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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE Loricel Rugeski Luiz Carlos Prestes Junior UTILIZAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS EM DIETAS DE AVES Castro 2008

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/03/UTILIZACAO-DE-ACIDOS-ORGANICOS... · Os ácidos possuem sabor azedo ou cáustico, facilmente identificado

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE

Loricel Rugeski

Luiz Carlos Prestes Junior

UTILIZAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS EM DIETAS DE AVES

Castro

2008

Loricel Rugeski

Luiz Carlos Prestes Junior

UTILIZAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS EM DIETAS DE AVES

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista, no Curso de Especialização em Produção de Aves e Suínos da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientador Prof. M. Sc. Paulo Nocera

Castro

2008

ii

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 1 2 CONCEITO............................................................................................ 2 3 PROPRIEDADES.................................................................................. 3 4 HIPÓTESES DA AÇÃO DOS MICROORGANISMOS............ .............. 7 4.1 SAÚDE GASTRINTESTINAL............................................................. 7 4.2 INGREDIENTES DAS RAÇÕES........................................................ 8 4.3 SALMONELOSE................................................................................. 8 5 USO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS MAIS MICROBIOTA(EXCLUSÃO COMPETITIVA)........................................................................................

10

5.1 AÇÃO SOBRE MICRÓBIOS............................................................... 10 6 ATUAÇÃO DOS ÁCIDOS BILIARES...................... ............................. 12 6.1 VISCOSIDADE INTESTINAL E ABSORÇÃO..................................... 12 6.2 MICROBIOTA..................................................................................... 13 6.3 ATUAÇÃO NA CÉLULA...................................................................... 13 7 UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO FÓRMICO E PROPIÔNICO........ ................ 14 8 UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO.................... ............................ 17 9 ÁCIDO FUMÁRICO................................... ............................................ 20 10 ÁCIDOS ORGÂNICOS E ADSORVENTES.................. ..................... 23 11 ÁCIDOS ÁCÉTICO.................................. ............................................ 23 12 UTILIZAÇÃO EM DIETAS PRÉ-INICIAIS.............. ............................ 24 12.1 CONCENTRAÇÃO E EFEITOS........................................................ 25 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................ .................................... 27 14 REFERÊNCIAS .................................................................................. 28

iii

RESUMO

A avicultura mundial tem como característica marcante o dinamismo e

conseqüentemente a constante mudança. Nos primórdios ela tinha como

característica os avanços focados estritamente em ganhos zootécnicos, no

entanto, com o passar do tempo estamos vivendo uma nova era, na qual não

basta ter um bom desempenho técnico e preço baixo, pois quem está dando as

cartas é o consumidor. Este está cada vez mais exigente e muito mais

preocupado com a segurança. Neste cenário as indústrias, agrícolas; químicas

e biológicas estão se remodelando constantemente, mudando seu foco e

abrangendo seus estudos; controles e garantias. Dentro deste contexto as

empresas estão buscando produtos alternativos para as dietas das aves, pois

sabemos que estes são determinantes na produção, sanidade e principalmente

na inserção no comércio mundial de carnes. Entre esses se destacam os

ácidos orgânicos, produtos estes com pesquisa e uso mais antigo.

iv

1

1 INTRODUÇÃO

A avicultura mundial tem como característica marcante o dinamismo e

consequentemente a constante mudança. Nos primórdios ela tinha como

característica os avanços focados estritamente em ganhos zootécnicos, no entanto,

com o passar do tempo estamos vivendo uma nova era, na qual não basta ter um

bom desempenho técnico e preço baixo, pois quem está dando as cartas é o

consumidor. Este está cada vez mais exigente e muito mais preocupado com sua

segurança. Neste cenário as indústrias, agrícolas; químicas e biológicas estão se

remodelando constantemente, mudando seu foco e abrangendo seus estudos;

controles e garantias. Dentro deste contexto as empresas estão buscando produtos

alternativos para as dietas das aves, pois sabemos que estes são determinante na

produção, sanidade e principalmente na inserção no comércio mundial de carnes.

Entre esses se destacam os ácidos orgânicos, produtos estes com pesquisa e uso

mais antigos. Os ácidos têm sido utilizados por longas datas para conservar

alimentos para animais (silagem), ou para humanos (chucrute).

Desde os tempos dos alquimistas, observou-se que certas substâncias

apresentavam comportamentos peculiares quando dissolvidos na água. Entre tais

propriedades destacava-se o sabor, semelhante ao do vinagre; a facilidade de

atacar os metais, dando origem a um gás inflamável; e o fato de produzirem espuma

quando em contato com calcários. Essas substâncias foram denominadas ácidas.

2

2 CONCEITO

Os critérios inicialmente usados para caracterizar os ácidos baseavam-se nas

propriedades de suas soluções aquosas. Dizia-se que ácidas eram substâncias que

apresentavam sabor azedo e produziam mudança de cor dos indicadores.

Evidentemente, essas propriedades não são completas nem específicas, pois outras

substâncias podem também apresentá-las. Com o passar do tempo, foram

estabelecidos conceitos mais definidos para a caracterização dos ácidos, tais como

o de Arrhenius, o de Brönsted-Lowry e o de Lewis.

Na segunda metade do século XIX, Arrhenius definiu ácido como um

composto que, dissolvido em água, libera íons hidrogênio. Essa definição, no

entanto, tem sua aplicação limitada às soluções aquosas.

AH A- + H+

Para superar essa restrição, o químico dinamarquês Johannes M. Nicolaus

Brönsted e o inglês Thomas Lowry elaboraram a teoria protônica, segundo a qual

ácida seria toda substância íon ou molécula capaz de doar prótons, partícula

subatômica de carga positiva. Essa teoria pode aplicar-se a qualquer tipo de

solvente, e não somente à água, como no caso do critério de Arrhenius.

Baseando-se em critérios distintos, o americano Gilbert Lewis definiu ácido

como uma substância que pode aceitar um par de elétrons, partículas subatômicas

de carga negativa, que giram em torno do núcleo atômico.

Alguns átomos apresentam maior tendência a ceder elétrons e se convertem

em íons positivos ou cátions, enquanto outros tendem a aceitar pares de elétrons, e

se convertem em íons negativos ou ânions. Em toda reação química ocorre esse

processo simultâneo de doação e recebimento de elétrons.

Figura 1 – Átomo de hidrogênio

pH

3

3 PROPRIEDADES

Os ácidos possuem sabor azedo ou cáustico, facilmente identificado em frutas

cítricas, como limão, laranja e maçã. Têm a capacidade de alterar a cor de certas

substâncias orgânicas, denominadas indicadores. Assim, como exemplo, em

presença de solução aquosa ácida, o indicador papel azul de tornassol passa para

vermelho.

