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FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ (FACENE/RN) JOSEFINA DOROTÉA NUNES UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO Mossoró/RN 2016

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FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ (FACENE/RN)

JOSEFINA DOROTÉA NUNES

UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO

Mossoró/RN

2016

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JOSEFINA DOROTÉA NUNES

UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO

Monografia apresentada à Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró (FACENE/RN) como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª: Dra. Andréa Raquel Fernandes Carlos da Costa

Mossoró/RN 2016

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JOSEFINA DOROTÉA NUNES

UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO

Monografia apresentada pela aluna Josefina Dorotéa Nunes, do Curso de Enfermagem, tendo obtido o conceito de ______ conforme a apreciação da Banca Examinadora constituída pelas professoras: Aprovada em:___/___/____

BANCA EXAMINADORA

Profª. Dra. Andréa Raquel Fernandes Carlos da Costa (FACENE/RN) Orientadora

Profª. Dra. Kalyane Kelly Duarte de Oliveira (FACENE/RN) Membro

Profª.Ms. Amélia Resende Leite (FACENE/RN) Membro

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"Que seu remédio seja seu alimento,

e que seu alimento seja seu remédio".

Hipócrates

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AGRADECIMENTOS

À Deus pela saúde e inteligência.

A minha família, sempre ao meu lado.

Ao meu companheiro Cici, meu maior professor e incentivador.

A minha orientadora Andréa, por acreditar nas minhas ideias.

Aos professores, colegas e funcionários da FACENE/RN.

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RESUMO

Desde a antiguidade, o homem faz uso de plantas medicinais como recurso para melhorar suas condições de alimentação e como auxílio para curar diversas doenças. Mas pesquisas têm concluído que a maioria das plantas medicinais são contraindicadas durante o período gestacional, pois carecem de estudos sérios que garantam a sua segurança e eficácia. Porém, as gestantes culturalmente recorrem ao uso de plantas medicinais, por acreditarem que não causam danos ao feto. Assim, objetivou-se por meio da presente pesquisa analisar o uso de plantas medicinais durante o período gestacional. A pesquisa foi um estudo quantitativo, de caráter descritivo e exploratório e de corte transversal. A população de estudo foi constituída por 94 (noventa e quatro) gestantes do município de Mossoró/RN. O levantamento de dados foi realizado por meio de aplicação de formulário contínuo. As variáveis analisadas foram variáveis socioeconômicas, uso de plantas medicinais durante a gestação, plantas medicinais mais utilizadas durante a gestação, fins terapêuticos, acompanhamento de profissional da saúde, indicação e conhecimento sobre os riscos, complicações durante a gestação e efeitos colaterais citados pelas gestantes pesquisadas. Os dados foram expressos em frequência simples e porcentagem. Para evidenciar associações da presença de reações adversas ao uso de plantas medicinais frente a variáveis estudadas foi realizado o teste de qui-quadrado e exato de Fisher. Evidenciou-se que 78% das gestantes utilizaram plantas medicinais durante a gestação, sendo as plantas medicinais mais utilizadas o capim-santo (Cymbopogon citratus DC) e a camomila (Matricaria recutita L.). Em 98,9%, o uso de plantas medicinais durante a gestação não teve acompanhamento de profissional da saúde e 61,3% das gestantes não tem conhecimento sobre os riscos oriundos do uso incorreto e indiscriminado de plantas medicinais durante a gestação. Nesse sentido, destaca-se a importância do diálogo entre o profissional da saúde, as gestantes e familiares, valorizando o conhecimento popular, mas destacando a importância da comprovação científica, para a tomada de consciência sobre os efeitos nocivos que as plantas medicinais podem causar durante a gestação.

Descritores: Gestantes. Fitoterapia. Contraindicações.

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ABSTRACT

Since ancient times, mankind has made use of medicinal plants as a resource to improve its food supply and as an aid to cure various diseases. Nevertheless, some researches have discussed that the majority of medicinal plants are counterindicated during pregnancy because they lack serious studies about their safety and efficacy. However, pregnant women use of medicinal plants based on the cultural premise thatsuch plants are not harmful to the fetus. Thus, current objective is to analyze the use of medicinal plants during pregnancy. The research was quantitative, descriptive and exploratory and cross-section. The studied population consisted of 94 (ninety four) pregnant women from Mossoro municipality in Rio Grande do Norte state. Data collection was conducted through continuous application form. The use of medicinal plants during pregnancy, medicinal plants commonly used during pregnancy, therapeutic, professional monitoring of health indicators and knowledge of the risks, complications during pregnancy, and side effects cited by women surveyed were the variables analyzed. Data were expressed in simple frequency and percentage. To address the associations of the presence of adverse reactions to the use of medicinal plants with the analyzed variables Fisher's exact and chi-square test were performed. 78% of pregnant women has evidenced medicinal plants during pregnancy. The medicinal plants most commonly used were grass-saint (Cymbopogon citratus DC) and chamomile (Matricaria

recutita L.). In 98.9% of medicinal plants during pregnancy had no professional health monitoring, and 61.3% pregnant women were unaware of the risks from improper and indiscriminate use of medicinal plants during pregnancy. In this sense, we highlight the importance of dialogue between health professionals, patients and families, also considering the popular knowledge, but stressing the importance of scientific evidence, to improve the awareness of the harmful effects that medicinal plants can cause during pregnancy. Keywords: Pregnant women. Phytotherapy. Contraindications

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANVISA – Agência nacional de Vigilância Sanitária

COFID - Coordenação de Fitoterápicos, Dinamizados e Notificados

COMAFITO - Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

CNS - Conferência Nacional de Saúde

OMS - Organização Mundial de Saúde

PNPIC - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

PNPMF - Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS

SUS - Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. .....10

1.1 Problematização e Justificativa .................................................................................. .....11

1.2 Hipótese ........................................................................................................................ .....11

1.3 Objetivos ....................................................................................................................... .....13

1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................................. .....13

1.3.2 Objetivos específicos .................................................................................................. .....13

2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... .....14

2.1 Histórico sobre o uso de plantas medicinais.................................................................. 15

2.2 Toxicidade das plantas medicinais................................................................................. 18

2.3 Uso de plantas medicinais por gestantes.........................................................................20

3 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS .................................................................. .....24

3.1 Tipo de Pesquisa................................................................................................................24

3.2 Local de Pesquisa..............................................................................................................24

3.3 População e Amostra........................................................................................................25

3.4 Instrumento de Coleta de Dados.....................................................................................25

3.5 Análise dos Dados ............................................................................................................27

3.6 Aspectos Éticos e Legais.................................................................................................. 27

3.7 Financiamento.................................................................................................................. 28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... .....29

4.1 Utilização de Plantas Medicinais durante a Gestação ................................................... 29

4.1.1 Plantas medicinais mais utilizadas durante a gestação .................................................. 333

4.1.2 Fins terapêuticos das plantas medicinais utilizadas durante a gestação. ....................... 344

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... .....37

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ .....38

APÊNDICE ........................................................................................................................ .....46

ANEXOS ............................................................................................................................ .....53

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1 INTRODUÇÃO

Desde a antiguidade, o homem faz uso de plantas medicinais como recurso para

melhorar suas condições de alimentação e como auxílio para curar diversas doenças. O

homem, por muitas vezes, foi o mágico, bruxo e alquimista da miscelânea de substâncias

químicas presentes em algumas espécies de plantas. Neste sentido, torna-se evidente a estreita

relação entre o uso das plantas e a evolução humana.

Eldin e Dunford (2001) citam que diversos povos e civilizações trazem consigo

conhecimentos ancestrais sobre a utilização das plantas medicinais. O emprego destas plantas

na recuperação da saúde tem evoluído ao longo dos tempos, desde as formas mais simples de

tratamento local até a fabricação industrial de fitoterápicos (LORENZI; MATOS, 2002).

A Organização Mundial de Saúde (OMS), após inúmeras pesquisas, reconheceu em

1978, que mais de 80% da população fazia uso de algum tipo de planta medicinal para

eliminar ou minimizar suas dores, não só nos países em desenvolvimento, mas também nos

países desenvolvidos (OMS, 2002).

A população dos países em desenvolvimento utiliza plantas medicinais por tradição e

ausência de alternativas econômicas viáveis, já nos países mais desenvolvidos observa-se um

maior uso de fitomedicamentos influenciado pelo modismo de consumo de produtos naturais.

Este modismo favoreceu a difusão das promessas de cura por meio das plantas medicinais

para males como a impotência, a ansiedade e a obesidade. O conceito mais perigoso surgido

nesta época foi o de que as plantas medicinais não representam riscos à saúde humana por

serem naturais e terem sido testadas durante séculos de utilização pela população de todo o

mundo. Assim, surgiu a necessidade de preconizar o estudo científico em todo o mundo, para

uma maior segurança e eficácia no uso das plantas (CARVALHO, 2004; VEIGA JÚNIOR et

al., 2005; FERRO, 2006).

No Brasil, em especial no nordeste brasileiro, o uso de plantas medicinais é comum

em mais de 90% da população carente, havendo também no meio urbano a presença de

raizeiros em mercados e ervarias vendendo diversas espécies medicinais (MOSCA; LOIOLA,

2009).

No Rio Grande do Norte, mais precisamente na cidade de Mossoró, de acordo com

pesquisa realizada por Guerra et al. (2007), é comum o uso de plantas medicinais para o

tratamento de enfermidades do dia a dia pela população, sendo as mais utilizadas a hortelã

(Mentha spp.), capim santo (Cymbopongon citratus (DC) Stapf) e ervas-cidreiras (Melissa

officinalis L. e Lippia alba (Mill) N. E. Brown.).

