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UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES MOTIVO E MOTlVAC;:)i.O EM ARTISTAS CIRCENSES CURITIBA 2005 58

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UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA

MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES

MOTIVO E MOTlVAC)iO EM ARTISTAS CIRCENSES

CURITIBA2005

58

MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES

MOTIVO E MOTIVArAo EM ARTISTAS CIRCENSES

TRABAlHO FINAL CURSO DE EDUCAcAOFisICA DISCIPLINA TRABALHO ORIENTADODA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CURITIBA2005

TERMO DE APROVACAO

Mario Henrique Ribeiro Borges

MOTIVO E MOTIVACAO EM ARTISTAS CIRCENSES

Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para aobtenao do titulo de licenciado no Curso de Educaao Fisica da

Universidade Tuiuti do Parana

Orientador ~~Ar~o~Ug-~Universidade Tuiuti do Parana

Departame~o de Educaao Fisica

ProfUniv-ersCid-ad-e~Tu-Ci-uti-do-Parana--

Departamento de EduC8c80 Fisica

Curitiba de de 2005

iii

Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS

Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de

Franca que muito me ajudou nesta pesquisa

Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio

Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu

trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos

A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull

Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s

Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas

profissionais

Ao amigo Diego hijo de la madre

Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser

A ASP ART pelas oportunidades e parcerias

Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei

Aos alunos de Circo da UFPR

A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu

conta de contemplar

E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do

conhecimento

SUMARIO

RESUMO vii

1INTRODUCAO 1

11 JUSTIFICATIVA 1

12 PROBLEMA 2

13 OBJETIVOS 2

131 Objetivo Geral 2

132 Objetivos Especificos 2

2 REVISAO DE LlTERATURA 3

21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3

220 CIRCO NO BRASIL 6

23 MOTIVO E MOTIVACAo 8

231 Teorias Psicol6gicas 10

3 METODOLOGIA 12

31 TIPO DE PESQUISA 12

32 POPULACAO E AMOSTRA 12

321 Popula~ao 12

322 Amostra 12

33 INSTRUMENTO 12

34 COLETA DE DADOS 12

35 ANALISE DOS DADOS 13

36 L1MITACOES 13

4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14

5 CONCLUsAo 17

6 REFERENCIAS 18

APENDICE 19vi

RESUMO

Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses

Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges

Orientador Amo Krug

Curso Educaltao Fisica

Instituigao Universidade Tuiuti do Parana

A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media

Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento

Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte

vii

1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES

MOTIVO E MOTIVArAo EM ARTISTAS CIRCENSES

TRABAlHO FINAL CURSO DE EDUCAcAOFisICA DISCIPLINA TRABALHO ORIENTADODA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CURITIBA2005

TERMO DE APROVACAO

Mario Henrique Ribeiro Borges

MOTIVO E MOTIVACAO EM ARTISTAS CIRCENSES

Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para aobtenao do titulo de licenciado no Curso de Educaao Fisica da

Universidade Tuiuti do Parana

Orientador ~~Ar~o~Ug-~Universidade Tuiuti do Parana

Departame~o de Educaao Fisica

ProfUniv-ersCid-ad-e~Tu-Ci-uti-do-Parana--

Departamento de EduC8c80 Fisica

Curitiba de de 2005

iii

Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS

Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de

Franca que muito me ajudou nesta pesquisa

Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio

Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu

trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos

A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull

Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s

Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas

profissionais

Ao amigo Diego hijo de la madre

Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser

A ASP ART pelas oportunidades e parcerias

Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei

Aos alunos de Circo da UFPR

A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu

conta de contemplar

E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do

conhecimento

SUMARIO

RESUMO vii

1INTRODUCAO 1

11 JUSTIFICATIVA 1

12 PROBLEMA 2

13 OBJETIVOS 2

131 Objetivo Geral 2

132 Objetivos Especificos 2

2 REVISAO DE LlTERATURA 3

21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3

220 CIRCO NO BRASIL 6

23 MOTIVO E MOTIVACAo 8

231 Teorias Psicol6gicas 10

3 METODOLOGIA 12

31 TIPO DE PESQUISA 12

32 POPULACAO E AMOSTRA 12

321 Popula~ao 12

322 Amostra 12

33 INSTRUMENTO 12

34 COLETA DE DADOS 12

35 ANALISE DOS DADOS 13

36 L1MITACOES 13

4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14

5 CONCLUsAo 17

6 REFERENCIAS 18

APENDICE 19vi

RESUMO

Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses

Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges

Orientador Amo Krug

Curso Educaltao Fisica

Instituigao Universidade Tuiuti do Parana

A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media

Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento

Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte

vii

1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

TERMO DE APROVACAO

Mario Henrique Ribeiro Borges

MOTIVO E MOTIVACAO EM ARTISTAS CIRCENSES

Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para aobtenao do titulo de licenciado no Curso de Educaao Fisica da

