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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ AUDREY LETICIA MOTTA DA SILVA PRESCRIÇÃO PENAL DA PRETENSÃO PUNITIVA ANALISADA DE FORMA DIDÁTICA CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

AUDREY LETICIA MOTTA DA SILVA

PRESCRIÇÃO PENAL DA PRETENSÃO PUNITIVA ANALISADA DE

FORMA DIDÁTICA

CURITIBA

2015

AUDREY LETICIA MOTTA DA SILVA

PRESCRIÇÃO PENAL DA PRETENSÃO PUNITIVA ANALISADA DE

FORMA DIDÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel. Orientador: Dr. Roberto Aurichio Junior.

CURITIBA

2015

TERMO DE APROVAÇÃO

AUDREY LETICIA MOTTA DA SILVA

PRESCRIÇÃO PENAL DA PRETENSÃO PUNITIVA ANALISADA DE

FORMA DIDÁTICA

Este trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado à Coordenação do curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, para que seja julgado e aprovado para a obtenção do título de Bacharel em Direito.

Curitiba, de de 2015.

_________________________________

Bacharelado em Direito Universidade Tuiuti do Paraná.

Prof. Dr. Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografias.

Orientador: Prof. Dr. Roberto Aurichio Junior Universidade Tuiuti do Paraná – UTP.

Professor (a) Examinador (a) Universidade Tuiuti do Paraná – UTP.

Professor (a) Examinador (a) Universidade Tuiuti do Paraná – UTP.

AGRADECIMENTOS

A você meu Deus, o único Pai da minha Vida, meu porto seguro, que permite tudo

isso ser possível.

Sempre a vocês, Paty e Marcio.

A minha Família, ao meu amor e amigos por jamais me permitirem esquecer,

quem eu sou, e do que eu sou capaz.

Ao meu orientador, professor Doutor Roberto Aurichio Junior, por ser esse

mestre e homem maravilhoso, nos ensinando sempre a seguir em frente nessa

caminha, sem contar na sua inigualável paciência, e atenção, e por todos os seus

ensinamentos, muito obrigada por me proporcionar à honra de ser a sua orientanda.

Bem como a todos os outros professores, profissionais e colegas. Por mais

que não saibam desta pequena lembrança, foram grandes alicerces na construção

de minha formação profissional, e que com certeza são exemplos que procurarei me

espelhar.

A Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, que me possibilitou conhecer esse

mundo fantástico do Direito, assim como pela excelente formação que me foi

proporcionada.

E por fim, sou eternamente grata a todas as pessoas que de alguma forma

contribuíram para que esta etapa fundamental de minha vida fosse concluída com

sucesso.

DEDICATÓRIA

A vocês, que eu amO.

Minha mãe e meu irmão

EPIGRAFE

“Acredito que DEUS

Me da força

para conseguir o que realmente desejo”

Normam Vincent Peale

RESUMO O presente trabalho tem por objetivo, demonstrar a importância da prescrição penal, com foco na pretensão punitiva do Estado, vale dizer, no direito de punir do Estado. Pois, ocorrerá a prescrição antes de transitar em julgado a sentença em virtude da inércia do Estado. Bem como se justifica, na dificuldade existente entre acadêmicos de direito e, ainda de profissionais já inseridos no mercado de trabalho em ter uma noção clara e objetiva do tema. Dessa forma, a presente monografia tem o intuito de demostrar através de exemplos, esquemas, as espécies de prescrição penal positivadas no ordenamento jurídico brasileiro (artigos 107, IV e 109, ambos do Código Penal) e demais disposições legais pertinentes aplicáveis á essas, Sobre a luz de método de Revisão Bibliográfica, consultas a obras, internet, artigos, teses e demais, fontes necessárias, procurando suprir as dificuldades e incompreensões encontradas, dos seus principais operadores. Palavras-chave: Direito, extinção da punibilidade, Prescrição Penal, Pretenção Punitiva do Estado.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................8

2 PRESCRIÇÃO PENAL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ATUAL ..............9

2.1 SIMPLES CONSIDERAÇÕES, DA EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO PENAL

NO DIREITO BRASILEIRO .................................................................................... . 9

2.2 CONCEITOS DE PRESCRIÇÃO PENAL .................................................... 10

2.3 NATUREZA JURÍDICA ............................................................................... 12

3 DA PUNIBILIDADE E SUA EXTINÇÃO NO DIREITO PENAL BRASILEIRO

.. .............................................................................................................................. 13

3.1 PODER PUNITIVO DO ESTADO ............................................................... 13

3.2 CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE ................................................ 13

4 ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO PENAL........................................................15

4.1 DISCIPLINA LEGAL......................................................................................15

4.1.1 Considerações importantes para a contagem do prazo................................17

4.1.2 Termo inicial do prazo prescricional, antes de transitar em julgado a sentença

passa a correr da seguinte forma:............................................................................18

4.1.3 Termo inicial do prazo prescricional, após o transito em julgado da sentença

condenatória irrecorrível (pena concreta) são ..........................................................18

4.1.4 Hipóteses de interrupção da prescrição.........................................................19

4.1.5 Crimes imprescritíveis....................................................................................20

4.2 ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO.......................................................................20

4.2.1 Prescrição da pretensão punitiva...................................................................20

4.2.1.1 Prescrição da pretensão punitiva-pena in abstrato .......................................21

4.2.1.2 Prescrição da pretensão punitiva retroativa-pena in concreto.......................22

4.2.1.3 Prescrição da pretensão punitiva intercorrente ou superveniente-pena in

concreto ....................................................................................................................25

4.2.2 Prescrição antecipada ou em perspectiva......................................................25

4.2.3 Prescrição da pretensão executória ..............................................................26

4.2.4 Prescrição da Pena de multa........................................................................ 28

5 JURISPRUDÊNCIA ......................................................................................29

6 CONCLUSÃO................................................................................................31

REFERÊNCIAS..........................................................................................................32

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1 INTRODUÇÃO

Ao direito incumbe o estudo e análise dos diversos temas existentes no

ordenamento jurídico, para a perfeita compreensão dos mesmos.

Nesse contexto, sempre tendo em vista, a necessidade do acadêmico de

direito e do profissional jurídico em entender de forma clara e objetiva as espécies

de prescrição penal, em especial a da pretensão punitiva, na busca de uma correta

aplicação do dispositivo legal.

Desta forma, faz necessário o entendimento didático deste, ou seja, tornar

eficiente o ensino, para que, assim seja possível suprir as dificuldades de

aprendizagem de seus principais operadores, impulsionando-os, ao uma possível

compreensão sobre as espécies de Prescrição Penal no Direito Positivo Brasileiro.

.

