Upload
nguyenkhanh
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
CAMPUS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA
UTILIZAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR TRITURADA EM DIETAS
PARA LINHAGENS DE FRANGOS TIPO CAIPIRA
DIMAS ALVES DE MELO JÚNIOR
SÃO JOÃO DEL REI – MG
JUNHO DE 2016
II
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
CAMPUS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA
UTILIZAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR TRITURADA EM DIETAS
PARA LINHAGENS DE FRANGOS TIPO CAIPIRA
DIMAS ALVES DE MELO JÚNIOR
Graduando em Zootecnia
SÃO JOÃO DEL REI – MG
JUNHO DE 2016
III
DIMAS ALVES DE MELO JÚNIOR
UTILIZAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR TRITURADA EM DIETAS PARA
LINHAGENS DE FRANGOS TIPO CAIPIRA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Zootecnia,
da Universidade Federal de São João Del Rei-Campus Tancredo de Almeida Neves,
como parte das exigências para a obtenção do diploma de Bacharel em Zootecnia.
Orientador: PROF. DR. ALEXANDRE DE OLIVEIRA TEIXEIRA (UFSJ/CTAN)
Co-orientador: PROF. DR. LEONARDO MARMO MOREIRA (UFSJ/CTAN)
SÃO JOÃO DEL REI–MG
JUNHO DE 2016
IV
DIMAS ALVES DE MELO JÚNIOR
UTILIZAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR TRITURADA EM DIETAS PARA
LINHAGENS DE FRANGOS TIPO CAIPIRA
Defesa Aprovada pela Comissão Examinadora em : ______/_____/_______
Comissão Examinadora:
____________________________________________________
Prof. Dr. Alexandre de Oliveira Teixeira (Orientador)
Universidade Federal de São João Del Rei (DEZOO)
_______________________________________________________
Prof. Dr. Leonardo Marmo Moreira (Co-orientador)
Universidade Federal de São João Del Rei (DEZOO)
_________________________________________________________
Profa. Mariana Resende
Universidade Federal de São João Del Rei (DEZOO)
V
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus que é o inicio o meio e o fim de tudo. Sempre esteve e
está ao meu lado. Aos meus pais Dimas e Mariete que mesmo de longe contribuíram
significativamente para minha formação. A Universidade Federal de São João Del Rei
que através do projeto de expansão possibilitou a minha entrada e a de centenas de
outros alunos da região. A todos os professores do Departamento de Zootecnia que
desde o inicio acreditaram no curso e na capacidade de formar excelentes profissionais.
Agradeço muito ao grande amigo e orientador Alexandre de Oliveira Teixeira pela
paciência e dedicação desde minha entrada na faculdade. A minha eterna namorada,
amiga e esposa Vanice Ferreira Melo que já me apoiava desde muito tempo antes de
aqui estar. É certo que sem sua ajuda jamais teria chegado tão longe. Aos amigos
Thales no qual tive que suportar durante toda a faculdade, Celso e Jonas que desde o
inicio se fizeram presentes e camaradas. Quero agradecer a minha turma 2010/01
aprendi muito com cada um de vocês. A Zootecnista Viviane e família, dona do aviário
onde foi feito o experimento, ao professor e pesquisador Aldrin Pires (in memoriam) o
meu eterno muito obrigado. Enfim, agradeço a cada uma das pessoas que direta ou
indiretamente contribuíram para esse momento.
VI
Resumo: No presente trabalho foi avaliado o desempenho e a viabilidade econômica de
duas linhagens de frangos tipo caipira alimentados com dietas contendo cana-de-açúcar
triturada. Foram utilizados 448 frangos aos 35 dias de idade, em dois blocos
casualizados, em esquema fatorial 4x2, sendo quatro níveis de substituição (0; 15; 30 e
45%) da ração por cana-de-açúcar e duas linhagens (Pesadão e Label Rouge), em duas
repetições por bloco de quatorze aves por parcela. Observou-se efeito linear dos níveis
de substituição da ração por cana-de-açúcar sobre o ganho em peso e sobre o consumo
de ração. O consumo de ração foi maior na linhagem Pesadão em relação à Label Rouge
(LR). O custo por quilograma de ganho em peso e o índice de eficiência alimentar
foram os melhores para os animais Label Rouge alimentados com dieta contendo 45%
de substituição da ração por cana-de-açúcar em comparação aos demais tratamentos. O
uso da cana-de-açúcar como alimento alternativo para produção de frangos tipo caipira
possibilita melhor viabilidade econômica da atividade.
Palavras-chave: criação de frango, sistema extensivo, Pesadão, Label Rouge,
viabilidade econômica
VII
Abstract: In this work was evaluated performance and the economic viability of two
strains of broiler chickens type fed diets containing sugarcane crushed. 448 chickens at
35 days of age were used in two randomized blocks in a 4x2 factorial scheme, with four
replacement levels (0, 15, 30 and 45%) of the feed by sugarcane and two strains
(hulking and Label Rouge), with two repetitions per block of fourteen birds per plot.
There was a linear effect of the replacement levels of feed per sugarcane on the weight
gain and the feed intake. Feed intake was higher in the lumbering line regarding the
Label Rouge (LR). The cost per kilogram of weight gain and feed efficiency ratio were
the best for the animals Label Rouge fed diet containing 45% replacement of the feed
by sugarcane compared to the other treatments. The use of sugarcane as an alternative
food for the production of broiler chickens type enables better economic viability of the
activity.
VIII
Sumário:
1-Introdução ......................................................................................................................9
2-Revisão de Literatura...................................................................................................10
3-Materiais e Métodos ....................................................................................................17
4- Resultado e Discussão.................................................................................................20
5- Conclusões..................................................................................................................24
6-Referências bibliográficas............................................................................................24
9
1.Introdução
Novos valores têm sido agregados aos produtos alimentícios, ditando a escolha
dos consumidores no Brasil e no mundo. As preocupações com a segurança dos
alimentos e a produção de frangos seguindo regras que garantam o bem-estar animal
estão entre os principais fatores que determinam a escolha dos consumidores de frango.
