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INTRODUÇÃO Este estudo tem como objeto de pesquisa o Uso de Tecnologias na Organização e Implementação do Trabalho Pedagógico Assim sendo, a ênfase deste projeto está em auxiliar o professor e pedagogo a se apropriarem criticamente das tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no desenvolvimento das práticas pedagógicas. Este projeto apresenta algumas ações a fim de que professores e pedagogos explorem mais os recursos didáticos tecnológicos que estão disponíveis na escola, pois as novas tecnologias (TV Multimídia, vídeo, software, Internet, uso do computador, Laboratório de Informática) têm de fazer parte das atividades cotidianas escolares, porque já estão envolvidas no projeto de vida dos alunos. Como produtores de novos saberes, numa escrita colaborativa na construção de variados materiais didático, incentivar na produção de (vídeos educativos das disciplinas, para palestras, mapas conceituais, mapas mentais utilizando software, produção de links para texto, para vídeos). Sendo o papel do professor, o de mediar à aprendizagem num processo de interação e colaboração, em ambientes virtuais de aprendizagem, serão acompanhados no desenvolvimento das atividades pela cursista do PDE.

Adelia Mono

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INTRODUO

Este estudo tem como objeto de pesquisa o Uso de Tecnologias na Organizao e Implementao do Trabalho Pedaggico

Assim sendo, a nfase deste projeto est em auxiliar o professor e pedagogo a se apropriarem criticamente das tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no desenvolvimento das prticas pedaggicas. Este projeto apresenta algumas aes a fim de que professores e pedagogos explorem mais os recursos didticos tecnolgicos que esto disponveis na escola, pois as novas tecnologias (TV Multimdia, vdeo, software, Internet, uso do computador, Laboratrio de Informtica) tm de fazer parte das atividades cotidianas escolares, porque j esto envolvidas no projeto de vida dos alunos. Como produtores de novos saberes, numa escrita colaborativa na construo de variados materiais didtico, incentivar na produo de (vdeos educativos das disciplinas, para palestras, mapas conceituais, mapas mentais utilizando software, produo de links para texto, para vdeos). Sendo o papel do professor, o de mediar aprendizagem num processo de interao e colaborao, em ambientes virtuais de aprendizagem, sero acompanhados no desenvolvimento das atividades pela cursista do PDE.

Desta forma, sabendo que a Mdia informtica, ainda rejeitada por alguns(ns) professores e pedagogos por desconhecerem(desconhecermos) a sua significao no contexto escolar e por no saberemsabermos) manusear essas ferramentas.

Na era da Tecnologia da Informao e da Ps Modernidade um direito do professor e do aluno trabalharem com as TICs, inclusive para melhor exercerem a sua cidadania, uma vez que muitas de nossas atividades hoje em dia utilizam os recursos tecnolgicos.

A relevncia deste estudo se faz presente na medida em que professores e pedagogos explorem mais esses recursos didticos que esto disposio visando construo do conhecimento por parte dos alunos na escola, melhorando a qualidade de ensino. No mais podemos ficar apenas com os recursos didticos, giz, quadro de giz e mdia impressa (livros, revistas, apostilas), precisamos incentivar a produo por parte dos pedagogos e professores como produtores de novos saberes.

A apropriao das novas tecnologias pela escola tem como objetivo principal formar cidados crticos, autnomos, colaborativos para uma sociedade mais justa e humana socializando o conhecimento adquirido e produzido para toda a comunidade escolar.

1 REFERENCIAL TERICO

1.1 TECNOLOGIAS NA EDUCAO

O uso dos recursos tecnolgicos, em especial a TV Multimdia, deve ser vista como uma ferramenta eficaz e significativa no processo ensino aprendizagem do aluno.

A introduo de novas tecnologias no ensino e na escola levantar inmeras e importantes questes e da resposta encontrada depender o sucesso ou o insucesso da sua aplicao. O primeiro grande obstculo com que se depara a inovao tecnolgica na escola a organizao do prprio estabelecimento de ensino que decorre, essencialmente, do sistema de ensino em vigor e da filosofia educativa que lhe est subjacente: diviso do tempo letivo em unidades fixas, sobrecarga horria, disciplinas e contedos curriculares inadequadosA introduo de novas tecnologias no ensino e na escola levantar inmeras e importantes questes e da resposta encontrada depender o sucesso ou o insucesso da sua aplicao. O primeiro grande obstculo com que se depara a inovao tecnolgica na escola a organizao do prprio estabelecimento de ensino que decorre, essencialmente, do sistema de ensino em vigor e da filosofia educativa que lhe est subjacente: diviso do tempo letivo em unidades fixas, sobrecarga horria, disciplinas e contedos curriculares inadequadosA introduo da Realidade Virtual no ensino alterar, significativamente, o papel do professor, exigindo-lhe novas competncias e modificando o seu estatuto.