Universidade Tuiuti do Parana

Orientador ~~Ar~o~Ug-~Universidade Tuiuti do Parana

Departame~o de Educaao Fisica

ProfUniv-ersCid-ad-e~Tu-Ci-uti-do-Parana--

Departamento de EduC8c80 Fisica

Curitiba de de 2005

iii

Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS

Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de

Franca que muito me ajudou nesta pesquisa

Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio

Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu

trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos

A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull

Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s

Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas

profissionais

Ao amigo Diego hijo de la madre

Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser

A ASP ART pelas oportunidades e parcerias

Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei

Aos alunos de Circo da UFPR

A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu

conta de contemplar

E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do

conhecimento

SUMARIO

RESUMO vii

1INTRODUCAO 1

11 JUSTIFICATIVA 1

12 PROBLEMA 2

13 OBJETIVOS 2

131 Objetivo Geral 2

132 Objetivos Especificos 2

2 REVISAO DE LlTERATURA 3

21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3

220 CIRCO NO BRASIL 6

23 MOTIVO E MOTIVACAo 8

231 Teorias Psicol6gicas 10

3 METODOLOGIA 12

31 TIPO DE PESQUISA 12

32 POPULACAO E AMOSTRA 12

321 Popula~ao 12

322 Amostra 12

33 INSTRUMENTO 12

34 COLETA DE DADOS 12

35 ANALISE DOS DADOS 13

36 L1MITACOES 13

4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14

5 CONCLUsAo 17

6 REFERENCIAS 18

APENDICE 19vi

RESUMO

Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses

Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges

Orientador Amo Krug

Curso Educaltao Fisica

Instituigao Universidade Tuiuti do Parana

A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media

Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento

Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte

vii

1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS

Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de

Franca que muito me ajudou nesta pesquisa

Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio

Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu

trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos

A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull

Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s

Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas

profissionais

Ao amigo Diego hijo de la madre

Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser

A ASP ART pelas oportunidades e parcerias

Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei

Aos alunos de Circo da UFPR

A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu

conta de contemplar

E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do

conhecimento

SUMARIO

RESUMO vii

1INTRODUCAO 1

11 JUSTIFICATIVA 1

12 PROBLEMA 2

13 OBJETIVOS 2

131 Objetivo Geral 2

132 Objetivos Especificos 2

2 REVISAO DE LlTERATURA 3

21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3

220 CIRCO NO BRASIL 6

23 MOTIVO E MOTIVACAo 8

231 Teorias Psicol6gicas 10

3 METODOLOGIA 12

31 TIPO DE PESQUISA 12

32 POPULACAO E AMOSTRA 12

321 Popula~ao 12

322 Amostra 12

33 INSTRUMENTO 12

34 COLETA DE DADOS 12

35 ANALISE DOS DADOS 13

36 L1MITACOES 13

4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14

5 CONCLUsAo 17

6 REFERENCIAS 18

APENDICE 19vi

RESUMO

Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses

Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges

Orientador Amo Krug

Curso Educaltao Fisica

Instituigao Universidade Tuiuti do Parana

A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media

Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento

Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte

vii

1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS

Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de

Franca que muito me ajudou nesta pesquisa

Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio

Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu

trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos

A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull

Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s

Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas

profissionais

Ao amigo Diego hijo de la madre

Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser

A ASP ART pelas oportunidades e parcerias

Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei

Aos alunos de Circo da UFPR

A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu

conta de contemplar

E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do

conhecimento

SUMARIO

RESUMO vii

1INTRODUCAO 1

11 JUSTIFICATIVA 1

12 PROBLEMA 2

13 OBJETIVOS 2

131 Objetivo Geral 2

132 Objetivos Especificos 2

2 REVISAO DE LlTERATURA 3

21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3

220 CIRCO NO BRASIL 6

23 MOTIVO E MOTIVACAo 8

231 Teorias Psicol6gicas 10

3 METODOLOGIA 12

31 TIPO DE PESQUISA 12

32 POPULACAO E AMOSTRA 12

321 Popula~ao 12

322 Amostra 12

33 INSTRUMENTO 12

34 COLETA DE DADOS 12

35 ANALISE DOS DADOS 13

36 L1MITACOES 13

4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14

5 CONCLUsAo 17

6 REFERENCIAS 18

APENDICE 19vi

RESUMO

Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses

Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges

Orientador Amo Krug

Curso Educaltao Fisica

Instituigao Universidade Tuiuti do Parana

A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media

Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento

Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte

vii

1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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SUMARIO

