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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Nabiane Bomlim Carneiro A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO SOB A ÓTICA DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÂO FíSICA DE RIO BRANCO DO SUL CURITIBA 2007 SETOR IA SCHAFFER CONSULTA INTERNA

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁNabiane Bomlim Carneiro

A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO SOB A ÓTICA DOSPROFESSORES DE EDUCAÇÂO FíSICA DE RIO BRANCO DO SUL

CURITIBA2007

SETOR IASCHAFFER

CONSULTAINTERNA

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A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO DOCENTE NO COTIDIANODAS AULAS DE EDUCAÇÂO FíSICA EM RIO BRANCO DO SUL.

CURITIBA2007

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁNabiane Bomlim Carneiro

A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO SOB A ÓTICA DOSPROFESSORES DE EDUCAÇÃO FíSICA DE RIO BRANCO DO SUL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentadoao Curso de Educação Física de Faculdade deCiências Biológicas e da Saúde da UniversidadeTuiuli do Paraná, com requisito parcial para aobtenção do grau de licenciada em EducaçãoFísica. Orientadora: Prola D~ Luciane Paiva

CURITIBA2007

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TERMO DE APROVAÇÃO

Nabiane Bomfim Carneiro

A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO DOCENTE NO COTIDIANODAS AULAS DE EDUCAÇÃO FíSICA EM RIO BRANCO DO SUL.

Esse Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do título deGraduada em Licenciatura em Educação Física no Programa da Universidade Tuiuli doParanâ,

Curitiba, 22 de novembro de 2007.

Educação Física, LicenciaturaUniversidade Tuiuli do Paraná

Orientador: Prof~ Doutora Luciane PaivaUniversidade Tuiut; do Paraná

Prof~ Mestre Beatriz 00ri90Universidade TuiuU do Paraná

Prolª Mestre Helia Eunice SoaresUniversidade Tuiu!; do Paraná

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Dedico este trabalho a Deus, por me

dar o dom da vida e a meus pais, que

só sabem me amar!

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a DEUS, por me proporcionar uma

família abençoada que fez possível eu estar aqui.

E, em especial, a todos que, "estavam do outro lado":

Do outro lado da mesa, me orientando.

Do outro lado da parede do quarto, me esperando.

Do outro lado do rio, rezando por mim, e

Do outro lado da vida, intercedendo por mim.

Essa vitória só foi possível por vocês estarem ao meu lado.

OBRIGADA!

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RESUMO

o objetivo deste trabalho foi avaliar a opinião dos professores da rede estadual deensino de Rio Branco do Sul, sobre a importância do planejamento das aulas deEducação Física. Para isso coletou-se dados por intermédio de um questionário eposteriormente essas informações foram organizadas e analisadasestatisticamente. Conclui-se que os professores participantes da pesquisareconhecem a relevância do planejamento, porém enfrentam uma serie dedificuldades que, muitas vezes, inviabilizam a sua construção.

Palavras-chave: Educação Física escolar; Cultura escolar; Professores;Planejamento.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...

. 06

. 08

2.1 O ENSINO DA EDUCAÇÃO FíSICA NA CULTURA ESCOLAR 08

2.2 O PLANEJAMENTO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS E O ENSINO DEEDUCAÇÃO FíSICA... . 11

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... . 19

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 20

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...

6 REFERÊNCIAS ..

.. 27

.. 28

7 APÊNDICES 29

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1 INTRODUÇÃO

1.1 JUSTIFICATIVA

A Educação Física ê considerada uma disciplina essencial para o

desenvolvimento integral do ser humano, desde o ensino básico até o final de sua

escolaridade. Segundo Mahlke (2002, citado por TOZIN 2006). a Educação Fisica

busca o desenvolvimento pleno e harmonioso, o despertar do espírito solidário, a

criatividade, a formação integral da personalidade, o emprego útil do tempo de lazer, a

conservação da saude, o fortalecimento e a implantação de hábitos sadios, estes são

fatores bãsicos na conquista do aprimoramento do educando (TOZIN, 2006).

No entanto, muitas vezes, a Educação Física não é vista como uma

disciplina relevante, mas sim como recreação, muitas vezes, conduzida por um

profissional não respeitado por outras disciplinas. Mas o que ocasiona isso?