9

2 PRESCRIÇÃO PENAL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ATUAL

2.1 SIMPLES CONSIDERAÇÕES, DA EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO PENAL NO

DIREITO BRASILEIRO.

Inicialmente, ressalta-se que o instituto da Prescrição Penal é uma das

causas de extinção da punibilidade prevista no Ordenamento Jurídico Penal

Brasileiro. Significa esquecimento, pacificação Social.

Segundo João José Leal (1998, p.471) é: “a perda do poder punitivo do

Estado, por seu não exercício no prazo previsto em lei”.

A Prescrição penal, já era conhecida dês do direito Grego. Mas em Roma é

que se tem noticia dos primeiros registros Históricos do, mas antigo texto legal, que

abordava sobre prescrição, a lex Julia de adulteriis, datada do ano XVIII antes de

Cristo. Essa Abordava apenas a prescrição da pretensão punitiva. Sendo a

prescrição da pretensão executória, surgida, mas tarde no Direito Francês em 1791,

data do seu Código Penal, na época da Revolução.

No Brasil, o Código de Processo Criminal de 1832, foi o primeiro a consagrar

a prescrição, sendo regulada apenas a modalidade da pretensão punitiva1.

Mas tarde em 1890, por meio do Decreto n.774, que se abordou a previsão da

pretensão executória. Segundo Antônio Rodrigues Porto:

Jeremy Bentham, Cesare Beccaria, e Henckel fazem parte da lista dos que não admitiam a prescrição da pretensão punitiva, nem a prescrição da pretensão executória, justamente por acreditarem que: ‘’deixar de aplicar a pena, simplesmente por efeito do decurso do tempo, seria a consagração da impunidade, encorajando criminosos a pratica de novos crimes, Seria, ainda, um insulto à justiça e à moral”. (PORTO, 1998, p.13).

Promulgado o Código Penal de 1890, as duas modalidades de prescrição

foram regulada. Mantendo-as, o seu sucessor, o Código Penal de 1940.

Este código de 1940, vigente até os seus dias atuais, cuidou da Prescrição

Penal no titulo VIII, nos artigos, 107 inciso IV, 109 a 118, todos do Código Penal. Foi

o único que levou em consideração a imprescritibilidade de alguns crimes, no caso

1André Estefam (2013, p.511) menciona: “No Brasil, o primeiro diploma a cuidar do assunto foi o código de Processo Criminal de 1832, uma vez que o Código Criminal do Império silenciou a respeito. Nota-se daí que, nos primórdios de nosso direito positivo, a matéria era considerada de cunho processual”.

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dos delitos de racismo e de ação de grupos armados, militares ou civis, contra o

Estado Democrático e a ordem constitucional, que estão dispostos no artigo 5º inciso

XLII e XLIV da Constituição Federal de 1988.

2.2 CONCEITOS DE PRESCRIÇÃO PENAL

No âmbito bibliográfico nacional, encontram-se inúmeros conceitos

respeitados, sobre prescrição, dentre os quais, verifica-se abaixo uns dos mais

utilizados, tanto no espaço acadêmico quanto em bibliografias e artigos jurídicos

sobre o assunto:

Segundo Plácido de Silva (1995, p.761): “A prescrição criminal consiste na

extinção do direito de processar ou punir o delinquente”.

Paulo Nader conceitua:

É a perda do direito de ação pelo decurso do tempo.com ela, o direito não desaparece, mas fica sem meios de obter a proteção judicial, em decorrência da inércia de seu titular, que não movimentou o seu interesse em tempo hábil. (NADER, 1998, p.367).

Machado Paupério (1977, p.267) diz ser: “Meio de Paz social, para não

eternizar as querelas”.

Assim como Felippe, apresenta (1992, p.649): “Prazo após o qual uma

pessoa perde a possibilidade de fazer valer seus direitos da Justiça”.

Sidou (1997, p.477): “Modo de extinção da punibilidade pelo tempo final do

prazo estabelecido em lei, salvo as causas impeditivas ou interruptivas por ela

assentados”.

Bento Faria (1959, p.215): “Consiste na extinção da reponsabilidade por

motivo do transcurso de certo tempo, em determinadas condições, sem que se

promova a repressão do delito ou em que a pena seja executada”.

Franco (1979, p.276): “Prescrição é a perda da pretensão punitiva ou

executória do Estado pelo decurso do tempo”.

Damásio em sua concepção diz:

É a perda do poder-dever de punir do Estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante certo tempo. Ela se diferencia da decadência e da perempção, que também constitui causas extintivas da punibilidade. A prescrição atinge em primeiro lugar o direito de puir do Estado e, em consequência, extingue o direito de ação; a

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perempção e a decadência ,ao contrario ,alcançam primeiro direito de ação e, por efeito, o Estado perde a pretensão punitiva.

Já Noronha menciona ser:

Perda do direito de punir, pelo decurso de tempo; ou, noutras palavras, o Estado, por sua inércia ou inatividade, perde o direito de punir. Não tendo exercido a pretensão punitiva no prazo fixado em lei, desaparece o Jus Puniendi. (NORONHA, 1981, p.412).

Porto (1998, p.133): “Deixar de aplicar a pena, simplesmente por efeito do

decurso do tempo”.

Para Estafam (2013, p.511): “Consiste na perda do poder de punir-dever de

punir do Estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória

após o decurso de determinado período de tempo”.

Capez (2015, p.613): “Perda do direito-poder-dever de punir pelo Estado em

face do não exercício da pretensão punitiva (interesse em aplicar a pena) ou da

pretensão executória (interesse de executá-la) durante certo tempo”.

Assim, verifica-se que a prescrição penal nada, mas é, que uma passagem

de tempo, legalmente positivado, onde o Estado, não a observando, a partir do

comedimento de um delito, crime, tem o dever de cumprir a sua obrigação de

reprovar essa conduta. Não o fazendo, dentro deste tempo, mencionado, não

haverá mais possibilidade de alcançar a punição desejada.

Pode-se ainda afirmar, depois de inúmeros conceitos citados, que a

prescrição penal é, acima de tudo, uma segurança jurídica para o cidadão, frente o

poder do Estado.

Assim, o Principio da Legalidade descrito no código Penal, e também na

nossa Carta Magna que expressa: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não

há pena sem prévia cominação legal”. (Artigo 5º XXXIX da Constituição Federal de

1988 e artigo I do Código Penal de 1940).

A mesma Lei Penal que define os crimes e as penas, não pode quando uma,

contudo Humana for típica, antijurídico e culpável, (Conceito analítico de Crime), ser

aplicada por essa, quando se passar um lapso temporal significativo do

comedimento do crime, pois com esse tempo decorrido, acaba que, se perdendo o

caráter educativo e preventivo, com o qual se busca alcançar, quando imposta a

merecida pena.

