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VACINAÇÃO EM PREMATUROS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES Sumário 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 2 2. VACINAÇÃO EM PREMATUROS ......................................................................................... 3 2.1 BCG ................................................................................................................................ 5 2.2 Hepatite B ....................................................................................................................... 5 2.3 Palivizumabe .................................................................................................................. 5 2.4 Pneumocócica Conjugada .............................................................................................. 6 2.5 Influenza ......................................................................................................................... 6 2.6 Poliomielite ..................................................................................................................... 6 2.7 Rotavírus ........................................................................................................................ 6 2.8 Tríplice Bacteriana .......................................................................................................... 6 2.9 Haemophilus influenzae b............................................................................................... 6 2.10 Demais Vacinas............................................................................................................. 7 3. VACINAÇÃO EM CRIANÇAS COM PESO MAIOR OU IGUAL A 2KG ................................. 7 3.1 Vacinação com BCG ..................................................................................................... 11 3.2 Hepatite B...................................................................................................................... 13 3.3 Pentavalente ................................................................................................................. 13 3.4 Difteria, Coqueluche e Tétano - DPT............................................................................. 14 3.5 Hib Vacina Haemophilus influenzae b ........................................................................ 14 3.6 Vacina contra Poliomielite IPV e OPV ........................................................................... 14 3.7 Vacina oral Rotavírus humano ...................................................................................... 14 3.8 Vacina Pneumocócica: .................................................................................................. 15 3.9 Vacina Meningocócica C (conjugada) ........................................................................... 16 3.10 Vacina Febre Amarela (atenuada)................................................................................. 16 3.11 Tríplice Viral Sarampo, Caxumba e Rubéola ............................................................. 17 3.12 Varicela ......................................................................................................................... 17 3.13 Tetra viral ou quádrupla viral Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela ..................... 19 3.14 Influenza (gripe)............................................................................................................ 20 3.15 Hepatite A...................................................................................................................... 20 3.16 Vacina Tríplice Bacteriana acelular (DTPa) ................................................................... 21 3.17 HPV ............................................................................................................................... 21 4 VACINAÇÃO EM ADOLESCENTES ................................................................................... 22 5 CAMPANHAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO ..................................................................... 24 Referências ................................................................................................................................ 24

VACINAÇÃO EM PREMATUROS, CRIANÇAS E … · 3.4 Difteria, Coqueluche e Tétano - DPT ... medicamento pelo SUS, os pacientes dos municípios de Belo Horizonte, Betim e Contagem devem

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VACINAÇÃO EM PREMATUROS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Sumário

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 2 2. VACINAÇÃO EM PREMATUROS ......................................................................................... 3

2.1 BCG ................................................................................................................................ 5 2.2 Hepatite B ....................................................................................................................... 5 2.3 Palivizumabe .................................................................................................................. 5 2.4 Pneumocócica Conjugada .............................................................................................. 6 2.5 Influenza ......................................................................................................................... 6 2.6 Poliomielite ..................................................................................................................... 6 2.7 Rotavírus ........................................................................................................................ 6 2.8 Tríplice Bacteriana .......................................................................................................... 6 2.9 Haemophilus influenzae b ............................................................................................... 6 2.10 Demais Vacinas ............................................................................................................. 7

3. VACINAÇÃO EM CRIANÇAS COM PESO MAIOR OU IGUAL A 2KG ................................. 7 3.1 Vacinação com BCG ..................................................................................................... 11 3.2 Hepatite B ...................................................................................................................... 13 3.3 Pentavalente ................................................................................................................. 13 3.4 Difteria, Coqueluche e Tétano - DPT ............................................................................. 14 3.5 Hib – Vacina Haemophilus influenzae b ........................................................................ 14 3.6 Vacina contra Poliomielite IPV e OPV ........................................................................... 14 3.7 Vacina oral Rotavírus humano ...................................................................................... 14 3.8 Vacina Pneumocócica: .................................................................................................. 15 3.9 Vacina Meningocócica C (conjugada) ........................................................................... 16 3.10 Vacina Febre Amarela (atenuada)................................................................................. 16 3.11 Tríplice Viral – Sarampo, Caxumba e Rubéola ............................................................. 17 3.12 Varicela ......................................................................................................................... 17 3.13 Tetra viral ou quádrupla viral – Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela ..................... 19 3.14 Influenza (gripe)............................................................................................................ 20 3.15 Hepatite A ...................................................................................................................... 20 3.16 Vacina Tríplice Bacteriana acelular (DTPa) ................................................................... 21 3.17 HPV ............................................................................................................................... 21

4 VACINAÇÃO EM ADOLESCENTES ................................................................................... 22 5 CAMPANHAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO ..................................................................... 24 Referências ................................................................................................................................ 24

2

1. INTRODUÇÃO

A imunização é um dos meios mais eficazes de combate às doenças infecciosas. Um grande

avanço da medicina nas últimas décadas deveu-se ao progresso da imunologia, com o desenvolvimento

de novas vacinas e aperfeiçoamento das já existentes. Este fato contribuiu para a prevenção das

doenças, transformando radicalmente a morbidade e mortalidade nos países em desenvolvimento, em

especial na população pediátrica.1

No Brasil, no ano de 1973 foi criado o Programa Nacional de Imunização – PNI, programa de

referência internacional em imunização. O PNI instituiu em todo o território nacional, o Calendário

Básico de Vacinação da Criança e do Adolescente que deve ser adotado obrigatoriamente nas

unidades de saúde do Sistema Único de Saúde.2,3 Com a vacinação o Brasil conseguiu erradicar a

varíola em 1973, a poliomielite em 1989 e em 2001 a eliminação da transmissão autóctone do

sarampo.4

No segundo semestre de 2012, o PNI determinou modificações no calendário vacinal da criança.

Foi introduzida a vacina pentavalente que combina a atual vacina tetravalente (difteria, tétano,

coqueluche), Haemophilus influenzae tipo b com a vacina contra a hepatite B. Outra mudança foi a

vacina injetável contra a poliomielite, feita com vírus inativado. A nova vacina será utilizada no calendário

de rotina, em paralelo com a campanha nacional de imunização, essa realizada com as duas gotinhas

da vacina oral. A injetável, no entanto, só será aplicada nas crianças que estão iniciando o calendário

de vacinação.3 Em setembro de 2013 foi introduzida a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e

varicela), exclusivamente, para as crianças de 15 meses de idade, que tenham recebido a 1ª dose da

vacina tríplice viral.5 Em março de 2014 foi iniciada a vacinação contra o HPV, pelo Sistema Único de

Saúde, para meninas de 11 a 13 anos, e a meta é vacinar 80% desta população. Em 2015 será

oferecida a meninas de 9 a 11 anos, e a partir de 2016 somente para meninas de 9 anos de idade.6 Em

abril de 2014 a idade para vacinação contra influenza passa a ser até os 5 anos.7 Em julho de 2014 foi

disponibilizada na rede pública de saúde a vacina hepatite A em dose única para aplicação de na faixa

etária de 1 ano até os 1 ano e 11 meses de idade.

