84
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE BIOLOGIA CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS GABRIELLE RODRIGUES DE FARIA BIODIVERSIDADE DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E PLANCTÔNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA REGIÃO DE CABO FRIO - RJ, BRASIL NITERÓI 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE BIOLOGIA

CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

GABRIELLE RODRIGUES DE FARIA

BIODIVERSIDADE DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E

PLANCTÔNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA

REGIÃO DE CABO FRIO - RJ, BRASIL

NITERÓI

2011

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

II

GABRIELLE RODRIGUES DE FARIA

BIODIVERSIDADE DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E

PLANCTÔNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA

REGIÃO DE CABO FRIO - RJ, BRASIL

Monografia apresentada no Departamento de

Biologia Marinha da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial para obtenção

do Grau de Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientadora: Prof.ª Drª Cátia Fernandes Barbosa

Niterói

2011

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

III

GABRIELLE RODRIGUES DE FARIA

BIODIVERSIDADE DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E

PLANCTÔNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA

REGIÃO DE CABO FRIO - RJ, BRASIL

Monografia apresentada no Departamento de

Biologia Marinha da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial para obtenção

do Grau de Bacharel em Ciências Biológicas.

Aprovada em 28 de novembro de 2011

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

Prof.ªDrª Cátia Fernandes Barbosa

Universidade Federal Fluminense - Presidente

____________________________________

Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo

Universidade Federal Fluminense - Membro

____________________________________

Dr. Rodrigo da Costa Portilho Ramos

Universidade Federal Fluminense - Membro

______________________________________

Msc. Ana Lídia Bertoldi Gaspar

Universidade Federal Fluminense – Membro suplente

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

IV

À minha família pelo apoio incondicional.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

V

AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha orientadora Prof. Cátia pela imensa ajuda e incentivo que tornaram

possível a conclusão desta monografia, pelos ensinamentos e por ter me esclarecido

tantas dúvidas.

À Petrobras por ter financiado este projeto.

À todos os professores que contribuíram para a minha formação.

À todos os colegas de laboratório pela ajuda sempre muito bem vinda, e agradeço em

especial ao pessoal da microscopia Igor, Carine, Bruno, Patrícia, Manú, Ana Lídia,

Douglas, Thiago pelos momentos de descontração, risadas, pelos divertidíssimos dias de

trabalho. Ao André pela ajuda com o mapa da área de estudo. Ao Igor pela dica de

edição de imagens. Ao Rodrigo pela ajuda com os planctônicos. À Carine por ter sido

muito atenciosa em esclarecer dezenas de dúvidas.

Aos amigos que fiz na faculdade, pelos quatro anos de convívio quase que diário,

espero que mesmo cada um seguindo seu caminho, que nossa amizade permaneça.

Às minhas “irmãs” de Pouso Alegre: Aline, Gaby, Laís, Mary, Mayara, Carol pela

amizade, pela cumplicidade, por entenderem nossos encontros rápidos de feriados, por

estarem sempre presentes nos momentos difíceis, por participarem de momentos felizes

e risadas. E a todos meus outros amigos que aqui não foram citados, mas que tem

imensa importância na minha vida e que mesmo morando longe se fazem presentes.

Ao meu namorado Bernardo por estar sempre me apoiando, pela imensa paciência,

pelos conselhos e à sua família por ser a minha segunda família. À Ana Luiza pelo

carinho, paciência, ensinamentos e amizade.

Às pessoas mais importantes da minha vida minha mãe Olímpia, meu pai Gabriel e meu

irmão Raphael pelo amor, carinho, compreensão e por tornarem possível a realização

dos meus sonhos, pelo apoio em todas as minhas decisões, por acreditarem em mim.

Pelo exemplo de caráter e pela contribuição para a construção de quem sou hoje.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

VI

”Atrás de cada conquista vem um novo desafio.”

Madre Teresa de Calcutá

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

VII

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: A. Siphotextularia rolshausheni, foraminífero bentônico que possui parede

aglutinante. B. Pyrgo oblonga, foraminífero de parede calcária porcelânica

(imperfurada) e C. Elphidiella sp., foraminífero bentônico que possui parede calcária

hialina. Fotos realizadas em microscópio eletrônico de varredura

(MEV)..............................................................................................................................16

Figura 2: Mapa correspondente à região estudada com a localização das estações de

amostragem......................................................................................................................18

Figura 3: Massas d‟água que atuam na região de Cabo Frio (AT = Água Tropical;

ACAS = Água Central do Atlântico Sul; CB = Corrente do Brasil)..............................19

Tabela 1: características dos testemunhos longos amostrados

(Kullenberg).....................................................................................................................21

Tabela 2: características dos testemunhos curtos amostrados (Box-

core).................................................................................................................................21

Quadro 1: Enquadramento sistemático dos foraminíferos encontrados na região de Cabo

Frio, RJ baseado em Sen Gupta (1999) e Loeblich & Tappan

(1988).............................................................................................................................. 23

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

VIII

SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................ IX

ABSTRACT ............................................................................................................................. X

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1

1.1 FORAMINÍFEROS .................................................................................................... 2

1.1.1 Aspectos gerais .................................................................................................... 2

1.1.2 Distribuição geográfica dos foraminíferos .......................................................... 3

1.2 TAXONOMIA ............................................................................................................ 4

2. ÁREA DE ESTUDO ......................................................................................................... 6

2.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................................. 6

2.2 OCEANOGRAFIA REGIONAL ............................................................................... 7

3. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 9

3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 9

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 9

4. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 10

4.1 CAMPO .................................................................................................................... 10

4.2 LABORATÓRIO ...................................................................................................... 11

5. RESULTADOS ............................................................................................................... 12

5.1 SISTEMÁTICA ........................................................................................................ 12

5.1.1 Descrição sistemática ........................................................................................ 18

6. DISCUSSÃO ................................................................................................................... 59

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 70

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 71

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

IX

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo fornecer a identificação e catalogação das espécies de

foraminíferos bentônicos e planctônicos com base em um banco de dados de

fotomicrografias usando microscópio eletrônico de varredura. São fornecidas

informação taxonômica, sistemática e morfológica das diferentes espécies encontradas.

As amostras foram coletadas durante o Projeto Ressurgência na fácies de lama na

plataforma continental de Cabo Frio, RJ, utilizando amostradores Box-core e

Kullenberg em diferentes estações. No laboratório as amostras sedimentares foram

lavadas através das peneiras de malha 0,125 mm e 0,062 mm e triadas. Devido à ênfase

em taxonomia foram selecionados os melhores exemplares de cada espécie a fim de

facilitar a identificação dos táxons neste e em estudos subsequentes. Os microfósseis

foram depositados em lâminas micro paleontológicas e identificados em nível

específico. Foram identificados, descritos e fotografados 103 táxons de foraminíferos

bentônicos e planctônicos da região. A descrição sistemática foi feita baseada na

literatura de foraminíferos. Este trabalho será importante como uma ferramenta de

apoio na padronização sistemática de foraminíferos para estudos paleoceanográficos e

paleoecológicos, além da sua importância para a indústria de petróleo e gás na região.

Palavras-chave: taxonomia, sistemática, foraminíferos, Cabo Frio.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

X

ABSTRACT

This study aims to provide the identification and cataloging of benthic and planktonic

foraminifera species based on photomicrographs database using scanning electron

microscope. It is furnished the taxonomy, systematic, and morphological information

from the different species found. The samples were collected during the Projeto

Ressurgência on the continental shelf mud facies of Cabo Frio, using Box–core and

Kullenberg and in different stations. In the laboratory the sedimentary samples were

washed through 0.125 mm and 0.062 mm mesh sieves and picked up. Due to the

emphasis on taxonomy, we selected the best specimens of each species in order to

facilitate the identification of taxa in this and subsequent studies. The microfossils were

deposited on micro paleontological slides appropriate for them and identified at the

species level. It was identified, described, and photographed 102 taxa of benthic and

planktonic foraminifera of the region. The systematic description was made based on

foraminiferal literature . This work will be important as a supporting tool on the

standardization of foraminiferal systematics for paleoceanographical and

paleoecological studies, besides its importance to the oil and gas industry in the region.

Key-words: taxonomy, systematics, Foraminifera, Cabo Frio.

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

1

1. INTRODUÇÃO

A utilização de foraminíferos em diferentes estudos é de suma importância na

interpretação dos processos marinhos. Eles são os protozoários marinhos mais

abundantes nos domínios bentônico, mesopelágico superior e epipelágico, além disso,

tem uma longa história geológica, altas taxas evolutivas e alto potencial de preservação

o que os faz deles bioindicadores ideais para estudos das mudanças ambientais no

ambiente marinho (Barbieri, 2006).

A alta sensibilidade dos foraminíferos às mudanças ambientais faz com que os

foraminíferos sejam indicadores das condições ambientais nos ecossistemas marinhos

com base nas variações da morfologia de suas testas (Tarasova, 2006). Há diversas

aplicações para o estudo dos foraminíferos, além do grande potencial bioestratigráfico,

constituem uma excelente fonte de dados para abordagens paleontológicas como a

paleoceanografia e a paleoclimatologia, pois são indicadores batimétricos (razão

planctônicos/bentônicos) e marcadores de massas d‟água devido à sensibilidade de

determinadas espécies em relação à temperatura (Bergue & Coimbra, 2008).

Análises geoquímicas como medições de isótopos estáveis nas testas de carbonato

de foraminíferos fornecem uma das bases para reconstruções do oceano no passado e

reconstruções da história do clima e das variáveis: temperatura, salinidade e volume de

gelo (Katz, et al. 2010) que normalmente são perdidas ao longo da história oceânica.

Sendo assim, há uma grande demanda por estudos e registros da sua fauna.

A taxonomia dos foraminíferos baseia-se, essencialmente, na análise da

composição da parede e nos elementos morfológicos das testas. A nomenclatura

taxonômica referente ao nome de gêneros e espécies passou por modificações ao longo

do estudo dos foraminíferos.

O primeiro trabalho de organização sistemática dos foraminíferos em grande

escala foi conduzido por d‟Orbigny em 1826, sendo que no Atlântico Sul, sua

nomenclatura foi primeiramente publicada em 1839 também por d‟Orbigny (Boltovskoy

et al, 1980). Após d‟Orbigny vários autores propuseram classificações. A taxonomia

dos foraminíferos passou por mudanças devido à evolução das técnicas de observação

ao longo dos anos, com o avanço da microscopia óptica e eletrônica, hoje, cada

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

2

indivíduo e suas diferenças na construção de paredes, morfologias e ornamentações

podem ser observados mais detalhadamente (Boltovskoy et al, 1980).

Os exemplares classificados pelos taxonomistas são úteis para comparações em

revisões taxonômicas e são utilizados como referências para diversos estudos, sendo

assim, um banco de dados de espécies características de uma área constituem uma

importante ferramenta para a reconstrução paleoambiental.

1.1 FORAMINÍFEROS

1.1.1 Aspectos gerais

Os foraminíferos são seres unicelulares, eucariontes e heterotróficos, pertencentes

ao Reino Protista, Filo Granuloreticulosa, Classe Foraminifera (Loeblich & Tappan

1992, Sen Gupta, 1999). Apresentam pseudópodes e um protoplasma protegido por uma

carapaça a qual pode ser composta por carbonato de cálcio, aglutinada por partículas do

sedimento em que vivem ou mais raramente, orgânica ou silicosa, sendo essa carapaça

composta por uma ou várias câmaras interconectadas por um ou mais orifícios,

chamados forâmen (Vilela, 2004).

A alimentação desses protistas se dá pela projeção de seus pseudópodes para fora

da carapaça, os quais também são responsáveis pela locomoção e respiração desses

organismos. O seu crescimento se dá através do prolóculo, uma câmara inicial a partir

da qual se projeta parte do citoplasma como um molde em que os minerais são

adicionados para formação de novas câmaras.

Os foraminíferos são organismos aquáticos e podem ter hábitos bentônicos ou

planctônicos. A maioria dos foraminíferos é bentônica, são conhecidas cerca de 4.000

espécies de foraminíferos bentônicos e quarenta e quatro espécies representam os

foraminíferos planctônicos. A maior diversidade das espécies bentônicas deve-se ao

registro geológico mais antigo, no qual seus fósseis datam do período Cambriano

enquanto que o registro das espécies planctônicas são do período Jurássico (Sen Gupta,

1999).

Os foraminíferos bentônicos podem viver fixos ao substrato (sésseis) ou se

locomoverem (vágeis), podem viver sobre o sedimento (epifaunal) ou enterrados nele

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

3

(infaunal). Os planctônicos vivem à deriva nas correntes marinhas e podem migrar pela

coluna d‟água (Bé, 1960 e Boltovskoy et al, 1996) a maioria vive na zona eufótica

durante o estágio inicial do seu ciclo de vida e descem para águas mais profundas

quando adultos. A distribuição vertical desses protistas é ampla e variável

regionalmente e sazonalmente e devem estar relacionados com essa distribuição fatores

como temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, condição fótica e disponibilidade de

nutrientes (Arnold & Parker, 1999).

Para a classificação dos foraminíferos quanto à determinação das famílias,

gêneros e espécies leva-se em conta o hábito de vida, as características das câmaras,

como número e formato, linhas de sutura, número, forma e posição das aberturas, tipo

de enrolamento, ornamentos e ocorrência no tempo geológico (Vilela, 2004).

1.1.2 Distribuição geográfica dos foraminíferos

Foraminíferos são organismos muito sensíveis às condições físico-químicas do

meio, desta forma, sua distribuição está associada principalmente a essas características.

Os fatores de maior importância que controlam a distribuição dos foraminíferos são a

salinidade, a temperatura, o pH, a profundidade, o caráter do fundo, a alimentação, a

luminosidade, microelementos, entre outros (Murray, 1991; Boltovskoy et al., 1991).

(Boltovskoy, 1965.) e alterações nesses fatores ambientais são refletidas em suas

associações (Murray, 1991; Chum et al., 1998). Devido a essas características a

distribuição dos foraminíferos no Recente tem aplicações envolvendo estudos

ecológicos, ambientais, climáticos e batimétricos (Brasier, 1980).

O padrão de distribuição dos foraminíferos planctônicos nos oceanos, segundo Bé

(1966) está relacionado com a latitude, sendo influenciado principalmente pela

temperatura e salinidade das águas superficiais dos oceanos. O autor concluiu que esses

organismos podem ser agrupados em diferentes faixas nomeadas como zonas de

distribuição, sendo elas: Tropical, Subtropical, Transicional, Subpolar e Polar. Em geral

a maioria das espécies vive em águas quentes, assim como eles aumentam em tamanho

em regiões mais próxima dos trópicos (Schmidt, et al. 2004.). Esse padrão é atribuído à

fatores relacionados à temperatura como eficiência metabólica e supersaturação de

carbonato.

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

4

A distribuição biogeográfica de foraminíferos bentônicos é controlada

principalmente por características sedimentológicas, no entanto, Cushman (1948)

considera temperatura um importante fator controlador para a distribuição dos

foraminíferos bentônicos e, além da temperatura, fatores históricos geológicos são de

grande importância para explicar os padrões de distribuição.

1.2 TAXONOMIA

O entendimento dos seres vivos sobre a Terra é facilitado pelo agrupamento e

nomeação dos organismos e eles são agrupados com base nas suas inter-relações ou

similaridades, é a chamada classificação taxonômica ou sistemática (Simpson, 1961),

tendo como objetivo ordenar os organismos e hierarquizar os grupos.

A taxonomia dos foraminíferos baseia-se, essencialmente, na análise da

composição da parede e nos elementos morfológicos das testas. As testas tem uma

variedade de formas e estruturas que facilita a distinção dos taxa e são essenciais para

sua classificação taxonômica. A distinção das ordens se dá pelas diferenças nos

constituintes das testas, no hábito de vida, tipo de enrolamento das câmaras e ocorrência

no tempo geológico (Loeblich & Tappan, 1988). Para a determinação das famílias,

gêneros e espécies leva-se em conta o número e o formato das câmaras, as linhas de

sutura, a forma e posição das aberturas, os tipos de ornamentos (Vilela, 2004).

Entre as dificuldades encontradas na sistemática de foraminíferos, estão as

diferenças nos estágios de crescimento da testa, formas jovens podem ser bastante

diferentes das formas adultas, podendo causar equívocos na identificação.