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2.3 NATUREZA JURÍDICA

Segundo André Estefam, podemos diz que:

“Quanto à sua natureza jurídica, trata-se de instituto de direito material. Bem por isso encontra-se regulada no Código Penal (e não no Código de Processo Penal). Referida qualificação traz importantes reflexos em seu regime jurídico, repercutindo, notadamente, na retroatividade da lei que dispõe sobre prescrição (retroagirá se benéfica ao agente) e na contagem do prazo, que se dá com base no art.10 do CP (incluindo-se o dia inicial e excluindo-se o termo final)”. (ESTEFAM, 2013, p.511 e 512).

Assim, podemos observar que as consequências que vem a ser geradas

pelo decurso do prazo prescricional, tem caráter processual, pois, está relacionado à

abertura do processo criminal, interrompendo o seu andamento e

consequentemente, a aplicação da pena.

Contudo, o dispositivo tem a sua origem e as suas causas, todas elencadas

no direito substantivo, por isso, a doutrina brasileira conclui pela natureza Penal.

Fernando Capez traz as suas considerações:

A prescrição é um instituto de direito Penal, estando elencada pelo Código Penal como causa de extinção de Punibilidade (art.107, IV). Embora leve também à extinção do processo, esta é mera consequência da perda do direito de punir, em razão do qual se instaurou a relação processual”. (CAPEZ, 2015, p.613).

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3 DA PUNIBILIDADE E SUA EXTINÇÃO NO DIREITO PENAL BRASILEIRO

3.1 PODER PUNITIVO DO ESTADO

Com o descumprimento da norma jurídica penal, o Estado por meio de seus

agentes competentes, busca esclarecer o crime, para que assim, possa estar

punindo o agente criminoso, ou seja, exercer o seu poder punitivo.

Segundo José Cretella (1998, p.62) “A punibilidade é o direito concreto e

exclusivo, que detém o Estado, de punir aquele que violar a Lei Penal”.

O ordenamento jurídico legal permite o Estado sancionar qualquer pessoa

que tenha cometido uma infração penal, de forma Genérica e impessoal, ou seja,

individualizando-se na pessoa do agente, de acordo com a pratica da ação ou

omissão imposta pela Norma.

Para Salgado Martins:

O direito de punir tem uma face subjetiva e outra objetiva. subjetiva-se no Estado ,quando lhe confere o poder de punir os delinquentes ,e objetiva-se nas normas que o próprio estado elabora e edita, definindo os fatos delituosos e ameaçando-lhes com pena. O direito de punir considera objetivamente, constitui o limite em que se exerce a faculdade ou poder de punir reconhecido ao Estado”. (MARTINS, 1957, p.457).

Ainda que todo delito deva ser merecedor de pena, pelo simples fato de que

toda conduta típica, antijurídica e culpável deve ser punida, há impedimentos á sua

aplicação, pois, para que aja a punição, tem que se respeitar certas “condição”,

expressas em Lei, onde se não seguidas , não há de se falar em punição.

Zafaroni e Pierangeli (1999, p.743) chamam de “condições de operatividade

da coerção Penal de natureza penal” que consiste em “Causas pessoais que

extinguem a penalidade”.

3.2 CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE

O direito-dever do Estado de Punir o cidadão que vem a cometer qualquer

infração penal não é permanente. O Legislador Brasileiro traz algumas

circunstancias legal, que levam a extinção da punibilidade, ou seja, a perda desse

direito.

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São varias as causas que levam a essa extinção, estão previstas no artigo

107, do Código Penal:

Extingue-se a punibilidade: I- pela morte do agente; II-pela anistia, graça ou indulto; III-pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso IV-pela prescrição, [sem grifo no original]; decadência ou perempção; V- pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI- pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; IX-pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

Denota-se do artigo supra citado ,que a primeira parte do inciso IV , trata

sobre a extinção da punibilidade quanto ocorre a prescrição , objeto deste trabalho

de conclusão de curso .

Anibal Bruno (1978,p.210) comenta “ A prescrição no direito penal é esta ação

extintiva da punibilidade que exerce o decurso do tempo ,quando inerte o poder

público na repressão do crime”.

A justificativa para tanto, se da por vários fatores. Um dos, é pelo fato da

própria humanidade não aceitar, que um individua ainda que, tenha comedido um

crime, fique para toda vida, sob a ameaça de um processo ou punição, onde como o

decurso de tempo, desaparece o interesse do próprio Estado de punir o cidadão.

Sem contar a dificuldade de arguir provas para uma justa apreciação do fato

criminoso etc.

Damásio E. De Jesus, aponta três motivos para uma possível

fundamentação da prescrição:

1 o decurso do tempo (inexistência do interesse: estatal em apurar o fato ocorrido há muitos anos, ou de ser punido seu autor); 2 a correção do condenado (o transcurso do tempo sem a reiteração criminosa faz presumir sua reintegração social); 3 a negligencia da autoria” .(DAMÁSIO ,1985,p.22)

A prescrição atinge o poder punitivo do Estado, antes da condenação,

impedindo o processo ou, depois da condenação, com reflexos na execução da

pena. Tendo como resultado a extinção da punibilidade do fato.

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4 ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO PENAL

Neste capítulo, especificamente, será estudado as espécies de prescrição

penal no direito positivo brasileiro, como já mencionada ,fazendo uma abordagem

didática2 para melhor compreensão da matéria.

Desta forma, primeiramente será analisado a disciplina legal da prescrição,

ou seja, alguns pontos relevantes de caráter geral para que se possa ser entendido

posteriormente as modalidades de prescrição, em especial da pretensão punitiva do

Estado.

4.1 DISCIPLINA LEGAL

O art. 109 do Código Penal elenca as regras para a prescrição e assim antes

de transitar em julgado a sentença, recorremos a ele para verificar qual a pena

máxima (pena in abstrato) do crime e em quanto tempo ele prescreveria. Após o

transito em julgado, quando temos a pena concreta (pena in concreto) também

recorremos ao art. 109, para verificar o prazo prescricional que diz ser:

Art.109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º. Do art. 110 deste Código, regulam-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: I- em 20(vinte) anos, se o máximo da pena é superior a 12 (doze); II- em 16(dezesseis) anos, se o máximo da pena é superior a 8 (oito) anos e não exceda a 12 (doze); III- em 12 (doze) anos, se o máximo da pena é superior a 4 (quadro) anos e não excede a 8 (oito) anos; IV- em 8 (oito) anos, se o máximo da pena é superior a 2 (dois) anos e não excede a 4 (quatro) anos V- em 4 (quatro) anos, se o máximo da pena é igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, não excede a 2 (dois) anos; VI- em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (CÓDIGO PENAL, 20015).

