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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-
GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC: CNPq,
CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PRODOUTOR, INTERDISCIPLINAR,
ACERVO, PIBIT, EBTT E FAPESPA
RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO
Período: Agosto/2016 a Julho/2017 ( )
PARCIAL
(X) FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho): Unidade de Craqueamento de
Óleo de Buriti (Mauritia flexuosa) para Produção de Biodiesel Convênio Eletrobrás S/A-UFPA-FADESP-
IME-RJ-FUNDAÇÃO RENATO FRANCO ECV-248/2007, PROJETO FADESP/N2009/2007.
RESUMO DO PROJETO DE PESQUISA: O Grupo de Processos de Separações Térmicas da UFPA
THERMTEK/FEQ/ITEC/UFPA em parceria com o Instituto Militar de Engenharia (IME) vem
desenvolvendo estudo em diversas áreas de conhecimento, destacando-se as transformações de óleos
vegetais e Materiais Residuais, objetivando a Produção de Produto Líquido Orgânico (PLO) ou Bio-Óleo
na Unidade de Produção de Biocombustível da UFPA.
Nome do Orientador: Hélio da Silva Almeida
Titulação do Orientador: Doutor
Faculdade: ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Unidade: ITEC
2
Laboratório: Processos de Separações Térmicas do THERMTEK/FEQ/ITEC/UFPA e Grupo de Estudos
em Gerenciamento de Água e Reuso de Efluentes (GESA) Laboratório Multiusuário de Tratabilidade de
Águas (LAMAG).
Título do Plano de Trabalho: Produção de biocombustíveis e biocarvões a partir de material residual
oriundo de sistema de tratamento de esgoto (lodo e gordura residual).
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Nome do Bolsista: Sâmella Harumy Nagata Silva
Tipo de Bolsa: ( ) PIBIC/CNPq
( ) PIBIC/CNPq – AF
( ) PIBIC/CNPq- Cota do pesquisador
( ) PIBIC/UFPA
( ) PIBIC/UFPA – AF
( ) PIBIC/INTERIOR
( ) PIBIC/PRODOUTOR
(X) PIBIC/PRODOUTOR RENOVAÇÃO
( ) PIBIC/FAPESPA
( ) PIBIC/ACERVO
( ) PIBIC/PE-INTERDISCIPLINAR
( ) PIBIC/VOLUNTÁRIO
( ) PIBIC/PIBIT
RESUMO DO RELATÓRIO ANTERIOR (alunos com bolsas renovadas):
Foram descritos a unidade geradora do lodo de esgoto e da gordura residual, assim como os
procedimentos de coleta/preparação das amostras, foram desenvolvidos dois experimentos para a
investigação e avaliação dos processos de craqueamento térmico e térmico catalítico em escala piloto de
resíduos oriundos de sistemas de tratamento de esgoto (relacionando a pesquisa bibliográfica com os dados
investigados na caracterização físico-química) e verificaram-se as possibilidades ambientalmente
adequadas de reaproveitamento do lodo de descarte através da investigação do processo de pirólise para
obtenção de biocombustível. Assim como a quantificação dos rendimentos a partir do balanço de massa, da
formação de subprodutos do processo de pirólise do lodo.
INTRODUÇÃO:
O lodo e a gordura residual são resíduos gerados em grandes quantidades nas estações de
tratamento de esgoto. Após o processo de tratamento de esgoto esses materiais precisam ser removidos e
encaminhados a um destino final sem causar agressões ao meio ambiente. De acordo com Bettiol e
Camargo (2006), os destinos mais comumente utilizados eram os aterros sanitários e, para o lodo, as
aplicações na agricultura. Entretanto, a destinação desses materiais residuais a aterros sanitários é uma
4
alternativa que está sendo abandonada por eles apresentarem características que os tornam passivos de
reaproveitamento.
O lodo apresenta composição química muito variável, sendo um material rico em matéria
orgânica (40-60%), em nitrogênio e alguns micronutrientes MELO & MARQUES (2000). Segundo
Demirbas e Kara (2006), os ácidos graxos que compõem as gorduras possuem, em geral, uma longa
cadeia constituída de átomos de carbono e hidrogênio e um grupo terminal, característico dos ácidos
orgânicos, o grupo carboxila. Neste contexto, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos veio proibindo, a
partir de agosto de 2014, a disposição em aterro sanitário de qualquer resíduo passivo de
reaproveitamento (PNRS, 2011).
Muitas são as técnicas existentes para a disposição final do lodo de esgoto, assim como o
reaproveitamento adequado e uma dessas alternativas pode ser transformar esses resíduos em novos
produtos com valor comerciais agregados, atendendo aos requisitos mínimos impostos pela legislação
ambiental brasileira. Uma forma considerada inovadora de destiná-los adequadamente é a utilização dos
processos térmicos de transformação que, de acordo com Viana (2014), vem tornando-se a disposição
que apresentou maior evolução nos últimos anos nos países desenvolvidos. Para isto, pode-se utilizar o
processo de degradação ou transformação térmica de biomassa conhecida como pirólise.
