Upload
doancong
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE TUIUITI DO PARANAAdelia Cristina Beltran Marqup.ze
A POSTURA DO PROFESSOR NO PROCESSO CONSTRUTIVO DODESENHO INFANTIL
Curitiba2005
Adelia Cristina Beltrao Marqueze
A POSTURA DO PROFESSOR NO PROCESSO CONSTRUTIVO DODESENHO INFANTIL
Trabalho de conclusao de curso Apresentadoao Curso de Pedagogia-licenciatura Plena dafaculdade de Ciencias Humanas LeU-as e Artes daUniversidade Tuiuti do Parana- UTP, como requisiteparcial para a obtenyao do grau de licenciatura emPedagogia,
Orientadora: Professora Maria Francisca Villas Boas
Curitiba2005
AGRADECIMENTO
Quero agradecer aos me us pais por todo amor, apaio e condic;:oes de
real.zar esta faculdade, agradeyo ao meu marido com mdto carinho e amar, seu lotal
apaio para esta jomada. a meu irrnao todo meu carinho e amar. Meus agradecimentos
aos professores. funcionarios e colegas que me ensinaram muito e principalmente aminha orientadora, professora Maria Francisca, pelos "puxoes de orelha" que me
fizeram creseer.
Como calcliea que sou agrade<;o a Deus e a minha Santa Teresinha do
Menino jesus por esla benc;ao em minha vida. E a meu maior agradecimento saudoso
par sua ausencia. a minha tia Nanna, mais conhecida como tia Dede pelos familia res,
falecida em julho deste ano, pelo exemplo de como urn profissional deve preceder a
sua jornada. respeito para com todos. honestidade e amor a educac;ao.
Par ultimo, mas nao menDS importante quere dizer muito obrigado para 0 maior
amor da minha vida, meu filho Luis Felipe, que aguentou a minha ausencia durante
esses quatro anos, mesmo em a/guns momentos demonstrando estar bravo comigo.
sempre respeitou os meus estudos.
COM MUlTO AMOR,
ADELIA CRISTINA BELTRAO MARQUEZE
SUMARIO
RESUMO1 INTRODUI;AO 62 DESENIiO INFANTIL a2.1 GARATUJA:. . 83 AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANI;A SEGUNDO JEAN PIAGET103.1 PIAGET NA VISAO DE OUTROS AUTORES: 123.2. PIAGET CITA LUQUET 144. 0 OESENHO EM SALA DE AULA: 164.1. A PARTICIPA<;;AO DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO GRAFICODA CRIAN<;;A:. . 174.2. A POSTURA DO PROFESSOR DIANTE DE SEU ALUNO 194.3. 0 QUE 0 PROFESSOR DEVE E NAo DEVE FAZER DIANTE DO 20DESENVOLVIMENTO GRAFICO DA CRIAN<;;A:. 204.4 FORMA<;;AO DO PROFESSOR ..c ..................................................•............................... 215. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 245.1 APRESENTA<;;Ao E ANALISE OOS RESULTADOS DA PESQUISA 245.2. DADOS DAS OBSERVA<;;OES 245.3. DADOS COLETADOS POR QUESTIONARIO.. . 275.4. INTERPRETA<;;Ao DA PESQUISA DE CAMPO 295.4.1. interpreta9aD das respostas do questionario.. . 306. CONSIDERAI;OES FINAIS: 32REFERENCIA : 34ANEXO: 35
RESUMO
Este trabalho investiga a postura do professor de educa<;8.o infantll, diante daconstru<;8.o grafica da crianY8. Metologicamente procurou buscar coerencia do professorentre 0 discurso leGrico e a pratica expressa na sala de aula. Para 1550 foi realizadauma observar;,3,O em sala ae aula com cinco profess ores de mate mal a pre-escola deuma esc ala particular de Curitiba de classe media alta, nessa mesma escola foi feito urnlevamamento de dados par melD de uma pesquisa de campo junto aDs professoresobservados, usanda urn questionario. A conclusao da pesquisa permite afirmar que asprofessores de educar;ao illfantil nao estao preparados para trabalhar 0 desenho comas seus alunos par dais motivos: primeiro, 0 professor desconhece 0 processo dode5envolvimento gr<3fico do crian9a, e segundo motiv~, por nao conhecer 0 seu papelde mediador diante da constru9ao grafica da crian9a, imp6e regras e a sua visao adultasobre 0 desenho.
PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimentv grafico; educa9ao infantil; desenho; garatuja.
INTRODU<;:AO:
A finalidade desta pes qui sa foi investigar C:s postura do professor de educac;.3o
Infanti!. diante da construc;ao grafica da cnanc;a. Pois, todo 0 processo de
desenvolvimento grafico da crianc;a e de grande importancia, que tern na garatuja a sua
fase inicial. Esta pesquisa tern como problema 0 seguinte questionamento: como e a
atitude do professor de educa9210 infantil diante da construc;ao grafica de seu aluno?
Tendo como objetivos especificos: conhecer <3 importancia do desenho na
aprendizagem da crianc;a; observar a trabalho do professor diante da produr;:ao grafica
da crianya; conhecer as estrategias que a professor utiliza para trabalhar 0 desenho
infanti1 e tambem, identificar 0 conhecimento que 0 professor passui em relac;ao aexpressao grafica da crian~a
Para este fim, esta pesquisa foi realizada com cinco professores de Educar;ao
!nfantil do maternal a Pre-escola do Colegio Santa Teresinha do Menino Jesus, alem da
pesquisa bibliografica sobre os teoricos que estudaram este ass unto.
Espero com esle trabalho contribulr com informa~6es importantes para a
educar;ao infantil; periodo em que a crianc;a inicia seu desenho como recurso para a
comunicac;ao, e atraves dele, expressa alegrias, tristezas e visao de mundo. Um estudo
como esse pode favorecer uma melhor avaliac;ao sabre a grafismo infantil.
o desenho e a preparac;ao da crianc;:a para a sua socializac;ao, sendo tambem
importante para 0 seu futuro na alfabetizac;ao. Este tema foi escolhido pel a sua
importEmcia e pela minha experiencia atraves do desenvolvimento grafico do meu fitho,
que hale esta com sels anos e leve uma evoluyao muito tranqOila, com seus !1rimeiros
rabiscos, rTlostrando ho;e, muita seguranc:a nas suas expressoes graficas.
Enfi.n, para alcanr;ar 0:; objetivos propostos foi utilizado como mF.!tod0Iogia;
pesqulsa bibliograflc3 com as autores: Jean Piaget, Vitor Lowenfeld, Edith Derdky,
Analice Pi!lar, Florence de Meredieu, Maria Helena Ferraz e Rosa Maria Stabile que
tratam do tema investigado. Foram tambem levantados dados, utilizando como
instrumento de pesquisa de eampo um queslionario com uma combina<;:ao de perguntas
abertas e fechadas com a finalidade de oferecer 0 maior numero de infonlla<;:6es, com
professores do maternal I a prEH;scola I, II e III. Foram tambern realizadas as
observac;6es com esses professores em sala de aula.