RESUMO vii

1INTRODUCAO 1

11 JUSTIFICATIVA 1

12 PROBLEMA 2

13 OBJETIVOS 2

131 Objetivo Geral 2

132 Objetivos Especificos 2

2 REVISAO DE LlTERATURA 3

21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3

220 CIRCO NO BRASIL 6

23 MOTIVO E MOTIVACAo 8

231 Teorias Psicol6gicas 10

3 METODOLOGIA 12

31 TIPO DE PESQUISA 12

32 POPULACAO E AMOSTRA 12

321 Popula~ao 12

322 Amostra 12

33 INSTRUMENTO 12

34 COLETA DE DADOS 12

35 ANALISE DOS DADOS 13

36 L1MITACOES 13

4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14

5 CONCLUsAo 17

6 REFERENCIAS 18

APENDICE 19vi

RESUMO

Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses

Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges

Orientador Amo Krug

Curso Educaltao Fisica

Instituigao Universidade Tuiuti do Parana

A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media

Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento

Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte

vii

1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

RESUMO

Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses

Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges

Orientador Amo Krug

Curso Educaltao Fisica

Instituigao Universidade Tuiuti do Parana

A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media

Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento

Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte

vii

1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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1INTRODUCAo

11 JUSTIFICATIVA

Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar

respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao

() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo

Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos

(NUTTIN1983 p 11)

Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos

base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a

exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira

particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser

considerada primordialmente um proeesso intrinseeo

A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto

envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao

processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)

Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo

de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de

necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo

meio extemo

Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a

realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario

semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0

que as impulsiona alem dos trampolins

12 PROBLEMA

Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a

rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo

masculino a ingressar e permanecer no meio circense

132 Objetivos Especificos

bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino

bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para

verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a

ingressar e permanecer na atividade

bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas

com mais au menos 3 anos de experiAncia

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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2 REVISAO DE LlTERATURA

21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO

o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem

dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto

ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de

caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e

despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de

dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)

Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram

na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que

aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna

forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a

beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma

grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados

com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador

decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante

o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com

espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes

Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de

que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no

grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por

CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao

gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas

malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como

as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos

Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados

conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras

que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte

circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos

Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para

Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano

quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde

classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse

espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu

pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a

autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem

entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos

sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos

adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a

arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)

Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0

circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios

desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)

Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a

arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de

performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda

bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e

habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias

modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6

foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que

conhecemos hoje em dia

Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0

Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por

Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha

urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu

que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope

dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga

(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor

e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e

palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo

o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar

entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley

acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo

De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava

como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e

apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama

desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_

Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez

em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal

Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes

que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

22 0 CIRCONO BRASIL

Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes

mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil

Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da

Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos

ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas

especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras

havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de

bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao

faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres

(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas

pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes

companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram

essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que

passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no

Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam

esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo

desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)

diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo

brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era

mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor

picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo

Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola

nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar

a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais

selvagens e ferozes

Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas

diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e

administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0

desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de

entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo

adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998

pAS)

A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem

que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude

acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0

circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a

demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado

Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas

mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam

de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas

As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de

elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0

Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero

como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em

Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

23 MOTIVO E MOTIVACAO

Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0

questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves

de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0

objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura

elementos que fundamentem a motivacao_

o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para

descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos

denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se

formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada

srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de

curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que

conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo

mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de

situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de

motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao

Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma

cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas

transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos

psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos

sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8

refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e

organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0

conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento

percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns

deles

Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido

explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda

que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do

caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto

Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de

motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um

fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por

uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto

de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao

fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)

Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY

1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das

razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo

Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a

insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome

impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente

em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto

da personalidadedo individuo

10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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10

Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es

de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e

Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns

individuais e Qutros socia is etc

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por

exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa

incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e

as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de

motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de

suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento

etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria

tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou

motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)

