202

Universidade Pitágoras Unopar · 2020. 10. 2. · Universidade Pitágoras Unopar Reitoria Flávia Pellissari Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu Hélio Hiroshi

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Universidade Pitágoras Unopar

ANAIS DO I CONGRESSO INTERNACIONAL EM SAÚDE E

PRODUÇÃO ANIMAL – MÓDULO RUMINANTES

Londrina

Editora Científica

2020

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ANAIS DO I CONGRESSO INTERNACIONAL EM SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL

– MÓDULO RUMINANTES

Comissão Organizadora

Fabíola Cristine de Almeida Rego Grecco – Presidente (UNOPAR)

Camila Hernandes (UNOPAR)

José Victor Pronievicz Barreto (UNOPAR)

Rafaela Machado dos Santos (UNOPAR)

Comissão Científica

Diretor Científico e Editor

José Victor Pronievicz Barreto (UNOPAR)

Diretor Emérito

Simone Fernanda Nedel Pértile (UNOPAR)

Diretores Adjuntos

Caliê Castilho (UNOESTE),

Marilice Zundt (UNOESTE

Editoração

Selma Elwein (UNOPAR)

Realização

Universidade Pitágoras Unopar

Reitoria

Flávia Pellissari

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu

Hélio Hiroshi Suguimoto

Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Produção Animal

Fabíola Cristine de Almeida Rego Grecco

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Selma Alice Ferreira Ellwein – CRB 9/1558

74 Congresso Internacional em Saúde e Produção Animal – Módulo Ruminantes

/ Fabiola Cristine de Almeida Rego Grecco et al. (org.). – Londrina:

Editora Científica, 2020.

ISBN 978-65-00-09113-7

1. Medicina Veterinária. 2. Saúde Animal. 3. Ruminantes. I. Grecco

Fabiola Cristine de Almeida Rego. Título.

CDD 636.2

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SUMÁRIO

A IMPORTÂNCIA DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO NA

BOVINOCULTURA DE CORTE – REVISÃO DE LITERATURA----------------------

16

GABRIEL AUGUSTO SABECA DA SILVA, ANA LUÍZA MULLER LOPES, RAFAEL LUIZ STOLF, DENIS VINICIUS

BONATO

A INFLUÊNCIA DA GONADOTROFINA CORIÔNICA EQUINA NO

PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO EM VACAS

DE CORTE – REVISÃO DE LITERATURA-------------------------------------------------

18

GABRIEL AUGUSTO SABECA DA SILVA, ANA LUÍZA MULLER LOPES, RAFAEL LUIZ STOLF, DENIS VINICIUS

BONATO

ACIDENTES OFÍDICOS COM BOVINOS NO BRASIL: ESTUDO CLÍNICO,

PATOLÓGICO E EPIDEMIOLÓGICO--------------------------------------------------------

20

CAIO HENRIQUE DE OLIVEIRA CARNIATTO, GISLAINE APARECIDA GARCIA REFUNDINI, SARA AMARAL COELHO,

STEFÂNIA CAROLINE CLAUDINO DA SILVA, GRACIELA LUCCA BRACCINI

ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS (AGPI) SOBRE A FERTILIDADE DE

FÊMEAS RUMINANTES: REVISÃO (Resumo premiado categoria revisão de literatura)------

22

DAVI SEVILHA DA SILVA, ADRIANO FELIPE MENDES4, CLAUDIA MARIA BERTRAN MEMBRIVE, MARILICE ZUNDT,

CALIÊ CASTILHO7

ANÁLISE DE CUSTOS DA TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO EM TEMPO FIXO

– RELATO DE CASO-----------------------------------------------------------------------------

24

VICTOR CERQUEIRA LEITE, JHOSIANE APARECIDA ROCHA DA SILVA

ANÁLISES BROMATOLÓGICAS DE SILAGEM DE MILHO POR

ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO PRÓXIMO (NIR) -----------------------

26

JULIA VARGAS MARQUES, MILENE PUNTEL OSMARI, CAROLINE MASSIGNANI, JOSIAS LUIS FORNARI,

MAXIMILIANE ALAVARSE ZAMBOM, DANIELE CRISTINA DA SILVA KAZAMA

ÁREA DE OLHO DE LOMBO EM CORDEIROS PELAS METODOLOGIAS IN

VIVO E POS MORTEM NA CARCAÇA (Resumo premiado categoria pesquisa científica) --

28

MARTA JULIANE GASPARINI, RAFAELA MACHADO DOS SANTOS, JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ BARRETO,

MARCELO DINIZ DOS SANTOS, FABIOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO

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ASPECTOS FÍSICOS E MORFOLÓGICOS SEMINAIS E CONCENTRAÇÃO

PLASMÁTICA DE TESTOSTERONA DE OVINOS IMUNOCASTRADOS COM

VACINA ANTI-GnRH-----------------------------------------------------------------------------

30

LAIARA FERNANDES ROCHA; EMILLY SABRINA COTRIM DOS SANTOS; CAENE BORGES DOS SANTOS; ROSILÉIA

SILVA SOUZA; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA; LARISSA PIRES BARBOSA

ASPECTOS GERAIS DA RETICULOPERICARDITE TRAUMÁTICA EM

BOVINOS--------------------------------------------------------------------------------------------

32

LUCAS VINÍCIUS DE OLIVEIRA FERREIRA, GUSTAVO GOMES MACEDO, BEATRIZ DA COSTA KAMURA, KARINA

CRISTINA DE OLIVEIRA, SIMONE BIAGIO CHIACCHIO

ASPECTOS NUTRICIONAIS DA ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL AGUDA------- 34

CRISTIANA DEL CONTE, EDUARDO FELIPE SIMÕES COSTA CURTA DE MORAES, MARIANA FONSECA BERNARDES

DA SILVA

ASPECTOS NUTRICIONAIS DA INTOXICAÇÃO CÚPRICA EM PEQUENOS

RUMINANTES--------------------------------------------------------------------------------------

36

LUANA CAROLINE PEDROSO MOREIRA, LUKAS GAUDENCIO BRONOSKI, MARIA VITORIA ZANIN ANSELMO

ASPECTOS NUTRICIONAIS DA TOXEMIA GESTACIONAL EM PEQUENOS

RUMINANTES--------------------------------------------------------------------------------------

38

JOÃO ANTONIO DE ANDRADE LEMOS, LEONARDO JORGE, MARCO POLO

ASSOCIAÇÕES ENTRE PESO CORPORAL E CARACTERÍSTICAS DE

CARCAÇA EM OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS ALIMENTADOS COM

DIFERENTES NÍVEIS DE CAROÇO DE ALGODÃO------------------------------------

40

BRUNA SILVA MARESTONE, LAÍS BELAN MORAES, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO, MACIEL JUNIOR PIRES

TRISTÃO BARBOSA, FELIPE VINÍCIUS CARDOSO DE CAMPOS, MARIA ISABELA CUSTODIO

AVALIAÇÃO DA COMPETÊNCIA OOCITÁRIA BOVINA(Resumo premiado categoria

pesquisa científica) --------------------------------------------------------------------------------------

42

YARA LIS DE SOUZA, PAULO ROBERTO ADONA, GUSTAVO RODRIGUES QUEIROZ

AVALIAÇÃO DA TAXA DE PRENHEZ EM FÊMEAS NELORE SUBMETIDAS

À IATF COM UTILIZAÇÃO PRÉVIA DE VACINA REPRODUTIVA (Resumo

premiado categoria pesquisa científica)------------------------------------------------------------------

44

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RENAN CARLOS VICENTIN DE CAMPOS SILVA, MAYSA LOPES ORSI, ANDRESSA DE MELO JARDIM, FELIPE

AUGUSTO DE BRITO VARGAS, FÁBIO MOROTTI, ELIS LORENZETTI

AVALIAÇÃO DO LADO DA INOVULAÇÃO E ESTÁGIO EMBRIONÁRIO

SOBRE A TAXA DE PRENHES DE EMBRIÕES PRODUZIDOS IN VIVO

CRIOPRESERVADOS----------------------------------------------------------------------------

46

RAFAEL MUNHOZ BOMEDIANO, BRUNO RAGNI DA SILVA MASSELLI, LUCCA GATTASS BASTO, ALFREDO DIAS

MASSELLI FILHO, CALIÊ CASTILHO

AVALIAÇÃO DO LADO DA OVULAÇÃO E ESTÁGIO EMBRIONÁRIO SOBRE

A TAXA DE PRENHES DE RECEPTORAS INOVULADAS COM EMBRIÃO

PRODUZIDO IN VITRO(Resumo premiado categoria pesquisa científica)-------------------------

48

BRUNO RAGNI DA SILVA MASSELLI; RAFAEL MUNHOZ BOMEDIANO; LUCCA GATTASS BASTO; ALFREDO DIAS

MASSELLI FILHO; CALIÊ CASTILHO

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA TAXA DE PRENHEZ EM VACAS

SOLTEIRAS SUBMETIDAS A PROTOCOLOS HORMONAIS DE QUATRO

MANEJOS-------------------------------------------------------------------------------------------

50

GUILHERME OLIVEIRA SCHUPINSKI

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE IOGURTE PRODUZIDO A PARTIR DE LEITE

DE OVELHA CONCENTRADO----------------------------------------------------------------

52

CARLA PRADO ROSOLEM, JOSÉ AUGUSTO DE SOUZA, IVANA STEFANINI CARREIRO, FABIOLA CRISTINE DE

ALMEIDA REGO, JOICE SIFUENTES DOS SANTOS

BEM ESTAR ANIMAL NA BOVINOCULTURA LEITEIRA----------------------------- 53

RENATA MARTINS BRUNHARA DA SILVA, PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA RIZZO, JULIO CESAR DE LIMA, SELENE

DANIELA BABBONI

BENEFÍCIOS DA DIETA ALTO GRÃO PARA RUMINANTES EM

TERMINAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------

55

KARINE LUCAS LAURINDO; BRUNA MARIA GOMES DA SILVA

BIOMETRIA TESTICULAR E ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO DE CORDEIROS

IMUNOCASTRADOS COM VACINA ANTI-GnRH----------------------------------------

57

LAIARA FERNANDES ROCHA2, ARIADNE MARQUES SILVA SANTANA, POLIANA ALMEIDA BEZERRA, ROSILÉIA

SILVA SOUZA, ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA, LARISSA PIRES BARBOSA

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BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO------------------------------------------------------------ 59

HEMILLY GREICY ROSSI, LORRAINE GABRIELA TRETTENE, ROBERTA SCOMPARIM NANDI, FABÍOLA CRISTINE DE

ALMEIDA REGO GRECCO

CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS DOS OVINOS PANTANEIROS--------------- 61

RAFAELA MACHADO DOS SANTOS, JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ, DENISE RENATA PEDRINHO, MARCOS BARBOSA

FERREIRA, CAMILA HERNANDES DE OLIVEIRA, FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO

COCCIDIOSE BOVINA -------------------------------------------------------------------------- 63

VALÉRIA JULIENE FREIRE GOMES, MARIANA FONSECA BERNARDES DA SILVA, IVIS DA SILVA DIAS, JOÃO LUIS

GARCIA, SÉRGIO TOSI CARDIM

COLORAÇÃO DA CARNE DE OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS

ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE CAROÇO DE ALGODÃO------

65

BRUNA SILVA MARESTONE, LAÍS BELAN MORAES, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO, MACIEL JUNIOR PIRES

TRISTÃO BARBOSA, FELIPE VINÍCIUS CARDOSO DE CAMPOS, MARIA ISABELA CUSTODIO

COMPORTAMENTO, BEM-ESTAR E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM

VACAS LEITEIRAS: REVISÃO----------------------------------------------------------------

67

CAIO HENRIQUE DE OLIVEIRA CARNIATTO, SARA AMARAL COELHO, GISLAINE APARECIDA GARCIA REFUNDINI,

BRUNO LALA, STEFÂNIA CAROLINE CLAUDINO DA SILVA, GRACIELA LUCCA BRACCINI

CORRELAÇÃO ENTRE O PESO CORPORAL E QUALIDADE DE CARCAÇA

DE CORDEIROS SANTA INÊS TERMINADOS COM DIFERENTES TEORES

DE CAROÇO DE ALGODÃO (Resumo premiado categoria pesquisa científica)----------------

69

LAÍS BELAN MORAES, BRUNA SILVA MARESTONE, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO, RAFAELA FERRAZ

MOLINA, LETÍCIA LEITE DA SILVA, IVAN LOPES SERAFIM

DESEMPENHO DE BOVINOS JOVENS DA RAÇA ANGUS EM

CONFINAMENTO----------------------------------------------------------------------------------

71

HISABELY NOGUEIRA VIEGA, LAÍS BELAN MORAES, BRUNA SILVA MARESTONE

DESEMPENHO E MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE CORDEIRAS FILHAS DE

OVELHAS SUPLEMENTADAS COM DIFERENTES TEORES DE CAROÇO DE

ALGODÃO-------------------------------------------------------------------------------------------

73

LAIZ CAROLAINE FIRMINO RODRIGUES, LAÍS BELAN MORAES, BRUNA SILVA MARESTONE, EDSON LUIS DE

AZAMBUJA RIBEIRO, CAMILA PARADA NOGUEIRA, AMANDA KAROLLYNI MOTA

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DESEMPENHO E MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE CORDEIROS FILHOS DE

OVELHAS SUPLEMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE CAROÇO DE

ALGODÃO-------------------------------------------------------------------------------------------

75

LAÍS BELAN MORAES, BRUNA SILVA MARESTONE, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO, RAFAELA FERRAZ

MOLINA, LETÍCIA LEITE DA SILVA, IVAN LOPES SERAFIM

DIFERENÇAS ENTRE BOVINOS E PEQUENOS RUMINANTES NA

ANESTESIA-----------------------------------------------------------------------------------------

77

LORRAINE GABRIELA TRETTENE, DANIELE PAULA FREITAS DE LIMA GUTIERREZ, DANIELLA APARECIDA GODOI

KEMPER

DINÂMICA DE ELIMINAÇÃO DAS ESPÉCIES DE Eimeria EM OVINOS

CONFINADOS(Resumo premiado categoria pesquisa científica)------------------------------------

79

SARA SILVA REIS; ARLAN ARAUJO RODRIGUES; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS; MILENNE LIMA DE SOUSA;

THIAGO VINICIUS COSTA NASCIMENTO; IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA

EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO INTRAMAMÁRIA DE β-GLUCANO NA

PREVENÇÃO E CONTROLE DA MASTITE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA--------

81

HÂMARA MILANEZE DE SOUZA ZANIBONI; DAYNE LORAINE HEDLER; MARIVALDO DA SILVA OLIVEIRA; JULIA

RAISA XIMENES FIGUEIRÊDO

EFEITO DA IDADE, PESO E ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL NA TAXA

DE PRENHEZ DE FÊMEAS BOVINAS DE CORTE DE DIFERENTES

CATEGORIAS SUBMETIDAS A IATF-------------------------------------------------------

83

LUAN SANTOS DA CUNHA; HÁGATTA LUANA ANTUNES DE RAMOS; GUSTAVO GONÇALVES HUREN; ISABEL

CRISTINA DA SILVA; JOSÉ LUIS MOLETTA; LUCIANA DA SILVA LEAL KAROLEWSKI

EFEITO DA RENOVAÇÃO DE DILUENTE EM DIFERENTES

TEMPERATURAS EM SÊMEN RESFRIADO DE OVINO NA ATIVIDADE

MITOCONDRIAL E COMPACTAÇÃO DA CROMATINA-------------------------------

85

CAENE BORGES; DIEGO SILVA MACEDO; ROBERTA CARVALHO DA SILVA; ROSILEIA SILVA SOUZA; ANA LÚCIA

ALMEIDA SANTANA; LARISSA PIRES BARBOSA

EFEITO DA RENOVAÇÃO DE DILUENTE EM DIFERENTES TEMPERATURAS SOBRE OS PARÂMENTROS FÍSICOS E pH DO SÊMEN RESFRIADO DE OVINOS

87

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CAENE BORGES DOS SANTOS, TAÍS BORGES DA CRUZ3, EMILLY SABRINA COTRIM DOS SANTOS4, ROSILEIA SILVA SOUZA, ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA, LARISSA PIRES BARBOSA

EFEITO DO SAL PROTEINADO EM DESEMPENHO DE BOVINOS NA ÉPOCA

SECA--------------------------------------------------------------------------------------------------

89

IVIS DA SILVA DIAS; SANDY MAYLAN CARVALHO PINTO

EFEITO DO TAMANHO DA SEMENTE NA PRODUTIVIDADE DO MILHO------- 91

GUSTAVO DE OLIVA BARBALARGA; ELSA HELENA WALTER DE SANTANA; JOÃO PEREIRA TORRES

EFEITOS DE DIETAS RICAS EM CONCENTRADOS PARA RUMINANTES----- 93

VICTÓRIA SALIDO BELO DE OLIVEIRA

EFICIÊNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA A AGRICULTORES FAMILIARES

QUE PRATICAM BOVINOCULTURA DE LEITE NO MUNICÍPIO DE

CARIRIAÇU, CEARÁ-----------------------------------------------------------------------------

95

DÁLETE DE MENEZES BORGES; MÁRCIO ANDRÉ DA SILVA PINHEIRO; ANTONIO RODOLFO ALMEIDA RODRIGUES

CLÁUDIO MATEUS PEREIRA DA SILVA; ANA CAROLINA BARBOSA DO CARMO; RILDSON MELO FONTENELE

EFICIÊNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA BOVINOCULTURA DE LEITE

NO MUNICÍPIO DE ALTANEIRA, CEARÁ--------------------------------------------------

96

DÁLETE DE MENEZES BORGES; ANTONIO RODOLFO ALMEIDA RODRIGUES; RAQUEL MILÉO PRUDÊNCIO,

ANTONIO GEOVANE DE MORAIS ANDRADE; CLÁUDIO MATEUS PEREIRA DA SILVA; RILDSON MELO FONTENELE

EFICIÊNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA OVINOCULTURA NO

MUNICÍPIO DE ABAIARA, CEARÁ-----------------------------------------------------------

97

DÁLETE DE MENEZES BORGES; ANA CAROLINA BARBOSA DO CARMO; RAQUEL MILÉO PRUDÊNCIO; ANTONIO

GEOVANE DE MORAIS ANDRADE; MÁRCIO ANDRÉ DA SILVA PINHEIRO; RILDSON MELO FONTENELE

EFICIÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO

FIXO EM NOVILHAS DE CORTE APÓS A INDUÇÃO DE ESTRO------------------

98

TALITA DA SILVA NASCIMENTO*; RICARDO CATAPANO MAIA; MONNA LOPES DE ARAÚJO; ANA LÚCIA ALMEIDA

SANTANA; LAURA NICOLE FILIPIN DA COSTA; LARISSA PIRES BARBOSA

ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO ESPERMÁTICA DIÁRIA E RESERVA

ESPERMÁTICA TESTICULAR DE OVINOS IMUNOCASTRADOS COM

VACINA ANTI-GnRH-----------------------------------------------------------------------------

100

LAIARA FERNANDES ROCHA; CAENE BORGES DOS SANTOS; TALITA DA SILVA NASCIMENTO; ROSILEIA SILVA

SANTANA; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA; LARISSA PIRES BARBOSA

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FASCIOLOSE EM UMA CIDADE DO ESTADO DO PARANÁ – RELATO DE

CASO-(Resumo premiado categoria relato de caso)----------------------------------------------------

102

ANA APARECIDA CORREA XAVIER, MARIANA DE MELLO ZANIM MICHELAZZO, WERNER OKANO, SELWYN

ARLINGTON HEADLEY

FATORES DE RISCO PARA Neospora caninum EM CAPRINOS DO CENTRO

OESTE MARANHENSE--------------------------------------------------------------------------

104

SARA SILVA REIS; ARLAN ARAUJO RODRIGUES; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS BEATRIZ DE SOUZA LIMA

NINO2; JOÃO LUIS GARCIA; IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA

FATORES DE RISCO PARA Toxoplasma gondii EM CAPRINOS DO CENTRO

OESTE MARANHENSE(Resumo premiado categoria pesquisa científica)------------------------

108

SARA SILVA REIS; ARLAN ARAUJO RODRIGUES; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS; JULIANA CORREA

BERNARDES; JOÃO LUIS GARCIA; IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA

FATORES QUE INFLUENCIAM A PRODUÇÃO COMERCIAL DE EMBRIÕES

IN VITRO ---------------------------------------------------------------------------------------------

110

BÁRBARA GOMES RODRIGUES NOGUEIRA; LUCCA GATTASS BASTO ; LILIAN FRANSCICO ARANTES DE SOUZA;

INES CRISTINA GIOMETTI; SHEILA MERLO GARCIA FIRETTI; CALIÊ CASTILHO

FATORES QUE INFLUENCIAM NO PESO A DESMAMA DE BEZERROS

ANGUS E NELORE DE ACORDO COM O MÊS DE NASCIMENTO (Resumo

premiado categoria pesquisa científica)------------------------------------------------------------------

112

JUSSARA APARECIDA ARAÚJO SILVA; CELSO AMBROZIO NETO; MARILICE ZUNDT; CALIÊ CASTILHO

FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO ANIMAL DESENVOLVIDAS PARA

FAZENDAS DE CORTE: PESO AUTOMATIZADO-(Resumo premiado categoria revisão

de literatura) ---------------------------------------------------------------------------------------------

114

VIRGINIA CELIA RESCONI; JAKELINE VIEIRA ROMERO; CRISTIAN ALZATE HENAO; ANDRÉS SCHLAGETER TELLO;

RICHARD LYNCH; MAEVE HENCHION

FREEMARTINISMO EM BOVINOS LEITEIROS – RELATO DE CASO------------ 116

ANA LUÍZA MÜLLER LOPES; JONATHAN CARLOS DE MORAES; GABRIEL AUGUSTO SABECA DA SILVA; JOSÉ

GUILHERME DO REGO MARCONDES; DENIS VINICIUS BONATO

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GENES DA CALPASTATINA E CALPAÍNA ASSOCIADOS À QUALIDADE DA

CARNE DE ANIMAIS RUMINANTES EM DIFERENTES PLANOS

NUTRICIONAIS-(Resumo premiado categoria pesquisa científica)----------------------------------

118

ISABELLA GUARTIERI DA SILVA; LETICIA JALLOUL GUIMARÃES; INÊS CRISTINA GIOMETTI; CALIÊ CASTILHO;

GABRIELLA CAPITANE SENA, MARILICE ZUNDT

HIDROALANTÓIDE EM OVELHA: RELATO DE CASO-------------------------------- 120

MAYARA LAZARIN; LUIZ FERNANDO COELHO DA CUNHA FILHO; GUSTAVO RODRIGUES QUEIROZ

IMPORTÂNCIA DO FRACIONAMENTO DE ALIMENTOS PARA

RUMINANTES: CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS-(Resumo premiado categoria revisão

de literatura)---------------------------------------------------------------------------------------------

122

JAKELINE VIEIRA ROMERO; GRAZIELA CÁCERES CARPEJANI; SILVANA TEIXEIRA CARVALHO JOSIANE

APARECIDA VOLPATO

INCIDÊNCIA DE MASTITE EM VACAS LEITEIRAS EM DIFERENTES

MODELOS DE ORDENHA NA REGIÃO DE CAMPO GRANDE – MS--------------

124

JHOSIANE APARECIDA ROCHA DA SILVA; EDUARDA DO AMARAL SOUZA SILVA; ALEXANDRE DE OLIVEIRA

BEZERRA; VICTOR CERQUEIRA LEITE

INDUÇÃO DE PARTO EM OVELHA: RELATO DE CASO ---------------------------- 125

JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ BARRETO; MARIANA FERREIRA DE ALMEIDA; FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO

GRECCO; FRANCISCO THIAGO DE OLIVEIRA; JACIANI CRISTINA BEAL; LUIZ FERNANDO COELHO DA CUNHA

FILHO

INTEGRIDADE DE MEMBRANAS PLASMÁTICA E ACROSSOMAL EM

SÊMEN RESFRIADO DE OVINO SUBMETIDO À RENOVAÇÃO DE DILUENTE

EM DIFERENTES TEMPERATURAS--------------------------------------------------------

126

CAENE BORGES DOS SANTOS; POLIANA ALMEIDA BEZERRA; ARIADNE MARQUES SILVA SANTANA; ROSILEIA

SILVA SOUZA; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA; LARISSA PIRES BARBOSA

LIMITES DE INCLUSÃO DA GLICERINA BRUTA EM DIETAS DE

RUMINANTES --------------------------------------------------------------------------------------

128

JAYNE DALLAGO RIBEIRO; KELLY TAINA PROVIDELO DOS SANTOS; NATHALIA CILENTI; FABIOLA CRISTINE DE

ALMEIDA REGO GRECCO

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LIMITES DE INCLUSÃO DE ÓLEOS EM DIETAS DE RUMINANTES-------------- 130

MARCELO AUGUSTO SGORLON LENHARO; NATHAN AUGUSTO MURIEL; GABRIEL FERNANDES LOPES; MAYSIE

DAMIANA CORREIA WANDERLEY

LINFADENITE CASEOSA EM PEQUENOS RUMINANTES: REVISÃO

BILBIOGRÁFICA----------------------------------------------------------------------------------

132

MARIA CAROLINA RISSO MILANO; MAYARA LAZARIN; JAYNE RIBEIRO DALLAGO; MÉRCIA DE SEIXAS

MANIFESTAÇÃO AGUDA DE VFCM EM UM BEZERRO --(Resumo premiado

categoria relato de caso)---------------------------------------------------------------------------------

134

MARIANA DE MELLO ZANIM MICHELAZZO; ANA APARECIDA CORREIA XAVIER, MARÍLIA ARAÚJO NAIVERTH,

SÉRGIO TOSI CARDIM, SELWYN ARLINGTON HEADLEY

METODOLOGIAS DE AVALIAÇÕES GENÉTICAS EM POPULAÇÕES

MULTIRRACIAIS-(Resumo premiado categoria revisão de literatura)-------------------------------

137

TATIANA BLEINROTH RODRIGUEZ, SANDRA MARIA SIMONELLI, CAROLINA AMÁLIA DE SOUZA DANTAS MUNIZ,

LUCAS SANTANA DA CUNHA, BRUNA SILVA MARESTONE, PEDRO HENRIQUE RAMOS CERQUEIRA

MORINGA E SUAS IMPLICAÇÕES NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS PARA

PRODUÇÃO DE LEITE-(Resumo premiado categoria revisão de literatura)----------------------

139

ALINE DE VASCONCELOS DANIEL; LETICIA JALLOUL GUIMARÃES; GABRIELLA CAPITANE SENA; VERIDIANA

FERREIRA PAIANO; ISABELLA GUARTIERI DA SILVA;

O QUE PODE INFLUENCIAR O MARMOREIO DA CARNE EM BOVINOS?----- 141

NAYARA CEREJA MACHADO; GABRIELA LEONI; MILENE PUNTEL OSMARI; DIEGO PERES NETTO

O USO DO GNRH NO MOMENTO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO

FIXO – REVISÃO DE LITERATURA----------------------------------------------------------

143

RAFAEL LUIZ STOLF; TAINÁ FAVORETO SANCHES ; GABRIEL AUGUSTO SABECA DA SILVA ; ANA LUÍZA MULLER

LOPES; DENIS VINICIUS BONATO

OBTENÇÃO DO GERMÉN DE MILHO PARA USO EM DIETAS DE

RUMINANTES--------------------------------------------------------------------------------------

145

GABRIELA LEONI; NAYARA CEREJA MACHADO; MILENE PUNTEL OSMARI; DIEGO PERES NETTO

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OCORRÊNCIA DE CRYPTOSPORIDIUM SPP EM BOVINOS DE

CORTE (Resumo premiado categoria pesquisa científica) -------------------------------------------

147

MARCI MARIA GORGES; FRANCISCO THIAGO VIEIRA OLIVEIRA; JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ BARRETO;

MARIVALDO DA SILVA OLIVEIRA; JOÃO LUÍS GARCIA

OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES DE Eimeria EM OVINOS

CONFINADOS-----------------------------------------------------------------------------------

149

SARA SILVA REIS1a; ARLAN ARAUJO RODRIGUES1b; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS1c; MILENNE LIMA DE

SOUSA1d; THIAGO VINICIUS COSTA NASCIMENTO1e; IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA1f

OCORRÊNCIA DE PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM PEQUENOS

RUMINANTES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA (HVP/UFPR)----

151

BRUNA ÁVILA TORRES LAURA ZANELLA SOUZA, ANA PAULA MOLINARI CANDEIAS, NELSON LUIZ MELLO

FERNANDES

OCORRÊNCIA DE Toxoplasma gondii EM CAPRINOS DO LESTE

MARANHENSE-------------------------------------------------------------------------------------

153

SARA SILVA REIS, ARLAN ARAUJO RODRIGUES, MARIA HELENA DOS SANTOS REIS, THAIS AGOSTINHO MARTINS, JOÃO LUIS GARCIA, IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA

PARÂMETRO DE QUALIDADE DE CARNE DE CORDEIROS SANTA INÊS

ALIMENTADOS COM DIFERENTES TEORES DE CAROÇO DE ALGODÃO---

155

LAIZ CAROLAINE FIRMINO RODRIGUES1, LAÍS BELAN MORAES, BRUNA SILVA MARESTONE, EDSON LUIS DE

AZAMBUJA RIBEIRO, CAMILA PARADA NOGUEIRA, LORENA BANA

PARÂMETROS DE MORFOMETRIA TESTICULAR DE CORDEIROS

IMUNOCASTRADOS COM VACINA ANTI-GNRH----------------------------------------

157

LAIARA FERNANDES ROCHA2, ROBERTA CARVALHO DA SILVA, DIEGO SILVA MACEDO, ROSILÉIA SILVA SOUZA5,

ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA, LARISSA PIRES BARBOSA

PERFIL DO CONSUMIDOR DE LEITE DE CABRA E DERIVADOS----------------- 159

PAMELA DA SILVA PASQUIM, ELSA HELENA WALTER DE SANTANA

PERFIL METABÓLICO NO PERIPARTO E NA LACTAÇÃO DE OVELHAS

MESTIÇAS DORPER SUPLEMENTADAS COM BIXINA (Bixa orellana L.) -

(Resumo premiado categoria pesquisa científica)--------------------------------------------------------

161

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VERIDIANA FERREIRA PAIANO, GABRIELLA CAPITANE SENA, ISABELLA GUARTIERI DA SILVA, LETICIA JALLOUL

GUIMARÃES, ALINE DE VASCONCELOS DANIEL, MARILICE ZUNDT

PERFIL SANGUÍNEO DE TRIGLICERÍDEOS DE CORDEIROS CONFINADOS

EM DIETA DE TERMINAÇÃO COM SORO DE LEITE BOVINO LÍQUIDO E EM

PÓ------------------------------------------------------------------------------------------------------

162

JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ; RAFAELA MACHADO DOS SANTOS; CAMILA HERNANDES DE OLIVEIRA; CAMILA

ROBERTA LUPO; SIMONE FERNANDA NEDEL PERTILE; FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO GRECCO.

POPULAÇÃO CELULAR DO EPITÉLIO SEMINÍFERO E RENDIMENTO

INTRÍNSECO DA ESPERMATOGÊNESE DE CORDEIROS

IMUNOCASTRADOS COM VACINA ANTI-GnRH-(Resumo premiado categoria pesquisa

cientifica)------------------------------------------------------------------------------------------------

163

LAIARA FERNANDES ROCHA; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA; RONIVAL DIAS LIMA DE JESUS; WELBER ALMEIDA

CARDOSO SANTOS; ROSILÉIA SILVA SOUZA; LARISSA PIRES BARBOSA

POTENCIAL DO BAGAÇO DE LARANJA NA DIETA DE RUMINANTES 165

LUANA MATEUS DAS NEVES¹; EMANUELI RAFAELA DOS SANTOS¹; IZABELLA VENTURA DOS SANTOS BARIANI¹;

PROPORÇÃO VOLUMÉTRICA DOS COMPONENTES DO PARÊNQUIMA

TESTICULAR DE CORDEIROS IMUNOCASTRADOS COM VACINA ANTI-

GnRH--------------------------------------------------------------------------------------------------

167

LAIARA FERNANDES ROCHA, TAÍS BORGES DA CRUZ, MONNA LOPES ARAÚJO, ROSILEIA SILVA SOUZA, ANA

LÚCIA ALMEIDA SANTANA, LARISSA PIRES BARBOSA

RAIVA EM BOVINOS: NOTIFICAÇÃO E VACINAÇÃO COMO ESTRATÉGIAS EPIDEMIOLÓGICAS------------------------------------------------------------------------------

169

GUSTAVO HENRIQUE LIMA PINTO, LETÍCIA MORAES TAVARES, SELENE DANIELA BABBONI

RELAÇÃO DO ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL OBTIDO PELA

TECNOLOGIA VETSCORE® E TAXA DE PRENHEZ EM VACAS DE CORTE--

171

HÁGATTA LUANA ANTUNES DE RAMOS; LUAN SANTOS DA CUNHA; GUSTAVO GONÇALVES HUREN; ISABEL

CRISTINA DA SILVA; JOSÉ LUIS MOLETTA; LUCIANA DA SILVA LEAL KAROLEWSKI

RELEVÂNCIA DA LISTERIOSE NA CRIAÇÃO DE RUMINANTES----------------- 173

TAMY VERONY TAKAHASHI , VITÓRIA MARTINS SALDANHA, SELENE DANIELA BABBONI

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REPETIBILIDADE DA CONTAGEM DE FOLÍCULOS ANTRAIS EM VACAS DA

RAÇA HOLANDESA SUBMETIDAS AO PROTOCOLO DE SINCRONIZAÇÃO

DA OVULAÇÃO EM TEMPO-FIXO-----------------------------------------------------------

175

DENIS VINICIUS BONATO, EMANUEL BINOTTO FERREIRA, FRANCIELI GESLEINE CAPOTE BONATO, RAFAEL LUIZ

STOLF, FÁBIO MOROTTI, MARCELO MARCONDES SENEDA

SUBPRODUTOS DE ALGODÃO NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS DE

CORTE EM TERMINAÇÃO---------------------------------------------------------------------

177

KATIA APARECIDA DE AGUIAR FIGUEIREDO, LETÍCIA MORAES TAVARES, GUSTAVO HENRIQUE LIMA PINTO,

SELENE DANIELA BABBONI, RAFAEL ALVES VIANNA

TIMPANISMO GASOSO------------------------------------------------------------------------- 179

ADRYAN SANDRO CAVALLINI RAMOS; LUCAS SPADRIZANI; GUSTAVO CORREA DA SILVA

TOXOPLASMOSE EM PEQUENOS RUMINANTES------------------------------------- 181

LORRAINE GABRIELA TRETTENE

UMA VISÃO GERAL SOBRE A ACIDOSE RUMINAL SUBAGUDA EM

BOVINOS--(Resumo premiado categoria revisão de literatura)---------------------------------------

183

LUCAS VINÍCIUS DE OLIVEIRA FERREIRA; BEATRIZ DA COSTA KAMURA; GUSTAVO GOMES MACEDO; KARINA

CRISTINA DE OLIVEIRA

UREIA PARA BOVINOS, RISCOS E BENEFÍCIOS-------------------------------------- 185

HEITOR DE BARROS MOLINARI, LUCAS BUENO PERES, LUIZ RENATO MARTINS DE SOUZA NETO

UROLITÍASE EM OVINOS: REVISÃO------------------------------------------------------- 187

MARIA CAROLINA RISSO MILANO; JAYNE RIBEIRO DALLAGO; MAYARA LAZARIN; MARTA JULIANE GASPARINI

USO DA CASCA DE CAFÉ COMO ALIMENTO VOLUMOSO OU

CONCENTRADO PARA RUMINANTES-----------------------------------------------------

189

CAMILA GABRIELLA ORNAGHI FRANÇA

USO DA DIETA ANIÔNICA PARA PROFILAXIADA HIPOCALCEMIA EM VACA

LEITEIRA --------------------------------------------------------------------------------------------------------

191

CLAUDIO HENRIQUE MONTEIRO; FELIPE AUGUSTO DE BRITO VARGAS; LUANA DOS REIS OLIVEIRA GUERRA

USO DE CANA DE AÇÚCAR COM UREIA PARA RUMINANTES------------------ 193

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CÉSAR LIMA MORENO; MATHEUS AUDECIO POLI; MAYARA MAGRI FERNANDES; KHASSEN MAHMOUD JUDAY

AWADA

USO DE MONENSINA EM DIETAS RICAS EM CONCENTRADO------------------- 195

LUCIANE APARECIDA COSTA DOS SANTOS

USO DE URÉIA PARA OVINOS, RISCOS E BENEFÍCIOS---------------------------- 197

RAYANE CARDOSO MELOZO; GABRIELLA NEVES NICOLAU; DAIANE VERI GOLFETTI; FELIPE AUGUSTO DE BRITO

VARGAS

VALORAÇÃO AMBIENTAL DA ÁGUA NO DESEMPENHO DE NOVILHAS A

CAMPO SUPLEMENTADAS COM BLOCO MULTINUTRICIONAL-----------------

199

LUIZ CARLOS PEREIRA; MARCOS BARBOSA FERREIRA; DIEGO GOMES FREIRE GUIDOLIN; ANDERSON

CAVALHEIRO RIBEIRO DAL-PONTE VIEIRA; EDUARDO SOUZA LEAL; CRISTIANO MARCELO ESPÍNOLA CARVALHO

VIABILIDADE ECONÔMICA DO USO DE SORO DE LEITE LÍQUIDO E EM PÓ

EM DIETAS DE CORDEIROS EM TERMINAÇÃO----------------------------------------

201

RAFAELA MACHADO DOS SANTOS; JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ; CAMILA HERNANDES DE OLIVEIRA; CAMILA

ROBERTA LUPO; MATEUS LUDOVICO ZAMBOTI; FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO.

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16

A IMPORTÂNCIA DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO NA BOVINOCULTURA DE CORTE – REVISÃO DE LITERATURA

GABRIEL AUGUSTO SABECA DA SILVA1, ANA LUÍZA MULLER LOPES1, RAFAEL LUIZ

STOLF1, DENIS VINICIUS BONATO1

1 Centro Universitário Filadélfia, Londrina, Paraná, Brasil. *[email protected] O Brasil possui o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com aproximadamente 214 milhões de

cabeças, indicando redução de 0,7% do rebanho nacional, comparado ao ano de 2016, onde se obteve um

recorde no rebanho do Brasil com aproximadamente 218 milhões de cabeça (IBGE, 2019). O país destaca-

se como o maior exportador de carne bovina, encerrando o ano de 2019 com um aumento de 12,2% na

exportação de carne bovina em relação ao ano de 2018, com um total de 2,49 milhões de toneladas

exportadas (ABIEC, 2020). Uma ferramenta que vem contribuindo para o crescimento da produção de carne

bovina brasileira é a inseminação artificial em tempo fixo (IATF). O uso da IATF auxilia o melhoramento

genético e possibilita o retorno mais rápido da ciclicidade das matrizes, diminuindo assim, o intervalo entre

partos (BARUSELLI et al., 2019). Com esses benefícios a biotécnica provoca um grande impacto na

economia, proporcionando uma maior lucratividade para o pecuarista (SOARES, 2017). Os trabalhos

científicos demonstram uma grande variedade de protocolos farmacológicos para a IATF, sendo necessário

uma análise do perfil do rebanho para decidir qual protocolo utilizar, objetivando incremento na taxa de

prenhez (FURTADO et al., 2011). Existem diversos fatores que pode interferir na aplicação da IATF, um dos

mais importantes é a condição corporal da matriz após o parto, a produção leiteira, o vínculo materno, a

condição sanitária (SOARES, 2017). De acordo com Castilho (2015), a IATF tem como objetivo iniciar a

emergência de uma nova onda folicular, controle da etapa pré-ovulatória e provocar a ovulação sincronizada

das vacas, controlando farmacologicamente o ciclo estral dos animais. A utilização dos protocolos para a

IATF, facilita o manejo em uma propriedade, pois é possível descartar a identificação de estro, planejar o

dia mais favorável para inseminar as vacas, organizar a estação de nascimentos de bezerros conforme a

qualidade das pastagens, aproveitar melhor a mão-de-obra da propriedade e escolher a genética que irá

utilizar em suas vacas (BARUSELLI et al., 2019). Segundo Baruselli et al. (2017), quando se compara

animais nascidos de monta natural ou IATF, quanto ao peso na desmama e da carcaça ao abate, há uma

diferença significativa. Os animais oriundos da IATF desmamam 20 kg mais pesados, e da desmama até o

abate 15 kg a mais de carcaça. É possível notar a importância da IATF no atual mercado da bovinocultura

de corte, pois esta biotecnologia possibilita o produtor a uma melhor qualidade genética no rebanho, maior

lucratividade, diminuição de problemas que influenciam no manejo reprodutivo eficiente.

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17

Palavras-chave: Biotécnica reprodutiva; Concepção; Ovulação; Prenhez.

REFERÊNCIAS

ABIEC - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne. Sumário BeefREPORT perfil da

pecuária no Brasil. 2020.

BARUSELLI, P.S. et al. Timed artificial insemination: current challenges and recente advances in

reproductive efficiency in beef and dairy herds in Brazil. Proceedings of the 31st Annual Meeting of the

Brazilian Embryo Technology Society. Cabo de Santo Agostinho: SBTE, p.14, 2017.

BARUSELLI, P.S. et al. Challenges to increase the AI and ET markets in Brazil. Anim. Reprod., v.16, n.3,

p.364-375, 2019.

CASTILHO, E.F. Inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em bovinos leiteiros. IEPEC, p. 148 - 191, 2015.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção da Pecuária Municipal 2018 PPM. Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística, p. 1–3, 2019.

FURTADO, D.A. et al. Inseminação artificial em tempo fixo em bovinos de corte. R. Cient. eletr. med. vet.,

v.16, p.25-31, 2011.

SOARES, P.H.A. A inseminação artificial em tempo fixo no contexto da reprodução bovina – revisão de

literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária), Centro Universitário de

Formiga, Formiga, MG, 2017.

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18

A INFLUÊNCIA DA GONADOTROFINA CORIÔNICA EQUINA NO PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO EM VACAS DE CORTE –

REVISÃO DE LITERATURA

GABRIEL AUGUSTO SABECA DA SILVA1*, ANA LUÍZA MULLER LOPES1, RAFAEL LUIZ STOLF1, DENIS VINICIUS BONATO1

1Centro Universitário Filadélfia, Londrina, Paraná, Brasil. *[email protected]

A bovinocultura de corte vem se tendo cada vez mais representatividade na economia do Brasil. Em 2019 a

pecuária de corte representou 8,5% do Produto Interno Bruto nacional, movimentando em torno de R$

618,50 bilhões. Esse volume inclui valores dos insumos utilizados na pecuária, investimento em genética,

sanidade animal, nutrição, exportações e vendas de carne no mercado interno (ABIEC, 2020). Diversas

tecnologias são empregadas para auxiliar a bovinocultura de corte se tornar cada vez mais produtiva, como

é o caso da inseminação artificial em tempo fixo (IATF), que pode ser utilizada em vacas na condição de

anestro, promovendo a ovulação e evitando maior intervalor entre partos. Assim, proporcionando melhora

na eficiência reprodutiva, ganho genético através da utilização de touros comprovadamente melhoradores,

além de facilitar o manejo na propriedade, descartando observação de cio, sendo capaz de planejar o dia

de inseminação das vacas, visando o nascimento dos bezerros diferentes épocas do ano (BARUSELLI et

al., 2019). O tratamento com gonadotrofina coriônica equina (eCG) em protocolos de sincronização para

IATF, tem se destacado por aumentar a taxa de ovulação, consequentemente a taxa de concepção

(BARUSELLI et al., 2004). Existem diversos fatores que pode interferir na resposta a aplicação da IATF.

Dentre esses fatores está a condição corporal das matrizes após o parto, a produção leiteira, o vínculo

materno, a condição sanitária e o estresse térmico (SOARES, 2017). A eCG, quando usada nos protocolos

de IATF, se liga aos receptores de FSH e LH, auxiliando no crescimento, maturação folicular e a ovulação,

possibilitando inclusive aumentar as concentrações plasmáticas de progesterona em ciclos estrais

subsequente (BARUSELLI et al., 2008). A eCG é muito interessante quando utilizado em vacas em balanço

energético negativo, que não tem picos satisfatórios de LH, uma situação que comumente acontece nas

matrizes do rebanho brasileiro por serem criadas em sistema extensivo. Segundo Baruselli et al. (2008), a

utilização da eCG nos protocolos de IATF tem sofrido uma variação, no qual alguns estudos mostraram

melhora significativa e outros estudos não demonstram aumento na taxa de concepção ao utilizar o fármaco.

Além disso os autores afirmam que a variação de efeitos positivos do uso da eCG está relacionada com o

grau de intensidade do anestro da vaca. Assim, os animais cíclicos não apresentam resultados significativos

na taxa de concepção. Na realidade do sistema de sistema de cria na bovinocultura de corte, o emprego da

IATF é fundamental para agregar lucratividade ao produtor e, para obter melhores resultados é necessário

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19 uma avaliação detalhada do rebanho, observando a viabilidade na utilização da eCG em vacas detectadas

na fase de anestro, visando aumento na taxa de concepção.

Palavras-chave: eCG; Eficiência reprodutiva; IATF; Sincronização.

REFERÊNCIAS

ABIEC - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne. Sumário BeefREPORT perfil da

pecuária no Brasil. 2020.

BARUSELLI, P.S. et al. Challenges to increase the AI and ET markets in Brazil. Anim. Reprod., v.16, n.3,

p.364-375, 2019.

BARUSELLI, P.S. et al. Efeito do tratamento com eCG na taxa de concepção de vacas Nelore com diferentes

escores de condição corporal inseminadas em tempo fixo. Acta Sci. Vet., v.32, p.228-237, 2004.

BARUSELLI, O.S. et. al. Importância do emprego da eCG em protocolos de sincronização para IA, TE e

SOV em tempo fixo. Anais Simpósio Internacional de Reprodução Animal Aplicada, Londrina: SIRAA, 2008.

SOARES, P.H.A. A inseminação artificial em tempo fixo no contexto da reprodução bovina – revisão de

literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária), Centro Universitário de

Formiga, Formiga, MG, 2017.

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20

ACIDENTES OFÍDICOS COM BOVINOS NO BRASIL: ESTUDO CLÍNICO, PATOLÓGICO E EPIDEMIOLÓGICO

CAIO HENRIQUE DE OLIVEIRA CARNIATTO1*, GISLAINE APARECIDA GARCIA

REFUNDINI1, SARA AMARAL COELHO1, STEFÂNIA CAROLINE CLAUDINO DA SILVA1, GRACIELA LUCCA BRACCINI1

1 Universidade Cesumar, Medicina Veterinária, Maringá, PR Brasil. *[email protected]

A pecuária é um dos motores da economia brasileira, movimentando bilhões de reais anualmente. Conhecer,

portanto, os aspectos clínicos, patológicos e epidemiológicos de doenças e morbidades que afetam os

bovinos é fundamental para manter a sanidade do rebanho, bem como o bem-estar dos animais de

produção. Nesse contexto, acidentes ofídicos são definidos como envenenamento por uma serpente

peçonhenta, onde o quadro clínico depende da quantidade de veneno inoculada, região do corpo atingida e

condição sanitária do animal envenenado, podendo ser fatal (SILVA et al., 2011). No Brasil, as principais

espécies de serpentes de interesse veterinário, com potencial de causar lesões e possivelmente óbito em

bovinos, são cascavel (acidente crotálico, gênero Crotalus), jararaca (acidente botrópico, gênero Bothrops)

e surucucu (acidente laquético, gênero Lachesis), espécies classificadas na família Viperidae, e coral

(acidente elapídico, gênero Micrurus), pertencente a família Elapidae (Machado et al., 2019). O veneno da

cascavel apresenta ação coagulante, neurotóxica e miotóxica, enquanto o veneno da jararaca apresenta

ação coagulante, hemorrágica e proteolítica. O veneno da surucucu apresenta ação proteolítica, neurotóxica,

coagulante e hemorrágica, e da coral ação neurotóxica (BERNARDE, 2012). O único tratamento eficaz para

o ofidismo é a soroterapia. Contudo, deve-se determinar a gravidade do envenenamento (leve, moderado

ou grave) e a espécie envolvida no acidente, para instituir o soro antiofídico (soros anticrotálico - Crotalus,

antibotrópico-crotálico - Bothrops e Crotalus, antilaquético - Lachesis, antibotrópico-laquético - Bothrops e

Lachesis e antielapídico - Micrurus) (NOGUEIRA e ANDRADE, 2017). Embora estudos clínicos sobre

envenenamento ofídico em bovinos sejam escassos (OLIVEIRA et al., 2007), pressupõe-se que acidentes

ofídicos causem lesões e dor, podendo comprometer a produção (e a qualidade) de carne, leite e couro. Em

bovinos, doses potencialmente letais de veneno de cascavel variam de 0,03 a 0,015mg/kg, e sinais de

envenenamento por esta espécie podem incluir decúbito ocular e da língua, apatia e diminuição na resposta

a estímulos esternos. Doses potencialmente letais de veneno botrópico variam entre 0,125 a 0,45mg/kg, e

os sinais clínicos incluem aumento de volume na região da picada/inoculação, apatia e mucosas hipocoradas

(TOKARNIA et al., 2014). Acidentes com corais (Micrurus) e surucucus (Lachesis), embora reportados em

acidentes com humanos (CARNIATTO et al., 2018), não foram relacionados a acidentes com bovinos.

Surucucus, por serem animais de grande porte, sendo de fácil visualização, e por habitarem matas primárias,

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21 não compartilham o ambiente com rebanhos bovinos. Corais são espécies relativamente menores que as

demais espécies venenosas no Brasil, e por apresentarem hábitos fossoriais, dificilmente tem êxito em

envenenar bovinos. Com o objetivo de promover o conhecimento epidemiológico, bem como a terapêutica e

o tratamento de envenenamento por serpentes peçonhentas em animais domésticos e de produção, estudos

devem ser conduzidos a nível experimental e em campo, entendendo como a fauna doméstica interage com

espécies silvestres.

Palavras-chave: Animais de produção; Envenenamento; Ofidismo.

REFERÊNCIAS

BERNARDE, O.S. Anfíbios e répteis: Introdução ao estudo da herpetofauna brasileira. São Paulo:

Anolisbooks, 2012.

CARNIATTO, C.H.O.; POMBO, A.P.M.M.; SCHULTZ, C. Perfil epidemiológico de acidentes ofídicos no

município de São Paulo no período de 2001 a 2012. Rev. Ciên. Vet. Saúde Públ., v.5, n.1, p.3-16, 2018.

MACHADO, M. et al. Fatal lancehead pit viper (Bothrops spp.) envenomation in horses. Toxicon, v.170, p.41-

50, 2019.

NOGUEIRA, R.M.B.; ANDRADE, S.F. Manual de toxicologia veterinária. São Paulo: Roca, 2017.

OLIVEIRA, N.J.F. et al. Perfil clínico e imunológico de bovinos experimentalmente inoculados com veneno

bruto e iodado de Bothrops alternatus. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. v.59, n.3, p.569-576, 2007.

SILVA, N.S. et al. Fatal bothropic snakebite in a horse: a case report. J. Venom. Anim. Toxins Incl. Trop.

Dis., v.17, n.4, p.496-500, 2011.

TOKARNIA, C.H. et al. Quadros clínico-patológicos do envenenamento ofídico por Crotalus durissus

terrificus e Bothrops spp. em animais de produção. Pesq. Vet. Bras., v.34, n.4, p.301-312, 2014.

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ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS (AGPI) SOBRE A FERTILIDADE DE FÊMEAS RUMINANTES: REVISÃO

(Resumo premiado categoria Revisão Literatura)

DAVI SEVILHA DA SILVA1,3, ADRIANO FELIPE MENDES1,4, CLAUDIA MARIA BERTRAN MEMBRIVE1,5, MARILICE ZUNDT1,6, CALIÊ CASTILHO1,7

1Curso de Medicina Veterinária – Mestrado Ciência Animal – Unoeste, Presidente Prudente SP. 2Curso de Zootecnia –Unesp, Dracena SP. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]

Dentre os fatores que exercem influencia na reproducao de femeas bovinas, a nutricao tem um papel

reconhecidamente importante por modificar a performance reprodutiva. O efeito dos ácidos graxos

poliinsaturados (AGPI) fornecidos na dieta sobre a rfertilidade pode ser parcialmente mediado por alterações

na composição destes no fluído folicular e no microambiente que cerca o complexo cumulus-oócitos (COCs)

durante o desenvolvimento e maturação folicular (CHILDS et al., 2008). Além de múltiplos efeitos já relatados

na literatura da suplementação com AGPI sobre o desenvolvimento folicular, a qualidade oocitária e por

consequencia na fertilidade (WEBB et al., 2004, BILBY et al., 2006, CHILDS et al., 2008, CERRI et al.,

2009a, CERRI et al., 2009b). Os AGPI são divididos em duas famílias, ômega 3 e ômega 6, e diferem entre

si na posição da última dupla ligação em relação a localização do radical metil da molécula. Ambos, ômega

3 e 6 são ácidos graxos essenciais, ou seja, não são produzidos pelo organismo (SPECTOR, 1999),

possuindo as funções de melhorar a fluidez das membranas biológicas (FOULADI-NASHTA et al., 2009),

regular a sinalização de receptores e a expressão gênica (VESHKINI et al., 2015; AMINI et al., 2016). A

análise do fluído folicular revelou que os AGPI das famílias ômega 6 (ácido linoleico) e 3 (ácido linolênico)

são os lipídeos mais abundantes neste meio (BENDER et al., 2010). Portanto, os AGPI estão envolvidos na

maturação do oócito e na competência oocitária até o estágio de blastocisto. A maioria dos trabalhos com

adição de ácido linoléico aos meios de maturação ou cultivo tem apontado melhora na qualidade, ao invés

de quantidade, a qual é observada pelo aumento na criotolerância, dos embriões produzidos devido a

diminuição de lipídios intracelulares, os quais afetam a criopreservação dos embriões produzidos in vitro

(PEREIRA et al., 2007; LEÃO et al., 2015). Embora numerosos estudos tenham avançado o entendimento

da ação das gorduras e dos ácidos graxos sobre a competência oocitária e no cultivo embrionário, os

resultados da literatura são conflitantes e na maioria das vezes utilizam oócitos de ovinos ou vacas Bos

taurus taurus, ovários de abatedouro sem definição de raça, idade, status reprodutivo, o que pode influenciar

nos resultados conflitantes até o momento.