Assim segue um quadro, com as informações necessárias do artigo 109 do

código Penal, para uma melhor visualização e verificação dos prazos prescricionais:

2Segundo o dicionário Barbosa (2000, p.244) “didática s.f.1. Arte e técnica de ensina. 2.Metodologia do ensino. Didático adj.1.Relativo ao ensino .2.Proprio para ensinar .3. Que torna eficiente o ensino .

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QUADRO 1-

PENA PRAZO PRESCRICIONAL

I – inferior a 1 ano Prescreve em 33 anos

II – de 1 a 2 anos Prescreve em 4 anos

III – de 2 a 4 anos Prescreve em 8 anos

IV – de 4 a 8 anos Prescreve em 12 anos

V – de 8 a 12 anos Prescreve em 16 anos

VI – superior a 12 anos Prescreve em 20 anos

FONTE: o próprio autor.

Assim, quando ocorreu um crime de infanticídio, por exemplo, e ainda não

há sentença condenatória transitada em julgado, verifica-se a pena máxima em

abstrato do infanticídio no art. 123 do Código Penal, que é de 6 anos e analisando o

quadro-1 que faz referencia ao do art. 109 do Código Penal, verificamos que a

pena recai no item IV, pena de 4 a 8 anos, sendo assim prescreve em 12 anos.

Do mesmo modo, se no mesmo crime de infanticídio já houve sentença

transitada em julgado e supondo que a pena em concreto imposta pelo Juiz foi de 3

anos, levaremos está pena concreta de 3 anos para a análise do quadro-1 que faz

referência ao art. 109 do Código Penal, e não mais a pena máxima, como

demostrado no exemplo anterior . Assim, analisando o quadro-1 , verifica-se que a

pena de 3 anos recai no item III, pena de 2 a 4 anos ,sendo que prescreve em 8

anos.

3Estefam (2013, p.514) “A lei n.12.234, de cinco de maio de 2010, modificou o prazo mínimo da prescrição das penas privativas de liberdade, antes de dois anos e, agora de três. Essa mudança deve-se assinalar, não opera retroativamente, dado seu caráter material gravoso (CF, art. 5º, LV). Significa dizer que para infrações penais cuja ação ou omissão tiver ocorrido até o dia 5 de maio de 2010, ainda valerá o prazo de 2 anos. Para aquelas cometidas do dia 6 em diante, o lapso será de três”.

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4.1.1 Considerações importantes para a contagem do prazo

Aqui, se faz necessário sempre ser observado, pois são considerações

importantes na contagem do prazo da prescrição Penal.

“As penas mais leves prescrevem com as mais graves.” (artigo. 118 do

Código Penal).

Sendo o réu menor de 21 anos na data do fato ou maior de 70 por ocasião

da sentença, o prazo prescricional será reduzido pela metade. (artigo. 115 do

Código Penal).

A idade de 21 anos neste caso para a maioria dos doutrinadores não foi

reduzida pelo Código Civil de 2002, bem como há de 70 anos não foi igualmente

reduzida pelo Estatuto do Idoso, uma vez que para eles o que importa é a idade

biológica e não a prevista no novo Código Civil.

O reconhecimento de agravantes ou atenuantes genéricas descritas nos

arts. 61, 62 e 65 do CP não alteram esses prazos, eis que, não podem elas fazer a

pena ultrapassar o máximo previsto em abstrato.

O que já não ocorre com os casos de aumento e diminuição da pena, que

alteram esta em patamares fixos, podendo fazer com que a pena máxima sofra

alterações e assim, devem ser levadas em conta na busca da prescrição.

Exemplo: o roubo simples no art.157 do Código Penal possui pena de

reclusão, de 4 a 10 anos, assim pegamos a pena máxima que é de 10 anos, e

passamos a analisar o quadro-1 que faz referência ao art. 109 do Código Penal,

assim, verificamos que a pena recai no item V, (pena de 8 a 12 a nos), que por isso

prescreve em 16 anos.

No entanto, supomos que o roubo resultou de lesão corporal grave, previsto

no mesmo artigo. 157 § 3º, a pena agora será de 7 a 15 anos. Pegamos a pena

máxima como referência, no caso 15 anos, e passamos a analisar o quadro-1 que

faz referência ao art. 109 do Código Penal, verificamos que a pena recai no item VI

(pena superior a 12 anos) assim, observamos que a prescrição, sofrerá um

aumento, cujo prazo prescricional será de 20 anos.

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4.1.2 Termo inicial do prazo prescricional, antes de transitar em julgado a sentença,

passa a correr da seguinte forma.

Segundo o artigo. 111 do Código Penal:

I- do dia em que o crime se consumou; II- no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; III- nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; IV- nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. (art. 111 do CP).

Ou seja, no geral para todos os crimes, temos o prazo inicial a partir da

consumação do crime. Já no caso de tentativa, devemos pegar como prazo a data

em que cessou a atividade, ou seja, da data em que foi praticado o último ato

executório do crime, os crimes permanentes, da data em que cessou a

permanência.

Exemplo: se uma pessoa foi sequestrada no dia 9 de maio 2015 e

permanece em poder dos sequestradores até o dia 16 de maio, temos que o crime

se consumou no dia 9 de maio, porém a prescrição só terá seu termo inicial no dia

16 de maio quando cessou a permanência.

Observar, segundo o artigo 119 do Código Penal ,que: “No caso de concurso

de crimes, a prescrição deve ser verificada isoladamente a partir da data de cada um

dos delitos”.

Calculamos para os prazos acima mencionados, ou seja, antes de transito

da sentença, pela pena máxima.

4.1.3 Termo inicial do prazo prescricional, após o transito em julgado da sentença

condenatória irrecorrível (pena concreta) são:

Segundo o artigo. 112 do Código Penal:

I- do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; II- do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se a pena. (art. 112 do CP).

O prazo prescricional conta-se na forma do art. 10 do Código Penal, ou seja:

“inclui-se o dia do começo, contando os meses e os anos pelo calendário comum”.

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Ademais, o prazo é improrrogável, podendo terminar em fim de semana ou

feriado.

4.1.4 Hipótese de interrupção da prescrição

As hipóteses de interrupção estão elencadas no artigo. 117 do Código

Penal:

I-pelo recebimento da queixa ou denuncia; II-pela pronuncia; II-pela decisão confirmatória da pronuncia; IV-pela publicação da sentença ou acordão condenatórios recorríveis V-pelo inicio ou continuação do cumprimento da pena VI-Pela reincidência” (art. 117 do CP).