O craqueamento térmico catalítico é uma das tecnologias que podem ser realizadas a qual
consiste na pirólise da biomassa. No processo clássico de craqueamento de óleos vegetais, os
triglicerídeos são transformados em moléculas de estrutura simples através do aquecimento a
temperaturas acima de 350 ºC, normalmente sob a ação de catalisadores. Os produtos obtidos são
constituídos de carbono e hidrogênio, semelhantes aos hidrocarbonetos e olefinas presentes nos
derivados de petróleo, com frações nas faixas do diesel, gasolina, e querosene (LHAMAS, 2013).
OBJETIVOS:
Os principais objetivos desse trabalho foram investigar o Processo de Craqueamento
Termocatalítico, em escala Piloto, de materiais residuais oriundos de sistemas de tratamento de esgoto,
como lodo proveniente do sistema de tratamento de esgoto da Vila da Barca, Reator UASB+BFs(biofiltro)
+DS(decantador secundário), através da técnica de secagem ao ar e secagem térmica, para obtenção da
biomassa do lodo e gordura residual das caixas de gordura de sistema de tratamento de esgoto do
Restaurante Universitário da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Reator de Tanque Agitado.
Realizou-se o Pré-tratamento dos Produtos líquidos orgânicos obtidos do Processo de Craqueamento
Termocatalítico de lodo, somente, e da mistura lodo+gordura, na presença e ausência de catalizadores, em
Reator de Tanque Agitado (Decantação, Filtração, Extração líquido-líquido); assim como a Caracterização
físico-química dos Produtos líquidos orgânicos obtidos do processo de Craqueamento (Densidade, Índice
5
de acidez, Índice de Refração).
JUSTIFICATIVA:
O extenso uso de energia originada de combustíveis fósseis em diversos setores como industrial,
residencial, comercial e setores de transportes, tem acarretado aumento da poluição no meio ambiente em
todo o mundo, seja pela emissão de gases de efeito estufa durante a combustão, seja pelo descarte de
resíduos ou pelos derramamentos, que eventualmente ocorrem na água e no solo (Silva e Freitas, 2008).
Desta forma, pesquisas estratégicas na área tecnológica têm buscado incessantemente, novas tecnologias
com foco na substituição de combustíveis de origem fóssil e que ao mesmo tempo sejam menos poluentes.
Neste contexto, a comunidade acadêmica científica vem desenvolvendo diversas pesquisas nessa área,
destacando-se diversas rotas tecnológicas, dentre estas o processo de transesterificação e o craqueamento
termocatalítico de óleos vegetais (Ribeiro, 2011).
De acordo com Barros et al. (2008), o craqueamento térmico consiste na quebra das moléculas
presentes nos óleos e gorduras por aumento da temperatura (acima de 623 K) em ausência de oxigênio e na
presença ou não de catalisadores. A quebra térmica e o subsequente rearranjo dos fragmentos moleculares
levam à formação de uma mistura de compostos químicos com propriedades muito similares a dos
combustíveis fósseis e que podem ser usados diretamente em motores convencionais. Os gases e óleos com
alto valor energético, gerados na pirólise, podem ser utilizados como combustíveis potenciais (HOSSAIN
et al., 2009).
Portanto o presente trabalho avaliou a produção de Biocombustível e biocarvão via Craqueamento
Termocatalítico de lodo, somente, e da mistura lodo+gordura, na presença e ausência de catalizadores em
Reator de Tanque Agitado, localizado na Unidade Piloto de Craqueamento Termocatalítico
(THERMTEK/UFPA).
MATERIAIS E MÉTODOS:
COLETA DAS AMOSTRAS DE LODO E GORDURA RESIDUAL
As amostras de lodo de esgoto foram obtidas através de descargas programadas das válvulas de
descarte do reator UASB do sistema associado de tratamento de esgoto da Vila da Barca UASB+BFs+DS,
localizada no município de Belém- Pará. Descargas de aproximadamente 7000 litros de lodo úmido foram
realizadas. Assim, o lodo descarregado na unidade de desaguamento (leito de secagem do lodo), com teor
de umidade em torno 98% em média, permaneceu no leito por 30 dias para que ocorresse o processo de
desaguamento e secagem ao ar. Após esse período, foi realizada a coleta de 97,5 kg do material
parcialmente desidratado, com teor de umidade de 80%. As amostras foram acondicionadas em sacos
6
plásticos com capacidade de 100 litros e transportadas até o laboratório de Engenharia Química da
Universidade Federal do Pará para preparação e posterior craqueamento na Unidade Piloto de
Craqueamento (THERMTEK/FEQ/UFPA).