Entre outros fatores parece-nos que o planejamento, ou a despreocupação com

ele, contribui para esse quadro.

Mas qual a importância dada ao planejamento pelos professores de educação

Física? Eles reconhecem sua Relevância? Eles efetivam sua construção no dia a dia?

Em razão destas reflexões lançou-se o problema a ser investigado, conforme

segue abaixo.

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1.2 PROBLEMA

Oual a relevância do planejamento sob a ótica dos professores de Educação Física

de Rio Branco do Sul?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Investigar a opinião dos professores de Rio Branco do Sul sobre a relevância do

planejamento nas aulas de Educação Física.

1.3.2 Objetivos Específicos

- Verificar a opinião dos professores de Rio Branco do Sul quanto o planejamento das

aulas de Educação Física;

- Descrever a opinião dos professores de Educação Física de Rio Branco do Sul a

respeito do planejamento;

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O ENSINO DA EDUCAÇÃO FíSICA NA CULTURA ESCOLAR

No século passado, a Educação Física esteve estreitamente vinculada às

instituições militares e às classes médicas. Esses vínculos foram determinantes tanto

no que diz respeito à concepção da disciplina e de suas linalidades, quanto ao seu

campo de atuação e a forma de ser ensinada durante muitos anos.

Nesse sentido, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's), em 1851

foi feita a Reforma Couto Ferraz, a qual tornou obrigatório o ensino de Educação Física

nas escolas do município da Corte. Em 1882, Rui Barbosa deu seu parecer sobre o

projeto 224 no qual defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a adequação dos

professores de ginástica aos das outras disciplinas. No início do século XX a Educação

Física, ainda sob nome de ginástica, foi incluída nos currículos dos Estados da Bahia,

Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo. Nessa mesma época

a educação brasileira evidenciou a importãncia da Educação Física no desenvolvimento

integral do ser humano. Mas, loi apenas em 1937, na elaboração da constituição que

aparece a primeira referência explícita à Educação Física em textos constitucionais

federais, incluindo-a no currículo como prática educativa obrigatória, em todas as

escolas brasileiras. Na década de 70, a disciplina mais uma vez ganhou lunções

importantes para a manutenção da ordem e do progresso, investindo-se na educação

pauladas no nacionalismo.

Desde o surgimento da Educação Física seus profissionais buscam aprimorar

seus conceitos e lazer com que cada vez mais se ganhe espaço e dignidade, quando

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atua-se nessa área, nesse sentido, todos os profissionais deveriam privar pela intenção

de possibilidades e a ampliação do conhecimento.

Assim se o educador precisa ter uma visão aberta às mudanças necessárias ao

processo educacional, torna-se dificil caracterizar o ~bom professor" de Educação

Fisica, no entanto determinar a sua função como educador não é impossível, e para

isso deve-se levar em conta como esse professor foi educado e formado se com

normas rígidas e tradicionais,em que o ensino não tinha como objetivo o

desenvolvimento da consciência critica, ou de forma critica e humanitária.

Sabe-se que o professor tem condições, mais do que os outros profissionais, de

buscar mudanças na transformação de uma sociedade, mas só pode atingir essa

perspectiva quando tiver consciência de que é capaz de lutar contra os

condicionamentos sociais, só assim o professor tem o papel de agente transformador.

Piccolo (1995) acredita que o educador precisa rever o processo ensino-aprendizagem,

para que tenha urna postura de comprometimento com a formação global do educando

e de uma sociedade democrática.

Moreira (1990), assim como Piccolo (1995), aponta que não existe uma fórmula

mágica que irá "salvar" a Educação Física Escolar. Mesmo porque as fórmulas deverão

ser criadas na estrutura educacional e não para a estrutura educacional, na cooperação

e colaboração entre docentes da área, em conjunto com o corpo discente e não na

transmissão de uns para os outros.

Porém Moreira (1990) ainda ressalta que é sempre necessário discutir e analisar

a Educação Física Escolar no contexto da relevância da educação brasileira, do que

representa o ato de educar o povo, do que representa a escola em nossa sociedade e

quais os valores que permeiam essas relações, pois, caso contrário, estaremos mais

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lO

uma vez cumprindo o papel de ingênuo de acreditar que a mudança de Educação

Física na escola servirá como alavanca para a mudança não só da própria escola como

da estrutura social.