Sempre observando os parágrafos do artigo citado, ou seja: “A interrupção

,quando se der por consequência do inicio ou continuação da pena , ou pela

reincidência, a prescrição produzirá efeitos relativamente a todos os autores do

crime,”. (art.117 § 1º CP) e “nos crimes conexos, que sejam objetos do mesmo

processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles”. (art.117 §

2º CP).

Oportuno se faz diferenciar os casos de interrupção da prescrição, com os de

suspensão da prescrição. Nos casos de interrupção começa a contar o prazo

novamente, começa do zero. Já o de suspensão começa a contar o prazo de onde

parou apenas do período restante, vejamos as hipóteses de suspensão, segundo

Estefam:

Há um elenco exemplificativo no art.116 do CP, no qual constam como causas suspensivas da prescrição da pretensão Punitiva: a) a suspensão do processo penal por questão prejudicial (CPP, arts. 92 e 93); b) o fato de o agente cumprir pena no estrangeiro (até porque não poderá, nessas condições, ser extraditado para o Brasil). Ao lado dessas, há outras, dentre as quais vale destacar: c) a suspenção do processo quando a citação editalícia, nos termos do art.366 do CPP; d) a suspensão do processo em virtude do sursis processual (art.89 da Lei n.9.099/95); e) a suspensão do processo contra senador ou deputado federal, por decisão da respectiva Casa Legislativa (CF, art.53,§ 5º, com redação da EC n.35/2001). (ESTEFAM, 2013, p.522).

20

4.1.5 Crimes imprescritíveis

Existem crimes imprescritíveis, que são os praticados por grupos armados,

civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático, previstos na

Lei 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional) e os crimes de racismo definidos na Lei

7.716/96 e no art. 5o, XLII. Da Constituição Federal.

4.2 ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO:

Pena in abstrato a) Prescrição da Pretensão Punitiva pena in concreto – retroativa

Pena in concreto - superveniente FIGURA: o próprio autor b) Prescrição da Antecipada ou em Perspectiva

c) Prescrição da Pretensão Executória

d) Prescrição da Pena de Multa

4.2.1 Prescrição da pretensão punitiva

Como já disposto, verifica-se que a Prescrição da Pretensão Punitiva se

divide em três subespécies, o que basicamente diferencia uma subespécie da outra

é a utilização da pena in abstrato (quando ainda não se tem sentença) ou in

concreto (se houve sentença de 1o. grau).

Como ensina Cezar Roberto Bitencourt (2012, p.871): “A prescrição da

pretensão punitiva só poderá ocorrer antes de a sentença transitar em julgado e tem

como consequência a eliminação de todos os efeitos do crime: é como se este

nunca tivesse existido”. Com o reconhecimento dessa espécie de prescrição,

surgem importantes efeitos, Fernando Capez elenca como sendo:

A) impede o inicio (trancamento de inquérito policial) ou interrompe a persecução penal em juízo; b) afasta todos os efeitos, principais e secundários, penais e extrapenais, da condenação; c) a condenação não pode constar da folha de antecedentes, exceto quando requisitada por juiz criminal. (CAPEZ, 2015, p.615).

Junqueira e Vanzolini confirmam:

21

A ocorrência da prescrição da pretensão punitiva, em qualquer de suas modalidades, teoricamente afasta todos os efeitos de eventual sentença condenatória. Condenações prescritas não podem gerar reincidência ou maus antecedentes, por desobediência ao principio da presunção de inocência”. (JUNQUEIRA, VANZOLINE, 2014, p.672).

Assim, passaremos a análise de cada uma das modalidades de Prescrição

Penal da Pretensão Punitiva.

4.2.1.1 Prescrição da Pretensão Punitiva – pena in abstrato

A Prescrição da Pretensão Punitiva - in abstrato ocorre antes do transito em

julgado da sentença condenatória. Ainda não temos sentença, por está razão

utilizamos a pena in abstrato (pena máxima), para verificar a prescrição, pois não

sabemos ainda o quanto da pena que será aplicada. Não existe sentença.

Bitencourt (2015, p.892) diz ser: “Denomina-se prescrição abstrata porque

ainda não existe pena concretizada na sentença para ser adotada como parâmetro

aferidor do lapso prescricional”. E ainda demostra como se obter o prazo

prescricional:

Para se encontrar o prazo prescricional, deve se tomar as seguintes providencias: A) observar o máximo de pena privativa de liberdade cominada à infração penal. Considerando-se o limite máximo cominado ao delito, porque será o limite que poderá atingir a pena que for concretizada na sentença. B) verificar, no art.109 do CP, o prazo prescricional correspondente àquele limite de pena cominada (prazo preliminar). Esse prazo é básico ou preliminar, porque poderá sofrer a incidência de majorantes ou minorantes de aplicação obrigatória, bem como menoridade ou velhice, que, naturalmente, alterarão seu limite C) verificar se há alguma das causas modificativas desse prazo: 1) Majorantes ou minorantes obrigatórias, exceto as referentes ao concurso formal próprio e ao crime continuado. Deve-se considerar a eventual existência de causas modificativas da pena, quais sejam as majorantes ou minorantes, excluindo-se, evidentemente, as agravantes e atenuantes. Como em matéria de prescrição deve-se priorizar o interesse público, em se tratando de majorante deve-se considerar o fator que mais aumente, e, em se tratando de minorante, o fator que menos diminua a pena. 2) Menoridade ou velhice (art.115). Se o agente era, ao tempo do crime, menor de vinte e um anos, ou, na data da sentença, maior de setenta, o prazo prescricional reduzir-se-á pela metade. Fazendo incidir essas causas modificativas-majorantes ou minorantes, e idade do agente-sobre o máximo da pena, que fundamenta o prazo preliminar, encontrar-se-á o prazo prescricional definitivo. (BITENCOURT, 2015, p.892,893).

Desta forma, se a ação penal não for iniciada dentro do prazo fixado, será

reconhecida a prescrição.

22

Exemplo: O crime de furto (artigo. 105 do Código Penal), tem como pena, 1

a 4 anos, de reclusão, tendo como pena máxima 4 anos, assim passamos a analisar

o quadro-1 que faz referência ao art. 109 do Código Penal, verificamos que a pena

recai no item IV, (pena de 4 a 8 anos), prescreve se com a regra em 12 anos. Assim,

se não tiver ocorrido o recebimento da denuncia dentro desse prazo, deverá ser

declarado à prescrição do crime.

Do recebimento da denuncia até a sentença, tal prazo de 12 anos também

será observado, ou seja, não poderá passar 12 anos da denuncia até a devida

sentença, caso passe 12 anos sem que, o juiz sentencie, ocorrerá da mesma forma

à prescrição.

Exemplo: Suponhamos que o furto tenha ocorrido dia 10 de janeiro de 2000, a

denuncia foi recebida no dia 11 de janeiro de 2004, passou-se 4 anos e 1 dia .