A Gordura Residual foi coletada manualmente das caixas de gordura do Restaurante Universitário
da UFPA e de frigorífico bovino utilizando-se Baldes Plásticos de 20 litros. Após a Coleta, o material
Residual contendo a gordura residual, a fase aquosa, e os Sólidos em Suspensão, foi acondicionado em
tambores plásticos de 70 litros e transportado para área externa do Laboratório de Engenharia Química-
LEQ da UFPA.
PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS DE LODO E GORDURA RESIDUAL
a) Amostras de lodo
O processo de preparação das amostras de lodo coletadas incluiu as seguintes etapas: Secagem
térmica; Pesagem e desagregamento. Objetivando reduzir o teor de umidade do lodo de 80% para teores
menores que 10%. A secagem térmica foi realizada em estufa com circulação de ar, SOC. FABBE. Ltda,
MOD.170, a 100ºC por um período de 72 horas, atingindo um teor de umidade de aproximadamente 7%.
Após o processo de secagem em estufa com circulação de ar e a determinação do teor de umidade,
foi obtida a massa da amostra, que foi pesada em balança digital DIGI-TRON, capacidade mínima de 20 g,
e máxima 200 kg. Em seguida, submetida a desagregamento em moinho de bolas, modelo M.B. 12X,
WORK INDEK, CIMAQ, visando homogeneizar e diminuir sua granulometria.
b) Amostras de gordura residual
O processo de preparação das amostras de gordura residual coletadas incluiu as etapas de
peneiramento e classificação. O Material Residual foi transferido para Recipientes Plásticos de 20 litros
objetivando dissolver a Gordura Residual, utilizando-se 01 (um) EBULIDOR ALUMÍNIO (IMC, Modelo:
1000 Watts/127 Volts), por um período de 20 (vinte) minutos, atingindo aproximadamente 80 ºC. Em
seguida, o Material Residual foi pesado em Balança Industrial Mecânica (MICHELETTI, Modelo: MIC
2/B, 2-300 Kg, e = 0.1 kg) e transferido para 01 (um) Tanque de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), de
geometria cilíndrica de 520 L, no qual foi acoplado na parte superior um Sistema de Peneiramento de
geometria cilíndrica com 560 mm de diâmetro e 480 mm de altura, construído de peneiras metálicas de 3 ½
MESH na área lateral e peneiras metálicas de 6 MESH na área da base. Este Sistema de Peneiras &
Classificação permitiu a remoção de resíduos sólidos grosseiros (Legumes, Verduras, Grãos de Arroz e
Feijão, Palitos, Papel, Plásticos, etc.), e a formação do sistema monofásico homogêneo Gordura Residual
Solúvel (Gordura + Fase Aquosa) no Tanque de PEAD.
PREPARAÇÃO DO CATALISADOR CaCO3.
7
O catalisador utilizado foi submetido a tratamento térmico, sendo calcinado a 150º C por duas horas em
Forno Mufla ZEZIMAQ – GP CIENTÍFICA até 1000 ° C.
PROCESSO DE CRAQUEAMENTO TÉRMICO E TÉRMICO-CATALÍTICO EM ESCALA PILOTO.
1.1 Processo de Craqueamento em escala piloto
Figura 1 - Unidade Piloto de Craqueamento/LEQ/UFPA (Mota, 2013)
1.2 Na investigação do processo de Craqueamento Térmico e Térmico-catalítico em escala Piloto foram
realizados 4 (quatro) experimentos
Tabela 1 – Investigação do processo de craqueamento térmico e térmico-catalítico em escala piloto
Experimento
s
Craqueament
o
Catalisador Massa
lodo
(kg)
Massa
gordura
residual
(kg)
Massa
Catalisador
(kg)
Temperatura
de
craqueamento
(°C)
Tempo de
detenção
(h)
Exp. 1 Térmico
__
26,00
__ __
438 2:00
Exp. 2 Catalítico CaCO3 +
G.R
19,00 8,00 1,35 327 2:40
Exp.3 Térmico
__
30,00
__ __
453 1:30
8
Exp.4 Catalítico Ca(OH)2 +
G.R.
22,5 7,30 3 290 00:30
1.3 Parâmetros operacionais
A investigação também consistiu na coleta de alíquotas, nos respectivos experimentos, em
intervalos regulares de tempo (20 minutos), iniciando a partir da temperatura inicial de craqueamento
(início da formação do produto líquido condensado). A Tabela 2 apresenta os parâmetros operacionais de
cada experimento, craqueamento térmico e térmico-catalítico em escala piloto.
Tabela 2 – Condições operacionais do craqueamento do lodo e lodo+gordura residual+Catalisador.
Condições Operacionais Exp. 1 Exp.2(7%) Exp.3 Exp.4(14%)
Temperatura de
Craqueamento
438 327 433 224
Massa lodo seco (kg) 27,0 19,0 30,0 22,5
Massa gordura (kg) __ 6,70 __ 7.50
Massa catalisador CaCO3
(kg)
__ 1,30 __ 3,0
Tempo inicial
craqueamento (min.)