Figura 2 – Indicador Universal de pH

Em soluções aquosas diluídas, os ácidos são bons condutores de

eletricidade. Os ácidos reagem com os óxidos (exceto os neutros e os anidridos)

formando sais e água, e com os carbonatos e bicarbonatos desprendendo CO2. Os

ácidos reagem com as bases, formando sais e água. Daí dizer-se que a reação de

ácidos com bases é de salificação (devido à formação de sal) ou de neutralização

(devido à anulação do caráter básico da solução), tornando o meio neutro.

Exemplo de neutralização do ácido clorídrico e do ácido sulfúrico, respectivamente:

HCL + NaOH NaCl + H2O

H2S04 + LiOH LiSO4 +H2O

Os ácidos apresentam, em solução aquosa, diferentes graus de ionização,

isto é, uma relação variável entre o número de moléculas ionizadas e o de moléculas

dissolvidas. Dessa forma, por meio do valor da constante de ionização, pode-se

medir a força de um ácido. Quanto mais elevado for o valor dessa constante, maior

4

será à força do ácido e maior a concentração de íons hidrogênio.

(ENCYCLOPAEDIA BRITÂNICA do BRASIL,1996).

Ácidos são caracterizados por sua dissociação constante, caracterizando em

valor de pKa, sendo um conceito importante, pois o pka ajuda a entender o

comportamento dos ácidos fracos já que indica a fração de ácido ionizada

(dissociada). O pKa de um ácido é o pH no qual 50% do ácido está em forma

dissociada e 50% está em forma não dissociada. Os ácidos fortes tem valores de

pKa próximos a 1, enquanto a maioria dos ácidos orgânicos tem valores entre 3 e 5

(Tabela 1).

Tabela 1 – Valores de pKa, de acordo com cada ácido .

ÁCIDO FÓRMULA pKa

Fórmico HCOOH 3.75

Lático CH3CH(OH)COOH 3.83

Acético CH3COOH 4.76

Sórbico CH3CH :CHCH :CHCOOH 4.76

Butírico CH3CH2CH2COOH 4.82

Propiônico CH3CH2COOH 4.88

Fumárico COOHCH :CHCOOH 3.02

4.38

Tartárico COOHCH(OH)CH(OH)COOH 2.93

4.23

Cítrico

COOHCH2C(OH)(COOH)CH2COO

H 3.13

4.76

6.40

Nota: Ácidos com mais que um grupo (COOH), tem mais do que um valor de pKa

5

Um ácido forte é aquele que mostra grande tendência a ceder um próton. Os

ácidos fracos têm uma tendência menor a ceder prótons e, portanto, não se

encontram totalmente dissociados em solução aquosa. Exemplos de ácidos fracos

são os ácidos orgânicos como: acético, propiônico ou lático.

Outro conceito utilizado para avaliar o poder dos ácidos é o conceito de pH.

Definido como o logaritmo negativo da concentração de íons hidrogênio em solução

aquosa (pH = -log [H+]) o pH varia entre zero e 14.Todos os ácidos apresentam pH

entre zero e 7, sendo que, quanto menor esse valor, mais elevada é a força do

ácido.As dissoluções ácidas têm um pH < 7, as neutras um pH = 7 e as básicas um

pH> 7.

Todos os microorganismos têm um pH ótimo para o crescimento e uma faixa

de pH fora da qual é impossível crescer. Isto se refere ao pH do meio extracelular,

porque o pH do meio intracelular está sempre perto da neutralidade. A maioria das

bactérias crescem mal a pH inferiores a 5 (GRÁFICO 1), mas este nível de acidez

não garante a esterilidade microbiológica, pois muitas bactérias podem sobreviver

nestas condições durante prolongados períodos de tempo.

Gráfico 1 – Valor de pH ideal para crescimento bacteriano

IMPEXTRACO

5 6 7 8 9

Valor do pH

Lactobacillus spp.

Staphylococcus aureus

Escherichia coli

Pseudomonas aeruginosa

Streptococcus pneumoniae

Salmonella spp.

6

Além do efeito antimicrobiano devido à acidez propriamente dita, isto é, à

diminuição do pH extracelular, existe um segundo tipo de ação dos ácidos, na

realidade, ainda mais importante. Este é devido à permeabilidade da parede

bacteriana aos ácidos não dissociados, os quais atravessam a parede bacteriana,

dissociando-se no meio intracelular,produzindo um desequilíbrio no metabolismo

bacteriano (Tabela 2).

Tabela 2 – Valores de MICs de Ácidos Orgânicos dissociados e não dissociados

MIC = Concentração Inibitória Mínima

Os ácidos orgânicos por ter pKas maiores de 3 tem uma parte importante de

ácido na forma não dissociada a pH relativamente elevados, enquanto os ácidos

fortes inorgânicos como o ácido clorídrico (pKa = 1) encontram-se na forma

dissociada, que não atravessa a parede bacteriana e, portanto, não consegue afetar

a bactéria no meio intracelular. O uso dos ácidos orgânicos na alimentação das

aves tem sido discutido por nutricionistas e patologistas, porém, os resultados são

aceitos por alguns e contestados por outros.

7

4 HIPÓTESES DA AÇÃO DOS ÁCIDOS ORGÂNICOS

Para as aves, existem três hipóteses que sustentam a aplicabilidade dos

ácidos orgânicos; a primeira está relacionada ao efeito inibidor do desenvolvimento

de fungos nas matérias primas e rações, a outra ao efeito inibidor da proliferação de

enterobactérias, como as do gênero Salmonella e Escherichia , e a terceira como

potencializador dos ganhos nutricionais das dietas promovidas pelo aumento da

disponibilidade dos nutrientes para as aves (PENS JR.et al.,1993) citado por

RUNHO et al., (1997).

4.1 SAÚDE GASTRINTESTINAL

O intestino e em geral o sistema gastrintestinal (GIT) é um órgão muito

complexo e a obriga a passagem de nutrientes que suportam o metabolismo básico,

crescimento e manutenção, suprimento para suporte imune, esquelético e do

sistema nervoso (FERKET, 2000) citado por R. GAUTHIER(2002), O

desenvolvimento do GIT e sua saúde, é a chave para a produtividade dos animais

de produção e também os frangos de corte.

O GIT apresenta duas funções básicas:

- Aquisição e assimilação de nutrientes

- Manutenção da barreira de proteção contra infecção bacterianas e virais.

Múltiplos fatores podem influenciar a desempenho do GIT; saúde

intestinal, estimulação imune, ambiente, nutrição, escolha do ingrediente e

qualidade, toxinas, equilíbrio da microflora, secreção endógena, motilidade, aditivos

etc. Assim a função digestiva poderia ser considerada o mais limitante fator no

desenvolvimento dos frangos de corte. (R. GAUTHIER,2002).

8

4.2 INGREDIENTES E RAÇÕES

As rações e os materiais crus animais são possivelmente as maneiras mais

importantes de contaminação por este patógeno nas aves domésticas, tanto quanto

em outros animais. A incidência de Salmonella em ingredientes e em rações da

alimentação em uma fábrica de ração foi estudada por Albuquerque et por al. (1995),

citado por Sci. agric.Piracicaba, Braz.(2004) que verificaram a ocorrência em

19,85% das amostras dos ingredientes da alimentação (136

amostras). Entre aquelas amostras, os ingredientes animais e os produtos vegetais

mostraram 50% e 12,5% contaminação, respectivamente.

