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11 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CRISTIANO MENDES WENDLER INTER-RELAÇÃO ENTRE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA E PROCESSOS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL: ESTUDO DE CASO NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA CURITIBA 2013

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

CRISTIANO MENDES WENDLER

INTER-RELAÇÃO ENTRE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA E

PROCESSOS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL: ESTUDO DE CASO

NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

CURITIBA

2013

CRISTIANO MENDES WENDLER

INTER-RELAÇÃO ENTRE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA E

PROCESSOS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL: ESTUDO DE CASO

NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

Trabalho de Conclusão de Curso,

apresentado ao curso de MBA em Gestão

Estratégia da Qualidade e SGI (Sistema

de Gestão Integrada) da Pró-Reitoria de

Pós-Graduação e Extensão da

Universidade Tuiuti do Paraná, como

requisito parcial para a obtenção do título

de especialização.

Orientador: Professor Rodrigo Sartori

CURITIBA

2013

RESUMO

A manutenção industrial na indústria automobilística regional encontra dificuldade em reconhecer a inter-relação entre o sistema integrado de gestão e os processos de manutenção. Este trabalho aborda os pontos de relevância das principais normas de gestão relacionando estas dificuldades. Na pesquisa desenvolvida mostra análise de riscos envolvendo os processos de manutenção, e principalmente uma tabela de metodologia de controle dos pontos críticos de cada norma com relação aos processos de manutenção preditiva, preventiva e corretiva. Esta tabela facilita a visualização e controle pelos gestores de manutenção através de indicadores atribuídos para cada ponto de controle, ou aspecto de controle crítico. Esta tabela possibilita também controlar as melhorias aplicadas em cada processo comparando sempre com o resultado obtido.

Palavras – chave: Processos de Manutenção, Indústria Automobilística, Sistemas

Integrados de Gestão.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01 - MODELO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE BASEADO EM

PROCESSO (NORMA ABNT ISO9001) ____________________________ 14

FIGURA 02 - SIPOC___________________________________________________________ 26

FIGURA 03 - DIAGRAMA DE BLOCOS____________________________________________ 27

FIGURA 04 - FLUXOGRAMA DE PROCESSO ______________________________________ 28

FIGURA 05 - HIERARQUIA DOS PROCESSOS _____________________________________ 29

FIGURA 06 - CICLO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO ______________________________ 31

FIGURA 07 - GRÁFICA DE CONTROLE DE MEDIÇÕES______________________________·36

FIGURA 08 - ESTRUTURA MATRICIAL ___________________________________________ 37

FIGURA 09 - FLUXOGRAMA DE MANUTENÇÃO PREDITIVA__________________________ 39

FIGURA 10 - PADRÃO DE CORES DE RESÍDUOS__________________________________ 44

FIGURA 11 - ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS DO PROCESSO DE SOLDA ___________ 46

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 - FLUXOGRAMA FUNCIONAL _________________________________________ 28

TABELA 02 - GESTÃO DO CONHECIMENTO POR PROCESSO _______________________ 48

TABELA 03 - METODOLOGIA DE CONTROLE/ INTER-RELAÇÃO DOS PROCESSOS DE

MANUTENÇÃO COM CADA NORMA DO SGI ___________________________ 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

APR Análise Preliminar de Riscos

EPI Equipamento de Proteção Individual

ISO International Organization for Standardization

KPI Key Performance Indicator

OHSAS Ocupacional Health and Safety Series

PAE Plano de Atendimento a Emergências

PCM Planejamento e Controle da Manutenção

PDCA Plan, Do, Check, Action

SGI Sistema de Gestão Integrada

SSO Saúde e Segurança Ocupacional

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO _____________________________________________ 11

1.1 TEMA ____________________________________________________ 11

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ___________________________________ 11

1.3 Objetivos __________________________________________________ 12

1.3.1 Objetivos Gerais ____________________________________________ 12

1.3.2 Objetivos Específicos ________________________________________ 12

1.4 JUSTIFICATIVA ____________________________________________ 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ________________________________ 13

2.1 ISO9000 – Sistema de Gestão da Qualidade ______________________ 13

2.2 ISO14001- Sistema de Gestão Ambiental ________________________ 22

2.3 OHSAS18001- SEGURANÇA DO TRABALHO ____________________ 23

2.4 GESTÃO DE PROCESSOS ___________________________________ 25

2.5 GESTÃO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO ____________________ 30

3 METODOLOGIA ADOTADA___________________________________ 32

4 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA______________________________ 33

5 DESENVOLVIMENTO _______________________________________ 33

5.1 DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DA MANUTENÇÃO ___ 33

5.1.1 Manutenção Corretiva Não Planejada ou Imediata _________________ 34

5.1.2 Manutenção Corretiva Planejada _______________________________ 34

5.1.3 Manutenção Preventiva ______________________________________ 34

5.1.4 Manutenção Preditiva ________________________________________ 34

5.1.5 Manutenção Detectiva ________________________________________ 36

5.1.6 Engenharia de Manutenção ___________________________________ 36

5.1.7 Estrutura Organizacional da Manutenção ________________________ 37

5.2 ESTUDO DE CASO _________________________________________ 38

5.2.1 Inter-relação dos Proc. da Manutenção com a ISO9000 _____________ 39

5.2.2 Inter-relação dos Proc. da Manutenção com a ISO14001 ____________ 43

5.2.3 Inter-relação dos Proc. da Manutenção com a OHSAS 18001 ________ 45

5.2.4 Inter-relação dos Proc. da Manutenção com a Gestão do Conhecimento_ 47

5.3 PROPOSTA DE METODOLOGIA DE CONTROLE E MELHORIA PARA

OS PONTOS CRÍTICOS DO PROCESSO DE MANUTENÇÃO, PARA

MANTER O DESEMPENHO ESPERADO DA INTER-RELAÇÃO ENTRES

OS PROCESSOS DE MANUTENÇÃO E O SGI ___________________ 48

6 CONCLUSÃO _____________________________________________ 50

REFERÊNCIAS_________________________________________________ 53

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1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA

O Sistema Integrado de Gestão - SGI pode integrar vários sistemas de

gestão, como por exemplo, Sistema de Gestão da Qualidade (ABNT NBR ISO9001),

Sistema de Gestão Ambiental (ABNT NBR ISO14001), Sistema de Gestão de

Segurança e Saúde Ocupacional OHSAS18001. Todos estes sistemas de Gestão

estão relacionados com os processos produtivos.

A Manutenção tem como sua coexistência manter os processos produtivos

adequados aos resultados esperados pela organização, tendo assim a necessidade

de se enquadrar aos sistemas de gestão ligados ao processo produtivo.

Na indústria automobilística, a manutenção exerce um papel estratégico, pois

é responsável por manter o desempenho do parque fabril, as condições ambientais

da empresa e do meio ambiente ao seu redor, a segurança dos colaboradores, e

influencia na sustentabilidade financeira através dos custos de manutenção, custos

de não disponibilidade fabril, multas ambientais ou por condições inadequadas de

segurança das máquinas.

Todos os estes aspectos citados como pontos de influência a sustentabilidade

financeira, são pontos de inter-relação com o sistema de Gestão Integrada, mas que

precisam ser mapeados e inter relacionados dentro dos processos de manutenção,

para que se desenvolvam metodologias de controle, de padronizações e como

estabelecer a melhoria contínua.

1.2. PROBLEMA DE PESQUISA

O quanto o SGI afeta a definição e o desempenho dos processos de

manutenção, e o quanto os processos de manutenção afetam a definição e o

desempenho do SGI na indústria automobilística?

Como tais processos podem ser controlados, padronizados e melhorados

seguindo as relações com o SGI?

Quais são estes pontos de inter-relação?

12

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivos Gerais

Identificar os principais Aspectos de Inter-relação entre o SGI e os processos

de manutenção na indústria automobilística e incluindo formas adequadas de

controle.

1.3.3 Objetivos Específicos

- Especificar os aspectos de cada norma e relacionar a cada processo de

manutenção.

- Destacar os aspectos críticos de cada processo de manutenção e como o

SGI pode ajudar, e como o processo de manutenção pode contribuir para o SGI

global da organização.

- Propor uma metodologia de controle e melhoria para os aspectos críticos

dos processos de manutenção para manter o desempenho esperado da inter

relação entre os processos de manutenção e o SGI

1.4 JUSTIFICATIVA

Na indústria automobilística da grande Curitiba, existem departamentos de

manutenção descentralizados, e ligados hierarquicamente aos processos produtivos

dos quais são suportes. Desta forma costumam ser difícil visualizar quais as inter

relações entre os processos de manutenção e o sistema integrado de gestão.

O maior desafio dos gestores de manutenção é de reagir aos riscos

identificados e visualizar os processos de forma global, possibilitando a previsão de

recursos e administrando as melhorias implantadas em cada sistema de gestão.

Sem se isolar em cada sistema, mas alinhando recursos humanos e financeiros com

todos os sistemas.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta seção é apresentada a revisão da literatura abordando as normas

ABNT NBR ISO9001, ABNT NBR ISO14001, OHSAS18001 e os processos de

Manutenção Industrial empregados na indústria automobilística.