1 h:00 min 1 h:00 min 0 h:30 min 0 h:20 min
Tempo total processo
(min.)
2 h:30 min 3 h:30 min 2 h:10 min 0 h:50 min
SEPARAÇÃO DE FASES DO PRODUTO LÍQUIDO OBTIDO
Após a realização dos experimentos térmicos e térmicos-catalíticos, o Produto Líquido Orgânico
(PLO) de cada experimento foi inicialmente submetido a um pré-tratamento, no qual consistiu de
Decantação e/ou Filtração dos experimentos, processo denominado de separação de fases.
CÁLCULO DOS RENDIMENTOS DOS EXPERIMENTOS
Na análise dos experimentos térmico e térmico-catalítico também foi avaliado a influência dos
rendimentos dos produtos líquidos orgânicos (PLO) sem a fase aquosa do resíduo também chamado de
coque (sem o catalisador para os experimentos 01 e 03), Gases não condensáveis, Água do processo e
9
rejeito sólido da Filtração.
O rendimento do Produto Líquido Orgânico (PLO), a partir de cada experimento foi calculado em
termos da sua massa em relação à massa inicial do lodo seco (teor de umidade de 10%). O resíduo no
reator foi pesado para obter-se o rendimento de coque, e no caso de Experimento Térmico-catalítico, o
resíduo do catalisador + gordura arrastado inicialmente no processo, e separado por decantação e/ou
filtração, foi subtraído da massa do coque. O rendimento do biogás foi determinado por diferença
considerando o rendimento total de 100%. Os rendimentos do processo experimental foram determinados
pelas Equações 1, 2 e 3.
(1)
(3)Onde:𝑀𝑃𝐿𝑂 - Massa do Produto Líquido Orgânico (sem a fase aquosa);𝑀𝑚𝑝 - Massa do lodo (teor de umidade de 7%);𝑀𝑐𝑜𝑞𝑢𝑒 - Massa de coque sem o catalisador.
CARACTERIZAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS DOS PLO’S
As amostras pré-tratadas do PLO de cada experimento foram retiradas para serem submetidas às
caracterizações físico-químicas. O PLO foi submetido às análises físico-químicas no Laboratório
THERMTEK-FEQ-UFPA, de acordo com os Métodos Oficiais AOCS e ASTM.
Tabela 3 - Métodos Oficiais AOCS e ASTM.
Experimentos D (g/cm³). I.A I.R
EXP 1 __ __ AOCS Cc 7-25
EXP 2 __ __ AOCS Cc 7-25
EXP 3 ASTM D854 at 25 ºC AOCS Ca 5 -40 __
EXP 4 ASTM D854 at 25 ºC AOCS Ca 5 -40 __
Onde: D – densidade; I.A. – índice de acidez; I.R. – índice de refração.
10
a) Densidade
Densidade absoluta ou massa específica de uma substância é o quociente de sua massa pelo seu
volume. Torna-se necessário especificar a temperatura da medida de densidade, pois se sabe que o volume
varia com temperatura. Enquanto a densidade relativa é a relação entre a massa de um determinado volume
da substância a uma dada temperatura, pela massa de igual volume de água destilada a uma determinada
temperatura (HILSDORF et al., 2010).
Neste procedimento experimental foi utilizado uma balança analítica (QUIMIS, Q – 500L210C) e
um picnômetro de 10 mL (estabelecido pelo fabricante). Os dados obtidos do picnômetro foram: volume
vazio e a pesagem do mesmo vazio e cheio de amostra. A análise foi realizada em duplicata, obtendo-se a
média dos valores como resultados. A Equação 4 foi utilizada para determina a densidade (g/cm³).
ρ=(m2−m1)
V (4)
Onde:
ρ- densidade absoluta
m2- Massa do picnômetro cheio
m1- Massa do picnômetro vazio
v- volume do picnômetro
b) Índice de acidez
Valores elevados do índice de acidez têm um efeito bastante negativo sobre a qualidade do
combustível afetando sua estabilidade térmica na câmara de combustão. Além disso, a elevada acidez livre
tem ação corrosiva sobre os componentes metálicos do motor. O valor do índice de acidez do produto indica
diretamente a quantidade não convertida de ácidos graxos. Assim, quanto menor a acidez, maior a
conversão e melhor qualidade do produto (RATON, 2012).
A acidez foi determinada pelo método titulométrico, utilizando-se uma solução alcoólica de KOH
(0,1 mol-1) e uma solução indicadora de fenolftaleína (1% em álcool etílico 95%). Este método é uma
adaptação do método oficial AOCS Ca 5 -40 (AOCS, 1988).