Para que os docentes se disponham a recorrer nova tecnologia necessrio que o professor se sinta motivado para a sua utilizao e que possua ao seu dispor todos os meios requeridos para superar com sucesso, as mais dificuldades que se iro levantar. Ao abandonar-se a tradicional concepo de ensino que considera o professor como o mestre que tudo sabe e os alunos como receptores vazios que o professor vai enchendo, pouco a pouco, com o seu saber, por um conceito de ensino dinmico, verdadeiramente exploratrio, em que o aluno constri o seu prprio conhecimento, o professor torna-se, mais que o sbio, um guia para os seus alunos.

Com a Realidade Virtual este novo papel acentua-se e o professor torna-se um colega, um outro elemento de grupo; ele quem facilita a aprendizagem dos alunos, um igual que se coloca ao lado dos seus educandos, trabalhando com eles, sentindo as mesmas dificuldades e alegrias, triunfos e fracassos. Trata-se no fundo, da defesa de uma nova concepo de ensino e no ser difcil de verificar, um dia, que os professores mais entusiasmados com a Realidade Virtual, sero os que, j hoje, defendem a mudana educativa. ( SOBRAL, 2000:84)

Ainda que no Ensino Bsico e Secundrio, as dificuldades de utilizao da Realidade Virtual a coloquem a um nvel mais simples, de iniciao, a sensibilizao nova tecnologia e a familiarizao realizada ao nvel das camadas mais jovens fundamental e, se por limitaes de cariz financeiro e organizacional, a utilizao da Realidade Virtual de forma mais alargada impossvel, ento a soluo poder passar pela criao de um Centro de Recursos, que centraliza as atividades desenvolvidas nesta rea dentro do estabelecimento de ensino. As funes deste local so vrias: sala de aula para experincias virtuais; local para atividades extra-curriculares dos alunos; base de apoio aos professores envolvidos no uso da nova tecnologia; local de aprendizagem para construo de mundos virtuais; centro de investigao e criao em Realidade Virtual e de desenvolvimento de sistemas de Realidade Virtual de baixo custo.

No Ensino Superior a Realidade Virtual transcende o seu papel de instrumento de trabalho e torna-se, ela prpria, objeto de estudo. A pesquisa na rea da Realidade Virtual tornar-se- cada vez mais importante e as Universidades podero tornar-se verdadeiros centros de investigao e de desenvolvimento, atravs de equipas, trabalhando em colaborao com outras instituies, educativas ou no, nacionais e estrangeiras. Paralelamente, tambm possvel dentro das Universidades desenvolver software - e at hardware - para utilizao local ou at posterior comercializao e criar aplicaes educativas na rea da Realidade Virtual para diferentes nveis de ensino, estimulando-se a criao de verdadeiros plos industriais universitrios. ( idem, 85)

Atualmente muito tem se discutido e questionado sobre o uso dos computadores e outras mdias nas escolas.

A utilizao da informtica como instrumento de aprendizagem e busca do conhecimento vem aumentando de forma rpida entre ns. Nesse sentido a educao vem passando por mudanas estruturais e funcionais frente a esse nova tecnologia.

A introduo do computador na educao vem causando uma revoluo na concepo de como pensar o ensino e a aprendizagem. ( VALENTE, 1991:64)

Algumas perguntas so feitas quanto ao seu uso, considerando os aspectos positivos e negativos da sua utilizao.

Questiona-se por exemplo:

Ser que o computador pode ajudar uma criana a compreender melhor a realidade na qual est inserida, ou ser um instrumento de fuga, alienao?

Poder o computador ajudar uma criana a se comunicar e expressar melhor, sendo ele uma mquina e no uma pessoa? De que forma?

Diante da nossa realidade scio-econmico, com problemas bsicos to srios, possvel introduzir um instrumento sofisticado como este nas escolas? Como?

Como preparar os professores para us-los, quebrando as barreiras com o ensino tradicional?

