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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Guilherme Pase Baratto CONSCIÊNCIA SITUACIONAL NO TREINAMENTO DE VOO POR INSTRUMENTOS INICIAL CURITIBA 2011

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Guilherme Pase Baratto

CONSCIÊNCIA SITUACIONAL NO TREINAMENTO DE VOO POR

INSTRUMENTOS INICIAL

CURITIBA

2011

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CONSCIÊNCIA SITUACIONAL NO TREINAMENTO DE VOO POR

INSTRUMENTOS INICIAL

CURITIBA

2011

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Guilherme Pase Baratto

CONSCIÊNCIA SITUACIONAL NO TREINAMENTO DE VOO POR

INSTRUMENTOS INICIAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso

Superior de Tecnologia em Pilotagem Profissional de

Aeronaves, da Universidade Tuiuti do Paraná, como

requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo em

pilotagem profissional de aeronaves.

Orientadora: Professora Margareth Hasse

CURITIBA

2011

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Quanto mais alto voamos, menores

pareceremos aos olhos daqueles

que não podem voar.

Friedrich Wilhelm Nietzsche

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Agradecimentos

A minha família, pela determinação e luta na minha

formação, aos meus amigos que sempre me

apoiaram em minhas decisões, a minha orientadora,

com sua fundamental ajuda na elaboração deste

trabalho e a todos os pilotos com os quais pude

aprender com suas experiências compartilhadas.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 0

1.1 QUESTÃO PROBLEMA .......................................................................................... 0

1.2 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 0

1.2.1 Objetivos específicos .............................................................................................. 0

1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 0

2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO ......................................................................... 0

2.1 O TREINAMENTO EM SIMULADOR PERSONAL COMPUTER BASED

AVIATION TRAINING DEVICE ....................................................................................0

2.2 PROCESSOS SENSORIAIS ..................................................................................... 0

2.3 CONTROLE COGNITIVO ....................................................................................... 0

2.4 MEMÓRIA ................................................................................................................ 0

2.5 ATENÇÃO ................................................................................................................ 0

2.6 PERCEPÇÃO ............................................................................................................ 0

2.7 CONSCIÊNCIA SITUACIONAL ............................................................................ 0

2.8 COMPLEXIDADE .................................................................................................... 0

3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 0

4 RESULTADOS E ANÁLISES....................................................................................0

5 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 0

6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 0

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RESUMO

A consciência situacional que o piloto deve ter do voo implica em ser capaz de

perceber o que está ao seu redor, julgar os aspectos para determinar a relevância das

informações obtidas e manter uma projeção das situações subsequentes do voo

atualizadas, tornando-o assim seguro. Diversos fatores estressantes, tanto eles físicos

como psicológicos, influenciam na carga mental necessária para manter um nível de

consciência situacional aceitável durante a operação de uma aeronave. Tais fatores

podem também afetar os processos cognitivos, aumentando o estresse do tripulante e

sua carga de trabalho. Isto é percebido quando o piloto se encontra em treinamento

prático e passa da fase de voo visual para o de instrumentos, onde terá que se ajustar

ao novo ambiente, e desenvolver outro tipo de consciência situacional. Diante desta

realidade, o presente trabalho tem o objetivo de investigar como os pilotos que estão

em treinamento IFR vivenciam as diferenças de ambientes de voo. Para dar suporte à

pesquisa, uma revisão bibliográfica é apresentada sobre os processos cognitivos que

atuam no piloto e os aspectos negativos que podem afetar o desempenho do mesmo. A

metodologia cientifica aplicada no presente trabalho é o estudo de caso e os

simuladores são os categorizados como Elite Personal Computer based Aviation

Training Device (PCATD).

Palavras-chaves: consciência situacional; processos cognitivos; simulador

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ABSTRACT

The effects of the malformation of situational awareness during the training phase of

the pilot imply in a defective judging in future situations in which the pilot will need to

keep a projection of the current situation following the flight, maintaining it safe.