2.1 ABNT NBR ISO9001 (SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o foro nacional de

Normalização. As normas Brasileiras são de responsabilidades dos Comitês

Brasileiros (ABNT/CB). A ABNT NBR ISO9001 foi elaborada no Comitê Brasileiro de

Qualidade (ABNT/CB-25), e se trata de uma adoção idêntica, em conteúdo técnico,

estrutura e redação, á ISO9001: 2008, que foi elaborada pelo Comitê Técnico de

Qualidade ISO - International Organization for Standardization, fundada em 1946 em

Genebra.

A norma possui requisitos genéricos e possibilita sua aplicação em todos os

tipos de organizações. E possui como escopo aumentar a satisfação do cliente

através de um sistema eficaz, sendo este melhorado continuamente e assegurando

a conformidade com os requisitos do cliente, estatutários e regulamentares

aplicáveis.

Seu foco é a abordagem de processos, tendo os próprios processos ligados e

gerenciados pelo processo e não por departamentos.

Para ter eficácia ela deve determinar e gerenciar diversas atividades

interligadas.

Segundo a norma ABNT NBR ISO9001

Uma atividade ou conjunto de atividades que usa recursos e que é gerenciada de forma a possibilitar a transformação de entradas em saídas pode ser considerado um processo. A Aplicação de um sistema de processos em uma organização, junto com a identificação, interações desses processos e sua gestão para produzir o resultado desejado, pode ser referenciada como a “abordagem de processo”.

Esta abordagem possibilita controlar o processo com um todo de forma

contínua, mesmo com os processos individuais combinando e interagindo.

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Esta abordagem enfatiza algumas características, como:

- Considerações do valor agregado dos processos, relacionado com suas

eficácias e aplicando a melhoria continua por meio de medições objetivas.

FIGURA 01 - MODELO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE BASEADO EM PROCESSO

FONTE: NORMA ABNT NBR ISO9001.

No item 4.1 da Norma ABNT NBR ISO9001, são abordados os requisitos

gerais, no qual a organização deve determinar os processos necessários para o

sistema de gestão da qualidade, como também sua seqüência e interação, critérios

e os métodos necessários para assegurar a sua eficácia, e os recursos necessários

para operação e monitoramento. Também se faz necessário mapear a aplicação das

medições e análises dos processos. Neste item deve possuir o fluxograma com a

seqüência dos processos definidos.

Estes processos incluídos no sistema de gestão da qualidade devem

contemplar processos com atividades de gestão, provisão de recursos, realização do

produto e medição, análise e melhoria. Portanto deve ser implementado planos de

ações a fim de atingir as metas e também um plano de ações para melhoria

contínua destes, contendo responsáveis e prazos.

Em relação à opção de se terceirizar um ou mais processos, este deve ser

controlado e definido em qual grau de compartilhamento deve possuir este controle,

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sem eximir a organização da responsabilidade de conformidade com os requisitos

do cliente. Se necessário estes processos terceirizados devem emitir laudos e

sempre respeitar as leis. Tendo a organização contratante um processo de

Homologação e avaliação deste fornecedor. Todos os requisitos da organização

sobre a gestão da qualidade devem ser entendidos ao fornecedor: Provisão de

Recursos, realização do produto e medição e análise de melhoria. E a fim de

garantir prazos de entrega, volume, qualidade e custo o processo pode ser

controlado pela organização dentro do fornecedor e controlado por processo e não

por recebimento.

No item 4.2. da Norma ABNT NBR ISO9001, os Requisitos de Documentação

abordam declarações documentadas de uma política da qualidade e dos objetivos

da qualidade. Contendo também um manual da qualidade e os procedimentos

documentados e registros requeridos pela norma, documentos e registros

determinados pela organização como necessários para assegurar o planejamento, a

operação e o controle eficaz dos processos, podendo estar em qualquer forma, tipo

ou meio de comunicação.

O Manual da qualidade deve possuir o escopo do sistema de gestão da

qualidade, incluindo detalhes e justificativas para quaisquer exclusões. Os

procedimentos documentados ou uma referência a eles com uma descrição da

interação entre os processos do sistema de gestão da qualidade.

Os documentos requeridos pelo sistema de gestão devem ser controlados, e

possuir um procedimento documentado definindo os controles necessários para:

Aprovar um novo documento, assegurando que foi analisado criticamente, e

atualizado depois de aprovado ou e se necessário reprovado. Deve possuir

identificação de revisões e atualizações e disponibilizações destes nos locais de uso

e a retenção e/ou segregação de documentos obsoletos. Deve assegurar que

documento de origem externa necessários para organização, tanto para

planejamento quanto operação do sistema de gestão da qualidade seja identificada

e tenham distribuição controlada.

Os registros são estabelecidos para evidenciar a conformidade com os

requisitos, e com a eficácia do sistema de gestão e para tanto devem ser

controlados. Deve possuir um procedimento documentado que defina os controles

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necessários para assegurar a identificação, armazenamento, proteção e

recuperação e disposição dos próprios registros.

No item 5 da Norma ABNT NBR ISO9001, são abordadas as

responsabilidades da Direção. Onde esta deve evidenciar seu comprometimento

com o desenvolvimento do sistema de gestão da qualidade. Principalmente

conduzindo análise crítica e disponibilizando os recursos necessários. E garantir que

o sistema de gestão tenha seus objetivos planejados para atender os requisitos do

produto estabelecidos em todos os níveis pertinentes da organização e garantindo

sempre a integridade do sistema de gestão frente às mudanças do próprio sistema.

E as responsabilidades e autoridades sejam definidas e difundidas em toda a

organização.

Um representante da direção deve ser indicado pela alta direção, este deve

assegurar os processos necessários para o sistema de gestão sejam estabelecidos,

implementado e mantidos. Como também relatar o desempenho do sistema de

gestão e qualquer necessidade de melhoria, promovendo os requisitos do cliente em

toda organização.

Deve ser promovida uma análise critica do sistema de gestão na organização,

de forma a assegurar sua contínua adequação e eficácia, com intervalos planejados.

Estas oportunidades de mudanças devem ser estendidas também para alterações

na política da qualidade e dos objetivos. Estas entradas são baseadas em

informações sobre resultados de auditorias, realimentação de clientes desempenha

de processos e conformidades de produto, situações das ações preventivas e

corretivas, ações de acompanhamento sobre as análises críticas anteriores pela

direção, mudanças que possam afetar o sistema de gestão da qualidade e

recomendações para melhorias.

As saídas da análise crítica devem ser relacionadas a melhoria da eficácia do

sistema de gestão da qualidade e de seus processos.E/ ou melhoria do produto em

relação aos requisitos do cliente. Para tanto, se faz necessário muitas vezes uma

provisão de recursos. Estes recursos são abordados no Item 6 da Norma ABNT NBR

ISO9001, onde são relacionados a provisão de recursos para aumentar a satisfação

do cliente mediante o atendimento aos requisitos.

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Um dos principais recursos são os recursos humanos, como competência,

treinamento e conscientização destes. Os quais devem ser determinados pela

organização as competências necessárias para que as pessoas possam executar

trabalhos ligados diretamente com os requisitos do produto dentro da conformidade

exigida, sendo determinado onde é aplicável, prover treinamentos ou ações para

atingir a competência necessária, avaliar a eficácia das ações, assegurarem a

maturidade do pessoal envolvido em relação contribuição de todos para o

atendimento dos objetivos da qualidade, mantendo os registros de treinamentos e

programas e de avaliações de habilidade e experiência.

Outro recurso é o de infra-estrutura, como prover e manter edifícios, espaços

de trabalho, equipamentos de processo e softwares necessários para gestão,

comunicação ou informação. Todos estes recursos devem estar inseridos em um

ambiente de trabalho apropriado e gerenciado pela organização.

No item 7 da Norma ABNT NBR ISO9001, são abordados o Planejamento da

realização do produto, determinando os objetivos da qualidade e requisitos do

produtos,sendo estes verificados, validados, medidos, monitorados, inspecionados e

realizados atividades de ensaios específicos para o produto e quanto aos critérios

para aceitação destes. Gerando sempre evidências destes ensaios e medições

através de registros e comparados e atendendo os requisitos do produto,

estatutários e regulamentares aplicáveis ao produto ou necessários para o uso

especificado ou pretendido. E deve ser realizada uma análise crítica dos requisitos

realizada antes assumir o compromisso de fornecer o produto para o cliente, como:

Propostas, contratos ou pedidos. Assegurando a capacidade para atender os

requisitos definidos, tendo registros destes requisitos do cliente. Deve haver uma

comunicação implementada e eficaz com o cliente.

As entradas do projeto são tratadas no item 7.3.2 da Norma ABNT NBR

ISO9001, sobre entradas de projeto e desenvolvimento. As informações de

requisitos do produto devem ser registradas e mantidas, e assim como as

informações de projetos anteriores e/ou similares. E as saídas devem possuir

registros de que todas as entradas foram tratadas.

A análise crítica do projeto de desenvolvimento do produto deve atender aos

requisitos 7.3.4 da Norma ABNT NBR ISO9001, tendo documentado todos os

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registros das análises das etapas do projeto, do desenvolvimento e dos problemas

encontrados. Assim com todas as alterações realizadas no projeto também devem

ser validadas e documentadas antes da entrega ou implementação do produto.