Ser que o computador pode ser utilizado para ajudar nos problemas de aprendizagem, e com crianas com deficincias especiais?

Estas so algumas das questes dentre tantas que ainda podero surgir, alguns destes questionamentos aos poucos vo sendo respondidos, medida que as experincias vo se difundindo e evidenciando a versatilidade da informtica, quando utilizada por profissionais competentes, criando condies favorveis para a criana se desenvolver, por meio da tomada de conscincia de si mesma, sem ameaar o contato com a sua realidade.

1.2 A QUALIFICAO DOCENTE FRENTE AS NOVAS TECNOLOGIAS

Diante de tantas transformaes pelas quais a escola vem passando com a introduo dos computadores no ensino, o professor tambm tem que acompanhar esta mudana.

As mudanas esto ocorrendo tanto no relacionamento professor e aluno, quanto nos objetivos e nos mtodos de ensino, e nesse processo de transformao cabe ao professor buscar saber qual o seu papel de forma crtica, consciente e participativa. ( GARDNIER, 1997, p.71)

Um dos objetivos do uso do computador no ensino o de ser um agente de transformao da educao, e o professor deve descobrir o lugar didtico deste tecnologia; para tanto o professor precisa ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construo do conhecimento pelo aluno e no mais um transmissor de informaes. Para que isso ocorra o professor deve procurar se capacitar tanto no aspecto computacional, no que diz respeito ao domnio do computador e dos demais diferentes softwares educacionais, quanto no aspecto de fazer interaes do computador com os contedos a serem trabalhados e nas atividades que envolvem a disciplina. ( RIPPER, 1996, p.78)

Parte-se do pressuposto de que todos aprendem e que os processos de ensino e de aprendizagem no dependem apenas de capacidades individuais, sendo o resultado de uma construo coletiva.

Educar aprender a conviver com a diferena. A escola, nesse sentido, constitui-se em espao de promoo da cidadania. Educar , sobretudo, um ato poltico. ( FOCAULT, 1987, p.78)

Ao longo deste tpico, procurou-se suscitar seu interesse e articular seus conhecimentos em torno da inter-relao de aprendizagem e tecnologias.

Nas sociedades mais desenvolvidas a tecnologia j se encontra dentro das escolas, das salas de aula, com amplo emprego de tele-conferncias, via satlite, videotextos, tele-textos, telefone, entre outros aparatos.

No Brasil, em termos de educao de jovens e adultos, trata-se, ainda, de universalizar o acesso de milhes de brasileiros a um patamar de escolaridade mnima, a se incluindo o conhecimento elementar da prpria escrita e leitura da lngua nacional a alfabetizao.

O que se tem verificado, na verdade, que as transformaes advindas desta revoluo cientfica e tcnica s tendem a contribuir para o acirramento das desigualdades e da injustia social, principalmente em pases terceiro-mundistas, como o Brasil.

E a revoluo cientfica e tcnica que, ao contrrio da revoluo industrial, no se baseia na mquina como multiplicadora ou substituta da fora humana fsica e nem no homem, visto como mo-de-obra produtora. A nova mquina interfere no campo da fora humana mental podendo multiplic-la e at substitu-la. O trabalho humano atingido no seu significado: os homens so envolvidos no processo de produo como portadores da cincia e do conhecimento social acumulado; so impelidos para a margem da produo imediata; a presena deles muito mais de criadores, de cientistas, que de operrios no sentido industrial.(VALENTE, 1993, p.98)).

A combinao de vrios meios num uso coordenado, onde cada um contribui de tal forma, torna o processo de aprendizagem e de interao do aluno mais efetivo e consistente. Para tanto, um cuidadoso planejamento do material didtico ser necessrio, no se subestimando a utilidade do material impresso como fonte central e geradora do conhecimento na forma de manuais, livros-texto, guias de estudo e textos de apoio. Estes tipos de materiais didticos podem ainda ser veiculados em diferentes canais de comunicao, sejam eles escritos, em udio, vdeo ou computacionais, no formato de jornais, revistas, vdeo educativo, web sites e CD-Roms,