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Apesar de boa parte da população, fazer o uso de plantas medicinais, ainda são

poucas as publicações que abordam a questão do uso dos recursos da flora do Rio Grande do

Norte por gestantes, sendo necessário um maior investimento por parte dos pesquisadores na

busca de fornecer informações às pessoas, impulsionando novos estudos e preparando o

profissional de enfermagem, para o uso correto das plantas medicinais pelas gestantes

(BISOGNIN et al., 2012; MOSCA; LOIOLA, 2009).

Durante o período gestacional, a mulher é sensível à influência de orientações e

conselhos de familiares e amigos sobre remédios caseiros, considerados úteis à sua saúde

(FONSECA et al., 2002). Porém, o uso de plantas medicinais por gestantes exige muita

cautela, pois quando usados no primeiro trimestre podem ter potencial tóxico, teratogênico e

abortivo (FARIA et al., 2004). Assim, a representação de que o natural não faz mal precisa ser

analisada e essa análise interessa de modo especial, ao uso de plantas na gestação (FUGH-

BERMAN et al., 2005).

1.1 Problematização e Justificativa

Apesar da utilização das plantas medicinais como forma de tratamento de doenças ter

se iniciado há muito tempo, ainda é um hábito entre os povos o seu uso nos dias atuais. É

inegável que, no mundo atual, os medicamentos à base de plantas medicinais têm tido um

papel vital nos cuidados básicos à saúde de grande parte da população mundial,

especialmente, nos países em desenvolvimento. Em muitos casos, essa terapêutica supre o

espaço entre a disponibilidade econômica da população e a demanda de medicamentos

alopáticos (FARIA et al., 2004).

Entretanto, a grande maioria das plantas carece de estudos sérios que garantam a

segurança da sua utilização durante o período gestacional, especialmente no primeiro

trimestre, além disso, nem todos os profissionais da saúde estão familiarizados com a

aplicação desta alternativa terapêutica, principalmente no caso das gestantes.

Nesta pesquisa, o enfoque nas gestantes justifica-se pelo fato de constituírem um

grupo populacional que culturalmente recorre ao uso de plantas medicinais, por acreditarem

que não causam danos ao feto ou ao bebê. Porém, essa fase na vida da mulher exige cuidados

especiais, principalmente no primeiro trimestre de gestação, e o uso sistêmico de algumas

espécies de plantas medicinais é contraindicado nesta fase por possuírem potencial tóxico,

teratogênico e abortivo.

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As plantas medicinais utilizadas para fabricação de medicamentos são agentes

xenobióticos, ou seja, compostos estranhos ao organismo humano, sendo os produtos da sua

biotransformação potencialmente tóxicos, não tendo somente efeitos imediatos e facilmente

correlacionados com sua ingestão, e sim efeitos que podem se instalar à longo prazo, e de

maneira assintomática, podendo levar a um quadro clínico severo, algumas vezes até fatal

(LAPA et al., 2004). Assim, o uso de plantas medicinais como recurso terapêutico necessita

de cuidados especiais, como qualquer outro tipo de tratamento.

Além disso, o interesse pelo tema abordado, no presente trabalho, surgiu durante a

vivência da autora nos estágios que realizou nas Unidades Básicas de Saúde durante a

graduação. Ocasião na qual foi percebido que um grande número de gestantes faz uso de

plantas medicinais in natura, sem nenhum acompanhamento dos profissionais de saúde, e que

estes têm um conhecimento insuficiente, e o entendimento é baseado, principalmente, na

cultura popular, sem interseção de bases científicas. O desenvolvimento desse estudo

implicará na divulgação do tema em meio acadêmico científico, e poderá contribuir para o

compartilhamento do conhecimento sobre as plantas medicinais.

A partir dessa análise, questiona-se: as gestantes utilizam plantas medicinais durante a

gestação? Caso sim, essas gestantes tem conhecimento sobre os potenciais riscos oriundos do

uso indevido ou incorreto das plantas medicinais? Há associação entre o uso de plantas

medicinais e efeitos adversos durante o período gestacional?

Nesse sentido, a pesquisa é relevante para os profissionais de enfermagem e

comunidade acadêmica, onde a falta de confiabilidade no resultado, a carência de discussões e

esclarecimentos e o pouco respaldo para estudar o assunto, reforçam o desestímulo em relação

ao uso das plantas medicinais, dificultando também a elucidação das dúvidas da população,

principalmente das gestantes, em relação ao uso correto das plantas medicinais, sendo assim,

esta pesquisa possui temática importante para uma melhor “Utilização de plantas medicinais

durante a gestação”.

1.2 Hipótese

Tendo em vista que a utilização de plantas medicinais durante a gestação é uma prática

comum e incentivada, acredita-se que as gestantes não tenham conhecimento eficaz sobre os

riscos oriundos do uso indevido ou incorreto de plantas medicinais, o que pode ser ocasionado

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pela falta de informações sobre este assunto, assim como também por ser um assunto pouco

abordado pelos profissionais de saúde.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

Analisar o uso de plantas medicinais durante a gestação.

1.3.2 Objetivos específicos

• Investigar o uso de plantas medicinais entre as gestantes;

• Identificar o conhecimento e a indicação de plantas medicinais entre as gestantes;

• Conhecer a opinião das gestantes sobre os riscos e reações adversas do uso de plantas

medicinais durante a gestação;

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2 REVISÃO DE LITERATURA

De acordo com RDC nº 10/2010 (BRASIL, 2010), planta medicinal é toda espécie

vegetal, cultivada ou não, utilizada in natura, inteiras ou rasuradas, com propósitos

terapêuticos, sendo sua dispensação realizada por farmácias ou ervarias, respeitando o

acondicionamento adequado e a classificação botânica.

Já os fitoterápicos, segundo consta na RDC nº 14/2010 (BRASIL, 2010a), são

medicamentos obtidos com o emprego exclusivo de matérias-primas vegetais. Caracterizados

pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, como também pela constância de sua

qualidade, apresentando critérios similares de qualidade, segurança e eficácia requeridos pela

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para todos os medicamentos em nosso

país. Como qualquer medicamento, o uso incorreto de fitoterápicos pode ocasionar problemas

à saúde, como alterações na pressão arterial, problemas no sistema nervoso central, fígado e

rins, que podem levar o paciente a internações hospitalares e até mesmo a óbito.

É destacado por Matos (2000) que no Nordeste, embora já existam inúmeros

fitoterápicos produzidos industrialmente, a maioria das plantas medicinas é utilizada in

natura, colhida no quintal do consumidor ou vizinho, ou adquirida no comércio, sem controle

de sua qualidade ou identificação botânica correta.

2.1 Histórico do uso das Plantas Medicinais

Ao longo da história, o uso medicinal das plantas baseou-se, sobretudo, no

conhecimento intuitivo e experimental de homens e mulheres, que, com o passar do tempo,

aprenderam a diferenciar as plantas benéficas das tóxicas (MARTINS et al., 1994). Segundo

Teixeira-Santos (2010), o homem já usava plantas medicinais para combater verminoses há

mais de 8 mil anos, de acordo com o estudo realizado nos vestígios de plantas que têm efeito

anti-helmíntico em coprólitos (fezes fossilizadas), encontrados no Parque Nacional da Serra

da Capivara/Piauí e no Arizona (EUA).

De acordo com Carvalho (2004) e Ferro (2006), por volta de 450 a. C. Hipócrates

catalogou e empregou diversas drogas vegetais para cura de inúmeras doenças na publicação

do “Corpus Hippocraticum”. Teofrasto com “História Plantarum”, Dioscórides com “De

Matéria Médica”, Plínio com “História Naturalis” e Galeno com as “formas Galênicas”

também tiveram sua importância na autoria destes valiosos volumes sobre o uso dos vegetais

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na cura de enfermidades.

Segundo Martins et al. (1994) e Schenkel; Gosmann; Petrovick (2004), foram

catalogadas 365 ervas medicinais e venenos, que datam do período de 2.800 anos a. C., no

livro de Pen TSao-ching, como o uso da efedra (Ephedra spp.) e romã (Punica grantum L.).

Povos gregos, assírios, hebreus e índios das Américas também fizeram uso das plantas

medicinais, como a utilização do gengibre (Zengiber officinalis Roscoe) e do sândalo

(Santalum album L.) na medicina Ayurvédica da Índia.

Um papiro, decifrado por Ebers em 1873, representa o primeiro tratado médico

egípcio da primeira metade do século XVI, no qual, parte do seu texto foi destinado ao

tratamento das doenças internas e indicações sobre a constituição dos medicamentos a

empregar, como o sene (Senna alexandrina Mill.), o funcho (Foeniculum vulgare Mill.), a

babosa (Aloe spp. ), o rícino (Ricinus communis L.) e muitas outras plantas (DA CUNHA,

2003; CARVALHO, 2004).

Durante a Idade Média, houve uma interrupção no uso das plantas medicinais, pois a

“Santa Inquisição”, que ocorreu do final do século XII ao início do século XIX, iria levar à

fogueira mulheres herboristas e curandeiras, consideradas “Hereges” por seus unguentos

milagrosos e seus produtos vegetais mágicos. Foi a época de “privação do saber”, onde

ocorreu um retrocesso na evolução da “Arte de Curar”. As informações sobre as plantas

ficaram restritas aos mosteiros e foram copiladas, principalmente pelos monges beneditinos, e

guardadas, por muitos anos, como tesouros pela Igreja Católica (DA CUNHA, 2003;

CARVALHO, 2004; FERRO, 2006; DUCLÓS, 2008).

Já no século XX, durante a II Guerra Mundial, com a ajuda dos experimentos de

Pasteur e Fleming – Era dos antibióticos, surgiram grandes avanços nos descobrimentos de

medicamentos sintéticos e as plantas medicinais foram então utilizadas exclusivamente como

fonte de informação para síntese de medicamentos alopáticos (SCHENKEL; GOSMANN;

PETROVICK, 2004). Desta forma, durante quase duas décadas (1950-1970), as plantas

medicinais foram banidas da medicina por falta de comprovações científicas de sua eficácia e

segurança, sendo relegada pelos médicos e profissionais de saúde (FERRO, 2006).