O aumento da procura por frangos tipo caipira levou produtores e pesquisadores
a buscarem sistemas de produção coerentes com o bem-estar das aves e em harmonia
com o ambiente (Sacramento & Resende, 2010). Além disso, a indústria vem mostrando
maior interesse em melhorar o rendimento das carcaças e dos cortes nobres, devido às
exigências dos consumidores por peças que apresentam boa conformação e menos
quantidade de gordura na carcaça. A produção de frangos em sistemas alternativos tem
evidenciado alterações em características sensoriais da carne (Ponte et al. 2008), teor de
gordura, perfil de ácidos graxos, entre outros (Funaro et al., 2014).
Para a produção em sistema semi-intensivo necessita-se utilizar aves de
genéticas de baixo crescimento adaptados ao sistema(DIPOA 007/99). No entanto,
mesmo no sistema de produção tipo caipira, a alimentação representa maior parte dos
custos de produção e a utilização de ingredientes alternativos, como a cana-de-açúcar,
pode tornar as rações menos onerosas, ser opção de forragem para os animais e até
mesmo melhorar o aproveitamento de nutrientes da dieta quando utilizado até
determinado nível (Espósito et al., 2015).
Contudo, a cana-de-açúcar caracteriza-se por baixos teores de matéria seca
(29%), matéria mineral (2,8%) e proteína bruta (2,4%) e elevados teores de lignina
(2,4%), fibra em detergente acido (22%) e fibra em detergente neutro (39%) (Cruz et al.,
2014). O uso da cana-de-açúcar apresenta-se como um alimento alternativo muito
interessante tendo em vista sua ampla distribuição pelo país, sendo que o Brasil possui
10
disponibilidade de terras cultiváveis para o plantio da cana, sem prejuízo dos outros
alimentos, tecnologia de produção e a estrutura na distribuição (MAPA, 2015).
Contudo, entende-se que tornar a produção de frangos de corte em sistemas
alternativos mais eficientes, diminuindo custos e mantendo as características dos
produtos é uma demanda a ser atendida. Assim, este estudo foi realizado com o objetivo
de avaliar o desempenhoe a viabilidade econômica de duas linhagens de frangos tipo
caipira alimentados com dietas contendo cana-de-açúcar triturada.
2. Revisão de literatura
A avicultura de corte é uma das atividades econômicas que mais se desenvolveu
no setor agropecuário brasileiro nos últimos anos (Oliveira etal., 2009). O setor passou
por mudanças, tais como: Avanços tecnológicos; genética; nutrição, adequação e
modernização das instalações e equipamentos, implantação de normas de biossegurança
e aperfeiçoamento do manejo (Zuanonet al., 1998).
Aves bastante uniformes nas características de produção foram geradas,
apresentando rápido crescimento, ganho de peso e eficiência em sistemas complexos de
ambiência, em detrimento da rusticidade e de fatores qualitativos da carne (Brum,
2005).Fatores ambientais de criação, que diminuam as condições de estresse, são
também essenciais ao aumento da produtividade e à rentabilidade do sistema de
produção (Hellmeister Filho, 2002).O desenvolvimento da genética nos últimos anos
bem como o uso de substancias que influenciam em alguns fatores essenciais do
desempenho como o ganho de peso, a conversão alimentar e redução da idade de abate
do animal nesse sistema se tornou indispensável.
A produtividade nos sistemas de produção avícola pode ser medida pela redução
do tempo de abate do animal e pela conversão alimentar. Isso se reflete diretamente na
11
rentabilidade do sistema, já que 70% dos custos totais da criação de frangos de corte são
em função da alimentação e, dentre esses indicadores, o ganho de peso, o consumo de
ração, a conversão alimentar, o índice de mortalidade e o tempo médio de abate são
cuidadosamente observados pelos avicultores (Godoy, 2009).
Segundo Lott et al. (1992) e Zanotto et al. (1996), o milho entra como principal
fonte energética na nutrição animal, participando normalmente de 60 a 70% na
composição das rações, o que lhe confere uma posição de destaque quanto ao custo final
da produção, já que representa 40% do seu custo.Outro ponto que deve ser levado em
consideração é competitividade dos cereais (milho e soja) para alimentação humana. O
resultado é o incentivo à realização de investigações voltadas para a identificação de
alimentos alternativos, que possam vir a substituir ingredientes tradicionais como o
milho e a soja nas rações para aves (Cruz et al., 2006).
A criação de aves tipo caipira para produção de carne é um dos segmentos da
avicultura alternativa que tem se mostrado promissor, tendo em vista os consumidores
que demandam produtos com texturas mais firmes e mais saborosas. Tais características
correspondem a animais adultos, perto da maturidade sexual, que não passaram por
melhoramento genético intenso (linhagens caipiras) ou que foram submetidos ao
exercício (criação extensiva ou semi- intensiva). As principais características desejadas
nesta criação são: segurança alimentar, qualidade sensorial do produto, preocupação
com o meio ambiente, bem-estar dos animais e a saúde do consumidor (Bastianelli,
2001).
Dessa forma, os criadores conseguem diminuir os custos de produção e utilizar
um sistema de criação mais natural para poder agregar valor a um produto diferenciado,
tendo em vista a procura de consumidores por produtos alternativos e de melhor
qualidade (Gessulli, 1999). Esse sistema menos intensificado e alternativo permite que
12
as aves tenham acesso aos piquetes e, desse modo, sua alimentação influencia
diretamente nas propriedades organolépticas da carne. O piquete pode ter vegetação
natural, desde que as aves recebam complementação alimentar com ração balanceada, a
fim de atender às necessidades para a produção de carnes e ovos. Entretanto, é melhor
que o piquete seja preparado com a implantação de uma espécie de forrageira adequada.
Para cada região e clima, há espécies mais indicadas (Sacramento & Resende, 2010).