Para este ensaio foram pesados 0,1g de amostra em um erlenmeyer com o auxílio de uma balança de
precisão (QUIMIS, Q– 500 L210C). Em seguida foi adicionado neste erlenmeyer, 50 ml de N-hexano para
diluir. Após a diluição da amostra, adicionou-se aproximadamente 1 mL de fenolftaleína, em seguida foi
realizada a titulação da amostra com a solução alcoólica de KOH (0,1 mol-1) com o auxílio de uma bureta
volumétrica até a viragem (mudança para a cor rosa). Por fim, anotou-se o volume de KOH gasto na
titulação. O cálculo para a determinação do índice de acidez foi realizado de acordo a Equação 5.
11
IA=f KOH .V KOH . 56,11
ma (5)
Onde:
f KOH - Fator de correção da solução de KOH 0,1 M
V KOH - Volume de KOH gasto na titulação (mL)
ma - Massa da amostra (g)
c) Índice de Refração
O Índice de Refração foi determinado de acordo o método oficial AOCS Cc 7-25 (1997). Este
procedimento foi realizado a partir de um prévio ajuste do Refratômetro de ABBÉ (modelo AR 4D) com
água destilada (IR a 20 ºC = 1,333). Foram colocadas três gotas da amostra sobre o prisma opaco do
equipamento, em seguida fechou-se o sistema rapidamente para evitar a evaporação da amostra,
especialmente às frações leves da destilação. Após isso, observar o escurecimento parcial da luz na ocular,
na qual a área clara deverá estar na parte superior do campo e a linha escuro-claro exatamente sobre o
cruzamento das linhas no visor, em seguida ler o valor do índice de refração na escala de leitura. As leituras
foram realizadas em triplicata para cada amostra, a fim de obter uma melhor precisão dos resultados.
d) Análise por Espectroscopia na Região do Infravermelho – IR.
A espectroscopia de Infravermelhos (IR) com transformadas de Fourier é uma técnica usada para se
obter espectros de absorção, emissão, fotocondutividade ou de difração de Raman de infravermelhos de um
sólido, líquido ou gás. Um espectrômetro FTIR recolhe, simultaneamente, dado de uma vasta gama
espectral, o que lhe confere vantagem sobre o espectrômetro dispersivo, que mede a intensidade num
intervalo muito estreito de comprimentos de onda em cada medição. O termo espectroscopia de
infravermelhos com transformadas de Fourier provém do fato de ser necessário recorrer-se às transformadas
de Fourier (um processo matemático) para converter os dados recolhidos no espectro de radiação.
RESULTADOS:
Os Resultados obtidos, até o momento, para os experimentos realizados foram os seguintes:
Separação de fases dos produtos condensáveis;
Os procedimentos de decantação e filtração podem ser observados na Figura 2.
12
Figura 2- decantação e filtração dos PLO’s obtidos.
A separação de fases do produto líquido obtido nos quatro experimentos realizados, utilizando
balões de decantação, mostrou a formação de duas ou três fases. Sendo denominadas de Fase Leve (PLO
menos denso), Fase Intermediária (fase aquosa do PLO) e Fase Pesada (PLO mais denso). Então, em
função da formação de diferentes fases, algumas amostras não alcançaram separação satisfatória somente
por decantação, levando a utilizar o processo de filtração para realização da separação de fases.
Os resultados dos rendimentos dos experimentos 01 e 03 (térmico do lodo); 02 e 04 (térmico
catalítico lodo+gordura+ catalisador);
A tabela 4 ilustra os rendimentos de PLO dos experimentos realizados
Tabela 4 – Rendimentos do craqueamento térmico do lodo
Parâmetros de
processo
Temperatura
de
Craqueament
o (°C)
Temperatura
inicial de
Craqueament
o (°C)
Tempo inicial
de
Craqueament
o (h)
Tempo
total de
processo
(h)
PLO
(%)
Resídu
o
sólido
(%)
Gás
(%)
Exp. 1 438 106 0,40 2h:30min 4,32 73,10 12,99
Exp. 2 327 103 0,35 3h:30min 5,17 64,44 17,90
Exp. 3 453 125 0,29 2h:10min 5,49 56,67 32,54
Exp. 4 290 110 0,20 0h:50min 4,03 90,00 4,11
No experimento 01 foi possível constatar que o maior rendimento no processo de
craqueamento térmico do lodo se deu na formação de coque (biocarvão), cerca de 70%. Também,
constatou-se a formação de água, com um percentual próximo a 10%. Notou-se ainda que apresentou
o rendimento de PLO muito baixo 4,16%). Além disso, o PLO obtido separou-se em duas fases: uma
leve, com rendimento de 2,92% e outra pesada de 1,24%. Cabe salientar que os rendimentos para a
reação de craqueamento são fortemente influenciados pelo efeito da temperatura, natureza da
amostra, bem como por uma maior tendência para formação de vapores e água. Resultado diferente
foi obtido por Suzuki et al. (2008), que obteve cerca de 11- 16% de PLO durante o processo de
13
craqueamento térmico de lodo de esgoto doméstico.
