62
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TOMÉ-AÇU FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO JEAN SANTOS DE SOUZA PAULO VICTOR LEITE SILVA GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA: UMA ANÁLISE NA GESTÃO PÚBLICA NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA. TOMÉ-AÇU 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TOMÉ-AÇU

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO

JEAN SANTOS DE SOUZA

PAULO VICTOR LEITE SILVA

GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA: UMA ANÁLISE NA GESTÃO PÚBLICA

NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO DE

TOMÉ-AÇU/PA.

TOMÉ-AÇU

2019

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

JEAN SANTOS DE SOUZA

PAULO VICTOR LEITE SILVA

GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA: UMA ANÁLISE NA GESTÃO PÚBLICA

NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO DE

TOMÉ-AÇU/PA.

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Administração

da Universidade Federal Rural da

Amazônia como requisito básico para

obtenção do título de Bacharel em

Administração.

Orientadora: Prof.ª Ma. Liliane Ferreira

do Rosário

TOMÉ-AÇU

2019

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Universitária Tomé-Açu

________________________________________________________________________________ S729g Souza, Jean Santos de

Gestão de pessoas e liderança: uma análise na gestão pública na Secretaria Municipal de Administração do Munícipio de Tomé-Açu/PA/ Jean Santos de Souza, Paulo Victor Leite Silva. – Tomé-Açu, 2019.

61 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade Federal Rural da Amazônia, 2019

Orientadora: Prof.ª Ma. Liliane Ferreira do Rosário

1. Gestão de pessoas. 2. Liderança. 3. Secretaria Municipal de Administração – Tomé-Açu. I. Silva, Paulo Victor Leite. II. Rosário, Liliane Ferreira do, orient. III. Título.

CDD 23. ed.- 658.3

________________________________________________________________________________ Bibliotecário-Documentalista: Jean Pereira Corrêa – CRB2/1566

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

JEAN SANTOS DE SOUZA

PAULO VICTOR LEITE SILVA

GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA: UMA ANÁLISE NA GESTÃO PÚBLICA

NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO DE

TOMÉ-AÇU/PA.

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Administração

da Universidade Federal Rural da

Amazônia como requisito básico para

obtenção do título de Bacharel em

Administração.

Orientadora: Prof.ª Ma. Liliane Ferreira

do Rosário

Aprovado em: / /

Conceito:

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Ma. Liliane Ferreira do Rosário - Orientadora

Mestra em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará (UFPA)

Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - Tomé-Açu

Prof.ª Dra. Ana Paula de Andrade Sardinha - Examinadora

Doutora em Psicologia (Teoria e Pesquisa do Comportamento) (UFPA)

Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) - Tomé-Açu

Prof.º Me. Iury Assis Barreto - Examinador

Mestre em Administração (UNAMA)

Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – Tomé-Açu

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

“Pessoas especiais enxergam em problemas

grandes oportunidades para mudar de vida.”

Evandro Guedes

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, pela luz, inspiração e saúde, e por nos

acompanhar até este momento. Somos gratos por nossa família que nos apoiaram e foram

nossa base para realização desta trajetória. A orientadora Liliane Ferreira do Rosário, que

corroborou com suas orientações, pesquisas e revisões. Nosso muito obrigado à

Universidade Federal Rural da Amazônia por nos disponibilizar um agradável e

harmônico ambiente estudantil.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho para nossa família, pela educação que nos passaram ao

decorrer de nossa vida, pelo apoio nos momentos complicados que surgiram ao longo da

estrada da vida. E para os colaboradores da Secretaria Municipal de Administração de

Tomé-Açu/PA (SEMAD), por ter nos cedido de boa fé, dados que originaram este estudo.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

RESUMO

O presente trabalho trata-se de um estudo desenvolvido na Secretaria Municipal

de Administração da cidade de Tomé-Açu/PA, com objetivo de analisar através da

percepção dos colaboradores como é a Liderança e Gestão de Pessoas desta secretaria.

No atual contexto das organizações, seja ela pública ou privada, esses dois temas possuem

extrema importância para as organizações, tendo em vista o recurso de pessoas tornou-se

fator diferencial para o sucesso. Este estudo foi realizado por uma pesquisa de campo de

caráter descritivo, e do tipo qualitativa, que se desenvolvera por meio da observação

relacionada ao tema de gestão de pessoas, liderança, gestão pública com ênfase nas obras

de Chiavenato e Robbins. Durante a elaboração do trabalho, foi abordado várias teorias a

respeito dos estilos de liderança, para que no final da apresentação dos dados, fosse

possível definir qual desses estilos e encontrado na secretária estudada. A pesquisa foi

realizada com os 29 colaboradores da secretaria, e após a tabulação e verificação dos

dados, foi possível verificar que a liderança desta organização assemelha-se ao estilo

laissez-faire.

PALAVRAS CHAVES: Secretaria Municipal; Liderança; Gestão de Pessoas;

Organizações; Colaboradores.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

ABSTRACT

The present work is a study developed at the Municipal Administration Office of

the city of Tomé-Açu / PA, aiming to analyze through the perception of employees how

is the Leadership and People Management of this secretariat. In the current context of

organizations, be it public or private, these two themes are extremely important for

organizations, given that the resource of people has become a differential factor for

success. This study was carried out by a descriptive and qualitative field research that was

developed through the observation related to the topic of people management, leadership,

public management with emphasis on the works of Chiavenato and Robbins. During the

elaboration of the work, several theories regarding the leadership styles were approached,

so that at the end of the presentation of the data, it was possible to define which of these

styles and found in the desk studied. The research was carried out with the 29 employees

of the secretariat, and after tabulation and verification of the data, it was possible to verify

that the leadership of this organization resembles the laissez-faire style.

KEY WORDS: Municipal Secretary; Leadership; People management; Organizations;

Contributors.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 13

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 15

2.1 ADMINISTRAÇÕES DE PESSOAS E SUA REVOLUÇÃO ................................ 15

2.2 NOVO PERFIL DO TRABALHADOR. ................................................................. 15

2.3 GESTÃO DE PESSOAS NA GESTÃO PÚBLICA ................................................ 17

2.4 LIDERANÇA ........................................................................................................... 22

2.5 EVOLUÇÕES DA LIDERANÇA............................................................................. 24

2.6 IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA......................................................................... 24

2.7 TEORIAS E ESTILOS DE LIDERANÇA .............................................................. 25

2.7.1 Liderança Transacional ...................................................................................... 26

2.7.2 Liderança Transformacional .............................................................................. 26

2.8 TEORIAS DOS TRAÇOS DE LIDERANÇA ......................................................... 27

2.9 ESTILOS DE LIDERANÇA AUTOCRÁTICA ...................................................... 27

2.10 ESTILOS DE LIDERANÇA DEMOCRÁTICA ................................................... 28

2.11 ESTILOS DE LIDERANÇA LAISSEZ-FAIRE .................................................... 29

2.12 TEORIAS CONTINGENCIAL OU SITUACIONAL ........................................... 30

2.13 LIDERANÇA NA GESTÃO PÚBLICA ............................................................... 31

3. METODOLOGIA ...................................................................................................... 32

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................. 34

5. DISCUSSÕES DOS RESULTADOS ........................................................................ 45

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 51

7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 53

APÊNDICE A ............................................................................................................. 59

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Sexo dos Servidores ........................................................................................ 35

Figura 2- Faixa Etária ..................................................................................................... 35

Figura 3- Grau de Escolaridade ...................................................................................... 36

Figura 4- Tempo de Trabalho na Gestão Pública ........................................................... 37

Figura 5- Processo de Gestão na Opinião dos Servidores .............................................. 37

Figura 6- Frequência de Aplicação de Treinamentos aos colaboradores ....................... 38

Figura 7- Percentual dos Servidores que Recebem a Meta de Desempenho. ................. 38

Figura8- Percepção dos Colaboradores sobre o líder Exercer uma Liderança Motivacional

........................................................................................................................................ 39

Figura 9- Percepção dos servidores públicos em relação à execução dos valores

organizacionais e suas diretrizes por parte da liderança ................................................. 39

Figura 10- Avaliação dos Colaboradores Sobre a Chefia se a Mesma e Participante da

Análise de Desempenho. ................................................................................................ 40

Figura 11- Percepção dos colaboradores sobre as práticas de gestão se são controladas em

relação aos padrões de trabalho

estabelecidas...........................................................40Figura 12- Avaliação da prática de

gestão e os padrões de trabalho se são avaliados e

melhorados..............................................................................................41Figura 13-

Percepções dos colaboradores sobre os chefes e supervisores se são preparados para

trabalhar com pessoas e para entender os funcionários..................41Figura 14-

Semelhança com o atributo autoritarismo, conforme os colaboradores....42Figura 15-

Semelhança com o atributo Respeito, segundo os colaboradores..............42Figura 16-

Semelhança com o atributo Carisma, de acordo com os colaboradores....43Figura 17.

Semelhança com o atributo Planejamento, para os colaboradores.............43Figura 18.

Semelhança com o atributo flexibilidade, de acordo com os colaboradores.44

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

LISTA DE TABELAS

Tabela-1 Opinião dos colaboradores em relação à preparação dos chefes e supervisores

para trabalhar com pessoas e para entender os funcionários correlacionando com o tempo

que cada um trabalha na gestão pública ......................................................................... 45

Tabela-2 Opiniões dos colaboradores sobre as práticas de gestão e os padrões de trabalho

se são avaliados e melhorados correlacionando com o grau de escolaridade ........ 45

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

D.C- Depois de Cristo.

GEP- Gestão Estratégica de Pessoas.

RH- Recursos Humanos.

SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

SEMAD- Secretária Municipal de Administração de Tomé Açu.

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

13

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso apresenta duas temáticas de grande relevância

nas organizações, Gestão de pessoas e Liderança. As organizações preocupadas com o

mercado globalizado, no qual os consumidores estão mais exigentes, requisitando

produtos e serviços com qualidade percebida, e na procura de soluções para este

problema, percebeu-se um fator que pode impulsionar esse novo tipo de mercado, os

recursos humanos. O departamento de recursos humanos é enfoque para melhorar

administração de qualquer modelo organizacional, por motivo de hoje ser considerado um

dos recursos mais importantes para as organizações. E com o intuito de melhorar os

recursos humanos é indispensável conhecer a gestão de pessoas e a liderança.

De acordo com Gil (2001), a gestão de pessoas é uma atribuição gerencial que

pretende unir os colaboradores da organização, para que consigam chegar tanto nos

objetivos pessoais, quanto os da organização.Trata-se de uma área de grande relevância

para as organizações de acordo com Chiavenato (2004), age de modo situacional e

contingencial, dependendo de fatores organizacionais. O autor ainda complementa

abordando que a empresa e seus colaboradores precisam um do outro, são

interdependentes.

Assim como o departamento de gestão de pessoas de grande importância para

organizações, a liderança também assume esse papel junto da gestão de pessoas, levando

em consideração que geralmente o indivíduo que assume um papel dessas atividades

assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de direciona

as atividades dos colaboradores, e em conformidade com Chiavenato (2010), liderança é

um conglomerado de atributos que uma pessoa tem de induzir as mentes de pessoas ou

um conjunto de pessoas, fazendo com que os serviços sejam em grupo com euforia para

acertar metas e objetivos.A liderança é um atributo essencial para conseguir destaque no

mercado, considerando que o bom desempenho da organização, geralmente é oriundo de

seus colaboradores, e compete a Figura de um líder com todo seu conhecimento e

habilidades liderar o grupo e deixá-los sempre motivados em suas tarefas, assim

conseguindo uma melhor desempenho de sua equipe, para desta maneira atingir o sucesso.

A pergunta problema para o estudo é: Como é a atuação dos líderes na gestão de

pessoas, na secretaria de administração municipal de Tomé-Açu/PA, na percepção de seus

servidores.

E nesse sentido Chiavenato (2010) acrescenta que os colaboradores são

imprescindíveis aos grupos organizacionais, porque proporcionam energia, criatividade,

dinamismo, dão vida. Este trabalho possui como objetivo geral avaliar a gestão de pessoas

e liderança na Gestão Pública, buscando retratar a percepção dos 29 funcionários públicos

da secretaria de administração da Prefeitura Municipal de Tomé Açu. E subdividindo

esse objetivo, esta pesquisa visa identificar como é a gestão de

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

14

pessoas e a liderança segundo a visão dos servidores públicos e correlacionar e discutir

com outras pesquisas realizadas em campos de atuação semelhantes ao realizado por esta

pesquisa. Entre alguns autores que corroboraram para esta discussão, com pesquisas no

mesmo campo foi Lara (2012) com sua pesquisa descrevendo a importância do líder na

organização, Benevides (2010) em seu estudo sobre os estilos de liderança e as principais

táticas de influência utilizadas pelos líderes brasileiros, e Viera (2015), com o caso na

secretaria municipal de saúde de Brumado/BA, dentre outros autores que também

contribuíram para argumentação deste estudo.

O estímulo para a realização deste estudo surgiu da atração pelo tema gestão de

pessoas e liderança, bem como do desejo de compartilhar possíveis descobertas que

permitam compreender tais ferramentas em uma Gestão Pública, observando as

diferenças de comportamento e de reações dos servidores públicos em seu dia a dia. Este

tema é de suma importância para auxiliar no relacionamento dos líderes e seus

subordinados. Além disso, contribuirá para estudos futuros no mesmo campo de atuação,

sobre gestão de pessoas e liderança na organização pública, servindo como base e

discussão para os outros resultados. Vale ressaltar que contribuirá para organização

analisada, para verificar qual tipo de liderança e gestão de pessoas estava sendo executada

durante a análise.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

15

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ADMINISTRAÇÕES DE PESSOAS E SUA EVOLUÇÃO

Administração de pessoas é um tema contemporâneo e intensamente discutido, no

entanto é um assunto que possui uma longa história, e vem modificando-se de acordo com

o tempo, e junto vem modificando as organizações. Nessa perspectiva, Chiavenato (2004)

comenta que durante o período da Teoria Clássica da Administração no qual fora

construída por Fayol, o colaborador era visualizado como parte integrante da máquina em

que trabalhava. Do trabalhador era apenas exigida sua capacidade física e também

resistência mental. E doravante a era da Teoria Clássica da Administração, com intuito de

contrapor as ideias supramencionadas, iniciou-se a escola das relações humanas, com

maior enfoque nos colaboradores, notando-se que os mesmos são os recursos mais

importantes da organização, analisando o homem com um todo, não o vendo como

máquina. E com a valorização do homem, a história nos mostra que as organizações além

de se preocuparem com as mudanças constantes da evolução em áreas técnicas e

materiais, preocupa-se com os recursos humanos, pois acredita que a capacitação de seus

colaboradores pode ser um grande diferencial neste mercado de forte concorrência.