A aquisição como um processo deve ser assegurada pela organização que os

produtos adquiridos atendam os requisitos do cliente e estejam conforme para sua

utilização subseqüente, não acarretando em efeitos indesejados, e atendendo as

legislações exigidas, como por exemplo: licenças de softwares, direitos autorais,

certificações institucionais e homologações. Tendo a organização uma avaliação e

seleção de fornecedores, sendo estes capazes de fornecer o produto em

quantidade, qualidade e prazo e custo combinados e sustentáveis. Todos os

requisitos de aprovação, procedimentos, certificações de processos, requisitos de

qualificação de pessoal e do sistema de gestão da qualidade, devem ser adequadas

e as aquisições especificadas antes da comunicação ao fornecedor.

Na aquisição deve ocorrer a verificação do produto, sendo inspecionado pela

organização atendendo as determinações da própria organização de forma a

garantir a conformidade do produto adquirido. E quando esta inspeção for realizada

no próprio fornecedor, a organização deve determinar de que forma será realizada e

liberada já nas informações de aquisição, assim como verificar no processo as sua

conformidade com as leis e ações corretivas e preventivas, podendo até mesmo

avaliar o processo do fornecedor, em caso de fornecimento de materiais. Em caso

de regime de produção por terceirização é baseada numa etapa da produção que

não é realizada dentro da empresa, diferente da aquisição de materiais.

No item 7.5.1 da Norma ABNT NBR ISO9001, deve ocorrer o controle da

produção e prestação de serviços. Sendo que a organização deve planejar e realizar

a produção ou prestação de serviço, levando sempre em consideração as resposta

da pós-vendas. Devem existir disponível as instruções de trabalho, o uso de

equipamento adequado, o uso de equipamentos de monitoramento e medição,

atividades de liberação, entrega e pós-vendas.

Deve ocorrer a validação dos processos de produção conforme item 7.5.2 da

Norma ABNT NBR ISO9001, sendo dever de a organização determinar os critérios

para validação de qualquer processo de produção, análise crítica e treinamento de

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pessoal. E contemplando testes determinados para validação do produto em relação

a falhas dos mesmos e de condições de segurança.

Deve ocorrer a possibilidade de rastreabilidade quando esta for um requisito,

tendo a identificação unívoca no produto e a manutenção dos registros.

A propriedade do cliente é determinada no item 7.5.4 da Norma ABNT NBR

ISO9001, como de responsabilidade da organização o cuidado, tendo que identificar

proteger, a salva guardar dados ou materiais do cliente enquanto estes estiverem

sob o controle da organização. Como por exemplo: dados pessoais, desenhos,

softwares, amostras de materiais. Deve possuir uma pessoa responsável pela

atualização destes e não pode ser armazenado em meios de acessos ilimitados,

como rede de computadores. E deve ter determinado o responsável e a autoridade.

Deve haver a preservação do produto, conforme o item 7.5.5 da Norma ABNT NBR

ISO9001, a organização deve preservar o produto durante o processamento interno

e a entrega no destino pretendido e devendo ser aplicado também as partes

integrantes do produto, como por exemplo, amostras para análises químicas em

laboratórios.

No item 7.6 da Norma ABNT NBR ISO9001, trata de controle de

equipamentos de medição, devendo haver calibrações, mas a organização que

define qual a periodicidade de calibração ou se antes da cada utilização deste, tendo

contra padrões de medição a possibilidade de rastreabilidade. A base usada para

calibração deve registrada, seguindo conforme o item 4.2.4 da Norma ABNT NBR

ISO9001 desta norma. Não há necessidade de etiquetas nos equipamentos ou

instrumentos, mas deve haver alguma forma de controle por planilha eletrônica ou

documento de controle. E este equipamento recomenda-se que se tenha algum

lacre contra violações.

Equipamentos relacionados à NR10 devem atender as Normas da

OHSAS18001, como equipamento de grandezas elétricas.

Deve existir o controle de equipamentos de monitoramento e medição,

quando forem utilizados programas de computador para medição e monitoramento

de requisitos especificadores e realizados sempre antes de sua utilização, como, por

exemplo, as máquinas de medições 3D, devem possuir testes de calibrações antes

da utilização com registros de medições destas calibrações no sistema.

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No item 8 da Norma ABNT NBR ISO9001, aborda a Medição, análise e

melhoria, com foco na gestão e na medição de resultados.

Deve incluir técnicas estatísticas e a extensão de seu uso. A organização

deve planejar e implementar os processos de monitoramento em relação aos

requisitos do produto, de forma assegurar a conformidade nos sistemas de gestão

da qualidade. Devem ser monitoradas também as informações de retorno e

percepção do cliente, estas formas de monitoramento e obtenção de informações

dos clientes devem ser definidas pela organização, assim como a comparação das

reclamações com os requisitos dos clientes. O pró - atividade deve ser aflorada

neste item, a fim de traçar planos de melhorias para satisfazer os clientes.

No item 8.2.2 da Norma ABNT NBR ISO9001, aborda a Auditoria Interna, que

deve ser executada para verificação de conformidade com o planejado (item 7.1 da

Norma ABNT NBR ISO9001). Tendo agenda elaborada pela importância dos

processos como prioridade e englobando todos os processos, dentro do intervalo de

tempo determinado pela própria organização. Os auditores devem manter a

imparcialidade e objetividade, e nunca auditar seu próprio trabalho. Os registros e

resultados das auditorias devem ser mantidos. A administração responsável pela

área auditada deve assegurar a execução das ações corretivas dentro dos prazos

estabelecidos durante a auditoria e acompanhados e relatados.

No item 8.2.3 da Norma ABNT NBR ISO9001, aborda o monitoramento e

medição e processos, que deve ser aplicado onde há possibilidade de medição e

também há capacidade destes processos em alcançar os resultados estabelecidos.

E se não for possível alcançar estes objetivos por qualquer motivo, deve ser

planejado e formalizado ações corretivas. E deve haver indicadores de desempenho

para que os processos sejam monitorados e em qual etapa, mesmo em se tratando

de prestação de serviços. Já em relação ao monitoramento e medição do produto,

devem ser indicadas quais as pessoas autorizadas a liberar o produto para entrega

ao cliente, mesmo que este produto esteja conforme. Já no caso de produto não

conforme, deve então ser submetido a novas verificações para constatação da

conformidade. E deve haver um procedimento descrevendo as responsabilidades e

autoridades para destinação dos produtos não conformes, de forma a garantir que

estes quando não conformes tenham seu uso indevido, tendo o item 8.3 da Norma

21

ABNT NBR ISO9001, grande importância para assegurar por procedimentos,

responsabilidades e autoridades que o produto não conforme seja destinado ao

cliente final. Assim também devem ser mantidos os registros dos produtos não

conformes, ações subseqüentes como de correções e/ou outras destinações como

também possíveis concessões, conforme o item 4.2.4 da Norma ABNT NBR

ISO9001, que descreve como manter o controle dos registros, tendo uma não

conformidade para cada problema encontrado.

A análise dos dados é importante para que a organização possa identificar os

dados coletados e realizar a adequação e a eficácia do sistema de gestão. Sendo a

análise de dados a transformação de informações numa formatação adequada para

tomadas de decisões. Sendo estas informações relativas a satisfação do cliente e a

relação de conformidade e requisitos do produto.

No item 8.5 da Norma ABNT NBR ISO9001, aborda a melhoria continua que

deve ser realizada pela organização a fim de melhorar a eficácia do sistema de

gestão da qualidade através dos seus próprios objetivos, resultados das auditorias,

análise dos dados de maneira pró-ativa, e ações corretivas, sem deixar de lado a

análise crítica da direção. As ações corretivas devem possuir um procedimento

documentado para realização da análise crítica da não conformidade e incluindo

reclamações do cliente para determinação da causa da não conformidade e plano

de ações para que não ocorram novamente, seus registros também devem seguir os

requisitos do item 4.2.4 da Norma ABNT NBR ISO9001, desta norma, tendo Registro

de não conformidade (RNC).

As ações preventivas são importantes para eliminar as causas que podem

gerar não conformidades, e para tanto se faz necessário a elaboração de um

procedimento que contemple as definições das não conformidades em potencial,

avaliação para necessidade de ações para evitar as ocorrências e a implementação

destas ações, assim como seus registros, seguindo também os requisitos do item

4.2.4 da Norma ABNT NBR ISO9001 e análise crítica da eficácia destas ações.

22

2.2. ABNT NBR ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental)

O PDCA é um processo contínuo que possibilita a organização planejar,

implementar, monitorar e melhorar o sistema de gestão Ambiental (ABNT NBR ISO

14001). O planejamento é abordado no item 4.3 da Norma ABNT NBR ISO 14001, a

execução no item 4.4 e o monitoramento no item 4.5 e a Melhoria no item 4.6 desta

mesma Norma.

No item 4.3 da Norma ABNT NBR ISO 14001, é abordado o planejamento

com o item mais critico para o sistema de gestão Ambiental. E para tanto deve

conter a identificação dos aspectos ambientais e os mais significativos, dos

requisitos legais aplicáveis de da própria organização, critérios internos de

desempenho, objetivos e metas e programas para atingi-los. O Planejamento auxilia

a focar nas áreas mais impactante sendo um processo continuo, podendo sempre

ser melhorado através do planejamento contínuo em relação às alterações

detectadas nas entradas e saídas dos processos.