Algumas vacinas disponíveis ainda não foram adotadas pelo PNI, mas são indicadas pelas

Sociedades Brasileiras de Pediatria e Imunização e órgãos internacionais como o Center for Diseases

Control and Prevention - CDC e encontram-se disponíveis na rede privada. Será apresentado a seguir,

o calendário nacional após as mudanças com as vacinas disponíveis na rede SUS, além do calendário

que inclui as vacinas disponíveis na rede privada para crianças, incluindo as prematuras e

adolescentes.8,9,10

3

2. VACINAÇÃO EM PREMATUROS

Os recém-nascidos prematuros e aqueles pequenos para a idade gestacional, que tenham peso

de nascimento maior ou igual a 2.000 gramas, e não apresentam contraindicações clínicas, devem

receber as vacinas do calendário de imunizações normalmente, incluindo as vacinas aplicadas no

período neonatal: BCG e hepatite B.

O calendário deve ser seguido, e as doses subsequentes aplicadas nas idades cronológicas

correspondentes. As doses das vacinas são as mesmas aplicadas nas outras crianças.9,10

Os recém-nascidos prematuros e os pequenos para idade gestacional, com peso de nascimento inferior

a 2 kg, não devem receber a vacina contra a tuberculose (BCG) até que atinjam o peso de 2 kg.10,11

Com relação à vacina hepatite B, pode ocorrer redução na soroconversão naqueles com peso inferior a

2 kg, quando administrada no momento do nascimento.12 Caso a mãe seja HbsAg positiva, o recém-

nascido deverá receber também a imunoglobulina hiperimune para hepatite B, até 12 horas após o

nascimento.9,10

Os prematuros que desenvolvem doença respiratória crônica têm indicação de profilaxia para a

doença respiratória causada pelo vírus respiratório sincicial (VRS). O Ministério da Saúde aprovou em

maio de 2013 o protocolo para utilização do palivizumabe no Brasil. A utilização de uma injeção mensal,

no máximo de 5 doses, de anticorpo monoclonal específico (palivizumabe) para o VRS, durante a época

epidêmica (março a setembro), está indicada nas seguintes situações:13

todos os recém-nascidos prematuros com idade gestacional abaixo de 28 semanas até um ano

de idade;

todos os recém-nascidos prematuros com idade gestacional de 29 a 32 semanas até seis meses

de idade;

todos os prematuros que tenham desenvolvido doença pulmonar crônica, com necessidade de

oxigênio nos seis meses anteriores ao período epidêmico (março a setembro), devem receber

profilaxia até dois anos de idade.

As vacinas no prematuro devem ser adiadas se as condições hemodinâmicas estiverem instáveis ou

na presença de sepse, distúrbios infecciosos ou metabólicos, doença infecciosa aguda ou outras

patologias graves.14

Além da vacinação do prematuro, é importante que todos os funcionários da Unidade Neonatal, pais

e cuidadores sejam vacinados para influenza, varicela (se suscetíveis), além da administração de uma

dose da vacina tríplice acelular do tipo adulto, a fim de evitar a transmissão dessas infecções ao RN.14

4

As recomendações, esquemas e cuidados especiais para prematuros encontram-se descritas no

Quadro1.

QUADRO1 - ESQUEMA DE VACINAÇÃO PARA PREMATUROS

Vacinas Recomendações, Esquemas e Cuidados Especiais

ID-BCG Dose única. Não vacinar se peso inferior a 2 kg. Vacinar se peso > a 2 kg ou idade de 1 mês.

Hepatite B

Aplicar a primeira dose logo ao nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, e, posteriormente, as outras duas doses (esquema 0-1 ou 2-6 meses). Nos RNs com menos de 33 semanas de gestação e/ou com menos de 2.000 g de peso ao nascimento, usar o esquema com quatro doses (esquema 0-1-2-6 meses)

Palivizumabe A primeira dose deve ser administrada um mês antes do início do período de sazonalidade do VSR e as quatro doses subseqüentes devem ser administradas com intervalos de 30 dias durante este período no total de até 5 doses. Na região sudeste a fase sazonal é considerada de março a setembro.

13

Recomendado para prematuros:14

a) com idade gestacional inferior a 29 semanas até 1 ano de idade, de 29 a 32 semanas até 6 meses de idade,

b) cardiopatas ou portadores de doença pulmonar crônica até 2 anos de idade, desde que em tratamento clínico para essas condições nos últimos seis meses;

c) de 32 a 35 semanas com até seis meses de vida que apresentem dois ou mais fatores de risco: criança institucionalizada, irmão em idade escolar, poluição ambiental, doenças neuromusculares e anomalias congênitas de vias aéreas.

O palivizumabe é liberado pelo SUS nas seguintes situações:13

a) Crianças com menos de 1 ano de idade que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas.

b) Crianças com até 2 anos de idade com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada.

Pneumocócica conjugada

Iniciar o mais precocemente possível (aos dois meses), respeitando a idade cronológica. Três doses: aos 2, 4 e 6 meses e um reforço aos 15 meses.

Influenza (gripe) Respeitando a idade cronológica e a sazonalidade da circulação do vírus. Duas doses a partir dos seis meses com intervalo de 30 dias entre elas.

Poliomielite Utilizar somente vacina inativada (injetável) em recém-nascidos internados na unidade neonatal.

Rotavírus Não utilizar a vacina em ambiente hospitalar.

Tríplice bacteriana Preferencialmente utilizar vacinas acelulares

Haemophilus tipo b As vacinas combinadas de DTPa com Hib e outros antígenos são preferenciais, permitem a aplicação simultânea e se mostraram eficazes e seguras para os RNPTs.

Considerações especiais sobre as vacinas nos prematuros13,14,15

5

2.1 BCG Poucos estudos mostram eventual diminuição da resposta imune ou eventos

adversos aumentados com o BCG em menores de 1.500 g a 2.000 g. Por precaução

aguardar o peso de 2.000 g para vacinar.

2.2 Hepatite B Os RNs de mães portadoras do vírus da hepatite B devem receber ao nascer,

além da vacina, imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 mL via

intramuscular, logo após o nascimento, até, no máximo, o sétimo dia de vida. Em função da

menor resposta à vacina em bebês nascidos com idade gestacional inferior a 33 semanas

e/ou com menos de 2.000 g, desconsidera-se a primeira dose, e utiliza-se o esquema 0-1-

2-6 meses. A vacina deve ser aplicada via intramuscular no vasto lateral da coxa e a HBIG

na perna contralateral.

2.3 Palivizumabe Trata-se de um anticorpo monoclonal específico contra o Vírus Sincicial

Respiratório (VSR), que está indicado para prematuros e crianças de maior risco. Deve ser

aplicado nos meses de maior circulação do vírus (março a setembro). Tem-se mostrado

eficaz na prevenção das doenças graves pelo VSR por apresentar atividade neutralizante e

inibitória da fusão contra este vírus. A administração mensal do palivizumabe durante a

sazonalidade do VSR reduziu de 45% a 55% a taxa de hospitalização relacionada à

infecção por este vírus. Observou- se também que, entre as crianças internadas, o

tratamento prévio com palivizumabe diminuiu significativamente o número de dias de

hospitalização e o número de dias com necessidade aumentada de oxigênio.