Various stressors, both physical and psychological, influence in maintaining an

acceptable level of situational awareness while operating an aircraft. Such factors may

also affect cognitive processes, increasing the stress of the crew, damaging it during

the instrument flight thoroughly. Facing this reality, this paper aims to investigate

how the pilots are in training to experience the differences in IFR flight environments.

To support the research, a literature review is presented on the cognitive processes that

affect the pilot and the negative aspects that can affect his performance. The scientific

methodology applied in this study is the case study and the simulator is categorized as

Elite Personal Computer based Aviation Training Device (PCATD).

Keywords: situational awareness, cognitive processes; simulator

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1 INTRODUÇÃO

Todas as atividades desempenhadas pelos homens, tanto para desporto como

para a vida profissional, necessitam de uma regulamentação, a qual é normalmente

criada a partir de necessidades como, por exemplo, a ordenação, controle e

padronização de procedimentos. Na aviação, desde cedo houve a necessidade de

manter um fluxo constante, porém, seguro de aeronaves, que crescia de forma

grandiosa.

Nos primórdios de 1944, inaugurava-se a Conferência de Chicago, a fim de

estabelecer princípios para que a aviação civil internacional se desenvolvesse de

maneira segura e sistemática. No término da convenção criou-se a Organização de

Aviação Civil Internacional (OACI), sendo um organismo integrante da Organização

das Nações Unidas (ONU).

A OACI tornou-se uma agência técnica a qual propõe, através de seus vários

comitês, documentos e anexos, políticas a serem adotadas por seus países signatários,

elevando a padronização da aviação a um patamar internacional.

Atualmente existem dezoito anexos que tratam de uma gama variada de

assuntos ligados à aviação, cada qual com sua funcionalidade e aplicabilidade. O

Anexo 02 da OACI trata sobre as Regras de Voo, dividindo-se em duas partes básicas:

as regras de voo visual, do inglês visual flight rules (VFR), e as regras de voo por

instrumentos, instrument flight rules (IFR).

As regras de voo VFR são aplicadas quando as condições meteorológicas

permitem que o piloto voe sem o auxílio de instrumentos. Já o voo IFR consiste em

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um conjunto de regulamentos e procedimentos que se aplicam à prática de pilotagem

de aeronaves quando as condições de voo não permitem ao piloto ter a visão do que

está ao seu redor e, assim, evitar obstáculos ou qualquer outro tráfego que esteja

voando nas proximidades.

Para poder aprender a utilizar as regras de voo por instrumentos, o piloto

necessita passar por um treinamento em simulador, que tem uma duração de trinta

horas1. Geralmente, o treinamento IFR é realizado em simulador

2 de uma escola de

aviação que, depois das horas de voo necessárias, fornecerá a licença de piloto em

IFR.

Contudo, o novo ambiente de voo requer do piloto em formação uma série de

mudanças de comportamento e de raciocínio, já que não pode mais contar com sua

visão para pilotar. Diante desta realidade, o presente trabalho tem o objetivo de

investigar como os pilotos que estão em treinamento IFR vivenciam as diferenças de

ambientes de voo. Para dar suporte à pesquisa, uma revisão bibliográfica é apresentada

sobre os processos cognitivos que atuam no piloto e os aspectos negativos que podem

afetar o desempenho do mesmo.

A metodologia cientifica aplicada no presente trabalho é o estudo de caso e os

simuladores categorizados como Elite Personal Computer based Aviation Training

Device (PCATD). Para a obtenção de dados para o estudo de caso, foram escolhidos

pilotos em treinamento IFR, os quais responderam a um questionário sobre sua

experiência no novo ambiente de voo e suas dificuldades. As respostas foram

compiladas e analisadas de acordo com o que foi levantado em pesquisa bibliográfica.