Torna-se imprescindvel trabalharmos o conceito de texto versus o conceito de canais de suporte do texto: a distino entre os textos de um lado, e os diferentes suportes de texto, canais e meios, por outro, resulta absolutamente adequada e necessria. Neste sentido, os livros, os peridicos, as revistas, os cartazes etc. no so tipos de textos, mas de suportes ( h que distinguir os canais textuais, como regra geral, sobre a base de suas caractersticas tcnicas e audiovisuais de comunicao (televiso, rdio, telefone, imprensa, cartazes etc.), algo que com o conceito de meio costuma no ficar claro; habitualmente se usa esse conceito para os canais e para os suportes quando o receptor um pblico amplo e nmeros. (Vandi, 1978 in SFEZ, 2004, p.12)Conceituar documento como conjunto de signos ou mensagens fixas mediante tratamento sobre um suporte, no nos permite caracteriz-lo como material pronto e acabado, mas como passvel de uma nova leitura e nova produo informativa pelo sujeito. Apesar de permitir a materializao de mensagens, um dado suporte no constitui o documento, mas o abriga, maneira de uma ferramenta de trabalho atravs da qual o receptor pode atuar para construir, desconstruir e reconstruir o sentido e o conhecimento de forma ativa e criativa. A informao se organiza em funo da especificidade do canal e do contedo da mensagem, o que nos leva a discriminar os cdigos que interferiro na construo do documento didtico e os modos de representao privilegiados.(Fiorentini, 1994 in OLIVEIRA, 1999).

Aos canais de suporte, enquanto recurso didtico, dado diferentes prioridades, sendo que um ou mais desempenham papel central no processo de ensino-aprendizagem, e outros um papel suplementar e secundrio. Para Landim (1997), os recursos didticos centrais constituem a fonte principal que as pessoas tm mo, geradora de contedos e conhecimentos, que se oferecem como resposta aos postulados curriculares, previamente desenhados na busca de um perfil profissional ideal, para alcanar o desenvolvimento pessoal e da sociedade. Os recursos complementares so considerados reforos, apoios e auxiliares, que devem ser usados de forma coerente com os objetivos do ensino e em harmonia com os esquemas metodolgicos estabelecidos. ( SOBRAL, 2000, p.142)

A introduo da Realidade Virtual no ensino alterar, significativamente, o papel do professor, exigindo-lhe novas competncias e modificando o seu estatuto.

Para que os docentes se disponham a recorrer nova tecnologia necessrio que o professor se sinta motivado para a sua utilizao e que possua ao seu dispor todos os meios requeridos para superar com sucesso, as mais dificuldades que se iro levantar. Ao abandonar-se a tradicional concepo de ensino que considera o professor como o mestre que tudo sabe e os alunos como receptores vazios que o professor vai enchendo, pouco a pouco, com o seu saber, por um conceito de ensino dinmico, verdadeiramente exploratrio, em que o aluno constri o seu prprio conhecimento, o professor torna-se, mais que o sbio, um guia para os seus alunos.

Com a Realidade Virtual este novo papel acentua-se e o professor torna-se um colega, um outro elemento de grupo; ele quem facilita a aprendizagem dos alunos, um igual que se coloca ao lado dos seus educandos, trabalhando com eles, sentindo as mesmas dificuldades e alegrias, triunfos e fracassos. Trata-se no fundo, da defesa de uma nova concepo de ensino e no ser difcil de verificar, um dia, que os professores mais entusiasmados com a Realidade Virtual, sero os que, j hoje, defendem a mudana educativa. ( SOBRAL, 2000, p.84)

A formao de professores deve organizar-se de forma a atender necessidade de atualizao do ponto de vista terico, em trs grandes dimenses: pedaggica, tecnolgica e didtica (BELLONI, 2006, p.88-89).

O aperfeioamento profissional, essencial ao professor e ao professor pedagogo, em formao continuada, oferecido pela SEED ou buscando outros cursos oferecidos pelo MEC a fim de que, possa manusear com eficcia a TV Multimdia; pesquisar na Internet a fim de ter o suporte para o planejamento das atividades de aprendizagem, explorando ao mximo as potencialidades de cada mdia.

1.3 A INSERO DA MULTIMIDIA NA ESCOLA

A escola deve desenvolver ao mximo a potencialidade do aluno, interagindo com seus pares, com o objeto e trazendo suas experincias acumuladas. Assim, na aprendizagem, o recurso didtico no deve ser utilizado sob o paradigma instrucionista, centrado no ensino e na instruo, como no ensino tradicional, mas deve levar o aluno a refletir sobre a sua prpria construo do conhecimento, utilizando-se da metodologia interativa e colaborativa.

