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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE ENGENHARIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO MBA GESTÃO INTEGRADA DA QUALIDADE Eliana Nunes Hipólito Lorena Justino Neves A PROPOSTA PARA MUDANÇA NO FORMATO DE ENTREGA DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DA UNIVALE E SEUS BENEFÍCIOS PARA O MEIO AMBIENTE Governador Valadares 2009

UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE … 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos iniciou-se uma mudança radical sobre a compreensão do que é a poluição e a necessidade de reduzi-la,

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE ENGENHARIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO MBA GESTÃO INTEGRADA DA QUALIDADE

Eliana Nunes Hipólito

Lorena Justino Neves

A PROPOSTA PARA MUDANÇA NO FORMATO DE ENTREGA DOS

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DA UNIVALE E SEUS BENEFÍCIOS

PARA O MEIO AMBIENTE

Governador Valadares

2009

A PROPOSTA PARA MUDANÇA NO FORMATO DE ENTREGA DOS

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DA UNIVALE E SEUS BENEFÍCIOS

PARA O MEIO AMBIENTE

Eliana Nunes Hipólito

Lorena Justino Neves

A PROPOSTA PARA MUDANÇA NO FORMATO DE ENTREGA DOS

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DA UNIVALE E SEUS BENEFÍCIOS

PARA O MEIO AMBIENTE

Monografia para obtenção do titulo de Especialista em Gestão Integrada da Qualidade, apresentada à Faculdade de Engenharia da Universidade Vale do Rio Doce.

Orientador: Alex Barboza Tittoto

Governador Valadares

2009

Eliana Nunes Hipólito

Lorena Justino Neves

A PROPOSTA PARA MUDANÇA NO FORMATO DE ENTREGA DOS

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DA UNIVALE E SEUS BENEFÍCIOS

PARA O MEIO AMBIENTE

Monografia para obtenção do titulo de Especialista em Gestão Integrada da Qualidade, apresentada à Faculdade de Engenharia da Universidade Vale do Rio Doce.

Governador Valadares, ___ de _________ de _______.

Banca examinadora:

_____________________________________

Prof. Dr. Alex Barboza Tittoto – Orientador Universidade Vale do Rio doce

RESUMO

Este trabalho apresenta uma proposta elaborada pela Biblioteca da UNIVALE, a qual sugere que os trabalhos de conclusão de cursos produzidos pela comunidade acadêmica sejam entregues ao setor no formato eletrônico, ou seja, gravados em um CD ROM no formato PDF e não mais impressos em papel A4. A aplicação dessa proposta trará vários benefícios para os envolvidos direto ou indiretamente no processo. Para Biblioteca, haverá uma economia de espaço físico, para os formandos, haverá uma economia financeira, e todos estarão colaborando com a preservação das árvores e naturalmente do meio ambiente. Pois, para se fabricar uma tonelada de papel é necessária cortar cerca de trinta arvores, além disso, 90% da mistura para a confecção do papel é constituída de água. Os problemas ambientais enfrentados frequentemente em todo o mundo, como: o aquecimento global, efeito estufa, tempestades, são algumas das consequências da falta de educação ambiental e do uso desordenado dos recursos naturais disponíveis, além do alto índice de poluição, a maior parte causada pelas grandes empresas. As autoridades estão se unindo em busca de alternativas para proteger o meio ambiente, tais como as assinaturas de acordo internacionais para controlar os impactos ambientais, a implantação de normas que estabelecem padrões para uma produção industrial ecologicamente correta. A NBR ISO 14000 – Sistema de Gestão Ambiental, especifica os requisitos necessários para uma organização implantar um sistema de gestão ambiental. Mas, para que estes objetivos sejam atingidos, é necessário também, que haja uma conscientização de toda sociedade, da importância de preservar o Planeta para as gerações atuais e futuras. A educação ambiental é o caminho para atingir tais objetivos, pois, se constitui numa forma abrangente de educação, que propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental.

Palavras-chave: Meio ambiente. ISO 14000. Biblioteca da UNIVALE.

ABSTRACT

This paper presents a proposal prepared by the Library of UNIVALE, which suggests that the work of completion of courses produced by the academic community are delivered to the industry in electronic format, or saved on a CD ROM in PDF format rather than printed in A4 paper. The implementation of this proposal will bring many benefits for those involved directly or indirectly in process. For Library, a saving of space for students, a financial economy, and we are working with the preservation of trees and of course the environment. Therefore, to produce one tonne of paper cutting is necessary about thirty trees, in addition, 90% of the mixture for the preparation of the paper consists of water. Environmental problems often faced in the world, as global warming, greenhouse effect, storms are some of the consequences of lack of environmental education and the inordinate use of natural resources available, in addition to the high rate of pollution, most caused by large companies. The authorities are joining in the search for alternatives to protect the environment, such as the signing of international agreements to control the environmental impacts, implementation of rules establishing standards for industrial production ecologically correct. The NBR ISO 14000 - Environmental Management System, specifies the requirements for an organization implementing an environmental management system. But for these goals are achieved, it is necessary also that there is an awareness throughout society, the importance of preserving the planet for current and future generations. Environmental education is the path to achieve these goals, because if is a form of comprehensive education, to achieve all citizens through a participatory educational process that seeks to instill in the permanent student a critical awareness about the environmental issue.

Keywords: Environment. ISO 14000. Library of UNIVALE.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6

2 PROBLEMAS AMBIENTAIS ............................................................................. 8

2.1 DESMATAMENTO........................................................................................... 9

2.2 LIXO................................................................................................................ 10

3 A HISTÓRIA DO PAPEL .................................................................................. 12

3.1 A PRODUÇÃO DO PAPEL............................................................................. 13

3.2 A RECICLAGEM............................................................................................. 14

4 A SÉRIE ISO .................................................................................................... 17

4.1 A NBR ISO 14000 ......................................................................................... 17

4.2 A NBR ISO 14001........................................................................................... 19

5 A UNIVALE ...................................................................................................... 21

5.1 A BIBLIOTECA .............................................................................................. 22

6 A PROPOSTA PARA MUDANÇA NO FORMATO DOS TRABALHOS ......... 23

7 BENEFÍCIOS .................................................................................................... 26

8 CONCLUSÃO .................................................................................................. 28

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 30

ANEXOS ............................................................................................................. 32

6

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos iniciou-se uma mudança radical sobre a compreensão do

que é a poluição e a necessidade de reduzi-la, e consequentemente, a busca sobre

a melhor maneira de preservar o meio-ambiente. Neste contexto, para que as

empresas pudessem colocar em prática o conceito de desenvolvimento sustentável,

iniciou-se um contínuo processo de implantação de sistemas de gestão ambiental,

impulsionando pressões comerciais e legislativas.