1 De acordo com o RBHA 61 – Requisitos Para Concessão de Licenças de Pilotos e Instrutores de voo

2 Homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)

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1.1 QUESTÃO PROBLEMA

Quais os principais problemas que, no início do treinamento do voo por

instrumentos, são encontrados pelo piloto para determinar a localização da aeronave

em relação ao ponto de partida ou de chegada?

1.2 OBJETIVO GERAL

Investigar quais os principais problemas encontrados pelo piloto, no início do

treinamento do voo por instrumentos (IFR), para determinar a localização da aeronave

no espaço aéreo.

1.2.1 Objetivos específicos

Definir processos sensoriais

Determinar o que é consciência situacional

Definir como o controle cognitivo age na consciência situacional

Apurar quais são os fatores prejudiciais à boa manutenção da consciência

situacional

1.3 JUSTIFICATIVA

A questão revela-se de extrema importância, levando em consideração que a

precária formação da consciência situacional do piloto que se encontra em fase de

aprendizagem leva à progressiva falha na necessidade de projeção das atitudes

tomadas durante o voo, tornando-o inseguro.

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2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

2.1 O TREINAMENTO EM SIMULADOR PERSONAL COMPUTER BASED

AVIATION TRAINING DEVICE

De acordo com a Instrução de Aviação Civil (IAC) – 061-1004, no item 2.2, o

PCATD é um dispositivo que pode ser utilizado para treinamento de voo por

instrumentos, desde que atenda a alguns critérios estabelecidos. O item mais

importante destes critérios solicita às escolas que possuam o PCATD que

“funcionalmente proporcione uma plataforma de treinamento para, pelo menos,

aspectos procedurais relativos a um currículo de treinamento de voo por

instrumentos”. Isto é, que existam missões onde os procedimentos IFR sejam

efetuados, variando o grau de dificuldade envolvido.

Com a divisão de missões por sessão de treinamento, é estabelecido um

gradativo aumento na dificuldade. Há, também, a transição para uma cabine mais

complexa, o que aumenta a quantidade de atenção e a carga de trabalho requerida,

desenvolvendo o uso da percepção e recepção de estímulos que o piloto necessitará

para efetuar o treinamento.

2.2 PROCESSOS SENSORIAIS

Os processos sensoriais derivam de um complexo sistema que engloba a

recepção de um estímulo por um ou vários órgãos dos sentidos os quais são repassados

diretamente para o sistema nervoso central, onde são interpretados, resultando assim

em uma reação condizente. (WICKENS, 2000). As estruturas sensoriais desses órgãos

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são terminais nervosos, também chamados de receptores sensoriais, que recebem um

determinado estímulo e transformam-no em impulso nervoso, transmitindo-o ao

encéfalo, através dos nervos e da medula espinhal.

Os sistemas perceptivos envolvem níveis superiores do córtex cerebral e as

rotas neurais que se originam deles, as quais estão relacionadas com os estágios

iniciais de aquisição de informação dos estímulos. Eventos psicológicos e biológicos

que ocorrem no início do processamento de um estímulo podem, às vezes, afetar o

modo como este é interpretado. Além disso, na perspectiva do sistema nervoso, não há

uma separação nítida entre a captação inicial da informação do estímulo pelos órgãos

dos sentidos e o uso subsequente da informação pelo cérebro. De fato, uma das

principais características do córtex cerebral é que, além de receber as informações

sensoriais, ele está constantemente enviando estímulos de seus níveis superiores de

volta aos estágios primários do processamento sensorial. Estas retroprojeções, em

suma, modificam o modo como a informação sensorial é processada. (DAMASIO,

1994).

2.3 CONTROLE COGNITIVO

Diversos autores ao longo das décadas, dentre eles Rasmussen (1982), Endsley

(1995, 1999), Leplat (1987), Wickens e Hollands (2000), têm procurado compreender

o funcionamento dos elementos da cognição humana (atenção, percepção, tomada de

decisão, entre outros), em termos de conteúdo e funcionalidade, utilizando modelos de

controle cognitivo.