Entre as alternativas para controlar a disseminação das bactérias do gênero

Salmonella em frango de corte, está o uso de ácidos orgânicos às aves domésticas.

4.3 SALMONELOSE Segundo Oliveira et al., 2000 há um interesse atual muito grande sobre a

salmonelose no que diz respeito à doença aviária.O controle de salmonelose

paratífica nos pássaros é uma tarefa difícil.

A carne do frango, sendo uma fonte principal de alimento nas mesas dos

consumidores do mundo inteiro, é o artigo o mais significativo com relação à saúde

humana por causa da incidência das infecções alimentares. Quando as ações do

biosseguridade são adotadas em plantas de produção das aves domésticas,

cuidados devem ser tomados no que diz respeito à possibilidade de reintrodução de

Salmonella.

Em experimento conduzido por Oliveira (1996), citado por Sci.

agric.Piracicaba, Braz.(2004) as várias combinações de ácidos orgânicos foram

testadas para impedir a contaminação de Salmonella com a ração em pintainhos de

um dia de idade, e observou-se que uma mistura de ácido fórmico (70%) e o ácido

propiônico (30%), a 0,8% , era eficiente eliminar a Salmonella enteritidis da

Salmonella thyphimurium ., ambos com grande importância na saúde humana.

A contaminação dos produtos da origem animal para o consumo humano que

induz infecções nos consumidores foi freqüente em alguns países e representa um

interesse grande para organismos governamentais, resultando em despesas e em

9

perdas médicas volumosas da produtividade. KUANA (2001), citado por Sci.

agric.Piracicaba, Braz.(2004), mencionando que o Salmonella é responsável por 1 a

4 milhão casos intoxicação alimentares anualmente apenas nos Estados Unidos .

Os aditivos antimicrobianos utilizados na alimentação como promotores do

crescimento eram de grande importância para manter a produtividade elevada das

aves domésticas. O uso generalizado de aditivos antimicrobianos da alimentação

conduziu ao desenvolvimento de enterobactérias resistentes, incluindo espécies

como as da Escherichia coli e das Salmonellas, e realçou o excreção fecal das

Salmonellas ( Sci. agric. Piracicaba, Braz,2004.).

Os pintainhos recentemente nascidos são altamente suscetíveis à infecção

com organismos como os da Salmonella.

Em um outro estudo realizado por OLIVEIRA et al. (2000) com a avaliação na

prevenção da disseminação de quatro sorotipos de Salmonella, de interesse em

avicultura e saúde pública (Salmonella Typhimurium, Salmonella Agona, Salmonella

Infantis e Salmonella Enteritidis), entre aves recém-nascidas, com o intuito de

diminuir a disseminação de salmonelas em rebanhos avícolas por aves que

contraíram a infecção pela via vertical. Analisou-se experimentalmente a

administração de microbiota intestinal de aves adultas em aves recém-nascidas, a

incorporação de uma mistura de ácidos orgânicos na ração e a associação desses

dois tratamentos, em grupos onde se colocou uma ave infectada, para provocar a

transmissão por contato. A microbiota intestinal de aves adultas mostrou-se eficiente

no controle da colonização cecal nos quatro ensaios realizados, com os diferentes

sorotipos. A mistura de ácidos orgânicos na ração não foi eficaz em prevenir a

colonização cecal e a associação dos tratamentos demonstrou que não há

interferência entre eles, permanecendo a ação da microbiota de aves adultas.

A infecção neste período pode seguir a infecção do incubatório As aves

novas infectadas excretam Salmonella nas fezes um número maior e por muito mais

tempo do que as galinhas infectadas quando são mais velhas. Este aumento na

resistência é explicado pela aquisição gradual pelas galinhas dos microorganismos

que constituem sua microflora intestinal normal.

Os achados atuais e precedentes são importantes porque os aumentos dos

casos de intoxicação alimentar por salmonelose que originam das aves derivados

do incubatório adquirem sua infecção pela transmissão vertical e organismos como

das Salmonella podem espalhar muito fàcilmente entre os pintainhos após o

10

alojamento das mesmas nas granjas. A adição de ácidos orgânicos nas

alimentações é usada em graus variados para controlar Salmonella na alimentação.

No estudo atual a incorporação do ácido orgânico na alimentação não impediu a

infecção dos frangos colocados no contato com um frango experimental infectados.

Entretanto, o Jr. de BERCHIERI citados por OLIVEIRA et al., (2000)

observaram uma boa redução na mortalidade por Salmonella galinarum confirmando

outra vez, a taxa da infecção entre frangos infectados e não infectados. Estes dados

mostram que os resultados podem depender do sorotipo de Salmonella usado como

um organismo do desafio.

5 USO DE ÁCIDO ORGÂNICO MAIS MICROBIOTA ESPECÍFICA (EXCLUSÃO

COMPETITIVA)

Um experimento a mistura do ácido orgânico na alimentação foi realizada

para avaliar sua interferência na ação da exclusão competitiva (CE) Conclui-se que

a mistura do ácido orgânico não interferiu com a ação do CE. A escolha dos ácidos,

da concentração e do método da administração nesta pesquisa foi baseada no

trabalho previamente publicado (5, 14, 16, 17, 18, 20). Os resultados apresentados

usando a combinação de ácidos orgânicos a ração e culturas fecais estão de acordo

com Hinton et al. (15) quem mostrou em que esta combinação era eficaz. Como

conclusão a CE pode impedir a colonização intestinal por Salmonella Typhimurium,

Salmonella infantis, Salmonella agona e enteritidis das Salmonellas das aves

infectadas por contato, e os ácidos orgânicos incorporados na alimentação não

interferem com a exclusão competitiva.

5.1 AÇÃO SOBRE MICRÓBIOS

Existem controvérsias sobre o uso de ácidos orgânicos, entretanto, baseando-

se no conceito de dissociação dos ácidos, essas substâncias podem atuar contra os

microorganismos e favorecer o aproveitamento dos nutrientes pelo animal.

WALDROUP et al. (1998) têm sugerido que as possíveis formas de ação dos ácidos

orgânicos sejam alterações no pH intestinal e modificações na microflora intestinal.

MILLER (1987), citado por RUNHO et al., (1997) relatou que microorganismos

11

entéricos constituem preocupação para a indústria de aves domésticas. Eles

competem com a ave por nutrientes disponíveis no alimento; além disso, alguns

deles são patogênicos para as aves e até para o homem.

Os ácidos orgânicos têm potencial para controlar as bactérias entéricas, tanto

patogênica quanto não patogênica. Adicionalmente, podem melhorar o desempenho

e a eficiência por meio da eliminação dos organismos que competem com a ave por

nutrientes.