O palivizumabe é comercializado no Brasil em caixas com um frasco de 100mg na forma de pó

liofilizado estéril para reconstituição e uma ampola de diluente com 1,0 mL de água para injetáveis.

O palivizumabe não deve ser utilizado em crianças com histórico de reação anterior grave à sua

aplicação ou a qualquer de seus excipientes ou a outros anticorpos monoclonais humanizados. As

reações adversas mais comuns são: infecções do trato respiratório superior, otite média, rinite, faringite,

erupção cutânea e dor no local da injeção.

Reações alérgicas, incluindo muito raramente a anafilaxia, foram relatadas após a administração

de palivizumabe. Medicamentos para o tratamento de reações graves de hipersensibilidade, incluindo

anafilaxia, devem estar disponíveis para uso imediato, acompanhando a administração de palivizumabe.

A Portaria 522, do Ministério da Saúde, publicada em maior de 2013 aprovou o protocolo de

utilização do Palivizumabe nas seguintes situações: crianças com menos de 1 ano de idade que

nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas e crianças com até 2 anos

6

de idade com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita, com repercussão hemodinâmica

demonstrada.13 No entanto, a compra do Palivizumabe, no momento, é realizada pela Secretaria

Estadual de Saúde de Minas Gerais e somente realizado no Hospital João Paulo II (antigo Centro Geral

de Pediatria – CGP), da Fundação Hospitalar de Minas Gerais. Em caso de administração do

medicamento pelo SUS, os pacientes dos municípios de Belo Horizonte, Betim e Contagem devem ser

encaminhados para esse hospital, localizado na Alameda Ezequiel Dias, 345.

2.4 Pneumocócica Conjugada RNPTs e de baixo peso ao nascer apresentam maior risco

para o desenvolvimento de doença pneumocócica invasiva, que aumenta quanto menor a

idade gestacional e o peso ao nascimento. O esquema deve ser iniciado o mais

precocemente possível.

2.5 Influenza A indicação rotineira da vacina influenza em lactentes a partir dos 6 meses de

idade é reforçada nos prematuros,pois estes apresentam maior morbidade e mortalidade

relacionadas à doença. Caso a criança complete seis meses após os meses de inverno,

pode-se optar por adiar a aplicação da vacina influenza para os meses do outono

subsequente, no esquema habitual de duas doses na primovacinação.

2.6 Poliomielite Devido ao risco teórico de disseminação do vírus vacinal em população de

imunodeprimidos, o uso da vacina oral está contraindicado enquanto o RN permanecer

hospitalizado.

2.7 Rotavírus Por se tratar de vacina de vírus vivos atenuados, a imunização para o rotavírus

só deve ser realizada após a alta hospitalar, respeitando-se a idade máxima limite para

administração da primeira dose. A vacina deve ser contraindicada em prematuros

submetidos à cirurgia gastrintestinal.

2.8 Tríplice e Bacteriana A utilização de vacinas acelulares reduz o risco de apneias, crises

de cianose e episódios convulsivos após aplicação da vacina tríplice bacteriana.

2.9 Haemophilus influenzae b A resposta do prematuro à vacinação contra Hib vem sendo

amplamente estudada quanto à sua imunogenicidade, especialmente quanto à combinação

com a vacina tríplice bacteriana do tipo acelular. A despeito de um menor título anti-PRP

evidenciado em prematuros, diretamente relacionado com peso e idade gestacional, a

soroproteção pós-dose de reforço é semelhante à do RNT, evidenciando a importância

7

dessa estratégia. Na rede pública, para os RNPTs extremos, a DTPa é disponibilizada

pelos CRIES e, nesses casos, a conduta do Ministério da Saúde é adiar a aplicação da

vacina Haemophilus influenzae b (Hib) para 15 dias após a DTPa. O reforço da vacina Hib

deve ser aplicado nessas crianças aos 15 meses de vida.

2.10 Demais Vacinas O calendário da criança deve ser seguido de acordo com a idade

cronológica. A resposta imune às demais vacinas pode ser menor, mas em geral atinge

níveis satisfatórios de proteção.

3. VACINAÇÃO EM CRIANÇAS COM PESO MAIOR OU IGUAL A 2 kg

No quadro 2 estão descritas as indicações da vacinação em crianças com peso maior ou igual a 2 kg.

8

QUADRO 2 - ESQUEMA DE VACINAÇÃO PARA CRIANÇA INCLUINDO VACINAS DISPONÍVEIS NA REDE PRIVADA 2014

Vacinas a serem aplicadas / Idade

Ao nascer 2m 3m 4m 5m 6m 9m 12m 15m 18m 2 anos 4 a 6 anos

10 anos

ID BCG Dose única

Hepatite B– SUS*

Dose única

Hepatite B–Sbim*

1ª. d 2ª. d 3ª. d

Pentavalente#

1ª. d 2ª. d 3ª. d

DPT-SUS 1º. r 2º. r

DPT/dPTaSbim# 1ª. d 2ª. d 3ª. d 1º. r 2º. r

Hib 1º. r

IPV 1ª. d 2ª. d

OPV 3ª. d 4ª. d

Rotavírus Mono 1ª. d 2ª. d

Rotavírus Penta 1ª. d 2ª. d 3ª. d

Pneumocócica 1ª. d 2ª. d 3ª. d 1º. r

Meningo C 1ª. d 2ª. d 1º. r 2º. r

Febre Amarela 1ª. d 1º. r

SRC – Tríplice Viral - PNI

1ª. d

SRC + Varicela – Tetra Viral - PNI

1ª. d

SRCV – Tetra Viral - SBP

1ª. d 2ª. d

SRC – Tríplice Viral - Sbim

1ª. d 2ª. d

Varicela – Sbim 1ª. d 2ª. d

Hepatite A € 1ª. d 2ª. d

Influenza 1ª. d 2ª. d Anualmente até os 5 anos de idade / A partir de 5 anos

HPV Meninos e meninas a partir dos 9 anos de idade - Meninas 11 a 13 anos de idade (disponível a partir de 2014)&

Adaptado de Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº- 1498, de 19 de julho de 2013;novas recomendações de vacinação na criança da Sociedade Brasileira de Imunizações (http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2013/10/crianca_calendarios-sbim_2013-2014_130916.pdf )e Calendário Vacinal da Sociedade Brasileira de Pediatria 2013 (http://www.sbp.com.br/pdfs/calendarioVacinal2013_aprovado1.pdf) e

9

Centers for DiseaseControlandPrevention. Recommendations and Reports.Recommended Immunization Schedules for Persons Aged 0 Through 18 Years and Adults Aged 19 Years and Older — United States, 2013.http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm62e0128.pdf. Ministério da Saúde. Informe Técnico. Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Brasília - DF. 2014 *Na rede pública de acordo com o PNI será realizada 01 dose de hepatite B ao nascimento e 3 doses de pentavalente, completando 4 doses de hepatite B; #Se a opção, na rede privada, for a realização da tríplice bacteriana acelular ou DPT separadamente, a criança receberá 01 dose de vacina hepatite B ao nascimento, a segunda dose aos 2 meses de vida e a terceira dose aos 6 meses de vida, completando 3 doses de vacina hepatite B. & A partir de março de 2014 a vacina estará disponível na rede pública de saúde para meninas de 11 a 13 anos de idade. Em 2015 a faixa etária será de 9 a 11 anos e em 2016 aos 9 anos de idade. Não há previsão de liberação da vacina para meninos pelo Ministério da Saúde. € - Disponível na rede pública em dose única para ser realizada na faixa etária de 1 ano até 1 ano e 11 meses de idade. Vacinas disponíveis nas unidades de saúde do SUS

Vacinas não disponíveis nas unidades de saúde do SUS para vacinação de rotina. As vacinas dPTa e hepatite A encontram-se disponíveis no CRIE para situações especiais.