Quanto ao resultado do experimento 02, foi possível constatar a formação de pouca água no
processo de craqueamento térmico-catalítico com um percentual de 1,8%. Também, para este
experimento o maior rendimento se deu para o coque (biocarvão), próximo a 65%. Notou-se ainda
que o rendimento de PLO foi um pouco maior que o do primeiro experimento (próximo a 5%). Cabe
salientar que esse rendimento pode ser influenciado pelo catalisador e a mistura do lodo com a
gordura residual. Contudo, é importante ressaltar que parte do catalisador utilizado foi arrastado para
coluna de condensação junto com a gordura residual durante a primeira hora de craqueamento. Este
material foi retirado como rejeito da filtração.
Os resultados do experimento 03 mostram que a formação de água no processo de
craqueamento térmico foi um percentual de 5,3%, assim como nos experimentos anteriores o maior
rendimento se deu para o coque (biocarvão), próximo a 57%. É possível perceber ainda que o
rendimento de PLO foi menor que o dos primeiros experimentos (próximo a 2%).
Já no resultado do experimento 04, foi possível constatar a formação de 1,87%. Para este
experimento o rendimento do coque (biocarvão), foi o maior de 90%, rendimento de PLO foi baixo
em relação ao primeiro (próximo a 3%). Cabe salientar que esse rendimento pode ser também
influenciado pelo catalisador e a mistura do lodo com a gordura residual.
Quanto aos valores de densidade, índice de acidez e índice de refração.
Tabela 5 – Caracterizações físico-químicas do PLO.
Amostras Exp. 3 Exp. 4(14%)
D I.A I.R D I.A I.R
01
PLO+ água 1,0224 __ __ __ __ __
Fase única __ __ __ 1,0425 53,15 1,470
Fase leve 1,0321 43,13 __ __ __ __
Fase
intermediária__ __ __ __ __ __
Fase pesada __ __ __ __ __ __
02
PLO+ água __ __ __ __ __ __
Fase única 1,1368 27,58 1,447 1,0419 29,74 __
Fase leve __ __ __ __ __ __
Fase
intermediária
__ __ __ __ __ __
Fase pesada __ __ __ __ __ __
PLO+ água 1,0539 __ __ 1,0197
14
03
Fase única __ __ __ 34,72 __
Fase leve 1,0361 20,64 1,445
Fase
intermediária
__ __ __
Fase pesada __ __ __
04
PLO+ água __ __ __ __
Fase única _ _ _
Fase leve 1,0488 38,77 _ 0,9796 31,86 1,408
Fase
intermediária
__ __ _ 1,0170 __ __
Fase pesada __ __ _ 1,0262 __ __
05
PLO + água 1,0595 __ _ __ __ __
Fase única __ __ __ 1,0346 32,37 1,363
Fase leve 1,0519 38,20 1,364 __ __ __
Fase
intermediária
__ __ __ __ __ __
Fase pesada __ __ __ __ __ __
Diesel S 10(ANP N°65)
0,82 a 0,85 Anotar Anotar 0,82 a 0,85 Anotar Anotar
Onde: D – densidade; I.A. – índice de acidez; I.R. – índice de refração.
Na análise dos parâmetros foi possível observar que na presença do catalisador o índice de acidez
do PLO começou a cair consideravelmente, diminuindo de 38,20 mg KOH/g para 32,37 mg KOH/g,
comparando-se os experimentos 3 e 4. Vale ressaltar que ocorreu uma queda no valor do rendimento dos
experimentos 3 e 4, em comparação, por motivos operacionais, houve uma interrupção do experimento 4.
Nos experimento 1 e 2 foi possível observar um aumento do rendimento, o PLO produzido sem
catalisador apresentou um rendimento 4,32%, no experimento 1, por exemplo, enquanto o PLO do
experimento 2 produzido com o CaCO3 apresentou um rendimento de 5,17%
Analisando o índice de acidez foi observado que a presença do catalisador contribuiu de forma
significativa para a redução desse índice, o que resulta na melhor conversão de hidrocarbonetos, vale
ressaltar que a presença do catalisador favorece a reação de craqueamento, e como resultado, produtos
com baixa acidez, ou seja, baixo teor de ácidos graxos livres).
15
A densidade do biodiesel está diretamente ligada com a estrutura molecular das suas moléculas.
Quanto maior o comprimento da cadeia carbônica do alquiléster, maior será a densidade, no entanto, este
valor decrescerá, a exemplo das amostras 4 (Fase leve) dos experimentos 3(1,0488) e 4(0,9796) quanto
maior for o número de insaturações presentes na molécula. A presença de impurezas também poderá
influenciar na densidade do biodiesel como, por exemplo, o álcool ou substâncias adulterantes.
O índice de refração dos PLO´s apresentaram resultados relativamente próximos aos valores
obtidos da frações da querosene (1,448) e do diesel de petróleo (1,460) obtido por SUZUKI et al. (2008).