Segundo MILLER (1987), os ácidos orgânicos não deixam resíduose evitam o

aparecimento de organismos resistentes; daí os problemas com a utilização de

antibióticos.

Além disso, os antibióticos diminuem o crescimento microbiano de todas as

bactérias, estimulando, desse modo, a neutralidade do pH na região intestinal –

exceto aquelas cepas que são resistentes a uma droga em particular. Essa

contenção da multiplicação bacteriana no intestino promove maior eficiência

alimentar para o animal.

Segundo SMITH (1965) citado por. citado por RUNHO et al.,(1987) a maior

parte da multiplicação bacteriana ocorre no papo dos frangos e não na moela e

intestino delgado como comumente acreditavam. A presença de bactérias na moela

e no intestino é uma indicação da rápida multiplicação no papo. Esse autor

constatou ainda que, quando se baixou o pH do conteúdo do papo das aves , a

moela e o intestino delgado estiveram perto da acidez normal. Entretanto, a

alimentação ácida inibiu a multiplicação microbiana no papo, reduzindo

acentuadamente as bactérias na moela e intestino (Figura 2)

Figura 2

12

6 ATUAÇÃO NOS ÁCIDOS BILIARES

Segundo Hylemond, (1985), citado por S. TAMINGA et al. (1989) além da

competição por nutrientes a microflora pode inibir a digestão de gorduras, pois

algumas espécies de bactérias podem desconjugar os ácidos biliares. Os ácidos

biliares são componentes essenciais da formação da micela e consequentemente

digestão de gorduras. Este efeito é mais pronunciado nos ácidos graxos de cadeia

longa (WARD e MARQUARDT, 1983), pois ácidos graxos insaturados de cadeia

curta são mais facilmente absorvidos sem a necessidade de micelas (GARRET e

YONG, 1975), citados por S.TAMINGA et al. (1989).

6.1 VISCOSIDADE INTESTINAL E ABSORÇÃO

Um crescimento bacteriano pode ocorrer também nas situações em que há

aumento na viscosidade intestinal, como é o caso de ingredientes que possuam

fatores anti nutricionais, como é caso da inclusão na dieta de alguns cereais

contendo níveis altos de metil pectina cítrica (HMC), como é o caso do centeio e

cevada, que também possuem polissacarídeos não amidicos, podendo afetar a

morfologia intestinal e consequentemente a absorção de nutrientes. Este fato ocorre

em função da diminuição dos vilus e da profundidade das criptas intestinais, tendo

menos células absortivas e mais células secretoras, chamadas células de Goblet,

que pelas quais são responsáveis pela secreção de mucina que é utilizada para o

revestimento do epitélio intestinal. Desta maneira, uma alta densidade de células de

Goblet pode resultar num incremento de mucina. Mudanças no conteúdo da mucina

ou da composição da superfície da mucosa também diminuem a absorção ou ainda

aumentar o requerimento de energia, para a manutenção intestinal.

(SCHENEEMAN, 1982) citado por S.TAMINGA et al.. (1989).

Um aumento na renovação intestinal está associado com a redução na

maturidade nas células de Goblet.

13

6.2 MICROBIOTA

Um sério problema potencial biológico parece ser o desenvolvimento da

microflora. A principal fonte de micróbios é humana e microflora intestinal animal. Em

comparação com outras partes do trato alimentar das aves, os cecos provêm uma

relativa estabilidade nodesenvolvimento de microorganismos e isto contém uma

larga influência no complexo da microbiota (Mead 1989), citado por V.KMET et

al.,(1993)

A microbiota de pintainhos recém nascidos contém apenas poucos tipos de

bactérias, incluindo enterocócicos, coliformes, esporos aeróbicos e

clostrídias(Brigs,1956) V.KMET et al.,1993.

A utilização de ácidos orgânicos como o ácido fórmico a 0.25% de

concentração, apresentou um efeito na inibição de Clostridium, apresentando melhor

ação do que os ácidos acético, e cítrico, pois em experimento o ácido acético foi

efetivo apenas a 0.5% de concentração e enquanto que o cítrico não foi efetivo. (

V.KMET et al.,1993).

6.3 ATUAÇÃO NA CÉLULA

A importância da forma do ácido não dissociado é lipofílica e pode difundir-se

através da membrana da celular, incluindo as das bactérias (Mroz,ZOz 2000 e

Partanen,2001) citados por J.J.DIBNER e PBUTTIN(2002). Em uma bactéria, o alto

pH deste citoplasma causa dissociação do ácido e resultando na redução do pH na

conteúdo celular desencadeando reações enzimáticas no transporte de nutrientes

pela membrana(CHERRIGTON et. al.,1991) citados por J.J.DIBNER e PBUTTIN

(2002). Em adição, o processo de transporte de prótons livre fora da célula requer

energia, no qual irá contribuir para reduzir a energia disponível para proliferação,

resultando em alguns graus de bacteriostase.

Depois da ingestão, a atividade antimicrobiana é de grande magnitude no

intestino anterior das aves, no qual tem capacidade muito limitada para mudar o pH

da digesta. Isto inclui o papo e a moela do frango. Os ácidos orgânicos irão reduzir a

leitura total microbiana, mas irão particularmente ter efetividade contra E. coli e

14

outros organismos ácido-intolerantes. Muitos destes microorganismos são

oportunistas, como o Campylobacter e a Salmonella. Uma conseqüente redução em

infecções subclínicas pode contribuir para melhorar a digestibilidade e reduzir a

demanda de nutrientes pela associação imunológica intestinal.

A redução do pH incrementa a porção de ácido não dissociada de ácido

graxos de cadeia curta nos cecos ( CORRIER et al., 1990)citados por. V.KMET et

al., (1993)que no qual são mais bacteriostáticos e bactericidas do que na forma

molecular dissociada. Com uma alimentação livre de germes e excelentes condições

sanitárias, irão permitir o máximo rendimento, como por exemplo ganho de peso e

redução na :conversão alimentar; mortalidade e incidência de Salmonella.( H.

MÜNSCHEN, 1995).

7 UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO FÓRMICO E PROPIÔNICO

Usualmente tanto os antibióticos ou promotores de crescimento no alimento

são aplicados como agentes aditivos a ração promovendo benefícios para o animal

e oferecendo relativamente uma ampla faixa de efetividade.

Tem se estudado a concentração mínima inibitória (CMI) dos ácidos

propiônico e fórmico, para uma série de fungos, bactérias e leveduras, o que dá uma

boa idéia da capacidade destes ácidos para o controle de diferentes tipos de

microorganismos, conforme Tabela 3:

Tabela 3 – Concentração Mínima Inibitória de ácido Propiônico e Fórmico para

alguns Fungos, Bactérias e Leveduras.