Dale, em Pirmide do Aprendizado (1966), mostra que quanto maior for a experincia do aluno relacionada com a teoria/prtica/experincias, maior ser a sua aprendizagem em torno do que est sendo ensinado (p..221).

Moran, Masseto e Behrens afirmam tambm sobre essa perspectiva:

[...] o aluno dever ser iniciado como pesquisador e investigador para resolver problemas concretos que ocorrem no cotidiano de suas vidas. A aprendizagem precisa ser significativa, desafiadora, Problematizadora e instigante, a ponto de mobilizar o aluno e o grupo a buscar solues possveis e concretizadas luz de referenciais tericos/prticos (2000, p.77).

O uso das tecnologias um diferencial e enriquece o processo de ensino-aprendizagem desde que utilizados de forma adequada, de modo contextualizado e de quais objetivos o professor deseja alcanar.

A TV Multimdia vista pela SEED/PR (2008) como uma ferramenta para a construo de objetos de aprendizagem, ou seja, so recursos tecnolgicos que tem como finalidade a organizao e a estruturao de materiais educacionais digitais, so materiais ou recursos utilizados no contexto educacional de diferentes maneiras e por diferentes sujeitos.

Tambm denominada TV Pendrive, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educao visando melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem, subsidiada pela insero de novas tecnologias nas escolas. Alm disso, possibilita a incluso e o acesso a essas tecnologias, dos alunos e professores da rede pblica estadual.

No Paran, essa iniciativa constitui-se na implantao de um televisor de 29 polegadas, com entradas para VHS, DVD, carto de memria e pendrive e sadas para caixas de som e projetor multimdia, em cada uma das 22 mil salas de aula da rede estadual de educao, bem como um dispositivo pendrive para cada professor. Por meio desse recurso, os professores podem salvar imagens, udios, vdeos na rede, para posteriormente, utiliz-los na sala de aula, como recursos didticos complementares direcionados a uma aprendizagem mais significativa.

O material selecionado e salvo pelo professor em suas pesquisas na rede, diversos recursos didticos, como os vdeos elaborados pela TV Paulo Freire, vrios objetos de aprendizagem desenvolvidos pela equipe de Multimeios e objetos de aprendizagem colaborativa, elaborados pelos professores da rede pblica estadual, esto disponibilizados para ele no Portal Dia a dia Educao do Estado do Paran, no endereo www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.

O professor precisa ter clareza em relao adequao do audiovisual escolhido s necessidades, s caractersticas e aos interesses dos alunos. necessrio organizar a progresso equilibrada das atividades partindo do que o aluno conhece e acrescentando aprendizagem dos pontos considerados importantes para a aquisio de conceitos, atitudes e valores (SARTORI e RESLER, 2007, p. 99-118).

Mesmo contando com todos esses recursos, quanto ao uso da TV Multimdia, podemos dizer que, muitas vezes, no contedo trabalhado no h sequncias didticas. Para tanto, existem diversas prticas para o uso dos mais diversos recursos: pode-se utilizar slides (imagens estticas), vdeos convertidos do you tube, a TV integrando outras mdias como computador, filmadora e mquinas fotogrficas, possibilitando ao aluno vivenciar a produo de seu trabalho, de uma atividade que ele prprio faa em conjunto aprofundando seus conhecimentos.

Sabe-se que em qualquer rea do conhecimento, a leitura de imagens, udios e vdeos necessria, pois elas so fontes de informaes e possuem elementos de sensibilizao que permitem ao professor ensinar contedos curriculares de uma forma diferenciada da apresentada apenas com o quadro e o giz.

Segundo Pretto ( 1999, p.99), a ateno deve ser dada tambm, em relao leitura de imagens:

[...] o analfabeto do futuro ser aquele que no souber ler as imagens geradas pelos meios eletrnicos de comunicao. E isso no significa apenas o aprendizado do alfabeto dessa nova linguagem. necessrio compreender que esse analfabetismo est inserido e conseqncia da ausncia de uma razo imagtica, que se constitui na essncia dessa sociedade em transformao. A TV, as imagens, os vdeos precisam ser vistos como se fosse um texto, o qual precisa ser lido, interpretado e compreendido. Um texto que age, muitas vezes, no imaginrio pessoal e coletivo:

a televiso e o vdeo partem do concreto, do visvel, do imediato, prximo, que toca todos os sentidos. Mexem com o corpo, com a pele, as sensaes e os sentimentos - nos tocam e "tocamos" os outros, esto ao nosso alcance atravs dos recortes visuais, do close, do som estreo envolvente. (MORAN, 2002, p.1)

necessrio que todo o material pesquisado seja selecionado, bem como importante que as aulas sejam pensadas, a metodologia seja reestruturada e que os professores devem sempre assistir e analisar o material que pretendem utilizar para poderem planejar suas aulas para que haja aproveitamento e contextualizao de seu uso.