Os aspectos ambientais abordados no item 4.3.1 da Norma ABNT NBR ISO

14001, são conhecidos como os elementos das atividades, produtos e serviços da

própria organização que podem interagir com o meio ambiente, ou seja, tudo aquilo

que interage com o meio ambiente, como por exemplo, a água usada nos processos

de fabricação de um determinado produto.

O item 4.3.2 da Norma ABNT NBR ISO 14001, refere-se aos Requisitos

Legais e no item 4.3.3 refere-se no último capítulo do planejamento que deve manter

objetivos mensuráveis e coerentes com o plano Ambiental. O programa de

implantação deve conter a previsão de recursos. E de acordo com os recursos e a

capacidade é que deve ser implantado, de forma gradativa. A definição de

autoridades deve ser descrita ou mostrada em forma de um organograma.

Todo treinamento realizado e competência adquirida deve haver evidências, e

a sua documentação deve conter a política, os objetivos e metas, como também:

Procedimentos, Instruções e Registros. E obedecendo ao item 4.4.7 da Norma

ABNT NBR ISO 14001, devem conter as situações de riscos identificadas.

23

O ciclo de vida de um produto deve ser considerado quanto: extração de

recursos, fabricação, distribuição, uso e descartes relativos aos indicadores

ambientais e dos diversos meios.

2.3 OHSAS 18001 (Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional)

Ocupacional Health and Safety Series (OHSAS), trata de uma série de

normas elaboradas para atender uma demanda de clientes, a fim de suprir as

necessidades de um sistema de gestão que possa ser avaliado e certificado, e foi

desenvolvido de forma compatível com o Sistema de Gestão da Qualidade ISO9001

e Sistema de Gestão Ambiental ISO14001. A certificação diferente da ISO9001 que

certifica o produto certifica o sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional.

A política de Segurança e Saúde Ocupacional da organização (SSO) deve

refletir o comprometimento da alta direção e definir linhas de condutas a serem

observadas por pessoas e setores da organização, atendendo a Prevenção,

Legislação e Melhoria Contínua.

O item 4.3 da Norma OHSAS 18001, aborda o planejamento que envolve a

identificação de perigos, avaliações de riscos e determinação de controles. A

avaliação deve contemplar a gravidade e probabilidade dos riscos. A organização

deve estabelecer implantar e manter os procedimentos para identificação continua

de riscos. Levando em consideração, as atividades de rotina e não rotineiras;

atividades de todas as pessoas; comportamentos humanos; identificação de perigos

originados fora dos ambientes de trabalho que podem afetar a segurança das

pessoas dentro do ambiente de trabalho. Sendo necessário implantar hierarquia

para redução de riscos (eliminação, substituição, controles de engenharia,

sinalizações/Advertências e equipamentos de proteção individual). A organização

deve estabelecer implantar e manter procedimentos para identificar e tornar

acessível à legislação aplicável.

O SSO deve estabelecer também os seus objetivos e dentro dos níveis

aplicáveis da organização. Tendo os meios e cronograma para atingir os objetivos, a

fim de prevenir lesões e doenças.

24

No item 4.4 da Norma OHSAS 18001, aborda-se a Implementação e

operação, tendo a organização o dever de assegurar a disponibilidade de recursos

para implantar e manter o SSO. Sendo recursos humanos, de infra-estrutura e de

tecnologia. A eficácia depende de uma matriz de responsabilidades definidas e

difundidas, assim como as autoridades. A alta direção deve nomear um

representante com autoridade para assegurar a aplicação dos SSO.

É um dever de a admnistração assegurar a realização com também a

participação dos colaboradores nos treinamentos, se estes tiverem em suas tarefas

algum impacto em relação a SSO, e sua importância e aplicação da preparação e

resposta a emergências (Norma OHSAS 18001).

Deve haver um procedimento para comunicação interna entre os diferentes

níveis e funções das organizações, assim como com as empresas contratadas e

visitantes no local de trabalho, além de manter o recebimento, documentação e

resposta as comunicações externas, e estabelecer também procedimentos para

envolver os trabalhadores na identificação de perigos, avaliação de riscos, e

determinação de controles, investigação de incidentes, desenvolvimento e analise

critica da política de SSO, e documentado seus objetivos e escopo.

E estes documentos devem ser controlados, devendo haver um procedimento

para aprovar estes antes de sua divulgação. E analisar e atualizar e aprovar com a

identificação da revisão adequada. E que a versão atualizada esteja no local de uso.

E prevenindo o uso de documentos obsoletos.

No item 4.4.6 da Norma OHSAS 18001, é abordado o Controle operacional,

no qual deve ser identificado as operações e atividades com perigos associados e

implementar os controles necessários, com os critérios operacionais, controles

relacionados a aquisição e bens, equipamentos e serviços, assim como aos

contratados e visitantes no local de trabalho, com procedimentos documentados,

afim de cobrir situações que possam acarretar em desvios da política e dos objetivos

do SSO.

Deve manter o PAE para identificar potenciais situações de emergência e

como responder a estas, prevenindo e mitigando suas conseqüências.

O Check inicia no item 4.5 da Norma OHSAS 18001 onde deve haver

procedimento para medir e monitorar o desempenho do SSO. Sendo estas

25

qualitativas, quantitativas, monitoramento da eficácia dos controles de saúde e

segurança. E medição de incidentes, acidentes e quase acidentes. Estas medições

devem possibilitar a análise para ações corretivas e preventivas.

A conformidade com os requisitos legais devem seguir um procedimento com

periodicidade de avaliação descrita, e manter o registro destas avaliações.

Deve haver um procedimento para registrar, investigar e analisar incidentes,

por deficiências ocultas do SSO, necessidades de ações corretivas, preventivas e

melhoria continua. E comunicar os resultados destas investigações, as quais devem

ser realizadas no momento oportuno.

Deve também manter procedimento para tratar as não conformidades reis e

potenciais, mitigando suas conseqüências, determinar sua causa e determinar ações

para erradicação desta ocorrência de forma proporcional aos riscos encontrados.

Os registros mantidos devem evidenciar a conformidade com os requisitos, e

manter auditorias internas dentro de intervalos planejados, verificando as

conformidades dos registros com os arranjos planejados e implementados e se é

eficaz em relação a política e os objetivos da política SSO, os resultados das

auditorias devem ser levados a diretoria e divulgados.

As recomendações para melhorias, acompanhamentos e análise e

atendimento aos objetivos devem ser contempladas na análise pela administração.

2.4. GESTÃO DE PROCESSOS

Nas organizações há necessidade de se trabalhar com vários recursos

distintos e estes devem ser alinhados, de forma que proporcionem resultados

esperados. Para tanto se faz necessário que se conheça os recursos e os objetivos,

a fim de organizar as tarefas gerando o valor agregado esperado, esta organização

que gera o valor agregado é chamada de processo.

Todo processo é constituído de entradas, estas entradas são então

trabalhadas de forma organizadas envolvendo diferentes recursos, como recursos

humanos, recursos financeiros, recursos tecnológicos, recursos de infra-estrutura, o

emprego destes recursos de forma organizada gerarão saídas, estas saídas podem

ser desde uma informação até um produto acabado.

26

Uma organização possui um conjunto de vários processos, de diferentes

dimensões, e em algumas vezes estes recursos chegam a ser os mesmos, como as

mesmas pessoas envolvidas em um ou mais processos. Como por exemplo, no

processo de produção em que a mesma pessoa executa tarefas de montagem e no

fim deste, executa o processo de verificação de controle de qualidade desta etapa

do processo de produção. Ou mesmo no processo macro de manutenção, em que a

mesma pessoa executa o processo de manutenção corretiva e também o processo

de manutenção preventiva.

Mas todos os processos fazem parte de um processo maior, que detém o

objetivo de existência da empresa.

Para ter a gestão deste processo macro e assegurar o valor agregado dos

processos e sub-processos, foram desenvolvidas ferramentas e formas de se

trabalhar nesta gestão. A ISO9000 se utiliza da ferramenta PDCA, desenvolvida por

DEMING, esta consiste em planejamento do processo, implementação, check da

implementação em relação ao planejado, e a correção destas diferenças. E depois

refazendo o planejamento com base nas últimas correções e iniciando novamente o

ciclo de planejar, implementar, checar e corrigir. Segundo Drucker (pág. 194) “Quem

não mede, não gerencia”. Isto é uma premissa para gestão de processos, e a melhor

forma de iniciar a medição é mapeando o processo. Este mapeamento consiste em

fazer perguntas aos envolvidos no processo e também em observação de seu

desenvolvimento.

Neste desenvolvimento, devem ser relacionados quais são as entradas e

quando elas ocorrem que são os envolvidos nestes processos e como são

realizadas as tarefas e em quais tempos, e quais são as saídas e quando ocorrem, e

quais as relações destes processos com os demais processos da organização e

também com os clientes, os clientes podem ser clientes internos (de outros

processos subseqüentes), ou clientes externos. Uma Ferramenta desenvolvida para

ajudar neste mapeamento de alto nível é o SIPOC.