O emprego da designação “frango caipira ou frango colonial” ou “frango tipo ou
estilocaipira” ou “tipo ou estilo colonial” na identificação de frangos como o caipira ou
o colonial, foi normatizado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento) por meio da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal
(DIPOA), Ofício Circular DOI /DIPOA número 007/99 de 19 de maio de 1999. A
referida norma estabeleceu ainda que na produção do frango caipira sejam fielmente
observadas nas suas diversas fases, as seguintes condições: a) Alimentação constituída
por ingredientes, inclusive proteínas, exclusivamente de origem vegetal, sendo
totalmente proibido o uso de promotores de crescimento de qualquer tipo ou natureza;
b) Sistema de criação (manejo) de até 25 (vinte e cinco) dias em galpões. Após essa
idade, devem ser soltos, a campo, sendo, doravante, sua criação extensiva e usando no
mínimo três metros quadrados de pasto por ave; c) Idade de abate no mínimo 85 dias e,
d) Linhagem exclusivamente as raças próprias para este fim, sendo vedadas, portanto,
aquelas linhagens comerciais específicas para frango de corte (Kodawaraet al., 2004).
Nesse ponto, não muito diferente dos sistemas altamente intensificados, é
extremamente necessário o conhecimento das principais raças para que se tenha o
melhor resultado possível, tendo em vista que, apesar do sistema de criação dessas aves
serem alternativos, o principal objetivo da criação é a rentabilidade. Basicamente, essas
raças são diferenciadas pelo tamanho e conformação do corpo. A cor da plumagem e o
13
tipo de cristas são as características que geralmente diferenciam as variedades de uma
mesma raça.
Dentre as inúmeras linhagens existentes para a criação do frango tipo caipira ou
colonial, pode-se destacar: Pesadão; Label Rouge; de crescimento lento; oriunda da
França; Paraíso Pedrês, produzidas pela empresa Aves do Paraíso; Vermelho Pesado ou
Carijó Pesado, fornecida pela Avifran; Embrapa ou Colonial 041, produzida pela
Embrapa Aves e Suínos; linhagem intermediaria e rústica; Máster Griss; Caipirão,
população melhorada para corte, de crescimento rápido; 7 P – Pinto Preto Pesado de
Pasto de Pescoço Pelado de Piracicaba, população melhorada para corte, de crescimento
rápido; Caipirinha produzida pela ESALQ, população melhorada para dupla aptidão
(corte e postura), de crescimento lento; Carijó Barbado, 3 população melhorada para
dupla aptidão (corte e postura), de crescimento lento (Coelho e Savino, 2007).
Dentre os pontos colocados peloDepartamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (DIPOA), para a caracterização do sistema de criação de frango caipira,
destaca-se a alimentação, sendo exigido que tanto os ingredientes quanto as proteínas
sejam exclusivamente derivados de produtos de origem vegetal. No entanto,
cuidados devem ser tomados em relação à qualidade e quantidade de fibras (Penz et al,
1999), bem como à presença de fatores antinutricionais que influenciam
significativamente as interações nutricionais, digestibilidade e metabolização de
nutrientes; bem como a biodisponibilidade de alguns minerais e vitaminas (Costa et al.,
2007).
A partir desse ponto, vários trabalhos foram realizados no intuito de saber como
esses ingredientes poderão contribuir de forma que atendam às exigências nutricionais
e, ao mesmo tempo, mantenham as principais característicasorganolépticas da carne de
frango caipira.Generoso et al. (2008), pesquisando alimentos para frangos de corte,
14
indicam que o farelo de amendoim apresenta 2.194 kcal/kg de energia metabolizável
aparente e 45,06% de proteína bruta. Além disso, de acordo com Rostagnoet al. (2005),
o farelo de amendoim apresenta 1,21% de lisina e 0,47% de metionina,podendo, com
isso, substituir parcialmente o farelo de soja utilizado nas formulações de ração para
aves.
De acordo com Costa et al. (2001), dietas à base de farelo de milho e farelo de
amendoim são deficientes em lisina, metionina e treonina. Porém, essas deficiências
podem ser superadas usando-se formas sintéticas desses aminoácidos.Em estudos,
Sagriloet al. (2003) caracteriza a alimentação das aves no sistema caipira de criação
pelo fornecimento de gramíneas e/ou leguminosas verdes picadas ou fenadas, podendo
estas, também, serem incorporadas à ração ou fornecidas à vontade e suplementadas
com ração balanceada, que é indiscutivelmente necessária para manter aves sadias e
com bons índices produtivos.
Segundo Sáet al., 1997 eSucupira et al., 2008; aleucena é uma leguminosa de
excelente material foliar, talos, flores e vagens, com bom aporte de proteína, além de
satisfatórios níveis em minerais e carotenos. No entanto, possui uma limitação de uso
devido a uma substância tóxica denominada mimosina. Já a leguminosa conhecida
pormata-pasto, costuma ser refugada pelos animais quando in natura, mas apresenta boa
palatabilidade quando desidratada ou fenada, tendo como atrativo o satisfatório teor de
proteína bruta. Porém, o mata-pasto é inversamente proporcional à maturação
vegetativa (Nascimento et al., 2001).
Em pesquisa com feno de leucena na alimentação de aves Isa Label em fase de
crescimento, Melo et al. (2010) concluíram que a inclusão de feno de leucena na ração
proporcionou resultados satisfatórios de digestibilidade para a fração fibrosa, e
diminuição aceitável nadigestibilidade da fração protéica, o que permite validar o uso
15
deste alimento como ingrediente alternativo para aves caipiras.Por sua vez, a mandioca
participa nas dietas de aves de modo diverso, de raízes a folhas, com destaque ao
aproveitamento da rama ou maniva na forma de feno, entretanto, certa quantidade de
ácido cianídrico na planta verde deve ser volatilizada para não prejudicar a
palatabilidade, a digestibilidade e metabolização de nutrientes (Michelan, 2004;
Otsubo&Lorenzi, 2004; Almeida & Ferreira Filho, 2005).