O consumo de papel exerce um grande impacto ambiental sobre a vida

humana. Para produzir uma tonelada de papel são necessárias de duas a três

toneladas de madeira, uma grande quantidade de água, e muita energia. O uso de

produtos químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose

também representa um sério risco para a saúde humana e para o meio ambiente,

comprometendo a qualidade da água, do solo e dos alimentos.

O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis

endossam o rol das atividades humanas mais nocivas ao planeta.

Para amenizar a situação, algumas saídas têm sido apontadas, como a

utilização de madeira de reflorestamento, para frear a derrubada nas poucas áreas

remanescentes de matas nativas, a redução do uso de cloro nos processos de

fabricação e reciclagem do papel.

O impacto ambiental gerado pelo desenvolvimento industrial e econômico do

mundo atual constitui um grande problema para autoridades e organizações

ambientais. Assim, no início da década de 90, a Organização Internacional de

Normatização deparou-se com a necessidade de desenvolver normas que tratassem

da questão ambiental como intuito de padronizar os processos das empresas que

utilizassem recursos tirados da natureza e/ou causasse algum dano ambiental

decorrente de suas atividades.

Em setembro de 1996, foi aprovada a norma ISO 14000/14001 com o objetivo

de estabelecer as diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema que

gere a questão ambiental dentro da empresa, ou seja, um sistema de gestão

ambiental.

A certificação de sistemas de gestão ambiental constitui uma ferramenta

essencial para as organizações que pretendam alcançar uma confiança acrescida

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por parte dos clientes, colaboradores, comunidade envolvente e sociedade, através

da demonstração do compromisso voluntário com a melhoria contínua do seu

desempenho ambiental.

Para contribuir com a redução dos impactos ambientais, a Biblioteca da

Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE elaborou um projeto propondo a

mudança no formato dos trabalhos de conclusão de curso da UNIVALE, os quais

deverão ser entregues à Biblioteca no formato eletrônico e não mais impresso. O

objetivo principal é colaborar com a preservação do meio ambiente, mais

especificamente com a preservação das árvores que são a matéria prima principal

para a produção do papel.

8

2 PROBLEMAS AMBIENTAIS

A organização do espaço sempre foi uma premissa para pessoas que

decidem se agrupar sob objetivos e normas comuns. Ao longo da história os homens

planejaram seu espaço buscando atender preceitos de religião estética e de

conforto.

O desenvolvimento do homem na Terra é marcado por suas interações com o

meio ambiente. Quando o número de habitantes era bem menor e praticamente não

existia a tecnologia, a magnitude desses impactos e a geração de resíduos era

mínima. A partir do século XX, com o aumento populacional e a tecnologia cada vez

mais avançada e descartável, a capacidade do meio ambiente de absorver os

impactos tornou-se insuficiente e o planeta foi afetado em grandes escalas. Os

problemas ambientais ocasionados por anos e anos de descasos com o meio

ambiente, exigem hoje do homem uma organização de suas ações buscando

procurar o equilíbrio entre suas necessidades e a capacidade do planeta de

sustentar a vida.

Os impactos ambientais oriundos do mau uso do solo existem desde o

homem primitivo. A extração excessiva de determinado recurso, desflorestamento,

contaminação de corpos de água e geração de resíduos são alguns exemplos da

ação desmedida do homem desde a antiguidade. A única diferença é que as

sociedades primitivas não dispunham de meios tecnológicos para causar impactos

profundos. As transformações começaram a ficar preocupantes a partir do século

XVIII com a Revolução Industrial. Em se tratando de termos ambientais, a produção

em massa significa maior extração de recursos naturais, maior consumo de energia,

maior geração de rejeitos na produção e na comercialização dos produtos. Após o

término da Segunda Guerra Mundial, no século XX, ocorreu a explosão demográfica

e industrial.

Ao lado do desenvolvimento industrial e da ampliação dos mercados, os

problemas ambientais começaram a se manifestar e a causar vítimas. De acordo

com Almeida et al. (1999), pode-se citar os seguintes acidentes como exemplos de

desastres ambientais: uma inversão térmica em Londres, 1952, fez

aproximadamente 4.000 vítimas; o acidente ambiental é conhecido como “Love

Canal”, em Niagara Falls nos anos 60, envolvendo a construção de residências em

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terreno contaminado com resíduos químicos perigosos; acidentes envolvendo o

transporte de petróleo, como o ocorrido com o navio tanque “Torrey Canyon” na

Costa do Reino Unido em 1967 com o derramamento de 120.000 toneladas de óleo

ao mar.

Depois de muitas tragédias provocadas pela ação direta do homem sobre o

meio ambiente, esses problemas passaram a ser objeto de estudo, reflexão e ações.

A questão ambiental ganhou dimensão considerável. Após muitas reuniões e

conferências importantes, foi solicitada à International Standards Organization (ISO),

Organização Internacional de Normatização, que fosse considerada a possibilidade

de desenvolver normas internacionais de gestão ambiental. A partir daí, surgiu um

conjunto de normas ambientais denominadas ISO14000. Os sistemas de gestão

ambiental ISO14000 compreendem o estabelecimento de uma política ambiental, o

planejamento, a implementação, a operação, as ações de verificação, correção e a

revisão gerencial. É um sistema voluntário, porém passível de certificação, podendo

representar vantagens competitivas no mundo dos negócios e na conquista de

mercados.

O terceiro milênio se inicia enfrentando um vasto número de problemas

ambientais, que ameaçam não só o equilíbrio ecológico do planeta, como a vida de

sua biodiversidade, inclusive a vida humana.

2.1 DESMATAMENTO

A sociedade necessita de produtos de base florestal para sua sobrevivência e

conforto. As florestas nativas, que antes eram abundantes e suficientes para suprir a

necessidade de madeira, estão cada vez mais escassas. A situação atual é

alarmante, pois, as poucas que ainda existem são indispensáveis para a

manutenção da biodiversidade e de alguns ecossistemas.

Grande parte da riqueza de cobertura vegetal do mundo se encontra no

Brasil, o que impõe a adoção de medidas preservacionistas imediatas e eficazes,

sob pena de déficits perigosos nas áreas de vegetação. Neste contexto, as

plantações florestais no Brasil apresentam um papel de destaque nos cenários

nacional e internacional.

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O plantio de eucalipto é uma solução para diminuir a pressão sobre as

florestas nativas. De acordo com a empresa Celulose Nipo-Brasileira S.A.

(CENIBRA) um hectare de floresta plantada de eucalipto produz a mesma

quantidade de madeira que trinta hectares de florestas tropicais nativas. Ainda de

acordo com a CENIBRA, no Brasil, dos 300 milhões de metros cúbicos de madeira

consumidos por ano, somente 100 milhões provem de plantios florestais.

A região do Vale do Rio Doce, onde está sediada a Universidade do Vale do

Rio Doce, era originalmente coberta pela Mata Atlântica e considerada um dos

ecossistemas mais diversificados do mundo. Dados levantados pela CENIBRA

revelam que a ocupação da região iniciou-se no ciclo minerador, no século XVII. Até

o século XIX, parte da floresta foi preservada com o objetivo de evitar o contrabando

de ouro e pedras preciosas. No século XX, teve início a derrubada das florestas para

o estabelecimento de pastagens e o abastecimento de ferrovias e das usinas

siderúrgicas implantadas. Predomina-se hoje, um avançado processo de

degradação dos solos e o assoreamento dos cursos d’água. O Parque Estadual do

Rio Doce é o maior remanescente desse ecossistema em Minas Gerais, sendo um

registro notável da floresta de antigamente.

A implantação de monoculturas é outro ponto que merece a atenção da

sociedade, elas são frágeis e muito expostas às doenças e aos insetos. Café, soja,

cana-de-açúcar, pastagens, eucalipto ou qualquer outra cultura que seja feita sem

critérios ambientais é extremamente prejudicial ao meio ambiente e ao homem. Em

contrapartida, todos os produtos resultantes destas culturas são fundamentais à

sociedade.

2.2 LIXO

Nas últimas décadas tem aumentado a pressão para se reduzir a quantidade

de material descartado como lixo após um único uso. A redução do volume de

materiais que devem ser dispostos em aterros ou por meio de incineração é um dos

motivos. Os materiais mais coletados para a reciclagem são: papel, alumínio, aço e

vidro. Há debates intensos na literatura científica que colocam em discussão se a

reciclagem é uma atividade vantajosa ou não.

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A quantidade de papel descartado como lixo doméstico vem crescendo muito

ultimamente. Infelizmente, este fator não se deve ao gosto crescente da população

pela leitura, mas à inflação dos prospectos e das embalagens. De acordo com

Vernier (2002), as embalagens de todos os gêneros representam cerca de 40% do

lixo doméstico.

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3 A HISTÓRIA DO PAPEL

Acredita-se que o homem começou a registrar sua história por volta de 6.000

a.C. Como suportes para os registros eram utilizados entalhes de pedras, madeiras,

barro e argila. Milênios mais tarde, os egípcios inventaram o papiro, produzido de

uma planta com o mesmo nome. Porém, os governantes do Egito resolveram proibir

a sua exportação temendo a escassez do produto o que não demorou a ocorrer.

Essa proibição apressou a busca por novos tipos de materiais para a escrita. O

pergaminho foi inventado na Grécia. Ele era retirado da parte interna da pele de

carneiros, ovelhas e vitelas. O Pergaminho veio para substituir o papiro, e fornecer

suporte para a escrita com o objetivo de perpetuar os documentos de valor histórico.

No ano de 105 d.C. o papel foi inventado pelo chinês Ts’ai Lun, que obtivera

um novo material apropriado para absorver tinta. O papel era produzido de uma

mistura aquosa de fibras maceradas de redes de pescar e cascas de árvores,

pedaços de bambu, rami, roupas usadas e cal para ajudar no desfibramento. A

pasta era espalhada sobre uma tela de pano esticada por uma armação de bambu.

A idéia de Ts’ai Lun de realizar a desintegração de fibras vegetais por fracionamento

e o seu posterior aquecimento continua válida até hoje.

Até meados do século XV, a reprodução do conhecimento se fazia

essencialmente através dos monges copistas pontuados em alguns mosteiros e

universidades. Em função do custo do papel ser alto, o controle da escrita e do papel

pertencia à camada mais rica e esclarecida da sociedade.

Em 1455, o alemão Johann Gutenberg inventou a tipografia móvel metálica

feita de uma liga especial de chumbo, estanho e antimônio. Graças às facilidades

dessa técnica, foram lançados milhões de edições de livros e, conseqüentemente,

permitiu-se a disseminação de idéias e conhecimentos com rapidez e facilidade

jamais vistas. A invenção de Gutenberg causou uma verdadeira revolução cultural e

contribuiu também para o barateamento do papel, a partir do momento que o seu

consumo aumentava, diante da nova possibilidade de reprodução.

No ano de 1719, o cientista René de Reaumur apresentou à Academia de

Ciências Francesa que a madeira era a matéria-prima adequada para produção do

papel, após a observação do trabalho das vespas na construção de seus ninhos. Ele

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concluiu que o inseto mastigava as partículas de madeira para separar as fibras de

celulose. Otávio (1983) relata que:

A fibra de melhor qualidade é a do algodão, longa e com até 95% de celulose em sua composição; a fibra de madeira, por sua vez, tem cerca de 50% de celulose e um comprimento até 20 vezes menor que a do algodão. Por que, então, não fazer papel apenas do algodão e do linho que têm características muito parecidas? Porque ambos são mais rendáveis quando destinados a indústria têxtil. Por isso, antigamente, as indústrias de papel desenvolviam-se próximas às têxteis, alimentando-se de sucata como matéria prima.

A pasta de trapo foi o primeiro material usado para a fabricação do papel. Os

trapos eram depurados e cortados em pedaços, depois eram submetidos a um

processo de fermentação. O processo durava de cinco a trinta dias. Para a obtenção

de um bom papel era imprescindível a fermentação dos trapos.

No ano de 1774, o químico alemão Scheele descobriu o efeito branqueador do

cloro, conseguindo com isso, não só aumentar a brancura dos papéis como também,

empregar como matéria-prima, trapos mais grossos e coloridos.

Segundo Otávio (1983) “desde sua invenção não surgiu nenhum outro material

tão versátil, resistente e barato como o papel. Sua descoberta é considerada um dos

passos mais importantes do homem em direção ao progresso”.

3.1 A PRODUÇÃO DO PAPEL

O papel é feito com fibras de celulose. Entre os materiais recicláveis, é o único

produzido a partir de recursos 100% renováveis. O papel é também biodegradável,

ou seja, uma vez exposto aos fatores climáticos, como chuva e sol, ele é

decomposto por microrganismos em apenas alguns meses. Entretanto, é muito

importante reciclarmos o papel, pois, esse processo traz grandes vantagens para a

natureza, pois, reduz o corte de árvores, a poluição do ar e dos rios. Segundo

Champi Jr. (2000):

A produção de uma folha de papel começa sete anos antes. È o tempo necessário para que um eucalipto cresça e possa ser utilizado como matéria-prima para a fabricação da celulose. Para transformar essa celulose em papel, o processo começa em uma verdadeira “cozinha”, em que são misturados alguns componentes, formando uma massa. Ao entrar na máquina que a transformará em papel, predomina a água em massa, cerca de 90%, devolvida aos rios depois de tratada.

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Observa-se que a produção de papel é totalmente dependente dos recursos

naturais, por isso, ela deve ser realizada com consciência e respeito ambiental.

Atualmente, o eucalipto é a principal fonte utilizada para produzir celulose e papel.

Ele possui vantagens significativas, sendo que entre elas está o ciclo de crescimento

rápido, no máximo sete anos. O outro fator é a grande abundância de florestas

plantadas existentes no país. Segundo informações disponíveis no sítio da Bracelpa

na internet:

Ao contrário de países europeus, asiáticos e da América do Norte, o Brasil produz celulose e papel exclusivamente a partir de florestas plantadas de eucalipto e pinus. E é graças a essas árvores que nossa indústria pode se orgulhar de não utilizar uma única árvore nativa para fabricar seus produtos. A partir do eucalipto e do pinus, US$ 2,9 bilhões de celulose e papel brasileiros foram exportados em 2004, gerando um saldo de divisas para o País de US$ 2,2 bilhão. O investimento social realizado pelo nosso setor é, em média, de US$1,6 bilhão ao ano, abrangendo impostos, salários, previdência, encargos sociais, assistência médica, ação comunitária, formação profissional de seus trabalhadores, educação e cultura. O Brasil recicla 3,5 milhões de toneladas de papel por ano, o que corresponde a 45,4% do consumo aparente nacional. Além disso, quase toda a energia elétrica consumida pelo nosso setor é auto-gerada no próprio processo de produção de celulose.

Indiscutivelmente, hoje o papel é uma necessidade básica na rotina da

sociedade moderna. É difícil imaginar a vida sem o papel. Ele está presente em

diversas formas que pode ser: nas embalagens, na higiene, no vestuário e na

informação.

3.2 A RECICLAGEM

Em recente estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto

de Estudos da Religião, publicado pelo Cempre Informa (2008),

Foi constatado que a falta de saneamento ambiental (coleta de lixo, rede de esgotos, tratamento de efluentes) é a maior preocupação dos brasileiros que moram em cidades, com 18% das menções espontâneas na pesquisa.

Lixo é todo e qualquer resíduo sólido, semi-sólido ou semilíquido resultante

das atividades do homem na sociedade. Conforme já exposto, grande parte de tudo

que jogamos fora não é realmente lixo. Um dos grandes problemas ambientais do

mundo moderno é o lixo e a destruição do meio ambiente gerada pela má

destinação dos resíduos.

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Reciclar é aproveitar materiais usados como matéria-prima na fabricação de

novos produtos. Podemos reaproveitar os papéis, vidros, metais, plásticos e matéria

orgânica. A coleta seletiva tem um papel fundamental na adequada destinação dos

resíduos urbanos, na geração de emprego e renda e no desenvolvimento de

empresas recicladoras.

Como já mencionado, um dos maiores problemas da sociedade é o destino

do lixo. O volume de resíduos vem crescendo assustadoramente nos últimos anos.

É necessário e urgente a busca de soluções para o controle da poluição, pela

economia de energia e dos recursos naturais. Cada um deve fazer a sua parte,

começando por adotar a filosofia dos 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar.

De acordo com os dados disponíveis no sítio do setor gráfico e a ecologia na

internet, ao realizar a reciclagem:

- 20 árvores são poupadas na produção de 1 tonelada de papel reciclado. - Madeira: Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma nova vida útil para de 15 a 30 arvores. Energia: Em média, economiza-se metade da energia, podendo-se chegar a 80% de economia quando se comparam papéis reciclados simples com papéis virgens feitos com pasta de refinador. - Água: A produção de papel reciclado gasta 2.000 litros d'água contra 100.000 litros da produção de papel branco. - Redução da Poluição: Teoricamente, as fábricas recicladoras podem funcionar sem impactos ambientais, pois a fase crítica de produção de celulose já foi feita anteriormente. Porém as indústrias brasileiras, sendo de pequeno porte e competindo com grandes indústrias, às vezes subsidiadas, não fazem muitos investimentos em controle ambiental.

Apesar das diversas pesquisas sobre as vantagens da reciclagem, existem

estudos científicos que ainda não são totalmente favoráveis a esse procedimento.

Segundo Baird (2002), na produção do papel virgem apenas um quarto a mais de

energia é utilizada em comparação com a reciclagem do papel velho. Existe um

limite no número de vezes que o papel pode ser reciclado, já que, após cada ciclo,

as fibras se tornam cada vez mais curtas. O papel de jornal, por exemplo, pode ser

reciclado em torno de umas cinco vezes. Matthew Leach citado por Baird (2002),

analisa que a reciclagem do papel é superior do ponto de vista ambiental a seu

descarte em aterros, mas inferior no que se refere à sua combustão, quando são

considerados todos os fatores de produção e reciclagem.

Considerando as opiniões adversas sobre o assunto, chega–se a conclusão

de que o melhor método é a racionalização do uso do papel, tendo sempre em

16

mente a quantidade de árvores, energia e água que são sacrificados na produção ou

reciclagem do mesmo.

17

4 A SÉRIE ISO

As normas técnicas estão presentes no cotidiano da sociedade, pois, o

mundo depende cada vez mais desses documentos, que estabelecem padrões

reguladores com o objetivo de garantir a qualidade dos produtos, a racionalização da

produção, a segurança das pessoas e a preservação ambiental. A Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) atua como disseminadora desses

conhecimentos em nosso País, além de ser o representante brasileiro na ISO.

A ISO é um órgão não-governamental que coordena a elaboração e a

divulgação de normas técnicas internacionais. É um dos organismos das Nações

Unidas, que atualmente é constituída por membros de diversos países, sendo sua

sede em Genebra na Suíça.

As normas da ISO definem os requisitos a serem considerados por uma

organização a fim de garantir um nível de qualidade aos seus produtos ou serviços.

O trabalho técnico da ISO é conduzido por comitês técnicos e suas normas são de

caráter imutável e devem ser revisadas ao menos uma vez a cada cinco anos. A ISO

possibilitou a criação de padrões técnicos aceitos internacionalmente com o objetivo

de minimizar as barreiras tecnológicas que limitavam as transações comerciais em

todo o mundo.

Alcançar a satisfação do cliente significa oferecer produtos que minimamente

atendam suas expectativas. Para isso, é imperativo que a organização disponha de

um processo confiável e previsível, norteado por boas práticas gerenciais.

4.1 A NBR ISO 14000

Na medida em que a população mundial cresce, o mundo fica menor, os

recursos se escasseiam e a maneira pela qual usamos o meio ambiente continua a

ser sempre uma questão prioritária. Com a publicação da série ISO 14000, a

comunidade empresarial busca atender a esses apelos internacionais, através de

uma harmonização de procedimentos a serem aplicados universalmente. A série

procura responder as exigências para um bom gerenciamento ambiental e de um

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desenvolvimento sustentável para toda a comunidade internacional, respeitando e

conservando as condições físicas e biológicas do planeta Terra, com o objetivo de

garantir a sobrevivência das gerações futuras.

A série de normas ISO 14000 foi desenvolvida pela Comissão Técnica 207,

onde o meio ambiente foi introduzido como uma variável importante na estratégia

dos negócios, e foi estruturada basicamente com foco nas organizações

empresariais em seus produtos e serviços. Teve por objetivo orientar a

implementação de uma gestão ambiental verificável, com qualidade e consistência,

para proteger o meio ambiente, reduzir os riscos e custos das atividades

operacionais e facilitar o comércio internacional.

A norma ISO 14000 pode ser implantada como um sistema independente ou

um sistema integrado à ISO 9000. Assim sendo, essas normas fomentam a

prevenção de processos de contaminações ambientais, uma vez que orientam a

organização quanto a sua estrutura, forma de operação, levantamento,

armazenamento, recuperação e disponibilização de dados e resultados, sempre

atentando para as necessidades futuras e imediatas do mercado e,

conseqüentemente, a satisfação do cliente.

A certificação ISO 14000 tem como característica não recomendar exigências

absolutas no sentido do desempenho ambiental. Busca antes de tudo, um

compromisso consolidado na política ambiental da empresa, de cumprir e

estabelecer legislação e regulamentos para atender ao seu contexto, realizando um

programa de melhorias contínuas. Num exemplo, a norma ISO 14001 não tem a

especificação dos quantitativos de materiais e efluentes que podem ser colocados

no meio ambiente. Ela estabelece, entretanto, que a alta direção deve definir e

aplicar uma política ambiental na organização que tenha o compromisso de

obedecer à legislação ambiental relevante.

Em termos gerais, a ISO 14000 é a mais genérica, como norma internacional

é aplicável a qualquer organização. O interessado deve identificar e ter acesso às

exigências legais e outras a que a organização proponha que sejam aplicáveis aos

aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, vez que a norma é

propositalmente ampla em seu escopo. É uma norma voluntária. O que determina

sua obrigatoriedade é o mercado.

A ISO 14000 se aplica tanto às atividades industriais como também às

atividades extrativas, agro-industriais e de serviços. Possibilita também a certificação

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dos produtos e serviços que satisfaçam os padrões de qualidade ambientais, através

dos sistemas de rotulagem ambientais.

4.2 A NBR ISO 14001

A versão de 1994 da norma BS 7750 serviu de base para a elaboração da

norma ISO 14001 – sistema de gestão ambiental – especificações e diretrizes para

uso. O Sistema de Gestão Ambiental (SGA), em conformidade com a norma NBR

ISO 14001, tem como maior objetivo, a busca permanente de melhoria contínua do

desempenho ambiental de suas atividades, serviços e produtos, através do controle

de seus impactos ambientais em consonância com sua Política Ambiental. Além

disso, demonstrar para a sociedade que a organização possui uma postura

ambientalmente correta, que está preocupada com o meio ambiente e,

principalmente com a prevenção da poluição.

O sistema de gestão ambiental ISO 14001 é um instrumento com vistas a

obter ou assegurar a economia e o uso racional de matérias-primas e insumos,

destacando-se a responsabilidade ambiental da organização.

A NBR 14001:2004 é a principal norma da série ISO 14000. Alguns dos seus

principais aspectos são tratados de forma especial, visando minimizar os seus

impactos, bem como, utilizar estratégias de gestão para o desempenho financeiro.

Melhor dizendo, uma vez que a organização consegue racionalizar a utilização

destes com um sistema de gestão ambiental ISO 14001, estará agindo pro -

ativamente no controle do consumo de determinadas matérias-primas, ou recursos

naturais não renováveis, no monitoramento de atendimento a requisitos

regulamentares e outros requisitos, gerando assim um resultado financeiro e

ambiental positivo.

As auditorias e análises críticas auxiliam as empresas a identificarem e

mensurarem os impactos ambientais de suas atividades para a obtenção e

manutenção dos objetivos previstos. Mas, para que a organização possa

efetivamente atender aos seus objetivos, as auditorias devem fazer parte de um

contexto de trabalho mais amplo, ter um sistema de gerenciamento estruturado e

que seja integrado com a atividade de gerência total.

20

A finalidade principal de um sistema de gestão ambiental é a de fornecer à

organização um processo estruturado e um contexto de trabalho com os quais ela

possa alcançar e controlar sistematicamente o nível de desempenho ambiental que

estabelecer para si. O item Melhoria Contínua a que se faz referência na norma

reporta-se às melhorias continuas no sistema gerencial e não no desempenho

ambiental diretamente.

Os grupos envolvidos com a questão ambiental, na visão de clientes, têm

pregado e buscado pontos que extrapolam o alcance dos resultados positivos da

ISO 14001, tais como desenvolvimento sustentável, manutenção da biodiversidade,

redução do consumo exagerado, sustentação da economia local e, geralmente,

prática do turismo responsável. Para as empresas e interessados na ISO 14001,

temos que os resultados positivos têm a maior característica de agregar valor, não

se tornando a única solução, sendo desenvolvido de forma que aumente a eficiência

e o lucro.

Principais benefícios da implantação do sistema de gestão ambiental da ISO

14001:

a) assegurar o cumprimento da legislação;

b) reduzir os riscos de acidentes ambientais;

c) obter o reconhecimento do público e dos clientes;

d) melhorar os métodos de gerenciamento;

e) estabelecer uma política ambiental para toda a empresa;

f) reduzir os efluentes e o custo com seu tratamento.

g) melhorar a imagem da empresa;

h) melhoria das relações comerciais, proporcionando a abertura de novos

mercados.

21

5 A UNIVALE

A Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), situada em Governador

Valadares - MG é uma instituição privada comunitária reconhecida pelo Parecer

16/92, de 28/01/92, do Egrégio Conselho Federal de Educação e pela Portaria

Ministerial 1.037/92. Ela é mantida pela Fundação Percival Farquhar, entidade civil

sem fins lucrativos, tendo como função básica o ensino, a pesquisa e a extensão.

A UNIVALE foi criada com o objetivo de formar profissionais de nível superior

e promover pesquisas e ações voltadas para o desenvolvimento da região do Rio

Doce. Instalada em dois campi, com área total de 45.810,61 m2, oferece ambientes

adequados às atividades práticas, para que alunos e professores vivenciem as

práticas de ensino, pesquisa e extensão em seu caráter indissociável, tornando-os

espaços de convívio sempre prontos a atender as demandas da comunidade

externa.

A UNIVALE está estruturada em um sistema de conselhos superiores: o

Conselho Universitário (CONSUNI), que tem caráter normativo e deliberativo nas

áreas administrativa, financeira, política e de planejamento; e o Conselho de Ensino,

Pesquisa e Extensão (CONSEPE), igualmente normativo e deliberativo, porém nas

áreas de ensino, pesquisa e extensão. Nas faculdades, as decisões colegiadas

estão a cargo da Congregação que, por sua vez, é assessorada pelas Câmaras de

Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e pela Câmara de Avaliação e

Desenvolvimento Institucional.