Apesar do grande avanço e evolução da medicina, a partir da segunda metade do

século XX, as plantas ainda apresentavam uma grande contribuição para a manutenção da

saúde e alívio às enfermidades, principalmente em países em desenvolvimento, devido às

condições de pobreza e a falta de acesso aos medicamentos, associados à fácil obtenção e

tradição do uso de plantas com fins medicinais (FIRMO et al., 2011).

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No Brasil, a utilização popular das plantas medicinais é originada dos índios

brasileiros, de seitas afro-brasileiras e da tradição europeia e asiática, tanto para fins

terapêuticos, quanto para rituais religiosos (SILVA et al., 2001). A chegada dos Jesuítas no

país, no século XVI, possibilitou a divulgação na Europa dos medicamentos utilizados pelos

indígenas, pelo padre espanhol jesuíta José de Anchieta, que relatou a ação medicinal de

algumas plantas encontradas no Brasil, como os alcaloides presentes na ipecacuanha

(Psychotria ipecacuanha (Brot.) Stokes) e na quina (Chichona offinicinalis L.). Os jesuítas

atuaram como excelentes observadores da fauna e da flora brasileira, identificando variadas

espécies, cultivando e pesquisando seus efeitos curativos (CALAINHO, 2005; DUCLÓS,

2008).

De acordo com Calainho (2005), no Brasil, por volta de 1700, destacou-se a Coleção

de receitas “Triaga Brasílica”, composta de inúmeras ervas, raízes, gomas, sais minerais e

óleos, para cura de envenenamentos, além de outras tantas enfermidades.

A primeira farmacopeia brasileira de 1929, intitulada “Pharmacopéia dos Estados

Unidos do Brasil”, constou com 280 monografias de plantas medicinais (FERRO, 2006). Em

1942, foi lançado por Pio Correa o primeiro “Guia de plantas medicinais brasileiras”, que

recomendava diversas ervas para chás, emplastros, pomadas e xaropes (REHDER, 2002).

Bisognin et al. (2012) relata que, no Brasil, devido ao enorme arsenal de plantas

medicinais com efeitos terapêuticos, inclusive já usadas pela população e algumas

comprovadas cientificamente, começam a surgir interesses e incentivos institucionais e

governamentais para maiores pesquisas. A partir dos efeitos produzidos pelas plantas, inicia-

se mais averiguações sobre a identificação botânica, a composição química e ação

farmacológica das drogas vegetais e seus efeitos benéficos e maléficos sobre o organismo

humano.

Para Ferro (2006), a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), em 1986, foi um marco

para a saúde pública no país, pois foram instituídas as Práticas Alternativas de Saúde, dando

ao paciente e ao médico o direito de escolher o método terapêutico a ser utilizado em cada

caso. Em 1992, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a fitoterapia como recurso

terapêutico, de acordo com os parâmetros éticos estabelecidos. Em 1999, ocorreu a I Jornada

Brasileira de Fitoterapia, reivindicando a implantação da Política Nacional de Fitoterápicos na

saúde pública, instituído na 8ª CNS.

Em 2000, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) implanta o

regulamento de registro de medicamentos fitoterápicos. Em 2006, o Ministério da Saúde,

instituiu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2006); a Portaria

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971/2006 da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no

Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2006a); e em 2008, por meio da Portaria Interministerial

nº 2.960, criou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), e o

Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Em 2009, o Ministério da Saúde divulgou uma lista com 71 espécies vegetais na

Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS - RENISUS, para orientar

estudos científicos, valorizar as práticas populares e tradicionais, bem como fabricar

fitoterápicos com segurança, eficácia e qualidade (BRASIL, 2009).

Por meio da Portaria 2.982/2009, disponibilizou mais fitoterápicos para o SUS,

produzidos a partir da alcachofra (Cynara scolymus L.), aroeira (Schinus terebinthifolius

Raddi), cáscara sagrada (Rhamnus purshiana D.C.), garra do diabo (Harpagophytum

procumbens D.C.), a isoflavona da soja (Glycine Max (L.) Merr.) e unha de gato (Uncaria

tomentosa (Willd.) D.C.). Além dos já disponíveis, como a espinheira santa (Maytenhus

ilicifolia Reissek) e o guaco (Mikania glomerata Spreng.) (BRASIL, 2009).

Foi implantado o Registro de Medicamentos Fitoterápicos, de acordo com a Resolução

de Diretoria Colegiada - RDC nº 14/2010 (BRASIL, 2010a). Em maio de 2010, a

Coordenação de Fitoterápicos, Dinamizados e Notificados - COFID, faz a Consolidação de

Normas da COFID, que tem como atribuição, emitir documentos em relação ao registro e ao

pós-registro de medicamentos fitoterápicos (BRASIL, 2013). Também, por meio da Portaria

Nº 1.102/2010, constituiu-se a Comissão Técnica e Multidisciplinar de Elaboração e

Atualização da Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos - COMAFITO

(BRASIL, 2010).

A utilização de plantas medicinais tem recebido incentivos da Organização Mundial

de Saúde, pois a entidade reafirma a importância das plantas medicinais nos cuidados com a

saúde, e recomenda, entre outros aspectos, a criação de programas globais para a

identificação, validação, preparação, cultivo e conservação das plantas medicinais utilizadas

na medicina tradicional. E a segurança e eficácia dos produtos medicinais na última década

tem sido de grande preocupação, gerando inúmeras pesquisas e investimentos, tanto no setor

privado quanto no público (MIGUEL; MIGUEL, 2003; BARNES; ANDERSON; PHILLIPS,

2012).

Atualmente, cerca de 50% dos medicamentos utilizados no mundo são de origem

sintética e em torno de 25% são de origem vegetal, isolados ou produzidos por semi-síntese.

Houve, na última década, um aumento expressivo no interesse dos centros de pesquisas e da

indústria farmacêutica por substâncias derivadas de espécies vegetais, evidenciado pelo

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crescimento de publicações, em revistas científicas das áreas de química e farmacologia, bem

como maior divulgação na imprensa sobre os benefícios das ervas medicinais. Tal fato,

desperta a atenção não só do setor privado, como também do setor de saúde pública

(CALIXTO, 2000; FERRO, 2006; FOGLIO et al. 2006).

Campesato (2005) relata que a descoberta de novos fitofármacos nacionais pode

ajudar na melhoria de qualidade de vida em pacientes com doenças crônicas, além de ser

economicamente viável e possibilitar uma autonomia no país no que se refere ao

gerenciamento de suas políticas de saúde.

De acordo com Ferro (2006) e Barnes; Anderson; Phillips (2012) é importante evitar a

extinção de várias espécies vegetais medicinais, pois a forma alarmante de coleta e

depredação de algumas delas, como o barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.)

Coville) a espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek.) e muitas outras, estão

sendo eliminadas antes mesmo de serem investigadas suas ações farmacológicas. Relata

também a importância de uma equipe multidisciplinar (engenheiros agrônomos, biólogos,

farmacêuticos, químicos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e odontólogos)

para atuar nas pesquisas de identificação de novas espécies, descobertas de novos princípios

ativos e fabricação de modernos fármacos.

2.2 Toxicidade das Plantas Medicinais

Os princípios ativos ou metabólitos secundários são substâncias químicas presentes

nas plantas, originadas a partir de rotas biossintéticas diversas, e que estão restritas a

determinadas famílias de vegetais. Entre os princípios ativos, podem ser citados os grupos de

óleos voláteis, resinas, cumarina, taninos, flavonoides, mucilagens, os alcaloides, dentre

outros. As plantas utilizam os metabólitos secundários para sua defesa contra micro-

organismos, proteger-se contra raios UV, atrair polinizadores e afastar predadores. Tais

metabólitos estão presentes na planta de forma desigual, de modo que, pode haver alterações

no nível de sua concentração devido ao solo, chuvas, secas, calor excessivo, frio ou luz

intensa, época da colheita, secagem e armazenagem. Para o uso em seres vivos, cabe à

farmacognosia estudar e explicar suas formas de atuação (SANTOS et al., 2004; FERRO,

2006).

Segundo Da Cunha (2003), durante anos, apesar de várias espécies estarem sendo

usadas como medicamento, permanecia desconhecido o princípio ativo que tinha a atuação

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terapêutica. Segundo Schenkel; Gosmann; Petrovick (2004), Carvalho (2004) e Ferro (2006),

no início do século XIX os pesquisadores começaram a isolar e determinar a estrutura de

alguns princípios ativos das plantas medicinais, como o caso da morfina, isolada da Papaver

somniferum L.; a quinina da Chinchona officinalis L.; salicina da Salix alba L.; digitalina,

isolada da Digitalis purpurea L. e a pilocarpina do Pilocarpus microphyllus Stapf ex Holm e

novos métodos e processos físicos, químicos, biológicos e farmacêuticos começam a surgir

para uma padronização de medicamentos de origem vegetal.

Barnes; Anderson; Phillips (2012) comentam que há poucos estudos toxicológicos

sobre plantas medicinais e muitos princípios ativos tem uma ínfima diferença entre a dosagem

medicamentosa e a venenosa. Newall; Anderson; Phillipson (2002) relatam que todas as

formas de automedicação, incluído também as plantas medicinais, representa um risco

potencial para a saúde do paciente, principalmente quando ele não consulta ou se informa

sobre o uso do tratamento alternativo com um profissional de saúde e, mais grave ainda,

quando ele abandona o tratamento convencional já prescrito pelo médico.