A cana de açúcar se desenvolveu em todo o território nacional. Dessa forma,
tornou-se um produto comum a ser utilizado na criação dos animas, principalmente do
gado. Alguns poucos estudos foram feitos no sentido de conhecer sua composição
morfológica e bromatológica. Segundo Cordeiro et al., 2007, como alimento, a cana é
rica em açúcares solúveis, caracterizando-se como importante fonte de energia.
González-Alvarado et al., 2007 e Krás, 2010 enfatizam que, pelo alto teor de fibras
insolúveis, constitui-se estimulador e facilitador da digestão dos alimentos no trato
gastrointestinal, possibilitando aumento na absorção de nutrientes. A fração insolúvel
consiste em lignina, os polissacarídeos não amiláceos celulose e hemicelulose
insolúveis, os taninos, as cutinas e outros compostos minoritários. Já a fração solúvel
compreende as hemiceluloses solúveis e as substâncias pécticas (Van Soestet al., 1991).
Segundo Resende et al. (2012), após avaliar o rendimento de carcaça de
linhagens de frango de corte de crescimento lento também alimentados com dieta
contendo cana-de-açúcar triturada em quatro níveis de substituição,recebendo a raçãoem
duas linhagens, a utilização de cana-de-açúcar em substituição à ração independe da
linhagem de frango de crescimento lento, diminuindo o rendimento de carcaça, o peso
absoluto de alguns órgãos e o teor de gordura abdominal. O baixo rendimento de
carcaça dos frangos alimentados com dieta contendo cana-de-açúcar ocorre em função
do fornecimento, em grande parte, somente de energia. Além disso, a cana-de-açúcar é
16
metabolizada muito rapidamente pelo corpo do animal, não sendo, portanto, aproveitada
na sua potencialidade à medida que é aumentada a sua
quantidade.Warpechawski&Ciocca (2002)observaram efeito parecido quando
afirmaram que o consumo de dietas diluídas para frangos de corte pode estar
relacionado ao aumento na taxa de passagem da digesta devido à maior presença da
fibra insolúvel.Mesmo sendo rápida a passagem da fibra pelo sistema digestório,
Warner (1981) afirma que ela mantém a integridade dos tecidos e o funcionamento
adequado do trato gastrintestinal.
Segundo Van Soest(1994) e Annison&Choct(1991),a capacidade de retenção de
água, característica tanto da fibra solúvel quanto da insolúvel, pode causar alterações
físicas nas propriedades da digesta, tal como o aumento do bolo alimentar.Com relação
aos efeitos fisiológicos da fibra da dieta, Ferreira (1994) destaca a capacidade
tamponante, de troca catiônica, de hidratação e a viscosidade. E segundo Bach Knudsen
(2001), a composição e a estrutura macromolecular, o tamanho das cadeias, a
conformação espacial e a solubilidade influenciam essas propriedades. A cana-de-
açúcar na dieta de frangos caipira ainda é um tema que requer mais conhecimento. O
escasso material encontrado na literatura nos indica que o assunto ainda não foi
estudado o suficiente para concluir até que ponto o uso da cana-de-açúcar pode ser
favorável. Daí surge a necessidade de mais estudos para que se tenha clareza de até que
ponto o seu uso será favorável, dessa forma, atendendo às necessidades nutricionais das
aves nesse sistema de criação.
3. Material e métodos
O experimento foi conduzido em Campo das Vertentes, na cidade de Coronel
Xavier Chaves – MG na granja “(Caipirão do Parque)”. Foram utilizados 448 frangos
17
de corte (922 ± 29g de peso aos 35 dias de idade) arranjados em esquema fatorial 4x2,
sendo oito tratamentos com quatro níveis de substituição da ração basal por cana-de-
açúcar (0, 15, 30 e 45%) e duas linhagens comerciais (Label Rouge e Pesadão), e
distribuídos em dois blocos no tempo, com duas repetições por bloco, totalizando 4
repetições por tratamento, com 14 aves por unidade experimental (7 machos e 7
fêmeas).As aves foram alojadas em 16boxes (2,5 m2) localizados em um galpão com
pé-direito de 3,0 m, coberto com telhas de fibrocimento, laterais de tela galvanizada
providas de cortinas plásticas e piso de terra batida, forrado com cama de maravalha (5
cm de espessura). Cada boxe foi equipado com um comedouro tubular e um bebedouro
pendular. Os animais tiveram acesso a piquetes com 45 m2 cada, desprovidos de
forragem.
Foram utilizadas rações para as fases de crescimento (35 a 60 dias de idade) e
terminação (61 a 85 dias de idade) compostas, principalmente, por milho e farelo de
soja (Tabela 1), para atender as exigências nutricionais de aves de desempenho médio
(Rostagnoet al., 2005). Os animais foram submetidos a dietas experimentais que
consistiram na substituição isométrica de 0, 15, 30 e 45% da ração basal (crescimento e
terminação) por cana-de-açúcar triturada (colmo e folhas) em picadeira, de modo a
adquirir granulometria que permitisse uma mistura perfeita com a ração, a cana-de-
açúcar foi cortada e triturada diariamente. Durante o período experimental as aves
receberam ração e água à vontade.
18
Tabela 1. Composições percentuais e calculadas das rações basais para as fases inicial
crescimento e terminação.