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Os modelos utilizados trazem contribuições à compreensão de diversos

mecanismos de cognição humana, tanto individual como mútua, destacando-se os

trabalhos de Endsley (1995;1999), por demonstrarem os mecanismos da cognição

como representações e compreensões, assim como os trabalhos de Rasmussen (1982),

ao demonstrar a classificação de diferentes modos de controle cognitivo para explicar

a tomada de decisão.

Há três modelos do controle cognitivo: o modo consciente, inconsciente ou

misto, dependendo do tipo de demanda cognitiva das situações (RASMUSSEN, 1982).

Para demandas cognitivas relacionadas às situações de rotina ou aquelas cujo grau de

previsibilidade é maior, as ações serão baseadas em habilidades ou aptidões, sendo

consideradas respostas psicomotoras realizadas de modo inconsciente (Skill-Based

Behavior - SBB). Como exemplo destas, podemos citar o ajuste de heading (proa), em

relação ao norte magnético e à rosa-dos-ventos. Já para situações não habituais, mas

que exigam algum treinamento, as ações serão executadas com base em regras (Rule-

Based Behavior - RBB), sejam elas procedimentos específicos e pré-estabelecidos ou

não. Situações inusitadas serão realizadas com base em conhecimento implícito, tácito,

ou teórico (Knowledge-Based Behavior – KBB). Delega-se aos modos de controle

cognitivo de Rasmussen (1982) a propriedade de complementar a abordagem dos

níveis de consciência situacional elaborados por Endsley (1995), na medida que

explicam a gestão de controle dos recursos cognitivos e de tarefas, assim como na

tomada de decisão. As definições de níveis cognitivo estabelecidas por Rasmussen

(1982) mostram a resposta cognitiva do operador sendo influenciada por outras

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variáveis tais como: estresse, ansiedade, carga de trabalho, entre outros (WOODS,

2005).

2.4 MEMÓRIA

Definimos memória como a capacidade de aquisição, armazenamento e

recuperação de informações já adquiridas, focalizando dados específicos, para

realização de funções em geral. Existem basicamente dois tipos principais de memória,

as quais são classificadas pelo conteúdo, definidas como uma memória de curto prazo

e uma de longa duração.

Primeiramente, a memória de curto prazo, comumente conhecida como

memória do trabalho, permite reconhecer informações espaciais e visuais, também

sendo responsável por coordenar as atividades cognitivas e planejar estratégias.

Atkinson e Shiffrin (1968) modelaram um sistema de processamento da

informação, argumentando que as informações da memória de curto prazo são frágeis

e podem ser facilmente esquecidas em até cerca de trinta segundos, com a ressalve de

que fossem repetidas diversas vezes. Seguindo o modelo, os cientistas realizaram

inúmeros estudos para determinação na distinção da memória de trabalho com a

memória de longo prazo, permanecendo até hoje sem uma resposta definida.

Distintamente da memória de trabalho, que é frágil aos fatores externos, a

memória de longo prazo armazena as informações concretamente, aguardando os

estímulos de fatores externos para serem trazidos à tona com facilidade. Existem dois

tipos de repetições que facilitam a lembrança dessas memórias. A repetição de uma

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palavra ou procedimento, em voz baixa para si, facilitando a memória de acesso

rápido. Há também a chamada repetição elaborativa profunda, onde há ligação da

memória com imagens e lembranças externas, enriquecendo o estímulo, facilitando a

lembrança posterior.

2.5 ATENÇÃO

A atenção é uma atividade mental concentrada. No treinamento inicial de um

piloto em um simulador de voo, é necessário que haja o menor número de interferência

exterior. Todo e qualquer tipo de estímulo pode desviar completamente a atenção do

piloto, no momento em que ele procura associar o novo contexto de localização

utilizando apenas os instrumentos da cabine, sem referências visuais externas. Shapiro

(1994) define como atenção o tipo de concentração em uma tarefa mental na qual

selecionamos certos tipos de estímulos perceptivos para processamento posterior,

enquanto tentamos excluir outros estímulos interferentes.