Para atender as exigências do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (INEP)

do Ministério da Educação (MEC), referente às atividades acadêmicas articuladas ao

trabalho de conclusão de curso (TCC), foi aprovada a Resolução do CONSEPE nº.

012/2007, determinando que uma cópia de cada trabalho seja enviada à Biblioteca

com o objetivo de preservar e também divulgar a produção acadêmica da

universidade.

22

5.1 A BIBLIOTECA

As Bibliotecas da UNIVALE são órgãos suplementares que têm como objetivo

a prestação de serviços informacionais de apoio às unidades de ensino, pesquisa e

extensão. Tem a função de atender aos diversos cursos oferecidos pela UNIVALE,

sendo constituída pela Biblioteca Central – Campus Antonio Rodrigues Coelho e

Biblioteca Setorial – Campus Armando Vieira. O acervo é constituído de materiais

em diversos formatos, como: livros, periódicos, CD, DVD, fitas de vídeo, etc.,

abrangendo os vários campos do conhecimento, com concentração nas áreas dos

cursos ministrados na Instituição.

As Bibliotecas da UNIVALE são responsáveis pelo armazenamento e

disseminação dos trabalhos de conclusão de cursos produzidos pela comunidade

acadêmica e também pelo suporte na normalização dos mesmos de acordo com as

normas da ABNT. Para isso, elaborou o “Manual para Normalização e Elaboração

de Trabalhos Acadêmicos”, o qual fornece subsídios para a elaboração de trabalhos

técnico-científicos. É instrumento recomendado pela Resolução CONSEPE Nº.

012/2007, que tem como objetivo promover a uniformização na apresentação dos

trabalhos acadêmicos da Instituição.

De acordo com o CONSEPE, são considerados TCC: trabalho monográfico

de graduação, especialização e/ou aperfeiçoamento, trabalho de curso, dissertação,

tese, projeto de pesquisa, artigo científico, dentre outros definidos pelo colegiado do

curso. Após a aprovação do TCC pela banca examinadora, o aluno deve

encaminhar, via coordenador de curso, uma cópia impressa do trabalho,

encadernada em capa dura para a Biblioteca.

Com o objetivo de reduzir os impactos no meio ambiente, a coordenação da

Biblioteca iniciou um estudo para concretizar uma proposta para que os TCC sejam

entregues no formato de eletrônico, ou seja, para que os trabalhos sejam gravados

em CD-ROM e não mais impresso, apresentando uma economia significante no

consumo de papel.

23

6 A PROPOSTA PARA A MUDANÇA NO FORMATO DOS TRABALHOS

Anualmente, cerca de 1.000 alunos concluem curso de graduação ou pós-

graduação oferecido pela UNIVALE e, como o TCC é item obrigatório para que o

aluno possa receber seu diploma, este é também o número de trabalhos produzidos

e impressos. A maioria destes são encaminhados à Biblioteca, que por sua vez

realiza o processamento técnico para que eles possam ser emprestados através do

sistema Pergamum.

Diante da falta de espaço físico e também com o intuito de contribuir com a

redução do desmatamento e a preservação das florestas e mais especificamente

das árvores que são cortadas para produção do papel, a coordenação da Biblioteca

realizou uma pesquisa em outras universidades para verificar como eles estão

tratando a produção cientifica de seus alunos. Foi verificado que grande parte das

bibliotecas armazena seus trabalhos no formato eletrônico em seus sistemas

informatizados ou criam repositórios institucionais como o mesmo objetivo.

Posteriormente, foi checado junto ao suporte técnico do software se a

estrutura do sistema Pergamum comportaria armazenar todos os trabalhos de

conclusão de cursos produzidos pelos discentes e docentes da Instituição, caso a

proposta fosse aprovada. Concluiu-se que o sistema utilizado pelas bibliotecas da

UNIVALE possui a estrutura necessária para o armazenamento dos trabalhos. Além

disso, permite que os mesmos sejam recuperados via internet, através da consulta

via web do Pergamum.

Após concluir que a estrutura da Instituição e do sistema Pergamum é

compatível com a mudança no formato dos trabalhos, a coordenadora da Biblioteca

iniciou um novo passo de extrema importância para a concretização do projeto sem

infringir a lei de direitos autorais. Pesquisas foram realizadas a fim de buscar

subsídios sobre com agir diante do direito dos autores já que os trabalhos ficarão

disponíveis em texto completo na internet. Observou-se que os trabalhos somente

poderiam ser disponibilizados se todos o que contribuíram para a sua criação

autorizassem tal procedimento. Para isso seria necessária a criação de rotinas e

formulários próprios que deveriam ser preenchidos e assinados pelos autores e

orientadores dos trabalhos que são eles:

24

a) “formulário de autorização para disponibilização de trabalhos de conclusão

de curso de graduação ou pós-graduação lato sensu para livre acesso na

internet” (anexo A). Deve ser preenchido e assinado pelos autores e

também pelo orientador, autorizando ou não que a Biblioteca disponibilize

o trabalho na internet;

b) “termo de consentimento para disponibilização de tese ou dissertação dos

programas de pós-graduação stricto sensu para livre acesso na internet”

(anexo B). Tem o mesmo objetivo do formulário mencionado acima,

apenas é mais detalhado, pois, seus autores podem ter interesses em

publicar livros, artigos científicos ou até mesmo registrar patentes de suas

pesquisas. Sendo assim, a Biblioteca terá que aguardar este período para

depois disponibilizar o conteúdo do trabalho na web;

c) “termo de encaminhamento de trabalho de conclusão de curso à

biblioteca” (anexo C). Deve ser preenchido pelo coordenador do curso ou

por um responsável da Assessoria de Pesquisa e Pós Graduação,

confirmando que os alunos foram aprovados e concluíram o curso;

d) “formulário para entrega de produção intelectual do docente “(anexo D). O

depósito da produção intelectual do docente junto à Biblioteca tem por

objetivo o atendimento aos critérios de avaliação da CAPES e do MEC,

relacionados à evidência dos resultados da institucionalização das

atividades de pesquisa.

Será sugerido também que seja criado um link no site da Biblioteca com o

objetivo de orientar as pessoas envolvidas no processo, sobre os novos

procedimentos a serem adotados e também disponibilizar o download dos

formulários já mencionados.

Após concluir que a estrutura da Biblioteca e da Universidade são propícias à

implantação do novo processo, a coordenação da Biblioteca apresentará a proposta

à sua chefia imediata, nesse caso, a Pró-Reitoria Acadêmica para sua análise e

apreciação. Será sugerido que a mudança ocorra imediatamente após sua

aprovação. Obtendo aval da Pró-Reitoria, esta irá protocolar a proposta para a

análise na próxima reunião ordinária do CONSEPE. Após a aprovação dos membros

do referido Conselho, a nova norma entrará em vigor, após sua publicação em forma

de portaria, substituindo a Resolução CONSEPE Nº. 012/2007.

25

Será imprescindível que haja uma ampla divulgação para toda a comunidade

acadêmica das novas normas e também da importância de contribuir com a

preservação do meio ambiente e conseqüentemente do mundo em que vivemos.

26

7 BENEFÍCIOS

São muitos os benefícios esperados com a implantação da proposta

apresentada neste trabalho. Os mais almejados são:

a) Reduzir a quantidade de árvores cortadas com a finalidade de fabricar o

papel. Para se ter uma idéia do que poderia representar esta economia,

será considerado que são entregues em média 1.000 trabalhos por ano.

Se cada trabalho tiver em media 50 folhas, serão economizadas cerca de

50.000 folhas\ano. Considerando os valores de uma resma de papel,

conclui-se que essa quantidade de folhas corresponde a

aproximadamente 200 kg de papel. Para produzir uma tonelada de papel é

necessário o corte de trinta árvores, portanto, com este projeto implantado

apenas na UNIVALE, já se economiza em um prazo de cinco anos o corte

de trinta arvores. Os números melhoram quando se começa a pensar em

âmbito nacional. De acordo com os dados disponíveis no sítio do

Ministério da Educação na internet, existem hoje no país 2.474 instituições

de ensino superior. Para facilitar a visualização do que aconteceria se

todas as instituições adotassem o mesmo projeto, será considerada a

mesma média de 1.000 trabalhos\ano. Depois de refazer todas as contas,

chega-se à economia de 14.844 árvores por ano. Para ilustrar ainda mais,

os benefícios de não imprimir documentos, e também demonstrar que

todos podem contribuir com a preservação do meio ambiente,

principalmente as grandes empresas, cita-se o exemplo do Tribunal de

Justiça de Minas Gerais, que passou a publicar o jornal Diário Judiciário

no formato eletrônico, o que acarretou uma economia de 6,6 milhões de

folhas por mês. Considerando a média dos cálculos já mencionados, está

se evitando o corte de 792 árvores por mês com adoção da mudança;

b) Ampliar a disponibilidade do espaço físico da biblioteca que hoje possui

cerca de 10% de seu ambiente destinado aos livros ocupado por trabalhos

de conclusão de curso impressos;

c) Contribuir com o cumprimento da função social da UNIVALE, pois, os

alunos não terão mais gastos financeiros com a impressão e a

encadernação dos TCC;

27

d) Contribuir com a disseminação do conhecimento científico, pois, os

trabalhos autorizados serão disponibilizados em textos completos no site

da biblioteca da UNIVALE, o que irá ampliar o publico alvo através do

acesso virtual.

28

8 CONCLUSÃO

Aquecimento global, efeito estufa, derretimento das geleiras, tempestades,

mudanças climáticas, são temas constantemente vistos nos meios de comunicação

de todo o mundo. São algumas das conseqüências diretas do modelo de sociedade

que foi optado, vinculados ao consumo e ao capitalismo.

Atualmente, o mundo está extremamente poluído e degradado. O homem tem

usado os recursos naturais inescrupulosamente, priorizando o lucro em detrimento

das questões ambientais. Entretanto, essa ganância tem um custo alto, já visível nos

problemas causados pela poluição do ar e da água e no número de doenças

derivadas desses fatores.

É preciso lembrar que o meio ambiente não se refere apenas as áreas de

preservação, mas sim a tudo que nos cerca: água, ar, solo, flora, fauna, homem, etc.

Cada um destes itens está sofrendo algum tipo de degradação. As causas dessas

agressões são de ordem política, econômica e principalmente cultural. A sociedade

ainda não absorveu a importância do meio ambiente para sua sobrevivência.

A preservação do meio ambiente depende de todos: governo, educadores,

empresas, organizações não-governamentais, meios de comunicação e

principalmente de cada cidadão. A educação ambiental será absolutamente

necessária para conscientizar a sociedade e, com isso, obter a participação mais

ativa da mesma, pois, irá incentivar os cidadãos a fazerem sua parte, por exemplo:

evitar o desperdício de água, luz e consumos desnecessários (REDUZIR,

REUTILIZAR e RECICLAR), realizar coleta seletiva, cobrar das autoridades

competentes a aplicação e cumprimento das leis que tratem o lixo e o esgoto de

forma correta, proteger áreas naturais, incentivarem a reciclagem entre outros. Isto

quer dizer: a adoção de uma política ambiental mais eficiente com leis mais

rigorosas, monitoramento ambiental adequado e permanente, fiscalização, maiores

investimentos em pesquisas na busca de solução ecologicamente sustentável para

os problemas ambientais e incentivos fiscais a empresas, são alternativas

extremamente necessárias em todo o mundo para conter os danos ao meio

ambiente.

A integração de questões ambientais nos sistemas de gestão das

organizações desempenha um papel inquestionável na satisfação das mais variadas

29

necessidades socioeconômicas, ao assegurar a otimização na utilização de recursos

naturais, proteção do meio ambiente e a redução da poluição, pela gestão do

impacto das suas atividades.

Contudo, se o almejado é uma produção sustentável, capaz de garantir os

recursos naturais necessários para a atual e as futuras gerações, o melhor a fazer é

reduzir o consumo e exigir que as empresas adotem medidas mais eficazes de

proteção ambiental.

O desenvolvimento sustentável praticado de forma planejada produz

resultados significativos, aliar crescimento econômico e ambiental é o principal foco

desse processo. Além disso, a criação de novos materiais de maior vida útil para

diminuir a rotatividade de produtos se faz necessária, atitude essa que está

vinculada ao consumo.

Caso seja aprovada a iniciativa da Biblioteca de mudar o formato dos TCC de

impresso para eletrônico, esse será o primeiro passo para que os benefícios

explícitos no capítulo sete sejam concretizados na Universidade, e ao mesmo

tempo, o objetivo principal da proposta será atingido, que é colaborar com a

proteção do meio ambiente.