Legenda

ID BCG Vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) intra dérmica

Hepatite A Vacina Hepatite A

Hepatite A e B Vacina conjugada contra hepatite A e B

Hepatite B Vacina Hepatite B

Pentavalente Vacina contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophylus influenza tipo B e Hepatite B

DTP Vacina contra difteria, tétano e coqueluche (forma celular)

dTPa Vacina contra difteria, tétano e coqueluche (forma acelular)

Hib Vacina contra o Haemophilus influenzae B

IPV Vacina injetável contra pólio – vírus inativado

OPV Vacina oral contra pólio – vírus vivo atenuado

Rotavírus Mono Vacina contra Rotavirus Monovalente - disponível na rede pública e privada

Rotavírus Penta Vacina contra Rotavirus Pentavalente – disponível na rede privada

Pneumocócica Vacina Pneumocócica 10 ou 13 valente (conjugada)

Meningo C Vacina Meningocócica C conjuga

Meningite Quadrivalente Vacina contra os sorotipos do meningococo A, C, W135 e Y

Febre Amarela Vacina Febre Amarela

SRC – Tríplice Viral - PNI Vacina contra Sarampo, Rubéola e Caxumba – indicações do Programa Nacional de Imunização – Ministério da Saúde

SRC + Varicela – Tetra Viral - PNI

Vacina contra Sarampo, Rubéola, Caxumba e Varicela – indicações do Programa Nacional de Imunização – Ministério da Saúde

SRCV – Tetra Viral - SBP Vacina contra Sarampo, Rubéola, Caxumba e Varicela – indicações da Sociedade Brasileira de Pediatria

SRC – Tríplice Viral - SBIM Vacina contra Sarampo, Rubéola e Caxumba – indicações da Sociedade Brasileira de Imunização

10

Varicela – SBIM Vacina contra Varicela – indicações da Sociedade Brasileira de Imunização

Influenza Vacina Influenza (gripe)

HPV Vacina contra o papiloma vírus humano – quadrivalente (contra o HPV 6,11,16 e 18) e bivalente (contra o HPV 16 e 18)

Considerações sobre as vacinas indicadas nas crianças

3.1 Vacinação com BCG (normas do Programa Nacional de Controle da Tuberculose –

2011)11

No Brasil, a vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças de 0 a quatro anos de

idade, sendo obrigatória para menores de um ano. Em função da elevada prevalência de infecção

tuberculosa em nosso meio, as crianças devem ser vacinadas o quanto antes, se possível logo após o

nascimento.

A vacina exerce poder protetor contra as manifestações graves da primoinfecção, como as

disseminações hematogênicas e a meningoencefalite em menores de cinco anos, mas não evita a

infecção tuberculosa. A imunidade se mantém por 10 a 15 anos. Não protege os indivíduos já infectados

pelo M. tuberculosis.

Indicações

I. Recém-nascidos, desde que tenham peso igual ou superior a 2 kg e sem

intercorrências clínicas, incluindo os recém-nascidos de mães com aids.

(assintomáticos e/ou sem imunodepressão). Sempre que possível, a vacina deve ser

aplicada ainda na maternidade.

Nota:

A vacina não deve ser realizada no momento do nascimento se o RN for contato de pessoa com

tuberculose pulmonar bacilífera. Neste caso, inicia-se o tratamento para tuberculose latente com

isoniazida 10mg/kg/dia, durante três meses. Realiza-se o exame de PPD, se for não reator,

interrompe-se o tratamento e realiza-se a vacinação. Nos casos que este se mostrar reator, não

será necessário realizar a vacina.

II. Crianças com menos de cinco anos de idade que nunca foram vacinadas.

III. Contatos de doentes com hanseníase: recomenda-se a aplicação da vacina BCG

para contatos intradomiciliares de hanseníase sem presença de sinais e sintomas de

hanseníase no momento da avaliação, independente de serem contatos de casos

paucibacilares (PB) ou multibacilares (MB). O intervalo recomendado para a 2ª dose

da vacina BCG é no mínimo de 6 meses da 1ª dose (considerada a cicatriz por BCG

prévia com a 1ª dose, independente do tempo de aplicação). A 2ª dose de BCG deve

12

ser aplicada 1 a 2 cm acima da cicatriz. A aplicação da vacina BCG depende da

história vacinal. Na ausência de cicatriz ou na presença de uma cicatriz de BCG

prescrever uma dose. Se tiver duas cicatrizes de BCG: não há indicação de nova

dose.

Notas:

A) Contatos intradomiciliares de hanseníase com menos de 1 ano de idade, já vacinados, não

necessitam da aplicação de outra dose de BCG;

B) Contatos intradomiciliares de hanseníase com mais de 1 ano de idade, já vacinados

com a primeira dose, devem seguir as instruções acima;

C) Na incerteza de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intradomiciliares, recomenda- se a

aplicação de uma dose, independentemente da idade.

IV. Revacinação: está indicada quando a criança foi vacinada ao nascimento e não apresenta cicatriz

vacinal após 6 meses. Revacinar apenas uma vez, mesmo que a ausência de cicatriz persista.

Contra- indicações e precauções

I. Contraindicações relativas

Recém-nascidos com peso inferior a 2 quilos.

Afecções dermatológicas no local da vacinação ou generalizadas.

Uso de imunodepressores (prednisona na dose de 2mg/kg/dia ou mais para crianças) ou

submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia,

etc.). A vacina BCG deverá ser adiada até três meses após o tratamento com

imunossupressores ou corticosteróides em doses elevadas.

Em todas as situações descritas a vacinação deverá ser adiada.

II. Contraindicações absolutas

Crianças com aids (crianças HIV positivas sem aids podem ser vacinadas)

Imunodeficiência congênita.

Eventos adversos e conduta

As complicações da vacina BCG, aplicada por via intradérmica, são pouco freqüentes e a maior

parte resulta do tipo de cepa, técnica imperfeita, como aplicação profunda (subcutânea), inoculação de

13

dose excessiva ou contaminação. Além disso, as outras complicações incluem abscessos no local da

aplicação, úlcera de tamanho exagerado (>1cm) e gânglios flutuantes e fistulizados.