Existem, resumidamente, dois tipos de atenção. A atenção dividida e a atenção

focada. Cada uma delas é de suma importância tanto no treinamento do piloto como no

trabalho rotineiro. A atenção dividida é a habilidade de dividir simultaneamente a

atenção em dois ou mais estímulos da cabine. Influencia, nesse ponto, a reprodução

mental de um mapa, localizando sua aeronave, prosseguindo com esse monitoramento

ao decorrer do treinamento, tendo em vista as curvas, subidas e descidas efetuadas,

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mantendo-se alerta para qualquer mudança de proa, utilizando a bússola e o horizonte

artificial3.

A atenção focada, por outro lado, é utilizada para efetuar tarefas que exijam um

maior nível de cognição por parte do piloto. A leitura de uma carta de procedimentos

por instrumentos faz com que o piloto utilize grande parte da sua atenção revendo

tempos, distâncias, frequências, proas, radiais e fixos quando alguma ação será exigida

dele. Esse tipo de atenção, ao ser utilizada diariamente, com cartas de procedimentos

diferentes, em que o piloto em treinamento necessita de grande concentração para a

leitura de cada uma, torna-se extremamente exaustivo, aumentando as chances de

qualquer outro estímulo desviar a atenção do piloto.

2.6 PERCEPÇÃO

Podemos descrever a percepção como o recolhimento de informações que

importam para uma dada ação. As dificuldades em receber essas informações

aumentam o esforço mental necessário e podem gerar ansiedade quando um sinal não

é totalmente compreendido ou gera incerteza. Durante o treinamento, diversos fatores

podem gerar dificuldades na visualização das informações, afetando a percepção e a

consciência espacial, tais como: deficiente iluminação da cabine, outros focos de

atenção, ruídos e luzes exteriores.

Tarefas de vigilância, controle e inspeção, que são feitas pelo piloto

frequentemente, dependem basicamente da visão, cuja eficiência depende iluminação

3 Um horizonte artificial mostra as variações de atitude de uma aeronave em torno do eixo transversal

(arfagem) e longitudinal (inclinação lateral) e é conseguido através da conexão mecânica de um girocópio com a

escala de atitude.

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adequada e do grau de dificuldade imposto pela tarefa. Grandes dificuldades na

percepção visual contribuem diretamente para um aumento na sobrecarga mental,

elevando a carga de trabalho, resultando em uma perda de eficiência do piloto.

Quando o piloto em treinamento visualiza o painel em busca de informações

para atualizar sua consciência situacional em relação à posição de sua aeronave, sua

percepção frequentemente é desviada para sinais mais salientes. Por exemplo, é

comum dizer que o movimento atrai atenção. Isso explica o motivo pela qual pilotos

que estão iniciando o treinamento de voo por instrumentos tendem a focalizar sua

atenção no VSI (indicador de velocidade vertical), tendo em vista que esse indicador

sofre alterações frequentes, fazendo com que o piloto perca a concentração da sua

localização espacial.

No treinamento é necessário que o piloto esteja ciente das alterações nos

instrumentos de voo. A percepção das corretas indicações dos instrumentos da cabine

faz com que o piloto realize as tarefas de atualização da consciência situacional,

definindo sua localização.

2.7 CONSCIÊNCIA SITUACIONAL

Transcrevendo da forma mais simples, consciência situacional é saber distinguir

o que está acontecendo ao redor. Indiferente a essa definição, é uma noção do que é

importante ou se faz necessário saber. Uma definição geral de consciência situacional

que tem sido aplicada através de uma ampla variedade de domínios a descreve como a

percepção dos elementos no ambiente dentro de um volume de tempo e espaço, a

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compreensão do seu significado e a projeção da sua condição em um futuro próximo

(ENDSLEY, 1988). Ou seja, estão ligados às especificidades de um domínio, a prática

da pilotagem de um avião, onde o termo se originou. A consciência situacional está

sendo estudada, hoje em dia, em uma variedade de domínios: na educação, na prática

de dirigir, manutenção de equipamentos e previsão do tempo são alguns dos exemplos

das novas áreas em que a consciência situacional tem recebido atenção. A figura

abaixo ajuda a definir os fatores da consciência situacional.