A apresenta<;:ao ceste trabalho esta dividida em se<;:6es. Na primeira seltao sao
apresentadas as reflex6es sabre a desenho infanti! e sua evolu<;.3o. Na seyao seguinte,
as fases do desenvolvimento das crian<;:as segundo Jean Piaget. Na terceir5 parte
serao apresenlados as conceitos de Piaget na vi sao de oulros autores. Ass~m como,
Piagel cilando Georges Luquet. Em seguida, na quarta se<;:aoe apresentado a desenho
em sala de aula e a participac;ao do professor no desenvolvimento grafieo da crian<;a.
Temas na quinta se<;:ao a farma<;:ao do professor e 0 desenha da crian<;a. Na sexta
parte encontramos os procedimentos metadal6gicas com a apresenta<;ao e analise das
resultados da pesquisa. E em seguida as considera90es finais.
DESENHO INFANTIL
"Ao acompanhar 0 desenvolvimento expressivo da crian~a percebe-se queela resulta das elaborayoes de ~~nsay6es. sentimenlos e percep~l5esvivenciadas intensamente. Per isso. quando ela desenha. pinta. dan<;a ecanla.o taz com vivacidade e muita emoyao" (FERRAZ. 1993. p.55)
As experiencias e as leoricos nos mostram que a crianrra comerra a se
expressar por meio:::: de seus grafismos a partir de urn ana de idade. Ferraz diz "a crianc;a
reflete continua mente suas impressoes do meio circundante( ...) Os primeiros trabalhos
da crianc;a como crmsequencia e extensao de urn ge5to que deixa marca rigorosa em
uma superficie, sao seus rabi!;cos.H(FERRAZ,1993,P.64)
Ao analisarmos os primeiros trac;os das crian<tas percebemos movimentos
continuos desordenados que Vitor Lowenfeld (1997) chama de garatuja.
2.1 GARATUJA:
A evoluc;aa grafica da crianc;a comeC;a com 0 desenho informal, neste camec;o a
crianc;:a nao apresenta um desenho intencional, comec;a pero borrao au aglomeraC;8o e,
pel0 rabisca, com movimentas oscilantes, depois girat6rios, par um gesto em flexao que
Ihe da 0 sentido centripeto oposto aos ponteiros de um rel6gio. (MEREOIEU, 1974, p.
24)
A crianlfa ainda nao percebe que a lapis rabisca a papel, pais nesta tase inicial
ela esta preocupada com as seus movimentas, sons e exp1oralfoes que pade realizar
com a material que tern em suas maos. Esse inicio da evoruC;80 grafica da crianlfa
Lowenfeld chamou de rabiscac;.3o au garatuja.
A cnanc;a nao tern habilidade adquirida percebe 0 meio com simplicidade e
sub;etlvidade, imita a crescente. pesquisa a movimento, e fase da repetivao, criavao de
habltcs, coordena«ao motora gro~sa e c perfodo de curiosidade sobre materia is.
As garatujas sao 0 inicio do des":!nvolvimemo grafico das crian<;as, podendo ser
firm~'3 e grandes ou delicadas e timidas. Na evoluc;:ao gn3fica, as tases das garatujas se
claS~lficam em 'ires categonas: a garatuja desordenada. a garatuja controlada e a
Intenc..lonal
A garatuja desordenada esta perto da rabiscac;:ao, onde a crianva rabisca em
difer€ntes dire«oes, ora fraco ora forte ao colocar 0 lapis no papel. Esta tase e tambem
c periodo da explora<;ao do movimento circular, aquele sem inten<;ao, significado ou
expressao, e 0 simples ate de desenhar.
A garatuja controlada e a fase onde a crianc;:a centrola a seu movimento,
inicianda as formas, onde urn c[rcula se transforma em uma pessoa; sendo a periodo
onde a corpo humano esta em maior evidencia, e deixando de ser uma expressao
motora para representar coisas e pessoas que estao em sua volta. E a ultima categoria
e a garatuja intelectual. aparecem aulras figuras diferentes do corpo humano, e
mesmo a crianGa desenvolvendo rabiscos nesta fase, tern urn significado intuitiv~, a
crian<;a cria uma historia em relac;:ao ao seu desenho, e explica 0 desenho de varias
manelras
E no final desta categoria que a crianc;:a comec;:a a misturar as desenhos com
suas primeiras escritas fictlcias, tra<;:adas de serras ou pequenos elementos que
lembram as nossos signos.(STABILE, 1988, p.25)
10
AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANGA SEGUNDO JEAN PIAGET
Segundo Piaget(1993) no seu livro Epist~mo!cgia genetica", todo
conhecimento e urna constr",:<;:.2oque vai sendo elaborada desde a Infancia, atraves de
Intera<;ao do sujeito com a fT'eic fisico au cultural. Ao falar de infancia, ele cita algumas
caracleristicas importantes associadas as fc::sesque a crianc;a pGlssa: a centralizac;ao,
cnde a crianc;:a percebe urn dos aspectos de um objeto au acontecimento. Realismo
nominal, onde a crian98 pensa que 0 nome faz parte do objeto. Animismo e quando a
crianc;:a da nome aos objetos. Classifica~ao, as crianc;:as agrupam as eaisas ao aeaso.
Inclusao de classe e quando a crianC;8ap6s as cinco anos de idade consegue
classlflcar as objetos e par ultimo ele fala de Seriac;ao que e a dificuldade com
problemas e ordinals
Piaget ao estudar 0 ser humano dividiu-o em estagios que sao elas: estagios
sensorio-motor, pre-operacior.al, operat6rio-concreto e operat6rio-formal.
