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Esotérico des- de sempre, o inferno, na Divina Comédia torna-se visível aos olhos humanos através da constitui- ção ousada de Dante. Ambi- ente cheio de demônios e se- res mitológicos, que serve de mausoléu às almas cuja con- duta em vida não haveria al- cançado grandes feitos, final- mente é dado conhecer. Não muito diferente do que imaginavam, os anti- gos, antes da revelação do italiano, seus compartimentos sufocantes detém ao longo do caminho uma atmosfera quen- te e lúgubre. Mas é no quinto círculo que aparece a lama ardente do Pântano de Estige, torturando os espíritos arro- gantes, presunçosos e vaido- sos com seu calor infernal. Infernal poder-se-ia dizer, também, do calor que assola o Ceará. Diferentemen- te do “quinto inferno”, pois aqui não temos lama e sim pó, que nos faz semicerrar os olhos e as narinas se não qui- sermos agonizar nas tempes- tades de terra causadas pelos redemoinhos constantes. Sim. O calor está de matar! O buraco da camada de ozônio parece estar nos focando e deixando reluzir o brilho do Sol causticante, como a luz no palco a acom- panhar o ator em cena. Bura- co este que tende a aumentar com a exploração descontro- lada dos recursos naturais e a emissão de gazes de efeito estufa como o CO, que é liberado tanto com a morte das árvores como com a queima de combustíveis. O que também tem contribuído muito para emis- são de gazes de efeito estufa são as queimadas, que neste período do ano aumentam consideravelmente, pois o calor intenso torna os restos do pasto seco propensos ao fogo, seja por acidente ou ação voluntária e/ou crimino- sa. Só nas mediações do distrito de Uruquê já ocor- reram nos últimos dois meses pelo menos quatro incêndios: um na Fazenda Umarí, um em Placas, um na Fazenda Normal e um na Fazenda Bieira. Curiosamente os incêndios começam sempre às margens do asfalto. Isso nos leva a caracteri- zá-los como sendo criminosos, em sua grande maioria. Pro- positais ou não o certo que as queimadas cau- sam grande perda ao meio ambiente. Além da emissão de gazes poluentes, elas ajudam a aumentar o calor no planeta, que acelera o degelo nas regiões polares e, por outro lado, destroem a composição química do solo, deixando este pobre em macros e micronutrien- tes, fundamentais para as culturas em geral. Também podem causar a extinção de populações que vivem em horizontes mais superficiais da terra, e espécies da fauna e da flora . Em suma as quei- madas acarretam sérios pre- juízos. Eduquemos nossos filhos para cuidar e zelar pela natureza para que não sejam tão severamente puni- dos por ela no futuro. E àqueles que ateiam fogo nas matas por prazer, mostre- mo-los o “quinto dos infer- nos” para que vejam o que os espera. É claro que irão zombar, pois não passa de uma obra literária. Pois que zombem enquanto podem. O quinto dos infernos Meio Ambiente Uruquê semanal Edição 3 Sexta feira, 31/10/2014 Uruquê Semanal GRUPO CULTURAL FAZ DI CONTA Fone: (88) 9930-8566 Org.: Lili & Eduardo Félix Almeida Uruquê Semanal Fábio Barbosa (Cleber) apóia essa ideia!

Uruquê Semanal

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Edição iii 31 de outubro

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Page 1: Uruquê Semanal

Esotérico des-

de sempre, o inferno,

na Divina Comédia

torna-se visível aos olhos humanos através da constitui-

ção ousada de Dante. Ambi-

ente cheio de demônios e se-

res mitológicos, que serve de

mausoléu às almas cuja con-

duta em vida não haveria al-

cançado grandes feitos, final-

mente é dado conhecer.

Não muito diferente

do que imaginavam, os anti-

gos, antes da revelação do italiano, seus compartimentos

sufocantes detém ao longo do

caminho uma atmosfera quen-

te e lúgubre. Mas é no quinto

círculo que aparece a lama

ardente do Pântano de Estige,

torturando os espíritos arro-

gantes, presunçosos e vaido-

sos com seu calor infernal.

Infernal poder-se-ia

dizer, também, do calor que

assola o Ceará. Diferentemen-te do “quinto inferno”, pois

aqui não temos lama e sim pó,

que nos faz semicerrar os

olhos e as narinas se não qui-

sermos agonizar nas tempes-

tades de terra causadas pelos

redemoinhos constantes.

Sim. O calor está de

matar! O buraco da camada

de ozônio parece estar nos

focando e deixando reluzir o

brilho do Sol causticante,

como a luz no palco a acom-

panhar o ator em cena. Bura-

co este que tende a aumentar com a exploração descontro-

lada dos recursos naturais e

a emissão de gazes de efeito

estufa como o CO₂, que é

liberado tanto com a morte

das árvores como com a

queima de combustíveis.

O que também tem

contribuído muito para emis-

são de gazes de efeito estufa

são as queimadas, que neste período do ano aumentam

consideravelmente, pois o

calor intenso torna os restos

do pasto seco propensos ao

fogo, seja por acidente ou

ação voluntária e/ou crimino-

sa.

Só nas mediações

do distrito de Uruquê já ocor-

reram nos últimos dois meses

pelo menos quatro incêndios: um na Fazenda Umarí, um

em Placas, um na Fazenda

Normal e um na Fazenda

Bieira.

Curiosamente os

incêndios começam sempre

às margens do asfalto. Isso

nos leva a caracteri-

zá-los como sendo

criminosos, em sua

grande maioria. Pro-

positais ou não o

certo que as queimadas cau-

sam grande perda ao meio

ambiente. Além da emissão

de gazes poluentes, elas ajudam a aumentar o calor

no planeta, que acelera o

degelo nas regiões polares

e, por outro lado, destroem

a composição química do

solo, deixando este pobre

em macros e micronutrien-

tes, fundamentais para as

culturas em geral. Também

podem causar a extinção de

populações que vivem em horizontes mais superficiais

da terra, e espécies da fauna

e da flora .

Em suma as quei-

madas acarretam sérios pre-

juízos. Eduquemos nossos

filhos para cuidar e zelar

pela natureza para que não

sejam tão severamente puni-

dos por ela no futuro. E

àqueles que ateiam fogo nas

matas por prazer, mostre-mo-los o “quinto dos infer-

nos” para que vejam o que

os espera. É claro que irão

zombar, pois não passa de

uma obra literária. Pois que

zombem enquanto podem.

O quinto dos infernos

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Edição 3

Sexta feira, 31/10/2014

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Fone: (88) 9930-8566 Org.: Lili & Eduardo

Félix Almeida

Uruquê Semanal

Fábio Barbosa (Cleber)

apóia essa ideia!

Page 2: Uruquê Semanal

Enfim, chegamos ao desfecho de mais um episódio

de nossa odisseia política. Dilma Rousseff é reeleita com o total

de 51,64 % dos votos. Vitória suada.

O Brasil, depois do período monárquico, já passou pelas mãos de 37 presidentes e 2 juntas militares até chegarmos

ao antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, que estendeu

seu mandato quando reeleito em 2006.

Por um instante, nos permitamos imaginar quão dolo-

roso tem sido ao longo desses 125 anos para o povo brasileiro

que, herdeiro de uma monarquia falida e em processo de formação, se

viu sob o comando de pessoas e filosofias políticas diferentes e, em sua

grande maioria, conservadoras da política colonial, ultrajando o trabalho

dos que verdadeiramente sempre deram sua quota de contribuição para

o crescimento da nação. Com certeza, muita coisa aconteceu de lá para

cá. Inclusive, entre umas e outras, a redemocratização da república.

Com a redemocratização e com as eleições definidas pelo

voto direto do povo, vimos a coisa mudar de figura, isto é, passamos a

ter o poder de apresentar nossa opinião na escolha do presidente do país

através do voto. Aparece aqui a democracia fazendo com que o povo

tivesse garantida a participação nas decisões que lhes são de interesse.

Sabemos, todavia, que essas decisões sempre foram tomadas, basica-

mente, mediante análise da trajetória e das propostas apresentadas pelos

respectivos candidatos ao cargo político. Para tanto, os candidatos se

lançam em verdadeiros campos de batalha, tentando, à todo custo, apre-

sentarem-se mais generosos, simpáticos, humildes, defensores das cau-

sas sociais, honrados, justos e retos. E essa disputa acaba tornando-se um

despautério que só tende a confundir mais do que esclarecer o entendi-

mento do eleitor.

Mas, esse ano nossos protagonistas realmente se superaram.

Para quem assistiu às propagandas eleitorais e aos debates com certeza

regozijou-se com os espetáculos tragicômicos. Nunca tivemos, na histó-

ria das campanhas eleitorais tanta difamação e dissimulação em cena.

Verdadeiramente, os candidatos perderam o senso do ridículo e, não

obstante ao desejo de conquistar o eleitor, só o causou repulsa.

Podemos tomar como exemplo alguns pontos em que evi-

denciou-se, nos candidatos à presidência da república, o desespero de ser

derrotado nas urnas:

1º. As agressões. Estratégia essa que mostrou a falta de propostas con-

cretas e inovações realizáveis;

2º. Superficialidade dos argumentos. Faltou paixão nos enunciados. Isso

revela o grau de comprometimento com a máquina pública e com o

povo;

3º. Repetitivos e evasivos. Aparece aqui sobre os candidatos a falta de

transparência e o interesse de calúnia ao adversário;

4º. Programas incabíveis. Promessas de cunho social demasiadas, nova-

mente revelando o desespero;

5º. Nível. Não condizente com o enunciado de que evoluímos educacio-

nalmente. Pois, esperávamos uma postura e discursos mais bem elabo-

rados, com definições lógicas e fundamentadas na realidade política,

econômica e social do país e do mundo. Em momento algum presencia-

mos isso.

Portanto, o que realmente se viu foram adversários temerosos

se digladiando ao invés de se mostrarem aptos e competentes para ocu-

parem o cargo. - Nem Ulisses tivera confrontos tão árduos em sua aluci-

nante viagem de volta para casa. No entretanto, o eleitorado angustiava-

se com as dúvidas oriundas dos embates a cada encontro. Por outro

ângulo, temos algo de bom nisso tudo: a presença significativa da oposi-

ção, fator que prepondera nos momentos de discussão e formulação de

leis, garantindo a homogeneidade nas políticas. Ganha a democracia.

Agora é esperar para ver o que acontece. Temos uma econo-

mia estagnada, acompanhada de uma inflação que atinge o teto da me-

ta, investidores receosos e um futuro imprevisível. Também pudera, afinal, trata-se de uma odisseia. Se soubéssemos o que estaria por vir,

que graça tudo isso teria. As surpresas que dão à trama o suspense e a

adrenalina seriam descartados e nós, coadjuvantes dessa história, perma-

neceríamos estáticos. Logo, Homero não seria lembrado. Nem a Dilma.

Por: Félix Almeida

Página 2

A odisseia política brasileira

URUQU Ê S EM AN AL

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RESULTADO DAS ELEIÇÕES 2014

DISTRITO DE URUQUÊ – ZONA 0011

Votos para presidente

Seção Dilma Aécio Brancos Nulos Abstenções Total

058 164 34 3 17 87 305

115 181 32 3 12 78 306

116 243 33 0 14 82 372

185 197 24 3 10 71 305

240 259 38 3 9 66 375

Votos para governador

Seção Camilo Eunício Brancos Nulos Abstenções Total

058 125 77 1 15 87 305

115 130 80 5 13 78 306

116 204 79 0 7 82 372

185 147 76 7 4 71 305

240 178 115 3 13 66 375

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral - Ce.

Page 3: Uruquê Semanal

EDIÇ ÃO 3

Em época de eleição, as discussões entre os candidatos são sempre acaloradas, e embora o período eleitoral já tenha acabado, os comentários a cerca do mesmo

ainda permanecem pelos eleitores. Sendo assim, acho pertinente com-partilhar algumas percepções que tive sobre o comportamento dos candidatos a presidência assim como de seu eleitorado durante este período que vem sucedendo-se. Antes se pensava que

quanto mais alternativas tivésse-mos, melhor seria a nossa decisão. As opções eram vistas como pro-motoras da nossa liberdade de ava-liar a melhor. Entretanto, escolher dentre inúmeras alternativas de marcas de produtos no supermerca-

do, celulares, carros, por exemplo, virou

um processo tão custoso que as pessoas sentem-se aliviadas quando não precisam decidir. Quando temos que escolher uma alternativa, é necessário abrir mão de mui-tas outras potencialmente boas também. Isso gera um sentimento de perda e situa-ções de impasse cuja resolução é tão difícil que pode ser mais fácil desistir. O estado

de estresse também prejudica nossa toma-da de decisão, várias funções cognitivas, como memória e atenção ficam prejudica-das.

O fato é que embora sejamos res-ponsáveis por nossas decisões, uma vez que tomadas em situações de coerção, ignorância, insanidade ou ausência de

controle, excesso de opções, pouco tempo para decidir, falta de atenção, existência de distrações, apelos por decisões impulsivas, excesso de racionalização, e, principalmente fatores emocionais dificilmente serão deci-

sões seguras. A decisão não é uma simples escolha entre alternativas, mas um processo que depende da experiência do indivíduo e de sua capacidade de identificar os principais fatores da situação e os estados emocionais envolvidos nela. No caso das eleições vimos presidente passando mal, pessoas tocadas pelos comentários negligen-

tes na internet, até mesmo processo por da-nos morais, que está intimamente relaciona-do ao dano emocional causado na pessoa.

Um ponto que foi pertinente nos debates políticos entre os candidatos e entre os adeptos de cada um, foi o justamente papel de informações negativas. Nosso siste-ma cognitivo processa informações negati-

vas de maneira muito diferente de como ele processa informações positivas. Até vale ressaltar que esses dois tipos de informação são processados por áreas distintas no nosso cérebro. Informações negativas tendem a durar mais tempo na memória e requerem um esforço cognitivo maior para serem pro-cessadas. Por esse motivo, elas eliciam mui-

to mais emoções do que informações positi-vas, de veras, em boa parte as informações negativas tem maior impacto sobre nós do que boas noticias quando as recebemos.

Desta maneira me parece que basea-mos nossas decisões muito mais nas infor-mações negativas, por exemplo, de cada candidato do que nas informações positivas

que temos de cada um deles. E isso os candi-datos a presidência fizeram muito bem nesta eleição: expor o lado podre de cada um.

O que deve ficar claro com isso tudo é que nós muitas vezes não utilizamos o

melhor aspecto da nossa cognição para deci-dir, seja na hora de votar, na fila que entrar ou mesmo em que roupa vestir. Estamos o tempo todo sendo influenciados por variá-veis sociais, emocionais e irracionais. Preci-samos ficar atentos, no entanto, a essas variá-veis e, sempre que possível, procurar contor-ná-las buscando informações e fatos mais

precisos e confiáveis para evitar erros de intuição, seja lá sobre o que for. Nossas a-ções, assim como o voto, devem ser consci-entes, e ter ciência de como nossa mente funciona certamente ajuda nessa tarefa.

Página 3

Passatempo Você sabia que

Entre a razão e a emoção

Herleny Rios

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Antes de nossa cidade ser chamada como é hoje, Quixe-

ramobim era denominada Nova Vila de Campo Maior, pelo en-tão fazendeiro Antônio Dias Ferreira. Porém, antes mesmo dos primeiros colonos portugueses chegarem nessas terras viviam

aqui o índios da tribo dos “Quixarás”. A origem da palavra Qui-xeramobim tem várias versões e dentre elas: Carne Gorda, como deformação das palavras Quixá (gorda) e Mobim (carne). Já, historiadores cearenses, como Pompeu Sobrinho e Marum Simão, defendem que a palavra “Quixeramoby” se aplicava não ao rio, mas sim, a serra. Outra versão antiga indica Pássaro Verde como outro significado, a antiga grafia era kieramobim, sendo Kierá corruptela deprirá ou Kirá (pássaro) e obim (verde). Ambas pala-

vras de origem indígena. Hoje, Quixeramobim(Cidade) está dividido em doze

unidades, a Sede e mais onze distritos: Belém, Berilândia, Nene-lândia, Uruquê, Lacerda, Paus Brancos, Damião Carneiro, Passa-gens, São Miguel, Encantado e Manituba. Em 1912 foi criado o distrito de Uruquê, que em 1933 passou a denominar-se Francis-

co Sá, por decreto estadual. Porém em 1938, nossa vila voltou a ser identificada pelo nome Uruquê.

W X A H P E N R A C J L N

D E U O O S A T P O S N G

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Page 4: Uruquê Semanal

O barroco foi uma tendência artística que se desen-

volveu primeiramente nas artes plásticas e depois se manifes-tou na literatura, no teatro e na música. O berço do barroco é a

Itália do século XVII. Permaneceu vivo no mundo das artes até o século XVIII. Na América Latina, o barroco entrou no século

XVII, trazido por artistas que viajavam para a Europa, e per-maneceu até o final do século XVIII.

Seu contexto histórico se dá após o processo de Re-

formas Religiosas, ocorrido no século XVI, onde a Igreja Cató-lica havia perdido muito espaço e poder. Mesmo assim, os

católicos continuavam influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge e ex-

pressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e teo-centrismo da Idade Média com o racionalismo e antropocen-

trismo do Renascimento. Os artistas barrocos foram patrocinados pelos monar-

cas, burgueses e pelo clero. As obras de pintura e escultura deste período são rebuscadas, detalhistas e expressam as emo-

ções da vida e do ser humano. A palavra barroca significa “pérola irregular" ou "pérola deformada" e representa de forma

pejorativa a ideia de irregularidade. O período final do barroco (século XVIII) é chamado

de rococó e possui algumas peculiaridades: a presença de cur-vas e muitos detalhes decorativos (conchas, flores, folhas, ra-

mos); os temas relacionados à mitologia grega e romana, além dos hábitos das cortes que também aparecem com frequência.

As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as

cores, as sombras e a luz, e representam os contrates. As imagens

não são tão centralizadas quanto as renascentistas e aparecem de forma dinâmica, valorizando o movimento. Os temas principais são:

mitologia, passagens da Bíblia e a história da humanidade. As cenas retratadas costumam ser sobre a vida da nobreza, o cotidiano da bur-

guesia, naturezas-mortas entre outros. Suas esculturas mostram faces humanas marcadas pelas emoções,

principalmente o sofrimento. Os traços se contorcem, demonstrando

um movimento exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os relevos e a utilização da cor dourada.

O pintor renascentista italiano Tintoretto é considerado um dos precursores do Barroco na Europa, pois muitas de suas obras

apresentam, de forma antecipada, importantes características barro-cas. Podemos citar como principais artistas do barroco: o espanhol

Velásquez, o italiano Caravaggio, os belgas Van Dyck e FransHals, os holandeses Rembrandt e Vermeer e o flamengo Rubens.

O barroco brasileiro foi diretamente influenciado pelo bar-roco português, porém, com o tempo, foi assumindo características

próprias. A grande produção artística barroca no Brasil ocorreu nas cidades auríferas de Minas Gerais, no chamado século do ouro

(século XVIII). O principal representante do barroco mineiro foi o escultor e arquiteto Antônio Francisco de Lisboa também conhecido

como Aleijadinho. Suas obras, de forte caráter religioso, eram feitas em madeira e pedra-sabão, os principais materiais usados pelos artis-

tas barrocos do Brasil. Podemos citar algumas obras de Aleijadinho: Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão, na Igreja de Bom Jesus de

Matozinhos, em Congonhas do Campo (MG).

Página 4

Cultura

URUQU Ê S EM AN AL

Por: Generson Carvalho

Page 5: Uruquê Semanal

EDIÇ ÃO 3

O time de futebol Cruzeiro

de Uruquê disputa atualmente o cam-

peonato da Boa Sorte, juntamente

com outras doze equipes, dentre as quais duas são da cidade de Quixera-

mobim (Corinthians e Cruzeiro) e as

demais das localidades distritais: San-

to Amaro, Algodões, Riacho da Cruz,

Santa Cruz do Recreio, “Equipe do

Moura”, Cruzeiro de Uruquê e outras

Cruzeiro de Uruquê, que

estreou sábado, dia 25 de outubro,

pela quarta rodada do campeonato,

com vitória magra de 1 x 0 em cima

da “Equipe do Moura”, traz na forma-ção titular os seguintes atletas: Rob-

son (goleiro), Bosco e Antônio Mar-

cos (zagueiros), Joãozinho e Gabriel

(laterais), Assis e Maurício (volantes),

Zé do Alegre e Nonato (meias) e Mar-

cone e Gilson (atacantes).

Para os que julgaram a vitó-

ria sofrida, é bom lembrar que o cam-

peonato está apenas começando e que

a equipe pode evoluir ao longo dos

jogos. Magro ou não, o resultado con-

tabilizou para a equipe três pontos e

um gol de saldo. E as expectativas são boas para o próximo desafio, que é

vencer a equipe do Riacho da Cruz,

no dia 22 de novembro.

O presidente do time, Assis

Martins, garante que “os jogos seguin-

tes serão bem mais emocionantes,

pois a equipe tem intensificado os

treinos e a preparação física e psicoló-

gica também, até porque todas as e-

quipes estão preparadas para mostra-

rem seus potenciais em campo.”

Bem, tudo que resta fazer

agora é torcer para o nosso time trazer

mais um titulo, pois não é de hoje que

o nosso futebol está em alta.

Agora confira como estão os

times da série B do brasileirão.

mentos fornecidos aos soldados. Aqui no

Brasil há registros de que o leite conden-

sado já era comercializado em 1871.

Pudim diferente

Ingredientes: 1 lata de leite condensado; 2 lata de leite de

vaca; 3 ovos inteiros; 2 colheres de sopa de farinha de tri-

go;100 g. de chocolate granulado.

Modo de preparo: bata os 4 primeiros ingredientes, reserve.

Calda: utilize 1 xícara de açúcar para fazer a calda e umede-

ça toda a forma, coloque os ingredientes que já estão reser-

vados e, por último, o chocolate granulado. Asse em banho

Maria e, depois de frio desenforme e ponha para gelar.

Bom apetite!

Vamos conhecer hoje um pouco desse produto

mágico, indispensável em inúmeras receitas e que não pode

faltar em nossa cozinha: o leite condensado.

Você sabia que além de levar esse nome, de con-densado ele não tem nada? A verdade é que para produzir

essa delícia o leite passa por um processo de evaporação e

não de condensação. Ele recebeu esse nome errado para não

criar confusão entre os consumidores.

Surgido na França em 1827, só passou a ser fabri-

cado em escala industrial 26 anos depois, graças ao norte-

americano Gail Border Jr., que descobriu como aumentar a

sua durabilidade, pois naquela época não havia geladeira e

era comum que esse alimento estragasse antes de chegar aos

consumidores.

O leite condensado veio a ficar famoso mesmo durante a Guerra de Secessão, nos Estados Unidos, que o-

correu entre 1861 e 1865, depois de se tornar um dos ali-

Página 5

Esporte

Culinária

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Suélia Pinheiro

Page 6: Uruquê Semanal

Nas vésperas do Dia

de Finados, separei uns casos de

pessoas que quase iam para o

lado de lá e surpreenderam o mundo recentemente: Um ho-

mem de 60 anos apareceu vivo

no próprio velório na Bahia. O

corpo teria sido reconhecido por

um dos filhos como sendo do

idoso, informou o IML, e a

documentação foi emitida para

a realização do enterro. A causa

da morte foi um acidente de

trânsito. Depois de uma noite

velando o corpo do “pai”, quem poderia chegar? O próprio. Isso

mesmo, o homem tinha passado

a noite trabalhando na constru-

ção, na qual ele trabalhava co-

mo pedreiro. Ao aparecer, os

filhos não sabiam se ficavam

felizes ou com medo. O senhor

perguntou: “Quem está ai (no

caixão)?” Bastou eles ouvirem

a voz do pai para abraçá-lo.