No que se refere aos foraminíferos de plataforma continental, o grupo é

amplamente diversificado, tendo táxons de parede aglutinada com partículas do

sedimento, de parede calcária hialina e porcelânica (Fig.1).

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

5

Figura 1: A. Siphotextularia rolshausheni, foraminífero bentônico que possui

parede aglutinante. B. Pyrgo oblonga, foraminífero de parede calcária porcelânica

(imperfurada) e C. Elphidiella sp., foraminífero bentônico que possui parede

calcária hialina. Fotos realizadas em microscópio eletrônico de varredura (MEV).

A

B C

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

6

2. ÁREA DE ESTUDO

2.1 ASPECTOS GERAIS

A área de estudo compreende a plataforma continental sudeste do Brasil na área de

Cabo Frio, na costa norte do Estado do Rio de Janeiro, na altura do paralelo 23ºS e

longitude aproximada 42ºW. Esta região corresponde à parte sul da Bacia de Campos

(Fig.2).

A região de Cabo Frio é conhecida pela ocorrência periódica do fenômeno da

ressurgência costeira, quando águas frias e ricas em nutrientes afloram a superfície,

levando a uma sequência de processos biológicos e geoquímicos associados ao pulso

ressurgente. Além disso, a proximidade com duas fontes importantes de material

continental, a Baia da Guanabara e a foz do rio Paraíba, sugerem uma diversidade de

processos que controlam a sedimentação e geoquímica local. Uma importante

característica da região é a mudança da linha de costa de direção NE-SO para E-W na

altura de Cabo Frio, o que promove uma dinâmica costeira singular, responsável pela

alta dinâmica ecológica.

A influência de múltiplos fatores como a disponibilidade de nutrientes, diferenças

de temperatura e salinidade, penetração da luz na água, afetam o crescimento

populacional, a diversidade e a distribuição dos organismos inseridos nesse meio, como

os foraminíferos.

A plataforma continental nesta área apresenta uma extensão de aproximadamente

100 km e uma profundidade de lâmina d‟água entre 50 e 120 m. A região possui um

banco lamoso com espessura média de 2 m, chegando a 20 m em alguns locais

próximos a costa. Estes sedimentos apresentam alto teores de matéria orgânica quando

comparados aos sedimentos da plataforma continental ao norte, na Bacia de Campos.

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

7

Figura 2: Mapa correspondente à região estudada com a localização das estações de

amostragem.

2.2 OCEANOGRAFIA REGIONAL

A dinâmica oceanográfica da região de Cabo Frio é marcada pela ocorrência de três

massas de água distintas: Água Costeira (AC), massa d‟água quente (T ≥ 25ºC) e com

baixa salinidade. Água Tropical (AT) com temperatura quente e alta salinidade e Água

Central do Atlântico Sul (ACAS), massa d‟água fria (T ≤ 18ºC) que aflora

ocasionalmente na região (Aidar et al., 1993; Valentin, et al., 1987).

A Corrente do Brasil (CB) flui em direção sul, paralelo a costa brasileira com seu

caminho preferencial aproximadamente sobre a isóbata de 1000 m e é responsável por

transportar a Água Tropical (AT) nos níveis de 0-200m; e a Água Central do Atlântico

Sul (ACAS) nos níveis de 200-400m (Silveira et al., 2000) eventualmente preenchendo

as camadas mais profundas da plataforma continental (Fig. 3). A dinâmica da CB

promove o desenvolvimento de meandros e vórtices, os quais, nessa região, estão

associados à mudança na orientação da linha de costa (Campos, et al., 1995 e

Mascarenhas et al., 1971). Esses vórtices, quando ciclônicos, induzem o afloramento da

ACAS e quando anti-ciclônicos induzem um fluxo de matéria orgânica em direção ao

fundo.

As mudanças nas condições hidrográficas de Cabo Frio estão relacionadas, ainda, à

substituição das camadas superficiais de águas quentes (AT) com baixo nível de

produtividade por águas frias enriquecidas em nutrientes. A mudança na orientação da

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

8

linha de costa, juntamente com a ação dos ventos NE provocam um afastamento da AT

e da AC, o qual é compensado pelo afloramento da ACAS, caracterizando a

ressurgência costeira de Cabo Frio (Valentin, 1994).

A ocorrência da ressurgência com águas frias ricas em nutrientes que são trazidas à

superfície proporcionam um aumento significativo da produtividade biológica, sendo a

principal responsável pela concentração de material rico em carbono sobre a plataforma

e, assim, seu estudo é de grande importância científica e econômica.

Figura 3: Massas d‟água que atuam na região de Cabo Frio (AT = Água Tropical;

ACAS = Água Central do Atlântico Sul; CB = Corrente do Brasil).

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

9

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

A principal contribuição deste trabalho é a identificação de foraminíferos

bentônicos e planctônicos que ocorrem na fácies sedimentar de lama na plataforma

continental de Cabo Frio, RJ.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar, descrever a taxonomia e sinonímia, bem como catalogar espécies de

foraminíferos que se encontram na fácies sedimentar de lama na plataforma

continental de Cabo Frio, RJ.

Construir um banco de dados com fotomicrografias dos foraminíferos

encontrados com a finalidade de auxiliar na identificação das espécies encontradas

na região de Cabo Frio em estudos paleoambientais, paleoceanográficos e

plaeoclimáticos.

Tombamento das espécies fotomicrografadas no patrimônio do Museu de

Paleontologia e Micropaleontologia da UFF.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

10

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 CAMPO

O material sedimentar analisado neste trabalho foi coletado pelo Projeto

Ressurgência no período de abril e maio de 2010, a bordo da embarcação Av.Pq.Oc.

Diadorim, do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira – IEAPM / Marinha

do Brasil. Na superfície de fundo composta por fácies sedimentar de lama rica em

matéria orgânica que se estende de 80 a 150 metros na plataforma continental da região

de Cabo Frio, RJ foram coletadas treze amostras com amostrador do tipo Box-core com

dimensões de 0,30cm x 0,30cm x 0,30cm e quatro amostras com amostrador do tipo

Kullenberg. Em todas as estações foram medidos o perfil fisiográfico e profundidade,

além do posicionamento com sistema de navegação GPS (Sistema de Posicionamento

Global por Satélite). Para o presente estudos foram analisadas 8 amostras de topos de

Box-core e 2 amostras de topos de Kullenberg.

Tabela 1: características dos testemunhos longos amostrados (Kullenberg).

Ponto Coleta Identificação

testemunho

Lat./Long. Profundidade

coleta (m)

P1 CF10-01 23°24‟67”- 41°30‟38” 128

P9 CF10-09 23°11‟81”- 41°44‟08” 120

Tabela 2: características dos testemunhos curtos amostrados (Box- core).

Ponto Coleta Identificação

testemunho

Lat./Long. Profundidade

coleta (m)

P1 BCCF10-01 23°40‟38”- 41°59‟01” 128

P2 BCCF10-02 23°31‟76”- 41°54‟98” 119

P4 BCCF10-04 23°27‟64”- 41°64‟48” 120

P7 BCCF10-07 23°11‟21”- 41°63‟52” 93

P9 BCCF10-09 23°20‟13”- 41°73‟63” 117

P13 BCCF10-13 23°06‟51”- 41°83‟17” 82

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

11

P14 BCCF10-14 23°11‟03”- 41°96‟70” 113

P16 BCCF10-16 23°07‟07”- 41°98‟10” 103

4.2 LABORATÓRIO

No laboratório as amostras foram padronizadas em volume de 10 cm3

com a

utilização de seringas descartáveis, lavadas através de peneiras 125m e 63m. No

intervalo entre as lavagens, as peneiras eram mergulhadas em azul de metileno, com o

objetivo de corar os organismos que ficassem retidos na malha e pudessem contaminar a

amostra subseqüente, depois de secadas em estufa a 50ºC, as amostras foram

acondicionadas em potes plásticos.

As amostras foram examinadas e triadas sob lupa binocular em bandejas para

análise de microfósseis. Após a triagem, os indivíduos foram depositados em lâminas

micropaleontológicas e a maioria foi identificada em nível específico. Os indivíduos que

melhor representaram as espécies em relação ao seu estado de conservação foram

fotografados em microscópio eletrônico de varredura (MEV) para melhor visualização

dos espécimes.

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

12

5. RESULTADOS

Nas 10 amostras resultantes dos testemunhos foram selecionados e identificados

105 taxons. As espécies estão distribuídas nas ordens da seguinte maneira: na Ordem

Astrorhizida apenas a espécie Bigenerina nodosaria, na Litulida apenas a espécie

Spiroplectella cylindroides, na ordem Textulariida 4 espécies, Miliolida 13, Spirillinida

apenas a espécie Patellina corrugata , na ordem Lagenida 32 espécies, Buliminida 15,

Rotaliida 24 Globigerinida 13 e na ordem Robertinida apenas a espécie Hoeglundina

elegans e dentre o total dos taxons identificados, 92 possuem hábito bentônico e 13 são

planctônicos.

5.1 SISTEMÁTICA

A maioria das carapaças encontradas nos topos de testemunho encontra-se em bom

estado de conservação. Por se tratar de um trabalho com ênfase na taxonomia, foram

selecionados os melhores exemplares de cada espécie a fim facilitar a identificação dos

táxons neste e em estudos posteriores.

A taxonomia adotada no presente trabalho apoiou-se em Loeblich e Tappan (1988),

Cushman (1970) e outros trabalhos. A sequência de ordens e famílias foi organizada de

acordo com Sen Gupta (1999). A sequência de gêneros está em ordem alfabética dentro

de cada família, bem como as espécies dentro de cada gênero.

Para a elaboração da descrição sistemática realizada neste estudo foi feita a análise

da interpretação dos táxons descrita por diversos autores, com referências dos trabalhos

citados, caracterizando a sinonímia de cada espécie. As sinonímias apresentam somente

a referência das espécies originais ou trabalhos mais relevantes e os trabalhos

consultados. A descrição de cada táxon refere-se aos exemplares deste estudo, baseada

nas descrições realizadas por outros autores.

Para a nomenclatura aberta foi usado o trabalho de Rios-Netto (2000), com a

utilização de alguns termos, cujo significado encontra-se abaixo.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

13

cf. – Abreviatura do latim confer, que significa „similar‟. Usado quando um

exemplar é considerado muito próximo a uma espécie, com grande probabilidade de

pertencer a ela, mas com alguma dúvida persistente.

sp. – Abreviatura para „espécie‟. Usada para determinar uma espécie indefinida

para um determinado gênero.

A e B (designação informal) - Usada para determinar espécies diferentes e

indefinidas para o mesmo gênero.

Quadro 1: Enquadramento sistemático dos foraminíferos encontrados na região de Cabo

Frio, RJ baseado em Sen Gupta (1999) e Loeblich & Tappan (1988).

Ordens Famílias Gêneros Espécies

ASTRORHIZIDA ASTRORHIZIDAE Bigenerina Bigenerina

nodosaria

LITULIDA SPIROPLECTAMMINI

DAE

Spiroplectella Spiroplectella

cylindroides

TEXTULARIIDA

TEXTULARIIDAE

Textularia Textularia sp.

Siphotextularia Siphotextularia

rolshausheni

VERNEUILINIDAE Gaudryina Gaudryina sp.

VALVULINIDAE Clavulina Clavulina humilis

MILIOLIDA

CORNUSPIRIDAE Cornuspira Cornuspira

involvens

SPIROLOCULINIDAE Spiroloculina Spiroloculina

planulata

HAUERINIDAE

Miliolinella

Miliolinella sp.

Miliolinella cf. M.

hybrid

Pyrgo

Pyrgo

Pyrgo elongata

Pyrgo murrhina

Pyrgo oblonga

Pyrgo rotalaria

Pyrgo subsphaerica

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

14

MILIOLIDA

HAUERINIDAE

Quinqueloculina Quinqueloculina

lamarckiana

Sigmoilopsis Sigmoilopsis

schumbergeri

Triloculina Triloculina oblonga

Triloculina

tricarinata

SPIRILLINIDA PATELLINIDAE Patellina Patellina corrugata

LAGENIDA

NODOSARIIDAE

Dentalina Dentalina

communis

Dentalina filiformis

Grigelis Grigelis pyrula

VAGINULINIDAE

Astacolus Astacolus sp.

Astacolus

crepidulus

Vaginulinopsis Vaginulinopsis sp.

Siphomarginuli

Na

Siphomarginulina

hybrida

Lenticulina

Lenticulina

occidentalis

Lenticulina rotulata

Amphicoryna Amphicoryna sp.

Amphicoryna

scalaris

Saracenaria Saracenaria

angularis

LAGENIDAE

LAGENIDAE

Hyalinonetrion Hyalinonetrion

gracilis

Lagena

Lagena sp.

Lagena hispida

Lagena striata

Lagena sulcata

Procerolagena Procerolagena

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

15

LAGENIDA

gracillima

Procerolagena

gracilis

Procerolagena

ycatupe

Pygmaeoseistron Pygmaeoseistron sp.

ELLIPSOLAGENIDAE

Fissurina Fissurina coacatu

Fissurina radiata

Fissurina formosa

Oolina Oolina hexagona

Oolina squamosa

Parafissurina Parafissurina

felsinea

Parafissurina juruta

GLANDULINIDAE Glandulina Glandulina ovula

Globulotuba Globulotuba

entosoleniformis

BULIMIDA

BULIMIDA

CASSIDULINIDAE

CASSIDULINIDAE

Cassidulinoides Cassidulinoides

bradyi

Evolvocassiduli

Na

Evolvocassidulina

sp.

Globocassidulina Globocassidulina

subglobosa

Islandiella Islandiella sp

Paracassidulina Paracassidulina

neocarinata

BOLIVINIDAE

BOLIVINIDAE

Bolivina Bolivina fragilis

Bolivina ordinaria

Bolivinella Bolivinella

translucens

BULIMINIDAE Bulimina Bulimina aculeata

SIPHOGENERINOIDID

AE

Sagrinella Sagrinella sp.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

16

UVIGERINIDAE

Neouvigerina Neouvigerina

ampullacea

Uvigerina Uvigerina peregrina

Angulogerina Angulogerina

angulosa

Ruatoria Ruatoria ruatoria

ROTALIDA

ROTALIDA

BAGGINIDAE Cancris Cancris auriculus

EPONIDIDAE Alabaminella Alabaminella

weddellensis

DISCORBIDAE Discorbis Discorbis

candeiana

ROSALINIDAE Rosalina Rosalina floridana

DISCORBINELLIDAE Discorbinella Discorbinella

bertheloti

PLANULINIDAE Planulina Planulina

ariminensis

CIBICIDIDAE

CIBICIDIDAE

Cibicides

Cibicides

pseudolobatulus

Cibicides

pseudoungeriana

Cibicidoides Cibicidoides

pachyderma

Dyocibicides Dyocibicides

biserialis

PLANORBULINIDAE Caribeanella Caribeanella sp.

NONIONIDAE

Astrononion Astrononion

stelligera

Melonis Melonis barleeanum

Nonion Nonion sp.

Nonion grateloupi

Nonionella Nonionella turgida

Pullenia Pullenia

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

17

quinqueloba

ORIDORSALIDAE Oridorsalis Oridorsalis westi

Oridorsalis

umbonata

GAVELINELLIDAE Anomalinulla Anomalinulla

glabrata

ELPHIDIIDAE

Elphidium

Elphidiella sp.