FIGURA 02 - SIPOC

SUPPLIERS

Fornecedores

INPUTS

Entradas

PROCESS

Processos

OUTPUTS

Saídas

CUSTOMERS

Clientes

FONTE: AUTOR

27

O Diagrama de Blocos é uma ferramenta de mapeamento de processo de

forma rápida e simplista, e possibilita visualizar as etapas do processo, se

contribuem para o processo e em qual tempo. Enfim, é um resumo rápido do

processo de forma seqüenciada.

FIGURA 03 - DIAGRAMA DE BLOCOS

FONTE: Autor

FONTE: AUTOR

O Fluxograma é a forma mais visível de procedimento para uma seqüência de

processo, e analisa os inter-relacionamentos de maneira detalhada.

1.

Compra de

material

2.

Recepção

de material

DIAGRAMA DE ARMAZENAGEM

3.

Conferência

do pedido

4.

Atualização

no Sistema

5.

Armazenamento

28

FIGURA 04 - FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

FONTE: AUTOR

O fluxograma funcional permite visualizar as inter-relações entre os setores e

também os tempos das atividades, entre as áreas e entre as organizações.

TABELA 01 - FLUXOGRAMA FUNCIONAL

SETOR ATIVIDADE /TEMPO

RECEBIMENTO XXX 3DIAS

ESTOQUE XX 2DIAS

PRODUÇÃO XXXXXXXX 8DIAS

FONTE: AUTOR

A Hierarquia do processo é importante no mapeamento, para que se possa

visualizar o valor agregado das tarefas dentro do processo principal, que é o negócio

da empresa. E também as inter-relações de uma ou mais tarefas dentro de um

mesmo sub-processo, e se este sub-processo está sendo realizado por um ou mais

departamentos. Enfim definir os processos do negócio que impactam diretamente no

cliente final. Desta forma as pessoas envolvidas podem entender a importância das

´

29

tarefas e como podem contribuir para a satisfação do cliente final ou cliente externo,

melhorando a imagem do processo principal, o negócio da empresa.

FIGURA 05 - HIERARQUIA DOS PROCESSOS

FONTE: AUTOR

O mapeamento do processo possibilita identificar os processos, entender seu

funcionamento ideal, funcionamento real, medir e documentar. E pela gestão dos

processos então identificar as disfunções e pontos de melhoria nos subprocessos e

processos. O mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial analítica e de

comunicação essencial para lideres e organizações inovadoras que intencionam

promover melhorias ou implantar uma estrutura voltada para os novos processos

(VILLELA, 2000).

Harrington (1993), afirma que processo é um grupo de tarefas interligadas

logicamente, e que se utilizam dos recursos da organização para gerar resultados

definidos e apoiando os objetivos da organização. Desta forma se faz necessário a

determinação de indicadores de desempenho para comparação com as métricas

dos processos. Estes indicadores podem ser baseados em Prazos, Custos e

Qualidade (Prêmio Nacional da Qualidade, 2000). Estes indicadores devem ser

30

compostos pela alta direção com base nos processos existentes e Desdobrados da

Alta direção até os sub-processos. O Prazo e o Custo medem a eficiência do

processo, tendo um tempo para que ele seja executado e com os recursos

necessários. A Eficácia é medida pela capacidade do processo atender a

expectativa do cliente.

Um simples fluxograma pode demonstrar de forma seqüenciada as tarefas de

um sub-processo e relacionar ciclo de duração, recursos necessários e produto final

atendendo a expectativa do cliente. Mas também podem ser melhor representado

com ajuda de software especializados que possuem modelos de processos pré

concebidos para cada tipo de processo de negócio.

2.5. GESTÃO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO

Conhecimento e informação são palavras com significados diferentes, e

algumas empresas acreditam praticar a gestão do conhecimento quando estão

praticando apenas a gestão da informação, como menciona (Barclay & Murray,

1997).

O conhecimento pode ser definido com um conjunto de informações

estruturadas por fatos, idéias, teorias, princípios e modelos. O como um estado de

uma pessoa em relação a este conjunto de informações, podendo ser caracterizado

como ignorância, consciência, familiaridade, entendimento e habilidade. Estes

estados também podem ser comparados com as definições de Michael Polany,

quanto aos conhecimentos explícitos, os quais podem ser formalizados e o

conhecimento tácito os quais estão nas pessoas, que os adquiriram através de

experiências, valores e crenças.

Os conhecimentos Explícitos podem ser articulados e passados para outras

pessoas, podem ser armazenados pelas organizações pelas diferentes formas de

armazenagem, sejam elas por procedimentos, filmagens.

Os conhecimentos Tácitos são mais difíceis de serem armazenados por não

estarem formalizados.

Para tornar conhecimentos tácitos em conhecimentos explícitos existem

técnicas. Para tanto se faz necessário primeiramente identificar quais

31

conhecimentos são necessários para realizar os processos da organização. Neste

primeiro passo gerando o conhecimento, sendo necessário mapear os ativos

intelectuais, quem possui os conhecimentos e de que forma estes estão

apresentados na organização, de forma explicita ou tácita, elaborando uma síntese

destes.

O segundo passo será capturar estes conhecimentos, de diferentes maneiras,

executando a codificação destes conhecimentos, por registros e controles formais,

tornando o conhecimento tácito em conhecimento explicito por meio de

procedimentos e padronização de sistemas e processos.

O terceiro passo será o de transferência do conhecimento por meio de

distribuição deste de forma direcionada ou não.

No último passo deve-se atualizar o conhecimento tornando consistente, por

meio de revisão, e descarte de procedimentos obsoletos. Estes passos alinhados a

geração de resultados tem-se uma gestão organizada do conhecimento, e buscando

a inovação pela melhoria dos procedimentos.

FIGURA 06 - CICLO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO

FONTE: AUTOR

32

3 METODOLOGIA ADOTADA

A pesquisa adotada considerou a revisão de bibliografia especifica sobre

normas de padronização do sistema de gestão da qualidade, sistema de gestão

Ambiental e sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho. Artigos e

publicações sobre gestão de processos e gestão do conhecimento no primeiro

momento.

Após, Considerando a bibliografia foi realizado estudo de caso da indústria

automobilística da grande Curitiba, destacando a inter-relação entre o sistema de

gestão integrada e os processos de manutenção na indústria automobilística.

Considerando fluxogramas aplicados na indústria automobilística da grande

Curitiba, fluxograma estes aplicados nos processos de manutenção, dentro destes

processos foi pesquisado quais os aspectos críticos de cada fluxo, como também,

quais os resultados que cada aspecto crítico necessita ser controlados, e com quais

requisitos de norma englobados no SGI estão relacionados: ISO9000 - Qualidade,

ISO14001-Ambiental, OHSAS 18001- Segurança e com relação à gestão do

conhecimento.

Dentro de cada processo de manutenção foi também pesquisado quais

aspectos críticos necessitam de medição do grau de melhoria contínua, tendo assim

uma medição do grau de inovação de cada processo.

A pesquisa abrange dentro dos processos um nível de críticidade e de

prioridade, escalonado por norma (Qualidade, Ambiental, Segurança). E esta

pesquisa também abrange a importância de um mapa de equipamentos

identificando este escalonamento, e somando a gestão do conhecimento aplicando

estas normas aos processos de manutenção. Todos os processos, aspectos críticos,

resultados controlados e níveis de criticidade e prioridade foram pesquisados na

indústria automobilística da grande Curitiba e comparando com referências

bibliográficas, como livros e normas relatadas nesta monografia, e mostradas em

forma de uma tabela de metodologia e controle.

33

4 Sobre o Mercado - Indústria Automobilística

A primeira fábrica de carros do Brasil foi instalada em 1956 na cidade de

Santa Bárbara do Oeste em São Paulo, pela Vemag. Em 1959 se instalou a fábrica

da VW e na Década de 60 se instalam a Chevrolet e a Ford (Fernando Rebouças,

2013).

Na década de 90 com abertura de mercado brasileiro e a estabilidade

econômica proporcionada pelo plano Real, o Brasil se tornou atraente para as

montadoras estrangeiras, fortalecendo as já implantadas e atraindo montadoras da

Europa, América Central e Ásia e Japão.

Hoje o Brasil é membro de um grupo de países em desenvolvimento, e para

algumas montadoras européias já se posiciona entre os três principais mercados

fora do país de origem. Hoje o Brasil possui em torno de 20 montadoras de

automóveis instaladas no Brasil (Anuário da Indústria Automobilística Brasileiro-

ANFAVEA 2013).

5 DESENVOLVIMENTO

5.1 DESCRIÇÕES DOS PRINCIPAIS PROCESSOS DA MANUTENÇÃO.

Segundo Alan Kardec & Julio Nascif (Manutenção Função Estratégica, Pág

23) o conceito de manutenção é: “Garantir a confiabilidade e a disponibilidade da

função dos equipamentos e instalações de modo a atender a um processo de

produção ou de serviço, com segurança, preservação do meio ambiente e custos

adequados”.

A manutenção é considerada como um negócio dentro da organização, e na

qual se aplicam diversas ferramentas, como: Gerência da Rotina, Padronização, 5S,

TPM (Total Productive Manitenance), Benchmark, Balanced Scorecard e Gestão de

Ativos.

Os tipos de manutenção podem ser considerados também como política de

manutenção desde que os dados técnicos econômicos sejam a base dos resultados

obtidos.