O tratamento é feito com a administração de isoniazida, na dosagem de 10mg/kg de peso (até,

no máximo, 300 mg), diariamente, até a regressão da lesão, em geral, em torno de 45 dias. Os

abscessos frios e os gânglios enfartados podem ser puncionados quando flutuantes, mas não devem

ser incisados.

Outras complicações, como lupus vulgarise, osteomielite são raras, não havendo registro de ocorrência

no Brasil. Lesões generalizadas são ainda mais raras e, em geral, associadas à deficiência imunológica.

Nos casos de reação lupóide, lesões graves ou generalizadas (acometendo mais de um órgão) o

tratamento deve ser realizado com isoniazida (10mg/kg/dia); rifampicina (10mg/kg/dia); etambutol

(25mg/kg/dia) por 2 meses, seguido de isoniazida (10mg/kg/dia); rifampicina (10mg/kg/dia) - 4 meses.

3.2 Hepatite B

De acordo com o novo calendário proposto, a vacina contra Hepatite B será realizada em dose

única, preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, no intuito de prevenir a transmissão

vertical. Três outras doses serão administradas como componente da vacina pentavalente de acordo

com a indicação do PNI. Se a opção for não realizar a vacina pentavalente, disponível na rede pública

de saúde, optando-se pela administração separada da Hepatite B, esta deverá ser administrada, após a

primeira dose ao nascimento, aos 2, 4 e 6 meses de idade.3 Se a opção for utilizar esquemas com

vacinas acelulares e não a pentavalente, o esquema de vacinação para hepatite B com três doses

poderá ser mantido.8.9,10

Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães portadoras da hepatite B

administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG), disponível nos Centros de

Referência para Imunobiológicos Especiais –CRIE,16 nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias

após o nascimento. Administrar a vacina e a HBIG em locais anatômicos diferentes. A amamentação

não traz riscos adicionais ao RN que tenha recebido a primeira dose da vacina e a imunoglobulina.9

Endereço do CRIE BH: Rua Paraíba, nº 890, Bairro Funcionários. Telefone: 3246 5026.

3.3 Pentavalente

Esta vacina combina os componentes contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae

tipo b e Hepatite B. A coqueluche na vacina DPT é composta por células inteiras. Deve ser aplicada aos

dois, aos quatro e aos seis meses de idade. Com o novo esquema, além da pentavalente, a criança

manterá os dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro a partir dos 12

meses e, o segundo reforço, entre 4 e 6 anos.10 Apesar da vacina, com componente de células inteiras

14

da coqueluche, ser bem tolerada, na rede privada é possível a administração da vacina contendo a

forma acelular.8,10

3.4 Difteria, Coqueluche e Tétano - DPT

Será administrada como reforço aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 anos de idade.

Importante: a idade máxima para administrar esta vacina é aos 6 anos 11meses e 29 dias.10

3.5 Hib – Vacina Haemophilus influenzae b

Recomenda-se o reforço aos 15-18 meses, principalmente quando forem utilizadas, na serie

básica, vacinas Hib nas combinações com DTPa.10 A quarta dose contribui para diminuir o risco de

ressurgimento de doença invasiva pelo Hib a longo prazo.8 Segundo o ACIP, a quarta dose deve ser

utilizada se a criança recebeu as três primeiras doses até os 12 meses de idade ou se for uma criança

de alto risco para infecção disseminada pelo Hib, independente da idade que tenha recebido as 3

primeiras doses.9

3.6 Vacina contra Poliomielite IPV e OPV

A vacina injetável inativada (IPV) deve ser realizada no segundo e quarto meses de vida. A vacina

oral com vírus atenuado deve ser realizada no sexto e décimo quinto meses de vida e durante as

campanhas nacionais de vacinação para crianças com idade inferior a cinco anos.

Considerar para o reforço o intervalo mínimo de seis meses após a última dose.3

3.7 Vacina oral Rotavírus humano

Vacina rotavírus monovalente (disponível na rede pública e privada): administrar duas doses, a primeira

aos 2 meses de idade (podendo ser feita a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias) e a

segunda dose aos 4 meses de idade (podendo ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7

meses e 29 dias). Manter intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Se a criança regurgitar, cuspir ou

vomitar após a vacinação, não repetir a dose. A vacina rotavírus pentavalente está disponível apenas

na rede privada, com esquema de três doses: a primeira dose aos 2 meses, a segunda dose aos 4

meses e a terceira dose aos 6 meses de vida, sendo que a primeira dose deverá ser administrada até 3

meses e 15 dias de idade e a última dose até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses

deverá ser de 30 dias.

15

3.8 Vacina Pneumocócica

No primeiro semestre de vida, administrar 3 (três) doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo

entre as doses é de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Fazer um reforço, preferencialmente, entre 12 e 15

meses de idade, considerando o intervalo mínimo de seis meses após a 3ª dose. Crianças de 7-11

meses de idade: o esquema de vacinação consiste em duas doses com intervalo de pelo menos 1 (um)

mês entre as doses. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses, com intervalo de

pelo menos 2 meses.3

A vacina PCV10 é recomendada até os dois anos e a PCV13 até os cinco anos de idade. Há

indicação de dose extra com a PCV13, com objetivo de ampliar a proteção para as crianças até cinco

anos que receberam a vacina PCV10, respeitando-se o intervalo de dois meses da última dose.

Crianças e adolescentes com risco podem receber a vacina PCV13 até os 18 anos e, nesses casos,

também a vacina polissacarídica 23 valente (intervalo de dois meses entre elas). Quando a aplicação

das vacinas 10 ou 13 não tiver sido iniciada aos dois meses de vida, o esquema de sua administração

varia conforme a idade em que a vacinação for iniciada: entre sete e 11 meses de idade, duas doses

com intervalo de dois meses, e terceira dose aos 15 meses de idade; entre 12 e 23 meses de idade,

duas doses com intervalo de dois meses; a partir do segundo ano de vida, dose única, exceto em

imunodeprimidos, que devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas.10

Riscos para doença pneumocócica invasiva (nestas situações a vacinação pode ser feita no CRIE):16

HIV/aids;

Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;

Pneumopatias crônicas, exceto asma;

Asma grave em usos de corticóide em dose imunossupressora;

Cardiopatias crônicas;

Nefropatias crônicas/hemodiálise/síndrome nefrótica;

Transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea;

Imunodeficiência devido a câncer ou imunossupressão terapêutica;

Diabetes mellitus;

Fístula liquórica;

Fibrose cística (mucoviscidose);

Doenças neurológicas crônicas incapacitantes;

Implante de cóclea;

Trissomias;

Imunodeficiências congênitas;

Hepatopatias crônicas;

16

Doenças de depósito;

Crianças menores de 1 ano de idade, nascidas com menos de 35 semanas

de gestação e submetidas à assistência ventilatória (CPAP ou ventilação

mecânica).