Segundo Schenkel; Gosmann; Petrovick (2004), o desenvolvimento de produtos a

partir de plantas medicinais é complexo, pois a constância da concentração de princípios

ativos varia, como já citado, e as atividades terapêuticas muitas vezes não atuam

isoladamente, sendo a sua ação determinada por mais de um componente que poderá atuar

sobre os mesmo processos bioquímicos, mudando a solubilidade, alterando a absorção ou

influindo na estabilidade destes fitoterápicos e, algumas vezes, interagindo com outras

espécies ou com medicamentos sintéticos (alopáticos).

Newall; Anderson; Phillipson (2002) narram que a forma mais tênue e crônica da

toxicidade de uma planta, como mutagenicidade, hepatoxicidade e carcinogenicidade, passam

despercebidos em muitos quadros patológicos, muitas vezes imperceptível, também, nos dias

atuais pelos profissionais de saúde e pesquisadores. Para Campesato (2005) e Mezarobba;

Bora; Mattos (2011), as plantas medicinais usadas durante a gravidez ou lactação é um

assunto delicado, uma vez que podem causar estímulo da contração uterina e,

consequentemente, levar ao parto pré-maturo ou aborto, podem estar associadas ao

aparecimento de defeitos congênitos, ressaltando a importância de avaliar os riscos aos quais

as gestantes estão expostas. É importante investigar as malformações cuja origem ainda são

desconhecidas e identificar os princípios ativos que podem causar efeitos deletérios ao feto.

Isto é de fundamental importância para facilitar a tomada de medidas educativas e

preventivas.

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20

O uso de plantas medicinais está cada vez mais difundido nos dias atuais. O conceito

de que “é natural e não faz mal”, faz com que muitas pessoas façam uso baseando-se apenas

em uma suposição de que não causariam dano, e assim não representariam perigo à saúde.

Mesmo o uso prolongado pela população não é suficiente para qualificar o medicamento

como seguro e eficaz. A desinformação está presente em todas as classes mais desfavorecidas,

assim como o modismo nas classes dominantes, levando a automedicação com plantas

medicinais, tornando-as, assim, mais maléficas do que benéficas (MENGUE; MENTZ;

SCHENKEL, 2011; LAPA, 2004; NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002; RATES,

2001).

É enumerado por Calixto (2000) e Simões et al. (2004), que o primeiro fator adverso

relacionado a plantas medicinais é considerado intrínseco, relacionado a sua toxicidade e/ou a

interação com outros fármacos ou plantas. O segundo é extrínseco, estando relacionado às

formas incorretas de uso (secagem, armazenagem, embalagem, preparação e super dosagem),

podendo interferir no valor terapêutico das plantas medicinais.

Lapa et al. (2004) relembra que a planta medicinal é um composto estranho ao

organismo humano e pode, na sua biotransformação, ser tóxico, não só com efeitos imediatos,

que são facilmente correlacionados a sua ingestão, mas a efeitos que se instalam a longo prazo

e de forma assintomática, podendo levar a defeitos congênitos e mesmo ao óbito do feto e/ou

mãe.

2.3 Uso das plantas medicinais por gestantes

De acordo com Bisognin et al. (2012), muitas vezes, com o intuito de reduzir os

sintomas fisiologicamente normais que ocorrem durante a gestação, as mulheres recorrem ao

uso de chás, como, por exemplo, a camomila (Matricaria recutita L.), as ervas-cidreiras

(Cymbopogon citratus (DC) Stapf., Melissa officinalis L. e Lippia alba (Mill) N. E. Brown.),

indicadas muitas vezes por avós, vizinhas e comadres, sem saber os seus reais efeitos sobre o

organismo da mãe e do bebê.

Campesato (2005) e Clarke et al. (2007) demonstraram, em suas pesquisas, que grande

parte das gestantes fazem uso de inúmeras plantas medicinais durante todo o período da

gestação. E descrevem sobre a escassez de estudos epidemiológicos fidedignos sobre o

potencial teratogênico a respeito da utilização durante a gravidez, sendo muitas vezes, estudos

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contraditórios, sem avaliação real da relação risco-benefício, sendo fundamental a validação

científica com segurança e eficácia para a mãe/feto.

Os efeitos mais preocupantes do uso indiscriminado de plantas medicinais para

gestantes são os teratogênicos, embriotóxicos e abortivos, uma vez que alguns constituintes

das plantas podem atravessar a placenta, chegar ao feto e gerar um desses efeitos (BRASIL,

2002).

Mengue; Mentz; Schenkel (2001) relatam que na utilização de qualquer medicamento

(alopático ou fitoterápico) durante a gravidez, deve ser observada a relação risco-benefício.

Lembrando que os fitoterápicos possuem uma escassez de informações genuínas mais

acentuada do que os alopáticos. Clarke et al. (2007) explana que as plantas medicinais podem

interferir também na atividade de outros medicamentos sintéticos usados pela gestante.

O uso frequente de algumas espécies de plantas medicinais é contraindicado

principalmente no primeiro trimestre de gestação, por causarem abortamento, riscos

teratogênicos e tóxicos para a mãe/feto (SILVA, 2014).

Bisognin et al. (2012) e Silva (2014) descrevem a importância da equipe de saúde,

principalmente aqueles profissionais que trabalham diretamente com a gestante, de se

informar sobre a forma adequada de usar as plantas medicinais, sobretudo as que possuem

estudos comprovados cientificamente. E estas comunicações devem ser passadas não só a

parturiente, mas também para os familiares.

Durante a gravidez, estatisticamente, a exposição à planta é responsável por cerca de

1% das malformações fetais, apesar de parecer pequena, os números totais são expressivos

(RODRIGUES, 2011).

Fontanella et al. (2007) relatam que os pacientes e a comunidade têm necessidade de

esclarecimentos sobre as terapias não convencionais, pois é direito do paciente ser orientado

sobre o mecanismo de ação das diferentes modalidades terapêuticas não convencionais, a

eficácia das mesmas, suas indicações e/ou contraindicações, assim como possíveis riscos de

interações entre as mesmas.

De acordo com publicações literárias e artigos consultados durante esta pesquisa,

verificou-se as seguintes contraindicações de plantas medicinais durante a gravidez

(TABELA 1).

Tabela 1. Nome científico e popular de plantas medicinais e riscos para gestantes

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NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO RISCOS

Transagem, Plantago Plantago ovata Promove aumento das contrações uterina

Hera Hedera helix Promove aumento das contrações uterina, aborto

Mentrasto Cunila microcephala Emenagoga

Uva-ursi Arctostaphylos uva-ursi Teratogênica e promove contrações uterinas

Canela Cinnamomum zeylanicum Abortiva

Calêndula Calendula officinalis Emenagoga

Carqueja Baccharis trimera Promove aumento das contrações uterina, aborto

Boldos Peumus boldus, Vernonia condensata e Coleus barbatus

Aumento da PA Aumento das contrações uterinas

Camomila Matricaria recutita Antiagregante plaquetária Diminui absorção do Fe

Hortelã-pimenta Mentha x piperita Teratogênica Diminui absorção do Fe

Poejo Mentha pulegium Abortiva

Fonte: MENGLE; MENTZ; SCHENKEL, 2001; NEWALL/ ANDERSON; PHILLIPSON,

2002; FERRO, 2006; CLARKE, 2007; RDC 14/2010; BISOGNIN et al., 2012

Assim como qualquer medicamento, as plantas medicinais também podem provocar

sérios efeitos colaterais e, deveriam ser prescritos e acompanhados por profissionais da área

de saúde. Como exemplo o kava-kava (Piper methysticum G. Forst.), com propriedades

“calmantes” e a fruta Noni (Morinda citrifolia L.), utilizada para “curar câncer” e

“emagrecer”, estão associadas à ocorrência de diversos casos de hepatite. Outro cuidado deve

ser com o uso do antidepressivo hipérico/erva-de-são-joão (Hipericum perforatum L.)

juntamente com anticoncepcionais, pois pode reduzir os efeitos e interferir no tratamento,

levando a uma gravidez não esperada. A utilização inadequada de um produto, mesmo de

baixa toxicidade, pode induzir problemas graves, desde que existam outros fatores de risco,

tais como contraindicações ou uso concomitante de outros medicamentos (MEZAROBBA;

BORA; MATTOS, 2011; NAZARÉ, 2004).

3 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

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3.1 Tipo de Pesquisa

A pesquisa trata-se de um estudo quantitativo, de caráter descritivo e exploratório, de

corte transversal. De acordo com Gil (2009), estudos quantitativos enfatizam o ato de medir e

analisar as relações causais entre variáveis e busca estabelecer relações de causa-e-efeito entre

as variáveis de perguntas como “quanto?”. Na pesquisa quantitativa emprega-se a coleta de

dados e o tratamento destes por meio de análise estatística, evitando-se distorções de análise

sobre interpretação, permitindo assim uma margem de segurança quanto às interposições

(RICHARDSON, 2010 e MINAYO, 2010).

A pesquisa exploratória é quando a pesquisa proporciona maior familiaridade com o

assunto, envolvendo o levantamento bibliográfico. Já as pesquisas descritivas, têm por

objetivo descrever criteriosamente os fatos e fenômenos de determinada realidade, de forma a

obter informações a respeito daquilo que já se definiu como problema a ser investigado. A

diferença em relação à pesquisa exploratória é que o assunto da pesquisa já é conhecido. A

grande contribuição das pesquisas descritivas é proporcionar novas visões sobre uma

realidade já conhecida (GIL, 2009).

Corte transversal é quando os dados são coletados em um ponto no tempo, com base

em uma amostra selecionada para descrever uma população nesse determinado momento

(GIL, 2009).

3.2 Local da Pesquisa

A pesquisa foi realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS): UBS Vereador Lahyre

Rosado, UBS Dr. Chico Costa, UBS Dr. José Fernandes de Melo e UBS Maria Soares da

Costa, localizadas no município de Mossoró-RN. Essas Unidades Básicas de Saúde são de

responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde do município de Mossoró/RN.