Da data do fato (10 de janeiro de 2000), até o recebimento da denuncia (11

de janeiro 2004) não ocorreu à prescrição, pois como já observado no exemplo

anteriormente, ocorreria à prescrição do crime de furto, em 12 anos.

No entanto, se o juiz não sentenciar até o dia 20 de março de 2016, temos

um lapso temporal contado de 11 de janeiro 2004 (data da denuncia) a 20 de março

de 2016, tendo assim passando-se 12 anos, 2 meses e 9 dias , prescrevendo –se

portanto a ação .

Estabelece o artigo 61 do Código Penal que: “Em qualquer fase do processo,

o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declara-lo de oficio”. Ou seja,

qualquer momento, antes ou durante a ação penal, mediante requerimento por

qualquer das partes ou de oficio, poderá ser declarada extinta a punibilidade.

Sendo essa declaração reconhecida no curso da ação, o juiz não julga o

mérito da causa.

4.2.1.2 Prescrição da pretensão punitiva Retroativa – pena in concreto

Essa ocorre quando a pena é concretizada, que servirá de base para o

reconhecimento da prescrição retroativa, trata-se da pena imposta em definitivo, ou

seja, a pena fixada na sentença condenatória de primeiro grau que tenha transitado

em julgado, ou naquela estabelecida definitivamente em grau de recurso.

Estefam (1013, p.522) aponta: “Diferente da prescrição da pretensão

punitiva pela pena em abstrato somente no tocante ao parâmetro, isto é, na base de

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cálculo do prazo”. Passando assim a explicar como chegar ao reconhecimento da

prescrição retroativa:

Tem como parâmetro a pena aplicada na sentença condenatória, a qual deverá ser confrontada com o art.109 do CP (se o réu for menor de 21 anos na data do fato ou maior de 70 na data da sentença, o prazo deve ser reduzido pela metade). Nos períodos anteriores à sentença condenatória, a prescrição da pretensão punitiva em concreto denomina-se retroativa (esta somente pode ser aplicada a fatos ocorridos até 5 de maio de 2010, uma vez que foi extinta pela Lei n.12.234).(ESTEFAM,2013,p.522)

Devido à entrada em vigor da Lei n.12.234/2010, que considera extinta essa

modalidade de prescrição retroativa, considerações importante tem que ser

apontadas, quanto as suas modificações introduzidas em matéria de prescrição

penal pela pena em concreto. Estefam apresenta as principais modificações:

Essa Lei revogou o $ 2º do art.110 do CP, o qual regulava a prescrição retroativa. Além disso, modificou a redação do $ 1º do mesmo artigo, visando a deixar claro que a prescrição superveniente ou intercorrente jamais poderá ser utilizada para fundamentar o reconhecimento antecipado do lapso prescricional, ou seja, a chamada “prescrição Virtual”. Essa mudança tem caráter gravoso, motivo pelo qual são irretroativas, ou seja, somente se aplica a fatos cometidos depois da entrada em vigor da Lei n.12.234, que se deu no dia 6 de maio de 2010. Data essa característica, as regras anteriores continuarão sendo aplicadas a infrações penais cuja conduta (ação ou omissão) houver ocorrido até o dia 5 de maio; significa dizer que o regime jurídico anterior será ultrativo. (ESTEFAM, 2013, p.523).

Declarada extinta a prescrição retroativa, à necessidade de se respeitar o

momento do crime ocorrido, antes e depois da alteração da lei.

Para fatos ocorridos até 5 de maio de 2010, antes da entrada em vigor da

Lei, a prescrição da pretensão punitiva retroativa ,essa é analisada, após a

aplicação e publicação da pena pelo juiz sentenciante, se tendo um marco de

interrupção da prescrição. E também, não havendo recurso do órgão acusador,

transitando em julgada a decisão para este, surge ai, o momento para a realização

da prescrição retroativa.

Passamos a pegar a pena imposta na sentença, como pena base ,pois essa

não pode mas ser majorada ,seguindo para analise da tabela ,do artigo 109 do

código penal , para se ter o lapso temporal que o Estado tem para punir o agente

criminoso .

Se logo após a sentença condenatória transitada em julgada para acusação,

ou o recurso para acusação for improvido, com a observação desses dois requisitos,

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Com a pena In concreto, passamos assim, verificar se ocorreu a prescrição, da

pretensão punitiva retroativa.

Exemplo: suponha-se que o réu esteja sendo acusado pelo crime de calúnia,

previsto no artigo 138, do Código Penal, cuja pena é de 6 meses a 2 anos, de

detenção . Se formos analisar a prescrição pela pena em abstrato, seguindo o

exemplo já observado, chegaremos a 4 anos. Acontece que aqui, temos que focar,

na sentença do juiz, suponhamos, que acaba fixando pena de 6 meses , pegamos

essa pena base in concreto , assim passamos a analisar o quadro-1 que faz

referência ao art. 109 do Código Penal, notemos que a pena recai no item I ,(penas

inferiores a 1 ano) , prescreve se com a regra em 3 anos.

Muito importante, ressaltar que agora lapso temporal, no caso do nosso

exemplo de 3 anos , tem que ser levada para data de todos os termos iniciais , ou

seja ,entre a data do crime e do recebimento da denuncia ou queixa, e desse

recebimento ou queixa até a sentença de 1º grau , observando se decorreu o prazo

de 3 anos .

Já para os fatos ocorridos a partir de 6 de maio de 2010, posterior Lei

nº12.234/2010, somente se aplica a prescrição da pretensão punitiva pela pena em

concreto na modalidade superveniente ou intercorrente.

Eugenio Raúl Zaffaroni e José Henrique Pierangeli comentam:

“A reforma processada na parte geral do Código deu maior amplitude do instituto da prescrição retroativa, determinando, expressamente, que a prescrição fundada na pena concretizada e que atinge a pretensão punitiva podia ter por termo inicial data anterior à do recebimento da denuncia ou da queixa. (art.110, &2º agora expressamente revogado pela lei 12.234/2010). Agora, existe óbice legal para utilizar o novo patamar prescricional, momento anterior à denúncia (nova redação do § 1º, do art. 110, CP) inexistindo recurso da acusação dá-se a prescrição da pretensão punitiva fundada no prazo calculado sobre a pena in concreta, se ocorreu esse prazo entre a data do recebimento da denúncia e o da data da sentença condenatória. O aumento da renuncia –um terço –deve ser computado para os fins da prescrição intercorrente ou retroativa” (ZAFFARONI, PIERANGELI, 2015, p.681).