Figura 1 – Modelo da Consciência Situacional. Endsley (1995)

Pela necessidade de operar com segurança em um ambiente de voo dinâmico, o

piloto deve não apenas ter boas técnicas de pilotagem, conhecimento dos

procedimentos e noções gerais de voo, como também necessita ter uma visão

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atualizada do estado do ambiente. Deve saber que a consciência situacional não

termina com a simples percepção dos dados, mas também depende de uma

compreensão mais aprofundada do significado destes, baseado em um entendimento

de como os componentes interagem e funcionam e, em seguida, a capacidade de

predizer futuros estados do sistema.

A capacidade de ter um alto nível de consciência situacional pode ser vista

como, provavelmente, a característica mais crítica para obtenção de um desempenho

bem sucedido. Dada a devida importância e o grande desafio que representa, descobrir

formas inovadoras de aperfeiçoar a consciência situacional tornou-se requisito

imprescindível para a precisão na localização em um voo totalmente conduzido

segundo as regras e em condições de voo por instrumentos.

Podemos dividir a consciência situacional em três níveis de interação com o

ambiente de voo:

Nível 1 – Percepção

Em primeiro lugar, a percepção de sinais é fundamental no primeiro nível da

consciência situacional. Sem a percepção básica de informações importantes; de

atributos e da dinâmica de elementos relevantes na cabine, aumentam drasticamente as

chances de a desorientação acontecer. Endsley (1996) descobriu que 76% dos erros na

consciência situacional em pilotos poderiam ser atribuídos a problemas na percepção

da informação necessária, devidos a qualquer falha ou a problemas com os processos

cognitivos.

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Nível 2 – Compreensão

A compreensão da situação é baseada em uma síntese de elementos desconexos

do primeiro nível de consciência situacional e vai além de simplesmente estar ciente

dos elementos que estão presentes, para incluir um entendimento da importância

desses elementos, levando em conta as próprias metas. O piloto reúne dados do nível

um, organizando e formando uma imagem holística do meio ambiente, incluindo uma

compreensão do significado dos objetos e eventos. Por exemplo, ao ver as luzes no

painel de aviso da aeronave indicando uma pane durante a corrida de decolagem, o

piloto deve determinar o mais rápido possível a gravidade do problema em termos de

efetuar a decolagem ou abortá-la, combinando isso com o conhecimento de pista

remanescente. Um piloto com pouca experiência pode até ser capaz de alcançar a

mesma experiência no primeiro nível de consciência situacional do que um piloto mais

experiente, porém ainda é praticamente incapaz de integrar diversas variáveis

juntamente com suas metas pertinentes, a fim de também compreender a situação.

Nível 3 – Projeção

No mais alto nível de consciência situacional, a capacidade de prognosticar

dinamicamente eventos futuros é habilidade de pilotos que têm o mais nível de

compreensão da situação. Isto é adquirido através do conhecimento da situação, da

dinâmica dos elementos e da compreensão da situação, tanto no nível um como no

segundo nível de consciência situacional. Esta capacidade de projetar a partir de

eventos atuais para antecipar eventos futuros, suas implicações, e permite uma tomada

de decisão correta e ágil. Acredita-se que uma parcela significativa do tempo de

vários pilotos experientes foi gasta na antecipação de possíveis ocorrências futuras.

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Isto condiz com o conhecimento e tempo necessários para a tomada de decisão sobre o

curso mais favorável de ação para obtenção do objetivo.