Ingredientes Crescimento
(35 a 60 dias de idade)
Terminação
(61 a 85 dias de idade)
Milho 64,61 73,51
Farelo de soja 45% 30,612 22,534
Óleo de soja 1,440 1,321
Sal comum 0,330 0,255
Suplemento mineral(1) 0,050 0,050
Suplemento vitamínico(2) 0,100 0,100
DL-metionina (99%) 0,168 0,108
L-lisina HCl (78%) 0,117 0,041
Cloreto de colina 70% 0,050 0,050
Fosfato bicálcico 1,322 1,222
Calcário calcítico 1,209 0,809
Total 100,000 100,000
Composições calculadas
Proteína bruta (%) 19,375 16,343
Energia metabolizável (kcal/kg) 3.000 3.100
Cálcio (%) 0,881 0,686
Fósforo disponível (%) 0,351 0,325
Sódio (%) 0,15 0,12
Metionina + cistina digestível (%) 0,716 0,597
Lisina digestível (%) 1,006 0,760
Treonina digestível (%) 0,654 0,551
Arginina digestível (%) 1,212 0,984
Triptofano digestível (%) 0,21 0,17
Valina digestível (%) 0,815 0,690
1- Por kg de ração: Manganês, 75 mg; ferro, 50 mg; zinco, 70 mg; cobre, 8.50 mg;
cobalto, 2 mg; iodo, 1.5 mg e veículo q.s.p. 1.000 g.
2- Por kg de ração: Vit. A, 12.000 UI; vit. D3, 2.200 UI; vit. E, 30 UI; vit. B1, 2,2 mg;
vit. B2, 6 mg; vit. B6, 3,3 mg; vit. B12, 16 mg; ácido pantotênico, 13 mg; vit. K3, 2,5
mg; ácido fólico, 1 mg; selênio, 0,12 mg; antioxidante, 10 mg e veículo
19
As aves receberam somente luz natural, não sendo utilizado nenhum programa
de luz artificial. Os dados da temperatura ambiente foram obtidos através de
termômetros de máxima e mínima distribuídos ao longo do galpão. As temperaturas
foram registradas duas vezes ao dia (às 9h00 e às 17h00), durante todo o período
experimental.Foram avaliados os parâmetros de ganho em peso,consumo de ração e
conversão alimentar dos 35 aos 60 e dos 35 aos 85 dias de idade. O ganho em peso foi
calculado a partir da diferença de peso dos animais entre as datas citadas acima. O
consumo de ração foi calculado a partir das quantidades de alimento fornecidas,
descontando-se as sobras e dividindo pelo número de animais do boxe. A conversão
alimentar foi calculada utilizandoa razão entre o consumo de ração e o ganho de peso.
Para a viabilidade econômica da substituição da ração por cana-de-açúcar nas
dietas, determinou-se o custo da ração, em reais (R$), por quilograma de ganho em peso
corporal: Yi = (Pi*Qi)/Gi, em que Yi = custo da ração por quilograma de ganho em peso
corporal no i-ésimo tratamento (nível substituição de ração por cana-de-açúcar); Pi =
preço por quilograma da ração utilizada no i-ésimo tratamento; Qi = quantidade de
ração consumida no i-ésimo tratamento; e Gi = ganho em peso do i-ésimo tratamento.
Em seguida, foi calculado o índice de eficiência econômica (IEE) sendo:
IEE = (MCe / CTei) * 100, em que MC = menor custo da ração por quilograma de
ganho observado entre os tratamentos; e CTei = custo do i-ésimo tratamento . Utilizou-
se o teste Student Newman Keuls para comparar as médias dos parâmetros entre as
linhagens de frango e a análise da regressão foi empregada para avaliar os parâmetros
em função dos níveis de inclusão de cana-de-açúcar, adotando-se o nível de
significância de 5%, utilizando as funções linear e quadrática do software estatístico
SAEG (2007).
20
4. Resultados e discussão
As temperaturas médias mínimas (16,2±3,18ºC) e máximas (25,12±4,65ºC) bem
como a umidade relativa média (76,46 ± 13,88%) durante todo o período experimental
estiveram dentro das faixas recomendadas para a criação das aves.Não houve efeito
significativo da interação linhagem x níveis de substituição da ração para ganho em
peso, consumo de ração e conversão alimentar. Na fase de 35 a 60 dias de idade,
observou-se efeito linear (P<0,05) dos níveis de substituição da ração por cana-de-
açúcar sobre o ganho em peso (Y=1505,06 - 7,29X,R2 = 0,99) e sobre o consumo de
ração (Y= 5286,44- 28,76X, R2 = 0,95) (Tabela 2).
Na fase de 35 a 85 dias de idade, observou-se efeito linear (P<0,05) dos níveis
de substituição da ração por cana-de-açúcar sobre o ganho em peso (Y= 2635,80-
94,06X,R2 = 0,99) e sobre o consumo de ração (Y=11186,8 - 50,06X, R
2 = 0,93). O
consumo de ração de 35 a 85 dias de idade foi maior (P<0,05) na linhagem Pesadão em
relação à Label Rouge (LR). Contudo, não foi observado efeito (P>0,05) dos níveis de
substituição da ração por cana-de-açúcar sobre a conversão alimentar (CA) dos animais.
A linhagem Label Rouge apresentou menor consumo de ração, o que também foi
registrado por Madeira et al. (2010) ao compararem esta linhagem com Ross 308,
Máster Griss e Vermelhão Pesado .
21
Tabela 2 – Desempenhode diferentes linhagens de frangos de crescimento lento
alimentados com diferentes níveis de cana-de-açúcar
Parâmetro Linhagem
Substituição da ração por cana-de-
açúcar Média CV
(%) 0% 15% 30% 45%
35-60 dias
Consumo de ração (g) Média (*L) 5179 4961 4531 3885 4639 7,69
Ganho em peso (g) Média (*L) 1472 1437 1304 1151 1341 6,55
Conversão alimentar (g:g) Média (NS) 3,52 3,46 3,51 3,40 3,47 7,71
Consumo de cana-de-
açúcar (g)1
Média (*L) 0 299 662 1052 671 13,9
3
35-85 dias
Consumo de ração (g) Média (*L) 10999 10559 9984 8690 10058 6,43
Label Rouge
(NS) 10810 10263 9796 8489 9840b
Pesadão
(NS) 11189 10872 10173 8892 10270a
Ganho em peso (g) Média (*L) 2620 2507 2378 2192 2424 5,52
Conversão alimentar (g:g) Média (NS) 4,20 4,21 4,22 3,98 4,15 6,04
Consumo de cana-de-
açúcar (g)1
Média (*L) 0 628 1428 2390 1465 13,3
9
1 – base matéria seca (MS); * (P<0,01), L = efeito linear; NS = não significativo.