25

4.2.1.3 Prescrição da Pretensão Punitiva Intercorrente ou Superveniente – pena in

concreto

Considera Rogério Greco a Prescrição da Pretensão superveniente como

sendo:

Considera-se como superveniente (também conhecida como intercorrente ou subsequente) a prescrição a que é contada a partir da publicação da sentença ou acordão condenatório recorríveis, tomando-se por base o transito em julgado para a acusação ou o improvimento do seu recurso. É reconhecida pelo nome de superveniente justamente por ocorrer após a sentença ou acórdãos condenatórios recorríveis (GRECO, 2015, p.810).

Essa modalidade de prescrição, é calculada também, com base na pena em

concreto, é contada a partir da publicação da sentença, ou seja, depende do transito

em julgado da sentença ou acórdão recorrível.

Exemplo: suponha-se que o réu esteja sendo acusado pelo crime de calúnia,

previsto no artigo 138, do Código Penal, cuja pena é de 6 meses a 2 anos, de

detenção .O juiz, acaba fixando pena de 6 meses , pegamos essa pena base in

concreto , assim passamos a analisar o quadro-1 que faz referência ao art. 109 do

Código Penal, notemos que a pena recai no item I ,(penas inferiores a 1 ano) ,

prescreve se com a regra em 3 anos.

Por conclusão, se entre a data da sentença de 1o. Grau e o julgamento do

recurso pelo Tribunal transcorrer o prazo de 3 anos, terá havido a prescrição

intercorrente ou superveniente.

A diferença entre retroativa com a superveniente ou intercorrente, podemos

dizer que é o termo inicial, pois a retroativa retroage para todos os termos iniciais,

sendo, entre a data do crime e do recebimento da denúncia ou entre tal recebimento

e a sentença a de 1ºgrau. Já a intercorrente ou superveniente o termo inicial se dá

entre a data da sentença de 1ºgrau e o julgamento do recurso pelo tribunal.

4.2.2 Prescrição Antecipada ou em Perspectiva

Essa forma de prescrição não está prevista em lei, porém vem sendo

admitida por grande parte da doutrina e jurisprudência.

A prescrição antecipada ou em perspectiva, alguns doutrinadores também

chamam de “virtual”, não se trata propriamente de uma modalidade de prescrição,

26

mas sim, de ausência de interesse processual, pois o juiz ao verificar que mesmo

havendo condenação o crime já teria prescrito, em face de uma futura prescrição

retroativa, não havendo para tanto, a necessidade de dar continuidade no processo.

Importes considerações Estefam, apresenta com a entrada em vigor da Lei

n.12.234, de 5 de maio de 2010, já mencionada nesse humilde trabalho :

“Deve-se consignar, ademais, que as alterações promovidas no art.110 do CP, por força da Lei n.12.234, de 5 de maio de 2010, no sentido de eliminar a possibilidade de reconhecimento da prescrição pela pena em concreto antes da denúncia ou queixa ,impuseram um golpe fulminante na tese da prescrição virtual ,cuja tendência (somente à consagração do entendimento sumular acima destacado )será de progressivamente deixar de ter qualquer aplicação”(ESTEFAM,2013,p.531).

A súmula com o qual o autor menciona na citação à cima destacada, faz

referencia a editada pelo STJ, Súmula 438, com a seguinte exposição: “É

inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com

fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do

processo legal”.

Exemplo: suponha-se que uma pessoa tenha sido indiciada em inquérito

policial por crime furto, prevista no artigo 155 do código penal, cuja pena é de 1 a 4

anos, consumado no dia 09 de abril de 2002, tendo como pena máxima 4 anos ,

assim , passamos a analisar o quadro-1 que faz referência ao art. 109 do Código

Penal, a pena recai no item IV ,(pena de 4 a 8 anos) , prescreve se com a regra em

12 anos .

O Promotor de Justiça, entretanto, ao receber o inquérito policial na data de

10 de abril de 2006, 4 anos após a consumação do crime, percebe que o indiciado é

primário e de bons antecedentes, de forma que o juiz, ao prolatar a sentença,

certamente não irá aplicar a pena máxima de 4 anos. Desta forma, considerando

que a pena fixada na sentença não passaria de 2 anos, seria inevitável, em caso de

condenação, o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois,

pela pena a ser fixada, a prescrição teria ocorrido após 4 anos.

4.2.3 Prescrição da pretensão Executória

Essa ocorre devido ao término do prazo legal para a execução da sentença

condenatória.

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Para ocorrência desta modalidade de prescrição, é necessária haver uma

sentença penal condenatória irrecorrível, ou seja, já transitada em julgado.

Assim, já com a pena em concreto estabelecida pela sentença, verifica-se o

prazo prescricional também utilizando o quadro do artigo 109 do código penal.

Bitencourt diz ser:

A prescrição da pretensão executória só poderá ocorrer depois de transitar em julgado a sentença condenatória, regulando-se pela pena concretizada (art.110) e verificando-se nos mesmos prazos fixados no art.109. O decurso do tempo sem o exercício da pretensão executória faz com que o Estado perca o direito de executar a sanção imposta na condenação. Os efeitos dessa prescrição limitam-se à extinção da pena, permanecendo inatingidos todos os demais efeitos da condenação, penais e extrapenais (BITENCOURT, 2015, p.910).

Faz-se necessário, a observação dos seguintes fatores que iram influenciar

no cálculo:

“A) a reincidência reconhecida na sentença condenatória, que aumenta em um terço o prazo (CP, art.110, caput, súmula 220 do STJ); b) ser o réu menor de 21 anos na data do fato ou maior de 70 na data da sentença, que reduz o prazo pela metade (CP, art.115). Excepcionalmente, no caso de interrupção do cumprimento da pena (p.ex. Fuga do preso) ou revogação do livramento condicional, o parâmetro será o restante da pena (CP, art.113)”.(ESTEFAM,2013,p.526,527).

Concluímos com Greco:

Contudo, se a prescrição disser respeito à pretensão executória, o Estado, em razão do decurso do tempo, somente terá perdido o direito de executar sua decisão. O título executório foi formado com trânsito em julgado da sentença penal condenatória, mas poderá ser executado. O condenado se vier a praticar novo crime, poderá ser considerado reincidente; caso a condenação anterior não sirva para efeitos de reincidência, como na hipótese do art.64, I, do Código Penal, ainda assim importará em maus antecedentes. A vítima do delito terá à sua disposição o título executivo judicial criado pela sentença penal condenatória transitada em julgada, nos termos do art.475-N do Código de Processo Civil. (GRECO, 2015, p.804,805).

Diferentemente da prescrição a pretensão punitiva, em qualquer de suas

modalidades, a prescrição da pretensão executória gera efeitos em razão da

condenação. E isto se dá, justamente porque o Estado ao cumprir efetivamente seu

dever de punir o cidadão dentro do prazo legal. O que ocorre, é a inercia da devida

execução da pena, ou seja, fazer o acusado cumprir a pena que lhe foi imposta por

ocasião da sentença irrecorrível.