Segundo Libâneo (1994, cilado por FRANCO 2002), o processo didático se

explícita pela ação recíproca de três componentes: os conteúdos, o ensino e a

aprendizagem; os quais operam em referência aos objetivos que expressam

determinadas exigências sócio-político-pedagógicas sob um conjunto de condições de

situações didáticas concretas, (fatores sociais circundantes, organização escolar,

recursos materiais, nível sócio-econômico dos alunos, nível de preparo e de

desenvolvimento mental, relações professor-aluno, etc.).

Após cinqüenta estudos inseridos na linha de "'investigação processo-produto,"

Rosenshine & Furst, (citados por Carreiro da Costa 1995, apontam dez características

de educadores que dão ênfase para aulos índices de aprendizagem) são elas:

1- Utilizar uma linguagem clara e denotativa - CLAREZA.

2- Apontar diferentes estratégias de ensino, evitando formas estereotipadas de

inlervenção pedagógicas - PLASTICIDADE.

3- Manifestar o gosto e o interesse pelo exercício da profissão docente

assimilando na relação pedagógica uma atitude de entrega e empenhamento -

ENTUSIASMO.

4- Dedicar tempo de ensino às matérias com objetivos de aprendizagem -

CONCENTRAÇÃO NA TAREFA.

5- Comentar as atividades dos alunos, proporcionando informações, quer sobre

seus aspectos positivos, quer sobre os negativos - CRíTICA.

6- Utilizar as idéias dos alunos e elogiar suas atividades - ENSINO INDIRETO.

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7· Proporcionar oportunidades práticas aos alunos nas tarefas referentes à

matéria de ensino - TEMPO DE PRÁTICA.

8- Estruturar a atividade de aprendizagem e facultar os meios para que os

alunos melhorem os seus níveis de desempenho - ESTRUTURAÇÃO.

9- Questionar os alunos sobre atividade de aprendizagem

OUESTIONAMENTO.

10- Pesquisar as causas das dificuldades que os alunos experimentam durante a

aprendizagem - DIAGNÓSTICO.

Diante das características acima citadas, se percebe a necessidade de planejar e

estruturar as aulas no âmbito escolar, indiferente da disciplina ou conteúdo a ser

trabalhado. A Educaçao Física Escolar, como qualquer Qutra disciplina contida nas

grades curriculares, necessita de todas as respostas encontradas na pesquisa de

Rosenshine e Furst, pois, muitas vezes não é legitimada ou valorizada plenamente no

âmbilo escolar.

2.2 O PLANEJAMENTO DAS AÇÓES PEDAGÓGICAS E O ENSINO DE EDUCAÇÃO

FíSICA

Toda atividade de ensino/aprendizagem na escola deve ser decorrente de um

Projeto-Político-Pedagógico, o qual deve ser coerente com a realidade da escola, dos

professores e dos alunos. Mas o que se pode perceber é que poucas escolas seguem

um programa que faça parte de um planejamento escolar onde ludo o que vai ser

aprendido esteja integrado em um objetivo geral, comum a todas as áreas. O que tem

se observado em alguns planejamentos é que os conteúdos se apresentam mal

distribuídos, desordenados e comprometem a formação do aluno, da mesma forma que

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estratégias impostas limitam a sua participação negando a oportunidade de uma prática

significativa.

Pensa-se que uma das razões das escolas alienarem a Educação Física do

processo educacional é pela falta de conhecimento, de preparação e de um

comprometimento com as propostas pedagôgicas.

Nesse sentido, um programa de Educação Física deve prever o compromisso que

cada uma das atividades de seu conteúdo tem com a formação do ser humano. Para

Piccolo (1995) as preocupações que permeiam a elaboração de um planejamento

didático de Educação Fisica devem:

- definir os objetivos para facilitar o caminho que se vai traçar;

- definir os principios metodológicos do processo de ensino-aprendizagem que

realmente vão proporcionar o desenvolvimento do educando;

- organizar e estruturar as tarefas propiciando a integração dos alunos;

- selecionar as atividades relacionando-as com o processo de desenvolvimento;

- graduar as dificuldades partindo do simples para o mais complexo, propondo sempre

atividades que estejam no nível de maturação do aluno em todos os aspectos do

comportamento;

- identificar as implicações individuais que possam ocorrer buscando conhecer os

alunos para compreender os diversos comportamentos;

- estimular a participação do educando nas aulas demonstrando para eles a importância

da Educação Física em sua vida, etc.

Essas preocupações se referem não só a um programa escolar como ao

planejamento diário de atividades.

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Segundo Alves (2003), um dos elementos básicos de discussão da ação docente

refere-se ao ensinar, ao aprender e ao apreender. Essas ações são, muitas vezes,

consideradas e executadas como ações distintas, ouvindo-se de professores

afirmações do tipo: "eu ensinei, o aluno é que não aprendeu". Isso parte da idéia de que

ensinar é apresentar ou explicar o conteúdo numa exposição. Nessa visão de ensino a

aula é o espaço em que o professor fala, diz, explica o conteúdo; cabendo ao aluno

memorizá-lo, anotá-lo, para depois aprendê-lo. Nesse caso, mesmo numa situação que

tradicionalmente, seja considerada uma boa aula, em geral torna-se uma simples

transmissão de informação e o professor surge como a única fonte de conhecimento,

tornando-se o portador do "saber". Neste processo, ficam excluídas as historicidades e

os determinantes sociais, existindo uma diferença muito expressiva entre aprender e

apreender.

° apreender, do latim apprehendere, significa segurar, prender, pegar, assimilar

mentalmente, entender, compreender, agarrar. Para apreender é preciso agir, exercitar-

se, informar-se, tomar para si, apropriar-se, entre oulros fatores. O verbo aprender,

derivado de apreender por síncope, significa tomar conhecimento, reter na memória

mediante estudo, receber a informação de algo (ALVES, 2003).

Bracht (1992, citado por FRANCO 2002), entende a aula como um espaço

intencionalmente organizado para pOSSibilitar a direção da apreensão pelo aluno, do

conhecimento especifico da Educação Física Escolar e dos diversos aspectos das suas

práticas na realidade social. Segundo (FRANCO, 2002), a aula, nesse sentido,

aproxima o aluno da percepção da totalidade das suas atividades, uma vez que lhe

permite articular uma ação (o que faz), com o pensamento sobre ela (o que pensa) e

com o sentido que ela lem (o que sente).

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É preciso distinguir quais ações estão presentes na meia que estabelecemos ao

ensinar, no entanto, se nossa meia se refere à apropriação do conhecimento pelo

aluno, para além do simples repasse da informação, é preciso se reorganizar, superar

este conceito de aprender, que tem se resumido em processo de memorização. O

aprender, agarrar por parte do aluno exige ação constante e consciente, informar-se,

exercitar-se e instruir-se. Assim, "o assistir ou dar aulas precisa ser substituído pela

ação conjunta do fazer aufas"(ALVES, 2003,118).

A partir dessas reflexões surgiu o termo ensinagem, conceito que trata de uma

ação de ensino da qual resulta a aprendizagem do estudante, superando o simples

dizer do conteúdo por parle do professor, nessa superação da exposição tradicional é

que se inserem as estratégias de ensinágem (ALVES, 2003).

Trabalhando com os conhecimentos estruturados é fundamental destacar o

aspecto do saber, do compreender pois compreender é aprender o significado de um

objeto ou de um acontecimento; é vê-lo em suas relações com outros objetos ou

acontecimentos. Os significados constituem, pois, feixes de relações, que por sua vez,

se entrelaçam, se articulam em teias. em redes, construídas socialmente e

individualmente, e em permanente estado de atualização (MACHADO, 1994).

Todas as formas de aprendizagem exigem rolina. pois não acontecem

espontaneamente, nem por mágica. Cabe ao professor planejar e conduzir esse

processo continuo de ações que possibilitem aos estudantes, inclusive aos que tem

maior dificuldade, ir construindo. apreendendo o quadro teórico e prático que se

pretende em seqüências crescentes. Essas seqüências deverão considerar as

características dos sujeitos, podendo ser estratégias realizadas individual ou

coletivamente.

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Nesse aspecto o conhecimento é citado por Luckesi, como uma forma ao mesmo

tempo teórico-prática e prático-teórica, ou seja, possibilita a compreensão da realidade

que nos cerca, sendo produto de uma construção humanaque somente faz sentido à

medida que o produzimos e o retemos como forma de entender a realidade, isto é, que

nos facilite e melhore o modo de viver.