Elphidium

discoidale forma

translucens

GLOBIGERINIDA

GLOBIGERINIDA

GLOBOROTALIIDAE

Globorotalia Globorotalia

menardii

Neogloboquadri

na

Neogloboquadrina

dutertrei

PULLENIATINIDAE Pulleniatina

Pulleniatina

obliquiloculata

CANDEINIDAE Globigerinita Globigerinita

glutinata

GLOBIGERINIDAE

Globigerina Globigerina

bulloides

Globigerinella Globigerinella

calida

Globigerinoides

Globigerinoides

Globigerinoides

conglobatus

Globigerinoides

ruber

Globigerinoides

trilobus sacculifer

Globigerinoides

trilobus trilobus

Globoturborotalit

a

Globoturborotalita

rubescens

Orbilina Orbulina universa

HASTIGERINIDAE Hastigerina Hastigerina

aequilateralis

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

18

ROBERTINIDA EPISTOMINIDAE Hoeglundina Hoeglundina

elegans

5.1.1 Descrição sistemática

Reino PROTISTA

Filo GRANULORETICULOSA Margulis, 1999

Classe FORAMINIFERA Sen Gupta, 1999

Ordem ASTRORHIZIDA Sen Gupta, 1999

Família ASTRORHIZIDAE Brady, 1881

Gênero Bigenerina d‟Orbigny, 1826

Bigenerina nodosaria d‟Orbigny

(Est.1, fig.1)

1826 Bigenerina nodosaria d‟Orbigny. d‟Orbigny, A.D. Tableau méthodique de la

classe des Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol.7, p.245-314.

1994 Bigenerina nodosaria d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.49, pl.44, fig.14-18.

Caracterização: Testa alongada, estágio inicial bisserial curto, tornando unisserial.

Suturas distintas e deprimidas no estágio unisserial. Parede aglutinada, canaliculada.

Abertura basal no estágio bisserial passando a terminal no estágio unisserial.

Ordem LITULIDA Sen Gupta, 1999

Família SPIROPLECTAMMINIDAE Cushman, 1927

Gênero Spiroplectella Earland, 1934

Spiroplectella cylindroides Earland

(Est.1, fig.2)

1934 Spiroplectella cylindroides Earland. Earland, A. Foraminifera. Part III. The

Falklands sector of the Antartic (Excluding South Georgia). Discovery Reports 7:113.

1988 Spiroplectella cylindroides Earland. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and

their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.112, pl.119, fig.18.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

19

Caracterização: Testa alongada, prolóculo planoespiral enrolado e evoluto passando a

estágio unisserial, câmaras pouco infladas. Suturas deprimidas, radiais no estágio

enrolado e horizontais no estágio unisserial. Parede aglutinada. Abertura terminal.

Ordem TEXTULARIIDA Sen Gupta, 1999

Família TEXTULARIIDAE Ehrenberg, 1838

Gênero Textularia Defrance, 1824

Textularia sp.

(Est.1, fig.3)

1988 Textularia Defrance. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.173, pl.192, figs.10-21.

Caracterização: Testa bisserial, pouco triangular. Câmaras bastante comprimidas e

suturas pouco visíveis. Parede aglutinada. Abertura simples na base interna da última

câmara.

Gênero Siphotextularia Finlay, 1939

Siphotextularia rolshausheni Phleger & Parker, 1951

(Est.1, fig.4)

1911 Textularia catenata Cushman, figs. 39-40.

1951 Siphotextularia rolshausheni Phleger & Parker, pl.2, fig.8.

Caracterização: Testa pequena, arranjo bisserial. Câmaras aumentando de tamanho

quando adicionadas. Suturas distintas, oblíquas, fortemente deprimidas. Parede

aglutinada. Abertura circular no final de um sifão localizado na última câmara.

Família VERNEUILINIDAE Cushman, 1911

Gênero Gaudryina d‟Orbigny

Gaudryina sp.

(Est.1, fig.5)

1840 Gaudryina rugosa d‟Orbigny, A. Mémoire sur les foraminífères de la craie

blanche du bassin du Paris, Mémoires de la Sociéte Géologique de France 4(1) :1-51.

1988 Gaudryina rugosa d‟Orbigny. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.136, pl.144, figs.1-3.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

20

Caracterização: Testa composta por duas distintas porções, inicialmente consistindo

uma série de câmaras arranjadas trisserialmente, depois passando para um arranjo

bisserial. Parede aglutinada. Abertura simples na base da margem interior da última

câmara.

Família VALVULINIDAE Berhelin, 1880

Gênero Clavulina d‟Orbigny, 1826

Clavulina humilis (Brady)

(Est.1, fig.6)

1884 Clavulina parisiensis var. humilis Brady, H.B. Rep. Voy. Challenger, Zoology,

vol.9.

1994 Clavulina humilis (Brady) Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural

History Museum, Oxford Science Publications, p.53, pl.48, figs.19-21.

Caracterização: Testa alongada, porção inicial triangular com o final apical pouco

agudo, depois uma porção subcilíndrica, cônica. Câmaras da porção inicial tornando-se

um pouco mais separadas e distintas quando adicionadas, sendo a última câmara com

um definido pescoço. Suturas indistintas na porção trisserial, depois um pouco mais

distintas e deprimidas. Parede aglutinada, superfície áspera, bastante espessa. Abertura

terminal, central, no final do pescoço tubular.

Ordem MILIOLIDA Sen Gupta, 1999

Família CORNUSPIRIDAE Schultze, 1854

Gênero Cornuspira Schultze, 1854

Cornuspira involvens (Reuss)

(Est.1, fig.7)

1849 Operculina involvens (Reuss) Reuss, A.E. Die fossilen Polyparien dês Wiener

Tertiärbeckens, Naturwissenschaftliche Abhandlungen, Wien 2(1): 1-109.

1994 Cornuspira involvens (Reuss). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.26, pl.11, figs.1-3.

Caracterização: Testa livre, discoidal, prolóculo globular e indiviso plano espiral

enrolado e tubular evoluto. Parede calcária, porcelanosa, imperfurada, superfície lisa.

Abertura no final do tubo.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

21

Família SPIROLOCULINIDAE Wiesner, 1920

Gênero Spiroloculina d‟Orbigny, 1826

Spiroloculina planulata (Lamarck)

(Est.1, fig.8)

1805 Miliolites planulata Lamarck, Ann. Mus., vol.5, p.352, n.4.

1929 Spiroloculina planulata (Lamarck). Cushman, J.A. The foraminifera of the

Atlantic Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.41, pl.8, figs 2-

5.

Caracterização: Testa irregularmente elíptica, periferia côncava, especialmente na

última câmara formada. Suturas distintas. Umbilico aberto. Superfície fosca. Abertura

na última câmaras com um lábio discreto.

Família HAUERINIDAE Schwager, 1876

Gênero Miliolinella Wiesner, 1931

Miliolinella sp.

(Est.1, fig.9)

1931 Miliolinella Wiesner, H. Die foraminiferen der deutschen Südpolar Expedition

1901-1903, Deutsche Südpolar Expedition, vol.20. Zoologie 12:53-165

1988 Miliolinella Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their classification. Van

Nostrand Reinhold Company. New York, p.340, pl.350, figs.1-18.

Caracterização: Testa calcária porcelanosa, três câmaras visíveis, última câmara

abrangente, periferia arredondada. Suturas bem marcadas e deprimidas. Superfície lisa.

Abertura terminal formando uma fenda com aba.

Miliolinella cf. M. hybrida (Terquem)

(Est.1, fig.10)

1878 Quinqueloculina hybrida (Terquem). Terquem, p.79, pl.9, fig.23

1923 Miliolina hybrida (Terquem). Wiesner, p.71, pl.13, figs.171-175.

1950 Miliolinella labiosa (d‟Orbigny). Said, p.5, pl.1, fig.10.

Caracterização: Testa semi-oval, mais larga que comprida, três câmaras aparentes, com

rápido aumento de tamanho e abrangente, torcidas, periferia arredondada. Suturas

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

22

distintas. Parede calcária hialina, superfície lisa. Abertura terminal grande em forma de

arco.

Gênero Pyrgo Defrance, 1824

Pyrgo elongata (d‟Orbigny)

(Est.1, fig.11)

1826 Biloculina elongata (d‟Orbigny). d‟ Orbigny, Ann. Sci. Nat., vol.7, p.298, n.4.

1929 Pyrgo elongata (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.70, pl.19, figs 2,3.

Caracterização: Testa alongada, arredondada na porção aboral, vista terminal pouco

elíptica, periferia arredondada. Suturas distintas e deprimidas. Parede porcelanosa,

superfície lisa. Abertura subcircular com um dente estreito aparente na abertura.

Pyrgo murrhina (Schwager)

(Est.1, fig.12)

1866 Biloculina murrhina Schwager, Novara-Exped., Geol., vol. 2, p.203, pl.4, figs.

15a-c.

1929 Pyrgo murrhina (Schwager). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.71, pl.19, figs 6-7.

Caracterização: Testa bilocular, aproximadamente circular. Porção central protuberante,

comprimido para a periferia formando uma carena serrilhada. Parede porcelanosa,

superfície lisa. Abertura subcircular com um pescoço estreito.

Pyrgo oblonga (d‟Orbigny)

(Est.1, fig.13)

1839 Biloculina oblonga d‟Orbigny, p.163, pl.8, figs 21-23.

1970 Pyrgo oblonga (d‟Orbigny). Von Daniels, p.76, pl.3, fig.9.

1993 Pyrgo oblonga (d‟Orbigny). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent

foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,

p.57, pl.50, figs.1-6.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

23

Caracterização: Testa porcelanosa, bilocular. Câmaras semi-circulares em secção

transversal. Sutura levemente sigmoidal em vista lateral. Superfície lisa, polida.

Abertura oval a subcircular com dente bipartido.

Pyrgo rotalaria Loeblich & Tappan

(Est.1, fig.14)

1953 Pyrgo rotalaria Loeblich & Tappan. Loeblich & Tappan, p. 47, pl. 6, figs 5-6.

1993 Pyrgo rotalaria Loeblich & Tappan. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent

foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca.

p.57, pl.51, figs.1-4.

Caracterização: Testa bilocular, simetricamente biconvexa. Câmaras com parede

fortemente abobada. Carena visível na sutura e sigmoidal em vista lateral. Parede

porcelanosa, superfície lisa. Abertura situada no final de um pescoço comprimido,

delimitada por um lábio fraco peristomal conectado com a carena, dente estreito

projetado a partir da margem interna do pescoço.

Pyrgo subsphaerica (d‟Orbigny)

(Est.1, fig.15)

1839 Biloculina subsphaerica d‟Orbigny, in De la Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba,

“Foraminiferes”, p.162, pl.8, figs. 25-27.

1929 Pyrgo subsphaerica (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.68, pl.18, figs 1-2

Caracterização: Testa rotunda ligeiramente mais longa que larga, câmaras arredondadas,

periferia arredondada. Suturas distintas, deprimidas. Parede calcária porcelanosa.

Superfície lisa e polida. Abertura largamente oval com curtas extensões laterais e dente

proeminente.

Gênero: Quinqueloculina d‟Orbigny, 1826

Quinqueloculina lamarckiana d‟Orbigny

(Est.1, fig.16)

1839 Quinqueloculina lamarckiana d‟Orbigny, in de La Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat.

Cuba. “Foraminifères”, p.192, pl.11, figs.28-30.

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

24

1929 Quinqueloculina lamarckiana (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The 24oraminífera of

the Atlantic Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.26, pl.2,

figs 6-a-c.

Caracterização: Testa com contorno oval, bordos agudos, enrolamento

quinqueloculinóide com quatro câmaras visíveis de um lado e três do outro. Câmaras

triangulares em secção transversal. Suturas levemente marcadas. Parede calcária

porcelanosa, superfície lisa, brilhante. Abertura ovalada na extremidade da última

câmara.

Gênero Sigmoilopsis Finlay, 1947

Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri)

(Est.2, fig.17)

1904 Sigmoilina schlumbergeri Silvestri. Silvestri, p.267, 269.

1994 Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.

The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.23, pl.8, fig.1-4.

Caracterização: Testa oval, com câmaras de uma volta e meia em torno do seu eixo. A

primeira volta com arranjo de quinqueloculina e depois sucessivas câmaras angulares

entre seu plano de enrolamento. Parede aglutinada. Abertura terminal, arredondada.

Gênero Triloculina d‟Orbigny, 1826

Triloculina oblonga (Montagu)

(Est.2, fig.18)

1803 Vermiculum oblongum Montagu, Test. Brit., p.522, pl.14, fig.9.

1826 Triloculina oblonga (Montagu). d‟Orbigny, Tableau méthodique de la classe des

Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol. 7, p.300, n.16.

1929 Triloculina oblonga (Montagu). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.57, pl.13, figs 4-5.

Caracterização: Testa alongada, com três câmaras visíveis, a última câmara formada

mais ampla que as precedentes, triangular em vista terminal, lados curvados e ângulos

arredondados, câmaras infladas. Suturas distintas, deprimidas. Parede calcária

porcelanosa, superfície lisa.. Abertura oval.

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

25

Triloculina tricarinata sensu Parker, Jones & Brady, 1865

(Est.2, fig.19)

1865 Triloculina tricarinata Parker, Jones & Brady. Parker, W.K., Jones, T.R. & Brady,

H.B. On the nomenclature of the foraminifera. Pt. XII. The species enumerated by

D‟Orbigny in the “Annales des Sciences Naturelles” vol. vii.1826, Annals and

Magazine of Natural History, ser. 3 16:15-41.

Caracterização: Testa trilocular, oval nas laterais, triangular em vista terminal. Câmaras

com suturas distintas. Parede calcária porcelanosa, superfície lisa. Abertura triangular

rodeada por um lábio peritomal com dente bipartido em forma de Y.

Ordem SPIRILLINIDA Sen Gupta, 1999

Família PATELLINIDAE Rhumbler, 1906

Gênero Patellina Williamson, 1858

Patellina corrugata Williamson

(Est.2, fig.20)

1858 Patellina corrugata Willianson, Rec. Foram. Gt. Britain. P.46, pl.3, figs.86-89.

1931 Patellina corrugata Williamson. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.11, pl.2, figs 6,7.

Caracterização: Testa pequena, trocoespiralada. Prolóculo seguido de uma câmara

enrolada que se divide em câmaras semicirculares. Parede calcária hialina. Abertura

umbilical no bordo interno das últimas câmaras.

Ordem: LAGENIDA Sen Gupta, 1999

Família: NODOSARIIDAE Ehrenberg, 1838

Gênero Dentalina Risso, 1826

Dentalina communis (d‟Orbigny)

(Est.2, fig.21)

1826 Nodosaria (Dentalina) communis d‟Orbigny, Ann. Sce. Nat. Sci. vol.7, pag. 254,

n.35.

1936 Dentalina communis (d‟Orbigny). Jennings, P.H. Bull. Amer. Pal. vol.23, n.76,

pag. 17-18.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

26

Caracterização: Testa constituída por nove câmaras oblíquas e circulares em secção

transversal sendo inclinadas contra as procedentes e crescendo em tamanho a partir da

primeira. Suturas superficiais entre as iniciais e profundas entre as distais. Parede da

testa lisa, pouco espessa. Abertura radiada.

Dentalina filiformis (d‟Orbigny)

(Est.2, fig.22)

1826 Nodosaria filiformis (d‟Orbigny). d‟Orbigny. Ann. Sci. Nat. v.7 p. 255.

1994 Dentalina filiformis (d‟Orbigny). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p., pl., fig..

Caracterização: Testa alongada, arqueada, unisserial, prolóculo apiculado, câmaras

cilíndricas a ovais, aumentando gradualmente quando adicionadas. Suturas horizontais.

Parede calcária hialina. Superfície lisa. Abertura terminal, radiada.

Gênero: Grigelis Mikhalevich, 1981

Grigelis pyrula (d‟Orbigny)

(Est.2, fig.23)

1826 Nodosaria pyrula d‟ Orbigny, Ann. Sci. Nat., v.7. p.253, n.13

1923 Nodosaria pyrula d‟Orbigny. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.69, pl.16, figs 1-4.

Caracterização: Testa alongada, unisseriada, prolóculo como um alongado espinho

protuberante basal, primeira câmara alongada oval, câmaras separadas por pescoço

estreito. Parede calcária hialina, superfície lisa. Abertura terminal, radiada acima do

pescoço.

Família: VAGINULINIDAE Reuss, 1860

Gênero Astacolus Montfort, 1808

Astacolus sp.

(Est.2, fig.24)

1808 Astacolus crepidulatus De Montfort, P.D. Conchyliologie Systématique et

Classification Méthodique des Coquilles. vol. 1. Paris : F.Schoell.

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

27

1988 Astacolus crepidulatus De Montfort. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera

and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.410, pl.450,

figs.7-10.