.

28

4.2.4 Prescrição da Pena de Multa

De conformidade com o que dispõe o artigo 114 do Código Penal, a

prescrição da pena de multa correrá:

I- em dois anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada. II- no mesmo prazo estabelecido para a prescrição privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativa cominada ou cumulativa aplicada.

No período que se verifica a prescrição da pretensão punitiva, pura e

simplesmente, como inexiste no código penal, pena de multa cumulado

isoladamente, seu prazo prescricional será sempre calculado pela pena máxima

abstrata da infração cumulativa.

Após a sentença condenatória, tendo esta passada em julgado, se a pena

de multa for à única aplicável, prescreve em dois anos, se vier cumulada ou

alternativa com uma pena privativa de liberdade, prescreverá conjuntamente com

esta. Ensina Cezar Bitencourt:

“O lapso prescricional de dois anos tanto pode atingir a pretensão punitiva quanto a pretensão executória. Prescrevendo qualquer da pretensões estatais, seja punitiva ,seja executória , a multa não poderá ser executada :está igualmente prescrita ,ao contrario o de alguns entendimentos já manifestados” (BITENCOURT,2003,p.686).

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5 ANÁLISE JURISPRUDÊNCIA

Este capítulo é dedicado a apresentar alguns jugados sobre o tema

apresentado, conforme exposição a baixo.

PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO. NÃO CABIMENTO. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA ESTATAL RECONHECIDA DE OFÍCIO. 1. Ressalvada pessoal compreensão diversa, uniformizou o Superior Tribunal de Justiça ser inadequado o writ em substituição a recurso especial e ordinário, ou de revisão criminal, admitindo-se, de ofício, a concessão da ordem ante a constatação de ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia. 2. Habeas corpus não conhecido, mas, de ofício, declarada extinta a punibilidade pela ocorrência da prescrição da pretensão executória estatal. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas-corpus n° HC: 128018 MG 2009/0022382-8, T6 SEXTA TURMA. Relator: NEFI CORDEIRO TJSC. Disponível em: <http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/194972082/habeas-corpus-hc-128018-mg-2009-0022382-8 >. Acesso em: 23 de setembro de 2015.

Verificamos, assim, no exposto acima, a declaração da Prescrição na sua

modalidade executória, ou seja, nesse caso, foi declarada de oficio, pelo Relator

competente.

APELAÇÃO. ABANDONO DE INCAPAZ. PRESCRIÇÃO PENAL. Decorrido o prazo prescricional entre a data do recebimento da denúncia e a data da publicação da sentença condenatória, impõe-se a declaração de extinção da punibilidade, com prejuízo do exame do mérito. DECLARADA EXTINTA A PUNIBILIDADE. MÉRITO PREJUDICADO. BRASIL, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Apelação Penal: ACR: 70050745686 RS, Terceira Câmara Criminal, Relator: Nereu José Giacomolli Data de Julgamento: 06/12/2012 Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 23/01/2013. Disponível em:<http://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/112465627/apelacao-crime-acr-70050745686-rs> Acesso em: 23 de setembro de 2015.

Já essa, faz referência, a modalidade da prescrição penal da pretensão

punitiva, com ênfase, no mérito, que como consequência , vem a ser prejudicado.

PRESCRIÇÃO PENAL RETROATIVA. Superação do prazo entre o recebimento da denúncia e a sentença condenatória. Extinção da punibilidade. Declaração. Necessidade. - A superação do prazo da prescrição retroativa da pretensão punitiva estatal, entre a data do recebimento da denúncia e a data da publicação da sentença condenatória que transitou em julgado para a acusação, enseja a declaração de extinção da punibilidade. BRASIL, Tribunal de Justiça de São Paulo. APL: 8446920068260638 SP 0000844-69.2006.8.26.0638, Relator: João Morenghi data de Julgamento: 24/10/2012, 12ª Câmara de Direito Criminal, Data de Publicação: 01/11/2012. Disponível em:<http://tj-p.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/22574775/apelacao-apl-46920068260638-sp-0000844-6920068260638-tjsp > Acesso em: 23 de setembro de 2015.

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Importante, se faz recordar, ao observar essa jurisprudência, o vigor da Lei n. 12.234/2010, onde , se revogou a prescrição penal da pretensão punitiva ,na sua modalidade retroativa .

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO CRIMINAL COM AGRAVO. PENAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 287 DO STF. ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I – A recorrente deixou de atacar os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a suscitar a ocorrência da prescrição da pena de multa. Inviável, portanto, o agravo regimental, a teor da Súmula 287 do STF. Precedentes. II – Nos termos do art. 114, I, do Código Penal, a pena de multa, quando for a única aplicada, prescreve em 2 anos. III – Entre a data de publicação da sentença, última causa interruptiva do prazo prescricional verificada na espécie (art. 117, IV, do CP), e os dias atuais não transcorreu tempo superior a 2 anos, não havendo falar, portanto, em prescrição da penalidade de multa. IV – Agravo regimental improvido. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Extraordinário Criminal ARE: 720595 SP, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 07/05/2013, Segunda Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJE-097 DIVULG 22-05-2013 PUBLIC 23-05-2013 Disponível em: <http://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23307989/agreg-no-recurso-extraordinario-com-agravo-are-720595-sp-stf >. Acesso em: 23 de setembro de 2015.

Assim, para finalizar, uma jurisprudência, que vem abordando uma das peculiaridades da prescrição da pena de multa.

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6 CONCLUSÃO

A presente pesquisa teve como objetivo compreender a luz da doutrina e da

legislação, a prescrição penal no direito positivo brasileiro.

O interesse pelo tema abordado deu-se em razão de se explicar de forma

clara as espécies de prescrição penal existentes, eis que sua abordagem nem

sempre se denota de forma simples e objetiva.

Para seu desenvolvimento lógico o trabalho foi dividido em quatro capítulos.

O Segundo capitulo vislumbrou a prescrição penal na legislação brasileira

atual , sua origem e evolução brasileira ,bem como o conceito e suas natureza

jurídica .

O terceiro capitulo, foi destinado a tratar da punibilidade e sua extinção no

direito penal brasileiro ,tratando-se do poder punitivo do Estado e as causas

extintivas de punibilidade .

No quarto capitulo, observou-se às espécies de prescrição penal, em

especial da pretensão punitiva, de maneira objetiva e exemplificativa de direito uma

forma simples de entender tal instituto.

Já no quinto e ultimo capítulo, o foco foi demostrar jurisprudências

relacionadas ao tema abordado nessa humilde monografia.

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