Para Vieira Pinto (1979 citado por ALVES 2003), o conhecimento consiste na

capacidade de dominar a natureza, transformá-Ia, adaptá-Ia às necessidades humanas,

isso evolui a absorção de sinais e percepções adquiridas cotidianamente. O

conhecimento é composto por elementos já existentes na base cognitiva, a partir dos

quais se constrói o novo, reelaborando e considerando as inter-relações que se

estabelecem com o meio social, cultural e educativo, pela experiência, descoberta e

informação.

Nesse sentido, o saber escolar é obtido com a junção de sujeitos (professor,

aluno, comunidade), conhecimentos, socialização etc. Segundo Alves (2003), nas

instituições de ensino, o saber escolar é objeto de transferência e construção de

sínteses progressivamente mais complexas, em grupos e ambientes definidos,

integrando o conhecimento sistematizado com o conhecimento do estudante e visando

o aprofundamento da experiência e a produção e reconstrução do conhecimento.

Este conhecimento escolar não deve ser proposto como algo dado e acabado,

mas como produto feito de uma construção sócio-cultural. A partir desses elementos

percebe-se que uma organização curricular tanlo pode estar privilegiando determinada

visão de ciência como apresentando outra

Leite (1994, citado por ALVES 2003), nos alerta que, tomado apenas como

produto, o conhecimento é estático, acabado, evolutivo, cumulativo, além de um

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conjunto de informações neutras, objetivas, impessoais sobre o real elaborado e

sistematizado no trabalho de investigação da realidade. Assim, se enquadra em uma

formatação de grade curricular em que, cada professor dâ conta de uma parte, que

corresponde à sua disciplina despreocupando-se com as demais.

Um modelo curricular globalizanle deve adotar diferentes formas de processar o

conhecimento, em uma parceria estabelecida entre todos os sujeitos envolvidos,

partindO do princípio que também na universidade, o saber escolar leva o aluno a um

confronto, via a aproximação com o quadro científico, teórico e prático da área

estudada.

Sob essa ótica os conteudos e os conhecimentos da Educação Física devem

assegurar o desenvolvimento pleno do sujeito com o intuito de que ele possa

compreender os impactos culturais na construção de seu corpo. Para o aluno aprender

ê preciso que o professor ptaneje suas aulas, levando em considerações as

características de cada escola, o ambiente, °público alvo, etc.

Considerando o conceito de apreender e as relações já estabelecidas entre

conhecimento e poder, não podemos simplesmente adotar um currículo por grade e

atuar sem nos sentirmos responsáveis pelas conseqüências da formação. Os currículos

globalizantes propõem estratêgias de abordagem e construção do conhecimento a

partir da solução de problemas, buscando a autonomia do aluno.

As estratêgias por si não resolvem e não alleram o processo com um passe de

mágica, no enlanto um currículo globalizante deve propor como compromisso social a

possibilidade do profissional de Educação Fisica de atuar de modo mais democrático e

solidário, buscando construir os processos de ensinágem, adotando conteúdos

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curriculares associados a valores, com a clareza de habilidades e dos procedimentos

decorrentes.

Ainda que muitas instituições mantenham seus modelos curriculares, no curriculo

imposto ao professor, muitas experiências de interdisciplinares vêm sendo efetivada por

di ler entes professores.

Assim, o planejamento é o momento em que se deve criar a possibilidade de

envolvimento de todos, tendo em vista o alcance dos objetivos definidos coletivamente.

As idéias que devem envolver o planejamento são muito discutidas, mas um dos

complicadores para o exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de

como fazer. Sabe-se que o ato de planejar faz parle da história do ser humano, pois

desde que sonhamos ler, ou conseguir algo, é necessârio planejar para que se torne

realidade.

Planejar é uma atividade que faz parte da educação, visto que esta tem como

características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos

que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o

acompanhamento e a avaliação da própria ação. Portanto, planejar e avaliar precisam

ser realizadas da forma simultânea.

Nesse sentido, Bam (2002), a partir da realização de estudo, indica que:

1. Planejamento é um processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entrerecursos e objetivos, visando o melhor funcionamento e organização. O ato deplanejar ê sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação;previsão de necessidades e percepção da necessidade de materiais, visando àconcretização de objetivos, em prazos determinados e etapas delinidas. a partirdos resuUados das avaliações (PADfLHA, 2001, p. 30).