o primeiro estagio c:lrresponde aos dais primeiros anos de vida e caracteriza-
5e por uma forma de inteligencia empirica, explorat6ria, nao verbal. A crianc;a aprende
pela expenencia, examinando e experimentando com os objetos ao seu alcance,
50mando conhecimentas, e a fase ende a crianc;a conhece e mundo atrave5 des
sentidos, visao, audic;ae, talo, oltato e paladar. E nesta tase que ocorre a imitac;ao
atraves de medeles, porque segundo Piaget, e no primeiro ana de vida que a crianc;a
realiza intencianalmente uma pesquisa sabre 0 objeto e age sobre 0 mesmo. Nesle
periodo comec;a urn processo de construc;ao intema dos acantecimentos, onde a
crianc;a se refere a urn conteudo mental concretizada par sua propria experiemcia e naD
por significados da forma adutta, simbolo ou imagem.(PILLAR, 1996, p.33)
II
o segundo estagio, 0 Pre-Operacional, vai dns dais anos 80S sete anos, as
obletos da percepc;:ao ganham a representalf30 par palavras, as quais a individuQ, aind;:;
crian~a, maneja experimentalmente em sua mente assim como havia previamente
expenmentado com objetos concretos, e a fase da soclalizac;:ao, idade do faz-de-<:onta
e a InlCI8yclOda linguagem. E nesta fase que a imagem uma vez cOl"Istrulda, pode ser
acomodada e assimilada, uma spaca onde a crian<;:a tern capc-cidade de apenas
adlclonar, de guardar figur8s semelhantes com as ja aprendidas, onde ncorre a
construc;:ao de muilas imagens de objetos isola dos, pais a criaru;:a nao liga urn fata a
OUlro Tendo depois urn processo de repetilfao, ordens, enticas, dial0905 e informaC;oes,
a cnanr;a quando esta com seus cinco e seis anos ja interage com a adulto e com
outras crian~as
Para Piaget,o desenvolvimento grafico da crian~a, e ~a experiencia como algo
que se imp6e por si mesma, sem que 0 sujeito tenha de organiza-la, isto e, como se ela
fosse impressa direlamenle no organismo sem que uma alividade do sujeilo seja
necessaria a sua constituit;:80" (PILLAR,1996, p.33). A crian~a nasce com
potencl2lidade e resta-Ihe desenvolver e que a construr;~o do conhecimento independe
do melo. Piaget tern uma teoria que explica ~a inteligemcia pela propria inteligencia", au
seja. a crianc;:a nasce com a estrutura e amplia com a sua relac;:ao com 0 melD em que
vive percebe-se par observavel aquilo que a experiencia autoriza como uma leitura
imediata do fato, ou seja, 0 autor quer dizer que e a maturidade da crianc;a e que
permite novas conhecimentos em rela'fao ao objeto. (PILLAR, 1996,P.34 )
12
3.1 Pl~GET NA Vi SAO DE OUTROS AUTORES:
Pillar(1996), em seu livro Oesenho e escrita como sistemas de representa<;ao,
traz a visao de Arne Stern, que concorda com Piaget, quando dlZ que a arte eSla com a
crian<;a e fala que a papel do professor S8 limita a nac influenciar, nem impor nadR a
crian<;a. Com rela<;ao aD desenho, consldera-o "urn meio de fixar rapidamente as ideias
que se apresentam e se sucedem no espirito Ja vinculado ao desenho a crian<;a ao
realizer a atividade nao reproduz lembran<;as visuais, mas traduz plasticamente
sensa<;6es e pensamentos, onde a desenho e uma reprodu<;ao dela mesma e seu
iJnlverso (,__) "Portanto, aD desenhar, a crian<;a nao reproduz lembranyas, mas traduz
plasticamente sensa<;oes e pensamentos. 0 desenho e, entao, a expressao do que a
cnanCfa sente e pensa, OU seja, e um espelho, uma imagem representativa deja
propria·' (PILLAR, 1996,p 34-35)
Reforc;ando esta ideia, a autora esclarece que a manifestac;ao do progresso da
inlellgencia e inata, ou seja, vem de dentro para fora, a percep9ao e a inteligencia, se
reveiam quando provocadas pelo meio porque as criane,:as desenham formas e
generalidades que muitas vezes nao estao associadas ao que veem, pOis que, na
maioria dos desenhos infantis as fonnas encontradas evoluem das percep<;6es infantis
de seus proprios rabiscos.
Ja com reja<;ao a esta questao, sobre a evoluc;ao do desenho, Lowenfeld
(1997), diz que: "somente atraves dos sentidos a aprendizagem pode processar-se" que
a crianc;a precisa desenvolver a sua sensibitidade para ampliar 0 seu conhecimento em
rela<;ao a forma,a cor e ao espa<;o.
II
Com rela<;:ao a este ass unto, na linguagem grafico-plastlca. a crian<;a nao tern
urn conhecimento inatc mas constr6i 0 seu conhecimento atraves do cantata com 0
obJeto
Ja para Piaget, a percepc;:ao do sujeito com relac;:ao aquele objeto, esta ligada
aDs esquemas mentais que ele possui no momento, em que "a atividade intelectuai
partindo de uma relayEio de interdependencia entre a organismo e 0 meio (...), progride
simultaneamente na conquista das coisas e na reflexao sabre si propria." (PILLAR
1996, P 37)
Piaget citado par Piftar, diz que ha uma rela<;ao de independemcia reciproca
entre 0 organismo e 0 rreio, e que evolui simultaneamente, porque, a sujeito a medida
que constr6i 0 objeto esta construindo a si mesma, au seja, a crianc;:a ao interagir com 0
objeto esta desenvolvendo a sua inteligencia, ja que a crian9a nao nasce sabendo
desenhar, e atraves do contato com a objeto que se da aprendizagem, 0
conhecimenlo.(PILLAR, ',996) P 37)
Oeste modo, 0 desenho rea!izado pela crian<;a mostra como ela enxerga a
objeto e nao como realmente ele e, porque 0 conhecimento nao resulta na relac;:ao
direta da crianc;:a com a objeto. mas das suas interpreta<;oes e representac;:oes, e que a
crianc;:a e 0 sujeito do seu processo grafico e constroi suas proprias hipoteses.
Freeman, citado par Pillar diz que "a crianc;:a extrai informac;:6es de uma cena
real e transfonna em urn desenho estruturado", 0 desenho, segundo ele, e uma maneira
de representac;:ao da crianc;:a onde ela coloca suas possibilidades e limitac;:6es, e que 0
desenvolvimento grafico da crianc;:a precisa de estrategias, por que a crian9a desenha 0
que conhece e nao 0 que ve ou imagina, e para tanto precisa conhecer tambem as
convengoes 9nlficas proprias do desenho.(PILLAR,1996,p.39)
/,;~~~~57w(./,~~'l:"'" 1'::'%
f:!ll',:.JOTE(:,l,
.',
; ..;.,:<,.~,.~
Para Luquel a desenvolvimento grafico ce_uma crianc;:a nao e a reproduc;:ao
visual de Un] objeto. mas sim, uma reproduc;.ao d~ modelo interne que a crianc;:a passui
daquele objelo, tentando emender a que e como a crian<;a desenha, enfo~andD a
sujeito da a<;ao, au seja, ela mesma. Par 1550, que 0 desenho de uma crianc;.a passa por
transformac;6es, porque a modelo interno da cr.anc;a com r~13c;.ao ao objeto pode
modificar intEriorrnente. (PILLAR. 1996,p.62)
3.2. PIAGET CITA LUQUET
Piaget. ao debater a desenvolvimento grafico da crian<;a cita as estagias que a
crianc;a passa segundo Luquet. 0 "realismo fortuito~, "realismo fracassadoH
,
"realismo intelectual" e "realismo visual" (PILLAR, 1996,p.41)
No primeiro eslagio "realismo fortuito", inicia par volta dos dais anos de idade
e ao rim do periodo chamado de rabisco, a desenho da crian<;a e desproporcional, nao
corresponde a percepc;.ao, ela desenha urn homem de cabec;:a grande e brac;os
pequenos e finos, par exemplo. porque neste periodo a crianya nao tern noyao espacial
e tambem nao tern uma percepc;aa distinta da imagem que esta ali na sua frente. A
crianc;a na idade de 3 e 4 anos, nao tern noyao de tamanho e propOfC;aO, au seja, a
crianc;:a realiza urn desenho totalmente desproporcionaL A crianc;a sabe que as olhos,
boca e nariz ficam denlro da cabeC;a, mas em muitos casas a boca e bern maior que as
alhos, au que urn olho esta ao lado do outro, mas de tamanhos diferentes, tambem
podem estar em ordern errada, porque nesta fase falta a crianc;a uma coordenac;ao, de
onde ficam as olhos, boca e nariz, e urn peri ado onde nao existe tambem no<;:ao de
separa<;ao, as objetos desenhados muitas vezes estao urn em cima do outro, a crianc;:a
IS
lambem nao tern nOy80 de conlinuidade, nao can seguin do identificar uma Situ8C;.30de
complemento do desenho. (PILLAR, 1996, p.64 )
Enfim, nesta fase a crian<;a inicia a seu desenvotvimento gfi3fico de maneira
esponlimea sem uma coloca~ao logica ande Esta explorando a seu espa<;:o de
desenho, sendo uma fase ande a crianc;a desenha a que the chama mais ate-nc;ao e the
egrada.
No realismo fracassado, esta fase comeC(a geralmente par volta dos tres e
quatro anos, e quando a crianc;a procura reproduzir formas descobertas anteriormente,
e uma fase de fracassos e sucessos parciais.
o terceiro estagio, realismo intelectual, inicia-se aos quatro anos, e estende-
se ate as dez au doze anos, e quando a crianya comec;a a representar objetos, pessoas
e oulras coisas em urn plano, rnesrno que no inicio de maneira incoerente, porque a sua
sintese grafica, au seja, sua capacidade de passar do processa simples para 0
comp!exo ocorre neste periodo, sendo uma fase onde se inicia a capacidade de
desenhar nao 56 objetos, mas tudo que esta ali, ou realizar um desenho onde os
membros estao ligados ao corpo em uma sequencia 16gica, os desenhos apresentam
seqOencias e ali se pode ter uma historia, rnesmo que com incoerencia ou pouca
16gica.(PILLAR,1996, p. 65) Nesse estagio a crianCfa desenvolva 0 que sabe e nao 0
que ve.
o ultimo eslagio, reatismo visual, e a representac;ao do objeto pete
conhecimento, apresentando somente os elementos que estao visiveis do objeto, tendo
as posic;6es reais das figuras, umas em relat;ao as autras. E por volta dos doze anos, 0
periodo que marca 0 fim do desenho infantil, por empobrecer, urn enxugamento
progressivo do grafismo, perde a rumo, enfim, e a fase onde 0 desenvolvimento grafica
16
fica semelhante as produ~6es adultas. (MEREOIEU. 1974. p.22) Nesta fase come<;a a
visao de profundidacie do obJeto. a questao da perceptiva.
Segundo Diaget, quando a crianc;a passa de urn nivel a Qutra do conhecimento,
ocorre 0 abandono de alguns elementos. Conservando e transformando elementos, a
cnanya reorganlza as conhectmentos adquindos na evoluc;:ao dos estagios e nao
somente acresc.onta informac;oes, a crianc;a desenha peto simples prazer de produzir,
sem intenc;ao d'3 representar, de simbolizar algo atraves desses trac;os, e 0 professor
precisar ter ;S50 em mente, para que nao ocorram interferemcias que levem a crianc;a a
inibir 0 seu lado artistico e sua vontade em relac;ao ao desenho. (PILLAR, p.65 )
4. 0 DESENHO EM SALA DE AULA:
o desenho infantil, esta ocupando um esparto igualmente qualificado ao das
disciplinas educacionais trabalhadas no sistema formal dentro do ensino brasileiro
(FERRAZ, 1993), cnde c desenho infantil vern como urn grande trunfo dentro do
processQ de aprendizagem e por isso 0 comportamento do educador e muito importante
diante de uma crianc;:a e seu desenvolvimento grafico, sua imaginaC;:80 e criac;:ao.
Para que uma aula esteja bern desenvolvida a professor precisa organizar
atlvidades, dar os conteudos escolares par meio de atividades praticas e teoricas, tendo
estabelecido as unidades e os t6picos de esludo necessarios para uma aula que
desperte 0 interesse e a imaginaC;:80 da crianc;a, 0 professor precisa observar 0 estagio
em que 0 aluno esta sabre no desenvolvirnento grafico e sempre realizar urn trabalho
de sequencia previamente conversada com 0 aluno. (FERRAZ, 1993).
E importante para a crian<;a que 0 seu desenho esteja exposto em sala de aula,
o professor deve enfeitar a sala, criar murais com produ<;5es da propria crian<;a, para
17
que todos possam observar seus desenhos. A crianc;:a, no geral esquece 0 que
desenhou, e tendo 0 seu trabalho a vista t~m condiyoes de avaliar 0 seu processo de
constrw;ao e dos colegas com a passar do tempo_ Seu produtu valorizado. Oa proxima
vez ela procurara superar-se (STABILE, 1988.p. 22)
4.1. A PARTICIPA<;:AO DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO GRAFICO DACRIAN<;:A
Lowenfeld questiona a participac;ao do professor no desenvolvimento grafico da
crianya. dizendo que 0 mesmo deve oferecer as crianc;:as diferentes tipos de desenhos
e obras de artes. 0 professor deve oferecer para a criany8 varios recursos como cenas
que tenham objetos e pessoas para que assim depois, a crian<;a tenha condi90es de
formular seus pr6prios desenhos, conforme 0 seu amadurecimento. Com urn ambiente
adequado, jar recurs os variados e ter uma poslura neutra, sem impor ao seu aluno 0
seu modo de desenhar ou de ver um objeto, mas interferindo de mane ira positiva,
porque na visao deste aulor se a crian9a se desenvolvesse sem nenhuma interferencia
do mundo exterior, nao selia necessario estimulo algum para 0 trabalho artistico
(LOWENFELD, 1997).
Quando a crian<;a desenha, transmite a que se encontra de forma ativa em seu
pensamento naquele momento, que e de grande importancia que a crian9a "use a arte
como verdadeiro meio de auto-expressao" (PILLAR, 1996,p.34) E 0 professor de
educa9ao infantil ao trabalhar com seus alunos a desenho precisa ter em mente 0
desenvolvimento grafico de uma crian<;a, iniciadas nos primeiros anos de vida, podendo
significar crian<;as felizes e adaptadas, por is so a educador deve estar atento ao que 0
18
seu aluno quer dizer e registrar este momento de S:..J8vida. poi~ a desenho po de
modificar a cad a rabisco da cnan:;a
Ao falar em evoluc;:ao grafica, nao podernos deixar de falar dos dais estagios de
LOVienfeld, cltado por Stabile. A pnmeira fase e a pre-esquematica, e a segunda e a
fase esquematica. A frase pre~esquematica que Decrre entre quatro e cinco anos, a
crianya come;;:a a exprimir fantasias e representar a que vivencia, 550 trabalhos mais
completos, nesta fase a crianc;a conhece 0 valor representativD do desenho e utiliza..o
como expressao do seu pensamento. A crian~a ja segura a lapis com mais firmeza;
trabalhando a coordenac;ao visual motora; Iem noc;ao de tamanho e distancia;
desenhando mais 0 que tern valor emocional ou carga afetiva, e nao se preocupa em
desenhar 0 que ve. (STABILE, 1988)
Na fase esquematica que oeorre entre cinco e seis anos, a desenho revela 0
realismo logieo e descritivo. e nesta fase que a crianc;:a percebe r.1ais detalhes e
desenvolve em seu desenho; seus personagens aparecem em lugare~ mais definidos;
usam linhas tracejadas. cruzadas e pontilhadas. E e perfedo da relac;ao cor-realidade,
porque a crianc;:a tern total dominio da cor e do objeto au situac;:ao que quer apresentar
no desenho (STABILE, 1988,p.34)
Em nenhum momento segundo Stabile, 0 professor deve perguntar sugerindo
res posta, ele deve sirnplesmente perguntar ao seu aluno: "0 que voce desenhou?", OU
melhor, 0 professor durante urn trabalho com desenho deve deixar a crianc;a se
manifestar, conversando ele faz com que a crianc;a ref!ita sabre a seu desenho, sem
interterirnele. (STABILE, 1988,p.12)
19
d 2. A POSTURA DO PROFESSOR DIANTE DE SEU ALUNO:
t necessaria falar do professor e de seu comportamento diante do aluno e seu
desenvolvi:-nenta grafico que para Paulo Freire( 2002 ). 0 professor naQ pode falar de
cima para baixo cam a aluno, colocando 0 seu saber com arrogancia, porque esla
atitude pode matar 0 aluno, no sentindo figurado, au seja, inibi-Io e impedi-Io de
desenvolver a sua capacidade, 0 seu conhecimento. Par esla razao, no livro
"Pedagogia da autonomia" Paulo Freire fala que 0 professor ao analisar e entender 0
aluno deve ter uma postura de coerencia, refietindo sabre as seus atas e exercendo
uma boa comunicar;ao e desafiando a aluno a compreender 0 que eSla sendo pass ado
para ele. (FREIRE, 2002,p39)
E importante que 0 professor tenha em mente que a ato de ensinar nao esomente transmilir 0 conteudo, assim como, 0 aprender do aluno nao e somente
memorizar 0 conteudo transferido no discurso vertical do professor, e que sua tarefa
como educador e apoiar 0 aluno, para que por si venc;a as suas dificuldades diante do
seu traba!ho gratico. Para que isso acontec;a, 0 educador precisa escutar 0 educando
em suas duvidas, sem receios, e ao escuta-Io aprende-se a falar com ele.
A autora Rosa Maria Stabile(1988), ao falar do papel do professor, diz que a
motivayao e fundamental para que 0 mesma transmita dinamismo e entusiasmo para
seus alunos, deve ir de interesse ao que seus alunos querem, sem fon;:ar 0 aluno a
realizar uma atividade que nao queira. 0 mais importante para que a crianc;a
desenvalva 0 seu desenvolvimento grafico e a estimula, sem grandes elogios au
comparac;oes, par que segundo a autora: "Urn resultado muito valorizado adquire para a
crianc;a urn peso muito grande." Fazendo com que a crianc;a repita com freqOfmcia 0
mesma desenha e assim naa evalua graficamente.
20
4.3.0 QUE 0 PROFESSOR DEVE E NAO DEVE' FAZER DIANTi: DODESENVOLVIMENTO GRAF'CO DA CRIANCA
o professor deve estar ccnseienle da sua participac;:aC"lno desenvolvimento
grafico da criam;:a, entao e preclso c;aber a que 5e deve fazer e 0 que nao 5e deve
fazer. (LOWENFELD.1954)
Considerar a expressao artlstica da crianC;8 como urn registro de sua
personalidade em formac;:ao: compreender que ao trabalhar com a criam;8 esta
adquirindo experiencI8s importantes para 0 seu desenvolvimento; 0 professor precisa
apreciar 0 esforc;:o da crianc;:a; compreender que quando a crianc;:a erra, ela est:3
aprimorando 0 seu conhecimento c:!traves de experiencias; apreciar as trabalhos de
seU5 alunos de aeorde com seus pr6prios esfon;os: ensinar urn aluno a respeitar as
manifesta<;oes dos colegas em relar;.3o ao desenho; deixar que a crian<;a desenvolva
sua propria tecnica artistica. 0 profegsor para incentivar 0 desenvolvimento grafico da
crianc;:a, deve expor estes trabalhos, ou seja, pendurar os Irabalhos de seus alunos na
parede. (LOWENFELD. 1956)
o que a professor nao se deve fazer em sala de aula, diante do
desenvolvimento grafico da crianc;a, corrigir e nem ajudar a crianc;:a em seu Irabalho;
considerar que a produto final do esfor<;o infantil tenha alguma importancia; demonstrar
aprec;:o por qualquer rabisco que a crian(fa fa(fa nao se deve corrigir as propon;oes dos
desenhos; dar preferencia a alguns trabalhos: limitar a atividade infantil impondo as
padr6es de adulto em relac;ao ao desenho; rnostrar as crian(fas como se pinta. E alga
que urn professor nunca deve fazer sao compara<;6es entre os trabalho de seus alunos
em sala de aula. (LOWENFELD.1956)
21
44 FORMA<;iiO DO PROFESSOR
Encontramos uma questao muito importante em iela<;:ao ao desenho: diz
Derdyk que a forma<;:<3odo educador, oferecldo pel a estrutura educacional, politica,
ecanomica e cuttural, e insipiente e deficitaria. A vivencia pratlca do professor possibilila
abertura de novas descobertas e para se trabalhar com a crianc;:a rieve·se ter
experiencia pn3tica e nao somente teorica, segundo a autora, a partir do conhecimento
da sua capacidade de desenhar, a adulto da novas significados no encontro entre ele e
a cnan,a. (DERDYK,1994,p 49)
Alguns professores par falta de vivencia despejam tecnicas em sala de aula.
Com esla atitude inibem qualquer tipo de explorac;:ao do material e da criac;:ao
lmaglnaria da crian\fa, que ao construir 0 seu desenho impulsion am outras
manifestac;oes, que fazem parte do seu conhecimento de mundo e sua imaginac;ao em
relattao ao mesmo
o desenho infantil e objeto de estudo por parte de psic6logos, pedagC'gos,
artistas, educadores, Existem mil teorias e interpretatt6es a respeito da produ9ao grafica
infantil assim como varios enfoques possiveis quando ela e analisada, seja pelo
aspecto revelador da natureza emocional e psiquica da crian9a, seja pela analise da
IInguagem grafica tomada em seu aspecto puramente formal ou simballcD, seja pela
utilizac;ao do desenho na aplicac;ao de testes de inteligencia au ate mesmo pel a
capacidade de 0 desenho demonstrar 0 desenvolvimento mental da crianc;a.
o desenho e a manifestac;ao de uma necessidade vital da criant;a: agir sobre 0
mundo que a cerca; intercambiar e comunicar, a crianc;a projeta no desenho a seu
esquema corporal, deseja ver a sua propria imagem refletida no espelho do papel. Ao
desenhar existe na crian9a uma vontade de representa9ao como tambem existe uma~,,~(.>/ .~~~
bB\dL~I~":::i)
22
necessidade de trazer a tona desejos Interiores comunicados. Impulsos, emo<;:oes ~
~p.ntlmento:>
o desenho manifesta .') desejo de representa<;:ao, e tambem, 0 medo, <3
opressao, a alegria, a curiosidade, n afirma<;:ao e a nega<;:ao Ao desenhar a crian<;:D
passa par intenso processo de vivemcia e existE!ncia
A crianga esla sempre integrada nas suas constru<;:oes, ou seja, ela sente-se
parte do seu des~nvolvimento grafico, principalmente quando ha urn espa<;:o emocional
que ° permite. A crian<;:3 e um ser humane sempre em movimento, levando a varias
tn?nsforma<;:6es fisicas, cognitivas e emccionais que permite a crian<;:a ter espiritos
curiosos, atentos e experimentais.{ DERDYK,1994,p.10)
Ha uma vivencla por parte da criant;a em tude que realiza, ate nas coisas mais
simples do seu dia, urn simples subir de degraus, ela organiza, operacionaliza, elabora,
proJeta, constr6i e destr6i, tudo atraves de suas descobertas, porque teda vivencia e
uma fonte de crescimento, urn aumento de repert6rio, ampliando sua possibilidade
expressiva. Porque a garatuja nao e simples mente uma atividade sensorio-motora sem
compromisso, mas par tras desse simples rabisco pode se ter segredos existenciais,
confidencias emotivas e a necessidade que a cnant;a tern de se comunicar com 0
adulto, mostrando para ele a seu mundo cheio de alegrias e em alguns casos com
algurna tristeza.
o educador deve ter todos estes conhecimentos em mente, se aprofundar nos
assuntos sobre a desenvolvimento grafico da crian<;:a, porque eles sao 0 porta-voz de
uma vi sao de mundo, e realizam 0 papel de mediador.
23
'''0 educador e 0 transmissor de comportarnento, Interferindo direta eativamcnle na cons~ucao de seres indiv~duais P. sociais ... e a vivencia pranceda linguagem devella sel cor~:,iderada pressuposto basico para formalfao defuturo educador. (OEROYK.1994,p.l1)
o desenho e igual outra disciplina, e como <:I matematica. a historia e 0
portugues, esta inserida no processo de aquisiyao do conhecimento. 0 professor deve
estar sempre com uma postura criativa em sala de aula. E precise que se tenha visao
que a escola e urn meio social, onde prepara seu aluno para a vida em sociedade, onde
se pass am conteudos inseridos em uma cultura, regional e universal do patrirn6nio
humano de conhec:menlo. "Pensarnos que 0 criar, tal como 0 viver, e urn processo
existencial" (Derdyk, 1994, p 12)
o professor deve ter em mente que tad a crianc;:a passa por fases evolutivas do
grafismo, mas quando VaG para a escola com sete anos de ida de e nao tiveram as
mesmas rnotiva<;6es. os mesmos trabalhos de estimulay6es, VaG passar pelas mesmas
fases das outras crian<;as. 56 que mais tardiamente.
Existem diferenc;:as individuais. estimu~os diferentes e 0 periodo em que a
crian<;a e encorajada, Entao em uma sala de aula heterogemea e comum encontrar
crianc;as com quatro e cinco anos, nas fases da garatuja controlada. da garatuja
intencional e do pre+esquema. Sendo assim, 0 professor deve respeitar a
individualidade de cada urn sem tazer comparac;6es. (STABILE.1988, p.38)
24
5. PROCEDIMENTOS METODOU'>GICOS
5.1 APRESENTA<;:AO E ANALISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA
Com 0 objetivo de investigar a postura dos professores de educary80 ir,fantil
diante do desenvalvimenta grafico da crianrya fai realizada a pesquisa bibliog:-afi:a e a
pesquisa de campa, esta, divlda em duas etapas, a primeira etapa fai uma obsp.rva<;ao
da pesquisadora em sala de aula no Colegia Santa Terezinha do Menino JeSl!S, uma
escola de classe media alta no 8airro do 8atel em Curitiba de confissaa rehgiosa
ca\olic2. A segunda etapa foi a realiza<;ao de urn questionario com a t.:ombina9ao de
cinco perguntas abertas e fechadas relacionadas aos objetivos especificos com
professores dessa Escola Foram cinco professores do matemall a Pre-escola 111
5.2 DADOS DAS OBSERVA<;:6ES:
Durante um dia num periodo de duas horas em cada sala de aula a
pesquisadora observou a trabalha das professaras com os seus alunos como forma de
investigar a postura dos professores de educayao infantil, diante da produyao grafica da
crian<;a
I'-!o matemal!. a professora realizou urn trabalho sobre 0 transito e leu para os
alunos uma historia falando dos cuidados que temos que !er no transito. Na
continuidade do trabalho cada aluno desenhou urn carro escolhendo sua cor preferida.
Enquanto desenhavam a professora ia conversando com cad a urn, dando liberdade de
tempo, conforme 0 ritma de cada crianya e fazendo comentaria sabre a desenho
realizado com a objetivo de estimular a produc;ao. As crianr;as do mate mal I usaram a
folha A 3, par ser maior e nesta fase elas tern movimentos mais lon90s.
25
A professora do maiernalll encarnmflou seus alunos para a biblioteca e contou
a tllstoria "A casa do tatu" depois. na sala de aul3 inam desenhar as suas casas e 0
qce tern dentro N3 'mlta para a sala de aula eles iam pensando no desenho. Ja na
sala, as alunos receberam urn pate com lapis para r:ada duas crian<yas. Durante a
produ<;ao a professora ia passando de carteira em carteira Ela escutava a historia de
cada urn. Uma cna'l<ya desenhou um gato e ao ser questionada disse que em casa
tinha um gato, durante todo a ;xocesso de trabalho das crianc:as a professora
incentivava a folha bem colorida e com bastante desenho, para ajudar na questao de
espa<;o.0 desenhc foi realizado tambem na folha A3 porque nesta fase a crian<;a tern
as seus movimentos iongos. As crian<yasdemoravam no desenho, mas a professora
tlnha paciEmcia e respeitava. Comentou com a pesquisadora, que nesta fase, a
desenho muda de significado com frequencia e quando eles nao gostam, riscam par
cima. Para Pillar, "0 modelo interno nao e uma copia do objeto em pensamento, mas, a
produto de uma cOllstruc:ao mental do sujeito em relaC;ao ao objeto." A crian<yaao
realizar um desenho muitas vezes a modifiea, porque a imagem que elas possuem do
objeto se transforma interiormente. (PILLAR, 1996, p.34)
Dando continuidade, na observac:ao em sala de aula, no jardim I a professora
deu um desenho, prosseguindo ao trabalho de informatica do dia anterior onde as
erianc:as trabalharam a "Historia do Pinoquio" Sem muita explicac:ao, lembrou a
professora que eles ja tinham ouvido a historia e sabre ela desenhariam. Quando a
aluno trazia a desenho para a professora ver, ela nao dava muita atenc:aa, so pedia
para fazer a chao, caso, no desenho nao tivesse.
Ao termino de cada desenha sabre a "Historia do Pinoquio", era entregue para a
crian<;:a um desenho no qual precisavam terminar, esta atividade era mimeografada e
26
tinha urn barco para colorir, onde lodos pintaram a mar da mesma cor, azul. 0 professor
durante as atividades frisava com freqOenc:~ que as alunos precisavam par a nome,
dando mais imponancia para e5te fato, do que para a desenho que as crian<;as
estavam realizando.
A professora do jardim II estava reaFzando urn tr<=lbalho sabre a pre-historia.
Antenormente, ela realizou em papel "Krafit" urn traban"lo em grupo, desenhos com
CarvaD, tinta vermelha e amarela, desen!1os iguais da pre-historia, com pontcs,
rabiscos, maas e animals.
Oando continuidade ao uesenho. foi malizado no mesmo material, urn desenho
individual utilizando a folha tamanho A4. A professora orientou as alunos para que
amassassem 0 pape! e depols desenhassem 0 que mais gostassem. Num segundo
momenta distribuiu 0 carvao as crtanyas e colocou em uma mesa no centro colas
celoridas das cores vermelha e amarela, e sem exphca<;ao para as crian<;as e para a
pesquisadora, pediu que cada crian<;a escolhesse uma cor. lJurante a ativldade
determinou regras e passou de mesa em mesa. Ao perceber que um alune estava
fazendo s6 rabisco pediu para a aluno refazer a desenho e para uma outra menina,
pediu de modo sulil para refazer, pais ela desenhou uma mao, e era para desenhar
algo que gostasse de fazer. Durante 0 trabalho refor<;ou que a desenho precisava ser
lindo, diferente do desenho da pre-hist6ria que eram "rabiscos e feios".
A professora do jardim III realizou em sala de aula uma recrea<;ao para iniciar a
"par"" e a "impar", a brincadeira era assim: em roda, todos as alunos sentados no chao,
liravam 0 tEmis e Colocavam no meio da roda, depois chamando cada crian<;a pergunlou
qual era a diferen<;a, de urn pe e de urn par. Ap6s 0 termino desta recrea9c30 reaHzou
um desenho sabre a ativldade, explicanda que cada crian<;a tinha que desenhar a que
27
entendeu e 0 que mais (he charnou atem;:ao na brlncadeira e permilindo total liberdade
com t"elac;:ao 80 desenho. Antes de iniciar a atividade frisou nova;-nente sabre 0
J€senho' tlnha que ser sabre aquele momenta. Fie-ou em pe na frente da sala perto do
quadro esperando que a crianC;8 viesse a ela e quando moslravam-Ihe sua criac;:ao,
es!avam sempre todos lindos e incentivava desenhar mais e com mais eolondo. Em urn
determinado momento uma menina mostrou-Ihe 0 desenho de outra COiS3, a professora
Tez urn comentario que a menina desenha,ia aquila outra hara e deu outra foiha
exp\icando-Ihe novamente, de maneira individual para a men ina como era para realizar
o desenho. Outra crian~a perguntou se podia desenhar uma cas a e ela comentou que
11::J momenta a atividade nao tinha casa
53 DADOS COLETADOS POR QUESTIONARIO:
Dando continuidade a pesquisa, urn questionario fazendo parte de::pesquisa de
campo sobre a postura do professor diante do desenvolvimento grafico da crianc;a, foi
realizado com as professoras do matemall ate 0 Pre Ill. Fo] realizado um questionario
de cinco perguntas e entregue a cinco professoras de educac;ao infantil, da Escola
Santa Teresinha do Menino Jesus.
A prime ira pergunta era sabre a formac;ao academica e 0 tempo de atuac;ao na
area da educa9ao. Das cinco professoras pes qui sad as, Ires tem 0 curso completo de
Pedagogia, entre elas, uma tem p6s·graduac;ao em Educa~aa Especial e outra esta
curs an do p6s.graduar.;:ao de Psicomotricidade Relacional e especializac;ao em
Organiza<;:aa do Trabatho Pedag6gica. Duas professoras estao cursando a graduac;ao
de Pedagogia. Quanto ao tempo de atua9ao a resposta fai a seguinte dentre as
/:.~!;:!:".:.- , ~~
r~H'il' \!\\,'~, .i/'\::01';:'1 ~a\;;~--:---.•.
28
professoras pesquisadas: duas professoras tern oito anos de trabalho na area. uma
com seis ano~. uma com dezoito anos e uma com vinte e dais anos atuando na area
A segunda pergunta foi a seguinte: a professora ja reatizou algi 1m curso
especifico sabre desenho infantil? Obtivemos Ires afirmac;:oes e duas nega<;6es. Uma
fez uma oficina sabre desenho infanti! e duas realizaram denlro do curso de Pedagogia
a disciplina "Alie na Educac;:ao lnfantil"
Como terce ira pergunta: a desenho infanti! tern urn papel importante no
desenvolvimento da aprendizagem da crianc;:a? Todas as professoras questionadas
~esponderam que sim, que a desenho infantil na aprendizagem tern um papel
Importante. E=ao serem question adas do porque, obteve-se as respostas de tres
professoras que respcnderam dizendo que a desenho desenvo(ve a linguagem,
desenvolve a pensamento, desenvolve a imagina<;:c3oe e tambem um meio da crian<;:a
expressar seus sentimentos
Na quarta pergunta foi questionado sabre experiencia em sala de aula. 0
professor deve interferir no desenho da crianc;a? As respostas foram assim: duas
professoras responderam "sim" e tres responderam "naa" Para uma professora a
interferencia no desenho da cnanc;a depende do objetivo da professcra. Outra,
respondeu que nao se deve interferir e se aprofundar neste assunto. Ja na visao de
uma terceira professora, deve-se interferir para ajudar a crianc;a a interpretar a desenho
Na quinta e ultima pergunta as professoras foram questionadas sobre as
estrategias utilizadas ao trabalhar a desenho infanti! Nessa questao fcram citados
recursos como materiais diversos, cores vanadas, a cantar historias, temas propostos,
tempo livre e liberdade no momenta em que a crianc;a estiver reallzando 0
desenvolvimento grafico. Ao analisar esta pergunta percebeu-se que uma professora
29
nao soube diferenclar a desenho de plntura e uma outfa professora nao respondeu esta
questao.
5.4. INTERPRETACAO DA PESOUISA DE CAMPO
A observa93o feita em sala de dula mostrou que em todas as turmas 0 desenho
estava inserido nas atividades realizadas, sendo urn trahalho de continuidade sabre 0
que estava sendo trabalhado em sala rie aula, e em nenhum momento a desenho foi
dado aleatoriamente como urn simples passatempo.
No Pre 11,0 desenho estava insertdo num trabalho continuo e 10ngo sabre a pre·
histona. Nas outras turmas, maternal I, maternal II, Pre I e Pre III, 0 desenho vela
depois de uma brincadeira, historia au atividade na sala de informatica.
As posturas das cinco professoras observadas (cram diferentes diante do
desenvolvimento grafico de seus alunos_ Tres professaras demonstraram interesse e
atitudes de que esta fase e import ante para a aluna, a trabalho com a desenho, como
parte do processo da aprendizagem. Respeitaram 0 tempo e a interesse de seus
alunos, participando ativamente deste momenta
Apenas, duas professoras tive:"am uma postura mais conservadora. A do Pre 11
usou urn comportamento impondo regras as crian9as, e fazendo julgamenta dos
trabalhas bonitos au feios. No Pre 1, a professora demonstrou falta de interesse, nada
Ihe charnava aten903o. Quando se pronunciava era para dizer que os desenhos tinham
que ter algo que ela queria, 0 chao, que muitos esqueciam de desenhar. 0 interesse
maior por parte da professora era que a aluno escrevesse seu nome na folha e fixava
este fato com frequencia.
.10
Mesma trabalhando numa forma mais _demOCf<3tica ocorreu que, uma
professora procurou trabalhar mais a interpretac;:ao do desenho, 80 inves de encorajar a
crian<;a no sell processo do desenvoivimento grafico propriamenle ::No
Durante 0 trabalho da crianC;8, ela impunha uma condi«;:ao para que a mesma
fala5se sabre a que estava desenhando, e nao respeitava a falar espont2meO [Jar parte
da crianc;a e uma das professoras mostrou nao saber a difererlC;8 entre desenho e
pintura.
5.4.1. INTERPRETA(:AO DAS RESPOSTAS DO QUESTIONARIO
Uma professora citou no questionario, que 0 professor de educac;ao infantil
deve se aprofundar no assunto para enlender cad a vez mais sabre a desenho, e ao
observa-Ia em sala de aula, percebi sua contradic;:ao, pois ao realizar urn trabalho de
desenho com suas criam;as nao demonstrou nenhum interesse diante dt)
desenvolvimento gratico
Outra professora respondeu no questionario que a interferencia depende da
atlvldade proposta, send a que uma atividade livre nao interfere e que quando e uma
atividade de registro de conteudo deve haver a interferencia necessaria. Tambem,
demonstraram entender da importancia de estrategias para ajudar a crianr;a realizar a
seu trabalho grafico, pais aleatoriamente nada se aprende.
o educador de educar;ao infantil deve oferecer as crianr;as diferentes tipos de
desenhos e obras de artes, as professores devem oferecer a crian9a, varios recursos·
como cenas, objetos e pessoas para que assim depois, a crianr;a tenha condir;6es de
formular seus proprios desenhos.(LOWEENFELD, 1997)
31
Por isso e importante que 0 professor utilize vanos recursos incentivando a
cnanGa a freqDentar ambientes culturais onde a arie esta sempre presente. 0 educador
deve tar consciencia que 0 incentivo e fundamental para a crian<;a e principalmente a
que esta na pre~escola. 0 professor de EducaC;ao Infantil deve t~r em mente, que 0
desel1ho ajuda na construyao de um ser humane completo e totat. Valorizando na
crianc;a as aspectos intelectuais e morals despertando na crian<;a uma consciencia
individual, harmonizada ao grupo social ao qUe esta inserido.(FERRAZ, 1993}.
Com esta pesquisa pude observar, que muitos professores nao colocam em
pratica na sala de aula 0 que sabem sobre 0 desenho infanti!, porque na maioria dos
casas, 0 que foi respondido no questionario nao foi colocado em pratica, pela
professora, no momenta de realizar urn trabalho com desenho
32
6. CONSIDERACOES FINAlS:
Com esle Irabalho pUdt;; perceber que muilos aulores se preocupam com a
crianya em todas as fases de SU3 vida e mostram que 0 desenho infantil e muito
importante no desenvolvimento d8 crianga. Esta fase sendo bp,m tr3balhada a crianc;a
se torna uma pessoa rna IS segura e capaz de caminhar passo a passo pela vida. Mas,
muitcs educadores nEW tern 0 conhecimento que estes autores pass am e nao
conhecem as fases que a crianc;.a pass a.
Com a minha pesquisa de campo descobri professores preparados para este
trabalho. interessaaos na crianc;a e no seu desenvolvimento grafico, sabendo que a
desenho e de grande importanci(;j em sua vida e dando a devido valor. Mas, como toda
regra tern exce<;ao, tern professores desprepados e desinteressados em relac;ao ao
processo construtivo do desenho infantil, tendo uma postura mais conservadora.
Esta pesquisa trouxe-me uma visao de como e a postura do professor diante
da construr;:ao grafica da crianc;a, como tambem obtive conhecimento em saber da
importancia do desenho na aprendizagem da crianc;a. Pude observar que nem tOdo 0
educador de eduear;:ao infantll eonheee as fases do desenvolvimento grafteo da erianc;a.
E ao realizar a analise dos resultados, eheguei a seguinte eonclusao: sao
poucos as professores que trabalham a desenho de maneira adequada, ou seja, dando
liberdade de criaC;ao para a crianc;a, orientando, mas sem grandes interferencias. Muitos
ainda nao tem preparac;ao academica e demonstram nao ser urn professor
pesquisador Nao estao preparados para aeornpanhar e fase em que a erianc;a esla
inserida.
Segundo Lowenfetd (1997), 0 professor p::lde tamar a cnantya mais sensivel e
mottvada em realizar uma criavao artistica atraves de Sl.!a propria ideia, e para isso
acortecer, a cnanc;:a deve desenhar livremente sem uma interf€rencia direta, e se a
professor e do tipo que imp6e sua tmaginaty30 para 0 aluno, expondo para a criantya
uma Imagem diferente que ela possui de urn certo objeto a~aba passanrlo para a aluno
um certo sentimento de incapacidade.
E importante rElatar tambem que, por meio dos tejncos, pode-5e constatar que
atualmente depois de muilos estudos e discussoes, as institui90es e os educadores
perceberam a importimcia da expressao da crianc;a atraves do desenho, porque as
irnagens represenladas par elas VaG expressando sua Jeitura de mundo. E peJo
desenho que a crianc;a mostra como ve 0 mundo, as pessoas e ela mesma e a situac;:ao
em que eta se encontra
o desafio con!inua. apesar de ja terrnos consegui~o mudanc;:as significalivas
nesse processo. As praticas tambem mudaram bastante, mas, ainda ha urn campo
enorme de trabalho que levara tempo para mudan<;as. Os professores precisam estudar
e 5e interessar mais pelos seus alunos e seu desenvolvimento grafico, tendo em mente
alga mUlto imporiante que: ao trabalhar 0 desenvolvimento grafico da crian<;:a nao existe
o "ensinar ue 0 ~aprender" em rela<;ao ao desenho.
34
REFERENCIA :
VALENTE, Jose Armando (organizador). Computadores e Conhecimento: Repensando
a Educa~ao.Sao Paulo Grafica Central da UNICAMP,1993.Disponivel em:
http://www.impisa.com.br/artigos/ aprendizagem_e_desenvolvimento.pps.Acesso ern:06
out 2005
LOWENFEIO, Victor. A criam;a e sua arte 1° ed. Sao Paulo: Editora Mestre, 1997.
PILLAR,Analice.Desenho e escn"ta como sistemas de representaqao 1oed Porto Alegre
Editora artes medicas, 1996.
FREIRE,Paulo Freire. Pedagogia da Autonomia, sabres necessarios a pratlca
educatlVa. 22°edi~ao. Sao Paulo: Editora Paz e leitura,2002.
OEROYK,Edith Formas de pensar 0 desenho.2°edi~ao. Sao Paulo: Editora
SCiplone,1994 MEDEOIEU, Florence de 0 desenho infan!JI'1° ediIYao. Sao Paulo:
Edltora Cultrix, 1974RESENDE FUSARI, Maria; FERRAZ,Maria Heloisa. Arte na
educaC;8o escolar. 2°ed. Sao Paulo: Editora Corte2,1993 STABILE, Rosa Maria; A
expressao anfstica na pre-escola. Sao Paulo: FTO,1988
PERGUNTAS:
Esta pesquisa tern como objetivo re31izar a trabalhO de pesquisa em re!ac;::aoao desenho lIifanill . que lem cemo Cerna .. C papel de educador no p;-ocesso
construtivo du desenho jnfantil~.e atraves deste qlJestionario procuro levantar
cados scbre a experiencia a do professor em safa de auia
1) Qual e a sua forma9ao? E a quanta tempo alua na area?
2) Ja realizou algum curso especifico sabre desenho infantil? Casa a resposta
seja posit iva, qual e como este !he ajudou dentro da sala de aula?
3) ~~ra voce 0 desenho infantil, tern urn papel importante no desenvolvimento
da aprendizagem da crianc;::a.
() SIM
()NAO
Por que? ---------------------------------