Palavras-chave: Ácido linoléico; Ômega 3; Ômega 6; Oócitos.

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REFERÊNCIAS

AMINI, E. et al. Effect of linoleic acid supplementation on in vitro maturation, embryo development and

apoptotic related gene expression in ovine. Int. J. Reprod. Biomed., v.14, n.4, p.255-262, 2016.

BENDER, K. et al. Metabolite concentrations in follicular fluid may explain differences in fertility between

heifers and lactating cows. Reproduction, v.139, p.1047–1055, 2010.

BILBY, T.R. et al. Effects of dietary unsaturated fatty acids on oocyte quality and follicular development in

lactating dairy cows in summer. J. Dairy Sci., v.89, n.3, p.891-903, 2006.

CERRI, R.L.A. et al. Period of dominance of the ovulatory follicle influences embryo quality in lactating dairy

cows. Reproduction, v.137, p.813–823, 2009a.

CERRI, R.L.A. et al. Effect of fat source differing in fatty acid profile on metabolic parameters, fertilization,

and embryo quality in high-producing dairy cows. J. Dairy Sci., v.92, p.1520-1531, 2009b.

CHILDS, S. et al. Effect of level of dietary n-3 polyunsaturated fatty acid supplementation on systemic and

tissue fatty acid concentrations and on selected reproductive variables in cattle. Theriogenology, v.70, p.595–

611, 2008.

FOULADI-NASHTA, A.A. et al. Oocyte quality in lactating dairy cows fed on high levels of n-3 and n-6 fatty

acids. Reproduction, v.138, p.771–781, 2009.

LEÃO B.S.C. et al. Improved embryonic cryosurvival observed after in vitro supplementation with conjugated

linoleic acid is related to changes in the membrane lipid profile. Theriogenology, v.84, n.1, p.127-136, 2015.

PEREIRA R.M. et al. Cryosurvival of bovine blastocysts is enhanced by culture with trans-10 cis-12

conjugated linoleic acid (10t, 12c CLA). Anim. Reprod. Sci., v.9, p. 293-301, 2007.

SPECTOR, A.A. Essentiality of fatty acids. Lipids, v.34, p.1-3, 1999.

VESHKINI, A. et al. Effect of Linolenic acid during in vitro maturation of ovine oocytes: embryonic

developmental potential and mRNA abundances of genes involved in apoptosis. J. Assist. Reprod. Genet.,

v.32, p.653, 2015.

WEBB, R. et al. Control of follicular growth: local interactions and nutritional influences. J. Anim. Sci., v.82,

p.63-74, 2004.

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ANÁLISE DE CUSTOS DA TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO EM TEMPO FIXO – RELATO DE CASO

VICTOR CERQUEIRA LEITE 1*, JHOSIANE APARECIDA ROCHA DA SILVA2

1 Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. 2Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. *[email protected]

A alta demanda de carne bovina, exige cada vez mais o implemento de biotecnologias no rebanho de corte,

nesse contexto, a Transferência de Embrião em Tempo Fixo traz a possibilidade de multiplicar animais de

alto valor genético em um curto período de tempo. Sendo requerido um planejamento apurado e uma análise

de custos realista para a decisão da implantação ou não da técnica. No presente estudo, foram levantados

os custos e resultados da Transferência de Embrião em Tempo Fixo, da estação de monta 2016/2017,

realizada em uma propriedade localizada no município de Coxim – MS, através do levantamento dos valores

empregados nos protocolos, no custo operacional e despesas relacionadas a produção dos embriões. Os

embriões foram produzidos in vitro, a partir de oócitos doados por fêmeas da raça Nelore, pertencentes a

outra unidade do grupo de fazendas, situada em Cotegipe – BA. O serviço de coleta dos oócitos, produção

dos embriões in vitro, e vitrificação dos mesmos, foi terceirizado, bem como o serviço de transferência dos

embriões nas receptoras. Foram protocoladas 1988 receptoras das quais 1291 receptoras foram

ressincronizadas, onde foi possível a obtenção de 490 receptoras prenhas ao diagnostico gestacional de 60

dias. Vale ressaltar que nem todas receptoras que receberam o protocolo hormonal de sincronização,

estavam aptas para o receber o embrião. O índice de prenhez na primeira inovulação foi de 28,83% e o

índice para ressincronização foi de 12,65%. O custo do protocolo por animal, incluindo a vacina reprodutiva

aplicada e outros insumos utilizados foi de R$ 32,43. O custo de produção de cada embrião transferido foi

de R$ 158,00, e a inovulação dos embriões nas doadoras foi de R$70,00 por animal. Para o cálculo, foi

incluso também, a bonificação dada aos colaboradores de campo, paga em relação aos números obtidos

na estação de monta, no valor total de R$ 29,415,38. Os gastos referentes a locação de veículos durante a

estação, para atender a logística de toda operação foi contabilizado, e totalizou R$ 6,857,14. Os gastos

foram analisados e quando diluídos para as 490 receptoras com gestação confirmada aos 60 dias, obteve-

se que o custo da técnica de Transferência de Embrião em Tempo Fixo foi de R$ 1.447,79 por receptora

prenhe.

Palavras-chave: Doadoras; Genética; In vitro; Reprodução.

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REFERÊNCIAS

HONORATO, M.T. et al. Importância da escolha de receptoras em um programa de transferência de

embriões em bovinos. Pubvet. v.7, n.19, p.242-249, 2013.

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ANÁLISES BROMATOLÓGICAS DE SILAGEM DE MILHO POR ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO PRÓXIMO (NIR)

JULIA VARGAS MARQUES1*, MILENE PUNTEL OSMARI1, CAROLINE MASSIGNANI1,

JOSIAS LUIS FORNARI2, MAXIMILIANE ALAVARSE ZAMBOM2, DANIELE CRISTINA DA SILVA KAZAMA1

1Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 2Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). *[email protected]

A espectroscopia de infravermelho próximo (NIR) tem se demonstrado uma técnica promissora, sendo mais

rápida e barata comparada aos métodos tradicionais de análises bromatológicas de alimentos para animais.

O princípio da análise do NIR consiste na absorção da luz na faixa do infravermelho próximo por compostos

orgânicos (FONTANELI et al., 2002). Tem como características a rapidez na determinação, não destruição

da amostra, ampla utilização, além de necessitar somente de uma preparação mínima, reduzindo a utilização

de reagentes químicos (PASQUINI, 2003). Assim, o objetivo do trabalho foi confeccionar curvas de

calibração para análises bromatológicas de silagem de milho por NIR. Foram utilizadas 78 amostras de

silagem de milho coletadas em diferentes regiões de Santa Catarina e do Paraná. As amostras foram secas

em estufa a 60ºC por 48h, posteriormente moídas a 1mm e analisadas pelos métodos convencionais para

proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). Os espectros foram

lidos em triplicata no espectrômetro MPA FT-NIR (BRUKER OPTIK GmbH, Rudolf Plank Str. 27, D-76275

Ettlingen) na região de 3600 a 12500 cm-1 com 64 varreduras. Com o auxílio do software Opus© (v. 7.5),

as curvas de calibração foram confeccionadas com o modelo de regressão por quadrados mínimos parciais

(BJORSVIK e MARTENS, 2001). Os tratamentos matemáticos com melhores resultados foram First

derivative + Vector normalization (SNV) para FDA, First derivate + Straight line subtractiom para FDN e First

derivative + Vector normalization (SNV) para PB. Os valores do coeficiente de determinação (R²)

encontrados foram de 84,57; 82,59 e 82,16% para as curvas de calibração de FDA, FDN e PB,

respectivamente. Na validação externa, os valores de R2 foram 83,77; 96,78 e 33,5% para FDA, FDN e PB,

respectivamente. Sob esse contexto, Fontaneli et al. (2002) alcançou resultados com elevada acurácia ao

obter valores de R2 próximos a 99%, utilizando 246 amostras para a construção das curvas. Entretanto,

Cozzolino et al. (2006) relatam valores de R2 de 91% para PB, 86% para FDA e 60% para FDN utilizando

amostras úmidas de silagem. Conclui-se que os valores do presente trabalho demonstram o potencial da

técnica na determinação bromatológica de silagem, porém, recomenda-se aumentar o banco de dados para

alcançar maiores valores de R2.

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Palavras-chave: Fibra em detergente ácido; Fibra em detergente neutro; Proteína bruta; Quimiometria.

REFERÊNCIAS

BJORSVIK, H.R.; MARTENS, H. Calibration of NIR instruments by PLS regression. In: BURNS, D.;

CIURCZAK, E.W. (eds.). Handbook of Near-Infrared analysis. New York: Marcel Dekker, 2001. p.185-208.

COZZOLINO, D. et al. Measurement of chemical composition in wet whole maize silage by visible and near

infrared reflectance spectroscopy. Anim. Feed Sci. Tech., v.129, n.3-4, p.329–336, 2006.

FONTANELI, R.S. et al. Validação do método de reflectância no infravermelho proximal para análise de

silagem de milho. R. Bras. Zootec., v.31, n.2, p.594-598, 2002.

PASQUINI, C. Near infrared spectroscopy: fundamentals, practical aspects and analytical applications. J.

Braz. Chem. Soc., v.14, n.2, p.198-219, 2003.

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ÁREA DE OLHO DE LOMBO EM CORDEIROS PELAS METODOLOGIAS IN VIVO E POS MORTEM NA CARCAÇA

(Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

MARTA JULIANE GASPARINI1*, RAFAELA MACHADO DOS SANTOS1, JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ BARRETO1, MARCELO DINIZ DOS SANTOS2, FABIOLA CRISTINE DE

ALMEIDA REGO1* 1Mestrandos e professores do Programa Saúde e Produção Animal – UNOPAR. 2Professor do programa Biociência animal – UNIC. * [email protected]

O experimento foi conduzido na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), sendo aprovado pela comissão

de ética no uso de animais (CEUA 001/17). O objetivo deste trabalho foi avaliar duas metodologias para

determinar a área de olho de lombo dos cordeiros. Foram utilizados 12 cordeiros, machos inteiros, mestiços

da raça Santa Inês x Dorper, com aproximadamente 60 dias de idade e peso vivo médio inicial de 22,10kg

± 3,82, alojados em baias individuais, cimentadas e cobertas, dispostas com comedouro e bebedouro. Os

animais foram divididos em dois grupos de 6 animais; em dois tratamentos, denominados “óleo de girassol”

e “semente de girassol”. Os animais de ambos os grupos receberam 33% de volumoso (feno de capim Tifton

85), e 67% de concentrado. As dietas foram elaboradas segundo as recomendações do NRC (2007). A

quantidade de semente (5,5%) e o óleo de girassol (1,83%) foram mensurados individualmente e

acrescentados na dieta total no momento do fornecimento, evitando riscos de cada animal não receber a

quantidade exata necessária. No dia anterior ao abate, foram feitas mensurações da carcaça in vivo via

ultrassonografia com aparelho modelo Sonoscape S6vet, em tempo real, pelo lado direito do animal,

executando-se previamente a tricotomia da região entre a 12ª e 13ª vértebras torácica. Foram estimadas

área de olho-de-lombo (AOLu – via ultra sonografia, no animal in vivo) com transdutor convexo

multifrequencial à frequência de 5MHZ e a espessura de gordura subcutânea (EGS) e marmoreio com

transdutor linear multifrequencial com frequência de 10MHZ. Após o abate e pesagem das carcaças, as

mesmas foram armazenadas em câmara fria à 4ºC, por 24 horas para assim obter o peso de carcaça fria e

realização das demais variáveis. Após 24 horas em câmara fria, foi retirado uma porção do músculo

Longissimus thoracis et lumborum (entre 12a e a 13a costelas) e este foi encaminhado ao laboratório de

bromatologia da UNOPAR. Foi determinada a área de olho-de-lombo na carcaça (AOLc –via paquímetro,

na carcaça), por meio de um paquímetro digital sendo mensurada a largura máxima (A) e a profundidade

máxima (B), para determinacao de área de acordo com a fórmula: AOL = (A/2*B/2)π, segundo Cezar e

Sousa (2007). Para a comparação dos tratamentos, foram realizadas análises de variância pelo pacote

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29 ExpDes.pt (FERREIRA et al., 2018) no software R (R Core Team, 2017). Também foram realizadas análises

de normalidade e homogeneidade de variância dos resíduos pelos testes Shapiro-Wilk e Bartlett,

respectivamente, e quando necessário foram retirados os outliers. Para todas as análises, foi considerado

um nível de significância de 5% de probabilidade. Os resultados obtidos mostraram que a correlação entre

as medidas de AOLc (feita com paquímetro, na carcaça) e AOLu (via ultra som in vivo) foram altas e

positivas, de 0,56; similar à correlação observada por Pinheiro et al. (2010); que encontraram valores de

0,54. A metodologia utilizada in vivo apresentou boa correlação (56%) com a medição na carcaça.

Palavras chave: Longissimus dorsi, qualidade da carcaça, ultrassonografia da carcaça.

REFERÊNCIAS

FERREIRA, E.B.; CAVALCANTI, P.P.; NOGUEIRA D.A. ExpDes.pt: Pacote Experimental Designs

(Portuguese). R package version 1.2.0, 2018. https://CRAN.R-project.org/package=ExpDes.pt.

PINHEIRO, R.S.B.; JORGE, A.M.; YOKOO, M.J. Correlações entre medidas determinadas in vivo por

ultrassom e na carcaça de ovelhas de descarte. R. Bras. Zootec., v.39, n.5, p.1161-1167, 2010.

NRC - National Research Council. Nutrient requirements of small ruminants. Washington: National Academy

Press, 2007.

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ASPECTOS FÍSICOS E MORFOLÓGICOS SEMINAIS E CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE TESTOSTERONA DE OVINOS IMUNOCASTRADOS COM

VACINA ANTI-GnRH

LAIARA FERNANDES ROCHA1*; EMILLY SABRINA COTRIM DOS SANTOS1; CAENE BORGES DOS SANTOS1; ROSILÉIA SILVA SOUZA1; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1;

LARISSA PIRES BARBOSA1

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil. *E-mail: [email protected]

O objetivo com esse estudo foi avaliar os efeitos da vacina anti-GnRH sobre variáveis seminais e

concentração plasmática de testosterona em cordeiros. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de

Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (nº 23007.010944/2018-68).

Foram utilizados 30 ovinos machos inteiros, mestiços da raça Santa Inês, distribuídos em delineamento

inteiramente casualizado em três tratamentos (T): T1 (n=10) grupo controle, com a administração de 1,0 mL

de solução fisiológica via subcutânea, T2 (n=10) e T3 (n=10) administração de 1,0 e 0,5 mL da vacina anti-

GnRH via subcutânea, respectivamente. Os animais do T2 e T3 receberam segunda dose da vacina 30 dias

após a primeira. Os animais foram mantidos em sistema extensivo de manejo durante o período

experimental, em pastagem de Urochloa mosambicensis, com suplementação mineral (Ovinofós®, Tortuga,

Brasil) e água à vontade. Para imunização utilizou-se a vacina comercial Bopriva® (Pfizer Animal Health), a

qual fornece em cada mL 400 µg do conjugado de GnRH e proteína carreadora. Para avaliação da produção

e qualidade seminal, foram realizadas coletas de sêmen trinta (D30) e sessenta (D60) dias após a primeira

aplicação da vacina com o auxílio de eletroejaculador próprio para pequenos ruminantes (Autojac® M,

Neovet®). Os ejaculados foram submetidos às avaliações físicas e morfológicas, de acordo com o CBRA

(2013). No D60 coletou-se amostras de sangue por venopunção da jugular para determinação da

concentração plasmática de testosterona. Os dados foram submetidos à avaliação de normalidade pelo teste

de Shapiro Willk. As variáveis que apresentaram distribuição normal (turbilhonamento, vigor, concentração,

defeitos maiores e totais (D30), defeitos maiores e concentração de testosterona (D60)) foram submetidas

à ANOVA e Teste Tukey. As demais variáveis não apresentaram distribuição normal, sendo avaliadas pelo

Teste Kruskal-Wallis. Considerou-se o nível de 5% de significância. Não houve diferença para as variáveis

seminais entre os tratamentos no D30 (P>0,05). Mas, trinta dias após a segunda aplicação (D60), as

características físicas, os defeitos maiores e totais, e a concentração plasmática de testosterona sofreram

influência dos tratamentos (P<0,05). No D60, os animais apresentaram valores para turbilhonamento,

motilidade, vigor espermático, concentração/mL e concentração total abaixo do recomendado pelo CBRA

(2013). Obteve-se redução de 100%, 66,66%, 100%, 100% e 100% para as variáveis supracitadas,

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31 respectivamente, nos grupos imunizados em relação ao grupo controle. Os defeitos maiores e totais foram

semelhantes entre os grupos tratados, e aumentaram em 77% e 73%, respectivamente, em relação ao grupo

controle. Houve redução média de 66% na concentração plasmática de testosterona dos animais

imunocastrados (0,60±0,15ng/mL) em relação ao grupo controle (1,75±0,61ng/mL). A administração da

vacina Bopriva® nas doses de 1,0 e 0,5mL foi eficiente em induzir azoospermia em até 80% dos animais e

suprimir os níveis plasmáticos de testosterona, contudo, são necessárias duas aplicações intervaladas por

30 dias. A menor dose (0,5mL) pode ser utilizada para reduzir os custos em 50% da vacina.

Palavras-chave: Azoospermia; Imunocastração; Sêmen; Testosterona.

REFERÊNCIAS

Colégio Brasileiro de Reprodução Animal. Manual para exame andrológico e avaliação de sêmen animal.

Horizonte, 2013.

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ASPECTOS GERAIS DA RETICULOPERICARDITE TRAUMÁTICA EM BOVINOS

LUCAS VINÍCIUS DE OLIVEIRA FERREIRA1*, GUSTAVO GOMES MACEDO2, BEATRIZ DA COSTA KAMURA1, KARINA CRISTINA DE OLIVEIRA1, SIMONE BIAGIO CHIACCHIO1

1Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu/SP. 2Médico veterinário autônomo. * [email protected]

A reticulopericardite traumática consiste em uma das principais complicações da ingestão de corpos

estranhos, normalmente longos, finos e afiados que podem penetrar o retículo, peritônio e o saco pericárdico,

acarretando na pericardite traumática (MOHAMED, 2010). Sua ocorrência é comum em países em

desenvolvimento e em pequenos rebanhos (KHALPHALLAH et al., 2017), gerando grandes perdas

econômicas devido à sua alta taxa de mortalidade. A falta de discernimento oral associada à mecanização

no preparo do alimento, constituem fatores predisponentes à ingestão de objetos perfurantes pelos bovinos,

com uma maior incidência em fêmeas, principalmente no terço final da gestação (IBRAHIM e GOMAA,

2016). Os principais sinais clínicos observados são taquicardia, abafamento das bulhas cardíacas, distensão

das veias jugulares e edema na região submandibular, do peito e ventral (ABU-SEIDA e AL-ABBADI, 2016;

KHALPHALLAH et al., 2017), entretanto a ausência de sinais específicos faz com que os exames

complementares sejam essenciais para a confirmação do diagnóstico. Os achados laboratoriais mais

comuns são a leucocitose e hiperfibrinogenemia atribuídos ao processo inflamatório e a elevação das

enzimas hepáticas indicando uma possível congestão hepática (BRAUN, 2009), contudo essas alterações

podem variar de acordo com a evolução do caso. Nas radiografias pode ser notado a perda de detalhes

torácicos, alterações de forma e opacidade do coração, além da visualização de corpos estranhos

(KHALPHALLAH et al., 2017), entretanto a utilização desta ferramenta apresenta limitações relacionadas à

espessura do tórax do animal e a não observação do objeto pode ocorrer, não excluindo a suspeita da

enfermidade. A ultrassonografia e a ecocardiografia são métodos úteis para identificar o grau de

acometimento tecidual e caracterizar efusões pleurais, peritoneais e pericárdicas (AHTAR et al., 2012), e a

associação com a avaliação dos biomarcadores cardíacos como a troponina cardíaca I (cTnI), troponina

cardíaca T (cTnT), creatina quinase MB (CK-MB) e o óxido nítrico, são recomendados para alcançar um

diagnóstico precoce (ATTIA, 2016). Apesar disso, ocasionalmente, o diagnóstico definitivo é realizado por

meio do exame post mortem, embora nem sempre seja possível encontrar o corpo estranho devido às

aderências formadas e à extensão do processo inflamatório (BRAUN et al., 2007). O prognóstico é

considerado desfavorável e o tratamento geralmente ineficaz (ATHAR et al., 2012), sendo essencial a

adoção de medidas preventivas como manejo adequado de rações, limpeza e cuidado com pastagens e

administração oral de imãs reticulares em animais antes de um ano de idade (ANTENEH e RAMSWAMY,

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33 2015). Dessa forma o objetivo desta revisão foi destacar os aspectos gerais da doença, visto a sua

importância na saúde e na produção animal.

Palavras-chave: Bovinos; Corpo estranho; Pericardite; Retículo.

REFERÊNCIAS

ABU-SEIDA, A.M.; AL-ABBADI, O.S. Recent Advances in the Management of Foreign Body Syndrome in

Cattle and Buffaloes: A Review. Pak. Vet. J., v.36, n.4, p.385-93, 2016.

ANTENEH, M.; RAMSWAMY, V. Hardware Disease in Bovine (Review Article). Acad. J. Anim. Dis., v.4, n.3,

p.146-59, 2015.

ATHAR, H. et al. Pericarditis in bovines - A review. Int. J. Adv. Vet. Sci. Tech., v.1, n.1, p.19-27, 2012.

ATTIA, N.E. Cardiac biomarkers and ultrasonography as tools in prediction and diagnosis of traumatic

pericarditis in Egyptian buffaloes.Vet. World., v.9, n.9, p.976-82, 2016.

BRAUN, U. et al. Clinical findings in 28 cattle with traumatic pericarditis. Vet. Rec., v.161, n.16, p.558-63,

2007.

BRAUN, U. Traumatic pericarditis in cattle: Clinical, radiographic and ultrasonographic findings.Vet. J., v.182,

n.2, p.176-86, 2009.

IBRAHIM, H.M.M.; GOMAA, N.A. Traumatic Pericarditis in Cattle: Risk Factors, Clinical Features and

Ultrasonographic Findings. J. Vet. Sci. Med. Diagn., v.5, n.3, p.7-15, 2016.

KHALPHALLAH, A. et al. Ultrasonography as a diagnostic tool in egyptian buffaloes (Bubalus bubalis) with

traumatic pericarditis. Int. J. Vet. Sci. Med., v.5, n.2, p.159-67, 2017.

MOHAMED T. Clinicopathological and ultrasonographic findings in 40 water buffaloes (Bubalus bubalis) with

traumatic pericarditis. Vet. Rec., v.167, n.21, p.819-24, 2010.

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ASPECTOS NUTRICIONAIS DA ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL AGUDA

CRISTIANA DEL CONTE1*, EDUARDO FELIPE SIMÕES COSTA CURTA DE MORAES1,

MARIANA FONSECA BERNARDES DA SILVA1

1Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A acidose láctica ruminal é ocasionada pelo excesso de carboidratos ingeridos pelos ruminantes,

decorrentes do manejo errôneo, promovendo a sobrecarga ruminal com produção de ácido láctico e

destruição de bactérias celulolíticas e protozoários da microbiota do rúmen. As manifestações clínicas deste

distúrbio metabólico são ocorrentes nas fases aguda, subaguda, hiperaguda e crônica, sendo a fase aguda

sintomática e a fase subaguda assintomática. Na fase aguda identifica-se anúria e diurese, decorrente da

fluidoterapia com bom prognóstico. O decúbito lateral persiste de 24 a 48 horas tanto na fase aguda como

na hiperaguda, podendo haver animais apáticos e a claudicação de membros. Quando enfermos os bovinos

não consomem água ou consomem de modo exagerado após a ingestão de grão seco (AFONSO et al, 2002;

COTTEE et al., 2004; RUSTOMO et al., 2006). Na avaliação clínica, o gado por ser hipertérmico, pode estar

abaixo da temperatura normal com 36,5 a 38,5 °C ou com 41°C quando exposto a luz solar, tem um aumento

da frequência cardíaca, devido a progressão da indigestão tóxica e falha na circulação, há diarreia profusa

de cor enegrecida e odor fétido. Nas fezes estão presentes resíd796+uos dos grãos fermentados, quando o

animal se apresenta prostado tem-se um prognóstico de gravidade (OGILVIE, 2000). A desidratação se dá

de forma progressiva e evolutiva, em casos severos corresponde de 10 a 12% do peso vivo. Na análise do

conteúdo ruminal a fossa paralombar esquerda apresenta-se palpável de textura pastosa e firme nos

animais. Na auscultação consegue-se captar ruídos de gás borbulhando. Podendo ainda surgir a laminite,

conforme evolução gradativa. Com 48 horas de acidose metabólica o animal permanece em decúbito imóvel

com a cabeça em direção ao flanco, podendo ir óbito em 24 a 72 horas se não tratado logo (OGILVIE, 2000).

O protocolo de tratamento é corrigir acidose sistêmica e ruminal, restabelecer a motilidade intestinal e dos

pré-estômagos, corrigir o déficit de eletrólitos e líquidos mantendo o volume sanguíneo. Se não há sinais

clínicos e os animais ingeriram carboidratos, não há como identificar a quantidade, o indicado é fornecer

feno de qualidade à disposição, promover locomoção do animal a cada hora por 24 horas e incluir

administração oral de óxido de magnésio, bicarbonato de sódio ou hidróxido de magnésio para o

tamponamento do conteúdo ruminal fermentado (OGILVIE, 2000). A prevenção é baseada na

recomendação do manejo nutricional adequado aos ruminantes, evitando a introdução da dieta mal

adaptada, apesar deste lidar bem com rações concentradas. O acesso a alimentos fermentáveis deve ser

evitado pelos bovinos, devendo ser mantidos longe de instalações com este tipo de produto. Caso haja

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35 ingestão acidental em grande quantidade sugere a administração de bicarbonato de magnésio, que irá

reduzir inicialmente a acidose por pouco tempo (GONZÁLEZ e SILVA, 2006).

Palavras-chave: Ácido lático; Acidose; Bovinos; Rúmen.

REFERÊNCIAS

AFONSO, J.A.B. et al. Metabolismo oxidativo dos neutrófilos de ovinos tratados com monensina sódica e

experimentalmente submetidos à acidose ruminal. Pesq. Vet. Bras., v.22, n.4, p.128-134, 2002.

COTTEE, G. et al. The effects of sub acute ruminal acidosis on sodium bicarbonate-supplemented water

intake for lactating dairy cows. J. Dairy Sci., v.87, n.1, p.2248–2253, 2004.

GONZÁLEZ, F.H.D.; SILVA, S.C. Introdução a bioquímica clínica veterinária. 2ed. Porto Alegre: Editora da

UFRGS, 2006.

RUSTOMO, B. et al. Effects of rumen acid load from feed and forage particle size on ruminal pH and dry

matter intake in the lactating dairy cow. J. Dairy Sci., v.89, n.1, p.4758–4768, 2006.

OGILVIE, T.H. Medicina interna de grandes animais. São Paulo: Artmed, 2000.

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ASPECTOS NUTRICIONAIS DA INTOXICAÇÃO CÚPRICA EM PEQUENOS RUMINANTES

LUANA CAROLINE PEDROSO MOREIRA¹, LUKAS GAUDENCIO BRONOSKI1, MARIA VITORIA ZANIN ANSELMO1*

1Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

O cobre é um elemento que apresenta um papel fundamental para o organismo animal, em várias etapas,

desde a metabolização de ferro por enzimas até a formação de colágeno e elastina, que são responsáveis

pela produção de melanina, pigmentando a pele, pelos e lã, contudo em doses elevadas torna-se tóxico,

afetando geralmente ovinos por serem mais sensíveis (FERREIRA et al., 2008). Essa intoxicação pode

ocorrer duas maneiras diferentes, a aguda, representada por ulcerações no trato gastrointestinal e necrose

hepática, sendo considerada rara (STALKER e HAYES, 2007). Já a forma crônica, mais comum, dentre os

pequenos ruminantes, se caracteriza por um quadro hemolítico e nefropatia, através do acúmulo gradativo

do elemento químico em vários tecidos, em maior concentração no fígado, não apresentando sinais clínicos

durante um período (MIGUEL et al., 2013). Na intoxicação cúprica, a maior evidência de casos, são

relacionadas a dietas com altas concentrações de cobre, seja por consumo de concentrados com elevada

taxa do elemento ou por pastagens contaminadas (BARRETO e CUNHA FILHO, 2019). Os animais

intoxicados podem apresentar uma variedade de sinais clínicos, conforme o quadro, por exemplo, anorexia,

andar cambaleante, mucosas ictéricas, hemoglobinúria, diarreia intensa e dor abdominal, com a evolução

da doença, pode haver queda das frequências cardíacas e respiratórias, juntamente com a temperatura

corpóreas, encaminhando para um colapso geral e óbito. O diagnóstico é realizado mediante a anamnese,

exames cínicos, complementares e achados da necropsia, geralmente encontra-se vários graus de necrose

centrolobular a difusa, pelo fígado ser o órgão mais acometido. Alguns casos, quando não realizados

técnicas corretas no diagnóstico, tornam-se inconclusivos, podendo ser semelhantes à intoxicação pela

braquiaria. O tratamento inclui-se molibdato de anônio, sulfato de sódio, tendo como resposta a maior

excreção de cobre pela via retal, reduzindo os números de mortalidades, importante utilizar suplementação

mineral e até a transfusão sanguínea, também há a possibilidade de usar um antídoto específico, o qual tem

a base de tetratiomolibdato (TTM) (BARRETO e CUNHA FILHO, 2019). A profilaxia nesses casos consiste

em rígidas medidas na dieta e evitar o uso de rações fabricadas juntamente com outros sais minerais, os

quais contenham altas taxas de cobre.

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Palavras-chave: Cobre; Dieta; Ovinos; Patologia.

REFERÊNCIAS

BARRETO, J.V.P.; CUNHA FILHO, L.F.C. Intoxicação por cobre: a prevenção é o melhor 'remédio'.

Almanaque Quatro Estações, v.5, p.22-27, 2019.

FERREIRA, M.B.; ANTONELLI, A.C.; ORTOLANI, E.L. Intoxicação por cobre, selênio, zinco e cloreto de

sódio. In: SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; PALERMO-NETO, J. (eds.). Toxicologia aplicada a medicina

veterinária). Manole: São Paulo, 2008. p. 665-97.

MIGUEL, M.P. et al. Intoxicação crônica por cobre em ovinos: conduta para o diagnóstico conclusivo. Arq.

Bras. Med. Vet. Zootec., v.65, n.2, p.81-89, 2013.

STALKER, M.J.; HAYES, M.A. Liver and Biliary System. In: MAXIE, M.G. (ed.). Pathology of domestic

animals. Philadelphia: Elsevier, 2007. p.369-381.

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ASPECTOS NUTRICIONAIS DA TOXEMIA GESTACIONAL EM PEQUENOS RUMINANTES

JOÃO ANTONIO DE ANDRADE LEMOS1, LEONARDO JORGE1*, MARCO POLO1

1Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A toxemia da gestação consiste em um distúrbio metabólico, que acontece em cabras e ovelhas, no terço

final da gestação, ela é uma das principais enfermidades que causam mortalidade nas fêmeas, chegando

em taxas de mortalidade entre 90 e 100% dos relatos (MELO et al., 2009). Segundo Smith e Sherman (2009)

em sua maioria dos casos, as fêmeas perdem o feto, esse distúrbio metabólico é evidenciado por uma

drástica queda dos níveis de glicose, ocorre também o aumento de corpos cetônicos na corrente sanguínea

(ORTOLANI e BENESI, 1989). Ocorre um aumento de lipólise quando as concentrações de glicose são

insuficientes tanto para a fêmea quanto para o feto, que resulta em transtornos metabólicos. Essa

homeostase negativa no organismo, geralmente é causada por deficiência na alimentação, como: escassez,

comida de qualidade inferior e/ou competição pelo alimento; o estresse também é uma importante causa;

um inadequado escore corporal, sendo ou uma superalimentação ou subnutrição (COSTA e SILVA, 2011).

Segundo Costa et al. (2009) a subnutrição acontece quando a fêmea ingere pouca quantidade de nutrientes,

principalmente alimentos com alto teor calórico, que ficam bem abaixo da demanda energética dos fetos e

da mãe. Portanto, isso acontece devido à qualidade e quantidades limitadas de alimento que ficam

disponíveis ao animal, por outro lado, a superalimentação ocorre quando o animal consome quantidades

superiores aos níveis nutricionais necessários, fazendo assim com que a gordura corporal tenha um

aumento excessivo, consequentemente fazendo que o espaço interno seja ocupado pelas reservas de

gordura, que se juntam ao volume do útero na cavidade abdominal, assim o consumo de extrato seco reduz

drasticamente (SMITH e SHERMAN, 2009). Segundo Albay et al. (2014) a gestação múltipla deve-se ser

levada em consideração como um fator agravante da doença, pois nesses casos o organismo necessita de

um consumo muito grande de energia para que ambos os fetos possam terminar seus desenvolvimento,

sendo que 70 a 80 % do crescimento fetal acontece durante os últimos 60 dias da gestação.

Palavras-chave: Caprinos; Gestação; Glicemia; Metabolismo.

REFERÊNCIAS

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39 ALBAY, M.K. et al. Selected serum biochemical parameters and acute phase protein levels in a herd of

Saanen goats showing signs of pregnancy toxaemia. Vet. Med. – Czech, v.59, n.7, p.336–342, 2014.

COSTA, R.L.D.; SILVA, A.E. Toxemia da prenhez em ovelhas. PUBVET, v.5, n.2, p.10-19, 2011.

COSTA, R.G.; QUEIROGA, R.D.C.R.E.; PEREIRA, R.A.G. Influência do alimento na produção e qualidade

do leite de cabra. R. Bras. Zootec., v.38, n.1, p.307–321, 2009.

MELO, D.B. et al. Toxemia da prenhez em caprinos: relato de surto. Ciênc. Anim. Bras., v.1, n.1, p.123–127,

2009.

ORTOLANI, E.L.; BENESI, F.J. Ocorrência de toxemia da prenhez em cabras (Capra hircus, l) e ovelhas

(Ovis aries, l) criadas no estado de São Paulo, Brasil. Rev. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. S. Paulo, v.1, n.1,

p.229–234, 1989.

SMITH, M.C.; SHERMAN, D.M. Goat Medicine. 2ed. Wiley-Blackwell, 2009.

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ASSOCIAÇÕES ENTRE PESO CORPORAL E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA EM OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS ALIMENTADOS COM

DIFERENTES NÍVEIS DE CAROÇO DE ALGODÃO

BRUNA SILVA MARESTONE1, LAÍS BELAN MORAES1, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO2, MACIEL JUNIOR PIRES TRISTÃO BARBOSA1, FELIPE VINÍCIUS CARDOSO DE CAMPOS3, MARIA

ISABELA CUSTODIO3

1Discente de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. 2Docente do departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]. 3Discente da graduação de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]

Dentre os seguimentos agropecuários, a ovinocultura vem ganhando potencial, com a diversificação de

produtos que podem ser gerados como carne, leite, lã e pele. Segundo Freitas et al. (2019), o principal

objetivo da criação de ovinos é o aumento da produção de carne, sendo que, entre as características de

importância para a produção animal, o peso corporal é uma das mais importantes relacionadas à produção

de carne. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar a correlação existente entre peso corporal e as

características de carcaça em cordeiros. O experimento foi conduzido no setor de Ovinocultura da Fazenda

Escola, da Universidade Estadual de Londrina, localizado em Londrina – PR. Foram utilizados 17 cordeiros

machos, não castrados, da raça Santa Inês, desmamados aos 70 dias de idade. Os cordeiros foram

confinados após os desmame, em baias individuais onde receberam diferentes níveis de inclusão de caroço

de algodão na dieta, sendo T0: 0% (tratamento controle), T10: 10% e T20: 20%. A média de peso corporal

ao abate (PCA) foi de 32,57 ± 5,33 kg. O abate foi realizado em um frigorífico comercial do mesmo município

e após 24 horas do procedimento, foi realizado a determinação da área de olho de lombo (AOL) no músculo

Longissimus dorsi, na região entre a 12ª e 13ª costela, como proposto por Silva Sobrinho (1999). Também

foi mensurado na mesma região, a espessura de gordura subcutânea (EGS) com auxílio de um paquímetro

digital. Os dados foram submetidos a análise de variância, com teste de Tukey a 5% de probabilidade e a

correlação de Pearson, no programa estatístico SAS University Edition. As médias obtidas para T0 foram

34,21 kg, 11,74 cm² e 0,34 cm; para T10 foram 33,07 kg, 12,36 cm² e 0,32 cm e para T20 foram 28,95 kg,

9,92 cm² e 0,24 cm, para PCA, AOL e EGS respectivamente. Não houve influência da inclusão do caroço

de algodão nas características avaliadas (P > 0,05), entretanto, observa-se que conforme houve aumento

no nível de inclusão de caroço de algodão na dieta, ocorreu redução na produção das características

estudadas. Esse decréscimo também foi observado e relatado por Cunha et al. (2008). As características

de carcaça são de grande importância, entre elas pode-se ressaltar a relação da AOL com o

desenvolvimento muscular e a espessura de gordura, com a proteção da carcaça no processo de

refrigeração. Com relação a correlação, observou-se que a correlação entre PCA e AOL (0,38) foi

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41 ligeiramente maior quando comparado PCA e EGS (0,24), indicando que animais com maior peso, tendem

a apresentar maior AOL. Silva et al. (2015) também observaram correlação de positiva e de média magnitude

(0,44) entre PCA e AOL. Dessa forma, conclui-se que o peso corporal está positivamente correlacionado

com as características de carcaça AOL e EGS.

Palavras-chave: Área de olho de lombo; Confinamento; Cordeiro; Ovinocultura.

REFERÊNCIAS

CUNHA, M.G.G. et al. Características quantitativas de carcaça de ovinos Santa Inês confinados alimentados

com rações contendo diferentes níveis de caroço de algodão integral. R. Bras. Zootec., v.37, n.6, p.1112-

1120, 2008.

FREITAS, l.A. et al. Inheritance, genetic correlation and cluster analyses of fecal egg count, packed cell

volume and body weight in different ages using random regression model in Santa Ines sheep. Small Rumin.

Res., v.174, p.57-61, 2019.

SILVA, D.L.S. et al. Viabilidade econômica e morfometria das características corporais e de carcaça de

ovinos alimentados com torta de girassol. Acta Vet. Brasilica., v.9, n.4, p.306-315, 2015.

SILVA SOBRINHO, A.G. Body composition and característics of carcass from lambs of different genotypes

and ages at slaughter. Palmerston North: Massey University; 1999. 54 p.

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AVALIAÇÃO DA COMPETÊNCIA OOCITÁRIA BOVINA (Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

YARA LIS DE SOUZA1*, PAULO ROBERTO ADONA1, GUSTAVO RODRIGUES QUEIROZ1

1Universidade Pitágoras Unopar, Programa de Mestrado em Saúde e Produção Animal, Arapongas – PR, Brasil. *[email protected]

A competência oocitária é adquirida progressivamente até o final da foliculogênese, quando muitas

mudanças celulares e moleculares ocorrem (LIU et al., 2018). Tais mudanças podem influenciar a eficácia

da maturação e são afetadas por vários fatores, incluindo o ambiente folicular, tamanho do folículo,

morfologia do oócitos e condições de maturação (DE BEM et al., 2014). Portanto, a seleção de oócitos

competentes é essencial para o sucesso da produção in vitro de embriões. A avaliação morfológica dos

oócitos é aceitável, em termos de maturação nuclear (85%) e desenvolvimento embrionário (45%), mas não

avalia direta ou totalmente a qualidade dos oócitos quanto à competência de desenvolvimento (DE BEM et

al., 2014). A avaliação morfológica considera apenas as características indiretas da qualidade oocitária,

como a homogeneidade citoplasmática, bem como a quantidade e qualidade das células somáticas no

complexo cumulus-oócito (BAKRI et al., 2016). Embora esse método seja amplamente utilizado, é bastante

subjetivo e de relativa precisão, pois alguns oócitos com morfologia normal podem estar em um estágio

inicial de degeneração. Nesse sentido, vale a pena associar critérios morfológicos a métodos não invasivos

para a seleção dos melhores oócitos, como a coloração com azul cresil brilhante (BCB), que avalia o

metabolismo oocitário (ALCOBA et al., 2017). A seleção de oócitos pela coloração com BCB apresenta

características que dão suporte ao uso desse método, pois é um método simples e fácil que não prejudica

o desenvolvimento oocitário (SU et al., 2012). A coloração com BCB indica a fase de desenvolvimento do

oócito, uma vez que é metabolizado pela enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PDH) (MANGIA e

EPSTEIN, 1975). Oócitos de folículos em final de desenvolvimento, que são mais competentes, apresentam

menor atividade de G6PDH do que aqueles em início de desenvolvimento, que são menos competentes.

Portanto, é possível identificar a fase de desenvolvimento do oócito, uma vez que o corante BCB é

metabolizado e reduzido a um componente de cor menos intensa pelo G6PDH (SU et al., 2012). Assim,

podemos classificar os oocitos com cor azulada (BCB+) e oocitos com ausência da cor (BCB-). O objetivo

da presente revisão é expor que competência de oócitos bovinos pode ser avaliada por meio da coloração

com BCB associada à avaliação morfológica, a fim de aumentar a seleção e eficiência oocitária para

embriões produzidos in vitro.

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Palavras-Chave: BCB; Embrião; Maturação; Morfologia.

REFERÊNCIAS

BAKRI, N.M. et al. Embryo Apoptosis Identification: Oocyte Grade or Cleavage Stage? Saudi J. Biol. Sci., v.

23, n.1, p.S50–S55, 2016.

DE BEM, T.H.C. et al. The Influence of Morphology, Follicle Size and Bcl-2 and Bax Transcripts on the

Developmental Competence of Bovine Oocytes. Reprod. Domest. Anim., v.49, n.4, p.576–83,2014.

ALCOBA, D.D. et al. Selection of Developmentally Competent Human Oocytes Aspirated during Cesarean

Section. J. Matern. Fetal Neonatal Med., v.31, n.6, p.735–39, 2018.

LIU, X.M. et al. Single-cell transcriptome sequencing reveals that cell division cycle 5-like protein is essential

for porcine oocyte maturation. J. Biol. Chem., v.293, n.5, p.1767–80, 2018.

MANGIA, F.; EPSTEIN, C.J. Biochemical studies of growing mouse oocytes: preparation of oocytes and

analysis of glucose-6-phosphate dehydrogenase and lactate dehydrogenase activities. Dev Biol., v.45, n.2,

p.211–20, 1975.

SU, J. et al. Oocytes selected using bcb staining enhance nuclear reprogramming and the in vivo

development of scnt embryos in cattle. PLoS One, v.7, n.4, p.e36181, 2012.

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AVALIAÇÃO DA TAXA DE PRENHEZ EM FÊMEAS NELORE SUBMETIDAS À IATF COM UTILIZAÇÃO PRÉVIA DE VACINA REPRODUTIVA

(Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

RENAN CARLOS VICENTIN DE CAMPOS SILVA1, MAYSA LOPES ORSI2, ANDRESSA DE

MELO JARDIM1, FELIPE AUGUSTO DE BRITO VARGAS1, FÁBIO MOROTTI2, ELIS LORENZETTI1,2*

1Universidade Pitágoras Unopar, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. 2Universidade Estadual de Londrina, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, Londrina, PR, Brasil. *[email protected]; *[email protected]

As doenças infecciosas são consideradas as principais causas de falhas reprodutivas, sendo responsáveis

por grande parte das perdas econômicas tanto em bovinos de corte quanto de leite (JUNQUEIRA e ALFIERI,

2006; NEWCOMER et al., 2015). Dentre as causas infecciosas, os vírus são responsáveis por até 50% de

todas as perdas gestacionais, entretanto, o uso de vacinas reprodutivas tem reduzido significativamente

estas perdas (KHODAKARAM-TAFTI e IKEDE, 2005; AONO et al., 2013). Vacinas contendo vírus vivo

modificado ou inativado foram eficazes contra falhas reprodutivas causadas pelo herpesvírus bovino tipo 1,

diminuindo a latência e os casos de abortamento (CHASE et al., 2017). O objetivo do presente estudo foi

avaliar a taxa de prenhez de vacas Nelore que receberam vacina contendo cepas vivas modificadas do vírus

da diarreia viral bovina (BVDV) tipos 1 e 2 durante o programa reprodutivo de inseminação artificial em

tempo-fixo (IATF). Foram utilizadas 225 fêmeas bovinas da raça Nelore (Bos taurus indicus), com escore de

condição corporal (ECC) entre 3.0 e 4.0 (escala de 1 a 5; MACHADO et al., 2008), sendo 82 novilhas e 143

vacas multíparas lactantes, e período pós-parto variando de 35 a 60 dias. Em um dia aleatório do ciclo estral,

as fêmeas receberam um protocolo hormonal de sincronização da ovulação para IATF e, aleatoriamente,

foram destinadas ao grupo não vacinado/controle ou grupo vacinado. No Dia 0 do protocolo de IATF, o grupo

vacinado recebeu uma única aplicação intramuscular, de 2mL de vacina reprodutiva (Bovela®, Boehringer

Ingelheim Saúde Animal, São Paulo, Brasil), que apresenta em sua formulação vírus vivo modificado de

BVDV tipos 1 e 2. O grupo controle não recebeu a vacina e todos os animais foram manejados juntos. Para

IATF, foi utilizado um protocolo convencional de três manejos a base de progesterona e estradiol

(BARUSELLI et al., 2004), sendo a inseminação realizada no Dia 10 e o diagnóstico de gestação no Dia 40

por ultrassom transretal. A taxa de prenhez foi analisada por modelo de regressão logística binária, sendo

que o tratamento e a categoria foram considerados efeitos fixos e o ECC como covariável (p≤0,05). Aos 40

dias de estação de monta, a taxa de prenhez sofreu influência do uso da vacina reprodutiva [grupo controle

56,1% (73/130) vs. grupo vacinado 72,3% (69/95); p=0,01], mas não da categoria de fêmea [novilha 65,8%

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45 (54/82) vs. vaca 61,5% (88/143); p=0,68]. No entanto, uma interação vacina*categoria (p=0,05) revelou

maior taxa de prenhez para novilhas vacinadas em relação as novilhas e vacas não vacinadas

[novilha*vacinada 77,5% (31/40), novilha*controle 54,8% (23/42), vaca*vacinada 69,1% (38/55) e

vaca*controle 56,8% (50/88)]. Ao final da estação de monta a taxa de prenhez não sofreu influência da

vacinação (p=0,42), da categoria (p=0,19) ou da interação da categoria com vacinação (p=0,44). Concluiu-

se que a utilização de vacina reprodutiva contendo cepas de BVDV tipos 1 e 2, aumenta a taxa de prenhez

aos 40 dias da estação de monta em vacas primíparas e multíparas, mas não altera essa taxa ao final da

estação reprodutiva.

Palavras-Chave: Bovela®; Diarreia Viral Bovina; Imunização; Vacina reprodutiva.

REFERÊNCIAS

AONO, F.H. et al. Effects of vaccination against reproductive diseases on reproductive performance of beef

cows submitted to fixed-timed AI in Brazilian cow-calf operations. Theriogenology, v.79, n.2, p.242-8, 2013.

BARUSELLI, O.S. et al. The use of hormonal treatments to improve reproductive performance of anestrous

beef cattle in tropical climates. Animal Reprod. Sci., v.82-83, p.479-86, 2004.

CHASE, C.C.L. et al. Bovine herpesvirus 1 modified live virus vaccines for cattle reproduction: balancing

protection with undesired effects. Vet. Microbiol., v.206, p.69-77, 2017.

JUNQUEIRA, J.R.C.; ALFIERI, A.A. Falhas da reprodução na pecuária bovina de corte com ênfase para

causas infecciosas. Semina: Ciênc. Agrár., v.27, n.2, p.289-98, 2006.

KHODAKARAM-TAFTI, A.; IKEDE, B.O. A retrospective study of sporadic bovine abortions, stillbirths, and

neonatal abnormalities in Atlantic Canada, from 1990 to 2001. Can. Vet. J., v.46, n.7, p.635-7, 2005.

MACHADO, R. et al. Escore da condição corporal e sua aplicação no manejo reprodutivo de ruminantes.

Circular Técnica, Embrapa, São Carlos, 2008.

NEWCOMER, B.W. et al. Efficacy of bovine viral diarrhea virus vaccination to prevent reproductive disease:

a meta-analysis. Theriogenology, v.83, n.3, p.360-5, 2015.

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AVALIAÇÃO DO LADO DA INOVULAÇÃO E ESTÁGIO EMBRIONÁRIO SOBRE A TAXA DE PRENHES DE EMBRIÕES PRODUZIDOS IN VIVO

CRIOPRESERVADOS (Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

RAFAEL MUNHOZ BOMEDIANO1,4, BRUNO RAGNI DA SILVA MASSELLI1,5, LUCCA GATTASS BASTO1,6, ALFREDO DIAS MASSELLI FILHO3,7, CALIÊ CASTILHO1,2,8

1Curso de Medicina Veterinária, Unoeste, Presidente Prudente, SP. 2Mestrado Ciência Animal, Unoeste, Presidente Prudente, SP. 3Médico Veterinário Autônomo, Presidente Prudente, SP. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]

A utilização de biotécnicas reprodutivas para aumentar descendentes de fêmeas de alto valor, tais como: a

Transferência de Embriões (TE) convencional ou MOET (múltiplas ovulações para transferência de

embriões), também denominada produção in vivo de embriões e a OPU-PIVE (aspiração folicular guiada por

ultrassom seguida da produção in vitro de embriões), estão sendo muito utilizadas devido ao aumento na

demanda mundial pela carne bovina. Embora na MOET a quantidade de descendentes que uma fêmea de

alto valor genético gera seja menor que na OPU-PIVE (CASTILHO et al., 2009), os embriões produzidos in

vivo são mais criotolerantes, permitindo a congelação para uso posterior e/ou comercialização

(REICHENBACH et al., 2002) sem grande comprometimento no resultado de prenhes. Porém, um dos

grandes gargalos das biotécnicas para produção de embriões é a inovulação, cujo resultado final depende

de vários fatores tais como: qualidade do embrião e da receptora, entre outros. Portanto, objetivou-se no

presente trabalho avaliar a influência do estágio embrionário e do lado do CL de receptoras inovuladas com

embrião produzido in vivo (MOET) criopreservados. Foram avaliados dados retrospectivos comerciais de

uma central de TE de 239 inovulações de embriões produzidos in vivo. Os embriões de vacas da raça Nelore

acasaladas com sêmen de touros Nelore foram obtidos após superovulação com FSH em protocolo padrão

para superestimulação ovariana, coletados por lavagem uterina, seguido de congelação com glicerol pelo

método de one step. As receptoras foram preparadas com protocolo hormonal para TETF (transferência de

embriões em tempo fixo) e inovuladas após avaliação da presença, qualidade e lado do CL. Todos os

procedimentos foram realizados por um único Médico Veterinário. Das 239 inovulações 104 resultaram em

prenhes (43,5%), sendo que 57,74% (138/239) das inovulação foram no corno direito resultando em 44,25%

(61/138) de prenhes. Taxa muito semelhantes às obtidas com inovulações no lado esquerdo (42,57%,

43/101). As inovulações de blastocisto resultaram em 35,92% (74/206) de prenhes, ao passo que 90,90%

(30/33) das receptoras que receberam blastocisto expandido ficaram gestantes. Concluímos que o lado de

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47 ovulação, ou seja, de deposição do embrião não afeta a taxa de prenhes, ao passo que o estágio do

desenvolvimento embrionário sim. A inovulação com embriões em estágio mais avançado (Bx) resultou em

alta taxa de sucesso.

Palavras-chave: Blastocisto; MOET; Nelore; TETF.

REFERÊNCIAS

CASTILHO, C. et al. Associação da MOET e OPU-PIV na produção de embriões bovinos. Cien. Anim. Bras.,

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REICHENBACH, H. et al. Transferência e criopreservação de embriões bovinos. In: GONÇALVES, P.B.D.;

FIGUEIREDO, J.R.; FREITAS, V.J.F. (eds.). Biotécnicas aplicadas à reprodução animal. São Paulo: Varela,

2002. p.127-177.

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AVALIAÇÃO DO LADO DA OVULAÇÃO E ESTÁGIO EMBRIONÁRIO SOBRE A TAXA DE PRENHES DE RECEPTORAS INOVULADAS COM EMBRIÃO

PRODUZIDO IN VITRO (Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

BRUNO RAGNI DA SILVA MASSELLI1; RAFAEL MUNHOZ BOMEDIANO1; LUCCA GATTASS BASTO1; ALFREDO DIAS MASSELLI FILHO2; CALIÊ CASTILHO1*

1Universidade do Oeste Paulista, Unoeste, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. 2Médico Veterinário Autônomo, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. *[email protected]

No Brasil o início dos trabalhos comerciais de OPU-PIVE (aspiração folicular guiada por ultrassom seguida

da produção in vitro de embriões) ocorreu no ano de 2000. A raça Nelore se adaptou de forma extraordinária

a esta biotécnica, sendo rapidamente difundida entre os pecuaristas produtores de genética. Assim o Brasil

se tornou campeão mundial na produção de embriões in vitro, posição que ocupa até os dias atuais (PERRY,

2016). Apesar da evolução da OPU-PIVE nas duas últimas décadas, ainda ocorre grande variabilidade nas

taxas de blastocisto (10 a 40%, RIZOS et al., 2008) e prenhes (30 a 50%, GONELLA-DIAZA et al., 2013),

fatores que associados influenciam diretamente no sucesso comercial da técnica. Desta forma, objetivou-se

verificar a influência do estágio embrionário e do lado do CL da receptora no momento da inovulação sobre

a porcentagem de prenhes de embriões produzidos in vitro. Foram analisados dados comerciais,

retrospectivos, de inovulações de 293 embriões PIVE, oriundos de doadoras e touros da raça Nelore,

realizadas pelo mesmo Médico Veterinário. Assim como, todos os embriões foram produzidos no mesmo

laboratório comercial de PIVE e as receptoras foram tratadas com o mesmo protocolo hormonal para TETF

(transferência de embrião em tempo fixo). Dos 293 embriões inovulados 134 resultaram gestação (45,73%).

Sendo 168 (57,34%) inovulações em receptoras que ovularam no ovário direito (OD) e 125 (42,66%) no

esquerdo (OE), resultando, respectivamente em 47,02% (79/168) e 44% (55/125) de prenhes. Com relação

ao estágio de desenvolvimento embrionário foram transferidos 9,89% (29/293) de blastocistos iniciais (Bi),

17,06% (50/293) de blastocistos (Bl) e 73,03% (214/293) de blastocisto expandidos (Bx), dos quais,

respectivamente resultaram em 51,7% (15/29), 28% (14/50) e 49% (105/214) de prenhes. Concluímos que,

entre os fatores analisados, o estágio embrionário parece ser o que mais afeta a taxa de prenhes de

receptoras inovuladas com embrião produzidos in vitro.

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Palavras-chave: Biotécnica; Blastocisto; Nelore; TETF.

REFERÊNCIAS

GONELLA-DIAZA, A.M. et al. Corpus luteum diameter and embryo developmental stage are associated with

pregnancy rate: data analysis from 17,521 embryo transfers from a commercial in vitro bovine embryo

production program. Anim. Reprod., v.10, p.106-111, 2013.

RIZOS, D. et al. Effect of duration of oocyte maturation on the kinetics of cleavage, embryo yield and sex

ratio in cattle. Reprod. Fert. Develop., v. 20, n. 6, p. 734-740, 2008.

PERRY, G. 2015 Statistics of embryo collection and transfer in domestic farm animals, International Embryo

Transfer Society (IETS) – Newsletter, Data Retrieval Committee. 2016.

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AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA TAXA DE PRENHEZ EM VACAS SOLTEIRAS SUBMETIDAS A PROTOCOLOS HORMONAIS DE QUATRO

MANEJOS

GUILHERME OLIVEIRA SCHUPINSKI1* 1Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. *[email protected]

A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é umas das biotecnologias reprodutivas que mais tem se

expandido nos últimos tempos. Surgiu para substituir a necessidade de se detectar cio na inseminação

artificial (IA) (MAOLETOFT et al., 2008). A inseminação artificial em tempo fixo apresenta muitas vantagens

em relação a outros métodos de reprodução, entre eles, induzir cio em vacas em anestro, diminuição do

intervalo entre partos, padronização dos bezerros, ausência da observação de cio, melhor diagnóstico

reprodutivo nas vacas e a realização da inseminação pode ser planejada para acontecer no dia e hora

agendados (MONTEIRO e VIANA, 2011). O trabalho tem como propósito avaliar as taxas de prenhez em

vacas nelores (Bos indicus), solteiras, submetidas a protocolos hormonais de quatro manejos e protocolo de

três manejos, avaliando qual protocolo hormonal apresentará maior efeito positivo da eficiência reprodutiva

demonstrada na prenhez. Para o estudo foi utilizados dois lotes de vacas nelores, solteiras, mesmas

condições de escore corporal, contendo 300 animais. No primeiro lote foi utilizado o protocolo hormonal de

quatro manejos e no segundo lote foi utilizado o protocolo hormonal de três manejos. Após 30 dias a

inseminação os dois lotes passaram pelo diagnóstico gestacional, para avaliar as taxas de prenhes e

analisar qual protocolo hormonal apresentou melhor resultado. Ao analisar os dados observa-se que, das

300 vacas que receberam o protocolo hormonal de três manejos, 151 ficaram prenhas, resultando em uma

taxa de prenhez de 50,3%. Já as vacas que receberam o protocolo hormonal de quatro manejos ficaram

prenhas 174 vacas, apresentando uma taxa de prenhez de 58%. Podendo ser explicado pela antecipação

da PGF2α, pois diminuem os níveis de progesterona circulante, provocando um pico de hormônio

luteinizante (LH), melhorando o desenvolvimento do folículo dominante, ressaltando que no corpo lúteo mais

responsivo e proveniente de um folículo ovulatório maior (BARUSELLI et al., 2017). Em relação aos

protocolos hormonais analisados na IATF, é possível concluir que no protocolo de quatro manejos, obteve

maior taxa de prenhes com elevação de 6,7% em relação ao protocolo de três manejos.

Palavras-Chave: Inseminação artificial; Protocolo hormonal; Taxa de prenhez; Vacas.

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REFERÊNCIAS

BARUSELLI, P.S. et al. Timed artificial insemination: current challenges and recente advances in

reproductive efficiency in beef and dairy herds in Brazil. Proceedings of the 31st Annual Meeting of the

Brazilian Embryo Technology Society. Cabo de Santo Agostinho: SBTE, p.14, 2017.

MAPLETOFT, R.J.; BÓ, G.A.; ADAMS, GP. Techniques’ for synchronization of follicular wave emergence

and ovulation: Past, present and future. Simpósio Internacional de Reprodução Animal Aplicada, Londrina:

SIRAA, p.15-25, 2008.

MONTEIRO, B.M.; VIANA, R.B. Estado da arte da inseminação artificial em tempo fixo em gado de corte no

Brasil. Rev. Ci. Agra., v.54, n.1, p.89-97, 2011.

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AVALIAÇÃO SENSORIAL DE IOGURTE PRODUZIDO A PARTIR DE LEITE DE OVELHA CONCENTRADO

CARLA PRADO ROSOLEM1, JOSÉ AUGUSTO DE SOUZA1, IVANA STEFANINI CARREIRO1,

FABIOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO2, JOICE SIFUENTES DOS SANTOS1

1- Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados. Universidade Pitágoras Unopar.

[email protected], [email protected] ;2 Mestrado em Saúde e produção animal - Universidade Pitágoras

Unopar

O leite de ovelha é uma matéria-prima ainda não largamente utilizada pelos Laticínios. Trata-se de um

produto com elevado teor de proteínas, gordura presente na forma de micro-glóbulos, além de vitaminas e

minerais. As proteínas presentes no leite de ovelha tem menor característica alergênica do que aquelas do

leite de vaca, enquanto o menor tamanho dos glóbulos de gordura proporciona melhor digestibilidade a esta

matéria-prima. De maneira geral, o leite de ovelha não é comercializado na forma fluida, sendo possível

encontrá-lo em algumas gôndolas de supermercados na forma de iogurtes e principalmente de queijos finos,

com alto valor agregado. O presente trabalho utilizou leite de ovelha concentrado por ultrafiltração na

elaboração de duas formulações de iogurte, integral e desnatado, analisando aspectos sensoriais. O leite

de ovelha pasteurizado desnatado foi concentrado por ultrafiltração (diâmetro do poro igual a 0,02 µm). Para

a formulação integral, foi adicionado 6% de creme (43,50% de gordura). As formulações foram preparadas

com 4% de açúcar refinado e 0,1 % da cultura starter para iogurte. A pasteurização foi realizada a 85 a 90°C/

5 min, seguida de resfriamento (42°C) e adição da cultura starter. A fermentação ocorreu à 42°C/4 h. Os

iogurtes foram mantidos sob refrigeração (7°C). A análise sensorial contou com um painel não treinado

formado por 80 provadores. As duas formulações foram apresentadas de forma aleatória, acompanhadas

de bolacha água e sal e água para limpeza do palato. Foi utilizada escala hedônica de 9 pontos (1 –

desgostei muitíssimo, 9 – gostei muitíssimo) para avaliar aparência, textura, sabor, aroma e impressão

global. O perfil dos provadores foi majoritariamente composto por mulheres (58 de 80 provadores), com faixa

etária entre 21 e 30 anos, não consumidores de leite de ovelha e derivados. As médias para os quesitos de

aparência e textura apresentaram diferença significativa (p<0,05) entre as formulações integral e desnatada.

As maiores notas foram atribuídas à formulação desnatada (7,85 e 7,56 para aparência e textura,

respectivamente), enquanto a formulação integral apresentou médias de 7,09 para aparência e 7,03 para

textura. Deste modo, sugere-se que os provadores tenham preferência ao iogurte desnatado. Todavia, o

quesito sabor não apresentou diferença significativa (p>0,05), atributo de maior importância na escolha de

um iogurte pelo consumidor.

Palavras-chave: leite ovino; tecnologia de produtos lácteos; análise sensorial; inovação.

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BEM ESTAR ANIMAL NA BOVINOCULTURA LEITEIRA

RENATA MARTINS BRUNHARA DA SILVA1*, PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA RIZZO1, JULIO CESAR DE LIMA1, SELENE DANIELA BABBONI1

1Faculdade Anhanguera, São José dos Campos, São Paulo, Brasil. *[email protected]

O setor produtivo da bovinocultura leiteira adaptou-se a um mercado cada vez mais preocupado com a

sustentabilidade e senciência animal, consequentemente o produtor vem investindo em bem estar animal,

sendo um assunto complexo, no setor, envolvendo saúde e comportamento animal, desta maneira melhorar

os índices de eficiência produtiva, o uso eficaz de recursos, redução de impactos ambientais agregando

valor ao produto final gerando maiores rendimentos aos produtores (RAINERI et al., 2012). O trabalho tem

como objetivo delinear dentro da bovinocultura leiteira o conceito de bem estar animal (BEA) e as melhorias

exigidas no setor pelo atual mercado que se torna cada vez mais exigente com os animais de produção O

estudo contemplou uma revisão bibliográfica utilizando fontes com buscas de trabalhos científicos nas bases

de dados do Google acadêmico e Scielo com termos: bem estar animal, bovinocultura e mercado leiteiro.

Durante muito tempo os produtores investiram apenas em melhoramento genético dos animais de produção

esquecendo do bem estar animal (BEA), o qual não foram estabelecidos fatores referentes a adaptação dos

animais nas condições climáticas em que habitam (MONSER, 1992). Em fazendas produtoras de leite, ainda

há animais que sofrem com o erro na adaptação climática, além disso enfrenta-se o manejo inadequado de

alguns funcionários/tratadores com a rotina da propriedade no fator comportamental da relação tratador

animal (HÖTZEL et al., 2012). Segundo Peters et al. (2010), estudos demonstraram que o comportamento

inadequado dessa relação pode causar prejuízos diretos tanto na produção de leite como na taxa de

concepção das vacas consequentemente uma perda econômica significativa ao produtor. conforme Bond

(2010), com o enfoque nos animais de produção, a partir da década de 60 a sociedade começou a se

preocupar com o sofrimento dos animais, assim surgiu a ciência de bem estar animal, definindo o BEA como

o estado do animal frente as tentativas de se adaptar ao ambiente, e a qualidade de vida relacionada a

saúde e comportamento. O BEA para que possa ser implementado é preciso conhecimento da biologia da

espécie a ser criada e se basear nas 5 liberdades animal são elas: livre de fome, sede e má nutrição; livre

de dor, ferimentos e doença; livre de desconforto; livre para expressar seu comportamento natural; livre de

medo e estresse (BOND, 2010). De acordo com Bond et al. (2012), o BEA pode ser avaliado, cientificamente,

por técnicas viáveis e eficiente evitando desta maneira diagnósticos subjetivos, estabelecendo manejo

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54 adequado aos animais e melhor adaptações aos tratadores. Toda implantação de manejo, exige do produtor

investimentos de estrutura e profissionais qualificados para que o sucesso seja garantido,

consequentemente o produto final será melhor avaliado pelo mercado consumidor, o que indiretamente

retorna ao produtor financeiramente. Conclui-se que o BEA, é uma área a ser explorada cada vez mais no

setor produtivo leiteiro, de tal maneira a evitar barreiras econômicas, culturais e sociais tanto na área

mercadológica como cientifica, considerando diretamente a relação estabelecida homem/animal.

Palavras-chave: Bem estar; Bovinocultura; Ética; Sustentabilidade.

REFERÊNCIAS

BOND, G.B. Diagnóstico de Bem estar animal de bovinos leiteiros. Dissertação de Mestrado, Universidade

Federal do Paraná, Curitiba, PR, 2010. 85f.

BOND, GB. et al. Métodos de diagnóstico e pontos críticos de bem-estar de bovinos leiteiros. Cienc. Rural,

v.42, n.7, p.1286-1293, 2012.

HÖTZEL, M.J. et al. Influência de um ordenhador aversivo sobre a produção leiteira de vacas da raça

Holandesa. R. Bras. Zootec., v.34, n.4, p.1278-1284, 2005.

MONSER, A. Ética e filosofia no abate de animais para consumo. Anais de Etologia, v.10, p. 123-132, 1992.

PETERS, M.D.P. et al. Manejo aversivo em bovinos leiteiros e efeitos no bem-estar, comportamento e

aspectos produtivos. Arch. Zootec., v.59, n.227, p.435-442, 2010.

RAINERI, C. et al. Contribution to economic evaluation of systems that value animal welfare at farm. Rev.

Colomb. Cienc. Pecu., v.25, n.1, p.123 -134, 2012.

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BENEFÍCIOS DA DIETA ALTO GRÃO PARA RUMINANTES EM TERMINAÇÃO

KARINE LUCAS LAURINDO1*; BRUNA MARIA GOMES DA SILVA1 1Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A evolução da pecuária de corte tem propiciado a elevação do ganho por área nas propriedades rurais e o

desenvolvimento de tecnologias de produção dá suporte a essa evolução. O uso de dietas de elevado

concentrado tem proporcionado ao produtor traçar estratégias, visando à elevação do lucro, devido ao menor

investimento com a produção ou aquisição de volumosos. As dietas de alto grão, constituídas por milho e

pellet vem ganhando espaço nas propriedades brasileiras, devido a sua versatilidade e eficiência, tendo em

vista que esta tecnologia deve estar atrelada a um conjunto de técnicas e cuidados que viabilizam o seu

sucesso. A dieta de alto grão para terminação de bovinos de corte apresenta viabilidade técnica

comprovada, o que amplia as opções tecnológicas disponíveis para confinadores que buscam produzir carne

bovina de forma eficiente. Assim sendo o confinamento com o uso de dietas de alto grão se confirma como

uma opção rentável ao produtor (MACHADO e MADEIRA, 1990). O presente trabalho teve como objetivo

realizar uma abordagem sobre dieta de alto grão com milho, em confinamento de bovinos. Para este foram

consultadas diversas fontes de literatura como: livros, revistas, artigos e sites. Um ponto importante no uso

da dieta de grão de alto grão é a adaptação dos animais, que geralmente estão ingerindo dietas baseadas

em 100% de alimentos volumosos, principalmente no pasto, nesse caso necessitamos efetuar uma

adaptação adequada, que deverá seguir protocolos de acordo com a disponibilidade de alimentos

volumosos e das características dos animais, pois o não cumprimento desse protocolo pode levar o animal

a distúrbios metabólicos (BROWN et al., 2006). A correta adaptação dos animais a dieta é um ponto chave

no confinamento de alto grão, sendo a mesma responsável pelo perfeito desenvolvimento do planejamento

nutricional dos animais (PEDREIRA e PRIMAVESI, 2011).

Palavras chave: Alto grão; Bovinos; Confinamento; Corte.

REFERÊNCIAS

MACHADO, P.F.; MADEIRA, H.M.F. Novas tecnologias de produção animal. Piracicaba: FEALQ, 1990.

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56 BROWN, M.S.; PONCE, C.H.; PULIKANTI, H. Adaptation of beef cattle to highconcentrate diets:

Performance and ruminal metabolism. J. Anim. Sci., v.84, n.1, p.25-31, 2006.

PEDREIRA, M.S.; PRIMAVESI, O. Aspectos ambientais na bovinocultura. In: BERCHIELLI, T.T.; PIRES,

A.V.; OLIVEIRA, S.G. (eds.). Nutrição de ruminantes. 2ed. Jaboticabal: Funep, 2011. p.521-535.

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BIOMETRIA TESTICULAR E ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO DE CORDEIROS IMUNOCASTRADOS COM VACINA ANTI-GnRH

LAIARA FERNANDES ROCHA1,2, ARIADNE MARQUES SILVA SANTANA1,3, POLIANA

ALMEIDA BEZERRA1,4, ROSILÉIA SILVA SOUZA1,5, ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1,6, LARISSA PIRES BARBOSA1,7

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]

Objetivou-se avaliar os efeitos da vacina anti-GnRH sobre a biometria testicular e índice gonadossomático

de cordeiros. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do

Recôncavo da Bahia (nº 23007.010944/2018-68). Foram utilizados 30 ovinos machos inteiros, da raça Santa

Inês, com 4,19±0,41 meses de idade, e escore de condição corporal de 3,00±0,37. Os animais foram

distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em três tratamentos (T): T1 grupo controle,

administração de 1,0mL de solução fisiológica via subcutânea (SC), T2 e T3 administração de 1,0 e 0,5mL

da vacina anti-GnRH via SC, respectivamente. Os animais receberam segunda dose da vacina 30 dias após

a primeira. Para imunização foi utilizada a vacina comercial Bopriva® (Pfizer Animal Health), sendo que cada

mL da vacina fornece 400µg do conjugado de GnRH e proteína carreadora. Avaliou-se no dia da primeira

aplicação da vacina (D0), da segunda (D30) e 30 dias após a segunda (D60), parâmetros de biometria

testicular (circunferência escrotal – CE, comprimento, espessura e largura dos testículos esquerdo e direito).

Sessenta dias após a segunda aplicação da vacina (D90), os animais foram pesados e encaminhados para

abate em frigorífico com Serviço de Inspeção Estadual, onde coletou-se os testículos, dos quais obteve-se

o peso, para posterior determinação do índice gonadossomático. O índice gonadossomático (IGS) foi

calculado pela somatória do peso dos testículos (Ptest), dividido pelo peso corporal (Pcorp) e multiplicado

por 100, conforme a fórmula: IGS = (Ptest/Pcorp) x 100. Os dados foram submetidos à avaliação de

normalidade pelo teste de Shapiro Willk. Aplicou-se ANOVA e teste de Tukey para variáveis que

apresentaram distribuição normal, e teste de Kruskal-Wallis para variáveis não paramétricas (CE no D60), a

5% de significância. Não houve diferença entre os tratamentos no D30 (P>0,05). Houve diferença entre o

grupo controle e os grupos tratados, independente da dose, para os parâmetros de biometria testicular no

D60, peso testicular e índice gonadossomático (P<0,05). Constatou-se no D30 e D60 aumento da biometria

testicular para os animais do grupo controle, e redução para os animais vacinados, independente da dose.

No D60 obteve-se médias de 25,50±7,75cm (T1), 17,50±5,65cm (T2) e 18,50±6,60cm (T3) para

circunferência escrotal; 6,06±2,00cm (T1), 3,84±0,79cm (T2) e 4,02±1,00cm (T3) para comprimento do

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58 testículo; 4,05±1,12cm (T1), 2,94±0,69cm (T2) e 3,05±0,74cm (T3) para largura do testículo; e 4,17±1,24cm

(T1), 2,98±0,82cm (T2) e 3,11±0,78cm (T3) para espessura do testículo. As variáveis peso testicular e índice

gonadossomático apresentaram valores dentro da normalidade para o tratamento controle, e redução em

mais de 60% nos grupos imunizados. O peso médio testicular foi de 109,78±36,99g (T1), 22,18±11,30g (T2)

e 20,15±6,71g (T3); e o valor médio obtido para o índice gonadossomático foi de 0,66±0,17% (T1),

0,13±0,48% (T2) e 0,13±0,03% (T3). A utilização da vacina anti-GnRH foi eficiente em produzir efeitos

característicos de imunocastração em cordeiros, independente da dose, intervaladas por 30 dias.

Recomenda-se a dose 0,5mL para redução dos custos.

Palavras-chave: Circunferência escrotal; Imunocastração; Peso testicular; Reprodução.

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BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO

HEMILLY GREICY ROSSI1*, LORRAINE GABRIELA TRETTENE1, ROBERTA SCOMPARIM

NANDI1, FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO GRECCO1

1Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. *[email protected]

A brucelose é uma das doenças mais importantes nos bovinos, sendo uma zoonose com distribuição

mundial, causando graves prejuízos econômicos, na maior parte devido à perda de produtividade do

rebanho. Devido ao crescimento da produção leiteira e de corte, e a aproximação desses rebanhos, a

doença acaba tendo uma importante disseminação (ALVES et al., 2011). É causada por bactérias

intracelulares facultativas pertencentes ao gênero Brucella. Caracterizadas pela resistência à inativação no

meio ambiente, onde podem ficar viáveis por vários meses. Em determinadas condições, as brucelas têm

sido recuperadas na água, em fetos, fezes e restos de placenta. Já a sua sobrevivência no leite e em

produtos lácteos, está sujeito a quantidade de água, temperatura, pH e presença de outros microorganismos.

A brucelose nos bovinos é uma enfermidade de difícil diagnostico, gera manifestações clínicas da esfera

reprodutiva, como abortos geralmente no terço final da gestação, mortalidade neonatal, placentite

necrotizante, e retenção de placenta. Animais juvenis são mais resistentes à infecção, já as femêas que não

estão gestantes, a bactéria infecta os linfonodos e a glândula mamaria, porém, assim que estiver prenha, as

bactérias invadem o útero, podendo ou não causar aborto, além de natimorto e nascimento de bezerros

fracos (BRASIL, 2006). A pesquisa de anticorpos no leite e no soro, é feita a partir de testes sorológicos.

Como prova de triagem, é utilizada a aglutinação rápida em placa com antígeno acidificado, e como testes

complementares, a prova de fixação de complemento, 2- mercaptoetanol e aglutinação lenta. Para o sucesso

do controle da brucelose bovina, além da vacinação, certificação de propriedades livres por rotinas de testes

indiretos, controle da movimentação de animais e sistema de vigilância específico, é importante que a

população tenha conhecimento sobre os fatores de risco, e que os criadores façam parte do Programa

Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) (SANTOS et al., 2007). Os

resultados obtidos pelos países, de acordo com os programas de controle, registram casos de sucessos e

fracassos, citados na literatura especializada. Compreende também, como forma de prevenção, o consumo

de produtos laticínios após a pasteurização, e também, evitar a ingestão de carnes cruas e mal passadas.

O uso de equipamentos de proteção individual e proteção de lesões cutâneas presentes, é de extrema

importância para a população de risco ocupacional (CAL et al., 2014). A vacinação do rebanho é obrigatória

e deverá ser aplicada exclusivamente pelos veterinários. Erros no processo de vacinação contribuem para

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60 o alargamento da infecção. Deve-se evitar também, vacinar animais além de bezerros fêmeas de 3 a 8

meses de idade (SANTOS et al., 2007). Concluímos assim, que a brucelose é uma enfermidade zoonótica

que traz inúmeros prejuízos à bovinocultura e a saúde pública, portanto deve ser controlada, para

posteriormente ser erradicada do nosso país.

Palavras-Chave: Aborto; Bovinos; Reprodução; Zoonose.

REFERÊNCIAS

ALVES, A.J.S. et al. Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado da Bahia. Arq. Bras. Med. Vet.

Zootec., v.61, n.1, p.6-13, 2009.

BRASIL. Secretaria de Defesa Agropecuária, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução

Normativa Nº 6 de 8 de janeiro de 2004. Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle

e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal. Diário Oficial da União, Brasília, 12 jan. 2004.

CAL, C.A.M.F. et al. Brucelose: uma revisão de literatura. Braz. J. Surg. Clin. Res., v.6, n.3, p.53-56, 2014.

SANTOS, H.P. et al. Brucelose bovina e humana diagnosticada em matadouro municipal de São Luís - MA,

Brasil. Ciênc. Vet. Tróp., v.10, n.1, p.86-94, 2007.

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CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS DOS OVINOS PANTANEIROS

RAFAELA MACHADO DOS SANTOS1*, JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ1, DENISE RENATA PEDRINHO3, MARCOS BARBOSA FERREIRA3, CAMILA HERNANDES DE OLIVEIRA2,

FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO1 1Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. 2Universidade Pitágoras, Arapongas, PR, Brasil. 3Universidade Anhaguera – Uniderp - Programa de Mestrado Profissional em Produção e Gestão Agroindustrial, Campo Grande, MS, Brasil. *[email protected]

O grupo genético “pantaneiro”, muito encontrado na regiao Centro-Oeste é oriundo dos cruzamentos entre

as raças que foram trazidas pelos colonizadores, na época do descobrimento do Brasil (MARIANTE et

al.,1999). Esses ovinos passaram por processo de seleção natural, adaptando-se às condições climáticas

da região (VARGAS JUNIOR et al., 2011). Após a introdução dos animais na região do Mato Grosso e Mato

Grosso do Sul, os ovinos se espalharam pelas propriedades rurais do Pantanal, porém não houve expansão

econômica e a sua criação ficou voltada para o consumo interno de carne (VARGAS JUNIOR e SORIO,

2014). Esse grupamento racial vem a cada dia conquistando seu espaço no Centro Oeste e também no

restante do Brasil, em virtude de suas características zootécnicas e também de sua rusticidade. Com relação

aos indicies zootécnicos, as pesquisas mostram resultados promissores para o uso desses animais e para

o registro da mesma. As ovelhas apresentam boa habilidade materna e produção leiteira, variando em

função da idade e dias de lactação, influenciando no peso de desmame dos cordeiros (LONGO et al., 2012).

O peso ao nascer desses animais, variam entre 2,5 a 3,5 kg (VARGAS JUNIOR et al., 2011), o que pode

ser considerado um ponto positivo, favorecendo a redução de partos distócicos. Com relação ao

desempenho dos cordeiros Pantaneiros em confinamento, o ganho de peso médio diário pode variar entre

200 a 350 g/dia (PINTO et al., 2009). Importante ressaltar que esses cordeiros também apresentam bom

desempenho a pasto, pois são animais com rusticidade e resistência a verminoses (MACEDO, 2014). Com

relação ao abate, esses animais podem ser abatidos com idade entre 4 a 8 meses com peso entre 30 a 40

kg (MACEDO, 2014). O rendimento de carcaça apresenta índices variando entre 45 a 50% com cordeiros

abatidos com idade entre quatro e oito meses, com peso vivo entre 30 e 40 kg (PINTO et al., 2009). Para

realização da análise econômica com estes animais, o processo é bastante falho, devido a não apresentar

dados completos para poder observar a produção já estabelecida (BARROS et al., 2005). Por tanto,

pesquisas são de suma importância para avaliar melhor essa atividade e possivelmente reduzir os custos e

aumentar a produtividade desse agrupamento genético.

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62

Palavras-chaves: desempenho; Ganho de peso; Grupo genético; Rusticidade.

REFERÊNCIAS:

BARROS, N.N. et al. Eficiência bioeconômica de cordeiros F1 Dorper x Santa Inês para produção de carne.

Pesq. Agropec. Bras., v.40, n.8, p.825-831, 2005.

LONGO, M.L. et al. Produção de leite de ovelhas nativas Sul-Mato-Grossenses “Pantaneiras”. Anais da 49ª

Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Brasília: SBZ, 2012.

MACEDO, F.A.F. Raças Ovinas de Clima Temperado no Brasil. In: SELAIVE-VILLARROEL, A.B.; OSÓRIO,

J.C. S. (Org.). Produção de Ovinos no Brasil. São Paulo: Roca, 2014. p.49-60.

MARIANTE, A.S. et al. Advances in the Brazilian animal genetic resources conservation programme. Anim.

Genet. Resour. Inf., v.25, n.1, p.109-123, 1999.

PINTO, G.S. Avaliação quantitativa da carcaça de cordeiros filhos de ovelha pantaneiras acasaladas com

diferentes carneiros, Santa Inês e Texel. Dissertação de Mestrado, Universidade Anhanguera UNIDERP,

Campo Grande, MS, 2009. 52f.

VARGAS JUNIOR, F.M. et al. Avaliação Biométrica de Cordeiros Pantaneiros. Revista Agrarian, v.4, n.11,

p.60-65, 2011.

VARGAS JUNIOR, F.M.; SORIO, A.M. Ovinocultura na Região Centro-Oeste do Brasil. SELAIVE-

VILLARROEL, A.B.; OSÓRIO, J.C. S. (Org.). Produção de Ovinos no Brasil. São Paulo: Roca, 2014. p.26-

35.

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COCCIDIOSE BOVINA

VALÉRIA JULIENE FREIRE GOMES¹*, MARIANA FONSECA BERNARDES DA SILVA², IVIS DA SILVA DIAS², JOÃO LUIS GARCIA¹,³, SÉRGIO TOSI CARDIM¹

¹ Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. *[email protected]; ² Universidade Pitágoras Unopar, Curso de Medicina Veterinária, Arapongas, PR, Brasil; ³ Universidade Estadual de Londrina – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, Londrina, PR, Brasil. A coccidiose bovina é uma doença causada por protozoários do gênero Eimeria sp. e apresentam grande

importância pelas perdas econômicas que ocasionam aos rebanhos bovinos ao redor do mundo. Das mais

de 20 espécies de Eimeria sp. descritas, as de maior importância patogênica são E. bovis e E. zuernii, que

podem causar diarreia aquosa com ou sem sangue, muitas vezes fatal, sendo que a idade do animal é um

fator importante na patogenia da infecção sendo bezerros e bovinos jovens os mais suscetíveis. Devido à

alta capacidade reprodutiva de Eimeria sp., nos casos de surtos de coccidiose, os bezerros infectados

podem eliminar milhões de oocistos no ambiente, levando ao um aumento na pressão de infecção no

ambiente ao redor de bezerros infectados, e estas áreas permanecem infectadas por longos períodos. O

diagnóstico da coccidiose bovina é realizado através do exame morfométrico dos oocistos, os quais podem

ser observados em microscópio óptico, em um aumento de 400x, apenas com a utilização de uma das

técnicas convencionais de flutuação. Porém, devido a grande diferença de patogenia existente entre as

espécies de Eimeria sp. em bovinos, a identificação de espécie de Eimeria sp. presente nas fezes é crucial

para um controle eficiente e levantamento epidemiológico do parasita, então a associação de técnicas não

coproparasitológicas como, ELISA e PCR, auxiliariam a caracterização da espécie. A propriedade onde os

problemas com coccidiose são contínuos, o manejo do rebanho deve ser avaliado, principalmente com

relação a higiene, alimentação, densidade animal, tipo de piso, entre outros, sendo que se as condições de

manejo forem inadequadas, o tratamento se torna inevitável. Portanto, para uma estratégia de manejo

sanitário e terapêutico eficiente sejam aplicados, o diagnóstico da espécie envolvida é fundamental.

Palavras-chave: Diagnóstico; Eimeria sp.; Epidemiologia; Manejo

REFERÊNCIAS:

BANGOURA B, MUNDT HC, SCHMÄSCHKE R, WESTPHAL B, DAUGSCHIES A. Prevalence of Eimeria

bovis and Eimeria zuernii in German Cattle Herds and Factors Influencing Oocyst Excretion. Parasitol Res.

2012;110(2):875-81.

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64 BRUHN FRP, LOPES MA, DEMEU FA, PERAZZA CA, PEDROSA MF, GUIMARÃES A M. Frequency of

species of Eimeria in females of the holstein.friesian breed at the post-weaning stage during autumn and

winter. Rev Bras Parasitol Vet. 2011;20(4):303-7.

DAUGSCHIES A, NAJDROWSKI M. Eimeriosis in Cattle: Current Understanding. J Vet Med B Infect Dis Vet

Public Health. 2005;52(10):417-27.

FABER JE, KOLLMANN D, HEISE A, BAUER C, FAILING K, BÜRGER HJ, et al. Eimeria infections in cows

in the periparturient phase and their calves: oocyst excretion and levels of specific serum and colostrum

antibodies. Vet Parasitol. 2002;104(1):1-17.

FIEGE N, KLATTE D, KOLLMANN D, ZAHNER H, BÜRGER HJ. Eimeria bovis in cattle: colostral transfer of

antibodies and immune response to experimental infections. Parasitol. Res. 1992;78(1):32-38.

KAWAHARA F, ZHANG G, MINGALA CN, TAMURA Y, KOIWA M, ONUMA M, et al. Genetic analysis and

development of species-specific PCR assays based on ITS1 region of rRNA in bovine Eimeria parasites.

Vet Parasitol. 2010;174(1-2):49-57.

KOKOZAWA T, ICHIKAWA-SEKI M, ITAGAKI T. Determination of phylogenetic relationships among Eimeria

species, which parasitize cattle, on the basis of nuclear 18S rDNA sequence. J Vet Med Sci.

2013;75(11):1427-31.

MARSHALL RN, CATCHPOLE J, GREEN JA, WEBSTER KA. Bovine coccidiosis in calves following

turnout. Vet. Rec. 1998;143(13):366-67.

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COLORAÇÃO DA CARNE DE OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE CAROÇO DE ALGODÃO

BRUNA SILVA MARESTONE1, LAÍS BELAN MORAES1, EDSON LUIS DE AZAMBUJA

RIBEIRO2, MACIEL JUNIOR PIRES TRISTÃO BARBOSA1, FELIPE VINÍCIUS CARDOSO DE CAMPOS3, MARIA ISABELA CUSTODIO3

1Discente de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. 2Docente do departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]. 3Discente da graduação de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]

Na produção animal, vários fatores podem influenciar no desenvolvimento e produtividade dos animais, tais

como relacionados ao genótipo (indivíduo) e ao ambiente (manejo). Com relação a qualidade da carne,

vários parâmetros podem servir para avaliação, sendo um deles a coloração. Costa et al. (2011) explicaram

que a cor da carne desempenha importante papel na qualidade sensorial do produto e se destaca como

principal fator de apreciação no momento da compra. A cor do músculo é determinada pela quantidade de

mioglobina e pelas proporções relativas desse pigmento, que pode ser encontrado na forma mioglobina

reduzida (cor púrpura), oximioglobina (cor vermelha) e metamioglobina (cor marrom) (SILVA SOBRINHO et

al., 2005). Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar a coloração da carne de cordeiros Santa Inês,

alimentados com diferentes teores de caroço de algodão na dieta em confinamento. O experimento foi

conduzido no setor de Ovinocultura da Fazenda Escola, da Universidade Estadual de Londrina (UEL),

localizado em Londrina – PR. Foram utilizados 17 cordeiros machos, não castrados, da raça Santa Inês,

desmamados aos 70 dias de idade. Os cordeiros foram confinados após os desmame, em baias individuais

onde receberam diferentes níveis de inclusão de caroço de algodão na dieta, sendo T0: 0% (tratamento

controle), T10: 10% e T20: 20%. A média de peso corporal ao abate foi de 32,57 ± 5,33 kg. O abate foi

realizado em um frigorífico comercial do mesmo município e após 24 horas do procedimento, com as

carcaças resfriadas, foram retiradas amostras do músculo Longissimus dorsi e encaminhadas ao Laboratório

de Carne da UEL para análises qualitativas da carne. As determinações da cor da carne foram realizadas

conforme descrito por Houben et al. (2000), utilizando-se um colorímetro, avaliando-se a luminosidade (L* 0

= preto; 100 = branco), a intensidade da cor vermelho (a*) e a intensidade da cor amarela (b*). Houve

diferença entre os tratamentos nos teores de L* e b* (P<0,05). As médias de L*, a* e b* apresentaram valores

crescentes com a adição do caroço de algodão. As médias obtidas para o T0 foram de 37,80, 12,50 e 10,32;

T10 foram 38,12, 12,70 e 10,24 e T20 foram 41,16, 14,00 e 11,98, para L*, a* e b*, respectivamente. Vieira

et al. (2010) também observaram aumento significativo de L* e b* com a inclusão do caroço de algodão. Os

autores explicaram que as carnes tendem a ficar mais claras com a suplementação com o caroço de

algodão, já o aumento no teor de b*, ocorre provavelmente ao fato da dieta ser rica em energia e

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66 carotenoides, uma vez que o caroço de algodão, é um produto rico em óleo e tem a presença do gossipol,

que contribui com a coloração amarelada. Assim, conclui-se que a inclusão do caroço de algodão na dieta

pode promover aumento na intensidade de amarelo (b*) e luminosidade (L*) da carne dos cordeiros Santa

Inês.

Palavras-chave: Confinamento; Músculo; Ovinocultura; Qualidade.

REFERÊNCIAS

COSTA, R.G. et al. Qualidade física e sensorial da carne de cordeiros de três genótipos alimentados com

rações formuladas com duas relações volumoso:concentrado. R. Bras. Zootec., v.40, n.8, p.1781-1787,

2011.

HOUBEN, J.H. et al. Effect of dietary vitamin E supplementation, fat level and packaging on color stability

and lipid oxidation in minced meat. Meat Sci., v.55, n. 3, p.331-336, 2000.

SILVA SOBRINHO, A.G. et al. Características de Qualidade da Carne de Ovinos de Diferentes Genótipos e

Idades ao Abate. R. Bras. Zootec. v.34, n.3, p.1070-1078, 2005.

VIEIRA, T.R.L. et al. Propriedades físicas e sensoriais da carne de cordeiros Santa Inês terminados em

dietas com diferentes níveis de caroço de algodão integral (Gossypium hirsutum). Ciênc. Tecnol. Aliment.,

v.30, n.2, p.372-377, 2010.

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COMPORTAMENTO, BEM-ESTAR E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM VACAS LEITEIRAS: REVISÃO

CAIO HENRIQUE DE OLIVEIRA CARNIATTO1*, SARA AMARAL COELHO1, GISLAINE

APARECIDA GARCIA REFUNDINI1, BRUNO LALA2, STEFÂNIA CAROLINE CLAUDINO DA SILVA1, GRACIELA LUCCA BRACCINI1

1Universidade Cesumar, Medicina Veterinária, Maringá, PR Brasil. 2Universidade Estadual Paulista, Medicina Veterinária Botucatu, SP, Brasil. *[email protected]

Pesquisas no campo da etologia indicam que os animais não-humanos são dotados de inteligência

emocional, capazes de expressar comportamentos complexos e emoções, reagindo ao ambiente onde

vivem ou são criados. Proporcionar bem-estar e conforto são etapas fundamentais para garantir qualidade

de vida aos animais cativos, para que estes possam expressar os comportamentos naturais da espécie.

Este estudo teve como objetivo debater aspectos sobre o comportamento, bem-estar e enriquecimento

ambiental em vacas leiteiras. Vacas são animais sociais que interagem entre si, bem como com seu tratador.

Entender como se comportam normalmente, bem como os indicativos de bem-estar, é fundamental na

produção animal, pois problemas comportamentais afetam diretamente o rendimento zootécnico individual.

Para contribuir na manutenção do bem-estar, técnicas de enriquecimento ambiental devem ser utilizadas

diariamente para entreter os animais, visando manter a produção de leite em níveis e padrões adequados.

Vacas leiteiras são animais sociáveis, que interagem entre si através de vocalizações e toques,

apresentando comportamentos de forrageamento e descanso em grupo. A separação do bezerro, após o

parto, pode ser estressante e afetar seu comportamento, que tende a apresentar depressão, apatia e falta

de apetite (COSTA et al., 2014; JENSEN et al., 2015). Técnicas de enriquecimento ambiental podem ser

classificados em sociais (interação animal-animal ou humano-animal), cognitivas (estímulos físicos e

psicológicos), sensoriais (visual, auditivo, tátil) e nutricionais (modificar o tipo ou a maneira como o alimento

é fornecido) (MANDEL et al., 2016). A aplicação destas técnicas é variável e depende do custo de

implantação, tamanho do rebanho, tipo de confinamento e manejo diário. É possível introduzir escovas de

limpeza automatizadas, que permitem ao animal o autocuidado, entretenimento e bem-estar (TOAFF-

ROSENSTEIN et al., 2017). Há também opções de baixo custo, como introduzir escovas de limpeza, fixas

em comedouros, permitindo aos animais se esfregarem e se coçarem; fornecer alimento em cochos

suspensos; introduzir bolas em bezerreiros como entretenimento e permitir a interação entre os filhotes. As

técnicas de enriquecimento ambiental devem ser aplicadas nos rebanhos de vacas leiteiras, pois minimizam

o estresse e geram bem-estar.

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Palavras-Chave: Bioética; Etologia; Gado de leite; Manejo animal.

REFERÊNCIAS

COSTA, J.H.C. et al. Complex social housing reduces food neophobia in dairy calves. J. Dairy Sci., v.97,

p.7804–7810, 2014.

JENSEN, M.B.; DUVE, L.R.; WEARY, D.M. Pair housing and enhanced milk allowance increase play

behavior and improve performance in dairy calves. J. Dairy Sci., v.98, p.2568–2575, 2015.

MANDEL, R. et al. Environmental enrichment of dairy cows and calves in indoor housing. J. Dairy Sci., v.99,

p.1695–1715, 2016.

TOAFF-ROSENSTEIN, R.L.; VELEZ, M.; TUCKER, C.B. Use of an automated grooming brush by heifers

and potential for radiofrequency identification-based measurements of this behavior. J. Dairy Sci., v.100,

p.8430–8437, 2017.

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CORRELAÇÃO ENTRE O PESO CORPORAL E QUALIDADE DE CARCAÇA DE CORDEIROS SANTA INÊS TERMINADOS COM DIFERENTES TEORES DE

CAROÇO DE ALGODÃO (Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

LAÍS BELAN MORAES1, BRUNA SILVA MARESTONE1, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO2, RAFAELA FERRAZ MOLINA3, LETÍCIA LEITE DA SILVA3, IVAN LOPES SERAFIM3

1Discente de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]. 2Docente do departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]. 3Discente de graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]

A qualidade da carne é um conceito que evolui com a demanda do mercado consumidor e está relacionada

diretamente com hábitos e cultura. Determina-se um produto de qualidade, aquele que satisfaz as

expectativas do consumidor, sendo um alimento nutritivo, sadio e agradável ao paladar (ROTA et al., 2004).

Assim, pode-se associar a quantidade adequada de gordura na carcaça, com sabor, maciez e suculência,

que contribui de forma positiva para reduzir a perda de líquidos e o escurecimento da carne no processo de

resfriamento (MONTEIRO, 2000). Já o marmoreio está correlacionado positivamente ao sabor e suculência

da carne. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação entre o peso de abate com a

espessura de gordura e o marmoreio da carne de cordeiros confinados, recebendo diferentes níveis de

caroço de algodão. O experimento foi realizado no setor de Ovinocultura da Fazenda Escola da Universidade

Estadual de Londrina, localizado em Londrina – PR. Foram utilizados 17 cordeiros machos, não castrados,

da raça Santa Inês, desmamados aos 70 dias de idade. Os cordeiros foram confinados após os desmame,

em baias individuais onde receberam silagem de sorgo, ração concentrada e diferentes níveis de inclusão

de caroço de algodão na dieta, sendo 0% (tratamento controle), 10% e 20%, de acordo com as exigências

nutricionais (NRC, 2007). A média de peso corporal ao abate (PCA) foi de 32,57 ± 5,33 kg. Após 24 horas

ao abate, foi mensurado a espessura de gordura subcutânea (EGS), o músculo Longissimus dorsi, obtida

com auxílio de um paquímetro digital. O teor de marmoreio foi avaliado de maneira subjetiva, por padrões

fotográficos, onde foram atribuídas notas de 1 a 6 (1= traços de marmoreio e 6 marmoreio abundante)

(AMSA, 2001). Os dados foram submetidos a análise de variância, com teste de Tukey a 5% de

probabilidade e a correlação de Pearson, no programa estatístico SAS University Edition. Não houve

influência nas características avaliadas de acordo com o nível de inclusão de caroço de algodão (p > 0,05).

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70 As médias para PCA foram de 34,2 kg; 33,0 kg e 28,9 kg; para EGS foram 0,33 cm; 0,31 cm e 0,23 cm; e

para o marmoreio as médias foram de 1,71; 2,00; e 1,75, para os tratamentos 0%, 10% e 20%,

respectivamente. O PCA apresentou correlação positiva de 0,24 com a EGS e com o marmoreio, indicando

que os animais mais pesados tendem a apresentar ganhos maiores para as duas características de carcaça.

A deposição do marmoreio é considerada a mais tardia em relação aos demais depósitos de tecido adiposo

nos animais, e esta geralmente ocorre com idade mais avançada. Em ovelhas da raça Santa Inês, há pouco

marmoreio, independentemente da idade ao abate (PINHEIRO et al., 2009). Com isso, conclui-se que o

peso ao abate está correlacionado positivamente com as características de EGS e marmoreio.

Palavras-chave: Alimentação; Espessura de gordura; Marmoreio; Ovinos.

REFERÊNCIAS

AMSA - American Meat Science Association. Handbook meat evaluation. Champaign: AMSA, 2001.

MONTEIRO, E.M. Influência da gordura em parâmetros sensoriais da carne. In: Empresa brasileira de

pesquisa agropecuária. Qualidade da carne e dos produtos cárneos. Bagé: Embrapa Pecuária Sul, 2000.

p.7-14.

NRC - National Research Council. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids and new

world camelids. Washington: National Academy Press, 2007. 362p.

PINHEIRO, R.S.B.; JORGE, A.M.; SOUZA, H.B.A. Características da carcaça e dos não-componentes da

carcaça de ovelhas de descarte abatidas em diferentes estágios fisiológicos. R. Bras. Zootec., v.7, n.38,

p.1322-1328, 2009.

ROTA, E.L. et al. Efeitos do cruzamento de carneiros da raça Texel com ovelhas Corriedale e Ideal sobre a

qualidade da carne. R. Bras. Agrociência., v.4, n.10, p.487-491, 2004.

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DESEMPENHO DE BOVINOS JOVENS DA RAÇA ANGUS EM CONFINAMENTO

HISABELY NOGUEIRA VIEGA1, LAÍS BELAN MORAES2, BRUNA SILVA MARESTONE2

1Discente de graduação em Agronomia na UNOPAR. E-mail: [email protected] 2Discente de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]

O Brasil está entre os líderes na produção de bovinos de corte, com destaque para o volume de carne e

subprodutos gerados pela cadeia. Segundo Cardoso et al. (2001), vários fatores podem influenciar no

desenvolvimento do bezerro durante o período que antecede o desmame, como por exemplo os efeitos de

grupo de contemporâneos, mês de nascimento, idade da vaca e sexo do bezerro. A precocidade é um dos

fatores fundamentais para intensificar o sistema de produção animal, entretanto deve-se considerar diversos

fatores que influenciam o desempenho animal, como a fisiologia do animal em cada fase da vida, por

exemplo. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o desempenho de bovinos machos e fêmeas jovens em

confinamento. O banco de dados utilizado nesse estudo foi concedido por uma empresa localizada na cidade

de Jataizinho, no estado do Paraná, que realiza a engorda de novilhos da raça Angus e a exportação para

a terminação. Os dados referem-se a 39 animais, sendo 19 machos e 20 fêmeas da raça Angus. Os animais

entraram no confinamento com aproximadamente 10 meses de idade, permanecendo por aproximadamente

27 dias até serem exportados. Os animais passaram por período de adaptação à alimentação e ao ambiente

por aproximadamente seis dias. A alimentação dos animais foi fracionada em três tratos diários (7:00; 10:00

e às 15:00 horas), sendo a adaptação foi realizada gradativamente, substituindo-se a silagem por uma dieta

formulada para animais em crescimento, até que os três tratos diários fossem apenas esta dieta, a qual era

composta por gérmen de milho, milho, farelo de soja, ureia e núcleo, e o volumoso silagem de milho. As

variáveis analisadas foram peso inicial (PI), peso final (PF) e ganho de peso diário (GPD). Os dados foram

submetidos a análise de variância e teste de Tukey a 5% de significância. Os machos apresentam PI (217,89

kg) menor (P<0,05) em relação as fêmeas (255,85 kg), porém o GPD dos machos foi superior aos das

fêmeas (P<0,05), sendo 1,77 kg e 1,08 kg respectivamente. O PF foi semelhante entre os sexos, com 262,11

kg para os machos e 276,30 kg para as fêmeas, entretanto, os machos permaneceram 25 dias em

confinamento, já as fêmeas ficaram 29 dias, ou seja, quatro dias a mais em relação aos machos. De acordo

com Cardoso et al. (2001) os bezerros machos não castrados apresentam pesos superiores aos machos

castrados e às fêmeas. A alimentação dos animais e o grupo genético podem interferir significativamente no

desempenho de machos e fêmeas. No trabalho de Coutinho Filho et al. (2006), observou-se que o

desempenho ponderal dos bovinos machos, Santa Gertrudis, foi superior ao das fêmeas, provavelmente em

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72 decorrência da ação hormonal. Com isso, conclui-se que os animais Angus, jovens, avaliados nesse estudo,

apresentaram desempenho superior ao das fêmeas no período de engorda.

Palavras-chave: Bovinocultura; Ganho de peso; Precocidade; Produtividade.

REFERÊNCIAS

CARDOSO, F.F.; CARDELLINO, R.A.; CAMPOS, L.T. Fatores ambientais que afetam o desempenho do

nascimento à desmama de bezerros Angus criados no Rio Grande do Sul. R. Bras. Zootec., v.30, n.2, p.326-

335, 2001.

COUTINHO FILHO, J.L.V.; PERES, R.M.; JUSTO, C.L. Produção de carne de bovinos contemporâneos,

machos e fêmeas, terminados em confinamento. R. Bras. Zootec., v.35, n.5, p.2043-2049, 2006.

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73

DESEMPENHO E MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE CORDEIRAS FILHAS DE OVELHAS SUPLEMENTADAS COM DIFERENTES TEORES DE CAROÇO DE

ALGODÃO

LAIZ CAROLAINE FIRMINO RODRIGUES1, LAÍS BELAN MORAES2, BRUNA SILVA MARESTONE2, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO3, CAMILA PARADA NOGUEIRA1,

AMANDA KAROLLYNI MOTA4 1Discente de graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]. 2Discente de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]. 3Docente do departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]. 4Discente de graduação em Medicina Veterinária da Unopar. e-mail: [email protected]

A produtividade de pequenos ruminantes, pode ser mensurada pela biometria corporal, que quando

analisada com outros índices zootécnicos, constitui uma base de dados para avaliar animais de forma

individual e também, consegue-se determinar a evolução do sistema de produção (YÁÑEZ et al., 2004). As

medidas corporais em idade precoce têm influência direta materna e são importantes para estimar o

desempenho do animal (MANDAL et al., 2008). Sabe-se que a alimentação também interfere no crescimento

do animal, e a utilização de coprodutos na alimentação de ovinos pode ser mais acessível que alimentos

convencionais, porém, podem apresentar efeitos prejudiciais e, necessitam ser estudados. Diante disto, o

presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho de cordeiras filhas de ovelhas suplementadas

com diferentes níveis de caroço de algodão, do nascimento à desmama. O experimento foi realizado no

setor de Ovinocultura da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina, localizado em Londrina –

PR, nos meses de fevereiro a abril de 2018. Foram utilizadas 29 ovelhas da raça Santa Inês, distribuídas ao

acaso, em dietas com diferentes níveis de inclusão de caroço de algodão, sendo 0% (tratamento controle),

10% e 20%. As ovelhas e as cordeiras permaneceram em pastagem (grama Coast- cross) durante o dia e,

no período da noite eram presa em aprisco coberto, onde recebiam suplementação de silagem de sorgo e

ração concentrada, conforme os tratamentos, na proporção de 1,5% do peso vivo. As rações foram

formuladas de acordo com o NRC (2007) para atender as exigências em início de lactação. As cordeiras

foram avaliadas no dia do nascimento e aos 70 dias de idade, quando desmamadas, sendo realizadas as

pesagens e as medidas biométricas (comprimento corporal, altura de cernelha e perímetro torácico). Os

dados foram submetidos à análise de variância, considerando-se o nível de significância de 5%. A inclusão

de diferentes níveis de caroço de algodão não afetou o ganho de peso. Assim, as cordeiras apresentaram

peso ao nascer de 3,580 kg, 3,480 kg e 3,100 kg; e peso à desmama, de 10,666 kg, 13,433 kg e 13,210 kg;

com ganho de peso total de 7,200 kg, 10,900 kg e 9,677 kg para os tratamentos 0%, 10% e 20%,

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74 respectivamente. As medidas biométricas também não foram afetadas pelos tratamentos, onde os animais

apresentaram médias de 16,3; 18,6 e 17,3 cm para ganho de comprimento corporal, 13,0; 17,0 e 17,0 cm

para ganho de perímetro torácico, e 12,0; 13,3 e 12,7 cm para ganho de altura de cernelha, para os níveis

0%, 10% e 20%, respectivamente. Conclui-se que a inclusão dos níveis de caroço de algodão na

alimentação das ovelhas não interferiu no desempenho dos cordeiros até a desmama.

Palavras-chave: Comprimento corporal; Ganho de peso; Peso à desmama; Suplementação.

REFERÊNCIAS

MANDAL, A.; ROY, R.; ROUT, P.K. Direct and maternal effects for body measurements at birth and weaning

in Muzaffarnagari sheep of India. Small Rumin. Res., v.75, p.123-127, 2008.

NRC - National Research Council. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids and new

world camelids. Washington: National Academy Press, 2007. 362p.

YÁÑEZ, E.A. et al. Utilização de Medidas Biométricas para Predizer Características Cabritos Saanen. Rev.

Bras. Zootec., v.6, n.33, p.1564-1562, 2004.

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75

DESEMPENHO E MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE CORDEIROS FILHOS DE OVELHAS SUPLEMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE CAROÇO DE

ALGODÃO

LAÍS BELAN MORAES1, BRUNA SILVA MARESTONE1, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO2, RAFAELA FERRAZ MOLINA3, LETÍCIA LEITE DA SILVA3, IVAN LOPES SERAFIM3 1Discente de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]. 2Docente do departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]. 3Discente da graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]

O desenvolvimento dos animais é importante para garantir uma melhor eficiência na produção animal, e

para isto, é necessário o conhecimento de fatores que interferem no crescimento dos cordeiros (SANTOS

et al., 2001). Um adequado desempenho produtivo está relacionado principalmente ao consumo alimentar,

assim, incluir oleaginosas na dieta de ruminantes como fontes de lipídios, proporciona alta densidade

energética em substituição aos carboidratos rapidamente fermentáveis, porém não deve ser utilizada em

excesso, devido seu alto teor de óleo (TEIXEIRA e BORGES, 2005). Sendo assim, o caroço de algodão

(Gossypium hirsutum), um subproduto da agroindústria, deve ser avaliado como alternativa para suprir as

exigências em proteína e energia na alimentação de pequenos ruminantes. Diante disto, este estudo teve

como objetivo avaliar o desempenho do nascimento até a desmama, de cordeiros, filhos de ovelhas

suplementadas com diferentes níveis de caroço de algodão. O experimento foi realizado no setor de

Ovinocultura da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina, localizado em Londrina – PR, nos

meses de fevereiro a abril de 2018. Foram utilizadas 29 ovelhas da raça Santa Inês, distribuídas ao acaso,

em dietas com diferentes níveis de inclusão de caroço de algodão, sendo eles 0% (tratamento controle) (T0),

10% (T10) e 20% (T20). As ovelhas e os cordeiros permaneceram em pastagem (grama Coast-cross)

durante o dia, e ao retornarem para o aprisco receberam suplementação ao cocho, diariamente, na

proporção de 1,5% do peso vivo. As rações foram formuladas de acordo com o NRC (2007) para atender as

exigências em início de lactação. Os cordeiros foram avaliados para peso ao nascer (PN), peso a desmama

(PD) e ganho de peso do nascimento até o desmame com 70 dias de idade (GPD), além do ganho nas

medidas biométricas de comprimento corporal (GCC), perímetro torácico (GPT) e altura de cernelha (GAC)

ao desmame. Os dados foram submetidos à análise de variância, considerando-se o nível de significância

de 5%. O PN dos cordeiros não foi influenciado pelo nível de caroço de algodão nas dietas das ovelhas,

sendo 3,366; 3,738 e 3,387 kg para T0, T10 e T20, respectivamente. Já o PD e o GPD, apresentaram

diferenças significativas (p < 0,05), sendo que o T20 apresentou menor PD (11,480 kg) e GPD (8,020 kg),

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76 enquanto T0 e T10 apresentaram 14,500 kg e 15,320 kg para PD, e 11,566 kg e 11,977 kg para GPD,

respectivamente. As medidas corporais não apresentaram diferenças entre os tratamentos (p > 0,05), sendo

19,0; 21,0 e 17,75 cm para GCC; 19,0; 19,75 e 19,0 cm para GPT e 17,2; 18,25 e 12,5 cm para GAC. Assim,

pode-se concluir que, a inclusão de caroço de algodão na alimentação das mães não interferiu no ganho

entre as medidas corporais avaliadas nos cordeiros, mas reduziu o peso à desmama e o ganho de peso do

nascimento à desmama, dos cordeiros alimentados com 20% de caroço de algodão como parte da dieta.

Palavras-chave: Coprodutos; Ganho de peso; Medidas corporais; Suplementação.

REFERÊNCIAS

NRC - National Research Council. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids and new

world camelids. Washington: National Academy Press. 2007. 362p

SANTOS, C.L. et al. Desenvolvimento relativo dos tecidos ósseo, muscular e adiposo dos cortes da carcaça

de cordeiros Santa Inês. R. Bras. Zootec., v.2, n.30, p.487-492, 2005.

TEIXEIRA, D.B.; BORGES, I. Efeito do nível de caroço de algodão sobre o consumo e digestibilidade da

fração fibrosa do feno de Braquiária (Brachiaria decumbes) em ovinos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.2,

n.57, p.229-233, 2011.

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DIFERENÇAS ENTRE BOVINOS E PEQUENOS RUMINANTES NA ANESTESIA

LORRAINE GABRIELA TRETTENE1*, DANIELE PAULA FREITAS DE LIMA GUTIERREZ1, DANIELLA APARECIDA GODOI KEMPER2

1Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. *[email protected]; 2 Docente Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal

No geral, os procedimentos anestésicos empregados em bovinos também são realizados em caprinos e

ovinos, contudo, devemos levar em consideração que existem diferenças entre essas espécies, as quais

precisam ser compreendidas para que a escolha do protocolo anestésico possa ser realizada da maneira

mais adequada possível. Em ruminantes, o reflexo ruminal é um problema muito comum, sendo que pode

haver obstrução da faringe, da traqueia ou até dos brônquios, podendo ocorrer pneumonia grave. Sendo

que este é um problema mais sério em bovinos, do que em pequenos ruminantes (NÓBREGA NETO, 2008).

Em bovinos, o posicionamento em decúbito pode levar a compressão de nervos e grupos musculares,

causando paresias no período de recuperação. Além disso, as vísceras e os equipamentos de contenção

podem comprimir o tórax, dificultando a respiração. Portanto, nessas situações se faz necessário a utilização

de um colchão ou cama bem espessa, com intuito de minimizar esses traumas (THURMON et al., 1996).

Sendo que o risco de miopatia e/ou neuropatia, é maior em bovinos do que nos ovinos e caprinos (RIEBOLD,

1996). Se a contenção em bovinos for realizada em decúbito dorsal, o peso das vísceras dos bovinos pode

levar a compressão das veias de maior calibre, diminuindo o retorno venoso e, consequentemente, o débito

cardíaco (NÓBREGA NETO, 2008). Devido a menor massa corpórea dos ovinos e caprinos, a hipotermia é

uma complicação anestésica mais facilmente desenvolvida por eles, quando comparado aos bovinos.

Portanto, medidas de aquecimento em pequenos ruminantes devem ser levadas em consideração sempre

que for realizada anestesia geral ou dissociativa, principalmente quando for realizada abertura da cavidade

abdominal (RIEBOLD, 1996). Sabe-se que os ruminantes tem maior sensibilidade á xilazina quando

comparados as demais espécies. Contudo, também foram observadas diferenças entre os ruminantes, onde

os caprinos são mais sensíveis que os bovinos e estes mais que os ovinos (TAYLOR, 1991). Em relação

aos barbitúricos, estes são metabolizados mais rapidamente em ovinos e caprinos, do que em bovinos,

assim sendo, os pequenos ruminantes precisam de doses maiores, tornando as reaplicações também mais

frequentes (THURMON et al., 1996). Portanto, é necessário levarmos em consideração todas essas

informações, para que possamos realizar o procedimento anestésico da melhor forma possível.

Palavras-chave: Caprinos; Ovinos; Procedimentos; Xilazina.

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REFERÊNCIAS

NÓBREGA NETO, P.I. O que diferencia os pequenos dos grandes ruminantes na anestesia? Ciênc. vet.

tróp., v.11, n.2, p.56-60, 2008.

RIEBOLD, T.W. Anesthesia e immobilization of specific species - ruminants. In: THURMON, J.C.;

TRANQUILLI, W.J.; BENSON, G.J. Lumb & Jones Veterinary Anesthesia. 3.ed. Baltimore: Lea & Febiger,

1996. p.610-626.

TAYLOR, P.M. Anaesthesia in sheep and goats. In Pract., v.13, n.1, p.31-36, 1991.

THURMON, J.C.; TRANQUILLI, W.J.; BENSON, G.J. Considerations for general anesthesia. In: THURMON,

J.C.; TRANQUILLI, W.J.; BENSON, G.J. Lumb & Jones Veterinary Anesthesia. 3ed. Baltimore: Lea &

Febiger, 1996. p.5-34.

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DINÂMICA DE ELIMINAÇÃO DAS ESPÉCIES DE Eimeria EM OVINOS CONFINADOS

(Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

SARA SILVA REIS1*; ARLAN ARAUJO RODRIGUES1; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS1;

MILENNE LIMA DE SOUSA1; THIAGO VINICIUS COSTA NASCIMENTO1; IVO ALEXANDRE

LEME DA CUNHA1

1Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil. *E-mail: [email protected]

Eimeriose ou Coccidiose é doença causada por um parasito intracelular obrigatório, membro do Filo

Apicomplexa. Os coccídeos do gênero Eimeria estão presentes em animais de todas as idades causando

grandes perdas econômicas em decorrência da redução do consumo de alimentos, da baixa taxa de

absorção de nutrientes causando mortalidade de animais entre três semanas de vida (FOREYT, 1990).

Considerando a importância da coccidiose na produção animal, objetivou-se o presente trabalho verificar as

associações entre a dinâmica de eliminação de Eimeria spp. entre duas raças de ovinos e dietas de alto e

baixo concentrado. Foram utilizados 38 ovinos machos (19 da raça Santa Inês e 19 da raça Rabo Largo)

com idade aproximada de cinco meses e peso médio inicial de 16,54 kg. As dietas de alto e baixo

concentrado foram oferecidas à vontade aos animais e possuíam relação volumoso: concentrado de 30:70

e 70:30, respectivamente. As amostras fecais dos 38 cordeiros foram coletadas diretamente da ampola retal

e realizadas nos dias experimentais 0, 21 e 42. As fezes coletadas foram armazenadas e enviadas ao

Laboratório de Parasitologia Aplicada da Universidade Federal do Maranhão. A contagem de OOPG (oocisto

por grama de fezes) foi realizada adotando-se a técnica descrita por Gordon e Whitlock (1939). A intensidade

de eliminação dos oocistos de Eimeria spp. foi caracterizada como baixa (<1x103), moderada (1x103 – 1x104)

e alta (>1x104) (UENO E GONCALVES, 1998). Os dados de OOPG dos diferentes dias experimentais foram

comparados pelo Tukey. As diferenças foram consideradas significativas com p<0,05. Nos três dias

experimentais não foram detectadas diferença estatística na eliminação de oocistos Eimeria spp. em função

da raça e dieta (p>0,05). Foram identificadas oito espécies de Eimeria: E. ahsata; E. faurei; E. bakuensis; E.

ovinoidalis; E. intricata; E. granulosa; E. parva e E. crandallis. A dinâmica de eliminação das oito espécies

de Eimeria nos dias experimentais para as duas raças de ovinos Rabo Largo e Santa Inês alimentadas com

dietas alto e baixo concentrado não apresentaram picos de eliminação. Os animais Rabo Largo alimentados

com dieta alto e baixo concentrado, durante todo o período experimental apresentaram intensidade de

eliminação de oocisto baixa. Para os ovinos da raça Santa Inês alimentados com as dietas alto concentrado,

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80 a dinâmica de eliminação de oocisto das espécies E. ovinoidalis e E. faurei apresentaram eliminação com

intensidade moderada. No dia experimental 21, o grupo de animais Santa Inês alimentados com dietas baixo

concentrado apresentaram intensidade de eliminação moderada para as espécies E. ahsata e E. bakuensis.

As demais espécies de Eimeria, apresentaram intensidade baixa de eliminação para os ovinos Rabo Largo

e Santa Inês, seguindo o mesmo padrão de eliminação de oocistos de Eimeria spp., sem a presença de

picos na eliminação de oocistos e queda gradual. Em conclusão, dietas de alto e baixo concentrado não

influenciaram na dinâmica de eliminação das espécies de Eimeria em ovinos das raças Rabo Largo e Santa

Inês.

Palavras-chave: Confinamento; Eimeriose; Infecção; Ovinocultura.

REFERÊNCIAS

FOREYT, W. J. Coccidiosis and cryptosporidiosis in sheep and goats. Vet Clin North Am Food Anim Pract,

v.6, n.3, p.655-670, 1990.

GORDON, H.M.; WHITLOCK, H. V. A new technique for counting nematode eggs in sheep faeces. J Counc

Sci Ind Res, v.10, n.1, p. 50-2, 1939.

UENO, H.; GONCALVES, P.C. Manual para o diagnóstico das helmintoses de ruminantes. Tokyo: Japan

Internatinal Cooperation Agency, 1998.

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EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO INTRAMAMÁRIA DE β-GLUCANO NA

PREVENÇÃO E CONTROLE DA MASTITE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

HÂMARA MILANEZE DE SOUZA ZANIBONI1*; DAYNE LORAINE HEDLER1; MARIVALDO DA

SILVA OLIVEIRA1; JULIA RAISA XIMENES FIGUEIRÊDO2

1Faculdade de Ciência e Tecnologia do Norte do Paraná - UniFatecie, Paranavaí, PR, Brasil. 2Universidade Norte do Paraná - Unopar, Guarantã do Norte, MT, Brasil. *E-mail: [email protected]

A mastite é uma doença com alta incidência nos rebanhos leiteiros, responsável por grandes prejuízos

econômicos, além de um potencial risco à saúde pública. O uso de modificadores da resposta biológica é

uma estratégia para aumentar a resistência às infecções, possibilitando a redução de antibióticos na

producao animal (DERAKHSHANI et al., 2018). Os β-glucanos são polissacarídeos que se destacam como

moduladores da imunidade inata em várias espécies de animais (JIN et al., 2018). Desta forma, o objetivo

deste estudo foi levantar evidencias disponíveis sobre o uso de β-glucano administrado intramámario na

prevenção e controle de mastite em rebanhos leiteiros. Para a busca de artigos científicos foram utilizadas

as bases de dados LILACS, ScienceDirect, PubMed e Google Scholar. A administração por via intramamária

de β-glucano em ovelhas não lactantes foi relatada por Waller e Colditz (1999), obtendo como resultados o

aumento na proporção de leucócitos CD14+, indicando migração seletiva de monócitos/macrófagos para o

úbere. Resposta similar foi observada por Inchaisri et al. (2000), ao avaliarem reações inflamatórias e

imunológicas em vacas no período seco. Sendo o aumento na CCS, no número de monócitos/macrófagos

e nas proporções de leucócitos CD14+ e MHC classe II dependentes da dose infundida. O uso de β-1,3-

glucano para tratamento de mastite por Staphylococcus aureus também foi relatado. Waller et al. (2003), em

estudo com vacas secas e induzidas a infecção por S. aureus, observaram um efeito positivo leve frente a

resposta clínica e antibacteriana, mas não estatisticamente significativa. Nenhum efeito terapêutico em

casos crônicos foi observado. Porém, a proporção de linfócitos MHC classe II no leite tendeu a aumentar

após a infusão de glucanos, indicando uma estimulação da capacidade de apresentação do antígeno. Já

Buddle et al. (1988), ao avaliar o efeito protetor do glucano contra mastite estafilocócica induzida em ovelhas,

observaram que o tratamento com glucano modificou a infecção mamária, uma vez que as contagens de

bactérias do leite dos grupos tratados foram significativamente reduzidas em comparação com os controles.

Em conclusao, os resultados indicam que a infusao intramamária de β-glucano possui potencial para

impulsionar os mecanismos de defesa do úbere contra infecções. A estimulação da defesa inespecífica pode

potencializar as respostas inflamatórias e imunológicas no úbere, atuando na prevenção e melhorando

controle da mastite.

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Palavras-chaves: Oligossacarídeos; Pecuária leiteira; Saúde do úbere; Imunomodulador.

REFERÊNCIAS

BUDDLE, B.M.; PULFORD, H.D.; RALSTON, M. Protective effect of glucan against experimentally induced staphylococcal mastitis in ewes. Vet Microbiol, v.16, n.1, p.67-76, 1988.

DERAKHSHANI, H.; FEHR, K.B.; SEPEHRI, S. et al. Invited review: microbiota of the bovine udder: contributing factors and potential implications for udder health and mastitis susceptibility. J Dairy Sci, v.101, n.12, p.10605-10625, 2018.

INCHAISRI, C.; PERSSON WALLER, K.P.; JOHANNISSON, A. Studies on the Modulation of Leucocyte Subpopulations and Immunoglobulins following Intramammary Infusion of β1, 3‐glucan into the Bovine Udder during the Dry Period. J Vet Med B Infect Dis Vet Public Health, v.47, n.5, p.373-386, 2000.

JIN, Y.; LI, P.; WANG, F. β-glucans as potential immunoadjuvants: A review on the adjuvanticity, structure-activity relationship and receptor recognition properties. Vaccine, v.36, n.35, p.5235-5244, 2018.

WALLER, K.P.; GRONLUND, U.; JOHANNISSON, A. Intramammary Infusion of β1, 3‐glucan for Prevention and Treatment of Staphylococcus aureus Mastitis. J Vet Med B Infect Dis Vet Public Health, v.50, n.3, p.121-127, 2003.

WALLER, K.P.; COLDUTZ, I.G. Effect of intramammary infusion of beta-1, 3-glucan or interleukin-2 on leukocyte subpopulations in mammary glands of sheep. Am J Vet Res, v.60, n.6, p.703,1999.

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EFEITO DA IDADE, PESO E ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL NA TAXA DE PRENHEZ DE FÊMEAS BOVINAS DE CORTE DE DIFERENTES CATEGORIAS

SUBMETIDAS A IATF

LUAN SANTOS DA CUNHA1*; HÁGATTA LUANA ANTUNES DE RAMOS1; GUSTAVO GONÇALVES HUREN1; ISABEL CRISTINA DA SILVA1; JOSÉ LUIS MOLETTA1; LUCIANA DA

SILVA LEAL KAROLEWSKI1

1Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

Uma técnica reprodutiva que vem se destacando nos rebanhos bovinos é a inseminação artificial em tempo

fixo (IATF), por proporcionar maior pressão genética no rebanho. O objetivo do trabalho foi confrontar

variáveis como: idade, peso e escore de condição corporal (ECC) com a taxa de prenhez de fêmeas bovinas

de corte de diferentes categorias sujeitas a um programa de IATF, no qual se utilizou cipionato de estradiol

(ECP®) como indutor da ovulação. O experimento foi realizado na Fazenda Modelo, IDR-Paraná, Ponta

Grossa/PR, utilizando-se 196 fêmeas bovinas de diferentes categorias, divididas em nulíparas (n=30),

primíparas sem bezerro ao pé (n=67), primíparas com bezerro ao pé (n=34), multíparas sem bezerro ao pé

(n=31) e multíparas com bezerro ao pé (n=34). O peso foi determinado com o auxílio de uma balança

acoplada a um programador da marca Tru-Test. O ECC foi determinado visualmente e categorizado em uma

escala de 1 a 9 (SPITZER, 1986). O diagnóstico de gestação foi realizado por ultrassonografia transretal a

partir de 30 dias após a inseminação. O programa estatístico usado foi o Minitab19®; as variáveis idade,

peso e ECC foram comparadas entre os grupos pelo teste de Tukey e a taxa de prenhez foi analisada pelo

teste do Qui-Quadrado, considerando 5% de significância. A idade e o peso foram superiores nas vacas

multíparas com bezerro ao pé (102,10 meses e 534,84 kg) e inferiores nas novilhas (31,17 meses e 385,23

kg, P<0,05). Já para ECC a maior média foi das novilhas (6,00) e a menor das vacas primíparas com bezerro

ao pé (5,26, P<0,05), isso ocorre porque essa categoria demanda de maior quantidade de energia, que é

direcionada para gestação, lactação e crescimento corporal, quando comparada às novilhas (SPITZER et

al., 1995). A taxa de prenhez foi similar para todas as categorias animais (P=0,292), apesar de terem sido

constatadas diferenças de idade, peso e ECC entre elas (P<0,05). Possivelmente isso ocorreu porque os

animais, independente da categoria, apresentavam ECC relacionado com alta fertilidade no início do

experimento, entre 5 a 6 (MACHADO et al., 2007). Conclui-se que a idade, o peso e o ECC diferentes entre

as categorias animais não interfere na taxa de prenhez, desde que as fêmeas apresentem ECC ideal no

início da estação reprodutiva.

Palavras-chave: Bovinos; Estresse; Prenhez; Reprodução.

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REFERÊNCIAS

MACHADO, R.; BARBOSA, R.T.; BERGAMASCHI, M.A.C.M. et al. A inseminação artificial em tempo fixo

como biotécnica aplicada na reprodução dos bovinos de corte. In: SEMANA DO ESTUDANTE. São Carlos,

SP. 2007.

Spitzer JC. Influences of nutrition on reproduction in beef cattle. In: MORROW, D. A. (Ed.). Current therapy

in Theriogenology. 2. ed. Philadelphia: W. B. Saunders, 1986. p. 231-234.

SPITZER, J.C.; MORRISON, D.G.; WETTEMANN, R.P. et al. Reproductive responses and calf birth na

weaning weights as affected by body condition at parturition and postpartum weight gain in primiparous beef

cows. J Anim Sci., v.73. p.1251-1257, 1985.

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EFEITO DA RENOVAÇÃO DE DILUENTE EM DIFERENTES TEMPERATURAS EM SÊMEN RESFRIADO DE OVINO NA ATIVIDADE MITOCONDRIAL E

COMPACTAÇÃO DA CROMATINA

CAENE BORGES1*; DIEGO SILVA MACEDO1; ROBERTA CARVALHO DA SILVA1; ROSILEIA

SILVA SOUZA1; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1; LARISSA PIRES BARBOSA1

¹Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil.*E-mail:

[email protected]

Objetivou-se avaliar o potencial de atividade mitocondrial e a compactação da cromatina de

espermatozoides ovinos submetidos à renovação de diluente em diferentes temperaturas durante o

processo de centrifugação. Foram utilizados três carneiros adultos, da raça Santa Inês, submetidos a regime

semi-intensivo. O sêmen foi coletado por meio de vagina artificial, uma vez por semana, durante cinco

semanas consecutivas. Os ejaculados foram avaliados quanto aos aspectos físicos e morfológicos (CBRA,

2013), para formação de pool e fracionamento em três tratamentos utilizando-se o diluente Citrato-Gema na

concentração de 150 milhões de espermatozoides para cada 0,25 mL de diluente. Tratamento controle (T1):

sem renovação de diluente, T2: sêmen com renovação de diluente utilizando centrífuga refrigerada à 5 °C e

T3: sêmen com renovação de diluente utilizando centrifugada de bancada à temperatura ambiente. As

amostras foram resfriadas à 5 °C utilizando Botuflex®. Após às centrifugações, que ocorreram 24, 48 e 72

horas após o resfriamento do sêmen, o sobrenadante de cada amostra foi descartado e um novo diluente a

5 °C foi adicionado para ressuspensão dos espermatozoides nos grupos T2 e T3. Para avaliação do

potencial de atividade mitocondrial foi utilizada a metodologia proposta por Hrudka (1987) e a compactação

da cromatina foi avaliada segundo a metodologia proposta por Baletti e Mello (2004). O projeto foi aprovado

pelo Comitê de Ética no uso de Animais da UFRB (23007.00002276/2020-17). A normalidade dos resultados

foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e para comparação de médias foi utilizado os testes de ANOVA e

Tukey a 5% de probabilidade. Para atividade mitocondrial, não houve diferença entre os tratamentos nos

tempos 24 e 48h (P<0,05). Contudo, foi observada diferença na hora 72, os percentuais de espermatozoides

com atividade mitocondrial foram maiores em T2 (55,50±6,05%) e T3 (61,00±3,24%), quando comparado

ao T1 (34,00±13,34%) (P<0,05). Além disso, o T1 apresentou maior percentual de espermatozoides com

baixa atividade mitocondrial (50,75±10,41%), comparado à T2 (32,25±5,45%) e T3 (23,62±2,09%) (P<0,05).

Na análise de compactação da cromatina não foi observada diferença entre os tratamentos, com média de

98,70±0,25% (hora 24); 98,35±0,46% (hora 48) e 98,33±0,69% (hora 72) de espermatozoides com cromatina

íntegra. Desta forma, pode-se concluir que a temperatura durante o processo de centrifugação do sêmen

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86 resfriado não exerce influência na atividade mitocondrial e compactação de cromatina dos espermatozoides

ovinos, e que a renovação do diluidor garante uma maior conservação da atividade mitocondrial dos

espermatozoides 72 horas após o resfriamento.

Palavras-chave: Centrifugação; Espermatozoides; Ovinos; Sêmen.

REFERÊNCIAS

BELETTI, M.E.; MELLO, M.L.S. Comparison between the toluidina blue stain and the Feulgen reaction for

evaluation of rabbit sperm chromatin condensation and their relationship with sperm morphology.

Theriogenology, v.62, p.398-402, 2004.

COLÉGIO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL - CBRA. Manual para exame andrológico e avaliação

de sêmen animal. 2. ed. Belo Horizonte: CBRA, 2013, 49 p.

HRUDKA, F. Cytochemical and ultracytochemical demonstratation of cytochrome C oxidase in spermatozoa

and dynamics of its changes accompanying ageing or induced by stress. International Journal of Andrology,

v.19, n.6, p.809-828, 1987.

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EFEITO DA RENOVAÇÃO DE DILUENTE EM DIFERENTES TEMPERATURAS SOBRE OS PARÂMENTROS FÍSICOS E pH DO SÊMEN RESFRIADO DE

OVINOS CAENE BORGES DOS SANTOS1,2, TAÍS BORGES DA CRUZ1,3, EMILLY SABRINA COTRIM DOS SANTOS1,4, ROSILEIA SILVA SOUZA1,5, ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1,6, LARISSA

PIRES BARBOSA1,7

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

O objetivo com este estudo foi avaliar o efeito da renovação de diluente em diferentes temperaturas

sobre parâmetros físicos e pH, no sêmen resfriado de ovinos. Foram utilizados três carneiros da

raça Santa Inês, submetidos à sistema semi-intensivo, com acesso à pasto de Brachiaria

decumbens e suplementação com silagem de milho, mineralização e água à vontade. As coletas

seminais foram realizadas por meio de vagina artificial, uma vez por semana durante cinco semanas

consecutivas. Os ejaculados foram avaliados em seus parâmetros físicos e morfológicos (CBRA,

2013) e agrupados em pool com reavaliação e fracionamento em 3 tratamentos (T): sendo T1:

grupo controle, sem renovação de diluente; T2: sêmen com renovação de diluente utilizando

centrífuga refrigerada à 5C e T3: sêmen com renovação de diluente utilizando centrífuga de

bancada à temperatura ambiente. Após o fracionamento, as amostras foram diluídas com diluente

Citrato-Gema sem adição de glicerol, em uma concentração de 150x106 de espermatozoides em

0,25mL e encaminhado para resfriamento em caixa Botuflex® na curva de 5ºC. Os diluentes foram

renovados por centrifugação e avaliados 24, 48 e 72h após o resfriamento, quanto à motilidade

progressiva, vigor e pH. O projeto foi aprovado pela CEUA da UFRB (23007.00002276/2020-17).

Os dados foram submetidos à avaliação de normalidade, para os valores de pH foi aplicado ANOVA

e o Teste Tukey (5% de significância). Para as variáveis não paramétricas (motilidade e vigor) foi

realizado o teste Kruskal Wallis. O pool seminal entrou para o resfriamento com média de

86,2±4,7% de motilidade e 3,7±0,6 de vigor. Nas horas 24 e 48 não houve diferença (P<0,05) na

motilidade entre T1 (85,0±7,5%; 65,0±10,8%), T2 (85,0±7,5%; 77,5±6,4%) e T3 (85,0±7,5%;

72,5±9,5%), entretanto na hora 72, a motilidade diminuiu de forma significativa no grupo controle

(36,2±12,5%), enquanto que entre T2 e T3 não houve diferença, apresentando motilidade de

77,5±2,8 e 62,5±13,2%, respectivamente. Quanto ao vigor espermático, os tratamentos

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apresentaram diferença (P<0,05) a partir da hora 48, com valores de 1,5±0,3; 2,0±0,3 e 1,7±0,8,

para T1, T2 e T3, respectivamente. Na hora 72, o grupo sem renovação apresentou vigor

espermático de 0,5±0,5, T2 de 2,0±0,7 e T3 de 1,5±0,7, evidenciando maior vigor espermático ainda

em grupos submetidos à renovação de diluente. Com relação ao pH houve diferença a partir da

hora 48, o T1 apresentou pH mais ácido na hora 48 e 72 (5,9±0,0; 5,8±0,1), quando comparado ao

T2 (6,4±0,0; 6,4±0,3) e T3 (6,3±0,1; 6,4±0,2). Foi observado também, que T2 e T3 não diferiram

entre si (P<0,05). Concluiu-se que a renovação de diluente preserva a motilidade espermática

progressiva e o vigor espermático e mantêm o pH próximo à 7, em sêmen de ovinos resfriado à

5°C por pelo menos 72h. A centrifugação em temperatura ambiente para renovação do diluidor não

afeta negativamente os parâmetros avaliados mostrando-se uma opção viável para a preservação

da viabilidade espermática na espécie ovina, sem necessidade de utilização da centrífuga

refrigerada.

Palavras-chave: Avaliação espermática, carneiro; centrifugação; preservação seminal.

Referências bibliográficas:

Colégio Brasileiro de Reprodução Animal - [CBRA]. 2013. Manual para exame andrológico e

avaliação de sêmen animal. 3 edição. CBRA, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

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EFEITO DO SAL PROTEINADO EM DESEMPENHO DE BOVINOS NA ÉPOCA SECA

IVIS DA SILVA DIAS¹*; SANDY MAYLAN CARVALHO PINTO¹

¹Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Arapongas, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

Em épocas secas, pecuaristas de toda parte precisam traçar estratégias adequadas para suprir a queda na

quantidade e qualidade das pastagens, visando à produção e ganho de peso dos animais. O nutriente mais

escasso na seca é a proteína, fundamental para o crescimento, desenvolvimento muscular e

desenvolvimento do sistema imune por exemplo. O presente resumo tem como objetivo revisar trabalhos

que avaliaram o efeito da suplementação proteica em novilhos mantidos sob regime extensivo na época

seca. Em um dos estudos foram utilizados 20 animais nelores com peso médio de 260 kg, no período de

transição água-seca. Foi ofertado aos animais sal mineral com ureia (controle) ad libitum; sal proteinado a

0,2% do peso vivo (PV); suplemento proteico energético a 0,3% do peso vivo; e suplemento proteico

energético a 0,5% do peso vivo (LIMA et al., 2012). Em outro estudo avaliou-se 48 animais com peso médio

de 310 kg, no período de junho a agosto. Foi ofertado sal mineral ad libitum; sal mineral proteinado a 0,2%

do peso vivo; suplemento energético proteico a 0,8% do peso vivo (GARCIA et al., 2014). Os ganhos médios

diários (GMD) foram de 0,686; 0,761; 0,719 e 0,850kg/animal para os tratamentos controle e suplementados

com 0,2; 0,3 e 0,5% do peso vivo (LIMA et al., 2012); no segundo trabalho os ganhos foram de 0,07 para o

grupo controle e 0,56 e 0,73kg/animal para os animais suplementados respectivamente (GARCIA et al.,

2014). Lima et al., 2012 ainda observou aumento no consumo de matéria seca total sob efeito da

suplementação proteinada. Ambos os trabalhos apontaram correlação positiva entre ganho de peso diário

(GPD), sendo a suplementação iniciada no período de transição água-seca, ou propriamente no período

seco. As estratégias avaliadas nos dois trabalhos foram eficientes para manter os animais em balanço

energético positivo em épocas de pouca oferta de alimento e de baixa disponibilidade sendo uma excelente

opção para fornecimento de nutrientes em períodos secos. É importante levar em consideração o tipo de

pastagem para escolha da melhor estratégia a ser utilizada visando o máximo desempenho dos animais e

o viés econômico do produtor rural.

Palavras-chave: Desempenho animal; Sal proteinado; Manejo extensivo; Período seco.

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REFERÊNCIAS

GARCIA, J.; EUCLIDES, V.P.B.; ALCALDE, C.R. et al. Consumo, tempo de pastejo e desempenho de

novilhos suplementados em pastos de Brachiaria decumbens, durante o período seco. Semina: Ciências

Agrárias, v.35, n.4, p.2095-2106, 2014.

LIMA, J.B.M.P.; RODRÍGUEZ, N.M.; MARTHA JÚNIOR, G.B et al. Suplementação de novilhos Nelore sob

pastejo, no período de transição águas-seca. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec, v.64, n.4, p.943-952, 2012.

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EFEITO DO TAMANHO DA SEMENTE NA PRODUTIVIDADE DO MILHO

GUSTAVO DE OLIVA BARBALARGA1*; ELSA HELENA WALTER DE SANTANA2; JOÃO

PEREIRA TORRES2

1 Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal,

Arapongas, PR, Brasil. 2 Universidade Estadual do Norte do Paraná, Agronomia, Bandeirantes, PR, Brasil.

*E-mail: [email protected]

Objetivou-se nesse trabalho evidenciar possíveis diferenças entre sementes de milho híbridos (BALU 388,

BALU 787, BALU 761) provenientes de diferentes peneiras (18/64”, 20/64", 22/64" e 24/64" avos de

polegada). As sementes de milho foram separadas na etapa de classificação de grãos logo após a secagem

dos mesmos. Segundo Andrade et al. (1998), as sementes necessitam ser divididas pelo tamanho e

comprimento, para uma melhor semeadura. Além disso as sementes com tamanhos distintos podem afetar

os ajustes da semeadora. Para evidenciar as possíveis distinções foram realizadas avaliações de

emergências: os primeiros 11 dias após a semeadura (período qual foi detectado início de emergência), e a

segunda realizada 4 dias após a anterior. Foram avaliadas: altura de plantas com o auxílio de uma trena, com

aferição sendo realizada na inserção da última folha; o diâmetro de colmo com paquímetro, realizado no

terço médio da planta; peso de mil grãos com contagem manual de 200 grãos e multiplicados por 5; por fim

as avaliações de plantas por hectare e produtividade. A avaliação de produtividade foi realizada pós-colheita

com o auxílio do debulhador, após esse processo, cada parcela foi pesada individualmente, e somada as

outras 3 de seus respectivos híbridos. O experimento foi dividido em blocos casualizados (6 tratamentos e

4 repetições). Os tratamentos foram distribuídos em uma área de 172,8 metros quadrados, cada parcela

possuía 1,8m de largura, e 4 metros de comprimento. Cada parcela individualmente tinha 7,2m² com

espaçamento de 0,45 m e cada linha 4 metros. Para realização das avaliações, o grão de milho foi

padronizado a umidade de 13%. As análises estatísticas demonstraram apresentar diferença significativa

(p<0,05) entre os tratamentos somente para o número de plantas por hectares e produtividade. Os

tratamentos 1 (BALU 388 peneira 20/64”) (84.444 plantas/ha), 2 (BALU 388 peneira 18/64”) (81.111

plantas/ha) e 3 (BALU 787 peneira 22/64”) (80.443 plantas por hectares) diferiram dos demais tratamentos,

com maior número de plantas por hectares. O fato de ter ocorrido uma diferença na população, foi

possivelmente uma relação com o potencial germinativo. Já na avaliação de produtividade os tratamentos

diferiram entre si (p<0,05), com excecao dos tratamentos 5 (BALU 761 peneira 22/64”) e 6 (BALU 761

peneiras 20/64”) que produziram respectivamente 6,82 e 7,04 kg/ha. O tratamento 2 (BALU 388 peneira

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92 18/64”) se mostrou-se mais produtivo com 8,62 kg/ha, seguido pelo tratamento 1 (BALU 388 peneira 20/64”)

com 8,17 kg/ha. O Tratamento 3 (BALU 787 22/64”) e 4 (BALU 787 18/64”) tiveram os menores valores de

produtividade com 5,91 e 5, 43 kg/ha, respectivamente. Portanto nos três casos o milho de uma peneira

menor saiu-se mais produtivo que seu respectivo de maior.

Palavras-chave: Milho; Peneira; População; Produtividade.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, R.V. et al. Influência do tamanho e da forma da semente de dois híbridos de milho na qualidade

fisiológica durante o armazenamento. Rev. Bras.sement., v. 20, n.1, p. 367-371, 1988.

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EFEITOS DE DIETAS RICAS EM CONCENTRADOS PARA RUMINANTES

VICTÓRIA SALIDO BELO DE OLIVEIRA1*

1Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

Uma dieta com elevada proporção de concentrados é aquela rica em grãos e alimentos não fibrosos e que

precisa ser administrada corretamente, com fornecendo as recomendações, em fibra efetiva e ou aditivos,

a fim de reduzir os riscos de acidose ruminal. O animal ruminante, pela sua natureza, está acostumado a

ingerir capim, feno, silagens e outros volumosos; podendo viver somente desse tipo de alimento. Ao fornecer

a esse grupo de animais, dietas ricas em concentrados (farelos em geral), essa mudança na alimentação

faz com que as bactérias que estão no rúmen produzam um excesso de ácido, boa parte desse ácido será

absorvido e aproveitado no uso de energia do animal, porem a maioria desse excesso ficara ainda no rúmen

do animal (MARUTA e ORTOLANI, 2002).Quando o animal consome o alimento em excesso ocorrera a

fermentação que irá desiquilibrar o ph do rúmen. O ideal é que o ph fique em 6,2, no entanto com uma dieta

em concentrado pode haver um excesso de produção dos ácidos orgânicos, reduzindo o ph e alterando a

população de bactérias, levando a produção de ácidos lático (GARRET et al., 1999). A acidose ruminal é

uma doença metabólica que pode levar o animal a óbito, é mais comum em confinamento e regime de pasto.

A auto ingestão de grãos provoca um processo de fermentação do sistema digestório dos bovinos (acides

ruminal), a consequência desse desequilíbrio é a acidose ruminal que predispõe o animal a outros problemas

como laminite e o timpanismo (OGILVIE, 2000). Sintomas observados são abdômen distendido, apático, se

isola do rebanho, perda de apetite, desconforto, diarreia, quadro produtivo e alguns casos o timpanismo e

laminite (OGILVIE, 2000). O recomendado é retirar a dieta com alto concentrado e fornecer alimentados

com mais fibra para solução do problema e já procurar ajuda de um médico veterinário (GOZHO et al., 2005).

Para o tratamento é comum a utilização do bicarbonato de sódio via oral e soro ringer lactado endovenoso.

Para cólicas quando presentes: podem ser aplicados analgésicos e antiespasmódicos e, para tratar a

laminite, um anti-inflamatório não esteroidal (AFONSO et al., 2002). Medidas preventivas da acidose devem

ter foco na importância da dieta de adaptação, leitura de cocho, ronda dos peões pelas baias, formulação

adequada da dieta de alto grão, e as que tem mais milho com maior digestibilidade do amido.

Palavras-chave: Acidose; ph ruminal; Tratamento.

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REFERÊNCIAS

AFONSO, J.A.B.; CIARLINI, P.C.; KUCHEMBUCK, M.R.G. et al. Metabolismo oxidativo dos neutrófilos de

ovinos tratados com monensina sódica e experimentalmente submetidos à acidose ruminal. Pesq. Veter.

Bras., v.22, n.4, p.128-134, 2002.

GARRET, E.F.; PEREIRA, M.N.; NORDLUND, K.V. et al. Diagnostic methods for the detection of subacute

ruminal acidosis in dairy cows. Journal of Dairy Science, v.82, p. 1170-1178, 1999.

GOZHO, G.N.; PLAIZIER, J.C.; KRAUSE, D.O. et al. Subacute ruminal acidosis induces ruminal

lipopolysaccharide endotoxin release and triggers an inflammatory response. Journal of Dairy Science, v.88,

p. 1399-1403, 2005.

OGILVIE, T.H. Doenças do sistema gastrintestinal dos bovinos. In: Medicina interna de grandes animais.

São Paulo: Artmed, 2000, p. 61-96.

MARUTA, C.A.; ORTOLANI, E.L. Susceptibilidade de bovinos das raças Jersey e Gir à acidose láctica

ruminal: II – acidose metabólica e metabolização do lactato-L. Ciênc. Rural, v.32, n.1, p.61-65,2002.

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EFICIÊNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA A AGRICULTORES FAMILIARES QUE PRATICAM BOVINOCULTURA DE LEITE NO MUNICÍPIO DE CARIRIAÇU,

CEARÁ

DÁLETE DE MENEZES BORGES1*; MÁRCIO ANDRÉ DA SILVA PINHEIRO1; ANTONIO RODOLFO ALMEIDA RODRIGUES2; CLÁUDIO MATEUS PEREIRA DA SILVA1; ANA

CAROLINA BARBOSA DO CARMO1; RILDSON MELO FONTENELE3

1Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC, Sertão Central, CE, Brasil. 2 Tecnólogo em Agronegócio, Sertão Central, CE, Brasil. 3Universidade Aberta do Brasil – UAB, Brasil. 4Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC, Cariri, CE, Brasil.*E-mail: [email protected]

A atividade leiteira é típica de pequenas propriedades, apresentando-se como fonte de renda mensal das

pequenas famílias de agricultores. A prática leiteira contribui para o processo de desenvolvimento econômico

das famílias do campo, trazendo muitos benefícios ao produtor rural (SICHESKI et al., 2016). Diante disso,

objetivou-se com o seguinte trabalho, avaliar a eficiência da assistência técnica a agricultores familiares que

praticam bovinocultura de leite no município de Caririaçu, Ceará. A pesquisa constou de dados obtidos

mediante coleta de informações ao longo de doze meses no ano de 2018 em um banco de dados de uma

empresa de assistência técnica referente aos dados da bovinocultura de leite. Os dados pesquisados foram:

agricultor(a) familiar assistido (n°); rebanho assistido (cab.); vacas assistidas (cab.); produção obtida (kg); e

produtividade (kg/vac/ano). Após obtenção dos dados, os mesmos foram avaliados através de analises

descritivas utilizando o Microsoft Excel. Programou-se uma assistência a 77 agricultores(as) familiares, mas

observou-se assistência abaixo do programado. Ou seja, 53 agricultores(as) familiares tiveram assistência

técnica, representando um alcance de 68,83%. Para o acompanhamento do rebanho, estava programado

assistir 917 bovinos. Desse total, 753 foram assistidos, obtendo um alcance de 82,11% do rebanho. Já para

as vacas, estava no programa assistir 557 fêmeas. No entanto, 453 tiveram assistência, representando um

alcance de 81,32%. Entretanto, para a produção obtida pelo total de vacas, estimava-se uma produção de

672.180 kg. Porém, se obteve 387.600 kg, o que representa 57,66% de eficiência. Em relação à

produtividade de cada vaca, estimou-se 1.206,78 kg/vac/ano. Entretanto, obteve-se uma produtividade de

855,62 kg/vac/ano, o que representa 70,90%. Dessa forma, diante dos índices zootécnicos apresentados, a

assistência técnica a agricultores familiares que praticam bovinocultura de leite em Caririaçu apresenta-se

eficiente.

Palavras-chave: Extensão rural; Nordeste; Rentabilidade.

REFERÊNCIAS SICHESKI, J.S.; ANDRADE, F.B.; ANDRADE, M.J.B. Produção de leite na agricultura familiar. In: XXIV

Seminário de Iniciação Científica. Três Passos, 2016.

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EFICIÊNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA BOVINOCULTURA DE LEITE NO MUNICÍPIO DE ALTANEIRA, CEARÁ

DÁLETE DE MENEZES BORGES1*; ANTONIO RODOLFO ALMEIDA RODRIGUES2; RAQUEL

MILÉO PRUDÊNCIO1, ANTONIO GEOVANE DE MORAIS ANDRADE3; CLÁUDIO MATEUS PEREIRA DA SILVA1; RILDSON MELO FONTENELE4

1Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC, Sertão Central, CE, Brasil. 2 Tecnólogo em Agronegócio, Sertão Central, CE, Brasil.3Universidade Aberta do Brasil – UAB, Brasil.4Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC, Cariri, CE, Brasil.*E-mail: [email protected]

A bovinocultura leiteira é considerada por muitos agricultores, a principal atividade nos sistemas de

produção, sendo motivo de orgulho ser reconhecido como produtor de leite bovino. Apesar da importância

da bovinocultura leiteira para o semiárido brasileiro, a atividade apresenta gargalos que contribuem para

uma situação de não sustentabilidade de suas bacias leiteiras. (RANGEL et al., 2011). Diante disso,

objetivou-se com o seguinte trabalho, avaliar a eficiência da assistência técnica na bovinocultura de leite no

município de Altaneira. A pesquisa constou de dados obtidos mediante coleta de informações ao longo de

doze meses no ano de 2018 em um banco de dados de uma empresa de assistência referente aos dados

da bovinocultura de leite. Os dados pesquisados foram: agricultor(a) familiar assistido (n°); rebanho assistido

(cab.); vacas assistidas (cab.); produção obtida (kg); e produtividade (kg/vac/ano). Após obtenção dos

dados, os mesmos foram avaliados através de analises descritivas utilizando o Microsoft Excel. Programou-

se uma assistência a 83 agricultores(as) familiares, mas observou-se assistência além do programado. Ou

seja, 88 agricultores(as) familiares tiveram assistência técnica, representando um alcance de 106,02%. Para

o acompanhamento do rebanho, estava programado assistir 987 bovinos. Desse total, 1.123 foram

assistidos, obtendo um alcance de 113,77% do rebanho. Já para as vacas, estava no programa assistir 290

fêmeas. No entanto, 365 tiveram assistência, representando um alcance de 125,82%. Entretanto, para a

produção obtida pelo total de vacas, estimava-se uma produção de 304.500 kg. Porém, se obteve 292.504

kg, o que representa 96,06% de eficiência. Em relação à produtividade de cada vaca, estimou-se 1.050

kg/vac/ano. Entretanto, obteve-se uma produtividade de 801,38 kg/vac/ano, o que representa 76,32%.

Dessa forma, diante dos índices zootécnicos apresentados, a assistência técnica na bovinocultura de leite

em Altaneira apresenta-se eficiente.

Palavras-chave: Agricultura familiar; Extensão; Índices zootécnicos.

REFERÊNCIAS

RANGEL, J.H.A.; SÁ C.O.; SÁ, J.L. et al. Os sistemas silvipastoris e a bovinocultura de leite no Nordeste.

In: Pesquisa, desenvolvimento e inovação para sustentabilidade da bovinocultura leiteira. Juiz de Fora. 2011.

p. 145-125.

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EFICIÊNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA OVINOCULTURA NO MUNICÍPIO DE ABAIARA, CEARÁ

DÁLETE DE MENEZES BORGES1*; ANA CAROLINA BARBOSA DO CARMO1; RAQUEL

MILÉO PRUDÊNCIO1; ANTONIO GEOVANE DE MORAIS ANDRADE2; MÁRCIO ANDRÉ DA SILVA PINHEIRO1; RILDSON MELO FONTENELE3

1Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC, Sertão Central, CE, Brasil. 2Universidade Aberta do Brasil – UAB, Brasil.3Faculdade de Tecnologia CENTEC – FATEC, Cariri, CE, Brasil.*E-mail: [email protected]

A ovinocultura é a mais antiga exploração animal realizada pelo homem, como forma de alimento e uso da

pele e lã (MARTINS et al., 2013). Entretanto, para que essa atividade venha se desenvolver é preciso que

pequenas propriedades rurais tenham orientações técnicas e assistência de profissionais especializados.

Diante disso, objetivou-se avaliar a eficiência da assistência técnica na ovinocultura em Abaiara, localizada

na Região do Cariri cearense. A pesquisa constou de dados obtidos mediante coleta de informações ao

longo de doze meses em um banco de dados de uma empresa de assistência técnica referentes aos dados

da ovinocultura. Os dados pesquisados foram: agricultor(a) familiar assistido (no); rebanho assistido (cab.),

animais comercializados (cab.) e desfrute (%). Após obtenção dos dados, os mesmos foram avaliados

através de análises descritivas, utilizando o programa Microsoft Excel. Estava programado assistir 42

agricultores familiares, no entanto foram acompanhados 36, o que representa um alcance significativo de

agricultores assistidos (85,71%). Para o acompanhamento do rebanho assistido, estava programado 490

animais, mas observou-se uma assistência além do programado. Ou seja, 670 animais foram

acompanhados, mostrando um aumento de 180 animais assistidos e uma eficiência de 136,73% na

assistência prestada. Programou-se a comercialização de 147 animais, no entanto, foram vendidos 187,

correspondendo a um aumento de 40 animais vendidos, eficiência de 127,21% na comercialização. Podendo

acarretar um aumento nos lucros dos produtores, já que essa variável está relacionada com a lucratividade

do sistema de produção. Em relação à taxa de desfrute de animais, programou-se um desfrute de 30%.

Entretanto, realizou-se o desfrute de 27,91%. Correspondendo uma eficiência de 93,03%. A taxa de desfrute

é um parâmetro importante, pois mede a capacidade do rebanho em gerar excedente. Diante dos índices

zootécnicos apresentados, conclui-se que, a assistência técnica na ovinocultura no município de Abaiara é

eficiente.

Palavras-chave: Agricultor; Ovinos; Pecuária; Semiárido.

REFERÊNCIAS

MARTINS, V.N.; MARCHETTI, M.E.; GARCIA, R.G. Qualidade da carne de ovinos: depende do bem-estar

do animal na produção. In: I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística. Dourados. 2015. p. 81-74.

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EFICIÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO EM NOVILHAS DE CORTE APÓS A INDUÇÃO DE ESTRO

TALITA DA SILVA NASCIMENTO1*; RICARDO CATAPANO MAIA2; MONNA LOPES DE ARAÚJO3; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1; LAURA NICOLE FILIPIN DA COSTA3;

LARISSA PIRES BARBOSA1

1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil. 2 Universidade Federal da Bahia, Salvador,

BA, Brasil. 3 Veterinário Autônomo, Salvador, BA, Brasil. *E-mail: [email protected]

O estudo teve como objetivo avaliar a eficiência da utilização da inseminação artificial em tempo fixo em

novilhas de corte após a indução de estro. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais

da UFRB (n° 23007.00002275/2020-44). Foram utilizadas 92 novilhas aneloradas, com peso médio de

339,81±23,26kg, idade entre 18 e 24 meses e avaliadas quanto à condição reprodutiva e atividade ovariana

(aciclicidade), mediante avaliação prévia ultrassonográfica e posteriormente submetidas ao protocolo

hormonal de indução de estro. No dia zero (D0) do protocolo de indução de estro, todas as novilhas

receberam 150mg de progesterona (Sincrogest® Injetável, Ourofino Saúde Animal, Brasil) injetável via

intramuscular (IM), seguido de rompimento de hímen por meio do aplicador intravaginal; no D12, as novilhas

receberam 1mg de cipionato de estradiol (croni-cip®, Biogénesis Bagó, Curitiba, Brasil) via IM. No D24 as

fêmeas foram reavaliadas por meio de ultrassonografia com finalidade de identificar aquelas que

responderam ao protocolo de indução, devido a presença de corpo lúteo (CL). Apenas as fêmeas com

resposta positiva foram submetidas ao protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF). No D0 do

protocolo todas as novilhas receberam implante intravaginal de 0,5mg progesterona (Reproone®, Biogénesis

Bagó, Curitiba, Brasil) monodose, 1mg de benzoato de estradiol (Bioestrogen®, Biogénesis Bagó, Curitiba,

Brasil) e 150µg de um análogo sintético da PGF2α (Croniben®, Biogénesis Bagó, Curitiba, Brasil) ambos IM,

no D8 foram aplicados às fêmeas 200UI de gonadotrofina coriônica equina (Ecegon®, Biogénesis Bagó,

Curitiba, Brasil), 1mg de cipionato de estradiol (Croni-cip®) e 150µg de PGF2α (croniben®) todos

intramuscular, associado ao uso de bastão marcador na região sacro-caudal, para detecção de estro. No

D10 as fêmeas que não apresentaram marcação foram caracterizadas como estro positivas, e as com

presença intacta da marcação, como estro negativas, com isso estes animais foram submetidos à aplicação

de 10,5µg via IM de um análogo de GnRH, o acetato de burserelina. O diagnóstico de gestação foi realizado

aos trinta e aos sessenta dias após a IATF, com uso de exame ultrassonográfico transretal, no qual foi

avaliado a taxa de gestação e perda embrionária precoce. Foram analisadas a eficiência do protocolo de

indução de estro, a taxa de gestação e a perda embrionária/fetal. O percentual de fêmeas que responderam

positivamente ao protocolo de indução correspondeu a 47,83%. As taxas de intensidade de estro das

novilhas submetidas à IATF pós-indução identificaram alta expressão de estro com 92,86% e uma

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99 porcentagem de 7,14% para as fêmeas com ausência de estro. Obteve-se 80,95% de taxa de gestação aos

30 dias e de 78,53% aos 60 dias, com perda embrionária/fetal de 2,94%. Portanto o protocolo de indução

de estro utilizado foi satisfatório em induzir ciclicidade em novilhas, com taxa de gestação eficiente em

programas de IATF.