ESPÉCIES %ÁCIDO PROPIÔNICO %ÁCIDO FÓRMICOFungosAspergillus flavus 0.25 0.50Aspergillus niger 0.25 0.50Penicilium expansum 0.125 0.10Fusarium moliniforme 1.25 0.10BactériasEscherichia coli 0.5 0.10

15

Enquanto o ácido propiônico é muito mais efetivo contra fungos, o ácido

fórmico demonstra um efeito superior sobre bactérias e leveduras.

O ácido fórmico mostra algum efeito conservante do alimento ou de insumos

somente se o pH desce claramente. Este ácido apenas em condições práticas não

assegura um efeito preservativo satisfatório. Isto poderia ser demonstrado em uma

larga lista de alimentos misturados ou em insumos de alimentos.

As Salmonellas são consideradas como um problema importante na

alimentação das aves. Elas também podem ser controladas pela adição de ácidos

orgânicos. Não se espera 100% de descontaminação se não incluir no mínimo 2%

de ácido propiônico ou fórmico no alimento terminado. Porém, o ponto é onde estas

quantidades devem ser incorporadas para evitar que os animais sejam infectados

com Salmonellas através do alimento. Em doses de aproximadamente de 0.5%

reduziram a quantidade desta bactéria sobre 90 a 95% tomando do logaritmo como

base.

Em trabalho realizado por (GEDEK, 1993), citado por (H. MÜNSCHEN, 1995)

que ambos os ácidos, propiônico e fórmico, reduzem a efetividade das Salmonellas.

O parâmetro medido no experimento foi a aderência de enterobacteriaceae tipo 1

com fimbrias correspondentes a aquelas de Salmonellas.

Alguns autores como HINTON e LINTON (1988) citados por (H. MÜNSCHEN,

1995) demonstraram que alimentos infectados com Salmonella kedogou eram até

positivas com um tratamento de 0.7% de uma mistura de ácido propiônico e fórmico,

porém o fornecimento deste alimento reduziu significativamente o número de

frangos infectados comparados ao lote controle não tratado.

Resultados similares foram obtidos por (IZAT et al.,1990) , onde se incorporou

a ração o ácido fórmico ou formiato de cálcio . A incidência de frangos positivos a

Salmonellas foi reduzida de forma importante pelo tratamento com ácido fórmico

puro.

Normalmente o inglúvio da ave apresenta condições hostis para os

microorganismos. O ácido lático produzido a partir de açúcares reduzirá a

quantidade de microorganismos “negativos” que passaram para o estômago ou

invadiram desde o trato digestivo posterior.

O agente Cândida albicans é considerada um problema na alimentação das

aves. Os ácidos propiônico e fórmico combatem efetivamente a Cândida albicans e

16

a mínima concentração inibitória será relativamente baixa, através da redução do pH

do inglúvio (H.MÜNSCHEM, 1995).

Conforme estudo, onde foi avaliado o desempenho de frangos de corte

machos de um a 42 dias de idade recebendo níveis crescentes (0, 0,25, 0,50, 1,0 e

2,0%) da mistura dos ácidos orgânicos ;fórmico (70%) e propiônico (30%) na ração

foram baseadas em milho, farelo de soja e óleo de soja e adequadas em todos os

nutrientes. De um a 21 dias de idade foram afetados de forma quadrática o peso

vivo, o ganho de peso e o consumo de ração. Com 2% de ácidos orgânicos na ração

foram reduzidos o peso vivo e o ganho de peso dos frangos. O consumo de ração

aumentou com 0,25 e 0,5% e foi reduzido com 2% da inclusão destes ácidos na

dieta. De 01 a 42 dias de idade, apenas o consumo de ração foi afetado de forma

quadrática, sendo aumentado nos níveis de 0,25 e 0,5% e reduzido com 2%. A

mistura dos ácidos orgânicos em dosagens efetivas no controle de salmonelas não

afetou o desempenho das aves, sendo que o nível de 1% de inclusão proporcionou

desempenho similar ao das aves não tratadas. Sci. agric. (Piracicaba, Braz.), 2004

Em um experimento com frangos, realizado por H. MÜNSCHEN, (1995) onde

a ração peletizada foi tratada( e não tratada) com 3 a 6 kg de uma mistura de 50%

de ácido propiônico e de 50% de ácido fórmico a 85%., conforme tabela 4:

Tabela 4

NÍVEL MICROBIANO CONTROLE PROPIÔNICO/FÓRMICO PROPIÔNI CO/FÓRMICO 3Kg/t 6Kg/t

Leveduras 103 ufc/g 2 0 0

Fungos 103 ufc/g 1 0 0

Bactérias 103 ufc/g 0 0 0,03

Observou-se que em alguns dias após a peletização, ocorrem diferenças no

conteúdo microbiano. Em alimento moído as diferenças serão mais pronunciadas.

17

8 UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO

A utilização de ácido ascórbico nas dietas das aves, também tem sido

relatada por diversos autores. Segundo J.AMAKYE-ANIM et al., (2000) num estudo

da influência suplementação de ácido ascórbico (AA), na dosagem de 1000 PPM

especialmente naquelas vacinadas para a doença de Gumboro (IBD), tem

conseguido maior ganho de peso diário das aves em comparação a aves não

suplementadas com (AA). Este efeito positivo está relacionado ao envolvimento do

ácido ascórbico no crescimento por promover a síntese de colágeno, cálcio e no

metabolismo da vitamina D3, síntese da carnitina para oxidação de ácidos graxos,

oxidação de amino ácidos, transporte de elétrons intracelular e em radicais livres.

(COMBS, 1992).Estes achados são compatíveis com o relato prévio do benefício da

suplementação de AA e peso ganho mais rápido do que os controles(

SCHILDKNECHT et al.,1986) citados por J.AMAKYE-ANIM et al., (2000)

Entretanto não houve diferença significativa em ganho de peso corporal entre

as aves suplementadas e as não suplementadas com AA 14 dias após a vacinação

(21 dias de idade). A razão deste achado não é esclarecida. Porém, o rim, é o

principal órgão das aves para síntese de AA, e não pode sintetizar quantidades

suficientes de AA até 15 dias de idade (PULS, 1994).

Entretanto, os rins de aves de 21 dias de idade são funcionais e

morfologicamente competentes para a síntese de quantidades de AA para suprir as

taxas para compensar qualquer efeito no crescimento que por outro lado pode ter

sido causada por vacinação por IBD.

Embora as aves possam sintetizar AA, certamente algumas condições podem

causar estresse nas aves e deprimir os níveis de AA no corpo. Isto inclui a

exposição ao calor ou ao frio, fome, e por doenças infecciosas. A vacinação também

é considerada um estressor, pois pode afetar a biossíntese de AA nas aves

(GROSS, 1988) citado por J.AMAKYE-ANIM et al., (2000). Porém há muita

controvérsia e inconsistência nos achados de vários pesquisadores. Este fato pode

ser explicado pela instabilidade do AA. ·.