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IS

2. Planejar, ó um processo que ~visa a dar resposlas a um problema. estabelecendofins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivosantes previstos. pensando e prevendo necessariamente o fulurow

, masconsiderando as condições do presente. as experiênCias do passado. osaspeclos contextuais c os pressuposlOS Iilosôfico, cul1ural, econõmico e políticode quem planeja e com quem se planeja. (PADILHA. 2001, p. 63).

E a autora conclui diferenciando plano de planejamento;

I. Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o quese pensa lazer, como lazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer.Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminandocom a definição dos mesmos, pois somenle desse modo é que se poderesponder as questões indicadas acima.

O plano é a "apresentação sistematizada e justificada das decisõestomadas relativas à ação a realizar" (FERREIRA apud PAOILHA, 2001, p. 36).Plano tem a conotação de produto do planejamento.

Plano é um guia e tem a função de orientar a prâtica, partindo da própriaprâtica e. portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é aformalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por suavez, envolve desafios e contradições (FUSARI, op. cit.).

Quando se tem objetivos claros, metas e um caminho, esses elementos facilita o

trabalho do professor, quanto o aprendizado do aluno, e isso é indispensâvel quando

busca-se respeHo e reconhecimento na profissão.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 DESCRiÇÃO DO UNIVERSO

Os sujeitos desta pesquisa foram 10 professores de Educação Física, que aluam

na rede estadual de ensino no municipio de Rio Branco do Sul.

3.2 MATERIAIS E INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados foi confeccionado um questionário, composto por 5

perguntas gerais e 4 perguntas específicas. O modelo desse instrumento segue no

apêndice 1 e foi devidamente validado por um especialista na área, conforme modelo

que segue no apêndice 2.

O questionário loi distribuído a cada um dos sujeitos e posteriormente recolhido

para análise.

3.3 ANÁLISE DOS DADOS:

Após a coleta, os dados foram agrupados em torno das questões sugeridas pelo

questionário. Nesse sentido optou-se por uma análise estatística simples com a

construção dos gráficos em torno das informações que foram listadas por meio das

opções sugeridas no próprio instrumento (perguntas 1, 1.1, 1.2, 1.3, 1.4,2 e 5).

Já naquelas em que os sujeitos puderam manifestar sua opinião por intermédio

de múltiplas opções ou respostas aberlas, procurou-se realizar uma análise de

conteúdo.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo pretende-se realizar a apresentação e discussão dos resultados

da pesquisa. Para isso se utilizará a exposição de 7 (sete) gráficos,conforme o conjunto

de respostas obtidas por intermédio do instrumento de coleta de dados.

o gráfico a seguir aponta OS dados relativos à da questão que envolve o hábito

do professor em planejar suas aulas.

Gráfico 1- Você costuma planejar suas aulas?

.-----------------------------------;

70% i60% i

50% !iI---------~ ~------I

:OSim :i------I i-Não li------I :DNão responderam I)

i

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20%

i 10%

i 0% '----'----

'-------

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Conforme os dados podemos observar que a maioria dos professores de Rio

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Branco do Sul planejam suas aulas, somando 60% dos entrevistados. Além disso,

verificamos que 30% dizem não planejar e 10% não responderam.

suas aulas.

Já o gráfico a seguir demonstra a freqüência em que os professores planejam

Gráfico 1.1 - Com que freqüência planeja suas aulas?

----------------------------,,

I

::Dsemanal~enoolii·Mensalmente II

:O Não respondaram 1119Diarl~!

45% ,--------------,

I 40% 1-------,---,-----135% f-------I30% +--,.---25%

I 20%

15%

10%

5%

l ~ :

Quando se questionou quanto à freqüência do planejamento, 40% dos

responderam semanalmente.

professores não responderam, outros 30% responderam mensalmente e 30%

'.<

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o gráfico abaixo aponta a relação dos planejamentos dos professores com o

planejamento anual de Rio Branco do Sul."

Gráfico 1.2 - Seus planos de aula têm relação com o planejamento anual unificado de

Rio branco do Sul?