A escolha das UBSs deu-se pelo fato de apresentarem um maior número de gestantes,

desta forma as avaliações sobre o uso de plantas medicinais pelas gestantes permitiu abranger

um maior número de mulheres grávidas. As informações sobre quais UBSs atendem um

maior número de gestantes na cidade de Mossoró foram obtidas por meio da Secretária

Municipal de Saúde.

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3.3 População e Amostra

A população de estudo foi constituída por gestantes do município de Mossoró/RN.

Para coleta de dados, as gestantes foram escolhidas aleatoriamente, obedecendo ao critério da

abordagem oportuna, no retorno a UBS para consulta de pré-natal.

Os critérios de inclusão utilizados no estudo foram:

• Estar gestante e realizar pré-natal no local de estudo;

• Ter idade igual ou superior a 12 anos.

Já os critérios de exclusão foram:

• As gestantes do local de estudo que não compareceram as consultas de retorno

e aquelas que recusaram a participar da pesquisa.

Os grupos de gestantes foram divididos da seguinte forma: UBS Vereador Lahyre

Rosado – 27 gestantes; UBS Dr. Chico Costa – 150 gestantes; UBS Dr. José Fernandes de

Melo – 50 gestantes e UBS Maria Soares da Costa – 24 gestantes, perfazendo um total de 251

gestantes (TABELA 2).

Para determinar o tamanho necessário da amostra, prosseguiu-se calculando o

tamanho para populações finitas, utilizando a seguinte fórmula:

� =��. �. �. �

�. � − 1 + ��. �. �

Onde:

N = Tamanho da População, no caso deste estudo a população é composta de 251

elementos.

Z = Nível de confiança escolhido a 95% igual a 1,96.

p = proporção com a qual o fenômeno se verifica. Foi utilizado um valor p = 0,50.

Segundo Mattar (2005), se não há estimativas prévias para p admite-se 0,50, obtendo

assim o maior tamanho de amostra possível.

q = (1-p) é a proporção da não ocorrência do fenômeno.

e = erro amostral expresso na unidade variável. O erro amostral é a máxima diferença

que o investigador admite suportar entre a verdadeira média populacional. Nesta

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pesquisa foi admitido um erro máximo de 0,05.

Transcrevendo os valores descritos para a fórmula, tem-se o seguinte cálculo de

amostra:

� =1,96�. 0,5.0,5.251

0,05�. 251 − 1 + 1,96�. 0,5.0,5

� =241,06

0,62 + 0,96

� =241,06

1,58

� = 152,6

Aplicação de 153 formulários.

A seguir segue tabela de amostra estratificada: Tabela 2. Estratificação da amostra (n=153) para as diferentes categorias profissionais.

Categorias profissionais

Frequência absoluta

Frequência relativa Tamanho amostral

Amostra a ser coletada

UBS Vereador Lahyre Rosado

27 0.1075697211155380

153

16

UBS Dr. Chico Costa 150 0.5976095617529880 91 UBS Dr. José Fernandes de Melo

50 0.1992031872509960 31

UBS Maria Soares da Costa

24 0.0956175298804781 15

Dados da pesquisa Fonte: MATTAR, 2005

A partir da adesão espontânea ao convite para participação na pesquisa, foi realizada a

aplicação do formulário, possibilitando reunir informações que interessavam ao estudo.

3.4 Instrumento de Coleta de Dados

O levantamento de dados foi realizado nos meses de setembro a outubro de 2016, por

meio de aplicação de formulário contínuo (APÊNDICE D), elaborado com base em

Campesato (2005), Nunes (2010) e Arenhart (2014). O formulário foi respondido por

gestantes das unidades básicas de saúde do Município, com prévia autorização escrita

(APÊNDICE A). As gestantes foram informadas sobre o anonimato na utilização dos dados

para a pesquisa e que, qualquer dúvida sobre o presente estudo, poderá ser esclarecida com a

pesquisadora associada e pesquisadora responsável. No caso de gestantes com idade inferior

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a 18 anos, o responsável assinou o termo de assentimento livre e esclarecido (APÊNDICE A)

e a adolescente assinou o termo de assentimento (APÊNDICE B).

O formulário contínuo, de acordo com Oliveira (2005), é o documento com campos

pré-impressos onde são preenchidos os dados e as informações, que permite a formalização

das comunicações, o registro e o controle das atividades das organizações, constará de

questões abrangentes (perfil socioeconômico e demográfico) e questões específicas sobre o

consumo de plantas durante a gestação.

3.5 Análise dos Dados

Os dados foram expressos em valores de média e desvio padrão bem como frequência

simples e percentagem por meio do programa estatístico SPSS versão 23.0. Para evidenciar

associações da presença de reações adversas ao uso de plantas medicinais frente a variáveis

estudadas foi realizado o teste de qui-quadrado e exato de Fisher. Este último utilizado

sempre quando verificado valor de frequência esperada inferior a 5. Valores de p<0,05 serão

considerados significativos.

3.6 Aspectos Éticos e Legais

Quanto aos aspectos éticos, o estudo seguiu os termos da Resolução do Conselho

Nacional de Saúde (RNS) 466/2012, que trata das diretrizes e normas regulamentadoras de

pesquisas que envolvem seres humanos com interesse organizado, de caráter consultivo,

educativo e formulador de diretrizes e estratégias no âmbito do conselho e será submetido ao

Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE).

Após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa CEP) da Faculdade de

Enfermagem Nova Esperança (FACENE), foi realizada a coleta de dados.

A presente pesquisa possibilitará a tomada de consciência, pelas gestantes, familiares e

profissionais de saúde, quanto aos possíveis prejuízos advindos do uso incorreto ou

indiscriminado das plantas medicinais, a fim de minimizar ou impedir a ocorrência de casos

de intoxicação ou de outros agravos à saúde, como abortamentos e deformidades fetais.

Ademais, o conhecimento das plantas medicinais usados durante a gravidez permitirá planejar

intervenções educativas dirigidas a gestantes, assim como atividades de educação continuada

para profissionais de saúde no intuito de informar a estes profissionais, para uma melhor

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orientação as grávidas sobre o risco de abortamento ou deformidades físicas e neurológicas no

feto, devido à utilização de plantas 23 medicinais durante a gestação.

Este estudo apresentou risco mínimo, isto é, o mesmo risco existente em atividades

rotineiras diárias como conversar, ler e possível desconforto ao pesquisados em responder as

questões.

3.7 Financiamento

Os custos do projeto de pesquisa foram de total responsabilidade da pesquisadora

associada. A Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró (FACENE/RN)

disponibilizou seu acervo bibliográfico, a orientadora e a banca examinadora.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Do total de 153 (cento e cinquenta e três) formulários a serem aplicados, foram

aplicados 94 (noventa e quatro) formulários, devido a algumas intercorrências como, o

número repassado para a aluna, pelas UBS’s foram maiores do que o de gestantes realmente

cadastradas e frequentes no pré-natal, a falta das gestantes nas consultas de pré-natal,

mudança de bairro ou cidade por algumas gestantes, algumas paralisações da saúde a nível

municipal e, partos. Em sua maioria (70, 2%) mulheres na faixa etária de 22 a 35 anos de

idade, das quais 46,8% eram casadas ou tinham união estável com seu parceiro (37,2%)

(TABELA 3). O número de mulheres brasileiras que estão tendo filhos com idade mais

avançada, cresce a cada ano. Segundo dados do Levantamento Estatístico do Registro Civil,

houve uma queda de 3% entre as grávidas precoces (entre 15 e 19 anos) (IBGE, 2014).

Tabela 3. Valores de frequência simples e porcentagem de variáveis socioeconômicas das gestantes entrevistadas (n=94)

Variáveis Freq. % Idade 17 a 21 anos 24 25,5 22 a 35 66 70,2 Acima de 35 04 4,3 Estado civil

Casada 44 46,8 Solteira 14 14,9 Separada 01 1,1 União estável 35 37,2 Renda familiar

Até 01 salário 55 58,5 02 a 03 35 37,2 04 a 05 3 3,2 Acima de 5 1 1,1 Escolaridade

Ensino básico 15 16,0 Fundamental 28 29,8 Médio 40 42,6 Superior 11 11,7

Fonte: Dados da pesquisa

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De acordo com Varela (2011), o ideal é a mulher engravidar dos 20 aos 35 anos, pois,

a partir dos 35 anos de idade, ela tem menos óvulos e é menos fértil, sendo assim mais difícil

engravidar naturalmente, além disto, gestantes com idade inferior a 15 anos e superior a 35

anos apresentam maiores riscos, uma vez que a mortalidade fetal e neonatal, assim como as

malformações congênitas, são mais frequentes nessas faixas etárias (FESCINA et al, 2007).

Durante a adolescência ocorre uma série de mudanças biológicas, psicológicas e sociais e a

gestação em idade mais avançada, como por exemplo, a partir dos 35 anos, pode acarretar

sobrecarga física e psíquica, aumentando a vulnerabilidade aos agravos materno-fetais e

psicossociais (BRASIL, 2006).

Porém, Parada e Tonete (2009) consideram a gravidez tardia uma experiência

permeada de percepções e sentimentos de satisfação/realização pessoal e familiar, relacionada

à possibilidade de seu planejamento e à maior segurança na relação com o companheiro (por

vezes, numa segunda união), com a família e com próprio o bebê, e, até mesmo, em relação à

melhor estrutura financeira, devido à estabilidade econômica já alcançada.

A renda familiar das gestantes entrevistadas, de modo geral, variou na faixa de 1 a 3

salários mínimos (SM), estando em conformidade com dados do IBGE (2010), que consta

como R$ 1.835,80 o valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares

permanentes de Mossoró. Porém, a renda familiar da maior parte das gestantes pesquisadas

(58,5%) foi de até 1 SM (TABELA 3), sendo que muitas delas informaram que estavam

desempregadas. De acordo com dados do IBGE (2016), no primeiro trimestre de 2016, a taxa

de desempregados no Brasil subiu para 11,3%, sendo o Rio Grande do Norte o 2º estado com

maior número de desempregados (14,3%), ficando atrás somente da Bahia (15,5%).