2.8 COMPLEXIDADE

Um fator importante na imposição de desafios para a consciência situacional é

a complexidade dos diversos sistemas dos simuladores. Com uma vasta diversidade de

aviônicos, sistemas de voo e procedimentos, a complexidade de operação tornou-se

maior. A complexidade do sistema em que o piloto está treinando pode afetar

negativamente a carga de trabalho e a consciência situacional por meio de um aumento

do número de componentes a serem examinados, gerando um alto grau de interação

entre esses componentes, aumentando a dinâmica de operação (SARTER apud

WOODS, 1992).

Outrossim, a complexidade das tarefas exigidas do aluno pode aumentar com o

acréscimo de metas, tarefas e decisões a serem tomadas em relação ao sistema. Quanto

mais complexo for o sistema a ser operado, mais aumenta a carga de trabalho mental

requerida para atingir certo nível de consciência situacional. Porém quando essa

demanda ultrapassa as capacidades individuais, a consciência situacional será

prejudicada.

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3 METODOLOGIA

Com o principal objetivo de pesquisar se os pilotos alunos que terminaram o

treinamento IFR em simulador observaram alguma dificuldade no momento de

transição entre o voo com referências visuais com o terreno e o voo totalmente

conduzido apenas com instrumentos de rádio-navegação instalados no equipamento

treinador, buscou-se, primeiramente, realizar um levantamento bibliográfico utilizando

meios de pesquisas científicas como base do trabalho.

Foram utilizados também fundamentos básicos do estudo de caso, com

aplicação de um questionário para sete pilotos voluntários, na procura de indícios de

padrões nos problemas encontrados na transição do voo VFR para o voo IFR. Todos

os participantes cursaram ou estão cursando a Faculdade de Ciências Aeronáuticas.

A faixa etária dos voluntários ficou entre 19 e 24 anos, com uma quantidade

de horas de voo entre 61 a 324 horas, com o treinamento no simulador que durou de 1

a 5 semanas, sendo o treinamento de 30 horas, dividido em sessões de 2 horas cada.

O questionário aplicado encontra-se abaixo.

QUESTIONÁRIO

Este questionário foi elaborado com o intuito de obter informações sobre a consciência situacional no

treinamento inicial de voo por instrumentos em pilotos em formação.

Nome:

Idade: Escolaridade: Horas de voo:

1. Das opções listadas, quantas horas de experiência você possuí em sua Caderneta Individual de Voo?

40 horas a 60 horas

61 horas a 80 horas

81 horas a 100 horas

101 horas a 120 horas

Nenhuma das opções

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2. Em quanto tempo, em média, o treinamento no simulador foi completado?

1 a 3 semanas

3 a 5 semanas

5 a 7 semanas

7 a 10 semanas

Nenhuma das opções

3. Durante a transição do voo visual para o voo por instrumentos, houve algum tipo de dificuldade

encontrada no quesito “adaptação ao voo”?

Não

Sim

Se sim, por quê?

.....................................................................................................................................................................................

4. Com o decorrer das missões durante o treinamento, houve algum aumento de carga de trabalho para

conseguir manter um nível de consciência situacional aplicável à prática de pilotagem?

Nenhum aumento

Pequeno aumento

Aumento razoável

Aumento significativo

Grande aumento na carga de trabalho

Não observado

5. Ao iniciar o treinamento em simulador, o número de instrumentos que necessitam vigilância aumentou.

Esse acréscimo de instrumentos foi um fator prejudicial na carga de trabalho necessária para manter um

nível aceitável de consciência situacional?

Nenhum aumento

Pequeno aumento

Aumento razoável

Aumento significativo

Grande aumento na carga de trabalho

Não observado

6. Quais dos procedimentos listados ao lado você define ser o mais complexo durante o treinamento.

Marque aquele(s) que dificultou(aram) sua consciência situacional?