Atualmente os recursos humanos estão cada vez mais sendo discutido no âmbito

das organizações, dado que às inovações do mercado, as organizações precisam buscar

maneiras para acompanhar essas inovações. Consoante com Chiavenato (2005) o setor de

recursos humanos apareceu inicialmente no século XIX, com a função de contabilizar os

custos da organização, segundo o mesmo os colaboradores eram visualizados somente

com a visão contábil, como quaisquer custos apenas tinham que ser contabilizadas. E

ainda sobre a perspectiva do mesmo autor, a nova maneira de ver o fator humano dentro

da organização fez-se necessário o surgimento de um novo profissional, o Gerente de RH,

tendo como tarefa de maior importância, a capacitação e desenvolvimento de pessoas com

conhecimento e habilidades necessárias para evolução da empresa.

Uma organização é bem vista e reconhecida por aqueles que nelas integram, bons

colaboradores dão visão e levam ao sucesso qualquer organização, quando são eficiente

em seu trabalho, e seguindo essa linha de raciocínio, Chiavenato (2005) relata que a

gerência dos recursos humanos é reconhecida através da organização e dos colaboradores

nela inseridos, gestão de pessoas não existiria sem estes dois, haja vista que na

composição da organização fazem-se necessárias pessoas para que possam ser alcançados

os objetivos da mesma. Esses colaboradores que dão reconhecimento a organização, vem

criando um novo perfil de trabalho de acordo com tempo.

2.2 NOVO PERFIL DO TRABALHADOR

As mudanças aconteceram de acordo com o tempo, por fatores econômicos,

sociais e culturais, corroboraram para diversas alterações e lapidações no perfil do

trabalho, exigindo mais requisitos dos trabalhadores. Coerente a Chiavenato (2004) um

colaborador que executava apenas uma função, onde se não eram necessários

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

16

habilidades técnicas, conhecimentos e competências, hoje é necessário qualificação, para

que sejam capazes de executar suas funções. No tempo atual o colaborador não pode

possuir apenas a prática de uma função, principalmente realiza-la sem entender o processo

no qual ela é desenvolvida e para qual finalidade, necessita de qualificação para execução

de suas tarefas.

No mesmo pensamento Oliveira (2009), relata as organizações estão valorizando

o colaborador flexível, criativo, possuinte de capacidade e habilidades para adaptarem- se

as mudanças constantes, considerando o mercado enormemente competitivo, onde

consumidores estão cada vez mais globalizados, tornando-os mais exigentes, assim

fazendo com que as organizações tenham mais trabalho.

E Garay (1997), expõe que o trabalhador contemporâneo é exigido um conjunto

de competências profissionais, ser capaz de utilizar o conhecimento para viabilizar

situações reais de trabalho e utilizar-se de experiências adquiridos de uma situação

concreta para outra, desta maneira sobressaindo por qualquer exigência do mercado. O

trabalhador que tem a visão de como o problema pode vim acontecer em sua organização,

tem a capacidade de antecipa-los, resolve-los antes mesmos de virem a vigorar e trazer

prejuízos para organização.

Os trabalhadores empreendedores são aqueles que estão dispostos a enfrentar as

barreiras da organização, inovando para que a mesma cresça e torne-se produtiva, e de

acordo com isso o SEBRAE (2007), narra que os colaboradores que possuem perfil

empreendedor, são aqueles que estão dispostos a enfrentar os problemas que apareceram,

quando se vai à busca do crescimento, através da inovação. Para as práticas do

endomarketing1, o termo trabalhador é mudado por pela terminologia colaboradora, no

qual se refere ao envolvimento concreto do trabalhador com a empresa. O sentimento de

“fazer-parte” é uma maneira de motivar o trabalhador e existem muitos tipos de incentivos

que podem ser oferecidos com intuito de integração a empresa, para que tenha menos

resistência as mudanças de cultura organizacional.

As organizações que prezam por competência, ser vistam e reconhecida pela sua

capacidade de atender as necessidades de seus consumidores, precisam ter enfoque em

seus colaboradores, para sempre mantê-los capazes a realizar as tarefas com eficiência. E

segundo Reis (2009), o conceito de boas empresas é dado para aquelas que possuem

enfoque na competência, capacidade profissional, treinamento e que sempre atendem as

necessidades no tocante a qualidade. A capacidade profissional tornou-se um dos fatores

mais importantes de qualquer organização, haja vista que através de uma boa capacidade

profissional é possível a empresa ganhar inúmeros benefícios. Uma organização no qual

preocupasse com a qualificação de seus colaboradores é capaz de alcançar seus objetivos

com eficiência. Hoje em dia o mercado está mais dinâmico, e

1 Endomarketing – é um conjunto de estratégias de marketing que se concentram no ambiente

interno de uma empresa, especialmente sobre seus colaboradores (ROCHA, 2018).

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

17

devido a isso os trabalhadores precisam se qualificar e reciclar, constantemente, pois as

organizações estão optando por profissionais qualificados e bem preparados para lhe dar

com o dia a dia do mercado, sendo ela particular ou com atividades no setor público.

2.3 GESTÃO DE PESSOAS NA GESTÃO PÚBLICA

Devido as constantes transformações que as instituições, tanto públicas como

privadas estão enfrentando, atualmente elas precisam utilizar ferramentas para poder

acompanhar essas mudanças que estão ocorrendo no mercado. Morgan (1996) relata que

essas mudanças estão ganhando forças, desde à revolução industrial, pois foi a partir desse

fato que as organizações começaram a implantar padrões que eram para ser seguidos na

gestão de pessoas, nessa época começou a corrida dos países desenvolvidos e

subdesenvolvidos, no qual esse período foi marcado por forte industrialização.

As organizações públicas, desde antigamente quando as organizações começaram

a se preocupar com a gestão de pessoas, elas semelham os métodos que as organizações

privadas realizam, e acompanhando essa ideologia Chiavenato (2008), cita que as

organizações públicas ou privadas, precisam está sempre em conjunto no tocante as

competências e talentos, para poder adaptar-se a mudanças constantes do mundo

moderno. Apesar das diferenças das organizações privadas e públicas, uma tem de se

apropriar dos conceitos que trazem benefícios para o progresso, da outra, tendo em vista

que todas tem o objetivo obter o crescimento, a pública precisa atualizar-se

constantemente, suas tecnologias, metodologias, matérias primas, mão de obra, para que

possa oferecer para coletividade um trabalho de presteza.

E para adaptação das mudanças constantes do mundo moderno, é necessária

melhorias nas metodologias da organização pública, por motivo de muito das mesmas

encontram-se atrasadas perante o tempo, e partindo desse pressuposto, Pires (2005) relata

que a administração pública precisa adotar ferramentas através de desenvolvimento de

metodologias para utilizar mecanismos adequados para melhor dirigir e organizar a

máquina pública, haja vista que grande parte das ferramentas utilizadas pelos os gestores

públicos já estão obsoletas, e o mercado já sucumbiu.

As organizações públicas buscam aprender sobre as metodologias do setor

privado, entretanto é difícil seguir as mesmas linhas de pensamento em todos os planos,

porém em outros se assemelham e é possível duplicar alguns pensamentos e modos de

trabalho, seguindo esse pensamento Max Weber (2004), alega que à sociedade ser

capitalista, as esferas públicas e privadas são distintas, porém mesmo com as diferenças

ambas as esferas apresentam algumas áreas bastante similares, a gestão organizacional é

uma dessas áreas, pois segundo o autor essa área precisa de avaliação constante para

verificar se os processos estão sendo realizados da maneira correta daí surgi a importância

de um bom líder, para desempenhar funções como essa.

Atualmente as empresas públicas e privadas são bastante parecidas,

principalmente no setor de recursos humanos, como aborda Santos (2009), que e através

desse departamento as empresas mantem sua vantagem competitiva, devido a isso é de

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

18

extrema importância que as instituições busquem maneiras de selecionar e desenvolver

novos líderes, para que os mesmos possam auxiliar as instituições públicas nesse processo

de motivação, metas, dentre outros. Pois para o bem-estar de qualquer organização é

preciso que seus colaboradores estejam sempre motivados e dispostos a produzir cada vez

mais. O setor público se diferencia da organização privada, especialmente por motivo de

trabalhar estritamente de acordo com a legalidade, então aqueles que nele integram são

obrigados a seguir normas e regras para execução dos trabalhos oriundos das leis impostas

para instituições.

Em concordância a argumentação acima Coelho (2009), narra que a administração

pública, envolve uma estrutura racional do estado, no qual através dele é feito o controle

e a normatização dos comportamentos dos indivíduos, pelo meio dos três poderes:

executivo, judiciário, e legislativo, onde esses poderes trabalham em harmonia para

melhor administrar a sociedade moderna. Porém essa organização que o estado possui é

composta vários tipos de visões, valores distintos, levando a gerar alguns conflitos e

questionamentos a respeito da atuação do estado na aplicação de seu poder, fazendo com

que muitas vezes esses conflitos gerem problemas para os gestores. Devido a isso mostra

a importância que os servidores públicos com função de líder destas instituições, sejam

capazes, para melhor dirigir os seus subordinados.

Servidores públicos são aqueles que integram e realizam os trabalhos das

organizações públicas, e conforme Mello (2007), servidor público é aquele que

potencialmente exerce cargo ou função pública, trata-se de uma relação de vínculo

profissional de trabalho e não de peculiaridade aleatória com as entidades do governo:

União, Estado, Município, Distrito Federal e suas pertinentes autarquias, empresas

públicas, sociedade de economia mista, agências reguladoras ou fundações públicas.

A administração pública do passado possuía características bastante presentes dos

regimes oligárquicos e patrimonialista que o país vivenciou, era necessário que o estado

se passa percorresse por uma reforma gerencial. E andando com o descrito Chiavenato

(2004) relata que a administração pública deveria ser composta por alguns princípios

burocráticos tais como: hierarquia, divisão, unidade de comando, disciplina, centralização

da autoridade, promoção e seleção cientificas dentre outros, devido a isso o autor defendia

que era necessário à administração pública passar por algumas mudanças, tanto no seu

processo de contratação de novos servidores, como também na manutenção dos mesmos.

Pois através das mudanças, juto com a implantação desses princípios seria possível obter

um melhor aproveitamento dos recursos da administração pública, além do mais os

mesmos estavam alinhados a estrutura clássica da administração.

A constituição Federal brasileira é responsável por resguardar os princípios mais

importantes a serem seguidos pela administração pública, e conforme Constituição

Federal Brasileira (1998), a administração pública deve seguir alguns princípios, entre

eles estão inseridos o princípio da legalidade, no qual o mesmo representa que tudo que o

gestor realizará em administração deve estar de acordo com a lei. A Constituição

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

19

Federal de 1988 realizou mudanças na gestão de pessoas perante a administração pública,

e uma delas foi a criação do concurso público, onde o intuito desta, era que a contratação

fosse feita de modo transparente e conforme a legalidade.Durante muito tempo, a gestão

de pessoas na administração pública era feita apenas por processos repetitivos e atividades

operacionais do cotidiano, no qual tornava um serviço mecanizado para os agentes

públicos.

Os trabalhos públicos devem ser realizados com eficiência, para assim seguir os

princípios e a razão para qual a mesma existe, e trilhando esse pensamento Bergue (2007),

cita que a administração pública necessita criar e desenvolver algumas práticas que gerem

maior competência e eficiência na execução de suas atividades, bem como investir em

ferramentas que proporciona ao colaborador uma maior motivação e um maior

compromisso dos servidores públicos, pois devido a sua estabilidade, muitos servidores

quando adentra no serviço público acaba meio que entrando em sua zona de conforto.

Nesse sentido Pereira (2001), aborda que a gestão pública contemporânea precisa

de alguns elementos importantes para os seus servidores públicos, pois é através dos

recursos humanos que pode haver mudanças progressivas na administração pública.

Um dos grandes problemas que a administração pública enfrenta é em relação a

contratação de novos servidores, a modalidade contratação geralmente utilizada é o

concurso público, uma das maneiras mais democráticas da gestão pública contratar

pessoal, entretanto muitos autores criticam a maneira como é feita esse processo.

Chiavenato (2008) relata que a legislação que ampara as relações de trabalho do servidor

público, é inadequada, considerando que o modelo de proteção que a mesma está inserida,

acaba fazendo o servidor público ficar em inercia quando o mesmo adentra nas

instituições públicas, e também a mesma legislação dificulta o empreendedorismo. O

autor completa abordando que a estabilidade adquirida pelos servidores que entram para

o serviço público, impossibilita a contratação pessoal pelo requisito competência, e desse

modo o serviço público acaba perdendo sua qualidade em algumas áreas, o autor acredita

que existe outros modos mais flexíveis para recrutamento, não apenas o de concurso

público. Justen Filho (2010) segue a mesma linha de raciocínio de Chiavenato (2008),

dado que expõe seu entendimento que o concurso público não a avalia a capacidade,

personalidade e as virtudes individuais do candidato.

Com o passar dos anos o Brasil passou por inúmeras mudanças no seu setor

público, como por exemplo: a ditadura militar, a crise dos anos 80, dentre outras, como

abordam Lago (2015), foi necessário o país reinventar o seu processo burocrático e criar

novas maneiras para dirigir a máquina pública, e uma dessas maneiras foi a reforma

gerencial. A reforma gerencial tinha como objetivo deixar a administração pública mais

transparente, e acabar com o nepotismo nas mesmas. O Nepotismo foi uma das formas de

contratação de pessoas no Brasil perante muito tempo, onde políticos poderiam contratar

parentes, para que desse modo pudesse realizar seus interesses sem tantos

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

20

problemas, com a burocracia, a transparência, veio junto a força da legalidade, impondo

que os políticos fossem impessoais na contratação de pessoal.

E ainda dialogando sobre a reforma gerencial, Bresser Pereira (2008), discorre a

reforma gerencial tem como objetivo tornar a administração pública mais flexível,

também deixar os agentes públicos mais motivados, pois para o autor os funcionários

públicos possui um perfil bem definido, em que é exigido um alto padrão de competência,

graças a grande parte dos mesmos serem pessoas com um alto grau de conhecimento,

tendo em vista que um dos principais objetivos da reforma gerencial é deixar os agentes

públicos com maior autonomia para desempenhar suas funções, bem como com mais

responsabilidades.