Palavras-chave: Ciclicidade; Novilhas; Protocolo de indução de estro; Taxa de gestação.

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100

ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO ESPERMÁTICA DIÁRIA E RESERVA ESPERMÁTICA TESTICULAR DE OVINOS IMUNOCASTRADOS COM VACINA

ANTI-GnRH

LAIARA FERNANDES ROCHA1*; CAENE BORGES DOS SANTOS1; TALITA DA SILVA

NASCIMENTO1; ROSILEIA SILVA SANTANA1; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1; LARISSA PIRES BARBOSA1

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil. *E-mail: [email protected]

O objetivo com esse estudo foi avaliar os efeitos da vacina anti-GnRH na estimativa da produção

espermática diária e reserva espermática testicular de cordeiros imunocastrados. Foram utilizados 30 ovinos

machos inteiros, mestiços da raça Santa Inês, com 4,1±0,4 meses de idade, distribuídos em delineamento

inteiramente casualizado (DIC) em três tratamentos (T) (n=10): T1 grupo controle, com a administração de

1mL de solução fisiológica via subcutânea (SC), T2 e T3 administração de 1 e 0,5mL da vacina anti-GnRH

via SC respectivamente. Todos os animais do T2 e T3 receberam segunda dose da vacina 30 dias após a

primeira (D30), e os animais do T1 receberam solução fisiológica no mesmo momento. Para imunização foi

utilizada a vacina comercial Bopriva® (Pfizer Animal Health) sendo que cada mL de vacina fornece 400µg

do conjugado de GnRH e proteína carreadora. Sessenta dias após a segunda aplicação da vacina (D90), os

animais foram pesados e encaminhados para abate em frigorífico com Serviço de Inspeção Estadual. Após

o abate, fragmentos do parênquima testicular de aproximadamente 5mm de espessura e 10mm de

comprimento, foram obtidos para posterior processamento histológico. Esses fragmentos foram fixados em

formol tamponado durante 24 horas e posteriormente transferidos para álcool 70%. Após esse período,

passaram por processo de desidratação crescente de etanol (70%, 80%, 90% e 100%), com trocas a cada

30 minutos, e incubados em solução de 2-hidroxietil metacrilato (Historesin, Leica®). As amostras foram

obtidas através de cortes semi-seriados em secões de 3μm de espessura com auxílio do micrótomo rotativo

(RM 2255, Leica®). O cálculo da produção espermática diária total (PED) e por grama de testículo foi obtido

a partir da histologia quantitativa dos testículos, segundo Amann e Almquist (1962). Para o cálculo da reserva

espermática testicular total (RET) e por grama de testículo foi baseado na histologia quantitativa de acordo

com Costa (2001). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal

do Recôncavo da Bahia (nº 23007.010944/2018-68). Os dados foram submetidos à avaliação de

normalidade pelo teste de Shapiro Willk, as variáveis não apresentaram distribuição normal, sendo realizado

o Teste Kruskal-Wallis a 5% de significância. Houve diferença para as estimativas da PED total e por grama

de testículo (P<0,05), com valor de 4,52±0,97x109 para o grupo controle e com PED nula nos animais

imunocastrados, independente da dose de vacina utilizada. Já a PED/g de testículo foi de 35,88±8,99x106

no grupo controle e também ausente nos grupos tratados. Para variável RET, o valor médio observado nos

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101 animais do grupo controle foi de 47,53±10,25x109 para RET e 376,75±250,19x106 para RET/g testicular,

sendo ambos parâmetros ausentes nos animais imunocastrados. A imunocastração de cordeiros utilizando

a vacina Bopriva® nas doses de 1,0 e 0,5mL foi eficiente, com base na estimativa da produção espermática

diária e na reserva espermática testicular.

Palavras-chave: Azoospermia; Cordeiros; Imunocastração; Morfometria testicular.

REFERÊNCIAS

AMANN, R.P.; ALMQUIST, J.O. Reproductive Capacity of Dairy Bulls. VIII. Direct and Indirect Measurement

of Testicular Sperm Production. Journal of Dairy Science, v.45, p.774-781, 1962.

COSTA, D.S. Análise morfofuncional da Espermatogênese e características seminais de Catetos (Tayassu

tajacu). 2001. Tese (Doutorado em Ciência Animal) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,

2001.

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FASCIOLOSE EM UMA CIDADE DO ESTADO DO PARANÁ – RELATO DE

CASO (Resumo premiado categoria Relato de caso)

ANA APARECIDA CORREA XAVIER1, MARIANA DE MELLO ZANIM MICHELAZZO2, WERNER OKANO3, SELWYN ARLINGTON HEADLEY4

1Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]; 2Universidade Norte do Paraná. E-mail:

[email protected]; 3Grupo Educacional Universitário. E-mail: [email protected]; 4University of Minnesota. E-

mail: [email protected]

A fasciolose é uma doença parasitária de bovinos causada pelo trematódeo Fasciola hepatica, a qual traz

prejuízos econômicos em decorrência de lesões hepáticas acarretando diminuição no ganho de peso, queda

na produção e descarte de fígados na linha de abate (SILVA et al., 2008). Tradicionalmente, essa doença

tem prevalência maior nas regiões Sul do Brasil, contudo, há poucos relatos de casos recentes em bovinos

no estado do Paraná. O objetivo deste trabalho é relatar a importância do exame macroscópico do fígado e

do diagnóstico em rebanhos contaminados para identificação e mapeamento da ocorrência de fasciolose.

Fragmentos de fígado bovino de um lote de abate oriundos de propriedades do município de São Matheus

do Sul, Paraná, foram enviados ao Laboratório de Patologia Animal, Universidade Estadual de Londrina.

Esses fragmentos hepáticos foram analisados macroscopicamente, clivados, fixados em solução formalina

10% tamponada e processados para histopatologia de rotina (coloração de Hematoxilina e Eosina -H&E).

Na avaliação macroscópica os ductos biliares estavam espessados, esbranquiçados e continham diversos

trematódeos, achatados em formato de folhas variando de 0,5 a 2 cm na luz dos ductos biliares, resultando

em obstrução. Na avaliação histológica, os fragmentos hepáticos eram semelhantes com pouca diferença.

Observou-se espessamento acentuados das paredes dos ductos biliares por fibrose acompanhada de

infiltrado inflamatório, predominante eosinofílico com hiperplasia do epitélio biliar. Por vezes no lúmen destes

mesmos ductos havia exemplares de trematódeos adultos consistentes com F. hepatica. Foi possível

observar o sugador ventral, vitelários e pequenos espinhos sobre o tegumento, além de alguns ovos. As

alterações patológicas observadas nessas amostras hepáticas foram colangiohepatite, consistentes com

infestações por F. hepatica, sendo uma das poucas descrições de casos originários do Estado do Paraná.

Neste estudo, a região descrita pode ser considerada uma área enzoótica para fasciolose bovina devido ao

clima subtropical úmido mesotérmico que favorece a formação de ambientes alagadiços e as características

hidrográficas da cidade banhada pelo o rio Iguaçu e seus afluentes, nos quais já foram descritos casos em

animais de produção e silvestres, além da presença dos moluscos (EL-KOUBA et al., 2008; OLIVEIRA e

RESENDE, 2017). Acredita-se que a incidência da Fasciolose humana seja subdiagnosticada, no entanto,

já foi reportado 48 casos no Brasil, sendo a maioria no estado do Paraná, principalmente na região de

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103 Curitiba (PRITSCH e MOLENTO, 2018). Portanto, o potencial zoonótico deve ser considerado, devido à

comunicação hidrográfica entre as duas cidades, nas quais, rios e lagos são frequentados por banhistas

(EL-KOUBA et al., 2008). O mapeamento de regiões endêmicas é importante para entender os fatores de

risco dessas áreas com finalidade de instituir um controle e prevenção da doença, assim diminuindo os

prejuízos (BENNEMA et al., 2014).

Palavras-chave: Bovinocultura; Fasciola hepatica; Histopatologia, Paraná.

REFERÊNCIAS

EL-KOUBA, M.M.A.N. et al. Aspectos gerais da fasciolose de endoparasitoses em capivaras (Hydrochaeris

hydrochaeris linnaeus, 1766) de três parques no paraná, Brasil. Vet. Foco, v.6, n.1, p.4-15, 2008.

OLIVEIRA, D.M.; RESENDE, P.O. Fasciola hepática: ecologia e trajetória histórico-geográfica pelo brasil.

Estação científica (unifap), v.7, n.2, p.09-19, 2017.

Prefeitura municipal de São Mateus do Sul. Portal Geografia. Paraná, 2020. Disponível em: <

https://www.saomateusdosul.pr.gov.br/portal/servicos/1005/geografia/>. Acesso em: 5 set. 2020.

PRITSCH, I.C.; MOLENTO, M.B. Recount of reported cases of human fascioliasis in brazil over the last 60

years. Rev. Patol. Trop., v.47, n.2, p.75-85, 2018.

SILVA, E.R.V. et al. Fasciolose hepática. Rev. cient. eletrônica med. vet., v., n.11, 2008.

BENNEMA, S.C. et al. Fasciola hepatica em bovinos no Brasil: disponibilidade de dados e distribuição

espacial. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, v.56, n.1, p.35-41, 2014.

ZACHARY, J.F. Bases da patologia em veterinária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

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ANEXOS - FASCIOLOSE EM UMA CIDADE DO ESTADO DO PARANÁ – RELATO DE CASO

Figura 1-Fígado (H&E), aumento de 4x: Nota-se intensa fibrose (seta dupla) da parede do ducto biliar com borda epitelial irregular (**). Parênquima hepático normal (*).

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Figura 2 - Fígado (H&E), aumento de 4x: Observe exemplar adulto de F. hepatica (seta) dentro de um ducto biliar. O epitélio biliar é irregular e hiperplásico (quadrado) acompanhado de fibrose (*) da parede.

Figura 3 - Fígado (H&E), aumento de 10x: Aproximação de um ducto biliar com parede espessada por fibrose (*) e o lúmen preenchido por ovos de trematódeos (setas).

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FATORES DE RISCO PARA Neospora caninum EM CAPRINOS DO CENTRO OESTE MARANHENSE

SARA SILVA REIS1*; ARLAN ARAUJO RODRIGUES1; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS1;

BEATRIZ DE SOUZA LIMA NINO2; JOÃO LUIS GARCIA2; IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA1

1 Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil. 2 Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil.

*E-mail: [email protected]

A neosporose é causada pelo N. caninum, parasito intracelular obrigatório de distribuição mundial. A

neosporose é uma importante doença parasitária em ruminantes, e caprinos e outras espécies de animais

de sangue quente são seus hospedeiros intermediário e canídeos seus hospedeiros definitivo (DUBEY et

al., 2007). As perdas econômicas da neosporose nos sistemas de produção animal ocorrem em virtude dos

distúrbios reprodutivos, como abortos, malformação fetal e mortalidade neonatal (DUBEY et al., 2007). Em

virtude da ausência de vacinas contra o N. caninum, conhecer os fatores de risco é essencial para adoção

de estratégias de controle. Devido a importância do N. caninum como agente causador de abortos, objetivou-

se com este trabalho avaliar os fatores de risco para N. caninum em caprinos do Centro Oeste Maranhense.

Foram coletados e analisados 119 soros de caprinos de ambos os sexos e idades diferentes, em 3

propriedades distribuídas entre os municípios de Itapecuru Mirim e Vargem Grande. As amostras,

devidamente identificadas, foram enviadas ao Laboratório de Parasitologia Aplicada da Universidade

Federal do Maranhão. Os soros foram submetidos à reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para

detecção de anticorpos anti-N. caninum conforme técnica descrita por Conrad et al. (1993). O ponto de corte

utilizado foi o título 1:100. Foram coletadas informações sobre idade, sexo, tipo racial dos animais e presença

de aborto na propriedade. Foi utilizado o teste do Qui-Quadrado com correção de Yates e a associação

entre a soroprevalência e os fatores de risco da enfermidade determinada pela razão de chances (Odds

Ratio, OR) com significância determinada para um intervalo de confiança de 95%. A associação foi

considerada significante quando p<0,05. A ocorrência de animais soropositivos para N. caninum 14%

(17/119). Não houve associação significativa para sexo (OR 1,82; IC 95% 0,37 – 17,70; p>0,05). A idade

foi categorizada em animais adultos (> 36 meses) e animais jovens (≤ 36 meses), entretanto nao observamos

associação significativa (OR 2,09; IC 95% 0,43 – 8,26; p<0,05). O rebanho era composto por animais

mestiços, e a proporção de caprinos soropositivos foi de 24% (28/119). Observamos associação significativa

para presença de abortos (OR 3,95; IC 95% 1,02 – 22,71; p<0,05). Concluindo, existe um alto percentual de

caprinos positivos para N. caninum no Centro Oeste Maranhense. A neosporose em caprinos do Leste

Maranhense foi associada a presença de aborto. Considerando a importância do N. caninum como agente

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107 causador de abortos em pequenos ruminantes, novos estudos devem ser realizados a fim de elucidar a

epidemiologia da neosporose caprina em rebanhos do Maranhão.

Palavras-chave: Caprinocultura; Infecção; Neosporose; RIFI.

REFERÊNCIAS

CONRAD, P.A.; SVERLOW, K.; ANDERSON, M. et al.Detection of serum antibody responses in cattle with

natural or experimental Neospora infections. J Vet Diagn Invest, v.5, n.4, p. 572-578, 1993.

DUBEY, J.P.; SCHARES, G.; ORTEGA-MORA, L.M. Epidemiology and control of neosporosis and Neospora

caninum. Clin Microbiol Rev., v.20, n.2, p. 323-367, 2007.

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FATORES DE RISCO PARA Toxoplasma gondii EM CAPRINOS DO CENTRO

OESTE MARANHENSE (Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

SARA SILVA REIS1*; ARLAN ARAUJO RODRIGUES1; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS1;

JULIANA CORREA BERNARDES2; JOÃO LUIS GARCIA2; IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA1

1 Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil. 2 Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil.

*E-mail: [email protected]

O T. gondii é um parasita coccídeo do Filo Apicomplexa que tem felídeos como hospedeiro definitivo e todos

os animais de sangue quente são potenciais hospedeiros intermediários (HILL et al., 2005). A infecção por

T. gondii em ruminantes é frequentemente associada a aborto e mortalidade neonatal, causando prejuízos

econômicos significativos nos sistemas produtivos (MEDEIROS et al., 2014). O conhecimento dos fatores

de risco é o primeiro passo para adoção de medidas de controle da toxoplasmose nos rebanhos.

Considerando a importância da toxoplasmose na produção animal objetivou-se com este trabalho avaliar os

fatores de risco para T. gondii em caprinos do Centro Oeste Maranhense. Foram coletados e analisados 119

soros de caprinos de ambos os sexos e idades diferentes, em 3 propriedades distribuídas entre os

municípios de Itapecuru Mirim e Vargem Grande. As amostras, devidamente identificadas, foram enviadas

ao Laboratório de Parasitologia Aplicada da Universidade Federal do Maranhão. Os soros foram submetidos

à reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para detecção de anticorpos anti-T. gondii conforme técnica

descrita por Camargo (1974). O ponto de corte utilizado foi o título 1:64. Foram coletadas informações sobre

idade, sexo, tipo racial dos animais e presença de aborto na propriedade. Foi utilizado o teste do Qui-

Quadrado com correção de Yates e a associação entre a soroprevalência e os fatores de risco da

enfermidade determinada pela razão de chances (Odds Ratio, OR) com significância determinada para um

intervalo de confiança de 95%. A associação foi considerada significante quando p<0,05. No geral, 24%

(28/119) dos animais estudados foram positivos para T. gondii. Não houve associação significativa para

sexo (OR 2,19; IC 95% 0,57 – 12,51; p>0,05). Quanto à idade, observamos associação significativa com

fator de risco para animais adultos (> 36 meses) em relacao aos animais jovens (≤ 36 meses) (OR 3,60; IC

95% 1,06 – 12,06; p<0,05). O rebanho era composto por animais mestiços, e a proporção de caprinos

soropositivos foi de 24% (28/119). Não houve associação significativa para presença de aborto (OR 0,45;

IC 95% 0,17 – 1,15; p>0,05). Em conclusão, existe uma alta porcentagem de caprinos positivos para T.

gondii no Leste Maranhense. A toxoplasmose em caprinos do Centro Oeste foi associada a animais adultos.

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109 Novos estudos devem ser realizados nas demais regiões do Estado do Maranhão para elucidar a

epidemiologia da toxoplasmose caprina.

Palavras-chave: Caprinocultura; Infecção; RIFI; Toxoplasmose.

REFERÊNCIAS

CAMARGO, M.E. Introdução às técnicas de imunofluorescência. Rev bras patol clín, v.10, n.3, p. 87-107,

1974.

HILL, D.E.; CHIRUKANDOTH, S.; DUBEY, J.P. Biology and epidemiology of Toxoplasma gondii in man and

animals. Anim Health Res Rev., v.6, n.1, p. 46-61, 2005.

MEDEIROS, A.D.; ANDRADE, M.; VÍTOR, R.W. et al. Occurrence of anti-Toxoplasma gondii antibodies in

meat and dairy goat herds in Rio Grande do Norte, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet., v.23, n.4, p. 481-487,

2014.

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FATORES QUE INFLUENCIAM A PRODUÇÃO COMERCIAL DE EMBRIÕES IN VITRO

BÁRBARA GOMES RODRIGUES NOGUEIRA1*; LUCCA GATTASS BASTO2 ; LILIAN FRANSCICO ARANTES DE SOUZA2; INES CRISTINA GIOMETTI1; SHEILA MERLO GARCIA FIRETTI2; CALIÊ

CASTILHO1

1 Mestrado Ciência Animal - Unoeste, Presidente Prudente, SP, Brasil.2 Curso de Medicina Veterinária –Unoeste,

Presidente Prudente, SP, Brasil.*E-mail: [email protected]

O Brasil responde por mais da metade da produção mundial de embriões in vitro (PERRY, 2016). A técnica

de OPU-PIVE (aspiração folicular seguida da produção in vitro de embriões) apresenta vantagens em

relação aos outros programas de reprodução, pois proporciona um avanço acelerado do melhoramento

genético do rebanho nacional, gerando maior número de animais superiores devido à pressão de seleção,

além de possibilitar o uso de fêmeas de idades variadas, em qualquer fase do ciclo estral, inclusive as que

possuem problemas reprodutivos adquiridos. Aliado ao uso de sêmen sexado, apresenta benefícios,

principalmente para os produtores de leite, pois conseguem ter uma maior proporção de fêmeas no rebanho,

tornando o uso da PIVE viável em larga escala. Porém, a técnica apresenta variabilidade na produção de

blastocistos e na taxa de prenhes (RIZOS et al., 2008; GONELLA et al., 2013). Dessa forma, verificar e

demonstrar os fatores que influenciam nos resultados obtidos por um laboratório comercial se mostra

necessário, pois estas empresas englobam diferentes variáveis como: raças, localidades, manejos,

sazonalidades e assim retratam a realidade do campo. Com isso, o presente estudo objetivou verificar os

fatores que influenciam a produção de embrião in vitro (PIVE). Dados do ano de 2014 a 2016, referentes à

776 sessões de aspiração folicular guiada por ultrassom (OPU) de fêmeas bovinas adultas doadoras de

oócitos para fins comerciais das raças Nelore (n=83), Girolando (n=73), Brangus (n=49), Holandesa (n=10)

e Senepol (n=10), procedentes de diferentes localidades, foram avaliados. Foram analisadas a influência

sazonalidade (primavera/verão vs outono/inverno) e grupo genético da doadora (Bos taurus taurus, Bos

taurus indicus e cruzamento) sobre as taxas de: oócitos viáveis, clivagem e produção de blastocisto. A

produção de embriões in vitro seguiu os protocolos já estabelecidos pelo Laboratório. A produção in vitro

dos embriões foi realizada por apenas um técnico de laboratório e as inovulações por dois técnicos

igualmente capacitados. A análise estatística dos dados foi realizada utilizando o programa computacional

Statistical Analysis System for Windows (SAS Inst., Inc., Cary, NC) empregando-se o Teste Qui-quadrado a

um nível de 5% de significância (p<0,05). A sazonalidade influenciou a taxa de oócitos viáveis, sendo melhor

na primavera/verão (p=0,0001), no entanto, sem afetar (p>0,05) a taxa de clivagem e de blastocisto. Quando

comparado o grupo genético das doadoras, obteve-se uma superioridade (p<0,05) do Bos indicus,

representado pela raça Nelore, para taxa de oócitos viáveis e blastocisto, enquanto que o Bos taurus

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111 apresentou os menores valores. Concluímos com a realização deste estudo retrospectivo comercial que a

raça da doadora influencia na taxa de oócitos viáveis, mas não aumenta a taxa de blastocisto, por outro lado

doadoras Bos taurus produzem mais oócitos viáveis e blastocistos. Desta forma, torna-se possível a

obtenção de resultados satisfatórios comercialmente com a adaptação do laboratório às variáveis

analisadas.

Palavras–chave: Blastocisto; Bos indicus; Bos taurus; Clivagem; Prenhez; Sazonalidade.

REFERÊNCIAS

GONELLA-DIAZA, A.M. et al. Corpus luteum diameter and embryo developmental stage are associated with

pregnancy rate: data analysis from 17,521 embryo transfers from a commercial in vitro bovine embryo

production program. Anim. Reprod, v.10, p.106-111, 2013.

PERRY, G. 2015 Statistics of embryo collection and transfer in domestic farm animals, International Embryo

Transfer Society (IETS) – Newsletter, Data Retrieval Committee. 2016.

RIZOS, D.; BERMEJO-ALVAREZ, P.; GUTIERREZ-ADAN, A. et al. Effect of duration of oocyte maturation

on the kinetics of cleavage, embryo yield and sex ratio in cattle. Reprod. fert. Develop., v. 20, n. 6, p.734-

740, 2008.

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112

FATORES QUE INFLUENCIAM NO PESO A DESMAMA DE BEZERROS ANGUS

E NELORE DE ACORDO COM O MÊS DE NASCIMENTO

(Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

JUSSARA APARECIDA ARAÚJO SILVA1*; CELSO AMBROZIO NETO1; MARILICE ZUNDT1;

CALIÊ CASTILHO1

1Mestrado Ciência Animal – Faculdade de Ciências Agrárias – Unoeste, Presidente Prudente, SP, Brasil. *E-mail:

[email protected]

A bovinocultura de corte vem se expandindo constantemente, passando por mudanças favoráveis para a

atividade visando aumento na competitividade. Sendo assim, é necessário um manejo diferenciado visando

desempenho avançado dos animais para que se padronize o abate e melhore o retorno econômico. Na

produção comercial, a Inseminação Artificial em Tempo fixo (IATF) tem grande importância para a obtenção

de lotes homogêneos para o abate atrelada a época de nascimento dos bezerros. O objetivo do presente

trabalho foi avaliar o impacto do mês de nascimento de bezerros sobre o peso à desmama. Para tanto foram

utilizados dados retrospectivos de desmama de 6.081 bezerros machos das raças Nelore e Angus e fêmeas

da raça Angus nascidos após protocolo de IATF e criados em uma propriedade rural situada em Água Clara

– MS. Os dados avaliados são referentes à desmama dos anos de 2017 e 2018. As características avaliadas

foram: mês e ano de nascimento, raça e sexo. Os dados foram tabulados e analisados em planilha eletrônica

no programa Microsoft Office Excel versão 2016 com estatística descritiva, sendo os dados apresentados

na forma de médias. O efeito do mês de nascimento sobre as características analisadas apresentaram

resultados positivos, os animais nascidos no começo da estação de nascimentos, ou seja, agosto para os

bezerros machos Nelore e setembro/outubro para os bezerros machos Angus e fêmeas Angus com 252,24

kg, 252,5 kg e 243,78 kg, respectivamente. Se mostraram mais elevados, por exemplo, que os animais

nascidos nos meses de novembro/dezembro, cujo peso foi em média 186,93 para os bezerros machos

Nelore. O peso médio a desmama dos bezerros da raça Nelore nascidos em agosto se mostraram 14% e

29 % superiores na desmama de 2017 e 2018, respectivamente quando comparados aos meses de

novembro/dezembro. Desta forma, em uma estação que se inicia em outubro com término em fevereiro, é

importante que as fêmeas emprenhem do começo até metade da estação, pois os bezerros nascerão no

final da seca, ou seja, julho, agosto e setembro, período mais favorável para o peso à desmana (ALENCAR

et al.,1999; SOUZA et al., 2000). Portanto concluímos, que o mês de nascimento é um fator a ser

considerado para se produzir bezerros de qualidade, portanto deve-se adequar a estação de monta, de

acordo com a região da propridade rural, visando o maior número de nascimentos no final da seca.

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113

Palavras – chave: Eficiência Reprodutiva; Estação de monta; Ganho de peso; IATF.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, M.M.; OLIVEIRA, M.C.S; BARBOSA, P.F. Causas de Variação de características de crescimento

de bovinos cruzados Canchim x Nelore. Revi. Bras. Zootec, v.28, n.4, p.687-692, 1999.

SOUZA, J.C.; RAMOS, A.A.; SILVA, L.O.C. et al. Fatores do ambiente sobre o peso ao desmame de

bezerros da raça nelore em regiões tropicais brasileiras. Cienc. Rural, v.30, n.5, p. 881-885, 2000.

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114

FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO ANIMAL DESENVOLVIDAS PARA FAZENDAS DE CORTE: PESO AUTOMATIZADO

(Resumo premiado categoria Revisão de Literatura)

VIRGINIA CELIA RESCONI1; JAKELINE VIEIRA ROMERO1; CRISTIAN ALZATE HENAO1;

ANDRÉS SCHLAGETER TELLO2; RICHARD LYNCH3; MAEVE HENCHION3

1 Departamento de Producción Animal y Ciencia de los Alimentos, Facultad de Veterinaria, Instituto Agroalimentario

IA2, Universidad de Zaragoza-CITA, Espanha. 2 Instituto Agronómico Mediterráneo de Zaragoza (CIHEAM-IAMZ),

Espanha.3 Department of Agrifood Business and Spatial Analysis, TEAGASC – Food Research Centre, Dublin, Ireland.

*E-mail: [email protected]

Revisão sistemática da literatura, verificando inovações em Precision Livestock Farming (PLF) nos últimos

10 anos, desenvolvidas para uso em fazendas de gado de corte. As buscas limitaram-se a duas plataformas

de bases de dados em inglês (Web of Science e ProQuest) e selecionando registros relevantes da

Conferência Europeia, que trata especificamente de PLF. O resumo apresenta informações relacionadas a

pesagem individual automatizada (PIA) na pecuária de precisão, assim como vantagens e necessidades de

aperfeiçoamento da tecnologia. Pesagem periódica dos animais é um dado altamente valioso, mas

dispendioso para os produtores, e apesar disso, poucos registros relacionados especificamente com PIA em

bovinos de corte foram identificados. Essas inovações foram testadas em animais de fazendas

experimentais ou de demonstração comercial na Austrália (ROBERTS e MOINE,2017), Brasil (COMINOTTE

et al.,2020) e Japão (TAMARI et al.,2018). Duas das inovações implicaram na utilização estimativa do peso

prevista por imagens 3D utilizando várias câmeras RGB (TAMARI et al.,2018) ou com uma câmera Kinect®

(COMINOTTE et al.,2020). Ambas pesquisas concluem que as inovações propostas mensuram eficazmente

o peso vivo, entretanto requerem mais aprimoramento para disponibilizar comercialmente. Contudo,

sistemas PIA são comumente encontrados em escala comercial, como Walk-over-Weigh fornecida pela

empresa australiana Precision Pastoral Pty, a GrowsafeBeef (Canadá), Digitanimal (Espanha), Tru-Test

(Nova Zelândia) e, Bosh e Intergado do Brasil. O sistema geralmente consiste em estruturas localizadas em

pontos estratégicos, onde animais identificados eletronicamente caminham livremente (ou estão parados

bebendo água, p.e.), e ao passar pela plataforma o leitor de identificação reconhece o animal, o peso é

registrado e processado por algoritmos de pesagem, e então transferidos para o computador, tablet ou

celular do produtor, que pode acessar as informações de qualquer lugar. Tais informações auxiliam para

melhorar o manejo nutricional, detecção de animais doentes/desaparecidos, identificação de grupos

homogêneos e definição do momento ideal para abate. As informações podem ainda ser utilizadas para

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115 seleção genética de características quantitativas, como ganho de peso diário ou eficiência alimentar,

permitindo redução na duração dos testes pela aquisição de dados com maior frequência e precisão (SAINZ,

2019). Também pode ser utilizado para registro automático da data de parto, o qual é de mais difícil obtenção

em fazendas extensivas (MENZIES et al., 2018). Contudo, uma das preocupações ao utilizar PIA, seria a

geração de dados errôneos, como quando mais de um animal posiciona-se na plataforma da balança ou

passa correndo pela estrutura (ALDRIDGE et al., 2017; ROBERTS e MOINE, 2017). Melhorias do sistema

podem vir através do monitoramento do acesso animal à plataforma, no processamento dos dados ou,

inclusão de dispositivos adicionais, como propôs Roberts e Moine (2017), que utilizaram um acelerômetro-

triaxial montado numa plataforma TRU-TEST™WOW!™ monitorando movimento e duração do animal na

balança, filtrando dados imprecisos. Monitoramento automático diário em tempo real do peso animal pode

substituir a pesagem manual no futuro, aumentando a produtividade e o bem-estar dos animais e reduzindo

o trabalho intensivo da mão-de-obra nas fazendas.Este estudo faz parte do projeto BovINE (Beef Innovation

Network Europe), financiado por European Union’s Horizon 2020 rural renaissance programme. Projeto

No:862590 (call H2020-RUR-2019-1).

Palavras-chave: Automatização; Bovinos, Pecuária de precisão; Pesagem individual.

REFERÊNCIAS

ALDRIDGE, M.N.; LEE, S.J.; TAYLOR, J.D. et al. The use of walk-over-weigh to predict calving date in

extensively managed beef herds. Anim Prod Sci., v.57, n.3, p.583-591, 2017.

COMINOTTE, A.; FERNANDES, A.F.A.; DOREA, J.R.R. et al. Automated computer-vision system to predict

body weight and average daily gain in beef cattle during growing and finishing phases. Livest Scie., v.232,

p.1-10, 2020.

MENZIES, D.; PATISON, K.P.; CORBET, N.J. et al. Using Walk-over-Weighing technology for parturition

date determination in beef cattle. Anim Prod Sci., v.58, p.1743-1750, 2018.

ROBERTS, J.J.; MOINE, L. Using accelerometry to evaluate the weight data of the Walk-over-Weigh system

in beef cattle. In: Berckmans D, Keita A, editores. Precision.

SAINZ, R. Precision of gain estimates for beef cattle with an automated weighing system. J Anim Sci., v.97,

s.31, 2019.

TAMARI, H.; NAKAMURA, S.; TAKANO, S. et al. 3D-Model Generation of Black Cattle Using Multiple RGB-

Cameras for Their BCS. In: Barolli L, Enokido T, Takizawa M. editores. International Conference on

Network-Based-Information-Systems.2018, p.812-821.

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FREEMARTINISMO EM BOVINOS LEITEIROS – RELATO DE CASO

ANA LUÍZA MÜLLER LOPES¹*; JONATHAN CARLOS DE MORAES1; GABRIEL AUGUSTO

SABECA DA SILVA1; JOSÉ GUILHERME DO REGO MARCONDES2; DENIS VINICIUS

BONATO1

1 Centro Universitário Filadélfia, Londrina, PR, Brasil; 2 Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil; *E-

mail: [email protected]

A síndrome freemartin em bovinos é caracterizada pela anastomose dos vasos sanguíneos placentários em

gestações gemelares heterossexuais, originando uma circulação fetal comum, em que os hormônios

masculinos, precocemente produzidos pelas gônadas masculinas, atuam sobre as gônadas femininas

tornando-as masculinizadas e, consequentemente, acarretando um desenvolvimento anormal do trato

reprodutivo feminino. Esta alteração tende a se iniciar entre o 30º e 50º dia de gestação, sendo que quanto

mais precoce a sua formação, maior a masculinização do concepto fêmea. Anatomicamente, observa-se

características macroscópicas como vagina mais curta, pelos mais longos em vulva, clitóris hipertrofiado,

entre outras (HAFEZ e HAFEZ, 2004; SANTOS e ALESSI, 2016). Objetivou-se com este trabalho, relatar

um caso de freemartinismo na espécie bovina. Em uma propriedade localizada na cidade de Mandaguaçu-

PR, uma bezerra mestiça (Holandês x Jersey) de aproximadamente 3 meses, nascida de uma gestação

gemelar heterossexual, foi avaliada quanto a possibilidade de ser acometida pela síndrome freemartin. O

exame físico geral não demonstrou alterações e para o exame físico específico do sistema genital, foi

realizada a antissepsia da regiao perineal com álcool iodado. Posteriormente, foi realizado o “teste do tubo”,

no qual se inseriu um tubo de ensaio (15cm de comprimento) lubrificado por via vaginal, objetivando

mensurar a profundidade da vagina. Desse modo, constatou-se que a vagina possuía 4,3 cm de

profundidade, enquanto que o normal para a idade seria de 12 a 14 cm. Além disso, observou-se a hipertrofia

de clitóris e pelos longos em vulva, que juntamente com a vagina menos profunda, são características de

animais freemartin (ALMEIDA e RESENDE, 2012). Ao associar o histórico de gestação gemelar

heterossexual com o resultado do teste do tubo, foi possível diagnosticar o freemartismo de forma clínica.

Diante da falta de opções para o tratamento, é importante diagnosticar e considerar a incapacidade

reprodutiva da fêmea freemartin, identificando-a no rebanho, desta forma é possível orientar o produtor da

melhor maneira.

Palavras-Chave: Anastomose; Freemartin; Infertilidade; Síndrome.

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117

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, J.; RESENDE, O. A. Freemartinismo em bovinos: revisão de literatura Freemartins in cattle: a

review. R. portug. Ciênc. Vet., v.107 p.143-149, 2012.

HAFEZ, E.S.E; HAFEZ, B. Reprodução animal. 7. ed. Manole: São Paulo, 2004. p. 513.

SANTOS R.L; ALESSI A.C. Patologia veterinária. Editora Roca. 2ªed., 2016. p.856.

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GENES DA CALPASTATINA E CALPAÍNA ASSOCIADOS À QUALIDADE DA CARNE DE ANIMAIS RUMINANTES EM DIFERENTES PLANOS NUTRICIONAIS

(Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

ISABELLA GUARTIERI DA SILVA1; LETICIA JALLOUL GUIMARÃES1; INÊS CRISTINA GIOMETTI1; CALIÊ CASTILHO1; GABRIELLA CAPITANE SENA1, MARILICE ZUNDT1*

1 Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil; *E-mail: [email protected] O sistema de criação irá influenciar diretamente na qualidade da carne dos animais ruminantes, o qual está

correlacionado com o tipo de alimentação, uma vez que os animais criados em sistemas extensivos ou que

recebem alta proporção de alimentos volumosos, apresentam coloração mais escura na carne em virtude

da maior concentração de mioglobina, necessária para promover melhor oxigenação do músculo, em

resposta a maior atividade física desenvolvida pelos animais produzidos em pasto (VESTERGAARD et al.,

2000) ou em virtude das altas concentrações de carotenos presentes nas forragens (MAGNO, 2014). Sendo

assim, é possível modificar a expressão de genes relacionados com a qualidade da carne, modificando os

planos nutricionais dos animais. A estratégia de associação de genes com características de interesse

econômico na produção animal é bastante abordado e vários são os genes candidatos, sendo os da

Calpaína e seu inibidor, a Calpastatina, atuantes na regulação da degradação proteica no músculo, no

crescimento muscular e na regeneração celular continua (PAIVA e MCMAUS, 2012). Na pecuária, estudos

sobre a calpaína no exon3 (CAPN3) em ovinos têm sido investigados por sua associação com a maciez da

carne e características de produção (ZHOU et al., 2009). A calpaína é a principal enzima responsável pelo

amaciamento do músculo esquelético, e de maneira oposta, a calpastatina que é codificada pelo gene CAST,

atuando como inibidor endógeno das calpaínas e, portanto, diminui a taxa e extensão da proteólise no

músculo esquelético (ROCHA, 2013). Du et al. (2004), fornecendo feno de capim nativo para os animais do

grupo controle e palha de milho para grupo denominado tratamento (com restrição de nutrientes),

comprovaram que as vacas com restrição não tiveram diferença na atividade da calpaína I e II; no entanto,

houve uma diferença significativa na atividade da calpastatina. Os animais com restrição apresentaram

maior conteúdo de calpastatina, tendo ocorrido o mesmo com o músculo fetal dos seus filhotes. Ao

suplementarem novilhos Braford terminados em pastagem, comparando com animais apenas em pastagem,

Coria et. al (2019) observaram modulação na expressão das proteínas, na maciez da carne e na relação

calpaína : calpastatina nos músculos Longissimus thoracis e Longissimus lumborum, mostrando que nos

animais suplementados houve redução na proteólise de proteínas miofibrilares, com menor maciez e níveis

altos de calpaína, já nos animais terminados em pastagens observou-se alta atividade proteolítica nos

músculos e consequentemente maior maciez da carne, concluindo que os sistemas de alimentação podem

influenciar a expressão de ambas as proteases, afetando a maciez da carne. Grochowska et. al. (2017)

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119 trabalhando com Merino polonês, criados a pasto, observaram que o genótipo CAPN1 pode ser considerado

um gene candidato de características da qualidade da carne, podendo afetar os parâmetros de qualidade

do cordeiro, estando associado a importantes características de produção.

Palavras-chave: Bovinos; Genes candidatos; Maciez da carne; Ovinos.

REFERÊNCIAS

CORIA, M.S.; REINERI, P.S.; PIGHIN, D. et al. Feeding strategies alter gene expression of the calpain

system and meat quality in the longissimus muscle of Braford steers. Asian-Australas J Anim Sci., v.33, n.5,

p.753-762, 2020.

DU, M.J.; ZHU, W.J.; MEANS, B.W. et al. Effect of nutrient restriction on calpain and calpastatin content of

skeletal muscle from cows and fetuses. J Anim Sci,, v,82, n.9, p.2541-2547, 2004.

GROCHOWSKAA, E.; BORYSB, B.; GRZE´SKOWIAKC, E. et al. Effect of the calpain small subunit 1 gene

(CAPNS1) polymorphism on meat quality traits in sheep. Small Rumin Res., v.150, p.15-21, 2017.

MAGNO, L.L. Fatores de Influência na Qualidade de Carne Ovina. Trabalho de Conclusão do Curso

(Graduação em Zootecnia) - Universidade Federal de Goiás, 2014.

PAIVA, S.R.; MCMAUS, C. Utilização de marcadores moleculares na caracterização genética de ovinos. 9th

Biennial Symposium of the Brazilian Society of Animal Breeding, p. 20-22, 2012.

ROCHA, M.I.P. Controle epigenético da expressão do gene CAST, relacionado à maciez de carne em

bovinos de corte. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

VESTERGAARD, M.; OKSBJERG, N.; HENCKEL, P. Influence of feeding intensity, grazing and finishing

feed in gon muscle fibre characteristics and meat colour of semi tendinosus, longissimus dorsi and supra

spinatus muscles of young bulls. Meat Sci., v.54, n.2, p.177-185, 2000.

ZHOU, H.; HICKFORD, J.G.; GONG, H. Identification of allelic polymorphism in the ovine leptin gene. Mol

Biotechnol, v.41, n.1, p.22-25, 2009.

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HIDROALANTÓIDE EM OVELHA: RELATO DE CASO

MAYARA LAZARIN1*; LUIZ FERNANDO COELHO DA CUNHA FILHO1; GUSTAVO

RODRIGUES QUEIROZ1

1Universidade Pitágoras Unopar, Mestrado em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil; *E-mail:

[email protected];

Hidroalantóide é caracterizada por um aumento do líquido alantoide de maior ocorrência durante o terço final

da gestação (MILTON et al., 1989), em ovelhas de acordo com os poucos relatos encontrados na literatura

esta patologia é considerada rara (WINTOUR et al., 1986). O objetivo desse trabalho foi descrever o relato

de caso de hidroalantóide em uma ovelha. Ovelha, meio-sangue Santa Inês e Dorper, segunda gestação,

com aproximadamente 2 anos de idade, sem histórico de problemas durante a gestação anterior, pode

observar durante o mês de julho um aumento progressivo do contorno abdominal de ambos os lados. A

partir do dia 15 de julho começou a apresentar prolapso vaginal grau 1, durante o exame clínico foi observado

grande distensão abdominal, com aumento da tensão abdominal durante o exame de palpação. O animal

seguiu sob observação para detectar o inicio do trabalho de parto, e durante este tempo a ovelha manteve

seu apetite. No dia 21 de julho observou relaxamento do ligamento sacro-isquiático e no dia 29 de julho foi

iniciado a indução do parto com 16mg de dexametasona. No dia 31 ao final da manhã a ovelha apresentou

contração abdominal, contudo não havia dilatação de cérvix até às 16 horas do mesmo dia, optando então

pela cesariana. Foi realizada a aplicação de Ceftiofur, intramuscular, na dose de 2,2mg/kg e de Flunexina

meglumina na dose de 2mg/kg pela via intravenosa. A tricotomia do flanco esquerdo foi realizada com a

ovelha em estação. Após sedação com xilazina (0,05 mg/kg, IV) e anestesia com quetamina (3mg/kg, IV) a

ovelha foi colocada em uma mesa cirúrgica e a antissepsia do flanco esquerdo foi realizada. O bloqueio

regional optado foi em “L” invertido com anestésico local sem vaso constritor. Foi colocado acesso venoso

na jugular esquerda, ofertando ringer lactato durante toda a cirurgia. Após a incisão da pele, musculaturas

e peritônio, foi notada uma grande distensão uterina. O liquido alantoidiano foi drenado utilizando uma sonda

nasogástrica número 26, logo após foi feita uma incisão na curvatura maior do útero e dois cordeiros foram

removidos. Ambos estavam vivos durante a cirurgia, porém sobreviveram apenas por 3 minutos, ambos

eram pequenos e tinham sinais de prematuridade. O útero foi suturado com fio Catgut cromado 2-0 e o

padrão de sutura foi Cushing em duas camadas. A musculatura e o peritônio foram suturados utilizando o

mesmo tipo de fio de sutura, e o padrão de sutura foi Reverdin, a pele foi suturada com nylon 2-0 e padrão

de sutura Wolff. Após o termino da cirurgia foi adicionado ao ringer lactato a de solução de Borogluconato

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121 de cálcio (30 ml) para auxiliar na involução uterina. No pós-operatório foi mantido o Ceftiofur na mesma dose

por 7 dias e o anti-inflamatório por mais dois dias. A ovelha voltou a se alimentar logo após o termino da

cirurgia e quatorze dias após foi removida as suturas de pele.

Palavras-chave: Alantoide; Cesárea; Gestação; Ruminante.

REFERÊNCIAS

MILTON, A.; WELKER, B.; MODRANSKY, P. Hydrallantois in a ewe. J of American Vet. Med. Ass., v.10, n.1,

p.1385-1386, 1989.

WINTOUR, E.M.; LAURENCE, B.M.; LINGWOOD, B.E. Anatomy, physiology and pathology of the amniotic

and allantoic compartments in the sheep and cow. Aust. Vet. J., v.63, n.7, p.216-221, 1986.

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IMPORTÂNCIA DO FRACIONAMENTO DE ALIMENTOS PARA RUMINANTES: CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS

(Resumo premiado categoria Revisão de Literatura)

JAKELINE VIEIRA ROMERO1*; GRAZIELA CÁCERES CARPEJANI2; SILVANA TEIXEIRA

CARVALHO3; JOSIANE APARECIDA VOLPATO3

1UNIZAR - Universidad de Zaragoza – Departamento de Producción Animal y Ciencia de los Alimentos, Zaragoza,

ES, Europa.; 2 UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, MS, Brasil; 3 UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

Forrageiras constituem a principal fonte de alimento para ruminantes, e dependendo do sistema de

produção, representa 85-90% do total. Animais ruminantes apresentam alta eficiência no aproveitamento da

energia de alimentos fibrosos, transformando fibra e proteína de baixa qualidade, em alimentos de alto valor

biológico (NRC, 2001). Quanto maior a produção (carne/leite) maior será sua exigência nutricional, que não

se limita somente aos valores nutricionais, mas à capacidade de utilização desses nutrientes pelo animal.

Tradicionalmente, dietas são balanceadas de acordo com as quantidades específicas dos nutrientes que

compõem o alimento e, nem sempre levando em consideração as taxas de degradação (Kd) ruminal,

podendo influenciar de forma direta nos produtos finais da fermentação e consequentemente no

desempenho. Caso a Kd-proteica da dieta exceda a taxa de fermentação dos carboidratos, grande

quantidade de nitrogênio pode ser convertida em amônia. Mas se a taxa de fermentação dos carboidratos

exceder a Kd-proteica, a eficiência de síntese de proteína microbiana pode diminuir. Assim, é necessário

considerar que energia e proteína devem ser degradadas simultaneamente para otimizar a eficiência do

crescimento microbiano (RUSSELL et al., 1992; WHITE et al., 2017). Muitos são os sistemas de nutrição

animal utilizados atualmente para estimar exigências proteicas e de carboidratos para produção, dos quais

os mais utilizados são National Research Council (NRC) e Cornell Net Carbohydrate and Protein System

(CNCP) (FOX et al., 2004; TEDESCHI et al., 2015). Ambos sistemas requerem informações das

características do alimento em relação as suas frações proteicas e carboidratos, assim como das taxas de

degradação, para estimar com maior acurácia o desempenho dos animais e maximizar a eficiência de

utilização dos nutrientes. Os sistemas proteicos evoluíram da adequação da ração de PB para os sistemas

atuais de proteína metabolizável (FOX et al., 2004; TEDESCHI et al.,2015). O NRC gado leiteiro (2001)

passou a adotar valores de extensão de Kd-proteica, que são variáveis em função da mesma e da taxa de

passagem ruminal, influenciada pelo consumo de matéria seca e tamanho de partículas do alimento. O

CNCPS é um modelo dinâmico, adota taxas de passagem e Kd diferenciadas para cada fração da proteína

e carboidrato. Sendo um programa de simulação, tem duas funções: a primeira e de principal objetivo, é

predição do desempenho animal; a segunda é de indicar novas pesquisas voltadas a assuntos que ainda

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123 não estão bem definidos. O sistema baseia-se no fracionamento dos carboidratos e no modo diferenciado

como os microrganismos ruminais fazem uso destes compostos, sendo consideradas as diferenças quanto

à utilização dos carboidratos para manutenção e crescimento microbiano, quanto à utilização e natureza dos

compostos nitrogenados consumidos e quanto à sincronização entre a disponibilidade de energia e

nitrogênio para maximização do crescimento microbiano (VAN-AMBURGH et al., 2015; SNIFFEN et

al.,1992). A caracterização dessas frações é de grande importância na nutrição de ruminantes e as

informações podem ser utilizadas com precisão nos atuais sistemas de produção, como de proteína

metabolizável do NRC e/ou modelos mais mecanicistas como CNCPS, esses resultados quando aplicados

de forma prática em empresas pecuárias, contribuem para máxima eficiência produtiva.

Palavras-chave: CNCPS; NRC; Nutrição; Taxa de degradação.

Referências

FOX, D.G.; TEDESCHI, L.O.; TYLUTKL, T.P. et al. The Cornell Net Carbohydrate and Protein System model

for evaluating herd nutrition and nutrient excretion. Anim Feed Sci Tech., v.112, p.29-78, 2004.

NRC-National Research Council. Nutrient requeriments of dairy cattle. Washington:National Academic Press.

2001.p. 381.

RUSSEL, J.B.; O’CONNOR, J.D.; FOX, D.G. et al. A net carbohydrate and protein system for evaluating

cattle diets: I.Ruminal fermentation. J Anim Sci., v.70, p.3551-61, 1992.

SNIFFEN, C.J.; O’CONNOR, J.D.; VAN SOEST, P.J. E et al. A net carbohydrate and protein system for

evaluating cattle diets: II. Carbohydrate and protein availability. J Anim Sci., v.70, p. 3562-77, 1992.

TEDESCHI, L.O.; FOX, D.G.; FONSECA, M.A. et al. Models of protein and amino acid requirements for

cattle. R. Bras Zootecn., v.44, n.3, p.109-132, 2015.

VAN-AMBURGH, M.E.; COLLAO-SAENZ, E.A.; HIGGS, R.J. et al. The Cornell Net Carbohydrate and Protein

System: Updates to the model and evaluation of version 6.5. J Dairy Sci., v.98, n.9, p.6361-80, 2015.

WHITE, R.R.; ROMAN-GARCIA, Y.; FIRKINS, J.L. et al. Evaluation of the National Research Council (2001)

dairy model and derivation of new prediction equations. 2. Rumen degradable and undegradable protein. J

Dairy Sci. , v.100, n.5, p.3611-27, 2017.

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124

INCIDÊNCIA DE MASTITE EM VACAS LEITEIRAS EM DIFERENTES MODELOS DE ORDENHA NA REGIÃO DE CAMPO GRANDE – MS

JHOSIANE APARECIDA ROCHA DA SILVA1; EDUARDA DO AMARAL SOUZA SILVA1;

ALEXANDRE DE OLIVEIRA BEZERRA1; VICTOR CERQUEIRA LEITE2

1Acadêmica de Medicina Veterinária, Universidade Católica Dom Bosco Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. 2Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato

Grosso do Sul, Brasil. *E-mail: [email protected]

A mastite é a inflamação da glândula mamária muito comum em bovinos. É a doença que causa mais

prejuízos econômicos no rebanho leiteiro, onde aproximadamente 40% das vacas são acometidas. Esta

enfermidade, quando clínica ocasiona danos significativos e apreciáveis, resultantes de leite descartado,

custo do tratamento, reposição de animais não produtivos, dentre outros. O objetivo desse experimento foi

avaliar a incidência de animais com mastite em dois tipos de ordenha. O estudo foi realizado em 4 pequenas

propriedades de gado leiteiro localizadas no munícipio de Campo Grande – MS, duas dessas propriedades

utilizavam sistema de Ordenha Mecanizada, propriedade P1 e P2, e duas o sistema de Ordenha Manual,

propriedade P3 e P4. Sendo a propriedade P1 contava com 10 animais, P2 49 animais, P3 5 animais e P4

8 animais, todos em lactação. Antes da ordenha os animais foram submetidos aos testes da Caneca de

fundo preto e ao Califórnia Mastitis Test (CMT) e para os animais positivos para um dos testes foram

coletadas amostras de leite para posterior identificação de colônias bacterianas e confirmação da mastite.

Para a coleta do material biológico foi utilizada luva de procedimento para evitar a contaminação das

amostras, realizando a antissepsia do quarto mamário que seria coletado com algodão embebecido em

álcool a 70%, e após 20 segundos a amostra era coletada em tubo falcon estéril, e posteriormente

acondicionado e refrigerado em isopor (com gelo) em temperatura média de 2ºC, para logo após serem

inoculadas em meio de cultura para identificação. Os resultados mostraram que o maior percentual de

animais acometidos pela mastite eram do grupo de Ordenha Manual, apresentaram 80% de animais com

mastite na propriedade P3 e 100% dos animais apresentavam mastite na propriedade P4, porém na Ordenha

Mecanizada os animais apresentaram percentual baixo sendo, P1 com 40% e P2 com 38,7% de animais

acometidos. Na identificação das bactérias foram encontradas Staphylococcus sp, Streptococcus spp e

Corynebacterium, confirmando a mastite. Conclui-se que nesse presente estudo que a ordenha mecanizada

pode ser mais segura para prevenção da alta taxa de mastite nos animais em lactação.

Palavras chaves: Ordenha; Mastite; Quarto mamário; Rebanho leiteiro.

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INDUÇÃO DE PARTO EM OVELHA: RELATO DE CASO

JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ BARRETO1*; MARIANA FERREIRA DE ALMEIDA1; FABÍOLA

CRISTINE DE ALMEIDA REGO GRECCO1; FRANCISCO THIAGO DE OLIVEIRA1; JACIANI

CRISTINA BEAL1; LUIZ FERNANDO COELHO DA CUNHA FILHO1

1 Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção

Animal, Arapongas, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

A indução do parto visa mimetizar os mecanismos endógenos do parto, e, tem sido amplamente utilizada

em vacas e porcas, contudo, trata-se de um procedimento relativamente incomum em ovelhas. A baixa taxa

de sobrevivência de cordeiros e a incerteza do tempo gestacional são fatores limitantes. Recomenda-se a

indução de parto em casos de risco de vida para a ovelha e/ou fetos. Foi atendida no HV da UNOPAR, em

Arapongas-PR, uma ovelha Dorper, de 6 anos de idade, aos 162 dias de gestação. O proprietário relatou

inapetência, apatia e decúbito. Ao exame clínico não houve alterações dos parâmetros, contudo, ao realizar

avaliação obstétrica por ultrassonografia transabdominal, verificou-se a ausência de movimentação fetal e

presença de líquido amniótico de alta celularidade, sugestiva de processo inflamatório. Fez-se a

administracao de 2,5 mg de PGF2α, 16 mg de dexametasona. Após 37 horas da inducao, obteve-se dois

natimortos por parto distócico, sob manobra obstétrica. A prostaglandina além de um agente luteolítico,

promove a liberação de relaxina, dilatação cervical, ademais, é também responsável pelo aumento da

responsividade do miométrio a ação da ocitocina, dadas suas ações, tornou-se indispensável no presente

protocolo. A aplicação de corticosteroide teve como objetivo mimetizar a ação do cortisol endógeno, agente

fundamental para o início da sequência de evento endócrinos e fisiológicos do parto relacionado ao cortisol

fetal, responsável pela conversão da progesterona placentária em estrógeno, desencadeando a ativação de

receptores de oxitocina no miométrio, relaxamento do colo uterino e liberacao de prostaglandina (PGF2α)

dos cotilédones(Ingoldby e Jackson, 2001). O protocolo utilizando a associacao de PGF2α, dexametasona

e ocitocina mostrou-se eficaz.

Palavras-chave: Corticoides; Gestação; Ovinos; Prostaglandina.

REFERÊNCIAS

INGOLDBY L, JACKSON P. Induction of parturition in sheep. In Practice, v. 23, n.4, p. 228-231, 2001.

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126

INTEGRIDADE DE MEMBRANAS PLASMÁTICA E ACROSSOMAL EM SÊMEN

RESFRIADO DE OVINO SUBMETIDO À RENOVAÇÃO DE DILUENTE EM

DIFERENTES TEMPERATURAS

CAENE BORGES DOS SANTOS1; POLIANA ALMEIDA BEZERRA1; ARIADNE MARQUES

SILVA SANTANA1; ROSILEIA SILVA SOUZA1; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1; LARISSA

PIRES BARBOSA1

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB, Cruz das Almas, BA, Brasil. *E-mail: [email protected]

O objetivo com esse estudo foi avaliar a integridade das membranas plasmática e acrossomal em sêmen

resfriado de ovinos submetidos à renovação de diluente em diferentes temperaturas. O projeto foi aprovado

pela CEUA da UFRB (23007.00002276/2020-17). Foram utilizados três ovinos adultos da raça Santa Inês

criados em sistema semi-intensivo. Coletas de sêmen foram realizadas uma vez por semana, totalizando

cinco repetições, pelo método de vagina artificial, utilizando-se uma fêmea como manequim. Os ejaculados

foram avaliados quanto aos aspectos físicos e morfológicos para formação de um pool, sendo fracionados

em três tratamentos (T): T1 grupo controle, sem renovação de diluente; T2 com renovação de diluente,

utilizando centrífuga refrigerada à 5ºC e T3 com renovação de diluente, utilizando centrífuga de bancada à

temperatura ambiente. Após a diluição com diluente citrato-gema, as amostras foram colocadas em

Botuflex® com curva de resfriamento para 5°C. Nas horas 24, 48 e 72 após o resfriamento, foram retiradas

alíquotas para avaliação de integridade funcional da membrana plasmática (HOST) e integridade da

membrana acrossomal. Após a retirada das alíquotas, as amostras do T2 e T3 foram submetidas à uma

nova centrifugação, de acordo com os respectivos tratamentos. Para avaliação da integridade funcional da

membrana plasmática foi realizado o Teste Hiposmótico, que de acordo Jeyendran et al. (1984) e Kumi-

Diaka (1993) classifica-se as células com membrana plasmática íntegra ou lesionada. A avaliação da

integridade de membrana acrossomal foi feita por meio da preparação de esfregaços seminais corados com

Vermelho Congo e classificadas em acrossoma íntegro, irregular, desprendimento parcial do acrossoma e

desprendimento total do acrossoma, segundo Cerovsky (1976). Os dados foram submetidos à avaliação de

normalidade por meio do teste de Shapiro-Wilk. Às variáveis que apresentaram distribuição normal foi

aplicado a ANOVA e o Teste Tukey, considerando 5% de significância. Para as variáveis não paramétricas

foi realizado o teste Kruskal Wallis (HOST Não reativos 24h). Na avaliação da integridade funcional da

membrana plasmática não foi observada diferença entre os tratamentos com 24h, com média de

89,99±5,23% para células reativas, como também às 72h, com média de 84,83±9,66% (P>0,05). Contudo,

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127 foi observada diferença entre os tratamentos com 48h para esta mesma variável (P<0,05) (T1=86,25±6,08;

T2=92,87±2,17; T3=88,12±5,02%), com superioridade do tratamento que utilizou centrífuga refrigerada. Já

para os parâmetros da integridade acrossomal não apresentou diferença entre os tratamentos (P>0,05). No

entanto, pode-se observar uma diminuição no percentual de acrossoma íntegro (68,75±8,93%) e um

aumento no percentual de desprendimento parcial do acrossoma (15,12±4,55%), ambos no T3 após

avaliação com 72h. Conclui-se que a variação na temperatura durante a centrifugação para renovação do

diluente não afeta negativamente a integridade funcional da membrana plasmática, desta forma, não

havendo necessidade da utilização de centrífuga refrigerada. Entretanto com 72 horas, essa variação

pareceu provocar danos ao acrossoma, sendo necessário o desenvolvimento de mais estudos para avaliar

a extensão dos danos após esse determinado período.

Palavras-chave: Ovino; Renovação De Diluente; Sêmen Resfriado; Viabilidade Espermática.

REFERÊNCIAS

JEYENDRAN, R. S. Development of an assay to assess the functional integrity of the human sperm

membrane and its relationship to other semen characteristics. J. Reprod. Fertility, v. 70, p. 219-228, 1984.

KUMI-DIAKA, J. Subjecting canine semen to the hypo-osmotic test. Theriogenology, v. 39, p. 1279-1289,

1993.

CEROVSKY, J.A. A new staining procedure for boar spermatozoa. Zivocisna Vyroba, v. 21, p. 351-362,

1976.

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LIMITES DE INCLUSÃO DA GLICERINA BRUTA EM DIETAS DE RUMINANTES

JAYNE DALLAGO RIBEIRO1*; KELLY TAINA PROVIDELO DOS SANTOS1; NATHALIA CILENTI1; FABIOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO GRECCO1

1 Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

Um dos principais componentes de custo na produção animal é a alimentação e uma das alternativas para

minimizar este custo é a utilização de coprodutos agroindustriais na dieta. A glicerina pode ser utilizada

como uma fonte energética alternativa na alimentação animal, particularmente para ruminantes, na qual o

glicerol pode ser disponibilizado diretamente para a produção de ácidos graxos de cadeia curta que são

absorvidos no rúmen para obtenção de energia (MACH et al., 2009). Esta revisão foi elaborada com o

objetivo de descrever o limite de inclusão de glicerina bruta em dietas de ruminantes. De acordo com Donkin

(2008), a indústria alimentícia dispõe de uma glicerina segura, pelas preocupações em relação aos níveis

de contaminantes provenientes da produção de biodiesel. Aurea (2010) trabalhando com níveis de 0; 10 e

20% de glicerina bruta em novilhos nelore terminados a pasto, encontrou que não houve diferença no peso

vivo final entre os diferentes níveis de glicerina, porém este mesmo autor determinou que houve diferença

no ganho de peso diário entre os níveis de inclusão de glicerina sendo o nível de 10% o que apresentou o

maior ganho de peso diário, com 1,38 kg/dia. Farias (2011) trabalhando com níveis de inclusão de 0; 2,8;

6,1 e 9 % de glicerina na dieta de novilhas mestiças criadas a pasto, encontrou que a adição de glicerina

promoveu uma redução no ganho médio diário de 0,78; 0,74; 0,7 e 0,62 e no peso vivo final 305,8; 302,0;

297,8; 289,3, respectivamente para os níveis de 0; 2,8 ; 6,1 e 9% de glicerina. Segundo Rego et al. (2017)

o uso de glicerina na dieta para terminação de cordeiros (níveis de 0, 7, 14 e 21% na dieta) não altera as

características da carne, mantendo a qualidade do produto para consumo. Os principais ácidos graxos na

carne de cordeiro não são alterados pelos níveis crescentes de glicerina bruta na dieta, proporcionando um

resultado satisfatório para ácido linoléico conjugado (CLA); e a razão ômega 6 e ômega -3 permaneceu nos

níveis abaixo de 4; que é o recomendável. A utilização de glicerina bruta como fonte energética mostra-se

promissora, no entanto mais estudos têm que ser realizados para que se possa demonstrar sua eficácia,

comprovando que a sua utilização não irá comprometer o desempenho produtivo do rebanho, e seu custo

benéfico como fonte de alimento alternativo (OLIVEIRA et al., 2014).

Palavras-chaves: Coprodutos; Fonte energética; Glicerina; Produção animal; Ruminante.

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129

REFERÊNCIAS

MACHA, N.; BACHA, A.; DEVANT, M. Effects of crude glycerin supplementation on performance and meat

quality of Holstein bulls fed high-concentrate diets. J. of Animal Sci., v.87, n.1, p.632-638, 2009.

DONKIN, S.S. Glicerol from biodiesel production: the new corn for dairy cattle. J. of Animal Sci., v.37,

p.280-286, 2008.

AUREA, A.P.D. Glicerina, Resíduo da Produção de Biodiesel, na Terminação de Novilhos da Raça Nelore.

2010. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) –Universidade Estadual de São Paulo, Jaboticabal, 2010.

FARIAS, M.S. Níveis de Glicerina para novilhas mestiças criadas a pasto: desempenho animal e

comportamento ingestivo. 2011.Dissertação (Mestre em Zootecnia) – Universidade Estadual de Maringá,

Maringá, 2011.

OLIVEIRA, V.S.; VALENÇA, R.L.; SANTANA NETO, J.A. et al. Implicações da utilização de

glicerina na suplementação de bovinos a pasto. R. Cient. Med. Vet. V. 23, n.1, p.1-10, 2014.

REGO, F. C. A. et al. Fatty acid profile and lambs’ meat quality fed with different levels of crude

glycerin replacing corn. Sem. Cienc. Agrarias, v. 38, n. 4, p. 2051-2064, 2017

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LIMITES DE INCLUSÃO DE ÓLEOS EM DIETAS DE RUMINANTES

MARCELO AUGUSTO SGORLON LENHARO1*; NATHAN AUGUSTO MURIEL1; GABRIEL FERNANDES LOPES1

; MAYSIE DAMIANA CORREIA WANDERLEY1

1 Universidade Pitágoras Unopar – Arapongas, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

Com a busca dos produtores de ruminantes em aumentar sua produtividade como por exemplo ganho de

peso e maior produção leiteira os mesmos recorrem a métodos que auxiliem no aumento da conversão

alimentar que proporcione uma redução nos gastos com a nutrição, uma vez que os maiores gastos na

criação de animais de produção é sua alimentação, um exemplo é a introdução de lipídeos na dieta dos

animais. Os lipídios são considerados fontes energéticas com alta concentração de energia podendo conter

cerca de 2,25 vezes mais de energia, sendo que são constituídos de grande proporção de ácidos graxos, e

os carboidratos (SILVA et al., 2007). A introdução de lipídeos tem sido cada vez mais utilizada na dieta de

animais, uma vez que, inúmeras qualidades como principal forma de reserva de energia no formato de

triglicerídeos em épocas que o consumo ultrapassa as necessidades e que, nas épocas de balanço

energético negativo, mobiliza essa reserva fonte de ácidos graxos essenciais, melhora absorção de

vitaminas lipossolúveis, melhora eficiência energética das dietas e inúmeros outros benefícios. A gordura

tem grande influência sobre o equilíbrio ruminal, sendo que há certo limite para ingestão de lipídeos 5% a

7% (BRÁS et al., 2014). O ambiente do rúmen é responsável por algumas modificações dos lipídeos

dietéticos, o que altera sua composição de ácidos graxos antes de chegar ao duodeno. Essas alterações

ocorrem em dois processos conhecidos como lipólise e biohidrogenação. A lipólise consiste no início do

processo de metabolismo dos lipídeos no rúmen, sendo imprescindível para que ocorra a biohidrogenação.

A biohidrogenação é o processo pelo qual as bactérias ruminais inserem hidrogênio nas ligações insaturadas

(duplas) tornando-as saturadas (simples). Estudos apontam que há dois obstáculos a serem corrigidos como

controlar os efeitos antimicrobiano, para que seja possível ser introduzido gorduras na dieta de ruminantes

desde que não prejudique sua absorção e controlar a biohidrogenização para a absorção de alguns ácidos

graxos que podem promover a performance ou reduzir a saturação da gordura da carne e do leite (MAIA et

al., 2011). A inclusão de níveis muito elevados de óleo nas rações, alcançando em torno de 6- 7% de EE na

MS podem apresentar efeitos negativos e inibitórios na fermentação ruminal, comprometendo o consumo e

a digestibilidade dos nutrientes, por conta que os lipídeos fazem aderência do óleo sobre as partículas

fibrosas no rúmen, a alteração da permeabilidade da membrana das bactérias gram-positivas,

principalmente as celulolíticas, e outros efeitos metabólicos (ALFERRI et al., 2005). A suplementação com

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131 lipídeos pode ser de grande ajuda aos produtores, desde que seja balanceada para que não haja

complicações na digestibilidade da matéria seca.

Palavras-Chave: Confinamento; Digestão; Lipídeos; Ruminantes.

REFERÊNCIAS

AFERRI, G. et al. Desempenho e características de carcaça de novilhos alimentados com dietas contendo

diferentes fontes de lipídios. R Bras. Zoot., v.34, n.5, p.1654-1658, 2005.

BRÁS, P.; POSSENTI, R.A.; BUENO, M.S. et al. Avaliação nutricional de coprodutos da extração de óleos

vegetais em dieta de ovinos. Bol. Ind. Animal, v.71, n.2, p.160-175, 2014.

MAIA, M.; PARENTE, H.N.; ARAÚJO, V.M. Utilização de lipídeos na dieta de pequenos ruminantes. Arq.

Ciências Vet. Zoo., v.14,n.2, p.11-19, 2011.

SILVA, M.M.C.; RODRIGUES, M.T.; BRANCO, R.H. et al. Suplementação de lipídios em dietas para cabras

em lactação: consumo e eficiência de utilização de nutrientes. R. Bras. Zoot., v.36, n.1, p.257-267, 2007.

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LINFADENITE CASEOSA EM PEQUENOS RUMINANTES: REVISÃO BILBIOGRÁFICA

MARIA CAROLINA RISSO MILANO1*; MAYARA LAZARIN1; JAYNE RIBEIRO DALLAGO1;

MÉRCIA DE SEIXAS1

1 Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, PR, Brasil. *E-mail: [email protected]

A linfadenite caseosa (LC) é causada pela bactéria Corynebacterium psudotuberculosis, sendo está

responsável por grandes perdas econômicas na ovinocultura e caprinocultura, devido a sua alta incidência

que determina a condenação da carcaça, desvalorização da pele devido a cicatrizes deixadas pelos

abscessos, diminuição da produção de carne ou leite, gastos com tratamentos e ocasionalmente morte dos

animais acometidos (SOUZA et al., 2011). Esta é definida como uma doença contagiosa crônica,

caracterizada por lesões purulentas e caseosas nos linfonodos e, ocasionalmente, pulmões, baço, rins,

fígado e sistema nervoso central (ANDRADE et al., 2012). A doença é endêmica no Brasil, e tem uma

prevalência clínica variável de 5% a 50%, sendo mais comum em caprinos e ovinos deslanados. A principal

fonte de infecção é o conteúdo dos abscessos que quando supuram, contaminam o meio ambiente e fômites.

A transmissão ocorre por contato direto com as secreções dos abscessos ou mediada por agulhas,

aparelhos de tosquia, instalações e banhos de imersão contaminados com o agente (SOUZA et al., 2011).

A bactéria C. pseudotuberculosis é um bacilo Gram-positivo, que causa infecção a partir da pele lesionada

ou intacta. O diagnóstico definitivo, só é realizado mediante cultura bacteriana e identificação do agente,

além de exames histológicos, sendo que alguns autores relatam o isolamento de outros microrganismos no

conteúdo dos abscessos destes animais, determinando lesões semelhantes às encontradas na LC

(VALENÇOELA et al, 2012). Os sinais clínicos encontrados são aumento de tamanho de um ou mais

linfonodos superficiais que possam romper-se com facilidade. O tratamento se dá por meio da drenagem e

infusão de antisséptico na lesão, que deve ser seguido de uma rigorosa desinfecção do local onde foi

realizada drenagem, recolhendo-se todo o material contaminado, e destruindo-o completamente com fogo,

e enterrando-o. A ferida deve ser limpa periodicamente com solução iodada a 10% ou solução aquosa de

clorexidina. O animal deve permanecer isolado até a completa cicatrização do corte. A área e o local onde

os animais foram isolados, além de estruturas como comedouros, bebedouros, cordas, entre outros, não

devem ser compartilhados com outros animais. É recomendado que animais que apresentam recidivas

sejam eutanasiados e suas carcaças incineradas. A vacinação é considerada uma medida específica de

profilaxia, e estão disponíveis vacinas baseadas em toxóides, bacterinas, complexos bacterinas/toxóides e

cepas atenuadas, porém a vacinação não impede a infecção, apenas diminui a gravidade das lesões

(FACCIOLI-MARTINS et al., 2014; MEDING et al., 2016).

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Palavras-chave: Bactéria; Corynebacterium psudotuberculosis; Linfonodos; Ovinos.

REFERÊNCIAS

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infecção por Corynebacterium pseudotuberculosis em caprinos e ovinos do semiárido paraibano. Pesq. Vet.

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FACCIOLI-MARTINS, P.Y.; ALVES, F.S.F.; PINHEIRO, R.R. Linfadenite Caseosa: perspectivas no

diagnóstico, tratamento e controle. Embrapa Caprinos e Ovinos, 2014.

MEDING, J.; RIBEIRO, M.G.; PAES, A.C. et al. Doenças Infecciosas em Animais de Produção e de

Companhia. Rio de Janeiro. 2016. p.388-398.

SOUZA, M.F.; CARVALHO, A.Q.; JR, F.G. et al. Linfadenite caseosa em ovinos deslanados abatidos em

um frigorífico da Paraíba. Pesq. Vet. Bras., v.31, n.3, p.224-230, 2011.

VALENÇOELA, R.A.; RODRIGUES, F.S.; RODRIGUES, A.O. et al. Estudo bacteriológico e histológico de

abscessos em ovinos abatidos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. R Vet. em Foco, v.9, n.2, p.1-9,

2012.

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134

MANIFESTAÇÃO AGUDA DE VFCM EM UM BEZERRO (Resumo premiado categoria Relato de caso)

MARIANA DE MELLO ZANIM MICHELAZZO1; ANA APARECIDA CORREIA XAVIER2,

MARÍLIA ARAÚJO NAIVERTH1, SÉRGIO TOSI CARDIM1, SELWYN ARLINGTON HEADLEY1,3

1Universidade Norte do Paraná-UNOPAR. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. 2Universidade Estadual de Londrina-UEL. E-mail: [email protected]. 3University of Minessota. E-mail: [email protected]

A Febre Catarral Maligna (FCM), doença infecciosa distribuída mundialmente, induzida por patógenos virais

membros do complexo FCM, onde o gammaherpesvirus 1 Alcelaphine (AlHV-1); gammaherpesvirus 2

Alcelaphine (AlHV-2) e gammaherpesvírus-2 ovino (OvHV-2), são frequentemente identificados. No Brasil,

a FCM é associada ao OvHV-2, onde ovinos são hospedeiros assintomáticos, enquanto outros ruminantes,

manifestam a doença (HEADLEY et al., 2020). Os vírus-FCM (VFCM) são linfotrópicos e vasotrópicos,

apresentam taxa de letalidade de 95% nos casos relatados no Paraná (HEADLEY et al., 2020). Este trabalho

descreve a manifestação aguda de FCM em bovino leiteiro com 23 dias de vida. Foi relatado que o animal

apresentou diarreia no 5º dia de vida e manifestações neurológicas a partir do 21º dia, incluindo depressão

acentuada, pedalagem, vocalização, mastigação, rigidez cervical, perda do tônus lingual e óbito. O animal

era de uma fazenda leiteira de Rolândia-PR, com histórico de óbitos em bezerros com diarreia, porém sem

análise patológica. O animal foi submetido a autópsia de rotina para determinar a causa de morte, tecidos

foram colhidos, fixados em solução de formalina tamponada e processados para histopatologia de rotina.

Cortes do fragmento de rim emblocado em parafina foram submetidos a análise imuno-histoquímica (IHQ)

com anticorpo monoclonal contra o VFCM (MAb p 36/34 IgM, Pullman, WA, EUA; diluição 1:1000).

Macroscopicamente, observou-se hiperemia e edema acentuados no encéfalo; infarto renal agudo

multifocal; hemorragia e edema pulmonar difuso acentuado; rinite difusa acentuada; duodenite aguda

acentuada em terço proximal; hidropericárdio; hidrotórax e hidroperitôneo. Microscopicamente, constatou-

se no encéfalo, malácia na substância cinzenta cortical e na substância branca cerebelar, gliose multifocal,

edema e hemorragias perivasculares multifocais; pneumonia intersticial e edema acentuado; miocardite

linfocítica; rinite ulcerativa linfocítica; nefrite linfocítica com necrose tubular; hiperplasia linfoide folicular

moderada no baço e enterite linfocítica atrófica, com hiperplasia folicular das Placas de Peyer. Na IHQ,

obteve-se imunopositividade para o VFCM, com antígenos intracitoplasmáticos nas células epiteliais dos

túbulos renais. É muito provável que o caso de FCM diagnosticado nesse bovino esteja associado à infecção

por OvHV-2. Até o momento, apenas o OvHV-2 foi identificado nos casos de FCM diagnosticados no Brasil

(HEADLEY et al., 2020). No entanto, as amostras desse caso necessitariam ser submetidas a exames

moleculares (PCR) para confirmar a participação do OvHV-2. Os achados macro e microscópicos desse

caso corroboram com os estudos que classificam a FCM na forma aguda (LI et al., 2014), visto que

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135 observamos lesões inflamatórias erosivas/ulcerativas no intestino delgado e mucosa nasal, pneumonia

intersticial e edema pulmonar, nefrite aguda e hiperemia das leptomeninges. Sendo condizente com os

dados brasileiros publicados e compilados pela recente revisão realizada por Headley et al. (2020). A

prevalência da FCM no Brasil pode estar subestimada, influenciando negativamente os dados que

demonstram a realidade dos rebanhos brasileiros. É notória a importância de realizar a autopsia de bovinos

para a confirmação da causa-mortis e associação correta das manifestações clínicas ao agente etiológico.

Palavras chave: Doenças infecciosas; Gammaherpesvirus-2 ovino; Ruminantes; Vírus da febre catarral

maligna.

REFERÊNCIAS

HEADLEY, S.A.; OLIVEIRA, T.E.S.; CUNHA, C.W. A review of the epidemiological, clinical, and pathological

aspects of malignant catarrhal fever in Brazil. Braz. J. Microbiol., v.51, p.1405–1432, 2020.

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2014.

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Investig., v.10, n.3, p.255–262, 1998.

USDA-APHIS. National List of Reportable Animal Diseases (NLRAD) Framework. Animal and Plant Health

Inspection Service, 2016.

WAMBUA, L. et al. Wildebeest-associated malignant catarrhal fever: perspectives for integrated control of a

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136

ANEXO - MANIFESTAÇÃO AGUDA DE VFCM EM UM BEZERRO

Fig.1 – Rim bovino. Imunopositividade intracitoplasmática para o VFCM nas células epiteliais degeneradas

dos túbulos renais. Contracoloração por Hematoxilina de Harris, aumento de 40x.

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METODOLOGIAS DE AVALIAÇÕES GENÉTICAS EM POPULAÇÕES MULTIRRACIAIS

(Resumo premiado categoria Revisão de Literatura)

TATIANA BLEINROTH RODRIGUEZ1,2, SANDRA MARIA SIMONELLI1,3, CAROLINA AMÁLIA

DE SOUZA DANTAS MUNIZ1,4, LUCAS SANTANA DA CUNHA1,5, BRUNA SILVA MARESTONE1,6, PEDRO HENRIQUE RAMOS CERQUEIRA1,7

1Universidade Estadual de Londrina. [email protected]. [email protected] [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]

As ferramentas utilizadas pelo melhoramento genético são a seleção e o cruzamento. A seleção é a escolha

dos indivíduos que serão pais na próxima geração. O cruzamento é o acasalamento de indivíduos de raças

diferentes com o intuito de explorar a heterose a complementariedade. Estas são formadas pelo cruzamento

de duas raças ou mais, visando manter bons níveis de heterose e adaptabilidade. Tanto nas raças puras

quanto nas sintéticas é importante a identificação do potencial genético possibilitando a escolha dos

melhores, gerando descendentes superiores. Essa escolha é feita pelas avaliações genéticas. Em raças

puras, as avaliações genéticas são bem definidas utilizando modelos estatísticos robustos. Nestes modelos,

são incluídos, além dos efeitos fixos de ambiente, os efeitos aleatórios genéticos aditivos e maternos, bem

como os permanentes de ambiente, com variações dependendo da espécie e característica pela qual os

animais são avaliados. Entretanto, em raças sintéticas, as avaliações genéticas, no Brasil, ainda são pouco

difundidas. Nestas avaliações é comum, além dos animais cruzados, existirem pais e mães de qualquer

composição racial que deram origem à raça. Essas populações são formadas por animais puros e cruzados,

chamadas de populações Multirraciais. Como consequência, a estrutura dos dados se torna mais complexa

e há necessidade de considerar nos modelos, além dos efeitos genéticos aditivos, os efeitos não aditivos

que ocorrem devido às interações entre os genes provenientes de raças diferentes. Os efeitos genéticos

aditivos resultam do somatório das médias dos efeitos dos alelos e podem ser considerados como os efeitos

transmissíveis para a descendência. Esses efeitos são demonstrados por meio das DEPs, Diferença

Esperada na Progênie, encontradas nos catálogos dos programas de melhoramento genético animal. Os

efeitos genéticos não aditivos podem ser do tipo dominância, sobredominância e epistasia. Essas interações

são responsáveis pela heterozigose dada como a probabilidade de alelos serem provenientes de raças

diferentes. A heterose, principal fenômeno dos cruzamentos, implica na superioridade dos produtos

cruzados em relação à média dos pais de raças puras, sendo que a heterose está positivamente relacionada

com a heterozigose. Dentre os modelos utilizados nestas avaliações podem ser citados o modelo de

Dickerson (1973), conhecido como “Modelo de Recombinacao Genética”, em que se consideram os efeitos

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138 genéticos não aditivos, efeitos lineares das heterozigoses individual e materna, além dos efeitos de

recombinação e de composição genética do indivíduo e da mãe; modelos com a inclusão dos grupos

genéticos como efeitos fixos, podendo ser considerados os grupos genéticos independentes ou

dependentes das origens maternas e paternas; modelos de regressão com adição dos efeitos diretos e

maternos e também os não aditivos como covariáveis entre outros modelos. Assim, se faz necessário

estudos para testar metodologias para as avaliações genéticas em raças sintéticas, de maneira apropriada

para o sucesso dos programas de melhoramento genético.

Palavras-chave: Bovino; Cruzamento; Melhoramento; Seleção.

REFERÊNCIAS

BOCCHI, A.L. et al. Avaliação genética multirracial para ganho de peso pré-desmama em bovinos de uma

população composta. R. Bras. Zootec., v.37, n.7, p. 1207–15, 2008.

CAMILO, B.F.R. Modelo para avaliação genética de populações multirraciais. Tese de Doutorado,

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, 2019. 120f.

CARDOSO, F.F.; TEMPELMAN, R.J. Hierarchical Bayes Multiple-Breed Inference with an application to

genetic evaluation of a Nelore-Hereford population. J. Anim. Sci., v.82, n.6, p.1589–601, 2004.

ELZO, M.A.; BORJAS, A.R. Perspectivas da avaliação genética multirracial em bovinos no Brasil. Ciênc.

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TORAL, F.L.B. Modelos para avaliação genética do peso à desmama de bovinos cruzados Charolês-Zebu.

Tese de Doutorado, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2007. 153f.

TORAL, F.L.B. et al. Modelagem de efeitos genéticos e ambientais que influenciam o peso à desmama de

bezerros mestiços Charolês-Zebu. R. Bras. Zootec., v.40, n.11, p.2378–87, 2011.

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139

MORINGA E SUAS IMPLICAÇÕES NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS PARA PRODUÇÃO DE LEITE

(Resumo premiado categoria Revisão de Literatura)

ALINE DE VASCONCELOS DANIEL1; LETICIA JALLOUL GUIMARÃES1; GABRIELLA

CAPITANE SENA2; VERIDIANA FERREIRA PAIANO2; ISABELLA GUARTIERI DA SILVA1; MARILICE ZUNDT3*

1 Discente do programa de Pós-Graduação - Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil. 2 Discentes de Graduação em Zootecnia - Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil. 3 Professora e pesquisadora do PPG em Ciência Animal - Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil. *E-mail:

[email protected]

Para suprir as demandas na alimentação de ruminantes na produção de leite, uma nutrição alternativa é o

foco de pesquisas atuais, nesse contexto a Moringa oleífera Lam. vem mostrando-se promissora. É uma

árvore de tamanho médio, nativa da Índia, e outras regiões tropicais do mundo, trazida para o Brasil em

1950. No que se refere à nutrição, objetiva-se produzir ramos de moringa com talos finos, que possuem

elevado teor de fibra degradável no rúmen, além de alta proporção de folhas, com quantidade significativa

de proteínas, com média de 24,5%, 43,2% de Fibra em Detergente Neutro, 17,8% de Fibra em Detergente

Ácido e 5,1% de Lignina (LISITA et al., 2018). Em relação aos fatores antinutricionais, cujo consumo pode

afetar a produtividade e a saúde dos animais, Kagengi et al (2007) descreve que as folhas de moringa

apresentam quantidades insignificantes de fenóis (3,1%), taninos (1,4%) e saponinas (5%), semelhantes

aos encontrados na soja. Nessas concentrações, eles não produzem efeitos adversos ou toxicidade quando

ingeridos por ruminantes. Sendo assim, esta pesquisa tem por objetivo a exploração do potencial nutricional.

Segundo Medeiros et al., (2015), comparando a moringa com culturas como milho, algodão, mamona,

girassol preto e pinhão manso, a moringa apresentou os melhores resultados, apresentando 577,6 g/kg

proteína bruta, baixo teor de lignina 10,3g/kg e alta digestibilidade 791,3 g/kg. A substituição parcial de feno

de alfafa (≤50%) e silagem de milho com silagem de Moringa oleifera mostrou um substituto para a produção

de leite, com boa disponibilidade de nutrientes, não afetando os valores bioquímicos séricos de vacas em

lactação (ZENG et al., 2017). Zhang et al. (2017) constataram que a produção de leite aumentou em vacas

recebendo 6% de suplemento de moringa em comparação com o controle. A adição do suplemento de

moringa aumentou a concentração de gordura do leite e diminuiu a contagem de células somáticas no leite.

Kenana et al. (2019) avaliando os efeitos da micro-suplementação do farelo de folhas de Moringa oleifera

no desempenho e nos metabólitos sanguíneos de vacas leiteiras em lactação. Constataram que a dose de

60 g/vaca/dia aumentou a gordura do leite e a capacidade antioxidante total, com uma redução significativa

na contagem de células somáticas, reduzindo o estresse oxidativo. Conclui-se que suplementação de

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140 moringa é benéfica para a produção e a qualidade do leite de vacas configurando uma alternativa viável de

suplementação proteica na dieta, principalmente em regiões semi-áridas do território brasileiro.

Palavras-chaves: Lactação; Proteína; Ruminantes; Suplementação.

REFERÊNCIAS:

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LISITA, F.O.; JULIANO, R.S.; MOREIRA, J.S. Cultivo e Processamento da Moringa na alimentacao de

Bovinos e Aves. In: Circular Técnico 119 EMBRAPA. Corumbá – MS. 2018. p.1-6.

MEDEIROS, F.F.; SILVA, A.M.A.; CARNEIRO, H. et al. Bezerra LR. Fontes proteicas alternativas oriundas

da cadeia produtiva do biodiesel para alimentacao de ruminantes. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.67, n.2,

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ZENG, B.; SUN, J.J.; CHEN, T. et al. Effects of Moringa oleifera silage on milk yield, nutrient digestibility and

serum biochemical indexes of lactating dairy cows. J Anim Physiol Anim Nutr., v.102, n.1, p.75-81, 2017.

ZHANG, T.; SI, B.; DENG, K. et al. Effects of feeding a Moringa oleifera rachis and twig preparation to dairy

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n.2, p.661-666, 2017.

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141

O QUE PODE INFLUENCIAR O MARMOREIO DA CARNE EM BOVINOS?

NAYARA CEREJA MACHADO1*; GABRIELA LEONI1; MILENE PUNTEL OSMARI1; DIEGO

PERES NETTO1

1Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural – Curso de

Zootecnia, Florianópolis, SC, Brasil. *E-mail: [email protected]

A gordura intramuscular, também conhecida como gordura de marmoreio, é muito utilizada na avaliação de

carcaças com a finalidade de estimar a qualidade da carne, pois há grande correlação entre seu grau de

marmoreio, suculência e sabor. Além disso, um marmoreio adequado pode evitar a perda de água e a

desnaturação das fibras musculares durante o resfriamento pós-abate, o que comprometeria a qualidade

sensorial e visual do produto. O grau de marmoreio pode ser utilizado para estimativas de herdabilidade,

razão pela qual possuem potencial de resposta à seleção animal. A precocidade da raça, a genética, a idade

ao abate e o manejo nutricional são alguns fatores que podem determinar a quantidade de gordura

intramuscular. Costa et al. (2002) ao avaliarem novilhos Red Angus abatidos com diferentes pesos,

observaram que a espessura de gordura subcutânea e o marmoreio na carcaça aumentaram linearmente

com o aumento do peso de abate. Em contrapartida, independente do grau de marmoreio na carne, as

concentrações de colesterol permaneceram constantes com o aumento do peso de abate. Além disso, os

autores comentam que o conteúdo de colesterol nos lipídios totais do músculo é maior que nos lipídios de

gordura subcutânea, indicando que a maior parte do colesterol da carne é originado das membranas

celulares e estruturas intracelulares, e não proveniente da gordura de marmoreio. Um estudo realizado por

Perry e Thompson (2004) na Austrália, demonstrou a importância do manejo alimentar na terminação de

bovinos, visto que àqueles terminados em confinamento obtiveram maior deposição de gordura

intramuscular em comparação aos terminados a pasto, indicando que quando os animais foram alimentados

com maior proporção de concentrado na dieta, houve incremento de 0,31% de gordura intramuscular a cada

10 kg a mais no peso da carcaça. Com relação a idade de abate e a condição sexual de novilhos terminados

em confinamento, Kuss et al. (2010) verificaram que aqueles não-castrados, independente da idade de

abate, apresentaram carne mais escura, com textura mais grosseira e com menor grau de marmoreio que a

de novilhos castrados. Além disso, a redução da idade de abate de 26 para 16 meses proporcionou carne

mais macia, sem alternação no marmoreio da carcaça. No tocante à composição racial, Climaco et al. (2011)

verificaram que animais com maior porcentagem de sangue zebuíno apresentaram carnes mais duras,

associadas à menores teores de marmoreio quando comparados aos animais com sangue Bonsmara ou

Red Angus. Para Rodrigues et al. (2015), o aumento no grau de acabamento de carcaças de vacas, entre 6

a 10 mm, não implica em melhorias significativas nas características da carcaça, porém enquanto a

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142 coloração e a textura são prejudicadas, o grau de marmoreio e a maciez, aumentam. Assim, diante do

exposto, é evidente que o grau de marmoreio na carcaça de bovinos é uma variável que pode facilmente

ser alterada visando melhorias na qualidade da carne, podendo fazer parte de programas de melhoramento

genético animal.

Palavras-chaves: Carcaça; Gordura; Genética; Marmoreio.

REFERÊNCIAS

CLIMACO, S.M.; RIBEIRO, E.L.A.; MIZUBUTTI, I.Y. et al. Características da carcaça e qualidade da carne

de bovinos de corte de quatro grupos genéticos terminados em confinamento. R Bras Zootec., v.40, n.12,

p.2791-98, 2011.

COSTA, E. C.; RESTLE, J.; VAZ, F.N. et al. Características da carcaça de novilhos Red Angus

superprecoces abatidos com diferentes pesos. R Bras Zootec., v.31, n.1, p.119-28, 2002.

KUSS, F.; LOPEZ, J.; RESTLE, J. et al. Qualidade da carne de novilhos terminados em confinamento e

abatidos aos 16 ou 26 meses de idade. R Bras Zootec., v. 39, n.4, p. 924-31, 2010.

PERRY, D.; THOMPSON, J.M. The effect of growth rate during backgrounding and finishing on meat quality

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RODRIGUES, L.S.; DE MOURA, A.F.; PACHECO, R.F. et al. Características da carcaça e da carne de

vacas de descarte abatidas com distintos pesos e graus de acabamento: abordagem meta-analítica. Cienc

Anim Bras., v.16, n.4, p. 508-16, 2015.

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143

O USO DO GNRH NO MOMENTO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO – REVISÃO DE LITERATURA

RAFAEL LUIZ STOLF1; TAINÁ FAVORETO SANCHES2 ; GABRIEL AUGUSTO SABECA DA

SILVA2 ; ANA LUÍZA MULLER LOPES2; DENIS VINICIUS BONATO2

1 Universidade Estadual de Londrina - UEL Londrina, Paraná, Brasil. 2 Centro Universitário Filadélfia - UniFil Londrina, Paraná, Brasil. *[email protected]

A inseminação artificial em tempo-fixo (IATF) é uma técnica amplamente difundida, com protocolos

hormonais bem estabelecidos e de resultados comprovados (Baruselli et al., 2018). Segundo o pesquisador

Pietro Sampaio Baruselli, no ano de 2018 a IATF movimentou 796 milhões no Brasil (Baruselli et al. 2019).

Entretanto, a busca do avanço na viabilidade econômica associada a sustentabilidade exige ainda a melhora

dos índices produtivos (Florindo et al., 2017; Rosa et al., 2019). O progresso do conhecimento na IATF

permite a adaptação e a evolução dos protocolos, resultando em melhores índices (Baruselli et al., 2018).

Assim, diversos estudos visam gerar informações que possam ajudar no incremento das taxas de prenhez

à IATF (Ferreira et al., 2018; Gouvêa et al., 2018; Pfeifer et al., 2015). Nogueira et al. (2019) avaliaram a

relação da taxa de prenhez com a manifestação de estro de 3121 fêmeas da raça Nelore submetidas à IATF.

Os referidos autores identificaram que os animais que manifestam estro apresentam taxa de prenhez

20,91% maior do que as vacas que não demonstram. As vacas que não manifestam estro durante até o

momento da IATF normalmente não respondem adequadamente ao protocolo e não apresentam um folículo

dominante de tamanho adequado para produzir a quantidade de estrógeno suficiente para manifestação do

estro (Gentry Jr et al., 2016). Dessa forma, apresentam menor probabilidade de ficarem gestantes devido à

possibilidade de não ovular ou ovular após o período de viabilidade do sêmen utilizado na inseminação

artificial (IA) realizada em tempo-fixo (Gentry Jr et al., 2016; Nogueira et al., 2019). A administração do

hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) em animais que possuem folículos dominantes, mas de

tamanho inferior, aumenta a chance da ovulação ocorrer dentro do período de viabilidade do sêmen,

possibilitando o desenvolvimento da gestação, mesmo em animais que são inseminados em tempo fixo

(Fields et al., 2012). Partindo desse princípio, Rodrigues et al. (2019) avaliaram o efeito da administração do

GnRH em vacas multíparas que não manifestam estro no dia da IATF e identificaram aumento na taxa

prenhez. O efeito do GnRH já havia sido comprovado no trabalho realizado por Rodrigues et al. (2019), que

identificaram o efeito da administração do GnRH em 937 multíparas que não manifestaram estro no dia da

IATF em relação ao grupo controle (NaCl 0,9%), observando um aumento na taxa prenhez de 9,77% com o

uso GnRH. Diferente do estudo de Rodrigues et al. (2019), o presente trabalho avaliou o efeito de diferentes

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144 categorias sobre a uso do GnRH em animais que não manifestam estro. Marques et al. (2015) citam que

primíparas e multíparas tendem a ter um desempenho reprodutivo inferior ao demonstrado por nulíparas.

Palavras-Chave: Bos taurus indicus; concepção, bovinocultura de corte; biotecnologia da reprodução

REFERÊNCIAS

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RODRIGUES W.B. et al. Timed artificial insemination plus heat II: Gonadorelin injection in cows with low

estrus expression scores increased pregnancy in progesterone/estradiol-based protocol. Animal.; v.13, n.10

p. 2313–2318. 2019.

ROSA, C.O. et al. Improvement on the efficiency of doses per conception by using a semen extender in timed

artificial insemination. Livestock Scie. 2019:221;77–81.

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OBTENÇÃO DO GERMÉN DE MILHO PARA USO EM DIETAS DE RUMINANTES

GABRIELA LEONI1*; NAYARA CEREJA MACHADO1; MILENE PUNTEL OSMARI1; DIEGO

PERES NETTO1

1Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural – Curso de Zootecnia,

Florianópolis / SC, Brasil. *[email protected]

A utilização de confinamentos é uma prática crescente na produção animal brasileira, e tem como o principal

objetivo, a redução da idade de abate de bovinos. Porém, geralmente é uma atividade onerosa, pois o custo

com a alimentação pode representar mais de 70% do investimento (MIOTTO et al., 2014). O uso de

coprodutos agroindustriais é uma opção viável utilizada na produção dos bovinos, pois pode reduzir os

custos com a alimentação. Da industrialização do milho é obtido o gérmen de milho, que é um coproduto

utilizado na formulação de rações e é apropriado para bovinos, devido à energia, proteína, fibras e baixo

teor de amido, quando comparado com o milho grão, além de ser rico em lipídeos e açúcares (ARAUJO,

2012). O gérmen pode ser obtido através de dois processos, pela moagem via seca ou úmida. Na moagem

a seco, é realizada a limpeza no grão de milho que sofre um aumento de umidade. Posteriormente, acontece

a moagem em moinho de impacto ou atrito e então a separação, do gérmen, do pericarpo e da ponta do

endosperma, por peneiramento ou por correntes de ar. Na moagem via úmida ocorre uma maceração e uma

pré-moagem, e durante a maceração acontece a hidratação do grão. Nesse momento, o uso do dióxido de

enxofre e ácido lático na água de maceração proporciona o rompimento da matriz proteica, que cobre os

grânulos de amido e provoca o amolecimento dos tecidos gerando condições para que as frações de germe,

amido, proteína e fibra, fiquem separados com o maior rendimento e qualidade possível (MANENTE, 2003).

Em seguida, o gérmen de milho é comercializado como gérmen integral, ou passa pelo processo de extração

do óleo, usando processos hidráulicos e solventes e logo depois secagem, resultando no gérmen

desengordurado, que será utilizado na alimentação animal. Observa-se uma ineficiência no processo a seco,

pois partes do pericarpo, da ponta e do endosperma não são retiradas, fazendo com que tenha uma menor

porcentagem de lipídeos em sua composição quando comparado ao processo úmido (MOREAU et al.,

2005). O elevado teor de lipídio faz com que o gérmen integral de milho seja um alimento que melhore a

densidade energética da dieta, sem a precisar aumentar o consumo de carboidratos fermentáveis no rúmen.

O gérmen melhora a ingestão calórica, essencial para manutenção da produção e do escore corporal dos

animais. Além disso, pode ser uma boa opção em situações de baixa ingestão de matéria seca, ou em

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146 situações de estresses do animal, devido ao incremento calórico dos lipídios ser menor do que carboidratos

e proteínas, possibilitando uma baixa produção de calor durante o consumo e digestão de alimento. Desta

forma, este subproduto deve ser fornecido aos animais de forma correta e equilibrada, levando em

consideração sua composição, bem como a dieta que será utilizada, pois o excesso de lipídio em dietas de

ruminantes é tóxico para protozoários e bactérias Gram-positivas.

Palavras chaves: alimentação; gérmen de milho; lipídeos; subproduto.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, E.P. Substituição do milho triturado pelo gérmen integral de milho em dietas de vacas leiteiras

mestiças, Goiás [dissertação]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás; 2012. 55 p.

MANENTE, J.C.P.P. Efeito do dióxido de enxofre e do ácido lático na hidratação, rendimento e qualidade do

gérmen de milho, São Paulo [dissertação]. São José do Rio Preto: Instituto de Biociências, Letras e Ciências

Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”; 2003. 136 p.

MIOTTO, F. R. C.; NEIVA, J. N. M.; VOLTOLINI, T. V. et al. Desempenho produtivo de tourinhos Nelore x

Limousin alimentados com dietas contendo gérmen de milho integral. Revista Ciência Agronômica,

Fortaleza, v.40, n.4, p.624 – 632, 2009.

MOREAU, R. A.; JOHNSTON, D. B.; HILCKS, K. B. The influence of moisture content and cooking on the

screw pressing and prepressing of corn oil from corn germ. Journal of the American Oil Chemists Society,

v.82, n.11, p.851-854, 2005.

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OCORRÊNCIA DE Cryptosporidium spp EM BOVINOS DE CORTE (Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

MARCI MARIA GORGES*; FRANCISCO THIAGO VIEIRA OLIVEIRA1; JOSÉ VICTOR

PRONIEVICZ BARRETO1; MARIVALDO DA SILVA OLIVEIRA1; JOÃO LUÍS GARCIA1-2

1 Universidade Pitágoras Unopar, Mestrado em Saúde e Produção Animal, Arapongas, Paraná, Brasil. 2 Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil. *[email protected]

Parasitoses são fatores de grande perda econômica na pecuária, causando má absorção de nutrientes que

leva a perda de peso, atraso no desenvolvimento de animais jovens e predisposição a doenças secundárias

(Fyer, 2010). Cryptosporidium spp. são protozoários pertencentes ao Reino Protozoa, Filo Apicomplexa,

Classe Esporozoasida, Subclasse Coccidiasina, Ordem Eucoccidiorida, Subordem Eimeriorina, Família

Cryptosporidiidae, gênero Cryptosporidium. A criptosporidiose é de distribuição mundial, existem mais de 30

espécies que já foram descritos em diversas espécies animais, inclusive o homem (FENG et al., 2009). É

um protozoário monóxeno, entérico, intracelular obrigatório, porém extracitoplasmático (FENG et al., 2009).

Oocistos se apresentam sob duas formas, oocisto de parede fina que ao ser ingerido pelo hospedeiro, irá

parasitar as células do trato gastrointestinal, onde irá eclodir, causando uma autoinfecção e os oocistos de

parede grossa que são excretado juntamente com as fezes na forma já esporulado, podendo permanecer

viáveis por meses. A infecção em bovinos ocorre por diferentes espécies do gênero de Cripotsporidium que

são: Cryptosporidium andersoni, C. bovis, C. parvum e C. ryane. (FAYER, 2010). Acomete bovinos de corte

e leiteiros, em particular bezerros, que são considerados importantes reservatórios de oocistos, devido ao

grande número de animais aglomerados em um mesmo local, distribuição, incidência de infecção e ao

elevado número de oocistos por eles excretados (FAYER, 2010). A quantidade de oocistos que um bezerro

pode liberar por grama de fezes gira em torno de 10 milhões (ANGUS, 1983). Quando comparados bezerros

que são colocados em baias coletivas com bezerros colocados em baias individuais, a frequência dos

animais das baias individuais é bem menor que os animais das baias coletivas (BOUZID, 2013). O maior

contagio desta parasitose está relacionada as condições sanitárias de um manejo ruim (EGYED, 2003), A

criptosporidiose é uma doença que, em indivíduos saudáveis geralmente é auto-limitante, entretanto , essa

doença pode se agravar em indivíduos imuno-comprometidos e animais jovens, colocando em risco a vida

dos animais, principalmente por não haver tratamento efetivo (BOUZID et al., 2013). Nos bovinos, o

Cryptosporidium parvum está frequentemente associado a diarreias moderadas a severas e perda de peso

em neonatos (FENG et al., 2009). A criptosporidiose é uma zoonose com ampla distribuição geográfica, vem

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148 sendo estudada, particularmente devido a sua importância em saúde pública, pois são comuns os episódios

diarreicos em crianças e adultos imunocompetentes, evoluindo para a cura espontânea (THOMPSON,

2008). Pesquisas apontam para a gravidade do problema no Brasil, onde o gênero Cryptosporidium spp é

indicado como um dos três principais agentes de diarreia infecciosa, que constitui causa de morbidade e de

mortalidade em crianças com faixa etária de menos de cinco anos de idade (FAYER, 2010). A ausência de

tratamento eficaz contra a criptosporidiose faz com que medidas profiláticas se tornem essenciais. Para

diagnóstico podem ser efetuadas a técnica de Ziehl-Neelsen para pesquisa de oocistos do Cryptosporidium

(ORTOLANI, 1988) ou ainda através do processamento das fezes podem ser efetuadas outras técnicas

como: Extração do DNA para PCR, o sequenciamento genético e a árvore filogenética (TAMURA et al.,

2013).

Palavras-chave: Bovinos De Corte, Criptosporidiose, Parasitoses.

REFERÊNCIAS

ANGUS, K. W. Cryptosporidiosis in domestic animals and humans, v. 76, n. 1, p. 62–70, 1983.

BOUZID, M. et al. Cryptosporidium pathogenicity and virulence. Clinical microbiology reviews, v. 26, n. 1, p.

115–34, 2013.

FAYER, R. Taxonomy and species delimitation in Cryptosporidium. Experimental parasitology, v. 124, n. 1,

p. 90–97, 2010.

FENG, Y. Y.; CAO, J. P.; ZHANG, L. X., et al., Cryptosporidium genotype and subtype distribution in raw

wastewater in Shanghai, China: evidence for possible unique Cryptosporidium hominis transmission. Journal

of clinical microbiology, v. 47, n. 1, p. 153–157, 2009.

ORTOLANI, E. 1988. Padronização da técnica de Ziehl-Neelsen para pesquisa de oocistos

de Cryptosporidium: estudo de alguns aspectos epidemiológicos de criptosporidiose em bezerros de

rebanhos leiteiros no Estado de São Paulo. Tese de Doutorado, Instituto de Ciências Biomédicas,

Universidade de São Paulo (USP), São Paulo.

THOMPSON, R.C.A.; PALMER, C.S., O handley R. The public health and clinical significance of Giardia and

Cryptosporidium in domestic animals. The Journal Veterinary, v.177 n. 1, p. 18- 25, 2008

TAMURA, K. et al. MEGA6: Molecular Evolutionary Genetics Analysis version 6.0. Molecular Biology and

Evolution, v.30, n.1, p. 2725-2729, 2013.

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OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES DE Eimeria EM OVINOS CONFINADOS

SARA SILVA REIS1a; ARLAN ARAUJO RODRIGUES1b; MARIA HELENA DOS SANTOS REIS1c; MILENNE LIMA DE SOUSA1d; THIAGO VINICIUS COSTA NASCIMENTO1e; IVO

ALEXANDRE LEME DA CUNHA1f

1Universidade Federal do Maranhão; [email protected];[email protected];[email protected];[email protected]; [email protected]; [email protected].

As endoparasitoses gastrointestinais são consideradas um dos fatores que limitam a exploração de ovinos,

especialmente nas regiões tropicais, onde os prejuízos econômicos são mais acentuados (CHARTIER e

PARAUD, 2012). Dentre as parasitoses gastrointestinais, destaca-se a coccidiose, doença causada por

protozoários parasitos intracelulares obrigatórios do gênero Eimeria. Estudos relacionados a prevalência das

espécies de Eimeria em ovinos podem servir de subsídio para estabelecer programas de controle dessa

enfermidade, com o intuito de proporcionar benefícios à produção, ao meio ambiente e ao bem-estar desses

animais (RODRIGUES et al., 2017). Objetivou-se com esse trabalho avaliar a ocorrência de espécies de

Eimeria spp. nas fezes de ovinos confinados. Foram utilizados 38 ovinos machos (19 da raça Santa Inês e

19 da raça Rabo Largo) com idade aproximada de cinco meses e peso médio inicial de 16,54 kg. As amostras

fecais dos 38 cordeiros foram coletadas diretamente da ampola retal e realizadas nos dias experimentais 0,

21 e 42. As fezes coletadas foram armazenadas e enviadas ao Laboratório de Parasitologia Aplicada da

Universidade Federal do Maranhão. A contagem de OOPG (oocisto por grama de fezes) foi realizada

adotando-se a técnica descrita por Gordon e Whitlock (1939) e posterior leitura em microscópio óptico com

aumento de 40x. Foram identificadas oito espécies de Eimeria: E. ahsata; E. faurei; E. bakuensis; E.

ovinoidalis; E. intricata; E. granulosa; E. parva e E. crandallis. Para os ovinos da raça Rabo Largo no dia

experimental 0, as espécies de Eimeria mais frequentes foram: E. ahsata (25,45%), E. ovinoidalis (20,3%) e

E. bakuensis (16,30%). No dia experimental 21 foram, as espécies mais frequente foram: E. ahsata (23,48%)

e E. crandallis (14,44%). No dia experimental 42, as espécies mais frequentes foram: E. intricata (25, 37%)

e E. ahsata (19,49%). Para os ovinos da raça Santa Inês as espécies de Eimeria mais frequentes no dia

experimental 0 foram: E. ahsata (21,74%), E. ovinoidalis (16,39%) e E. crandallis (15,83%). No dia

experimental 21 as espécies mais frequentes foram: E. ovinoidalis (20,11%) e E. ahsata (17,45%). No dia

experimental 42 as espécies mais frequentes foram: E. ahsata (20, 05%) e E. intricata (18,04%). Concluimos

que as espécies de Eimeria spp. que ocorrem com maior frequência são a E. ahsata, sendo numericamente

predominante nas duas raças de ovinos, seguida da E. bakuensis; E. ovinoidalis; E. crandallis e E. intricata.

Novos estudos devem ser realizados para eludir a influência das coccidioses no desempenho de ovinos em

confinamento.

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150

Palavras-chave: confinamento; eimeriose; infecção; ovinocultura;

REFERÊNCIAS

CHARTIER, C., PARAUD, C. Coccidiosis due to Eimeria in sheep and goats, a review. Small Rumin. Res.,v.

103 ,n. 1,p. 84–92, 2012.

GORDON, H.M., WHITLOCK, H.V., A new technique for counting nematode eggs in sheep faeces. J Counc

Sci Ind Res., v. 12, p. 50–2, 1939.

RODRIGUES, F.S., CEZAR, A.S., MENEZES, F.R., et al. Efficacy and economic analysis of two treatment

regimens using toltrazuril in lambs naturally infected with Eimeria spp. on pasture. Parasitol Res., v. 116, n.

11, p. 2911–2919, 2017.

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OCORRÊNCIA DE PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM PEQUENOS RUMINANTES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA (HVP/UFPR)

BRUNA ÁVILA TORRES¹*, LAURA ZANELLA SOUZA1, ANA PAULA MOLINARI CANDEIAS1, NELSON LUIZ MELLO FERNANDES1

¹ Universidade Federal do Paraná Setor Palotina - [email protected]

A incidência de verminoses gastrintestinais em rebanhos pode diminuir o ganho de peso, a produção de

leite, a qualidade da carcaça e lã, além de aumentar a taxa de mortalidade dos animais, comprometendo o

desempenho dos animais (OLIVEIRA et al., 2019). O objetivo deste estudo foi avaliar a predominância dos

principais gêneros na região noroeste do Paraná, utilizando como foco de estudo os pequenos ruminantes

atendidos no HVP/UFPR, no período entre 2018 a 2020. Foram avaliados 321 animais, dos quais, 231 eram

ovinos e 90 caprinos, machos e fêmeas, com idade variando entre 1 mês até 11 anos, de várias raças.

Utilizou-se para contagem de ovos (OPG) e oocistos (OOPG) a técnica de Gordon & Whitlock (1939)

modificada por UENO e GONÇALVES (1998). Entre os resultados 280 (87,23%) foram positivos para a

presença de parasitas, destes 204 (72,86%) foram positivos para Eimeria spp. associada a outros

nematodas e 93 (33,21%) somente com Eimeria spp.; 181 (64,64%) positivos para parasitas da família

Strongyloidea associados a outros parasitos, destes 102 (36,42%) associados com Eimeria spp.; 11 (3,92%)

positivos para Strongyloides sp.; 10 (3,57%) positivos para Moniezia sp.; e 1 (0,36%) positivo para Trichuris

sp. Na coprocultura, os resultados variaram de 30% a 100% de larvas de Haemonchus sp., 3% a 70% de

larvas de Trichostongylus sp., 1% a 13% de Nematodirus sp., 2% a 10% de Strongyloides sp. Estes dados

corroboram com os dados encontrados em diferentes regiões como descritos no trabalho de Molento et. al.,

(2004), onde na coprocultura, os gêneros mais prevalentes foram Haemonchus sp. (60%), e Trichostrongylus

sp. (10%), também Moniezia sp. O Haemonchus sp é considerado o principal parasito de pequenos

ruminantes, devido a levada prevalência associada a alta patogenicidade é responsável pela elevada

mortalidade dos animais, particularmente dos jovens (ARAUJO, 2017). A forma mais comum da Eimeriose

é a subclínica, por não ser facilmente identificada, é mais prevalente em animais jovens e especialmente em

cordeiros recém-desmamados e confinados (SILVA et al., 2011). Esses helmintos e protozoários podem

gerar muitos danos a criação, demostrando a fundamental importância da realização do acompanhamento

da eliminação de ovos e oocistos para criação de pequenos ruminantes, junto ao tratamento e manejo

adequado (OLIVEIRA et al., 2019).

Palavras-chave: Eimeria sp.; Haemonchus sp.; oocistos; verminoses; oocistos.

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152

REFERÊNCIAS

ARAUJO, J.I.M., Estudo genético da resistência à verminoses Gastrintestinais em ovinos tropicais.

Dissertação (Mestrado) Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal Do Piauí, Campus

Professora Cinobelina Elvas, Bom Jesus, p.84, 2017.

MOLENTO, M.B., TASCA, C., GALLO, A., et al. Método Famacha como parâmetro clínico individual

de infecção por Haemonchus contortus em pequenos ruminantes. Ciência Rural., v. 34, n.4, p.20-

29,2004

OLIVEIRA, R.S., SILVA, A.M., RIBEIRO, F.L.A., Status de parasitas gastrintestinais em ovinos no

estado de Rondônia. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal. v.13, n.3, p. 401-410, 2019.

SILVA, M.R., SOUZA, M.F., RIBEIRO, M.F.B., Infecção natural por Eimeria spp. em uma criação

de cordeiros criados extensivamente no Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia

Veterinária., v. 20 n. 2, p. 11-22, 2011.

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OCORRÊNCIA DE Toxoplasma gondii EM CAPRINOS DO LESTE MARANHENSE

SARA SILVA REIS1, ARLAN ARAUJO RODRIGUES1, MARIA HELENA DOS SANTOS REIS1, THAIS AGOSTINHO MARTINS2, JOÃO LUIS GARCIA2, IVO ALEXANDRE LEME DA CUNHA1

1 Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil. *[email protected]; 2 Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil.

A toxoplasmose é uma doença zoonótica parasitária causada pelo T. gondii, que pode infectar animais e

humanos e tem distribuição mundial. O T. gondii é um protozoário coccídeo do Filo Apicomplexa que pode

infectar várias espécies de mamíferos e aves, tendo felídeos como hospedeiros definitivos, como o gato

doméstico e outros felinos selvagens (HILL et al., 2005). A toxoplasmose é uma das principais doenças que

causam aborto e mortalidade neonatal em caprinos, causando perdas econômicas significativas nos

sistemas produtivos (MEDEIROS et al., 2014). Considerando a importância da toxoplasmose na produção

animal objetivou-se com este trabalho avaliar a ocorrência da toxoplasmose em caprinos do Leste

Maranhense. Foram coletadas e analisadas 264 amostras de soro de caprinos, de ambos os sexos e

diferentes idades, provenientes de 12 propriedades distribuídas entre os municípios de Chapadinha e Brejo.

As amostras, devidamente identificadas, foram encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia Aplicada da

Universidade Federal do Maranhão. Os soros foram submetidos à reação de imunofluorescência indireta

(RIFI) para detecção de anticorpos anti-T. gondii conforme técnica descrita por Camargo (1974). O ponto de

corte utilizado foi o título 1:64. Foram coletadas informações sobre idade, sexo, tipo racial dos animais e

presença de aborto na propriedade. A ocorrência de T. gondii foi estimada a partir do número de animais

positivos dividido pelo número total de animais coletados. No geral, 33% (86/264) dos animais estudados

foram positivos para T. gondii. A ocorrência de animais soropositivos para T. gondii no município de

Chapadinha foi de 36% (53/149) e em Brejo de 29% (33/115). Foi encontrado pelo menos um animal positivo

por propriedade, e a ocorrência de animais soropositivos variou de 15% a 57% entre os 12 rebanhos.

Observamos que a ocorrência de toxoplasmose nos machos foi de 33% (24/73) e nas fêmeas de 33%

(62/191). Em relação à idade, foi observada maior ocorrência de soropositivos em animais adultos (> 36

meses) em relacao aos animais jovens (≤ 36 meses), 52% (27/52) contra 28% (58/209) respectivamente. A

ocorrência de toxoplasmose em caprinos sem raça definida foi maior do que em caprinos mestiços, 33%

(77/236) contra 30% (8/27) respectivamente. Os animais soropositivos nas propriedades com presença de

aborto foram de 33% (81/246) e nas propriedades com ausência de aborto foi de 28% (5/18). Em conclusão,

existe uma alta porcentagem de caprinos positivos para T. gondii no Leste Maranhense. A ocorrência de

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154 toxoplasmose foi maior em animais adultos e em propriedades com presença de aborto. Novos estudos

devem ser realizados nas demais regiões do Estado do Maranhão para elucidar a epidemiologia da

toxoplasmose caprina.

Palavras-chave: Caprinocultura; Infecção; RIFI; Toxoplasmose.

REFERÊNCIAS

CAMARGO, M.E., Introdução às técnicas de imunofluorescência. Rev bras patol clín. v.10, n.3, p. 87–107,

1974.

HILL, D.E., CHIRUKANDOTH, S., DUBEY, J.P., Biology and epidemiology of Toxoplasma gondii in man and

animals. Anim Health Res Rev. v. 6 n. 1, p. 41–61, 2005.

MEDEIROS, A.D., ANDRADE, M.M., VITOR, R.W., ANDRADE-NETO, V.F., Occurrence of anti-Toxoplasma

gondii antibodies in meat and dairy goat herds in Rio Grande do Norte, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet., v.23,

n. 4, p. 481–487, 2014.

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PARÂMETRO DE QUALIDADE DE CARNE DE CORDEIROS SANTA INÊS

ALIMENTADOS COM DIFERENTES TEORES DE CAROÇO DE ALGODÃO

LAIZ CAROLAINE FIRMINO RODRIGUES1, LAÍS BELAN MORAES2,

BRUNA SILVA MARESTONE2, EDSON LUIS DE AZAMBUJA RIBEIRO3, CAMILA PARADA

NOGUEIRA1, LORENA BANA4

1Discente de graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected];

[email protected], 2Discente de pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina.

E-mail: [email protected]; [email protected], 3Docente do departamento de Zootecnia da

Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected], 4Discente da graduação de Medicina Veterinária da Unopar.

E-mail: [email protected]

A qualidade da carne ovina está envolvida com muitos padrões, como, textura, maciez e aparência que são

influenciados por diversos fatores, incluindo o pH, o qual, constitui um dos fatores mais importantes na

transformação do músculo em carne, e está diretamente relacionado ao rigor mortis, além de ter efeito sobre

a qualidade da carne fresca e dos produtos derivados (Osório e Osório, 2000). O objetivo deste trabalho foi

avaliar o potencial hidrogeniônico da carne de cordeiros confinados, recebendo diferentes teores de caroço

de algodão como parte da dieta. O experimento foi realizado no setor de Ovinocultura da Fazenda Escola

da Universidade Estadual de Londrina, localizado em Londrina – PR, nos meses de julho e agosto de 2018.

Foram utilizados 17 cordeiros machos, não castrados, da raça Santa Inês, desmamados aos 70 dias de

idade. Os cordeiros foram confinados após os desmame, em baias individuais onde receberam silagem de

sorgo, ração concentrada e diferentes níveis de inclusão de caroço de algodão na dieta, sendo 0%

(tratamento controle), 10% e 20%, de acordo com as exigências nutricionais (NRC, 2007). A média de peso

corporal ao abate (PCA) foi de 32,57 ± 5,33 kg. Após 24 horas post mortem, no Laboratório de Carne da

UEL realizou-se a mensuração do potencial hidrogeniônico (pH) da carne, no músculo Longissimus dorsi,

com auxílio de um potenciômetro digital portátil. Os dados foram submetidos à análise de variância, com

teste de Tukey considerando o nível de significância de 5%. Os valores de pH final da carne de cordeiros

alimentados com diferentes níveis de caroço de algodão, apresentaram diferenças significativas (p < 0,05),

sendo o tratamento com 10% apresentou o maior valor de pH (5,64), seguido pelo tratamento controle (5,62),

e por fim, o tratamento com 20% (5,41). A carne ovina atinge pH final entre 5,5 e 5,8 de 12 até 24 horas

após o abate (SILVA SOBRINHO, 2005). Alguns autores sugerem que, o pH final moderadamente baixo

(5,40), ocorre devido a taxas relativamente lentas de glicólise e, caracterizam-se por carne normal, e

usualmente macia (DEVINE et al., 1993), garantindo que, o pH da carne dos cordeiros abatidos com o nível

de 20% de inclusão de caroço de algodão, está dentro do padrão de uma carne macia e normal. Conclui-se

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156 que, a inclusão de caroço de algodão como parte da dieta de cordeiros terminados com confinamento altera

o valor de pH, mas mantém dentro do padrão de normalidade.

Palavras-chave: confinamento; coproduto; ovinos; Ph.

REFERÊNCIAS

DEVINE, C.E., GRAAFHUIS, A.E., MUIR, P.D., CRYSTALL, B.B., The effect of growth rate and ultimate pH

on meat quality in lambs. Meat Sci., v.35, p. 63-77, 1993.

National Research Council - NRC. Nutrient requirements of small ruminants: sheep, goats, cervids and new

world camelids. Washington: National Academy Press. P. 362, 2007.

OSORIO, M.T.M., OSORIO, J.C.S., Condições de abate e qualidade de carne. In: EMBRAPA. Curso de

qualidade de carne e dos produtos cárneos. Bagé/RS: EMBRAPA, p.77-128, 2000.

SILVA SOBRINHO, A.G., Produção de carne ovina com qualidade. In: Simpósio de Qualidade da Carne,

Jaboticabal. Anais. Jaboticabal, p. 25, 2005.

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157

PARÂMETROS DE MORFOMETRIA TESTICULAR DE CORDEIROS IMUNOCASTRADOS COM VACINA ANTI-GNRH

LAIARA FERNANDES ROCHA1,2, ROBERTA CARVALHO DA SILVA1,3, DIEGO SILVA

MACEDO1,4, ROSILÉIA SILVA SOUZA1,5, ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1,6, LARISSA PIRES BARBOSA1,7

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito da vacina anti-GnRH sobre parâmetros de morfometria

testicular de cordeiros. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade

Federal do Recôncavo da Bahia (n° 23007.010944/2018-68). Trinta machos inteiros, mestiços da raça Santa

Inês, com 4,19±0,41 meses de idade e escore de condição corporal médio de 3,00±0,37, foram distribuídos

em delineamento inteiramente casualizado em três tratamentos (T): T1 (n=10) grupo controle, com a

administração de 1mL de solução fisiológica via subcutânea (SC), T2 (n=10) e T3 (n=10) administração de

1,0 e 0,5mL da vacina anti-GnRH via SC, respectivamente. A segunda dose da vacina foi administrada 30

dias após a primeira. Os animais foram mantidos em sistema extensivo, em pastagem de Urochloa

mosambicensis, com suplementação mineral (Ovinofós®, Tortuga, Brasil), e água à vontade. Para

imunização foi utilizada a vacina comercial Bopriva® (Pfizer Animal Health), sendo que cada mL de vacina

fornece 400µg do conjugado de GnRH e proteína carreadora. Sessenta dias depois da segunda dose, os

animais foram pesados e destinados ao abate em frigorifico com Serviço de Inspeção Estadual. Após o

abate os testículos foram coletados, mensurados e pesados, e retirou-se um fragmento do testículo direito

de cada animal para confecção de lâminas histológicas. Avaliou-se as seguintes variáveis: diâmetro dos

túbulos seminíferos (DTS), altura do epitélio germinativo (AEG), comprimento total dos túbulos seminíferos

(CTT), comprimento de túbulo seminífero por grama de testículo (CTGT), índices Leydigossomático (ILS) e

tubulossomático (ITS). Os resultados foram submetidos à avaliação de normalidade pelo teste de Shapiro

Willk. Para variáveis que apresentaram distribuição normal (DTS, AEG, CTT, ITS), aplicou-se ANOVA e

teste de Tukey. Para as variáveis não paramétricas (ILS, CTGT), aplicou-se o teste Kruskal-Wallis. Adotou-

se o nível de 5% de significância para todas as análises. Exceto para ITS (P>0,05), obteve-se diferença para

todas as variáveis entre o grupo controle e os grupos imunizados (P>0,05). O DTS reduziu em 55,23%

(91,59±24,57µm) e 57,02% (87,94±19,19µm), para os grupos imunocastrados com 1,0 e 0,5mL,

respectivamente, em relação ao grupo controle (204,60±14,75µm). Houve redução de aproximadamente

77% para AEG nos grupos imunizados. O ILS reduziu 62,5% do grupo controle (0,0036±0,004654%) para

os grupos imunizados (0,00135±0,0011%). Obteve-se aumento no CTT para os animais imunocastrados

com 1,0mL (15042,2±8633,8m) e com 0,5mL (14796,4±5925,2m) da vacina, em relação aos animais do

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158 grupo controle (3835,7±3122,3m), e consequentemente, ocorreu aumento no CTGT para os animais

imunocastrados com 1,0mL (264,92±662,84m/g) e com 0,5mL (335,49±431,63m/g) da vacina, em relação

aos animais do grupo controle (11,06±9,85m/g). Enquanto que o índice tubulossomático não foi influenciado

pelos tratamentos, com média de 0,285±0,603%. De acordo com os resultados obtidos, pode-se inferir que

ambas as doses testadas da vacina imunocastradora (1,0 e 0,5mL) promovem a castração imunológica

eficazmente. Recomenda-se a dose 0,5mL devido a redução dos custos.

Palavras-chave: Anti-GnRH; imunocastração; índice Leydigossomático; morfometria testicular.

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159

PERFIL DO CONSUMIDOR DE LEITE DE CABRA E DERIVADOS

PAMELA DA SILVA PASQUIM1*, ELSA HELENA WALTER DE SANTANA1

1 Universidade Pitágoras Unopar, Curso de Pós Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

O leite caprino é de fácil digestão e indicado para indivíduos com alergia ao leite de vaca. A sua

comercialização também está associada a demanda progressiva por alimentos funcionais (VERRUCK et al.,

2019; FONTELLES et al., 2016). O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil e o conhecimento dos

consumidores de lácteos sobre o leite de cabra e seus derivados bem como o consumo destes produtos. O

questionário estruturado semiaberto (31 questões) foi aprovado pelo Comitê em Ética e Pesquisa (n.

3.651.677) da Unopar e respondido por 233 pessoas. A maioria dos entrevistados era do sexo feminino,

entre 18 e 30 anos, com nível superior completo, com 3 a 4 membros na família e renda entre 1 a 6 salários

mínimos. Responderam ao questionário moradores dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do

Sul, São Paulo e Ceará, e 53.7% residiam em cidades entre 101 e 600 mil habitantes. Ao visualizar a imagem

de leite e queijo de cabra, as palavras mais associadas foram relacionadas ao sabor, a ser um alimento

saudável e ser um produto mais caro. Dos entrevistados, 38.7% não tinham conhecimento sobre a diferença

entre o leite de cabra e vaca, e 23.1% relataram ter pouco conhecimento sobre o tema. A maioria dos

entrevistados (66.5%) nunca provou leite de cabra, sendo que 31.8% não tinha motivo para não consumir e

31.1% nunca pensaram nesta possibilidade. Entre aqueles que já consumiram leite de cabra, 45.9% foi

como leite pasteurizado, 29.7% cru e 17.6% Longa Vida. Quanto a frequência do consumo, 64.8%

consumiram apenas uma vez e 32.4% consome às vezes. O motivo que levou 32.4% dos entrevistados a

consumirem leite de cabra foi o sabor, seguido da indicação de amigos (22.5%) e indicação médica (21.1%).

No caso de indicação médica, as principais causas foram intolerância a lactose e problemas respiratórios.

O leite de cabra possui em média 4,2% de gordura; 3,5% de proteínas e 4,2% de lactose, sendo menos

alergênico e de mais fácil digestão que o leite de vaca ( PARK et al., 2007).Quanto aos derivados de leite

de cabra (queijo, manteiga, requeijão, iogurte), 62.3% dos entrevistados nunca consumiram estes produtos,

pois não tem o hábito ou nunca pensaram nesta possibilidade. Daqueles que já consumiram derivados

lácteos de cabra, 53.8% consomem às vezes e os principais motivos que levaram a compra e consumo

destes derivados foram o sabor (44.2%), indicação de amigos (28.6%) e indicação médica (13%). No caso

de indicação médica, o problema frequentemente relatado foi a intolerância ao leite de vaca. A compra do

leite e dos derivados de cabra aconteceu principalmente em mercados e supermercados. O hábito de

consumo está restrito aos adultos da família em 53.1% dos domicílios. Os resultados mostraram que há

pouco conhecimento dos consumidores de lácteos sobre o leite de cabra. O consumo está associado ao

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160 sabor característico, a problemas médicos e a indicação por outros consumidores. A falta de conhecimento

e divulgação do leite de cabra e derivados são os principais motivos para o menor consumo destes produtos.

Palavras-Chave: alergia; consumidor; lácteos; intolerância ; queijo.

REFERÊNCIAS

PARK, Y.W., JUAREZ, M., RAMOS, M., et al., Physico-chemical characteristics of goat and sheep milk.

Small Ruminant Res. v. 68 n. 1-2, p. 88-113, 2007.

FONTELLES, N.L.O., SOUSA, R.T., GONCALVES, J.L., et al. Inclusão de gordura na alimentação de

caprinos e seu efeito sobre o perfil lipídico no leite: Revisão. Publicações em Medicina Veterinária e

Zootecnia. v. 10, n. 4, p. 343- 351, 2016.

VERRUCK, S., DANTAS, A., PRUDENCIO, E.S., Functionality of the components from goat’s milk, recent

advances for functional dairy products development and its implications on human health. J Func Foods. v.

52, p. 243-257, 2019.

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PERFIL METABÓLICO NO PERIPARTO E NA LACTAÇÃO DE OVELHAS MESTIÇAS DORPER SUPLEMENTADAS COM BIXINA (Bixa orellana L.)

(Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

VERIDIANA FERREIRA PAIANO1, GABRIELLA CAPITANE SENA1, ISABELLA GUARTIERI

DA SILVA2, LETICIA JALLOUL GUIMARÃES2, ALINE DE VASCONCELOS DANIEL2, MARILICE ZUNDT3

1 Discentes de Graduação em Zootecnia - Universidade do Oeste Paulista - [email protected]; [email protected], 2 Discente do programa de Pós Graduação - Universidade do Oeste Paulista - [email protected]; [email protected]; [email protected], 3 Professora e pesquisadora do PPG em Ciência Animal - Universidade do Oeste Paulista – [email protected], *Autor para correspondência.

As doenças metabólicas em ovinos são diagnosticadas tardiamente o que afeta, prejudicialmente, o sistema

produtivo como um todo. A análise do perfil metabólico tem, portanto, se tornado uma ferramenta importante

em diversas espécies, porém são escassas essas análises na ovinocultura. Sendo assim, este trabalho

objetivou avaliar o perfil metabólico de ovelhas mestiças Dorper criadas em sistema de pastejo rotacionado,

ao longo do periparto, suplementadas ou não com bixina (Bixa orellana L.). Trinta ovelhas, sendo 15

suplementadas com bixina, no terço final da gestação e 15 sem receber o antioxidante, foram submetidas a

coletas de sangue 15 dias antes da data do parto estimado, para avaliação do perfil metabólico, através da

venopunção da jugular em tubos de ensaio Vacutainer, isentos de anticoagulante (EDTA) para a dosagem

do bioquímico. De acordo com a análise descritiva dos dados, os valores médios encontrados para os

animais suplementados foram: AST (U/L) 110,9, creatinina 0,8 mg/dl, glicose 52,0 mg/dl; ureia 43,3 mg/dl,

GGT 49,9 U/L, proteína total 5,7 g/l, albumina 3,2 g/l, triglicerídeos 37,8, lactose 14,3 mg/dl e colesterol 58,2

mg/dl. Já para os animais que não receberam a bixina, os dados mostraram valores de 110,6 u/l, 0,9 mg/dl,

56,0 mg/dl, 25,1 mg/dl, 49,8 U/L, 5,9 g/l, 3,2 g/l, 42,2 mg/dl, 15,1 mg/dl e 57,0 mg/dl, respectivamente para

as variáveis citadas. Quanto aos resultados obtidos na avaliação, mesmo a ureia tendo apresentado valor

menor no tratamento sem bixina, os parâmetros metabólitos estão dentro da normalidade para a espécie

ovina. Níveis aumentados de ureia, acima de 60mg/dl podem estar relacionados a deficientes concentrações

energéticas na dieta, o que não ocorreu na presente pesquisa. Conclui-se que no periparto das ovelhas, o

tratamento com bixina, não influencia o perfil metabólico, estando os valores dentro da normalidade para a

espécie nesta fase.

Palavras-chave: Antioxidante Natural; Bioquímico; Carotenoides; Metabolismo

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PERFIL SANGUÍNEO DE TRIGLICERÍDEOS DE CORDEIROS CONFINADOS EM DIETA DE TERMINAÇÃO COM SORO DE LEITE BOVINO LÍQUIDO E EM PÓ

JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ1*; RAFAELA MACHADO DOS SANTOS1; CAMILA HERNANDES

DE OLIVEIRA2; CAMILA ROBERTA LUPO1; SIMONE FERNANDA NEDEL PERTILE1; FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO GRECCO1.

1 Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. *Email: [email protected], 2 Universidade Pitágoras Unopar, Curso de Medicina

Veterinária, Arapongas, PR, Brasil.

Objetivou-se avaliar o uso de soro de leite bovino nas formas líquida e em pó, em substituição ao milho

moído na dieta de cordeiros em terminação sobre o perfil sanguíneo de triglicerídeos. Projeto aprovado pelo

CEUA UNOPAR nº 002/15. Foram utilizados 18 cordeiros mestiços Santa Inês, castrados, peso médio inicial

de 21,3 ± 5,2 kg, distribuídos em três grupos: controle (GC; n=6), soro de leite em pó (GP; n=6) e soro de

leite líquido (GL; n=6); sempre em 5% na MS. As dietas foram isoenergéticas e isoproteicas para ganhos de

100 g por dia, com exigências de 66% de NDT e 11% de PB, fornecidas em duas refeições, na forma de

mistura completa contendo 30% de volumoso (silagem de capim elefante) e 70% de concentrado. Aos 70

dias de confinamento, com média de 27,3 kg de peso vivo, foram coletadas amostras de sangue venoso em

tubos Vacutainer®. A análise de triglicerídeos foi efetuada por meio de técnicas de espectrofotometria

utilizando-se “kit” comerciais a partir de espectrofotômetro semiautomático. Os valores de triglicerídeos

séricos para o GC, GP e GL foram: 31,0 mg/dL; 30,2 mg/dL; 28,1 mg/dL, respectivamente, obtendo-se: 29,77

mg/dL de média; 0,94 de probabilidade de significância; 51,60% de coeficiente de variação. Os valores

séricos de triglicerídeos foram semelhantes entre os tratamentos (P>0,05). A média dos níveis de

triglicerídeos foi de 29,77 mg/dL e estavam normais para a espécie ovina (9,0 a 50,0 mg/dL), segundo Lopes

et al. (2007). Os triglicerídeos são formas de armazenamento de gordura e podem aumentar os níveis em

casos de excesso de energia na dieta, entretanto, os teores de NDT da dieta eram baixos, em torno de 67%,

não promovendo maiores teores de triglicerídeos séricos. A inclusão das diferentes formas de soro de leite

bovino, nas formas líquida e em pó, em substituição ao milho moído na dieta de cordeiros em terminação

não alterou o perfil sanguíneo de triglicerídeos.

Palavras-Chave: Confinamento; Coproduto; Ovinos; Parâmetro sanguíneo.

REFERÊNCIAS

LOPES, S.T.A., BIONDO, A.W., SANTOS, A.P., Manual de Patologia Clínica Veterinária. UFSM -

Universidade Federal de Santa Maria, p.50-9, 2007.

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POPULAÇÃO CELULAR DO EPITÉLIO SEMINÍFERO E RENDIMENTO INTRÍNSECO DA ESPERMATOGÊNESE DE CORDEIROS IMUNOCASTRADOS

COM VACINA ANTI-GnRH (Resumo premiado categoria Pesquisa científica)

LAIARA FERNANDES ROCHA1; ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1; RONIVAL DIAS LIMA DE

JESUS1; WELBER ALMEIDA CARDOSO SANTOS1; ROSILÉIA SILVA SOUZA1; LARISSA PIRES BARBOSA1

1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, Bahia, Brasil. *[email protected]

O objetivo com o estudo foi avaliar a população celular do epitélio seminífero e o rendimento intrínseco da

espermatogênese de cordeiros imunocastrados com vacina anti-GnRH. Trinta ovinos machos inteiros, com

4,19±0,41 meses de idade, foram divididos em três tratamentos (T): T1 (grupo controle) administração

subcutânea de 1,0mL de solução fisiológica; T2 e T3 administração subcutânea de 1,0 e 0,5mL da vacina

anti-GnRH, respectivamente. Os animais receberam segunda dose da vacina (Bopriva®, Pfizer Animal

Health) em intervalo de 30 dias. Sessenta dias após a segunda aplicação da vacina, os animais foram

abatidos em frigorífico com Serviço de Inspeção Estadual. De cada testículo direito, retirou-se fragmentos

da porção média para confecção de lâminas histológicas. Dez seções transversais de túbulos seminíferos

no estádio 1 do ciclo, em cada lâmina, foram utilizadas para determinar a população celular do epitélio

seminífero, e o rendimento intrínseco da espermatogênese (COSTA et al., 2004). A fórmula de Abercrombie

(1946) modificada por Amann (1962) foi utilizada para corrigir a contagem celular. O projeto foi aprovado

pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFRB (n° 23007.010944/2018-68). Verificou-se a normalidade

dos dados pelo teste de Shapiro Willk. As variáveis com distribuição normal foram submetidas à análise de

variância e teste de Tukey. A variável não paramétrica (relação entre população de espermatócitos em

paquíteno e espermátides arredondadas), foi submetida ao teste Kruskal-Wallis. Adotou-se o nível de 5%

de significância. A aplicação da vacina anti-GnRH, independente da dose, alterou a população celular

corrigida do epitélio seminífero e o rendimento intrínseco da espermatogênese, em relação ao grupo controle

(P<0,05). A população de espermatogônias (A) foi inferior no grupo controle (0,95±0,12) em relação aos

grupos vacinados, que foram semelhantes entre si (2,42±0,36). As populações dos espermatócitos em pré-

leptóteno (PL), em paquíteno (PQ) e das espermátides Ar foram superiores no grupo controle (11,46±3,03

PL; 15,44±3,12 PQ; 50,29±5,82 Ar), em relação aos grupos vacinados com 1,0 ou 0,5mL, semelhantes entre

si (1,24±1,23 PL; 0,00±0,00 PQ; 0,01±0,03 Ar). Obteve-se superioridade na população de células de Sertoli

(S) no grupo vacinado com 0,5mL (13,25±2,64), com valor intermediário para o grupo que recebeu 1,0mL

da vacina (10,67±1,73), seguido do grupo controle (5,27±0,79). As relações entre as populações indicativas

do rendimento intrínseco da espermatogênese, obtidas no grupo controle, foram superiores aos grupos

imunizados, e mostraram que 12,37±3,92 PL são produzidos por cada A (A/PL); 1,37±0,25 PQ são

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164 produzidos a partir de um PL (PL/PQ); 3,16±0,33 Ar são produzidas durante a fase meiótica (PQ/Ar), e

aproximadamente 54±9,91 destas são liberadas a partir de uma espermatogônia A (A/Ar). Essas mesmas

relações foram de 0,55±9,91 para A/PL; e nulas (0,00±0,00) para PL/PQ, PQ/Ar e A/Ar, nos grupos tratados

com a vacina anti-GnRH. Os resultados indicam que ambas as doses da vacina anti-GnRH, administradas

em intervalo de 30 dias, foram eficientes em interromper o processo espermatogênico de cordeiros. Para

redução de custos, recomenda-se a dose de 0,5mL.

Palavras-chave: células de Sertoli; espermatócitos; espermátide; imunocastração.

REFERÊNCIAS

AMANN, R.P., ALMQUIST, J.O., Reproductive Capacity of Dairy Bulls. VIII. Direct and Indirect Measurement

of Testicular Sperm Production. J Dai Sci. v. 45, p.774-78, 1962.

COSTA, D.S., HENRY,M.R.G.M., PAULA, T.A.R., Espermatogênese de catetos (Tayassu tajacu). Arq Bras

Med Vet Zoot. v. 56, p. 46-51, 2004.

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POTENCIAL DO BAGAÇO DE LARANJA NA DIETA DE RUMINANTES

LUANA MATEUS DAS NEVES¹; EMANUELI RAFAELA DOS SANTOS¹; IZABELLA VENTURA DOS SANTOS BARIANI¹;

¹UNIVERSIDADE PITÁGORAS-UNOPAR; [email protected]; [email protected]; [email protected];

A utilização de subprodutos da agroindústria na alimentação animal vem sendo cada vez mais inclusos nas

dietas em função da qualidade nutricional destes e ao baixo custo em relação aos alimentos rotineiros, como

soja e milho. O bagaço de laranja, subproduto do suco de laranja, apresenta segundo Van Soest (1994) alto

valor nutricional para a alimentação de ruminantes, sendo comparado aos grãos de elevado valor energético.

Segundo o MAPA (2016) o Brasil é responsável por cerca de 60% da produção mundial de suco de laranja.

O bagaço de laranja pode ser utilizado na alimentação de ruminantes de várias formas, in natura e como

silagem. O bagaço de laranja vem sendo usado como substituto de alimentos volumosos na produção de

ruminantes (ÍTAVO et al., 2000a), e também em substituição a alimentos concentrados como o milho (REGO

et al., 2019). Sua composição químico-bromatológica, 83-88% de nutrientes digestíveis totais, 7,0% de

proteína bruta, 23-28% de fibra em detergente neutro, 22-24% de fibra em detergente ácido, 3% de Lignina

e 84% de digestibilidade aparente da matéria seca (VAN SOEST 1994, ÍTAVO et al. 2000b), este subproduto

pode ser um potencial para substituir o milho. Uma das maneiras de utilização da polpa cítrica é como aditivo

na produção de silagens de capins tropicais, aumentando o seu processo de fermentação. Pobres em

carboidratos são as gramíneas tropicais enquanto a polpa é excelente neste aspecto; além de aumentar o

teor de matéria seca da silagem, beneficia o processo de fermentação e diminui as perdas; o seu

fornecimento reduz a quantidade necessária de grãos, já que, com a polpa, os animais estão recebendo

grande parte da energia de que precisam. Mas, por ser um alimento com baixo teor de proteína e minerais,

é de extrema necessidade um balanceamento da alimentação do rebanho (EMBRAPA, 2008). A composição

química destes produtos apresenta instabilidade de acordo com o tipo de processamento que foram feitos,

fontes e variedades das frutas e local que foram produzidos. Várias pesquisas estão sendo feitas visando a

inclusão de bagaço de laranja em rações de animais tais como bovinos, ovinos, aves de corte, suínos e

coelhos. Contudo, o bagaço é mais utilizado na alimentação de bovinos, apresentando bons resultados,

relacionados ao baixo valor econômico do resíduo e ao seu alto valor nutricionais. Porém existem poucos

trabalhos publicados na literatura que utilizam o bagaço de laranja como potencial substituto de alimentos

concentrados rotineiros.

Palavras-chave: caprinos; dieta; suplementação

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REFERÊNCIAS

EMBRAPA. Polpa cítrica: uma boa substituta para o milho. Juiz de Fora, 2008.

ÍTAVO, L.C.V.; SANTOS, G.T.; JOBIM, C.C.; et al. Substituição da silagem de milho pela silagem do bagaço

de laranja na alimentação de vacas leiteira. Consumo, produção e qualidade do leite. Rev Bras Zootecn, v.

29, p.498-1503, 2000a.

ÍTAVO, L.C.V.; SANTOS, G.D.; JOBIM, C.C.; et al. 2000b. Aditivos na conservação do bagaço de laranja in

natura na forma de silagem. Rev Bras Zootecn, v. 29, p. 1474-1484, 2000b.

MAPA. 2016. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Citrus.

http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/citrus (10/02/2016). Acesso: 22 ago. De 2020.

REGO, F. C. A., Desempenho, características da carcaça e da carne de cordeiros confinados com níveis

crescentes de bagaço de laranja em substituição ao milho. Ciência animal brasileira. v. 20, p. 1-12, 2019.

VAN SOEST, P.J., Nutritional ecology of the ruminant. Cornell University Press. Ithaca, NY., p.476, 1994.

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PROPORÇÃO VOLUMÉTRICA DOS COMPONENTES DO PARÊNQUIMA TESTICULAR DE CORDEIROS IMUNOCASTRADOS COM VACINA ANTI-GnRH

LAIARA FERNANDES ROCHA1,3, TAÍS BORGES DA CRUZ1,4, MONNA LOPES ARAÚJO2,5,

ROSILEIA SILVA SOUZA1,6, ANA LÚCIA ALMEIDA SANTANA1,7, LARISSA PIRES BARBOSA1,8

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia,2Universidade Federal da Bahia, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

O objetivo com o estudo, foi avaliar os efeitos da vacina anti-GnRH sobre a proporção volumétrica dos

componentes do parênquima testicular de cordeiros. Para tal, utilizou-se 30 ovinos machos inteiros, com

4,19±0,41 meses de idade, os quais foram divididos em três tratamentos (T): T1 (grupo controle),

administração subcutânea (SC) de 1,0mL de solução fisiológica; T2 e T3 administração de 1,0 e 0,5mL de

vacina anti-GnRH via subcutânea, respectivamente. A segunda dose da vacina foi administrada 30 dias após

a primeira. A vacina comercial utilizada foi a Bopriva® (Pfizer Animal Health). Após 60 dias da segunda

aplicação da vacina, os animais foram pesados e encaminhados para abate em frigorífico com Serviço de

Inspeção Estadual, onde os testículos foram coletados, mensurados e pesados. Retirou-se fragmentos da

porção média do testículo direito de cada animal para confecção de lâminas histológicas, e posterior

determinação da proporção volumétrica dos componentes do parênquima, de acordo com Morais et al.

(2012). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFRB (n° 23007.010944/2018-

68). Avaliou-se a normalidade dos dados pelo teste de Shapiro Willk. As variáveis com distribuição normal

(lúmen, túnica própria, vasos e tecido conjuntivo) foram avaliadas pela ANOVA e teste de Tukey. Para

variáveis não paramétricas (epitélio germinativo e células de Leydig) aplicou-se o teste Kruskal-Wallis.

Adotou-se o nível de 5% de significância para todos os testes realizados. Foi utilizado o programa SPSS

versão 23.0 (1989 – 2015). Não houve diferença (P>0,05) para lúmen e vasos, cuja média obtida para esses

componentes foi de 37,82±12,27% e 0,88±0,25%, respectivamente. Houve diferença para epitélio

germinativo, túnica própria, células de Leydig e tecido conjuntivo (P<0,05). A maior proporção do epitélio

germinativo foi obtida no grupo controle (T1) (54,77±12,43%), sendo este superior ao grupo que recebeu

1,0mL da vacina (T2) (40,87±22,85%), e semelhante ao grupo vacinado com 0,5mL (T3) (47,42±19,11%).

O grupo que recebeu 1,0mL da vacina apresentou maior proporção em túnica própria (6,42±1,14%), sendo

semelhante ao grupo que recebeu 0,5mL da vacina (5,26±0,43%), e superior ao grupo controle

(4,64±1,53%). A proporção de células de Leydig foi semelhante entre os grupos controle (1,96±1,22%) e o

grupo que recebeu 0,5mL da vacina anti-GnRH (2,69±0,73%), sendo estes inferiores ao grupo que recebeu

1,0mL da vacina (3,43±1,96%). O grupo imunizado com 1,0mL da vacina apresentou maior proporção de

tecido conjuntivo (12,31±3,92%), sendo semelhante ao grupo imunizado com 0,5mL da vacina

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168 (10,38±5,11%), e superior ao grupo controle (7,03±2,89%). Diante desses resultados, conclui-se que a

utilização da vacina Bopriva® nas doses avaliadas (1,0 e 0,5mL), com duas aplicações intervaladas de 30

dias, apresentou potencial satisfatório para efetivar a castração imunológica em cordeiros.

Palavras-chave: castração imunológica; epitélio germinativo; morfometria; ovinos.

Referências

MORAIS, A.C.T.; BARBOSA, L.P.; NEVES, M.M.; MATTA, S.L.P.; MORAIS, D.B.; MELO, B.E.S. Parâmetros

morfofisiológicos testiculares de camundongos (Mus musculus) suplementados com geleia real. Arquivo

Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 62, p.110-118, 2009.

Statistical Package for the Social Sciences. (2015). Ibm Spss Statistics (Versão 23) [Software].

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169

RAIVA EM BOVINOS: NOTIFICAÇÃO E VACINAÇÃO COMO ESTRATÉGIAS EPIDEMIOLÓGICAS

GUSTAVO HENRIQUE LIMA PINTO ¹, LETÍCIA MORAES TAVARES ², SELENE DANIELA BABBONI³

¹ Discente do Curso Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, campus São José dos Campos ([email protected]). ² Discente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Paulista, campus DUTRA São José dos Campos ([email protected]). ³ Docente do Curso Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera e Universidade Paulista, campus DUTRA São José dos Campos ([email protected]).

A Raiva é uma zoonose de ampla distribuição geográfica, causada pelo vírus da ordem Mononegavirales,

família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. A doença afeta todos os mamíferos, todavia os morcegos

hematófagos, Desmodus rotundus, são destaque na transmissão da zoonose para os animais de produção.

Todas as espécies de quirópteros podem ser potenciais transmissoras, no Brasil há superpopulação dessas

espécies, consequentemente, o risco de transmissão aumenta, esta ocorre através da

mordedura/lambedura de mucosas ou feridas abertas de um animal infectado. Dentre as espécies

domesticadas, os bovinos são expressivamente afetados acarretando problemas produtivos/econômicos.

Foi realizada uma revisão de literatura narrativa, através da pesquisa de publicações de fomento científico

(Scielo, PubMed, Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde, Google Acadêmico e Periódicos da Capes),

objetivando descrever a importância da notificação dos casos de raiva em bovinos e consequentemente

medidas preventivas relacionadas a zoonose. O Programa Nacional de Controle da Raiva de Herbívoro

(PNCRH) tem objetivo de desenvolver ações de acordo com os conceitos de Saúde Única do Ministério da

Saúde no diagnóstico da raiva; controle de transmissores; vacinação antirrábica e vigilância epidemiológica.

O programa realiza um sólido sistema de informações e vigilâncias em áreas de risco, efetuam controle da

raiva em herbívoros domésticos por meio de manejo e controle de colônias de quirópteros hematófagos e

vacinação antirrábica em animais suscetíveis, sendo que a medida vacinal é facultativa, para ruminantes,

nos diferentes municípios do país de acordo com os dados epidemiológicos notificados. Em herbívoros a

vacina é inativada, monovalente e licenciada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento), sua aplicação pode ser feita após três/quatro meses de idade, reforço após 60 dias e

revacinação anual. A vacinacao em massa gera “imunidade de rebanho”, diminuindo a disseminacao do

agente. Os dados gerados pelo PNCRH atuam como fonte essencial para levantamento do impacto

econômico causado pela raiva em bovinos. O vírus rábico é inevitavelmente fatal, no ano de 2018, gerou

mais de 40000 óbitos de animais de interesse econômico, levando um prejuízo de 15 milhões de dólares.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil. Entre o período de 2013 a 2020, foram registrados 3686

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170 casos de raiva; uma das regiões mais afetadas foi o Sudeste que em 2013 notificou 334 casos, sendo o

estado de São Paulo com 136 notificações; é importante ressaltar que há subnotificações de casos

dificultando a apresentação de um panorama fidedigno da zoonose. Sabe-se que a vacinação é um método

eficaz no combate a raiva, principalmente em locais onde o nível sócio-econômico é deficitário, neste

contexto cabe às autoridades sanitárias, assim como, produtores de rebanho bovino uma conscientização

efetiva e continuada sobre a raiva; além disso, cabe também aos médicos veterinários que atuam a campo

notificarem os casos para que os dados epidemiológicos sejam atualizados e consequentemente a

vacinação de bovinos seja monitorada e/ou implementada.

Palavras-chave: epidemiologia; notificação; profilaxia; raiva.

Referências

GRUNITZK, L. et. al. Vacinação em bovinos leiteiros: uma prática de bem-estar animal conhecida pelos

produtores? PubVet. Medicina Veterinária e Zootecnia., v. 14, n.6, a. 582, p.1-4, 2020.

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171

RELAÇÃO DO ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL OBTIDO PELA TECNOLOGIA VETSCORE® E TAXA DE PRENHEZ EM VACAS DE CORTE

HÁGATTA LUANA ANTUNES DE RAMOS¹; LUAN SANTOS DA CUNHA¹; GUSTAVO GONÇALVES

HUREN¹; ISABEL CRISTINA DA SILVA¹; JOSÉ LUIS MOLETTA¹; LUCIANA DA SILVA LEAL KAROLEWSKI¹.

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

O escore de condição corporal (ECC) estima o estado nutricional dos animais por meio de avaliação

que pode ser tanto visual como tátil; essa medida é relacionada com a quantidade de tecido adiposo

que o animal apresenta. O objetivo do trabalho foi estimar o ECC de vacas de corte, utilizando a régua

Vetscore®, e observar a relação com a taxa de prenhez em um programa de Inseminação Artificial em

Tempo Fixo (IATF). O experimento foi realizado na Estação Experimental Fazenda Modelo pertencente

ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Ponta Grossa/PR. Foram utilizadas 196 fêmeas bovinas

de raças de corte, com idade variando de 26 a 174 meses. Os animais foram pesados com o auxílio de

uma balança acoplada a um programador da marca Tru Test, modelo SR3000. Foi estimado o ECC

visualmente escala de 1 a 9 (Spitzer, 1986), indicando 1 como condição corporal debilitada e 9 como

extremamente gorda. Também foi empregada uma ferramenta com duas réguas (Vetscore® –

Embrapa), que formam um ângulo e converte a condição corporal da matriz em cores. A régua classifica

os animais em três condições nutricionais: baixa (cor vermelha), adequada (cor verde) e alta/excessiva

(cor amarela). O diagnóstico de gestação foi realizado a partir dos 30 dias da data da inseminação, por

ultrassonografia transretal. O software estatístico usado foi o Minitab® 19 e o teste estatístico empregado

foi o Qui-Quadrado, considerando nível de 5% de significância. Os animais analisados apresentaram

uma média de peso corporal de 461,23 kg, a média de ECC visual foi de 5,58. Em relação ao ECC da

régua, obteve-se como resultado que 7,14% das vacas foram classificadas na cor amarela, 69,39%

estavam na cor verde e 23,47% na cor vermelha. A taxa de prenhez (55,61%) foi impactada pelo ECC

visual (P= 0,027), uma vez que as fêmeas com escore 4 (baixo) e 8 (alto) não ficaram gestantes, ou

seja, vacas muito magras e muito gordas tiveram problemas de fertilidade. Quando analisada as

informações obtidas em relação à régua Vetscore®, verificou-se que a taxa de prenhez foi semelhante

(P>0,05) em vacas classificadas com cores diferentes. Conclui-se que a condição corporal verificada

com a ferramenta Vetscore® não impacta a taxa de prenhez; no entanto, a condição corporal estimada

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172 visualmente relaciona-se com a fertilidade de fêmeas bovinas de corte submetidas a um programa de

IATF.

Palavras-chave: Bovinos de Corte; Escore de Condição Corporal; Fertilidade; Inseminação

Artificial.

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173

RELEVÂNCIA DA LISTERIOSE NA CRIAÇÃO DE RUMINANTES

TAMY VERONY TAKAHASHI ¹, VITÓRIA MARTINS SALDANHA1, SELENE DANIELA BABBONI1

¹ Discente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Paulista, campus DUTRA São José dos Campos, São Paulo, Brasil.*[email protected]

A Listeria monocytogenes é uma bactéria patogênica intracelular facultativa e dentro das espécies de Listeria

é a de maior relevância para a saúde pública, por ser classificada como zoonose. Em todo mundo está

presente no meio ambiente e no intestino de mamíferos não humanos e humanos, pássaros, aracnídeos e

crustáceos. Vive frequentemente associada a outras bactérias saprófitas presentes na matéria orgânica em

decomposição. A L. monocytogenes é extremamente resistentes às condições ambientais adversas e pode

sobreviver por anos no solo, matéria fecal, água e alimento contaminado (LOPES, 2010). Nos animais de

produção, além da sintomatologia nervosa, podem ocorrer falhas reprodutivas, abortos e mastite subclínica,

o que é um agravante na contaminação do leite (SAKATE, 2005). O objetivo do trabalho foi evidenciar a

importância da L. monocytogenes na criação de bovinos tanto na esfera da saúde pública quanto no que

tange à prejuízos econômicos para o produtor, através de levantamento bibliográfico nas bases de dados

Pubmed e Google Scholar, utilizando os descritores: Listeria monocytogens, listeriose, zoonose, ruminantes,

em língua portuguesa e inglesa. Segundo Nightingale (2004), dos animais de produção, gado é a principal

fonte de infecção, consequentemente disseminando o agente na propriedade, inclusive de subtipos

relacionados à causa de doença em humanos, sendo que a carga do patógeno já identificada foi duas vezes

maior em cochos de alimentação e água e nas camas destes animais, quando comparado com a própria

silagem (MOHAMED, 2009). Dentro da cadeia produtiva de carne, Sakate (2005) identificou o agente

inclusive na área limpa dos frigoríficos, enquanto na cadeia produtiva de leite o leite cru, os fômites e as

condições inadequadas de higiene são os maiores responsáveis pela contaminação dos produtos, sendo o

queijo o mais frequentemente contaminado pela bactéria, em especial o queijo frescal produzido a partir de

leite cru não pasteurizado (BORGES et al., 2009). Conclui-se que a contaminação por L. monocytogenes

tanto das intalações, quanto dos abatedouros e consequentemente dos produtos de origem animal

provenientes da cadeia produtiva de carne e leite não deve ser negligenciada, uma vez que incorre em

prejuízos significativos tanto para o produtor frente à perda de animais, abortamentos e ocorrência de mastite

subclínica, quanto para a saúde pública.

Palavras-chave: Listeria monocytogens; listeriose; ruminantes; zoonose.

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174

REFERÊNCIAS

BORGES, M.F. et. al. Listeria monocytogenes em leite e produtos lácteos. Fortaleza : Embrapa Agroindústria

Tropical. Embrapa Agroindústria Tropical. Documentos,119, p. 31, 2009.

LOPES, L.B., Listeriose: encefalites nos animais domésticos. PUBVET. v.4 ,p.752-758, 2010.

MOHAMED, H.O., Identification of potential on-farm sources of Listeria monocytogenes in herds of dairy

cattle. American Journal Of Veterinary Research., v. 70, n. 2009.

NIGHTNGALE, K.K., et. al. Ecology and transmission of Listeria monocytogenes infecting ruminants and in

the farm environment. Applied and environmental microbiology.v. 80, n. 8, 2004.

SAKATE, R. I. Prevalência, epidemiologia, caracterização sorológica e molecular de Listeria monocytogenes

isoladas na criação intensiva de Novilhos Superprecoces e em abatedouros frigoríficos no Estado de São

Paulo. 2005. 95 f. Tese (Doutorado) Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo,

São Paulo, 2005

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175

REPETIBILIDADE DA CONTAGEM DE FOLÍCULOS ANTRAIS EM VACAS DA RAÇA HOLANDESA SUBMETIDAS AO PROTOCOLO DE SINCRONIZAÇÃO DA

OVULAÇÃO EM TEMPO-FIXO

DENIS VINICIUS BONATO 1, EMANUEL BINOTTO FERREIRA1, FRANCIELI GESLEINE CAPOTE BONATO 1, RAFAEL LUIZ STOLF 1, FÁBIO MOROTTI 1, MARCELO MARCONDES

SENEDA 1

1 Universidade Estadual de Londrina, Laboratório de Reprodução Animal - ReproA, Departamento de Clínicas Veterinárias. E-mailS: [email protected];2 [email protected];. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

O objetivo deste estudo foi avaliar a repetibilidade da contagem de folículos antrais (CFA) durante os dias

do protocolo de sincronização da ovulação em vacas da raça Holandesa (Bos taurus taurus). Utilizou-se 20

vacas, com escore de condição corporal entre 2.75 e 3.0 (escala de 1 a 5), com no mínimo duas lactações,

período pós-parto de 40 a 60 dias, produção diária de leite entre 45 e 60 litros e mantidas em sistema free

stall. As vacas foram submetidas a um protocolo de sincronização da ovulação para vacas de alta produção

leiteira. Em um dia aleatório do ciclo estral (D0), os animais receberam 2mg de benzoato de estradiol

(Syncrogen®, GlobalGen Vet Science, Jaboticabal, São Paulo, Brasil), 25µg de Lecirelina (Tec-Relin®,

Agener União Saúde Animal, Embu-Guaçu, São Paulo, Brasil) e a inserção de um dispositivo intravaginal

de primeiro uso, impregnado com 2g de progesterona (Repro sync®, GlobalGen Vet Science). No sétimo

dia após o início do protocolo (D7), foi aplicado 0,526mg de cloprostenol sódico (Induscio®, GlobalGen Vet

Science) e no oitavo dia (D8), foi retirado o dispositivo de progesterona, aplicado 0,526mg de cloprostenol

sódico e 1mg cipionato de estradiol (Cipion®, GlobalGen Vet Science). O número de folículos antrais (≥ 2

mm de diâmetro) foi determinado com auxílio de equipamento ultrassonográfico (SonoScape™, S8, Domed,

Valinhos, Brasil) com transdutor linear de 5 a 10 MHz. A ultrassonografia ovariana foi realizada diariamente

do D0 até o D11. Para avaliar se a presença de um corpo lúteo desenvolvido altera a CFA, dez dias após a

ovulação novamente foi realizado o exame ultrassonográfico e contado os folículos. Um único técnico

realizou as avaliações sem conhecer a contagem do exame anterior (às cegas). A CFA de cada fêmea foi

considerada através da soma dos folículos identificados nos ovários direito e esquerdo. A comparação do

número de folículos antrais ao longo das avaliações foi analisada por medidas repetidas, empregando PROC

GLM, incluindo o dia da avaliação como efeito fixo e os animais como efeito aleatório. Na presença de um

efeito significativo, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). A repetibilidade foi calculada

a partir da ẟ2 animal / (ẟ2 animal + ẟ2 do erro), e o resultado interpretado pela variação de 0 a 1, sendo que

1 = perfeito. A repetibilidade da CFA nos diferentes dias do protocolo foi de 0.98, a média da quantidade de

folículos antrais na população de animais avaliada foi de 18,6, moda de 16 e desvio padrão de 8,95 folículos,

isso em um total de 260 exames de pares ovarianos. Comparando a média da CFA no decorrer dos dias, o

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176 número de folículos antrais variou em função do animal (P < 0.0001), mas não ao longo das avaliações (P

> 0.1). Foi identificado alta repetibilidade da CFA durante os dias do protocolo e no décimo primeiro dia após

a ovulação.

Palavras-Chave: desenvolvimento folicular, reprodução animal, Bos taurus taurus, CFA.

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SUBPRODUTOS DE ALGODÃO NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE EM TERMINAÇÃO

KATIA APARECIDA DE AGUIAR FIGUEIREDO¹, LETÍCIA MORAES TAVARES ², GUSTAVO HENRIQUE LIMA PINTO³, SELENE DANIELA BABBONI4, RAFAEL ALVES VIANNA5

¹ Discente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Paulista, campus DUTRA São José dos Campos ([email protected]), ² Discente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Paulista, campus DUTRA São José dos Campos ([email protected]), ³ Discente do Curso Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, campus São José dos Campos ([email protected]), 4 Docente do Curso Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera e Universidade Paulista, campus DUTRA São José dos Campos ([email protected]), 5 Docente do Curso Medicina Veterinária da Universidade Paulista, campus DUTRA São José dos Campos ([email protected]).

A cultura do algodão possibilita a origem de diversos subprodutos, como farelo de algodão e caroço de

algodão (ROGÉRIO et al., 2003), que em relação ao farelo de soja apresenta vantagens econômicas ao

produtor no custo final da dieta dos bovinos (ALVES et al., 2010), uma vez que 75% dos gastos totais de

uma propriedade é alimentação. Segundo Paim et al.(2010) esses subprodutos se destacam pelas

características químicas com: elevada quantidade de ácidos graxos e fonte protéica, as quais propiciam

maior deposição de gordura na carcaça viabilizando melhor qualidade da carne. O valor nutricional do farelo

de algodão pode variar de acordo com a concentração de casca, por isso, encontra-se com diferentes teores

de proteína bruta (PB) (MOREIRA, 2008), sendo mais comuns os farelos com 30% de PB e 44% de PB. O

farelo com 44% de PB apresenta: 1,8% de extrato etéreo (EE), 23% de fibra em detergente neutro (FDN) e

77% de nutrientes digestíveis totais (NDT). No Brasil, pesquisas apresentaram dados de farelo de algodão

com 38% de PB, 1,87% de EE, 34,92% de FDN e 68,31% de NDT (PAIM et al., 2020). De acordo com

Rogério et al. (2003) o caroço de algodão apresenta teor fibroso favorável e proteína de alta degradabilidade

ruminal; sua composição varia de acordo com o tamanho da semente e línter da casca (matéria seca 92,3%;

proteína bruta 28%; fibra em detergente neutro 49,4%; fibra em detergente ácido 38,2%; extrato etéreo

19,1%; energia digestivel 4,23%). Foi realizada uma revisão de literatura narrativa, através da pesquisa de

publicações de fomento científico, objetivando relatar a eficácia e custo benefício dos subprodutos do

algodão na terminação de bovinos de corte. No estudo de Geron (2012) com bezerros para terminação, o

teor de suplementação com caroço de algodão foi de 1,0% para aumentar a eficiência alimentar. No

experimento de terminação do Paulino et al. (2002), o caroço de algodão apresentou maior rendimento de

carcaça fresca e peso de carcaça (53,04% e 242,55 kg, respectivamente) em relação a soja em grão(52,21%

e 241,20 kg). O estudo de Hoffman (2019) comparou o farelo de algodao com o DDG (“dried destiller’s

grains”) demonstrando que não há alteração dos resultados produtivos (uso de nitrogênio, eficiência

microbiana, digestibilidade, peso corporal final, ganho de peso vivo e de carcaça) independentes da fase de

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178 crescimento e do sistema de produção (recria e terminação). O alto teor relativo de proteína bruta, ótimas

taxas produtivas e o baixo custo dos subprodutos de algodão os tornaram opção para a formulação de dietas

para animais. Conclui-se que os subprodutos da soja tem alto custo benefício, sendo mais acessível e com

resultados similares a melhores quando comparado a outras matérias primas, além de (quando incluída de

forma balanceada) suprir as necessidades nutricionais do gado, ou seja, garantindo a liberdade de fome e

má nutrição, um dos pilares do bem-estar animal.

Palavras-Chave: algodão; bovinos; subproduto; proteína bruta.

REFERÊNCIAS

ALVES, A.F. et al. Substituição do farelo de soja por farelo de algodão de alta energia em dietas para vacas

leiteiras em produção: consumo, digestibilidade dos nutrientes, balanço de nitrogênio e produção leiteira.

R.Bras. Zootec. Viçosa, 20, v.39, n.3, 2010.

MOREIRA, F.B. Subprodutos do algodão na alimentação de ruminantes. PUBVET, Autores convidados, v.2

n.36, art. 356, 2008.

ROGÉRIO, M. C. P. et al. Uso de caroço de algodão na alimentação de ruminantes. Arq. ciên. vet.

zool.UNIPAR, v.6 ,n. 1, p.75-80, 2003.

PAIM, P.T. et al. Uso de subprodutos do algodão na nutrição de ruminantes. Ciênc. vet. tróp.; v. 13, n. 1/2/3,

p. 24 – 37, 2010.

PAULINO, M. F. et al. Soja Grão e Caroço de Algodão em Suplementos Múltiplos para Terminação de

Bovinos Mestiços em Pastejo. Bras. Zootec., v.31, n.1, p.484-491, 2002.

GERON, L. J. V. Desempenho de cordeiros em terminação suplementados com caroço de algodão

(Gossypium hirsutum l.) e grão de milho moído (Zea mays L.) Archives of Veterinary Science. v.17, n.4, p.34-

42, 2012.

HOFFMAN, A. Eficiência da substituição do farelo de algodão por DDGs na produção de bovinos de corte.

Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Câmpus de Jaboticabal. P. 84, 2019.

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179

TIMPANISMO GASOSO

ADRYAN SANDRO CAVALLINI RAMOS1*; LUCAS SPADRIZANI1; GUSTAVO CORREA DA

SILVA1

1 – Universidade Pitágoras UNOPAR, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A dieta dos ruminantes é algo crucial para o seu desenvolvimento e produtividade animal, porém há algumas

doenças relacionadas a sua nutrição, que além de prejudicar a saúde e a longevidade do animal, também

reduzem a produção, sendo uma delas o timpanismo gasoso. O timpanismo gasoso tem como característica

um acúmulo anormal de gás, co2 e metano, no rumem, ocorrendo então uma dilatação por aumento na

quantidade de ácido graxos voláteis que irá diminuir o ph ruminal podendo levar o animal a uma acidose

metabólica (AFONSO, 2001) e consequentemente ao óbito. O timpanismo pode se desenvolver através da

nutrição excessiva de grãos, algumas leguminosas, limão e caroço de manga. O motivo é que esses

alimentos podem obstruir o esôfago ou a cárdia impedindo a eructação, e, por conseguinte, há acúmulo de

gás no rumem. Os sinais clínicos do animal acometido com timpanismo gasoso consistem em aumento do

volume abdominal, taquicardia, anormalidade nos movimentos ruminais. O tratamento pode ser feito através

de uma ruminotomia, estimulação da saliva e/ou sonda ruminal (BRANDOLT, 2016) A profilaxia consiste em

uma boa nutrição relacionada a qualidade dos alimentos, uso de leguminosas maduras, aumento da

proporção de fibra na forragem madura, murchamente das pastagens para e evitar a excessiva moagem de

grãos (PINHEIRO, 2018). Percebe-se que o timpanismo gasoso é uma alteração metabólica crítica, em que

o médico veterinário precisa ser acionado imediatamente. Faz-se necessário a experiência profissional e o

tratamento rápido da enfermidade, em razão do impacto econômico que se tem com perda dos animais tanto

nas fases sub aguda, aguda, quanto crônica, uma vez que a doença tem letalidade de aproximadamente

40% (PANZIERA et al., 2016).

Palavras-Chave: grãos; nutrição; timpanismo; ruminante.

REFERÊNCIAS

AFONSO, J.A.B. Estudo retrospectivo do timpanismo espumoso em bovinos no estado de Pernambuco.

Ciênc.vet. trop. v. 4, n. 2, p. 249-255, 2011.

BRANDOLT, I.M.C. Distúrbios gastrointestinais nao-infecciosos de equinos e gástricos de bovinos da

mesorregião sudoeste rio-grandense. (Dissertação) Universidade Federal do Pampa. Uruguaiana, 2016.

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180 PANZIERA, W. et al. Timpanismo em bovinos, secundário a obstrução esofágica por Citrus limon (limao

siciliano). Pesq. Vet. Bras. v. 36, n. 5, p.397-400, 2016.

PINHEIRO, M.C. et al. Dietas de alto concentrado para ovinos de corte: Potencialidades e limitações.

Comunicado técnico 174. Sobral, EMBRAPA, 2018.

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TOXOPLASMOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

LORRAINE GABRIELA TRETTENE¹*

1 Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. *[email protected]

A toxoplasmose é uma doença causada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário coccídeo, com ciclo de

vida sendo facultativamente heteroxeno, formador de cistos teciduais e intracelular obrigatório. Esse

protozoário infecta todas as espécies de animais endotérmicos, incluindo mamíferos, aves e o homem. É

uma doença de distribuição mundial, com prevalência variável entre os países, está intimamente relacionada

à condição climática, socioeconômica e cultural (TENTER et al., 2000). A importância da toxoplasmose nos

ovinos e caprinos (pequenos ruminantes), é devido sua possibilidade de transmissão aos humanos, e, além

disso, por gerar prejuízos diretos aos animais de interesse econômico, principalmente no âmbito reprodutivo,

devido a toxoplasmose poder ocasionar aborto, além de poder levar a morte do animal (SILVA et al., 2006).

Os pequenos ruminantes, podem ser uma fonte de infecção para humanos, podendo ocorrer quando o

homem consome leite não pasteurizado contaminado por taquizóitos e pela ingestão de carne crua ou mal

passada contendo cistos teciduais (RADOSTITIS et al., 2006). Em ovelhas e cabras pode causar morte

embrionária e reabsorção, morte fetal e mumificação, aborto, natimortalidade e morte neonatal, além disso,

outros sinais clínicos podem ser observados, como febre, anorexia, dispneia e prostração (Dubey e Lindsay,

2006). No entanto, devido a toxoplasmose não apresentar sinais clínicos específicos, se faz necessário

realizar o diagnóstico laboratorial. O diagnóstico pode ser sorológico, biológico (isolamento em cultivo celular

ou em camundongos), histológico, imunohistoquímico e molecular. As amostras podem ser sangue,

secreções, excreções, fluidos corporais, tecidos de biópsia e tecidos com lesão macroscópica após a morte

(Dubey e Lindsay, 2006). Ovelhas e cabras são mais suscetíveis à infecção por T. gondii e podem abrigar

cistos teciduais mais facilmente em comparação com outras espécies animais, como cavalos e bovinos, que

são menos suscetíveis, sendo difícil a detecção de cistos em seus tecidos (Dubey; Thulliez, 1993). Como

forma de controle e prevenção para T. gondii na criação de animais de produção, deve ser realizado uma

melhoria da qualidade das pastagens, pois estas podem estar contaminadas por oocistos esporulados

devido à presença de fezes de felinos infectados; deve ser realizado o controle da população de gatos para

diminuir a eliminação de oocistos, e, assim, controlar a infecção por T. gondii nos herbívoros; realizar

medidas gerais de higienização das instalações com especial atenção para os comedouros e bebedouros;

limpeza dos equipamentos agropecuários; suplementação mineral visando melhoria das defesas orgânicas;

armazenar de forma adequada e em local restrito os insumos (ração) evitando a presença de felinos e

roedores neste local e realizar limpeza do reservatório hídrico (CARNEIRO et al., 2009).

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182

Palavras-chave: Aborto; Caprinos; Ovinos; Toxoplasma gondii;

REFERÊNCIAS

CARNEIRO, A.C.A.V., CARNEIRO, M., GOUVEIA, A.M.G., et al. Seroprevalence and risck factors of caprine

toxoplasmosis in Minas Gerais, Brazil. Journal Veterinary Parasitology. n.160, p. 225-229, 2009.

DUBEY, J.P., LINDSAY, D.S. Neosporosis, toxoplasmosis, and sarcocystosis in ruminants. Veterinary

Clinics Food Animal Practice. v. 22, p. 645-71, 2006.

DUBEY, J.P., THULLIEZ, P. Persistence of tissue cysts in edible tissues of cattle fed Toxoplasma gondii

oocysts. American Journal of Veterinary Research. v. 54, p. 270-273, 1993.

RADOSTITIS, O.M., GAY, C.C., HINCHCLIFF, K.W., et al. Veterinary Medicine: a testbook of the diseases

of cattle, sheep, goats, pings and horses. 10º ed. Elsevier; p. 1518-1522, 2006.

SILVA, F.W.S., ALVES, N.D., AMÓRA, S.S.A.,et al. Toxoplasmose: uma revisão. Revista Ciência Animal.

v.16, p. 71-77, 2006

TENTER, A.M., HECKEROTH, A.R., WEISS, L.M. Toxoplasma gondii: from animals to humans. International

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UMA VISÃO GERAL SOBRE A ACIDOSE RUMINAL SUBAGUDA EM BOVINOS (Resumo premiado categoria Revisão de Literatura)

LUCAS VINÍCIUS DE OLIVEIRA FERREIRA1*; BEATRIZ DA COSTA KAMURA1; GUSTAVO

GOMES MACEDO2; KARINA CRISTINA DE OLIVEIRA1

1 Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil. [email protected]. 2 Médico veterinário autônomo.

Nos últimos anos, o Brasil vem se destacando no mercado mundial pecuário, tanto no setor de corte bem

como na produção leiteira, o que estimulou a busca pelo aumento da produtividade dos animais em um curto

período de tempo. Mudanças no manejo nutricional foram implementadas, como a utilização de altas

quantidades de concentrados na dieta, entretanto vieram acompanhadas do aumento da incidência de

enfermidades metabólicas como acidose ruminal, a qual está relacionada principalmente à ingestão

excessiva de carboidratos rapidamente fermentáveis. Dois tipos principais de acidose ruminal podem ser

encontrados: a acidose ruminal aguda associada ao acúmulo de ácido láctico, e a acidose ruminal subaguda

(SARA) que ocorre devido ao aumento de ácidos graxos voláteis (ORTOLANI et al., 2016). Há controvérsias

acerca da definição de SARA, a qual pode ser caracterizada por um pH ruminal abaixo de 5.6 por mais de

três horas por dia (PLAIZIER et al., 2008) ou abaixo de 5.8 por mais de cinco a seis horas (ZEBELI et al.,

2008). Os quadros de SARA são considerados mais brandos, entretanto desencadeiam grandes perdas

econômicas e no bem estar animal em virtude de diversas complicações que podem ocorrer como diarreia,

ruminite, laminite e infecções secundárias (OETZEL, 2017), sendo necessário a monitoração constante do

rebanho. O risco de desenvolver a doença é maior em vacas primíparas, no início da lactação e no verão

devido ao estresse térmico (KOVÁCS et al., 2020). Os sinais clínicos são inespecíficos, dificultando o

diagnóstico, contudo sabe-se que esta afecção está associada à ocorrência de processos inflamatórios em

diferentes órgãos e tecidos dos animais acometidos (ABDELA, 2016). A ruminite é uma lesão essencial para

a SARA, pois a inflamação da parede ruminal ocasiona o aumento da sua permeabilidade, permitindo a

translocação de endotoxinas e bactérias para a circulação portal e posteriormente, para a circulação

sistêmica (OETZEL, 2017; KOVÁCS et al., 2020). O diagnóstico é baseado na análise do pH ruminal, e

embora apresente limitações, é uma ferramenta útil para identificar rebanhos gravemente acometidos

(OETZEL, 2017). O líquido ruminal pode ser mensurado por meio de sondagem oro-ruminal, ruminocentese,

fístula ruminal e sensores internos (ABDELA, 2016). Como o transtorno atinge o rebanho como um todo,

medidas preventivas são essenciais e incluem o fornecimento de uma dieta adequada, a adaptação gradual

das papilas ruminais e o tamponamento ruminal apropriado (OETZEL, 2017). Além disso, embora apresente

resultados divergentes, o fornecimento de aditivos na suplementação da dieta como tampões, leveduras e

compostos fitogênicos podem ser utilizados, porém não dispensam um correto manejo alimentar (HUMER

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184 et al., 2018). Devido à sua grande importância econômica e no bem estar animal, a presente revisão teve

como objetivo abordar uma visão geral sobre a enfermidade em bovinos.

Palavras-chave: Bovinos; SARA; pH ruminal; prevenção.

REFERÊNCIAS

ABDELA, N., Sub-acute ruminal acidosis (SARA) and its consequence in dairy cattle: A review of past and

recent research at global prospective. Achievem Life Sci., v. 10, n. 2, p. 187-96, 2016.

HUMER, E., PETRI, R.M., ASCHENBACH, J.R., et al. Invited review: Practical feeding management

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KOVÁCS, L., RÓZSA, L., PÁLLFFY M., et al., Subacute ruminal acidosis in dairy cows-physiological

background, risk factors and diagnostic methods. Vet Stanica., v. 51, n. 1, p. 5-17, 2020.

OETZEL, G.R., Diagnosis and management of subacute ruminal acidosis in dairy herds. Vet Clin North Am

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ORTOLANI, E.L., SOUSA, R.S., OLIVEIRA, F.L.C., et al., Prevenção das acidoses ruminais em rebanhos

leiteiros: novos conceitos. Ciênc Vet Tróp. v. 19, n. 3, p. 113-17, 2016.

PLAIZIER, J.C., KRAUSE, D.O., GOZHO, G.N., et al., Subacute ruminal acidosis in dairy cows: the

physiological causes, incidence and consequences. Vet J. 2008;176(1):21-31.

ZEBELI, Q., DIJKSTRA, J., TAFAI, M., et al., Modeling the adequacy of dietary fiber in dairy cows based on

the responses of ruminal pH and milk fat production to composition of the diet. J Dairy Sci., v. 91, n. 5, p.

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UREIA PARA BOVINOS, RISCOS E BENEFÍCIOS

HEITOR DE BARROS MOLINARI1*, LUCAS BUENO PERES1, LUIZ RENATO MARTINS DE SOUZA NETO1

1 Universidade Pitágoras Unopar, Curso de Medicina Veterinária, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A proteína é o nutriente de maior custo nas dietas de ruminantes e merece destaque e cuidados na escolha

de suas fontes. A substituição da proteína verdadeira dos alimentos pelo nitrogênio não-proteico (NNP) da

ureia em dietas para ruminantes é possível somente em virtude da capacidade dos microrganismos ruminais

de converter o NNP em proteína de alto valor biológico (VAN SOEST, 1994). A ureia (NHrCO-NH2) é um

composto orgânico sólido, solúvel em água e higroscópico, quimicamente classificada como amida, pertence

ao grupo de compostos nitrogenados não proteicos. Os ruminantes, através de microrganismos presentes

no rúmen, são capazes de transformar tanto o nitrogênio derivado da proteína verdadeira, quanto o

proveniente de alguns compostos nitrogenados não proteicos, como a ureia, o sulfato de amônio e o biureto,

em proteína de alto valor nutritivo. Desta forma, o uso da ureia na dieta desses animais apresenta-se como

um método de economia, permitindo poupar insumos normalmente utilizados na alimentação humana e de

outros animais monogástricos (PEREIRA, 2000). A utilização da ureia tem permitido o aproveitamento de

alimentos volumosos de baixa qualidade pelos ruminantes que, em condições normais, são pouco

aproveitados. Portanto, a ureia pode ser incluída na dieta dos ruminantes, com as finalidades principais de

substituir o nitrogênio da proteína verdadeira, visando a redução no custo da ração, ou com o objetivo de

elevar o teor de nitrogênio dos volumosos de baixa qualidade, aumentando o seu consumo e

aproveitamento. O consumo excessivo de ureia e baixo em carboidratos fermentáveis, pode resultar em

casos de intoxicação pela amônia. Esta intoxicação ocorre quando o acúmulo de amônia no rúmen é capaz

de elevar o pH neste compartimento, favorecendo a sua absorção acima da capacidade de processamento

hepático. Geralmente, os sintomas dessa intoxicação aparecem em menos de uma hora após a ingestão

excessiva de uréia. Os sintomas mais frequentes são a salivação abundante, os tremores e os espasmos

musculares, sendo que a inquietação, a surdez, os tremores da pele, a micção e a defecação constantes, a

respiração ofegante, a falta de coordenação motora, o enrijecimento das pernas e o colapso respiratório,

seguido de morte, também podem ocorrer (ROCHA e BOUDA, 2000). A ureia somente é aproveitada por

animais com o rúmen funcional e o desenvolvimento do rúmen está associado ao fornecimento de alimentos

sólidos, assim indica-se o fornecimento de ureia para bovinos com idade superior a seis meses. O

fornecimento da ureia deve ser parcelado ao longo do dia e quanto maior a quantidade de ureia incluída na

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186 dieta, mais parcelado deve ser o seu fornecimento, para evitar as altas concentrações de amônia. Apesar

da quantidade exata de ureia que pode ser metabolizada de maneira a não causa toxidez depender dos

procedimentos na sua administração, da composição da dieta, entre outros fatores, recomenda-se limitar o

fornecimento diário de ureia (FRAPE, 2015).

Palavras-chave: Concentrado; Ruminantes; Intoxicação; Volumoso.

REFERÊNCIAS

FRAPE, D.L., Nutrição e Alimentação de Equinos. 3. ed. São Paulo: Roca; p. 602, 2015.

PEREIRA, J.C., Vacas Leiteiras: Aspectos práticos da alimentação. Viçosa - Mg: Aprenda Fácil; p. 198,

2000.

ROCHA, G.F.Q., BOUDA, J., Diagnóstico de ingestão simples, Alcalose Ruminal e Intoxicação por Uréia. In:

Gonzalez FHD, Borges JB, Cecim M (E.). Uso de provas de campo e laboratório clínico em doenças

metabólicas e ruminais dos bovinos. Porto Alegre; p. 23-27, 2000.

VAN SOEST, P.J., Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed. New York: Cornell University Press; p. 476,

1994.

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UROLITÍASE EM OVINOS: REVISÃO

MARIA CAROLINA RISSO MILANO1*; JAYNE RIBEIRO DALLAGO1; MAYARA LAZARIN1; MARTA JULIANE GASPARINI1

Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A urolitíase é uma enfermidade que causa sérios prejuízos econômicos em pequenos ruminantes, estando

relacionada à saída prematura dos animais da reprodução, gastos com tratamento, morte dos animais

afetados e condenação da carcaça em abate emergencial. Em situações em que o principal componente da

alimentação é o concentrado, 40 a 60% dos animais podem desenvolver este distúrbio e o índice de

letalidade é elevado nos casos de obstrução total da uretra, principalmente quando resulta em ruptura desta

ou da bexiga (GUIMARÃES et al., 2012). As causas para a formação do urólito podem ser divididas em três

grupos: as que promovem a formação do núcleo do cálculo uretral; as que facilitam a precipitação dos solutos

que irão compor o cálculo; e as que favorecem o agrupamento do soluto formando o cálculo uretral. A alta

concentração de determinados minerais na urina pode fazer com que os mesmos se precipitem, favorecendo

a formação dos urólitos, assim como o pH afeta a solubilidade de alguns solutos, em que o pH alcalino

favorece a formação de cálculos mistos de fosfato e carbonato (ANTONELLI et al., 2012). Os sinais da

urolitíase são anorexia e meteorismo, dor abdominal, fraqueza muscular, apatia, anúria ou disúria. Com

passagem de algumas gotas de urina com sangue após esforço para urinar, dor à palpação da região

inguinal, taquicardia, taquipnéia e vaso espisclerais ingurgitados. A obstrução uretral não é um resultado da

formação de cálculo, mas é predisposta por fatores anatômicos. Como tratamento devem-se administrar

relaxantes musculares e analgésicos, podem ser usados antibióticos para evitar infecções bacterianas

secundárias; já a administração de cloreto de amônio provocará acidificação da urina provocando dissolução

do cálculo. O tratamento cirúrgico é complicado devido as dificuldades de localização do exato local do

cálculo e pelas complicações cicatriciais. Se o animal não for pra reprodução, pode ser realizada uma

uretostomia para recuperação do animal e posterior abate. Como prevenção as rações ou farelos devem

estar bem balanceados com uma relação cálcio: fósforo 1,2:1 ou 1,5:1 ou até 2:1 e quantidade de

concentrados não superior a 1,5% do peso vivo do animal, oferecer acesso a água durante todo o dia.

Também é conveniente a castração (após a puberdade) na vida do animal, permitindo um completo

desenvolvimento do trato urinário.

Palavra-chave: Pequenos Ruminantes, Urólitos, Obstrução.

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188

REFERÊNCIAS

ANTONELLI, A.C., JÚNIOR, R.A.B., MORI, C.S., et al., Efeitos de diferentes energéticas na predisposição

para urolitíase em cabritos. Ci. Anim. Bras., v. 13, n. 4, p. 487-493, 2012.

GUIMARÃES, J.Á., MENDONÇA, C.L., GUARANÁ, E.L.S., et al., Estudo retrospectivo de 66 casos de

urolitíase obstrutiva em ovinos. Pesq. Vet. Bras., v. 32, n. 9, p. 824-830, 2012.

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USO DA CASCA DE CAFÉ COMO ALIMENTO VOLUMOSO OU CONCENTRADO

PARA RUMINANTES

CAMILA GABRIELLA ORNAGHI FRANÇA¹

¹ Universidade Pitágoras Unopar – Curso de Medicina Veterinária, Arapongas, PR, Brasil. *Email: [email protected]

Atualmente os volumosos mais utilizados no Brasil para a alimentação de vacas leiteiras, são o sorgo e as

silagens de milho (NUSSIO,1993). Contudo, a produção destes volumosos tem exigido considerável

demanda de recursos técnicos e financeiros, tornando necessária a busca por outros tipos de alimentos que

reduzam os gastos com alimentação dos animais, sem que a produção de leite seja afetada. Nesse contexto,

os resíduos da agroindústria podem assumir importante papel na alimentação dos ruminantes,

principalmente em situações em que há baixa disponibilidade natural de forragens nas pastagens e reservas

insuficientes para atender às necessidades dos rebanhos, sendo necessário formular misturas múltiplas

para animais em pastejo. A disponibilidade, o valor nutritivo, o volume produzido e os custos dos resíduos

permitem sua inclusão em concentrados, substituindo parcialmente os alimentos nobres comumente

utilizados (SOUZA et al., 2004). Diante desta problemática, a casca de café tem sido um dos resíduos

agrícolas mais avaliados na alimentação de ruminantes, principalmente por sua disponibilidade nas regiões

produtoras como no Estado de Minas Gerais, que é responsável por aproximadamente 44% da produção

nacional de café. No país, o preparo do café é feito por via seca e o subproduto gerado é a casca de café,

cujo rendimento pode atingir 50% do peso na colheita. Para Barcelos (1997), a substituição de até 30% do

milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS) pela casca de café em rações para novilhos em

confinamento, não comprometeu o ganho de peso dos animais, reduzindo o custo dos concentrados, o custo

diário com alimentação e o benefício diário por animal. Os subprodutos ou resíduos da agroindústria podem

apresentar características de alimentos fibrosos, como bagaço de cana-de-açúcar e palhadas ou de

alimentos concentrados, como polpa cítrica, casca e farinha de mandioca, caroço de algodão, casca de soja

e farelo de arroz. Entretanto, dependendo da constituição da dieta, das características intrínsecas e da forma

em que é fornecido, um determinado resíduo pode se comportar de forma distinta. A adição de casca de

café, em substituição aos grãos de cereais da ração concentrada de ruminantes ou mesmo de animais

monogástricos (OLIVEIRA, 2001), representa uma possibilidade de reduzir custos com alimentação dos

rebanhos. A casca de café utilizada em substituição a volumosos, demonstra também excelentes resultados,

como determinaram Belan et al (2019), substituindo o feno de aveia por casca de café; em níveis de 7,5 a

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190 22,5% da matéria seca total da dieta; considerando que as dietas continham 30% de feno, a substituição foi

quase completa e demonstrou desempenhos em ganho de peso e rendimentos de carcaça equivalentes ao

uso do feno. Ainda segundo Rego et al. (2019) avaliando a ingestão de nutrientes e a digestibilidade da

matéria seca da dieta com níveis de 7,5 a 22,5% de casca de café em substituição ao feno de aveia

verificaram Todavia, deve-se realizar uma avaliação criteriosa dos efeitos da inclusão da casca em relação

à aceitação, a digestibilidade e a saúde dos animais.

Palavras-chaves: Casca de café; Concentrados; Ruminantes; Sorgo

REFERÊNCIAS

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<www.abic.com.br/estat_pagricola.html> Acesso em: 08/09/2020.

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resultados do primeiro ano. Revista Brasileira de Zootecnia, v.26, n.6, p.1208-1214, 1997.

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OLIVEIRA, S.L. Avaliação da casca de café melosa em rações para suínos em terminação. Lavras:

Universidade Federal de Lavras, 2001. 74p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal

de Lavras, 2001.

REGO et al. Nutrient intake and apparent digestibility coefficient of lambs fed with coffee husk in replacement

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SOUZA, A.L. et al. Casca de café em dietas de carneiro: consumo e digestibilidade. Revista Brasileira de

Zootecnia, v.33, n.6, p.2160-2176, 2004.

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USO DA DIETA ANIÔNICA PARA PROFILAXIADA HIPOCALCEMIA EM VACA

LEITEIRA

CLAUDIO HENRIQUE MONTEIRO; FELIPE AUGUSTO DE BRITO VARGAS; LUANA DOS REIS OLIVEIRA GUERRA

UNIVERSIDADE PITÁGORAS-UNOPAR; [email protected]; [email protected]; [email protected].

Atualmente a pecuária leiteira enfrenta diversos problemas no período pós parto devido ao manejo

nutricional inadequado, sendo a hipocalcemia um dos principais problemas para os produtores pois

predispõe a diversas outras patologias como retenção de placenta, prolapso e mastite. A concentração

normal de cálcio sanguíneo se dá entre 8,5 e 11,5 mg/dl, valores inferiores a 8 mg/dl resultam na fase

subclínica enquanto valores abaixo de 5 mg/dl correspondem a forma clínica da doença de acordo com Goff

et al (1991). Os estudos de Goff (1991) mostram que o uso de dietas ricas em cátions especialmente

potássio, sódio, cálcio e magnésio encontrados nas forragens tropicais geram um estado de alcalose

metabólica alterando a conformação dos receptores de paratormônio, consequentemente reduzindo a

absorção de cálcio pelas vias renais e osteoclástica. A redução da motilidade instestinal ocorre devido a

hipocalcemia, que por sua vez predispõe ao deslocamento abomasal e cetose, da mesma forma o esfíncter

do canal do teto pode ser afetado predispondo a mastite. Dietas aniônicas consistem em maiores proporções

de ânions resultam em uma acidose branda que por sua vez são associados a melhora na atividade do

paratormônio (CRNIK et al., 2010). Nessas dietas os sais mais utilizados são cloreto de cálcio e sulfato de

magnésio, e uma forma de balancear os sais aniônicos da dieta é com a equação BCAD (mEq/kg)=

(Na++K+) - (Cl-+ S-2) sendo o BCAD recomendado para estas dietas -50 a -200 mEq/kg MS segundo Goof

et al (1991); A monitoração do pH urinário serve como um indicativo de funcionamento da dieta e portanto

deve ficar entre 6,4 a 7,0 pois o pH de uma dieta rica em cátion gira entorno de 7,4 (SPANGHERO, 2004).

Os estudos de Greghi et al. (2014) sobre o uso de suplementos aniônicos em dietas mostrou reduções nos

níveis sanguíneos de TCO2, PCO2 e HCO3 assim como uma menor taxa de retenção de placenta nos animais

do grupo que receberam a dieta aniônica.

Palavras chave: bovinos; dieta aniônica; hipocalcemia; leite

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192

REFERÊNCIAS

CAZIM, C.R.N.K.I.C., SALKO, SLAVICA, P.I.P.L.I.C.A.1, et al. Blood plasma mineral profile and health status

in postpartum cows fed an anionic diet before parturition. Turkey Journal Veterinary Animal Sciece, v. 34, n.

3, p.255-260, 2010.

JESSE, P.G., TIMOTHY, A.R., RONALD, L.H., Enzimes and factors controlling vitamin D metabolism and

action normal and Milk fever cows. Journal of Dairy Science, v. 74, n.11,p. 4022-4032, 1991.

GOFF, J.P. The monitoring, prevention, and treatment of milk fever and subclinical hypocalcemia an dairy

cows. The Veterinary Journal, v.76, p.50-57, 2007.

GREGHI, G.F., NETTO, A.S., SCHALCH, U.M., et al., Suplemento mineral aniônico para vacas no periparto:

parâmetros sanguíneos, urinários e incidência de patologias de importância na bovinocultura leiteira.

Pesquisa Veterinária Brasileira, v.34, n.4, p.337-342, 2014.

SPANGHERO, M. Prediction of urinary and blood pH in non-lactating dairy cows fed anionic diets. Animal

Feed Science and Technology. v. 116, p. 83-92, 2004.

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USO DE CANA DE AÇÚCAR COM UREIA PARA RUMINANTES

CÉSAR LIMA MORENO1; MATHEUS AUDECIO POLI1; MAYARA MAGRI FERNANDES1; KHASSEN MAHMOUD JUDAY AWADA1*

Universidade Pitágoras Unopar, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A utilização da cana de açúcar com ureia constitui uma estratégia de fácil implementação, capaz de

assegurar maior oferta de forragem de bom valor nutritivo e de baixo custo, sendo mais indicadas em

propriedades leiteiras para produtores com baixa capacidade de investimento. A cana-de-açúcar possui um

valor nutricional médio, rico em energia e apresenta pontos positivos como produção de massa verde,

rusticidade, resistência a doenças, capacidade de perfilhamento e vigor de rebrota (RODRIGUES et al.,

1997), que a tornam um bom volumoso para os bovinos. A principal limitação nutricional é o baixo conteúdo

de proteína bruta (2 a 3% de PB na base da matéria seca – MS). Outras limitações são os baixos conteúdos

de enxofre, fósforo, zinco e manganês e a baixa digestibilidade da fibra. O uso da ureia, visando suprir

nitrogênio aos micro-organismos do rúmen, capazes de converter NNP em proteína microbiana, é favorecido

pelo alto conteúdo de sacarose, prontamente fermentável, da cana-de-açúcar (RODRIGUES et al., 1997).

Com a adição de 1 kg de ureia para cada 100 kg de cana-de-açúcar (peso fresco), o teor de PB na forragem

é aumentado de 2- 3% para 10-12% na MS. A cana de açúcar sozinha não consegue suprir a necessidade

dos ruminantes, então é feito a mistura da cana moída com ureia para que haja uma potencialização do

alimento. Quando a ureia chega no rúmen do animal as bactérias transformam nitrogênio em proteína

microbiana, que é uma ótima para os ruminantes, e quando as bactérias morrem os animais conseguem

absorver essa proteína microbiana que é ótima para o ganho de peso (TORRES e COSTA, 2014). O sistema

de alimentação cana-de-açúcar enriquecida com uréia pode ser usado para gado de leite ou corte, em

confinamento ou a pasto, durante o período seco do ano, com fornecimento de concentrado ou não,

dependendo do nível de produção de leite ou ganho de peso esperado. Esta tecnologia pode contribuir para:

aumento e estabilização da produção de leite aos níveis obtidos durante o período das chuvas, redução da

idade ao primeiro parto, redução do intervalo de partos, manutenção das altas taxas de lotação obtidas pela

intensificação e manejo das pastagens, com retornos econômicos (TORRES e COSTA, 2014).

Palavras-chave: cana de açúcar; bovino; ruminantes; ureia.

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194

REFERÊNCIAS

RODRIGUES, A., PRIMAVESE, O., ESTEVES, S.N., Efeito da qualidade de variedades de cana-de-açúcar

sobre seu valor como alimento para bovinos. Pesquisa Agropecuária Brasileira. v. 32, n. 12, p. 1333-1338,

1997.

TORRES, R.A., COSTA, J.L., Alimentação na seca: cana-de-açúcar e uréia. Juiz de Fora: Embrapa Gado

de Leite, 2004. 4 p. (Embrapa Gado de Leite. Comunicado Técnico, 40).

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USO DE MONENSINA EM DIETAS RICAS EM CONCENTRADO

LUCIANE APARECIDA COSTA DOS SANTOS1*

Universidade Pitagoras Unopar, Arapongas, Paraná, Brasil. *[email protected]

A monensina é um ionóforo composto elaborado por bactérias, do grupo Streptomyces cinnamonensis, são

excessivamente lipofílicos e tóxicos a vários microrganismos, e são definidos como antibióticos (HANEY e

HOEHN, 1967). Este ionóforo vem sendo muito pesquisado pela nutrição de ruminantes. O potencial da

monensina é melhorar a eficiência alimentar por entremeio de alterações na fermentação ruminal. Possui

um peso molecular elevado, tóxica em muitas bactérias, protozoários, fungos e em alguns organismos

superiores (RUSSEL e STROBEL, 1989). A monensina modifica a população microbiana, e resulta em

alteração da fermentação ruminal, com redução da produção de metano e dos ácidos acético e butírico, e

aumento do nível de ácido propiônico. A monensina atua dessa forma no controle de ph ruminal (RANGEL

et al., 2008). O uso deste íonóforo é liberado para ser adicionado nas dietas dos ruminantes em crescimento,

terminação ou então nas vacas lactantes. Quando estão na presença da monensina as bactérias gram-

positivas produtoras originais de acetato, butirato, H2 e formato são inibidas. As espécies gram-negativas

que produzem succinato que é precursor do propionato são as mais resistentes (BERGEN e BATES 1984).

Em concordância com Nicodemo (2001), as ações dos ionóforos em contato com a população microbiana

ruminal, produzem uma série de efeitos positivos. Melhoram a eficácia do metabolismo de energia das

bactérias do rúmen ou no animal, transformando as quantidades dos ácidos graxos voláteis feitos no rúmen

(crescimento de propionato, diminuição de acetato e butirato) reduzem a produção de metano. Influenciam

no comportamento animal por meio da maior retenção de energia perdurante a fermentação ruminal.

Diminuem a decomposição da proteína do alimento e podem baixar a síntese de proteína microbiana,

consequentemente ocasiona um aumento na quantia de proteína de origem alimentar que chega ao intestino

delgado. A monensina diminui a ocorrência de acidose por meio do crescimento do ph ruminal e pela inibição

das bactérias fabricantes de ácido láctico. A monensina interfere muito pouco no ganho de peso dos animais

confinados, pois seu objetivo é melhorar o desempenho dos mesmos, e proporcionar alterações na

microbiota ruminal, fabricando a produção dos ácidos graxos voláteis (OLIVEIRA et al., 2009). As vantagens

de incluir a monensina na alimentação dos bovinos à base de forragem ou no sob pastejo está relacionado

na maior conversão alimentar e decorrente ao crescimento no ganho de peso. A monensina não reduz o

consumo de alimentos. Pode-se concluir que, com o uso da monensina nas dietas de ruminantes há uma

melhora no ganho de peso dos animais e preveni desordens metabólicas.

Palavras-chave: ácido; bactérias; monensina; ionóforo.

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196

REFERÊNCIAS

BERGEN, W.G., BATES, D.B., lonophores: seu efeito na eficiência da produção e modo de ação. Journal of

Animal Science. v. 58, n. 61, p. 1465-1483, 1984.

HANEY, Jr. M.E., HOEHN, M.M., Monensin: um novo composto biologicamente ativo. I. Descoberta e

isolamento. Antimicrobial Agents Chemother. v. 349,1967.

NICODEMO, M.L.F., Uso de aditivos na dieta de bovinos de corte. 54p. Documentos, 106. Campo Grande:

Embrapa Gado de Corte. 2001.

OLIVEIRA, M.V.M., LANA, R.P., JHAM, G.N., et al., Influência da Monensina no Consumo e na Fermentação

Ruminal em Bovinos Recebendo Dietas com Teores Baixo e Alto de Proteína. R. Bras. Zootec. v. 34, n. 5,

p. 1763-1774, 2005.

OLIVEIRA, M.V.M., LANA, R.P., EIFERT, E.C., et al. Desempenho novilhas holandesas confinadas com

dietas com diferentes níveis de monensina sódica. R. Bras. Zootec.. v. 38, n. 9, p. 1835-1840, 2009.

RUSSEL, J.B., STRROBEL, H.J., Efeitos dos Ionóforos na Fermentação Ruminal. Microbiologia Aplicada e

Ambiental. v. 55, n. 1, p. 1-6, 1989.

RANGEL, A.H.N., LEONEL, F.P., SIMPLICIO, A.A., et al. Utilização de ionóforos na produção de ruminantes.

Revista de Biologia e Ciências da Terra. v. 8, n. 2, p. 173- 182, 2008.

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USO DE URÉIA PARA OVINOS, RISCOS E BENEFÍCIOS

RAYANE CARDOSO MELOZO1; GABRIELLA NEVES NICOLAU1; DAIANE VERI GOLFETTI1; FELIPE

AUGUSTO DE BRITO VARGAS1

1 Universidade Pitágoras Unopar, Curso de Medicina Veterinária, Arapongas, Paraná, Brasil, *[email protected]

Descoberta em 1770 e sintetizada em 1828 a ureia é uma fonte de nitrogênio não proteico, que vem sendo

usada como alternativa principalmente a cama de frango na suplementação animal devido ao surgimento

da encefalopatia espongiforme (vaca louca), desta forma a ureia se tornou uma substituição bem vista por

não causar problemas a saúde humana e ser uma tecnologia simples, acessível de baixo custo e fácil

implementação podendo manter e/ou estimular a produção de leite (RODRIGUES et al, 1997;GOLÇALVES

et al, 2011). O rúmen necessita de cerca de 1% de nitrogênio para um bom funcionamento da flora

microbiana que converte a ureia em amônia e CO2 pela enzima uréase, na presença de uma forma de

energia a proteína é formada e digerida ao chegar ao abomaso e absorvida no intestino delgado, nos

períodos de seca a pastagem não supre essa necessidade portanto a suplementação se torna essencial

para evitar a perda, podendo ser oferecida em diferentes sistemas de alimentação sendo normalmente

associada ao sal mineral, capim, cana-de-açúcar, silagem e concentrado segundo Gonçalves et al., (2011).

Os estudos de Vidal et al., (2004) mostraram que a suplementação de ureia pode substituir com vantagens

técnicas e econômicas o uso da ração e cama de frango no confinamento de ovinos da raça Santa Inês,

entretanto a ureia apresenta baixa aceitabilidade pelos animais tornando-se pouco consumida por animais

não adaptados podendo também levar a intoxicação por amônia se ingerida em grandes quantidades ocorre

acumulo de amônia no rúmen que por sua vez ultrapassa a capacidade de metabolização do fígado elevando

o pH e aumentando a absorção de amônia não degradada causando um quadro agudo de sialorreia e ataxia

que evoluem rapidamente para óbito portanto sendo recomendado seu fornecimento gradativo em um

período de duas a seis semanas acompanhado de enxofre, sulfato de cálcio ou sulfato de amônia na

proporção 10 partes de nitrogênio para 1 de enxofre de acordo com os estudos de Bueno et al., 2007.

Palavras-chave: dieta; ovinos; ureia; suplementação.

REFERÊNCIAS

BUENO, M.S., SANTOS, L.E., CUNHA, E.A., Alimentação de ovinos criados intensivamente. 2007. Artigo

em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2007_2/alimentovinos/index.htm>.

Acesso em: 3/9/2020

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198 GONÇALVES, C.C.M., TEIXEIRA, J.C., SALVADOR, F.M., Uréia na alimentação de ruminantes

[monografia] Universidade Federal de Lavras; p. 27, 2011.

RODRIGUES, A.A., CRUZ, G.M., ESTEVES, S.N., Utilização de cama de frango na alimentação de bovinos.

Empresa Brasileira de Agropecuária; (Circular Técnica nº 10), p. 29, 1997.

VIDAL, M.F., SILVA, L.A.C., NETO, J.S., et al., Análise econômica de confinamento de ovinos: o uso da

uréia em substituição à cama de frango e a dietas a base de milho e soja. Ciência Rural. v. 34, n. 2, p. 493-

498, 2004.

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VALORAÇÃO AMBIENTAL DA ÁGUA NO DESEMPENHO DE NOVILHAS A CAMPO SUPLEMENTADAS COM BLOCO MULTINUTRICIONAL

LUIZ CARLOS PEREIRA1; MARCOS BARBOSA FERREIRA2*; DIEGO GOMES FREIRE GUIDOLIN2; ANDERSON CAVALHEIRO RIBEIRO DAL-PONTE VIEIRA2; EDUARDO SOUZA LEAL3; CRISTIANO

MARCELO ESPÍNOLA CARVALHO1

1 Laboratório de Biotecnologia Aplicada à Produção Animal – UCDB, Campo Grande, MS, Brasil; 2 Mestrado Profissional em Produção e Gestão Agroindustrial, Uniderp, Campo Grande, MS, Brasil; 3 FAMEZ-UFMS, Campo Grande, MS, Brasil. *[email protected]

O presente trabalho avaliou a produtividade marginal atribuída a um valor de uso da biodiversidade por meio

do efeito da suplementação na dieta de bovinos com diferentes tipos de suplementação proteica e mineral,

mantidos em pastagens distintas de Urochloa brizantha cv. Marandu, sua influência no ganho de peso dos

animais e o consumo de água. Utilizaram-se 80 novilhas (15 a 18 meses), saudáveis, sendo 76 da raça

Nelore e 4 cruzadas Angus-Nelore, divididas homogeneamente em dois grupos de 40 indivíduos. O G1

(201,35 ± 16,1 kg) recebeu suplementação com bloco multinutricional proteico. O G2 (200,83 ± 16,8 kg)

recebeu suplementação mineral comum. Cada grupo foi alojado em duas áreas contíguas subdivididas em

quatro piquetes, sendo a primeira área (praça 3) de 40 ha e a segunda (praça 6) de 44 ha. Os animais foram

manejados em sistema de rotação de pastejo. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA,

P<0,05), seguidos de análise multivariada, utilizando-se o programa estatístico SAS 9.2 (SAS, 2004). Houve

diferença significativa (P<0,05) no ganho de peso médio (GM) e ganho médio de peso diário (GMD). Os

animais G1 apresentaram GMD de 0,546 kg/dia, 8,97% superior ao 0,497 kg/dia do G2. A valoração

ambiental foi calculada pelo método da Produtividade Marginal (PM), e os cálculos de custos de produção,

foram realizados através da divisão de Custo Operacional Efetivo, Custo Operacional Total e Custo Total

(HOFFMAN et al., 1987). O G1 apresentou redução no consumo médio de água em 38%, e O G2 15% em

função da dose-resposta calculada na produtividade marginal. A valoração ambiental em kg carne/litro de

água produzido do G1 foi de R$ 0,14 e do G2 de R$ 0,12. O método de PM atribuiu valor ao uso de recurso

ambiental diretamente à produção de carne nos tratamentos propostos, relacionando o nível de provisão do

valor ambiental da água ao nível de produção (PEARCE, 1993). Conclui-se que o uso do mineral solidificado

proteico teve maior viabilidade econômica e sustentável devido à redução de uso de água e melhor valor

ambiental.

Palavras chave: Eficiência alimentar; mineralização; pecuária; sustentabilidade.

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200

REFERÊNCIAS

HOFFMAN, R., ENGLER, J.J.C., SERRANO, O., et al., Administração Da Empresa Agrícola. 7 ed. São

Paulo, SP: Pioneira, v.1, p. 325, 1987.

PEARCE, D.W., Economic Values and The Natural World. Massachusetts: The Mit Press, Usa, p. 129,

1993.

SAS, Institute et al. SAS/STAT User’s guide, Version 9.2. N. Cary, 2004.

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201

VIABILIDADE ECONÔMICA DO USO DE SORO DE LEITE LÍQUIDO E EM PÓ EM DIETAS DE CORDEIROS EM TERMINAÇÃO

RAFAELA MACHADO DOS SANTOS1; JOSÉ VICTOR PRONIEVICZ1; CAMILA HERNANDES

DE OLIVEIRA2; CAMILA ROBERTA LUPO1; MATEUS LUDOVICO ZAMBOTI1; FABÍOLA CRISTINE DE ALMEIDA REGO1.

1 Universidade Pitágoras Unopar - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Produção Animal, Arapongas, PR, Brasil. 2 Universidade Pitágoras, Arapongas, PR, Brasil.

Objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade econômica do uso do soro de leite líquido e em pó em dietas

de cordeiros em terminação. Os cordeiros utilizados foram 18 machos mestiços castrados da raça Santa

Inês, oriundos de cruzamentos entre macho Santa Inês e fêmeas sem raça definida. Os cordeiros, com 90

dias de idade aproximadamente e pesos médios de 21,3 kg, foram divididos em três grupos, sendo os

tratamentos: controle, soro de leite em pó e soro de leite líquido. Para análise econômica considerou-se

apenas os custos com os animais e alimentação. Aquisição do cordeiro magro considerou-se, o peso do

cordeiro e o custo/kg de peso vivo, que na ocasião foi de R$8,00. O custo da alimentação por animal no

confinamento foi obtido pelo custo total da ração ofertada pelo número de animais no lote. O custo total por

animal, foi considerado a soma entre o custo de alimentação por animal mais o valor do cordeiro magro

adquirido. Os resultados encontrados foram satisfatórios para a criação intensiva de cordeiros, e o custo das

dietas controle e soro líquido foram muito próximos, custando um centavo a mais a dieta do soro liquido

(R$0,76). A dieta do soro pó custou R$0,98 por kg de MS, em função do elevado preço do soro de leite em

pó. A diferença entre as duas dietas foi de 22 centavos por kg, em uma quantidade de uma tonelada

representaria uma diferença de R$220,00. O custo total da alimentação variou de R$31 a R$41 por animal

durante todo o período de confinamento, sendo o menor valor para a dieta com soro líquido. Com relação

ao lucro obtido em função do custo total, nota-se que os grupos controle e soro em pó apresentaram

porcentagem de lucros muito semelhantes, de 26,8 e 26,3%, respectivamente; uma vez que os animais

apresentaram desempenhos e rendimentos semelhantes e foram 5,3 e 5,8% inferiores aos lucros obtidos

com a dieta com soro líquido (32,1%), demonstrando que o uso do soro líquido trouxe vantagens

econômicas. Conclui-se então que o soro de leite bovino, nas formas líquidas ou em pó, é viável na

terminação de cordeiros, proporcionando lucratividade semelhante.

Palavras-Chave: confinamento, coprodutos, lucratividade, soro de leite