Os resultados evidenciaram que a redução no consumo de ração e no ganho em
peso ocorreu em função do aumento do consumo de cana-de-açúcar. A mesma
observação foi registrada por Espósito et al. (2015), quando foi observado decréscimo
no consumo de ração e piora no ganho de peso com o aumento dos níveis de inclusão de
cana-de-açúcar triturada na dieta para frangos tipo caipira. Esta piora no desempenho
dos animais está ligada ao desequilíbrio nutricional gerado pela inclusão do ingrediente
teste, tendo em vista que sua composição bromatológica e nutricional tende a limitar o
aporte da fração protéica e aminoacídica, restringindo assim o aporte de componentes
nitrogenados necessários para o desenvolvimento corporal dos animais. Neste sentido,
22
Amaefuleet al. (2011) verificaram que foi necessária a suplementação com metionina e
metionina e lisina em dietas que continham 30 e 40% de guandu, respectivamente, para
que o desempenho das aves fosse semelhante ao das aves do tratamento controle.
Além disso, a cana-de-açúcar possui elevados teores de fração fibrosa o que, à
partir de certa quantidade, repercute negativamente no consumo de alimento e na
digestão e absorção dos nutrientes da dieta, piorando o desempenho, o que também foi
observado por Walugembe et al. (2014). Contudo, é preciso enfatizar que os materiais
genéticos empregados e o sistema de produção estudado sugerem, por si só, taxas de
desempenho ajustadas a este perfil, ou seja, consumo de ração e ganho em peso
menores podem ser desejados visando caracterizar um produto diferenciado no
mercado, cujo diferencial está justamente em apresentar uma produção mais lenta e que
apresente boas características no produto final. O próprio sistema de produção de frango
caipira está regulamentado no Brasil pelo DOI/DIPOA Nº 007/99 (MAPA, 1999), e
recomenda o uso de genéticas de baixo crescimento adaptados ao sistema, idade mínima
de 85 dias ao abate, acesso a pastagem, dietas baseadas em alimentos de origem vegetal
e sem uso de antibióticos como promotores de crescimento.
Contudo, a igualdade em termos de conversão alimentar entre os níveis de
inclusão de cana-de-açúcar, apesar de seus fatores anti-nutricionais ou menor densidade
nutricional, pode estar relacionado à maior tolerância ou adaptação das aves à esta
circunstância, aliada ao maior tempo disponível para expressão de um possível ganho
compensatório. De forma similar, Faria et al. (2011), ao avaliar a inclusão de 10% de
farelo de folhas de mandioca, farelo de leucena e farelo de arroz registraram que dados
de desempenho não se alteraram em comparação à dietas com milho e farelo de soja.
A igualdade de desempenho entre as linhagens avaliadas caracteriza que estas se
equivalem e que terão as mesmas respostas quando submetidas a dietas contendo cana-
23
de-açúcar como alimento volumoso. Portanto, a escolha da linhagem deve ser baseada
em outros parâmetros.
Nos períodos de 35 a 60 e 35 a 85 dias de idade o custo por quilograma de ganho
em peso e o índice de eficiência alimentar foram os melhores para os animais Label
Rouge alimentados com dieta contendo 45% de substituição da ração por cana-de-
açúcar, em comparação com os demais tratamentos (Tabela 3).
Tabela 3 - Custo de ração e índice de eficiência econômica de diferentes linhagens de
frangos de crescimento lento alimentados com diferentes níveis de cana-de-
açúcar
Substituição da ração por cana-de-açúcar
Linhagem 0% 15% 30% 45%
35 a 60 dias de idade
Custo da ração (R$/kg de
ganho em peso)
Label Rouge 2,57 2,59 2,50 2,38
Pesadão 2,57 2,46 2,62 2,59
Índice de
eficiênciaeconômica (%)
Label Rouge 92,58 91,61 95,02 100
Pesadão 92,44 96,72 90,83 91,82
35 a 85 dias de idade
Custo da ração (R$/kg de
ganho em peso)
Label Rouge 3,00 3,02 2,94 2,78
Pesadão 3,00 3,01 3,11 2,92
Índice de
eficiênciaeconômica (%)
Label Rouge 92,97 92,35 94,81 100,00
Pesadão 92,76 92,47 89,69 95,37
O uso da cana-de-açúcar como alimento alternativo para produção de frangos
tipo caipira possibilita melhor viabilidade econômica da atividade com base nos
resultados obtidos no presente estudo, principalmente para linhagem Label Rouge. Esta
24
constatação é primordial, pois em um sistema de produção, cujo custo de alojamento é
normalmente inferior aquele apresentado em sistemas intensivos de frangos de corte
totalmente confinados, a diminuição do desempenho zootécnico pode ser compensado
por menores custos de ração por unidade de ganho em peso e maior índice de eficiência
econômica, tornando o negócio mais atrativo.
5. Conclusão
O consumo de ração e o ganho em peso dos frangos de crescimento lento são
prejudicados em função do aumento do consumo de cana-de-açúcar.O uso da cana-de-
açúcar como alimento alternativo para produção de frangos tipo caipira possibilita
melhor viabilidade econômica da atividade.
6. Referências
ALMEIDA, J. & FERREIRA FILHO, J.R. Mandioca: uma boa alternativa para
alimentação animal. Bahia Agricola, v.7(1): p.50-56. 2005.
AMAEFULE, K.U. UKPANAH, U.A. IBOK, A.E. Performance of starter broilers fed
raw pigeon pea [Cajanuscajan (L.) Millsp.]seed meal diets supplemented with
lysine and or methionine. International Journal of Poultry Science, v.10, p.205-
211, 2011.