Descrição: Testa grande, alongada, porção inicial espiralada, periferia truncada no lado

ventral, carenada no lado dorsal. Numerosas câmaras, pequenas na porção inicial

aumentando gradualmente de tamanho quando adicionadas, baixas. Suturas distintas,

levemente curvadas. Superfície facial estreita e longa. Abertura grande, radiada.

Astacolus crepidulus (Fichtel & Moll)

(Est.2, fig.25)

1798 Nautilus crepidula Fichtel, L. von & Moll, J.P.C. von. Testacea microscopica,

aliaque minuta ex generibus Argonauta et Nautilus, ad naturam picta et descripta

(Microscopische und andere flein Schalthiere aus den geschlechtern Arginaute und

Schiffer). Vienna: Camesina.

1994 Astacolus crepidulus (Fichtel & Moll). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.

The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.79, pl.67, fig.20a-b.

Caracterização: Testa pouco cilíndrica, alongada, ligeiramente curvada. Câmaras

obliquamente sobrepostas, levemente infladas e aumentando em tamanho quando

adicionadas. Suturas visíveis, ligeiramente aprofundadas. Superfície lisa. Abertura

radiada localizada na última câmara.

Gênero Vaginulinopsis Silvestri, 1904

Vaginulinopsis sp.

(Est.2, fig.26)

1904 Vaginulinopsis Silvestri, A. Ricerche strutturali su alcune forme dei Trubi di

Bonfornello (Palermo), Memoirie della Pontificia Accademia Romana dei Nuovi

Lincei, v.22, p.251.

1988 Vaginulina soluta var. carinata Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and

their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.412, pl.450, figs.1-

6.

Caracterização: Testa alongada, estágio inicial planoespiral, enrolado e involuto, depois

retilíneo, lateralmente comprimido, última câmra fortemente inflada. Suturas radiais no

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

28

estágio inicial e lisas, horizontais e levemente deprimidas no estágio retilíneo. Parede

calcária, perfurada. Superfície lisa e ornamentada. Abertura terminal.

Gênero Siphomarginulina McCulloch, 1981

Siphomarginulina hybrida McCulloch

(Est.2, fig.27)

1981 Siphomarginulina hybrida McCulloch, I. Qualitative Observations on Recent

Foraminiferal Tests, part IV, with Emphasis on the Allan Hancock Atlantic Expedition

Colletions. Los Angeles: University of Southern California. P.82.

1988 Siphomarginulina hybrida McCulloch. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera

and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.407, pl.448,

figs.15.

Caracterização: Testa alongada, comprimida, periferia arredondada. Câmaras iniciais

planoespiralmente enroladas, final com poucas câmaras retilíneas. Suturas radiais no

início do enrolamento, oblíquas na parte retilínea. Parede calcária, hialina, translúcida,

finamente perfurada, superfície lisa. Abertura arredondada no final do pescoço e

circundada por um lábio com margem granulada.

Gênero: Lenticulina Lamarck, 1804

Lenticulina calcar (Linné)

(Est.2, fig.28)

1767 Nautilus calcar (Linné) figs. 9-10. From Challenger Sta. 209.

1994 Lenticulina calcar (Linné). Jones R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural

History Museum, Oxford Science Publications, p.81, pl.70, figs 9-12.

Caracterizaç: Testa biconvexa, espiralada. Quilha na periferia e projeções como

espinhos na periferia. Botão umbilical simples. Suturas arqueadas. Parede calcária

hialina, superfície lisa. Abertura radiada na última câmara.

Lenticulina occidentalis (Cushman)

(Est.2, fig.29)

1923 Cristellaria occidentalis Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean,

Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.102, pl.25, fig.2.

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

29

Caracterização: Testa biconvexa, espiralada com seis câmaras. Quilha na periferia.

Botão umbilical simples. Suturas arqueadas. Parede calcária hialina, superfície lisa.

Abertura radiada na última câmara.

Lenticulina rotulata (Lamarck ?)

(Est.2, fig.30)

1804 ?Lenticulites rotulata Lamarck, Suite des mémories sur les fossiles des environs

de Paris, Annales Muséum National d‟Histoire Naturelle, vol. 5, p.188, pl.62, fig.11.

1923 Cristellaria rotulata Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean,

Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.108, pl.22, figs 2.

1943 Lenticulina rotulata (Lamarck) Frizzell, D.L. Jour. Pal. vol.17, n.4, p.341.

Caracterização: Testa formando espiral fechada, oblonga e biconvexa com seis câmaras

na última volta. Periferia com quilha forte. Suturas arqueadas. Parede calcária hialina,

superfície lisa. Abertura radiada com ranhuras longitudinais.

Gênero: Amphicoryna Schlumberger, 1881

1881 Amphicoryna Schlumberger in Milne- Edwards, A. Compte rendu sommaire d‟une

exploration zoologique, faite dans le Méditerranée, à bord du navire de l‟Etat „Le

Travailleur‟. Compte Rendu Hebdomadaire des Séances de l‟Académie des Sciences,

Paris 93 : 876-882.

1988 Amphicoryna Schlumberger. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.410, pl.450, figs.11-15.

Amphicoryna sp. A

(Est.2, fig.31)

Caracterização: Testa alongada, unisserial e retilínea. Câmaras circulares em secção

transversal. Parede calcária, perfurada, superfície com estrias longitudinais e finas

costelas. Abertura terminal, radiada no final de um pronunciado pescoço com cristais

em forma de anel.

Amphicoryna sp. B

(Est.2, fig.32)

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

30

Caracterização: Testa alongada, unisserial. Câmaras circulares em secção transversal.

Difere da espécie anterior pela continuidade das câmaras. Parede calcária, perfurada,

superfície com estrias longitudinais e finas costelas que seguem até a abertura. Abertura

terminal, radiada no final de um pronunciado pescoço.

Amphicoryna scalaris (Batsch)

(Est.3, fig.33)

1971 Nautilus (Orthoceras) scalaris Batsch, A.I.G.C. Sechs Kupfertafeln mit

Conchylien des Seesanders, gezeichnet und gestochen von A.J.G.K. Batsch, Jena, 6pls.

1994 Amphicoryna scalaris (Batsch). Jones R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.75, pl.63, figs 28-31.

Caracterização: Testa alongada, base apiculada, duas câmaras unisseriais e retilíneas e

circulares secção transversal. Suturas marcantes. Parede calcária. Superfície com estrias

longitudinais e finas costelas interrompidas na parte de cima. Abertura terminal, radial,

no final de um pescoço com elevações concêntricas em forma de anéis.

Gênero Saracenaria Defrance, 1824

Saracenaria angularis Natland

(Est.3, fig.34)

1938 Saracenaria angularis Natland, M.L. New genus of foraminifera from the later

Tertiary of California. Journal of Paleontology 14: 568-571.

1962 Saracenaria angularis Natland. Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae

recentes do Brasil (Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261.

Zoologia, n.24, p.133, est.6, fig.59.

Caracterização: Testa grande, triangular em secção transversal. Margens com quilhas

translúcidas. Suturas distintas e dispostas obliquamente. Parede calcária

hialina,superfície lisa. Abertura radiada situada na região apical.

Família: LAGENIDAE Reuss, 1862

Gênero Hyalinonetrion Patterson & Richardson, 1987

Hyalinonetrion gracilis Costa

(Est.3, fig.35)

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

31

1856 Amphorina gracilis Costa. Costa, p.121, pl.11, fig.11.

1987 Hyalinonetrion gracilis Costa. Loeblich & Tappan, p.415.

1993 Hyalinonetrion gracilis Costa. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent

foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca.,

p.78, pl.90, figs.7-8.

Caracterização: Testa unilocular, alongada, fusiforme- sub rômbica em vista lateral e

circular em secção transversal, mais larga na porção central. Parede calcária hialina,

superfície lisa. Abertura redonda, terminal, no final de um longo pescoço.

Gênero: Lagena Walker & Jacob, 1798

Lagena sp.

(Est. 3, fig.36)

1978 Serpula (Lagena) Walker & Jacob, in Kanmacher, p. 634.

1988 Lagena (Walker & Jacob) Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.415, pl.455, figs.12, 13 e

15-17.

Caracterização: Testa circular com longo pescoço cilíndrico. Parede calcária hialina.

Superfície com numerosas estrias longitudinais que vão da região basal até a região do

pescoço. Abertura terminal no final do pescoço onde existe uma projeção circundando a

abertura.

Lagena hispida Reuss 1858

(Est.3, fig.36)

1858 Lagena hispida Reuss, A. E. Über kurzschwänzige Krebse im Jurakalke Mährens.

Sitzungsberichte der kaiserlichen Akademia der Wissenschaften (Mathematisch-

Naturwissenschaftliche Classe) 31:5-13.

1994 Lagena hispida Reuss. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural

History Museum, Oxford Science Publications, p.63, pl.57, fig.1-2.

Caracterização: Testa piriforme, pescoço alongado e apiculado. Superfície fina,

revestida com delicados espinhos em forma de “cataventos” distribuídos uniformemente

ao longo da testa. Abertura terminal.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

32

Lagena striata (d‟Orbigny)

(Est.3, fig.37)

1839 Oolina striata d‟Orbigny, Voyage dans l‟Amèrique Mèridionale-Foraminiferès,

v.5, pt.5,p.1-86, pl.1-9.

1994 Lagena striata (d‟Orbigny) Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.64, pl.57, figs.22,24.

Caracterização: Testa circular com longo pescoço cilíndrico. Parede calcária hialina.

Superfície com numerosas estrias longitudinais que no pescoço aparecem espiraladas.

Região basal apiculada.

Lagena sulcata (Walker & Jacob)

(Est.3, fig.38)

1798 Serpula (Lagena) sulcata Walker & Jacob in Kanmacher, p. 635.

1994 Lagena sulcata (Walker & Jacob). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.65, pl.58, figs.5-6, 10?, 18.

Caracterização: Testa globular com prolongamento anterior, ornamentado por elevações

anelares. Superfície com costelas longitudinais. Na região basal as costelas terminam

formando uma coroa. Abertura terminal.

Gênero Procerolagena Puri, 1954

Procerolagena gracillima (Seguenza)

(Est.3, fig.39)

1862 Amphorina gracillima Seguenza, G. Dei terreni Terziarii Del distretto di messina;

Parte II – Descrizione dei foraminiferi monotalamici delle marne Mioceniche Del

distretto di Messina. Messina: t. Capra.

1994 Procerolagena gracillima (Seguenza). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.

The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.626, pl.56, figs.19-22;

24-29

Caracterização: Testa finamente perfurada, alongada, mais larga no meio e estreita nas

extremidades. Projeção cilíndrica fina numa das extremidades, pouco curvada e estrias

finas e delicadas na parede, evidentes na região basal. Abertura terminal.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

33

Procerolagena gracilis (Willianson)

(Est.3,fig.40)

1848 Lagena gracilis Willianson, W.C. On the Recent Foraminifera of great Britain.

London: Ray Society, p.13, pl.1, fig.5.

1994 Procerolagena gracilis (Willianson). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.

The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.65, pl.58, fig.12.

Caracterização: Testa livre, unilocular, alongada, circular em secção transversal..

Costelas longitudinais que se estendem a partir da base do pescoço. Pescoço estreito e

alongado. Parede calcária, hialina. Abertura pequena, circular e com lábio fialino.

Procerolagena ycatupe (Narchi)

(Est.3, fig.41)

1962 Lagena ycatupe Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do Brasil

(Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24, p.118,

est.1, fig.1.

Caracterização: Testa ovóide, alargada na região central com projeções apiculadas nas

extremidades. Região basal ornamentada por estrias longitudinais finas. Parede calcária

hialina, superfície da testa lisa, pouco espessa. Abertura normalmente circundada por

rebordo, neste exemplar a abertura não apresenta rebordo provavelmente devido à

fragilidade da espécie.

Gênero Pygmaeoseistron (Patterson & Richardson, 1987)

Pygmaeoseistron sp.

(Est.3, fig.42)

1987 Lagena laevis (Montagu). Baccaert, p.157, pl.67, figs. 3,4.

1993 Pygmaeoseistron sp. (Montagu). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent

foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,

p.79, pl.91, figs.1-5.

Caracterização: Testa unilocular, forma oval com a base arredondada e um pescoço

alongado. Superfície imperfurada, camada dupla. Camada exterior com numerosas

depressões, camada inferior – visível quando a camada exterior está corroída- coberta

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

34

com minúsculas pústulas arredondadas. Próximo a abertura, o pescoço é irregularmente

pustuloso. Abertura terminal.

Família: ELLIPSOLAGENIDAE Silvestri, 1923

Gênero Fissurina Reuss, 1850

Fissurina coacatu Narchi

(Est.3,fig.43)

1962 Fissurina coacatu Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do Brasil

(Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24, p.120,

est.4, figs.43,44.

Caracterização: Testa elipsóide, comprimida lateralmente e com pescoço curto. Quilha

transparente ao redor da testa tornando-se mais larga ao redor do pescoço e

apresentando reentrâncias na região basal. Abertura circundada por rebordo. Tudo

entosolene curto.

Fissurina formosa (Schwager)

(Est.3, fig.44)

1866 Lagena formosa Schwager. Schwager, C. Fossile Foraminiferen Von Kar

Nikobar, Reise der Osterreischen Fregatte Novara um Erde in den Jahren 1857, 1858,

1859 unter den Befehlen dês Commodore B. VonWullerstorf-Urbair, Geologischer

Theil, v.2, n.1, Geologischer Beobachtugen, n.2, Pallaontologische Mittheilungen, pp.

187-268.

1994 Fissurina formosa (Schwager). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.70, pl.60, figs.18-19.

Caracterização: Testa oval, acentuadamente angular. Periferia com acentuada quilha

tornando-se mais larga ao redor do pescoço. Parede calcária, hialina. Abertura terminal

como uma fenda.

Fissurina radiata Seguenza

(Est.3, fig.45)

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

35

1862 Fissurina radiata Seguenza, G. Dei terreni Terziarii Del distretto di messina; Parte

II – Descrizione dei foraminiferi monotalamici delle marne Mioceniche Del distretto di

Messina. Messina: t. Capra.

1994 Fissurina radiata Seguenza. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.69, pl.60, figs.13-14.

Caracterização: Testa arredondada a oval; oval a lenticular em secção transversal.

Periferia com acentuada quilha apresentando uma reentrância na região basal. Parede

calcária, hialina. Abertura terminal como uma fenda.

Gênero Oolina d‟Orbigny, 1839

Oolina hexagona (Willianson)

(Est.3, fig.46)

1848 Entosolenia squamosa var. hexagona Willianson, W.C. On the recent British

species of the Genus Lagena. Ann. Mag. Nat. Hist., Ser. 2, n.1, p.1-20, pl.1-2.

1962 Oolina hexagona (Willianson). Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae

recentes do Brasil (Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261.

Zoologia, n.24, p.125, est.6, fig.54.

Caracterização: Testa piriforme. Superfície contém hexágonos variando em tamanho.

Abertura circular.

Oolina squamosa (Montagu)

(Est.3, fig.47)

1803 Vermiculum squamosum Montagu, G. Testacea Britannica or Natural History of

Britsh Shels Marine, Land and Fresh Water, Including the Most Minute. Romsei,

England: J.S. Hollis. 1803.

1994 Oolina squamosa (Montagu). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.66, pl.58, figs.28-32.

Caracterização: Testa piriforme. Superfície contém ornamentos parecidos com escamas

sobrepostas. Abertura circular e tubo interno.

Gênero Parafissurina Parr, 1947

Parafissurina felsinea (Fornasini)

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

36

(Est.3, fig.48)

1894 Lagena felsinea Fornasini. Fornasini, C. Quinto contributo alla conoscenza della

microfauna Terziaria Italiana, Memoirie della R. Accademie della Scienze dell‟Instituto

di Bologna Scienze Naturali, ser. 6. 1:1-17.

1994 Parafissurina felsinea (Fornasini). Jones R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.61, pl.56, fig.4..

Caracterização: Testa unilocular, levemente comprimida, margem arredondada com

carena. Parede calcária, superfície lisa. Abertura subterminal,. Tubo etosolene curvado.

Parafissurina juruta (Narchi)

(Est.4, fig.49)

1962 Fissurina juruta Narchi. Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do

Brasil (Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24,

p.121, est.4, fig.40-42.

Caracterização: Testa ovóide, pouco comprida. Superfície perfurada por poros grandes.

Ornamentação na região da abertura. Abertura terminal. Tubo entosolene corre até a

região do pescoço.

Família GLANDULINIDAE Reuss, 1960

Gênero Glandulina d‟Orbigny, 1839

Glandulina ovula d‟Orbigny

(Est.4, fig.50)

1846 Glandulina ovula d‟Orbigny, A. Foraminiferes fossils du Bassin Tertiaire de

Vienne (Autriche). Paris : V. Masson.

1994 Glandulina ovula d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.70, pl.60, figs.18-19.

Caracterização: Testa oval, afinando na extremidade, circular em secção transversal.

Câmaras aumentando rapidamente de tamanho quando adicionadas, fortemente

sobrepostas nas câmaras prévias. Suturas distintas, niveladas. Parede calcária, superfície

lisa. Abertura terminal, radial.

Genero Globulotuba Collins, 1958

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

37

Globulotuba entosoleniformis

(Est.4, fig.51)

1958 Globulotuba entosoleniformis Collins, A.C. Foraminifera, in Great Barrier Reef

Expedition 1928-29. Scientific Reports. v.6, n.6. British Museum (Natural Hitory)

p.385.

1988 Globulotuba entosoleniformis Collins. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera

and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.433, pl.468,

figs.23-24.

Caracterização: Testa fusiforme, circular em secção transversal, poucas câmaras

aumentando na série trisserial, suturas oblíquas, niveladas. Parede calcária hialina, com

anéis translúcidos circundando a abertura logo abaixo do colar. Abertura terminal

radiada com curto tubo entosolene.

Ordem BULIMINIDA Sen Gupta, 1999

Família CASSIDULINIDAE d‟Orbigny, 1839

Gênero Cassidulinoides Cushman, 1927

Cassidulinoides bradyi (Norman)

(Est.4, fig.52)

1881 Cassidulina bradyi Norman, A.M. Museum Normanianum, pt.7-8, Durham : The

Author, pp.14-21.

1994 Cassidulinoides bradyi (Nomura). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.60, pl.54, figs.6-9.

Caracterização: Testa alongada, robusta, periferia arredondada, câmaras arranjadas

bisserialmente com o plano bisserial na fase inicial enrolada, depois câmaras bisseriais

no plano desenrolado. Parede calcária, perfurada. Abertura subterminal em forma de

loop.

Gênero Evolvocassidulina Eade, 1967

Evolvocassidulina sp.

(Est.4, fig.53)

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

38

1967 Evolvocassidulina Eade, J.V. New Zealand recent foraminfera of the families

Islandiellidae and Cassidulinidae, New Zealand Journal of Marine and Freshwater

Research 1: 421-454.

1988 Evolvocassidulina Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.505, pl.555, figs.14-18.

Caracterização: Testa livre, alongada, estágio inicial lenticular a subglobular, câmaras

arranjadas bisserialmente na fase inicial enrolada. Parede calcária, perfurada, superfície

lisa. Abertura subterminal, oval, contornada por um estreito lábio.

Gênero: Globocassidulina Voloshinova, 1960

Globocassidulina subglobosa (Brady)

(Est.4, fig.54)

1881 Cassidulina subglobosa Brady. Brady, H.B. Quart. Journ. Micr. Sci., v.21, p.60.

1994 Globocassidulina subglobosa (Brady). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.

The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.60, pl.54, fig.17.

Caracterização: Testa globosa, periferia arredondada, câmaras bisseriais enroladas.

Suturas radiais, pouco deprimidas. Parede calcária, hialina, superfície lisa, com poros.

Abertura oval, estendendo-se da base da última câmara até o meio da face apertural.

Gênero Islandiella Nørvang, 1959

Islandiella sp.

(Est.4, fig.55)

1945 Cassidulina islandica Nørvang, A. The zoology of Iceland: Foraminifera, v.2,

pl.2. Copenhagen & Reykjavik: Ejnar Munksgaard, pp.1-79.

1959 Islandiella Nørvang, A. Islandiella n.g. and Cassidulina d‟Orbigny.

Videnskabelige Meddeleser fra Dansk Geologisk Forening 13 (5), p.26.

1988 Islandiella Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their classification. Van

Nostrand Reinhold Company. New York, p.506, pl.558, figs.1-20, pl.559, figs.1-9.

Caracterização: Testa livre, biconvexa com margem aguda, lenticular. Suturas distintas,

niveladas com a superfície, curvadas. Parede calcária hialina, superfície perfurada,

Abertura em fenda.

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

39

Gênero Paracassidulina Nomura, 1983

Paracassidulina neocarinata (Thalmann)

(Est.4, fig.56)

1950 Cassidulina neocarinata Thalmann. Thalmann, p.44.

1993 Paracassidulina neocarinata (Thalmann). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z.

Recent foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana

Rakovca. , p.94, pl.116, figs.1-7

Caracterização: Testa enrolada, lenticular na borda, involuta, enrolamento com quatro

pares de câmaras alternadas. Periferia com ângulo agudo e carena. Câmaras alongadas e

estreitas, distintamente curvadas. Suturas distintas, deprimidas e levemente curvadas.

Superfície lamelar lisa perfurada por poucos poros. Abertura em fenda longa, estreita

quase paralela à periferia com saliência ao longo da margem.

Família BOLIVINIDAE Glaessner, 1937

Gênero Bolivina d‟Orbigny, 1839

Bolivina fragilis Phleger & Parker

(Est.4, fig.57)

1951 Bolivina fragilis Phleger, F.B. & Parker, F.L. Ecology of foraminifera, nortwest

Gulf of Mexico; part II- Foraminifera species. Geol. Soc. Amer., Mem., York, n46,

pt.2, pag.13. in Catalogue of foraminifera by brooks Ellis & Messina.

Caracterização: Testa comprimida, levemente cônica, periferia aguda, carenada.

Câmaras numerosas, aumentando gradualmente de tamanho quando adicionadas, muito

levemente infladas, curvadas. Suturas distintas, estreitas, curvadas, oblíquas, levemente

deprimidas. Parede calcária. Superfície lisa, perfurada, com costelas estendendo

aproximadamente de um terço até a porção final. Abertura estreita.

Bolivina ordinaria (Phleger e Parker)

(Est.4, fig.58)

1952 Bolivina simplex (Phleger & Parker). Phleger & Parker, p.14, pl.2, fig.3.

2002 Bolivina ordinaria (Phleger e Parker) Gandhi, S.,Rajamanickam, G.V.M. and

Nigam, R.Taxonomy and distribution of Benthic Foraminifera from the sediments off

Palk Strait, Tamil Nadu, East Coast of India. p.57, pl.II, fig.6.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

40

Caracterização: Testa lamelar, pequena e afunilada. Periferia fina exceto na última

câmara onde é mais arredondada. Câmaras distintas, numerosas, estreitas com um

arranjo bisserial por toda sua extensão, maiores na porção terminal. Suturas distintas,

oblíquas, ligeiramente curvadas. Superfície pode apresentar sulcos longitudinais. Poros

relativamente largos. Abertura em forma de loop, bordejada por um lábio.

Gênero Bolivinellina Saidova, 1975

Bolivinellina translucens (Phleger & Parker)

(Est.4, fig.59)

1951 Bolivina translucens Phleger & Parker, p.15, pl.7, figs.13, 14.

1994 Bolivinellina translucens (Phleger & Parker). Loeblich & Tappan, Foraminiferal

genera and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.498,

pl.547, figs.5-7.

Caracterização: Testa alongada, estreita, bisseriada, periferia arredondada. Câmaras

estreitas na metade final da testa. Suturas oblíquas, levemente deprimidas. Parede

calcária hialina, superfície com poros distribuídos ao longo das suturas. Abertura basal.

Família BULIMINIDAE Jones, 1875

Gênero Bulimina d‟Orbigny, 1826

Bulimina aculeata d‟Orbigny

(Est.4, fig.60)

1826 Bulimina aculeata d‟Orbigny, Ann. Sci. Nat., v.7, p.269.

1922 Bulimina aculeata d‟Orbigny. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 3, p.96, pl.22, fig.1,2.

Caracterização: Testa alongada, trisseriada tendendo a se tornar unisseriada,

extremidade inicial apiculada, final arredondada. Câmaras infladas, parte inferior das

câmaras recortada formando bordos agudos serrilhados e com alguns espinhos. Suturas

deprimidas. Parede calcária hialina com pequenos poros. Abertura estendendo-se da

base ao meio da última câmara.

Bulimina marginata d‟Orbigny

(Est.4, fig.61)

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

41

1826 Bulimina marginata d‟Orbigny. d‟Orbigny, p.269, pl.12, figs.10-12.

1993 Bulimina marginata d‟Orbigny. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent

foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,

p.100, pl.125, figs.1-6.

Caracterização: Testa pequena, trisserial, extremidade inicial apiculada, final

arredondada e alongada. Câmaras infladas, parte inferior das câmaras recortada

formando bordos agudos serrilhados. Suturas deprimidas. Parede calcária hialina com

pequenos poros. Abertura estendendo-se da base ao meio da última câmara.

Família SIPHOGENERINOIDIDAE Saidova, 1981

Gênero Sagrinella Saidova, 1975

1975 Sagrinella guinai Saidova, Kh.M. Bentosnye Foraminifery Tikhogo Okeana.

Benthonic foraminifera of the Pacific Ocean, Moscou: Institut Okeanologii P.P.

Shirshova, Akademiya Nauk SSSR. v.3, p.309.

1988 Sagrinella guinai Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.517, pl.567, figs. 18-21.

Sagrinella sp. A

(Est.4, fig.62)

Caracterização: Testa pequena, alongada, levemente comprimida, lenticular em secção

transversal, bisserial. Câmaras pontiagudas na periferia. Suturas deprimidas, oblíquas.

Parede calcária perfurada por poros. Abertura terminal elíptica.

Sagrinella sp. B

(Est.4, fig.63)

Caracterização: Testa, alongada, levemente comprimida, lenticular em secção

transversal, bisserial. Câmaras infladas, difere da anterior pelo arredondamento das

câmaras na periferia e da testa levemente curvada. Suturas deprimidas, oblíquas. Parede

calcária perfurada por poros. Abertura terminal elíptica.

Família: UVIGERINIDAE Haeckel, 1894

Gênero Neouvigerina Thalmann, 1952

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

42

Neouvigerina ampullacea (Brady)

(Est.4, fig.64)

1884 Uvigerina asperula Czjzek var. Ampullacea (Brady). Brady, p.579, pl.75, figs. 10-

11.

1949 Uvigerina ampullacea (Brady). Said, p.31, pl.3, fig.21

1993 Neouvigerina ampullacea (Brady). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent

foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,

p.94, pl.116, figs.1-7

Caracterização: Testa lamelar, pequena, alongada. Câmaras iniciais arranjadas

trisserialmente, compactas e em espiral, câmaras posteriores arranjadas bisserialmente

com tendência a unisserial. Ornamentação composta por espinhos finos e pequenos,

distribuídos por toda a superfície no pescoço da abertura. Abertura terminal,

arredondada.

Gênero: Uvigerina d‟Orbigny, 1826

Uvigerina peregrina (Cushman)

(Est.5, fig.65)

1897 Uvigerina pygmaea Flint, (not U. Pygmea d‟Orbigny ), Rep. U.S.Nat.Mus., p.320,

pl.68, fig.2.

1923 Uvigerina peregrina Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean,

Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.166, pl.42, figs 7-10.

Caracterização: Testa oval, cônica e afunilada, câmaras baixas, pouco infladas, suturas

deprimidas. Superfície finamente perfurada com costelas elevadas e finas que são

interrompidas na sutura. Grânulos e espinhos presentes nas extremidades da testa.

Abertura terminal pequena, ao final de um fino pescoço.

Gênero Angulogerina Cushman, 1927

Angulogerina angulosa (Williamson)

(Est.5, fig.67)

1858 Uvigerina angulosa Williamson, Rec. Foram. Grat. Britain. P.67, pl.5, fig.140.

1923 Uvigerina angulosa (Williamson). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.170, pl.41, figs 17-20.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

43

Caracterização: Testa lamelar, alongada, trisserial nos estágios iniciais, depois muito

espiral com tendência a arranjo unisserial, triangular em secção transversal. Suturas

distintas, deprimidas. Superfície com perfurações extremamente finas dispersas e

limitadas a levantadas “pústulas”. Abertura terminal, arredondada, situada no curto

pescoço.

Gênero Ruatoria Vella, 1961

Ruatoria ruatoria Vella 1961

(Est.5, fig.68)

1961 Ruatoria ruatoria Vella, P. Upper Oligocene and Miocene uvigerinid foraminifera

from Raukumara Península, New Zealand, Micropaleontology 7: 467-483.

1988 Ruatoria ruatoria (Vella) Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.524, pl.573, figs.18-19.

Caracterização: Testa estreita, alongada, estágio inicial com arranjo trisserial com

câmaras cuneiformes e finalmente arranjo unisserial irregular; câmaras infladas, suturas

deprimidas. Parede calcária, perfurada, superfície com estreitas e espaçadas costelas

longitudinais; as costelas desaparecendo próximo da metade da última câmara. Abertura

arredondada no final de um pescoço estreito que termina com um lábio irregular.

Ordem: ROTALIIDA Sen Gupta

Família BAGGINIDAE Cushman, 1927

Gênero Cancris De Montfort, 1808

Cancris auriculus (Fichtel & Moll)

(Est.5, fig.69)

1798 Nautilus auricula var. Fichtel & Moll. Fichtel & Moll, p.108, pl.20, figs.a-c.

1993 Cancris auriculus (Fichtel & Moll). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent

foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,

p.106, pl.136, figs.6-14.

Caracterização: Testa trocoespiral, comprimida, biconvexa, alongada e em forma de

aurícula. Lado espiral evoluto, lado umbilical involuto e mais fortemente inflado no

lado espiral. Periferia aguda com uma estreita carena. Câmaras rapidamente

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

44

aumentando de tamanho quando adicionadas. Suturas curvadas, pouco limbadas no lado

espiral. Superfície lamelar, finamente perfurada. Abertura extraumbilical-umbilical.

Família EPONIDIDAE Hofker, 1951

Gênero Alabaminella Saidova, 1975

Alabaminella weddellensis (Earland)

1936 Eponides weddellensis Earland, A. Foraminifera. Part.IV. Additional records from

the Weddell Sea sector from material obtained by the S.Y. “Scotia”, Discovery Reports

13:1-76.

1988 Alabaminella weddellensis (Earland). Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera

and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.506, pl.558,

figs.1-20, pl.559, figs.1-9.

Caracterização: Testa muito pequena, trocoespiral, biconvexa, mais convexa no lado

espiral com amplas câmaras e suturas oblíquas. Umbilico deprimido e fechado. Lado

umbilical com suturas deprimidas e radiais. Parede calcária hialina, superfície lisa.

Abertura como uma fenda, interiomarginal.

OBS: Esta espécie não foi fotografada

Família: DISCORBIDAE Ehrenberg, 1838

Gênero: Discorbis Lamarck, 1804

Discorbis candeiana (d‟Orbigny)

(Est.5, figs.70, 71)

1839 Rosalina candeiana d‟Orbigny, in De la Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba,

“Foraminiferes”, p.97, pl.4, figs. 2-4.

1931 Discorbis candeiana (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.19, pl.7, fig.4 a-c.

Caracterização: Testa arredondada, um pouco comprimida trocoespiralada, com seis

câmaras na última volta, última câmara mais alargada que as anteriores. Suturas bem

marcadas, deprimidas. Parede calcária hialina, superfície lisa. Abertura interiomarginal,

umbilical e extra-umbilical.

Gênero Discorbinella Cushman & Martin, 1935

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

45

Discorbinella bertheloti (d‟Orbigny)

(Est.5, figs.72,73)

1839 Rosalina bertheloti d‟Orbigny in Barker Webb & Berthelot, Hist. Nat. Iles

Canaries, vol. 2, pt.2, “Foraminifères”, p.135, pl. 1, figs. 28-30.

1994 Discorbinella bertheloti (D‟Orbigny). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.

The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.95, pl.89, figs 10-12.

Caracterização: Testa plano-convexa, oval, superfície ventral plana, lado dorsal pouco

convexo, seis câmaras no final do enrolamento. Suturas distintas, levemente deprimidas.