Nos casos de esplenectomia eletiva, a vacina deve ser aplicada, pelo

menos, duas semanas antes da cirurgia.

Em casos de quimioterapia, a vacina deve ser aplicada preferencialmente 15 dias antes do

início da QT.

3.9 Vacina Meningocócica C (conjugada)

Administrar duas doses, aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias e

mínimo de 30 dias. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade.3 A

vacina quadrivalente ACWY está licenciada para crianças a partir dos dois anos. Considerar seu uso, a

critério médico, de acordo com epidemiologia local.10

3.10 Vacina Febre Amarela (atenuada)

Administrar aos 9 (nove) meses de idade. Durante surtos, antecipar a idade para 6 (seis) meses.

Administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose.3

A vacina é constituída por vírus vivos atenuados derivados da cepa 17DD. É contra-indicada antes

dos seis meses de idade e deve ser evitada em crianças menores de nove meses, devido ao risco de

encefalite.17 Apresenta eficácia após 10 dias da administração.3 Em relação aos eventos adversos

menos de 25% dos vacinados apresentam reações leves no período de 05 a 10 dias após a vacinação,

mal estar, cefaléia, mialgia e febre baixa que pode durar de 1 a 2 dias.18 Reações de hipersensibilidade

imediata podem ocorrer em 1:130.000-250:000 doses.19 Parecem estar associados, apesar de ainda

não bem definidos, aos componentes da vacina como as proteínas do ovo18 e conforme já

demonstrado com outras vacinas, com a gelatina.20 O risco estimado de encefalite pós-vacinal é abaixo

de 1:8.000.000 de pessoas.18 O de doença viscerotrópica é de 0,1 a 2,5 casos por um milhão.21,22

Além das crianças abaixo de 6 meses de idade, a vacina está contra-indicada nas seguintes

situações: pessoas com história de reação anafilática após ingestão do ovo e seus derivados, reação de

hipersensibilidade à kanamicina e/ou eritromicina, doença infecciosa em estado febril, pacientes em

terapia imunossupressora, pacientes portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida, neoplasia

maligna e pacientes sintomáticos infectados pelo vírus HIV.23 A vacina parece ser menos eficaz nos

pacientes infectados pelo HIV,17 porém em áreas de risco, no caso do Brasil, de acordo com as

Recomendações para Imunização de Pessoas Infectadas pelo HIV,24 a vacina está recomendada

17

levando-se em consideração a situação de risco e a quantificação de linfócitos CD4. Não está indicada

nos pacientes com linfócitos CD4 < 200 células/mm3 e/ou número menor que 15% do valor absoluto.

Apesar do tempo de proteção da vacina ainda não ser bem estabelecido, recomenda-se a revacinação

a cada dez anos para pessoas sob risco de contrair a doença,25,26 situação esta prevista para o estado

de Minas Gerais.27

3.11 Tríplice Viral – Sarampo, Caxumba e Rubéola

Administrar uma dose aos 12 meses de idade. É considerada protegida a criança que tenha duas

doses da vacina após 1 ano de idade. Em situação de risco – por exemplo, surto de sarampo ou

exposição domiciliar – a primeira dose pode ser antecipada para antes de 1 ano de idade, a partir dos 6

meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano, ainda será

necessária. Além dessa situação, se preciso, a segunda dose também pode ser antecipada,

obedecendo ao intervalo mínimo de um mês entre as doses.

3.12 Varicela

É considerada protegida a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano de idade.

Em situação de risco – por exemplo, surto de varicela ou exposição domiciliar – a primeira dose pode

ser aplicada em crianças imunocompetentes a partir dos 9 meses de idade. Nesses casos, a aplicação

de mais duas doses após a idade de 1 ano, ainda será 2 necessária. Além dessa situação, se

necessário, a segunda dose também pode ser antecipada, obedecendo ao intervalo mínimo de três

meses entre as doses.4,8 A vacina varicela em dose única mostrou- se altamente eficaz para prevenção

de formas graves da doença. Entretanto, devido à possibilidade da ocorrência de formas leves da

doença em crianças vacinadas com apenas uma dose da vacina varicela, sugere-se a realização de

uma segunda dose da vacina.

Crianças que receberam apenas uma dose da vacina varicela e apresentem contato domiciliar ou

em creche com individuo com a doença, devem antecipar a segunda dose, respeitando intervalo mínimo

de 1 mês entre as doses. Quanto ao intervalo da segunda dose da varicela, há divergência quanto ao

período de realização entre as várias instituições. O PNI indica a segunda dose, somente na formulação

tetra viral aos 15 meses de idade ou aos 16 meses, se a criança tiver recebido a primeira dose da

tríplice viral aos 15 meses de idade.5 A SBP e a SBIM indicam aos 12 meses, preferencialmente, a

realização da vacina varicela e a tríplice viral separadamente, devido a tetra viral apresentar mais

frequentemente quadro febril quando administrada na primeira dose. A SBP indica a segunda dose da

varicela, na formulação tetra viral aos 15 meses de idade, a SBIM de 15 meses a 2anos de idade e o

ACIP dos 4 a 6 anos de idade.8,9,10 Vide quadro 3 com especificação da vacinação de acordo com o

18

histórico vacinal da criança. A vacinação pode ser indicada na profilaxia pós-exposição dentro de cinco

dias após contato, preferencialmente nas primeiras 72 horas. Exantema vesicular aparece em 5% das

crianças e as lesões surgem após cinco a vinte dias após a vacinação. Geralmente, o número é

pequeno, e não há identificação do vírus. O exantema também pode apresentar-se na forma

maculopapular.8

Esta vacina encontra-se disponível no CRIE para as seguintes situações:16

Vacinação pré-exposição:

. leucemia linfocítica aguda e tumores sólidos em remissão há pelo menos 12 meses, desde que

apresentem > 700 linfócitos/mm3, plaquetas > 100.000/ mm3 e sem radioterapia;

. profissionais de saúde, pessoas e familiares suscetíveis à doença e imunocompetentes que estejam

em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes imunodeprimidos;

. candidatos a transplante de órgãos, suscetíveis à doença, até pelo menos três semanas antes do ato

cirúrgico, desde que não estejam imunodeprimidos;

. imunocompetentes suscetíveis à doença e, maiores de 1 ano de idade, no momento da internação em

enfermaria onde haja caso de varicela;

. antes da quimioterapia, em protocolos de pesquisa;

. nefropatias crônicas;

. síndrome nefrótica: crianças com síndrome nefrótica, em uso de baixas doses de corticóide (<2 mg/kg

de peso/dia até um máximo de 20mg/dia de prednisona ou equivalente) ou para aquelas em que o

corticóide tiver sido suspenso duas semanas antes da vacinação;

. doadores de órgãos sólidos e medula óssea;

. receptores de transplante de medula óssea: uso restrito, sob a forma de protocolo, para pacientes

transplantados há 24 meses ou mais;

. pacientes infectados pelo HIV/aids se suscetíveis à varicela e assintomáticos ou oligossintomáticos

(categoria A1 e N1);

. pacientes com deficiência isolada de imunidade humoral e imunidade celular preservada;

. doenças dermatológicas crônicas graves, tais como ictiose, epidermólise bolhosa, psoríase, dermatite

atópica grave e outras assemelhadas;

. uso crônico de ácido acetilsalicílico (suspender uso por seis semanas após a vacinação);

. asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;

. trissomias.