ANNISON, G.; CHOCT, M.The Anti-nutritive activities of cereal non-starch
polysaccharides in broiler diets and strategies minimizing their effects, World
Poultry Science Journal,Ithaca, v.47, p.232, 1991.
BACH KNUDSEN, K.E. The nutritional significance of “dietary fibre” analysis.
Animal Feed Science and Technology, Amsterdam; v.90; p.3-20; 2001.
BASTIANELLI, D. A produção de frangos diferenciados na França: mercado, aspectos
organizacionais e regulamentares. In: CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA AVÍCOLAS, 2001, Campinas. Anais... Campinas: FACTA, p.
235-254. 2001.
25
BRASIL. Ofício Circular DOI/DIPOA Nº007/99, de 19 de maio de 1999. Ministério da
Agricultura e do Abastecimento, 1999.
BRUM, O. B. Efeito do cruzamento entre diferentes genótipos para uso em
sistemas alternativos de frangos de corte. 2005. 54 f. Mestrado (Dissertação em
Produção Animal) – Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa
Maria, Santa Maria, RS, 2005.
COELHO, A. A. D. SAVINO; V. J. M. ROSÁRIO; M. F. et al. Nota Prévia –
Características da Carcaça e da Carne de Genótipos de Frangos Caipiras.
BrazilianJournalofFood Technology; v. 10; n. 1; p. 9-15; 2007.
COSTA F.G.P., OLIVEIRA C.F.S; BARROS L.R. SILVA E.L.; NETO R.C.L. &
SILVA J.H.V. Valores energéticos e composição bromatológica dos fenos de
jureminha, feijão bravo e maniçoba para aves. Revista Brasileira de Zootecnia,
36(4); 813-817.2007.
CRUZ, F. G. G.; PEREIRA FILHO, M.; CHAVES, F. A. L. Efeito da substituição do
milho pela farinha de apara de mandioca em rações para poedeiras comerciais.
Revista Brasileira de Zootecnia, v. 35.; n. 6; p. 2303-2308, 2006.
CRUZ, L.R.; GERASEEV, L.C.; CARMO, T.D.; SANTOS, L.D.T.; BARBOSA, E.A.;
COSTA, G.A.; SANTOS JUNIOR, A. Características agronômicas e
composiçãobromatológica de variedades de cana-de-açúcar. B. J., Uberlândia, v.
30, n. 6, p. 1779-1786, Nov./Dec. 2014
ESPÓSITO, M. FASSANI, E. D.; CLEMENTE, A. H. S.; MAKIYAMA, L.; RETES,
L.; CASTRO, S. F. Uso de cana de açúcar triturada na alimentação de frangos de
corte tipo caipira. B. Indústr. Anim., v.72, n.2, p.129-136, 2015
FARIA, P.B; VIEIRA, JO; SILVA, J.N; RODRIGUES, A.Q; SOUZA, X.R,;SANTOS,
F.R; PEREIRA, A.A; Performance and carcass characteristics of free-range broiler
chickens fed diets containing alternative feedstuffs. Brazilian Journal of Poultry
Science.V.13.n3.p.211-216. 2011.
FERREIRA, W.M. 1994. Os componentes da parede celular vegetal na nutrição de não
ruminantes. Simpósio Internacional de produção de não-ruminantes. In: XXXI
Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Anais.Maringá: SBZ,
p.85-113.
26
FUNARO, A.; CARDENIA, V.; PETRACCI, M.; RIMINI, S.; RODRIGUEZ-
ESTRADA, M.T.; CAVANI, C. Comparison of meat quality characteristics and
oxidative stability between conventional and free-range chickensPoultry Science93
:1511–1522. . 2014
GESSULLI, O.P. Avicultura alternativa: sistema “ecologicamente correto” que busca
o bem-estar animal e a qualidade do produto final. Porto Feliz: OPG Editores,
217p.1999.
GODOY, H. B. R. Granulometria de grãos em rações para frangos Label Rouge.
2009. 83 f. Doutorado (Tese em Ciência Animal) – Escola de Veterinária,
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, 2009.
GONZÁLEZ-ALVARADO, J.M.; JIMÉNEZ-MORENO, E.; LÁZARO, R.; MATEOS,
G.G. Effect of type of cereal, heat processing of the cereal, and inclusion of fiber in
the diet on productive performance and digestive traits of broilers. Poultry Science,
v.86, p.1705-1715, 2007.
HELLMEISTER FILHO, P. Efeitos de fatores genéticos e do sistema de criação
sobre o desempenho e o rendimento de carcaça de frangos tipo caipira. 2002.
92 f. Doutorado (Tese em Ciência Animal e Pastagens) – Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, 2002.
KODAWARA, L.M.; LIMA, T.M.A. Morfometria e ultra-estrutura da mucosa intestinal
de frangos de corte alimentados com dietas contendo diferentes probióticos.
Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias, Lisboa, v. 98, n. 547, p. 125-134,
julho/setembro 2003.
KRÁS, R.V., Efeito do nível de fibra da dieta, da linhagem e da idade sobre
desempenho, balanço energético e o metabolismo da digesta em frangos de corte.
88p. Dissertação (Mestrado) – Programa de pós- graduação em Zootecnia,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia, Rio
Grande do Sul, 2010.
LIMA J.A. & EVANGELISTA A.R. Leucena
(Leucaenaleucocephala).:EMBRAPA/CPATSA, Petrolina.18p. (Comunicado
Técnico)1983.
27
LOTT, B.D.; DAY, E.J.; DEATON, J.W., MAY, D., The effect of temperature, energy
level and corn particle size on broiler performance.Poultry Science,
Champaign, v.71, p.618-624, 1992.