Dessa forma, os objetos de aprendizagem podem ser usados na apresentao de um tema ou contedo, como ilustrao, fonte de pesquisa, ou para o incio de questionamentos e reflexes e at mesmo no processo de avaliao dos conceitos discutidos em sala de aula.

Para Nevado (2006, p.17), imagens, udios e vdeos tocam com o imaginrio das pessoas e nas relaes que elas tm com o mundo:

[...] o papel do professor no contexto educacional proporcionar, mediar e intermediar o crescimento cognitivo e afetivo de seus educandos, explorando atravs de experincias em sala de aula situaes que os faam interagir, trocar informaes, indagar, debater e raciocinar sobre os contedos que fazem parte do currculo. Nessa perspectiva, a construo do conhecimento se d numa relao dialgica entre alunos e professores na relao cotidiana no ambiente educacional.

A insero do recurso tecnolgico na escola no garantia de uma transformao efetiva e qualitativa nas prticas pedaggicas, porm, pode provocar profundas transformaes na realidade social, desde que seu uso seja adequado com uma prtica que propicie a construo de conhecimento.

A linguagem produzida com a mdia audiovisual, na integrao entre imagens, movimentos e sons, atrai e toma conta das geraes mais jovens, cuja comunicao resulta do encontro entre palavras, gestos e movimentos, distanciando-se "[...] do gnero do livro didtico, da linearidade das atividades de sala de aula e da rotina escolar" (ALMEIDA, 2005, p. 41).

Sobre isso, Moran (2000) afirma que os meios de comunicao, principalmente a televiso e o vdeo, desenvolvem formas sofisticadas de comunicao, envolvendo os aspectos sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens que facilitam a interao com o pblico. Assim, [...] a televiso e o vdeo partem do concreto, do visvel, do imediato, do prximo - daquilo que toca todos os sentidos. Pela TV e pelo vdeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, ns mesmos (p.33-37).

Para que a utilizao dessa ferramenta seja eficaz e significativa no processo de ensino e aprendizagem dos alunos importante que o professor juntamente com a equipe pedaggica planeje as atividades que realizar durante o perodo letivo, selecionando os recursos de imagem, vdeo e som adequados turma, ao tempo e ao programa da aula, escolhendo diversas metodologias para a sua apresentao e discusso, variando os recursos disponveis e integrando-os aos temas e disciplinas da srie, desenvolvendo vrias aulas utilizando a TV Multimdia como recurso pedaggico, com auxlio de pendrive.

Verificou-se por meio de alguns referenciais tericos do PDE, do site Dia a Dia Educao e de alguns artigos cientficos, que a TV Multimdia deve ser utilizada de forma pedaggica e didtica. O pedagogo e o professor precisam estar preparados para utilizar a linguagem audiovisual com senso crtico de forma a desenvolverem aprendizado em seus alunos.

Jackiw e Dias (2009) ao refletirem sobre a implantao da TV Multimdia nas escolas pblicas estaduais do Paran, especificamente na cidade de Curitiba, que a utilizao desta ferramenta na prtica docente uma alternativa de trabalho de integrao entre mdia e a construo do conhecimento, segundo os Estudos de Recepo e Educomunicao. Em decorrncia disso, as pesquisadoras, na reflexo nos indicam, que apesar das dificuldades a serem superadas para a integrao das tecnologias de informao e da comunicao no ato educativo, suas potencialidades comunicacionais e pedaggicas podem oferecer melhorias na construo do conhecimento, contribuindo para aumentar o grau de autonomia do estudante e eficincia no processo ensino-aprendizagem.

Para Schwarzelmller (2004), a imagem uma forma de comunicao importante no contexto da sociedade atual, comunicando fatos, ideias e conceitos. Ela enfatiza que a comunicao de informao multimdia amplia o processo cognitivo que constri o conhecimento no indivduo.

REFERNCIAS

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