Devido a constante evolução da tecnologia da informação, e o grande

aceleramento econômico, os procedimentos estão cada vez mais complexos e dinâmicos

entre as pessoas, devido a isso, Pereira (2001), aborda que os três pilares das instituições

políticas que atuam na sociedade capitalista, precisam de novas maneiras para produzir

uma nova governança democrática. Pois segundo o autor a constante transformação que

está havendo nas instituições exige dos colaboradores que sempre busque sua atualização.

Após a consolidação da carta magna em (1988), foram consolidadas grandes

mudanças no setor público, tais como estabilidade, inclusão de processos transparentes

dentre outras. Devido a isso Lemos (2010) aborda que mesmo com essas reformas na

administração pública, ainda houve alguns processos que ocorrem falhas, pois devido a

isso o serviço público passou a ter números em excessos de servidores, como também

gerou uma baixa rotatividade de força de trabalho. Ainda segundo o autor não é muito

aconselhável trocar frequentemente os funcionários de qualquer organização, porém,

tendo em vista o recurso de estabilidade que os servidores públicos possuem, às vezes as

organizações perdem, quando precisam trocar um funcionário e não pode, pois isso acaba

gerando uma perda de qualidade na prestação de serviços.

E para que a organização não perca a qualidade dos serviços de seus funcionários,

de acordo com Matos (1982) comenta que é necessário implantar um sistema que

incentive e valorize o profissional, em virtude a uma série de fatores como, por exemplo:

remuneração coerente com o desempenho de sua função e incentivos para os profissionais

que atuam no serviço público. Conforme o autor esse conjunto de fatores pode vim a

trazer grandes prejuízos para as instituições públicas e principalmente para os usuários do

serviço público no qual sofrem os impactos direto.

Nessa perspectiva, Pires (2005) menciona que a administração pública precisa

repensar o modelo de contratação do servidor público, dado que para o autor esse processo

de concurso público é muito superficial e não avalia de fato todas as competências do

novo servidor, o autor defende que é necessário novos modelos de contratação, como por

exemplo, avaliar as competências interpessoais dos candidatos, como também gerar a

motivação em suas carreiras para que os mesmos queiram produzir cada vez mais. Este

pode ser um dos problemas da gestão de pessoas da esfera

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

21

pública, tendo em vista o processo de recrutamento que é de extrema relevância para

organização, porquanto neste que é colocada as características dos funcionários que

preencheram as necessidades da administração pública, e no processo de contratação

realizado através de concurso público, muito das vezes perde a essência do recrutamento,

por motivo de depois da aprovação do mesmo, a única forma é a adaptação do servidor

ao cargo, e ela pode ser de forma positiva ou negativa.

Qualquer instituição precisar planejar seus passos, especialmente as instituições

públicas pelo fato de que se trata de dinheiro público, e nessa linha de raciocínio

Chiavenato (2004), reproduz que se alguma ação for realizada de maneira incorreta, irá

afetar a todos. O mesmo autor defende que a administração pública precisar enxugar seus

gastos desnecessários, para isso ele sugere a GEP, que é a gestão estratégica de pessoas,

no qual e feito um planejamento tanto de seus recursos como de seus pessoais, para traçar

os objetivos, metas dentre outras coisas das instituições esse novo tipo de gestão de

pessoas está cada vez mais ganhando espaço no mercado e sendo implantado pelas as

instituições. O autor acima também dialoga que o serviço público tem que ser composto

por pessoas que possuem excelentes competências e habilidades, para que os serviços

sejam realizados de maneira eficiente, devido a isso os gestores públicos são de grande

importância nesse processo, pois é através deles que será feito a implantação de técnicas

especializadas nesse processo para que os serviços sejam oferecidos com um alto padrão

de qualidade, e um menor custo possível. Por motivo ser serviço público, quanto menos

gasto tiver o processo, mais recursos poderão ser aplicados no desenvolvimento do

município.

Devido a constantes transformações que a administração pública passa, pelo fato

de que se trata de uma democracia, no qual é caracterizada pela troca de governo, a

administração pública precisa desenvolver mecanismos de gestão de pessoas para manter

seus colaboradores sempre com o seu padrão de qualidade. Com isso, Siqueira e Mendes

(2009) aborda que em consequência à modernização ser um processo contínuo na

administração pública, é preciso que os gestores implantem ferramentas gerencias para

que o governo possa realizar seus serviços à população de maneira mais eficiente e eficaz,

como também é necessário que os servidores públicos sempre busquem se atualizar, para

que os mesmos possam acompanhar as novas tendências do mercado.

A administração pública precisa utilizar em seu processo procedimentos de um

alto grau de tecnologia e modernizados para execução de seus serviços, e conforme Santos

(2009), um dos grandes desafios para as instituições públicas é manter os seus agentes

públicos com uma qualidade que possa satisfazer a população, pois como se sabe graças

à estabilidade que é proporcionada aos agentes públicos, isso acaba gerando um

comodismo nos mesmos e tem impactos na execução de suas atividades, o autor ainda

complementa dizendo que esse é um dos grandes desafios que os gestores da

administração pública precisam resolver, para os mesmos proporcionar a qualidade na

prestação de seus serviços.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

22

Um dos grandes problemas que a maioria dos órgãos públicos brasileiros está

enfrentando está ligada ao seu RH,Dutra (2009) cita que o setor de recursos humanos

ainda está muito superficial e ainda precisa da implantação de novas ferramentas para

melhor organizar esse processo, graças à falta de informação de alguns funcionários,

como também a falta de uma política regulando área do RH, esses problemas acaba

gerando uma ineficiência na administração pública, pois os gestores priorizam tarefas

rotineiras, e não fazem um planejamento estratégico para capacitar, reciclar, treinar os

seus agentes públicos. Os poderes Legislativo e Executivo não conseguem executar com

plena eficiência o relevante papel assumido perante a Constituição Federal de 1988, por

falta de capacidade administrativa e técnica. As estruturas do Poder Executivo estão muito

hierarquizadas e carentes de métodos de controle dos custos das ações feitas, fazendo que

com que processo de tomada de decisão seja caro e demorado. De mesmo modo o Poder

Legislativo não bem formado para o ofício de avaliação técnica e constitucional dos

projetos de lei, nem para as atividades de revisão dos atos e políticas do Poder Executivo.

Os órgãos públicos estão cada vez mais necessitando de líderes, para auxiliar os

gestores na execução dos serviços diários, pois atualmente o líder possui papel

fundamental em qualquer instituição, seja ela pública ou privada, é necessário que os

lideres sejam desenvolvidos, treinados, capacitados, motivados para os mesmos passarem

confiança aos seus liderados.

2.4 LIDERANÇA

Em atenção à complexidade do mercado, atualmente papel do líder tem sido de

extrema importância para qualquer tipo de ambiente, pois através dele é possível

influenciar multidões de pessoas. Tendo em vista a relevância deste papel faz necessária

a compreensão deste tema com mais amplitude, para que desta maneira seja possível

adquirir-se deste papel com eficiência e habilidades para administrar quaisquer

organizações de qualquer amplitude, e seja qual for a quantidade de colaboradores. De

acordo com Bergamini (2009) o aparecimento de inúmeros conceitos sobre liderança, fica

difícil definir um conceito para abordar de maneira especifica e completa a abrangência

desse assunto.

O líder com seu papel de grande importância na organização, sendo um

personagem que exige muito estudam para compreensão de sua atividade, onde possui

inúmeras definições de liderança que conceitua uma boa gestão, porém sabe-se que um

bom líder precisa conhecer a natureza humana, e saber conduzir as pessoas para que seja

um líder bem-sucedido. Através do líder é possível motivar um grande número de

colaboradores, tendo em vista que o recurso pessoal pode ser um dos recursos mais

importantes da organização, o líder torna-se peça fundamental e indispensável neste

processo. (CHIAVENATO, 2001).

De acordo com Oliveira (1997) uma pessoa exerce liderança quando tem a

capacidade de influenciar no comportamento das outras pessoas, e comenta também que

liderar é exercer de alguma forma o poder, e esse poder, pode ser a capacidade de

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

23

influenciar as pessoas, através do diálogo, das atitudes, dentre outras formas de

influenciar. Um líder para que possa influenciar precisa conhecer seu colaborador, para

que através de um engano não seja uma influência negativa, para que não traga conflitos

que possam diminuir a eficiência dos trabalhos da organização.

Ser líder é se envolver nos trabalhos juntamente com seus liderados, para que o

mesmos sinta-se parte do grupo como uma peça importante, e desse modo motiva aos

colaboradores a elaborarem um serviço melhor, e nesse sentido, Jacobs (1970) aborda que

liderar é interagir com as demais pessoas, na qual o líder tem a função de expor a

informação para que os liderados se tornem convencidos que serão obtidos os melhores

resultados, caso se comporte da maneira sugerida. E através disso os mesmos possam

cumprir as tarefas delegadas pelo seu líder, pois desta maneira o colaborador vai sentir-

se integrado a organização, mais motivado para realização de suas tarefas,

consequentemente obtendo melhores resultados.

Com o mercado competitivo os líderes das organizações precisam estar

preparados para lidar com qualquer situação e para isso precisam estar atualizados, e

Drucker (2000), relata que por motivo à globalização está cada vez mais ganhando força

nas organizações, os líderes das atualidades precisam lidar com várias perspectivas ao

mesmo tempo, pois segundo o mesmo autor esses influenciadores deverão possui

habilidades suficientes para enfrentar às incertezas que o mercado oferece. Pois o

mercado está a todo tempo tendo mudanças, em virtude disse o líder precisa acompanhar

esse processo para melhor incentivar seus liderados, o líder passando a ser globalizado, o

mesmo passa a ser capaz de entender melhor tanto seus colabores, quanto seus clientes,

observando todas as necessidades de cada um, e adaptando-se da melhor maneira

possível, e assim originando progresso para organização.

Segundo Hunter (2004) um líder precisa possuir habilidade para influenciar as

pessoas, com intuito de todos trabalharem juntos para atingir um objetivo em comum.

Pois é de fundamental importância para um líder uma boa comunicação, para repassar os

objetivos propostos pela organização aos seus liderados. Uma boa comunicação faz com

que um líder se torne melhor e mais eficiente em seus objetivos, considerando que os

colaboradores terão melhor compreensão dos trabalhos a serem desenvolvidos na

organização e assim atingirão e atenderão o objetivo comum.

Já Maxwell (2011) relata que a liderança não é uma habilidade que é desenvolvida

de uma maneira rápida, como em qualquer habilidade da vida, é imprescindível que o

líder treine, se empenhe, busque sempre sua atualização, para poder está sempre

atualizado, o líder que busca desenvolver essas habilidades certamente terá maior chance

de melhorar a sua capacidade de liderança. E esse processo de liderança é um processo

contínuo.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

24

2.5 EVOLUÇÕES DA LIDERANÇA

Antigamente o líder era aquele que já nascia com o dom de liderar, pois o mesmo

já possuía as características fundamentais para um líder, tais como ambição, inteligência,

autoconfiança, honestidade dentre outras características. Com o passar do tempo essas

características foram desaparecendo, hoje em dia qualquer pessoa que deseja se tornar um

líder, precisa desenvolver suas competências, pois atualmente existem diversas maneiras

para desenvolver essas habilidades. Segundo Houaiss (2001) o termo liderar foi utilizado

pela primeira vez a muito tempo atrás, mais precisamente no ano 825 D.C, no qual a

palavra tinha como significado o ato de conduzir, guiar, persuadir, comandar, dirigir,

dentre outros, vale ressaltar que a história mostra que desde essa época o líder

desempenhava papeis de extrema importância para a sociedade, pois era capaz de

influenciar milhares de pessoas para a mesma chegar a um determinado objetivo em

comum.

A necessidade de líderes para comandar organizações aumentou com a revolução

industrial, e nesse assunto Montana e Charnov (1998), aborda que devido a revolução

industrial, as fábricas passaram a produzir cada vez mais, com isso a economia estava

crescendo constantemente e as empresas precisavam de uma quantidade grande de

trabalhadores para o chão de fábrica, com isso surgiu também a necessidade de líderes

para controlar esses processos, haja vista que as indústrias estavam cada vez mais se

expandido no mercado, era necessário que as organizações buscassem maneiras de

controlar esse processo.

Os primeiros estudos sobre liderança surgiram durante os períodos de guerras

mundiais, Sadler (2003) relata que nesse momento que foi surgindo a importância de um

líder para influenciar os liderados, tendo em vista os exércitos serem grandes

organizações, precisavam de bons gestores, para traçar estratégias de guerrilha e que

passassem confiança e motivação para seus liderados.

Os colaboradores de toda organização precisam de incentivo e motivação para

elaboração de seus serviços, por tal motivo a necessidade de um líder na frente do grupo,

dado que essa é uma das funções do trabalho do mesmo. Nesse tema, Tolfo (2014),

dialoga que a natureza do ser humano era preguiçosa e inerente, através disso o líder tinha

o papel de manipular, motivar, propor tarefa aos seus liderados. O autor completa dizendo

que esse processo era como se ele estivesse manipulando um equipamento, além de

definir a tarefa o líder tem como foco fazer cumpri-la, para que alcance os objetivos

organizacionais da forma mais racional possível.

2.6 A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA

Atualmente devido a dinamicidade do mercado, as organizações precisam cada

vez mais buscar pessoa capacitadas para mover as pessoas. Em razão disso surgi a

importância de um bom líder, pois através dele é possível incentivar, motivar, propor

metas, acompanhar o desempenho dessas metas e etc. E nesse contexto Hunter (2006)

aborda que as Empresas ou órgãos públicos que possui ou desenvolve líderes,

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

25

certamente tendem a alcançar o sucesso. Pois o líder desempenha um papel de valor no

processo de qualquer órgão ou organização, haja vista que os mesmos estão muito ligados

à gestão de pessoas, e como resultado eles acabam sendo uma peça importante para o

processo, porque através do líder é possível uma organização possuir vantagem

competitiva em comparação com outra instituição que não possui líder.

As organizações contemporâneas devem possuir uma liderança forte, bem como

uma administração forte,por motivo que o mundo está cada vez mais fomentado,

conforme Robbins (2002), o líder precisa criar visão de futuro, e ser capaz de inspirar

seus liderados a realizar esse objetivo criado na visão, isso deve ocorrer para que o líder

acompanhe se o processo está acontecendo como o proposto pela instituição. Com a

globalização, um cenário de mercado competitivo, precisa-se de uma administração que

não apresente fraqueza, ultrapasse as dificuldades e atinja o sucesso, crie um futuro

promissor.

Com pensamento equivalente, Chiavenato (2005) aborda que o sucesso de uma

empresa depende de um ou mais executivos, e as habilidades e ferramentas gerenciais

quase sempre está resumida com a liderança, levando em consideração que nesse processo

gerencial os gestores precisam ser capazes de desempenhar tarefas, que são características

de líderes. Um executivo para obter sucesso, ele primeiramente tem que ser um bom líder.

Um bom líder tem que ser capaz de resolver conflitos e tem que estar aberto ao diálogo,

e escutar a opinião de seus liderados, pois o líder tem que saber escutar seus liderados,

para que ele possa tomar decisões coerentes e atingir um determinado objetivo em

comum.

Um bom líder precisa desenvolver algumas características fundamentais para o

sucesso, e Kouzes e Posner (2007) relatam que nesse processo, por exemplo, a capacidade

de enxergar a frente, vislumbrar as possibilidades empolgantes e de reunir as pessoas em

um único proposito comum, para isso é importante que o líder saiba ouvir atentamente

seus seguidores, entendendo a esperança deles e as necessidades das pessoas que estão

em seu ciclo. Levando em consideração que o mercado está cada vez exigente e

complicado, é importante que um líder seja visionário, para o mesmo tentar prever

algumas situações que prejudica a empresa.

2.7 TEORIAS E ESTILOS DE LIDERANÇA

Ao longo dos anos foram surgindo inúmeras teorias a respeito da liderança, cada

uma com sua parcela de contribuição e com sua importância, porém uma das mais

importantes nesse processo e a teoria das relações humanas, pois a mesma enfatizou o

estudo sobre liderança (Santos 2003) e a partir de então foram surgindo às outras diversas

teorias que serão abordadas abaixo.

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

26

2.7.1 LIDERANÇA TRANSACIONAL

Em acordo com os autores Burns (1978) e Bass (1985), nesse tipo de liderança,

mantem-se sempre em estabilidade, não ocorre mudanças, segundo o autor essa

capacidade é importante, porém frequentemente as empresas estão passando por

mudanças, e esse tipo de liderança acaba perdendo espaço no mercado. Considerando que

é importante para a saúde de uma organização implantar algumas mudanças no processo

para a mesma acompanhar as tendências que o mercado proporciona. O líder neste tipo

possui características de chefe e não de líder, sua ideia central é o cumprimento de regras

e metas implantadas, não se preocupando com os interesses do pessoal.

No estilo de liderança transacional o relacionamento do líder com seus liderados

é visto como trocas, e de acordo com Bass (1990) é por motivo de ambos se ajudarem a

chegarem a um objetivo comum, nesse caso a recompensa é interessante tanto para o líder

como para o liderado, pois ambas as partes ganham com o alcance dos objetivos propostos

pela empresa. Tipo de liderança vista por alguns administradores como positiva para

alguns tipos de organizações, no qual não valoriza relações interpessoais, mas sim lucros.

Nesse tipo de liderança é bastante comum o cumprimento de metas, e como recompensa

alguns prêmios para os liderados, fazendo com que os mesmos se sintam mais motivados

para produzir cada vez mais. Esse tipo de liderança, não tem muito o intuito de preocupar-

se com seus liderados, com suas motivações, entretanto no objetivo central, que

geralmente é obter lucros e benefícios para organizações, correlacionados ao financeiro,

e menos pessoais.

2.7.2 LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL

A liderança transformacional ou liderança carismática possui uma qualidade que

se diferencia das outras, que é o carisma, e em conformidade a Mcwhiney (1997), através

do carisma é possível atrair e estimular os liderados. Essa característica do líder é muito

importante para ele, pois através dela é possível influenciar e motivar os seus liderados,

fazendo com que os mesmos se sintam à vontade para produzir na organização. Este tipo

de liderança mostra enfoque no colaborador, por motivo de acreditar que se o mesmo

estiver satisfeito em seu ambiente de trabalho, consequentemente apresentaram melhores

resultados e atingirá o progresso.

Neste estilo de liderança, o líder procura sempre está atualizado para plena

eficiência de suas atividade, e em equivalência com esta ideia, DenHartog et al. (1997)

narra que os lideres transformacionais sempre buscam seu aperfeiçoamento, são proativos

estão a todo tempo articulando metas, trabalhando com a motivação de seus liderados,

também estão a todo tempo acompanhando a visão estabelecida pela organização. Como

qualquer profissional, o líder também precisa buscar sua atualização e qualificação, pois

é importante para ele que ele esteja por dentro das novas tendências que o mercado está

oferecendo para o mesmo repassarem a seus liderados.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

27

Organizações que necessitam de colaboradores motivados, a liderança

transformacional passou a ser tendência, em consoante com este assunto Strapasson e

Medeiros (2009) abordam que esse tipo de liderança é uma nova tendência nas

organizações, principalmente nas voltadas para a saúde, pois através da capacidade do

líder transformacional ele pode inspirar delegar, motivar seus liderados, e através dessas

técnicas fazer com que os liderados, fiquem motivados e aptos a produzirem cada vez

mais para a organização.

2.8 TEORIAS DOS TRAÇOS DE LIDERANÇA

Essa teoria defende que as pessoas qualificadas são adequadas para liderar as

organizações e dava a elas o poder para liderar os subordinados, em correspondência com

Marques (2015), a teoria dos traços e liderança relata que o líder precisa possuir uma

combinação de traços, no qual com uma ênfase em suas qualidades pessoais, pois apesar

de não ser muito conhecida, essa teoria já teve seu auge no século passado, contudo a

mesma aborda a qualificação do líder. A teoria defende que a pessoa que nasce com as

características de um líder, tem facilidade nesse processo, por motivo que as mesmas já

tinham as ferramentas necessárias, só deveriam as desenvolve-las. Essa teoria era bastante

utilizada no passado, tendo em vista que ainda não se falava nos conceitos de coaching,

que é hoje um termo muito utilizado nas organizações, pois mesmo se o colaborador não

possuir as características de um líder, a empresa irá fazer com que o mesmo desenvolva

através de um coaching2..

E em conformidade com Marques (2015), esta teoria é analisada três

características para ser um bom líder, que são: a personalidade, onde é avaliado o

comportamento do líder em relação aos seus subordinados. A segunda característica são

os aspectos físicos, um bom líder precisar ter uma boa estrutura física, tendo em

consideração que é um traço favorável para essa teoria. E por fim talvez a característica

mais importante para um líder que são as habilidades intelectuais, visto que o mesmo

precisar ser inteligente saber se comunicar bem com as outras pessoas, entender algumas

áreas do saber como, por exemplo, matemática, artes, línguas dentre outras.

2.9 ESTILO DE LIDERANÇA AUTOCRÁTICA

Esse estilo de liderança, hoje é vista como um estilo um pouco ultrapassado para

exigência do mundo moderno, dado que um líder que possui as características da mesma

possui como princípios o poder, coerção, submissão entre outras características que são

mal vistas pelo mercado, e em concordância com os autores Marquis e Huston (2010)

essa liderança tem como base a centralização do poder, propiciando ao grupo de

2Coaching - é um processo, uma metodologia, um conjunto de competências e habilidades que podem ser

aprendidas e desenvolvidas por absolutamente qualquer pessoa pra alcançar um objetivo na vida pessoal ou

profissional, até 20 vezes mais rápido, comprovadamente (MARQUES, 2017).

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

28

trabalho, comportamentos de submissão e dependência, fomentando um ambiente de

tensão e frustração. No entanto, possui lados positivos, nos quais geralmente apresentam

boa produtividade, porém seus negativos ficam nítidos nos colaboradores, com baixa

automotivação, autonomia e criatividade. Neste tipo de liderança, o líder possui

características de chefe, preza pela submissão, um comando onde os colaboradores

possuem medo da gestão.

Na liderança autocrática, o líder fixa as decisões sem qualquer participação de

seus liderados, tudo tem que ser feito de sua maneira, e conforme Chiavenato (2003),

narra que esse tipo de liderança não é muito recomendável nas organizações pelo fato de

que pode haver conflitos entre os membros, a julgar que o líder precisa estar sempre

buscando a interação com seus liderados, pedindo opiniões e botando em ação as mesmas

para realizarem o objetivo proposto. A liderança autocrática demostra uma forte frustação

em seus liderados, visto que devido às ordens serem impostas muitas vezes os liderados

não se sentem à vontade para realizar as tarefas a eles designadas. O autor também

defende que nesse tipo de liderança o líder só consegue mandar, não consegue influenciar

os liderados, gerando impactos negativos a organização, pois um do principal papel do

líder é motivar os seus liderados.

Na mesma perspectiva, Maximiano (2004) alega que quanto mais autoridade o

líder estiver em suas mãos, mais autocrático será seu comportamento, e por esse motivo

pode acabar influenciando no dia a dia da organização de maneira negativa, pois os

liderados não se sentem bem para realizar suas tarefas. Por esse motivo é importante que

o líder seja aberto às novas ideias de seus liderados, como também o líder tem que sempre

buscar manter motivados os seus liderados, para que juntos os mesmos possam alcançar

os objetivos da organização de maneira eficiente.

2.10 ESTILO DE LIDERANÇA DEMOCRÁTICA

A liderança democrática mostra o trabalho realizado em grupo de forma conjunta,

onde todos corroboram para alcance do propósito da organização, nessa linha, Kron e

Gray (1994) relatam que esse tipo de liderança está cada vez mais sendo utilizada nas

organizações, visto que as empresas precisam do diálogo com os seus colaboradores, para

melhor organizar suas estratégias. As organizações que optam por esse tipo de liderança

conseguem visualizar inúmeros problemas a serem resolvidos no corpo da organização,

e também com maior facilidade encontra soluções para tais, pelo motivo de um conjunto

de ideias facilitarem a resolução de qualquer problema.

Neste tipo de liderança, onde preza por qualidade, no entanto ainda permanecendo

no controle no processo das tarefas, e conforme esta argumentação Marques (2012) com

a liderança democrática, na produção dos liderados e em menor escala, porém com uma

maior qualidade se for comparada com o outro tipo de liderança, como no caso a laissez-

faire. Isso ocorre pelo fato de que, os funcionários possuem autonomia para expor suas

ideias, e através disso se sentir à vontade para desempenhar seus serviços da melhor

maneira possível.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

29

Essa liderança da uma maior autonomia para os liderados participarem, fazendo

com que os mesmos se sintam importante para o processo da empresa, de acordo com

Kron e Gray (1998) esse tipo de liderança o líder elabora suas estratégias em conjunto

com os seus liderados, para que os mesmos cheguem a um determinado objetivo em

comum, através disso irá gerar uma maior satisfação em ambas às partes. E nesse tipo de

liderança os serviços são prestados com uma maior qualidade, bem como com uma maior

satisfação dos colaboradores em realiza-los, haja vista que os mesmos ficam à vontade

para expor suas ideias.

A liderança democrática permite uma forte formação de grupos de amizades e

relacionamentos entre os membros da organização, e Chiavenato (2003), relata que é por

motivo da interação entre si, acabam desenvolvendo uma boa comunicação, e com isso a

empresa passa a ser um ambiente bastante agradável de trabalhar. Nesse tipo de liderança

a uma forte predominância dos ciclos de amizades entre os colaboradores, como também

torna a empresa um ambiente agradável de trabalhar. Essas organizações por escolher

esse tipo de liderança, consequentemente conseguem criar um ambiente de trabalho mais

harmonioso, onde os colaboradores por estarem feliz, efetuam suas funções com mais

presteza, trazendo melhores resultados para organização. No entanto correspondendo ao

pensamento do autor supramencionado, é preciso ter certo controle nesse tipo de

liderança, pois devido à grande interação entre os membros, o líder pode acabar perdendo

a sua autoridade, e em consequência perde o controle de seus liderados.

2.11 ESTILO DE LIDERANÇA LAISSEZ-FAIRE

Este estilo de liderança mostra um líder com características muito flexíveis, deixa

seus liderados a vontade demais na realização de suas tarefas, muito das vezes não dando

nenhum tipo de contribuição, e nesse sentido, Marquis e Huston (2010) relatam que a

liderança LAISSEZFAIRE tem enfoque no grupo, ausência de controle, dispõe de pouca

ou nenhuma orientação, tem dialogo verticalizado entre os colaboradores e a tomada de

decisão é desenvolvida e concluída com o aval de todo o grupo. Esse estilo de liderança,

apresenta um líder muito flexível, e muito das vezes acabam deixando seus colaboradores

agindo por conta, evitando em seu máximo realizar contribuições, acreditando na

capacidade de cada um, todos podendo tomar decisões na hora que aparecer os problemas.

A liderança laissez-faire é conhecida pela ênfase do coletivo, ou seja, os liderados

possuem autonomia para desempenhar suas funções. Neste tipo de liderança é preciso que

os liderados estejam motivados e auto direcionados para que eles aumentem sua

criatividade e produtividade, no entanto para que se obtenha progresso, naquela que por

esta optar, precisa traçar estratégias para que consiga motivar os seus colaboradores, pelo

fato de que os seus líderes não conseguem realizar essa tarefa.

Esse tipo de liderança e considerada passiva, diferentemente da transformacional

e transnacional, que são consideradas ativas, em razão do líder poder toma decisões, e

conforme DenHantong (1997) no laissez -faire o líder evita toma decisões bem como a

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

30

responsabilidade de supervisão, nesse tipo de liderança os liderados podem obter o

controle dos processos. É bastante comum as decisões serem tomadas pelo grupo, dado

que o líder e liberal não possui as características democráticas para lidar com os seus

liderados, e devido a isso os liderados precisam tomar as decisões para desempenharem

suas tarefas.

Nesse tipo de liderança o líder evita assumir para si as responsabilidades, e de

acordo com Robbins (2002) os seguidores da mesma são habilitados para desempenhar

com eficiência e eficácia as tarefas designadas a eles. Porém é possível observar que nesse

tipo de liderança que não há um controle de seus liderados, onde o líder não verifica se as

tarefas estão sendo realizadas de maneira adequada. A organização que por ela escolher,

precisa de um grande poder estratégico para vencer os obstáculos, visto que colocar poder

da organização, quase que de mesmo modo para todos os colaboradores, como se fossem

todos lideres, no entanto esse tipo de liderança pode gerar muitos conflitos, tendo em vista

que todas as pessoas possuem percepções diferentes de quaisquer situações, o que pode

ser bom para um, pode não ser tão vantajoso para o próximo.

2.12 TEORIA CONTINGENCIAL OU SITUACIONAL

Essa teoria diz que não há nada absoluto nas organizações, tudo pode mudar,

depende da situação, e em consonância com Chiavenato (2004) a teoria contingencial

surgiu de uma gama de pesquisas realizadas para analisar modelos de estrutura

organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. Analisando como as

empresas funcionam em diferentes condições tais estudos e pesquisas foram contingentes.

As condições mudam de acordo com o ambiente nos quais estão inseridas, de outro modo,

pode-se dizer que as mesmas são ditadas pelo seu ambiente externo. Estas condições

externas podem ser vistas como ameaças ou oportunidades para empresa. Existe uma

relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas escolhidas

para ser eficaz nos planos das organizações. A visão de quem se utiliza desta teoria pode

ver as relações entre a organização e seu ambiente. A organização é um sistema aberto,

as variáveis organizacionais apresentam um complexo interrelacionado entre si e com o

ambiente. Este estilo de liderança, pode ser nos tempos atuais, uma boa solução para uma

boa administração, tendo em vista que a mesma exige que a liderança esteja apta, para

que possa adaptar-se as condições no ambiente em que estão inseridas, este estilo de

liderança nada mais é que um conjunto de estilos de liderança, pois não tem uma certa,

porém sim aquela que melhor atinge eficiência nos serviços elaborados.

Com o mercado com alto nível de competitividade fica difícil ter um estilo de

liderança único, é necessária modificações de acordo o contexto no qual está inserido,

para identificar qual ou quais melhor se adapta, e nesse sentido os autores Mcewen e

Wills, (2009), narram que essa teoria possui como base o nível de maturidade do

colaborador, com o amadurecimento, o líder fortifica as relações e diminui o foco no

processo. Nesta teoria o líder deve variar os estilos de lideranças de acordo com as

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

31

situações e peculiaridades individuais. Esse estilo de liderança exige de um líder com

bastante habilidades, que entenda e saiba executar inúmeros tipo de liderança, conforme

as necessidades requisitadas.

Não existe somente um estilo de liderança eficaz para todas a situações, é que

relatam Silva e Galvão (2007), expõem que cada problema necessita de um diferente

estilo de liderança para alcançar o desempenho positivo do grupo, atingindo os resultados

finais do serviço desenvolvido. Tal teoria consegue corresponder em quase todas as

organizações, possibilitando melhores resultados tanto financeiros, quanto sociais, pois

neste estilo de liderança, pode atender as vontades de ambos os atingidos pela

organização.

E para saber diferenciar cada situação, é necessária habilidade por parte do líder

da organização, e argumentando sobre isso, Chiavenato (2005) expõe que a liderança

tornou-se um dos enfoques em estudos nas últimas décadas, e de acordo com o tempo

essa função está cada vez mais relevante, tendo em vista que as organizações estão em

constantes mudanças, mercado consumidor mais exigente, demandando das organizações

líderes eficaz para uma gestão de sucesso.

2.13 LIDERANÇA NA GESTÃO PÚBLICA

A liderança é requisito em todos os tipos de organização humana, e também em

todos os setores, a mesma é essencial em todas as funções da administração, assim diz

Chiavenato (2004). Na gestão pública o líder desempenha um papel de fundamental

importância nesse processo, pois o mesmo auxiliará aos gestores a melhor dirigir e

organizar as instituições públicas, como também a manter sempre a excelência na

prestação de seus serviços. A liderança na administração pública possui responsabilidade

pelo processo de evolução, ou mesmo revolução na gestão pública, haja vista que este

processo é uma reformulação institucional e organizacional, e também quebra de

paradigmas culturais do próprio cenário público, político e social.

Diante da globalização e das novas demandas oriundas dele, Pablo (2007), narra

que o setor privado e as organizações públicas veem a necessidade renovar suas formas

de trabalho, potencializando seu desempenho em relação aos trabalhos realizados,

solidificando seus resultados. A gestão pública para que possa se manter atualizada diante

do mercado, sobre liderança, foco em resultados, gerenciamento, utiliza-se de princípios

adotados pelo mercado privado, no entanto ainda assim passa por dificuldades e precisa

de adaptações. Adaptações estas ligadas, com a missão do estado, de atender as

necessidades do povo, com trabalhos com transparência, eficiência e ética na gestão

pública.

A função de liderança pressupõe ao direcionamento do trabalho de pessoas, de

acordo com Minicucci (2007), gerenciando as oposições e desenvolvendo um clima em

que as necessidades das pessoas se unam às da organização. Todo indivíduo possui

particularidades, objetivos, talentos, habilidades, preferências etc.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

32

3 METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado através de um estudo de caso, elaborado juntamente

aos 29 colaboradores da organização pública pesquisada, para visualizar a percepção dos

mesmos sobre os temas acima descritos. Esta pesquisa foi realizada na Secretaria

municipal de Administração (SEMAD) de Tomé-Açu/PA, no período entre os meses de

agosto e setembro, ano de 2018, com o objetivo de obter dados e informações sobre

liderança e gestão de pessoas nesta organização.

O estudo de caso, em conformidade a Gil (2008), tem características de um estudo

pormenorizado de um ou poucos objetos, para que desse conheça profundamente. O

mesmo autor relata que essa metodologia de pesquisa vem sendo mais utilizada pelos

pesquisadores no ramo social, pois a mesma possui características de analisar contextos

da vida real, em situações sem conclusões exatas. De mesmo modo, pode ser usado em

estudos onde o problema é muito conhecido, desta maneira sendo quase todo definido.

Ainda o mesmo autor comenta que uma vantagem de se utilizar o método estudo de caso,

pois em determinados estudos, durante a investigação, podem-se encontrar temas até mais

relevantes que os procurados inicialmente.

Este trabalho possui abordagem quantitativa e qualitativa, tendo em vista que foi

uma pesquisa que empregou o instrumento questionário com perguntas fechadas, e

utilizou-se também de bibliografias de teóricos para analisar os dados obtidos, para que

pudesse gerar informações que servisse para discussão deste trabalho. As perguntas

utilizadas neste questionário, foram construídas de acordo com as necessidades desta

pesquisa, e com ambiente no qual as mesmas estavam sendo aplicadas, perguntas de fácil

entendimento, para que todos os colaboradores entendessem a essência da pesquisa. E

corroborando com a ideia de Leite (2008), explica que muito autores não concordam com

divisão de abordagem quantitativa e qualitativa, pois acreditam que na prática, não há

como trabalhar sem usar os dois tipos, sempre os métodos qualitativos ajudam os

quantitativos e vice-versa.

Foram utilizados questionários com perguntas fechadas dirigidos aos servidores

públicos para entender a opinião que os mesmos têm sobre a Gestão Pública. O

questionário foi entregue de forma aleatória e individual, sendo coletados posteriormente

para serem codificados e avaliados.

O questionário é um instrumento de coleta de dados, construído por uma sequência

ordenada de perguntas, onde suas respostas devem ser escritas sem a presença do

entrevistador, em equivalência à Lakatos (2003). Normalmente, o pesquisador destina o

questionário ao entrevistado, pelo correio ou por um transportador, doravante preenchido

devolve-o pelo mesmo caminho percorrido. E o instrumento de pesquisa questionário cria

o meio mais rápido e de menor preço de captura de informações, além de não requisitar

treinamento de pessoal e assegurar o anonimato.

Os dados foram tabulados e processados na plataforma Microsoft Excel, que

permitiu a criação de gráficos e tabelas, para melhor visualização através de percentuais,

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

33

deste modo configurando-se o método de análise de estatística descritiva. Sobre estatística

descritiva, Santos (2017), narra que se trata de um ramo da estatística que pretende

sintetizar e caracterizar qualquer grupo de dados. Em outros vocábulos, é aquela

estatística que está visa simplificar os dados de modo direto, dando menos importância

para variações e intervalos de confiança de dados.

O questionário dirigido à amostra dessa população se divide em 8 fatores: Dados

pessoais – com 4 questões fechadas, Ambiente de Trabalho – com 3 questões fechadas;

Liderança – com 4 questões fechadas; Gestão de Pessoas – 4 questões fechadas.

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

34

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Na Figura 1 pode-se observar 69% dos Servidores Públicos são do sexo

masculino, 31 %do sexo feminino.

Figura 1. Sexo dos servidores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Conforme a análise da Figura 2 foi possível constatar que na secretaria analisada,

que 32% dos servidores têm idade entre 41 a 50 anos, 25% possui entre 31 a 40 anos, 29

% entre 18 a 30 anos, e 14% acima de 50 anos. Com base nos dados foi possível verificar

que na secretaria objeto do estudo há uma predominância dos servidores de meia idade

(41 a 50 anos).

Figura 2. Faixa Etária dos Servidores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na Figura 3, observou-se que 48% dos Servidores Públicos possui o ensino médio

completo, também 38% possui o ensino superior incompleto, e por fim 14% dos

entrevistados tem o ensino superior completo. Como é possível verificar nenhum dos

servidores da secretaria estudada possui um curso de pós-graduação

18 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos Acima de 50 anos

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

35

Figura 3. Grau de Escolaridade dos Servidores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

No que diz respeito ao tempo de trabalho dos colaboradores na organização

pública pesquisada, mostra que aproximadamente 48% dos servidores trabalham a mais

de 10 anos no serviço público, conforme a Figura4, mostrando com este dado, uma grande

vivência na administração pública, bem como 28% possui de 1 a 5 anos, 21% dos

servidores relataram que possui menos de um ano de serviço público, e 3% de 5 a 10 anos.

Pode se observar que nessa organização a uma mescla de servidores públicos que estão

adentrando a pouco tempo, com alguns servidores que já possuem um tempo razoável de

serviço público.

Figura4. Tempo de trabalho na Gestão Pública dos Servidores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na Figura5, observa-se que 48% dos servidores da secretaria pública analisada,

relataram que o processo de gestão de pessoas é bom, 45% apontaram que esse processo

é regular 4% dos servidores assinalaram que é ótimo, 3% ruim. Segundo o estudo o

processo de gestão, na percepção dos servidores está sendo feito da maneira correta, pois

como mostra os resultados grandes partes dos entrevistados assinalaram a opção boa.

Figura5. Processos de Gestão na opinião dos servidores públicos da Secretária.

De 5 a 10 anos De 1 a 5 anos Menos de um 1 ano

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

36

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na Figura6 visualiza-se que 59% dos colaboradores não receberam nenhum

treinamento para realização de suas tarefas, outro dado mostra que 24% dos colaboradores

entrevistados receberam treinamento apenas quando entraram na secretaria, também

outros fatores relevantes, foram que 10% dos servidores entrevistados relataram que

recebem treinamento anual, 3% disseram que recebem os treinamentos semestralmente,

e por fim 4% dos servidores abordaram que recebem o treinamento bimestralmente.

Figura6. Frequência de aplicação de treinamento aos colaboradores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na Figura7 observam-se que os resultados em relação às metas de desempenho,

no qual 59% dos servidores públicos declararam que recebem a meta de desempenho, e

41 % respondeu que não recebe a meta das tarefas que tem que realizar.

Ótimos Bons Regulares Ruins

Bimestral Anual

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

37

Figura7. Servidores que recebem metas de desempenho.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

O dado exposto na Figura8 mostra que 38% dos colaboradores afirmam que o

líder sempre exerce uma liderança motivacional, 31% assinalou que raramente o líder

exerce uma liderança motivacional, 28% afirmou que é exercido frequentemente, e por

fim 3% assinalou que nunca exerce uma liderança motivacional.

Figura8. Percepção dos servidores sobre o líder exerce uma liderança motivacional.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na Figura9, visualiza-se que 38% dos trabalhadores desta secretaria destacaram

que a liderança da gestão realizada nesta organização, e raramente executada a cultura de

excelência, os valores e as diretrizes não são incentivados para atender a sociedade, 31%

dos servidores abordaram que essa execução é feita frequentemente, 24% relataram que

esse processo é feito sempre, e por fim 7% assinalou a opção nunca.

Sim Não

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

38

Figura9. Percepção dos servidores públicos em relação à execução dos valores

organizacionais e suas diretrizes por parte da liderança.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

A Figura 10 mostra como os servidores públicos participantes dessa pesquisa

avaliam o desempenho da liderança em relação a sua participação no desempenho dos

colaboradores e na busca de oportunidades futuras para a organização, 38% relataram que

esse processo é feito raramente, 35% sempre, 24% frequentemente, e 3% nunca.

Figura 10. Avaliação dos colaboradores sobre a chefia, em relação a participação da

análise do desempenho da organização e a busca de oportunidades futuras para a

organização.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

A Figura 11 mostra que 41% dos servidores citam que frequentemente as práticas

de gestão são controladas de acordo com os padrões de trabalho estabelecidos, 35%

assinalaram que esse processo é feito raramente, 24% assinalou que sempre ocorre esse

processo. Os dados mostram que essa avaliação está sendo feita, considerando que grande

parte dos entrevistados assinalou a opção frequentemente.

Nunca

Nunca

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

39

Figura 11. Percepção dos colaboradores sobre as práticas de gestão se são controladas

em relação aos padrões de trabalho estabelecidas.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na Figura 12, observa-se que o resultado sobre a percepção dos servidores em

relação às práticas de gestão dos padrões de trabalho, se são avaliados e melhorados, 45%

dos colaboradores entrevistados caracterizaram que a avaliação da prática de gestão é

feita raramente, 38% assinalou que esse processo é feito frequentemente, e 17%

confirmam que essa avaliação sempre é realizada.

Figura 12. Avaliação da prática de gestão e os padrões de trabalho se são avaliados e

melhorados.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

No quesito preparação pela parte da liderança da gestão da secretaria municipal

analisada, conforme a Figura 14, 52% dos colaboradores assinalaram que o seu chefe está

preparado, 38% “mais ou menos”, 10% completamente preparados.

Nunca

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

40

Figura 13. Percepções dos colaboradores sobre os chefes e supervisores se são

preparados para trabalhar com pessoas e para entender os funcionários.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

A partir da Figura 14, os gráficos correspondem a alternativa 15 do questionário

realizado por esta pesquisa, realizado de modo sedimentado para melhor compreensão

dos leitores. Na Figura 14 verifica-se que a liderança desta secretaria, está sendo avaliada

de forma positiva, pois 83% dos servidores públicos assinalaram a nota 1, em uma

avaliação de com notas de 1 a 5 sobre a liderança com semelhança ao atributo

autoritarismo.

Figura 14. Semelhança com o atributo Autoritarismo, conforme os colaboradores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na Figura abaixo (Figura 15), mostra um resultado benéfico para uma liderança

desta organização, onde 73% dos colaboradores declaram que a liderança da secretaria

analisada assemelha-se ao atributo respeito, visto que se sentem respeitados, uma

organização que preza pelos valores éticos da organização, possuem tendência ao

desenvolvimento positivo, tornam o trabalho harmônico, fazendo com que todos sintam-

se à vontade para realização de suas tarefas. Também a pesquisa mostrou que 17% dos

servidores assinalou a nota 4, bem como 10% assinalou a nota 3.

NOTA 1 NOTA 2 NOTA 3 NOTA 4

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

41

Figura 15. Semelhança com o atributo Respeito, segundo os colaboradores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

A Figura 16, quando o contexto é carisma pela liderança, os colaboradores da

secretaria municipal analisada, representaram de forma positiva sua opinião,

considerando que 70% dos trabalhadores entrevistados assinalaram a nota 5 e 4, em uma

avaliação cuja nota de 1 a 5, de semelhança do atributo carisma com a liderança da gestão.

Esse dado disponibiliza como informação que a liderança preza por um atributo que

promove harmonia no ambiente de trabalho, pois um líder que é admirável no que elabora,

seduz a todos os colaboradores reagirem de maneira igual, e passando isso para aqueles

que serão servidos pelo trabalho. No entanto, apesar do resultado positivo, vale ressaltar

que 30% dos colaboradores assinalaram de nota 1 a 3, mostrando que nem todos

concordam a semelhança supramencionada, então se deve trabalhar também nesse quesito

para adquirir excelência.

Figura 16. Semelhança com o atributo Carisma, de acordo com os colaboradores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

A Figura 17 apresenta um dos atributos mais importantes dentro de uma

organização, tendo em vista que sem planejamento é inevitável o fracasso, é nesta fase

que são decididos os objetivos, metas e planos de ação da organização, 31% dos

servidores assinalaram a nota 5, 28% dos colaboradores da secretaria municipal de

NOTA 1 NOTA 2 NOTA 3 NOTA 4 NOTA 5

NOTA 1 NOTA 2 NOTA 3 NOTA 4

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

42

Tomé-Açu, assinalou a nota 4, na avaliação de semelhança do atributo planejamento com

a liderança de gestão da organização, 24% assinalou a nota 3, 10% a nota 1 e por fim 7%

a nota 2.

Figura 17. Semelhança com o atributo Planejamento, para os colaboradores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

A Figura 18, mostra que 72% dos colaboradores assinalaram nota 5, na avaliação

de semelhança do atributo flexibilidade com a liderança da gestão, de uma avaliação de

1 a 5, esse dado gera como informação que a liderança desta organização é muito flexível,

atributo quando considerado que é realizado dentro de um serviço público, onde os

resultados para beneficiar a sociedade são requisitos, pode ser visto de modo negativo,

pois colaboradores com flexibilidade demais de trabalho, tem tendência a fugir dos

padrões estabelecidos e esperados. Também 17% dos servidores assinalaram a nota 4,

bem como 7% a nota 3, e 4% a nota 2.

Figura 18. Semelhança com o atributo Flexibilidade, de acordo com os colaboradores.

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na tabela 1, é possível observar em relação a preparação da liderança da secretaria

de administração do município de Tomé-Açu, no qual o resultado mostra que os

colaboradores que possuem mais tempo, denotam que o líder possui uma preparação

NOTA 1 NOTA 2 NOTA 3 NOTA 4

NOTA 1 NOTA 2 NOTA 3 NOTA 4

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

43

regular (mais ou menos) para atendimento ao público, tendo em vista que esses

colaboradores já passaram por outras administrações, perceberam que falta eficiência por

parte da liderança, conforme a tabela 1, os colaboradores que possuem de 1 a 5 anos

(37,5%), 5 a 10 anos (100%) e mais de 10 anos (35,71%), marcaram a opção “mais ou

menos” como característica dos chefes da organização pesquisada.

Tabela 1. Opinião dos colaboradores em relação a preparação dos chefes e supervisores

para trabalhar com pessoas e para entender os funcionários, correlacionando com tempo

que cada um trabalha na gestão pública.

Menos

de 1 ano

1 a 5

anos

5 a 10

anos

Mais de

10 anos

CompletamenteDespreparados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Despreparados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

MaisouMenos 33,33% 37,50% 100,00% 35,71%

Preparados 66,67% 50,00% 0,00% 50,00%

CompletamentePreparados 0,00% 12,50% 0,00% 14,29% TOTAL

6 8 1 14 29

20,67% 27,59% 3,45% 48,28% 100%

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Na tabela 2, observa-se que aqueles servidores que possuem um maior grau de

escolaridade dentro da organização, obteve um percentual de maior na observância de

forma negativa sobre as práticas de gestão e os padrões de trabalho, pois como mostra a

tabela, os servidores que possui superior completo, teve um maior destaque nessa

percepção, no qual 50% dos agentes públicos assinalaram as opções raramente e

frequentemente, bem como 54,55% do superior incompleto assinalou a opção raramente.

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

44

Tabela 2. Opiniões dos colaboradores sobre as práticas de gestão e os padrões de

trabalho se são avaliados e melhorados, correlacionando com o grau de escolaridade.

Médiocompleto

Superior

Incompleto

Superior

Completo

PósGraduado

Sempre 28,57% 9,09% 0,00% 0,00%

Frequentemente 28,57% 36,36% 50,00% 0,00%

Raramente 35,71% 54,55% 50,00% 0,00%

Nunca 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Total

14 11 4 0 29

48,28% 37,93% 13,79% 0,00% 100%

Fonte: Elaboradopelos autores (2018).

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

45

5 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

Após a apresentação dos dados no tópico anterior, foi feito uma discussão dos

dados de maior relevância para essa pesquisa, dentre eles pode ser citado o da Figura 7

no qual o mesmo apresenta a frequência de treinamento aos servidores públicos da

secretaria estudada, em conformidade com o resultado supracitado, mais da metade dos

servidores públicos da secretaria estão desatualizados em relação ao mercado. E sobre a

capacitação dos colaboradores Chiavenato (2004) narra que no atual contexto das

organizações, os colaboradores precisam ser qualificados, dado que o mercado está

exigindo um funcionário que tenha qualificação.

E nesse sentido Lara (2012) cita em seu artigo “a importância do líder na

organização”, estudo em que mostra que um dos grandes desafios dos líderes atuais é

possuir senso de realidade, por motivo que as empresas, clientes e o mercado sempre

sofrem mudanças, por essa razão é importante que os colaboradores sempre busquem se

atualizar para a equipe obter sucesso no mercado. No resultado de sua pesquisa a autora

relata que é necessário manter uma atenção aos colaboradores da empresa, pois são eles

que movem a organização, correlacionado com o resultado desta pesquisa é possível

observar que essa instituição está pecando nessa etapa, pois como mostrou como

resultado, que mais da metade dos servidores não recebem treinamentos.

No estudo desenvolvido por Vieira (2015) o autor aborda que, para as

organizações públicas obterem o sucesso é importante que as mesmas realizem um

planejamento correto, para auxiliar essas instituições nesse processo, tem a gestão

estratégica de pessoas (GEP) no qual essa ferramenta tem como intuito fazer com que os

servidores focalizem nos objetivos e nas metas organizacionais. Para isso a autora relata

que é preciso que os servidores públicos estejam capacitados, como se pode observar a

importância da capacitação e dos treinamentos dos agentes públicos, pois segundo a

autora a administração pública está perdendo a sua credibilidade em relação a sociedade,

pois muitas vezes o servidor público não está preparado suficiente para atender a

população.

Na Figura 8, observam-se os resultados em relação às metas de desempenho, onde

apresenta que 59% dos colaboradores recebem metas de desempenho estabelecidas, e

41% não recebem. Uma organização precisa que todos seus colaboradores saibam o que

devem desempenhar durante seus trabalhos, para que mesma possua eficiência em seus

serviços, ainda mais quando a organização é pública, haja vista que trabalham com

recursos oriundos dos cofres públicos. E nesse sentido Max Weber (2004) narra que

apesar das diferenças entre as instituições públicas e privadas, também possuem algumas

semelhanças na sua composição, uma delas é a gestão organizacional, pois conforme o

autor é nessa área que é feita uma avaliação para a verificação dos processos, se os

mesmos estão sendo realizados da maneira correta.

Vieira (2015) em seu artigo, gestão estratégica de pessoas na administração

pública, aborda que as instituições públicas para prestarem seus serviços com excelência

precisam desenvolver seus funcionários, através de técnicas, métodos, e práticas pré-

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

46

definidas com o intuito de melhorar o atendimento da instituição. Em seus resultados o

autor apresentou resultados, por parte, semelhantes ao dessa pesquisa, visto que em seu

estudo mostra que na instituição estudada, os servidores recebiam metas de desempenho

a ser desenvolvidas, no entanto se diverge, por parte, levando em consideração que obteve

um alto índice de colaboradores que não recebem metas de desempenho de suas

atividades, possivelmente prejudicando nos trabalhos prestados pela organização. Nessa

lógica, Chiavenato (2004) relata que cada pessoa possui uma capacidade que precisa ser

desenvolvida para melhorar as suas potencialidades profissionais.

Sobre a análise do dado exposto na Figura 9, verifica-se, segundo a percepção dos

servidores da secretária municipal de administração de Tomé-Açu, o líder está exercendo

uma liderança motivacional. Conforme mostra os dados, grande parte dos servidores

públicos, têm a Figura do seu líder como um líder motivador, no entanto 34% dos

servidores assinalaram que o líder não possui características de um líder motivador, um

dado importante para atingir a excelência da organização.

Nesse sentido Chowdhury (2003) relata que os atuais líderes das organizações,

precisam dirigir seus liderados com base nos seus valores, visto que através dessa direção

é possível fazer com que os mesmos se sintam mais motivados, consequente os mesmos

tendem a produzir mais, o autor ainda complementa dizendo que para esse processo ter

sucesso é preciso que haja confiança em ambas as partes. Já para Robbins (2002) os

líderes da atualidade, precisam ser capazes de criar uma visão de futuro, bem como ser

capaz de inspirar seus liderados a realizar esse objetivo vislumbrado.

Para Benevides (2010) em seu estudo realizado, o autor mostrou em seus

resultados que para um líder exercer a liderança, é preciso que o mesmo possua algumas

características, como exemplo os apelos de inspiração, dado que através dele é possível

influenciar positivamente a motivação dos colaboradores. Com isso verifica-se que na

instituição que foi desenvolvida o presente estudo, o líder por mais que a maioria dos

colaboradores assinalaram que o líder tem caraterísticas de um líder motivador, ainda sim,

precisa rever as suas ferramentas que utiliza para motivar seus liderados, e buscar novas

maneiras para que obtenha sucesso nesse processo, pois como mostra o estudo

desenvolvido por Vieira (2015) para que os servidores possuam um bom desempenho na

realização de suas tarefas, é interessante que a instituição procure algumas formas de

recompensá-los, uma dessas formas é através de Feedback, ou então participação em

congressos, palestras, dentre outros. Para o mesmo autor essas formas de recompensa que

a organização oferece a seus colaboradores, além de gerar uma motivação também gera

um comprometimento do colaborador com a organização.

Na Figura 10 mostra que a percepção dos colaboradores em relação à execução

dos valores organizacionais e suas diretrizes por parte da liderança, em grande parte

“raramente” vem sendo executada dentro da organização, tendo em vista que 38% dos

servidores assinalaram esta opção, e mais 7% marcaram que nunca foi implementada este

tipo de liderança. Lara (2012) descreve em seu artigo a importância da liderança, a qual

existem várias teorias a respeito do estudo da liderança, no seu estudo a autora

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

47

apresenta um resultado divergente em comparação com o do gráfico da Figura 10, haja

vista que o resultado do gráfico acima mostra que 38% dos servidores abordam que

raramente o líder exerce uma liderança motivacional, já em seu estudo Lara (2012)

comenta que um dos objetivos do líder é ser capaz de realizar transformações em seus

companheiros através da motivação, e ainda no mesmo artigo a autora relata que o papel

do líder não é apenas focar na geração do lucro, mas sim fazer com que os seus liderados

se sintam à vontade, para desenvolver suas funções. Por essa razão é importante em uma

organização, seja ela pública ou particular, trabalharem a motivação de seus

colaboradores, porque qualquer organização precisa de colaboradores motivados.

Robbins (2002) aborda que o mundo está cada vez mais dinâmico, por este modo é

importante que os líderes sejam capazes de criar visões, e inspirar os seus liderados a

chegarem nessas visões. Já Silva (2014) em seu estudo a respeito da evolução da liderança

e a postura dos líderes atuais, destaca o líder contemporâneo, que o mesmo precisa ter

algumas características para obter o sucesso nas organizações, uma dessas características

é a proatividade.

A Figura 11 mostra a percepção dos servidores públicos em relação à liderança e

sua participação no desempenho dos colaboradores, e na busca de oportunidades futuras

para a organização, nesta secretaria a maior parte dos agentes públicos assinalou a opção

raramente que representa 38%, 3% marcaram que nunca, percentuais que apresentam que

aproximadamente a metade dos colaboradores definem a liderança com uma que não

participa no desempenho dos colaboradores, e não vai atrás de oportunidade para

crescimento da empresa. De acordo com Chiavenato (2005) para uma organização obter

sucesso, muitas das vezes a mesma depende de uma boa liderança, com isso um bom líder

precisa ser capaz de dialogar com seus liderados, para que juntos ambos possam alcançar

as metas estabelecidas pela organização.

Em seu estudo Lara (2012) em “A Importância da Liderança nas Organizações”,

aborda que uma das grandes dificuldades que as organizações estão enfrentando

atualmente, é que muitos líderes estão exercendo o cargo de liderança sem ter o

conhecimento para ocupar esse cargo, por esse modo muitas instituições chegam ao

fracasso, com isso em seu estudo a autora mostra um líder deve trabalhar constantemente

para realizar transformações em seus companheiros, e juntos chegarem a um objetivo em

comum, já no estudo desenvolvido por Silva (2015) a autora aborda o perfil do líder do

século XXI, para a mesma os líderes atuais precisam analisar uma série de fatores para

obterem sucesso na prática da liderança, um desses fatores que o líder precisa ter, é a

capacidade de fazer a análise das necessidades das organizações, junto com a necessidade

de seus liderados, para ter uma melhor relação interpessoal em ambas as partes, assim o

líder consegue movimentar todos seus liderados no mesmo objetivo da organização.

Correlacionando com a pesquisa desenvolvida na secretaria municipal de Tomé-

Açu, é possível verificar que o líder da instituição precisa se preocupar mais com o

desempenho de seus colaboradores, e consequentemente da organização, dado que os

resultados apresentados mostram que muitos de seus liderados acreditam que o mesmo

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

48

é falho neste processo, uma das alternativas para esta liderança, de acordo com os autores

acima, é a procura de qualificação, saber o que desenvolver na atividade de liderança,

para que desta maneira seja possível realizar um trabalho eficiente para com seus

liderados.

Analisando a Figura 14, é possível observar que, em conformidade com a

percepção da maioria dos servidores, a liderança está preparada para exercer o cargo, haja

vista que 52% dos colaboradores assinalaram a opção preparada, ou seja, mais da metade

dos servidores consideram essa opção, isso é importante para a organização, no entanto

deve levar em consideração que 38% dos colaboradores assinalaram que a liderança está

“mais ou menos” preparada para exercer o cargo. Em consonância a DenHantong et al.

(1997) os líderes devem sempre buscar o seu aprimoramento, devem ser proativos, e estão

a todo tempo acompanhando a visão estabelecida pela organização, essas características

possui similaridades com a de um líder transformacional.

E para Rodrigues (2009) em “a prática da liderança”, os resultados em parte são

semelhantes, levando em consideração que o líder é um espelho dentro de uma

organização, e se o mesmo souber guiar os seus liderados, certamente ambos chegarão

aos objetivos em comum almejados pela organização, entretanto para isso é necessário

que a equipe trabalhe em conjunto para alcançarem suas metas. O autor ainda defende

que para isso o líder precisa focar na missão, visão e valores da organização para o mesmo

poder desenvolver a sua equipe e também desenvolver a sua capacidade.

Nessa linha de pensamento Lara (2012) aborda em seu estudo que um dos grandes

pilares para o sucesso de um líder, é verificar se seus liderados estão seguindo a sua

liderança, pois em consonância com a autora o líder tem que ter a capacidade de mover

os seus liderados, se o mesmo não tiver essa capacidade, ele não será um líder, porém sim

uma pessoa que ocupa um cargo. Fazendo uma correlação das pesquisas visualiza-se a

importância que o líder tem de saber lidar com seus liderados, bem como a importância

do líder possuir a capacidade de mover as pessoas, no caso da instituição que foi objeto

do estudo, o líder deve se preocupar mais com sua capacitação e aprimoramento de suas

habilidades, considerando que grande parcela ainda reconhece a liderança como “mais ou

menos”, e uma organização que visualiza o alcance do sucesso, deve ter sua liderança

preparada para resolver qualquer problema que venha surgir no corpo da organização.

Na Figura 15 observa-se que a liderança desta secretaria, está sendo avaliada de

forma positiva, considerando que 83% dos servidores públicos assinalaram a nota 1, em

uma avaliação de notas de semelhança ao atributo autoritarismo de 1 a 5, este resultado

correlacionado aos supracitados, mostra que a liderança possui característica de um estilo

mais flexível de comando, o líder não possui características de “chefe”, com princípios

de ordem e submissão, mas sim aquela liderança que quase não intervém nas atividades

dos servidores, este estilo de liderança é bastante contemporânea nas organizações

modernas. Em conformidade com Chiavenato (2003) a liderança

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

49

autoritária não é muito recomendável nas organizações, haja vista que nesse tipo de

liderança é muito comum haver conflitos dos líderes com os seus liderados, pois o líder

impôs as ordens, sem saber a opinião de seus liderados.

Em um estudo desenvolvido por Silva (2014) a evolução da liderança e a postura

dos líderes atuais, mostram uma semelhança significativa em comparação com o

resultado obtido por essa pesquisa, considerando que o tributo autoritarismos dos líderes

está cada vez mais sendo sucumbido pelo mercado, e estão aparecendo Figuras de líderes

contemporâneos. Em sua pesquisa Silva (2014) descreve algumas das principais

características dos líderes contemporâneos, dentre essas características estão a de

valorização de diversas perspectivas, como também os lideres atuais consideram as

pessoas como o recurso mais valioso da organização, devido a isso as duas pesquisas

mostram que no atual contexto das organizações é preciso que os líderes saibam ouvir

seus liderados para que ambos juntos possam chegar a um objetivo em comum.

Na Figura 16, observou-se um resultado positivo para liderança e gestão do órgão

analisado, visto que 73% dos colaboradores declaram que a liderança da secretaria

analisada assemelhasse ao atributo respeito, dado que se sentem respeitados, e uma

organização que preza pelos valores éticos, possui tendência ao desenvolvimento

positivo, tornando o trabalho harmônico, e faz com que todos se sintam à vontade para

realização de suas tarefas.

E de acordo com o contexto organizacional descrito Chiavenato (2003) narra que

trata-se de uma das características do tipo de liderança democrática, haja vista que os

colaboradores e os seus líderes acabam criando uma interação, fazendo com que a

empresa se torne um ambiente familiar para desenvolver suas funções, bem como começa

a surgir os ciclos de amizades dos envolvidos, e todas essas emoções geram impactos

significantes na execução das atividades, fazendo com que sejam alcançados melhores

resultados, surgindo a importância dos líderes possuir respeito com seus liderados.

E seguindo esta perspectiva, o estudo desenvolvido por Silva (2014) descreve que

os líderes da atualidade estão cada vez mais criando laços de amizades com seus

liderados, como é possível observar no estudo desenvolvido pelo autor em “a comparação

entre os líderes do passado e os lideres contemporâneos”, de acordo com os resultados de

sua pesquisa os líderes mais novos trabalham para obter um equilíbrio entre a organização

e as pessoas, e compartilham as responsabilidades com sua equipe. E com o dado obtido

através deste resultado é possível que liderança adotou o princípio respeito para com seus

colaboradores, e este atributo pode ser o caminho para melhor desenvolver os trabalhos

dentro da organização, isto conforme os autores acima, cria um ambiente de interação

onde todos corroboram para alcance dos resultados esperados pela organização.

Na Figura 19, apresenta o resultado de 72% de colaboradores que assinalaram

nota 5, em uma avaliação de semelhança com notas de 1 a 5 sobre a liderança com o

atributo flexibilidade, esse dado gera como informação que a liderança desta

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

50

organização é bastante flexível, por mais que esse atributo como já descrito possua

características de uma liderança contemporânea, levando em consideração que trata-se de

uma liderança realizada dentro da esfera pública, onde os resultados para beneficiar a

sociedade são cobrados, este dado pode ser visto de modo negativo, pois colaboradores

com flexibilidade demais de trabalho, tem tendência a fugir dos padrões estabelecidos e

esperados.

Em conformidade com Robbins (2002) a flexibilidade é uma das características

do estilo de liderança Laissez-Faire, uma vez que nesse estilo de liderança os

colaboradores possuem liberdade para poderem tomar as decisões na elaboração de suas

tarefas. Rodrigues (2009) em sua pesquisa que possui como título “A pratica da

Liderança”, mostra características do líder corporativo que passou por um processo de

evolução, entre os anos de 1950 aos anos 2000, que nesse período a liderança sofreu

muitas mudanças, dado que nos tempos antigos para exercer um cargo de liderança a

pessoa deveria nascer com atributos visuais de líder, no entanto no contexto moderno, o

líder tem que ser completo para atender as necessidades do novo mercado, que requisita

profissionais capacitados, aptos a resolverem quaisquer tipo de problemas dentro de uma

organização. Com isso a Figura de um bom líder, no novo contextos das organizações, é

a junção de vários atributos que formarão um líder capaz de desenvolver seu papel, que é

comandar com eficiência seus liderados.

O resultado da Figura 19, apresenta que os colaboradores avaliaram a liderança

como muito flexível, e reunindo com todos os resultados obtidos por esta pesquisa, onde

apresenta que a liderança não impõe para todos os colaboradores com a frequência

necessária metas já estabelecidas, treinamentos contínuos para realização eficiente das

tarefas, servidores com bastante tempo de serviço sem receber treinamentos, estas

informações evidenciam ainda mais o resultado obtido por este resultado, de uma

liderança com fortes características de flexibilidade, com semelhança ao estilo de

liderança Laissez-Faire.

Conforme os dados observados da tabela 1, foi possível verificar que na secretaria,

o objeto do estudo, em conformidade a percepção dos servidores que possuem de 1 a 10

anos na administração pública, os seus líderes estão mais ou menos preparados para

trabalharem com as pessoas, vale ressaltar que esses agentes públicos já tiveram outros

líderes ou chefes na secretaria, com isso os mesmos já possuem um tempo de vivência na

administração pública

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

51

6 CONCLUSÃO

Com este presente trabalho foi possível encontrar indícios de alguns problemas a

serem corrigidos dentro da secretaria municipal de Tomé-Açu/PA, tendo em vista os

resultados obtidos e analisados acima. Resultados que abriram visão de como é gerida e

liderada as pessoas desta organização pública pesquisada, um resultado que mostrou

relevância, o que expôs que mais da metade dos servidores da secretaria estudada, não

recebem treinamento sobre suas funções, correlacionando com outro resultado, no qual

apresenta que a maioria dos colaboradores tem mais de dez anos de serviço na coisa

pública, mostra que colaboradores com bastante tempo na organização, estão sem

treinamento. Outro resultado de valor para esta pesquisa, foi o que mostrou que a maioria

dos servidores assinalaram que não recebem metas estabelecidas de trabalho, resultado

que apresenta indícios de falha na gestão desta secretaria. Vale ressaltar que com esta

pesquisa, o líder da organização, de acordo com a percepção dos servidores analisados,

apresenta fortes características de um líder flexível, semelhante ao estilo de liderança

Laissez-Faire.

Então esta pesquisa conseguiu responder sua pergunta problema, “como é a

atuação da liderança e gestão de pessoas na secretaria municipal de administração de

Tomé-Açu/PA, segundo a percepção de seus colaboradores?”. Com os resultados obtidos

mostrou como o líder se comporta diante de seus liderados, em relação a gestão de pessoas

e liderança, o mesmo mostrou uma gestão de pessoas em que seus funcionários o

reconhecem como um gestor respeitoso, motivador, democrático, porém precisa rever

algumas práticas de gestão, por exemplo realizar treinamentos para seus colaboradores,

para permanecerem sempre eficientes em suas atividades, e intervir mais nas tarefas de

seus servidores, levando em consideração que seus resultados mostram uma gestão de

pessoas que deixa seus colaboradores em zona de conforto para realização de seus

serviços. Nesse sentido Reis (2009) apresenta o conceito de boas empresas, que é

destinado para as organizações que dão prioridade na competência, capacidade

profissional, treinamento e que sempre atendem as necessidades no tocante a qualidade

Este estudo mostrou uma secretaria pública municipal, assim como qualquer

organização, apresenta indícios de falhas de gestão de pessoas e liderança,no entanto

todas com possibilidades de mudanças e resoluções do problema, podendo realizar a

implantação de algumas ferramentas de gestão, com por exemplo, avaliação de

desempenho como forma de controle ao trabalho dos colaboradores, até mesmo para

atender alguns princípios da administração pública. Como ferramenta de avaliação de

desempenho a liderança da organização pode implantar a avaliação 360 graus, que é

conhecida por juntar vários pontos de vistas sobre o colaborador, se o mesmo está

realizando o trabalho adequadamente, até mesmo sobre a própria perspectiva do

colaborador, através de sua auto avaliação, ou mesmo através de uma avaliação da

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

52

própria hierarquia, se o mesmo atende as necessidades do cargo que exerce, entre outras

possibilidades de avaliar o colaborador.

Outra possibilidade da gestão desta organização estudada é a implantação de

treinamento contínuo, dentro de um prazo determinado de aproximados seis meses, para

que desta forma promova o aprendizado, capacidade técnica ou qualquer outra atividade

que seja útil no cotidiano. Volpe (2009) narra que treinamento é um processo de curto e

médio prazo, empregada de forma organizada, para que os indivíduos recebam

habilidades, técnicas, conhecimentos já visualizados previamente pela organização, sem

alterar nos comportamentos dos indivíduos.

Nesta organização para sua melhoria, a gestão poderia adotar uma novo estilo de

liderança, que possivelmente pudesse dar eficiência e uma maior resolução dos problemas

que pudessem vir aparecer, a teoria contingencial ou situacional, que não é só um estilo

de liderança, entretanto um grupo de estilos, aquele que melhor se adaptar ao contexto,

será o utilizado. Esta seria uma das mudanças que consequentemente trariam melhores

resultados para gestão analisada. Silva e Galvão (2007) alega que não existe apenas um

estilo de liderança eficaz para todos oscontextos, expõem que cada problema precisa de

um diferente estilo de liderança para atingir o resultado apropriado.

Esse trabalho contribuirá para o entendimento e pesquisa sobre a liderança e

gestão de pessoas no setor público municipal, tendo em vista que mostrou através de um

fato real e contemporâneo, dados e informações de um modelo organizacional, que vem

se reproduzindo em muitas áreas do setor público, organizações públicas, que buscam

modelos privados de gestão, como base para atingir uma administração eficaz.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

53

7 REFERÊNCIAS

BASS, B. Leadership and performance beyond expectations. New York: Free Press.

1985

BASS, B. M.; AVOLIO, B. J. The implications of transactional and transformational

leadership for individual, team and organizational development. Research in

Organizational Change and Development, v. 4, p. 231-272, 1990.

BENEVIDES, Vitor Luciano de Almeida. Os estilos de liderança e as principais táticas

de influência utilizadas pelos líderes brasileiros. Rio de Janeiro, 2010. 114

p. Dissertação (Mestrado Executivo em Gestão Empresarial) - ESCOLA BRASILEIRA

DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS, 2010.

BERGAMINI, Cecilia Whitaker. Liderança. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BERGUE, Sandro Trescastro. Gestão de Pessoas em Organizações Públicas. 2. ed. rev. e

atual. Caxias do Sul: Educs, 2007.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,

DF, Senado, 1988.

BRESSER PEREIRA, L. C. O modelo estrutural de gerência pública. Revista de

Administração Pública (RAP), Rio de Janeiro: FGV/EBAPE, v. 42, n. 2, p. 391-410,

mar./abr. 2008.

BRITTO, Fernandes Denise. O Perfil do Trabalhador/Colaborador no Contexto de

Flexibilização do Trabalho.

BURNS, J.M. Leadership. New York: Harper, 1978.

BURNS, J. M. (2003). Transforming Leadership. New York: Atlantic Monthly Press.

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da Administração. Rio de Janeiro, Elsevier,

2001.

CHIAVENATO, Idalberto, Introdução a Teoria Geral da Administração, 7ª edição,

Elsevier, Rio de Janeiro - Rj, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

CHIAVENATO, I. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em um

excelente gestor de pessoas. 6 reimpressões, Elsevier- Campos, Rio de Janeiro, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2008.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

54

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos

nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

CHOWDHURY, S. Administração no século XXI: o modo de gerenciar hoje e no

futuro. São Paulo: PerarsonEducation do Brasil, 2003.

CLASSIFICAÇÃO de métodos em quantitativos e qualitativos. In: LEITE, Francisco

Tarciso. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Ideias Letras, 2008. cap. 4, p. 94.

COELHO, Ricardo Correa. O público e o privado na gestão pública. Florianópolis:

Departamento de Ciências da Administração; UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009.

COMPORTAMENTO Organizacional. In: MINICUCCI, Agostinho. Psicologia

Aplicada à Administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

DEN HARTOG, DEANNE N., VAN MUIJEN, JAAP J., and KOOPMAN, P. L.

(1997), “Transactional versus Transformational Leadership: An Analysis of the MLQ,”

Journal of

DUCKER, Peter. Liderança para Século XVI. Futura. São Paulo. 2000.

DUTRA, Ademar. Curso de Especialização em Administração Pública. Gestão de

pessoas na área pública. Out. 2009.

FERREIRA, Eduardo Aparecido. O Papel Estratégico da Gestão de Pessoas na

Administração Pública. Curitiba, 2011. 50 p. Monografia (Pós Graduação em Gestão

Pública Municipal) - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ,

2011.

GARAY, A . B. S. As diferentes faces do processo de qualificação: algumas dimensões

esquecidas. Rausp, v.32, n.3, 1997. julho/setembro.

Gestão contemporânea de pessoas; novas práticas, conceitos tradicionais. Porto Alegre:

Bookman,2004.

Gestão de Pessoas. ed. Compacta: São Paulo. ed. Campus, Atlas, 2000.

GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papeis profissionais. São Paulo:

Atlas, 2001.

GIL, A.C. Método e técnicos de pesquisa social. 6ª. ed. São Paulo: Atlas S.A, 2008.

HOUAISS. Dicionário. Rio de Janeiro: editora Objetiva. 2001.

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

55

HUNTER, C. James, O Monge e o Executivo, 1ª Edição, Sextante, Rio de Janeiro - Rj,

2004.

JACOB, T. O., Leadership and exchange in formal organizations, Alexandria, VA:

Human Resources Organization, 1970.

JORDÃO, Sonia. Liderando em tempos de mudança. Artigo. 2008.

Jurídicos. Brasília, DF, 05 out. 1988. Disponível

em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em:

05 dez.2018.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 5. ed. rev atual. São Paulo:

Saraiva, 2010.

KIRKBRIDE. P. Developing transformation leaders: the full range leadership model

inaction. JournalofHumanRelations, 1957..

KOUZES, James M. e POSNER, Barry Z. O desafio da Liderança. Rio de Janeiro:

Campus, 1991. p. 31-255.

KOUZES, James M.; POSNER, Barry Z. O desafio da liderança. Rio de Janeiro: Campus,

2007.

KRON, T; GRAY, A. Administração dos cuidados de enfermagem ao paciente.

Colocando em ação as habilidades de liderança. Tradução Erly Bom Consendey,

Fernando Diniz Mundim; supervisão da tradução, Maria Dolores Lins de Andrade. 6 ed.,

Rio de Janeiro; Interlivros, 1994, 320 p.

LAGO, M. C. Trabalhadores do Brasil, mis queridos descamisados: uma invenção sobre

os trabalhadores no Varguismo e no Peronismo. Cadernos PROLAM/USP, 14(26), 26-

41, 2015.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica.

5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

LARA, Eneia dos Santos. Liderança: A importância do Líder na

Organização.Curitiba, 2012. 31 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Gestão Estratégica

de Pessoas) - UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ, 2012.

LEMOS, Murilo Lemos de. Gestão de pessoas na Administração Pública: recursos

humanos na administração pública. Disponível em: . Acesso em: 5 de Dez. 2018.

LEMOS, Murilo Lemos de. Gestão de pessoas na Administração Pública: recursos

humanos na administração pública, 2010.

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

56

M. et al. Handbook of industrial and organization psychology. 2ed. Palo Alto,

Califórnia:ConsultingPsychologistspress, 1994. p. 147 – 197.

MARQUES, J. R. Leadercoach: coachingcomo filosofia de liderança. São Paulo:

Editora Ser Mais, 2012.

MARQUES, José Roberto. O QUE É PERCEPÇÃO ORGANIZACIONAL?: Tipos de

percepção organizacional. Portal do Instituto Brasileiro de Coaching.Brasil, 2017. Disponível

em: <https://www.ibccoaching.com.br/sobre-o-ibc/o-ibc/>. Acesso em: 19 dez. 2018.

MARQUES, José Roberto. Conceito de liderança transformacional. 2016. Disponível

em: <http://www.jrmcoaching.com.br/blog/conceito-de-lideranca-transformacional/ >

Acesso em: 15 nov. 2018.

MARQUES, Jose Roberto. O que é coaching?. Portal do Instituto Brasileiro de

Coaching. Brasil, 2017. Disponível

em:<http://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching/o-que-e-coaching/>. Acesso em:5

jan. 2019.

MARQUIS, B. L.; HUSTON, C. J. Administração e Liderança em Enfermagem – teoria

e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.

MATOS, Ruy de Alencar. O desenvolvimento de recursos humanos na Administração

Pública RAP. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 16, n.3, set. 1982.

MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2004.

MAXWELL, John C – O livro de ouro de liderança 2 ed. Thomas Nelson Brasil. 2011.

MCEWEN, M.; WILLS, E.M. Bases teóricas para enfermagem.Tradução Ana Maria

Thorell. 2 ed.. Porto Alegre; Artmed, 2009.

McWHINNEY, W. (1997). Paths of Change. Strategic Choices for Organizations and

Society.Thousand Oaks, CA: Sage.

MELO, E. A. A. Comprometimento organizacional, estilos gerenciais e poder

organizacional: um estudo relacional. 2001. 120 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)

– Universidade de Brasília, Brasília, 2001.

MINICUCCI, A. Psicologia Aplicada à Administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007

MONTANA, J. P.; CHARNOV, H. B. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998.

MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.

NETO, Silvestre Prado de Souza; CALVOSA, Marcello Vinicius Doria. As

competências de liderança: atributos e práticas do líder do século XXI, uma pesquisa

quantitativa. Rio de Janeiro: Revista de Administração da UNIMEP, 2006.

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

57

OLIVEIRA, M. Energia emocional. São Paulo: Makron Books, 1997.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Sociologia das organizações: uma análise do homem e das

empresas no ambiente. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

PABLO, A.L. et al. Identifying, enabling and managing cynamic capabilities in the public

sector. Journalof Management Studies, v. 44, n. 5, p. 687-708, 2007.

PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Uma nova gestão para um novo estado: liberal, social

e republicano. Disponível

em:<http://www.bresserpereira.org.br/papers/2001/78Ottawa-p.pdf>. Acesso em: 07

dez. 2018.

PIRES, Alexandre Kalil et al. Gestão por competências em organizações de governo.

Brasília: ENAP, 2005. 100 p.

REIS, Vania Prata Ferreira. O Perfil de Empregabilidade: o Desafio do

Autodesenvolvimento. Disponível em:

http://www.senac.br/informativo/bts/241/boltec241c.htm. Acesso: 20 de dez. 2018.

ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 9.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

ROBBINS, S. P. Administração. São Paulo. Saraiva, 2005.

ROCHA, Hugo. O que é endomarketing?. Klickpage. Brasil, 2018. Disponível em:

<https://klickpages.com.br/blog/endomarketing-que-e/>. Acesso em: 7 jan. 2019.

RODRIGUES, Jéssica D. Brandão. A prática da

Liderança. Assis, 2009. 53p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em

Administração) - INSTITUTO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE ASSIS,

2009.

SALDER, P. Leadership and organizational learning. Handbook of organizational

learning and knowledge. Oxford: oxfordUniversity Press, 2003.

SANTOS, Clezio Saldanha dos. Introdução à gestão pública. Ed. Saraiva, 2003.

SANTOS, DeisyRaianny Cruz dos. A gestão de pessoas no ministério dos transportes.

2009. 159 f. Monografia (Curso de Administração com ênfase em Marketing) - Faculdade

Cenecista de Brasília – Cnec, Ceilândia, 2009.

SANTOS, Virgilio F. M. D. Estatística Descritiva Básica e Centralidade: O que é

Estatística Descritiva?. FM2S. São Paulo, 2017. Disponível

em:<https://www.fm2s.com.br/estatistica-descritiva-basica-e-centralidade/>. Acesso

em: 1 jan. 2019.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

58

SEBRAE. Disciplina de empreendedorismo: manual do aluno. São Paulo: SEBRAE,

2007.

SILVA, M.A; GALVÃO, C.M. Aplicação da liderança situacional na enfermagem de

centro cirúrgico. Revista da Escola de Enfermagem USP. v. 41, n.1, 2007.

SILVA, Jaqueline de Brito. Evolução de Liderança e Postura de Líderes Atuais.

Londrina, 2014. 10 p. Trabalho de Disciplina (Ciência Jurídica Empresarial) -

FACULDADE CATUAÍ.

SIQUEIRA, Marcos Vinicius Soares. MENDES, Ana Magnólia. A gestão de pessoas no

setor público e a reprodução do discurso do setor privado. Revista do Serviço

Público. Brasília, p. 241-250, jul/set. 2009.

STRAPASSON, M.R; MEDEIROS,--- C.R.G. Liderança transformacional na

enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 62, n. 2, p. 228-33, 2009.

TANNENBAUM, Robert. WESCHLER, I. & MAPARIK, F. Liderança e organização,

Atlas, São Paulo - Sp, 1970.

TOLFO, S. R. A liderança: da teoria dos traços ao coach. In: BITENCOURT, Cláudia

et al.

TOLFO, S. R. Macro tendências de organização do trabalho e possibilidade de

crescimento humano: práticas, limites e perspectivas em uma empresa do setor

cerâmico de Santa Catarina. Porto Alegre: UFRGS/PPGA, 2000.

TOLFO, S. R.. A liderança: da teoria dos traços ao coach. In: BITENCOURT, C.. Gestão

contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. Porto Alegre:

Bookman, 2004.

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em administração. São Paulo:

Atlas,2009.

VIEIRA, Sueli Mendes. Gestão Estratégica de Pessoas na Administração Pública: Um

estudo de Caso na Secretaria Municipal de Saúde de Brumado/BA.

Brumado, 2014. 13 p. Trabalho de Conclusão de Curso(Administração pública) -

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, 2015.

VOLPE, Renata Araújo e LORUSSO, Carla Bittencourt. A importância do treinamento

para o desenvolvimento do trabalho. www.psicologia.com.pt. 1-8 p.

WEBER, M. Ciência e política: duas vocações. EditoraCultrix, 2004.

YULK, G.; FLEET, D. Theory and research on leadership in organizations. In:

DUNNETTE.

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

59

APÊNDICE – A

QUESTIONÁRIO

ESTUDO DE CASO

SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

DADOS PESSOAIS

1. Sexo:

( ) Feminino ( ) Masculino

2. Faixa etária:

( ) 18-30 anos ( ) 31-40 anos( ) 41-50 anos ( ) Acima de 50 anos

3. Escolaridade:

( ) 2° Grau completo ( ) Superior incompleto ( ) Superior completo ( ) Pós graduado

AMBIENTE DE TRABALHO

4. Há quanto tempo trabalha na Gestão Pública?

( ) menos de 1 ano ( ) de 1 a 5 anos( ) de 5 a 10 anos ( ) Mais de 10 anos.

5. Os processos de gestão de pessoas utilizados na gestão pública são em sua

opinião:

( ) Ótimos ( ) Bons ( ) Regulares ( ) Ruins ( ) Péssimos

6. Frequência da aplicação de treinamento:

( ) Bimestral ( ) Semestral ( ) Anual

( ) Somente para funcionários novos( ) Não são realizados

LIDERANÇA

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

60

7. O seu setor, ou sua coordenação possui metas de desempenho estabelecidas?

( ) Sim ( ) Não

8. Com que frequência o líder exerce uma liderança motivacional?

( ) Sempre( ) Frequentemente ( ) Raramente ( ) Nunca

9. Qual sua percepção em relação a execução dos valores organizacionais e suas

diretrizes por parte da liderança?

( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Raramente ( ) Nunca

10. Como você avalia sua chefia, em relação a participação da análise do

desempenho da organização e a busca de oportunidades futuras para a organização?

( ) Sempre( ) Frequentemente ( ) Raramente ( ) Nunca

GESTÃO DE PESSOAS

11. As práticas de gestão são controladas em relação aos padrões de trabalho

estabelecidas?

( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Raramente ( ) Nunca

12. As práticas de gestão e os padrões de trabalho são avaliados e melhorados?

( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Raramente ( ) Nunca

13. Os chefes e supervisores são preparados para trabalhar com pessoas e para

entender os funcionários?

( ) Completamente despreparados ( ) Despreparados ( ) Mais ou menos

( ) Preparados( ) Completamente preparados

14. Atribua nota de 1 a 5 nos itens abaixo, sendo 1 o atributo que menos tem a ver

com sua chefia e 5 o atributo que melhor descreve sua chefia.

( ) Autoritarismo

( ) Respeito

( ) Carisma

( ) Planejamento

( ) Flexibilidade

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/582/1...assume o da outra, e liderança assim como a gestão de pessoas, tem um papel de

61