30%

---------------, ,,,II,,

1---------1 íDSi~-----il:_NãO 'I

1---------1 lO Não responderam II,,

50%

I 40%

20%

10%

I 0%"---'-----

~--------------------------~Em relação ao gráfico 1.2, podemos observar que 60% dos entrevistados

planejam suas aulas com base no planejamento anual unificado do município de Rio

Branco do Sul, 10 % responderam não planejar com base no planejamento unificado e

20% não responderam.

·Planejamento anual unificado de Rio Branco do Sul, é um planejamento baseado nas diretrizes

curriculares nacionais e estaduais onde todos os professores participaram da organização, e

então o tem como base para seus planejamentos individuais. Sendo assim, o município seque

um currículo geral de conteúdos.

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o gráfico seguinte aponta os dados se o planejamento do professor é

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individualizado para cada uma das séries ( 5iJ, 6iJ, 7i e 8it), unificado de duas em duas

séries ou então é apenas um planejamento para todas as séries.

mais séries?

Gráfico 1.3 - Seu planejamento é individualizado ou é unificado para duas séries ou

35%

30%

25%

20%

15%

I 10%

5%

~-~-----------~IIIII

r:----------'I,Dlndividua[ IiI II:.U~i.lico de duas em duas liI senes IIIOFaçoumsoI planejamento

lo Não responderam "I'""'-------~-~-----',,II

0"10L-- '

Conforme os dados expostos no gráfico, pode·se observar que 40% dos

professores de Educação Física de Rio Branco do Sul dizem planejar suas aulas

individualmente por séries, 30% não responderam, 20% dizem planejar de duas em

duas séries e 10% dizem fazer um só planejamento para todas as séries.

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o gráfico abaixo é composto pelos dados referentes à questão que pergunta se o

professor sistematiza seus planos de maneira escrita?

Gráfico 1.4 - Você sistematiza seu plano de aula de maneira escrita?

10%

III

ros;;;;--]Il_Nãoo Não responderam I

--I I

II

40%

30%

20%

0% '----'----L _ ---------'

Quando se questionou sobre a forma de sistematizar suas aulas, 50% dos

professores responderam que não sistematizam suas aulas de maneira escrita, 40%

responderam que sim (escrevem sistematicamente seus planos) e 10% não

responderam.

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o gráfico a seguir aponta os dados, sobre as dificuldades diárias encontradas

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para sistematizar os planos de aula.

Gráfico 2 - Quais as dificuldades que os professores encontram para

sistematizar esses planos de aula diariamente?

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

---~----~-~IIIIIIII,DFaltadet;~;---ll

1-----------1 I_Falia de espaço lilo Falta de conhecimento I------1

1I

II__________________ J

Conforme os dados do gráfico 2 podemos concluir que 75% dos entrevistados

responderam ser a falta de tempo a maior dificuldade para sistematizar suas aulas

que dificulta.

diariamente, outros 15% não responderam e 10% responderam que é a falta de espaço

Ao analisar a questão 3 que solicitava que os professores assinalassem as

principais dificuldades encontradas nos dia a dia para se colocar os planos de aula em

ação, verificamos que, 7 professores responderam que a falta de material, 6

professores responderam ser o excedente numero de alunos por turma, 5 professores

responderam ser o elevado número de turmas em que ministram aula e 4 professores

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responderam ser a falta de espaço. Podemos destacar que nesta questão os

professores tiveram oportunidade de escolher mais de uma resposta.

Os dados expostos no gráfico abaixo se refere ao questionamento feito aos

sobre a possibilidade de dar aulas de Educação Física, sem um planejamento prévio.

Gráfico 3 - Você acha possível dar aulas de Educação Física sem o planejamento

prévio das aulas?

Como podemos observar quando se perguntou aos professores se achavam

possível dar aulas de Educação Física sem um planejamento prévio, 60% dos mesmos

responderam que isso não é possível, 30% acham possível dar aulas sem planejar e

10% não responderam.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao se questionar os professores da rede estadual de educação de Rio Branco do

Sul sobre a sua visão em torno do planejamento das aulas, buscavam-se respostas. Ao

analisarmos os dados percebe-se que a maioria dos professores dizem planejar suas

aulas, porém, não se sabe com que freqüência, pois a maioria demonstro~ não

escrever sistematicamente, pois mencionam não ler tempo suficiente para planejar

devido ao elevado número de turmas para as quais ministram aulas . .Isso

provavelmente pode ter relação com a baixa remuneração recebida na respectiva rede

de ensino.