Vacinação pós-exposição:

19

. para controle de surto em ambiente hospitalar, nos comunicantes suscetíveis imunocompetentes

maiores de 1 ano de idade, até 120 horas após o contágio.

3.13 Tetra viral ou quádrupla viral – Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela

Introduzida no calendário vacinal pelo PNI desde setembro de 2013, é indicada para crianças

com 15 meses de idade que tenham recebido a primeira dose da tríplice viral aos 12 meses de idade.5

De acordo com a SBP e SBIM deve ser realizada preferencialmente na segunda dose.8,10 Riscos

aumentados para febre alta e ocorrência mais frequente de exantema após a primeira aplicação dessa

vacina combinada, devem ser considerados.10

QUADRO 3. Esquema vacinal adotado com a tríplice viral, varicela e tetra viral de acordo com histórico vacinal da criança5

SITUAÇÃO CONDUTA PNI CONDUTA SBP, SBIM

Criança entre 6 e 11 meses de idade, vacinada com tríplice viral em situação de bloqueio vacinal por ocasião de surto de sarampo ou rubéola. Dose não válida para Rotina.

Tríplice viral aos 12 meses e tetra viral aos 15 meses de idade.

Tríplice viral e varicela administradas separadamente, ou tetra viral aos 12 meses. Segunda dose de tetra viral aos 15 meses.

Criança com 12 meses de idade não vacinada

com tríplice viral.

Realizar tríplice viral. Agendar tetra viral para os 15 meses de idade.

Tríplice viral e varicela administradas separadamente, ou tetra viral aos 12 meses. Segunda dose de tetra viral aos 15 meses

Criança com 12-13 meses de idade, vacinada com tríplice viral, incluindo vacina realizada em situação de bloqueio vacinal por ocasião de surto de sarampo ou rubéola.

Realizar vacina tetra viral aos 15 meses de idade.

Realizar vacina tetra viral aos 15 meses de idade e uma segunda dose de vacina varicela com intervalo mínimo de 30 dias.

Criança com 14meses que não recebeu vacina tríplice viral.

Administrar tríplice viral e agendar a vacina tetra viral com intervalo mínimo de 30 dias.

Tríplice viral e varicela administradas separadamente, ou tetra viral. Segunda dose de tetra viral com intervalo mínimo de 30 dias.

Criança com 15-23 meses ou mais de idade que não recebeu a vacina tríplice viral.

Administrar 2 doses de tríplice viral com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

Tríplice viral e varicela administradas separadamente, ou tetra viral. Segunda dose de tetra viral com intervalo mínimo de 30 dias.

Criança com 15 meses de idade que recebeu primeira dose da vacina tríplice viral.

Administrar a tetra viral considerando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Tríplice viral e varicela administradas separadamente, ou tetra viral. Segunda dose de tetra viral com intervalo mínimo de 30 dias.

Criança acima de 15-23 meses de idade que recebeu primeira dose da vacina tríplice viral.

Administrar a segunda dose da tríplice viral considerando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Realizar vacina tetra viral, considerando o intervalo mínimo de 30 dias e uma segunda dose de vacina varicela com intervalo mínimo de 30 dias após a tetra viral.

Criança recebeu uma dose da vacina com o componente varicela no

Administrar a tríplice viral independente da faixa etária, respeitando o intervalo de 30 dias

Administrar a tetra viral independente da faixa etária, respeitando o intervalo de 30 dias

20

serviço privado ou no CRIE ou povos Indígena se tem uma dose tríplice viral.

entre as doses. entre as doses.

Criança recebeu uma dose da vacina com o componente varicela no serviço privado ou no CRIE ou povos indígenas e não tem nenhuma dose de tríplice viral.

Administrar duas doses da tríplice viral respeitando o intervalo de 30 dias.

Administrar a tetra viral, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses e uma segunda dose de tríplice viral com intervalo mínimo de 30 dias após a tetra viral.

Criança recebeu duas doses da vacina tetra viral na rede privada.

Não administrar nenhuma vacina contendo os componentes sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

Não vacinar.

PNI – Programa Nacional de Imunização. SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria. SBIM – Sociedade Brasileira de Imunização

3.14 Influenza (gripe)

Está indicada pelo PNI para crianças a partir dos 6 meses até 5 anos de idade, respeitando a

sazonalidade da doença, geralmente durante as campanhas de vacinação do Ministério da Saúde.7 No

primeiro ano de vacinação de criança com menos de nove anos: administrar duas doses, com um mês

de intervalo.10 A partir dos 5 anos, a vacina somente será fornecida nos serviços públicos de saúde se a

criança apresentar alguma comorbidade.15 De acordo com a SBP, SBIM e ACIP a vacina deve ser

realizada anualmente a partir dos 6 meses de idade.

3.15 Hepatite A

A SBIM e SBP indicam a primeira dose aos 12 meses de vida e a segunda aos 18 meses. O PNI

indica dose única na faixa etária de 1 ano até 1 ano e 11 meses. A vacina não deve ser administrada

em crianças abaixo de um ano de idade, pois os anticorpos maternos transmitidos por via

transplacentária podem interferir na resposta. A eficácia está em torno de 100%.1

Encontra-se disponível no CRIE para as seguintes situações:16

. Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C (VHC);

. Portadores crônicos do VHB;

. Coagulopatias;

. Crianças menores de 13 anos com HIV/aids;

. Adultos com HIV/aids que sejam portadores do VHB ou VHC;

. Doenças de depósito;

. Fibrose cística;

. Trissomias;

. Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora;

. Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes;

. Transplantados de órgão sólido ou de medula óssea;

21

. Doadores de órgão sólido ou de medula óssea, cadastrados em programas de transplantes.

. Hemoglobinopatias.

3.16 Vacina Tríplice Bacteriana acelular (DTPa)

O uso da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa) é preferível ao da vacina tríplice bacteriana de

células inteiras (DTPw), pois a sua eficácia é semelhante à da DTPw e os eventos adversos associados

com sua administração são menos frequentes e menos intensos do que os induzidos pela DTPw. Além

disso, as apresentações combinadas à DTPa permitem o uso da vacina inativada contra poliomielite e

outras vacinas do calendário, sem adicionar injeções ao calendário. Para crianças com mais de sete

anos e em atraso com os reforços de DTPw ou DTPa, recomenda- se o uso da vacina tríplice

bacteriana acelular do tipo adulto (DTPa) ou tríplice bacteriana combinada à vacina inativada para a

poliomielite (DTPa-IPV ou DTPa-IPV).10

A vacina DTPa encontra-se disponível no CRIE para as seguintes situações:16

. Após eventos adversos graves ocorridos com a aplicação da vacina DTP celular ou

tetravalente:

a) convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após vacinação;

b) síndrome hipotônica hiporresponsiva nas primeiras 48 horas após vacinação.

