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Macaé2015
CARLOS HENRIQUE DA SILVA LUIZ
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCARLOS HENRIQUE DA SILVA LUIZ
ANÁLISE HÍDRICA:Uma análise do Canal de Medeiros-Rio das Ostras
Macaé2015
ANÁLISE HÍDRICA:Uma análise do Canal de Medeiros-Rio das Ostras
Trabalho de Análise Hídrica: Uma anaálise do Canal de Medeiros-Rio das Ostras apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Poluição dos resíduos sólidos, Química Ambiental , Recursos Hídricos, Ética e Política e sociedade.
Orientador: Prof. Rosimeri Suzuki, Jeânedy Pazinato, Keina Zanetti, Thiago Augusto Domingos, Wilson Sanches, Tiago Garbim.
CARLOS HENRIQUE DA SILVA LUIZ
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................3
2 Justificativa.............................................................................................................52.1 Método...................................................................................................................5
2.3 Fundamentação Teórica........................................................................................6
2.4 Bacias Hidrogáficas ..............................................................................................6
2.5 Poluição Hidrica: causas e consequências............................................................7
3 Caracteristicas do Canal de Medeiros .................................................................83.1 Canal de Medeiros e seus problemas ambientais ................................................8
4 CONCLUSÃO.........................................................................................................10
REFERÊNCIAS.........................................................................................................11
ANEXOS....................................................................................................................12ANEXO A – Título do anexo......................................................................................12
1 INTRODUÇÃO
As mudanças climáticas do planeta, a diminuição da camada de ozônio, a
emissão excessiva de CO2 na atmosfera e o aquecimento global são, entre outros,
os problemas ambientais globais que têm mantido repercussões nacional, regional e
local, nos últimos anos. Estes temas estão em evidência nos dias de hoje, pois
atingem, direta ou indiretamente, a qualidade de vida e a saúde ambiental dos seres
vivos. Apesar de todos esses problemas apresentarem influência mundial, essas
mudanças possuem a sua origem em um determinado contexto local, e neste caso,
atingindo diretamente a municipalidade, que a partir desta evidência, passa a
adequar a sua forma de gerenciar o espaço com base no desenvolvimento sócio-
ambiental sustentável.
O Município de Rio das Ostras não foge a esta realidade global e, por causa
disso, apresenta conflitos locais de extrema relevância no contexto nacional, uma
vez que o Município se caracteriza como um dos municípios de maior crescimento
econômico do país, motivado pela indústria do petróleo e gás. No caso do Município
de Rio das Ostras, este crescimento tem sua causa pautada, de certa maneira, no
recebimento dos royalties do petróleo na gestão municipal. Esta receita está cada
vez mais visível na administração pública, através da execução de obras de
implantação de sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de
drenagem pluvial, na pavimentação e manutenção de ruas, na construção de
pontes, escolas, hospitais; na reformulação de praças, canteiros, etc.
Em Rio das Ostras, conforme o próprio nome do município diz, a ocupação
urbana se deu, historicamente, em torno de um recurso hídrico – o rio das Ostras,
que mesmo sem estar na competência administrativa do município, passa a ser o
contexto básico para implantação de ações administrativas. De uma forma geral, a
definição do contexto estadual ou federal das competências administrativas dos rios
tem causado uma certa imparcialidade das administrações municipais nas limitações
do uso do solo das bacias hidrográficas. O rio em si não é dessa competência,
porém é o município que licencia as atividades poluidoras ao seu redor, sejam elas
de baixo ou médio impacto.
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Objetivo deste trabalho é realizar uma análise hídrica do Canal de Medeiros
localizado no bairro recanto do município de Rio das Ostras-RJ. Com o intuito de
identificar as principais fontes de poluição e os danos causados pela mesma.
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2 JUSTIFICATIVA
O Município de Rio das Ostras nas duas últimas décadas tem apresentado
uma característica marcante no que tange ao crescimento demográfico. Os dados
referentes à quantidade de alunos matriculados e ao atendimento público de saúde
indicam que a taxa de crescimento populacional tem se mantido acima da média das
cidades do Estado do Rio Janeiro.
As políticas sociais de uso e ocupação do solo, que se aplicam hoje no
Município, encontram os parâmetros ambientais como impeditivos naturais e
jurídicos ao atual cenário de expansão. Efetivos impactos, tais como: a
impermeabilização do solo, as invasões das margens do rio, a ocupação
desordenada, têm se mostrado cada vez mais evidentes na região.
O bairro recanto em Rio das Ostras é uma comunidade carente que vem
crescendo de forma exponencial. Grande parte das construções estão em
inconformidade com as leis civis e ambientais. O bairro dispõe de um canal a qual a
população utiliza para despejo de esgoto e lixo.
Devido à esta situação, a área ambiental desta região encontra-se em estado
de degradação, ocasionando sérios riscos de saúde a população que ali reside e
extinguindo espécies de animais. Por essa questão, o tema Analise Hídrica do canal
de Medeiros foi escolhida.
2.1 MÉTODO
A linha de raciocínio para este estudo teve um enfoque holístico, como define
Bohrer (2000), propondo, de uma forma geral, que a natureza seja estudada e
avaliada de modo integrado, onde os diversos componentes ou atributos são vistos
não como parte de um sistema, porém interagindo entre si através de processos que
atuam em diferentes escalas de tempo e espaço.
A análise sócio-ambiental do Canal de Medeiros localizada no município de
Rio das Ostras foi realizada através de um levantamento bibliográfico sobre o tema,
utilizando bibliografias referentes a poluição hídricas e componentes que ocasionam
a poluição.
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Foi realizado uma visita técnica onde foi possível observar a região e os tipos
de poluentes que estão presentes naquele local. Como complementações foram
adquiridas em campo, como por exemplo o levantamento fotográfico e a checagem
de dados secundários.
2.2Fundamentação Teórica
O amplo e consistente desenvolvimento da ciência e da tecnologia não deixa
dúvidas de que qualquer estudo resulta de um enriquecido uso adequado de
perspectivas e teorias de ensino e aprendizagem
Tal verdade inconteste esbarra na dinâmica dos tempos atuais, que nos
colocam “contra a parede” em relação à abordagem da fundamentação teórica e nos
fazem pesquisar não apenas no que temos disponível bibliograficamente, mas
também nas novidades científicas que fazem parte do processo de ensino-
aprendizagem propriamente dito. Desta forma, tratamos a seguir de uma revisão de
literatura acerca dos temas que entendemos de elevada relevância na
implementação deste estudo.
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2.2 – BACIA HIDROGRÁFICA
Conforme Faria (2010) a bacia hidrográfica é “usualmente definida como a
área na qual ocorre a captação de água para um rio principal e seus afluentes
devido às suas características geográficas e topográficas” (p.1). Uma bacia
hidrográfica de acordo com Neghetini (2000) é uma unidade fisiográfica, limitada por
divisores topográficos, que recolhe a precipitação, age como um reservatório de
água e sedimentos, defluindo-os em uma seção fluvial única, denominada exutório.
Os divisores topográficos ou divisores de água são as cristas das elevações do
terreno que separam a drenagem da precipitação entre duas bacias adjacentes.
Segundo Villela e Mattos (1975), a bacia hidrográfica pode ser entendida como
uma área onde a precipitação é coletada e conduzida para seu sistema de
drenagem natural isto é, uma área composta de um sistema de drenagem natural
onde o movimento de água superficial inclui todos os usos da água e do solo
existentes na localidade.
As bacias hidrográficas caracterizam-se pelas suas características
fisiográficas, clima, tipo de solo, geologia, geomorfologia, cobertura vegetal, tipo de
ocupação, regime pluviométrico e fluviométrico, e disponibilidade hídrica.
2.5- Poluição Hídrica: Causa e Consequências
A qualidade da água tem sido alterada em diferentes escalas nas últimas
décadas. Fator este, desencadeado pela complexidade dos usos múltiplos da água
pelo homem, os quais acarretaram em degradação ambiental significativa e
diminuição considerável na disponibilidade de água de qualidade, produzindo
inúmeros problemas ao seu aproveitamento. .
Segundo Pereira (2004) a água pode ter sua qualidade afetada pelas mais
diversas atividades do homem, sejam elas domésticas, comerciais ou industriais.
Cada uma dessas atividades gera poluentes característicos que têm uma
determinada implicação na qualidade do corpo receptor.
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A poluição de acorde com Pereira (ibid) pode ter origem química, física ou
biológica, sendo que em geral a adição de um tipo destes poluentes altera também
as outras características da água. Desta forma, o conhecimento das interações entre
estas interações é de extrema importância para que se possa lidar da melhor forma
possível com as fontes de poluição.
As fontes de poluição da água conforme Tucci (1998) decorre da adição de
substâncias ou de formas de energia que, diretamente ou indiretamente, alteram as
características físicas e químicas do corpo d’água de uma maneira tal, que
prejudique a utilização das suas águas para usos benéficos. Torna-se importante
ressaltar a existência dos seguintes tipos de fontes de poluição atmosféricas,
pontuais, difusas e mistas.
Conforme Santos (2002) existem atividades humanas que potencializam a
poluição dos sistemas hídricos em geral, como por exemplo, o derramamento de
esgoto doméstico que corresponde a água utilizada para higiene pessoal, o depósito
de lixo que possuem resíduos sólidos de atividades domésticas, hospitalares e
agrícolas, as industrias que apresentam uma grande variação tanto na sua
composição como na sua vazão, refletindo seus processos de produção e entre
outras atividades poluidoras.
3. Característica do Canal de Medeiros
Rio das ostras é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro.
Localiza-se na Região dos Lagos, a 22º31'37" de latitude sul e 41º56'42"
de longitude oeste, a uma altitude de 4 metros. Sua população aferida de acordo
com IBGE (2010) foi de 105.757 habitantes.
Dotado de belas praias, tem recebido altos investimentos aplicáveis em infra-
estrutura provenientes dos royalties concedidos pela Petrobras na área em questão.
O bairro recanto possui um grande contingente de pessoas, situado ao litoral
do municípios com características áridas e ressecadas. Grande parte das ruas não
possuem pavimentação e nem calçamento. Nesta localidade existe um rio que corta
a avenida Rio branco. Este rio a qual é designado como canal de Medeiros É um
afluente da bacia hidrográfica do Rio São João que passa pelo bairro do Recanto.
O canal de Medeiros é um afluente que está poluído devido à ação do
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homem, que ao decorrer dos anos vem despejando esgoto diretamente no leito do
rio, além de depositar lixos e diversos detritos poluentes.
2.3 CANAL DE MEDEIROS E SEUS PROBLEMAS AMBIENTAIS
A Poluição do Canal de Medeiros tem prejudicado a qualidade de vida de
quem vive nas proximidades do canal. Peixes mortos, sacolas plásticas, pneus, lixos
dos mais variados tipos e até mesmo a parte de um sofá, são apenas alguma das
coisas que podem ser encontradas no Canal de Medeiros.
O córrego cruza alguns dos mais povoados bairros de Rio das Ostras como
Campomar, Recanto, Extensão do Bosque e Cidade Praiana. Além da poluição
visível, muitos moradores das proximidades têm reclamado do forte mau cheiro que
o canal tem proporcionado.
Morador do bairro Campomar há mais de trinta anos, Valdir Mendes diz ter
presenciado um canal totalmente diferente do atual, onde os poucos moradores do
local tomavam banho, pescavam e até utilizavam sua água para fins domésticos.
Segundo ele, a partir da emancipação da cidade e por conta de um crescimento
desordenado dos bairros, a poluição foi a cada ano aumentando até chegar ao nível
em que se encontra hoje. O governo do município poderia fazer um pouco mais para
reverter a situação, mas a culpa desta poluição são dos próprios moradores do
bairro que por e falta de bom senso, jogam seus lixos domésticos no canal em vez
de colaborar com o sistema de coleta de lixo, que funciona normalmente em seu
bairro, ou despejando diretamente esgoto, sem ao menos tentar buscar uma outra
solução.
O mau cheiro da região é forte, quando ocorre chuvas fortes, o canal costuma
a transbordar transformando as ruas que o margeiam em verdadeiros rios.
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3 CONCLUSÃO
Tendo em vista o apresentado, percebe-se que a poluição do sistema hídrico
do canal de Medeiros é um problema causado pela população, sendo um poluente
de resíduo sólido urbano.
A poluição do canal de Medeiros tem provocado danos aos rios, extinção de
espécies aquáticas que habitavam naquele local, proliferação de doenças à
população e enchentes em dias de forte chuvas.
Portanto, a questão ambiental não poderá ser encarada como um problema
individual, já que ela transcende a ciência, a economia e a política, além de estar
relacionada à vida diária, aos valores morais e ao próprio futuro das demais
gerações, que terão o direito de um meio ambiente em harmonia e sustentável.
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REFERÊNCIAS
BOHRER, C.B.A. Vegetação, paisagem e o planejamento do uso da terra. Revista Geographia UFF. Niterói: DGE, ano II, n.º 4, p.103-120, 2000.
FARIA, C. Bacia hidrogáfica. Info Escola. 2015. Disponível em:<http://www.infoescola.com/hidrografia/bacia-hidrografica/> Acesso em: 11 de maio. 2015.MUEHE, D. & VALENTINI, E. - O Litoral do Estado do Rio de Janeiro - Uma caracterização físico-ambiental. Rio de Janeiro: FEMAR/SEMA/GTZ; 1998.
NAGHETTINI, M.C. Projeto Rio de Janeiro – Estudo de chuvas intensas no estado do Rio de Janeiro; Relatório Técnico; 140p. Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais; Belo Horizonte, CPRM. 2000.PEREIRA, R. S. Identificações e caracterizações das fontes de poluição em sistemas hídricos. Revista Eletrônica de Recursos Hídricos. IPH-UFRGS. Disponível em: <www.abrh.org.br/informacoes/rerth.pdf>. Acesso em 12 de maio de 2015.
SANTOS, A. S. Tipos de Poluição. 2002. Disponível em <http://www.aultimaarcadenoe.com.br/ >. Acesso em: 10 de maio de 2015.
TUCCI, C. E. M. Modelos Hidrológicos. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS/ABRH, 1998. 669p.
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ANEXOS
ANEXO A – Fotos
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