Em relação à escolaridade, observou-se uma maior representatividade nos ensinos

fundamental e médio (29,8 e 42,6% respectivamente) (TABELA 3). O percentual relativo à

taxa de frequência à escola do sexo feminino aumentou de 82,5% para 84,7% entre 2004 e

2012 (MEC, 2015).

4.1 Utilização de Plantas Medicinais durante a Gestação

De acordo com dados da pesquisa, observou-se que 78% das mulheres utilizam plantas

medicinais durante a gestação (GRÁFICO 1). Campesato (2005) e Clarke et al. (2007)

também verificaram que grande parte das gestantes fazem uso de inúmeras plantas medicinais

durante o período gestacional.

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Esse dado é bastante relevante, visto que muitas mulheres desconhecem os efeitos

indesejáveis e muitas vezes prejudiciais das plantas medicinais durante a gravidez (ALVIM;

CABRAL,1999), considerando-as inofensivas. De acordo com Pires e Araújo (2011), o uso de

plantas medicinais é considerado erroneamente como benéfico, de efeito rápido, fácil acesso,

sem efeitos colaterais e tóxicos. Porém, o uso indiscriminado de plantas medicinais durante a

gestação pode causar efeitos teratogênicos, embriotóxicos e abortivos, uma vez que alguns

princípios ativos das plantas podem atravessar a placenta e chegar ao feto (BRASIL, 2002;

SILVA, 2014).

Gráfico 1. Distribuição porcentual (%) de mulheres (n=94) que utilizam plantas medicinais durante a gestação.

Do total de gestantes que utilizam plantas medicinais durante a gestação 98,9% não

tem acompanhamento de um profissional de saúde (TABELA 4). De acordo com Pires e

Araújo (2011), as plantas medicinais são usadas em sua quase totalidade, sem prescrição

médica. Segundo Rodrigues et al. (2011), o uso sem o acompanhamento de um profissional

de saúde pode ser extremamente prejudicial a gestante e ao feto. O uso de plantas medicinais

por gestantes exige muita cautela, pois podem ser tóxicos, teratogênicos e abortivos (FARIA

et al., 2004).

Para Mosca e Loiola (2004), é necessário investimento na realização de projetos

educativos com os profissionais e população em geral, sobre o uso correto das plantas

medicinais, valorizando os conhecimentos populares, mas exaltando a importância do

conhecimento científico.

De acordo com França et al. (2008), a prática da fitoterapia deve ocorrer com a

educação em saúde junto da comunidade a fim de minimizar ou impedir a ocorrência de

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intoxicações ou de agravos à saúde, decorrente do uso indevido desta prática integrativa e

complementar.

Já Varela e Azevedo (2013) relatam que a implantação de hortas medicinais nas UBSs

ou a distribuição pelos profissionais de saúde dos fitoterápicos disponibilizados pelo SUS

auxiliaria no controle do uso das plantas medicinais, pois assim teriam uma orientação de um

profissional capacitado.

Além disto, é importante o profissional de enfermagem se aprimorar sobre o uso das

Práticas Integrativas Complementares, em especial a Fitoterapia, com a finalidade de informar

as pacientes gestantes sobre as indicações e contraindicações no uso de plantas medicinais,

mostrando os riscos e benefícios durante a gestação (RODRIGUES et al., 2011; BISOGNIN

et al.,2012).

Tabela 4. Valores de frequência simples e porcentagem das variáveis do acompanhamento de profissional da saúde, indicação e conhecimento sobre os riscos das gestantes entrevistadas (n=94)

Variáveis Freq. % Acompanhamento de profissional da saúde

Sim 01 1,1 Não 93 98,9 Foi indicado por** Parente 62 84,9 Automedicação 10 13,7 Tv/internet 01 1,4 Tem conhecimento sobre os riscos** Sim 36 38,7 Não 57 61,3

**Total inferior de participante em virtude de ausências de respostas válidas Fonte: Dados da pesquisa

Sobre quem indicou o uso de plantas medicinais às participantes da pesquisa,

constatou-se que 84,9% foi indicado por parente (TABELA 4). Para Alvim e Cabral (1999);

Farias, Ayres e Alvim (2004) e Bisognin et al. (2012) as informações vem por intermédio da

família, com o intuito de reduzir os sintomas fisiologicamente normais que ocorrem durante a

gestação, fazendo com que as mulheres recorrem ao uso de chás.

Os saberes e práticas no uso de plantas medicinais são transmitidos por sucessivas

gerações, sendo aprofundados no meio popular e calcadas pelo conhecimento empírico

(ALVIM; CABRAL, 1999). Existe uma acentuada tradição familiar, onde os parentes e

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vizinhos repassam informações sobre o uso das plantas, fazendo “seus próprios diagnósticos”

de doenças (MOSCA; LOIOLA, 2004),

A indicação do uso de plantas medicinais entre a população é muito comum, sendo

perceptível a necessidade de maiores informações, para evitar os efeitos orgânicos

indesejáveis (ARAÚJO et al., 2014).

A automedicação, por meio do uso de plantas medicinais, também foi constatada na

pesquisa, 13,7% das gestantes se automedicam (TABELA 4). A automedicação, de acordo

com ANVISA (S/D), é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de

pessoas leigas, para tratamento de doenças cujos sintomas são “diagnosticados” pelo usuário

sem a avaliação prévia de um profissional de saúde. Clarke et al. (2007), alerta que as plantas

medicinais podem interferir na atividade de outros medicamentos sintéticos utilizados pela

gestantes, sendo mais perigoso quando é realizada a automedicação.

De acordo com Brito et al. (2014), a automedicação com plantas medicinais é uma

prática prejudicial, pois pode provocar várias complicações, entre elas o mascaramento de

doenças, intoxicações, interações, aumento da resistência microbiana, ou até mesmo levar o

paciente à óbito.

Araújo et al. (2014) concluiu em seu trabalho que a automedicação é uma realidade

social, devido a “prescrição popular” sem qualquer orientação de profissionais especializados.

Ações mais consistentes como a avaliação das plantas usadas pelo paciente e a orientação

para seu uso racional, são de extrema importância.

Na Tabela 4 pode-se observar que, do total de gestantes que utilizam plantas

medicinais, 61,3% não sabem que o seu uso indevido pode fazer mal durante a gestação.

Segundo Bisognin et al. (2012), a falta de conhecimento, por parte da população, evidencia a

falta de preocupação a respeito dos possíveis efeitos colaterais causados a mãe e ao feto, e por

entenderem que as plantas medicinais são de origem natural e não fazem mal. Varela e

Azevedo (2013) destacam que é importante saber que as plantas medicinais apresentam

contraindicações, reações adversas, efeitos colaterais e potenciais interações medicamentosas.

Deve ser desconstruído a imagem de inocuidade desses produtos e atentar a população para

que se informem quanto ao nome científico, às indicações e contraindicações, o preparo, a via

de administração e a dosagem adequada.

De acordo com Villenueve; Pereira e Alencar (2013), as intoxicações por plantas

medicinais é atualmente a terceira maior causa de intoxicações no Brasil, ficando atrás

somente de intoxicações por medicamentos e agrotóxicos. Isto ocorre devido, em parte, ao

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fato de que existe uma grande biodiversidade de plantas medicinais em nosso país, o acesso

facilitado da população associado à falta de conhecimento sobre seus efeitos tóxicos.

Já 38,7% das entrevistadas relataram saber dos problemas que o uso das plantas

medicinais pode causar durante a gravidez, assim como na pesquisa de Pires e Araújo (2011),

onde 89% das gestantes informaram ter conhecimento sobre problemas como aborto e

malformação fetal. Alvim e Azevedo (2014) relatam que é válido destacar que a concepção de

que produtos naturais não provocam efeitos colaterais vem sendo desmistificada pelos estudos

toxicológicos constantes e sua informação através da mídia.

4.1.1 Plantas medicinais mais utilizadas durante a gestação

É observado na Tabela 5 que o uso de plantas medicinais durante a gestação está

associado ao uso de espécies vegetais, tais como o capim-santo (Cymbopogon citratus DC), a

camomila (Matricaria recutita L.), boldos (Peumus boldus Mol. e Coleus barbatus Benth.) e

hortelã (Menthas sp.) (Tabela 2). Existem pesquisas que comprovam o efeito nocivo, durante

a gestação, das espécies vegetais citadas acima, contribuindo para o relaxamento do útero,

além de serem emenagogas e abortivas, podendo trazer efeitos tóxicos e teratogênicos para o

feto (ALVIM e CABRAL, 1999; MENGUE, MENTZ E SCHENKEL, 2001; CAMPESATO

2005; MEZAROBBA; BORA; MATTOS, 2011; BISOGNIN et al., 2012).

Ainda de acordo com a Tabela 5, observa-se que dentre as espécies vegetais mais

utilizadas pelas mulheres durante o período gestacional, destacam-se o capim-santo

(Cymbopogon citratus (DC) Stapf) e a camomila (Matricaria recutita L.), onde,

respectivamente, 63 e 33% das mulheres fazem uso destas ervas durante a gestação. Oliveira

et al. (2007) também destaca o capim-santo (Cymbopogon citratus (DC) Stapf), como sendo a

planta mais utilizada pelas mulheres durante a gestação.

O Cymbopogon citratus (DC) Stapf é uma espécie exótica e seu consumo pode ser

feito na forma de chá das folhas e processado nas formas de extrato aquoso e de óleo

essencial, com larga utilização popular para nervosismo, febre, tosse, dores diversas (dor de

cabeça, abdominais, reumáticas) e alterações digestivas, como dispepsia e flatulência

(LORENZI; MATOS 2002). De acordo com Ferro (2006), o uso do capim-santo durante a

gestação pode ocasionar efeito relaxante do útero, levando ao abortamento.