No estudo foi utilizado etilcelulose revestida foi usada para evitar a

degradação oxidativa e assim manter a bioatividade potencial do AA. A etilcelulose

revestida tem sido relatada como quatro vezes mais estáveis do que a forma

cristalina. A efetividade da suplementação de AA depende da dosagem e a

18

habilidade do AA para elevar níveis de AA no soro sanguíneo. A adição de 1000

PPM de AA na dieta das aves demonstrou, que as aves aos 31 dias( 10 dias após

desafiadas) demonstraram que os níveis de corticosterona séricos foram

significativamente(P< 0.05) maiores em aves não vacinadas e desafiadas em

relação a aves não suplementadas com AA vacinadas e desafiadas para IBD.Os

níveis de corticosteróides séricos tem sido implicados na redução da taxa de

crescimento, declínio do número de linfócitos , redução do tamanho dos órgãos

linfóides e na diminuição da resposta dos anticorpos (GROSS, 1988) citado por

J.AMAKYE-ANIM et al., (2000).

Os títulos de anticorpos vacinais são também afetados com suplementação

de AA nas dietas das aves experimentadas.

Houve significativo (P< 0.05) aumento nos títulos para IBD em aves com dieta

de AA, com vacinação; com e sem desafio, em relação às aves não suplementadas

com AA aos 21dias ou 14 dias após a vacinação. Entretanto aves com dietas de AA

não vacinadas contra IBD, não tiveram incremento no teste de ELISA, porém não

apresentaram sinais ou mortalidade quando desafiadas com amostras da IBDV. A

supressão da morbidade e da mortalidade com suplementação de AA na dieta das

aves pode ter sido feita pela propriedade antioxidante do AA em que AA foram

capazes de proteger linfócitos imaturos de danos pelos radicais livres pelo efeito de

oxidação, consequentemente melhorando a resposta imune.

A Bursa de Fabrício é o principal órgão do sistema imunológico, e sua

integridade durante as primeiras semanas de vida é necessária para o

desenvolvimento da proteção contra a doença de Gumboro e outras doenças

imunossupressoras. A imunossupressão posterior ao dano da Bursa pode resultar

em complicadas reações vacinais, crescimento desuniforme, atraso no crescimento,

infecções secundárias (Colibacilose), fraca resposta às vacinações (títulos de

anticorpos), aumento da mortalidade, alta conversão alimentar e pouco ganho de

peso corporal.

Outra correlação com a inclusão de AA na dieta das aves é a correlação peso

corporal e da bursa de Fabrícius(B:B) nos danos patológicos a mesma, visto através

do escore histopatológico da bursa(BHS), pois quanto maior o escore de lesões que

no qual vai de 1 a 4, maior é o grau de agressão a bursa.Apesar da baixa correlação

B:B e altos níveis de BHS em lotes suplementados com AA e desafiados com

IBDV,não houve o desenvolvimento de sinais clínicos da doença. Este efeito é

19

devido que os AA estimulam a atividade do interferon por aumentar a quantidade de

interferon RNA mensageiro e incrementando a atividade anti-viral do interferon

(SIEGEL, 1975). Somente a possibilidade do AA pode aumentar a velocidade de

diferenciação dos órgãos linfóides por incrementar a atividade da hexose

monofosfatase, consequentemente aumentando a circulação de anticorpos (

DIETER e BREITENBACH, (1971). Em adição a suplementação de AA pode ter

interferido na apoptose ou necrose dos linfócitos da bursa durante o processo de

infecção da IBDV, pois o uso de vacina IBD pode causar um grau variável de

linfocitólise bursal, observada em aves não suplementadas com AA citação por

J.AMAKYE-ANIM et al., (2000)

Assim,dietas com suplementação de ácido ascórbico podem ser benéficas as

aves durante a vacinação de IBD e também durante o desafio da infecção natural

Dietas com AA podem aliviar os efeitos adversos da vacinação nas aves. A

alta correlação B:B e a baixa BHS observada em aves suplementadas com AA e

vacinadas com IBD em comparação a aquelas não suplementadas com AA, pode

ser pelo efeito da habilidade do AA de proteger a bursa de Fabrícius de prévios

danos de vírus vacinais IBD.(VAN DEN BERG et al., 1991) citado por J.AMAKYE-

ANIM et al., (2000).

A utilização de AA e Ácido Cítrico utilizado em pintainhos de 04 dias de idade,

não promoveram melhoria no desenvolvimento dos mesmos e também não afetou o

pH do lúmen intestinal. (BROWN e LEE SOUTHERN, 1984).

O estresse calórico durante o verão é a principal causa de mortalidade em

frangos de corte em ambientes de clima tropical. As aves perdem calor através de

mecanismos de convecção, condução, radiação e principalmente por evaporação,

pois elas não apresentam glândulas sudoríparas (MARTINEZ et al., 1993) citado por

D. PURON et al. (1994) As altas temperaturas deprimem o ganho de peso

corporal, o consumo de ração e incrementa a mortalidade dos frangos, sendo assim

um problema muito significativo para as agroindústrias, instaladas em climas mais

quentes e não possuem sistema de climatização adequados em suas granjas, para

compensar esta deficiência das aves em perder calor.

Temperaturas de 25° C produzem pequena redução nas taxas de

crescimento em frangos de três semanas de idade, porém a 30°C os efeitos são

manifestos,Arce,J. et al.,(1992) citado por D.PURON et al.,(1994).

20

Alguns componentes, como o ácido ascórbico e também o salicílico e o

bicarbonato de sódio tem sido usado em tentativas para reduzir os efeitos causados

pelo estresse calórico, porém em experimentos realizados por D. PURON et

al.,(1994)com ácido ascórbico não encontraram efeito positivo no ganho de peso,

eficiência alimentar e sobrevivência dos frangos submetidos a condições de

estresse calórico. Estes achados concordam com os resultados encontrados por

outros autores, PARDUE et al., BROWN e LEE SOUTHERN, e STILBORN et al,

citados por D.PURON et al. (1994).Entretanto, outros estudos tem indicado

benefícios através da adição de 1000 PPM de AA/Kg de suplementação na ração

em estresse calórico.

9 ÁCIDO FUMÁRICO

Em experimento realizado por SAKOMURA et al. (1993) a adição de ácido

fumárico as rações proporcionou redução no consumo de ração, sem influir no

ganho de peso, melhorando desta forma a conversão alimentar. Tabela 5:

Tabela 5 – Valores Médios de Consumo de Ração; Ganho de Peso e Conversão

Alimentar:

Tratamentos Consumo Ração(g/ave) 1 Ganho de Peso(g/ave) 2 Conversão Alimentar 3

Controle 4.078 2.100 1,9420,25% de AFU 4.009 2.080 1.9270,50% de AFU 3.977 2.100 1,8940,75% de AFU 3.989 2.100 1.8991,00% de AFU 3.927 2.082 1,886

1 Controle vs Níveis de AFU: significativo (P<0,05)

2 Controle vs Níveis de AFU: não significativo(P>0,05)

3 Controle vs Níveis de AFU: significativo(P<0,05)

O ganho de peso, rendimento de carcaça e percentagem de gordura

abdominal não foram afetadas negativamente (P>0,05) pela adição de ácido

fumárico.