MADEIRA, L.A.; SARTORI, J.R.; ARAUJO, P.C.; PIZZOLANTE, C.C.;
SALDANHA, E.S.P.B., PEZZATO, A.C. Avaliação do desempenho e do
rendimento de carcaça de quatro linhagens defrangos de corte em dois sistemas de
criação. Revista Brasileira Zootecnia., v.39, n.10, p.2214-2221, 2010
MAPA, Ministério da Agricultura e Pecuária. 2015.
http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cana-de-acucar/saiba-mais acesso em
05/06/2016
MELO, A.S.; ARRUDA, A.M.V.; ARAÚJO, C.E.T.; SILVA, M.C.P.; ARAÚJO, M.S.
Feno de leucena na alimentação de aves Isa Label em fase de crescimento. 47ª
Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Anais... Salvador,2010.
MICHELAN, A.C. Utilização de subprodutos da mandioca na alimentação de
coelhos. Universidade Estadual de Maringá. 119p. (Tese de Doutorado)2004.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA.
Ofício Circular DOI/DIPOA Nº 007/99, de 19 de maio de 1999. Normatização e
comercialização do frango Caipira ou frango Colonial, também denominado
“Frango Tipo ou Estilo Caipira” ou “Tipo ou Estilo Colonial”. Brasília, DF:
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 19 maio 1999.
NASCIMENTO H.T.S., NASCIMENTO, M.P.S.C.B. & RIBEIRO, V.Q. Valor
nutritivo do mato-pasto (Senna obtusifolia) em diferentes idades. Embrapa Meio-
Norte, Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento v.(33). 18p.2001.
OLIVEIRA, I. M. M. Características da carcaça de frangos de corte criados em
diferentes materiais de cama aviária. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO
DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 13., 2009, João Pessoa, PB. Anais... Paraíba:
Universidade do Vale do Paraíba, 2009.
OTSUBO A.A.& LORENZI J.O. Cultivo da mandioca na região centro sul do
Brasil. Cruz das Almas: EMBRAPA/CNPMF. 16p. (Circular Técnica)2004.
28
PENZ A.M.J., KESSLER A.M. & BRUGALI I. Novos conceitos de energia para aves.
p.1-24. In: Simpósio Internacional sobre Nutrição de Aves, ed. FACTA,
Campinas. 230p.1999.
PONTE, P.I.P., ROSADO, C.M.C., CRESPO, J.P., CRESPO, D.G., MOURÃO, J.L.,
CHAVEIRO-SOARES, M.A., BRAS, J.L.A., MENDES, I., GAMA, L.T.,
PRATES, J.A.M., FERREIRA, L.M.A., FONTES, C.M.G.A. Pastureintake
improves the performance andmeatsensoryattributesoffree-range broilers. Poultry
Science v.87:p.71–79.2008
RESENDE, V.A.; TEIXEIRA, A.O.; PIRES, C.V.; PIRES, A.V.; FERREIRA, V.P.A.;
SANTOS, A.N. Avaliação de carcaça de linhagens de frango de corte de
crescimento lento alimentados com dieta contendo cana-de-açúcar triturada. 49ª
Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Anais... Brasília, 2012.
ROSTAGNO, H. S.; ALBINO, L. F. T.; DONZELE, J. L. et al. Tabelasbrasileiras
para aves e suínos. (Composição de alimentos e exigências nutricionais).
Viçosa:UFV, 2005.
SÁ J.P.G..Leucaena leucocephala: utilização na alimentação animal. IAPAR,
Londrina. 21p. (Circular Técnica).1997
SÁ J.P.G. Leucaenaleucocephala: utilização na alimentação animal. IAPAR,
Londrina. 21p. (Circular Técnica), 1997.
SACRAMENTO, A.J.R.; RESENDE, V.A. Criação de aves caipira como opção de
renda e fonte de alimento para família rural. Informe Agropecuário, n.256, 2010.
SAEG - Sistemas para análise estatística e genéticas. Versão 9.0. Viçosa: UFV,
MG:2007.
SAGRILO, E.; GIRÃO, E. S.; RAMOS, G. M.; AZEVEDO J. N.; ARAÚJO NETO, R.
B. Manejo Alimentar de galinhas caipiras. IN: Agricultura familiar. Teresina – PI:
Embrapa Meio-Norte. Janeiro, (versão Eletrônica).2003
SUCUPIRA, F.S. Feno da folha de leucena na alimentação de poedeiras.
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. 53p. (Dissertação de Mestrado) 2008.
VAN SOEST, P.J. FiberandPhysiochemicalPropertiesofFeeds. In: NUTRITIONAL
ecology of ruminant. Ithaca, USA: Comstock Publishing Associates,. P.140-
155.1994
29
VAN SOEST, P.J., ROBERTSON, J.B., LEWIS, B.A. Methods for dietary fiber,
neutral detergent fiber and non-starch polysaccharides in relation to animal
nutrition.Journal of Dairy Science, Cambridge, v. 74, n. 10, p. 3583 – 3597. 1991.
WALUGEMBE, M.; ROTHSCHILD, M.F.; PERSIA, M.E. Effects of high fiber
ingredients on the performance, metabolizable energy and fiber digestibility of
broiler and layer chicks.Animal Feed Science and Technology, v.188, p.46–52,
2014.
WARPECHOWSKI, M.B.; CIOCCA, M.L.S. Effect of dietary insoluble fiber on
retention of solid and liquid phases of digest of intact, cecectomized and ileum
fistulated broiler. In: POULTRY SCIENCE ASSOCIANTION MEETING, 19.,
Newark, Proceedings… Newark, 2002.Abstract 324.p.76.2002.
ZANOTTO,D.L.; BRUM, P.A.R.; GUIDONI, A.L., Granulometria do milho da dieta e
desempenho de frangos. In: CONFERENCIA APINCO DE CIENCIA E
TECNOLOGIAS AVÍCOLAS, 1996, Curitiba. Anais...Campinas: FACTA,
p.19.1996.
ZUANON, J. A. S.; FONSECA, J. B.; ROSTAGNO, H. S.; SILVA, M. A. Efeito de
promotores de crescimento sobre o desempenho de frangos de corte. Revista
Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG, v. 37, n. 5, p. 999-1005,1998.