O índice de refração de uma mistura é função dos índices das substâncias puras e de suas concentrações.
Caracterização química dos PLO’s
Entre as análises propostas nos materiais e métodos para caracterização dos PLO’s, foi
realizada a determinação do índice de acidez (IA) a Análise por Espectroscopia na Região do
Infravermelho – IR a algumas fases obtidas no processo de separação. As Figuras 3 e 4 ilustram o
espectro na região do infravermelho fase leve e as 5 e 6 fase pesada nos experimentos 01 e 02.
Figura 3 – Espectros experimento 01, térmico do lodo – fase leve (IA = 5,0 mmol/g)
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Figura 4 – Espectros experimento 2, térmico - catalítico do lodo+gordura+ catalisador – fase leve ((IA
=60,0 mmol/g).
No espectro do experimento 01 Fase leve foi visualizado bandas próximas de 2360 cm-1,
características da deformação axial assimétrica do CO2. As bandas visualizadas próximas de 2923
cm-1 e 2855 cm-1 são características de deformações axiais alifáticas da ligação C-H do grupo
metileno (CH2) e metila (CH3). Ainda de acordo os espectros, pode-se visualizar uma banda de
média intensidade entre 1456-1457 cm-1, como sendo característica da deformação angular simétrica
da ligação C-H do grupo metila (CH3). Nos espectros das amostras 04 e 11 foi visualizado uma
banda próxima de 1600 cm-1, característica da ligação C-C de dienos conjugados. A banda de
deformação axial larga de O-H em ligação hidrogênio intermolecular em 3350 cm-1 na amostra 11
também foi visualizada. Nestes espectros foram visualizados uma banda de baixa intensidade em
1380 cm-1, característica da deformação angular simétrica da ligação C-H do grupo metila (CH3).
No espectrograma do Experimento 02 Fase leve foi visualizado a presença de uma banda
fraca na região entre 1636-1645 cm-1, a qual corresponde a vibração de deformação axial de ligação
C=C, possivelmente de olefinas conjugadas. A presença de alcenos monossubstituídos pode também
ser caracterizada pela deformação angular fora do plano de C-H em torno de 909 cm -1 (amostra 7) e
911 cm-1 (amostra 4). As bandas visualizadas em 2360 cm-1 são características da deformação axial
assimétrica de CO2. As bandas próximas de 2923 cm-1 e 2853 cm-1 são características de
deformações axiais alifáticas da ligação C-H do grupo metileno (CH2) e metila (CH3). Ainda de
acordo os espectros, pode-se visualizar uma banda de média intensidade próxima de 1459 cm-1,
sendo característica da deformação angular simétrica da ligação C-H do grupo metil. Nos espectros
foi visualizada uma banda de deformação axial larga de O-H em ligação hidrogênio intermolecular
entre 3444 cm-1 e 3528 cm-1, provavelmente devido à presença de água nestas amostras.
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Figura 5 – Espectros experimento 01, térmico do lodo – fase pesada (IA = 5,0 mmol/g)
.
Figura 6 – Espectros experimento 2, térmico - catalitico do lodo+gordura+ catalisador – fase pesada (IA =
60,0 mmol/g)
Nos espectros do experimento 01 Fase pesada, com exceção da amostra 08, foi visualizado a
presença de uma banda intensa na região entre 1636-1639 cm-1, a qual corresponde a vibração de
deformação axial de ligação C=C, possivelmente de olefinas conjugadas. As bandas próximas de
2360 cm-1, visualizadas nos espectros, são características da deformação axial assimétrica do CO2.
As bandas próximas de 2923 cm-1 e 2853 cm-1 nas amostras 3 e 8 são características de
deformações axiais alifáticas da ligação C-H do grupo metileno (CH2) e metila (CH3). Ainda de
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acordo os espectros, pode-se visualizar uma banda de média intensidade próxima de 1457 cm -1,
sendo característica da deformação angular simétrica da ligação C-H do grupo metila (CH3). Nos
espectros foi visualizada uma banda de deformação axial larga de O-H em ligação hidrogênio
intermolecular entre 3432 cm-1 e 3451 cm-1, provavelmente devido à presença de água nestas
amostras. Nestes espectros foram visualizados uma banda de baixa intensidade entre 1355 e 1380
cm-1, característica da deformação angular simétrica da ligação C-H do grupo metila (CH3).
No espectrograma do Experimento 02 Fase pesada foi visualizado a presença de uma banda
intensa em 1636 cm-1 na amostra 11 e 1639 cm-1 na amostra 08, a qual corresponde a vibração de
deformação axial de ligação C=C, possivelmente de olefinas conjugadas. A banda visualizada em
2360 cm-1 é característica da deformação axial assimétrica de CO2. Nestes espectros foi visualizado
uma banda de baixa intensidade entre 1358-1360 cm-1, característica da deformação angular
simétrica da ligação C-H do grupo metila (CH3). Nos espectros foi visualizado uma banda de
deformação axial larga de O-H em ligação hidrogênio intermolecular entre 3437 cm -1 e 3455 cm-1,
provavelmente associado à presença de água nestas amostras.