21

Em um ensaio de digestibilidade para determinar a energia metabolizável

aparente, corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn) das rações , verificou-se

aumento na EMAn das rações com a adição de ácido fumárico.Tabela 6

TABELA 6 – VALORES DE ENERGIA METABOLIZÁVEL; ENERGIA

METABOLIZÁVEL CORRIGIDA POR RETENÇÃO DE NITROGÊNIO E BALANÇO

DE NITROGÊNIO DAS RAÇÕES EXPERIMENTAIS (MATÉRIA SECA).

Tratamentos EM Ração Kcal/kg Emc Ração Kcal/kg Balanço N mg/kgRação Controle 3.116 b 2.854 b 15,99 bRação c/ AFU 3255 a 3.096 ab 19,26 aRação c/ Óleo 3.323 a 3.187 a 16,59 b

ab Médias seguidas de diferentes letras diferem entre si (P<0,05)

A cada aumento de 1% de ácido fumárico nas rações, houve acréscimo

6,14% de EMAn/kg de ração.(SAKOMURA et al.,1995).

O ácido fumárico pode ser um ótimo ingrediente para ser utilizado em rações

de frangos de corte. Este produto parece ser altamente competitivo

economicamente, quando comparado com óleo de soja, o qual apresenta um valor

de 8.500 Kcal EM/kg, e outros alimentos de energia alta. (ROSTAGNO et al.,1997)

A adição de 0.5% de Ácido Fumárico resultou em desempenho similar ao

apresentado pelas aves alimentadas com rações contendo nível extra de óleo de

soja,sendo uma ótima alternativa para aumentar o nível energético das

rações.(ROSTAGNO et al.,1997).

Os valores energéticos das rações experimentais confirmam que o valor

energético do ácido fumárico é de aproximadamente 19.000 Kcal/kg, ou seja, sete

vezes o valor da energia bruta, mostrando ainda um efeito sinérgico sobre os

nutrientes da ração. Isto foi demonstrado pela melhora do balanço do nitrogênio e

dos coeficientes de digestibilidade ileal da proteína e da energia. (ROSTAGNO et

al.,1997).

Assim este ácido é uma ótima alternativa para aumentar o nível energético

das rações de frango de corte, possibilitando alta concentração de energia, a

formulação de rações, com maiores níveis de inclusão de milho e redução do farelo

de soja, permitindo maior flexibilidade ao nutricionista. Entretanto outros estudos

22

deveriam ser realizados para a definitiva incorporação do ácido fumárico nas

formulações de rações de frango de corte.

A ação promotora do ácido fumárico pode ser atribuída não apenas ao efeito

gastrintestinal, mas também à melhora na utilização da proteína e energia no

metabolismo intermediário. Assim, o efeito do ácido fumárico parece não estar

limitado ao trato gastrintestinal dos animais, pois pode também exercer influência no

metabolismo intermediário. Segundo BERSIN(1963), o uso do ácido fumárico em

rações também pode influenciar no balanço nutricional, melhorando a digestibilidade

dos nutrientes. Este efeito pode ser devido ao fato de o ácido fumárico estar

complexado com vários cátions , assim como, num complexo mineral que contém

fumarato, a absorção de minerais deve ser maior e mais rápida .Também

constataram que o ácido fumárico atua como melhorador da utilização de energia,

aumenta a retenção do nitrogênio em 5 a 7% e de Ca e P em 13 e

14%.(KIRCHGSSNER e ROTH, 1982) citado por R.BRAS..ZOOTEC.(1997).

Outro efeito que tem sido relatado com a acidificação é a melhoria na ação de

enzimas digestivas; ação da fitase microbiana e o incremento de secreção

pancreática, existindo evidencias que há crescimento da mucosa intestinal na

presença de ácidos como ácido butírico. Apenas com a redução do pH ocorre a

melhora da ação da fitase microbiana.

Fitase microbiana tem dois pH ótimos, 2.5 e 4.5 e o ácido fítico é mais solúvel

a pH baixo.Este efeito combina na melhoria na digestibilidade e retenção do fósforo.

Existem alguns fatores que contribuem para a mudança dos efeitos benéficos

dos acidificantes, dentre eles os níveis na formulação e a natureza dos ingredientes

e seu impacto na flora intestinal. Isto tem sido demonstrado através do efeito

negativo da retirada dos promotores de crescimento da dieta é aumentada nas

dietas de altos níveis de proteínas não digestíveis. O excesso de proteínas não

digestíveis no intestino favorece o desenvolvimento de uma flora proteolítica, com

alto nível de produção de toxina bacteriana ou metabólica tóxicos como aminas

biogênicas. (J.J. DIBNER e BUTTIN ,2002).

23

10 ÁCIDOS ORGÂNICOS E ADSORVENTES

Segundo RAMKRISHNA-GT et al., (1992) relatam em seus experimentos que

a utilização de ácidos orgânicos sozinho ou consorciado com adsorventes físicos em

relação a utilização de dois antifúngicos comerciais, que apresentaram melhor

atuação no crescimento fúngico e de aflatoxinas. Observaram também que aves

expostas a dietas controle positivas tiveram o crescimento deprimido e ainda os

títulos de anticorpos para Doença de Newcastle reduzidos, entretanto, as aves que

foram alimentadas com dieta controle positivam e tratadas com ácidos orgânicos

com ou sem adsorventes, demonstraram uma melhora no título para a doença de

Newcastle. Assim esta associação é efetiva no combate a toxinas, favorecendo o

melhor desempenho das aves. Dietas suplementadas com ácido lático a 5%

demonstrou reduzir a conversão alimentar em 9% sem afetar o ganho de peso diário

LESSARD-P et al.,(1993) , entretanto outros relatos mostraram resultados

diferentes. Segundo CAVE (1984) o ácido lático não alterou o consumo e ganho de

peso quando usado até 3% na ração. Em experimento com frangos alimentados

com níveis crescentes de até 2% de ácido lático não promoveu proteção da

colonização cecal ou contaminação das carcaças seguindo-se um desafio oral com

Salmonella typhimurium.

11 ÁCIDO ACÉTICO

Em análise do efeito do ácido acético em aves submetidas a condições de

estresse calórico ( 32 a 48° C ) , constatou-se qu e as aves que receberam vinagre

a partir da segunda semana de vida obtiveram melhor ganho de peso diário (P<0,01)

e melhor índice de conversão alimentar.Sendo assim uma ferramenta relativamente

acessível para amenizar perdas das aves nestas condições. SYED-M ET AL.,(1994)

A utilização de ácidos orgânicos em cereais como sorgo, foi testada.