Depois o homem explicou que

“estava trabalhando e era muito tarde pra eu voltar e armei uma

rede lá mesmo.” O corpo que

estava no caixão voltou ao IML

e não foi identificado.

Uma menina de

3 anos que havia sido declara-

da morta por médicos

nas Filipinas acordou durante seu próprio funeral depois que

uma das pessoas presentes no

local simplesmente mexeu no

caixão. A gravação em vídeo

feita durante o funeral circula

pela internet pra quem quiser

ver, e mostra os pais da crian-

ça correndo para retirá-la do

caixão. Tudo teria começado

quando a menina passou alguns

dias com febre alta e foi levada a uma clínica. Durante o atendi-

mento, os médicos da clínica

confirmaram que a criança não

tinha mais pulso e estava clini-

camente morta. Como se não

bastasse, após ser acordada pelo

solavanco do caixão, a menina

ainda pediu água, os pais aten-

deram ao pedido da filha e tam-

bém a levaram, novamente, a

um médico.

Como sabemos, às vezes a morte nos pega de sur-

presa e é lamentável, mas nes-

ses casos foi só um susto e pra-

ticamente nossos personagens

aqui nasceram de novo.

CURI

S I D A D E S

Leandro Casimiro

Página 6 Próxima edição: 07 de novembro

Semana Mundial

Domingo, dia 26 de Outubro realizaram-se as eleições do 2º Turno, para Presidente da República e para Go-vernador em 15 estados brasileiros. Dilma Rousseff é reeleita Presidente com 51,64% dos votos e Camilo

Santana é eleito governador do Ceará com 53,35%.

Nenhum apostador acertou as seis dezenas sorteadas pela Caixa Econômica Federal (CEF) na noite desta quarta-feira (29), no concurso 1.648 da Mega-Sena. O valor para o próximo sorteio, que será realizado neste sábado (01), é calculado em cerca de R$ 7 milhões. Os números sorteados foram: 15 - 16 - 18 - 20 - 22 – 48.

A Polícia Civil de Bauru (SP) confirmou na madrugada

desta quinta-feira (30) mais duas mortes em decorrência do acidente entre uma carreta e um ônibus de estudantes em Ibitinga (SP). Com isso, sobe para 13 o número de mortos na tragédia. As duas vítimas estavam internadas desde terça-feira (28) na UTI do Hospital de Base de Bauru.

PM do RJ confirma desaparecimento de 28 armas do Batalhão de Choque. A Corporação constatou a falta de 23 pistolas calibre 40 e de outras 5 armas.A área onde fica o arma-

mento foi isolada para perícia e a equipe que estava traba-lhando na madrugada foi presa preventivamente. A corpo-ração não informou quantos policiais formavam a equipe.

O foguete espacial de 14 andares não tripulado da em-presa privada americana Orbital Sciences explodiu 6 segundos após seu lançamento em Virginia, nos Esta-dos Unidos. Ele lançaria uma cápsula espacial que rea-basteceria a nave que está no espaço com toneladas de materiais de experimentos científicos, arquivos, alimen-tos e outros bens essenciais. De acordo com a Nasa, ninguém ficou ferido na explosão. Segundo a Na-sa:"Astronautas não ficarão sem comida.”

176 dos 184 municípios cearenses estão em estado de emer-gência, o que representa 95% do total, segundo o Ministério da Integração Nacional e Defesa Civil do Estado. E em SP,

seca deve continuar em 2015, diz cientistas, o Fenôme-no El Niño pode contribuir para essa estiagem.

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