Lorenzi e Matos (2002) relatam que a camomila é uma Asteraceae, que tem em seus

capítulos florais o óleo essencial, entre eles o camazuleno e a-bisabolol, responsáveis por

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diversos efeitos farmacológicos, como calmante, anti-inflamatório, analgésico, cicatrizante e

emenagogo. Silva et al. (2010) descreve que, apesar de ter a falta de conhecimento com

relação a quantidade necessária para que provoque aborto, a camomila deve ser usada com

cautela pelas gestantes, já que indica ação de relaxamento do útero.

Já é conhecido no meio científico que os dados e pesquisas a respeito do uso de

plantas medicinais na gestação, ainda são escassos e contraditórios (CLARKE et al., 2007;

RODRIGUES et al., 2011). Pires e Araújo (2011) também relatam que são insuficientes as

informações disponíveis concernentes às reações adversas e contraindicações durante o

período gestacional. Campesato (2005) afirma que, apesar de ter tido um aumento nas

pesquisas com plantas medicinais na última década, ainda são poucas e, apenas uma ínfima

quantidade foi pesquisada quimicamente. E no que se refere as plantas nativas, a situação é

mais agravante, pois poucos são os grupos brasileiros inseridos nas pesquisas desta área.

Tabela 5. Distribuição porcentual das plantas medicinais utilizadas durante a gestação.

Variáveis Uso de plantas medicinais

p-valor Sim (%) Não (%)

Plantas medicinais (Capim-Santo) Sim 46 (63,0) 0 (0,0)

<0,001* Não 27 (37,0) 21 (100,0) Plantas medicinais (Camomila) Sim 24 (33,3) 0 (0,0)

0,002* Não 48 (66,7) 21 (100,0) Plantas medicinais (Boldo) Sim 17 (23,3) 0 (0,0)

0,011* Não 56 (76,7) 21 (100,0) Plantas medicinais (Hortelã) Sim 19 (26,0) 0 (0,0)

0,006* Não 54 (74,0) 21 (100,0) Plantas medicinais (Erva-doce) Sim 03 (4,1) 0 (0,0)

1,0 Não 70 (95,9) 21 (100,0) Plantas medicinais (Outras) Sim 10 (13,7) 0 (0,0)

0,110 Não 63 (86,3) 21 (100,0)

Significância estatística (p<0,05) Fonte: Dados da pesquisa

4.1.2 Fins terapêuticos das plantas medicinais utilizadas durante a gestação

Sobre os motivos pelos quais as mulheres utilizam plantas medicinais durante a

gestação, destacam-se o fato delas gostarem de tomar (45,2%) para acalmar (28,85) e para

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dores no estômago (17,8%) (p<0,05) (TABELA 6). Vieira e Parizotto (2013) relatam que

muitas gestantes demonstram tristeza ou ansiedade durante a gestação e, no caso de gravidez

indesejada, existe maior propensão à ocorrência de distúrbios emocionais, o que influencia

negativamente no desenvolvimento da gestação.

Gomes, Avelar e Moraes (2011) em sua pesquisa constataram que a falta de recursos

financeiros para compra de medicamentos alopáticos, leva a substituição por plantas

medicinais. Brito et al. (2014) também destacam que a utilização de plantas medicinais é

devido ao fácil acesso e por ser economicamente mais viável.

Esta procura por plantas medicinais é, muitas vezes, devido a vários fatores, entre eles

a decepção com os tratamentos convencionais e a falta de acesso a medicamentos

industrializados (CLARKE et al., 2007).

Tabela 6. Distribuição porcentual dos fins terapêuticos das plantas medicinais usadas durante a gestação

Variáveis Uso de plantas medicinais

p-valor Sim (%) Não (%)

Motivo do uso das plantas (gosto de tomar)

Sim 33 (45,2) 0 (0,0) <0,001*

Não 40 (54,8) 21 (100,0) Motivo do uso das plantas (Acalma) Sim 21 (28,8) 0 (0,0)

0,003* Não 52 (71,2) 21 (100,0) Motivo do uso das plantas (Dor no estomago)

Sim 13 (17,8) 0 (0,0) 0,036*

Não 60 (82,2) 21 (100,0) Motivo do uso das plantas (Dormir) Sim 06 (8,2) 0 (0,0)

0,332 Não 67 (91,8) 21 (100,0) Motivo do uso das plantas (Gripe) Sim 03 (4,1) 0 (0,0)

1,0 Não 70 (95,9) 21 (100,0) Motivo do uso das plantas (Mal-estar) Sim 04 (5,5) 0 (0,0)

0,572 Não 69 (94,5) 21 (100,0) Motivo do uso das plantas (Emagrecer) Sim 02 (2,7) 0 (0,0)

1,0 Não 71 (97,3) 21 (100,0)

Significância estatística (p<0,05) Fonte: Dados da pesquisa

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Vale salientar que não houve efeito significativo das associações entre o uso de plantas

medicinais e as complicações durante a gestação, assim como também entre os efeitos

colaterais citados pelas gestantes pesquisadas.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos da pesquisa foram atingidos, pois foi confirmado que as gestantes entrevistadas,

em sua maioria, usam as plantas medicinais sem ter conhecimento sobre os riscos oriundos do

uso indevido ou incorreto, e que isto pode ser ocasionado pela falta de informações sobre a

temática, assim como também por ser um assunto pouco abordado pelos profissionais de

saúde, indo ao encontro com a hipótese apresentada. É importante relatar que no decorrer da

pesquisa algumas intercorrências ocorreram como, o número repassado para a aluna foram

maiores do que o de gestantes realmente cadastradas e frequentes no pré-natal, a falta das

gestantes nas consultas de pré-natal, mudança de bairro ou cidade por algumas gestantes,

algumas paralisações da saúde a nível municipal e, partos.

Fica evidente com a pesquisa a importância da equipe de saúde, em especial os que

trabalham diretamente no pré-natal, as informações e atualizações sobre o uso de plantas

medicinais por gestantes, por meio de inúmeros materiais disponibilizados pela ANVISA,

como a Lista de Fitoterápicos disponíveis pelo SUS e o Memento Fitoterápico, este último

lançado no mês de julho de 2016.

Foi possível, durante a pesquisa, observar a importância do diálogo entre o enfermeiro,

as gestantes e familiares, valorizando o conhecimento popular, mas destacando a importância

da comprovação científica, para a tomada de consciência sobre os efeitos nocivos que as

plantas medicinais podem causar durante a gestação. Assim como também, deve ser

incentivado mais estudos, investimentos e informações (palestras educativas e ações

comunitárias), para os profissionais de saúde e a comunidade, em especial a gestante, para que

possam usar esta alternativa de tratamento com mais eficácia e segurança.

Intervenções educativas com a comunidade é importante para minimizar as práticas

errôneas, muitas vezes devido ao saber fragilizado e equivocado dos pacientes e adequá-las da

melhor maneira aos preceitos do uso racional e sustentável, de acordo com o PNPMF.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Prezada Sr (a), Esta pesquisa intitulada “UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE

A GESTAÇÃO” será desenvolvida por Josefina Dorotéa Nunes (Pesquisadora Associada),

aluna regularmente matriculada no Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de

Enfermagem Nova Esperança – FACENE-RN, sob orientação da Professora Doutora Andréa

Raquel Fernandes Carlos da Costa (Pesquisadora Responsável), tendo-se como objetivo geral

analisar o conhecimento das gestantes sobre o uso de plantas medicinais durante a gestação. E

como objetivos específicos: caracterizar a situação sociodemográfica das gestantes

entrevistadas; identificar o uso de plantas medicinais entre as gestantes; identificar a indicação

de plantas medicinais entre as gestantes; conhecer na opinião das gestantes sobre os riscos e

reações adversas do uso de plantas medicinais durante a gestação; verificar na opinião das

gestantes o acompanhamento pelo profissional de saúde na indicação de plantas medicinais

durante a gestação.

A sua participação nesta pesquisa não é obrigatória, porém contamos com a sua

contribuição no sentido de participar desta. E estaremos a inteira disposição para quaisquer

esclarecimentos que se façam necessários em qualquer etapa desta pesquisa. Informamos que

será garantido seu anonimato, bem como assegurada sua privacidade e o direito de autonomia

referente à liberdade de participar ou não da pesquisa, bem como o direito de desistir da

mesma a qualquer momento, sem dano algum.

Os dados serão coletados por meio de formulário contínuo que é elaborado com perguntas

referentes à temática pesquisada; e que posteriormente farão parte do trabalho de conclusão de

curso (monografia de graduação) da discente Josefina Dorotéa Nunes, e poderá ser publicado,

no todo ou em parte, em eventos científicos, periódicos, revistas e outros, tanto a nível

nacional e internacional. Por ocasião da publicação dos resultados, o seu nome será mantido

em sigilo.

Diante o exposto, agradecemos sua valiosa contribuição ao conhecimento científico.

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Eu, ____________________________________________________, declaro ter sido

informada e concordo em participar desta pesquisa, declarando que cedo os direitos do

material coletado e que fui devidamente esclarecida, estando ciente dos seus objetivos e da

sua finalidade, inclusive para fins de publicação futura, tendo a liberdade de retirar meu

consentimento, sem que isso me traga qualquer prejuízo. Estou ciente que receberei uma

cópia deste documento rubricada a primeira página e assinada a última por mim e pela

pesquisadora responsável, em duas vias, de igual teor, ficando uma via sob meu poder e outra

da pesquisadora responsável.

.

