

vezes

24,73%

Na maioria

das vezes

26,91%

Sim

13,02%

Nulo

1,75%

SR

0,33%Não

8,85% Na minoria

das vezes

14,84%

Algumas

vezes

27,50%

Na maioria

das vezes

28,54%

Sim

17,70%

Nulo

2,57%

(a) (b)

Gráfico 11 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de com relação aos recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

Coordenador do Curso

O GRÁFICO 12 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação à orientação do coordenador sobre o percurso acadêmico, esclarecendo

50

o Projeto Pedagógico ou grade curricular do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele,

verifica-se que, em 2006, 22,98% dos alunos entrevistados informaram que o coordenador do

curso não orienta o percurso acadêmico dos alunos esclarecendo o Projeto Pedagógico ou

grade curricular do curso e 21,33% responderam que o coordenador do curso orienta o

percurso acadêmico dos alunos esclarecendo o Projeto Pedagógico ou grade curricular do

curso. Enquanto que, em 2007, 28,45% dos entrevistados informaram que o coordenador do

curso orienta o percurso acadêmico dos alunos e 28,07% responderam que na maioria das

vezes há essa orientação por parte do coordenador.

Não

22,98%

Na minoria

das vezes

17,40%Algumas

vezes

17,72%

Na maioria

das vezes

19,15%

Sim

21,33%

Nulo

1,20%

SR

0,22%

Não

11,13%

Na minoria

das vezes

13,23%

Algumas

vezes

17,79%Na maioria

das vezes

28,07%

Sim

28,45%

Nulo

1,33%

(a) (b)

Gráfico 12 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à orientação do coordenador sobre o percurso acadêmico, esclarecendo o Projeto Pedagógico ou grade curricular do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 13 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação à estimulação do coordenador para organização de eventos nos anos de

2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em 2006, 32,39% dos alunos entrevistados

informaram que o coordenador não estimula os alunos para organização de eventos, tais como

ciclo de palestras, visitas monitoradas, entre outras e 19,91% responderam que algumas vezes

o coordenador estimula os alunos. Enquanto que, em 2007, 23,02% dos entrevistados

afirmaram que na maioria das vezes o coordenador estimula essa organização e 19,79%

afirmaram que algumas vezes isso ocorre.

Não

32,39%

Na minoria

das vezes

17,72%

Algumas

vezes

19,91%

Na maioria

das vezes

14,22%

Sim

13,02%

Nulo

2,74%Não

18,46%

Na minoria

das vezes

16,65%

Algumas

vezes

19,79%

Na maioria

das vezes

23,02%

Sim

19,51%

Nulo

2,57%

(a) (b)

Gráfico 13 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à estimulação do coordenador para organização de eventos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

51

O GRÁFICO 14 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação ao bom relacionamento do coordenador com os alunos nos anos de 2006

(a) e 2007 (b). A partir dele, constata-se que, em 2006, 33,37% dos alunos afirmaram que o

coordenador mantém um bom relacionamento com os alunos e 18,38% afirmaram que na

maioria das vezes existe bom relacionamento entre coordenador e alunos. Em 2007, 46,15%

alunos entrevistados informaram que coordenador e alunos mantêm bom relacionamento e

22,07% informaram que na maioria das vezes existe esse bom relacionamento.

Não

17,83%

Na minoria

das vezes

13,35%

Algumas

vezes

14,66%Na maioria

das vezes

18,38%

Sim

33,37%

Nulo

2,08%

SR

0,33%Não

7,99%Na minoria

das vezes

9,04%

Algumas

vezes

12,75%

Na maioria

das vezes

22,07%

Sim

46,15%

Nulo

1,90%

SR

0,10%

(a) (b)

Gráfico 14 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao bom relacionamento do coordenador com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 15 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação à disponibilidade do coordenador para atendimento aos alunos nos anos

de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em 2006, 23,97% dos alunos afirmaram que o

coordenador é disponível para atendimento aos alunos e 21,44% afirmaram que na maioria

das vezes o coordenador é disponível. Em 2007, 33,69% dos alunos entrevistados

responderam que o coordenador é disponível para atendimento aos alunos e 28,45%

responderam que na maioria das vezes há essa disponibilidade.

Não

16,41%

Na minoria

das vezes

18,49%

Algumas

vezes

17,61%

Na maioria

das vezes

21,44%

Sim

23,97%

Nulo

1,97%

SR

0,11%

Não

5,80%Na minoria

das vezes

12,75%

Algumas

vezes

17,60%

Na maioria

das vezes

28,45%

Sim

33,69%

Nulo

1,71%

(a) (b)

Gráfico 15 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade do coordenador para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

52

O GRÁFICO 16 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação ao conhecimento do coordenador sobre a estrutura acadêmico-

administrativa da instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em 2006,

40,69% dos alunos responderam que o coordenador demonstra conhecimento da estrutura

acadêmico-administrativa da UFPA e 24,18% responderam que na maioria das vezes o

coordenador demonstra conhecimento. Em 2007, 49,10% dos alunos afirmaram que o

coordenador demonstra conhecimento e 24,64% afirmaram que na maioria das vezes o

coordenador demonstra esse conhecimento.

Não

9,41%Na minoria

das vezes

10,07%

Algumas

vezes

13,79%

Na maioria

das vezes

24,18%

Sim

40,69%

Nulo

1,86%

Não

4,28%

Na minoria

das vezes

6,66% Algumas

vezes

12,75%

Na maioria

das vezes

24,64%

Sim

49,10%

Nulo

2,47%

SR

0,10%

(a) (b)

Gráfico 16 - Conhecimento do coordenador sobre a estrutura acadêmico-administrativa da instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

Técnico-administrativo

O GRÁFICO 17 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação à disponibilidade dos secretários nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).

Logo, observa-se que, em 2006, 27,47% dos alunos responderam que na maioria das vezes os

secretários estão disponíveis para atendimento aos alunos e 24,84% responderam que

algumas vezes isso ocorre. Em 2007, 30,16% dos alunos informaram que algumas vezes os

secretários estão disponíveis e 25,88% afirmaram que na maioria das vezes há essa

disponibilidade.

Não

12,36%Na minoria

das vezes

19,80%

Algumas

vezes

24,84%

Na maioria

das vezes

27,47%

Sim

14,11%

Nulo

1,31%

SR

0,11%Não

10,09%

Na minoria

das vezes

20,55%

Algumas

vezes

30,16%

Na maioria

das vezes

25,88%

Sim

11,80%

Nulo

1,52%

(a) (b)

Gráfico 17 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade dos secretários para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

53

O GRÁFICO 18 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação

da UFPA com relação à resolução de questões acadêmicas com o apoio das secretárias nos

anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, observa-se que, em 2006, 26,80% dos alunos responderam

que algumas vezes conseguem resolver questões acadêmicas com o apoio das secretárias e

24,95% responderam que na maioria das vezes os assuntos acadêmicos são resolvidos com a

ajuda das secretárias. Em 2007, 29,88% afirmaram que algumas vezes as secretárias ajudam

na resolução de assuntos acadêmicos e 25,12% informaram que na minoria das vezes esse

apoio acontece.

Não

14,33%

Na minoria

das vezes

23,96%

Algumas

vezes

26,80%

Na maioria

das vezes

24,95%

Sim

8,32%

Nulo

1,53%

SR

0,11%Não

10,56%

Na minoria

das vezes

25,12%

Algumas

vezes

29,88%

Na maioria

das vezes

23,88%

Sim

7,99%

Nulo

2,38%

SR

0,19%

(a) (b) Gráfico 18 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à resolução de questões acadêmicas com o apoio das secretárias nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 19 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação ao comprometimento das atividades devido ausência do apoio técnico nos

anos de 2006 (a) e 2007 (b). Observa-se que, em 2006, 22,65% dos alunos informaram que

algumas vezes as atividades ficam comprometidas pela ausência de apoio técnico e 22,43%

responderam que esse comprometimento das atividades ocorre na minoria das vezes. Em

2007, 26,26% afirmaram que algumas vezes as atividades ficam comprometidas pela

ausência de apoio técnico e 21,22% afirmaram que na minoria das vezes as atividades ficam

comprometidas.

Não

15,86%

Na minoria

das vezes

22,43%

Algumas

vezes

22,65%

Na maioria

das vezes

19,15%

Sim

17,61%

Nulo

2,19%

SR

0,11%Não

11,61%

Na minoria

das vezes

21,22%

Algumas

vezes

26,26%

Na maioria

das vezes

20,55%

Sim

18,08%

Nulo

2,28%

(a) (b)

Gráfico 19 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao comprometimento das atividades devido ausência do apoio técnico nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

54

O GRÁFICO 20 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA com relação ao desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do curso nos

anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira, verifica-se que, em 2006, 32,93% dos alunos

entrevistados responderam que algumas vezes é satisfatório o desempenho dos técnicos que

dão suporte às atividades do curso e 22,98% dos alunos responderam que na maioria das

vezes os técnicos desempenham suas funções satisfatoriamente. Em 2007, 29,69% afirmaram

que algumas vezes é satisfatório o desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do

curso e 25,59% afirmaram que na maioria das vezes os técnicos desempenham suas

atividades satisfatoriamente.

Não

11,71%Na minoria

das vezes

18,71%

Algumas

vezes

32,93%

Na maioria

das vezes

22,98%

Sim

10,28%

Nulo

3,17%

SR

0,22%Não

11,89%

Na minoria

das vezes

18,65%

Algumas

vezes

29,69%

Na maioria

das vezes

25,59%

Sim

10,75%

Nulo

3,43%

(a) (b)

Gráfico 20 - Desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 21 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da

UFPA no que diz respeito ao relacionamento dos técnicos e secretários com os alunos nos

anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, percebe-se que, em 2006, 26,59% dos alunos entrevistados

afirmaram que algumas vezes os técnicos e secretários demonstram cordialidade no

relacionamento com os alunos e 24,94% dos alunos afirmaram que na maioria das vezes os

técnicos e secretários demonstram essa cordialidade. Em 2007, 26,93% responderam que

algumas vezes os técnicos e secretários demonstram cordialidade com os alunos e 26,45%

responderam que isso ocorre na maioria das vezes.

Não

10,18% Na minoria

das vezes

18,16%

Algumas

vezes

26,59%

Na maioria

das vezes

24,94%

Sim

15,97%

Nulo

3,94%

SR

0,22%Não

10,18% Na minoria

das vezes

16,46%

Algumas

vezes

26,93%

Na maioria

das vezes

26,45%

Sim

15,70%

Nulo

4,28%

(a) (b)

Gráfico 21- Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação no que diz respeito ao relacionamento dos técnicos e secretários com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

55

O GRÁFICO 22 apresenta o percentual das notas atribuídas pelos alunos ao curso

avaliado, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em

2006, 20,54% dos alunos atribuíram nota 7 ao curso e, aproximadamente, 1,00% atribuíram

nota 1. Em 2007, observa-se, também, que 20,37% atribuíram nota 7 ao curso e,

aproximadamente, 1,00%, nota 1.

1,350,56

1,35

4,495,50

13,2414,25

20,54

17,06

10,89 10,77

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

%

Notas

1,06 0,58 1,162,41

5,89

13,9015,64

20,37

17,66

11,00 10,33

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

%

Notas

(a) (b)

Gráfico 22 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos ao curso avaliado, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 23 apresenta o percentual das notas atribuídas pelos alunos à UFPA, em

uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Portanto, observa-se que, em 2006,

21,49% dos alunos deram nota 5 à instituição e 1,25%, nota 1. Em 2007, observa-se que

21,44% deram nota 5 à instituição e, aproximadamente, 1,00%, nota 1.

1,82 1,252,62

6,83

9,10

21,49

16,5017,29

14,11

6,37

2,62

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

%

Notas

0,88 0,88

2,94

5,97

8,72

21,44

18,32 18,90

13,03

5,88

3,04

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

%

Notas

(a) (b)

Gráfico 23 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos à UFPA, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

O GRÁFICO 24 apresenta o percentual das notas atribuídas pelo aluno ao seu

desempenho como estudante, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).

Portanto, observa-se que 33,75% dos alunos atribuíram-se nota 9 como estudantes no ano de

2006. Em 2007, observa-se que 28,85%, também atribuíram-se nota 9.

56

0,23 0,00 0,231,70 1,36

8,98 8,64

21,59

33,75

15,34

8,18

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

%

Notas

0,29 0,00 0,29 0,39 1,17

8,58

12,09

28,56 28,85

12,96

6,82

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

%

Notas

(a) (b)

Gráfico 24 - Percentual das notas atribuídas pelo aluno ao seu desempenho como estudante, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.

No período de 10 a 12 de dezembro de 2008, no Hotel Beira Rio, a Coordenadoria de

Avaliação e Currículos da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação coordenou o III Seminário de

Avaliação “Avaliar Competências e a Competência para Avaliar”, com a participação de,

aproximadamente, duzentas pessoas representantes das três categorias acadêmicas da UFPA e

de instituições de ensino superior do Estado. O seminário foi realizado com o objetivo de:

“refletir sobre os projetos ou programas de autoavaliação dos cursos de graduação da UFPA e

instituições de ensino superior do estado do Pará e a socialização de experiências pedagógicas

por profissionais da educação das instituições participantes, desenvolvidas nesse nível da

formação universitária nas áreas de planejamento e avaliação da aprendizagem no ensino de

graduação.” O evento foi constituído por três palestras, duas mesas-redondas de socialização

de experiências institucionais e pedagógicas, e dois debates sobre as comissões internas de

autoavaliação, abertas ao público em geral, além de duas oficinas para docentes.

No QUADRO 7 estão listados os temas abordados durante a realização do Seminário.

PALESTRAS MESAS-REDONDAS DEBATES OFICINAS

Avaliar competências e competência para avaliar Palestrante: Profª Drª Léa Depresbíteres

Socialização de projetos e ações de avaliação dos cursos de graduação da UEPA, UFRA, UNAMA E CEFET

Sobre as comissões internas de avaliação do projeto pedagógico: subsídios para o trabalho Coordenador: Prof. Dr. Eugênio Bittencourt

Planejamento das atividades acadêmicas no ensino de graduação Moderador: Profª Ms. Eulália Soares Vieira

O programa de avaliação e acompanhamento do ensino de graduação da UFPA Palestrante: Prof. Dr. Eugênio Bittencourt

Socialização de experiências desenvolvidas nas áreas de planejamento e avaliação do ensino e da aprendizagem

Sobre as comissões internas de avaliação do projeto pedagógico: encaminhamento para a ação Coordenador: Prof. Dr. Eugênio Bittencourt

Avaliar competências no ensino de graduação Moderador: Profª Drª Léa Depresbíteres

O processo de avaliação no projeto pedagógico do curso de graduação Profª Esp. Maria Ludetana Araújo

Quadro 7 - Temas abordados durante a realização do III Seminário de Avaliação. Fonte: PROEG.

57

Boas perspectivas e muitas tarefas a executar. Talvez este balanço sintetize, muito a

grosso modo, o III Seminário de Avaliação. Os participantes apresentaram uma série de

propostas e as discussões mostraram que a avaliação na Universidade Federal do Pará ainda

tem grandes desafios.

5.1.5 Reformulação dos Projetos Pedagógicos

O Projeto Pedagógico representa o instrumento fundamental para definir a identidade

de um curso de Graduação, por meio de uma dinâmica de construção coletiva a partir, não só,

de orientações legais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação, mas também em

conformidade com a missão institucional estabelecida no Plano de Desenvolvimento 2001–

2010, com o Regulamento do Ensino de Graduação e ainda considerando as exigências atuais

do mundo do trabalho.

O novo modelo de ensino pretendido pela UFPA passa pela revisão do Projeto

Pedagógico da Instituição, com a adoção de currículos flexíveis, atualizados e mais

condizentes com as mudanças da realidade mundial e regional, em que os saberes se inter-

relacionem e se complementem através da utilização de modernas tecnologias de ensino.

Pretendem-se reformas que atendam a um maior número de alunos e permitam o aumento da

produção do conhecimento científico, formando profissionais mais atualizados, competentes e

capazes de intervir na realidade.

A fim de orientar a construção e/ou revisões de Projetos Pedagógicos, foram

instituídas em junho de 2004, pelo Conselho Superior de Ensino e Pesquisa, as Diretrizes

Curriculares para os Cursos de Graduação da Universidade Federal do Pará, após ampla

discussão no Fórum da Graduação da Instituição.

A organização curricular, parte integrante do Projeto Pedagógico dos Cursos de

Graduação, pauta-se, no âmbito da UFPA, nos seguintes princípios:

� integração da pesquisa e da extensão às atividades de ensino;

� articulação permanente de conhecimentos e saberes teóricos, com a aplicação em

situações reais ou simuladas;

� adoção de múltiplas linguagens que permitam ao aluno a identificação e a

compreensão do seu papel profissional social;

� liberdade acadêmica e gestão curricular democrática e flexível, possibilitando a

participação do aluno em múltiplas dimensões da vida universitária.

58

No ano de 2008, o processo de acompanhamento e assessoramento aos cursos para a

(re) elaboração dos projetos pedagógicos, conseguiu avançar consideravelmente em relação

ao ano anterior devido a alguns fatores, entre eles destacamos:

— aumento do número de Técnicos em Assuntos Educacionais que trabalham com a

análise dos projetos. Apesar de ainda não ser o número ideal, contribuiu bastante para o

atendimento aos diretores de faculdades e para a assessoria in loco nos campi; e

— a utilização do roteiro para nortear a construção dos projetos pedagógicos,

construído pela a Coordenadoria de Avaliação e Currículos, o que contribuiu para orientar a

elaboração dos projetos.

Os QUADROS 8 e 9 apresentam a situação da análise, até 23.12.2008, dos projetos

pedagógicos dos cursos do campus da capital e do interior, respectivamente.

Instituto Sistematização na Faculdade Em Tramitação Regulamentado no

CONSEPE

11 4 17 41

Ciências Biológicas -- Biotecnologia

Biomedicina Ciências Biológicas - Bacharelado Ciências Biológicas - Licenciatura

Ciências da Arte -- Museologia

Artes Visuais Dança Música – Lic. Teatro

Ciências da Educação -- -- Educação Física Pedagogia

Ciências da Saúde Fisioterapia Nutrição

Farmácia Saúde Coletiva Terapia Ocupacional

Enfermagem Medicina Odontologia

Ciências Exatas e Naturais Ciências Naturais – Lic.

Estatística Química – Bach. Química Industrial Química – Lic. EaD.

Ciência da Computação Física – Lic./Bach. Matemática – Lic. Matemática – Lic. EaD. Química – Lic. Sistemas de Informação

Ciências Jurídicas -- -- Direito

Ciências Sociais Aplicadas -- Administração Biblioteconomia Economia

Ciências Contábeis Serviço Social Turismo

Filosofia e Ciências Humanas

Psicologia Ciências Sociais Filosofia Geografia História

Geociências -- Meteorologia Geofísica Geologia Oceanografia

59

Instituto Sistematização na Faculdade Em Tramitação Regulamentado no

CONSEPE

Letras e Comunicação -- --

Comunicação Social - Jornalismo Comunicação Social - Publicidade e Propaganda Letras – Lic. Língua Alemã Letras – Lic. Língua Espanhola Letras – Lic. Língua Francesa Letras – Lic. Língua Inglesa Letras – Lic. Língua Portuguesa

Tecnologia -- Arquitetura Engenharia Elétrica Engenharia Mecânica

Engenharia de Alimentos Engenharia Civil Engenharia da Computação Engenharia Mecânica Engenharia Naval Engenharia Sanitária e Ambiental

Quadro 8 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos do campus da capital. Fonte: PROEG. Lic.: Licenciatura Bach. Bacharelado. EaD.: Educação a distância.

Campi/Pólos Sistematização na Faculdade

Em Tramitação Regulamentado no CONSEPE

10 11 35 23

Abaetetuba --

Engenharia Industrial Letras – Lic. Língua Espanhola Letras – Lic. Língua Portuguesa Matemática – Lic. Pedagogia

--

Altamira

Ciências Biológicas Geografia Letras – Lic. Língua Inglesa

Engenharia Florestal Ètnodesenvolvimento Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia

Agronomia

Bragança --

Ciências Naturais Letras – Lic. Língua Inglesa História Matemática

Ciências Biológicas – Lic. Engenharia de Pesca Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia

Breves Matemática

Ciências Naturais Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia Serviço Social

--

60

Campi/Pólos Sistematização na Faculdade

Em Tramitação Regulamentado no CONSEPE

Cametá

Letras – Lic. Língua Inglesa Matemática Pedagogia

Ciências Naturais História Letras – Lic. Língua Portuguesa

--

Castanhal Letras – Lic. Língua Espanhola Sistemas de Informação

Letras – Lic. Língua Portuguesa Matemática Pedagogia

Educação Física Medicina Veterinária

Marabá Engenharia Mecânica Engenharia Sanitária e Ambiental

Ciências Sociais Direito Educação do campo Física – Lic. Geografia Letras – Lic. Língua Inglesa Matemática – Lic.

Agronomia Ciências Naturais Engenharia de Materiais Engenharia de Minas e Meio Ambiente Geologia Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia Química – Lic. Sistemas de Informação

Santarém --

Ciências Biológicas - Lic. Direito Letras

Física Ambiental Matemática – Lic. Pedagogia Sistemas de Informação

Soure -- Letras – Lic. Língua Inglesa

--

Tucuruí -- Engenharia Elétrica Engenharia Civil Engenharia Mecânica

Quadro 9 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos dos campi do interior e pólos. Fonte: PROEG. Lic.: Licenciatura Bach. Bacharelado

GRÁFICO 25 ilustra a situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos

pedagógicos.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Capital Interior

4

11

17

35

41

23

me

ro d

e P

roje

tos

Pe

da

gic

os

Localização

Sistematização na

Faculdade

Em Tramitação

Regulamentado no

CONSEPE

Gráfico 25 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos. Fonte: PROEG

61

O cenário atual da UFPA em relação aos Projetos Pedagógicos reflete o resultado das

estratégias de sensibilização que vêm sendo adotadas pela PROEG, dentre as quais se

destacam:

� Construção de uma dinâmica de acompanhamento e assessoramento permanente

visando à (re) elaboração dos projetos;

� atendimento às faculdades, institutos e campi por meio de assessoria in loco;

� elaboração de um roteiro para nortear a construção dos projetos pedagógicos.

5.1.6 Educação a Distância

Um número cada vez maior de pessoas tem encontrado dificuldades para frequentar as

salas de aula, devido a uma série de fatores, dentre eles a falta de recursos humanos e

financeiros no sistema educacional brasileiro, em especial na rede pública, além das

limitações no que se refere ao aporte na estrutura física. Esse é um problema que só será

resolvido com intenso investimento em educação, o que não se espera em curto prazo.

Nesse contexto, a educação a distância (EaD) surge como uma alternativa para atender

à demanda excluída do ensino presencial. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o

objetivo social de democratizar a educação tem sido a principal motivação para o crescimento

da educação a distância que já é uma realidade na Universidade Federal do Pará.

O ensino de educação a distância teve seu início na UFPA no ano de 2004 com o curso

de Licenciatura em Matemática, do qual, em 2008, foram diplomados 101 alunos,

constituindo-se em um marco histórico na formação de professores para as redes municipal e

estadual de ensino.

Os municípios do estado do Pará de mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH), como os do Marajó, foram os mais favorecidos com a implantação de cursos na

modalidade a distância.

Atualmente, a oferta de cursos na modalidade a distância atende 2.588 alunos e

abrange 23 municípios — de Juruti, na fronteira com o Amazonas, a Bujaru, no nordeste do

Pará.

Em 2006, os Processos Seletivos Especiais foram dirigidos aos cursos de Modalidade

a Distância, a saber: Administração, Biologia, Matemática e curso de Pedagogia — destinado

aos assentados e filhos de assentados, ou pessoas com vínculo direto com projetos de

Assentamento da Reforma Agrária.

Em junho de 2006, foi implantado o curso de graduação em Administração a distância.

Foram ofertadas 500 vagas destinadas exclusivamente a servidores públicos da rede

62

municipal, estadual e federal e funcionários do Banco do Brasil. Das vagas ofertadas, 375

foram preenchidas por funcionários do Banco, 35 por servidores públicos da própria

Universidade e as demais por funcionários de outras instituições públicas. A iniciativa

pretende melhorar a qualificação dos servidores e funcionários públicos e faz parte do

Programa de educação a distância Universidade Aberta do Brasil (UAB), do MEC.

A UFPA em 2007, com o apoio do MEC, implementou a oferta de cursos na

modalidade a distância, que apresentou um crescimento significativo, com um total de 1.528

alunos matriculados. Na TABELA 10 estão listados os cursos de graduação a distância por

município, pólo e números de alunos matriculados em 2007.

Tabela 10 - Cursos de graduação a distância em 2007

Cursos Municípios/Pólos Alunos Matriculados

Capanema 50

Marabá 50 Biologia (Licenciatura) Pro-Licencitura I

Oriximiná 50

Total Biologia 03 150

Altamira 47

Breves 44

Cametá 44

Capanema 48

Marabá 51

Macapá 51

Oriximiná 48

Santarém 49

Matemática (Licenciatura), Pro-Licenciatura I

Tucuruí 48

Total 09 430

21

50 Matemática Curso Regular UFPA-Belém

Belém

40

Belém-A 36

Belém-B 40

Breves 32

Curuá 18

Juruti 36

Limoeiro do Ajurú 59

Mocajuba 23

Santa Izabel 51

Matemática - Turmas da Prefeitura

Tomé-Açu 42

Total 08 337

Total Geral Matemática 19 878

Altamira 60 Administração

Belém 200

63

Cursos Municípios/Pólos Alunos Matriculados

Capanema 100

Marabá 60

Santarém 80

Total Administração 05 500

Total Geral 26 Pólos em 17 Municípios 1.528

Fonte: AEDI.

Em 2008, foram implantados os cursos de Licenciatura em Química e Letras –

Habilitação em Língua Portuguesa. Esses cursos possuem 615 alunos matriculados.

O número de alunos matriculados em 2008 foi de 2.588, o que representa um

acréscimo de 69,37% em relação a 2007.

No ano de 2008 foram realizados dois processos especiais para cursos de graduação na

modalidade a distância com a oferta de 650 vagas distribuídas em quatro cursos e abrangendo

sete municípios.

A TABELA 11 apresenta a oferta detalhada dos processos seletivos especiais na

modalidade a distância, em 2008 e a TABELA 12 o número de alunos matriculados no

período 2006-2008.

Tabela 11 - Processos seletivos especiais 2008 – Modalidade a distância

Curso Campus/Pólo Demanda Oferta Demanda/Oferta Vagas Preenchidas

Ciências Biológicas (Lic) Parauapebas 402 50 8,04 50

Letras (Lic) – hab. Língua Portuguesa

Bujaru 326 50 6,52 50

Letras (Lic) – hab. Língua Portuguesa

Goianésia do Pará

279 50 5,58 50

Letras (Lic) – hab. Língua Portuguesa

Parauapebas 311 50 6,22 50

Matemática (Lic) Bujaru 234 50 4,68 50

Matemática (Lic) Dom Eliseu 118 50 2,36 50

Matemática (Lic) Goianésia do Pará

180 50 3,6 50

Matemática (Lic) Parauapebas 215 50 4,3 50

Matemática (Lic) Santana do Amapá

157 50 3,14 50

Química (Lic) Altamira 1.329 50 26,58 50

Química (Lic) Bujaru 1.713 50 34,26 50

Química (Lic) Oriximiná 925 50 18,50 50

Química (Lic) Parauapebas 880 50 17,60 50

Total 7.069 650 650

Fonte: CEPS.

64

Tabela 12 - Número de alunos matriculados em cursos de graduação a distância – 2006/2008

Número de alunos matriculados Ano Administração Biologia Letras Matemática Química Total

2006 500 150 - 860 - 1.510

2007 500 150 - 878 - 1.528

2008 534 338 148 1.101 467 2.588

Fonte: AEDI.

Os números apresentados demonstram a expansão dessa modalidade de ensino que,

para as dimensões geográficas continentais do estado do Pará, que dificultam o deslocamento,

além do alto índice de pobreza, pode, efetivamente, ser a melhor forma de democratização do

acesso à educação superior e formar quadros qualificados para o ensino básico nos municípios

mais distantes dos principais centros urbanos.

Diante das demandas que se multiplicam e se diversificam, oriundas dos 143

municípios que compõem o Estado do Pará, e frente à impossibilidade do seu atendimento em

razão das limitações do quadro de recursos humanos (docentes e técnico-administrativos),

acrescidas da incapacidade financeira para o custeio dessas realizações (cursos de graduação,

pós-graduação, pesquisa e outros), a UFPA deve ultrapassar o modelo tradicional do processo

ensino-aprendizagem, centrado exclusivamente na presencialidade entre os sujeitos do

processo, para adotar a modalidade de ensino a distância.

65

5.2 ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

5.2.1 Pós- Graduação Stricto Sensu

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP) é a responsável pelo

desenvolvimento de políticas de pesquisa e de pós-graduação na UFPA e na região Norte.

Cumprindo o objetivo de expandir a pós-graduação, preferencialmente por meio da

criação de programas em áreas ainda não atendidas e para os campi do interior, no segundo

semestre de 2008 foram aprovados mais cinco cursos com previsão de início no primeiro

semestre de 2009, a saber:

� Doutorado em Ciência Animal — programa interinstitucional com a participação da

UFRA e EMBRAPA;

� doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas;

� mestrado acadêmico em Artes — é o primeiro nesta área na Amazônia;

� mestrado em Saúde Animal na Amazônia — primeiro programa de pós-graduação

stricto sensu instalado no campus de Castanhal; e

� mestrado em Recursos Naturais da Amazônia — primeiro programa stricto sensu do

campus de Santarém onde será implantada a Universidade de Integração da Amazônia

(UNIAM).

Com isso, a UFPA atingirá até o final do primeiro semestre de 2009 42 programas de

pós-graduação, responsável pela promoção de 60 cursos, sendo 19 de doutorado, 39 de

mestrado acadêmico e 2 de mestrado profissional.

O número de alunos matriculados nos cursos de pós-graduação stricto sensu da UFPA

é muito significativo, mesmo observando que em dezembro de 2008 houve uma redução de

11,52% em relação ao ano anterior. Em dezembro de 2008, estavam matriculados 2.174

alunos, sendo 545 no doutorado e 1.629 no mestrado. Nesse mesmo período de 2007 foram

contabilizados 2.457 alunos matriculados na pós-graduação — 573 no doutorado e 1.884 no

mestrado. Esse decréscimo foi motivado pela conclusão, em 2007, de um expressivo número

de teses (51) e de dissertações (453). Observa-se na TABELA 13 e no GRÁFICO 26 um

acréscimo de 8,43% em 2007 em relação ao mesmo período de 2006.

66

Tabela 13 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008

Matriculados Ano Doutorado Mestrado

Total

2006 403 1.863 2.266

2007 573 1.884 2.457

2008 545 1.629 2.174

Fonte: PROPESP.

0

400

800

1200

1600

2000

2006 2007 2008

403

573 545

1.863 1.884

1.629

me

ro d

e A

lun

os

Anos

Doutorado

Mestrado

Gráfico 26 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008. Fonte: PROPESP.

O expressivo crescimento das teses e de dissertações no período 2006-2008, conforme

observa-se no GRÁFICO 27, revela que muitos programas estão alcançando sua maturidade e

as probabilidades de crescimento são maiores para os próximos anos, devido à criação de

novos cursos.

0

100

200

300

400

500

600

2006 2007 2008

56 5171

431453

529

me

ro d

e P

ub

lica

çõe

s

Anos

Teses

Dissertação

Gráfico 27 - Número de teses e de dissertações concluídas no período 2006-2008. Fonte: PROPESP.

67

Em dezembro de 2007, a CAPES apresentou à comunidade acadêmica e aos

interessados em geral as fichas de avaliação dos programas de pós-graduação que foram

avaliados na Trienal 2007, referente ao desempenho no período 2004-2006. Foram

submetidos à avaliação todos os programas da UFPA que integravam o Sistema Nacional de

Pós-Graduação (SNPG) em 31 de dezembro de 2006, data de fechamento do triênio

focalizado, e que atendiam as seguintes exigências:

— tinham sido implantados até a data supramencionada de fechamento do triênio e

tenham comunicado esse fato à CAPES;

— tinham enviado as informações correspondentes às atividades do curso, por meio

do sistema de coleta anual de informações junto às instituições de ensino superior, o Coleta

CAPES, referentes a pelo menos um dos anos do triênio avaliado (2004-2006).

Atendiam essas condições e, portanto, foi submetido às etapas da Avaliação Trienal

um total de 36 Programas de Pós–graduação da UFPA, responsáveis pela promoção de 48

cursos, sendo 13 de doutorado, 34 de mestrado acadêmico e 1 de mestrado profissional.

Tais números expressam a dimensão da pós-graduação stricto sensu na UFPA em

dezembro de 2006. Em 2007, foram iniciados 3 doutorados (Biologia Ambiental, Ecologia

Aquática e Pesca, e Doenças Tropicais), e 1 mestrado profissional (Gestão de Recursos

Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia). Em 2008, foi iniciado o mestrado em

Ciência Política e o doutorado em Educação. Desta forma, em 2008, a dimensão da pós-

graduação na UFPA se expressa pelo total 39 programas de pós-graduação, responsáveis

pela promoção de 55 cursos, sendo 17 de doutorado, 36 de mestrado acadêmico e 2 de

mestrado profissional, conforme ilustra o GRÁFICO 28.

0 10 20 30 40

Mestrado Profissional

Doutorado

Mestrado

2

17

36

Número de Cursos

Cu

rso

s

Gráfico 28 - Dimensão da pós-graduação stricto sensu em 2008.

68

A TABELA14 expressa a posição do Conselho Técnico Científico (CTC), sobre os

Programas de pós-graduação da UFPA e a TABELA 15 apresenta os distribuição dos

programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos.

Tabela 14 - Nota do CTC aos programas de pós-graduação da UFPA

Nº GRANDE

ÁREA ÁREA DE

AVALIAÇÃO NOME DO

PROGRAMA NÍVEL ANO DE INÍCIO

Nota do

CTC

1 Ciência de Alimentos Ciência e Tecnologia de Alimentos

Ms. 2004 3

2 Ciências Agrárias I Agriculturas Amazônicas

Ms. 2000 4

3

Ciências Agrárias

Zootecnia/Recursos Pesqueiros

Ciência Animal Ms. 1999 4

4 Biologia Ambiental Ms./Dr. 2000/2007 4

5 Genética e Biologia Molecular

Ms./Dr. 2001/2001 5

6

Ciências Biológicas I

Zoologia Ms./Dr. 1996/1999 4

7 Ciências Biológicas II Neurociências e Biologia Celular

Ms./Dr. 2004/2004 4

8 Ciências Biológicas III Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários

Ms./Dr. 2004/2005 5

9

Ciências Biológicas

Ecologia e Meio Ambiente

Ecologia Aquática e Pesca

Ms./Dr. 2007 4

10 Farmácia Ciências Farmacêuticas

Ms. 2006 3

11 Medicina II Doenças Tropicais Ms./Dr. 1994/2007 4

12

Ciências da Saúde

Odontologia Odontologia Ms. 2004 3

13 Astronomia/Física Física Ms. 2003 3

14 Ciência da Computação Ciência da Computação

Ms. 2005 3

15 Geologia e Geoquímica

Ms./Dr. 1973/1992 6

16

Geociências

Geofísica Ms./Dr. 1992/1992 4

17 Matemática/Probabilidade e Estatística

Matemática e Estatística

Ms. 2004 4

18

Ciências Exatas e da Terra

Química Química Ms./Dr. 1987/2005 4

19 Ciência Política e Relações Internacionais

Ciência Política Ms. 2008 3

20 Educação Educação Ms./Dr. 2003/2008 4

21 Geografia Geografia Ms. 2004 3

22 História História Ms. 2004 3

23 Psicologia (Teoria e Pesquisa do Comportamento)

Ms./Dr. 1987/1999 4

24

Ciências Humanas

Psicologia

Psicologia (Clínica e Social)

Ms. 2005 3

69

Nº GRANDE

ÁREA ÁREA DE

AVALIAÇÃO NOME DO

PROGRAMA NÍVEL ANO DE INÍCIO

Nota do

CTC

25 Sociologia Ciências Sociais Ms./Dr. 2003/2003 4

26 Direito Direito Ms./Dr. 1984/2003 5

27 Economia Economia Ms. 2006 3

28

Ciências Sociais

Aplicadas Serviço Social Serviço Social Ms. 2003 3

29 Engenharias I Engenharia Civil Ms. 2001 3

30 Engenharias II Engenharia Química Ms. 1992 3

31 Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia

Dr. 2006 4

32

Engenharias III

Engenharia Mecânica

Ms. 1994 3

33 Engenharia Elétrica Ms./Dr. 1986/1998 4

34

Engenharias

Engenharias IV Engenharia Elétrica (Processos Industriais)

Ms.Prof. 2003 3

35 Lingüística,

Letras e Artes Letras/Lingüística

Letras: Lingüística e Teoria Literária

Ms. 1987 3

36 Ensino de Ciências e Matemática

Educação em Ciências e Matemáticas

Ms. 2002 4

37 Ciências Ambientais Ms. 2005 3

38 Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido

Ms./Dr. 1977/1994 5

39

Multidisciplinar

Multidisciplinar Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia

Ms.Prof. 2007 3

Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP. Dr. – Doutorado. Ms. – Mestrado. Ms.Prof. – Mestrado Profissional. Ms./Dr. – Mestrado/Doutorado. CTC – Conselho Técnico Científico.

Significado dos Conceitos Atribuídos1

� Conceitos 6 e 7 - exclusivos para programas que ofereçam doutorado com nível de excelência, desempenho equivalente ao dos mais importantes centros internacionais de ensino e pesquisa, alto nível de inserção internacional, grande capacidade de nucleação de novos grupos de pesquisa e ensino e cujo corpo docente desempenhe papel de liderança e representatividade na respectiva comunidade.

� Conceito 5 - alto nível de desempenho, sendo esse o maior conceito admitido para programas que ofereçam apenas mestrado.

� Conceito 4 - bom desempenho. � Conceito 3 - desempenho regular, atende o padrão mínimo de qualidade exigido.

1 Fonte: CAPES.

70

Tabela 15 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC

A C A D Ê M I C O S Conceito Total Doutorado Mestrado e Doutorado Apenas Mestrado

Profissional

3 18 - - 16 2

4 16 1 11 4 -

5 4 - 4 - -

6 1 - 1 - -

7 - - - - -

Total 39 1 16 20 2

Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

3 4 5 6

18

16

4

1

me

ro d

e C

urs

os

Conceitos Gráfico 29 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC. Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

3 4 5 6

46,15

41,03

10,26

2,56Pe

rce

ntu

al

de

Pro

gra

ma

s

Conceitos Gráfico 30 - Distribuição percentual dos programas, por conceito. Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.

Entraram com Pedidos de Reconsideração de Resultados os seguintes programas:

Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (M/D), Ciência e Tecnologia de Alimentos

71

(M), Ciências Ambientais (M), Matemática e Estatística (M). Destes, os programas de

Matemática e Estatística e de Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários foram

reclassificados para os conceitos 4 e 5, respectivamente.

Destaca-se que o programa de Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários “é o

único das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nas áreas de microbiologia, parasitologia e

epidemiologia (epidemiologia/doenças infecciosas) com conceito 5, se igualando aos

Programas de Pós-Graduação de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP) e

Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)” (Antonio Carlos R.

Vallinoto, coordenador do Programa).

Ressalta-se, que dos 39 programas de pós-graduação, 23 foram submetidos à avaliação

trienal 2004 realizada no período de 2001 a 2003. A TABELA 16 expressa a movimentação

dos programas avaliados na escala de conceitos trienal 2007 versus trienal 2004, onde se

observa que 7 programas aumentaram de conceito2; 14 permaneceram com o mesmo

conceito3 e apenas 2 caíram de conceito4.

Tabela 16 - Movimentação dos programas avaliados na escala de conceitos trienal 2007 versus trienal 2004

CONCEITO ATUAL

3 4 5 6 SOMA

3 6 5 - - 11

4 1 6 2 - 9

5 - 1 1 - 2

CO

NC

EIT

O

AN

TE

RIO

R

6 - - - 1 1

SOMA 7 12 3 1 23 Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.

5.2.2 Pós- Graduação Lato Sensu

A PROPESP, buscando modernizar e otimizar a avaliação dos cursos de

especialização deu início em 2006 ao re-ordenamento da sistemática de aprovação,

acompanhamento e avaliação dos cursos de especialização seguindo as normas definidas pelo

2 Biologia Ambiental, Ciência Animal, Ciências Sociais, Direito, Doenças Tropicais, Educação em Ciências e Matemáticas e Genética e Biologia Molecular. 3 Agriculturas Amazônicas, Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Educação, Física, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Geologia e Geoquímica, Geofísica, Letras: Lingüística e Teoria Literária, Química, Serviço Social e Zoologia. 4 Engenharia Elétrica e Psicologia (Teoria e Pesquisa do Comportamento).

72

MEC e pela própria UFPA. Em particular, foi exigido um projeto pedagógico para cada novo

curso proposto, seguindo o modelo fornecido pela SESu/MEC.

A proposta da PROPESP, após vários debates com a comunidade acadêmica foi

aprovada e culminou na elaboração de uma resolução, específica, a de número 3.529,

aprovada no CONSEP em junho de 2007 e na consolidação do sistema de apresentação de

propostas de novos cursos e registro nas diferentes etapas do processo de avaliação em meio

eletrônico.

Todo esse processo resultou em um maior controle na oferta de cursos lato sensu e na

consequente melhoria da qualidade dos cursos ofertados.

Os procedimentos adotados para análise das propostas incluem:

� Avaliação preliminar dos projetos pela coordenadoria de Pós-Graduação Lato

Sensu;

� análise e parecer circunstanciado pelos consultores ad hoc das respectivas áreas do

conhecimento dos cursos propostos;

� análise final e parecer conclusivo da Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação-

CPPG/CONSEPE;

� encaminhamento ao CONSEPE para análise do processo e manifestação final.

Em 2008, todos os novos projetos foram submetidos, avaliados e estão sendo

acompanhados via sistema eletrônico.

Estão em execução 71 cursos de especialização em nove áreas do conhecimento,

conforme detalhamento na TABELA 17.

Tabela 17 - Número de cursos lato sensu, por área do conhecimento

Áreas do Conhecimento Número de Cursos

9 71

Ciências Agrárias 1

Ciências Biológicas 1

Ciências da Saúde 9

Ciências Exatas e da Terra 21

Ciências Humanas 8

Ciências Sociais Aplicadas 10

Engenharias 3

Letras e Artes 11

Multidisciplinar 7

Fonte: DEINF/Relatórios de Gestão.

73

Em decorrência da nova sistemática de aprovação e avaliação adotada, percebe-se uma

redução de 17,44% na oferta de cursos de especialização em relação ao ano anterior que

registrou a execução de 86 cursos.

Em 2008, foram matriculados 3.407 discentes, uma redução de 20,80% em relação ao

ano anterior e de 6,71% em relação a 2006.

No que se refere ao número de monografias, foi registrado no decorrer 2008 a

conclusão de 239, em 2007 foram concluídas 409 e em 2006 385 monografias foram

concluídas.

Os GRÁFICOS 31, 32 e 33 ilustram os números da pós-graduação lato sensu no

período 2006-2008.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2006 2007 2008

8186

71

me

ro d

e C

urs

os

Anos Gráfico 31 - Número de cursos da pós-graduação lato sensu período 2006-2008.

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

2006 2007 2008

3.652

4.302

3.407

me

ro d

e A

lun

os

Anos Gráfico 32 - Número de alunos matriculados na pós-graduação lato sensu no período 2006-2008.

74

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2006 2007 2008

385409

239

me

ro d

e M

on

og

rafi

as

Anos Gráfico 33 - Número de monografias concluídas no período 2006-2008.

5.2.3 Educação a Distância

Em 2008, a Pós-Graduação a distância, com 647 alunos matriculados, se manteve

estável em relação ao ano anterior que registrou 626 alunos matriculados. A TABELA 18

apresenta o número de alunos matriculados nos cursos de pós-graduação lato sensu a

distância, em 2008.

Tabela 18 – Número de alunos matriculados por cursos de pós-graduação (lato sensu) a distância em 2008

Cursos Nº de Alunos Matriculados

Ensino-Aprendizagem em Língua Portuguesa 73

Gestão Hídrica e Ambiental I 157

Gestão Hídrica e Ambiental II 175

Gestão Política e Economia Mineral 87

Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional (PLANERAR III) 155

Total 647

Fonte: AEDI.

� Ensino-Aprendizagem em Língua Portuguesa: o eixo principal desse curso é a

leitura e produção de textos orais e escritos. Seu público alvo são pessoas

graduadas em letras (professores de língua portuguesa) ou em áreas afins. Em

2008 ofertou a sua sétima versão, sendo considerando, portanto, um curso bem

consolidado. O curso possui 73 alunos matriculados, dos quais 43 estão em fase

final de elaboração de monografias, com previsão para defesa em 2009.

� Gestão Hídrica e Ambiental I: implantado com o objetivo de especializar técnicos

em gestão de recursos hídricos e em gestão ambiental, é o único curso nessa área

ofertado no país. Seu público alvo são pessoas graduadas com foco em funções

estratégicas de decisão em programas e projetos com ênfase em água e meio

75

ambiente. O curso iniciou com 157 alunos matriculados, dos quais, 28 concluíram

suas monografias em 2008 e, os demais, estão com previsão de defesa de

monografia para 2009. Os trabalhos apresentados foram de excelente nível e um

dos trabalhos foi premiado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia do Pará. Em 2009 será lançado um livro com a coletânea das melhores

monografias do curso.

� Gestão Hídrica e Ambiental II: iniciado no segundo semestre de 2008, o curso está

com 175 matriculados em quatro turmas, sendo que uma funciona em Porto

Trombetas com 14 alunos, funcionários da Mineração Rio do Norte.

� Gestão Política e Economia Mineral: iniciado em 2007, com o objetivo de

especializar técnicos em gestão de recursos minerais e em questões ambientais,

continuou em execução em 2008 com 87 alunos ativos — na grande maioria

oriundos de outras cidades e estados —, dos quais 52 estão em fases de conclusão

e defesa de monografias.

A UFPA oferta dois os cursos de especialização a distância na área do Planejamento:

� Planejamento de Gestão do Desenvolvimento Regional — PLANEAR II,

atualmente e fase final de defesa de monografias;

� Planejamento de Gestão do Desenvolvimento Regional — PLANEAR III, iniciado

em 2007 e encerrado em 2008.

O PLANEAR II registrou uma evasão de 59% de alunos e o Planear III 27% de

cancelamentos. Os índices de evasão e de cancelamentos tendem para motivos comuns.

Um dos motivos está relacionado à situação financeira. Muitos alunos realizam a

matrícula, mas não dão conta de pagar as mensalidades, apesar de o valor estar abaixo do

valor cobrado por outras instituições.

Outro motivo diz respeito ao pouco conhecimento ou dificuldade de adaptação a

modalidade de educação a distância, que exige do aluno independência na busca de

conhecimento e da interação com outros alunos e tutores.

A demora na correção dos trabalhos e nas respostas aos alunos por parte dos tutores,

também contribui para a evasão.

O PLANEAR II foi rigorosamente acompanhado por um controle de qualidade, via

pesquisa avaliativa denominada “Controle de qualidade do Curso de Especialização on-line

em Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional (ênfase em Gestão Pública) –

76

Planear II ”. O estudo, realizado com base em dados primários coletados entre os alunos foi

desenvolvido em três etapas.

A primeira etapa avaliou a dinâmica de aprendizagem dos Núcleos Temáticos 1

(Introdução à Teoria do Planejamento) e 2 (Planejamento Estratégico). A segunda avaliou os

Núcleos Temáticos 3 e 4 (Metodologia da Pesquisa e Orçamento) e, finalmente, a terceira

etapa avaliou os Núcleos Temáticos 5 (Elaboração, gestão e avaliação de projetos) e 6 (Gestão

pública). Nas duas primeiras etapas, o instrumento de coleta de dados foi disponibilizado aos

alunos ativos5 na plataforma do e-ProInfo6 com a solicitação de devolução por e-mail e, na

última, o instrumento foi entregue aos alunos, no momento presencial.

Na primeira etapa, 43 alunos, de um universo de 126 alunos ativos, responderam ao

questionário e constatou-se que os dados foram representativos da realidade de um

contingente predominantemente residente na mesorregião metropolitana de Belém; percebeu-

se um predomínio de alunos do gênero feminino; o perfil dos alunos apresentou coerência

entre a escolha do curso e as demandas profissionais; os alunos considerados ativos

demonstraram satisfação com o curso. De modo geral, a modalidade da educação a distância

foi considerada um processo novo para a realidade educacional dos alunos, justificando a

ausência de familiaridade com a dinâmica apresentada em alguns aspectos da interatividade e

da participação. Além disso, esta modalidade de ensino foi considerada como um mecanismo

facilitador do processo de aprendizagem do aluno visto suas características de flexibilidade

ante o perfil do alunado — trabalhadores que possuem família e utilizam o período da noite

para realizar as atividades pedagógicas.

Na segunda etapa, 16 alunos responderam ao questionário e verificou-se, novamente,

que é bom o grau de satisfação dos discentes com relação ao curso e que a modalidade de

ensino a distância ainda não estava totalmente dominada pelos alunos; problemas com a

ferramenta Webmail e de manutenção da plataforma provocaram uma redução no grau de

satisfação dos alunos com relação a administração virtual do curso. Verificou-se, ainda, a

necessidade de um acompanhamento mais constante por parte da coordenação do sistema de

tutoria e a necessidade de cursos de aperfeiçoamento para os tutores.

Na terceira etapa e última etapa, 20 alunos devolveram os questionários preenchidos.

Os resultados dessa etapa, quando somados aos resultados das etapas anteriores, permitem

inferir que os alunos concluíram o curso com excelente nível de satisfação. Embora o Planear

5 Alunos que cumprem todos os compromissos pedagógicos no prazo estipulado (exercícios, atividades, participação em fóruns, etc.). 6 Ambiente Colaborativo de Aprendizagem, desenvolvido pelo Ministério da Educação, que utiliza a Tecnologia Internet e permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem.

77

II tenha sido o primeiro curso a distância para a maioria dos participantes, a modalidade foi

bem aceita pelos mesmos que afirmaram que fariam outro curso a distância, principalmente

pela flexibilidade proporcionada por essa modalidade de ensino. A pesquisa também apontou

que grau de satisfação com relação aos materiais didáticos foi considerado bom e que os

mesmos são adequados aos estudos. No entanto, foi ressaltada a necessidade de explorar

outros recursos, tais como hipertextos para apresentação do conteúdo. Além disso, ao longo

do Curso, percebeu-se que qualidade da tutoria interfere diretamente no sucesso de qualquer

outro curso nesta modalidade.

A terceira edição do PLANEAR, ofertada com ênfase em gestão pública e ambiental,

registrou a inscrição de 203 alunos, dos quais, 155 foram matriculados. O curso apresentou

acentuada demanda de pessoas do interior do Estado e dos estados do Amapá, Maranhão e

Tocantins. Seu percentual de permanência (100 alunos ativos) foi de 64,52%.

Considerando que 6 alunos desistiram nos dois primeiros meses de funcionamento do

curso e o cancelamento, por inadimplência, da matrícula de 37 alunos, o curso encerrou com

57 discentes em condições de defesa de monografia. Destes, 41 — dos quais 14 alunos de

demanda social — já defenderam suas monografias.

O relatório da pesquisa avaliativa do PLANEAR III ainda não foi concluído.

Os cursos possuem excelente suporte na área administrativa e da computação no

âmbito da AEDI. Os problemas enfrentados referem-se à Plataforma E-ProInfo do MEC, que

ainda apresenta muitas falhas, o que interfere na motivação dos alunos.

78

5.3 PESQUISA

A UFPA entende a pesquisa como pressuposto ao desenvolvimento, em bases

sustentáveis, das potencialidades amazônicas, e como fator determinante à construção de um

futuro que tenha na valorização humana o seu principal objetivo. A Instituição adota, ao lado

de programas de pós-graduação disciplinares, um forte incentivo aos programas de ensino, de

pesquisa e de extensão com uma perspectiva transdisciplinar. Tal opção é considerada como

um eixo sobre o qual se realiza a interlocução da UFPA com outras instituições nacionais e

internacionais de ensino e pesquisa, com órgãos do Estado e entidades da sociedade civil, para

realizar seu compromisso com o desenvolvimento regional e nacional.

Para que a UFPA possa cumprir a sua missão na produção de conhecimentos

estratégicos, foram definidas prioridades que podem ser assim sintetizadas: pesquisa básica e

original; pesquisa e desenvolvimento em resposta a problemas nacionais e regionais; e

pesquisa e desenvolvimento para a melhoria da qualidade de vida das populações amazônicas.

Duas são as metas estabelecidas para tornar efetivas essas prioridades: promover atividades

acadêmicas multi, inter e transdisciplinares, finalidade que implica a sinergia das atividades

acadêmicas realizadas no seio da UFPA, bem como a integração dessas atividades com os

modelos de funcionamento de redes e consórcios; e institucionalizar e fortalecer programas de

pesquisa interdisciplinares e interinstitucionais, com a sistematização da pesquisa em

programas com caráter de transversalidade, extrapolando os limites de cada unidade

acadêmica e, mesmo, da UFPA, apontando integração com outras instituições congêneres.

No ano de 2006, encontravam-se cadastrados 763 projetos de pesquisa, dos quais 51

foram concluídos. Em 2007, foram concluídos 53 projetos dos 692 que se encontravam

cadastrados. No ano de 2008, encontravam-se cadastrados 804 projetos de pesquisa, dos quais

300 foram concluídos. Nos projetos em desenvolvimento em 2008, participam 631

docentes/pesquisadores e 20 técnicos, ao passo que os projetos concluídos tiveram

participação ativa de 466 docentes/pesquisadores e de 20 técnicos. Desenvolveram projetos de

pesquisa 21 Unidades Acadêmicas da UFPA, sendo, 6 Campi do Interior, 11 Institutos e 4

Núcleos. Destacam-se pelo número de projetos de pesquisa, em ordem decrescente, os

seguintes institutos: Exatas e Naturais, Filosofia e Ciências Humanas, de Tecnologia e

Ciências Biológicas.

De acordo com os dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa credenciados pelo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o quantitativo de

grupos de pesquisa na UFPA passou de 197 em 2006, para 263 em 2008, um aumento de

79

33,5%. Em 2006 e 2007, os grupos de pesquisa contavam com a participação de 997

pesquisadores, dos quais 621 são doutores. Os dados relativos ao Censo 2008, ainda não

foram divulgados pelo CNPq, entretanto o levantamento institucional realizado ao final de

2008 aponta para os números registrados na TABELA 19.

Tabela 19 - Censo dos grupos de pesquisa da UFPA

Descrição 2006 2008* Variação %

Grupos 197 263 33,50

Pesquisadores 997 1.097 10,03

Doutores 621 716 15,30

(D)/(P) em % 62,3 65,3 --

Fonte: CNPq e PROPESP. D – Doutores. P – Pesquisadores. * Levantamento institucional (PROPESP/UFPA). Nota: Grupos de Pesquisa – dos 263 grupos de pesquisa, 234 são certificados pelo CNPq, e 29 se encontram na situação de não atualizados por falta de relatórios.

Claro que, em termos nacionais, a produção da UFPA ainda representa muito pouco.

Ainda existe uma disparidade acentuada em relação a outras regiões, em função do número

reduzido de pesquisadores na Amazônia. Em consequência disso, os investimentos são

menores, se comparados a outros centros, transformando-se tal fenômeno num círculo

vicioso. A saída é investir na formação de recursos humanos qualificados para desenvolver

pesquisa. E isso tem sido feito de forma muito positiva, principalmente no Pará e no

Amazonas, por meio da UFPA, da EMBRAPA Amazônia Oriental, do Museu Emílio Goeldi,

da Universidade Federal Rural da Amazônia, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Para que possa ser criada densidade acadêmica em todas as ações, é necessário, gerar

as condições para que os discentes possam ser incorporados ao ambiente da pesquisa, e cuja

tradução manifesta-se por estimular as atividades de iniciação científica. Em 2002 a UFPA

criou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica UFPA (PIBIC/UFPA) e em

2006 o PIBIC/INTERIOR, ambos, seguindo a mesma orientação do CNPq para o

PIBIC/CNPq, têm o objetivo, entre outros, de despertar vocação científica e incentivar novos

talentos potenciais entre estudantes de graduação.

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), ao final do ano de

2008, contava com o número total de 558 bolsas e 379 pesquisadores, de acordo com a

distribuição na TABELA 20.

80

Tabela 20 – Número de bolsas e de pesquisadores dos programas de iniciação científica

Programas Bolsas Pesquisadores

PIBIC/CNPq 296 156

PIBIC/UFPA 105 94

PIBIC/FAPESPA 60 36

PIBIC/INTERIOR 35 35

PIBIC/PARD/2007 29 27

PIBIC/PARD/2008 33 31

Total 558 379

Fonte: PROPESP.

Foi constatado que muitos recém-doutores, quando de seu retorno ou contratação pela

UFPA, careciam de um apoio mínimo para garantir-lhes a inserção adequada, sem

interromper suas atividades de pesquisa. Desta forma, a UFPA criou o Programa de Apoio ao

Recém-Doutor (PARD), que visa a facilitar a inserção e dar as condições mínimas necessárias

para o desenvolvimento de pesquisa por parte dos docentes recém-doutores, já vinculados à

instituição ou recém-contratados por ela, incentivando, assim, a sua produtividade.

O Programa Pró-Discente tem por objetivo principal incentivar os estudantes,

regularmente matriculados, dos programas de pós-graduação stricto sensu da UFPA a

divulgar os resultados das pesquisas relacionadas aos seus planos de dissertação ou tese em

eventos científicos de maior relevância no país, em suas respectivas áreas, e assim contribuir

para a expansão da produção científica da UFPA. O apoio é concedido na forma de ajuda de

custo à estudante.

O Programa Institucional de Apoio à Produção Acadêmica (PIAPA) foi criado para

estimular a apresentação de trabalhos em eventos científicos. O apoio consiste em conceder

ao docente pesquisador até 3,5 (três e meia) diárias e passagem aérea no trecho nacional.

O Setor de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, criado em 1999,

tem por objetivo proteger juridicamente a produção intelectual da UFPA, com vistas à sua

utilização econômica, assegurando aos autores/inventores e à Instituição, uma participação

nos royalties obtidos com a comercialização, além de criar no âmbito da Universidade a

cultura do aproveitamento econômico da propriedade intelectual. Para tornar exequível este

objetivo, a UFPA vem estabelecendo parcerias com entidades responsáveis pelo registro, nas

diversas áreas da propriedade intelectual.

A Coordenadoria de Propriedade Intelectual protocolizou/registrou 149 pedidos de

registro de direitos de autor junto ao Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca

Nacional cumprindo sua função de proteger a produção científica e tecnológica da UFPA.

81

Requereu, ainda, nove novos pedidos de obtenção de patente e cinco pedidos de registro de

marca.

Tabela 21 - Quantitativo de marcas e patentes solicitadas em 2008

Itens 2006 2007 2008

Marcas 2 4 5

Patentes 3 2 9

Fonte: PROPESP.

Tabela 22 - Quantidade de registro de obras intelectuais

Quantidade Descrição 2006 2007 2008

Biografia -- -- 1

Cinema/TV 42 12 42

Contos/Crônicas -- 4 3

Didático/Pedagógico 22 14

História em Quadrinhos 6 -- --

Música (Letras e Partituras) 70 43 28

Periódicos (Revistas e Jornais) 1 -- --

Personagens/Desenhos 1 -- 2

Poesias 12 15 21

Político/Filosófico 1 -- 6

Publicidade -- -- 1

Religioso -- 1 1

Romances 5 6 4

Teatro (Peças) 4 12 1

Técnico/Científico 7 8 5

Teses/Monografias 11 11 8

Outros 13 24 12

Fonte: PROPESP.

No novo milênio, a UFPA trabalha para se consolidar como um pólo de geração de

conhecimento, buscando maior interação com o setor produtivo e passando, pouco a pouco, a

interferir nas cadeias produtivas do Estado. Para tanto, estabeleceu-se um canal permanente

de articulação com os pesquisadores, de importância fundamental para o crescimento

registrado no setor.

No âmbito da pesquisa aplicada e serviços tecnológicos, a Universidade Federal do

Pará do Pará conta com o apoio da Rede UFPA de Inovação Tecnológica (UNIVERSITEC),

estrutura articuladora entre a UFPA e os diversos segmentos do setor produtivo,

governamental e a sociedade em geral, com vistas a disponibilizar os meios necessários à

integração de competências da UFPA para direcioná-las ao desenvolvimento científico,

tecnológico e socioeconômico da região.

82

Essa rede de integração articulada pela UNIVERSITEC é formada por dois programas

estruturantes – o Programa de Consultorias e Serviços Tecnológicos e o Programa de

Incubação de Empresas e Parques Tecnológicos – e tem como principais objetivos:

� Promover, no âmbito da UFPA, a agregação dos diversos grupos de pesquisa para o

atendimento de demandas por projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação

tecnológica requeridas pelos vários segmentos do setor produtivo e governamental

sediados na região, preferencialmente no Estado do Pará;

� estimular e promover processos legais de transferência de tecnologia,

preferencialmente aquela produzida no País e/ou na região, para os setores privado e

governamental;

� articular a prestação de serviços aos interessados, dando ênfase ao uso da

infraestrutura laboratorial e aos recursos humanos oriundos da Universidade;

� operacionalizar um Banco de Dados sobre serviços técnicos, laboratoriais e outros

serviços tecnológicos disponíveis na UFPA, no Estado e em todo o País, assim

como um guia de sites de interesse, na Internet, com informações para todos os

segmentos interessados;

� organizar eventos, simpósios e exposições pertinentes;

� buscar estabelecer formas de cooperação com as entidades representativas da

sociedade civil organizada;

� apoiar e/ou articular projetos de normatização, metrologia e certificação;

� zelo continuo pelo fomento à política de propriedade intelectual.

A Universidade Federal do Pará e o Governo do Estado deram um passo decisivo, em

2007, para a construção do primeiro parque tecnológico da região Norte. A iniciativa fomenta

a economia baseada no conhecimento e no desenvolvimento sustentável para parte

significativa da região amazônica.

Além do parque do Guamá, que deve começar a operar no início de 2010 o governo do

Estado já iniciou o processo de implantação dos parques do Tocantins, em Marabá, e do

Tapajós, em Santarém, cada um deles com foco de pesquisa de acordo com as necessidades e

vocacionais regionais. Assim, o foco do parque do Guamá será biotecnologia, energia e

Tecnologia de Informação e Comunicação; o do Tocantins, em tecnologia mineral e novos

materiais, pesquisas agropecuárias e silvicultura; o parque do Tapajós se focará em

tecnologias da madeira e produtos da floresta, pesca e aquicultura, agricultura tropical e

geologia mineral

83

Há um esforço coletivo das universidades da Amazônia, que vêm buscando estratégias

para a superação dos fatores impeditivos ao desenvolvimento da pesquisa na região, seja por

meio da formação de doutores, seja pela contratação e incentivo à fixação de doutores

formados em outros centros. Mas isso ainda é um desafio a ser vencido.

84

5.4 EXTENSÃO E INCLUSÃO SOCIAL

A Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), encarregada das políticas extensionistas da

Universidade Federal do Pará, articula e coordena as atividades de extensão universitária dos

diversos setores da Instituição, apoiando programas, projetos, atividades e publicações de

ações extensionistas. É ainda, responsável pelas atividades que tem por fim a integração da

Instituição com a comunidade externa, com o apoio à criação de projetos e cursos. É também

encarregada pelas políticas de auxílio ao desenvolvimento das comunidades do interior e de

Belém, atendendo assim à demanda social.

O processo de institucionalização das ações de extensão na UFPA iniciou-se com a

aprovação da Resolução nº 3.298 de 07 de março de 2005, o que caracterizou as ações de

extensão e estabeleceu os procedimentos importantes para a institucionalização dos

Programas e Projetos Extensionistas na UFPA. Em 2006, houve a consolidação da política de

extensão na UFPA a partir de várias ações desencadeadas, projetos financiados e dos

inúmeros projetos e programas realizados, de acordo com o Plano de Desenvolvimento

Institucional e o Plano de Gestão 2005-2009.

Ligada diretamente à PROEX, encontra-se a Diretoria de Programas e Projetos. Essa

Diretoria tem como competência elaborar, coordenar e acompanhar a política de ação

extensionista que se configura em seus programas e projetos de intervenção na sociedade por

meio de convênios e parcerias, com o objetivo de estimular a convivência dos estudantes

universitários com as comunidades urbanas e rurais do Pará, por meio da participação nos

referidos projetos.

A TABELA 23 apresenta o número de docentes, técnico-administrativos, discentes e

de pessoas atendidas em programas e projetos cadastrados na PROEX no ano de 2006 a 2008.

Nela, verifica-se que em 2008, houve um aumento no número programas cadastrados nas

PROEX de 300,00% em relação ao ano de 2007 e de 246,67% em relação ao ano de 2006.

No mesmo ano de 2008, observa-se que 178 projetos estavam cadastrados, o que representa

um aumento de 64,81% em relação ao ano anterior e uma redução de 24,26% em relação ao

ano de 2006. Além disso, observa-se que 178.723 pessoas foram atendidas em programas e

projetos no ano de 2008, ocorrendo uma redução de 17,82% em relação ao ano anterior e um

aumento de 1,84% em relação ao ano de 2006.

85

Tabela 23 - Número de docentes, técnico-administrativos, discentes e de pessoas atendidas em programas e projetos no período de 2006 a 2008

Recursos Humanos Envolvidos Ano

Nº de Programas

Nº de Projetos Nº de

Docentes Nº de

Técnicos* Nº de

Discentes**

Nº de Pessoas

Atendidas

2006 15 235 478 450 1.205 175.489

2007 13 108 342 334 1.038 217.486

2008 52 178 769 299 315 178.723

Total 80 521 1.589 1.083 2.558 571.698

Fonte: DEINF/PROPLAN. *Técnicos e/ou colaboradores da UFPA e/ou de outras instituições. ** Da graduação e da pós-graduação.

A TABELA 24 apresenta o número de cursos e concluintes no período de 2006 a 2008.

Nela, observa-se que foram realizados 32 cursos em 2008, o que representa uma redução de

79,87% em relação ao ano anterior e uma redução de 8,57% em relação ao ano de 2006.

Além disso, observa-se que em 2008, 1.627 pessoas concluíram os cursos realizados naquele

ano, representando uma redução de 67,20% em relação ao ano de 2007 e um aumento de

45,27% em relação ao ano de 2006.

Tabela 24 - Número de cursos e concluintes no período de 2006 a 2008

Ano Número de Cursos Número de Concluintes

2006 35 1.120

2007 159 4.960

2008 32 1.627

Total 226 7.707

Fonte: PROEX.

A TABELA 25 apresenta o número de eventos e participantes no período de 2006 a

2008. Nela, observa-se que 51 eventos foram realizados em 2008, o que representa uma

redução de 76,71% em relação ao anterior e uma redução de 67,31% em relação ao ano de

2006. Além disso, observa-se que em 2008, 10.382 pessoas participaram dos eventos

realizados em 2008, representando uma redução de 24,81% em relação ao ano de 2007 e um

aumento de 88,08% em relação ao ano de 2006.

86

Tabela 25 - Número de eventos e participantes no período de 2006 a 2008

Ano Número de Eventos Número de Participantes

2006 156 5.520

2007 219 13.808

2008 51 10.382

Total 426 29.710

Fonte: PROEX.

O GRÁFICO 34 apresenta o número das ações extensionistas no período de 2006 a

2008. Nele, observa-se que dentre as ações extensionistas em 2006, a maioria corresponde aos

projetos com um quantitativo de 235 cadastrados na PROEX, seguido da realização de 156

eventos e 35 cursos no mesmo ano. Em 2007, verifica-se que a maioria corresponde aos

eventos realizados com um quantitativo de 219, em seguida tem-se a realização de 159 cursos

e 108 projetos cadastrados. Finalmente, observa-se que no ano de 2008 o maior quantitativo

refere-se a 178 projetos cadastrados, seguido de 52 programas cadastrados.

0

50

100

150

200

250

2006 2007 2008

15 13

52

235

108

178

35

159

32

156

219

51

me

ro d

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ten

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nis

tas

Anos

Programas

Projetos

Cursos

Eventos

Gráfico 34 - Número das ações extensionistas no período de 2006 a 2008.

O Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), instituído a partir de 2003,

destina-se a alunos de graduação dos Campi da UFPA e é desenvolvido junto a Diretoria de

Programas e Projetos de Extensão. O QUADRO 10 apresenta a relação de alguns programas e

projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX no período de 2006 a 2008.

Programas Projetos

Programa MulticampiSaúde Projeto Gavião

Programa Alfabetização Solidária Projeto Escola que Protege

Programa Conexões de Saberes Projeto Integrado Igarapé Mata Fome

Programa Projovem Projeto Arte na Escola

Programa Bem Te Ver Projeto PROEXTMEC

Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA

Projeto Universidade Popular em Direitos Humanos

Projeto Esporte e Lazer na UFPA Projeto Rondon Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Social da SETER

Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA

Quadro 10 - Relação dos programas e projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX. Fonte: PROEX.

87

O Departamento Cultural, também ligado à PROEX, articula, cria e coordena,

juntamente com as unidades acadêmicas, atividades e eventos com caráter extensionista.

Nesse sentido, destacam-se algumas atividades no período de 2006 a 2008:

� I Seminário de Avaliação do Programa MulticampiArtes: ocorreu no dia 17 de

março de 2006 e seus objetivos consistiam em: (1) Avaliar as experiências do

Programa MulticampiArtes; (2) Analisar as probabilidades e limites no

desenvolvimento do programa MulticampiArtes, considerando a

institucionalização do Programa nos diversos segmentos envolvidos, as novas

perspectivas de ações do Programa na UFPA, a constituição de projeto pedagógico

e a criação do Processo de Avaliação;

� Jornada de Extensão Universitária: É um evento anual promovido pela PROEX.

Em 2006, ocorreu a IX Jornada de Extensão Universitária a qual teve a temática

“Sustentabilidade e Diversidade na Amazônia” e aconteceu no período de 5 a 7 de

dezembro. Discentes, docentes dos diversos centros da UFPA, vinculados aos

projetos de extensão, participaram dessa jornada. Dentre os 1.057 participantes

inscritos, 421 foram credenciados e dos 208 trabalhos apresentados, 108 foram

pôsteres e 100 comunicações orais. Em 2007, ocorreu a X Jornada de Extensão

Universitária que teve como tema “Extensão Universitária e Políticas Públicas” e

aconteceu no período de 5 a 7 de dezembro. Nessa jornada, ocorreu o I Encontro

de Bolsistas de Extensão, ocasião em que se reúne os alunos dos programas e

projetos cadastrados na PROEX. Em 2008, ocorreu a XI Jornada de Extensão

Universitária que abordou o tema “Tecnologias Sociais: Caminhos para a

Extensão Universitária”. Nela, houve a inscrição de 1.306 participantes

envolvendo discentes, docentes e técnico-administrativos das diversas unidades

acadêmicas da capital e campi da UFPA, vinculados ou não aos programas e

projetos da extensão da PROEX. Além disso, houve 223 sessões de comunicações

orais, 02 conferências, 01 mesa redonda, 08 grupos de trabalho, 01 exposição –

inclusão: caminhos para a extensão, 05 apresentações culturais, 16 prêmios –

Jovem Extensionistas que visa premiar trabalhos dos alunos bolsistas

compromissados em vivenciar as ações extensionistas desafiadoras, inovando,

produzindo conhecimentos e efetivando, a relação teoria/prática, 518 prestações de

serviços e o II Encontro de Bolsistas de Extensão.

88

De maneira geral, a PROEX incentivou a instalação de novos programas e projetos de

extensão em todas as Unidades Acadêmicas, a realização de jornadas ou semanas de Extensão

nessas Unidades para estimular a relação Universidade e Sociedade local; consolidou a

institucionalização da Extensão por meio do registro de todas as ações de extensão em sistema

informacional chamado de Sistema de Gerenciamento das Ações Extensionistas da UFPA

(SISAE/PROEX). Esse sistema tem como meta: a implantação do Programa de

Assessoramento e Monitoramento de Programas de Extensão; a implantação do Eixo de

Formação Continuada nos Programas e Projetos; e a implantação da Política de Avaliação da

Extensão nos Projetos Pedagógicos. Outra importante meta desse Sistema é a criação de

indicadores de avaliação da extensão em consonância com o Fórum Nacional de Extensão.

A PROEX implementou a política de assistência, de integração e de permanência

estudantil que consiste em um conjunto de princípios, objetivos, diretrizes e métodos que

orientam a estratégia institucional de provimento de soluções às necessidades do estudante em

situação de vulnerabilidade na UFPA, materializando-se em um amplo programa de apoio,

atuante em várias frentes e desenvolvendo-se de modo intersetorial, possibilitando o acesso, a

permanência e a conclusão, proporcionando experiências teóricas e práticas que o preparem

para a cidadania e para futuras inserções no mundo do trabalho. A Diretoria de Assistência e

Integração Estudantil é a diretoria responsável por propor, avaliar e acompanhar as políticas

de assistência, de integração e de permanência dos estudantes da UFPA.

A Pró-Reitoria de Extensão trabalha para dar aos seus projetos um caráter permanente

e sistemático, integrando suas atividades ao Ensino e à Pesquisa, proposta pelo modelo

estrutural multicampi. Trata-se de uma profunda mudança na forma de fazer Extensão

Universitária. Efetivamente, a Extensão é parte indissociável do processo de aprendizagem.

89

5.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL

No início da década de 1970, na Europa, particularmente na França, Alemanha e

Inglaterra, a sociedade iniciou uma cobrança por maior responsabilidade social das

instituições e consolidou-se a necessidade de divulgação dos chamados balanços ou relatórios

sociais.

A responsabilidade social contribui para promover um maior, melhor e mais justo

desenvolvimento humano, social e ambiental. Além disso, envolve o aspecto ético e humano.

A Universidade Federal do Pará tem definidas as ações de responsabilidade em seu

Plano de Desenvolvimento 2001 – 2010 e em seu Plano de Gestão 2005 – 2009. Além desses

documentos, observa-se que o Estatuto, Regimento Geral da UFPA, Resoluções e o Programa

de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais também definem

ações para a responsabilidade social. Neste sentido, a Resolução Nº 3.361, de 5 de agosto de

2005, do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão regulamenta o sistema de cotas

em que 50% das vagas dos cursos de graduação desta Universidade, oferecidas no Processo

Seletivo Seriado são reservadas aos estudantes que cursaram todo o Ensino Médio em escola

pública e desse percentual, no mínimo, 40% são destinados aos candidatos que se declarem

pretos ou pardos e optem por concorrer ao sistema de cotas referente a candidatos negros.

Além disso, no ano de 2008, a UFPA aplicou o sistema de cotas permitindo o ingresso

de 2.766 alunos via cotas. Com o objetivo de assegurar a permanência dos estudantes

advindos desse sistema, a UFPA, em parceria com a Secretaria de Educação (SEDUC-PA),

criou o Programa de Bolsas para o Fortalecimento da Educação Pública e Inclusão Social –

FORTALECER. A iniciativa reúne projetos de experimentação pedagógica, pesquisa em

educação e apoio técnico a serem instalados em escolas estaduais.

A Universidade Federal do Pará, ao apresentar a sua proposta ao REUNI ressalta a

importância de promover a inclusão das populações locais. O REUNI tem por objetivo criar

condições para ampliação de acesso e permanência na Educação Superior a partir da

ampliação de políticas de inclusão e assistência estudantil. Desta forma, algumas metas do

REUNI referem-se a inclusão social, a saber:

� Possibilitar às pessoas com deficiência auditiva melhoria das condições de

aprendizagem;

� elaborar uma proposta de curso de graduação para ensino superior indígena, em

cooperação com representantes de comunidades indígenas e com a participação de

docentes-pesquisadores de diversas áreas de conhecimento existentes na UFPA;

90

� ampliar em 50 % o atendimento mensal no Serviço de Assistência Psicossocial

e/ou psiquiátrica a alunos regulares de graduação e de pós-graduação; e

� aumentar em 20% das ofertas de vagas nos cursos noturnos.

A Política de Assistência Estudantil implantada pela UFPA consiste em um conjunto

de princípios, objetivos, diretrizes e métodos que orientam a estratégia institucional de

provimento de soluções às necessidades do estudante em situação de vulnerabilidade7 na

UFPA, materializando-se em um amplo programa de apoio, atuante em várias frentes e

desenvolvendo-se de modo intersetorial, possibilitando o acesso, a permanência e a conclusão

e, proporcionando, ainda, experiências teóricas e práticas que o preparem para a cidadania e

para futuras inserções no mundo do trabalho. Desenvolve-se por meio de programas e

projetos específicos de assistência, procurando atender o discente em suas necessidades

básicas para que possa desempenhar suas atividades acadêmicas, visando a excelência na sua

formação integral, pautada nas responsabilidades ética e social.

Caminhando nessa direção — inclusão social — os cursos de Música, Dança e Artes

Visuais contemplam a Língua Brasileira de Sinais como atividades curriculares obrigatórias

em seu desenho curricular. O campus de Soure tem realizado ações acadêmicas em conjunto

com o Instituto Nacional de Surdos.

As relações da Universidade Federal do Pará com os diferentes setores vêm sendo

materializada por meio da implementação de programas, dos quais se destacam:

� Rede UFPA de Inovação Tecnológica, a UNIVERSI TEC — é uma estrutura

articuladora entre a UFPA e os setores produtivos, governamental e a sociedade em

geral que pretende reunir as várias competências disponíveis na Universidade e

direcioná-las ao desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico da

região. O público alvo da UNIVERSITEC são os órgãos de governo federal,

estadual e municipal, ONGS e entidades de direito privado sem fins lucrativos,

empresas produtoras de bens e serviços (micro, pequenas, médias e grandes

empresas) e cooperativas. Atualmente, o Programa de Incubação de Empresas de

Base Tecnológica da Universidade Federal do Pará, ou Incubadora da UFPA está

vinculado à UNIVERSITEC;

� Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA (PIEBT)

— é uma estrutura especialmente criada para estimular o desenvolvimento de novos

7 Aquele que, oriundo de família na faixa da pobreza, se encontra em estado de falta, ausência ou privação de um ou mais de um fator elementar para seu êxito acadêmico, numa situação caracterizada pela necessidade ou precisão de apoio institucional que tenha como efeito a conclusão, em tempo hábil, de sua graduação.

91

empreendimentos e modernizar os já existentes, atuando, principalmente, como um

mecanismo de transferência de tecnologia entre a universidade e o setor produtivo,

oferecendo suporte gerencial, científico, tecnológico e apoio em infraestrutura.

O Programa é formado por três incubadoras e pelo projeto denominado de “Pré-

Incubação”. Dele participam empresas residentes, associadas e graduadas e projetos

de pré-incubação. O PIEBT está assim configurado:

� Incubadora de Base Tecnológica — que se caracteriza por ser genérica e

atuar nas diversas áreas do conhecimento. É importante destacar que a

maioria das empresas incubadas representa novos nichos de produtos

extremamente promissores e que contam com uma extraordinária demanda

nos mercados nacionais e internacionais. São os produtos naturais da

biodiversidade da Amazônia — cosméticos, óleos naturais e essenciais,

fitoterápicos e fármacos — que contribuem com a mudança da base

produtiva do Estado, que hoje dependem dos minérios e do setor madeireiro,

produtos extrativos em mais de 90% da matriz produtiva do Estado.

Algumas das empresas incubadas hoje se sobressaem em suas atividades no

cenário nacional, seja através de lojas próprias (instaladas em vários

estados), seja por meio de franquias;

� Incubadora de Tecnologia da Informação e Comunicação (IETIC): atua

predominantemente na área de informática. As principais temáticas

trabalhadas incluem sistemas baseados na Web, projetos de redes de

computadores tradicionais e de alta velocidade (inclusive óticas),

desenvolvimento de aplicativos baseados em software livre, aplicação de

inteligência artificial (mineração de dados, lógica Fuzzy etc.) em sistemas de

informação geográfica, técnicas de automação e controle para indústria,

jogos eletrônicos e avaliação de desempenho de sistemas (inclusive os de

tempo real), entre outras;

� Incubadora de Design (Idesign): segmentada, atua no desenvolvimento de

embalagens e biojóias, utilizando resíduos de madeira nobre certificada na

região Amazônica e artefatos de madeira (confecção de embalagens de

madeira certificada) e beneficia duas empresas, sendo uma associada e uma

graduada;

92

� Projeto Pré-Incubação: visa ao amadurecimento tecnológico e gerencial de

uma idéia até a definição do Plano de Negócios de futuros empreendimentos

nas áreas de atuação do PIEBT.

Os Empreendedores participam da Pré-Incubação através de diversas

atividades, como Instrutorias, Consultorias Específicas, Workshops,

Palestras, etc.

O Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA, já registrou

avanços significativos e possui o reconhecimento de órgãos e instituições de apoio à

pesquisa e ao setor produtivo do Estado. Constitui-se em um instrumento

estratégico para a Universidade, pois, além de fomentar a pesquisa e transferir

tecnologia às empresas, muitos alunos conseguem trabalhar e fazer estágios na

incubadora e nas empresas. A partir de suas práticas, produzem trabalhos de

conclusão de cursos e monografias sobre os processos de incubação e a experiência

das empresas incubadas. Na Incubadora é possível exercer o empreendedorismo de

forma concreta, real e contribuir com um dos maiores desafios da universidade:

formar empreendedores. Finalmente, a Incubadora — além de incubar empresas —

é hoje, de fato, um espaço aberto para o debate sobre inovação tecnológica,

desenvolvimento regional e o movimento das pequenas e microempresas do Estado.

Durante o processo de incubação, as empresas adquirem os conhecimentos

necessários para atuar de maneira competitiva e asseguram sua permanência e

inserção no mercado — objetivo maior de qualquer empresa;

� Programa de Pobreza e Meio Ambiente da Amazônia — é um programa de

pesquisa e desenvolvimento, com o fim de garantir o fomento da produção local

dos pequenos produtores rurais da Amazônia, fornecedores de matéria-prima, como

a fibra de coco e látex, apoiando-os com conhecimentos tecnológicos, comerciais,

ambientais e em questões de responsabilidade social. O Programa é direcionado ao

combate à pobreza e à destruição do meio ambiente voltando-se para a construção

de ações integradas entre campo e cidade, promovendo alianças entre atores

públicos, privados e não governamentais e contribui para a geração e a

implementação de vias de desenvolvimento sustentável para a Região Amazônica.

Uma experiência exitosa foi a criação da empresa POEMATEC – Comércio de

Tecnologia Sustentável para a Amazônia. A fábrica da POEMATEC é a mais

moderna do mundo, no que diz respeito à produção de artefatos de fibra de coco e

látex. A POEMATEC também finaliza uma cadeia produtiva sustentável no Estado

93

do Pará, que tem seu início na coleta dos recursos naturais, passando pelo

processamento até chegar ao produto final para ser comercializado. As principais

aplicações dos materiais são assentos e bancos para a indústria automobilística,

substituindo produtos à base de petróleo.

O projeto piloto de processamento de fibra de coco foi iniciado na Ilha do Marajó,

na comunidade de Praia Grande e no município de Ponta de Pedras, sendo este

último o local onde a empresa comunitária PRONAMAZON produz encostos de

cabeça e para-sóis para caminhões da marca Mercedes-Benz. Essa experiência foi o

ponto decisivo para a implantação de uma série de unidades de processamento de

fibras, fornecedoras de matéria-prima para a fábrica da empresa POEMATEC;

� Central de Biotecnologia da Reprodução Animal (CEBRAN) — vinculada ao

Centro Agropecuário da UFPA, voltada para a Biotecnologia da Reprodução

Animal, em especial de bubalinos e bovinos. Foram frutos desse pioneirismo o

congelamento de sêmen e a inseminação artificial em bubalinos e o domínio da

técnica de fertilização in vitro, biotecnologias desenvolvidas pela primeira vez no

Brasil, colocando a UFPA na vanguarda entre as demais Universidades brasileiras e

do mundo, sendo, portanto, hoje considerada uma Instituição de referência nacional

e internacional para o uso dessas tecnologias.

Com o funcionamento da CEBRAN, um novo patamar surgiu na pecuária do Estado

do Pará, pois detém-se em nível regional o que existe de mais moderno em

equipamentos e inovações tecnológicas, conduzidas por uma equipe do mais alto

nível técnico, possibilitando, com isso, a troca de informações entre centros

similares no Brasil e em outros países do mundo, interessados em permutar

recíprocos conhecimentos, colocando, assim, a região permanentemente atualizada

em termos científicos e tecnológicos. Foi o reconhecimento destes fatores que

levaram a Universidade Federal do Pará, através da CEBRAN, a colocar à

disposição de toda a comunidade pecuarista do Pará e do Brasil todo esse potencial

de desenvolvimento do setor;

� Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (PRONERA) — é

um programa do governo federal, que, no Pará, é realizado em parceria com a

UFPA e visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a conquista da

cidadania do homem do campo. O Programa iniciou com a alfabetização de pessoas

que moravam em assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária;

94

� Programa Conexões de Saberes/Escola Aberta — se caracteriza por uma política

de permanência qualificada, dessa maneira contribui para que o aluno universitário

oriundo de locais populares tenha condições de permanecer e concluir com sucesso

a graduação em universidades públicas. Além de ampliar a relação entre a

Universidade e as pessoas de locais populares, suas instituições e organizações, a

partir de encontros e a troca de saberes e fazeres entre esses dois territórios;

� Programa Multicampiartes — a partir dos Projetos de Criação Artística e

Circulação das Artes, busca apresentar à sociedade contribuições ao seu processo

de desenvolvimento material, cultural e espiritual que se realiza pelo caráter

interativo de aperfeiçoamento da visão humanista da vida e a formação de

comunidades emocionais, que a mesma proporciona. Além de contribuir com a

qualidade do saber acadêmico, de modo direto e informal, e ao aprimoramento

social. Busca, ainda, valorizar e reconhecer as atividades artísticas nos municípios

onde estão instalados os campi da UFPA, garantindo o fortalecimento do vínculo

institucional da UFPA com a realidade social, numa relação mutuamente

alimentadora. Outro aspecto, inerente ao Programa é a democratização das

oportunidades de teoria e prática das artes, próprio do caráter social dessas formas

simbólicas da cultura;

� Programa Processos Artísticos e Curatoriais Contemporâneos — estabelece

campo de ação que desenvolve propostas artísticas/culturais entre corpo docente,

discente e público, criando a inserção cultural dos jovens alunos, artistas e críticos,

a partir de proposições no sistema de arte local. O Programa consiste em: fomentar

a discussão crítica acerca do papel da arte na sociedade, expandindo as relações

entre criação e público, a partir de ações expositivas; estimular a produção dos

alunos do Curso de Educação Artística – Artes Plásticas tanto na criação visual,

quanto na elaboração teórico-crítica; e difundir a produção dos alunos do Curso de

Educação Artística – Artes Plásticas tanto na criação visual, quanto na elaboração

teórico-crítica;

� O Auto do Círio — desenvolve as linguagens artísticas produzidas na

Universidade com ênfase nas artes cênicas, em parceria com a comunidade externa

através de um núcleo de cursos e oficinas que desembocam na encenação do cortejo

dramático que reúne 500 artistas e um público superior a 10 mil pessoas na

antevéspera do Círio de Nazaré. O projeto ao longo de 15 anos de execução se

firmou como ação pedagógica, artística e cultural fortalecendo o turístico na cidade,

95

sendo reconhecido como patrimônio imaterial associado ao Círio de Nazaré,

consagrado como o maior espetáculo a céu aberto de rua da região norte;

� Programa Multicampi Social — seu objetivo é o de unir ações das áreas da

educação, da saúde e da assistência social buscando melhorar a qualidade de vida

nas localidades onde as ações são desenvolvidas. Iniciado em fevereiro de 2008, o

Programa articula atividades de direitos sociais, saúde e educação em diversos

municípios da Ilha do Marajó, escolhida por apresentar um dos menores índices de

Desenvolvimento Humano (IDH) do país. As ações do Multicampi Social estão

voltadas, inicialmente, para os municípios de Breves, Chaves e Gurupá devido às

elevadas taxas de mortalidade infantil, óbitos por doenças parasitárias e

analfabetismo, que prejudicam o seu desenvolvimento.

O Programa visa fortalecer os sistemas de educação, saúde e assistência social;

capacitar conselheiros, gestores e técnicos dos sistemas dessas três áreas, para o

planejamento e execução de políticas públicas educacionais; e promover a formação

extensionista de estudantes de graduação do Campus do Guamá, por meio de várias

ações dos cursos de Medicina, Odontologia, Serviço Social, Pedagogia,

Enfermagem, Farmácia e Nutrição.

O Multicampi Social se desenvolve a partir de três subprojetos: Saúde e Educação,

Escola que Protege e Proinfância, este atuará, inicialmente, apenas no Município de

Breves e tem por objetivo prevenir casos de violência física e psicológica,

abandono, negligência, abuso e exploração sexual comercial e exploração do

trabalho infantil por meio da construção e fortalecimento da rede de proteção da

criança e adolescente. A primeira medida do Multicampi Social em Breves é a

implantação de um curso de Especialização em Políticas Públicas e Movimentos

Sociais, no campus da UFPA do município;

� Campus Flutuante — trata-se de uma iniciativa pioneira de mapeamento completo

de todas as áreas de rios da Amazônia para minimizar os desastres naturais, como

enchentes e desabamentos nas encostas dos rios. O Campus Flutuante é o resultado

maior de projetos anteriores, como o IFNOPAP: projeto integrado da UFPA, de

caráter interdisciplinar, denominado O Imaginário nas Formas Narrativas Orais

Populares da Amazônia, concebido no segundo semestre de 1995; embora exista na

forma de programa de pesquisa desde 1993. O IFNOPAP surgiu para investigar e

conhecer os mitos das florestas e rios da Amazônia e significar o imaginário na

forma narrativa, oral e popular da Amazônia. O projeto tem contribuído de forma

96

significativa para a formação acadêmica de alunos, tanto da graduação quanto da

pós-graduação.

� Riacho Doce: Surgiu em 1993, como alternativa para melhorar o problema de

segurança do Complexo Esportivo da Universidade Federal do Pará, que enfrentava

um processo desordenado de ocupação das áreas vizinhas.

No início, objetivou a aproximação com a comunidade através de turmas de

iniciação esportiva para crianças e adolescentes, levando à conscientização dos seus

responsáveis da necessidade de colaborarem na manutenção da segurança da

Instituição.

Em pouco tempo, o projeto ganhou outras dimensões, despertando o interesse de

mais participantes. Então, tornou-se necessário aumentar a estrutura existente, o que

só foi possível com a parceria, na época, da Secretaria de Esporte do MEC, depois

substituída pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto (INDESP) e

mais tarde também com o apoio do Instituto Ayrton Senna.

Hoje, o Projeto é uma proposta acadêmico-social de ação complementar à escola,

desenvolvido pelo Departamento de Educação Física do Centro de Educação da

UFPA, com o apoio do Instituto Ayrton Sena, do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Secretaria Nacional de

Esportes e do Banco da Amazônia (BASA). Seu principal objetivo é “dar

oportunidade para que crianças e adolescentes de 07 a 14 anos desenvolvam o seu

potencial pela busca da formação integral, com o aprimoramento de competência

pessoais, sociais e cognitivas para o sucesso na vida e na escola, capazes de

promover melhorias na qualidade de vida”. Esta atividade de extensão promove

uma forma de integração da Instituição com a comunidade residente no Campus

Universitário do Guamá, utilizando o esporte como eixo estruturador dos seus

projetos didáticos e oferecendo atividades esportivas, pedagógicas e arte-educativas,

complemento alimentar, além de atendimento odontológico e de enfermagem;

� Isenções ao pagamento das taxas de inscrição no PSS: cumprindo sua

responsabilidade social, a UFPA disponibiliza, anualmente, um número

significativo de isenções de pagamento à taxa de inscrição no seu Processo Seletivo

Seriado, aos candidatos considerados carentes — após análise das condições sociais

e econômicas daqueles que se inscrevem para concorrer a tal isenção.

97

Além dos registros aqui efetivados, o desenvolvimento humano, social e ambiental,

promovido pela UFPA, está presente nas demais dimensões, visto que o compromisso com a

responsabilidade social é transversal a todas as ações Institucionais.

98

5.6 COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

A responsabilidade pelas atividades de comunicação na Universidade Federal do Pará

é atribuída a Assessoria de Comunicação Institucional (ASCOM), que procura desenvolver

esforços no sentido de expandir as ações de comunicação e adequá-las, de forma planejada e

diversificada, às novas demandas e tecnologias para atendimento às necessidades de

comunicação do público interno e externo. São objetivos da ASCOM: facilitar os processos

interativos e as mediações da Universidade com os seus diferentes públicos, a opinião pública

e a sociedade em geral; socializar o conhecimento científico, tecnológico e cultural gerado

pela UFPA; e criar mecanismos para sensibilizar a comunidade acadêmica, em todos os

níveis, quanto à necessidade de perceber a comunicação como fator estratégico à Instituição.

5.6.1 Instrumentos de Comunicação

� Jornal Beira do Rio — é o instrumento mais demandado para divulgação da

produção científica da UFPA e está consolidado como instrumento de divulgação

científica na região, haja vista que muitos dos temas abordados em suas matérias

são pautados pela grande imprensa para veiculação em matérias especiais. A

distribuição de sua tiragem, de 4 mil exemplares, também é feita para órgãos

públicos e privados, IES, etc. A recepção do jornal é muito boa tanto junto ao

público interno quanto externo, sendo, inclusive, procurado por pesquisadores de

fora do Estado. A versão on-line é acessível a todos e serve de pauta para a grande

imprensa;

� Portal da UFPA — consiste em estratégias de disponibilizar as informações da

Universidade em forma racional e dinâmica ao público. Foi implementado com

recursos avançados, apresenta-se como vitrine da UFPA na Internet, apoiado pelo

moderno Sistema On-line de Informação e Comunicação, com um design

contemporâneo, versátil e arrojado, onde toda a comunidade universitária participa

do sistema, atualizando o conteúdo virtual de forma descentralizada, dinâmica e em

tempo real;

� Informativo Eletrônico Acontece — é o canal de comunicação interna mais

demandada pela comunidade acadêmica para divulgação de ações administrativas,

eventos etc.;

� Rádio Web UFPA — tem a finalidade de divulgar a produção científica e

acadêmica à comunidade universitária. Com o slogan “Rádio WEB UFPA:

99

divulgando conhecimento”, funciona como instrumento pedagógico de socialização

do conhecimento produzido na Instituição A programação da Rádio é desenvolvida

por meio de propostas de programas próprios, a saber:

� UFPA Comunidade, no qual os projetos que beneficiam diretamente a

sociedade são os destaques;

� UFPA Debate, em que pesquisadores e demais representantes da

comunidade acadêmica e da sociedade em geral opinam sobre temas

contemporâneos;

� UFPA Pesquisa, o qual divulga as pesquisas desenvolvidas na Instituição;

� UFPA Ensino, onde são debatidos temas sobre diferentes temáticas

envolvendo o ensino superior, médio e fundamental;

� Universidade Multicampi, aborda a produção científica, acadêmica e cultural

do interior do Estado; e

� Acontece na UFPA, consiste num informativo diário voltado para

divulgação de eventos científicos e outras atividades de interesse da

comunidade acadêmica.

� Minuto da Universidade — programa semanal produzido pelo Projeto Academia

Amazônia e exibido pela Rede Bandeirantes/TV RBA. Seu objetivo é aproximar a

UFPA da comunidade e, prestar contas à população do seu produto acadêmico. É

um programa de divulgação para a sociedade do que é gerado na UFPA, em termos

de pesquisa e experimentos, a partir dos seus projetos de ensino, pesquisa e

extensão. Contribui com o corpo acadêmico, visto ser importante instrumento para

captação de recursos, prestação de contas e relatórios junto aos agentes

financiadores da pesquisa;

� Protocolo de Integração das IES do Pará — O Protocolo de Integração das

Instituições de Ensino Superior do Estado do Pará, criado em 27 de setembro de

2001, é uma iniciativa conjunta da Universidade Federal do Pará, Faculdade de

Ciências Agrárias do Pará, Universidade da Amazônia, Universidade do Estado do

Pará, Centro Universitário do Pará e Centro Federal de Educação Tecnológica do

Pará e tem por objetivo originário e fundamental congregar as participantes em

ações comuns de cooperação, visando a melhoria da qualidade do ensino e o

desenvolvimento e aprimoramento de todas as demais expressões da atividade

acadêmica no estado do Pará e na região amazônica.

100

Aberto à adesão de outras instituições congêneres, desde que cumpridos os pré-

requisitos básicos da participação, o Protocolo é uma iniciativa singular e inovadora, pois

articula instituições de ensino superior públicas e privadas sinalizando que, para além das

especificidades inerentes à diversidade de suas naturezas jurídicas, é a função social comum

— a educação — o elemento que permite criar unidade e coesão de propósitos entre as

signatárias.

Num contexto histórico em que a globalização da economia, a mundialização da

cultura e a planetarização da política impõem novas agendas e estratégias de inserção no

cenário nacional e mundial, esta opção por ações em rede por certo fortalece as instituições de

ensino e pesquisa da Região Norte do Brasil, abrindo caminhos alternativos à sua

consolidação, ao seu crescimento e consequente engajamento no processo de

desenvolvimento regional.

O Protocolo de Integração das IES do Pará tem por objetivos:

� Estabelecer, de forma planejada e sistemática, integração acadêmica e de

gerenciamento administrativo entre as entidades convenentes;

� construir uma rede de cooperação que permita ações conjugadas em favor do

desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão;

� favorecer iniciativas inovadoras e criativas, além de programas integrados

de atividades científicas e profissionais; e

� contribuir para o fortalecimento institucional dos pares e a melhoria da

qualidade de vida da sociedade paraense e da região amazônica.

� Rede Metropolitana de Belém (MetroBel) — A Universidade Federal do Pará

está na coordenação local do Projeto, que consiste na interligação de instituições

públicas e privadas de ensino e pesquisa de Belém e Ananindeua por meio de cabos

de fibra ótica utilizando tecnologia Gigabit Ethernet. É o primeiro sistema

institucional a operar com esse modelo no Brasil. A interligação dessas instituições

permite o aumento significativo da capacidade de tráfego de dados entre elas,

gerando novas aplicações, aumentando a colaboração em projetos

interinstitucionais e reduzindo custos com serviços de telecomunicações. Além de

possibilitar maior integração entre as instituições de ensino e pesquisa participantes,

a MetroBel possui as seguintes vantagens:

� Maior facilidade de acesso a serviços com Internet (bibliotecas digitais,

portais de conhecimento, repositórios de dados públicos etc.);

101

� implantação de uma infraestrutura de rede com alta capacidade,

proporcionando aumento da banda de acesso à Internet das instituições

participantes pelo menos uma centena de vezes;

� utilização e desenvolvimento de pesquisa de aplicações avançadas como:

videoconferências, ensino a distância, telefonia sobre Internet Protocol (IP),

tele-medicina; e

� redução de custos com serviços de telecomunicações, entre outras.

� Associação dos Amigos da UFPA — A Associação dos Amigos da UFPA é uma

associação civil, sem fins lucrativos, que tem por objetivo fundamental apoiar

projetos e ações que favoreçam o desempenho, a qualidade e uma melhor

ambientação da Universidade. Surgiu da idéia de resgatar e valorizar a importância

da UFPA para a sociedade, com o objetivo de fomentar, junto a cada cidadão, um

sentimento de “pertencimento” da UFPA — como um patrimônio da sociedade

paraense — e de constituir um fórum amplo da sociedade civil para debater e

formar uma organização sem fins lucrativos, visando à implementação dos

objetivos propostos.

O principal objetivo da Associação dos Amigos da UFPA é a captação de recursos

financeiros junto a pessoas físicas ou jurídicas para aplicação em ações de

recuperação e investimento em infraestrutura e, assim, mudanças de patamar da

qualidade das ações acadêmicas.

A criação da Associação dos Amigos da UFPA é uma idéia socialmente relevante.

Afinal, não há futuro promissor possível sem instituições sólidas que promovam

ensino superior de qualidade, ciência, tecnologia e inovação. Este é o papel da

UFPA.

Hoje, a Associação possui, aproximadamente, 310 amigos —18 pessoas jurídicas e

280 pessoas físicas — e doze empresas âncoras: Alumina do Norte do Brasil

(ALUNORTE), Vale, Albrás, Banco do Brasil, Nassau, Rede Celpa, Daime Crysler,

Mineração Rio do Norte, Centrais Elétricas do Norte do Brasil (ELETRONORTE),

Companhia Siderúrgica do Pará (COSIPAR), Grupo IMERYS e Grupo ALUBAR.

A meta é associar cinco mil pessoas físicas, 500 pessoas jurídicas e 20 empresas

âncoras. As entidades de classe são parceiras decisivas para a conquista de amigos

— cerca de 103 mil pessoas já passaram pela universidade ao longo de seus 49 anos

e a primeira idéia no segmento de pessoas físicas é buscar os egressos da UFPA.

A meta da associação é arrecadar mensalmente R$300.000,00.

102

No QUADRO 11 estão listadas algumas as obras já realizadas pela Associação dos

Amigos da UFPA.

1. Revitalização e recuperação de muros e do pórtico principal do Campus do Belém; 2. Revitalização do bosque Paul Le Doux; 3. Reforma do Ginásio de Esportes; 4. Recuperação e revitalização do Setor de Recreação e Atividades Estudantis; 5. Participação na Campanha “em defesa do patrimônio público”; 6. Recuperação das calçadas do Campus de Belém; 7. Construção do Restaurante Universitário do Profissional; e 8. Reforma do Ver-o-Pesinho do Profissional

Quadro 11 – Obras realizadas pela da associação dos amigos da UFPA.

5.6.2 Ouvidoria

Visando estabelecer um canal direto e permanente da sociedade com a Universidade,

em junho de 2006, por meio da Resolução nº 1.211, foi instituído o Serviço de Ouvidoria,

responsável pelo encaminhamento, à administração da UFPA, das interpelações individuais

ou coletivas de membros da sociedade civil e da comunidade universitária, em prol da

melhoria do serviço público prestado pela Instituição. São objetivos do Serviço de Ouvidoria

da UFPA:

� Assegurar a participação da comunidade na Instituição em vista do aperfeiçoamento

das atividades nela desenvolvidas;

� garantir ao cidadão/usuário resposta às suas manifestações;

� atuar com autonomia, transparência, imparcialidade e de forma personalizada no

controle da qualidade dos serviços e no exercício da cidadania; e

� encaminhar as demandas sobre o funcionamento administrativo e acadêmico da

Universidade, com o fim de contribuir para uma gestão institucional mais eficiente.

São atribuições do Serviço de Ouvidoria:

� Receber demandas – reclamações, sugestões, consultas ou elogios – de qualquer

origem, relativos a direitos e interesses individuais, coletivos e difusos;

� identificar as unidades envolvidas nas demandas, articulando junto a estas, o

encaminhamento das questões suscitadas pelo público;

� diligenciar junto às unidades envolvidas para que seja esclarecido o assunto e

corrigidas as falhas, quando for o caso;

� prestar ao público, com o auxílio das Unidades envolvidas no assunto, as demandas

solicitadas, observados os limites de sua competência e a legislação pertinente;

103

� registrar todas as solicitações encaminhadas a Ouvidoria e as respostas oferecidas

aos usuários, mantendo atualizadas as informações e estatísticas referentes às

atividades do setor; e

� sugerir às instâncias administrativas e acadêmicas medidas de aperfeiçoamento da

organização e do funcionamento da Instituição.

Mais do que dialogar, debater temáticas ou servir de fórum, a Universidade tem de

ouvir a sociedade para responder, concretamente, aos seus anseios, com os instrumentos de

que dispõe. Em uma região como a amazônica, caracterizada pela fragilidade da organização

social, pela pobreza da maioria da população, por uma crescente destruição dos recursos

naturais, a Universidade Federal do Pará atua como propulsora e líder de processos de

desenvolvimento, de fortalecimento da cidadania, enfim, como instituição a serviço da

sociedade.

104

5.7 POLÍTICAS DE PESSOAL, CARREIRA, APERFEIÇOAMENTO, CONDIÇÕES

DE TRABALHO

A Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal (PROGEP), criada pelo

Conselho Universitário em junho de 2005, é responsável pela valorização e desenvolvimento

do servidor, mediante a proposição de políticas e diretrizes de pessoal articuladas com a

missão e os objetivos institucionais. Suas competências consistem em: (1) propor,

acompanhar e avaliar, em articulação com as unidades da UFPA, políticas e diretrizes

relacionadas ao desenvolvimento, à capacitação, saúde e qualidade de vida dos servidores; (2)

propor o desenvolvimento e implantar sistemas de informação de gestão de pessoas; e (3)

coordenar, anualmente, a elaboração de proposta orçamentária e o gerenciamento da execução

financeira relacionada às ações de gestão de pessoas. Para isso, a PROGEP apresenta em sua

configuração organizacional:

� Secretaria Executiva — secretariar as atividades da PROGEP e recepcionar as

pessoas que procuram o titular da PROGEP;

� Assessoria — assessorar a PROGEP e suas Unidades quanto ao planejamento,

pesquisa, implementação e avaliação das ações referentes à gestão de pessoas;

� Diretoria de Gestão de Pessoal — tem por finalidade manter atualizados os

registros referentes à vida funcional de servidores e pensionistas da UFPA, visando

à garantia de seus direitos e deveres e a subsidiar, com informações precisas e just-

in-time, o processo decisório nos vários níveis hierárquicos da Instituição;

� Diretoria de Desempenho e Desenvolvimento — sua missão é prover a Instituição

de pessoal qualificado, por meio do recrutamento e seleção, capacitação e

programas de gestão de melhoria do desempenho e carreira; e

� Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida — seu alvo é a promoção da saúde integral

e segurança do servidor visando a sua qualidade de vida e à responsabilidade social

da Instituição junto à comunidade interna.

O Centro de Capacitação (CAPACIT) da Universidade Federal do Pará, subordinado à

PROGEP, tem como missão executar a política de capacitação da UFPA alinhada aos seus

objetivos estratégicos, visando, prioritariamente, a melhoria do desempenho dos servidores

(docentes e técnico-administrativos), abrangendo também servidores públicos de outros

órgãos, no sentido de aumentar a produtividade e qualidade no serviço público federal.

Concentra suas atividades na capacitação de docentes e técnico-administrativos da

UFPA, além de manter parcerias com órgãos públicos federais, dentre eles, a Escola Nacional

105

de Administração Pública (ENAP), visando a capacitação de servidores públicos federais do

Estado do Pará. Em 2008 houve o fortalecimento da parceria com a Escola Nacional de

Administração Pública, que continuou sua programação de cursos em Belém e nos campi de

Altamira e Bragança, tendo como novidade a realização de cursos à distância.

A TABELA 26 apresenta a quantidade de servidores capacitados da UFPA no período

de 2006 a 2008. Nela, observa-se que em todos os anos a maioria de servidores capacitados

refere-se aos técnico-administrativos. Por exemplo, no ano de 2008 observa-se que foram

capacitados 2.726 servidores da UFPA, sendo que 2.696 (98,90%) eram técnico-

administrativos.

Tabela 26 - Quantidade de servidores capacitados da UFPA no período de 2006 a 2008

2006 2007 2008 Servidores Quantidade % Quantidade % Quantidade %

Técnico-administrativos 593 93,68 1784 98,56 2696 98,90

Docentes 40 6,32 26 1,44 30 1,10

Total 633 100,00 1810 100,00 2726 100,00

Fonte: CAPACIT/Relatórios de Atividades.

Dentre os principais programas estratégicos voltados, para a capacitação dos

servidores e melhoria da qualidade de vida dos mesmos, destaca-se:

� Programa de Educação Continuada dos técnico-administrativos da UFPA (PEC

2007-2009) — iniciado pelo CAPACIT com a programação dos eventos de

aprendizagem 2007 promove o desenvolvimento de competências profissionais e

humanas do servidor técnico-administrativo, visando à sustentação das

competências organizacionais necessárias à consecução dos objetivos estratégicos;

� Programa Saúde e Qualidade de Vida — objetiva a promoção da saúde do servidor

(docentes e técnicoa-dministrativos) da UFPA e seus familiares com vistas a

executar ações de vigilância à saúde e qualidade de vida do servidor de forma

educativa e interativa, possibilitando a adoção de hábitos sadios no ambiente de

trabalho e em sua vida. Este Programa é constituído dos seguintes Programas:

� Programa Segurança e Saúde do Trabalhador — objetiva promover e

preservar a segurança no ambiente de trabalho, bem como preservar e

promover a saúde dos trabalhadores por meio das seguintes ações:

Campanhas de Vacinação; Atendimento em Perícia Médica; Atendimento

Nutricional; Curso Higiene e Segurança no Trabalho; Trabalho

106

Preventivo/FSM; Prevenção de CA; Programa SST em Campo; Semana de

Nutrição e Saúde; Campanha de Controle aos Distúrbios da Voz; Campanha

de Prevenção ao Câncer e Combate ao Fumo; Campanha de Combate ao

Stress e Depressão; Programa de Combate às DSTs, AIDS e Drogas; e

Campanha de Prevenção a LER/DORT.

� Programa Assistência Psicossocial ao Servidor — objetiva assistir ao

servidor e sua família por meio de ações preventivas, como: Curso

Interdisciplinar para Credenciamento na Área de Intervenção com

Drogaditos; Projetos Gestão das Finanças Pessoais e Familiares; Oficinas de

Relações Interpessoais; Rodas de Conversa; e Programa de Assistência

Psicossocial ao Servidor/PAPS.

� Programa Qualidade de Vida e Responsabilidade Social — promove ações

que garantam uma relação ética e transparente da instituição com os

servidores, seus familiares e a comunidade, garantindo espaços criativos,

inovadores e salutares no âmbito institucional. São do programa: Preparação

para Aposentadoria – Renovação da Vida; Ginástica Laboral Educativa;

Construindo o Saber Digital; De bem com a Vida; Música no Trabalho;

Coral Flor de Lótus; e Qualidade de Vida: Alimentação Saudável.

� Programa de Dimensionamento de Pessoal — iniciado em abril de 2006 e

concluído em 2008, com o objetivo de identificar e analisar, qualitativa e

quantitativamente, a força de trabalho da Instituição necessária às exigências das

unidades acadêmicas e administrativas e adequá-la à atual conjuntura.;

� Programa de Redimensionamento de Pessoal — por meio da análise dos resultados

obtidos com o Programa de Dimensionamento de Pessoal, foi elaborado o

Programa de Redimensionamento de Pessoal, que visa à reorganização estratégica

da sua força de trabalho e a melhoria na qualidade das atividades desenvolvidas

pelos técnico-administrativos. ou seja, a realocação do pessoal técnico-

administrativo de forma planejada e estratégica alinhada às necessidades

institucionais visando à reorganização estratégica da sua força de trabalho.

O Programa de redimensionamento prevê o acompanhamento mensal dos servidores

realocados. A primeira avaliação aponta que 80% dos servidores que participaram

de avaliação sobre o Programa afirmaram estar plenamente satisfeitos com as

mudanças e 75,38 deles acreditam que a nova lotação contribui para o seu

desenvolvimento profissional. Além disso, 76,19% dos gestores da UFPA

107

afirmaram que o redimensionamento ajudou a suprir as demandas de sua unidade e

80,95% consideram que o Programa potencializa o cumprimento da missão

institucional. Com base nestes resultados, identifica-se que a maioria dos técnico-

administrativos consultados apóia as medidas adotadas, as quais tiveram o objetivo

principal de valorizar as competências e habilidades individuais e a melhoria do

serviço público. Ressalta-se que a UFPA foi a única IFES a realizar esse trabalho e,

hoje, está sendo consultada pelo MEC e por outras IES sobre o modelo e a

metodologia adotados.

Para facilitar a gestão de pessoas, a UFPA também criou uma ferramenta

computacional que reúne as informações sobre o quadro de pessoal da Instituição e

permite que os dirigentes de cada unidade acadêmica e administrativa tenham

acesso a esses dados a fim de potencializar suas atividades de gestão.

� Programa de Avaliação de Desempenho dos servidores técnico-administrativos em

estágio probatório — permite o acompanhamento anual desses servidores com

vistas ao processo de desenvolvimento nas suas respectivas carreiras;

� Programa de Avaliação de Desempenho dos técnico-administrativos e dos

servidores em estágio probatório — desenvolvido para prover a Instituição de

pessoal qualificado, por meio do recrutamento e seleção, capacitação e programas

de gestão de melhoria do desempenho e carreira;

� Programa de Escolarização Básica — um dos principais objetivos da PROGEP é a

formação do corpo técnico-administrativo por meio da complementação de

escolaridade, incluindo o crescimento individual e coletivo e a sua formação ética;

� Programa Segurança e Saúde do Trabalhador — tem como objetivo promover e

preservar a segurança no ambiente institucional, controlando os riscos e a atividade

desenvolvida no setor de trabalho; e

� Programa Qualidade de Vida e Responsabilidade Social — objetiva promover

ações que garantam uma relação ética e transparente da Instituição com os diversos

públicos de interesse (servidores, familiares e a comunidade) por meio de espaços

criativos, inovadores.

Todas as ações realizadas pela Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas,

no período 2006-2008, refletiram as mudanças realizadas na área de gestão de pessoal da

UFPA, com avanços inestimáveis à gestão acadêmica e administrativa, e cumpriram o papel

de alicerce na melhoria da prestação dos serviços à comunidade universitária.

108

5.7.1 Corpo Docente e Corpo Técnico-Administrativo

O processo de recomposição da força de trabalho da UFPA nos últimos anos, tem-se

dado gradativamente nas categorias docente e técnico-administrativo. No ano de 2008, foram

realizados 21 concursos públicos (20 para docentes e 1 para técnico-administrativo) e

nomeados 341 novos servidores, sendo 155 docentes e 186 técnico-administrativo. Enquanto

que no mesmo ano, 73 docentes e 96 técnico-administrativos foram excluídos dos quadros da

instituição por motivos diversos, dentre eles, aposentadorias, óbitos e exonerações.

Com a supervisão da Coordenadoria de Capacitação/Diretoria de Pós-Graduação, a

UFPA prosseguiu o seu plano de capacitação, computando-se em 2008, um total de 297

docentes desenvolvendo pós-graduação, sendo 76 (setenta e seis) realizando cursos de

Mestrado, 221 (duzentos e vinte e um) de Doutorado e 24 (vinte e quatro) em estágio pós-

doutoral. Além desses docentes afastados para qualificação, docentes doutores cedidos ao

Governo do Estado do Pará para ocupar cargos estratégicos são excluídos do cálculo do

Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD), pelos critérios estabelecidos pelo Tribunal

de Contas da União .

A TABELA 27 apresenta o IQCD da UFPA no período de 2006 a 2008. Nela,

observa-se um aumento de 0,16 pontos nos últimos três anos. Fatores determinantes para esse

aumento referem-se à implementação de uma Política Institucional maciça e permanente de

qualificação do corpo docente; e a política de contratação de docentes para as IFES,

estabelecida pelo MEC, com a exigência da titulação de doutor, que em algumas situações

pode ser flexibilizada para a titulação de mestre.

Tabela 27 - IQCD da UFPA no período de 2006 a 2008

Ano 2006 2007 2008

IQCD 3,60 3,68 3,76

Fonte: DEINFI/PROPLAN/2008.

A TABELA 28 apresenta a quantidade e o percentual de docentes efetivos da

educação superior, por titulação, no período de 2006 a 2008. Nela, verifica-se que em 2006, a

UFPA possuía em seu quadro de docentes da graduação 1.783 docentes e 1.858 em 2008, o

que representa um acréscimo de 4,21% no número de docentes. Quanto à titulação, em 2006

o quadro de mestres e de doutores era de 709 e 745, respectivamente. Em 2008, o número de

mestres caiu para 701 e o número de doutores aumentou pra 883.

109

Tabela 28 - Quantidade e percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008.

2006 2007 2008 Titulação Quantidade % Quantidade % Quantidade %

Graduação 87 4,88 75 4,22 77 4,14

Especialização/Aperfeiçoamento 242 13,57 219 12,33 197 10,60

Mestrado 709 39,76 693 39,02 701 37,73

Doutorado 745 41,79 789 44,43 883 47,53

Total 1.783 100,00 1.776 100,00 1.858 100,00

Fonte: Fita Espelho SIAPE/2008 - DEINF/PROPLAN.

O GRÁFICO 35 apresenta o percentual de docentes efetivos da Educação Superior da

UFPA por titulação no período de 2006 a 2008. Nele, constata-se um acréscimo de 6% no

percentual de doutores e um decréscimo de 2% no percentual de mestres no ano de 2008 em

relação ao ano de 2006.

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

2006 2007 2008

4,88 4,22 4,14

13,57 12,3310,60

39,76 39,0237,73

41,7944,43

47,53

Pe

rce

ntu

al

Anos

Graduação

Espec./Aperf.

Mestrado

Doutorado

Gráfico 35 - Percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008.

A TABELA 29 apresenta a quantidade e o percentual de técnico-administrativos da

UFPA por escolaridade/titulação no período de 2006 a 2008. Nela, verifica-se que a UFPA

possuía 2.370 servidores técnico-administrativos em 2006 e 2.453 em 2008, o que representa

um aumento de 3,5% no número de técnico-administrativos. Verifica-se, ainda, que em 2008

houve um acréscimo de 57,14% e de 113,21% no número de doutores e de mestres,

respectivamente, em relação ao ano 2006.

110

Tabela 29 - Quantidade e percentual de técnico-administrativos da UFPA por Escolaridade/Titulação no período de 2006 a 2008

2006 2007 2008 Escolaridade/ Titulação Quantidade % Quantidade % Quantidade %

Doutorado 7 0,30 11 0,48 11 0,45

Mestrado 53 2,24 107 4,69 113 4,61

Especialização/ Aperfeiçoamento

289 12,19 576 25,25 612 24,95

Graduação 812 34,26 499 21,88 612 24,95

Ensino Médio 992 41,85 924 40,51 940 38,31

Ensino Fundamental 217 9,16 164 7,19 165 6,73

Total 2.370 100,00 2.281 100,00 2.453 100,00

Fonte: Fita Espelho SIAPE/2008 - DEINF/PROPLAN.

Considerando a defasagem histórica acumulada de pessoal e a expansão das unidades

descentralizadas e atividades implementadas nos últimos anos pela UFPA, de uma maneira

geral, o quadro docente e técnico-administrativo desta Instituição vem se recompondo

lentamente, mas de forma positiva. No ano de 2008, quase todas as unidades acadêmicas e

administrativas da UFPA tiveram seus quadros reforçados.

111

5.8 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

A Universidade Federal do Pará é uma instituição pública de educação superior,

organizada sob a forma de autarquia especial, criada pela Lei nº 3.191, de 2 de julho de 1957,

estruturada pelo Decreto nº 65.880, de 16 de dezembro de 1969, modificado pelo Decreto nº

81.520, de 4 de abril de 1978.

A UFPA goza de autonomia didático-científica, disciplinar, administrativa e de gestão

financeira e patrimonial, nos termos da lei e do seu Estatuto. Caracteriza-se como

universidade multicampi, com atuação no Estado do Pará e foro legal na cidade de Belém.

São instrumentos institucionais da Universidade Federal do Pará: a legislação federal

pertinente; o Estatuto; o Regimento Geral; o Plano de Desenvolvimento Institucional; as

resoluções dos órgãos colegiados de deliberação superior; e os regimentos das unidades.

O modelo estratégico de gestão adotado pela UFPA, organizado em cinco metas

estratégicas, abrange a integração entre planejamento e execução, em todos os níveis da

instituição: a descentralização e a desburocratização dos procedimentos, tanto na área

acadêmica quanto na administrativa; a implantação de um sistema de informações como

suporte à tomada de decisões, em todos os níveis da organização; a avaliação institucional

permanente, com a adoção do controle por resultados e a disponibilização de informações

institucionais, como forma de imprimir transparência aos atos dos gestores.

Uma das atitudes relevantes da atual administração refere-se ao empenho em

modernizar a sua gestão, utilizando-se de tecnologia avançada, com vistas a democratizar, em

princípio, o acesso ao conhecimento produzido, não apenas no Estado do Pará, mas também

àquele existente sobre a Amazônia, de autoria das demais Instituições de Ensino Superior

(IES) e/ou institutos de pesquisa situados na região. Para tanto, foi criado um espaço virtual

sob o título: Portal da Amazônia: navegando entre o rio e a floresta, onde a Academia está

representada com a produção de todas as áreas do conhecimento. O Portal constituir-se em

espaço sistematizador de informações sobre a Amazônia, em níveis acadêmico, econômico

financeiro e sócio cultural, tendo como núcleo de referência a UFPA, instituições de ensino e

pesquisa e empresas envolvidas com o desenvolvimento da região.

A gestão colegiada tem sido adotada, em todas as decisões sobre temas relevantes na

Instituição, como a reformulação do Estatuto, a adesão da UFPA ao Programa de Apoio a

Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e o novo Regulamento de

Ensino de Graduação.

112

Os órgãos de administração superior da UFPA são responsáveis pela superintendência

e definição de políticas gerais, referentes às matérias acadêmicas e à administração, em

interação com os demais órgãos universitários. A Reitoria é o órgão executivo superior, a qual

cabe a superintendência, a fiscalização e o controle das atividades, competindo-lhe estabelecer

as medidas regulamentares cabíveis. A Reitoria é integrada pelo Reitor, Vice-Reitor,

Secretaria Geral e Assessorias Especiais.

A UFPA promove a integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão, especialmente

por meio: dos projetos pedagógicos dos cursos; de programas de apoio institucional, de

parcerias com agentes nacionais e internacionais; do intercâmbio com instituições,

estimulando a cooperação em projetos comuns; da ampla divulgação de resultados dos

programas/projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos em suas unidades; e da

realização de congressos, simpósios, fóruns, seminários e jornadas, dentre outros, para estudo

e debate de temas culturais, científicos e tecnológicos.

Com a base de informações avançada e um sistema mais completo de produção e

armazenamento de dados, o Sistema de Informações para o Ensino, houve mudança no

modelo de gestão institucional. Dessa maneira, a UFPA passou a experimentar uma dinâmica

de aperfeiçoamento progressivo de suas fontes de informação e de formulação de indicadores,

permitindo melhor avaliação e planejamento de suas atividades. A administração inovou com

a criação da Agenda de Compras, com a terceirização dos projetos de arquitetura e

engenharia, da manutenção predial e das áreas urbanas externas, com a modernização do

sistema de vigilância.

A gestão colegiada implantada na UFPA incentivou e apoiou a criação e o

fortalecimento de diversos Fori constituídos na UFPA. Foram criados os Fori: dos Dirigentes;

dos Coordenadores dos Campi do interior; dos Diretores de Centros e Coordenadores de

Núcleos; da Pós-Graduação; das Licenciaturas, dos Coordenadores de Planejamento Gestão e

Avaliação, etc., que passaram a discutir e a deliberar, de forma colegiada, os assuntos de

interesses comuns de cada instância, fortalecendo a participação das unidades acadêmico-

administrativas no processo decisório da UFPA.

Diante das restrições orçamentárias, da necessidade de revisão dos critérios até então

adotados e dentro de uma visão de universidade-rede — de integração entre os seus campi —,

a UFPA desencadeou uma série de estudos e de reuniões no interior do Estado, que

culminaram com a criação do modelo de universidade multicampi para, dentre outras ações:

promover a implantação de novos cursos de graduação no interior; implantar programas de

pós-graduação nos pólos do interior; modernizar a gestão acadêmico-administrativa; dotar os

113

campi de pessoal técnico-administrativo; dotar os campi de equipamentos adequados e

promover a melhoraria de infraestrutura; e estabelecer novas relações institucionais entre os

campi.

A natureza e os procedimentos orientadores do novo modelo estabelecem princípios

que norteiam a gestão da universidade multicampi. São eles: oferta de ensino público, gratuito

e com qualidade; flexibilidade curricular; integração com a sociedade civil e cooperação

interinstitucional; e atenção às especificidades regionais.

Ao definir e implantar um modelo de universidade multicampi, a UFPA assumiu como

escopo o avanço social e econômico da região, respeitando o ideário do desenvolvimento

sustentável e investiu em um modelo alternativo de gestão acadêmica voltado para o

desenvolvimento do Estado. Hoje, a UFPA está presente em 10 campi contribuindo com a

diminuição das diferenças regionais, conseqüentemente com o progresso do Estado do Pará e

firmou-se como referência nacional e internacional nas atividades de ensino, pesquisa e

extensão na Amazônia.

Os Conselhos Superiores são órgãos de consulta, de deliberação e de recurso no

âmbito da UFPA.

O Conselho Universitário é o órgão máximo de consulta e deliberação da UFPA e sua

última instância recursal. É constituído pelo Reitor, como presidente; pelo Vice-Reitor; e

pelos membros que compõem o Conselho Superior de Ensino e Pesquisa e o Conselho

Superior de Administração. Entre as suas atribuições destacam-se: aprovar e supervisionar a

política de desenvolvimento e expansão universitária expressa em seu Plano de

Desenvolvimento Institucional; estabelecer a política geral da UFPA em matéria de

administração e gestão orçamentária, financeira, patrimonial e de recursos humanos; criar,

desmembrar, fundir e extinguir Órgãos e Unidades da UFPA; e julgar os recursos interposto

contra decisões do CONSEP e do CONSAD.

O CONSEP é o órgão de consultoria, deliberação e supervisão em matéria acadêmica.

Os membros do CONSEP são: o Reitor, como presidente; o Vice-Reitor; os Pró-Reitores; o

Prefeito do Campus; os representantes docentes das Unidades Acadêmicas, da Escola de

Aplicação e dos campi do interior; os representantes dos servidores técnico-administrativos;

os representantes discentes da graduação e da pós-graduação; os representantes do Diretório

Central dos Estudantes; e os representantes sindicais. Suas atribuições, entre outras, são:

aprovar as diretrizes, planos, programas e projetos de caráter didático-pedagógico, culturais e

científicos, de assistência estudantil e seus desdobramentos técnicos e administrativos; fixar

normas complementares às do Estatuto e do Regimento Geral em matéria de sua competência;

114

e decidir sobre criação e extinção de cursos. O CONSEP toma suas decisões com base em

pareceres emitidos por suas câmeras permanentes ou comissões especiais.

O CONSAD é o órgão de consultoria, supervisão e deliberação em matéria

administrativa, patrimonial e financeira. Os seus membros são: o Reitor, como presidente; o

Vice-Reitor; os Pró-Reitores; o Prefeito do Campus; os coordenadores de campi do interior;

os Diretores Gerais de Unidades Acadêmicas e de Unidades Acadêmicas Especiais; os

representantes dos servidores técnico-administrativos; os representantes discentes da

graduação e da pós-graduação; os representantes da sociedade civil; os representantes do

Diretório Central dos Estudantes; os representantes sindicais. As suas atribuições, entre

outras, consistem em propor e verificar o cumprimento das diretrizes relativas ao

desenvolvimento de pessoal e à administração do patrimônio, do material e do orçamento da

Universidade; assessorar os órgãos da administração superior nos assuntos que afetam a

gestão das Unidades; e apreciar proposta orçamentária. O CONSAD toma suas decisões com

base em pareceres emitidos por suas câmeras permanentes ou comissões especiais.

São órgãos dos Conselhos Superiores: a presidência, exercida pelo Reitor ou seu

substituto legal; o plenário, constituído pelos conselheiros presentes às reuniões regulamente

convocadas e instaladas; as câmeras permanentes, para estudo de matérias correntes

submetidas a seu exame, por iniciativa da presidência ou por deliberação do plenário; e as

comissões especiais, para estudo de matérias específicas, constituídas por iniciativa da

presidência ou por deliberação do plenário. Os Conselhos Superiores têm o apoio de uma

Secretaria geral.

A Unidade Acadêmica é órgão interdisciplinar que realiza atividades de ensino,

pesquisa e extensão, oferecendo cursos regulares de graduação e/ou pós-graduação. As

Unidades Acadêmicas são os Institutos e os Núcleos.

Os Institutos são unidades acadêmicas de formação profissional em graduação e pós-

graduação, em determinada área do conhecimento, de caráter interdisciplinar, com autonomia

acadêmica e administrativa.

Os Núcleos são unidades acadêmicas dedicadas a programa regular de pós-graduação,

de caráter transdisciplinar, preferencialmente em questões regionais, com autonomia

acadêmica e administrativa.

A Congregação é o órgão colegiado máximo das Unidades Acadêmicas, de caráter

consultivo e deliberativo. Compõem a Congregação: o Diretor-Geral da Unidade Acadêmica,

como presidente; o Diretor Adjunto; os Diretores e Coordenadores de subunidades

115

acadêmicas; e os representantes dos servidores docentes, técnico-administrativos e do corpo

discente da Unidade.

A subunidade acadêmica é órgão é órgão da Unidade Acadêmica dedicado a curso de

formação num campo específico do conhecimento. São subunidades acadêmicas nos

Institutos: a Faculdade (subunidade acadêmica integrada por curso de graduação); a Escola

(subunidade acadêmica integrada por curso de graduação e por curso técnico; e o Programa de

Pós-Graduação (subunidade acadêmica integrada por curso regular de pós-graduação. São

subunidades acadêmicas nos Núcleos: O Programa de Pós-Graduação, preferencialmente

transdisciplinar.

Os órgãos colegiados das subunidades acadêmicas são: o Conselho, em Faculdades e

Escolas; o Colegiado, em Programas de Pós-Graduação.

De acordo com o Estatuto da UFPA o órgão colegiado da subunidade acadêmica tem a

prerrogativa de deliberar sobre as atribuições que lhe competem, dentre as quais: elaborar,

avaliar e atualizar projetos pedagógicos dos cursos sob sua responsabilidade; planejar, definir

e supervisionar a execução das atividades de ensino, pesquisa e extensão e avaliar os Planos

Individuais de Trabalho dos Docentes; propor à Unidade Acadêmica critérios específicos para

a avaliação do desempenho e da progressão de servidores, respeitadas as normas e políticas

estabelecidas pela Universidade; coordenar e executar os procedimentos de avaliação do

curso; e elaborar a proposta orçamentária e o plano de aplicação de verbas, submetendo-os à

Unidade Acadêmica.

116

5.9 INFRAESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DE APOIO

A recuperação do espaço físico e a aquisição de equipamentos para o desenvolvimento

das atividades acadêmicas da UFPA exigiram da atual gestão um esforço substancial para a

captação de recursos provenientes de diversas fontes — Tesouro, Próprios e Convênios —

visando ao financiamento das ações estabelecidas em seu Plano de Desenvolvimento 2001–

2010, mais especificamente no eixo estruturante Ambiente Adequado. Para tanto, foram

fixadas prioridades contemplando todos os Campi e elaborados projetos de forma

compartilhada entre a Prefeitura Multicampi e as unidades acadêmico-administrativas, que

resultaram na transformação das condições de infraestrutura.

O GRÁFICO 36 apresenta a área física, em m2, construída, reformada e adaptada no

período de 2006 a 2008. Nele, observa-se que com a realização e a reforma de obras de

engenharia, tais como: construção, ampliação e revitalização de salas de aula, laboratórios,

bibliotecas, auditórios, hospital veterinário, clínicas veterinárias, piscina, quadra

poliesportiva, dentre outras, utilizou-se uma área física de, aproximadamente, 204 mil m2 nos

últimos 3 anos.

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

2006 2007 2008

48.890,22 45.081,76

110.254,26

Gráfico 36 - Área física construída, reformada e adaptada em m2 no período de 2006 a 2008. Fonte: Prefeitura - Diretoria de Espaço Físico.

O GRÁFICO 37 apresenta os investimentos em infraestrutura no período de 2006 a

2008. A partir daí, verifica-se que o total de investimentos nesse período foi de,

aproximadamente, R$ 68.470.000,00 (sessenta e oito milhões quatrocentos e setenta mil

reais). Dentre os quais, R$ 40.970.000,00 (quarenta milhões, novecentos e setenta mil reais),

foram destinados à construção, reforma e revitalização dos espaços físicos, e R$

27.500.000,00 (vinte e sete milhões quinhentos mil reais) à aquisição de equipamentos.

117

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

2006 2007 2008

9.938.256

23.079.061

7.950.4457.886.768

10.819.3778.795.860

Construção/Reforma Aquisição de Equipamentos Gráfico 37 - Investimentos em infraestrutura no período de 2006 a 2008. Fontes: DEFIN/PROAD e DEPLAN/PROPLAN.

Dentre os investimentos em infraestrutura física, destacam-se:

Campus de Bragança - Curso de Engenharia de Pesca

Ilustração 1 – Fotografias do prédio, de pavilhões de salas de aula e de laboratórios.

Campus de Castanhal – Projeto de Expansão das IFES

Ilustração 2 – Fotografias do hospital e clínica veterinária, da quadra poliesportiva e da piscina semiolímpica.

118

Campus II de Marabá – Projeto de Expansão das IFES (Convênio UFPA/CVRD)

Ilustração 3 – Laboratórios e salas de aula dos de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, de Engenharia de Materiais e cantina multiuso.

5.9.1 Sistema de Bibliotecas da UFPA

A TABELA 30 apresenta o número de bibliotecas do SIBI/UFPA por áreas de

conhecimento no ano de 2008. Nela, verifica-se que a UFPA possui um Sistema de

Bibliotecas composto por 34 bibliotecas8, sendo uma Central e trinta e três setoriais,

distribuídas pelas Unidades Acadêmicas dos 10 (dez) Campi. Possui uma área construída de

11.612,72 m2.

Tabela 30 - Número de bibliotecas do SIBI/UFPA por áreas de conhecimento no ano de 2008

Áreas de Conhecimento Quantidade

Ciências Agrárias (NCADR) 1

Ciências Biológicas (ICB) 1

Ciências da Saúde (ICS, NMT, HUJBB, Odontologia) 4

Ciências Exatas e da Terra (Física, ICEN, NPADC, IG) 4

Ciências Humanas (IFCH) 1

Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA, ICJ, ICE, NAEA) 4

Engenharia & Tecnologia - Engenharias (Elétrica, Mecânica, Química) e Arquitetura 4

Lingüística, Letras e Artes (ILC, Esc. Teatro e Dança, Museu da UFPA) 3

Geral (Biblioteca Central, Escola de Aplicação, Outros campi* 12

Total 34

Fonte: Biblioteca Central – dez/08. *: Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Marabá (I e II), Santarém e Soure.

A TABELA 31 apresenta o acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA, existentes

até dezembro de 2008. A partir daí, verifica-se um acervo9 composto por mais de 858.000

8 A Biblioteca de Pós-Graduação em Química foi desativada e a transferência do seu acervo está sendo viabilizada para a Biblioteca do Instituto de Ciências Exatas e Naturais e Biblioteca do Núcleo de Meio Ambiente ainda não foi criada. 9 A partir de 2005, os acervos da Biblioteca Central de livros, Coleções Eneida, Santana Marques, Jaime Cardoso e Frederico Barata, folhetos, dissertações, teses, Coleção Amazônia, obras raras, fitas VHS, DVD e obras de

119

volumes, incluindo todos os tipos de materiais (livros, periódicos, dissertações, teses, obras

raras, fotografias, mapas, disquetes, fitas de vídeo, CD-Roms, DVDs etc.), nos diversos

suportes (impresso, digital, eletrônico, on line).

Tabela 31 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA, existentes até dezembro de 2008

Biblioteca Central10 Bibliotecas

Setoriais campus Belém

Bibliotecas Setoriais Outros

campi

Total Geral SIBI/UFPA Tipo de

Material

Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares

Livros 45.473 133.623 62.042 98.213 36.877 86.460 144.392 318.296

Coleção Eneida

1.508 1.554 0 0 0 0 1.508 1.554

Coleção Santana Marques

53 66 0 0 0 0 53 66

Coleção Jaime Cardoso

12 15 0 0 0 0 12 15

Coleção Frederico Barata

1 1 0 0 0 0 1 1

Coleção Silveira Netto

7 7 0 0 0 0 7 7

Obras de Referência

1.102 3.914 0 0 0 0 1.102 3.914

Folhetos 199 482 0 0 0 0 199 482

Periódicos Impressos11

5.411 334.832 5.869 124.570 1.247 8.283 12.527 467.685

Artigos de periódicos

151 151 0 0 0 0 151 151

Coleção Amazônia

2.577 6.197 0 0 0 0 2.577 6.197

Obras Raras 1.041 1.410 0 0 0 0 1.041 1.410

Dissertações 2.670 2.939 4.057 5.571 356 401 7.083 8.911

Teses 570 822 1.075 1.345 73 85 1.718 2.252

Normas Técnicas

87 92 0 0 0 0 87 92

Mapas 735 735 1.580 2.815 58 58 2.373 3.608

Discos 102 133 0 0 0 0 102 133

Fitas de áudio

65 65 19 19 0 0 84 84

referência foram quantificados tendo como referência o software Pergamum, ou seja, o acervo automatizado. O objetivo é demonstrar o número mais real possível de obras existentes e disponíveis aos usuários. 10 O total do acervo incorporado na Biblioteca Central, em 2008 é de 8.201 exemplares não estando incluídos neste total os fascículos de periódicos. A soma do total acumulado dos dados armazenados por tipo de material ainda não corresponde à realidade, em virtude dos constantes ajustes nos registros que migraram da base anterior, resultando no remanejamento de alguns códigos de acervos para outros. Assim sendo, até que todos os registros sejam revisados, poderá ocorrer alteração no resultado final. 11 No ano de 2008 foi realizada a primeira etapa do inventário de títulos de periódicos impressos existentes na Biblioteca Central e constatou-se o número real existente de 3.954 títulos armazenados no Espaço dos Serviços e Coleção de Periódicos da BC. A segunda etapa é o inventário dos títulos registrados na BC e enviados às Bibliotecas dos Institutos, Núcleos etc. Por essa razão decidiu-se permanecer com o mesmo dado de 2007, sendo ajustado após a conclusão dos trabalhos.

120

Biblioteca Central10 Bibliotecas

Setoriais campus Belém

Bibliotecas Setoriais Outros

campi

Total Geral SIBI/UFPA Tipo de

Material

Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares

Fitas VHS 705 837 970 1.080 305 335 1.980 2.252

Fotografias 1.109 1.109 0 0 0 0 1.109 1.109

Fotografias aéreas

0 0 4.261 6.073 0 0 4.261 6.073

Disquetes 44 162 172 244 14 23 230 429

CD-Roms 6 16 1.166 1.439 234 427 1.406 1.882

DVD 11 15 146 154 348 366 505 535

Bases de Dados

47 47 0 0 0 0 47 47

Relatórios Técnicos12

0 0 1.702 2.931 101 101 1.803 3.032

Outros Materiais13

21 26 20.615 22.842 4.665 5.686 25.301 28.554

Total 63.707 489.250 103.674 267.296 44.278 102.225 211.659 858.771

Fonte: Biblioteca Central e Relatórios das Bibliotecas dos campi Belém e Interior.

O GRÁFICO 38 apresenta o acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA no

período de 2006 a 2008. Nele, verifica-se que houve um acréscimo de 4,56% no número de

exemplares no ano de 2008 em relação ao ano de 2006. Em relação ao número de títulos,

houve um acréscimo de 8,53% no mesmo período.

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

2006 2007 2008

195.031 196.220 211.659

821.295 822.377 858.771

Títulos Exemplares Gráfico 38 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA no período de 2006 a 2008. Fonte: Biblioteca Central.

O GRÁFICO 39 apresenta os recursos do tesouro aplicados na aquisição de acervos no

período de 2006 a 2008. Nele, verifica-se que houve um investimento de R$ 3.021.195,00

12 Relatórios de Pesquisa, de Campo, de Viagens, etc. 13 Convencionais e não convencionais (Folhetos, TCC, Trabalhos de Conclusão de Curso de Especialização, Slides, Planta-baixa, Projetos, Imagem de Radar etc.).

121

(três milhões, vinte e um mil, cento e noventa e cinco reais) para aquisição de acervos nesses

três anos.

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

2006 2007 2008

425.198

1.484.075

1.111.922

Gráfico 39 - Recursos do tesouro destinados à aquisição de acervos no período de 2006 a 2008 Fontes: Biblioteca Central e DEPLAN/PROPLAN

122

5.10 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

5.10.1 Coerência do Planejamento e Avaliação

A Universidade Federal do Pará, nos últimos anos, vem se estruturando fortemente na

área do planejamento e gestão, de modo a criar uma cultura administrativa que se antecipe às

oportunidades conjunturais e minimize as ameaças do ambiente externo. Para tanto, elaborou

e aprovou um plano estratégico de médio prazo, um plano de gestão com desdobramentos no

nível tático e sistemas operacionais corporativos que vêm apoiando a gestão planejada de

forma determinante.

Com objetivo de sistematizar a avaliação institucional, a UFPA criou, em abril de

2006, o Departamento de Avaliação Institucional, unidade da Pró-Reitoria de Planejamento e

Desenvolvimento, responsável por “coordenar e executar a política de avaliação interna da

UFPA e de definir procedimentos técnicos a serem adotados para a execução das ações de

autoavaliação”.

A criação do Departamento de Avaliação Institucional é o desdobramento de um

processo iniciado em 1995, quando a UFPA vinculou suas ações de avaliação interna ao

Programa Nacional de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) a partir

de seu Projeto de Avaliação Institucional.

Em setembro de 1993, realizou-se o seminário sobre planejamento universitário e

avaliação do ensino com o título: Universidade: o desafio da qualidade. Esse seminário foi

um marco importante na obtenção de subsídios para a elaboração de uma proposta de

Avaliação para Universidade Federal do Pará. Das análises e reflexões demandadas após a

realização desse seminário, decidiu-se realizar uma pesquisa social na UFPA, com a

finalidade de estabelecer metodologicamente os parâmetros que permitiriam uma análise

crítica das avaliações desenvolvidas internamente em algumas unidades acadêmicas. Surge,

então, o Projeto de Avaliação institucional da UFPA (PROAVI). O PROAVI permitiu uma

avaliação participativa de docentes, técnico-administrativos e alunos, bem como o

conhecimento da realidade acadêmica no que se refere ao ensino, à pesquisa, à extensão e à

gestão. Esse projeto proporcionou a definição de diretrizes capazes de favorecer o pleno

desenvolvimento institucional e foi implementado nos Campi Universitários de Abaetetuba,

Altamira, Belém, Bragança, Cametá, Castanhal, Marabá e Santarém, por meio de entrevistas e

de aplicação de formulários.

Outra iniciativa de avaliação surge em 1998, por ocasião da criação do “Fórum de

Acadêmicos”, que se constituiu em um espaço de debates entre os alunos dos cursos de

123

graduação da instituição, em que um dos pontos abordados foi a sugestão de medidas que

visassem à melhoria da qualidade de ensino dos Cursos de Graduação e do processo de

aprendizagem.

Com o processo de adequação e de integração do seu Programa de Avaliação

Institucional ao SINAES a UFPA constitui sua Comissão Própria de Avaliação. E em 2005,

instituiu a Assessoria Especial de Avaliação Institucional (ASSEAI), com a finalidade de

propor ações destinadas à superação das dificuldades no processo avaliativo e de propor

procedimentos, mecanismos, metodologias e instrumentos para a avaliação interna da UFPA.

Em 2006, a Administração Superior da UFPA iniciou um processo de reestruturação e

ampliação de suas ações de avaliação, que culminou com a extinção da Assessoria Especial de

Avaliação Institucional e a criação do Departamento de Avaliação Institucional, unidade

vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento e integrada pela Divisão de

Autoavaliação e pela Divisão de Instrumentação e Estatística. Ao criar um Departamento de

Avaliação Institucional, a UFPA materializa um dos principais objetivos preconizados em seu

Plano de Desenvolvimento Institucional e se organiza, assim, a responder aos desafios da

eficiência e da qualidade que serão cada vez mais exigidos nos quadros dinâmicos do século

XXI, além de oferecer à sociedade em geral maior transparência administrativa.

5.10.2 Autoavaliação Institucional

A adequada implantação de uma política de avaliação institucional na UFPA, a

implantação e implementação de um processo permanente de avaliação voltado para a

instituição como um todo e a obtenção de resultados satisfatórios estão pautados em alguns

requisitos básicos, a saber: (1) compromisso explícito por parte dos dirigentes; (2)

envolvimento direto e coletivo da comunidade acadêmica nos diferentes momentos do

processo de avaliação; (3) existência de uma equipe de coordenação; (4) informações válidas

e confiáveis; (5) participação de membros da comunidade externa; e (6) uso efetivo dos

resultados.

Implantar uma política de avaliação institucional não é tarefa simples. O esforço neste

sentido é recompensado pela construção de um processo contínuo de aperfeiçoamento do

desempenho acadêmico, do planejamento da gestão institucional e de prestação de contas à

sociedade. Esses procedimentos são concretizados na UFPA mediante a articulação entre as

atividades-meio e as atividades-fim e tendo por base os seguintes princípios estratégicos:

� democracia e participação;

� globalidade;

124

� gradualidade;

� legitimidade;

� respeito à identidade institucional; e

� transparência.

Cada um desses princípios contribui significativamente para que o processo de

autoavaliação da UFPA seja o mais abrangente, transparente e fidedigno possível.

As dimensões consideradas no processo de avaliação interna na UFPA são aquelas

estabelecidas pelo SINAES, e outras consideradas relevantes pelos atores envolvidos, tendo

em vista a compreensão da missão, identidade institucional e especificidades institucionais.

Para cada dimensão, são definidos: unidades responsáveis, periodicidade, concepção

ou princípios norteadores, procedimentos para levantamento de informações, instrumentos de

coleta de dados, procedimentos para análise das informações e sistema eletrônico on-line para

transferência das informações ao DEAVI. As informações produzidas e analisadas são

integradas, na etapa seguinte, para que então se possa elaborar um diagnóstico mais completo

de cada área e da instituição como um todo.

A gestão da avaliação institucional no âmbito da UFPA é exercida de forma

compartilhada pela Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e pela

Comissão Própria de Avaliação da UFPA. Nas unidades acadêmicas e administrativas e nas

demais unidades de ponta, a execução das atividades de avaliação se dá por meio das

Coordenadorias de Planejamento Gestão e Avaliação.

A PROPLAN, por meio do seu Departamento de Avaliação Institucional, coordena e

executa a política de avaliação interna e define procedimentos técnicos a serem adotados para

a execução das ações de autoavaliação. Por outro lado, a CPA, que tem suas atribuições

definidas na Lei do SINAES, atua como órgão colegiado na definição de políticas e diretrizes

do programa de autoavaliação, na orientação dos processos de avaliação internos, de

sistematização e de prestação das informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas

Educacionais. Sua criação foi aprovada pela Resolução nº 615 e é constituída de treze

membros titulares, com seus respectivos suplentes, sendo cinco representantes do corpo

docente; três representantes do pessoal técnico-administrativo; três representantes do corpo

discente; e dois representantes da sociedade civil organizada.

Os mecanismos de avaliação interna da UFPA contemplam as especificidades

institucionais, permitem o autoconhecimento crítico, a análise das ações propostas no Plano

de Desenvolvimento e o contínuo aperfeiçoamento do desempenho institucional.