CONCLUSÕES:
Em virtude dos experimentos realizados na planta piloto, a pirólise do lodo através da rota
tecnológica de craqueamento térmico e térmico-catalítico é viável tecnicamente para o
aproveitamento desse resíduo.
Os rendimentos verificados para os produtos obtidos nos experimentos (PLO, gases e
biocarvão) apresentaram melhores resultados para o material residual, o coque (biocarvão), em
média 70%. Enquanto que, os menores rendimentos se deram para o PLO, principalmente no
craqueamento térmico do lodo não higienizado, em torno de 5%;
Quanto aos produtos líquidos obtidos, os resultados apresentados em espectros de
infravermelho demonstraram que a rota tecnológica de craqueamento proporcionou a pirólise do
lodo de esgoto, transformando os ácidos carboxílicos de cadeia longa presentes em cadeias menores.
Considerando-se os parâmetros de índice de acidez e refração, as análises apresentaram resultados
satisfatórios na presença do catalisador.
De acordo com a literatura comparando-se com o diesel mineral, o biodiesel apresenta maior
densidade. Dentre os padrões de qualidade apresentados, a norma ASTM não considera relevante a
densidade do biodiesel como parâmetro de qualidade.
Além da caracterização completa a ser feita dos materiais obtidos, outros tratamentos devem
ser realizados para verificação da aplicabilidade. Por exemplo, destilação do PLO, ensaios de
adsorção dos biocarvões, etc., métodos que ainda serão empregados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, A.A.C., WUST, E., MEIER, H.F., Estudo da viabilidade de técnico-científica da produção
de biodiesel a partir de resíduos gordurosos, Engenharia ambiental 2008; 13: 255
–262.
DEMIRBAS, A., e KARA, H., New Options for Conversion of Vegetable Oils to Alternative Fuels,
Energy Sources 2006; part A 28 :619-626.
HOSSAIN, M.K.; STREZOV, V. & NELSON, P.F. Thermal characterisation of the products of
wastewater sludge pyrolysis. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, 85: 442-446, 2009
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS. disponível em:
http://www.sinir.gov.br/web/guest/plano-nacional-de-residuos-solidos>. Acesso em: 23 fev.
2013.
SILVA, P. R. F. da; FREITAS, T. F. S de. Biodiesel: o ônus e o bônus de produzir combustível.
Ciência Rural. Santa Maria, v. 38, n. 3, maio - jun, 2008. Disponível em:
<http://www.scielosp.org/pdf/cr/v38n3/a44v3 8n3.pdf.
SONG, W. & GUO, M. Quality variations of poultry litter biochar generated at different pyrolysis
temperatures. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, 94: 138-145, 2012.
SUZUKI, C. K., GUSKEN, E., MERCADO, A. C., FUJIWARA, E., ONO, E. Optical sensing
system for liquid fuels. Protocolo OMPI, PTC/BR2008/000231, 2008.
MELO, W.J. & MARQUES, M.O. Potencial do lodo de esgoto como fonte de nutrientes para as
plantas. In: BETTIOL, W. & CAMARGO, O.A., eds. Impacto ambiental do uso agrícola do lodo de
esgoto. Jaguariúna, Embrapa Meio Ambiente, 2000. p.109-141.
DIFICULDADES
As principais dificuldades encontradas na execução do projeto incluem:
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Dificuldades de manutenção da planta piloto de craqueamento como, por exemplo, danos em
peças de reposição, não disponibilidade de peças de reposição no mercado local, bem como a falta
de mão de obra técnica qualificada. Esses fatores contribuíram significativamente para que a
referida planta ficasse inoperante, atrasando a programação experimental;
Dificuldade de realização de algumas análises químicas qualitativas dos PLO’s obtidos, a algumas
delas são realizadas em outros laboratórios particulares e de pesquisa, em outras universidades e
em outros estados;
Demora na entrega de materiais de uso do laboratório, pois muitos são comprados fora do estado
do Pará ou em outros países;
Custo elevado na manutenção de equipamentos do laboratório que são utilizados rotineiramente; e
Demanda elevada de atividades de outros projetos utilizando o mesmo laboratório onde é
desenvolvido o projeto.
PARECER DO ORIENTADOR: Aluna desempenhou suas atividades com afinco, apresentando boa capacidade
operacional nas atividades práticas do laboratório, sou de parecer favorável a renovação da bolsa da mesma e
continuidade das pesquisas, uma vez que foram geradas várias publicações.
DATA: 25/08/2017
ASSINATURA DO ORIENTADOR
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ASSINATURA DO ORIENTADOR
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS: