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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FARMÁCIA DÉRILEN G. C. M. CAETANO EDUARDO GOMES DA SILVA MARCOS VINÍCIUS PEREIRA SILVA O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO ATENDIMENTO A PACIENTES QUE UTILIZAM MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR Santos SP 2010

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

FARMÁCIA

DÉRILEN G. C. M. CAETANO

EDUARDO GOMES DA SILVA

MARCOS VINÍCIUS PEREIRA SILVA

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO ATENDIMENTO A PACIENTES QUE UTILIZAM MEDICAMENTOS

DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

Santos – SP

2010

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

FARMÁCIA

DÉRILEN G. C. M. CAETANO

EDUARDO GOMES DA SILVA

MARCOS VINÍCIUS PEREIRA SILVA

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO ATENDIMENTO A PACIENTES QUE UTILIZAM MEDICAMENTOS

DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia à Comissão Julgadora da Universidade Santa Cecília, sob orientação do Profº Valter Garcia Santos.

Santos – SP

2010

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DÉRILEN G. C. M. CAETANO

EDUARDO GOMES DA SILVA

MARCOS VINÍCIUS PEREIRA SILVA

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO ATENDIMENTO A PACIENTES QUE UTILIZAM MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE

ATENDIMENTO DOMICILIAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia à Comissão Julgadora da Universidade Santa Cecília, sob orientação do Prof. Valter Garcia Santos.

Data da Aprovação: 08/12/2010

Banca Examinadora:

Prof. Valter Garcia Santos

Orientador

Prof. Ms. Edson. S. Dalur

Prof. Dr. Walber Toma

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, que sempre nos deram uma

boa educação, e sempre acreditavam em nosso esforço e dedicação;

Aos nossos irmãos e irmãs, que sempre nos momentos mais difíceis,

estiveram por perto para nos ajudar;

Aos nossos amigos, pelo carinho, compreensão, e amizade durante a

graduação;

Ao professor Valter Garcia Santos, por ter aceitado ser nosso orientador,

e ter acreditado na proposta do trabalho.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, primeiramente, por estar lá em cima cuidando de todos nós.

Aos nossos familiares, que por estarem longe de nós, sempre nos apoiaram

desde o início.

Aos nossos amigos de graduação, que sempre estiveram conosco nos

momentos mais difíceis.

Ao nosso orientador Prof º Valter Garcia Santos, que sempre nos ajudou

em tudo durante o trabalho, que sempre esteve ao nosso lado com o tema

escolhido, onde seremos sempre muito gratos.

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RESUMO

O atendimento domiciliar é um serviço em que as ações de saúde são desenvolvidas no domicílio do paciente por equipe multidisciplinar e interprofissional, a partir do diagnóstico da realidade em que o mesmo está inserido. Visa a promoção, manutenção e/ou restauração da saúde e o desenvolvimento e adaptação de suas funções de maneira a favorecer o restabelecimento de sua independência e a preservação de sua autonomia. O objetivo deste trabalho é demonstrar o papel do farmacêutico no acompanhamento a pacientes que fazem uso de medicamentos dispensados através de uma empresa de atendimento domiciliar localizada no município de Santos – SP - Brasil. Trata-se de um estudo prospectivo, onde foi realizado levantamento dos dados através das fichas dos pacientes. Como resultado observou-se que 57,14% dos pacientes são do gênero feminino e 42,86% masculino, possuem idade média de 27 anos (2 – 64 anos) e utilizam uma média de 14 medicamentos diferentes (7 -21). Foram identificados através do Clinical Pharmacology versão 2.30 – 2008 o número médio de interações de 12 (3 – 29), distribuídas em alta intensidade (14,29%), moderada (55,95%) e baixa intensidade (29,76%) . É fundamental que o profissional farmacêutico, conheça profundamente a terapêutica, para que assim possa promover a atenção farmacêutica na dispensação das drogas utilizadas, participar da equipe multidisciplinar na educação e prevenção dessas patologias, além de alertar sobre possíveis reações e interações medicamentosas entre os fármacos

utilizados no tratamento.

PALAVRA CHAVE: atendimento domiciliar; atenção farmacêutica;

assistência farmacêutica.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ADS Assistência Domiciliar à Saúde

IM Interação Medicamentosa

IMs Interações Medicamentosas

MIP Medicamentos Isentos de Prescrição

PP Proteína Plasmática

RAMs Reações Adversas a Medicamentos

SNE Sonda Naso enteral

SUS Sistema Único de Saúde

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LISTA DE TABELAS

TABELA ANTIGA 1: DADOS DO 1º PACIENTE .............................................. 49

TABELA ATUALIZADA 1: DADOS DO 1º PACIENTE ..................................... 49

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA ................................................ 51

TABELA ANTIGA 2: DADOS DO 2º PACIENTE .............................................. 52

TABELA ATUALIZADA 2: DADOS DO 2º PACIENTE ..................................... 53

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA ................................................ 55

TABELA ANTIGA 3: DADOS DO 3º PACIENTE .............................................. 56

TABELA ATUALIZADA 3: DADOS DO 3º PACIENTE ..................................... 57

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA ................................................ 58

TABELA ANTIGA 4: DADOS DO 4º PACIENTE .............................................. 59

TABELA ATUALIZADA 4: DADOS DO 4º PACIENTE ..................................... 61

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA ................................................ 63

TABELA ANTIGA 5: DADOS DO 5º PACIENTE .............................................. 64

TABELA ATUALIZADA 5: DADOS DO 5º PACIENTE ..................................... 65

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA ................................................ 67

TABELA ANTIGA 6: DADOS DO 6º PACIENTE .............................................. 68

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TABELA ATUALIZADA 6: DADOS DO 6º PACIENTE ..................................... 70

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA ................................................ 72

TABELA ANTIGA 7: DADOS DO 7º PACIENTE .............................................. 73

TABELA ATUALIZADA 7: DADOS DO 7º PACIENTE ..................................... 75

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA ................................................ 77

TABELA 8: INTERAÇÕES SEGUNDO GRAU DE INTENSIDADE .................. 78

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: FAIXA ETÁRIA DOS PACIENTES QUE UTILIZAM O SERVIÇO

DE ATENDIMENTO DOMICILIAR ................................................................... 79

GRÁFICO 2: FAIXA ETÁRIA DOS PACIENTES QUE UTILIZAM

MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO

DOMICILIAR .................................................................................................... 80

GRÁFICO 3: DISTRIBUIÇÃO DOS PACIENTES QUE UTILIZAM

MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO

DOMICILIAR DE ACORDO COM O GÊNERO ................................................ 81

GRÁFICO 4: PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS PACIENTES ATENDIDOS EM

UMA EMPRESA DE ATENDIMENTO DOMICILIAR (HOME CARE) ............... 82

GRÁFICO 5: DISTRIBUIÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS PRIMÁRIOS DOS

PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

......................................................................................................................... 83

GRÁFICO 6: NÚMERO DE MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO

SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR .................................................. 84

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13

1. HISTÓRICO ................................................................................................. 15

1.1. Assistência Domiciliar à Saúde no Brasil ............................................... 20

2. ATENDIMENTO DOMICILIAR (HOME CARE) ............................................ 23

2.1. Atenção, Assistência e Visita Domiciliar a Saúde .................................. 25

2. 2. Atuação do Farmacêutico Para o Uso Racional de Medicamentos ...... 28

2. 3. Medicamentos e Atendimento Domiciliário ........................................... 30

2. 4. Interações Medicamentosas ................................................................. 31

3. ATENÇÃO FARMACÊUTICA ....................................................................... 36

4. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ................................................................ 40

5. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 42

6. OBJETIVOS ................................................................................................. 43

7. DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA .......................................... 44

8. METODOLOGIA ........................................................................................... 45

9. RESULTADOS ............................................................................................. 47

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10. DISCUSSÃO .............................................................................................. 85

11. CONCLUSÃO ............................................................................................. 89

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 91

ANEXO 1- Ficha em Branco dos Pacientes ..................................................... 96

ANEXO 2 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) .................. 97

ANEXO 3 – Folha de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ................. 98

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INTRODUÇÃO

Define-se assistência domiciliar como um serviço no qual ações de saúde

são desenvolvidas no domicílio do paciente por uma equipe multidisciplinar, a

partir do diagnóstico da realidade em que o mesmo está inserido, assim como

de seus potenciais e limitações. Visa a promoção, manutenção e/ou

restauração da saúde e o desenvolvimento e adaptação de suas funções de

maneira a favorecer o restabelecimento de sua independência e a preservação

de sua autonomia (CARLETTI, REJANI, 1996).

Abrange desde procedimentos simples, como o tratamento de feridas em

pacientes diabéticos, terapia intravenosa e fototerapia para recém-nascidos,

até outros de maior complexidade, como a internação domiciliar para condições

mais graves, nas quais o paciente não é capaz de se locomover, de fazer sua

própria higiene pessoal, podendo necessitar de respiração artificial, terapia

nutricional e acompanhamento integral por profissionais treinados (SANTOS et

al., 2003).

No Brasil, o profissional farmacêutico não está totalmente inserido e

atuante na área de home care, talvez pelo fato de ser um novo modelo de

assistência à saúde.

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Assim, este trabalho se propõe a demonstrar o papel do farmacêutico no

acompanhamento a pacientes que fazem uso de medicamentos dispensados

através de uma empresa de atendimento domiciliar, com sua unidade

localizada no Município de Santos – SP.

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1. HISTÓRICO

A assistência à saúde vem sofrendo modificações importantes nas últimas

décadas, e, em especial, em nosso país. O atendimento domiciliário surge

como um dos modelos de atenção à saúde no Brasil. No entanto, sua prática

remonta a era a.C., quando a caridade e a solidariedade eram seu alicerce. A

assistência domiciliária vem demonstrando ser a nova fronteira dos serviços de

saúde (DUARTE & DIOGO, 2005).

Nos EUA a assistência domiciliária vem crescendo rápida e

diversificadamente. Segundo dados da National Association for Home Care, em

1996, aproximadamente sete milhões de americanos requeriam este tipo de

serviço, que era administrado por cerca de 18,5 mil provedores de serviços

domiciliares. Projeções indicam que as necessidades de cuidados domiciliares,

bem como dos serviços por eles requeridos, devem triplicar na próxima

década. Embora o mundo venha sofrendo grande crise, tendo como resultado

um alto índice de desemprego, pesquisas elaboradas pelo US Bureau of Labor

Statistics demonstram que as demandas de serviços para a assistência

domiciliária aumentaram 19,2%, mais que o triplo da média da demanda da

indústria de cuidado à saúde em geral (DUARTE & DIOGO, 2005).

Muitos são os fatores que têm contribuído para o desenvolvimento deste

setor de assistência à saúde. Alguns estudiosos americanos relacionam tal

desenvolvimento a uma mudança de paradigma pela qual vem passando o

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sistema de saúde local, no qual a ênfase do cuidado volta-se aos pacientes

crônicos como sendo a base de seu sistema primário de cuidado à saúde

anteriormente direcionado aos cuidados agudos. Tais mudanças parecem

basear-se em questões relacionadas à diminuição de custos do sistema de

saúde e ao incremento do conforto e da privacidade oferecido pelo domicílio do

cliente atendido (DUARTE & DIOGO, 2005).

Historicamente, os hospitais foram criados para conveniência dos

provedores de saúde. Era mais simples o médico, ou outro profissional de

saúde, dirigir-se a um único lugar e ver muitos pacientes. No entanto, com o

passar do tempo, pôde ser observada uma fragmentação do cuidado ao cliente

permitindo que muitos profissionais e serviços fizessem a interface com o

paciente e não necessariamente entre si. Alguns exemplos podem ser citados,

como o acompanhamento inadequado do paciente após internação hospitalar,

a procura de serviços de saúde para a execução de procedimentos simples

devido à insegurança do cliente com o problema apresentado ou ainda a

hipertrofia dos serviços de emergência por questões não emergenciais, ou

seja, que poderiam ser resolvidas em unidades de cuidado primário à saúde

que, no entanto, parecem não estar sintonizadas com os serviços de atenção

secundária e/ou terciária, denotando uma importante falha no que é

denominado sistema de referência e contra-referência (DUARTE & DIOGO,

2005).

As mais remotas referências em medicina descrevem cuidados domiciliares

e hospitalares começando por um médico chamado Imhotep, que na terceira

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dinastia do Egito Antigo (século XIII a.C.) atendia o paciente tanto no domicílio

como em um consultório/hospital, sendo o responsável pelo atendimento do

Faraó nas dependências do palácio. Na Grécia Antiga, um médico, por nome

Asklépios, atendia na residência do paciente e seus seguidores atendiam em

templos, onde dispunha de medicamentos e materiais especiais para a cura,

podendo esses locais, serem considerados a primitiva estrutura que seria mais

tarde denominada hospital. No século V antes de Cristo, Hipócrates descreve

em Tratado sobre os ares, as águas e os lugares a eficiência de atender-se no

domicílio, pois tal cuidado propiciava um bom êxito, segundo suas

observações. Ao final do século XVII, o fundador da homeopatia, Samuel

Hanneman, passou a visitar os enfermos por acreditar que o médico tem o

dever de lutar, sem descanso, contra a enfermidade, independente do local

onde se travava essa luta. Ele permanecia junto aos leitos de seus doentes, no

domicílio, a maior parte do tempo possível (AMARAL et al., 2001).

A forma organizada de cuidados em Assistência Domiciliar à Saúde (ADS)

tem como primeira referência o Dispensário de Boston no ano de 1796, hoje:

New England Medical Center. Em 1850, sob a liderança de Lilian Wald, com a

determinação de promover ações de saúde em domicílio, foi criado o programa

que mais tarde denominou-se Public Health Nurse. Com base em seus vinte

anos com a prática de visitas domiciliares de enfermagem e no esforço

combinado de milhares de enfermeiras, Lilian Wald acreditava que a doença

devia ser considerada em conjunto com o aspecto social e econômico. Esse

pioneirismo possibilitou uma mudança na história, descrevendo os contornos

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da assistência domiciliar à saúde e promovendo uma reforma progressiva dos

movimentos públicos de saúde dos EUA, por volta de 1898 (AMARAL et al.,

2001).

Atualmente, nos Estados Unidos existem aproximadamente 20 mil

empresas de assistência domiciliar à saúde, onde a grande maioria dos

atendimentos é realizada pelo serviço de enfermagem, classificando esses

atendimentos como de baixa complexidade, necessitando-se com pouca

participação dos médicos, devido à possibilidade de processos judiciais. Esse

sistema de cuidados encabeçado por Lilian Wald, mais tarde, passou a receber

financiamento via: Medicare e Medicaid (seguradoras de saúde nos Estados

Unidos), mantendo suas características primeiras: mobilização comunitária com

o objetivo de facilitar e diminuir a necessidade de assistência profissional para

atingir as metas da assistência domiciliar (AMARAL et al., 2001).

A partir de 1950, a ocorrência de doenças contagiosas diminuiu e surge a

necessidade de maior atenção aos problemas crônicos de saúde. São criados

modelos de assistência domiciliar com objetivo de dar cobertura onde as

seguradoras estavam despreparadas para financiar. Antes disso, em 1898, a

cidade de Los Angeles e outros municípios e, vez por outra, o governo federal

americano, converteram-se nos financiadores dos cuidados domiciliares de

saúde. Esses fundos governamentais foram, aos poucos, direcionados aos

departamentos oficiais de saúde (AMARAL et al., 2001).

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Os pacientes com doenças crônicas são o alvo desse programa de atenção

à saúde, com necessidade de longa permanência no leito e que por qualquer

motivo estejam incapacitados de exercerem sua independência, apresentando

estes, em geral, problemas sociais e econômicos, além dos problemas de

saúde. Sendo esta concepção da idealizadora da assistência domiciliar à

saúde, Lilian Wald, ainda atual em muitos momentos e aspectos de nossa

sociedade, mesmo no Brasil. No continente europeu, a maioria dos países

possui sistemas de assistência domiciliar, com destaque para o programa

francês ANTADIR direcionado aos pacientes com doenças respiratórias e

dependentes de oxigenoterapia (AMARAL et al., 2001).

Assim, o desenvolvimento da assistência domiciliária surge em resposta a

algumas demandas:

-Individualização da assistência prestada e a conseqüente diminuição das

iatrogenias assistivas.

-O desenvolvimento das ações cuidativas na privacidade e segurança da

casa do cliente.

-Possibilidade de o cliente/família manter maior controle sobre o processo de

tomada de decisões relacionadas ao cuidado à saúde.

-Desenvolvimento de uma parceria entre os provedores de saúde e o

cliente/família no alcance das metas estabelecidas para a assistência.

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-Diminuição dos custos do cliente/família com o planejamento e a execução

dos cuidados necessários desenvolvidos de forma mais individualizada e,

assim, com responsabilidades equitativamente distribuídas (DUARTE &

DIOGO, 2005).

1.1. Assistência Domiciliar à Saúde no Brasil

O primeiro sistema de Assistência Domiciliar à Saúde (ADS) no Brasil foi

criado no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo em 1967, tendo

como objetivo principal reduzir o número de leitos ocupados, e para tanto, foi

implantado um tipo restrito de atendimento domiciliar, englobando os cuidados

de baixa complexidade clínica. Nos dias de hoje, tem havido um crescimento

no número de empresas privadas do sistema de ADS, passando de cinco

empresas, em 1994, para uma marca superior a cento e oitenta empresas em

1999. Esse aumento caracteriza um modismo que privilegia o lucro fácil, sem a

devida estrutura para o correto atendimento, o que levam muitas dessas

empresas a serem desqualificadas pelo sistema econômico, pela seleção

natural da concorrência. A ADS no Brasil divide-se em um grupo de

atendimento segmentar, com cuidados exclusivos de enfermagem ou de

fisioterapia, e outro com um atendimento multiprofissional, propiciando atenção

ao paciente como um todo (AMARAL et al., 2001).

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Ambos podem estar contidos em serviços públicos ou privados. Assim

sendo, poucos serviços semelhantes no mundo podem ser comparados aos

nossos em eficiência, criatividade e segurança. Quanto ao atendimento

domiciliar público existe em funcionamento sistemas diversos em alguns

municípios de São Paulo, como Diadema, Santo André, Santos, Piracicaba,

Sorocaba, entre outros. Já na capital paulista, um sistema funciona no bairro de

Campo Limpo e no Hospital das Clínicas desde 1996. Diferentemente da

necessidade de países como EUA, onde o seguro é a única maneira de

garantir a segurança de todo e qualquer profissional, a pouca existência, ou

mesmo a total inexistência, de preocupação com processos judiciais no Brasil,

possibilita estratégias mais arrojadas e com qualidade, mantendo, em

domicílio, pacientes instáveis e caracterizados de alto risco conduzindo, desse

modo, a assistência domiciliar a tornar-se um constante objetivo de debates,

publicações e atenção em pesquisa (AMARAL et al., 2001).

As empresas que fornecem o serviço podem oferecer todos os

equipamentos, aparelhos e medicamentos necessários, com intuito de

melhorar as condições clínicas, de conforto e bem-estar do paciente que não

necessita mais de cuidados hospitalares, e sim de atenção especializada

domiciliar. O atendimento domiciliar poderá acelerar a recuperação do paciente

e promover redução dos custos, sendo uma saída mais humana e econômica

para os portadores de doenças crônicas ou de longa duração. Outro fator

importante é que o paciente ficará afastado do risco de infecções hospitalares e

do estresse da internação, sendo ainda beneficiado com a atenção de seu

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médico de confiança e de todos os recursos necessários, incluindo uma equipe

multiprofissional. Deve-se considerar, ainda, a colaboração desse sistema para

a melhoria da qualidade de vida do paciente e de seus familiares (AMARAL et

al., 2001).

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2. ATENDIMENTO DOMICILIAR (HOME CARE)

O termo Atendimento Domiciliar é empregado no sentido amplo de Home

Care compreendendo uma gama de serviços realizados no domicílio e

destinados ao suporte terapêutico do paciente. Estes serviços vão desde

cuidados pessoais de suas atividades de vida diária (higiene íntima,

alimentação, banho, locomoção e vestuário), cuidados com sua medicação e

realização de curativos de ferimentos, cuidados com escaras e ostomias, até o

uso de alta tecnologia hospitalar como nutrição enteral/parenteral, diálise,

transfusão de hemoderivados, quimioterapia e antibioticoterapia, com serviço

médico e de enfermagem 24 horas/dia e uma rede de apoio para diagnóstico e

para outras medidas terapêuticas (FLORIANI & SCHRAMM, 2004).

Os objetivos do Atendimento Domiciliar são: contribuir na otimização dos

leitos hospitalares e do atendimento ambulatorial, visando à redução de custos;

reintegrar o paciente em seu núcleo familiar e de apoio; proporcionar

assistência humanizada e integral, por meio de uma maior aproximação da

equipe de saúde com a família; estimular uma maior participação do paciente e

de sua família no tratamento proposto; promover educação em saúde; ser um

campo de ensino e pesquisa. O crescimento do atendimento domiciliar no

Brasil é recente, datando da última década do século XX. A difusão desta

modalidade de prestação de serviços ocorre tanto no setor privado quanto no

setor público, fazendo parte da pauta de discussão das políticas de saúde que,

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pressionadas pelos altos custos das internações hospitalares, buscam saídas

para uma melhor utilização dos recursos financeiros (FLORIANI & SCHRAMM,

2004).

Conceituar home care exige, em primeiro lugar, traduzir o termo para a

língua portuguesa. Home health care é uma expressão mais precisa, mas

pouco encontrada em língua inglesa. A abreviação home care está consagrada

na maioria dos textos pesquisados, assim como o termo soins à domicile usado

nos textos de língua francesa (MENDES, 2001).

No Brasil, Home Care significa “Assistência Domiciliar à Saúde” e

representa uma seqüência de serviços residenciais a serem proporcionados e

estende-se desde procedimentos simples até outros de maior complexidade

(SANTOS et al., 2003; AMARAL et al., 2001).

A assistência domiciliária compreende as atividades assistenciais

exercidas por profissional de saúde e/ou equipe interprofissional no local de

residência do cliente. Engloba visitas programadas em que determinados

procedimentos (geralmente de maior complexidade) são realizados pelos

elementos da equipe. A periodicidade das visitas depende da complexidade

assistencial requerida. Conta-se também com o cuidador como responsável

pela continuidade da assistência em domicílio (DUARTE & DIOGO, 2005).

Muitas vezes o domicílio, a família e a vizinhança representam vínculos

afetivos importantes. O domicílio, para muitos, contém sua identidade e

favorecem a sua autonomia e independência. Desta forma, muitas vezes o

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atendimento domiciliar é mais indicado que os demais por permitir o seu

equilíbrio psicológico em todas as dimensões e aplacar os anseios, se as

condições familiares e sócio-econômicas possibilitarem tranqüilizá-lo em seu

ambiente (NOVAES, 2007).

O atendimento domiciliar é um serviço em que as ações de saúde são

desenvolvidas no domicílio do paciente por equipe multidisciplinar e

interprofissional, a partir do diagnóstico da realidade em que o mesmo está

inserido, assim como de seus potenciais e limitações. Visa à promoção,

manutenção e/ou restauração da saúde e o desenvolvimento e adaptação de

funções, favorecendo maior autonomia e independência (CALKINS et al.,

1997).

2.1. Atenção, Assistência e Visita Domiciliar a Saúde

A atenção domiciliar à saúde constitui a modalidade geral da atenção à

saúde prestada no domicílio, sendo uma categoria genérica que engloba e

representa o atendimento, a visita e a internação domiciliares, cada qual com

seus objetivos e características. Ela é considerada um componente do

continuum dos cuidados à saúde, pois os serviços de saúde são oferecidos ao

indivíduo e sua família em suas residências com o objetivo de promover,

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manter ou restaurar a saúde, maximizar o nível de independência, minimizando

os efeitos das incapacidades ou doenças, incluindo aquelas sem perspectivas

de cura. A assistência domiciliar à saúde é uma categoria da atenção domiciliar

à saúde que pode ser também denominada atendimento ou cuidado domiciliar

e baseia-se na plena interação do profissional com o paciente, sua família e

com o cuidador, quando esse existe. Ela constitui um conjunto de atividades de

caráter ambulatorial, programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio, e

pode ser instrumentalizada pela visita ou internação domiciliar (GIACOMOZZI

& LACERDA, 2006).

A atenção domiciliar e a assistência domiciliar à saúde são atividades com

diversos aspectos em comum, mas diferenciam-se na prática. A atenção

domiciliar à saúde diferencia-se por constituir uma modalidade ampla que

envolve as ações de promoção à saúde em sua totalidade, incluindo a prática

de políticas econômicas, sociais e de saúde, que influenciam o processo

saúde-doença dos indivíduos, além de envolver ações preventivas e

assistenciais das outras categorias que engloba (atendimento, visita e

internação domiciliar). O atendimento domiciliar à saúde é uma categoria

diretamente relacionada à atuação profissional no domicílio, que pode ser

operacionalizada por meio da visita e da internação domiciliar, envolvendo,

assim, atividades que vão da educação e prevenção à recuperação e

manutenção da saúde dos indivíduos e seus familiares no contexto de suas

residências. A visita domiciliar é uma categoria da atenção domiciliar à saúde

que prioriza o diagnóstico da realidade do indivíduo e as ações educativas. É

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um instrumento de intervenção fundamental na saúde da família e na

continuidade de qualquer forma de assistência e/ ou atenção domiciliar à

saúde, sendo programada e utilizada com o intuito de subsidiar intervenções ou

o planejamento de ações (GIACOMOZZI & LACERDA, 2006).

A intervenção domiciliar, por sua vez, é uma categoria mais específica, que

envolve a utilização de aparato tecnológico em domicílio, de acordo com as

necessidades de cada indivíduo, sendo caracterizada pela permanência da

equipe de saúde na residência por no mínimo quatro horas diárias, com

acompanhamento contínuo. O indivíduo para ser internado em domicílio

precisa apresentar quadro clínico estável, assim como a equipe profissional

necessita de rede de suporte para as possíveis eventualidades (GIACOMOZZI

& LACERDA, 2006).

A assistência domiciliar vem crescendo nos últimos anos e dependendo do

caso é estimulada pelos profissionais de saúde. Essa assistência engloba os

serviços realizados no domicílio e destinados ao suporte terapêutico do

paciente (FLORIANI & SCHRAMM, 2004).

The American Medical Association inclui a promoção de cuidados de

enfermagem, serviço social, terapias e serviços de apoio feitos em casa como

componentes básicos da assistência domiciliar, afirmando que a promoção

desses serviços constitui uma extensão lógica da responsabilidade da

terapêutica médica (CALKINS et al., 1997).

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A assistência domiciliar envolve ainda os cuidados médicos, de

enfermagem, farmacêuticos e orientações sobre o uso correto dos

medicamentos, assistente social, fisioterapia, terapia ocupacional,

esporadicamente ou quando necessário, os serviços de internação hospitalar,

assistência nutricional, serviços de laboratório e de radiologia, psicoterapia,

oxigenoterapia, equipamentos e serviços de esterilização, transporte para

pacientes e equipamentos e serviços de apoio (BLAY, 2000).

2. 2. Atuação do Farmacêutico Para o Uso Racional de Medicamentos

A orientação farmacêutica é importante para garantir o uso seguro do

medicamento e o cumprimento dos esquemas terapêuticos evitando práticas

inadequadas freqüentes nessa faixa etária que podem comprometer o

tratamento, tais como:

.Interromper o tratamento com medicamentos prescritos pelo médico

devido a reações adversas, redução dos sintomas, medo de dependência ou

falta de recursos financeiros para adquirir o medicamento;

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.Desconsiderar as orientações referentes à utilização conjunta de

alimentos com medicamentos;

.Omitir doses prescritas de determinados medicamentos;

.Auto administrar dose adicional quando não ocorre alívio dos sintomas;

.Utilizar medicamentos em doses erradas;

.Utilizar técnica inadequada de inalação, spray nasal, administração de

insulina e outros;

.Utilizar MIP (Medicamentos isentos de prescrição) ou fitoterápicos para

conhecer determinados sintomas

O farmacêutico ao elaborar o plano de orientação seja na farmácia

comunitária ou na farmácia de serviços de saúde (pacientes ambulatoriais,

internados ou em alta hospitalar) deve adotar medidas para minimizar esses

pontos críticos (MERLE et al., 2005).

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2. 3. Medicamentos e Atendimento Domiciliário

A administração de medicamentos em domicílio é uma prática já há muito

comum que, no entanto, vem se expandindo acentuadamente e se adaptando

às tendências do mercado. Assim, os laboratórios mais e mais fabricam seus

produtos de forma a serem mais facilmente administráveis, e, dado o avanço

do atendimento domiciliário como um fenômeno mundial vem adaptando suas

formas de apresentação de maneira a facilitar seu uso nesta modalidade

assistencial. Num passado ainda recente, e ainda hoje, muitas vezes os

clientes são hospitalizados para administração de alguns tipos de

medicamentos. Este fato vem sendo modificado e hoje já é possível realizar

tais procedimentos de natureza mais complexa, em nível domiciliar, com a

máxima segurança. Assim, a administração de quimioterápicos, antibióticos e

agentes inotrópicos, entre outros, em casa, por equipe especializada, está se

tornando cada vez mais freqüente (DUARTE & DIOGO, 2005).

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2. 4. Interações Medicamentosas

As interações medicamentosas ocorrem quando as ações de um

medicamento são alteradas pela presença de outro medicamento. A alteração

pode acarretar diminuição da eficácia ou aumento de efeitos farmacodinâmicos

que produzem eventos medicamentosos adversos. Algumas interações são de

fácil compreensão e mesmo previsíveis, por causa de suas subjacentes

simples. Mecanismos de interação podem ser divididos em dois grupos:

interações farmacodinâmicas e interações famacocinéticas. As primeiras

resultam da capacidade de um medicamento interagir com o seu sítio de ação

pretendido (receptores), enquanto as últimas resultam de uma alteração da

concentração do medicamento no seu sítio de ação e ocorrem devido a uma

alteração da absorção, distribuição, metabolismo e/ou excreção do

medicamento (BACHMANN et al., 2006 ).

As interações entre drogas podem ser significativas se a doença tratada é

grave ou potencialmente fatal. A incidência das interações oscila de 3 a 5% nos

pacientes que recebem poucos medicamentos e até 20% naqueles que

recebem de 10 a 20 drogas (BISSON, 2007).

Pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre

outra substância. Ou seja, quando um medicamento é administrado

isoladamente, produz um determinado efeito. Porém, quando este é associado

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á outro medicamento, a alimentos ou substâncias (como o tabaco, drogas de

abuso, ou mesmo substâncias que o paciente possa entrar em contato, como

inseticidas, produtos de limpeza, cosméticos, etc), ocorre um efeito diferente do

esperado, caracterizando uma interação (HOSPITAL GERAL DE BRASÍLIA,

2010).

O risco de ocorrência de uma interação medicamentosa (IM) depende do

número de medicamentos usados, da tendência que determinadas drogas têm

para a interação e da quantidade tomada do medicamento. Muitas interações

medicamentosas (IMs) são descobertas durante testes de medicamentos.

Médicos, enfermeiras e farmacêuticos podem reduzir a incidência de

problemas sérios mantendo-se informados a respeito de IMs potenciais

(MERCK SHARP & DOHME, 2010).

As respostas decorrentes das IMs podem ser desejadas ou indesejadas.

São desejadas e necessárias na medida em que reduzem os efeitos colaterais

ou melhoram a eficácia terapêutica dos agentes combinados. São indesejadas

quando prejudiciais à terapia, podendo aumentar as RAMs e causar ineficácia

terapêutica (GUASTALDI, 2010).

Segundo Oga (2002), as IMs podem ser classificadas segundo três

critérios: da gravidade dos efeitos, do tempo de latência e dos mecanismos de

ação.

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-Gravidade ou Intensidade dos Efeitos: As IMs podem ser leves,

moderadas e graves de acordo com a gravidade de seus efeitos. As IMs leves

têm pequena signficância clínica; alguns efeitos resultantes dessas interações

não chegam a ser nocivos ou alterar a eficácia dos fármacos atuantes. As IMs

moderadas são aquelas que, por ações recíprocas dos fármacos, fazem

parecer efeitos nocivos, alterando o estado clínico do paciente. Nas IMs

graves, os efeitos resultantes são letais ou de tal intensidade que chegam a

causar danos permanentes ao paciente.

-Período de Latência: As IMs podem ser efeitos rápidos e lentos. As IMs

rápidas são aquelas em que os efeitos são imediatos ou aparecem no período

de 24 horas após a administração de fármacos. Esse tipo de IM, quando

ocorre, necessita de ações imediatas para evitar seus efeitos nocivos. IMs

lentas produzem efeitos tardios, geralmente dias ou semanas após

administração de componentes.

-Mecanismo de Ação: As IMs podem ser classificadas ainda conforme os

mecanismos envolvidos, assim têm-se as IMs físico-químicas, farmacocinéticas

e farmacodinâmicas.

A) Físico-químicas: onde duas ou mais substâncias reagem entre si, por

mecanismos puramente físicos ou químicos.

B) Farmacocinéticas: Em que um dos agentes é capaz de modificar a

absorção, a distribuição, a biotransformação ou a excreção de outro agente

administrativo concomitantemente.

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C) Farmacodinâmicas: Em que os efeitos finais são resultantes das ações

farmacodinâmicas próprias dos agentes concorrentes. Esses agentes, quando

promovem efeitos semelhantes, têm-se como resultado a simples adição, a

somação ou a potencialização. Quando eles possuem efeitos opostos, verifica-

se o antagonismo (OGA et al., 2002).

Para Guastaldi (2006), as IMs que afetam a absorção, pode ocorrer com

medicamentos administrados por via oral, tópica e parenteral, tendo como

fatores importantes, as mudanças no pH do sistema digestório, a velocidade de

esvaziamento gástrico, o tônus e a motilidade da musculatura intestinal e a

presença de substratos como cálcio, alumínio, magnésio e sais de ferro e

formulações farmacêuticas. As IMs que afetam a distribuição dos

medicamentos, ou seja, o transporte destes da corrente sanguínea para órgãos

e tecidos, ocorrem quando agentes que possuem alta ligação às proteínas

plasmáticas (PP) descolam outros de seus sítios de ligação às PP,

aumentando a fração livre elevando, assim, o nível sérico. Esta fração livre é

responsável pela atividade farmacológica do medicamento. A alteração no

processo de metabolismo dos medicamentos decorrentes de IMs ocorre

através das enzimas hepáticas, as quais podem ser inibidas ou induzidas por

alguns medicamentos denominados inibidores e indutores enzimáticos,

respectivamente. E por final as IMs que modificam a excreção encontram-se

relacionadas às alterações na capacidade de filtração glomerular, secreção e

reabsorção no túbulo renal, que conseqüente, interferem no tempo de ação dos

medicamentos (GUASTALDI, 2006).

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Para a mesma autora, as interações farmacodinâmicas são aquelas que

provocam mudanças nas respostas dos pacientes sem alterar a

farmacocinética do medicamento e sem mudanças no nível sérico. Podem

ocorrer através de sinergismo ou antagonismo. A IM que resulta em sinergismo

ocorre na combinação de dois ou mais medicamentos, e o resultado clínico da

combinação é maior que os efeitos isolados. O antagonismo é um tipo de IM

em que o medicamento possui efeitos opostos ao outro administrado no

mesmo regime. Esta IM, geralmente, acontece quando há competição pelos

mesmos sítios de ligação da molécula-alvo (GUASTALDI, 2010).

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3. ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Atenção Farmacêutica é definida como um modelo de prática farmacêutica

desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreendem atitudes,

valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-

responsabilidades na prevenção de doenças e na promoção e recuperação da

saúde, de forma integrada á equipe de saúde. É a interação direta do

farmacêutico com o usuário, visando a uma farmacoterapia racional e à

obtenção de resultados definitivos e mensuráveis, voltados para a melhoria da

qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos

seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica

da integralidade das ações de saúde (BISSON, 2007).

A atenção farmacêutica concebida como a forma pela qual o paciente recebe

o melhor tratamento medicamentoso possível é aplicável a todos os níveis de

atuação do farmacêutico clínico, seja ele especializado em determinada área

ou não. O farmacêutico deve avaliar as informações obtidas do paciente e/ou

seus familiares e, juntamente com os outros profissionais envolvidos, traçar o

plano terapêutico específico para cada caso. O paciente também deve ser

consultado para a elaboração do plano e, como parte essencial para a

obtenção de bons resultados, deve ser devidamente esclarecido sobre seus

aspectos principais (STORPIRTIS et al., 2008).

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Compreende-se a atenção farmacêutica como um compêndio de

atividades, comportamentos, compromissos, inquietudes, valores éticos,

funções, conhecimentos, responsabilidades e habilidades do farmacêutico na

prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados

terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente (NOVAES,

2007).

A atenção farmacêutica se baseia em um acordo entre o paciente e o

farmacêutico. O profissional garante ao paciente, compromisso e competência.

Estabelece-se um vínculo que sustenta a relação terapêutica, identificando as

funções comuns e as responsabilidades de cada parte e a importância da

participação ativa. Na realidade é um pacto para trabalhar a favor da resolução

de todos os problemas relacionados com medicamentos, reais ou potenciais. O

problema é real quando manifestado, ou potencial na possibilidade de sua

ocorrência (REIS, 2010).

A atenção farmacêutica é essencial, pois propicia o desenvolvimento do

perfil farmacoterapêutico dos pacientes e os incentiva a usar corretamente os

medicamentos. Tendo em vista o fácil acesso, o farmacêutico também exerce

um papel vital nas informações de saúde, por meio de serviços diretamente

ligados á comunidade. Portanto, a ação de diversos profissionais é indicada,

sendo necessário treinamento e motivação de toda a equipe. Neste ínterim, o

papel do farmacêutico também consiste na informação quanto ao uso correto

da medicação, acondicionamento das drogas, duração do tratamento e a

avaliação da prescrição, visando a não ocorrência de fatores que possam

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prejudicar a saúde ou o tratamento do paciente, bem como o controle dos

riscos, de modo a se evitar possíveis morbidades e/ou mortalidades (SOUZA &

BERTONICIN, 2008).

A atenção farmacêutica foi consensuada no Brasil em 2002, como uma

estratégia para resgatar a real função social do farmacêutico partilhando

responsabilidades com outros profissionais de saúde e com os próprios

pacientes. No Brasil, o aumento das demandas na área de saúde, tem

evidência à necessidade de que se consolide uma política de assistência

farmacêutica, onde, o farmacêutico, seja uma referência para promoção da

saúde e do uso racional dos medicamentos definido como aquela situação em

que os pacientes recebem os medicamentos apropriados para suas

necessidades clínicas, nas doses que se ajustam às suas necessidades

individuais, durante um período adequado de tempo e ao custo mais baixo

possível para ele e sua comunidade (NOVAES, 2007).

A atenção farmacêutica possui diferenças marcantes em relação às

práticas tradicionais, pois é na realidade, um acordo de cooperação entre o

paciente e o farmacêutico buscando a otimização dos resultados terapêuticos.

O impacto positivo da atenção farmacêutica foi mostrado através de pesquisas

realizadas em vários países, demonstrando que a mesma é um importante

agente para promoção do uso racional de medicamentos (REIS, 2010).

A atenção farmacêutica baseia-se justamente, na capacidade do

farmacêutico com uma visão e postura interdisciplinar, integradora e formadora,

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assumir frente aos seus pacientes as responsabilidades relacionadas ao uso

racional dos medicamentos e insumos por meio de um acompanhamento

sistemático e documentado (NOVAES, 2007).

O exercício da atenção farmacêutica busca resolver o importante problema

social da morbimortalidade relacionada com os medicamentos empregando um

processo de cuidado centrado no paciente e uma responsabilidade profissional

claramente definida (REIS, 2010).

Em síntese, uma relação terapêutica é uma aliança entre o profissional e o

paciente e se forma com a finalidade específica de satisfazer as necessidades

de assistência à saúde do paciente. É um ato de cuidado na integralidade

biopsicossocial do indivíduo e não apenas na visão reducionista de um estado

patológico (REIS, 2010).

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4. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Assistência Farmacêutica é o conjunto de ações desenvolvidas pelo

farmacêutico, e outros profissionais de saúde, voltadas à promoção, proteção e

recuperação da saúde, tanto no nível individual como coletivo, tendo o

medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o uso racional.

Envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e

insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição,

dispensação, garantia de qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento

e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados

concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (STORPIRTIS et

al., 2008).

A assistência farmacêutica tem sido concebida como um conjunto amplo de

ações com características multiprofissionais destinadas a apoiar as ações de

saúde demandadas por uma comunidade. Este fato coloca a assistência

farmacêutica como responsabilidade de todos e de cada um dos membros da

equipe de profissionais envolvidos direta ou indiretamente com o uso de

medicamentos na sociedade. A assistência farmacêutica é, portanto, uma

atividade essencial que possibilita que os vários processos que envolvem o

fármaco, desde sua pesquisa até sua utilização, ocorram de forma segura e

racional, beneficiando individual e coletivamente os usuários de medicamentos

no país (STORPIRTIS et al., 2008).

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O atendimento multidisciplinar do idoso apresenta vantagens e

desvantagens. O custo para sua manutenção é grande, porém é minimizado

para o sistema público devido à grande demanda pelo atendimento. Já no setor

privado, o custo limita sua expansão. Apesar do custo maior, essa assistência

possibilita uma abordagem mais ampla do paciente, permite a formação de

novos vínculos sociais entre os trabalhadores, possibilita o trabalho em grupo e

também o controle de qualidade do serviço prestado por cada componente

(NOVAES, 2007).

Essas equipes podem ser formadas por vários profissionais, dentre eles

encontram-se farmacêuticos, médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas,

fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais,

entre outros especialistas. O grupo formado dependerá das necessidades do

paciente. De acordo com o local onde a assistência é prestada, a equipe

também pode ser reformulada visando o melhor atendimento ao idoso

(NOVAES, 2007).

Infere-se que em função do limitado acesso à atenção farmacêutica os

níveis de morbimortalidade associados ao uso de medicamentos não param de

crescer, em especial nos idosos. Isto é justificado pelos mesmos conviverem

mais freqüentemente com problemas crônicos de saúde. Assim, buscam, mais

os serviços de saúde e, por conseqüência apresentam um elevado consumo de

medicamentos, o que contribui, também, a um maior risco à saúde (NOVAES,

2007).

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5. JUSTIFICATIVA

A educação ao paciente pode proporcionar a conscientização quanto ao

seu estado de saúde e à necessidade do uso correto dos medicamentos,

tornando o tratamento mais efetivo e seguro, com maior interação entre os

profissionais de saúde, em especial o médico, o farmacêutico e o enfermeiro,

podendo reduzir diversos problemas relacionados a medicamentos, da

prescrição à administração e reduzir custos do sistema de saúde. (NOVAES,

2007).

O farmacêutico possui várias funções que podem ser exercidas junto ao

paciente e seu cuidador como a avaliação pré-admissional, o banco de dados

inicial, a orientação ao paciente e cuidador, e o monitoramento clínico, entre

outras (ASHP, 2000).

O conhecimento e o treinamento específico do farmacêutico sobre as

drogas, suas compatibilidades e técnicas de administração, assim como a

operação e manutenção dos equipamentos e o monitoramento do paciente,

durante e após a terapia, são imprescindíveis para que seja assegurado, ao

paciente, o resultado ideal. Porém, até o presente momento, poucos

farmacêuticos estão atuando nesta importante área de atenção à saúde.

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6. OBJETIVOS

Objetivo geral:

Demonstrar o papel do profissional farmacêutico no acompanhamento a

pacientes que fazem uso de medicamentos dispensados através de uma

empresa de atendimento domiciliar (Home Care).

Objetivos específicos:

Avaliar dentre os fármacos prescritos a existência de interação

medicamentosa;

Elaborar tabela de orientação que servirá de subsídio para

administração dos medicamentos aos pacientes.

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7. DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada através de um estudo prospectivo do levantamento

dos dados através das fichas de 7 pacientes atendidos em uma empresa

especializada em atendimento domiciliar – “Home Care”, com sua unidade

localizada no Município de Santos – SP.

Em anexo: Ficha de cada paciente atendido, tabela de orientação dos

medicamentos que cada paciente toma e termo de consentimento.

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8. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo prospectivo onde foi realizado levantamento dos

dados através das fichas dos 7 pacientes (anexo 1) atendidos em uma

empresa especializada em atendimento domiciliar – “Home Care”, com sua

unidade localizada no Município de Santos – SP.

Como critérios de inclusão foram acompanhados os pacientes que fazem

uso de medicamentos.

Foram excluídos do estudo os pacientes que não fazem uso de

medicamentos e ainda os pacientes que fazem uso exclusivamente de

medicamentos auxiliares em curativos e tratamentos de escaras tais como:

sulfadiazina de prata, pasta de hidrogel e papaína.

Após avaliação da existência de interações medicamentosas entre os

fármacos prescritos, será elaborada uma tabela que servirá de orientação

farmacêutica aos pacientes e/ou cuidadores contendo observações

importantes, tais como o uso correto dos medicamentos, efeitos colaterais,

horários de administração, guarda e conservação adequados.

Dados como idade, sexo, patologias prevalentes e número de

medicamentos utilizados serão apresentados e comparados com a literatura

quando pertinentes. As intervenções realizadas durante o projeto serão

compiladas e servirão de subsídios para demonstrar o papel do profissional

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farmacêutico no atendimento aos pacientes que fazem uso de medicamentos

dispensados através de uma empresa de atendimento domiciliar (Home Care).

Foram identificados através do Clinical Pharmacology versão 2.30 – 2008,

o número médio de interações medicamentosas dos 7 pacientes atendidos pela

empresa de atendimento domiciliar (Home Care).

Foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (anexo

2) para os sujeitos da pesquisa e na impossibilidade dos mesmos assinarem, o

termo foi apresentado à seus cuidadores.

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9. RESULTADOS

TABELA ANTIGA 1: DADOS DO 1º PACIENTE

Nome: M. L. S. M

ID: 01

Idade: 7 anos

Sexo: Feminino

Patologia: Encefalopatia não especifica

Relatório-

Enfermagem:

12/08/2010-Criança ativa, reativa, corada, hidratada, afebril,

eupneica em VM LTV1000, sem náuseas ou convulsões no

período, AP- mv+ c/ roncos difusos, aspiração de TQT/VAS

com secreção clara, fluída, em média quantidade (sendo

aspirada aproximadamente 08x dia). Após avaliação do

pediatra foi prescrito Prednisona 06ml 01x dia por 05 dias +

Fluijet 4ml 08/08hs por 10 dias (D03/05). Permanece com

inalações de Fluibron e Pulmicort, conforme prescrição

médica. Mantém gastrostomia, sem sinais flogísticos. Diurese

presente por cateterismo intermitente 05x dia. Eliminação

intestinal presente sem alterações.

Relatório-

Médico:

02/08/2010-Ao exame hidratada, acianótico, mantendo os

escapes convulsivos às vezes através de agitação intensa

principalmente pela manhã e sudorese com crises menos

frequentes.

Prescrição

Médica:

Trileptal 2 ml de 8/8hs

Frisium 1/2cp de 12/12hs

HANTINA 6ML DE 6/6HS POR 7 A 10 DIAS

RETEMIC 2,5ML DE 12/12HS

ENDORUS 18 GTS ATÉ DE 6/6HS em caso de colicas

Medicações

dispensadas

Alivium gts Fr. 30 ml (50 mg/ ml)-SN

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Atrovent gts-10gts/4xDia

Berotec gts (5 mg/ ml) Fr. 20 ml-3gts/4xDia

Claritin 1 mg/ ml Xarope Fr. 100 ml- 5ml/3xDia

Dipirona gts Fr. 20 ml (500mg = 20 gts)-20gts/Dia

Dramin B6 gts Fr. 20 ml (25+5mg/ml)-20gts/2xDia

Fluibron A Sol. p/ Nebul. Flaconete. 15mg/2 ml-1ml/4xDia

Fresh Tears Liquigel Fr. 15 ml-SN

Frisium 10 mg Comprimido-1cp/2xDia

Hantina 5 mg/ ml Fr. 120 ml-5ml/2xDia

Leite de Magnésia Fr. 120 ml-5ml/Dia

Lidocaína 2% Gel Tb. 30 g-SN

Luftal gts Fr. 15 ml (75mg/ ml=30gts)-20gts/3xDia

Neutrofer gts Fr. 30 ml (250mg/ml)-20gts/3xDia

Protovit Plus Fr. 20 ml-SN

Pulmicort 0,5 mg/ ml Sol.Nebulização-0,5flac/4xDia

Refresh Gel Tb. 10 g-SN

Retemic 1 mg/ ml Xarope Fr. 120 ml-2ml/3xDia

Solução Fisiológica 0,9% Ampola 10 ml-16amp/Dia

Trileptal Susp. Oral 6% Fr. 100 ml (5ml 2x/dia)-6ml/2xDia

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TABELA ATUALIZADA 1: DADOS DO 1º PACIENTE

Nome: M. L. S. M

ID: 01

Idade: 7 anos

Sexo: Feminino

Patologia: Encefalopatia não especifica

Relatório-

Enfermagem:

12/08/2010-Criança ativa, reativa, corada, hidratada, afebril,

eupneica em VM LTV1000, sem náuseas ou convulsões no

período, AP- mv+ c/ roncos difusos, aspiração de TQT/VAS

com secreção clara, fluída, em média quantidade (sendo

aspirada aproximadamente 08x dia). Após avaliação do

pediatra foi prescrito Prednisona 0,6ml 01x dia por 05 dias +

Fluijet 4ml 08/08hs por 10 dias (D03/05). Permanece com

inalações de Fluibron e Pulmicort, conforme prescrição

médica. Mantém gastrostomia, sem sinais flogísticos. Diurese

presente por cateterismo intermitente 05x dia. Eliminação

intestinal presente sem alterações.

Relatório-

Médico:

02/08/2010-Ao exame hidratada, acianótico, mantendo os

escapes convulsivos às vezes através de agitação intensa

principalmente pela manhã e sudorese com crises menos

frequentes.

Prescrição

Médica

ibuprofeno gts fr. 30 ml (50 mg/ ml)-s/n

ipratrópio gts-10gts/4xdia

fenoterol gts (5 mg/ ml) fr. 20 ml-3gts/4xdia

loratadina 1 mg/ ml Xarope fr. 100 ml- 5ml/3xdia

dipirona sódica gts fr. 20 ml (500mg = 20 gts)-20gts/dia

dimedinidrato b6 gts fr. 20 ml (25+5mg/ml)-20gts/2xdia

ambroxol A sol. p/ nebul. flaconete. 15mg/2 ml-1ml/4xdia

carboximetilcelulose fr. 15 ml-s/n

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clobazam 10 mg comprimido-1cp/2xdia

nitrofurantoína 5 mg/ ml fr. 120 ml-5ml/2xdia

hidróxido de magnésio fr. 120 ml-5ml/dia

lidocaína 2% gel tb. 30 g-s/n

dimeticona gts fr. 15 ml (75mg/ ml=30gts)-20gts/3xdia

sulfato ferroso gts fr. 30 ml (250mg/ml)-20gts/3xdia

vitamina complexo B - combinação fr. 20 ml-s/n

budesonida 0,5 mg/ ml sol.nebulização-0,5flac/4xdia

ácido poliacrílico gel tb. 10 g-s/n

oxibutinina 1 mg/ ml xarope fr. 120 ml-2ml/3xdia

cloreto de sódio 0,9% ampola 10 ml-16amp/dia

oxcarbazepina susp.oral 6% fr. 100 ml (5ml 2x/dia)-6ml/2xdia

mentha piperita 18 gts de 6/6hs em caso de cólicas

INTERAÇÕES

Alta intensidade: hidróxido de magnésio x budesonida; hidróxido de magnésio

x sulfato ferroso; hidróxido de magnésio x nitrofurantoína; ipratrópio x

oxibutinina.

Moderada intensidade: hidróxido de magnésio x ipratrópio; ipratrópio x

dimenidrinato; budesonida x complexo B; budesonida x ibuprofeno;

nitrofurantoína x complexo B; dimenidrinato x oxibutinina; complexo B x

alimento.

Baixa intensidade: hidróxido de magnésio x loratadina; dimenidrinato x

loratadina; cafeína x oxibutinina; sulfato ferroso x alimento.

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TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

Paciente 1 – M. L. S. M

Horário de

administração

Medicamento Observações importantes

06:00hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

06:00hrs ipratrópio Pode causar taquicardia

06:00 hrs nitrofurantoína ------------------------------------------------

07:00 hrs oxibutinina Após administração pode causar secura

na boca

08:00hrs sulfato ferroso Administrar nas principais refeições

08:00 hrs dimenidrinato Pode ocorrer sonolência após

administração

12:00hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

12:00hrs ipratrópio Pode causar taquicardia

15:00hrs oxibutinina Após administração pode causar secura

na boca

16:00hrs sulfato ferroso Administrar nas principais refeições

18:00hrs ipratrópio Pode causar taquicardia

18:00hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

18:00hrs nitrofurantoína ------------------------------------------------

20:00 hrs hidróxido de magnésio 30 à 60 min. antes das refeições

20:00 hrs dimenidrinato Pode ocorrer sonolência após

administração07

22:00 hrs sulfato ferroso Administrar nas principais refeições

23:00hrs oxibutinina Após administração pode causar secura

na boca

24:00 hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

24:00hrs ipratrópio Pode causar taquicardia

Se necessário ibuprofeno ------------------------------------------------

Se necessário complexo B Após administração poderá ocorrer

mudança na coloração da urina

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TABELA ANTIGA 2: DADOS DO 2º PACIENTE

Nome: E. C. F

ID: 02

Idade: 5 anos

Sexo: Masculino

Patologia: Afogamento e submersão em piscina (Queda)

Relatório-

Enfermagem:

09/08/2010-Criança hiporeativa, abertura ocular espontânea e

com hiperemia bilateral, corada , hidratado, acianótico,

anictérico, sng 8 em nível gástrico para lavagem, dietoterapia

infundida por bomba de infusão, sialorréia em grande

quantidade, ssvv dentro dos parâmetros normais, tqt 4,5

hipersecretivo (secreção respiratória amarelada e semi-

espessa + pequenas rolhas) aspirado vas+tqt várias vezes em

24 hs processo de desmame - bipap, nebulização e ar

ambiente - suspenso em 12/08/2010 pelo médico da

residência por diagnóstico de pneumonia), apresenta

episódios de apneia, hiperemia ao redor da tqt (dermatite),

boa perfusão periférica , apresentação oscilação na saturação

(90 ->97´), ac: brnf 2t ss, ap: mv+ com roncos difusos bilateral,

hipersecretivo, necessita ser aspirado vas + tqt várias vezes

ao dia, rha+, abdome globoso e flácido, eliminações com

características fisiológicas sic, faz uso de fralda, sem edemas,

mmii com articulações rígidas, faz uso de próteses em mmii.

Relatório-

Médico:

10/08/2010-Paciente com aumento de secreção, aspirações

de secreção traqueal, de coloração esverdeada e aumento de

temperatura, à ausculta apresenta aumento de roncos

disseminados em bases pulmonares bilateralmente.

Prescrição

Médica:

Gardenal 40mg/ml 60 gts ao dia

Diazepam 1/2 cp 12/12h

Depakene 5ml ao dia

Motilium 5ml 8/8h

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Vitamina c 20 gts ao dia

Colírio lubrificante 1gt 15/15 minutos

Luftal 20 gts s/n

Dramim 20 gts s/n

Laxol (após 2 dias da evacuação) s/n

Clavulin BD 6 ml 2x/dia por 10 dias

Medicações

dispensadas

Clenil A Compositum flaconete-0,5flaconete/2xDia

Fluimucil 10% Ampola 3 ml-1flaconete/6xDia

Lidocaína 2% Gel Tb. 30 g-SN

TABELA ATUALIZADA 2: DADOS DO 2º PACIENTE

Nome: E. C. F

ID: 02

Idade: 5 anos

Sexo: Masculino

Patologia: Afogamento e submersão em piscina (Queda)

Relatório-

Enfermagem:

09/08/2010-Criança hiporeativa, abertura ocular espontânea e

com hiperemia bilateral, corada, hidratado, acianótico,

anictérico, sng 8 em nível gástrico para lavagem, dietoterapia

infundida por bomba de infusão, sialorréia em grande

quantidade, ssvv dentro dos parâmetros normais, tqt 4,5

hipersecretivo (secreção respiratória amarelada e semi-

espessa + pequenas rolhas) aspirado vas+tqt várias vezes em

24 hrs processo de desmame - bipap, nebulização e ar

ambiente - suspenso em 12/08/2010 pelo médico da

residência por diagnóstico de pneumonia), apresenta

episódios de apneia, hiperemia ao redor da tqt (dermatite),

boa perfusão periférica , apresentação oscilação na saturação

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(90 ->97´), ac: brnf 2t ss, ap: mv+ com roncos difusos bilateral,

hipersecretivo, necessita ser aspirado vas + tqt várias vezes

ao dia, rha+, abdome globoso e flácido, eliminações com

características fisiológicas sic, faz uso de fralda, sem edemas,

mmii com articulações rígidas, faz uso de próteses em mmii.

Relatório-

Médico:

10/08/2010-Paciente com aumento de secreção, aspirações

de secreção traqueal, de coloração esverdeada e aumento de

temperatura, à ausculta apresenta aumento de roncos

disseminados em bases pulmonares bilateralmente.

Prescrição

Médica:

fenobarbital 40mg/ml 60 gts ao dia

diazepam 1/2 cp 12/12h

valproato de sódio 5ml ao dia

domperidona 5ml 8/8h

vitamina c 20 gts ao dia

colírio lubrificante 1gt 15/15 minutos

dimeticona 20 gts s/n

dimenidrinato 20 gts s/n

óleo de ricínio (após 2 dias da evacuação) s/n

amoxicilina + ácido clavulânico 6 ml 2x/dia por 10 dias

beclometasona flaconete-0,5flaconete/2xdia

acetilcisteína 10% ampola 3 ml-1flaconete/6xdia

lidocaína 2% gel tb. 30 g-s/n

INTERAÇÕES

Alta intensidade: diazepam x fenobarbital.

Moderada intensidade: fenobarbital x valproato de sódio; fenobarbital x

lidocaína; diazepam x dimenidrinato; beclometasona x fenobarbital;

dimenidrinato x fenobarbital.

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Baixa intensidade: diazepam x cafeína; fenobarbital x cafeína; diazepam x

valproato de sódio; diazepam x alimento.

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

Paciente 2 – E. C. F

Horário de

administração

Medicamento Observações importantes

08:00 hrs diazepam Não administrar com suco e pode causar

cansaço e sonolência

12:00 hrs valproato de sódio Administrar junto a alimentação

20:00 hrs diazepam Não administrar com suco e pode causar

cansaço e sonolência

20:00 hrs beclometasona Pode causa irritação na mucosa nasal

20:00 hrs beclometasona Pode causa irritação na mucosa nasal

22:00 hrs fenobarbital As gotas devem ser diluídas em água e

pode ocorrer sonolência

Se necessário lidocaína -------------------------------------------------

Se necessário dimenidrinato Pode ocorrer sonolência após

administração

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TABELA ANTIGA 3: DADOS DO 3º PACIENTE

Nome: P. S. C

ID: 03

Idade: 56 anos

Sexo: Masculino

Patologia: Paraplegia não específica

Relatório-

Enfermagem:

13/08/2010-Realizado visita domiciliar de rotina, paciente

evolui com sinais vitais estáveis, corado, hidratado, AC- BRNF

2ts, AP- MV+ s/ RA, Abdome plano, flácido, RHA+, indolor a

palpação. Acamado em leito hospitalar, com perda da

acuidade visual, não deambula, apresenta espasmos em

MMII, integridade cutânea preservada. Diurese presente por

cateterismo vesical intermitente 04x dia (08-13-18-23 horas -

horário determinado por familiar). Em uso de ATB Cefalexina

500mg 06/06hs por 14 dias (D02/14) e Puran T4 25mcg 01x

dia - uso contínuo, prescritos pelo médico neurologista que

acompanha o paciente, após avaliação dos resultados de

exames (Urina I: 52000/0ml leucócitos - Urocultura:

Escherichia coli - TSH: 11.180UI/ml). Eliminação intestinal

presente em fralda sem anormalidades. Alimentação e ingesta

hídrica via oral assistida com boa aceitação.

Relatório-

Médico:

26/07/2010-SEM INTERCORRENCIAS, NORMOTENSO COM

DIURESE CLARA SEM GRUMOS , APRESENTANDO

ESPASMOS MUSCULARES

Prescrição

Médica:

Gardenal 100mg VO 1Xdia

Fluconazol 150mg VO às quartas-feiras

Pidomag 1 flaconete. VO 12/12h

Meticorten 30mg VO cedo

Omeprazol 20mg VO Jejum

Efortil R VO 15gts antes de ir ao banheiro cedo

Medicações

dispensadas

Enoxaparina 40 mg Seringa 0,4 ml-1ser/1xDia

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TABELA ATUALIZADA 3: DADOS DO 3º PACIENTE

Nome: P. S. C

ID: 03

Idade: 56 anos

Sexo: Masculino

Patologia: Paraplegia não específica

Relatório-

Enfermagem:

13/08/2010-Realizado visita domiciliar de rotina, paciente

evolui com sinais vitais estáveis, corado, hidratado, AC- BRNF

2 ts, AP- MV+ s/ RA, Abdome plano, flácido, RHA+, indolor a

palpação. Acamado em leito hospitalar, com perda da

acuidade visual, não deambula, apresenta espasmos em

MMII, integridade cutânea preservada. Diurese presente por

cateterismo vesical intermitente 04x dia (08-13-18-23 horas -

horário determinado por familiar). Em uso de ATB Cefalexina

500mg 06/06hs por 14 dias (D02/14) e Puran T4 25mcg 01x

dia - uso contínuo, prescritos pelo médico neurologista que

acompanha o paciente, após avaliação dos resultados de

exames (Urina I: 52000/0ml leucócitos - Urocultura:

Escherichia coli - TSH: 11.180UI/ml). Eliminação intestinal

presente em fralda sem anormalidades. Alimentação e ingesta

hídrica via oral assistida com boa aceitação.

Relatório-

Médico:

26/07/2010-sem intercorrências, normotenso com diurese

clara sem grumos, apresentando espasmos musculares.

Prescrição

Médica:

fenobarbital 100mg vo 1xdia

fluconazol 150mg vo às quartas-feiras

pidolato de magnésio 1 flaconete. vo 12/12h

prednisona 30mg vo cedo

omeprazol 20mg vo Jejum

etilefrina R vo 15gts antes de ir ao banheiro cedo

enoxaparina 40 mg Seringa 0,4 ml-1ser/1xdia

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INTERAÇÕES

Moderada intensidade: fenobarbital x prednisona.

Baixa intensidade: fenobarbital x cafeína.

TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

Paciente 3 – P. S. C

Horário de

administração

Medicamento Observações importantes

08:00 hrs prednisona O uso prolongado pode causar edema

22:00 hrs fenobarbital Após a administração pode ocorrer

sonolência

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TABELA ANTIGA 4: DADOS DO 4º PACIENTE

Nome: N. L. T

ID: 04

Idade: 2 anos

Sexo: Feminino

Patologia(s): Síndrome de down

Convulsões

Hipotensão

Apneia do sono

Relatório-

Enfermagem:

09/08/2010-Criança corada, hidratada, ativa, reativa, afebril,

eupneica em ar ambiente, AP- mv+ s/ ra, AC- brnf 2ts,

apresentou um episódio de apneia no período, sendo

administrado oxigênio, evoluindo com melhora em seguida.

Integridade cutânea preservada. Alimentação por SNE para

administração de dieta em BI, efetuada a troca da sonda dia

03/07/2010. Eliminações fisiológicas presentes em fralda, sem

anormalidades.

Relatório-

Médico:

06/08/2010-Ao exame hidratada, acianótico reativa ativa

menos secretiva principalmente após as fases posictais por

isso e necessário manter as inalações e o Fluimucil

ACV: RCR em 2T ausência de sopros ou extra-sístoles.

AR: MV presente com roncos de grossas bolhas nas bases

com estertores subcreptante esparsos

Abdômen: Globoso sem visceromegalias e RHA presentes

SN: sem sinais de localização focal mantendo a distonia com

discreta melhorada a propriocepção e sustenta melhor a

cabeça com desenvolvimento motor global após o início do

acompanhamento com o terapeuta ocupacional.

Otoscopia:mantendo hiperemia discreta do conduto auditivo.

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Prescrição

Médica:

Topamax 25mg-2cp/2xDia diluído em 5ml de água mineral

Clenil A 1ml em 3ml S.F 0,9 após fisioterapia

Clenil A Compositum às 23hs (MANTER as 2 medicações por

120dias)

Fluimucil (IM), 1/2 AMPOLA em 4ml de s.f o,9´, 3x ao dia, 20m

ANTES das sessões de Fisioterapia, durante 120 dias.

Hantina 3ml de 12/12hs.

Novalgina gts 12 gts s/n até de 4/4hs

Antak 1ml de 12/12hrs

Fluimare nasal de 8/8hrs

Tintura de berinjela 10gts/3xDia por sonda

Luftal 12gts/3xDia

Medicações

dispensadas

Antak 150 mg/ 10 ml Fr. 120 m-1ml/2xDia

Berotec gts ( 5 mg/ ml ) Fr. 20 ml-5 gts/3xDia

Clenil A Compositum Flaconete-1 flaconete/1xDia

Clenil A Flaconete 2 ml-0,5 flaconete/1xDia

Diazepan 10 mg Ampola 2ml-s/n

Farlac Fr. 120 ml-4 ml/2xDia

Hantina 5 mg/ ml Fr. 120 ml-3 ml/2xDia

Luftal gts Fr. 15 ml (75mg/ ml=30gts)-17 gts/2xDia

Motilium Susp. Oral Fr. 100 ml (1mg/ml)-3 ml/3xDia

Prelone 1 mg/ ml Fr. 100 ml-s/n

Topamax 25 mg Comprimido- 2 cp/2xDia

Trileptal Susp. Oral 6% Fr. 100 ml-2ml/3xDia

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TABELA ATUALIZADA 4: DADOS DO 4º PACIENTE

Nome: N. L. T

ID: 04

Idade: 2 anos

Sexo: Feminino

Patologia(s): Síndrome de down

Convulsões

Hipotensão

Apneia do sono

Relatório-

Enfermagem:

09/08/2010-Criança corada, hidratada, ativa, reativa, afebril,

eupneica em ar ambiente, AP- mv+ s/ ra, AC- brnf 2ts,

apresentou um episódio de apneia no período, sendo

administrado oxigênio, evoluindo com melhora em seguida.

Integridade cutânea preservada. Alimentação por SNE para

administração de dieta em BI, efetuada a troca da sonda dia

03/07/2010. Eliminações fisiológicas presentes em fralda, sem

anormalidades.

Relatório-

Médico:

06/08/2010- Ao exame hidratada, acianótico, ativa, menos

secretiva, principalmente após as fases posictais por isso é

necessário manter as inalações e o acetilcisteína.

ACV: RCR em 2T ausência de sopros ou extra-sístoles.

AR: MV presente com roncos de grossas bolhas nas bases

com estertores subcreptante esparsos.

Abdômen: Globoso sem visceromegalias e RHA presentes

SN: sem sinais de localização focal mantendo a distonia com

discreta melhorada a propriocepção e sustenta melhor a

cabeça com desenvolvimento motor global após o início do

acompanhamento com o terapeuta ocupacional. Otoscopia:

mantendo hiperemia discreta do conduto auditivo.

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Prescrição

Médica:

topiramato 25mg-2cp/2xdia diluído em 5ml de água mineral

beclometasona 1ml em 3ml s.f 0,9 após fisioterapia

beclometasona às 23hs (manter as 2 medicações por 120

dias)

acetilcisteína (IM), 1/2 ampola em 4ml de s.f 0,9’, 3x ao dia,

20m antes das sessões de Fisioterapia, durante 120 dias.

diazepam 10 mg ampola 2 ml-0,5 s/n

lactulose fr. 120 ml-4 ml/2xdia

dimeticona gts fr. 15 ml (75mg/ ml=30gts)-17gts/2xdia

domperidona susp. oral fr. 100 ml (1mg/ml)-3 ml/3xdia

prednisolona 1 mg/ ml fr. 100 ml- 2,5 ml s/n

fenoterol gotas ( 5 mg/ ml ) fr. 20 ml- 5 ml/3xdia

nitrofurantoína 3ml de 12/12hs- 3 ml/2xdia

ranitidina 1ml de 2 ml/2xdia

oxcarbazepina susp. oral 6% fr. 100 ml-1,7ml/3xdia

solução Fisiológica 0.9% nasal de 8/8hrs

tintura de berinjela 10gts/3xdia por sonda

INTERAÇÕES

Alta intensidade: diazepam x alimento.

Moderada intensidade: diazepam x topiramato.

Baixa intensidade: diazepam x cafeína.

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TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

Paciente 4 – N. L. T

Horário de

administração

Medicamento Observações importantes

08:00 hrs topiramato -------------------------------------------------

20:00 hrs topiramato -------------------------------------------------

Se necessário diazepam Não administrar com suco de uva e pode

causar cansaço e sonolência

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TABELA ANTIGA 5: DADOS DO 5º PACIENTE

Nome: L. F. P

ID: 05

Idade: 26 anos

Sexo: Masculino

Patologia(s): Hidrocefalia congênita

Relatório-

Enfermagem:

11/08/2010-Paciente evolui estável, não apresentou

intercorrências no período, calmo, consciente, colaborativo,

corado, hidratado, respirando em ar ambiente, sem

desconforto respiratório, AP- mv+ s/ ra, afebril, normotenso,

PA- 120x80 mmHg, integridade cutânea preservada, boa

perfusão periférica. Apresenta bom equilíbrio de tronco e

coordenação motora. Permanece maior parte do dia sentado.

Relatório-

Medico:

09/08/2010-Apresentando quadro gripal, com tosse seca e

coriza. Não apresentou febre. Já em uso de acebrofilina.

Prescrição

Médica:

Losec mups 1x/dia

Rivotril gts 3 gts/dia

Fluimucil 600mg 1x/dia

Gardenal 100 mg 1x/dia

Dipirona 40 gts s/n

Pidomag 1 U 2 x ao dia

Luftal 1 cp 3 x ao dia

Tegretol 400mg 3x ao dia

Fluoxetina 20 mg 1x ao dia

Inalação com SF 5 ml+berotec 5 gts+ atrovent 15 gts+

pulmicort 1 amp 3x ao dia

Medicações Atrovent gts (0,25 mg/ ml) Fr. 20 ml-15gts/3xDia

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dispensadas Berotec gts (5 mg/ ml) Fr. 20 ml-5gts/3xDia

Dipirona gts Fr. 20 ml (500mg = 20 gts)-40gts/Dia

Fluimucil 600 mg Sache-1sac/1xDia

Fluoxetina 20 mg Cápsula-1cp/1xDia

Gardenal 100 mg Comprimido-1,5cp/1xDia

Losec Mups Cáps. 20 mg-1cp/1xDia

Luftal 40 mg Comprimido-1cp/3xDia

Omcilon-A-SN

Pidomag 130 mg flaconete 10 ml-1flaconete/2xDia

Pulmicort 0,5 mg/ ml Sol.Nebulização-1flaconete/4xDia

Rivotril gts Fr. 20 ml (2,5 mg/ ml)-1gts/1xDia

Slow K 600 mg-1cp/2xDia

Tegretol 400 mg Comprimido-1cp/3xdia

TABELA ATUALIZADA 5: DADOS DO 5º PACIENTE

Nome: L. F. P

ID: 05

Idade: 26 anos

Sexo: Masculino

Patologia(s): Hidrocefalia congênita

Relatório-

Enfermagem:

11/08/2010-Paciente evolui estável, não apresentou

intercorrências no período, calmo, consciente, colaborativo,

corado, hidratado, respirando em ar ambiente, sem

desconforto respiratório, AP- mv+ s/ ra, afebril, normotenso,

PA 120x80 mmHg, integridade cutânea preservada, boa

perfusão periférica. Apresenta bom equilíbrio de tronco e

coordenação motora. Permanece maior parte do dia sentado.

Relatório- 09/08/2010-Apresentando quadro gripal, com tosse seca e

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Medico: coriza. Não apresentou febre. Já em uso de acebrofilina.

Prescrição

Médica:

ipratrópio gts (0,25 mg/ ml) fr. 20 ml-15gts/3xdia

fenoterol gts (5 mg/ ml) fr. 20 ml-5gts/3xdia

dipirona sódica gts fr. 20 ml (500mg = 20 gts)-40gts/dia

acetilcisteína 600 mg sache-1sac/1xdia

fluoxetina 20 mg cápsula-1cp/1xdia

fenobarbital 100 mg comprimido-1,5cp/1xdia

omeprazol cápsula. 20 mg-1cp/1xdia

dimeticona 40 mg comprimido-1cp/3xdia

triancinolona-A-s/n

pidolato de magnésio 130 mg flaconete 10 ml-1flaconete/2xdia

budesonida 0,5 mg/ ml sol.nebulização-1flaconete/4xdia

clonazepam gts fr. 20 ml (2,5 mg/ ml)-1gts/1xdia

cloreto de Potássio 600 mg-1cp/2xdia

carbamazepina 400 mg comprimido-1cp/3xdia

INTERAÇÕES

Alta intensidade: cloreto de potássio x alimento; clonazepam x fenobarbital

Moderada intensidade: ipratrópio x omeprazol; budesonida x carbamazepina;

fenobarbital x triancinolona; carbamazepina x clonazepam; clonazepam x

fluoxetina; carbamazepina x fenobarbital; budesonida x fenobarbital;

carbamazepina x omeprazol; carbamazepina x fluoxetina; triancinolona x

carbamazepina; carbamazepina x alimento.

Baixa intensidade: cafeína x fenobarbital; cafeína x clonazepam; cafeína x

carbamazepina; ipratrópio x cloreto de potássio; budesonida x fluoxetina;

budesonida x omeprazol.

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TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

Paciente 5 – L. F. P

Horário de

administração

Medicamento Observações importantes

06:00 hrs omeprazol Administrar em jejum

07:00 hrs carbamazepina Deve ser administrado após as refeições

com um pouco de líquido

08:00 hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

08:00 hrs ipratrópio Pode causar taquicardia

08:00 hrs fluoxetina Pode causar secura na boca e sudorese

09:00 hrs cloreto de potássio Não administrar junto com as refeições

12:00 hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

15:00 hrs carbamazepina Deve ser administrado após as refeições

com um pouco de líquido

16:00 hrs ipratrópio Pode causar taquicardia

16:00 hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

20:00 hrs budesonida Pode causar discreta irritação na

garganta e tosse

20:00 hrs fenobarbital Após a administração pode ocorrer

sonolência

21:00 hrs carbamazepina Deve ser administrado após as refeições

com um pouco de líquido

21:00 hrs cloreto de potássio Não administrar junto com as refeições

22:00 hrs clonazepam Após a administração pode ocorrer

sonolência

24:00 hrs ipratrópio Pode causar taquicardia

Se necessário triancinolona -------------------------------------------------

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TABELA ANTIGA 6: DADOS DO 6º PACIENTE

Nome: G. M. S

ID: 06

Idade: 29 anos

Sexo: Feminino

Patologia(s): Paralisia cerebral Espásticas

Bronquiolite

Refluxo gastroesofágico

Relatório-

Enfermagem:

26/07/2010-Encontra-se consciente, agitada, corada,

hidratada, acianótico, anictérica.

Apresenta edema de face ++/4+.

Paciente não têm apresentado frequentes engasgos.

Apresenta boa aceitação alimentar, vo.

Apresenta episódios de bradicardia e quedas de saturação.

Mantém uso de catéter de O2 à 3l/minutos. saturando a 91 a

92´ no momento.

AC: brnf 2t ss,

AP: mv+ com discretos roncos difusos bilateral, RHA+,

abdômen globoso, flácido e indolor a palpação.

Eliminações com características fisiológicas SIC (faz uso de

fralda).

Não deambula, porém realizada ortostatismo, locomove-se

com cadeira de rodas, apresenta edema de MMII +/4+.

Integridade cutânea preservada necessita da ajuda de

terceiros para todas as atividades de vida diária.

Relatório-

Médico:

25/7/2010-Paciente ativa, porém confusa e com períodos de

agitação; secreção de vias aéreas com melhora na

quantidade; dambulam com auxílio; ainda com necessidade

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de oxigenioterapia sob cateter óculos; dieta via oral assistida

(insistência familiar).

Prescrição

Médica:

Azitromicina 250mg – 1 cp VO 1x/dia.

Nexium 20mg – 1 cp cedo

Dipirona – 40gts 6/6h

Meticorten 20mg – 1cp cedo e ½ cp as 18h

Digesan 10mg – 1 cp 8/8h

Lamictal 25mg – 1 cp 8/8h

Fluimucil 200mg – 1 envelope 8/8h

Rivotril 2mg – 3 cp 8/8h

Imuran 50mg - 1cp 1x/dia

Inalação com SF 0,9´ 5ml + 6 gts de Berotec

Inalação com SF 0,9´ 5ml + Pulmicort 1 flaconete 12/12h

Medicações

dispensadas

Azitromicina 500 mg Comprimido-1cp/1xDia

Berotec Gotas (5 mg/ ml) Fr. 20 ml-6gts/4xDia

Bromoprida 10 mg Cápsula-1cp/3xDia

Dipirona Gotas Fr. 20 ml (500mg = 20 gts)-40gts/4xDia

Fluimucil 200 mg Granulado Env. c/ 5 g-1flaconete/3xDia

Imuran 50 mg Comprimido-1cp/1xDia

Lamictal 25 mg Comprimido-1cp/3xDia

Luftal 40 mg Comprimido-1cp/3xDia

Meticortem 20 mg Comprimido-1cp/2xDia

Nexium 20 mg Comp. Revestido-1cp/1xDia

Pulmicort 0,5 mg/ ml Sol.Nebulização-1flaconete/2xDia

Rivotril 2 mg Comprimido-3cp/3xDia

Zyxem 5 mg Comprimido-1cp/1xDia

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TABELA ATUALIZADA 6: DADOS DO 6º PACIENTE

Nome: G. M. S

ID: 06

Idade: 29 anos

Sexo: Feminino

Patologia(s): Paralisia cerebral Espásticas

Bronquiolite

Refluxo gastroesofágico

Relatório-

Enfermagem:

26/07/2010-Encontra-se consciente, agitada, corada,

hidratada, acianótica, anictérica. Apresenta edema de face

++/4+.

Paciente não têm apresentado frequentes engasgos.

Apresenta boa aceitação alimentar, vo. Apresenta episódios

de bradicardia e quedas de saturação. Mantém uso de catéter

de O2 à 3l/minutos. saturando a 91 a 92´ no momento. ac:

brnf 2t ss,

AP: mv+ com discretos roncos difusos bilateral, RHA+,

abdome globoso, flácido e indolor a palpação. Eliminações

com características fisiológicas SIC (faz uso de fralda).

Não deambula, porém realizada ortostatismo, locomove-se

com cadeira de rodas, apresenta edema de MMII +/4+.

Integridade cutânea preservada necessita da ajuda de

terceiros para todas as atividades de vida diária.

Relatório-

Médico:

25/7/2010-Paciente ativa, porém confusa e com períodos de

agitação; secreção de vias aéreas com melhora na

quantidade; dambulam com auxílio; ainda com necessidade

de oxigenioterapia sob cateter óculos; dieta via oral assistida

(insistência familiar).

Prescrição

Médica:

azitromicina 500 mg comprimido-1cp/1xdia

fenoterol gotas (5 mg/ ml) Fr. 20 ml-6gts/4xdia

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bromoprida 10 mg cápsula-1cp/3xdia

dipirona sódica gotas Fr. 20 ml (500mg = 20 gts)-40gts/4xdia

acetilcisteína 200 mg granulado env. c/ 5 g-1flaconete/3xdia

azatioprina 50 mg comprimido-1cp/1xdia

lamotrigina 25 mg comprimido-1cp/3xdia

dimeticona 40 mg comprimido-1cp/3xdia

prednisona 20 mg comprimido-1cp/2xdia

esomeprazol 20 mg comp. revestido-1cp/1xdia

budesonida 0,5 mg/ ml sol.nebulização-1flaconete/2xdia

clonazepam 2 mg comprimido-3cp/3xdia

dicloridrato de levocetirizina 5 mg comprimido-1cp/1xdia

INTERAÇÕES

Moderada intensidade: clonazepam x levocetirizina; azitromicina x alimento.

Baixa intensidade: esomeprazol x budesonida; cafeína x clonazepam;

azatioprina x prednisona.

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TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

Paciente 6 – G. M. S

Horário de

administração

Medicamento Observações importantes

08:00 hrs clonazepam Após a administração pode ocorrer

sonolência

12:00 hrs levocetirizina Deve ser administrado com líquidos e

após a administração pode causar secura

da boca

16:00 hrs azitromicina Deve ser administrado após as refeições

16:00 hrs clonazepam Após a administração pode ocorrer

sonolência

00:00 hrs clonazepam Após a administração pode ocorrer

sonolência

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TABELA ANTIGA 7: DADOS DO 7º PACIENTE

Nome: D. S. V. N

ID: 07

Idade: 64 anos

Sexo: Feminino

Patologia(s): AVC

Relatório-

Enfermagem:

09/08/2010-Paciente consciente, afásica, não

contactuante, PA 120x70 mmHg, segundo auxiliar de

enfermagem vem apresentando alterações nos

níveis pressóricos, devido a agitação pela mudança

de decúbito e uso da tala em MMSS (até

140x90mmHg), eupneica em ar ambiente, AP- MV+

s/ RA, AC- BRNF 2ts, apresenta hipotrofia em

MMSS, hemiplegia D, hemiparesia E, rigidez

articular.

Mantém SNE locada a nível gástrico, sem

intercorrências.

Eliminações fisiológicas presentes em fralda, sem

alterações.

Segue acamada em cama hospitalar, totalmente

dependente para todas as atividades diárias.

Relatório-Médico: 29/07/2010-Pouca rigidez de membros, uso de SNE,

normo tensa, com total necessidade de ajuda de

terceiros para tudo.

Prescrição Médica: Digesan 3xdia

Captopril 50mg 2 xdia

Anlodipina 10mg 1xdia

Aas 100mg 2 cp 1 xdia

Apresolina 25 mg 1cp 8/8h

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Oxigen 30mg 8/8h

Dipirona s/n

Buscopan s/n

Miosan 5mg 12 /12h

Fluoxetina 40mg 1xdia

Nimesulide s/n

Luftal 30 gts 8/8h

Losec 20 mg 1xdia

Medicações

dispensadas

AAS 100 mg Comprimido-2cp/2xDia

Apresolina 25 mg Drágea-1drag/3xDia

Digesan gts Fr. 20 ml ( 4 mg/ ml )-40gts/3xDia

Dipirona gts Fr. 20 ml (500mg = 20 gts)-30gts/3xDia

Fluoxetina 20 mg Cápsula-2cp/2xDia

Fórmula Anlodipina 10 mg/ 5 ml Fr. 100 ml-5ml/2xDia

Lidocaína 2% Gel Tb. 30 g-SN

Losec Mups Cáps. 40 mg-1cp/1xDia

Luftal gts Fr. 15 ml (75mg/ ml=30gts)-40gts/3xDia

Miosan 5 mg Comprimido-1cp/2xDia

Oxigen 30 mg Comprimido Revestido-1cp/3xDia

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TABELA ATUALIZADA 7: DADOS DO 7º PACIENTE

Nome: D. S. V. N

ID: 07

Idade: 64 anos

Sexo: Feminino

Patologia(s): AVC

Relatório-

Enfermagem:

09/08/2010-Paciente consciente, afásica, não contactuante,

PA 120x70 mmHg, segundo auxiliar de enfermagem vem

apresentando alterações nos níveis pressóricos, devido a

agitação pela mudança de decúbito e uso da tala em MMSS

(até 140x90mmHg), eupneica em ar ambiente, AP- MV+ s/

RA, AC- BRNF 2ts, apresenta hipotrofia em MMSS,

hemiplegia D, hemiparesia E, rigidez articular. Mantém SNE

locada a nível gástrico, sem intercorrências. Eliminações

fisiológicas presentes em fralda, sem alterações. Segue

acamada em cama hospitalar, totalmente dependente para

todas as atividades diárias.

Relatório-

Medico:

29/07/2010-Pouca rigidez de membros, uso de SNE, normo

tensa, com total necessidade de ajuda de terceiros para tudo.

Prescrição

Médica:

captopril 50mg 2xdia

anlodipino 10mg 1xdia

ácido acetilsalicílico 100mg 2 cp 1xdia

bromoprida gts Fr. 20 ml (4 mg/ ml) - 40gts/3xdia

escopolamina s/n

fluoxetina 40mg 1xdia

hidralazina 25 mg drágea-1drag/3xdia

nimesulida s/n

omeprazol 20 mg 1xdia

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dipirona sódica gts Fr. 20 ml (500mg = 20 gts) - 30gts/ 3xdia

lidocaína 2% gel tb. 30 g-s/n

dimeticona gts fr. 15 ml (75mg/ ml=30gts)-40gts/3xdia

ciclobenzaprina 5 mg comprimido-1cp/2xdia

nimodipino 30 mg comprimido revestido-1cp/3xdia

INTERAÇÕES

Alta intensidade: fluoxetina x ciclobenzaprina; lidocaína x ciclobenzaprina;

nimodipino x alimento; nimesulida x aas.

Moderada intensidade: anlodipino x nimodipino; anlodipino x lidocaína

hidralazina x lidocaína; aas x captopril; anlodipino x captopril; anlodipino x

hidralazina; nimodipino x fluoxetina; fluoxetina x anlodipino; aas x fluoxetina;

captopril x hidralazina; captopril x lidocaína; nimesulida x anlodipino; nimesulida

x captopril nimesulida x hidralazina; hidralazina x nimodipino; lidocaína x

nimodipino; escopolamina x omeprazol; captopril x nimodipino; escopolamina x

ciclobenzaprina.

Baixa intensidade: cafeína x fenobarbital; cafeína x clonazepam; cafeína x

carbamazepina; ipratrópio x cloreto de potássio; budesonida x fluoxetina;

budesonida x omeprazol.