Superfície lisa, finamente perfurada. Abertura uma fenda estreita na margem interna da

câmara do lado ventral.

Família ROSALINIDAE Reiss, 1963

Gênero Rosalina d‟Orbigny, 1826

Rosalina floridana (Cushman)

(Est.5, fig.74)

1922 Discorbis floridana Cushman, Publ. 311, Carnegie Instit. Washington, p.39, pl.5,

figs.11, 12.

1931 Discorbis floridana Cushman. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.21, pl.4, fig.7,8.

Caracterização: Testa côncavo-convexa, trocoespiralada, periferia subaguda; última

câmara ocupando aproximadamente um terço da circunferência, poros finos distribuídos

pelas últimas câmaras. Umbílico aberto rodeado pela aba das câmaras da última

volta.Suturas deprimidas e curvadas. Parede calcária hialina. Abertura em arco intero-

marginal umbical, extraumbilical.

Rosalina vilardeboana d‟Orbigny

(Est.5, figs.75, 76)

1839 Rosalina vilardeboana d‟Orbigny, in De la Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba,

“Foraminiferes”.

1994 Rosalina vilardeboana d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.93, pl.86, fig.9.

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

46

Caracterização: Testa trocoespiral, plano convexa a côncavo-convexa. Lado espiral

convexo com câmaras aumentando em tamanho e suturas oblíquas, deprimidas; lado

umbilical com câmaras subtriangulares e sobrepostas, suturas curvadas, umbilico aberto

circundado por uma aba. Câmaras interiores simples e indivisas, periferia subaguda.

Parede calcária, perfurada. Superfície lisa. Abertura interiomarginal como um arco

próximo à periferia no lado umbilical contornada por um estreito lábio.

Família: PLANULINIDAE Bermudez, 1952

Gênero Planulina d‟Orbigny, 1826

Planulina ariminensis d‟Orbigny

(Est.5, figs 77, 78)

1826 Planulina ariminensis d‟Orbigny, Tableau méthodique de la classe des

Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol.7, p.245-314.

1994 Planulina ariminensis d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.98, pl.93, figs. 10-11.

Caracterização: Testa planoespiral, muito comprimida. Câmaras distintas, estreitas e

fortemente curvadas. Suturas distintas, fortemente limbadas. Superfície grosseiramente

perfurada. Abertura na periferia e estendendo mais sobre o lado dorsal ao longo da

borda interna da câmara.

Família CIBICIDIDAE Cushman, 1927

Gênero Cibicides De Montfot, 1808

Cibicides pseudolobatulus Perelis & Reiss

(Est.5, figs 79, 80)

?1949 Cibicides refulgens Montfort. Said, p.42, pl.4, figs 17a-b (non C. refulgens

Montfort).

1952 Cibicides lobatulus (Walker & Jacob). Parker, p.422, pl.6, fig.26 a,b.

1975 Cibicides pseudolobatulus Perelis & Reiss. Perelis & Reiss, p.77, pl.4, figs. 1-7.

Caracterização: Testa lamelar, planoconvexa, evoluta e achatada no lado espiral,

involuta e convexa no lado umbilical. Contorno da periferia fracamente lobulado nas

últimas câmaras. Suturas deprimidas, radiais a levemente curvadas no lado umbilical,

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

47

no lado espiral curvadas. Superfície grosseiramente perfurada no lado espiral e

finamente perfurada no lado umbilical. Abertura intero – marginal.

Cibicides pseudoungeriana Cushman

(Est.6, fig.81)

1884 Truncatulina ungeriana Brady, H.B. Rep. Voy. Challenger, Zoology, vol.9, p.664,

pl.94, figs.9a-c.

1931 Cibicides pseudoungeriana Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.123, pl.22, fig.3-7.

Caracterização: Testa planoconvexa a biconvexa, trocoespiralada. Periferia pouco

aguda. Câmaras numerosas na última volta. Suturas curvadas, limbadas no lado espiral e

deprimidas no lado umbilical. Parede calcária hialina, grosseiramente perfurada no lado

espiral. Abertura basal e intero-marginal.

Gênero Cibicidoides Thalmann, 1939

Cibicidoides pachyderma (Rzehak)

(Est.6, fig.82)

1886 Truncatulina pachyderma Rzehak, A. Ueber Foraminiferen, Verhandlungen des

Naturfoschenden Vereins in Brünn, Sitzungberichte, 24:8.

1994 Cibicidoides pachyderma (Rzehak). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.

The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.98, pl.94, fig. 9.

Caracterização: Testa lenticular, biconvexa, trocoespiral. Suturas curvadas e limbadas

no lado espiral, lado umbilical com suturas radiais pouco curvadas. Periferia angular,

carenada. Parede calcária, grosseiramente perfurada no lado espiral, perfurações nas

câmaras iniciais e próximo às suturas espirais. Lado umbilical esparsamente perfurado.

Abertura interiomarginal contornada por um pequeno lábio.

Família PLANORBULINIDAE Schwager, 1877

Gênero Caribeanella Bermúdez, 1952

Caribeanella polystoma Bermúdez

(Est.6, fig.83)

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

48

1952 Caribeanella polystoma Bermúdez, P.J. Estudio sistematico de los foraminiferos

rotaliformes. Boletin de Geologia Venezuela, 2 (4): 1.230.

1988 Caribeanella polystoma Bermúdez. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and

their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.587, pl.642, figs.5-

19.

Caracterização: Testa fracamente trocoespiral, biconvexa no estágio inicial passando a

planoconvexa, lado espiral evoluto a parcialmente involuto, lado umbilical involuto.

Suturas espessas, deprimidas e curvadas no lado espiral, e aproximadamente retas e

radiais no lado umbilical. Parede calcária, grosseiramente perfurada, superfície lisa.

Abertura primária interiomarginal e contornada por um lábio proeminente, aberturas

secundárias pequenas com lábio na margem das câmaras precedendo a sutura na

periferia.

Gênero Dyocibicides Cushman & Valentine, 1930

Dyocibicides biserialis Cushman & Valentine

(Est.6, figs.84, 85)

1930 Dyocibicides biserialis Cushman & Valentine. Cushman & Valentine, p.31, pl.10,

fig.1,2.

1993 Dyocibicides biserialis Cushman & Valentine. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss,

Z. Recent foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana

Rakovca. , p.117, pl.154, fig.1.

Caracterização: Testa grande, estágio inicial trancoespiral, evoluto no lado espiral,

involuto no lado umbilical, estágio final irregularmente bisserial com rápido aumento

no tamanho das câmaras. Suturas amplamente limbadas no lado espiral, deprimidas no

lado umbilical. Carena periférica presente. Superfície grosseiramente perfurada em

ambos os lados. Abertura interiomarginal, extraumbilical-equatorial.

Família NONIONIDAE Schultze, 1854

Gênero Astrononion Cushman & Edwards, 1937

Astrononion stelligera (d‟Orbigny)

(Est.6, fig.86)

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

49

1839 Nonionina stelligera d‟Orbigny, A.D. Foraminifères, in P. Barker-Webb and S.

Berthelot, Historie Naturelle des Iles Canaries, v.2, pt.2, Zoologie, Paris: Bethune,

pp.119-146.

1988 Astrononion Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their classification.

Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.506, pl.558, figs.1-20, pl.559, figs.1-9.

Caracterização: Testa planoespiral e involuta, lateralmente comprimida, bilateralmente

simétrica, câmaras numerosas aumentando gradualmente em tamanho. Parede calcária,

hialina, superfície lisa e perfurada. Abertura um pouco interio-marginal com lábio.

Gênero Melonis de Montfort, 1808

Melonis barleeanum (Willianson)

(Est.6, fig.87)

1858 Nonionina barleeana Willianson, pl.11, figs.68,69.

1930 Nonion barleeanum (Willianson). Cushman, p.11, pl.4, figs.5a,b.

Caracterização: Testa planoespiral, involuta, margem periférica arredondada. Umbílico

aberto, fundo. Suturas espessas, ligeiramente curvadas. Parede calcária perfurada,

bilamelada. Abertura interiomarginal, periférica.

Gênero: Nonion de Montfort, 1808

Nonion sp.

(Est.6, fig.88)

1808 Nonion Montfort. Montfort, P.D. Conchyliologie Systématique et Classification

Méthodique des Coquilles, v.1. Paris : F.Schoell. p.210.

1988 Nonion Montfort. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.617, pl.690, figs.1-7;

pl.691, gifs.1-7 e 14-16.

Caracterização: Testa planoespiral, enrolada involuta, lateralmente comprimida e

biumbilicada. Suturas curvadas e niveladas. Contorno da periferia liso. Parede calcária,

opaca, superfície lisa. Abertura interiomarginal, extendendo lateralmente próximo ao

umbilico.

Nonion grateloupi (d‟Orbigny)

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

50

(Est.6, fig.89)

1826 Nonionina grateloupi d‟Orbigny, Ann. Sci. Nat., vol.7, p.294, n.19 in De la Sagra,

Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba, “Foraminiferes”, p.46, pl.6, figs. 6,7.

1930 Nonion grateloupi (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 7, p.10, pl.3, figs 9-11; pl.4,

figs 1-4.

Caracterização: Testa bilateralmente simétrica. Lados quase paralelos na visão

periférica, periferia arredondadas. Câmaras numerosas, as últimas formando um espiral.

Câmaras aumentando em comprimento. Suturas distintas, levemente deprimidas.

Superfície lisa, finamente perfurada. Abertura pequena, em forma de fenda na base da

última câmara formada.

Gênero Nonionella Rhumbler, 1949

Nonionella turgida (Williamson)

(Est.6, fig.90)

1858 Rotalina turgida Williamson, Rec. Foram. Gt. Britain, p.50, pl.4, figs.95-97.

1930 Nonionella turgida (Williamson). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 7, p.15, pl.6, fig.1-4.

Caracterização: Testa subtroncoidal, lado dorsal parcialmente involuto, lado ventral

completamente involuto; enrolamento fechado. Lado ventral desenvolvendo um lobo

distinto e alongado no final do lado umbilical. Parede calcária, superfície lisa, finamente

perfurada. Abertura na base da face abertural da câmara.

Gênero Pullenia Parker & Jones, 1862

Pullenia quinqueloba (Reuss)

(Est.6, fig.91)

1851 Nonionina quinqueloba Reuss, Zeitschr. Deutsch. Geol. Ges., v.3, p.71, pl.5,

figs.31a,b.

1882 Pullenia quinqueloba (Reuss). Brady, H.B. Proc. Roy. Soc. Edinb., v.11, p.712.

1924 Pullenia quinqueloba (Reuss). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 5, p.42, pl.8, fig.5-9,11.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

51

Caracterização: Testa globular e levemente comprimida, planoespiral e involuta,

câmaras infladas no final do enrolamento. Suturas radiais, levemente deprimidas.

Parede calcária, finamente perfurada, superfície lisa. Abertura estreita, interiomarginal

como fenda, extendendo da periferia para o umbilico.

Família ORIDORSALIDAE Loeblich & Tappan, 1984

Gênero Oridorsalis Andersen,1961

Oridorsalis westi Andersen

(Est.6, fig.92)

1961 Oridorsalis westi Andersen, H.V. Genesis and paleontology of the Mississippi

River mudlumps, part II. Foraminifera of the mudlumps, lower Mississippi River delta,

Louisiana Departament of Conservation, Geological Bulletin 35:1-208.

1988 Oridorsalis westi Andersen, Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their

classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.630, pl.708, figs.6-11.

Caracterização: Testa arredondada, trocoespiral, lado espiral evoluto com três

enrolamentos aumentando lentamente, suturas radiais e deprimidas, lado umbilical

involuto e suturas sinuosas. Parede calcária, hialina, finamente perfurada, superfície

lisa. Abertura primária interiomarginal extendendo próximo à periferia quase fechada

no umbilico, aberturas secundárias pequenas ocorrem na junção do espiral e suturas

intercamerais no lado espiral.

Oridorsalis umbonata (Reuss)

(Est.6, fig.93)

1851 Rotalina umbonata Reuss, Zeitschr. Deutsch. Geol. Ges., vol. 3, p.75, pl.5, figs.35

a-c.

1931 Eponides umbonata (Reuss). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic

Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.52, pl.11, figs 1-3.

1994 Oridorsalis umbonata (Reuss). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.99, pl.95, figs.11.

Caracterização: Testa biconvexa, periferia aguda a redonda. Câmaras distintas, pouco

infladas, aumentando uniformemente de tamanho quando adicionadas. Suturas distintas,

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

52

levemente oblíquas. Superfície lisa, finamente perfurada. Abertura contornada por um

delicado lábio.

Família: GAVELINELLIDAE Hofker, 1956

Gênero: Anomalinulla Saidova, 1975

Anomalinulla glabrata (Cushman)

(Est.6, fig.94)

1924 Anomalina glabrata Cushman. Cushman, p.39, pl.12, figs. 5-7.

1959 Anomalina glabrata Cushman. Graham & Militante, p.115, pl.19, fig.8.

1975 Anomalinulla glabrata (Cushman). Saidova, pl.76, fig.8.

Caracterização: Testa livre, trocoespiral, lado espiral evoluto, lado umbilical involuto

com pequeno umbílico aberto. Periferia arredondada. Câmaras aumentando de tamanho

quando adicionadas. Suturas pouco curvadas. Abertura interiomarginal equatorial-

extraumbilical em fenda, delimitada por um lábio.

Família ELPHIDIIDAE Galloway, 1933

Gênero Elphidiella Cushman, 1936

Elphidiella sp.

(Est.6, fig.96)

1936 Elphidiella Cushman, J.A. Some new species of Elphidium and related genera,

p.89.

Caracterização: Testa plano-espiral, involuta, bilteralmente simétrica; dez câmaras na

última volta. Suturas retas, lisas com fossetas redondas que aumentam de tamanho nas

últimas câmaras. Periferia arredondada. Parede calcária, perfurada; superfície lisa.

Abertura na última câmara.

Gênero Elphidium de Montfort, 1808

Elphidium discoidale (d‟Orbigny) forma translucens Poag

(Est.6, fig.95)

1939 Elphidium discoidale (d‟Orbigny). Orbigny, A.D‟. Voyages dans I‟Amérique

Méridionale – Foraminiferes – SreasBourg : Levrault, V, pp.1-86.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

53

1981 Elphidium discoidale f. translucens (d‟Orbigny). Poag, C.W. Ecologic Atlas of

Benthic Foraminifera of the Gulf of Mexico, Marine Science International, Woods

Hole, p.59, pl.35, fig.1.

Caracterização: Testa circular, biconvexa, periferia arredondada. Últimas câmaras

levemente infladas. Suturas niveladas. Superfície lisa, finamente perfurada, poros

grandes nas suturas. Abertura na última câmara.

Ordem GLOBIGERINIDA Sen Gupta, 1999

Família GLOBOROTALIIDAE Cushman, 1927

Gênero: Globorotalia Cushman, 1927

Globorotalia menardii (Parker, Jones & Brady)

(Est.7, figs.97, 98)

1865 Rotalia menardii Parker, Jones & Brady, p. 20, est.3, fig.81.

1975 Globorotalia menardii (Parker, Jones & Brady). Stainforth, et al. p.371, figs. 178,

6-10, 179.

Caracterização: Testa trocoespiral. Contorno axial biconvexo; periferia axial com

quilha. Contorno equatorial subcircular a auriculiforme, lobulado. Última volta com

cinco câmaras; câmaras assimétricas, levemente alongadas na direção do enrolamento.

Suturas radiais, curvadas e limbadas no lado espiral; radiais, retas e deprimidas no lado

umbilical. Umbilico estreito e profundo. Superfície lisa em ambos os lados, pustulosa

próximo à abertura. Abertura em fenda intero-marginal com lábio.

Gênero Neogloboquadrina Bandy, Frerichs & Vincent, 1967

Neogloboquadrina dutertrei (d‟Orbigny)

(Est.7, fig.99)

1839 Globigerina dutertrei d‟Orbigny, p.84, est.4, figs. 19-21

1988 Neogloboquadrina dutertrei (d‟Orbigny). Loeblich & Tappan, p.476, pl.514,

fig.12-14, pl.515, figs.1-3.