Procedimento de Decolagem

Procedimento de Aproximação

Procedimento de Espera (Órbita)

Procedimento de Arremetida

Procedimento de Pouso

Não Observado

Outros

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na analise dos questionários, dos resultados obtidos na questão número três,

apenas um piloto respondeu que não encontrou dificuldade, adaptando-se facilmente

ao tipo de voo. Os outros seis voluntários responderam que encontraram dificuldades,

sendo as mais comuns:

Aumento na carga de trabalho

Aumento dos instrumentos à serem vigiados

Maior concentração durante a missão

Com o decorrer das missões durante o treinamento, quatro alunos

demonstraram um aumento razoável na carga de trabalho para a manutenção de um

nível de consciência situacional aplicável à prática de pilotagem. Dos outros três

voluntários, cada um deles assinalou uma alternativa diferente, sendo,

respectivamente: nenhum aumento, pequeno aumento, e aumento significativo.

Quanto ao acréscimo de instrumentos que necessitam de vigilância como fator

prejudicial na carga de trabalho para manter um nível aceitável de consciência

situacional, foram observados os seguintes resultados: um voluntário não observou se

houve ou não aumento na carga de trabalho; um aluno registrou que não houve

aumento na carga de trabalho; um aluno descreveu que houve um pequeno aumento na

carga de trabalho; três pilotos assinalaram que houve um aumento razoável e um piloto

evidenciou um aumento significativo na carga de trabalho durante o treinamento com

o acréscimo de instrumentos a serem vigiados.

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Em relação à última questão, sendo de escolha múltipla, dos procedimentos

listados no questionário, os sete voluntários definiram como mais complexo o

procedimento de espera (órbita), enfatizando a entrada neste como o mais dificultoso.

dois alunos também assinalaram, junto com o procedimento de espera, o procedimento

de aproximação e outros dois escolheram o procedimento de pouso.

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5 CONCLUSÃO

A transição do voo visual para o voo IFR ocasiona dificuldades individuais

para os pilotos, o que reflete na precária formação da consciência situacional durante o

treinamento inicial do aluno. De acordo com a expectativa do trabalho, concluiu-se

que inúmeros problemas dificultam a consciência situacional no treinamento IFR. Isto

é, a carga de trabalho mental necessária para que a atenção e a percepção estejam

funcionando com uma margem de confiabilidade adequada faz com que o piloto utilize

a consciência situacional de forma a desenvolvê-la para um nível superior.

Destacam-se, assim, as dificuldades em realizar certos procedimentos, sendo

este um dos principais problemas relacionados à adaptação ao voo. Portanto, o

treinamento prolongado e específico em um procedimento no simulador faz com que o

piloto atualize de forma rápida e regular sua consciência situacional.

Para terminar a conclusão do estudo, no treinamento do voo IFR em

simulador, o mais complexo procedimento e que mais dificulta a manutenção da

consciência situacional é o procedimento de espera, mais precisamente o setor de

entrada na órbita.

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6 REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA-61: Requisitos para

concessão e licenças de pilotos e instrutores de voo, 2006.

ATKINSON, Richard. Human memory: A proposed system and its control processes.

New York: Academic Press, 1968.

ENDSLEY, M. R. Toward a theory of situation awareness in dynamic systems.

Human Factors, 1996.

ENDSLEY, M. R. Design and evaluation for situation awareness enhancement. Santa

Monica, California: Human Factors Society, 1988.

FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Instrument flying handbook.

Department of Transportation. Washington, 2001.

INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION, Annex 02: To the

convention on international civil aviation, 1990.

JEPPESEN SANDERSON. Instrument commercial manual. Englewood, 1996.

RASMUSSEN, J. Cognitive System Engineering. New York: John Wiley & Sons,

1994.

RASMUSSEN, J.; DUNCAN, K.; LEPLAT, J. New technology and human error.

London, 1987.

SARTER, N. Cognitive engineering in the aviation domain. Hillsdale: Erlbaum, 2005.

SHAPIRO, K. L.; RAYMOND, J. E. Psychological human perception performance,

1994.

WICKENS, C.D.; HOLLANDS, J. Engineering psychology and human performance.

New Jersey: Prentice Hall, 2000.