34

5.1.1 Manutenção Corretiva Não Planejada

É uma ação após a ocorrência e sem planejamento, atuando para correção

de uma falha ou de um desempenho menor do que o esperado e corrigindo de

maneira aleatória(Alan Kardec & Julio Nascif,1998).

5.1.2 Manutenção Corretiva Planejada

É uma ação gerada por uma decisão gerencial, e esta tomada baseada em

modificação de condições observadas na manutenção preditiva. E sendo assim a

principal característica é a qualidade da informação fornecida de acordo com o

acompanhamento do equipamento. A sua aplicação estão ligados diretamente ao

nível da segurança do pessoal no processo, os custos de manutenção pela quebra e

o custo da não produção (Alan Kardec & Julio Nascif,1998).

5.1.3 Manutenção Preventiva

É uma ação com intervalo de tempos definido com intuito de reduzir ou evitar uma

pane ou mesmo a redução do desempenho de uma máquina. Sua característica é a

qualidade da informação do fabricante e também relacionado ao histórico do equipamento.

(Alan Kardec & Julio Nascif,1998) Sua vantagem é que possibilita prever o consumo de

peças sobressalentes, mão de obra e tempo de parada, nivelando recursos e sua adoção

deve ocorrer quando não há possibilidades de adotar a manutenção preditiva. A

manutenção preventiva pode também ser adotada em tempos determinados ou por critérios

prescritos (NBR 5462: Confiabilidade e mantenabilidade, 2000).

5.1.4 Manutenção Preditiva

É uma ação de medir a condição do equipamento para acompanhar seu

desempenho e decidir qual o melhor momento para intervir no mesmo, permitindo

garantir uma qualidade de serviço desejada. Ou seja, de programado uma

manutenção corretiva de forma planejada. Com o monitoramento e sistemática de

35

técnicas de análise, possibilita manter o equipamento em produção pelo maior

tempo possível, para tanto o equipamento ou instalação deve possibilitar a medição

ou supervisão centralizada ou amostral, e este deve possuir um grau de importância

no processo que necessite deste monitoramento, e com as causas das falhas

relacionadas com o objeto de medição, e assim planejado e realizado um

cronograma de medição e ações de correção pré-determinados.

Os aspectos de segurança das pessoas e da instalação são importantes para

adoção da preditiva, como também a redução de custos proporcionada pelo

acompanhamento constante evitando paradas indesejadas e preventivas

desnecessárias e intervindo o mínimo na planta. Seu principal ponto é a capacidade

dos técnicos em emitir diagnósticos eficazes para que não se tenha apenas

medições sem resultados (Alan Kardec & Julio Nascif,1998).Estas intervenções

devem ser planejadas com base em análises de medições que possuam limiares de

segurança, assim quando um limiar estiver próximo se programe a

intervenções.Como no gráfico abaixo, que mostra uma tendência nas medições de

aumente no valor medido até próximo do limite máximo, onde no mês de julho foi

programado uma intervenção para evitar a parada do equipamento, e já na medição

do mês de agosto se obtém o valor nominal novamente, e tendo do mês de abril a

julho o equipamento trabalhado sob monitoramento (NBR 5462: Confiabilidade e

mantenabilidade, 2000).

36

FIGURA 07 - GRÁFICO DE CONTROLE DE MEDIÇÕES

FONTE: ADAPTADA PELO AUTOR DO LIVRO MANUTENÇÃO FUNÇÃO ESTRATÉGICA –

ALAN KARDEK & JULIO NASCIF

5.1.5 Manutenção Detectiva

É uma ação baseada na detecção de falhas ocultas que não é perceptível a

operação da manutenção. Como sistemas de monitoração constantes efetuados por

sistemas de sensores e computadores ligados aos equipamentos. Nestes sistemas

especialistas avaliam alarmes e softwares de controle de falhas. Assim como

também testar sistemas de proteção também são considerados uma forma de

detecção (Alan Kardec & Julio Nascif,1998).

5.1.6 Engenharia de Manutenção

É o suporte técnico a manutenção através da implantação de melhorias e

monitoramento da rotina e dos padrões. Aumentado a confiabilidade e

disponibilidade de equipamentos, melhorando a manutenibilidade e segurança e

eliminando problemas crônicos e tecnológicos, melhorando a capacitação dos

manutentores e a gestão de peças de reposição e materiais, participando de novos

projetos e do planejamento dos processos de manutenção, e elaborando análise de

falha e estudos acompanhando os indicadores. Também executa pesquisas de

37

benchmarks e aplica inovações nos processos de manutenção e faz a gestão dos

custos destes processos.

Em relação aos custos, Alan Kardec & Julio Nascif (Manutenção Função

Estratégica) demonstram que o custo da Manutenção Corretivo Não Planejado é no

mínimo o dobro da manutenção preditivo-corretiva planejada. E a otimização de

custos é muitas vezes mais efetiva pela adoção de melhores práticas do que

simplesmente adotando cortes.

5.1.7 Estrutura Organizacional da Manutenção

A estrutura Matricial é utilizada na indústria automobilística na grande Curitiba

devido a cada área fabril ser denominada como uma unidade de fabricação, como

uma unidade de negócio. Buscando estruturas mais leves e com polivalências

dentro da manutenção e operação, fusão de especialistas e contratação de serviços

por parcerias. E estes especialistas possuem uma hierarquia funcional como a

manutenção e uma hierarquia direta com os gestores da unidade de negócio ou

fabricação. Como na figura abaixo:

Desta forma cada unidade de negócio ou operação possui um orçamento

próprio e com gestão localizada, mas com um suporte da estrutura central.

FIGURA08 - ESTRUTURA MATRICIAL

FONTE: ADAPTADA PELO AUTOR DO LIVRO MANUTENÇÃO FUNÇÃO ESTRATÉGICA-ALAN

KARDEK & JULIO NASCIF

38

5.2 ESTUDOS DE CASO - INTER-RELAÇÃO DA ISO9000, ISO 14001, OSHAS

18001 E GESTÃO DO CONHECIMENTO COM OS PROCESSOS DE

MANUTENÇÃO NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA.

Na indústria automobilística na grande Curitiba o processo da manutenção possui sua descrição de responsabilidades em forma de Procedimento. Seus processos são descritos no Manual da Gestão da Qualidade e sua organização representada em forma de fluxogramas no Procedimento de Organização da Manutenção, para mostrar as responsabilidades em todos os processos e no controle de registros, nos quais os documentos que devem ser mantidos e controlados. O procedimento possui período determinado para revisões e sua identificação padrão dentro do manual da qualidade.

5.2.1 Inter-relação dos Processos da Manutenção com a ISO9000.

Desta forma o documento descrito como Processo da Manutenção visa

atender ao requisito 4.1 da Norma ABNT NBR ISO9001, que deve descrever um

fluxograma com a seqüência dos processos, como também um mapa de medição e

análise de cada processo. Muitas organizações possuem os fluxos definidos, mas

não os pontos de medição, portanto como observado este ponto foi sugerido no

próprio fluxograma uma coluna como mapa de pontos de medição e de controle, os

quais merecem controle freqüente para garantir a eficácia de todo o fluxograma e

proporcionar o levantamento de melhorias deste processo. Como na figura a seguir.

39

FIGURA 09 - FLUXOGRAMA DE MANUTENÇÃO PREDITIVA

FONTE: ADAPTADA PELO AUTOR DO LIVRO MANUTENÇÃO FUNÇÃO ESTRATÉGICA-ALAN

KARDEK & JULIO NASCIF

SIM NÃO

40

O principal ponto de Medição deste processo é relacionado em corrigir

anomalias encontradas e garantir que as verificações estão sendo efetuadas da

manutenção preditiva. Segundo Alan Kardec & Julio Nascif (Manutenção Função

Estratégica, Pág41):

“Manutenção Corretiva Planejada é a correção do desempenho menor do que o esperado ou correção da falha por decisão gerencial. Normalmente a decisão gerencial se baseia na modificação dos parâmetros de condição observados pela manutenção preditiva”.

Sendo assim, para ter um melhor resultado deve ser monitorado e planejado,

com os responsáveis estabelecidos e verificados os pontos de melhoria identificados

através do controle. Este controle possibilitará estabelecer e prover melhor os

recursos para se efetuar este processo.

Ainda no item 4.2 da Norma ABNT NBR ISO9001, é abordada a necessidade

do controle de documentos, no caso dos processos de manutenção nas indústrias

automobilísticas, se se utilizam de sistemas informatizados para gestão de Ordens

de serviços e até mesmo procedimentos ou instruções de trabalhos, sendo estes em

alguns casos interligados com sistemas de gestão eletrônicas de recursos, como

ERP e Orçamentários. No caso do uso do software SAP, que possui módulos

customizados para manutenção e outras áreas também pertencentes ao SGQ. Estes

registros devem ser mencionados no Procedimento de Controle de Documentos e

devem possuir a descrição do sistema informatizado utilizado e do responsável por

cada registro.

Os processos terceirizados obedecem aos mesmos critérios, com

mencionado na FIGURA 09, possuindo responsabilidade sobre algumas tarefas,

mas o controle e medição devem ser realizados pela organização contratante.