Além disso os professores que, de uma forma ou outra planejam suas aulas,

mencionaram a dificuldade em colocar em prática seus planos de aula, indicando a falta

de material como o maior entrave.

Apesar disso, os professores demonstram ter consciência de que não é possível dar

aulas de Educação Física de qualidade sem um planejamento prévio, O que retifica o

reconhecimento sobre a relevância do planejamento.

Por fim, sugere-se que pesquisas semelhantes sejam realizadas avaliando nâo só a

opinião dos professores (por intermédio de questionário) mas também verificando a

efetivação da construção e aplicação do planejamento no cotidiano dos alunos ( por

meio de uma observação direta).

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REFERÊNCIAS:

ALVES, L. P; ANASTASYOU. L. G. C (org) Processo de Aprendizagem naUniversidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinvile: EditoraUniville, 2003.

BAFFI, M. A. T. O planejamento em Educação: visando conceitos para mudarconcepções e práticas. Pedagogia em Foco, Petrópolis, 2002;www.pedagogiaemfoco.pro.br.

FREIRE, J.B, SCAGlIA, A.L. Educação como prática corporat. São Paulo: SCIPIONE,2003

lIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Corlez, 1994.

PICOLO, V. L. Educação Física Escolar: Ser ... ou não Ser? Campinas: EditoraUnicamp, 1995

TOZIN, A. I. Gestão e Análise de Aulas em Educação Física e Participação dos Alunos,UTP 2006, Curitiba 2006.

VAZ, A. F., SAYÂO, D.T.;PINTO, F.M. (org) Educação do Corpo e tormação deprofessores: reflexões sobre a prática de Ensino de Educação Física, Florianópolis,Editora da UFSC, 2002.

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APÊNDICE 1

UNIVERSIDADE TLJIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS filOlÓGICAS E DA SAÚDE

A Rclcv5ncia do Planejamento docente no cotidiano das Jllla~ de Educação Físicaem Rio Branco do Sul

I) Você costuma planejar suas aulas?( ) Sim( ) Não

Se respondeu si 111.

1.1 Com que freqüência?( ) Diariamente( ) Semanalmente( ) Mcnsalmelllc( ) Outra forma? Qual'! ....

J.2 Seus planos de aula têm relação com o Planejamento Anual Unificado deEducação Física de Riu Branco do Sul?( ) Sim( ) Não

1.3 Seu planejamento é indiviclualii'.<ldo para c::lela uma das séries ( 5", 6", 7" C8"'), ou você lIl1i1iCCl o planejamento para duas ou mais séries'!( ) Planejo individualmente( ) Unifico de duas em duas séries.( ) Faço um s6 planejamento para (Delas as séries

IA Você sistematiza seu plano de aula de maneira escrita?( ) Sim( ) Não

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2) Assinale quais as dificuldades que os professores encontram parasistematizar esses planos de aula diariamente:

) Falta de tempo) FalIa ele vontade) Falta de conhecimento) Outros:.

3) Assinale quais as principais dificuldades encontradas no dia a dia paracolocar os plelllos cle aula em ação:

) F,llta de material) Falta de espaço) Elcv<lclo número de alunos por turma) Elevado Ilumero cle tunnns) Outros:.

4) Na sua opinião quais são os principais elementos que elevem constituir umplano de aula?

5)Vm:ê ncha possível dar aulas de Eclucnção Física sem o planejamento prévioelas aulas? Por que?

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APÊNDICE 2

PARECER SOBRE INSTRUMENTO PARA A COLETA DE DADOS DETRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO

Caro (a) professor (a) _

Considerandn suas <Írcasde atuação at.:atlênliea c profissional, cu,---:::------:c----:,--:--,-----:--,--:--,---,-----' venho, por meio desta,solicitar sua avaliação sobre o instrulllento por mim elaborado (em anexo), p;ml a realizaçJo dacoleta de dados do meu Trabalho de Conclusão <.IeCurso intitulado

_____________ •cujo objetivo geral sení

Agradeço desde já sua prestimosa contribuição,

Assinatura do (a) acadêmico (a)

PARECER DO (Al PROFESSOR (Al

Favorável

Favorável com sugestões

Não favorável

Sugestões:

Assinatura do (a) professor (a) avaliador (a)