30

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Josimar Ribeiro de et al. Planejamento ambiental: caminho para participação popular e gestão ambiental para nosso futuro comum : uma necessidade, um desafio. 2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Thex, 1999. ARAÚJO, Alexandre Lunes Godinho. Auditoria ambiental: importante instrumento na proteção do meio ambiente. 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14001: 2004. [S.L.]: ABNT, 2004. BAIRD, Colin. Química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. BRASIL. Ministério da Educação. Instrumento de avaliação de cursos de graduação. Brasília: INEP, 2006. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE CELULOSE E PAPEL. Saiba mais sobre celulose e papel. São Paulo: Bracelpa, 2007. Disponível em: <http://www.bracelpa.org.br/bra/saibamais/index.html>. Acesso em: 14 dez. 2008. CELULOSE NIPO-BRASILEIRA S.A. Por dentro do eucalipto: aspectos sociais, ambientais e econômicos do seu cultivo. [S.I. : s.n.], [200 - ]. CHAMPI JR., Afonso. Celulose e papel: uma atividade intimamente ligada ao meio ambiente. In: Revista Meio ambiente industrial. São Paulo: Tocalino, v. 4, n.23, p. 120-121, mar./abr. 2000. FRANÇA, Junia Lessa; VASCONCELLOS, Ana Cristina de. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 8. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008. 255 p. (Aprender (Ed. UFMG) ; 15). LEAL, Eduardo Caetano (Org.) et al. Normalização para elaboração de trabalhos acadêmicos. Governador Valadares: Universidade Vale do Rio Doce, 2008. 85 p. MAIA, Nilson Borlina; MARTOS, Henry Lesjak; BARRELLA, Walter. Indicadores ambientais: conceitos e aplicações. São Paulo: EDUC, 2001. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. BRASÍLIA: MEC, 2008. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/>. Acesso em: 17 dez. 2008. MOTA, Suetônio. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2000. REVISTA MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL. São Paulo: Tocalino, v.4, n.25, jul./ago. 2000.

31

ROTH, Otávio. O que é papel. São Paulo: Brasiliense, 1983. 61 p. (Primeiros passos (Brasiliense) ; 99). SANTOS, Rozely Ferreira dos. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004. SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria do Meio Ambiente. ISO 14.000 sistema de gestão ambiental. 2. ed. São Paulo: SMA, 1997. SOBRE a reciclagem de papel. [S.L.,s.n.], 2008. Disponível em: <http://ecologiagrafica.blogspo.com/2008/06/sobre-reciclagem-de-papel.html>. Acesso em: 15 dez. 2008. UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE. PPG: plano plurianual de gestão, 2005/ 2008. Governador Valadares: Ed. Univale, 2005. 65 p. VERNIER, Jacques. O meio ambiente. 5. ed. Campinas: Papirus, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Instrumento de avaliação de cursos de graduação. Brasília: INEP, 2006. 118 p.

32

ANEXOS

33

ANEXO A – FORMULÁRIO DE AUTORIZAÇÃO DE DISPONIBILIZAÇÃO DE TCC

Biblioteca Formulário de autorização para disponibilização de Trabalhos de Conclusão de Curso

de Graduação ou Pós-Graduação Lato Sensu para livre acesso na internet Graduação Pós-graduação

TÍTULO DO

TRABALHO:_______________________________________________________________

________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

CURSO: _____________________________________________________________

Autorizo a UNIVALE a disponibilizar gratuitamente no catálogo on-line do sistema de Bibliotecas, sem ressarcimento dos direitos autorais, o texto integral do trabalho entregue para conclusão de curso de minha autoria, em formato PDF, para fins de leitura, impressão e/ou download pela internet a partir desta data.

SIM NÃO AUTOR (ES):

______________________________ _______________ _________________ Nome por extenso CPF Assinatura

______________________________ _______________ _________________ Nome por extenso CPF Assinatura

______________________________ _______________ _________________ Nome por extenso CPF Assinatura

______________________________ _______________ _________________ Nome por extenso CPF Assinatura

______________________________ _______________ _________________ Nome por extenso CPF Assinatura

ORIENTADOR: ______________________________ _______________ _________________

Nome por extenso CPF Assinatura Governador Valadares, ____/____/____

34

ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO PARA DISPONIBILIZAR TESE E DISSERTAÇÃO

Biblioteca

Termo de consentimento para disponibilização de Tese ou Dissertação dos Programas de Pós-graduação stricto sensu para livre acesso na internet

Tese Dissertação NOME DO AUTOR: ___________________________________________________________

CPF: ______________________________ RG:_____________________________________

TELEFONE: _______________________E-MAIL: ___________________________________

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO: _________________________________________________

TÍTULO DO TRABALHO:_______________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

ORIENTADOR: _______________________________________________________________

CO-ORIENTADOR: ___________________________________________________________

NÚMERO DE PÁGINAS: ___________ DATA DA DEFESA: ___________________________

Informações de acesso ao documento:

Este trabalho é confidencial? Sim Não

Ocasionará registro de patente? Sim Não

Pode ser liberado para acesso ao público? Sim Não

Em caso de publicação parcial, assinale as permissões:

Capítulos. Especifique: ___________________________________________________

Outras restrições: _______________________________________________________

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação supracitada, de acordo com a Lei nº. 9610/98 autorizo a UNIVALE a disponibilizar gratuitamente no Catálogo Online do Sistema de Bibliotecas, sem ressarcimento dos direitos autorais, o texto integral da dissertação/tese de minha autoria, em formato PDF, para fins de leitura, impressão e/ou download pela Internet, a partir desta data.

[ ] Sim [ ] Não

______________________________ Assinatura do Autor ______________________________ Governador Valadares, ____/____/____ Assinatura do Orientador

35

ANEXO C – TERMO DE ENCAMINHAMENTO DE TCC À BIBLIOTECA

Biblioteca

TERMO DE ENCAMINHAMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO À BIBLIOTECA

Encaminhamos para cadastro no Sistema da Biblioteca da UNIVALE, o Trabalho de

Conclusão de Curso:__________________________________________________

___________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________do(s)

acadêmico(s) __________________________________________________

___________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________do

curso de ________________________________________________________.

Informamos que o mesmo já passou pela revisão, após emissão do parecer da banca

avaliadora.

Governador Valadares, ____ de _______________de ______.

__________________________________________________

Assinatura do Coordenador do Curso ou da APPG

36

ANEXO D- FORMULÁRIO PARA ENTREGA DA PRODUÇÃO INTELECTUAL DO DOCENTE

Biblioteca

FORMULÁRIO PARA ENTREGA DE PRODUÇÃO INTELECTUAL DO DOCENTE

Nome do Docente: Ramal:

E-mail:

Autor(es) – preencher o(s) nome(s) completo(s): Orientador es) – preencher o(s) nome(s) completo(s): Tipo de Produção [ ] Bibliográfica [ ] Técnica [ ] Cultural Título da Produção Intelectual: Título do periódico ou nome do evento no qual a produção foi publicada: ISSN (Preencher este campo somente para publicações periódicas): Para publicações periódicas e eventos especificar: [ ] Texto completo [ ] Resumo [ ] Resumo Expandido Título do Projeto de Pesquisa (Quando a produção for resultado de projeto de pesquisa institucional. Governador Valadares, ____/____/___

_________________________________ Assinatura