. Para crianças que apresentam risco aumentado de desenvolvimento de eventos graves à

vacina DTP ou tetravalente:

a) doença convulsiva crônica;

b) cardiopatias ou pneumopatias crônicas em menores de 2 anos de idade com risco de

descompensação em vigência de febre;

c) doenças neurológicas crônicas incapacitantes;

d) RN que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação;

e) RN prematuro extremo (menor de 1.000g ou 31 semanas).

3.17 HPV

Sempre que possível, e preferencialmente, a vacina HPV deve ser aplicada antes de iniciada a vida

sexual, a partir dos 9 anos de idade.8,10 As vacinas HPV não são vacinas vivas e podem ser

administradas em crianças imunocomprometidas, incluindo infecção pelo HIV.O esquema é de 3 doses:

sendo a segunda, um a dois meses após a primeira, dependendo do produto utilizado, e a terceira 6

meses após a primeira. Existem duas vacinas licenciadas para uso em meninas, a vacina contra o HPV

bivalente (HPV2) e a quadrivalente (HPV4); para os meninos deve ser utilizada apenas a vacina HPV4.9

22

A vacina está disponível na rede pública de saúde especificamente para meninas. Em 2014 para a

faixa etária de 11 a 13 anos, em 2015 dos 9 aos 11 anos e a partir de 2016 para a faixa etária de 9

anos. O Brasil adotou o esquema ampliado para aplicação das 3 doses da vacina, com intervalo de 6

meses entre a primeira e a segunda dose e de 05 anos para a terceira dose. (0, 6 meses, 5 anos).6

4. VACINAÇÃO EM ADOLESCENTES

Nos adolescentes, a imunização é muitas vezes negligenciada e frequentemente apresentam cartão de

vacinação incompleto.1 As vacinas para adolescentes de 11 a 19 anos de idade preconizadas pelo

Ministério da Saúde e as disponíveis na rede privada encontram-se descritas no Quadro 4.

23

QUADRO 4 ESQUEMA DE VACINAÇÃO PARA ADOLESCENTES INCUINDO VACINAS DISPONÍVEIS NA REDE PRIVADA

Vacinas a serem aplicadas / Idade

11 a 19 anos

Hepatite A, Hepatite B ou Hepatite A e B

Hepatite A: duas doses – esquema 0-6 meses. Hepatite B: três doses – esquema 0-1-6 meses. Hepatite A e B: combinadas, em substituição às vacinas contra hepatites A e B isoladas: três doses – esquema 0-1-6 meses. Adolescentes não vacinados na infância contra as hepatites A e B devem ser vacinados o mais precocemente possível contra essas infecções. Em adolescentes com menos de 16 anos indica-se também o esquema de duas doses com intervalo de seis meses (esquema 0-6 meses) quando usada a apresentação para adulto da vacina combinada contra hepatite A e B.

Tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche)

Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto (menos de três doses): uma dose de dTPa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTPa, substituir a mesma pela vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituir a mesma pela vacina dTPa completando três doses da vacina com o componente tetânico.

Febre Amarela Para residentes no estado de Minas Gerais (classificado como região de transição), se não vacinado anteriormente, administrar 01 dose e reforço a cada 10 anos. A vacina é contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientação médica do risco epidemiológico e da indicação da vacina.

Tríplice Viral – Sarampo, Rubéola e Caxumba

É considerado protegido o adolescente que tenha recebido, em algum momento da vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas. Aplicar 02 doses se esquema incompleto. O intervalo mínimo de 30 dias entre as doses precisa ser respeitado.

Meningite quadrivalente – ACW135Y -

Aplicar uma dose a partir dos 11 anos. Considerar dose de reforço após, especialmente no caso de primovacinação. Dose de reforço é recomendada a partir dos 11 anos ou para aqueles vacinados com a vacina C conjugada há mais de cinco anos. A vacina meningocócica conjugada quadrivalente (tipos A, C, W135 e Y) é a melhor opção para a imunização de adolescentes e adultos.

Varicela Sem comprovação de vacinação prévia e sem passado de varicela diagnosticada clinicamente por médico ou confirmada laboratorialmente: 2 doses, com intervalo de três meses em menores de 13 anos e intervalo de um a três meses em maiores de 13 anos.

HPV

Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo os tipos 6, 11, 16 e 18 (quadrivalente) HPV com intervalos de 0-2-6 meses, indicada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade; outra, contendo os tipos 16 e 18 de HPV com intervalos de 0-1-6 meses, indicada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade. A vacina está disponível na rede pública de saúde especificamente para meninas. Em 2014 para a faixa etária de 11 a 13 anos, em 2015 dos 9 aos 11 anos e a partir de 2016 para a faixa etária de 9 anos. O Brasil adotou o esquema ampliado para aplicação das 3 doses da vacina, com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda dose e de 05 anos para a terceira dose. (0, 6 meses, 5 anos)

Influenza Dose única anual, independentemente de haver ou não alterações nas cepas da vacina do ano anterior.

Fonte: Adaptado de Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº- 1498, de 19 de julho de 2013;novas recomendações de vacinação no Adolescente da Sociedade Brasileira de Imunizações

27 (http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2013/10/adolescente_calendarios-

sbim_2013-2014_130916.pdf ) e Centers for Disease Control and Prevention. Recommendations and Reports. Recommended Immunization

Schedules for Persons Aged 0 Through 18 Years and Adults Aged 19 Years and Older — United States, 2013. http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm62e0128.pdf

24

5. CAMPANHAS NACIONAIS DE VACINAÇÃO3

São as seguintes as campanhas de vacinação realizadas pelo Ministério da Saúde: Quadro 5 - Campanhas Nacionais de Vacinação Vacinas População alvo

Influenza Crianças de 6 meses a menores de 2 anos de idade, gestantes, puérperas, pessoas com 60 anos e mais, trabalhadores de saúde, população privada de liberdade, povos indígenas e indivíduos com comorbidades

Poliomielite Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade

Multivacinação (todas as vacinas do Calendário Básico de Vacinação da Criança para atualização de esquema vacinal)

Crianças menores de 5 anos de idade

Seguimento contra o Sarampo (a cada 5 anos ou de acordo com a situação epidemiológica)

Crianças menores de 5 anos de idade

Referências

1. Centro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein. Alfredo Elias Gilio (Coord.). Manual de

imunizações. 4.ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009. 76p. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilancia em Saúde. Programa Nacional de

Imunizações 30 anos. Série C. Projetos e Programas e Relatórios. Brasília – DF, 2003.

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13 Sociedade Brasileira de Imunizações. Guia vacinação de prematuros impacto e orientações para a assistência. [Acesso em 15 fev. 2014]. Disponível em: http://www.sbim.org.br/publicacoes/guias-de-vacinacao/guia-de-vacinacao-do-prematuro/

14 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (Devit). Protocolo de Tratamento da Influenza 2013.Brasília, DF, 2013

15 Brasil. Ministério da Saúde. Manual dos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais.

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