231 Teorias Psicol6gicas

De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar

entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)

Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os

psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de

comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie

Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~

competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento

Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para

explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos

humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento

humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0

caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto

correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos

buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano

Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as

necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado

impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento

II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

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APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

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Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

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Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

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Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

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Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

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Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

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Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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II

motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do

corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria

Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas

categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos

as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie

- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc

Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez

satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao

ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns

psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado

de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se

apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta

maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo

de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com

asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma

situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado

pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao

MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas

que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se

refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em

conseqOencia da atividade

12

3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

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APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

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Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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3 METODOLOGIA

31 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna

entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem

prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)

32 POPULAltAOE AMOSTRA

321 Popula~ao

As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino

que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos

de experieuromcia

322 Amostra

Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8

artistas da Cidade sendo todos voluntarios

33INSTRUMENTO

Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a

qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das

respostas dos entrevistados no Apendice 1

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE

(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

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4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

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5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

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6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

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APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

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Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

13

artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra

paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas

entrevistas individuais previamente marcadas

35 ANALISE DOS DADOS

A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com

aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa

36 LlMITACOES

Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho

Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos

rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra

dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa

uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0

numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

14

4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem

varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas

motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em

gnficos

Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)

Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario

1= 125 3= 3775 2=25 2=25

Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos

Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental

Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo

Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos

(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de

escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio

Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)

CASA DE SHOW

1= 125

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

15

Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos

artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do

Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo

das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)

Quadro 3 Especialidade

PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J

ARAMISTA PERNA PAU OUTRO

2=25 2= 25 3= 375

Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte

do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo

(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)

2 utilizam a pema de pau (25)

Quadro 4 Familia Circense

SIM NAO1 = 125 7= 875

Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)

Quadro 5 Motivo

Trabalho Instrumentalista 1= 125

a meio ambiente (familia) 3= 375

Relacao com a Capoeira 1= 125

Ginastica Olimpica 1= 125

Paixao pala Arte 1= 125

Tradicao 1= 125

16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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16

A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho

instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos

entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1

teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela

tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais

encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa

Quadro6Motiva9ao

Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25

Prazer 3= 375

SobrevivencialNecessidade 3=375

Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte

Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes

Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo

prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade

Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de

apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira

geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e

pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou

em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta

que sa apaixonou pela linguagem circense

Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em

Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo

quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos

entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar

aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

17

5 CONCLUSAO

A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio

que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio

circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e

tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi

tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-

se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a

ingressar e permanecer na atividade

A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD

e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento

desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que

regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com

seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do

comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta

como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes

(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e

extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual

Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e

excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica

continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do

momento e ao apelo das situayaes que se apresentam

Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a

funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira

continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento

Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os

motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal

pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse

sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao

Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente

como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

18

6 REFERENCIAS

BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994

BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997

CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997

CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005

CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983

DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985

FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979

FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971

NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983

SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977

SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005

VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971

19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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19

APENDICE

Dados coletados nas entrevistas

Primeiro entrevistado (A)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgleto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Palhaco

5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nlio

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD

20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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20

Segundo entrevistado (8)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hll 5 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE

R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Facilidade Estava no meiQartisti~

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect

21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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21

Terceiro entrevistado (e)

1 QUAL A SUA FORMAltAO

R Segundo grau comgllo

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R 4 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver

22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

23

Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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22

Quarto entrevistado (0)

1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE

R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade

7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz

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Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

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Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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Quinto entrevistado (E)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula

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Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

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Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/12/MOTIVO-E-MOTIVACAO-EM... · Departame~o de Educa,ao Fisica Prof. Un"iv:-:e"rs:Cid:;-a"d:;-:e~T"'u-Ci:-:ut"'i-:;d"o-'P"a"ra"n"a'--Departamento

24

Sexto entrevistado (Fl

1 QUAL A SUA FORMACAO

R Segundo grau comgeto

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO

R Trabalho hB sete anos comcirca

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES

R Arte de rua epIO middotetos culturais

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE

R Nao

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO

R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil

25

Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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Selimo enlrevislado (G)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP

2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos

3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares

5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo

6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0

pahaco

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo

26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8

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26

Oitavo entrevistado (H)

1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR

2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos

3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua

4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino

SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o

6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao

7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA

R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8