Estes procedimentos devem ser mencionados como parte de um único

procedimento de Organização da manutenção, o qual dever ser identificado no

Manual da Qualidade como um documento de referência, se enquadrando no item

4.2. da Norma ABNT NBR ISO9001, em relação aos requisitos de Documentação, e

sendo um documento necessário para o planejamento de manutenção e controlado.

No Manual da Qualidade deve haver um capítulo dedicado a Gerência da

Manutenção de Instalações e equipamentos, onde deve abordar todos os pontos de

planejamento e processos da manutenção e recursos utilizados, como também

41

descrever seus processos e seus objetivos de forma simplificada. E a descrição de

cada processos então elaborada em forma de procedimentos, como parte de um

único procedimento de Manutenção. E como proposta de melhoria deste trabalho

incluindo mapa de pontos de medição e controle, para melhorar a eficácia deste

processo e tendo a inter-relação com o SGI, com abordagem a norma especifica.

No item 5 da Norma ABNT NBR ISO9001 é relacionado com Análise Crítica

da Direção, na qual possui como entrada Não conformidades de Auditorias, revisões

de processos programadas e fichas de análises de Não Atendimento de Metas no

ano corrente.

Os Recursos são importantes na manutenção, para que se possa ter um

planejamento eficaz. Pela norma estes recursos devem satisfazer o cliente mediante

aos requisitos estabelecidos do próprio processo. Desta forma os recursos na

manutenção são separados em recursos humanos e recursos de infra-estrutura.

Nos recursos humanos, atendendo ao item 6 da Norma ABNT NBR ISO9001,

deve prover competência, treinamento e conscientização, mas não possui

especificamente uma descrição de como fazer esta gestão. Na manutenção da

indústria automobilística existem ferramentas de medições e planejamento de

competências, mas elas estão ligadas diretamente aos equipamentos e não aos

processos de manutenção, desta forma a medição não remete ao resultado

esperado. Trata-se de um ponto crítico e falho dentro da Gestão do conhecimento e

ligado aos processos da manutenção.

O planejamento da realização do produto abordado no item 7 da Norma

ABNT NBR ISO9001, se refere aos ensaios e medições do próprio produto, mas não

relaciona diretamente os processos de manutenção relacionados aos ensaios do

produto. É um ponto crítico não observado em projetos, já que alguns parâmetros de

receitas de pintura e montagens são realizados posteriormente ao término do projeto

pela manutenção, e em alguns casos no processo de manutenção corretiva

imediata, por não ter a esta tratativa durante os ensaios e a documentação destes

com a participação da manutenção.

A cada Processo da Manutenção realizada dentro do processo produtivo é

necessário que se tenha os critérios de validação definidos, atendendo ao item 7.5.2

da Norma ABNT NBR ISO9001. Pois uma dificuldade encontrada pela manutenção

42

é possuir estes critérios de validação da qualidade do produto definidos pela

produção, para que se possa determinar se o equipamento após um sofrer um

processo de manutenção corretiva programada ou imediata, preventivo esteja

produzindo peças conforme novamente. E que se tenha a possibilidade de rastrear o

lote que foi produzido imediatamente após a intervenção.

A propriedade do cliente deve ser salvaguardada atendendo ao item 7.5.4 da

Norma ABNT NBR ISO9001, se aplicando na manutenção ao controle de desenhos

e atualizações de documentos, quando estes são fornecidos para terceiros

realizarem manutenções ou confecção de peças de reposição. O não cumprimento

deste item pode acarretar a confecção errônea de peças de reposição, que por

conseqüência comprometeram o resultado de uma manutenção preventiva ou

corretiva, gerando custos com não produção e peças inutilizadas.

A preservação de produtos mencionada no item 7.5.5 da Norma ABNT NBR

ISO9001, se aplica na manutenção dentro do processo de manutenção preditiva,

quando se envia amostra de lubrificantes para análise em laboratórios externos, é

importante que estes possuam certificação da ISO9000 e ISO14000, para assegurar

a idoneidade da amostra e até mesmo sua eliminação sem afetar o meio ambiente.

Ainda no processo de manutenção preditiva, é importante que se atenda ao

item 7.6.6 da Norma ABNT NBR ISO9001, quanto ao controle de equipamentos de

medição, tendo a manutenção uma planilha de controle das calibrações realizadas

nestes equipamentos, assegurando que as tomadas de decisões de se realizar uma

manutenção corretiva programada pela condição de um parâmetro corrigido, seja

tomada frente a um resultado de um equipamento calibrado e em equipamentos

ligados diretamente aos processos produtivos, como, por exemplo, monitorações de

parâmetros de solda, medições por máquinas 3D e equipamentos relacionados a

NR10 devem atender as requisitos da OHSAS 18001.

A identificação de materiais não conforme é fundamental para rastreabilidade

de peças de reposição, bem como evitar o retorno destas peças danificadas para as

máquinas influenciando no resultado dos processos de manutenção.

A Auditoria da norma ISO9000 abordado no item 8.2 da Norma ABNT NBR

ISO9001. Na manutenção se torna simples por possuir poucos processos, mas ao

mesmo se torna complicada devido às várias influências que seus processos

43

inferem ao processo produtivo. E na indústria automobilística esta inferência influi

diretamente nos resultados da organização, devido ao alto volume de produção

dentro de um curto espaço de tempo para se concluir o produto com alta exigência

de qualidade e valor de venda. Desta forma a Auditoria interna deve ser mais

apurada e exigente, mas devem se criar mecanismos que melhorem a gestão

automática destes processos, comparando em tempo hábil o realizado e o

planejado, utilizando-se dos itens da norma ISO9000 para melhoria continua dos

processos de manutenção.

5.2.2 Inter-relação dos Processos da Manutenção com a ISO14001.

Os processos da Manutenção na indústria automobilística necessitam de

controle, pois qualquer alteração detectada nas entradas ou saídas de cada

processo pode ser uma oportunidade de melhoria.

Dentro dos processos produtivos há necessidade de planejar a gestão e o

controle de aspectos ambientais, priorizando os mais significativos que podem

interagir com o meio ambiente. Dentre os processos produtivos a manutenção deve

mapear estes aspectos e estabelecer controles e forma sistemática de tratamento.

Pois nos processos automobilísticos possuem muitos dejetos de borras de pintura

que são transportados através da água, resíduos de pó de tinta que precisam ser

incinerados, entre outros. Estes dejetos necessitam de um robusto controle e de

equipamentos para realizar os tratamentos, estes por sua vez são de

responsabilidade da manutenção e são mantidos pelos processos de manutenção.

Mas dentro dos processos de manutenção estes devem ser identificados como grau

maior de importância devido às conseqüências que proporcionam aos requisitos

legais que estão sujeitos.

Os Aspectos ambientais devem ser planejados e controlados conforme sua

identificação atendendo ao item 4.3.1. Da Norma ABNT NBR ISO14001, e

gerenciado por processo. Em cada processo devem ser analisados todos os

aspectos e quais os impactos devem ser controlados e/ou tratados. Seguindo uma

Análise de Aspecto e Impactos do processo de fabricação que devem ser

44

gerenciados pela manutenção. Como no de pintura que possui aspectos e impactos

comuns, e seus sub-processos que possuem aspectos e impactos particulares.

Além dos processos de fabricação que devem ser gerenciados pela manutenção,

possui também os próprios processos de manutenção, que como processo também

possui aspectos e impactos ambientais, como lubrificação de máquinas, limpeza

técnica, óleos de corte de usinagem e óleos isolantes dielétricos, peças danificadas,

estopas contaminadas, máquinas com vazamentos de lubrificantes, entre outros.

Como cada processo da manutenção ou da fabricação possui aspectos,

impactos e legislações aplicáveis específicos, há necessidade de planejamento e

controle por cada processo e todos gerenciados pela manutenção. Como

documentação deve possuir o Manual do Meio Ambiente, procedimentos, instruções

e registros. As situações de risco identificadas devem possuir sua classificação

identificada e Grau especifica identificado. Como Risco Controlado e Não

Controlado. Assim também como a seleção dos resíduos deve seguir o padrão de

código de cores para os diferentes tipos de resíduos (CONAMA – Resolução 275 de

2001), e seguidos dentro dos processos de manutenção pelos manutentores, tendo

um plano de treinamento e conscientização dos manutentores.

FIGURA10 - PADRÃO DE CORES DE RESÍDUOS

FONTE: CONAMA – 275 de 2001

45

5.2.3 Inter-relação dos Processos da Manutenção com a OHSAS 18001.

Os processos de Manutenção possuem riscos inerentes de Segurança assim

como também possuem responsabilidade direta sobre a segurança dos demais

trabalhadores e de todo patrimônio da organização através da manutenção dos

sistemas de segurança e de controle dos riscos.

É fundamental que os manutentores conheçam a política de SSO (Segurança

e Saúde Organizacional) da organização assim como também das normas

regulamentadoras para realização de cada processo de manutenção. A política deve

tornar clara para os manutentores a prevenção de acidentes e o atendimento a

legislação aplicável em cada tipo de intervenção e equipamento.