125

5.10.3 Planejamento e Ações Acadêmico-administrativas a partir do Resultado

das Avaliações

A autoavaliação institucional na UFPA tem o objetivo de fornecer subsídios para a

tomada de decisões que favoreçam o desenvolvimento institucional e propor ações que visem

melhorar o desempenho, maximizar os recursos e aumentar o grau de satisfação da

comunidade acadêmica e da sociedade. Além disso, é utilizada para a melhoria do ensino, da

pesquisa, da extensão e da gestão. Para tanto, é preciso periodicamente refletir sobre os

objetivos definidos, sobre os atores envolvidos, sobre as estratégias estabelecidas e sobre os

instrumentos utilizados. Isto requer o planejamento de ações que permitam a meta-avaliação:

elemento fundamental para que a UFPA possa avaliar o seu próprio sistema de avaliação e

estabelecer procedimentos futuros para o alcance da excelência.

Os resultados do Programa de Avaliação e Acompanhamento dos Cursos de

Graduação da UFPA são incorporados ao processo de autoavaliação da UFPA. Esse programa

visa ao aperfeiçoamento do processo educativo e do desempenho dos estudantes, docentes e

técnicos e à identificação das necessidades humanas e materiais que necessitem de solução

por parte dos sujeitos (professores, estudantes, egressos, gestores, técnico-administrativos) da

avaliação ou canais competentes da UFPA. Para isso, existem as tarefas de informação,

valoração e tomada de decisão que se materializam em três dimensões – diagnóstica,

formativa e sumativa. A primeira dimensão consiste em identificar as características da

realidade de cada curso e faculdade. A segunda visa à regulação, serve à apreciação da

execução das ações e é o ponto de partida para decisões de aperfeiçoamento e, finalmente, a

terceira visará ao balanço para fins administrativos, servirá à verificação dos resultados e será

base para decisões relativas ao teor e a execução do projeto pedagógico. Os resultados da

avaliação são socializados com a comunidade universitária em eventos acadêmicos.

126

5.11 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES

5.11.1 A Política de Assistência Estudantil da UFPA

A UFPA propõe na sua Política de Assistência Estudantil estratégias que abrangem:

� Serviços de Assistência Psicossocial e Psiquiátrica — a UFPA considera que o

atendimento psicossocial é apenas uma das ações de saúde necessitando ampliar

seu espectro de atendimento; estabelecer parceria com Institutos e Faculdades,

além de convênio com a rede do Sistema Único de Saúde (SUS); planejar e

articular as várias unidades dos serviços, as faculdades e serviços da universidade

estratégicos para o desenvolvimento das ações de ensino-serviço e pesquisa;

articular as ações neste campo com outras ações complementares, fortalecendo

alternativas terapêuticas, como o esporte e o lazer; e realizar estudos mais

aprofundados sobre a questão da saúde mental do estudante na UFPA, estimulando

a confecção de monografias sobre o tema.

� Serviço de Alimentação — a UFPA se propõe a: criar um Programa Permanente

de Alimentação vinculado à Pró-Reitoria de Administração; promover estudos

para avaliar a demanda de refeições por estudantes em todos os seus campi;

estruturar um grupo de ação que constitua o Comitê Gestor do Programa de

Alimentação da UFPA; ampliar o serviço de alimentação no campus do Guamá,

tendo em vista o aumento vegetativo do seu corpo discente, em especial o acesso

de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica (cotistas); promover

convênios com o Governo do Estado na perspectiva de assegurar o oferecimento

de um serviço referenciado na política de Segurança Alimentar e Nutricional no

Estado; e estabelecer um cadastro oficial com o número de estudantes atendidos

por mês.

� Serviço de Moradia — a UFPA se propõe a criar: o Programa de Bolsa-Moradia

(PBM), de natureza flexível e permanente, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão,

em substituição à Casa da Estudante Universitária. Tal proposta implicará no

fomento à criação de repúblicas de estudantes, organizadas e dirigidas pelos

próprios; ampliar a oferta de moradia por meio do PBM aos estudantes do sexo

masculino; criar, no âmbito da Coordenadoria de Integração, um setor que

gerencie as ações do PBM, desde a concessão até os processos de seu

monitoramento e avaliação; buscar o estabelecimento de parcerias com municípios

e Governo do Estado tendo em vista o cumprimento dos objetivos institucionais

127

ligados ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão universitária;

criar, no âmbito do Sistema de Informações de Assistência Estudantil, um banco

de dados sobre a quantidade, perfil socioeconômico, acadêmico e cultural dos

estudantes atendidos, para aperfeiçoamento e adaptação do Programa; e constituir

rotinas de monitoramento e avaliação do PBM, de modo a permitir sua análise e

aperfeiçoamento.

� Inclusão do Estudante com Deficiência — a proposta é de: ampliação das

adaptações necessárias para que os locais de estudo se tornem acessíveis, com

infraestrutura adequada e corretamente sinalizada; adequação do material didático-

pedagógico, assim como de técnicas e métodos de ensino, para que sejam

acessíveis aos portadores de deficiência; compra de equipamentos e materiais de

apoio técnico para os estudantes com deficiência; ajuste dos sistemas de

informação e bancos de dados da universidade, em base bibliográfica ou digital, às

possibilidades dos estudantes com deficiência; e a compatibilidade dos exames e

outras formas de avaliação à realidade dos estudantes com deficiência.

� Inclusão do Estudante Negro e Índio — a proposta é de: assinar convênios com

entidades federais, estaduais e municipais, assim como quaisquer formas

contratuais com entidades de direito privado para a concessão de bolsas de

permanência para estudantes indígenas e quilombolas em situação de

vulnerabilidade socioeconômica; acionar a Ouvidoria, estimulando-a a observar o

funcionamento das ações afirmativas; realizar campanha de publicização das ações

afirmativas nos campi e para a população em geral; e apoiar técnica e

pedagogicamente os professores da rede de educação básica para dar cumprimento

às determinações da lei 10.639/2003.

5.11.2 Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes

referentes à realização de eventos

A Pró-Reitoria de Extensão, baseada em ações estratégicas, estabelece a socialização

dos conhecimentos produzidos e acumulados no âmbito acadêmico e a sistematização dos

conhecimentos regionais são viabilizadas por meio da articulação e proposição da Política de

Divulgação e Publicação. Essas ações consistem em: (1) implantar e fortalecer mecanismos

para a institucionalização de programas de cursos, eventos, assessorias, consultorias e

prestação de serviços à sociedade; (2) estimular a realização de eventos, palestras, oficinas e

cursos, tendo em vista a promoção dos vários saberes e expressões culturais; (3) elaborar e

128

divulgar catálogos anuais, eletrônicos e impressos, de programas, projetos, cursos,

assessorias, consultorias, oficinas e eventos em geral promovidos pela UFPA, em suas

diferentes áreas do conhecimento; e (4) apoiar a produção e divulgação de produtos, tais como

cartilhas, vídeos, cd-rom, livros e coletâneas, visando à socialização de conhecimentos para a

sociedade.

O Programa Pró-Discente, que é um Programa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-

graduação, tem o objetivo de incentivar os estudantes de pós-graduação da Universidade a

divulgar em eventos científicos de maior relevância no país, em suas áreas, resultados de suas

pesquisas relacionadas aos seus planos de dissertação ou tese. Esse Programa é dirigido

exclusivamente aos estudantes regularmente matriculados nos cursos de pós-graduação da

UFPA, nos níveis de mestrado ou doutorado.

5.11.3 Condições Institucionais de Atendimento ao Discente

A UFPA desenvolve uma política vigorosa de concessão de bolsas, como estratégia de

incentivo e inserção, tanto dos alunos da graduação quanto da pós-graduação, em projetos de

ensino, pesquisa, extensão e campos de estágio, desenvolvidos no âmbito institucional e/ou

em parceria com outras entidades. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação viabiliza

bolsas por meio dos programas PIBIC/CNPq e PIBIC/UFPA aos pesquisadores e alunos da

UFPA, a fim de fortalecer a iniciação científica nesta Instituição. Destaca-se, ainda o

Programa de Bolsas de Iniciação Acadêmica (PBIA) que está vinculado ao Programa

Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão e o Programa de Bolsas de Extensão que

se destina à concessão de bolsas aos alunos envolvidos nos projetos de Extensão. O Programa

de Bolsas Estágio, coordenado pela Pró-Reitoria de Administração, que demanda da

necessidade dos alunos em desenvolver atividades que lhes proporcionem condições de

experiências práticas na linha de sua formação profissional, incentivando a complementação

do ensino e da aprendizagem. O Programa destina-se à concessão de bolsas aos alunos

envolvidos principalmente em atividades meio desenvolvidas pelas unidades da

Administração Superior e aquelas acadêmicas ou a elas vinculadas.

A UFPA criou o Sistema de Bolsas de Permanência Estudantil (SIBOP) com o

objetivo de identificar alunos de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica e

procurar ajudá-los ofertando bolsas de apoio à alimentação, ao transporte, à moradia, às

atividades didático-pedagógicas e às atividades acadêmicas, além de proporcionar-lhes acesso

ao atendimento psicossocial. Com este Programa, serão disponibilizadas 1.710 Bolsas de

Permanência Estudantil da UFPA, a saber:

129

� Bolsas de Apoio à Moradia: 700 bolsas no valor de R$300,00 mensais, voltadas

aos estudantes que não dispõem de vaga gratuita em residência estudantil ou se

encontrem sem condições de arcar com o custo da moradia;

� Bolsas de Apoio ao Transporte: 110 bolsas no valor de R$100,00 mensais,

destinadas aos estudantes que não residem no município em que estudam ou se

encontrem sem condições de arcar com o custo de transporte;

� Bolsas de Apoio à Alimentação: 350 bolsas no valor de R$100,00 mensais,

destinadas aos estudantes que estudem em campus onde não há a possibilidade de

oferta gratuita ou subsidiada de refeição ou se encontrem sem condições de arcar

com os custos da refeição. Nos campi onde houver restaurante universitário, os

estudantes serão contemplados com atendimento gratuito;

� Bolsas de Apoio Didático-Pedagógico: 440 bolsas no valor de R$110,00 mensais,

destinadas ao estudante que não possui condições de arcar com os custos do

material didático; e

� Bolsas de Apoio às Atividades Acadêmicas: 110 bolsas no valor de R$300,00

mensais, destinadas aos universitários engajados em atividades acadêmicas com

carga horária de vinte horas semanais.

O candidato à Bolsa Permanência poderá participar, no máximo, de três modalidades

de apoio ou obter o valor máximo de R$600,00 mensais, com priorização conforme suas

necessidades.

O Campus de Belém possui dois Restaurantes Universitários com estrutura adequada

às exigências da legislação sanitária e aos padrões nutricionais que têm como principal

objetivo o fornecimento de refeições subsidiadas à comunidade universitária, promovendo a

integração e o apoio à permanência do estudante na instituição. O restaurante universitário

fornece alimentação sadia e nutritiva aos alunos da UFPA no sistema de “bandejão”.

Além do serviço de fornecimento de alimentação aos alunos, o restaurante

universitário mantém integração com a Academia por meio da oferta e concretização de

estágio para alunos do curso de Nutrição, Ciências Contábeis e Engenharia de Alimentos.

As reformas de infraestrutura física — passarelas, banheiros e salas de aulas —

implementadas pela UFPA contemplaram portadores de necessidades especiais. Hoje a

Instituição possui 52 banheiros adaptados para tal fim. Os prédios em construção estão em

conformidade com as normas estabelecidas para portadores de necessidades especiais.

130

A política de atendimento aos estudantes é desenvolvida pela UFPA de forma

compartilhada com as pró-reitorias, especialmente a de Ensino, a de Extensão e a de

Administração, visando consolidar a formação profissional e garantir a satisfação física e o

conforto dos seus alunos.

5.11.4 Egressos

Até 30 de agosto de 2006, a UFPA apresentava uma lacuna nas suas estratégias de

ação: a inexistência de um acompanhamento de egressos. A partir desta data esta lacuna foi

preenchida com o lançamento da Pesquisa Eletrônica com os Egressos. O sistema foi

desenvolvido pelo Departamento de Avaliação Institucional da UFPA, com o suporte técnico

do Serviço de Computação da Instituição e está disponível no site da UFPA

https://egressos.ufpa.br. O acesso para responder o instrumento é permitido por meio CPF e

do e-mail dos alunos egressos.

A pesquisa, parte integrante do processo de autoavaliação da UFPA, tem por

finalidade conhecer a opinião pessoas que estudaram na Universidade ao longo dos seus 51

anos de história, a respeito de sua formação acadêmica e de sua atuação profissional, visando,

principalmente, a melhoria da qualidade do ensino de graduação ofertado por esta Instituição.

O convite aos egressos para participação na pesquisa é feito por contato telefônico,

correio eletrônico e pela mídia. Entende-se por egressos não apenas àqueles que, concluíram a

graduação. Mas, também, os que saíram da Universidade sem concluir o curso — por

desligamento ou por abandono. Pesquisar as causas que determinam essas duas formas de

saída possibilitará identificar as que são de responsabilidade da UFPA, tornando-se objeto de

intervenções futuras para sua erradicação.

O questionário de pesquisa foi dividido em quatro Blocos:

� informações pessoais;

� informações acadêmicas (graduação e pós-gradação);

� informações profissionais; e

� informações Adicionais.

Os dados são armazenados diretamente em uma base de dados institucional para

posterior análise e geração de relatórios.

Na seqüência deste trabalho, buscar-se-á coletar dados junto às entidades de classe e,

desta forma, construir indicadores confiáveis para a avaliação e adequação dos currículos dos

cursos, por meio da realimentação por parte da sociedade e especialmente dos ex-alunos.

131

Este estudo é fundamental para que a Instituição possa conhecer o perfil dos seus

egressos, avaliar a eficácia de sua atuação e revê-la, no que for necessário, no sentido de

implementar políticas e estratégias de melhoria da qualidade do ensino de graduação e de pós-

graduação ofertado pela UFPA de modo a garantir uma formação adequada frente às

necessidades do mercado de trabalho.

132

5.12 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA

A atual gestão vem empregando enormes esforços, em frentes distintas, com a

finalidade de restituir e fazer crescer o orçamento visando dar sustentabilidade financeira a

UFPA. No campo político, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições

Federais de Ensino Superior (ANDIFES), no sentido de aumentar os recursos no orçamento

do MEC destinados ao financiamento da Educação Superior, assim como no aperfeiçoamento

e consolidação da matriz de alocação de recursos de Despesas de Custeios e Capital (OCC)

para as IFES, ambas com resultados positivos e com impactos bastante representativos no

orçamento da Instituição nos últimos cinco anos. No campo técnico, com os investimentos

realizados para a melhoria da base de informações da UFPA, que possibilitaram um aumento

expressivo na captação de recursos na matriz de alocação de recursos de OCC para as IFES,

além de subsidiarem na elaboração de projetos institucionais para a captação de recursos

externos, junto aos órgãos e agências de fomento, para o financiamento de atividades

acadêmicas, de infraestrutura física e aquisição de equipamentos.

Com essas ações, a Universidade tem conseguido recompor progressivamente seu

orçamento de OCC captado junto ao MEC e outros órgãos e agências de fomento que, em

2001, havia apresentado um dos piores desempenhos dos últimos 15 anos, com um valor de

R$ 45.912.147,00 (quarenta e cinco milhões novecentos e doze mil e cento e quarenta e sete

reais). Em 2008, esse valor foi de R$ 149.819.609,00 (cento e quarenta e nove milhões

oitocentos e dezenove mil e seiscentos nove reais), um salto de 226,3%.

0

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

2006 2007 2008

92.471.215

113.835.233 117.694.131

18.731.440

34.255.529 32.125.477

Custeio Capital Gráfico 40 - Recursos de OCC do Tesouro - período 2006-2008. Fonte: DEFIN/PROAD.

133

Além do aumento na captação de recursos, foi implantado, em 2003, o Plano de

Gestão Orçamentária que, associado à Matriz de Distribuição Orçamentária para as unidades

acadêmico-administrativas da UFPA, possibilitou a melhoria da qualidade e racionalização na

aplicação desses recursos, por meio do financiamento de programas e projetos de ações

continuadas, como o Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (PROINT)

e o Programa de Recuperação da Infraestrutura Física (PROINFRA), medida que tem

assegurado, de forma sistemática, dotações orçamentárias anuais permitindo a implementação

de políticas permanentes direcionadas às áreas consideradas estratégicas para a Instituição.

Para adequação às diretrizes estabelecidas no PGO, a estrutura programática passou a

ser composta de 40 Programas Institucionais, sendo permitida a criação de outros programas,

desde que necessários para o funcionamento da Instituição.

A estrutura programática adotada está vinculada às grandes ações do Ministério da

Educação e é integrada, de forma indissociável, aos sete Eixos Estruturantes do Plano de

Desenvolvimento 2001–2010. Sob o conceito de transversalidade, eles regem as ações —

projetos e atividades — que são desenvolvidas no âmbito da UFPA, porque um programa,

embora esteja mais fortemente ligado a um eixo estruturante, também influencia os demais

eixos.

Essa configuração permitiu uma melhor alocação de recursos das ações (projetos e

atividades) a partir das demandas informadas pelas unidades interessadas, por meio do

Sistema de Planejamento e Orçamento.

Na matriz orçamentária do MEC, a UFPA saltou do nono para o quinto lugar. O

crescimento do orçamento provocou um salto de qualidade, fazendo com que a UFPA saísse

do 17º para o 5º lugar em função dos indicadores de desempenho.

Conforme o exposto pode-se constatar, que os esforços empreendidos pela UFPA

tanto na área política quanto técnica, possibilitaram o equilíbrio na execução orçamentária e a

sustentabilidade no financiamento das ações acadêmicas, administrativas e de infraestrutura

da Instituição.

134

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O relatório final de avaliação aqui apresentado, expressa o resultado de uma trajetória

de discussão, de análise de documentos e interpretação dos dados advindos do processo de

autoavaliação, iniciado no segundo semestre de 2006 e encerrado no primeiro semestre de

2008.

Neste contexto, ao abordar as conclusões advindas do trabalho executado, fica

demonstrado, mais uma vez, o empenho da UFPA de aprimorar os seus esforços em favor da

sociedade, no âmbito da educação superior e de viabilizar a implementação das condições

necessárias para que a instituição concretize a sua missão

Ao promover seu autoconhecimento, a UFPA garante a eficácia de seu compromisso

em difundir, aprofundar e produzir conhecimento e cultura. O que se pretende, agora, é dar

prosseguimento ao trabalho já realizado no campo da avaliação institucional — apoiando-se

nas experiências exitosas — e a consolidação de uma avaliação contínua e sistemática da

qualidade das funções Institucionais.

135

DOCUMENTO E SISTEMAS PESQUISADOS

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA UFPA. Ofício de apresentação. Belém, 2006.

BRASIL. Mistério da Educação. Avaliação externa de instituições de educação superior : diretrizes e instrumentos. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.

__________. Diretrizes para a avaliação das instituições de educação superior. Brasília: Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, [2004?].

__________. Instrumento de avaliação de cursos de graduação. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.

__________. Manual de avaliação institucional (versão preliminar). Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira / Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior, 2002.

__________. Roteiro de auto-avaliação institucional 2004. Brasília: Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, 2004.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Orientações para o cálculo dos indicadores de gestão: Decisão TCU n° 408/2002-Plenário. Foz do Iguaçu, 2002. Versão revisada em jan. 2007. Digitado.

CARVALHO, Sandra Maria de Azevedo. Subsídios para a implantação do processo permanente de uma política de avaliação institucional na Universidade Federal do Pará. Belém, 2003. Monografia.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. UFPA XXI – Plano de Gestão 2005–2009. Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2005.

__________. Relatório de atividades. Belém, 2006.

__________. Relatório de atividades. Belém, 2007.

__________. Relatório de atividades. Belém, 2008.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARPA. Pró-Reitoria de Administração. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.

__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.

__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal. Plano de Gestão 2005–2009. Belém, 2005.

__________. Programa de desenvolvimento gerencial. Belém, 2006.

__________. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.

136

__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.

__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Ensino de Graduação. Avaliação dos cursos de graduação da UFPA: relatório 2004–2005. Belém, 2006.

__________. Programa de melhoria do ensino de graduação. Belém, 2006.

__________. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.

__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.

__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Extensão. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.

__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.

__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.

__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.

__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Anuário Estatístico 2006. Belém, 2007.

__________. Anuário Estatístico 2007. Belém, 2008.

__________. Anuário Estatístico 2008. Belém, 2009.

__________. Orientações para elaboração dos Planos de Gestão das Unidades Acadêmico-Administrativas da UFPA / Madeleine Mônica Athanázio, Luiz Armando Souza Pinheiro. Belém: EDUFPA, 2006.

__________. Plano de desenvolvimento da UFPA: 2001-2010 / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2003.

__________. Programa de Auto–Avaliação da UFPA. Belém, 2008.

__________. Relatório de gestão 2006. Belém, 2007.

__________. Relatório de gestão 2007. Belém, 2008.

__________. Relatório de gestão 2008. Belém, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Serviço de Ouvidoria. Regulamento Interno do Serviço de Ouvidoria da UFPA. Belém, 2006.

137

__________. Sistema de Informações para o Ensino.

__________. Sistema de Planejamento e Orçamento.

__________. Sistema de Pós-Graduação.

__________. Vice-Reitoria – Marlene Rodrigues Medeiros Freitas. Universidade Multicampi – conhecimento e tecnologia em favor do desenvolvimento do Pará – 2001-2005 / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2005.

_________________________

ANEXO _________________________

139

ANEXO A – FORMULÁRIOS DE AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFPA

140

141

142