Caracterização: Testa subglobular, pouco trocoespiral. Câmaras subglobulares

aumentando rapidamente quando adicionadas, última volta com quatro câmaras.

Contorno equatorial subcircular, lobulado. Suturas radiais, retas e deprimidas em ambos

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

54

os lados. Umbílico aberto e profundo. Parede calcária, uniformemente perfurada,

periferia axial arredondada. Abertura primária em arco médio, intero-marginal.

Família: PULLENIATINIDAE Cushman, 1927

Gênero Pulleniatina Cushman, 1927

Pulleniatina obliquiloculata (Parker & Jones)

(Est.7, fig.100)

1862 Pullenia obliquiloculata Parker & Jones, in Carpenter, p.183. [nomen nudum]

1865 Pullenia sphaeroides obliquiloculata Parker & Jones, p.365, 368, pl.19, fig. 4.

1975 Pulleniatina obliquiloculata (Parker & Jones). Stainforth, et al. p.385, figs. 186-

187.

Caracterização: Testa globular. Última volta com cinco câmaras amplamente

arredondadas, ampliando regularmente, orientadas obliquamente ao eixo original.

Suturas distintas, levemente deprimidas. Umbilico escondido pela sobreposição de

sucessivas câmaras; a área umbilical é caracterizada por uma sutura curta entre a

penúltima e última câmara. Superfície espessa, lisa a brilhante, variavelmente pustulosa,

especialmente na região da abertura. Abertura como um arco baixo estendido da área

umbilical para a periferia e geralmente para a superfície espiral, dirigido obliquamente

em direção a espiral inicial.

Família CANDEINIDAE Cushman, 1927

Gênero Globigerinita Brönniman, 1951

Globigerinita glutinata (Egger)

(Est.7, fig.101)

1893 Globigerina glutinata (Egger) Egger, Abhandl. K. Bayer. Akad. Wiss. München,

CL II, v. 18, p.371, pl.13, figs.19-21.

1962 Globigerinita glutinata (Egger). Parker, p.246, pl.9, figs.1-16

Caracterização: Testa pequena, trocoespiral. Câmaras globulares aumentando

rapidamente de tamanho. Suturas radiais, deprimidas. Superfície lisa. Abertura

interiomarginal com lábio fino.

Família: GLOBIGERINIDAE Carpenter, Parker & Jones, 1862

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

55

Gênero: Globigerina d‟Orbigny, 1826

Globigerina bulloides d‟Orbigny

(Est.7, fig.102)

1826 Globigerina bulloides d‟Orbigny, p. 277

1988 Globigerina bulloides d‟Orbigny. Loeblich & Tappan, p.489, pl.535, figs.1-7.

Caracterização: Testa globulosa, trocoespiral, câmaras esféricas a ovais, aumentando em

tamanho quando adicionadas, três câmaras no final do enrolamento. Parede calcária,

perfurada com poros cilíndricos. Superfície mais áspera com numerosos colares de

espinhos. Abertura umbilical com lábios estreitos.

Gênero Globigerinella Cushman, 1927

Globigerinella calida Parker

(Est.7, fig.103)

1962 Globigerinella calida Parker, 221, lam.1, figs.9-13, 15.

Caracterização: Testa trocoespiral enrolada no estágio inicial, depois planoespiral e

evoluta. Câmaras globulares aumentando rapidamente, quatro câmaras na última volta.

Suturas radiais, deprimidas, periferia arredondada. Parede calcária, perfurada, superficie

lisa. Abertura interiomarginal com um grande arco assimétrico em relação aos planos de

enrolamento, contornado por um lábio.

Gênero Globigerinoides Cushman, 1927

Globigerinoides conglobatus (Brady)

(Est.7, fig.104)

1879 Globigerina conglobata Brady, p.286

1967 Globigerinoides conglobatus (Brady). Stainforth, et al. p.339, fig. 158.

Caracterização: Testa subglobular a subquadrada, câmaras em forma de rim. Superfície

híspida e grosseiramente perfurada. Abertura umbilical primária, quase fechada, mas

profunda. Abertura secundária sutural grande e como fenda.

Globigerinoides ruber (d‟Orbigny)

(Est.7, fig.105)

1839 Globigerina rubra d‟Orbigny, p.82, 83, pl.4, fig 12-14.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

56

1975 Globigerinoides ruber (d‟Orbigny). Stainforth, et al. p.310, fig. 138.

Caracterização: Testa elevada, trocoespiral com câmaras subglobulares. Três câmaras

na última volta. Câmaras posteriores carregam aberturas suplementares contíguas com

sutura espiral no lado espiral. Periferia lobulada no aspecto umbilical. Suturas

deprimidas à incisas. Abertura primária grande, quase circular, direcionada para fora ao

longo da prolongação do espiral, abrangendo suturas entre a penúltima e antepenúltima

câmaras.

Globigerinoides sacculifer (Brady)

(Est.7, fig.106)

1877 Globigerina sacculifera Brady, Geol. Mag., new ser., dec.2, v.4, n.12, p.535

1994 Globigrinoides sacculifer (Brady). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.90, pl.82, figs.4.

Caracterização: Testa trocoespiral com quatro câmaras na última volta. Última câmara

alongada formando um saco. Superfície híspida, suturas radiais, deprimidas. Abertura

extraumbilical emoldurada por um lábio fino.

Globigerinoides trilobus (Reuss)

(Est.7, fig.107)

1850 Globigerina triloba Reuss, Denkschr. K. Akad. Wiss. Wien, v.1, p.274, pl.47,

fig.11.

1955 Globigerinoides trilobus (Reuss). Weiss, L. Micropaleontology v.1, n.4, p.311.

Caracterização: Testa trocoespiral, três câmaras na última volta. Câmaras subglobulares,

infladas. Suturas deprimidas. Parede perfurada. Abertura em fenda entre as câmaras.

Gênero: Globoturborotalita Hofker, 1976

Globoturborotalita rubescens (Hofker)

(Est.7, fig.108)

1956 Globigerina rubescens Hofker. Copenhagen, Univ. Zool. Mus. Spolia. v.15,

p.234, pl.35, figs. 18-21.

1988 Globoturborotalita rubescens (Hofker). Loeblich & Tappan, p.490, pl.537, fig.7-

15.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

57

Caracterização: Testa trocoespiral, câmaras globulares aumentando rapidamente.

Suturas radiais, deprimidas, periferia arredondada. Parede calcária, perfurada. Abertura

umbilical.

Gênero: Orbulina d‟Orbigny, 1839

Orbulina universa d‟Orbigny

(Est.7, fig.109)

1839 Orbulina universa d‟Orbigny, p.2, pl.1, fig. 1

1988 Orbulina universa (d‟Orbigny). Loeblich & Tappan, p.494, pl.541, fig.1-11.

Caracterização: Testa esférica. Superfície híspida, inteiramente perfurada por

numerosos poros. Aberturas diversas, pequenas e arredondadas.

Família HASTIGERINIDAE Bolli, Loeblich & Tappan, 1957

Gênero Hastigerina Thomson, 1876

Hastigerina aequilateralis (Brady)

(Est.7, fig.110)

1884 Globigerina aequilateralis (Brady) Brady, H.B. Report on the foraminifera

dredged by H.M.S. Challenger during the years 1873-1876. In: Report of the scientific

results of the voyage of H.M.S. Challenger, Zoology Vol. 9 p.605, pl.80, figs.18a-b.

1985 Hastigerina aequilateralis (Brady) Bolli, H.M & Sounders, J.B.: Oligocene to

Holocene low latitude planktic foraminifera. p.253, figs. 42.6, 43, 5-7, 9-10.

Caracterização: Testa grande, trocoespiral, biumbilicada. Câmaras esféricas a ovais

aumentando rapidamente de tamanho, cinco câmaras na última volta. Suturas radiadas,

deprimidas, periferia arredondada. Parede calcária, perfurada, superfície lisa. Abertura

interiomarginal, arco equatorial extendendo em ambos os lados, contornado por um

lábio.

Ordem ROBERTINIDA Sem Gupta, 1999

Família EPISTOMINIDAE Wedekind, 1937

Gênero Hoeglundina Brotzen, 1948

Hoeglundina elegans (d‟Orbigny)

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

58

1826 Rotalia (Turbinuline) elegans d‟Orbigny. Tableau méthodique de la classe des

Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol. 7, p.245-314.

1994 Hoeglundina elegans (d‟Orbigny). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The

Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.104, pl.105, figs.3-6.

Caracterização: Testa trocoespiral, enrolamento fechado, biconvexa, câmaras

aumentando gradualmente. Suturas curvadas para trás no lado espiral e retas e oblíquas

no lado umbilical. Periferia subaguda, carenada. Parede calcária, lamelar, finamente

perfurada, superfície lisa. Abertura como fenda, paralela à quilha e aberta no lado

umbilical.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

59

ESTAMPA 1

1. Bigenerina nodosaria. Vista lateral. x100; 1mm.

2. Spiroplectella cylindroides.Vista lateral. x100; 1mm.

3. Textularia sp. Vista lateral. x150; 500m.

4. Siphotextularia rolshausheni. Vista lateral. x300; 300m.

5. Gaudryina sp. Vista lateral. x400; 200m.

6. Clavulina humilis Vista lateral. x60; 1mm.

7. Cornuspira involvens Vista lateral. x400; 200m.

8. Spiroloculina planulata.Vista ventral. x250; 300m.

9. Miliolinella sp. Vista ventral. x500; 200m.

10. Miliolinella cf. M. hybrida. Vista ventral. x400; 200m.

11. Pyrgo elongata. Vista ventral. x400x; 200m.

12. Pyrgo murrhina. Vista ventral. x60; mm.

13. Pyrgo oblonga. Vista ventral. x200; m

14. Pyrgo rotalaria. Vista ventral. x300x; m

15. Pyrgo subsphaerica. Vista ventral. x300; m

16. Quinqueloculina lamarckiana. Vista ventral. x250; 300m

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

60

ESTAMPA 2

17. Sigmoilopsis schlumbergeri. Vista lateral. x400; 200m.

18. Triloculina oblonga.Vista lateral. x300; 300m.

19. Triloculina tricarinata sensu.Vista lateral. x180; 500m.

20. Patellina corrugata. Vista ventral x600; 100m.

21. Dentalina communis.Vista lateral. x100; 1mm.

22. Dentalina filiformis.Vista lateral. x150; 500m

23. Grigelis pyrula. Vista lateral. x100x ;1mm.

24. Astacolus sp Vista lateral. x400; 200m.

25. Astacolus crepidulus. Vista lateral x400; 200m.

26. Vaginulinopsis sp. Vista lateral x400; 200m.

27. Siphomarginulina hybrida. Vista lateral x400 200m.

28. Lenticulina calcar. Vista lateral x500; 200m.

29. Lenticulina occidentalis.Vista lateral. x150; 500m.

30. Lenticulina rotulata.Vista lateral. x200; 500m.

31. Amphicoryna sp. A. Vista lateral. x300; 300m.

32. Amphicoryna sp. B. Vista lateral. x300; 300m.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

61

ESTAMPA 3

33. Amphicoryna scalaris. Vista lateral. x400; 200m

34. Saracenaria angularis. Vista lateral. x120; 500m

35. Lagena sp. Vista lateral. x400; 200 m.

36. Lagena hispida. Vista lateral. x500; 200m.

37. Lagena striata. Vista lateral. x600; 100m.

38. Lagena sulcata. Vista lateral. x500; 200m.

39. Procerolagena gracillima. Vista lateral. x150; 500m.

40. Procerolagena gracilis. Vista lateral. x150; 500m.

41. Procerolagena ycatupe. Vista lateral. x300; 300m.

42. Pygmaeoseistron sp. Vista lateral. x300; 300m.

43. Fissurina coacatu. Vista lateral. x600; 100m.

44. Fissurina formosa. Vista lateral. x300; 300m.

45. Fissurina radiata. Vista lateral. x400; 200m.

46. Oolina hexagona. Vista lateral. x800; 100m.

47. Oolina squamosa. Vista lateral. x800; 100m.

48. Parafissurina felsinea. Vista lateral. x400; 200m.

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

62

ESTAMPA 4

49. Parafissurina juruta.Vista lateral. x600; 100m.

50. Glandulina ovula. Vista lateral. x400; 200m.

51. Globulotuba entosoleniformis Vista lateral. x300; 300m.

52. Cassidulinoides bradyi.Vista lateral. x400; 200m.

53. Evolvocassidulina sp. Vista lateral.x800; 100m.

54. Globocassidulina subglobosa. Vista lateralx400; 200m.

55. Islandiella sp.Vista ventral.. x300; 300m.

56. Paracassidulina neocarinata.Vista ventral. x300; 100m.

57. Bolivina fragilis. Vista lateral. x400; 200m.

58. Bolivina ordinaria. Vista lateral. x800; 100m.

59. Bolivinellina translucens. Vista lateral. x300; 300m.

60. Bulimina aculeata. Vista lateral. x1000; 100m.

61. Bulimina marginata. Vista lateral. x300; 300m.

62. Sagrinella sp. A. Vista lateral. x500; 200m.

63. Sagrinella sp. B. Vista lateral. x400; 200m.

64. Neouvigerina ampullacea. Vista lateral. x400; 200m.

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

63

ESTAMPA 5

65. Uvigerina peregrina. Vista lateal. x400; 200m.

66. Uvigerina bifurcata. Vista lateral. x400; 200m.

67. Angulogerina angulosa. Vista lateral. x500; 200m.

68. Ruatoria ruatoria. Vista lateral x400; 200m.

69. Cancris auriculus. Vista ventral. x200; 500m.

70. Discorbis candeiana. Vista ventral x600; 100m.

71. Discorbis candeiana. Vista dorsal x300; 300m.

72. Discorbinella bertheloti. Vista ventral x200; 500m.

73. Discorbinella bertheloti. Vista dorsal x180; 500m.

74. Rosalina floridana. Vista ventral x300; 300m.

75. Rosalina vilardeboana. Vista ventral x600; 100m.

76. Rosalina vilardeboana. Vista dorsal x400; 200m.

77. Planulina ariminensis. Vista dorsal x200; 500m.

78. Planulina ariminensis. Vista ventral x200; 500m.

79. Cibicides pseudolobatulus. Vista ventral x300; 300m.

80. Cibicides pseudolobatulus. Vista dorsal x250; 300m.

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

64

ESTAMPA 6

81. Cibicides pseudoungeriana. Vista dorsal x400; 200m.

82. Cibicidoides pachyderma.Vista ventral. x 250; 300m.

83. Caribeanella sp. Vista ventral. x500; 200m.

84. Dyocibicides biserialis. Vista dorsal. x250; 300m.

85. Dyocibicides biserialis. Vista ventral. x200; 500m.

86. Astrononion stelligera. Vista lateral. x800; 100m.

87. Melonis barleeanum. Vista lateral. x300; 300m.

88. Nonion sp. Vista lateral. x200; 500m.

89. Nonion grateloupi. x400; 200m.

90. Nonionella turgida. x400; 200m.

91. Pullenia quinqueloba.Vista ventral. x400; 200m.

92. Oridorsalis westi. Vista dorsal. x300; 300m.

93. Oridorsalis umbonata Vista ventral. x250; 300m.

94. Anomalinulla glabrata. Vista lateral. x300; 300m

95. Elphidium discoidale Vista lateral. x300; 300m

96. Elphidiella sp. Vista lateral x250; 300m.

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

65

ESTAMPA 7

97. Globorotalia menardii. Vista dorsal. x180; 500m.

98. Globorotalia menardii. Vista ventral. x150; 500m.

99. Neogloboquadrina dutertrei. Vista ventral. x300; 300m.

100. Pulleniatina obliquiloculata. Vista lateral. x250; 300m.

101. Globigerinita glutinata. Vista ventral. x600; 100m.

102. Globigerina bulloides. Vista ventral. x300; 300m.

103. Globigerinella calida. Vista ventral. x400; 200m.

104. Globigerinoides conglobatus. Vista dorsal, x200; 500m.

105. Globigerinoides ruber. Vista dorsal. x250; 300m.

106. Globigerinoides sacculifer. Vista dorsal. x150; 500m

107. Globigerinoides trilobus.Vista dorsal. x250; 300m

108. Globoturborotalita rubescens. Vista ventral. x600; 100m.

109. Orbulina universa. x200; 500m.

110. Hastigerina aequilateralis. Vista lateral. x250; 300 m.

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

66

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

67

6. DISCUSSÃO

A identificação de foraminíferos é complexa, pois grande parte dos grupos

necessita de revisão de nomenclatura e muitos têm sinônimos, dificultando sua

identificação, neste contexto são necessárias análises complementares à revisão

bibliográfica como a comparação com outros exemplares previamente identificados e

análise em microscópio eletrônico de varredura (MEV), o que permite uma visualização

rica em detalhes, sendo assim, esses meios foram utilizados para acurácia na

identificação neste trabalho. Entre as revisões bibliográficas, as mais bem sucedidas e

utilizadas para estudos com foraminíferos destacam-se o trabalho de Jones em 1994 que

fez uma revisão das descrições de Brady (1884) e os atlas que correspondem a guias

ilustrados sobre a fauna de determinado local, entre os atlas, o “Atlas de foraminíferos

bentônicos do Atlântico Sul” de Boltovskoy (1980) é de grande importância para

estudos na costa do Brasil e foi utilizado com base de estudo e identificação das

espécies neste trabalho.

Os testemunhos amostrados para o presente estudo foram coletados na plataforma

continental de Cabo Frio onde existe uma fácies sedimentar de lama, diante desta

consideração, muitas espécies encontradas estão relacionadas às características

ambientais peculiares desta área, ou seja, um ambiente apresentando lama orgânica

como sedimento predominante devido ao aporte de material siliciclastico de origem

continental proveniente do rio Paraíba do Sul e Baía de Guanabara e oceânica.

Os foraminíferos presentes nos testemunhos amostrados são predominantemente

bentônicos os quais são mais abundantes em águas costeiras. As assembléias de

foraminíferos bentônicos são determinadas pela combinação de parâmetros

oceanográficos e sedimentológicos (Schmiedl et al. 1997). Dentre os táxons

identificados, a espécie bentônica Uvigerina peregrina foi abundante nas amostras.

Segundo Van der Zwaan et al (1999), essa espécie é comum em sedimentos ricos em

matéria orgânica e pode tolerar baixas concentrações de oxigênio, a espécie Bulimina

marginata também abundante nos testemunhos analisados neste estudo é encontrada em

ambientes ricos em matéria orgânica (Seigle, 1968). A presença de pirita nas testas de

vários espécimens encontradas é indicativa de um ambiente anóxico (Wang & Morse,

1996). Tais características corroboram com a sedimentologia da região estudada.

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

68

Cushman (1948) considerou a temperatura como sendo o fator controlador

predominante de distribuição dos foraminíferos bentônicos e registrou padrões de

distribuição de diferentes grupos, caracterizando, grupos de plataforma continental

como as lagenidas, bastante abundantes neste estudo e os miliolídios, frequentemente

encontrados em Cabo Frio, como característicos de águas quentes.

Considerando a importância da temperatura e migrações para explicar a

distribuição dos foraminíferos bentônicos neríticos, Boltovskoy e Wright (1976)

definiram 17 províncias: sete caracterizadas por espécies de águas quentes, duas por

espécies de águas frias e oito por espécies de águas temperadas. A fauna de

foraminíferos do Brasil corresponde ao tipo da Província das Índias Ocidentais, uma das

sete províncias de águas quentes.

As espécies de foraminíferos encontrados neste trabalho coincidem com muitas

das espécies características do Golfo do México, caracterizadas por Poag, (1981) no

“Ecologic Atlas of Benthic Foraminifera of the Gulf of Mexico”, como Elphidium

discoidale e Nonionella turgida sendo que o Golfo do México encontra-se nesta mesma

província. Phleger, (1960) e outros autores criaram uma lista das espécies características

das zonas verticais no Golfo do México, algumas espécies foram as mesmas

encontradas na plataforma continental de Cabo Frio neste estudo, como Uvigerina

peregrina, Bulimina marginata, Siphotextularia rolshauseni.

Em relação aos foraminíferos planctônicos, o padrão de distribuição também é

controlado por fatores ambientais, principalmente temperatura e salinidade das águas

superficiais dos oceanos. O agrupamento dos organismos em zonas latitudinais de

distribuição também é dividido entre zonas quentes e frias na mesma faixa latitudinal

(Boltvskoy et al, 1996). A espécie planctônica Globigerinoides ruber, indicadora de

massas de águas quentes (Boltovskoy, 1959), também é abundante nas amostras triadas.

Na região de Cabo Frio, a alta ocorrência desta espécie possivelmente está relacionada

com a Água Tropical (AT). Em contrapartida a ocorrência de Globigerina bulloides

relacionada à temperaturas mais baixas pode estar associada com a passagem de águas

frias na região em períodos de ressurgência. Corroborando com a passagem de águas

frias e ocorrência de ressurgência na região, foi encontrada a espécie aglutinada

bentônica Siphotextularia rolshauseni, cuja ocorrência está relacionada com ambientes

frios e variações na disponibilidade de alimentos (Nees & Struck, 1994). Alguns

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

69

espécimens encontrados apresentavam abrasão nas testas, o que pode ser explicado pelo

encontro de diferentes massas d‟água na região arrastando sedimentos.

As espécies de foraminíferos encontrada neste estudo refletem características

sedimentológicas da plataforma continental de Cabo Frio e as massas d‟água que

ocorrem na região, servindo de apoio a estudos paleoambientais e oceanográficos.

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

70

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração deste material é de grande contribuição para o conhecimento da

fauna de foraminíferos da região estudada e serve de apoio à rotina de identificação

taxonômica em nível específico e como material útil para padronização na identificação

e descrição através das fotomicrografias das espécies identificadas. A região de Cabo

Frio é um local com muitos recursos econômicos e possui grande demanda de estudos

ambientais, sendo assim, este trabalho visa contribuir para estudos nessa região.

Neste trabalho foram identificadas 103 espécies com fotomicrografias e suas

respectivas descrições, foi realizado um amplo estudo bibliográfico sobre cada espécie

aqui apresentada, encontrado na sinonímia com definição das classificações originais

das espécies. O estudo de caráter sistemático e taxonômico de grupos tão importantes

economicamente como os foraminíferos desta região da costa brasileira, ainda pouco

conhecida e estudada, contribuirá para o refinamento científico deste material.

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

71

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AIDAR, E.; GAETA, S. A.; GIANESELLA-GALVÃO, S.M.F.; KUTNER, M. B. B. &

TEIXEIRA C. Ecossistema costeiro subtropical: nutrientes dissolvidos, fitoplâncton

e clorofila-a e suas relações com as condições oceanográficas na região de Ubatuba

(SP). Publicação Instituto Oceanográfico, São Paulo, (10):9-43. 1993

ARNOLD, A.J. & PARKER, W.C. Biogeography in Planktonic Foraminifera, in Sen

Gupta, B.K., ed., Modern Foraminifera. Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The

Netherlands, p. 103–122. 1999.

BARBIERI, R. Foraminifera and environmental micropaleontology. Marine

Micropaleontology, 61:1-3. 2006.

BARBOSA, C.F. Reconstrução Paleoambiental de fácies lagunares com base em

foraminíferos: o nível do mar no quaternário superior na área de Cabo Frio, RJ. Tese de

doutoramento (IGc). Universidade de São Paulo. 1997.

BÉ, A.W.H. Ecology of recent planktonic foraminífera,.parte 2: Bathymetric and

seasonal distribuitions in the Sargasso Sea off Bermuda. Micropaleontology. v.6, n.4,

p.373-392, 1960.

BÉ, A.W.H. Distribuition of planctonic foraminifera in the world oceans. In:

International Oceanography Congress, 2. Abstract of paper. Moscou, 1966.

BERGUE, C.T. & COIMBRA, J.C.; Abordagens faunísticas e geoquímicas em

microfósseis calcáreos e suas aplicações à paleoceanografia e paleoclimatologia. Bol.

Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 3, n. 2, p. 115-126, 2008.

BOLTOVSKOY, E. Los foraminíferos recientes. Argentina: EUDEBA; Universidade

de Buenos Aires, 1965.

BOLTOVSKOY, E. & WHITE, R. Recent foraminifera. W. Junk, The Hague. 1976.

BOLTOVSKOY, E., GIUSSANI, S., WATTANABE & WRIGHT, R. Atlas of Benthic

Shelf Foraminifera of the Southwest Atlantic. – Hague-Boston-London: Dr. W. Junk.

147p. 1980.

BOLTOVSKOY, E., SCOTT, D.B. & MEDIOLI. F.S. Morfological variations of

benthic foraminiferal tests in response to changes in ecological parameters: a review.

Journal of Paleontology, 65: 175-185. 1991

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

72

BOLTOVSKOY, E.; BOLTOVSKOY, D.; CORREA, N.; BRANDINI, F. Planktic

foraminífera from the southwestern Atlantic (30º-60ºS): species-especific patterns in the

upper 50m. Marine Micropaleontology. v.28, p. 53-72, 1996.

BRADY, H.B. Report on the foraminifera dredged by H.M.S. Challenger, during the

years 1873-1876, in Report on the Scientific Results of the Voyage of the H.M.S.

Challenger, Zoology, v.9, 1884.

BRASIER, M. D. Microfossils. London: George Allen & Unwin, 1980.

CAMPOS, E.J.D.; GONÇALVES, J.E. & IKEDA, Y. Water Mass Structure and

Geostrophic Circulation in the South Brazil Bight – Summer of 1991. J. Geophys. Res.,

100(C9), 18537-18550. 1995.

CHUM, L., BRIAN J. & BLANCHON, P. Lagoon-shelf sediment exchange by Storms

evidence from foraminiferal assemblages, east cosat of Grand Cayman, British West

Indies. J. Sedimentary Research Abstracts, 67 (1): 11. 1998

CUSHMAN, J.A. A monograph of the foraminifera of the North Pacific Ocean. Pt.I.

Astrorhizidae and Lituolidae. Bulletin of the United States National Museum, 71(1):

1-134.1910.

CUSHMAN, J. A. A monograph of the foraminifera of the North Pacific Ocean, Pt. II,

Textulariidae: Bulletin of the United States National Museum, v. 71/2. p. 1-108.

1911.

CUSHMAN, J.A. Publ. 311, Carnegie Instit. Washington, 1922.

CUSHMAN, J.A. An outline of a re-classification of the Foraminifera, Cushman Lab.

For. Res. Contr., 3. 1927.

CUSHMAN, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean, Bulletin 104, USNM,

Smithsonian Institution, Antiquariat Junk, Netherlands, Reprint 1970.

CUSHMAN, J.A. Foraminifera: Their Classification and Economic Use, 4th

Ed.;

Harvard University Press, Cambridge. 1948.

CUSHMAN, J.A. & VALENTINE, W.W. Shallow-water Foraminifera from the

Channel Islands of Southern California – Stanford University, Contributions,

Departament of Geology 1/1:5-51. 1930.

JONES, R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural History Museum, Oxford

Science Publications, 149p. 1994.

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

73

KATZ. M.E., CRAMER, B.S., FRANZESE, A., HÖNISCH, B., MILLER, K.G.,

ROSENTHAL, Y. & WRIGHT, J.D. Traditional and emerging geochemical proxies in

foraminifera. Journal of Foraminiferal Research, 40 (2): 165–192. 2010.

LOEBLICH A.R. & TAPPAN, H. Foraminiferal genera and their classification. New

York, Van Nostrand Reinhold Company, v.2., 970p, 1988.

LOEBLICH A.R. & TAPPAN, H. Present status of foraminiferal classification, in

Studies in Benthic Foraminifera, (eds Y. Takayanagi and T. Saito). Proceedings of the

Fourth International Symposium on Benthic Foraminifera, Sendai. Tokai University

Press. pp.93-102. 1992.

MASCARENHAS, A. S., L. B. MIRANDA, & ROCK, N. J. A study of oceanographic

conditions in the region of Cabo Frio. Costlow J. D., 1, 285:308. 1971.

MURRAY, J.W. Ecology and palaeoecology of benthic foraminifera. New York,

Longman Scientific & Techinical, 397p. 1991.

NARCHI, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do Brasil (Foraminifera), Bol.

Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24, 1962.

NEES, S. & STRUCK, U. The biostrarigraphic and Paleoceanographic significance of

Siphotextularia rolshauseni Phleger and Parker in Norwegian-Greenland sea sedimens.

Journal of Foraminiferal Research, v.24, n.4, p.233-240. 1994.

KATZ. M.E., CRAMER, B.S., FRANZESE, A., HÖNISCH, B., MILLER, K.G.,

ROSENTHAL, Y. & WRIGHT, J.D. Traditional and emerging geochemical proxies in

foraminifera. Journal of Foraminiferal Research, 40 (2): 165–192. 2010.

PATTERSON, R.T., & RICHARDSON, R.H. A taxonomic Revision of the Unilocular

Foraminifera. Journal of Foraminiferal Research. 17: n.3, p.212-226. 1987.

PHLEGER, F.B. & PARKER, F.L. Ecology of foraminifera, nortwest Gulf of Mexico;

part II- Foraminifera species. Geol. Soc. Amer., Mem., York, n46, pt.2, pag.13. in

Catalogue of foraminifera by brooks Ellis & Messina. 1951.

POAG, C.W. Ecologic Atlas of Benthic Foraminifera of the Gulf of Mexico, Marine

Science International, Woods Hole, 1981.

RIOS-NETTO, A.M. Taxonomia e sistemática.- In : Paleontologia. ED. Interciência ;

Rio de Janeiro, p.83-94. 2000.

SCHMIEDL, G. & MACKENSEN, A. Late Quaternary paleoproductivity and deep

water circulation in the eastern South Atlantic Ocean : evidence from benthic

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE …ªDrª Cátia Fernandes Barbosa Universidade Federal Fluminense - Presidente _____ Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo Universidade Federal Fluminense

74

foraminifera. Journal Paleogeography, Paleoclimatology, Paleoecology, 130 : 43-80.

1997.

SEIGLE, G.A. Foraminiferal assemblage as indicator of high organic carbon content in

sediments and of pullotes waters. Bulletin of American Association of Petroleum

Geologist, 52: 2231-2241. 1968

SEN GUPTA, B.K. (Ed) Modern Foraminifera. Kluwer Academic Publishers,

371p.1999.

SILVEIRA, I.C.A.; SCHMIDT, A.C.K.; CAMPOS, E.J.D.; GODOI, S.S. & IKEDA, Y.

A Corrente do Brasil ao largo da Costa Leste Brasileira, Rev. Bras. Oceanogr.,

48(2):171-183 (C11). 2000.

SIMPSON, G.G. The principles of Animal Taxonomy. Columbia University Press.

New York, USA. 320p. 1961.

TARASOVA, T.S. Environmental Impacts on the Benthic Foraminiferal Fauna in

Nearshore Ecosystems. Russian Journal of Marine Biology. 32: S11-S20. 2006.

VALENTIN, J. L.; ANDRÉ, D. L. & JACOB, S.A. Hydrology in the Cabo Frio (Brazil)

upwelling: two-dimenusional structure and variability during a wind cycle. Continent.

Shelf Res., 7(1):77-88. 1987.

VALENTIN, J.L. A ressurgência. Fonte de vida nos oceanos. Revista Ciência Hoje.

v.18, n.102, p 19-25. 1994.

VAN DER ZWAAN, G.J., DUIJNSTEE, I.A.P., DEN DULK, M., ERNST, S.R.,

JANNIK, N.T. & KOUWENHOVEN, T.J. Benthic foraminifers: proxies or problems?.

A review of paleoecological concepts. Earth-Science Reviews, 46, 213-2336p. 1999.

VELLA, P. Upper Oligocene and Miocene uvigerinid foraminifera from Raukumara

Peninsula, New Zealand. Micropaleontology 7: 467-483. 1961.

VILELA, C.G. Foraminíferos. In: Carvalho, I.S. [edit.].Paleontologia. 2ªed. Rio de

Janeiro: Interciência. v.1. pp.269 – 284. 2004.

WANG, Q. & MORSE,W. Pyrite formation under conditions approximating those in

anoxic sediments. I. Pathway and Morphology. Marine Chemistry, v.52,p.99-121.

1996.