Em relação ao item 4.3.1 da Norma OHSAS 18001 é imprescindível a

identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação e controles. Sendo

necessária a elaboração de procedimentos para identificação contínua de perigos e

avaliações de riscos, como por exemplo, a determinação de um controle ou notação

de perigos identificados em qualquer tarefa por cada profissional de manutenção a

cada dia. E procedimento de Análise Preliminar de Riscos em qualquer atividade da

manutenção que envolva corte solda, trabalho em altura e suspensão de

equipamentos. Tais procedimentos devem avaliar atividades de rotina e não

rotineiras, comportamento humano e perigos oriundos de atividades próximas ou

materiais próximos.

Nos equipamentos que possuem maior Risco é importante que se tenha

Análise Preliminar de Riscos para operação destes, assim como para realização da

manutenção. Identificando os riscos e as medidas de controle de forma visível e

fixada próximo a máquina. A não identificação de um risco é considerada uma não

conformidade. As proteções da máquina que constam na Análise Preliminar de

Riscos devem ser incluídas no plano de manutenção preventiva e/preditiva defectiva

para que se tenham determinado os testes periódicos necessários, para garantir o

funcionamento destes dispositivos em caso de necessidade. Estes pontos devem

todos ser especificados na Análise de Riscos, conforme segue no exemplo abaixo:

46

FIGURA11 - ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS DO PROCESSO DE SOLDA

FONTE: AUTOR

Os processos e/ou equipamentos que possuem identificados riscos elevados,

devem possuir as medidas de controle monitoradas, sendo estas como auditorias de

uso de EPI até testes de dispositivos de proteções instaladas nas máquinas, como

sensores de posição e extra curso, botões de acionamentos em manual. Na APR

deve mencionar o EPI (Equipamento de Proteção Individual) exigido para operação

e manutenção, e também a Norma regulamentadora exigida para realização de

manutenção no equipamento.

As ordens de serviços devem ser relacionadas com as habilitações das

Normas regulamentadoras, assim assegurando que uma ordem de serviço não seja

gerada para um profissional de manutenção não habilitado. O ideal é que isto ocorra

automaticamente por um sistema informatizado, mas não havendo estes recursos

deve-se ao menos possuir uma tabela de profissionais habilitados atualizada para

consulta, no momento da programação dos trabalhos e atendendo ao item 4.3.2 da

Norma OHSAS 18001.

47

5.2.4 Inter-relação dos Processos da Manutenção com a Gestão do Conhecimento

A gestão do conhecimento atualmente é avaliada por pessoas e não por

processos, isto pode gerar deficiências na gestão dos processos, como implicado

pela ISO9000 que possui abordagem por processos.

Na indústria automobilística dentro da manutenção, a competência é

associada da pessoa para o equipamento tendo foco nas pessoas. Na gestão do

conhecimento, como definido neste trabalho na figura do Ciclo do Conhecimento,

este é dividido em três quadros principais: Conhecimento (Treinamento, Registros,

Elaboração dos Procedimentos), Processos (Mapa de Processos, Controle de

Processos, Aplicação dos Procedimentos, Controle De Qualidade, Mapa de Riscos),

Melhoria contínua (PDCA, Indicadores/KPI, Melhoria dos Procedimentos).

O conhecimento precisa ser identificado de acordo com os processos

exigidos, como por exemplo, um processo de fabricação por solda Mig, nele está

relacionado os processos de manutenção preventiva, preditiva e corretiva. De

acordo com a importância deste processo de fabricação serão estabelecidas as

necessidades de conhecimento, como treinamentos e procedimentos. Estes devem

ser relacionados com os mapas e controle do processo e atendendo aos mapas de

riscos e controles de qualidade, e por último gerar resultado em relação aos

objetivos e metas estabelecidos por indicadores. Ou seja, este processo de

fabricação exige procedimentos e pessoas competentes e habilitadas para

executarem, atingindo as metas estabelecidas. E posteriormente melhorando estes

procedimentos e gerando melhores resultados.

Um Mapa destes processos de fabricação contendo os equipamentos com os

maiores riscos identificados em relação à perda de produção por qualidade do

produto, volume, impactos ambientais e riscos a segurança e saúde ocupacional,

podem proporcionar a identificação também de padrões, instruções de trabalhos e

treinamento necessários, com uma visão de processo. Como na tabela a seguir.

48

TABELA 02 - GESTÃO DO CONHECIMENTO POR PROCESSO

FONTE: AUTOR

5.3 PROPOSTA DE METODOLOGIA DE CONTROLE E MELHORIA PARA OS

PONTOS CRÍTICOS DO PROCESSO DE MANUTENÇÃO, PARA MANTER O

DESEMPENHO ESPERADO DA INTER-RELAÇÃO ENTRES OS PROCESSOS

DE MANUTENÇÃO E O SGI.

Como os gestores de manutenção da área automobilística se deparam com

uma dificuldade em estabelecer uma relação entre os processos de manutenção e o

Sistema Integrado de Gestão (o qual engloba as Normas ISO9000, ISO14001 e

18001 e a Gestão do Conhecimento), este trabalho propõe uma tabela de

Processos, Normas e Resultados esperados, de forma a facilitar a gestão por uma

visão geral de todo sistema e quais os pontos críticos que devem ser controlados e

melhorados. Conforme na tabela 03, a seguir.

49

50

Esta tabela de controle proporciona uma visão geral do negócio, como

também os riscos que possuem e os tratamentos que estão sendo realizado. Há

necessidade ainda como menciona na tabela, em relação ao Processo Manutenção

de elaborar e controlar os mapas de Risco em relação a cada Norma. E tendo

controle dos registros apontados na tabela, e com possibilidade de priorização por

nível de criticidade.

6 CONCLUSÃO

O Sistema Integrado de Gestão possibilita uma visão geral dos processos em

relação à qualidade do produto e serviços, os riscos e as contramedidas em relação

ao meio ambiente e a segurança e saúde ocupacional, atendendo as normas e

legislações aplicáveis.

Na Indústria automobilística esta gestão da Manutenção pode ser melhorada

aplicando uma metodologia de controle, através de uma tabela proposta de

Processos da própria manutenção mencionados no Manual da Qualidade, com

fluxos definidos e com os pontos críticos descritos e os resultados esperados de

cada aspecto.

Entre os resultados esperados estão as melhorias implantadas, as quais

detém grande dificuldade de identificação e mensuração dentro dos processos. Na

forma proposta estas melhorias possuem os aspectos críticos onde serão medidas,

desta forma facilitando a gestão, em relação à administração da manutenção como

também para auditoria dos processos certificados. Já que todas as etapas de

planejamento, implementação, check e melhoria estão englobadas na tabela.

Além da tabela a metodologia conta com fluxogramas de processos de

manutenção, tabela de gestão do conhecimento por processo e documentos de

Análise preliminar de riscos, todos associados aos processos de fabricação e

manutenção.

No ramo automobilístico Brasileiro a concorrência está cada vez mais

acirrada, e a eficiência dos processos se tornou necessidade a fim de reduzir seus

custos, de forma integrada, há uma facilidade de prever recursos e medir a eficiência

global, sem deixar de lado os riscos que podem ser identificados e tratados.

51

Em relação às Normas, esta metodologia aborda ainda a gestão do

conhecimento, que se trata de um aspecto crítico ainda pouco exigido nas normas

citadas, mas que influenciam diretamente o desempenho dos processos, e que

possui enorme dificuldade em sua medição e relação com estes.

O Sistema de Gestão Integrada exerce uma forte afetação aos processos de

manutenção, pois os controles e aspectos de medição estabelecidos nos sistemas

de gestão revelam o quanto estão os desempenhos de cada processo, e ao mesmo

tempo é possível visualizar os riscos e os recursos necessários. Na indústria

automobilística os processos produtivos possuem o SGI muito bem aplicado,

referente aos procedimentos, controles e melhorias realizadas, e a manutenção

segue uma tendência de profissionalização, através de padronizações e

simplificações de seus processos. Pois ela é responsável por manter os processos

de fabricação disponíveis e operando dentro custos controlados por linha e

processo.

Todos os processos de manutenção passam pelos requisitos das normas

quanto ao planejamento, mapa de riscos, controle da execução, qualidade da

execução e melhoria do processo, aplicando o PDCA em cada processo, e em

considerando cada sistema de gestão. Como por exemplo, em uma máquina ligada

ao processo produtivo, que trabalha com aspecto ambiental e possui perigo para

operação, está máquina necessita de um plano de manutenção envolvendo ações

em relação ao processo, ao meio ambiente, em relação à Segurança e Saúde

Ocupacional e de treinamento periódico. Estas ações planejadas exigem uma

implementação e um rigoroso controle de execução dentro do prazo planejado. A

identificação de aspectos de riscos e de melhoria é exigida dentro das três normas,

e um equipamento que oferece riscos em todas as normas citadas é

automaticamente considerado como nível máximo de criticidade e prioridade para

realização da manutenção planejada e programada, assim como os controles

ambientais e de segurança não podem ser adiados e as normas regulamentares não

podem ser negligenciadas, como NR10, NR12, NR33, fichas de identificações de

produtos químicos, planos de emergência.

A análise crítica da diretoria deve levar em conta os recursos aplicados no

desempenho de cada processo, e os recursos necessários para realizar as

52

melhorias, por tanto ai se encontra a necessidade deste controle por processo e por

sistema de gestão, já se não dividido e ao mesmo tempo integrado, a análise crítica

pode não se a ter as necessidades especificas dentro do sistema, como um todo.

53

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