Conforme experimento de GARCIA-DC et al. (1996) o uso de ácido acético ou com

ácido propiônico a 1.8 e 2.4% em dietas de sorgo seco e sorgo úmido não tiveram

diferença significativa na conversão alimentar, ganho de peso diário das aves e no

consumo de ração, assim estes resultados demonstraram que ácidos orgânicos

24

podem ser utilizados para conservar sorgo úmido, e ser utilizado na ração inicial dos

pintainhos.

12 UTILIZAÇÃO EM DIETAS PRÉ-INICIAIS

Recentemente, o uso de dietas pré-iniciais em frangos de corte vem sendo

empregada pela indústria avícola com o objetivo de melhorar o desempenho destes

animais,uma vez que aves não apresentam o trato gastrintestinal completamente

desenvolvido nos primeiros dias de vida (MAIORKA et al.,2000) citado por MAIORKA

et al. (2003).

Em estudos recentes realizados por MAIORKA et al.,(2003) para avaliar o uso

de ácidos orgânicos (fumárico,lático,cítrico e ascórbico) em dietas pré- iniciais e

iniciais de frangos,observou-se que ácidos orgânicos foram capazes de melhorar o

desempenho de aves de 1 a21 dias de idade até mesmo na ausência do promotor

de crescimento na dieta, entretanto não apresentaram nenhum efeito sobre a

morfologia intestinal das aves, bem como sobre a utilização dos lipídios em aves até

os 21 dias de vida.

A análise morfométrica da mucosa intestinal, realizada aos sete dias de idade, não

apresentou nenhuma diferença significativa entre os tratamentos.

BLIKSLARGER e ROBERTS (1997) citados por MAIORKA et al.(2003)

relataram o efeito trófico de ácidos orgânicos sobre a mucosa intestinal do jejuno .De

outra forma, MAIORKA (2002), relata que a altura das vilosidades intestinais esta

diretamente relacionada com a capacidade absortiva dos animais e que, por sua

vez, o aumento na altura de vilosidade pode ocorrer devido a maior proliferação das

células na cripta, ou ainda por uma inibição da perda celular que ocorre no ápice da

vilosidade devido a patógenos. Sendo assim, pode-se especular que a inibição de

microorganismos patogênicos poderia afetar a mucosa intestinal, desde que menos

células são danificadas no intestino por estes microorganismos.

Porém no estudo de MAIORKA et al., (2003) não foi verificada nenhuma

alteração na morfologia intestinal dos animais suplementados com a mistura de

ácidos orgânicos demonstrando que este não é o provável mecanismo de ação, da

25

referida mistura de ácidos orgânicos, para explicar a melhora na conversão

alimentar observada.

Outra hipótese seria sugerida por PENZ et al., (1993) citado por MAIORKA et

al., (2003) de que ácidos orgânicos podem reduzir o pH do trato gastrintestinal e

desta forma podem melhorar a atividade enzimática, o que também resultaria em

melhor absorção dos nutrientes da dieta e melhor desempenho dos animais. Em

adição, ácidos orgânicos na presença ou ausência de promotores de crescimento

melhoraram o ganho de peso e a conversão alimentar, o que sugere a possibilidade

do uso de ácidos orgânicos como alternativa para promotores de crescimento,

entretanto maiores estudos são necessários para sua aplicabilidade em escala

agroindustrial. De acordo com RICKE (2003) citado por MAIORKA et al. (2003), o

uso adequado de ácidos orgânicos para este fim, requer maior entendimento da

capacidade e o modo de ação dos ácidos orgânicos sobre os diferentes patógenos

gastrintestinais.

12.1 CONCENTRAÇÃO E EFEITOS

A concentração dos ácidos orgânicos, como já citados em outros

experimentos pode afetar positiva ou negativamente o crescimento das aves.

Conforme FURUSE e OKUMURA J.(1989) o uso de diferentes graus do ácido

acético, considerado um ácido graxo volátil como o propiônico e o butírico, pode

apresentar resultados diferentes a concentrações. Os valores de ganho de peso;

retenção de proteína; consumo de ração e retenção de energia aumentou até dietas

contendo 25.4 g de ácido acético/kg na dieta e foi significativamente reduzido

quando contendo dieta com 50.8 g de ácido acético/kg. Todas as aves que

receberam 63.5 g de ácido acético/kg morreram após 06 dias do início do

tratamento, apresentando sinais de vômito, hematemese e erosão de pró ventrículo

durante o experimento.

Estudos também foram delineados para avaliação da efetividade do uso de

ácidos orgânicos em galinhas poedeiras. De acordo com os experimentos feitos por

S.D.BOLING et al., (2000) realizados com a utilização de ácido cítrico para promover

a melhor utilização do fósforo, não houve diferença observada no desempenho entre

o tratamento durante as quatro primeira semanas com relação a produção de ovos

26

por aves dia , em que esta produção foi deprimida nas aves, subsequentemente nas

dosagens de 1 a 4% de ácido cítrico, com relação a adição de 0.45%, indicando

desta forma que o ácido cítrico não melhora a utilização da dieta do fósforo de

galinhas com dietas de milho e soja contendo 3.8% de Ca.

O uso prático de alimentos livres de germes não existe sem a aplicação de

tratamento térmico. Além do mais as condições de produção dos frangos são

diferentes das condições encontradas em laboratório.

O tratamento térmico reduz significativamente o conteúdo e a carga

microbiana na ração. Porém justamente após a peletização, no processo de

esfriamento, os microorganismos podem recolonizar e facilmente multiplicar-se na

ração

27

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avicultura é referência em tecnologia, inovação e mudanças. A inserção de

qualquer nova tecnologia sempre é bem vinda pelo mercado. As alterações no perfil

do consumidor, aliadas com suas necessidades e preocupações com sua e a saúde

de seus familiares está cada vez mais crescendo. A utilização de aditivos nas rações

das aves é um fator crítico, tanto na produtividade, sanidade, custos de produção, na

garantia de manter o cliente e na busca de novos mercados mais exigentes, como é

o caso do europeu, que está determinando uma mudança drástica na retirada dos

promotores de rações a partir de janeiro de 2006 e também da retirada dos produtos

anticocidianos a partir de 2012, configurando uma adaptação forçada pelas

agroindústrias do ramo.

Apesar de ainda haver algumas controvérsias os ácidos orgânicos estão

ganhando cada vez mais espaço neste novo cenário, pois eles podem ser uma boa

alternativa na retirada dos promotores de ração, pelo efeito bacteriano; garantir a

qualidade dos insumos (milho) e rações pela sua ação fúngica; aumentar a

disponibilidade dos nutrientes, promovendo ganhos zootécnicos e também garantir

um bom estatus sanitário, evitando assim possíveis problemas sanitários, condição

esta cada vez mais relevante em Saúde pública, como as intoxicações alimentares

por Salmonella enteretidis.

Assim ela configura-se uma ótima ferramenta para a produção avícola,

porém, mais experimentos deveriam ser realizados para melhorar o entendimento e

reforçar algumas teses de pontos ainda não muito bem esclarecidos.

28

14 REFERÊNCIAS

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