________________ , _____ de ____________ de 2016.

______________________________________________________ Profª. Dra. Andréa Raquel Fernandes Carlos da Costa (FACENE/RN)

(ORIENTADORA)

______________________________________________________ Participante da Pesquisa

Endereço Profissional da Pesquisadora Responsável: Avenida. Presidente Dutra, 701 – Alto de São Manoel, Mossoró/RN. CEP: 59.628-800 Tel. (84) 3312-0143. E-mail: [email protected]. Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança: Av. Frei Galvão, 12 – Bairro: Gramame – João Pessoa - Paraíba – Brasil. CEP: 58.067-695 – Fone: +55 (83) 2106-4790. E-mail: [email protected]

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APÊNDICE B - Termo de assentimento informado livre e esclarecido (Adolescentes com 12 anos completos, maiores de 12 anos e menores de 18 anos). Você está sendo convidado a participar da pesquisa “UTILIZAÇÃO DE PLANTAS

MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO”. Essa pesquisa será desenvolvida pela aluna

Josefina Dorotéa Nunes (Pesquisadora Associada), aluna regularmente matriculada no Curso

de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança – FACENE-

RN, sob orientação da Professora Doutora Andréa Raquel Fernandes Carlos da Costa

(Pesquisadora Responsável), tendo-se como objetivo geral analisar o conhecimento das

gestantes sobre o uso de plantas medicinais durante a gestação. E como objetivos específicos:

caracterizar a situação sociodemográfica das gestantes entrevistadas; identificar o uso de

plantas medicinais entre as gestantes; identificar a indicação de plantas medicinais entre as

gestantes; conhecer na opinião das gestantes sobre os riscos e reações adversas do uso de

plantas medicinais durante a gestação; verificar na opinião das gestantes o acompanhamento

pelo profissional de saúde na indicação de plantas medicinais durante a gestação.

Os dados serão coletados por meio de formulário contínuo que é elaborado com perguntas

referentes à temática pesquisada; e posteriormente farão parte do trabalho de conclusão de

curso (monografia de graduação) da discente Josefina Dorotéa Nunes, podendo ser publicado,

em eventos científicos, periódicos, revistas e outros, tanto em nível nacional e internacional.

Por ocasião da publicação dos resultados, o seu nome será mantido em sigilo.

Para participar deste estudo, o responsável por você deverá autorizar e assinar um termo de

consentimento. Você não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira.

Você será esclarecido(a) em qualquer aspecto que desejar e estará livre para participar ou

recusar-se. O responsável por você poderá retirar o consentimento ou interromper a sua

participação a qualquer momento. A sua participação nesta pesquisa não é obrigatória e

informamos que será garantido seu anonimato, bem como assegurada sua privacidade e o

direito de autonomia referente à liberdade de participar ou não da pesquisa, bem como o

direito de desistir da mesma a qualquer momento, sem dano algum.

Se você ou o responsável por você tiver(em) dúvidas em relação ao estudo, estaremos a

inteira disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários em qualquer etapa

desta pesquisa. Você poderá contatar o(a) pesquisador associado (a) do estudo, Josefina

Dorotéa Nunes, por meio do telefone (84) 987953160 .

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CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO: Eu li e discuti com o pesquisador associado responsável pela coleta de dados da pesquisa os detalhes descritos neste documento. Entendo que eu sou livre para aceitar ou recusar e que posso dizer “sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer “não” e desistir sem dar uma razão. Eu concordo que os dados coletados para o estudo sejam usados para o propósito acima descrito. Eu entendi a informação apresentada neste TERMO DE ASSENTIMENTO. Eu tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas perguntas foram respondidas. Eu receberei uma cópia assinada e datada deste TERMO DE ASSENTIMENTO. ______________________________________Assinatura do menor

______________________________________ Assinatura do(a) pesquisador(a)

.

________________ , _____ de ____________ de 2016.

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APÊNDICE C – Termo de compromisso do(a) pesquisador(a) responsável

Declaro que conheço e cumprirei as Resoluções Éticas Brasileiras, em especial a

Resolução CNS 466/2012 e suas Complementares em todas as fases da pesquisa Intitulada

“UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO”.

Comprometo-me submeter o protocolo à PLATBR, devidamente instruído ao CEP,

aguardando o pronunciamento deste, antes de iniciar a pesquisa, a utilizar os dados coletados

exclusivamente para os fins previstos no protocolo e que os resultados desta investigação

serão tornados públicos tão logo sejam consistentes, sendo estes favoráveis ou não, e que será

enviado o relatório final pela PLATBR, Via Notificação ao Comitê de Ética em Pesquisa

Facene/Famene até 31 de dezembro de 2016, como previsto no cronograma de execução.

Em caso de alteração do conteúdo do projeto (número de sujeitos de pesquisa,

objetivos, título, etc.) comprometo comunicar o ocorrido em tempo real, através da PLABR,

via Emenda.

Declaro encaminhar os resultados da pesquisa para publicação (Revista Brasileira de

Plantas Medicinais, Revista FITOS eletrônica, Revista Brasileira de Farmacognosia), com os

devidos créditos aos pesquisadores associados integrante do projeto, como também, os

resultados do estudo serão divulgados à Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró onde os

dados foram obtidos, como preconiza a Resolução 466/2012 MS/CNS e a Norma Operacional

Nº 001/2013 MS/CNS.

Estou ciente das penalidades que poderei sofrer caso infrinja qualquer um dos itens da

referida Resolução.

________________ , _____ de ____________ de 2016.

_________________________________________ Assinatura do(a) pesquisador(a) responsável

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APÊNDICE D - Roteiro de Formulário para coleta de dados para a pesquisa

FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA – MOSSORÓ/RN Roteiro de Formulário para coleta de dados para a pesquisa intitulada “UTILIZAÇÃO

DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO”

FORMULÁRIO nº ____ Data : _____/______/ _____

(1) Unidade de Saúde: ____________________________________________________

(2) Idade: ________

(3) Estado civil: ( ) casada ( ) solteira ( ) separada/divorciada ( ) União estável

(4) Renda Familiar: ( ) Até 1 salário mínimo ( ) de 1 a 3 salários mínimos

( ) 3 a 5 salários mínimos ( ) mais de 5 salários mínimos

(5) Grau de escolaridade ( ) sem estudo; ( ) ensino básico ( ) ensino fundamental

( ) ensino médio ( ) superior incompleto/completo

(6) Idade gestacional: ( ) 1º trimestre ( ) 2º trimestre ( ) 3º trimestre

(7) Você usa ou já fez uso de plantas medicinais durante a gestação?

( ) Sim ( ) Não

(8) Tem ou está tendo alguma complicação durante a gestação: ( ) Sim ( ) Não

(9) Quais plantas medicinais foram utilizadas (citar de 3 a 5 nomes)?

______________________________________________________________________

(10) Qual o motivo (mal estar, doença) do uso das plantas medicinais?

______________________________________________________________________

(11) Houve algum efeito colateral (indesejável) após o uso de plantas medicinais durante a

gestação? Qual?

______________________________________________________________________

(12) O uso das plantas medicinais teve acompanhamento de algum profissional de saúde? ( )

Sim ( ) Não

(13) Foi indicado por quem? ( ) Parente/Vizinho ( ) TV/Internet ( ) Automedicação ( )

Outros: _________________

(14) Tem conhecimento sobre os possíveis riscos procedentes do uso indevido ou incorreto de

plantas medicinais durante a gestação: ( ) Sim ( ) Não

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ANEXOS

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ANEXO A

Prefeitura Municipal de Mossoró Secretaria Municipal de Saúde Divisão de Educação em Saúde Coordenação de Integração Ensino-Serviço

CARTA DE ANUÊNCIA

Eu, LEODISE MARIA DANTAS SOARES CRUZ, representante legal da Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró, localizada à rua Pedro Álvares Cabral, 01 – Aeroporto – Mossoró/RN, venho através deste documento, conceder a anuência para a realização da pesquisa intitulada UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO, tal como foi submetida à Plataforma Brasil, sob a orientação do(a) Prof(a) Dra Andréa Raquel Fernandes Carlos da Costa, vinculada a Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró (FACENE/RN), a ser realizada no(a) UBS Vereador Lahyre Rosado; UBS Dr. Chico Costa; UBS Dr. José Fernandes de Melo; e UBS Maria Soares da Costa, no período de 15/08/2016 a 30/10/2016.

Declaro conhecer e cumprir as resoluções Éticas Brasileiras, em especial a resolução 466/12 CNS/MS e suas complementares.

Esta instituição está ciente de suas responsabilidades, como instituição coparticipante do presente projeto de pesquisa e de seu cumprimento no resguardo da segurança e bem estar dos participantes de pesquisa nela recrutados, dispondo de infraestrutura necessária para a garantia de tal segurança e bem estar.

Ciente dos objetivos, métodos e técnicas que serão usados nesta pesquisa, concordo em fornecer todos os subsídios para seu desenvolvimento, desde que seja assegurado o que segue abaixo: 1) O cumprimento das determinações éticas da Resolução 466/12; 2) A garantia de solicitar e receber esclarecimentos antes, durante e depois do desenvolvimento da pesquisa; 3) Que não gerará nenhuma despesa para a Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Mossoró; 4) A liberdade de retirar a anuência a qualquer momento da pesquisa sem penalidade ou prejuízos. Antes de iniciar a coleta de dados o/a pesquisador/a deverá apresentar a esta Instituição o Parecer Consubstanciado devidamente aprovado, emitido por Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, credenciado ao Sistema CEP/CONEP.

Mossoró, _____ de ____________ de _______.

____________________________________

Leodise Maria Dantas Soares Cruz Secretária Municipal de Saúde

CPF: 590.966.084-53

Page 55: UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A … · concluído que a maioria das plantas medicinais são contraindicadas durante o período ... uso de plantas medicinais durante a

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ANEXO B

APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA

Sr. (a) Pesquisador (a),

O projeto UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A

GESTAÇÃO com número CAAE 58695316.6.0000.5179, tem data de início prevista

para 12/09/2016.

Atenciosamente,

Plataforma Brasil