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TABELA DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

Paciente 7 - D. S. V. N

Horário de

administração

Medicamento Observações importantes

06:00 hrs omeprazol Administrar em jejum

06:00 hrs nimodipino Não administrar junto com alimento

08:00 hrs fluoxetina Pode causar secura na boca e sudorese

08:00 hrs hidralazina Após administração pode causar

taquicardia e palpitação

10:00 hrs ciclobenzaprina Após administração pode ocorrer secura

de boca, sonolência e vertigem

11:00 hrs captopril Deve ser tomado 1 hora antes das

refeições

13:00 hrs aas -------------------------------------------------

13:00 hrs anlodipino -------------------------------------------------

14:00 hrs nimodipino Não administrar junto com alimento

16/00 hrs hidralazina Após administração pode causar

taquicardia e palpitação

22:00 hrs nimodipino Não administrar junto com alimento

22:00 hrs ciclobenzaprina Após administração pode ocorrer secura

de boca, sonolência e vertigem

23:00 hrs captopril Deve ser tomado 1 hora antes das

refeições

00:00 hrs hidralazina Após administração pode causar

taquicardia e palpitação

Se necessário nimesulida Aconselha-se administrar após as

refeições

Se necessário lidocaína -------------------------------------------------

Se necessário escopolamina -------------------------------------------------

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TABELA 8: INTERAÇÕES SEGUNDO GRAU DE INTENSIDADE

Paciente

Número de

medicamentos

prescritos

Sexo Idade Total de

interações Tipo Quantidade %

1 21 F 7 15

Alta intensidade 4 26,67 %

Moderada intensidade 7 46,66 %

Baixa intensidade 4 26,67 %

2 13 M 5 10

Alta intensidade 1 10,00 %

Moderada intensidade 5 50,00 %

Baixa intensidade 4 40,00 %

3 7 M 56 3

Alta intensidade - -

Moderada intensidade 2 66,67 %

Baixa intensidade 1 33,33 %

4 16 F 2 3

Alta intensidade 1 33,33 %

Moderada intensidade 1 33,33 %

Baixa intensidade 1 33,33 %

5 14 M 26 19

Alta intensidade 2 10,53 %

Moderada intensidade 11 57,89 %

Baixa intensidade 6 31,58 %

6 13 F 29 5

Alta intensidade - -

Moderada intensidade 2 40,00 %

Baixa intensidade 3 60,00 %

7 14 F 64 29

Alta intensidade 4 13,79 %

Moderada intensidade 19 65,52 %

Baixa intensidade 6 20,69 %

Médias

14

medicamentos

(7- 21)

F – 57,14%

M – 2,86%

27 anos

(2 – 64)

12

(3-29)

Alta intensidade 1,71 14,29 %

Moderada intensidade 6,71 55,95 %

Baixa intensidade 3,57 29,76 %

Legenda: F (Sexo Feminino); M (Sexo Masculino)

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GRÁFICO 1: FAIXA ETÁRIA DOS PACIENTES QUE UTILIZAM O SERVIÇO

DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

De acordo com o gráfico acima, podemos observar o total de (72 pacientes)

atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar, onde desses pacientes

encontramos entre 1 dia e 10 anos (6,94%), entre 11 e 50 anos (16,66%) e

entre 51 e 100 anos (76,38%). Assim demonstrando o predomínio de idosos

atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar, segundo RIBEIRO, A. Q; et

al., 2008.

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GRÁFICO 2: FAIXA ETÁRIA DOS PACIENTES QUE UTILIZAM

MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO

DOMICILIAR

De acordo com o gráfico acima, podemos observar que a distribuição da

faixa etária dos pacientes que utilizam medicamentos dispensados pelo Serviço

de Atendimento Domiciliar, são de 3 pacientes que possuem entre 1 dia e 10

anos, 2 pacientes entre 11 e 30 anos e 2 pacientes entre 51 e 70 anos.

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GRÁFICO 3: DISTRIBUIÇÃO DOS PACIENTES QUE UTILIZAM

MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO

DOMICILIAR DE ACORDO COM O GÊNERO

De acordo com o gráfico acima, podemos observar que 57,14% dos

pacientes atendidos na Empresa de Atendimento Domiciliar (Home Care) são

do gênero feminino (4 pacientes), e cerca de 42,86% dos pacientes atendidos

são do gênero masculino (3 pacientes).

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GRÁFICO 4: PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS PACIENTES ATENDIDOS

EM UMA EMPRESA DE ATENDIMENTO DOMICILIAR (HOME CARE)

De acordo com o gráfico acima, podemos observar a distribuição das

patologias associadas aos pacientes atendidos na Empresa de Atendimento

Domiciliar (Home Care).

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GRÁFICO 5: DISTRIBUIÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS PRIMÁRIOS DOS

PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

De acordo com o gráfico acima, podemos observar a distribuição dos

diagnósticos primários dos pacientes atendidos pelo Serviço de Atendimento

Domiciliar.

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GRÁFICO 6: NÚMERO DE MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELO

SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

De acordo com o gráfico acima, podemos observar a distribuição do

número de medicamentos dispensados pelo serviço de Atendimento Domiciliar

(Home Care).

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10. DISCUSSÃO

Podemos observar diferenças entre as tabelas antigas e novas, tais como:

medicamentos todos registrados em nome comercial e os medicamentos

dispensados estavam em desacordo com os que constavam na prescrição

médica. Após essa análise, com a formatação de nosso trabalho foi encontrado

erros em dois pacientes, onde não havia uma prescrição correta do paciente do

grupo de crianças e com interações de alta intensidade. Nesse ponto houve

mudança na empresa, onde intervimos junto à farmacêutica através de email,

informando diretamente à enfermeira responsável pelo seu respectivo

convênio, onde ela entrou em contato com o médico e fez a verificação dos

medicamentos prescritos e nos retornou no reenvio à dosagem da

apresentação de cada medicamento dos pacientes.

Assim tivemos que intervir novamente e depois conseguimos a prescrição

correta e começou a ser enviado os medicamentos prescritos, que no caso

seria medicamento dispensado, onde houve perda de dinheiro.

Verificamos através da parte financeira da empresa o envio de

medicamento não prescrito, onde acabou acarretando o não pagamento dos

medicamentos enviados pela empresa, trazendo prejuízo.

Em relação às prescrições médicas dos pacientes, todas elas estão no

sistema da empresa, podendo os funcionários terem acesso, principalmente,

médicos, enfermeiros e farmacêutico.

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Ao avaliarmos o número de interações pode-se observar que nos 7

pacientes foi encontrado o número médio de 14 medicamentos prescritos e de

12 interações, onde praticamente 70% das interações estão distribuídas em

interações de alta e média gravidade. Esses dados confirmam o que foi

encontrado no estudo de Secoli que demonstra que a polifarmácia está

associada ao aumento do risco e da gravidade das reações adversas a

medicamentos (RAM), de precipitar interações medicamentosas, de causar

toxicidade cumulativa, de ocasionar erros de medicação, de reduzir a adesão

ao tratamento e elevar a morbimortalidade. Assim, essa prática relaciona-se

diretamente aos custos assistenciais, que incluem medicamentos e as

repercussões advindas desse uso. O risco de RAM aumenta de três a quatro

vezes em pacientes submetidos à polifarmácia. Esta situação pode ocasionar

eventos adversos, uma vez que o uso simultâneo de seis medicamentos ou

mais pode elevar o risco de IM graves em até 100%. Uma revisão sobre os

óbitos mostrou que 18,2% das mortes foram diretamente associadas ao uso de

mais de um medicamento. Os dados apresentados por Bleich et al., 2009

também demonstram um número de 12 interações encontradas em seu estudo

e distribuição de aproximadamente 70% das interações entre alta e moderada

intensidade.

A prevalência do sexo feminino foi confirmada no presente estudo onde dos

7 pacientes estudados, 3 eram homens (42,86%) e 4 mulheres (57,14%) –

gráfico 2. Em estudo semelhante, Fabricio et al e Nakano et al., 2004

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descrevem a prevalência do gênero feminino em 57% dos pacientes

analisados.

Ao avaliarmos a distribuição por faixa etária encontrou-se uma ligeira

prevalência entre pacientes com idade entre 0 e 10 anos (42,86 %) seguido de

28,57 % entre os pacientes que possuem entre 11 e 30 anos e mesmo valor

entre os pacientes com idade entre 51 e 70 anos. Os dados acima expostos

estão diferentes dos informados pela literatura, onde a faixa etária principal dos

pacientes atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar é de pacientes

idosos (Ribeiro et al., 2008). Tal fato pode ser explicado devido ao critério de

exclusão de nosso trabalho (pacientes que não fazem uso de medicamentos

dispensados pela empresa como, por exemplo, os tratamentos pontuais) e

ainda pela característica da empresa que possui uma infra-estrutura adequada

para crianças com quadros de alta complexicidade. Assim caracterizando maior

prevalência de pacientes com idade de 1 dia e 10 anos.

Ao avaliarmos o gráfico número 4 observamos como diagnóstico primário

dos pacientes atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar as doenças

neurológicas (como Paralisia Cerebral Espásticas, AVC, Convulsões e

Síndrome de Down) que compreendem 58,33% de todos os diagnósticos,

seguidas pelas doenças respiratórias (16,67%), doenças cardiovasculares

(8,33%), doenças osteomusculares (8,33%) e outras doenças (8,33%). Os

dados encontrados estão semelhantes aos encontrados no NADI – Núcleo de

Atendimento Domiciliar do HC.FMUSP.

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Podemos observar diferenças entre as tabelas antigas e novas, tais como:

medicamentos todos registrados em nome comercial e os medicamentos

dispensados estavam em desacordo com os que constavam na prescrição

médica. Após essa análise, não houve mudança no nome genérico dos

medicamentos para nome de referência, pois os relatórios são feitos pelo

próprio médico e geralmente eles não passam em nome de referência.

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11. CONCLUSÃO

A atenção farmacêutica no atendimento domiciliar no Brasil inclui

principalmente formular a farmacoterapia racional, o uso racional de

medicamentos, mostrando para os pacientes e/ou cuidadores a maneira

correta de se administrar os medicamentos, onde na Europa, a atenção

farmacêutica inclui ainda, a prescrição de medicamentos pelos médicos sob a

supervisão de um farmacêutico visando redução do número de medicamentos

prescritos, dos gastos com medicamentos, do número de hospitalizações

decorrentes das reações adversas (RAM), de melhoria da adesão ao regime

terapêutico, assegurando a qualidade de vida do paciente (BERNSTEN, C; et

al., 2001).

No presente trabalho, podemos dizer que o índice de interações

medicamentosas é muito grande com relação aos medicamentos que os

pacientes administram, onde a porcentagem chega a 70 % entre interações

altas e moderadas, mostrando que a presença do profissional farmacêutico no

atendimento a esses pacientes em domicílio é muito importante, informando

ao paciente e/ou seu cuidador a maneira correta de se administrar os

medicamentos, no horário estabelecido para se evitar a administração de

medicamentos fora da prescrição, informando as possíveis orientações dadas

pelo farmacêutico, e com isso, os erros de administração, horário e

principalmente, o índice de interações medicamentosas e reações adversas

podem diminuir com o uso da tabela de orientação farmacêutica formulada

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para cada paciente, com todos os medicamentos, horário de administração, e

informações de como se deve tomar o medicamento, (ex: com água, suco,leite,

antes ou depois das refeições).

Sendo o farmacêutico, o profissional da saúde que possui melhor

conhecimento sobre medicamentos, o torna o profissional mais indicado para

atuar entre o medicamento e o paciente. Com isso conclui-se que é

indispensável o papel do farmacêutico no atendimento a pacientes que utilizam

medicamentos dispensados pelo serviço de atendimento domiciliar.

Para isso, é necessário que o profissional adquira novos conhecimentos e

habilidades que possam capacitá-lo a atuar em domicílio a fim de identificar,

prevenir e resolver os problemas relacionados a medicamentos e promover o

uso racional de medicamentos e proporcionar uma melhor qualidade de vida.

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ANEXO 1 - Ficha em Branco dos Pacientes

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ANEXO 2 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Curso de Graduação em Farmácia

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

_____________________________________________________________

(Nome) _________ anos, sexo __________________, estou ciente das

características e condições do projeto: “A importância do profissional

farmacêutico no atendimento a pacientes que utilizam medicamentos

dispensados pelo serviço de atendimento domiciliar”.

Declaro ainda que cedo os resultados obtidos em função da minha

participação, autorizando a UNISANTA a reproduzi-los ou divulgá-los junto à

internet, jornais, televisão e todos os demais meios de comunicação, públicos

ou privados, sendo que em nenhuma hipótese poderão ser utilizados de

maneira contrária à moral, aos bons costumes ou à ordem pública, mas sim

sempre no sentido acadêmico, científico, técnico, cultural e social. Enfim, tendo

sido orientado (a) quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a

natureza e o objetivo do já referido estudo e sabendo que meus dados

pessoais serão mantidos em sigilo, manifesto meu livre consentimento em

participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a

receber ou pagar, por minha participação.

_______________, _____ de __________________ de 2010.

Assinatura do responsável pela coleta:

__________________________________

Pesquisador: Profº Valter Garcia Santos

Telefones para contato: (11) 3069-5916 / (11) 9131-8807

Acadêmicos: Dérilen G C M Caetano

Eduardo Gomes da Silva

Marcos Vinicius Pereira Silva

Comitê de Ética - UNISANTA – Telefone para contato (13) 3202-7100 r. 263

Universidade Santa Cecília

Rua Oswaldo Cruz, 277 - Boqueirão - Santos/SP - CEP: 11045-907 / Tel: 13.

3202-7100.

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ANEXO 3 – Folha de Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa