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Valdecir de Oliveira Anselmo

Para Além dos Píncaros Nevados

Poemas

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Sumário

1 - Para além dos píncaros nevados ............................... 8

2 – O aprazível frescor da manhã .................................. 8

3 – Insuflando-se do encanto (Repouso de um poeta) ... 9

4 – A leveza de um anjo ................................................. 9

5 – Farol ...................................................................... 10

6 - Alusão .................................................................... 10

7 - Dó, ré, mi... ............................................................ 11

8 - Enternecido ............................................................ 11

9 - Encanto aurifulgente .............................................. 12

10 - A flor do teu encanto ............................................ 13

11 – O aprazível jardim ............................................... 13

12 - Na candidez límpida do teu olhar ......................... 14

13 - À poesia, essa garbosa senhora ............................ 14

14 – A poesia mais intensa........................................... 15

15 – Pelo álveo do teu olhar ........................................ 15

16 - Desejos de minha alma ......................................... 16

17 – Para Débora (No dia do seu aniversário) ............. 17

18 - Melífluos pensamentos ......................................... 17

19 – Afeto sacrossanto ................................................. 18

20 - Para o meu aniversário ......................................... 18

21 - Débora (A encantadora abelhinha) ....................... 19

22 - Embevecimento na poesia .................................... 20

23 - Rutilante tesouro .................................................. 20

24 – Codinome ............................................................ 21

25 – O sol em teus olhos.............................................. 21

26 - Encanto peculiar ou a ubiquidade da luz .............. 22

27 - A maviosidade do encanto (Débora) .................... 22

28 - Melíflua fantasia .................................................. 23

29 - Face matutina ....................................................... 24

30 – Em uma noite de inverno ..................................... 24

31 - À alma da poesia, sua essência ............................. 25

32 - Nascendo um poema de um sonho tão belo ......... 26

33 - Melifluindo ternura .............................................. 26

34 - Ao ruflar das asas do encanto ou (A música de um

anjo) ............................................................................. 27

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3

35 - A fluidez do encanto e sua magia ......................... 27

36 – Liame com a ternura ............................................ 28

37 - O paraíso de um enamorado ................................. 29

38 - Mãe, um ser embebido em luz ............................. 29

39 - Na oniricidade do encanto .................................... 30

40 - Mostra-me (O que queremos pra nós, oh poetas!) 30

41 - Quando o encanto mora n’alma ........................... 31

42 - Os tesouros de uma poesia (os tesouros da

esperança) .................................................................... 32

43- À alma apaixonada de um anjo ............................. 32

44 – O sonho de um poeta ........................................... 33

45 – Candura d'alma .................................................... 33

46 – A poesia mais cândida ......................................... 34

47 – Esfuziante anjo .................................................... 35

48 – O líquido capitoso do encanto ............................. 35

49 – Mágico encanto ................................................... 36

50 – Poesia, a inebriante música .................................. 36

51 – A voz duma orquestra .......................................... 37

52 – Poetas! É o que somos ......................................... 38

53 - Crenças de um poeta ............................................ 38

54 – Anjo esfuziante .................................................... 39

55 – A poesia mais linda .............................................. 40

56 – Poema inolvidável ............................................... 40

57 - Aedo sonhador ...................................................... 41

58 – A imagem da poesia ............................................. 41

59 – Um rosto na poesia .............................................. 42

60 – O som de um violino ........................................... 43

61 – Face airosa ........................................................... 43

62 – Poesia obsequiosa ................................................ 44

63 - Escansão ............................................................... 45

64 - Minha adorada ...................................................... 45

65 – Em oração ............................................................ 46

66 - O ofício do poeta .................................................. 47

67 - O sol da poesia ..................................................... 48

68 - O que anelo, oh poesia! ........................................ 48

69 - Em teu sorriso, oh poesia! .................................... 49

70 - Recanto bucólico .................................................. 49

71 - Encanto, a luz dimanada d’alma .......................... 50

72 - O poder do encanto e seu inolvidável perfume .... 51

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4

73 - Mãos dadas ........................................................... 51

74 - A sinfonia do amor ............................................... 52

75 - Abluência ............................................................. 52

76 – A rima .................................................................. 53

77 – Bagas da poesia ................................................... 54

78 – Capitosidade da poesia ........................................ 54

79 – Poema, cerne divino ............................................ 55

80 – Adoro-te, oh poesia! ............................................ 55

81– Bebo-te, oh poesia! ............................................... 56

82 – Canto mavioso ..................................................... 57

83 - Canoridade do afeto ............................................. 57

84 – Deleite perene ...................................................... 58

85 - Regaço da poesia .................................................. 59

86 – Notas musicais ..................................................... 59

87 – Temperança poética ............................................. 60

88 – Sob o altar da poesia ............................................ 61

89 – A luz dos teus olhos, oh poesia! ........................... 61

90 – Requestante ......................................................... 62

91 - O ósculo dos poetas .............................................. 63

92 - O brilho n’alma .................................................... 63

93 - O atito do encanto ................................................ 64

94 - Anjo displicente .................................................... 64

95 - Dueto poético ....................................................... 65

96 – Em prece .............................................................. 65

97 – Alento inebriante ................................................. 66

98 – Fidelidade ............................................................ 67

99 – Visão serena ......................................................... 67

100 – O brilho nos olhos ............................................. 68

101 – Cândido olhar .................................................... 68

102 - O canto da sereia ................................................ 69

103 - Veredas floridas (Aos poetas do passado) .......... 69

104 - Primavera n’alma ............................................... 70

105 - A partitura do encanto ........................................ 70

106 – Para a beleza de um anjo ................................... 71

107 - Sonhando num bosque ....................................... 72

108 - Escatologia ......................................................... 72

109 - À consciência ..................................................... 73

110 – Ao inefável prazer de escrever ........................... 74

111 – Néctar do encanto .............................................. 74

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5

112 - À magia das palavras .......................................... 75

113 - Ave altaneira ....................................................... 76

114 – Poesia, líquido inebriante................................... 76

115 – Estricnina ........................................................... 77

116 – Orgulho de um poeta ......................................... 77

117 – Predisposto ........................................................ 78

118 - Inefável aspecto .................................................. 79

119 – Leprechaun ........................................................ 79

120 – O afeto do poeta................................................. 80

121 – Mais um sol ....................................................... 80

122 – O Cavaleiro ........................................................ 81

123 – Feérico encanto .................................................. 81

124 – Basta apenas um momento de luz ...................... 82

125 - O Homem e a Natureza, enleio e encanto .......... 82

126 – A visita de um anjo ............................................ 83

127 – Anjinhos............................................................. 84

128 - À uma estrela além (distante) ............................. 84

129 – No farnel da vida ............................................... 85

130 – Seu capitoso olhar.............................................. 85

131 – Fantasia, feérico mundo ..................................... 86

132 – A primeira luz da manhã .................................... 86

133 – Resplandecendo ................................................. 87

134 - O trabalho dos anjos ........................................... 87

135 – Deslumbramento................................................ 88

136 – Brilho inefável ................................................... 88

137 – Momento mágico / O masculino e o feminino .. 89

138 – A caixa de Pandora ............................................ 90

139 – Mãe, o arauto de Deus ....................................... 90

140 – Deambulando ..................................................... 91

141 – Inspiração, ciciar divino (O mar e o céu) .......... 91

142 – Plácido encanto .................................................. 92

143 – Corrente infrene do encanto! ............................. 93

144 – Pégasus .............................................................. 93

145 – Poesia, sempre poesia ........................................ 94

146 – Lampejo coriscante ............................................ 94

147 – Árvore vergada .................................................. 95

148 – Esse poeta em mim ............................................ 95

149 – Olha para bem dentro de ti ................................ 96

150 – A Capitosidade do afeto ..................................... 96

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6

151 – Ósculo angelical ................................................ 97

152 – O anjo da esperança ........................................... 98

153 – Delírios poéticos ................................................ 98

154 – Píncaro ............................................................... 99

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7

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8

1 - Para além dos píncaros nevados

Voa minha alma extemporânea para além dos píncaros

nevados!

Mantém alteados teus oníricos devaneios!

Esses sonhos que em permeio se imiscuem em sua

essência!

Ataviando a existência com os olores do teu anseio!

Voa minha alma extemporânea para além dos píncaros

nevados!

Mantém teus sonhos enleados aos ideais da probidade!

Para que tenha claridade, dissipando a escuridão!

Enlevando a tua visão até o limiar da eternidade!

Voa minha alma extemporânea para além dos píncaros

nevados!

Lá onde espíritos encantados solfejam o hino da ternura!

Lá para as plagas da altura, no recanto da feericidade!

Onde branda alacridade reveste a alma de alvura!

08/09/2011

2 – O aprazível frescor da manhã

Á beleza de uma inolvidável poesia

Tua beleza, oh poesia, transluz um encanto inefável!

Melifluindo agradável se espraia no horizonte!

É um manancial, uma fonte inexaurível de graciosidade!

Tua inexcedível claridade é um liame de luzidia ponte!

Que une o encanto à minha inspiração!

Pois tua inolvidável visão fica indelével no imo!

É então meu arrimo, me eleva com tuas asas para o céu!

Enche de luz meu farnel como provisões para o destino!

Que o mesmo seja agradável como a poesia mais doce!

Imprescindível como se fosse o vibrante sol da manhã!

Insuflando-me do afã de se imiscuir na magia!

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9

Que faz cada raiar de dia ter um aprazível frescor de

hortelã!

08/12/2012

3 – Insuflando-se do encanto (Repouso de um poeta)

Do encanto minha alma se insufla!

E sua asa rufla, recendendo sua emoção!

E uma efusão de entusiasmo que por ela perpassa!

A envolve e a enlaça com sua maviosa canção!

Minha alma se insufla do encanto!

E num onírico recanto bucólico como a singeleza tão

pura!

Elevo-me à altura, ao píncaro estrelado!

Onde um anjo estreitado com a luz tem rutilante

candura!

Minha alma se insufla do encanto!

É como ouvir um canto ao longe e trazê-lo pra perto,

para o coração!

Ter uma inolvidável visão, indelével, aqui no peito!

E quando repousado no leito ter um sonho tão bom!

30/11/2011

4 – A leveza de um anjo

Um anjo perpassa por ti, ensimesmado!

Pelo teu fascínio, encantado, qual se criança fosse!

Enleado em teu doce sorriso nada mais ele almeja!

Pois apetecível leveza o teu encanto lhe trouxe!

Um anjo perpassa por ti, ensimesmado!

E de tal encanto abastado, regozija-se nesse!

Como se outra luz não houvesse além do olhar teu!

Que brilha então nesse céu mesmo quando anoitece!

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10

Um anjo perpassa por ti, ensimesmado!

E alteado ao píncaro desse teu encanto nidifica!

Nele fica a olhar-te, num enlevo terno!

E num superno afeto imbuído a escrever-te um poema

sua alma se aplica!

27/11/2011

5 – Farol

Há um brilho em teus olhos somente cotejado ao brilho

do sol!

Ou a luz de um farol a guiar as almas perdidas!

A divagarem em mil vidas requestando o teu olhar!

E esse salutar às dores por aquelas sentidas!

Há um brilho em teus olhos somente cotejado ao brilho

do sol!

Ao esplendor do arrebol sobre a alma a incidir!

E essa a sorrir, um riso tão encantado!

Em um momento aprazado, com a alegria a eclodir!

Há um brilho em teus olhos somente cotejado ao brilho

do sol!

Pois é então meu farol para a terra guiar!

Vem por fim me abastar de um encanto inefável!

Tem uma luz agradável a me nortear nesse mar!

19/11/2011

6 - Alusão

Fazer uma poesia ao teu encanto alusiva!

É ter a viva expressão da ternura transluzindo desta!

É um sobejo da magia que se manifesta então!

A fluir ao coração assim tão lesta!

Fazer uma poesia ao teu encanto alusiva!

É como uma rogativa, uma prece silente!

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11

É como um canto veemente, na maviosidade de um

afeto!

A requestar um dileto sorriso ou um suspiro olente!

Fazer uma poesia ao teu encanto alusiva!

É sentir a alma primitiva, tão simples e encantada!

A deambular, aluada, sob um estelífero céu!

E então ter a tua face no meu pensamento guardada!

05/11/2011

7 - Dó, ré, mi...

Teu sorriso à minha alma é apetecível!

Pois ele sendo irresistível a embebe!

E seu líquido capitoso bebe, num gole só!

Dedilhando um dó, um ré, um mi!

Só pra ti!

Teu sorriso à minha alma é apetecível!

E esse encanto é abrangível, se espraiando muito além!

Ficando no pensamento, também, guardado nesse

escrínio!

E embebido em tal fascínio, só vejo a face do bem!

Teu sorriso à minha alma é apetecível!

Vejo um anjo sensível, só candura no olhar!

E essa a me enlevar, suscitando um afã!

Quando dedilho um fá, um sol, um lá, um si!

E então minha alma sorri!

14/11/2011

8 - Enternecido

Enternecido nidifica o encanto!

No acalanto inefável do sorriso teu!

E o cerúleo céu tem um vivaz esplendor!

E um inusitado candor se imiscui em seu véu!

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12

Enternecido nidifica o encanto!

Na maviosidade de um canto, que ressoa qual hino!

E então repica um sino para a alma acordar!

É um feérico som no ar cotejado ao de um violino!

Enternecido nidifica o encanto!

No recanto aprazível do sorriso teu!

E a alma deambula ao léu em um feérico lugar!

Levando consigo, em seu flanar, um enternecido sonho

meu!

24/10/2011

9 - Encanto aurifulgente

Aurifulgente é o espírito de um poeta, deveras

encantado!

Alipotente, alado, rufla suas asas, reverberando no

espaço!

Num estreitar, num abraço, recendendo ternura!

Um anjo respalda d'altura o seu expressar, o seu ritmo,

sua melodia ou compasso!

Aurifulgente é o espírito de um poeta, devera

encantado!

Absorto, ensimesmado, num jardim, flanando!

Sua poesia declamando numa profusão de cores!

Numa melifluência de olores em um feérico céu

adejando!

Aurifulgente é o espírito de um poeta, deveras

encantado!

E por tal encanto enfeitiçado, fagueiro, qual menino!

No arrebol matutino, com um anjo a folgar!

E teu olhar exaltar como um encanto divino!

28/10/2011

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10 - A flor do teu encanto

A flor do teu encanto é imarcescível!

Dela recende um iniludível olor!

A espraiar seu candor por um bucólico recanto!

E quão canoro é teu canto que fico embevecido, qual

um encantado sonhador!

A flor do teu encanto é imarcescível!

É luz imprescindível que se manifesta no arrebol!

É para o navegante um farol que não o deixa soçobrar!

Se espraia no dealbar como a luz desse meu Sol!

A flor do teu encanto é imarcescível!

E então me torno previsível, como um poeta em enlevo

terno!

Buscando um superno expressar, um poema enteu!

Para chegar perto do Céu, para oscular o Eterno!

31/10/2011

11 – O aprazível jardim

O encanto deambula no aprazível jardim do teu sorriso!

E é como se uma nesga do Paraíso aqui se imiscuísse!

E como se não mais existisse outro mundo além desse

recanto!

De onde advém mavioso canto e outro igual jamais se

ouvisse!

O encanto deambula no aprazível jardim do teu sorriso!

É como se uma luz advinda do Paraíso aqui incidisse!

Como se a alma haurisse um perfume inefável!

E nada mais adorável no mundo existisse!

O encanto deambula no aprazível jardim do teu sorriso!

É como se um anjo do Paraíso descesse e aqui ficasse!

E num amplexo, num enlace, envolvesse minha alma!

Imbuindo-lhe calma! E que o afeto, tão sincero, lhe

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14

perpasse!

14/10/2011

12 - Na candidez límpida do teu olhar

Na candidez límpida do teu olhar me embebo!

E me sinto tal qual mancebo, enamorado desse!

Requestando essa messe: "Deixe-me vislumbrar o

recanto

Onde adeja teu encanto no arrebol, quando amanhece"!

Na candidez límpida do teu olhar me embebo!

E então recebo toda a luz que de ti dimana!

E num jardim florido ou numa cabana aconchegante

Tenho a tua face, minha acompanhante, a dominar os

meus sonhos, soberana!

Na candidez límpida do teu olhar me embebo!

E então concebo a poesia mais cândida!

Minha alma sorri pra vida, numa pueril alegria!

E vejo então todo dia tua luz do céu expedida!

17/10/2011

13 - À poesia, essa garbosa senhora

Um aprazível frescor deambula nesse dia!

E uma indizível alegria perpassa na alma agora!

Dela transluz, dela aflora com uma ternura que eclode!

E a mão, encantada, um ode escreve para essa garbosa

senhora!

Um aprazível frescor deambula nesse dia!

E há uma paz inaudita, sem a algaravia da cidade!

Dá pra se ouvir a deidade, a voz da musa impoluta!

Como a sair de uma gruta e então vibrar no arrebol, na

claridade!

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15

Um aprazível frescor deambula nesse dia!

E o encanto a flanar nessa via, nessa aléia feérica!

Transluz o onírico esplendor de um apetecível estado!

De um ser abastado de paz, que o envolve, tão rica!

19/10/2011

14 – A poesia mais intensa

Quero a poesia mais intensa!

Que a mesma seja infensa a toda a toda miséria e toda

dor!

Quero falar de amor, sem ser piegas, enfadonho!

Quero falar de um sonho, como quem oscula uma flor!

Quero a poesia mais intensa!

Que a mesma esteja propensa a alegria e ao otimismo!

Quero com vivaz diletantismo os meus versos fazer!

Com amor, com prazer, sem dubiedade ou

maniqueísmo!

Quero a poesia mais intensa!

Que tenha a presença do que é simples e puro!

Quero fazê-la com acuro, com cuidado extremoso!

Quero o meu ser tão garboso, que ilumine com sua luz o

escuro!

27/09/2011

15 – Pelo álveo do teu olhar

Meliflui o encanto pelo álveo do teu olhar!

E sinto sua recendência dimanar com um afago tão

terno!

Aquecer a alma, mesmo no inclemente inverno, pois é

um calor sublimado!

Sinto o meu ser alentado por esse estreitar tão fraterno!

Meliflui o encanto pelo álveo do teu olhar!

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E minha alma a flanar num recanto aprazível!

O brilho de tua luz é apetecível e embeber-me nela é

tudo!

Deambulo, mudo, somente sentindo vibrar no peito um

carinho indizível!

Meliflui o encanto pelo álveo do teu olhar!

Fico embevecido ao olhar um anjo em minha frente!

E em enlevo, tão contente, vou então segui-lo!

Tentando persuadi-lo a deixar no ar seu encanto olente!

06/10/2011

16 - Desejos de minha alma

Quero ataviar-me da garbosidade!

E ter serenidade, ter a voz tão maviosa!

Ter a alma olorosa, recendendo álacre perfume!

Quero alijar o azedume! Quero em mim a fé tão

fervorosa!

Quero ataviar-me da garbosidade!

Quero ouvir a voz de uma deidade a se imiscuir em

minha consciência!

Quero ter a sapiência de um anjo de asas alipotentes!

Quero abacelar as sementes dos afetos no jardim dessa

existência!

Quero ataviar-me da garbosidade!

Quero alijar a veleidade para bem longe do meu ser!

Quero pra perto de mim trazer a constância de um

homem justo!

Quero comer do fruto da serenidade e me abastar desse

prazer!

10/10/2011

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17

17 – Para Débora (No dia do seu aniversário)

Para Débora, a menina mais encantadora, nesse dia de

luz.

Nesse dia o encanto, tão garboso, adeja!

E voeja, oloroso, nesse cerúleo albor!

Recendendo o olor de beleza tão cândida!

Em mais um ano de vida, em seu fulgente esplendor!

Nesse dia o encanto, tão garboso, adeja!

E um anjo deseja que seja um dia de luz!

Pois graciosidade transluz daquela que mais um ano

completa!

De tal simpatia repleta que um cortejo d’anjos conduz!

Nesse dia o encanto, tão garboso, adeja!

Nele a luz da beleza cintila, feérica, nessa paragem!

Outra imagem mais bela um anjo jamais contemplou!

Então nesse recanto ficou! E para a mesma compôs sua

laudatória mensagem:

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!!

18/09/2011

18 - Melífluos pensamentos

A graciosidade deambula num aprazível recanto!

E insuflada de encanto rufla suas asas alipotentes!

E os frescores olentes recendem nesse céu!

E pensamentos ao léu flanam tão contentes!

A graciosidade deambula num aprazível recanto!

E pensamento tão santo, insuflado de candura!

Adeja lá na altura, melifluindo afeto!

Com um dileto querer, ataviado em alvura!

A graciosidade deambula num aprazível recanto!

E mavioso canto ouve-se ressoar!

Pois o encanto a flanar nessas paragens do candor!

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18

Tem a olência de flor que recende no ar!

19/09/2011

19 – Afeto sacrossanto

Minha alma deambula no aprazível recanto do sorriso

teu!

E é como se o céu aqui estivesse e não lá em cima!

E busco então a rima perfeita para ofertar-te, como

mimo!

Quero que venha do meu imo e ter por ela dileta estima!

Minha alma deambula no aprazível recanto do sorriso

teu!

Quero flanar ao léu, norteado pela melodia do encanto!

Essa de melífluo canto e que, por fim, em minha alma

venha incidir!

A ternura, a me imbuir de um puro afeto, sacrossanto!

Minha alma deambula no aprazível recanto do sorriso

teu!

E então o meu expressar é nobre e puro, insuflado de

ternura!

Sinto que um anjo de candura excelsa me inspira agora!

Sinto que eclode, em minha alma aflora, toda a alegria

de uma ventura!

24/09/2011

20 - Para o meu aniversário

Uma poesia para mim mesmo

Quero que o encanto me atavie com sua garbosidade!

Quero a alacridade constante de um anjo sereno!

Quero em clima aprazível, sempre ameno, melifluir o

meu canto!

Para em recanto feérico refocilar-me, completo, pleno!

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19

Quero que o encanto me atavie com sua garbosidade!

Quero anelar a probidade de um anjo garboso!

Quero ser venturoso, ter ao menos uma virtude:

Quero ter a excelsitude de um aedo virtuoso!

Quero que o encanto me atavie com sua garbosidade!

Quero que nesse dia a alacridade meliflua ao natural!

Quero almejar o eternal encanto, quero vislumbrar o

Paraíso!

Quero ter brando sorriso, amável, gentil e jovial!

18/07/2011

21 - Débora (A encantadora abelhinha)

Melífluo encanto de ti recende!

E tua luz transcende o fascínio!

É um escrínio tua beleza!

E nela a delicadeza em predomínio!

Melífluo encanto de ti recende!

E a alma fascinada se surpreende ao decantar a tua

graciosidade!

É um anjo em beldade excelsa e a mesma dulciflui!

E nem por um átimo diminui a tua claridade!

Melífluo encanto de ti recende!

E a alma fascinada se prende nesse liame do afeto!

Para estar sempre por perto e se embeber em tua graça!

Pois a mesma a perpassa e encantá-la?! Ah... Quase

certo!

29/07/2011

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22 - Embevecimento na poesia

Embevecido deambulo na bucolidade do encanto!

E refocilar-me em recanto aprazível apeteço!

Aos céus agradeço esse ensejo de graça!

Pois em minha alma a luz perpassa e nela então eu me

aqueço!

Embevecido deambulo na bucolidade do encanto!

E enternecido, ao acalanto de uma canção tão peculiar,

Quero a um anjo me aliar e fazer parte do regimento!

Quero doce sentimento de meu imo dardejar!

Embevecido deambulo no encanto, em sua bucolidade!

E em sua aprazibilidade, em algum recanto dormir!

Quero sentir o afago da luz em meu ser!

Para nela me embeber e embevecido sorrir!

07/08/2011

23 - Rutilante tesouro

Quero amealhar um rutilante tesouro!

Quero ter um coração d’ouro pra refulgir meu fervor!

Quero anelar o candor, ter minhas asas alvacentas!

Tão fortes, tão opulentas, para ruflarem com a

maviosidade do AMOR!

Quero um rutilante tesouro amealhar!

Para me abastar do encanto quando advier!

Quero sentir a luz perpassar em meu imo!

Para ter o arrimo da ternura quando essa me imbuir!

Quero amealhar um tesouro rutilante!

Quero ter a alma constante, toda insuflada em ternura!

Quero oscular a candura para a sua atenção requestar!

Quero dessa luz me abastar para me elevar lá pra altura!

04/08/2011

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24 – Codinome

Alimento-me do sobejo do teu encanto, poesia amiga!

E esse já me sacia, mitiga a minha sede, a minha fome!

Ensimesmado, soliloquio um nome, de inefável

encanto!

E louvo a minha musa num recanto, sussurrando seu

codinome!

Pois por ela tenho apreço, meu carinho e meu desvelo!

E o afeto então contê-lo mal posso eu!

Pois ele lateja no peito meu, é o meu segundo coração!

Por ela faço uma oração, que é minha poesia ao encanto

seu!

De meu anjo assim a chamo, pois ela é um anjo aos

olhos meus!

Sua luz oriunda lá dos céus em meu peito se imiscui!

Seu encanto em mim meliflui e imanente está em meu

ser!

Pois por ela sinto bater meu coração, que só de amor se

constitui!

10/06/2011

25 – O sol em teus olhos

O sol em teus olhos brilha!

Pois é uma ilha no infindo oceano do encanto!

E no meu pobre recanto teu nome sussurro!

Pedindo acuro de um anjo para enobrecer o meu canto!

O sol em teus olhos brilha!

Pois deves ser filha da excelsa musa, a Beleza!

Deve ser, com certeza, para o fascínio suscitar!

Para de luz me abastar e me insuflando leveza!

O sol em teus olhos brilha!

Pois é uma ilha, um recanto aprazível!

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É um anjo visível aos meus olhos fascinados!

Eles estão encantados! E te esquecer? Impossível!

12/06/2011

26 - Encanto peculiar ou a ubiquidade da luz

Não há como cotejar o encanto, cada encanto o é

peculiar!

Cada ser tem o seu dealbar, um sol dentro de si!

Que quando chora ou ri move forças ingentes!

Entoando notas olentes, em dó, em ré ou em mi!

Não há como cotejar o encanto, cada encanto o é

peculiar!

Cada ser em seu fiar tece seu próprio destino!

Com fio grosso ou fino, vai lentamente urdindo!

E enquanto tece sentindo a maviosidade de um hino!

Não há como cotejar o encanto, cada encanto o é

peculiar!

Cada ser em seu sonhar, em concomitância ao sonho da

Criação!

Deixa indelével no coração a certeza de ser bem amado!

Pois cada ser sente tocado pela ubiquidade da luz que

lhe propicia a visão!

15/06/2011

27 - A maviosidade do encanto (Débora)

A maviosidade do encanto em ti perpassa com sua

recendência!

Melifluindo olência em cada gesto gracioso!

E a profusão de luz de um anjo incide em ti, com um

olhar!

E ele se põe a sonhar, embevecido, com teu luzir

radioso!

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A maviosidade do encanto em ti perpassa com sua

recendência!

E esse rio da ternura, em afluência, meliflui, límpido,

para o oceano do afeto!

E num coreto, numa praça ornada de flores, declamo um

poema!

Sem a algema da forma, mas sincero, com dignidade e

correto!

A maviosidade do encanto em ti perpassa com sua

recendência!

E transluz, em transparência, tua dulcíssona simpatia,

como música leve e doce!

E é como se fosse a voz de um anjo, tão canora!

Que na aurora, no arrebol, meliflui, tão branda e doce!

17/06/2011

28 - Melíflua fantasia

Fecho os olhos quando ouço maviosa melodia!

E a melíflua fantasia corre lépida nesse álveo da

ternura!

Sinto ataviar-me de candura ao ser osculado por um

anjo amigo!

Quero que o mesmo ande comigo nesses paramos lá da

altura!

Fecho os olhos quando ouço maviosa melodia!

É a sinfonia do encanto que por minha alma perpassa!

A luz a enlaça e de mãos dadas vou com ela!

A nortear-me uma estrela e seu brilho vem com graça!

Fecho os olhos quando ouço maviosa melodia!

E em unissonância, em sintonia, pulsa minha alma,

então!

Ao ritmo da canção em cadência harmoniosa!

Encanta-me uma alma tão formosa e sua lembrança me

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aquece o coração!

31/05/2011

29 - Face matutina

Com o espírito insuflado de ternura osculo a face

matutina!

Ela tem o sorriso de menina em seu dealbar pelo

horizonte!

Bebo na fonte inexaurível do encanto e me inebrio!

Insuflando-me do brio de um guerreiro transponho a

ponte!

Essa ponte que une dois mundos enleados!

Dois mundos coadunados por superno enlace!

Que em minha alma então perpasse uma doce fantasia!

Quero exultar-me de alegria ao ver de um anjo sua bela

face!

Com o espírito insuflado de ternura osculo a face

matutina!

E uma beleza peregrina passa diante dos olhos meus!

Olho, embevecido, para os céus e o deleite me extasia!

Não quero outra fantasia além daquela que dimana do

brilho vivaz dos olhos teus!

02/06/2011

30 – Em uma noite de inverno

Amo, sobejamente, o encanto que de ti dimana!

E minha alma não se engana, pois não é especiosa tua

beleza!

Ela tem a doce leveza de tudo o que meliflui com graça!

Minha alma a tua se enlaça e então tudo vê com clareza!

Amo, sobejamente, o encanto que de ti dimana!

E minha alma se ufana, um ufanismo que decanta

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Essa beleza que me encanta a ponto de compor poesia

perfeita!

Pois, oh musa, és minha eleita e pra ti minha ama canta!

Espraia em minha alma a luz do sol que me aquece!

Minha alma então se enternece e chora feito criança!

Faço com o céu aliança para te louvar, oh bem amada!

Pois nessa noite tão gelada sinto o calor, na calidez da

esperança!

05/06/2011

31 - À alma da poesia, sua essência

Quero a luz do teu inefável encanto, minha dileta

poesia!

Quero que a alegria atavie meu ser com sua

melifluência!

Quero ter a consciência de que o enteu encanto me

alenta!

Quero ter a alma sedenta de luz para saciar-me em ti,

em tua essência!

Quero a luz do teu inefável encanto, minha dileta

poesia!

Quero em unissonância à harmonia cantar meu hino

com graça!

Vem, adorada, me enlaça, me oscula a alma e o coração!

Para embeber-me em emoção enquanto tua rima

perpassa!

Quero a luz do teu inefável encanto, minha dileta

poesia!

Traga essa luz pro meu dia, mesmo quando o sol

esmorecido!

Deixo que um anjo querido com suas asas me estreite!

Não quero outro deleite, pois esse já me deixa aquecido!

09/06/2011

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32 - Nascendo um poema de um sonho tão belo

Quero delinear o teu sorriso em um poema efusivo!

Que esse teu atrativo venha decantar, com ternura!

Quero a melíflua doçura dele eclodindo!

Quero que o mesmo, atraindo a luz, atavie teu encanto

com divinal formosura!

Hoje, ensimesmado, embevecido, deveras!

A flanar pelas esferas celestes, anelando um vislumbre!

Que me suscite deslumbre, um excelso deleite!

Para que a ternura aceite esse meu mimo singelo e com

graça o alumbre!

Quero decantar o teu sorriso em um poema efusivo!

Que o mesmo alusivo seja a essa tua alegria!

Ah, minha musa dileta, minha poesia, quero oscular-te a

face risonha!

E nesse onírico esplendor minha alma sonha um sonho

tão belo, pra começar bem o dia!

17/05/2011

33 - Melifluindo ternura

Na oniricidade do encanto nasce um poema, melifluindo

ternura!

Um anjo lá d'altura oscula a inspiração!

E faz pulsar o coração em unissonância ao afeto!

Que ao estreitar o ser dileto, vem insuflado de emoção!

Na oniricidade do encanto nasce um poema, melifluindo

ternura!

E rufla, com toda a sua alvura, as asas de um anjo

risonho!

A se imiscuir no meu sonho, recendendo carinho!

Nesse seu estreitar me aninho e não quero, então, outro

sonho!

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Na oniricidade do encanto nasce um poema, melifluindo

ternura!

Sinto toda a sua candura embebendo o meu ser!

Sinto o alvorecer, esse clarão alipotente!

E a esperança tão docemente faz o meu peito bater!

18/05/2011

34 - Ao ruflar das asas do encanto ou (A música de

um anjo)

Ao ruflar das asas do encanto saúdo o meu anjo dileto!

Pois tenho por ele um afeto incotejável!

Meu anjo, em solicitude amorável, vem trazer-me a

inspiração!

E é sua garbosa visão sobejamente agradável!

Ao ruflar das asas do encanto saúdo o meu anjo dileto!

E ele é elegante e correto ao me falar do Amor!

Ele me oferece uma flor, a qual aspiro em nímio hausto!

E me entrajo da luz qual um fausto ataviado em olor!

Ao ruflar das asas do encanto saúdo o meu anjo dileto!

O quero sempre por perto a me estreitar com sua luz!

Pois ele minha alma conduz aos paramos celestiais!

Ele alija os banais pensamentos e sua maviosa música

me seduz!

19/05/2011

35 - A fluidez do encanto e sua magia

Quero embeber a minha alma numa inusitada magia!

Que a pertinaz fantasia perpasse por ela!

Quero que o brilho invulgar de uma estrela pulse

inusitado!

Quero ficar ao lado da poesia, toda encantada e bela!

Não quero nada além da fluidez do encanto!

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Pois ele me apetece tanto, me insufla de alegria!

Tem ele a pura magia que ilumina e aquece!

Minha alma então se enternece e oscula a tal da poesia!

Quero embeber a minha alma numa inusitada magia!

Para que quando o dia chegue em seu arrebol nidificar!

Quero de o Amor me abastar, qual criança encantada!

Quero oscular a amada, quero ao seu lado ficar!

24/05/2011

36 – Liame com a ternura

Quero que a ternura meliflua com sua limpidez!

Que a candidez da alma seja o meu anelo!

Quero tratar com desvelo os afetos diletos!

Quero pensamentos corretos e ter com o encanto algum

elo!

Quero o liame com a ternura, quero insuflar-me de

alento!

Quero um sentimento amorudo a perpassar em meu ser!

Para então me enternecer, ao embeber-me na candura!

E que a alvura das asas de um anjo venha a me

envolver!

Quero que a ternura meliflua com sua limpidez!

Para que mais uma vez o encanto nidifique em meu

coração!

Quero ouvir uma canção, melifluindo doçura!

Sobejando-me de ventura, a suscitar emoção!

25/05/2011

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37 - O paraíso de um enamorado

Embevecido me embebo em teu sorriso!

E se o paraíso é isso outro não hei de almejar!

Hei então de decantar a ternura que te perpassa!

Minha alma na luz se enlaça e esse encanto me faz

chorar!

Com um choro de criança em terno enlevo!

Ah! Penso que devo uma oração aos céus rezar!

Pois minha alma, em seu sonhar, nesse onírico

esplendor!

Vejo-me um anjo sonhador que um divino encanto vem

contemplar!

Embevecido me embebo em teu sorriso!

E sinto que então preciso escrever poesia e a declamar!

Sinto-me em alto-mar, navegando ao léu!

E olho para o céu e o paraíso então vejo alcançar!

29/04/2011

38 - Mãe, um ser embebido em luz

Para o dia das mães

Quero a poesia mais linda, cândida e singela!

Que fale do brilho d'estrela, que fale da luz tão divina!

Que seja a maestrina do encanto, que fale do amor de

Deus!

Que chegue mais perto dos céus, que oscule a face

matutina!

Quero a poesia mais linda, cândida e singela!

Que tenha o arroubo e a cautela de um anjo divino!

Que seu encanto peregrino adeje no Paraíso!

Que tenha um meigo sorriso e somente ternura o seu

hino!

Quero a poesia mais linda, cândida e singela!

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Que fale para aquela que toda embebida em luz!

Que transluz do seu excelso coração

A pura emanação do Amor que em sua face reluz!

08/05/2011

39 - Na oniricidade do encanto

Deixe tua alma adejar na oniricidade do encanto!

Refocila-te no recanto de aprazível olor!

Oscule a flor imarcescível do afeto!

Busque ser justo e correto, escreva tuas linhas pro amor!

Deixe tua alma adejar na oniricidade do encanto!

Seja portanto fiel aos retos ditames da consciência!

Faça tua própria ciência no crisol da ternura!

Aja com franca brandura e tenha mais paciência!

Deixe tua alma adejar na oniricidade do encanto!

Faça um mavioso canto e o deixe melifluir ao vento!

Tenha brando pensamento, todo embebido em candura!

E com sorriso, doçura, transmita o teu sentimento!

04/05/2011

40 - Mostra-me (O que queremos pra nós, oh

poetas!)

Ah! Quero ter de um anjo loquaz a argúcia!

Quero ter a sua fidúcia para aos pés de Deus prostrar-

me!

Ah anjo! Mostra-me a poesia que estás fazendo!

Aquela que estás escrevendo! Ah, mostra-me!

Quero aprender contigo! Dá-me a tua atenção!

Perlustra o meu coração, vê o que de bom nele

encontra!

E tudo o mais que for contra a bondade extirpar pode!

Pois quero escrever bela ode ao amor! Mas, me conta...

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Me conta o segredo para a excelsa poesia!

Será a inaudita alegria que na alma imanente?

Que a faz exultar, contente, no dealbar do dia?

Se for assim é tão simples! É tudo o que queremos pra

gente!

04/05/2011

41 - Quando o encanto mora n’alma

Dedilho as cordas do encanto!

E durmo ao acalanto da ternura!

Meliflui a doçura dos teus olhos!

E os mesmos são lios que me prendem, num enleio de

candura!

Dedilho as cordas do encanto!

Em refocilo, num recanto de aprazível olor!

Colho uma flor em seu jardim!

E declamo, só para mim, um poema de amor!

Dedilho as cordas do encanto!

E mesmo não sendo anjo nem santo anelo a perfeição!

Ter no coração uma pureza excelsa, divina!

Ter de uma doce menina, indelével nele, uma

inolvidável visão!

12/05/2011

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42 - Os tesouros de uma poesia (os tesouros da

esperança)

Quero a poesia mais linda escrever!

Para então me comprazer nesse deleite inefável!

Quero palavra agradável melifluir dos meus lábios!

Quero que olhos tão sábios fitem somente um meigo

olhar adorável!

Quero a poesia mais linda escrever!

Para então me embeber em ternura tão cândida!

Quero ter a alma de vida insuflada para então melifluir!

Quero tal encanto sentir perpassar em meu ser com uma

alegria incontida!

Quero a poesia mais linda escrever!

Para então comover quem enfadado estiver!

Para que possam viver na luz duma esperança!

Que a poesia tenha abastança desses tesouros!

E de toda a beleza que ela então contiver!

16/04/2011

43- À alma apaixonada de um anjo

Palavras melifluem ao ósculo de brisa amena!

E a serena candidez da alma transluz, inopinada!

E nada mais encantador, nada mais inebriante

Do que ouvir alentadora voz de uma alma amada!

Amo sobejamente essa fluidez constante!

Amo a galante expressão dos poetas amoráveis!

Amo seus gestos afáveis, garbosos!

Ah, prestimosos são esses poemas laudatórios!

Adoráveis!

Palavras melifluem ao ósculo de brisa amena!

E a serena candidez da alma transluz inopinada!

Que não obstante calada, porém não silente o coração!

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33

Pulsante em emoção qual alma de um anjo, apaixonada!

17/04/2011

44 – O sonho de um poeta

Quero a poesia mais linda, mais doce e mais pura!

Que fale dessa ternura que lateja em meu peito!

Quero estar ao encanto afeito, nele sentir-me embebido!

Meu ser então comovido dormita, acalentado, em seu

leito!

Quero um sonho feérico, num aprazível recanto!

Quero ouvir belo canto, mavioso e vibrante!

Para que então doravante possa ter a alma alentada!

E toda ela abastada de um olor penetrante!

Quero que esse perfume se espraie e toque os corações,

os embevecendo!

Para que no arrebol, ao sol nascendo, possam sentir o

que eu sinto!

Sem precisar tomar absinto, mas com a alma inebriada!

Com a alma encantada oferecendo banquete de luz a

esse mundo faminto!

05/12/2010

45 – Candura d'alma

O encanto a alma edulcora!

Transluzindo dela! Dela aflora, indelével!

Mantêm a candura em alto nível, para o enlevo

espiritual!

E os anjos lá do astral envoltos num esplendor incrível!

E quando a rosa imarcescível seu olor na alma espargir

Todo o ser há de sentir um frescor olente!

E um remanescente lampejo de inocência

Que ainda lateja na essência e que transluz, tão fulgente!

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O encanto a alma edulcora!

E ela adora esses assomos de candura!

Tendo a compostura recatada, airosa e bela!

Que é qual brilho de uma estrela que está aqui e não lá

na altura!

17/11/2010

46 – A poesia mais cândida

Ainda anelo escrever a poesia mais cândida!

Para que então da alma lânguida meliflua versos

serenos!

Ou que ao menos sejam tirantes à serenidade!

E que tenham a lenidade das palavras lentejadas pelos

rocios amenos!

Ainda anelo escrever a poesia mais cândida!

Aquela ainda não lida, de uma pureza inaudita!

Quero a poesia que habita os recônditos da alma!

Que ela venha com calma, no refluir da escrita!

Ainda anelo escrever a poesia mais cândida!

Aquela respaldada por um anjo garboso!

Que tenha verso valioso, com uma riqueza de estilo!

Que adeje tão tranquilo num cerúleo céu glorioso!

19/11/2010

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47 – Esfuziante anjo

Ah, esfuziante anjo! Teu olhar impele-me à criação!

Que minha mão, nesse arroubo, nesse deleite

contemplativo

Execute um poema alusivo à beleza que recente qual

imarcescível flor!

Cujo inebriante olor tem um aroma purificativo!

Ah, esfuziante anjo! Teu olhar impele-me à criação!

Tenho uma insólita visão, dessas que ao poeta acomete!

E que alentado o remete aos páramos da ternura!

Entrajando-me com a candura que na poesia se reflete!

Ah, esfuziante anjo! Teu olhar impele-me à criação!

Solfejo uma canção, flanando, extasiado!

E ter tua imagem ao meu lado, sílfide imagem dum

sonho belo!

Faz-me ter um doce anelo: estar com um puro encanto

tão enleado!

06/10/2010

48 – O líquido capitoso do encanto

Ah poesia, entornemos a taça do líquido capitoso do

encanto

Em algum recanto aprazível, sobre a alfombra

refocilante!

Esse líquido inebriante há de nos manter aquecidos

Enquanto comovidos ficamos em seu méleo acalanto!

Ah, poesia, entornemos a taça do líquido capitoso do

encanto!

Tenhamos, portanto, a alma tão alentada!

E a mesma tão encantada, num deleite divino

Faz de uma estrofe seu hino, laudatório à musa amada!

Ah, poesia, entornemos a taça do líquido capitoso do

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encanto!

Em algum recanto aprazível, sob a luz divina!

Ouçamos, então, voz feminina, essa soprano angelical!

E nesse manancial de todo encanto desvelamos o amor

oculto pela neblina!

11/10/2010

49 – Mágico encanto

Ah, poesia querida, deixe que o encanto perpasse

Em minha alma e a abrace, num estreitar tão cálido!

E que esse seu vagido denuncie seu nascimento!

Que se imiscua em meu pensamento esse seu estro

querido!

Ah, poesia querida, deixe que o encanto perpasse

Em minha alma e minha face oscule, afetuoso!

Quero que seja amoroso, meliflua docemente!

Para que quando despontar na mente tenha um proceder

garboso!

Ah, poesia querida, deixe que o encanto perpasse

Em minha alma e que não passe, fugidio!

Que perdure, indelével, que arredio não seja!

Que tenha a pura leveza de um dia primaveril!

14/10/2010

50 – Poesia, a inebriante música

Cantemos, poesia, pois a inebriante música debela as

dores!

Alija o marasmo e os temores, aconchega a alegria!

Transmuda a nostalgia em contemplação serena!

Melifluindo brisa amena a recender ternura nesse

aprazível dia!

Cantemos, poesia, pois a inebriante música debela as

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dores!

Falaremos de amores, bisando esse verso pela

eternidade!

Abandonando a veleidade e as posturas despiciendas!

E para as calendas gregas levamos os nossos temores!

Cantemos, poesia, pois a inebriante música debela as

dores!

Nos entrajamos com seus olores, tenhamos a sua

fragrância!

Amainamos nossa ânsia, tenhamos um anelo calmo!

Esse será o nosso salmo, no qual falaremos só de

amores!

02/09/2010

51 – A voz duma orquestra

Ah, esses instrumentos, de voz melifluente,

embevecedora!

Essa música é encantadora, deveras! Enleva o espírito

meu!

Ela me enleva, leva-me ao céu, onde nesse páramo me

deleito!

E adormeço no meu leito! E divago, deambulando, ao

léu!

Fala cada instrumento numa língua que o meu espírito

entende!

E enternecido lhe compreende a efusão do expressar!

Que me ponho a divagar em onírica paragem!

Desenho no espaço uma paisagem e nela quero morar!

Fecho os olhos e vem, maviosa música, guiar os passos

meus!

Para mais perto de Deus, para oscular sua mão!

Tenho a doce visão do Paraíso celeste!

E me entrajo da veste que cobre meu corpo e o meu

coração!

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05/09/2010

52 – Poetas! É o que somos

Despojamo-nos das vestes rotas, buscamos a luz em

nosso escrínio!

Transmudamos nosso fascínio num profícuo encanto!

Ah, e num onírico recanto vamos brincar com um

anjinho!

Trilhando florido caminho enquanto solfejamos um

canto!

Escoimamos nossa alma nos embebendo na luz da boa

poesia!

Criando a fantasia que mais nos apraz no momento!

Deixando transluzir o sentimento de forma arroubada,

mas pura!

Tenhamos então a doçura exalada do pensamento!

Somos poetas, portanto somos divinos, quer percebamos

ou não!

Vamos nos introjetar na visão do que é ser um poeta!

Vamos ter a alma de esteta, vamos anelar a beleza!

Vamos compor, com agudeza d'alma, com nossa pena

ou caneta!

08/09/2010

53 - Crenças de um poeta

Acredito na peremptoriedade do destino!

Acredito no divino imanente em cada ser!

Acredito no dever que temos em anelar a perfeição!

Acredito na nobre ação, no nosso ingente poder!

Acredito na peremptoriedade do destino!

Acredito num opimo pensamento, capaz de erigir um

mundo onírico!

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Acredito no rico e inalienável apanágio da vida!

Acredito na subida inexorável rumo ao paraíso!

E então enlevado e esperançoso fico!

Acredito na peremptoriedade do destino!

Acredito num hino que exalte as glórias do Amor!

Acredito no olor inolvidável e sua recendência olente!

Acredito no silente e eloquente simbolismo de uma flor!

21/12/2009

54 – Anjo esfuziante

Brincava então no prado um anjo esfuziante!

Seu sorriso era tirante ao brilho efusivo da flavi estrela!

Sua alacridade cotejava a dela, quando oscula com sua

luz o mundo!

Seu encanto era profundo, do seu imo transluzindo, se

desvela!

Brincava então no prado um anjo esfuziante!

E a poesia tão olente, na brisa se imiscuindo!

Lhe estreitava e então sorrindo uma canção lhe

inspirava!

E ele então saboreava o deleite que em seu ser

melifluindo!

Brincava então no prado um anjo esfuziante!

Seu sorriso contagiante se espraiava, em sua olência!

Dimanando da sua essência uma inusitada alegria!

Que sua alma conduzia às paragens da inocência!

30/12/2009

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55 – A poesia mais linda

Quero haurir a poesia mais linda que possa haver!

Para que me embeber em todo o seu encanto possa

então!

Quero que não desasie de minha mão essa ternura

fugidia!

Quero que a luz de um aprazível dia perdure indelével

no coração!

Quero a poesia mais linda... Que ressoe, em uníssono

Ao entusiasmo solícito! Que me embeveça o ser!

Para sentir o deleite, um prazer inefável

De um dia agradável para me enternecer!

Quero que o encanto venha insuflar-me com sua dádiva!

De meu ser, na estuância da vida, transluza só

harmonia!

Que a poesia seja maviosa música, a impregnar

O meu ser que há de estar embebido, por fim, em

esfuziante alegria!

12/01/2010

56 – Poema inolvidável

Quero ter de um anjo fagueiro a sua paz tão anelável!

Quero ter em minhas mãos um poema inolvidável, para

declamá-lo sempre, doravante!

Quero que ele me soerga, me levante, quando acometido

pelo desencanto!

Quero que o Sol de algum recanto luminoso incida sua

branda luz também em mim, em um méleo instante!

Quero ter a alma insuflada de uma ternura tão cândida!

Para ficar imanente!

Quero em mim a tão olente docilidade!

Que dimane amabilidade e que suscite simpatia

A minha estimada poesia! Que tenha ela na essência a

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luz qual de uma deidade!

Ah, a poesia que faço é minha dileta amiga!

Ela mitiga a solidão que acomete os poetas! A solidão

do criar!

Ela é minha musa, meu par, com ela faço dueto!

Pra ela dou meu afeto! Com ela aprendi a amar!

15/01/2010

57 - Aedo sonhador

Não quero macular minha poesia com nada que seja

efêmero!

Quero que tenha um tal gênero, insuflado de onírico

esplendor!

Quero ter um tal fervor, um entusiasmo incotejável!

Quero ter a alma incansável de um pertinaz sonhador!

Quero somente abastar minha alma de um vívido

encanto!

Quero refocilar-me em recanto aprazível, tendo tudo o

que apeteço!

Quero ter um tal apreço de um anjo que venero!

Não quero que seja efêmero esse afeto que mereço!

Pelo desvelo que dispenso a quem amo sem alarde!

Desde o arrebol da manhã à tarde serena, sempre estou a

exaltá-la!

Sempre estarei a decantá-la, enaltecendo seu candor!

Sou um aedo sonhador que nunca vai poder tocá-la!

13/08/2010

58 – A imagem da poesia

Me embeba, oh musa, em toda a tua magia!

Embeveça-me, oh poesia! De todo o encanto me

insufla!

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Pois quando tua asa rufla esparge toda ternura!

É meu anjo de candura incotejável, pois em fugaz

imagem não te camufla!

Ah, poesia, só tu és capaz de inebriar minha alma, sem

suscitar desconforto!

Faz-me sentir absorto, sem alienar-me, todavia!

No silente assomo da paz, ante a algaravia da cidade!

Dá-me total saciedade. Eu famélico, abastado agora da

luz, és meu farol do porto!

Poesia, minha dileta amiga! Minha musa estimada!

Minha elfa adorada, silfídica criatura!

Trouxeste a luz, por ventura, para ataviar-me nesse

momento?

Preencha meu pensamento com a inolvidável imagem

da pureza, da formosura!

30/11/2009

59 – Um rosto na poesia

Quero aproveitar, poesia amiga, cada ensejo, cada

inefável momento!

Para atrair ao pensamento ternura imarcescível!

E ter então em legível forma meus versos bem

dispostos!

E ver flanando neles belos rostos! Compor a forma

perfectível!

Quero aproveitar, poesia amiga, cada ensejo, cada

inefável momento!

Que seja pulcro meu sentimento, que aflore de forma

agradável!

Que nele adeje imagem doce, inolvidável, insuflada de

saudade!

Que minha alma sinta alacridade ao contemplar beleza

incotejável!

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Quero aproveitar, poesia amiga, cada ensejo, cada

inefável momento!

Para alijar qualquer lamento pelo tempo desperdiçado!

Quero estar em ti enlaçado, todo absorto, deveras!

Me leve às celestes esferas, deixe meu ser encantado!

02/12/2009

60 – O som de um violino

Poesia de Natal – 25/12/2009

Ouço, embevecido, o som de um violino!

Dele dimana a maviosidade dum divino e melifluente

expressar!

E a alma se vê a rezar, pois o enlevo é uma oração!

Pego o encanto pela mão e vou com esse a flanar!

Pelas veredas floridas da aprazível oniricidade!

Minha alma é só saciedade, na abastança da luz!

Pois do meu imo transluz todo álacre entusiasmo, que

então ofereço!

Como um mimo singelo de apreço a angelitude solícita

que me norteia, conduz!

Ouço, embevecido, o som de um violino!

Ele soergue a alma ao supino enlevo! Lhe sublima o ser!

Sente-se um inefável prazer, um deleite superno!

Sente-se tão puro e eterno e nesse sentir comprazer!

61 – Face airosa

A graciosidade perpassa em tua face airosa!

E então adeja, formosa, nos páramos do encanto!

E há luz nesse recanto onde refocila a beleza!

E uma inusitada leveza meliflui e ressoa de tua

meiguice um canto!

Um anjo o ouve e embevecido exclama:

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- De onde essa luz dimana, que beleza há pra suscitá-la?

“Tenho, então, que decantá-la... Cantar seu canto no

Paraíso!

“Esfuziante é seu sorriso e beleza alguma se coteja a

ela!

Na graça e leveza tua alma se embebe!

E o anjo a percebe ao recender tua doçura!

Ele lá da altura te oscula com a luz!

Pois da tua face transluz beleza singela e tão pura!

62 – Poesia obsequiosa

Obsequie-me, poesia amada, palavra mais gentil e

singela!

Pra se imiscuir no verso que fiz pra ela, todo esse de luz

insuflado!

Pois todo verso é um ser acabado, no qual tu, poesia,

põe alma!

E engendras com esmero, com calma, num burilamento

encantado!

Ah, poesia, depois da palavra perfeita, não te pedirei

mais nada!

Pois minha alma enlevada já a deixaste, em sobejo!

Pois me aplacaste o desejo, a ânsia, por vezes,

pungente!

De ter um verso olente como um sorriso ou um beijo!

Obsequia-me, oh poesia, com um amor tão santo!

Leve-me, portanto, ao empíreo onde se refocilam nobres

sentimentos!

Dá-me ternos momentos para acalentá-los no coração!

Ponha embevecedora visão diante dos olhos meus...

Com todos os seus mágicos elementos!

15/12/2009

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63 - Escansão

Minha alma, oh poesia, deita-se no regaço do teu

encanto!

E adormece ao acalanto do teu afago febrilmente

requestado!

Quero ter-te ao meu lado quando refocilar-me ao som

embevecedor de onírica sinfonia!

Vem-me oscular, oh poesia! Alinda minh’alma, deixa

meu ser enlevado!

Oh, musa! Oh divinal criatura! Oh anjo que de

pulcridade se atavia!

És o sol pro meu dia, refulge no albor da ternura!

Me estreite com tua alvura, dá-me teu afeto amorudo!

Para que meu espírito, então mudo, possa ter a voz de

um poeta e sua garbosa candura!

Me ensina, oh poesia, a solfejar tua melíflua canção

Para que eu tenha, na escansão dos teus versos, a voz

firme e canora

Dulcifluindo sonora no recanto do afeto!

Faz-me impoluto e correto, digno poeta da tua luz, que

me acalanta agora!

18/11/2009

64 - Minha adorada

Poesia é dentre as musas dos literatos, a de forma mais

airosa!

Tens a silfídica formosura, a garbosa luz, de uma Vênus

delicada!

És digna de ser decantada em versos nobres!

Pois sois dos poetas pobres, desses que desdenham o

ouro do mundo!

Mas dão-lhe tudo, com um amor profundo! Até suas

almas lhe dão, oh amada!

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Poesia é dentre as musas dos literatos, a de forma mais

airosa!

És gentil, és dadivosa, oferece tua ternura como mimo!

Para ti componho, para ti eu rimo, para ti eu canto!

Por ti eu saio do meu recanto e então, com efusão,

enaltecer teu nome!

Pois minha alma sente fome e sacia-se em tua luz! É

meu arrimo!

Poesia, és dentre as musas dos literatos, a de forma mais

airosa!

Para ti ofereço imarcescível rosa, a flor de todo o meu

afeto!

Pois tu me fazes sentir completo, na unicidade do teu

amor!

Me estreita, então, com teu candor, insufla em mim tua

alacridade!

É minha musa, minha deidade! Sinto em mim o teu

olor!

20/11/2009

65 – Em oração

Ouço teu sussurro, oh poesia, e minh'alma se emociona,

deveras!

Ouço o silente som das esferas celestes! Se extasia meu

coração

A um só acorde da tua canção, oh poesia, genuflexa

minha alma se posta!

Esse meu gesto é minha reposta ao teu chamado, é

minha oração!

Ouço teu sussurro, oh poesia, e busco na perfeita

anástrofe

Concatenar minha estrofe, sem perder o sentido do

verso!

Minha poesia é meu terço. Cada conta é uma linha

antifônica!

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Minha poesia é sinfônica, a reverberar por todo o

Universo!

Ouço teu sussurro, oh poesia, e minha alma se posta em

atitude de reverência!

Minha alma anela então a inocência, a alegria ingênua!

Minha alma quer mostrar-se nua para se ataviar do teu

encanto!

Vem poesia, portanto, me envolver com o véu da lua!

23/11/2009

66 - O ofício do poeta

Quero a alma embebida na luz do seu fascínio

Quero em nímio gole beber a capitosidade do encanto

E refocilar-me num recanto, na aprazibilidade dum olor

E então ter um tal candor quando for compor singelo

canto!

Quero a luz e perfume para minha alma, oh poesia!

E ter somente a alegria a perpassar em meu rosto!

Alijar todo desgosto, toda a ilusão que solerte

A alma insossa acomete e ficar somente nos lábios a

mélea ternura, seu peculiar gosto!

Ah, minha famélica alma! Sacia-te em sobejo!

Amaina seu desejo na parcimônia do afeto!

Para o ser ser impoluto e correto sem qualquer gula

estafante

Para seguir confiante ao arrimo da graça desse ofício

dileto!

22/09/2009

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67 - O sol da poesia

O encanto recende na imarcescível beleza!

E ele dá a certeza ao poeta que o evoca

De que a ternura que o toca vem insuflada de alento!

É luz para o seu pensamento e sua doçura não é pouca

Pois dimana do manancial perene da mélea alegria

É o sol que afaga o dia, de luz o abastando!

E a alma purificando, ao estreitar da candidez

Para que mais uma vez possa sentir o amor lhe

enlevando!

Ouçamos a música da sinfonia superna!

Ouçamos com a alma eterna, em cada poro do seu imo!

Traçando um doce destino, ataviado de esperança!

Tenhamos a alma de criança com a sapiência de quem

olha lá do cimo

Sob a luz do sol da poesia!

25/09/2009

68 - O que anelo, oh poesia!

Quero a beleza imanente no lídimo encanto!

Haurir a luz ao acalanto da ternura!

Ter a mélea candura das almas em excelsitude!

Ter digna atitude em cada momento, doçura!

Quero a luz para as manhãs cinéreas!

Quero as sílfides etéreas, as graças divinas

De prontidão nas esquinas para ofertar aos passantes

Mimos reconfortantes, poesias de luz que fujam das

rotinas!

Quero que a música mais suave se imiscua nos refolhos

do ser!

Que venha então se comprazer ao afago da harmonia

Dimanante da sinfonia que num céu tirante ao azul

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adeja!

Que a alma tenha a leveza para que dela se aproxime a

poesia!

25/09/2009

69 - Em teu sorriso, oh poesia!

Minha alma em teu sorriso se embevece , oh poesia!

E nesse átimo de luz alijas a fugidia ilusão!

Traga o alento ao coração, ternura para aquecê-lo!

E nunca deixar arrefecê-lo, estiolar seu encanto, seu

sentimento, emoção!

Minha alma se embevece ao afago da tua luz, oh poesia!

E inusitada alegria suscita em meu ser o seu chamado!

Sente-se o mesmo alentado! Na luz o ser sobraçando!

Vê-se enlevado, cantando, por ver-te sorrindo ao seu

lado!

Posso discorrer, oh poesia, valendo-me da tua

efusividade

Sobre qualquer tema, com versatilidade, pois seus

versos me anima!

Me estimula então compor com rima, dá-me a luz que

leva contigo!

Seja meu refúgio, meu abrigo e a ser singelo, por fim,

me ensina!

28/09/2009

70 - Recanto bucólico

Num recanto bucólico entrajamo-nos de tal

embevecimento!

Que sugira ao sentimento ternura inusitada!

Que a candura decantada tenha a pureza tão almejada!

Peguemos a canção estimada por um anjo e façamos

dela a sinfonia para a amada!

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Encanto melifluente exalando de nosso ser gentil

Mas sem ser piegas, pueril, porém espontâneo, garboso

Pedindo a um anjo formoso que inspiração nos conceda

Para seguir na vereda com porte tão galhardoso!

Deixemos que a luz nos incida

Para que a alma envida sua dulcíflua jornada!

Que siga feliz na estrada em destino adrede traçado

Pelo meu anjo inspirado e que a mantenha alentada!

26/02/2009

71 - Encanto, a luz dimanada d’alma

Quando o espírito com inefável encanto deambula na

feericidade

Há uma inaudita felicidade, por mais que fugaz seja!

Há uma inabalável certeza de que o encanto o embebe

E em nímio gole bebe a capitosa linfa da leveza!

Meu espírito com inefável encanto deambula

Nos páramos onde pulula miríade de anjinhos fagueiros

Com seus melieiros e efusivos assomos de galhardia

A requestar o afeto de belo dia com ósculos pressurosos

Sempre lépidos como o vento, sempre ligeiros!

Quero ter laivos dessa glória imensa

Para por fim ter a alma infensa ao desencanto

Deixar-me ao embalo dum acalanto, esse que embebe os

poetas

Oscular as musas diletas e refocilar ao som harmonioso

de algum belo canto.

23/07/2009

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72 - O poder do encanto e seu inolvidável perfume

18/02/2009

Embebidos numa dulcíflua alegria

Qual outra igual não havia, eis que se unem dois seres!

Seus risos, seus gestos, prazeres, se fundindo,

coadunados!

De encanto tão abastados, tinham inauditos poderes!

Por onde passavam deixavam indelével olência!

Inolvidável tal era a recendência, ao espírito impregnar!

E quem tivesse a flanar esse encanto acossava

E a alma nele já estava, toda encantada, embebida. E

como poderia não estar?

Deixando a alma insuflada de todo afeto que essa

pudesse conter

Que para a mesma se comprazer, se embeber em sua

abastança

Haurindo então para a sua essência a substância do

inefável

Tornando o ser afável, susceptível ao encanto, no imo

vivaz de sua lembrança!

73 - Mãos dadas

19/02/2009

Demos as mãos! Estreitados em dúlcido afago

Sorvamos, num trago, em nímio gole, esse carinho

extremoso!

Encanto vivaz, deleitoso, deixamos em nós perpassar!

Que possa o mesmo ficar e se expressar tão garboso!

Para embeber nossa alma possa ele então insuflar

Fascínio que então perdurar, para a alacridade se impor

Com seu perfume, seu olor, com graça de si dimanante

Que fique indelével esse instante, ataviado em candor!

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Demos as mãos, tão somente, demos as mãos,

enlevados!

E nesse gesto espontâneo, enleados, vamos flanar!

Vamos deixar nos levar por uma brisa aprazível

A nos incidir, apetecível, como um beijo a nos dar!

74 - A sinfonia do amor

20/02/2009

Da luz indelével que dimana da poesia

Há inaudita alegria que dela eclode

Há um mavioso acorde de ternura impregnado

Deixando o ser alentado pra compor poema ou ode!

Ouçamos a sinfonia do amor, essa nos embevece!

Incide no ser, lhe aquece, em deleitosa quentura!

Entrajando-o com tal formosura, alindando toda sua

essência

Pra que dimane a olência, eflúvios de sua ventura!

Vamos sorrir, meu amor, pois nossa alma é ridente!

Vamos contagiar toda gente, aquele que por nós

perpassar!

Vamos fazê-lo exultar, jubiloso, qual criança!

Insuflando-lhe luz, esperança, fazendo sua alma vibrar!

75 - Abluência

23/02/2009

Deixemos que a alma se ablua na fonte inexaurível da

poesia

Que haja alegria, tão somente, a se imiscuir nela

Que quando o brilho de uma estrela nela incidir

Venha então lhe incutir a luz vivaz que se revela!

Que venha então se imiscuir, fazer de si algo inerente

Pois que o espírito quando pressente a tão decantada

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alegria

Já ouve a voz da poesia, inolvidável ao pensamento

A dimanar luz, um fomento, que não se arrefecia!

Vamos fazer da inspiração o nosso guia tão zeloso!

Que ele seja prestimoso e que alegria em nós insufle!

Que quando a mesma ao vento rufle só ternura em nós

perpasse!

Que seja méleo esse enlace e que dele o espírito então

se nutra!

76 – A rima

Amo, sobejamente, a homofonia das rimas!

Aquelas opimas, amiúde usadas ou as aliterações!

Posto que enternecem corações, delas famélicos!

Amo seus ricos liames, as suas sublimes evocações!

Amo, sobejamente, a homofonia das rimas!

Elas são meninas, com seus encantos inefáveis!

Ah, elas são adoráveis como o aljôfar da ternura!

Que cai lá da altura com seus néctares saciáveis!

Amo, sobejamente, a homofonia das rimas!

Pois elas suscitam estimas aos corações amorudos!

E aos seres sisudos imprimem um riso fugidio!

Como um silente elogio a esses versos com sonoros

conteúdos!

24/07/2010

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77 – Bagas da poesia

O poeta não escolhe a poesia, a poesia o escolhe!

Ele apenas recolhe o óbolo dos termos!

A poesia lavra os terrenos da linguagem e oferece aos

poetas!

As suas bagas prediletas, apetecíveis nos verões ou nos

invernos!

O poeta não escolhe a poesia, a poesia o escolhe!

Ela, solícita, acolhe o poeta, quando esse acometido!

Pelo desânimo, ferido, e lhe oferece um mimo!

Ela lhe dá arrimo! As flores do seu campo tão florido!

O poeta não escolhe a poesia, a poesia o escolhe!

E ele colhe os frutos tersos e os perfumes suaves!

Ele ouve as canoras aves que voejam! Som divino!

E a natureza faz um hino de liberdade e não de entraves!

24/07/2010

78 – Capitosidade da poesia

Na inebriância da sua capitosidade me embebo!

Com nímio trago bebo da inspiração que me oferece!

Seu bafejo tépido minh'alma aquece e seu nome grito,

embevecido!

Pelo amor acometido meu espírito se enternece!

Sou apenas um poeta anônimo!

A expressar-se num acrônimo, tão somente!

Quero a alacridade em minha mente, que se imbua dela!

E quando não mais puder contê-la, que se espraie,

melifluamente!

Na inebriância da sua capitosidade me embebo!

E então recebo esses seus versos como dádiva!

Como se minha alma sensitiva haurisse a inspiração!

De uma fugidia visão de airosa e sílfide diva!

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26/07/2010

79 – Poema, cerne divino

Quero escrever um poema!

Com resquícios de um simples fonema, o quanto mais

puro puder!

Quero aonde estiver, não importando o lugar!

Quero minha alma abastar e de toda a luz me embeber,

venha de onde vier!

Quero sentir com prazer, com esse deleite inefável!

Sentir bafejo agradável a me oscular ternamente!

Quero somente imbuir em meu ser a candura!

Que meliflua a doçura quando declamar no ambiente!

Quero escrever um poema!

Sem que haja um esquema pré-definido!

Quero um poema sentido no coração, imanente!

Quero que ecloda a semente com esse cerne divino em

sua essência incutido!

27/07/2010

80 – Adoro-te, oh poesia!

Adoro-te, oh poesia, pois dentre as musas és a mais

virtuosa!

És a mais olorosa dentre as flores!

E quando falas de amores, piegas não és!

Não olhas de viés, desdenhosa, se alguém, embevecido,

fica a admirar os teus candores!

Adoro-te, oh poesia, pois és gentil, sem falsidade!

Não há traços de veleidade em teu rosto angelical!

És indelevelmente jovial e a graça te perpassa!

Te oscula e te enlaça num amplexo eternal!

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Adoro-te, oh poesia, pois és indubitavelmente dadivosa!

És a entidade mais garbosa que adeja nesse céu!

És meu anjo delicado, sílfide imagem da candura!

Nenhuma deidade lá da altura se coteja ao encanto teu!

04/08/2010

81– Bebo-te, oh poesia!

No manancial inexaurível da inspiração bebo-te, oh

poesia!

E me exulto com a euforia de um diletante!

Eu, um ser inconstante, busco, com inquebrantável

otimismo!

Imbuído de tal romantismo, aos teus versos me unir,

num canto assim tão vibrante!

No manancial inexaurível da inspiração bebo-te, oh

poesia!

E ouço embevecido a eufonia do encanto teu!

Me embebo, então, nesse estro enteu e em uníssono

canto contigo!

Me acompanha um anjo amigo e essa tríade constitui

meu eu!

No manancial inexaurível da inspiração bebo-te, oh

poesia!

E me inebrio dessa alegria que me acomete com seu

vício apetecível!

Único vício irrepreensível que se imiscui n'alma

poética!

Que busca o belo na estética de um verso puro,

irretorquível!

04/08/2010

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82 – Canto mavioso

Embebo toda a minha alma em um deleite inefável!

Quando um ósculo afável me toca a face embevecida!

E então minha alma embebida na oniricidade de um

aprazível recanto!

Entrajo-me de um canto mavioso que dimana, melífluo,

de alguma alma querida!

Embebo toda a minha alma em um prazer inefável!

E esse encanto suscitado tem um incotejável desvelo,

que me estreita!

A ele já minha alma afeita deambula pelos campos

amorudos!

E tem então seus timbres graves, seus tons agudos, esse

coro d'anjos que me deleita!

Embebo toda a minha alma em um deleite inefável!

Embeveço meu ser em agradável momento!

A me fazer sentir enternecimento nunca dantes no imo

sentido!

E então vou embalar, comovido, no regaço de um

sonho, esse meu sentimento!

01/04/2010

83 - Canoridade do afeto

Da ave canora do afeto ouço seu mavioso gorjeio!

Ele se imiscui, de permeio, se torna imanente ao pulsar

do coração!

É como uma canção melifluindo ternura!

Como um anjo de candura inolvidável, que nos

embevece a visão!

Da ave canora do afeto ouço seu mavioso gorjeio!

Ele me estreita e esse enleio tem recendência olorosa!

É qual perfume de rosa que se haure, inebria!

Traz a luz para o meu dia, cotejando a do Sol – vivaz e

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tão radiosa!

Da ave canora do afeto ouço seu mavioso gorjeio!

E sinto no imo, no seio, na minha essência, enfim!

Sinto todo o olor de um jardim e fico de bom grado na

fila!

Para ter da doce Kamila ao menos um sorriso pra mim!

23/03/2010

84 – Deleite perene

Ah poesia querida, não quero o efêmero do prazer!

Quero embeber o meu espírito no que chamo de deleite

– para o poeta – a excelsitude!

Quero ter uma postura, uma atitude, que fale aos anjos –

em sua linguagem!

Quero um refocilo em uma paragem – em algum

recanto – num clima aprazível de altitude!

Ah poesia querida, não quero o efêmero do prazer!

Para quando a dor me acometer tenha o lenitivo de um

acalanto!

Dá-me a branda luz de um méleo canto – para que,

embevecido, possa então sonhar!

Dá-me a paz de um meigo olhar, mavioso e doce, para

exaurir da face dolência ou pranto!

Ah poesia querida, não quero o efêmero do prazer!

Quero que somente, ao entardecer, tenha o ósculo da

brandura!

Tenha de um anjo, lá da altura, um estreitar, um seu

afago!

Quero haurir em nímio trago a capitosidade de sua

ternura!

09/04/2010

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85 - Regaço da poesia

Deito-me em teu regaço, oh poesia, e adormeço em teu

acalanto!

Inebriante é teu canto, capitosa é tua melodia!

Vem suscitar alegria a esse poeta singelo!

Vem incutir-lhe esse anelo: ficar enfim imanente em

cada princípio de dia!

Deito-me em teu regaço, oh poesia, e adormeço em teu

acalanto!

Enxuga-me o pranto – vem, de minha alma, qualquer

dolência exaurir!

Faz-me somente sentir o teu cálido ósculo! Meu alento!

Venha com aprazível brisa ou com vento refrescante sua

olência em mim imbuir!

Deito-me em teu regaço, oh poesia, e adormeço em teu

acalanto!

Sou um poeta e nesse páramo, nesse recanto onírico,

deixo no álveo da ternura

Melifluir a candura a me fazer sentir tão leve! À leveza

dos anjos, tirante!

Sinto-me tão confiante que ruflo as asas e evolo à essas

plagas d'altura!

24/04/2010

86 – Notas musicais

As palavras são como notas musicais na poesia

Para compor a sinfonia maviosa do encanto!

São portanto imprescindíveis, imanentes nela!

Pois sua acepção nos desvela imagens, no sobejo de um

vivo canto!

É por isso que sou, oh poesia, um diletante, um purista!

Não sendo sentimentalista, nem piegas, busco apenas o

divino!

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Em cada poesia faço um hino, exaltando minha musa

tão querida!

Buscando, em justa medida, alçar meus versos ao

páramo celestino!

No ágape dos poetas sento à mesa! Famélico como

estou!

Pois vejo que o estro não se apagou, a flama da poesia

bruxuleia!

Sinto-a latejar em minha veia e transluzir a deixo então!

Sinto que há luz no coração e essa luz a mim norteia!

..........................

E se a poesia arrefecer de vez que a morte me pegue

pela mão

E que me leve lá onde está a plêiade dos poetas em

assembléia!

22/06/2010

87 – Temperança poética

Estou a burilar minha poesia no crisol da temperança!

Quero ter a alma de criança, porém sem a sua

puerilidade!

Quero ter a alacridade de quem no encanto se embebe!

De quem recebe a luz em seu peito e se abasta da sua

intensidade!

Estou a burilar minha poesia no crisol da temperança!

Para que a inolvidável lembrança do encanto meliflua

Nas veias de minha alma... e que conflua, por fim, ao

manancial inexaurível!

Ah, que eu tenha a alma flexível, a alma leve, a alma

nua!

Despojada de todo vício, para então me revestir

Dessa luz que vi surgir, assim ao longe, fugidia!

Que ela brilhe em cada dia, nem que seja num lampejo,

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num assomo de inspiração!

Para compor uma canção com esse arroubo de alegria!

25/06/2010

88 – Sob o altar da poesia

Ah poesia querida, quero estar imanente contigo!

Pois a ti me ligo! Inexorável afeto nos enlaça!

Em minha alma perpassa e se imiscui nela todo teu

estro!

Faz-me um poeta destro, me acalenta, me abraça!

Ah poesia querida, tu possuis aliciantes atrativos!

Seus encantos persuasivos instigam e meus versos

fomenta!

Tu minha alma alimenta! É alento nos pesares!

Para ti erijo altares! Me ablua em tua linfa tão benta!

Ah, poesia querida, quero estar imanente contigo!

E no teu seio me abrigo, comungo do teu santo enlevo!

Pra ti devo meus versos compor!

Pois me mostraste o amor! Então essas linhas te

escrevo!

07/07/2010

89 – A luz dos teus olhos, oh poesia!

A luz dos teus olhos me embevece, deveras!

Cotejando a das esferas do celestial empíreo!

É como um hausto de candor etéreo que vem em minha

alma insuflar!

Então me ponho a cantar e deixo a mesma adejar nesse

ambiente sidéreo!

A luz dos teus olhos me embevece, deveras!

Com oníricos encantos, não quimeras! Somente o belo

apeteço!

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Só o que é belo reconheço e nele busco me embeber!

E então haurir, absorver, a poesia que venero, tenho

apreço!

Quero mais que figuras de linguagem na poesia!

Quero desvencilhar da tirania do estilo! Quero a

excelsitude se imiscuindo!

Em cada verso surgindo, com a rima em melifluência!

Quero na poesia essa essência que sinto em mim

imbuindo!

15/07/2010

90 – Requestante

Poesia, apeteço os teus encantos como um requestante!

Como um andejante, sedento dos teus ósculos

enternecidos!

Meus olhos ávidos do teu olhar, fitam o vazio,

expectantes!

Meus passos vacilantes buscam o refocilo em teus

versos queridos!

Poesia, apeteço os teus encantos como um requestante!

Sou apenas um poeta ante a grandiloquência do infinito!

E então me quedo! Então fito, em regalo!

O teu semblante e tenho um estalo! E meu poema grito!

Poesia, apeteço os teus encantos como um requestante!

Sou apenas um anjo petulante, que insiste em suas asas

pedir!

Que crê então possuir os atributos requeridos!

Pois meus olhos atrevidos deixam o encanto se imbuir.

19/07/2010

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91 - O ósculo dos poetas

Agir com donaire, com probidade e garboso!

E ser tão oloroso, ter do encanto a recendência!

Essa fragrante olência que então a espraiar!

Deixando perfume no ar, tão leve como sua essência!

Agir com donaire, com probidade e garboso!

Ser poeta extremoso, externar seu carinho!

Deixar flores no caminho para os demais caminhantes!

Para os encantados amantes fazer com elas seu ninho!

Nidificar suas almas no afeto, esse puro e tão belo!

Esse é o anelo dos poetas que em seus corações

acalantam!

E a galhardia decantam em seus versos singelos!

Pois amam com seus desvelos e, com maviosidade,

encantam!

10/01/2012

92 - O brilho n’alma

Na alma imanente uma inefável leveza!

De uma inusitada sutileza que perpassa e que transluz!

No olhar que então reluz, abastado do encanto!

Como a ouvir mavioso canto de canora ave que seduz!

Na alma imanente uma inefável leveza!

Limpando-a de impureza, com nova veste lhe

entrajando!

De luz então lhe abastando, alijando a escuridão!

Deixando inolvidável visão e aos anjos também

encantando!

Na alma imanente uma inefável leveza!

Melifluindo a certeza de que o encanto nidifica nela!

Nela há um brilho que coteja ao de uma estrela, fulgor

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luzidio!

Tão vivaz, não fugidio! Nela sua graciosidade se

desvela!

13/01/2012

93 - O atito do encanto

O encanto tem um mavioso atito!

Ao ruflar das asas, num agito, reverberando!

A ternura enleando os corações enamorados!

Deixando-os enlevados, quase o céu tocando!

O encanto tem um atito mavioso!

E um perfume oloroso tem o agitar das suas asas

alipotentes!

São frescores olentes, inolvidáveis e constantes!

A transluzir nos semblantes, deixando-os alegres,

sorridentes!

Tem um atito mavioso o encanto!

Ele adeja num recanto aprazível, num jardim florido!

Aguçando o sentido, deixando todo o ser animado!

Todo o ser alentado pela sinfonia do afeto, que segue

doce ao ouvido!

26/01/2012

94 - Anjo displicente

O poeta é um anjo displicente!

Uma estrela cadente, mas com brilho inefável!

Um perfume agradável exalado de uma flor tão singela!

Uma pintura de aquarela em uma arte incotejável!

O poeta é um alquimista, das palavras ele é um mago!

É um lago de águas plácidas ou um oceano proceloso!

Seu carisma oloroso desarma as almas empedernidas!

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Suas iguarias bem servidas é um banquete saboroso!

O poeta é um anjo displicente!

Que de tão extasiado, contente, deixa-se pelos ares

levar!

E fica, então, a sonhar, como se asas tivesse!

Como se outro mundo não houvesse além de um

aprazível lugar!

27/01/2012

95 - Dueto poético

A nau do encantamento singra no oceano da candura!

E suscita ternura em minha alma enamorada!

Ela se sente enlevada, numa oração lá para a altura!

Em genuflexada mesura, em admiração à amada!

A nau do encantamento singra no oceano da candura!

E uma postura garbosa tem o cupido do afeto!

Sempre galhardo, sempre correto, me inspira também a

sê-lo!

E a agir com desvelo, cantar com o Amor em dueto!

A nau do encantamento singra no oceano da candura!

E uma apetecível quentura a alma inflama!

É a inspiração que declama um poema amoroso!

Em um gesto afetuoso, digno de uma alma que ama!

Valdecir de Oliveira Anselmo

29/01/2012

96 – Em prece

A doce leveza de uma sílfide imagem!

Está vivaz na paragem do encanto!

Se imiscuída na bucolidade de um recanto tão aprazível!

Tornando o ser sensível, chegando a entoar mavioso

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canto!

O qual é uma oração vivificante!

Uma poesia tonitruante reverberando sintonia!

Essa anelada harmonia, num enleio tão terno!

Um amplexo fraterno numa vibrante alegria!

A poesia e o poeta são dois seres coadunados!

Dois seres irmanados num único ideal!

Na oniricidade surreal do encanto!

Buscando num canto uma prece transcendental!

02/02/2012

97 – Alento inebriante

Minha poesia é o meu alento!

Ela sopra feito um vento de ternura lentejado!

A musa impoluta está ao lado e seu encanto me inebria!

Vejo a luz de um belo dia no dealbar tão encantado!

Minha poesia é o meu alento!

E me soergo, sonolento, ainda embebido no sonho meu!

Deixo então que o afago enteu me estreite num enlace!

Que essa magia nunca passe, pois é um afago que vem

do céu!

Minha poesia é o meu alento!

Pois não quero nenhum lamento do meu verso dimanar!

Quero somente me inebriar de um capitoso licor!

Esse que emana uma flor ou o rocio ao luar!

03/02/2012

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98 – Fidelidade

Ter com a poesia a decantada fidelidade!

E com amabilidade em cada proceder!

Ter excelso prazer no trato carinhoso!

Ser um ser amoroso, com o afeto então se comprazer!

Ter com a poesia a fidelidade decantada!

Ter a alma enlaçada ao encanto, em um fraterno

estreitar!

É como sonhar um sonho bom e inolvidável!

Sobejamente agradável que vem a alma alentar!

Ter a decantada fidelidade com a poesia!

Ter a sincera alegria quando um verso declamar!

E quando apregoar aos quatro ventos!

Que sejam puros os sentimentos de um ser que aprendeu

a amar!

03/02/2012

99 – Visão serena

Tua face aos meus olhos é luz inefável!

Sobejamente agradável essa luz é!

Através dela aprendi a ter fé, do seu alento usufruindo!

Um poeta sentindo a força como o refluir da maré!

Tua face aos meus olhos é luz inefável!

Habita inolvidável como imagem tão perene!

No meu peito, indene, sem corromper-se jamais!

Sem sentimentos banais, sem um arroubo infrene!

Tua face aos meus olhos é luz inefável!

É um sonho agradável, indelével e vivaz!

É como um anjo audaz suas asas ruflando!

E, por fim, me abastando de branda luz e de paz!

04/02/2012

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100 – O brilho nos olhos

Há um brilho em teus olhos e esse brilho é inolvidável!

É inevitável olhar-te e no teu olhar me embeber!

É como se um inexorável poder na alma se imiscuísse!

Deixando imbuir-se nela e nela então se deter!

Há um brilho em teus olhos e esse brilho é inolvidável!

O pensamento se torna instável, em ti concentrado!

E então ensimesmado o ser começa a divagar!

E voga em alto mar qual um tritão encantado!

Há um brilho em teus olhos e esse brilho é inolvidável!

Sobejamente agradável é olhar-te e revestir-se de

amabilidade!

E vejo a deidade, a musa da pura poesia!

A alma se insufla de alegria e essa eclode com

intensidade!

08/02/2012

101 – Cândido olhar

Impregnar minha alma do hausto do teu cândido olhar!

É o que anelo em meu sonhar como um ósculo do

alento!

Que insufla a alma de um pensamento que a embevece!

Meu ser então nunca padece, pois dele não se achega

nenhum lamento!

Impregnar minha alma do hausto do teu cândido olhar!

É como se abastar de toda luz do Paraíso!

É me embeber em teu sorriso, é flama reconfortante!

Então deambulo, delirante, pelas veredas do encanto!

Refocilando no recanto aprazível do teu semblante!

Impregnar minha alma do hausto do teu cândido olhar!

É como voar sem precisar asas ter!

E então se comprazer num onírico sentimento!

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A embalar cada momento, desde o arrebol, no

amanhecer!

09/02/2012

102 - O canto da sereia

Meu espírito te segue como um devoto!

Faço voto de pobreza para amealhar teu tesouro!

Teu encanto é fio de ouro, melenas de uma sereia!

A qual contemplo, na areia, sob o brilho do Sol num

mar prateado e louro!

Meu espírito como um devoto, te segue!

E o que é inexequível então consegue realizar!

Uma poesia declamar na algaravia da cidade!

Fazendo da musa sua deidade, inolvidável imagem que

vem do mar!

Meu espírito te segue como um devoto!

Em teu cortejo sou um anjo de roto encanto!

Que no intento de entoar mavioso canto, jamais se

cotejará ao da sereia!

Ele ouço e então permeia, se imiscuindo, dúlcido, no

meu recanto!

11/02/2012

103 - Veredas floridas (Aos poetas do passado)

O encanto deambula em uma vereda florida!

E com a ternura então haurida tenho um decantado

apreço!

Esse sim o reconheço como algo a ser respeitado!

E então me sinto insuflado da luz que em reza peço!

O encanto deambula em uma vereda florida!

E no dealbar da vida essa luz que alenta!

Sacia a alma sedenta, sua ânsia aplacando!

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O meu ser encantando e qualquer dor ele aguenta!

O encanto deambula em uma vereda florida!

E nada mais peço a vida além do que já tenho em

abastança!

Tenho essa inestimável herança dos poetas do passado!

Com eles estou enleado e os acompanho na andança!

14/02/2012

104 - Primavera n’alma

A limpidez do regato do encanto meliflui placidamente!

Abacelando a semente do afeto no coração!

E uma inaudita emoção a alma acomete!

E um sentimento a remete a uma aprazível estação!

A limpidez do regato do encanto meliflui placidamente!

E um pensamento consente, num beneplácito de ternura!

Que a alma lá para a altura alcandore!

Que a mesma decore uma canção de amor, embebida em

candura!

A limpidez do regato do encanto placidamente meliflui!

E a alma então intui que a primavera se aproxima!

Uma inaudita esperança a anima, então!

E ela solfeja o seu canto com um refrão de bela rima!

Valdecir de Oliveira Anselmo

14/02/2012

105 - A partitura do encanto

A partitura do encanto o espírito solfeja!

E ele então deseja estar nele imanente!

Recendendo sua olente fragrância!

Uma apetecível ânsia o acomete, inopinadamente!

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A partitura do encanto o espírito solfeja!

E então ele adeja num onírico mundo!

Um hausto profundo o faz aspirar a ternura!

E se entrajar de candura para não ser um anjo iracundo!

A partitura do encanto o espírito solfeja!

E transluz de si uma leveza inefável!

Um ar garboso, agradável, dulciflui no ambiente!

A sua essência o sente, tornando todo o ser tão afável!

17/02/2012

106 – Para a beleza de um anjo

O encanto vem a beleza brunir!

E deixá-la então se imbuir de um apetecível esplendor!

É como um olor vivaz e penetrante!

Ou como um ósculo abençoante que vem enternecer a

alma com seu calor!

O encanto vem a beleza brunir!

E ela então a sorrir, num riso embevecido!

O espírito agradecido se coloca genuflexo!

E se sente então conexo com Esse Ente Desconhecido!

O encanto vem a beleza brunir!

E nada mais quero sentir além desse afago tão terno!

Nesse estreitar tão paterno com o qual o Universo me

cinge!

Sinto esse Amor que não finge, não dissimula e é

Eterno!

25/02/2012

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107 - Sonhando num bosque

Ah, estou ensimesmado, deveras absorto!

E no conforto de um aprazível recanto, numa alfombra!

Deito a sombra de árvore frondosa!

E uma graciosa brisa leva consigo a ternura em seu

ombrã!

E nesse meu enlevo vejo uma ninfa de um bosque

feérico!

Sorrio com um rico duende, seu tesouro ostentando!

Ou ouço um menestrel cantando, essa élfica criatura!

E olho lá para a altura e vejo um anjo adejando!

Olhar nos olhos de Hipnos e então ficar ensimesmado!

Tendo Morfeu ao lado e vislumbre do seu onírico

mundo!

Sorver em hausto profundo o licor de Baco, inebriante!

E ter diante dos olhos todo o encanto, ao menos por um

segundo!

Valdecir de Oliveira Anselmo

29/02/2012

108 - Escatologia

É certo que tudo vai acabar!

Mas precisar quando e como quem há de?

Não há um vate infalível!

E às vezes risível é quando alguém se empavona e diz

saber a verdade!

É certo que tudo vai acabar!

Ou engolfado pelo mar ou embebido,

E por fim consumido, por um fogo inclemente!

Podemos aventar pela mente qualquer destino surgido!

Num sonho de vaticínio, que alguns dizem presságio!

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E então concebem um adágio, num fatídico verso!

Como se todo o Universo se desvelasse então!

Nesse delírio de revelação, transmitindo ao mundo, em

contágio!

02/03/2012

109 - À consciência

Há um bucólico recanto, recôndito, no imo!

Lá onde o ânimo coexiste com a esperança!

E o encanto faz aliança, num liame de ternura,

Com a almejada ventura, dando ao ser confiança!

Há um bucólico recanto, recôndito, no imo!

Onde o ser busca arrimo, um porto seguro!

Uma luz para ao futuro o guiar!

E nas decisões o apoiar, quando em momento obscuro!

Há um bucólico recanto, no imo, abscôndito!

É como um ádito, uma câmara secreta!

Onde um anjo exegeta, confidente, elucida!

As essenciais questões da vida, porém ignoramos o que

o mesmo interpreta!

04/03/2012

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110 – Ao inefável prazer de escrever

Escrever poesia não é um trabalho, é um prazer!

É como comer iguaria prandial!

Tão apetecível e frugal, tão leve e tão saborosa!

Em banquete oferecido por generosa dama, gentil e

jovial!

Escrever poesia não é um trabalho, é um prazer!

É como ser recebido num palácio nababesco!

Tão aprazível e fresco, lentejado de encanto!

Estar na luz de um abascanto, sob o desvelo

principesco!

Escrever poesia é um prazer, não é estafante!

É deveras refocilante adormecer no regaço da poesia!

Em sua fantasia, seu vestido de gala!

E minha alma embala, e essa canta laudatórios versos à

alegria!

05/03/2012

111 – Néctar do encanto

Vou enaltecer-te o encanto como um anjo garboso!

Como um lírio oloroso recender meu embevecimento!

Pelas plagas bucólicas do sentimento, com melíflua

olência!

Vou desnudar minha essência e as rotas vestes ao vento!

Como um anjo garboso vou enaltecer-te o encanto!

Vou repetir o meu canto como um mantra sagrado!

Quero estar enleado com a ternura que exala!

Esse meu anjo que fala, ciciando, ao meu lado!

Como um anjo garboso o teu encanto enaltecendo!

Vou sorvendo um capitoso líquido em um deleite

inefável!

Meu espírito insaciável bebe o inexaurível licor!

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O néctar de uma flor, sobejamente agradável!

06/03/2012

112 - À magia das palavras

Se repito uma palavra insistentemente!

É para ficar imanente na alma o seu sentido!

Seu conceito tenho haurido em nímio trago!

E seu eco no meu âmago tenho ouvido!

Se repito uma palavra insistentemente!

É por estar em minha mente ela inserida!

Deixando-a toda embevecida que a mesma se apresenta

ao natural!

Não sendo, pois, ela banal, não hei de banalizá-la,

repetida!

Se repito insistentemente uma palavra!

É para usá-la como aldrava para bater à porta do

inolvidável!

Pois uma palavra adorável, bem soante!

Lateja vibrante no peito e meliflui agradável!

07/03/2012

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113 - Ave altaneira

O encanto é ave altaneira que nidifica nas alturas!

Ave alipotente, as agruras combatendo!

E de ternura, comovendo, a trazer comida para o ninho!

Com ela então não me definho, pois toda a sua força eu

estou vendo!

O encanto é ave altaneira que nas alturas nidifica!

É ave magnífica que quando rufla suas asas a dor

espanta!

É maviosa quando canta, tão canora e tão bela!

Que se eu fosse pintor pintava ela como um anjo ou

uma linda infanta!

O encanto, que nidifica nas alturas, é ave altaneira!

É ouro na algibeira, amealhado paulatinamente!

É uma doçura abrangente, se espraiando além do ser!

É um excelso deleite ver o encanto adejar tão

refulgente!

Valdecir de Oliveira Anselmo

08/03/2012

114 – Poesia, líquido inebriante

A ternura perpassa na alma agora!

E por ora nela a alma se embebe!

Um líquido bebe e é um líquido inebriante!

Que há de saciá-la, doravante, pois é um mimo do

encanto, que recebe!

A ternura perpassa na alma agora!

E nela aflora com uma emoção tonitruante!

O peito então tão palpitante pulsa num ritmo mavioso!

Haure o encanto oloroso que está no ar em méleo

instante!

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A ternura perpassa na alma agora!

E quase chora ela, um pranto doce e encantado!

Por um afeto na alma represado, vindo subitamente

eclodir!

O ser então nesse sentir se vê aos píncaros alteado!

08/03/2012

115 – Estricnina

A poesia é um lenitivo até para o veneno de estricnina!

Ela age tal qual morfina, sedando o espírito até!

É quase um ato de fé, num efeito placebo!

A poesia que concebo mantém o espírito em pé!

Não o deixando soçobrar ou morrer!

Pois nenhum líquido que beber irá seus refolhos

esfacelar!

A alma há de despertar mesmo que no inferno!

Pois o poeta é eterno e está ao encanto velar!

Não há veneno mais letal do que a desesperança para o

poeta!

Ela o afeta e o corroe tanto quanto qualquer veneno!

A estricnina é um ameno alcalóide cotejado a ela!

Mas quando a esperança se desvela tudo o mais é de

somenos!

10/03/2012

116 – Orgulho de um poeta

Não intento ser espalhafatoso!

Nem ominoso, por um átimo sequer, é meu poema!

A rima é minha gema, minha pedra preciosa!

Uma olorosa flor minha estrofe e a ternura meu lema!

Espalhafatoso não intenso ser!

Somente hei de escrever e à brisa amena lançar!

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Meu canto pode ficar indelével somente em meu peito!

Não vejo como defeito da própria luz me abastar!

Espalhafatoso ser não intento!

Minha poesia lamento não é!

Escrevo com fé sem ser ortodoxo!

Na poesia, inortodoxo, não sou nenhum abaré!

17/03/2012

117 – Predisposto

O espírito ao encanto predisposto!

Num refocilo, recomposto, um poema escreve!

Dimanado de sua verve, de seu entusiasmo constante!

Sem mostrar-se pedante das palavras se serve!

O espírito predisposto ao encanto!

Entoa um mavioso canto. De onde vem? Um enigma!

Mudar de opinião, paradigma, sem ser um instante

volúvel!

É como deslindar o insolúvel, mas sem ficar n’alma um

estigma!

De ser, talvez, ou mostrar-se pretensioso!

Ou, em pieguice, garboso, mas espargindo emoção!

Um anjo lhe pega na mão e o vem nortear!

Ao páramo o altear em melodia suave provinda do

coração!

20/03/2012

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118 - Inefável aspecto

O encanto tem um inefável aspecto!

E, apesar de ensimesmado e introspecto, o ser transluz

sua graciosidade!

É um lampejo da deidade que meliflui em seu sangue!

Não o deixando exangue, jamais alijado da claridade!

O encanto tem um inefável aspecto!

Que suplanta o intelecto ou a pura emoção!

E o cérebro e o coração dimanam sua luz!

Pois que a alma seduz num ritual de ablução!

O encanto tem um inefável aspecto!

E o espírito insurrecto, infenso ao que é trivial!

Faz um poema ao lirial acalanto de um onírico

esplendor!

Aspirando um olor bucólico, com um esperançar jovial!

23/03/2012

119 – Leprechaun

No emaranhado da vida a alma se desvencilha!

Dessa Moira, filha do destino!

Pois a poesia é um hino laudatório à esperança!

E o poeta se torna criança ao rememorar um ensino!

Esse que a vida lhe dá em beneplácito sagrado!

O poeta alentado por asas alipotentes!

É um jardim de olentes perfumes bem provido!

Vê tesouro escondido, jamais encontrado antes!

A inspiração é um leprechaun matreiro!

Um ente fagueiro a oferecer um tesouro ao poeta!

E fala que é a sua alma dileta, que vem a luz lhe dar!

Mas não titubeia em tomar se não usar bem a caneta!

29/03/2012

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120 – O afeto do poeta

O afeto perpassa rente ao âmago do ser!

E o vem enternecer, torná-lo radiante!

Deixá-lo confiante , embebido em superna alegria!

Sorrindo para cada raiar de dia, desde o arrebol da

manhã até a noite reconfortante!

O afeto perpassa rente ao âmago do ser!

E ele então a se comprazer em um deleite inefável!

Sorri ao agradável, benfazejo ar da manhã!

Com um inabalável afã de deixar para o mundo, ao

menos, uma palavra afável!

O afeto perpassa rente ao âmago do ser!

E deixa transparecer, transluzir sua emoção!

Com a luz que dimana do coração, todo ele impregnado!

Por tal encanto alentado se deixa evolar então!

30/03/2012

121 – Mais um sol

O Sol brilha com inefável sorriso!

E fica meio indeciso se brilha para o mundo ou só pra ti!

Pra ele então assenti, respaldando-lhe o intento!

Pois esse é meu pensamento: “Brilho igual nunca vi”!

O Sol brilha com um sorriso inefável!

E com um afável ósculo vem seu brilho incidir!

E a se refletir no brilho dos teus olhos, enfim!

E as asas dum querubim vem o teu encanto cingir!

O Sol brilha com um sorriso nesse dia!

Com vivaz alegria os anjos sorrirão!

E lhe estreitarão, com carinho inefável!

E com fulgor admirável esse teu coração!

Para Kamila, em seu aniversário,

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Valdecir de Oliveira Anselmo

01/04/2012

122 – O Cavaleiro

Um cavalo fogoso e lépido e montado, um cavaleiro!

Todo garboso e fagueiro, empunhando sua espada!

Pensamento só na amada, essa donzela, a persistência!

Em versos d’ouros ou em prosas decantada!

Um cavalo fogoso e lépido e montado, um cavaleiro!

Elmo lustroso, olhar certeiro, mirando só o horizonte!

A fronte altiva, intimorato!

Escudo pronto pro ato de proteger-se, o Belerofonte!

Um cavalo fogoso e lépido e montado, um cavaleiro!

Um intrépido guerreiro, em embate vitorioso!

Um ente tão galhardoso, em porte radiante!

Qual Febo abrasante, um sol glorioso!

02/04/2012

123 – Feérico encanto

A essência engolfada num recôndito recanto!

Onde pulula o encanto, em miríades de facetas!

Entrajando as alma eleitas com um atavio de luz!

Pois que do imo transluz todo a afeto que há e com o

qual já afeitas!

A essência engolfada num recôndito recanto!

Ouve-se um canto e é tão mavioso lembrar!

Fica inolvidável no ar, e a alma nele imanente!

Tal encanto procedente da luz que vem do luar!

A alma num recôndito recanto engolfada!

Ouve-se o ciciar de uma fada, um feérico murmúrio!

Olho para o esplendor cerúleo, fecho os olhos e me

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embebo!

Toda sua luz então recebo e sinto o espírito áleo!

03/04/2012

124 – Basta apenas um momento de luz

Quando a alma exulta-se em deleitoso gáudio!

Todo arredio temor se estiola e se desvanece!

Todo desencanto fenece, pois que a alma em tê-lo não

foi feita!

Por mais que esteja afeita ao mesmo essa experiência

não a apetece!

Quando a alma exulta-se em gáudio deleitoso!

O ser se vê venturoso e toda a ilusão afasta!

Somente à sua alma basta um lampejo de doçura!

Para que toda a ternura nela se insufle e dela se abasta!

Quando a alma em deleitoso gáudio se exulta!

Ela, respeitosa, então consulta o oráculo sagrado!

Esse a manter o ser alentado em seu estreitar!

E que vem lhe acalentar e esclarecer em momento

aprazado!

07/04/2012

125 - O Homem e a Natureza, enleio e encanto

Sábio é aquele que a Natureza perlustra!

E, embevecido, perscruta os seus recônditos recantos!

Enternecido, de encantos abastado!

No Meio Ambiente, enleado, ouve maviosos cantos!

Esses por canoras aves entoados!

Pássaros opíparos, enlevados, regozijam de emoção!

E é tão feérica a visão que se deslinda!

A Natureza é tão linda que lhe acalanta o coração!

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Sábio é aquele que a Natureza perlustra!

E encantado ilustra seu enlevo com os traços da alegria!

E uma inusitada magia da Natureza dimana!

E ele sente com gana que aproveitará bem o dia!

12/04/2012

126 – A visita de um anjo

Recebeu de um anjo saudoso a visita!

E alijou qualquer laivo de desdita ao rol do impensável!

Pois tudo o que há de anelável, o mais belo, a alma

acalantou!

No seu imo que ficou indelével e agradável!

Como um ósculo lentejado de ternura!

Como música na candura a alma embebendo!

Como fogo a aquecendo sem consumi-la, todavia!

Como uma ode à alegria, em doce sonho a

embevecendo!

Recebe de um anjo saudoso a visita!

E sua alma então palpita ao compasso melódico do

coração!

Ouve uma canção ciciada ao ouvido!

Por um ente querido cantada, lhe suscitando uma

aprazível visão!

15/04/2012

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127 – Anjinhos

Miríade de anjinhos pululam em teu sorriso!

E é como se o Paraíso em outro local não estivesse!

Pois a alma se enternece ao olhar teu rosto angelical!

E tudo o mais é irreal, é ilusão que desvanece!

Miríade de anjinhos em teu sorriso pululam, fagueiros!

E assim tão ligeiros, lépidos como o pensamento!

Ou como o vento risonho, a brisa aprazível!

Osculam teu sensível e afetuoso rosto por um vivaz

momento!

Miríade de anjinhos pululam em teu sorriso agora!

E dele transluz, nele aflora todo o encanto que então

vejo!

Não é fugaz como um lampejo, mas perene!

Sua beleza indene como um rochedo, e a ele o teu

encanto então cotejo!

17/04/2012

128 - À uma estrela além (distante)

Um inefável encantamento n’alma perpassa!

E esse a enlaça num estreitar insuflado de magia!

Há uma alegria jamais no mundo externada!

Tão espontânea e inusitada como uma efusiva sinfonia!

Um encantamento n’alma perpassa, tão inefável!

E um agradável perfume recende no ar!

A alma se vê a flanar pelos jardins do Paraíso!

E é vivaz o seu sorriso, do seu imo a dimanar!

Na alma perpassa, inefável, um encantamento!

E é um momento de luz que se insufla nela!

A magia a si desvela o Amor que está além!

E o ser contém em si todo o brilho de uma estrela!

19/04/2012

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129 – No farnel da vida

Farnel- Saco para provisões de jornada.

Sentir que não é embalde amar com desvelo!

E no peito então contê-lo, esse dileto carinho!

Inebriar a alma do vinho capitoso do encanto!

E num recanto aprazível, na árvore frondosa do afeto,

fazer seu ninho!

Nidificar seus sonhos, abacelar seus ideais!

Sentir que podem ser reais esses que a alma aventar!

Que basta apenas sonhar, um sonho tão singelo!

Ter um puro anelo para então ver medrar!

Ver surgir, vicejar, com a pujança de um carinho!

Sentir tal qual passarinho evolando no céu!

Ter pensamentos ao léu, mas abarcados, por fim!

Por uma alma afim, colocando o Amor no farnel!

20/04/2012

130 – Seu capitoso olhar

Seu capitoso olhar minha alma inebria!

E uma inaudita alegria a acomete, então!

Arfa o meu coração e ele bate descompassado!

Vejo tua imagem ao lado e é uma deleitosa visão!

Seu capitoso olhar minha alma inebria!

Declamo uma poesia em meu pensamento, silente!

Ela tem um frescor olente, que recende no ar!

Vejo minha alma a sonhar e nesse seu sonho, contente!

Seu capitoso olhar minha alma inebria!

Sinto fulgir nesse dia um brilho ao Sol tirante!

Sinto que então doravante será o Sol pro meu recanto!

Sinto que não há outro encanto para o qual me prostrarei

perante!

25/04/2012

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131 – Fantasia, feérico mundo

Um brilho inefável minha alma aquece!

E ela então não fenece, não estiola seu encanto!

Ela dormita num recanto, em um aprazível frescor!

Ela respira o olor como o estreitar dum acalanto!

Um brilho inefável minha alma aquece!

E ela então adormece na alfombra macia!

Ela sente a magia a perpassar em seu imo!

A buscar o arrimo no feérico mundo de uma vivaz

fantasia!

Um brilho inefável minha alma aquece!

Ela então se enternece, alijando qualquer dor!

Pois só poesia de amor meliflui ao natural!

Pelo álveo etereal dum apetecível candor!

25/04/2012

132 – A primeira luz da manhã

Sob a luz inefável do arrebol!

Paira o sol incandescente do sorriso teu!

E outro céu não mais vislumbro, extasiado!

Meu espírito encantado devaneia, ao léu!

Sob a luz inefável do arrebol!

Norteia-me o farol do teu olhar imprescindível!

E nada mais é tão incrível quanto o se embeber nele!

Ele traspassa minha pele e se aloja no espírito,

imprevisível!

Sob a luz do arrebol, tão inefável!

Adeja teu agradável perfume, por um momento!

Deambula, então, meu pensamento, pelo páramo do

infinito!

Nada mais é tão bonito quanto a imagem que transluz

meu sentimento!

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26/04/2012

133 – Resplandecendo

Ah, poesia, quando o teu ósculo lentejado de ternura!

A minha alma em candura se enternece!

Nada mais a embevece tanto quanto o olhar-te,

transcrita!

No papel, na luz da escrita que resplandece!

Ah, poesia, quando o teu ósculo lentejado de ternura!

Adeja lá na altura, lá no páramo estrelado!

O meu ser tão encantado almeja ter as asas de um Ícaro!

Para elevar a alma ao píncaro do Parnaso iluminado!

Pela luz dos anjos, os poetas abençoados!

Esses alentados no dúlcido teu seio!

Buscam imiscuir-se de permeio na magia!

Que oscula a face do dia e também da noite, em doce

enleio!

27/04/2012

134 - O trabalho dos anjos

Para o dia do Trabalho

Os anjos trabalham com afinco!

Em um brinco, adorno do destino!

Um fino ornato para a orelha do tempo!

É um passatempo para eles divino!

Os anjos trabalham com afinco!

Sobre os cinco elementos primordiais!

São seres eternais em labores prazerosos!

Com seus entrajes garbosos permeiam os elementais!

Os anjos com afinco trabalham!

E assim amealham os tesouros divinos!

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Cantam seus hinos entusiasmados!

E por Deus afagados regozijam tal qual meninos!

Valdecir de Oliveira Anselmo

01/05/2012

135 – Deslumbramento

Em seu apetecível deslumbramento!

A alma coaduna todo sentimento num só!

E o desencanto vira pó, ou se transforma!

Na forma mais pura de amor em seu entraje de ló!

Posto que transparente o amor é!

Pois todo o seu querer, a sua vontade, o seu talante!

Pede que a alma nesse instante aspire só o bem!

E então que brilhe, também, agora e doravante!

Em seu apetecível deslumbramento!

A alma, em seu pensamento, deambula, então!

Pelos oníricos devaneios do coração, esse enamorado!

Pela candura encantado, palpitando de emoção!

03/04/2012

136 – Brilho inefável

Um brilho inefável em teus olhos transluz uma excelsa

candura!

Meliflui a ternura por um álveo resplandecente!

Minha alma então consente a si mesma, dá o

beneplácito!

Um consentimento tácito para imiscuir em tua alma,

ternamente!

Fito teu olhar e então me embebo nele!

Meu encantamento impele minha alma, fomentando o

entusiasmo!

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Alija dela o marasmo, ficando somente o alento!

Olho para o firmamento e sob o esplendor desse Sol

quedo pasmo!

Venho abluir minha alma em um inexaurível e límpido

riacho!

E acho lindo, sobejamente agradável essa sua

melifluência!

Submergi minha essência nas águas desse encanto!

Não quero estar em outro recanto nem haurir outra

olência!

04/05/2012

137 – Momento mágico / O masculino e o feminino

Há um momento mágico e vivaz!

Em que o espírito audaz faz o que lhe compete!

E intrépido se arremete, lança-se ao vento!

Com as asas do sentimento o estribilho do encanto

repete!

E essa canção sublime e vibrante!

O faz sentir confiante, embebido em alacridade!

A voz de uma deidade ouve-se, então!

E eclode do coração com toda a intensidade!

Há um momento mágico e o espírito o pressente!

Um momento olente, recendendo um hálito divino!

Com a força resoluta do masculino a perpassar no ser!

Mas sem arrefecer a delicadeza e o donaire feminino!

06/05/2012

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138 – A caixa de Pandora

Eleva o teu espírito ao patamar do encanto e nele então

embevecido!

Queda silente e comovido, o pensamento a flanar!

Seus sonhos impregnam o ar e adeja uma olência

alentadora!

Abre a Caixa de Pandora e a Esperança dela intenta em

tirar!

Compartilhe com os demais tudo o que de bom

encontrar!

Não a deixe fechar com a Esperança lá no fundo!

Aspire-a com hausto profundo e de entusiasmo te

insufla!

E enquanto tua asa rufla recende teu encanto pelo

mundo!

Assim o poeta deve ser - arauto da esperança!

Fagueiro feito criança, na alegria embebida!

A alma tão comovida e a ternura a estreitar!

Num abraço que o há de alentar por toda uma vida!

07/05/2012

139 – Mãe, o arauto de Deus

Para o dia das mães – 12/05/2012

Deus osculou-te a face e lhe concedeu a maternidade!

Fagulhas da Sua deidade em teu ser espargiu!

Tua alma norteando conduziu a esse templo sagrado!

Onde num trono assentado o fulgor, um brilho que

nunca se viu!

Mãe! É o arauto de Deus que o mundo ilumina!

Tu vens e nos ensina a amar com tal desvelo!

Sem prender o amor, sem contê-lo nos grilhões do

compromisso!

Um amor não submisso, sem cobranças, terno e belo!

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Deus osculou-te a face e lhe concedeu a maternidade!

Traz a branda luz, a claridade e vens o mundo abarcar!

Com o encanto que há de ficar, indelével, como a

ternura!

Envolve com tua candura o mundo que precisa muito

amar!

08/05/2012

140 – Deambulando

Ia deambulando, embevecido!

Por um caminho florido, tendo o encanto como guia!

Cantando enquanto lia seus versos para não esquecer!

Sentindo o excelso prazer de quem se ablui na poesia!

Ia deambulando, embevecido!

E em seu flanar, comovido, nada mais ele almeja!

Além de insuflar-se da leveza e então no estelífero céu!

Como as miríades de estrelas em seu véu, também lá ele

adeja!

Quando o entusiasmo o embevece!

E o encanto o aquece, numa quentura apetecível!

O ser de tão sensível translúcido parece!

Como se estivesse junto a ele algum anjo invisível!

10/05/2012

141 – Inspiração, ciciar divino (O mar e o céu)

Vai dedilhando o instrumento do encanto, oh poeta!

A tinta da tua caneta meliflui e se concentra!

Se imiscui, penetra, no papel, em indelével forma!

E então adorna a branca folha com o contorno de uma

letra!

Vai dedilhando o instrumento do encanto, meu aedo!

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Intimorato, sem medo, sem arrefecer teu ânimo!

Com teu opimo expressar, no entusiasmo embebido!

Deixe chegar ao sentido o ciciar tão divino!

Vai dedilhando do encanto seu inefável instrumento!

Em uníssono ao sentimento que te envolve!

Que te embevece e comove, que te faz sonhar!

Que te faz vogar no Oceano, que as asas te devolve!

Para ao céu por fim voltar!

11/05/2012

142 – Plácido encanto

O encanto oscula teu rosto!

E o faz com tal gosto, de tão encantado!

E da luz abastado oferece a ti uma flor dessa substância!

Alijando toda ânsia, pois na placidez ele assentado!

O encanto oscula teu rosto!

É como um copo de capitoso líquido posto à mesa!

Para acompanhar a sobremesa, esse divino manjar!

Para depois do jantar nada mais se deseja!

E então dormita a minha alma nesse encanto embebida!

Nada mais eu peço à vida do que já tenho em sobejo!

Nada anelo mais, pois tudo o que vejo é o que mais me

apetece!

Minha poesia te enaltece e é como um carinho ou um

beijo!

16/05/2012

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143 – Corrente infrene do encanto!

Ah, minha alma, não vacile um momento, não titubeie!

O encanto permeie, te imiscua nele indene!

Para que melíflua o mesmo, perene e nunca seja fugaz!

Exaurir-se jamais, seja corrente infrene!

Ah, minha alma, não titubeie, não vacile!

Pode que às vezes oscile, mas não te estatele ao chão!

Há sempre um arrimo, uma mão, um amparo divino!

É esse hino de amor nas entrelinhas transcrito de um

belo poema ou canção!

Faça os mesmos, componha com beleza!

Haure a leveza, te insufla dela!

Como de uma estrela alimentar-se do seu fulgor!

Quando se fala de Amor todo o encanto se desvela!

17/05/2012

144 – Pégasus

A face do encanto a ternura oscula!

O sonho deambula como um ébrio a flanar!

Ouve-se o ciciar da brisa aprazível!

E o ser se enternece, sensível, e a candura a exalar!

A ternura oscula do encanto a sua face!

E estreita, em terno enlace, num amplexo sagrado!

O ser, por fim divinizado, quase que vislumbra Deus!

Pois nos versos seus Nele se introjeta, ensimesmado!

A ternura oscula a face do encanto!

Volvo ao meu recanto, recôndito e encantado!

Onde há fadas e um cavalo alado no qual monto e

cavalgo!

Na busca sempre de algo, esse impalpável, sublime.

Não um tesouro aviltado!

19/05/2012

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145 – Poesia, sempre poesia

O encanto te oscula, oh musa impoluta!

Em sua pertinaz luta, Amazona sagrada!

Nos mitos decantada, pois tens a persistência como

égide!

Em sua lide, sempre audaz, na edificação da eternal

morada!

O Parnaso, a morada simbólica dos poetas!

E das musas diletas, escolhidas como guias!

Para levá-los às alegrias, ao encanto superno!

Genuflexos perante o Eterno, em laudatórias aleluias!

O encanto te oscula, oh musa impoluta!

Traça com a acuta o ângulo perfeito da tua rima!

Não vejo mais nada acima de ti, pois é todo o Verbo!

Está no píncaro soberbo, no encanto altanado está, oh

menina!

21/05/2012

146 – Lampejo coriscante

O encanto é luz que se imiscui em teu olhar!

E inefável a flanar pelas veredas do Paraíso!

Incide em teu sorriso como um clarão ofuscante!

Como um lampejo coriscante, tão certeiro e tão preciso!

Busca a ternura, na alma a suscitando!

O afeto externando, dele o ser já se imbuindo!

E o Amor permitindo se achegar!

Para no imo se insuflar e a brandura sugerindo!

O encanto é luz que se imiscui em teu olhar!

É um perfume a dimanar com a olência da graciosidade!

E a alma na alacridade embebida!

Viverá essa vida com efusiva intensidade!

23/05/2012

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147 – Árvore vergada

O poeta não deve ser árvore vergada!

Nem deixar ser cerceada qualquer das suas

manifestações!

Deve ter predileções, deve acalentar diletâncias!

Deve exalar fragrâncias generosas das suas emoções!

O poeta não deve ser árvore vergada!

Mas ter a alma alentada pelo Divino Hausto!

Não empavonar-se como um fausto, mas luz própria ter!

Deixar-se comover, não empedernir-se em seu claustro!

O poeta não deve ser árvore vergada!

Não deixar ser solapada qualquer poesia sua!

Deve manter a alma nua, sem pejo ou vergonha!

Para sua vida não ser enfadonha, e que nela sua essência

melíflua!

24/05/2012

148 – Esse poeta em mim

Uma excelsa leveza se insufla em meu ser!

E se deixa transparecer, transluzir!

Para dela então me imbuir e se espraiar!

Em um aprazível lugar, melifluindo, com a brisa a

sorrir!

Uma excelsa leveza se insufla em meu ser!

Não quero me ver como um poeta estafermo!

Não quero vagar no ermo de um pesar!

Quero me abastar de amor para sanar meu espírito

quando esse enfermo!

Uma excelsa leveza se insufla em meu ser!

E ele então a se comprazer, se deleitar!

Beijo a face do mar e o estelífero céu também!

Afago o bem, desdenho o mal e toda a dor intenta

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debelar

30/05/2012

149 – Olha para bem dentro de ti

Olha para bem dentro de ti e procura o que te faz

sonhar!

O que te faz regozijar, em um deleite suave!

Faz-te evolar qual ave altaneira e tão vivaz!

Que te faz sentir audaz para suplantar qualquer entrave!

Olha para bem dentro de ti e procura o que te faz

sonhar!

O que te faz pensar que o mundo pode ser melhor, bem

mais humano!

Que dissipa o atroz engano e o desencanto para longe

alija!

Para que a alma se corrija, se redima perante o divino

plano!

Olha para bem dentro de ti e procura o que te faz

sonhar!

O que te faz elevar a fronte e agradecer o novo dia!

O que te traz alegria e te fomenta o entusiasmo!

Que estiola o marasmo e dissipa toda a dor que antes em

ti havia!

11/06/2012

150 – A Capitosidade do afeto

No líquido capitoso do teu encanto minha alma se

inebria!

E onde havia a dor o nepente da tua graciosidade para a

debelar!

Vejo-me a flanar num recanto aprazível!

Sinto um prazer indizível como se um anjo a estreitar!

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Com suas asas a alma minha!

Que então não se definha, não se esmorece, jamais!

Não fala palavras banais, pois busca a flama eloquênte!

A eclodir qual semente a espraiar a ternura nesse jardim,

mais e mais!

No líquido capitoso do teu encanto minha alma se

inebria!

No copo que refulgia o brilho dos teus olhos, inefável!

E é saciável esse licor inebriante!

Que doravante só beberei de tal líquido, inolvidável!

13/06/2012

151 – Ósculo angelical

Um anjo osculou-te a face e pensou:

“Será que vou poder desvencilhar-me do teu olhar?

“Será que doravante sonhar poderei eu

Sem que o teu semblante, docemente, além das brumas

feéricas, venha mirar?”

Um anjo osculou-te a face e pensou:

“Será que o encanto ficou lá onde está o teu olhar?

“Inolvidável, a flanar por alguma vereda florida?

“Essa imagem querida é como miríade de estrelas

Ou como gotas que formam o infindo azul desse mar!

Um anjo osculou-te a face e pensou:

“Creio que estou perdidamente encantado!

“E também enleado nesse teu vivaz esplendor!

“Vou oscular uma flor e alijar os espinhos para o lado!”

18/06/2012

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152 – O anjo da esperança

Um alipotente encanto nesse cerúleo esplendor onírico

adeja!

Insuflado de uma leveza assaz ablusiva!

E essa alusiva a uma inefável graciosidade!

Dimanando a alacridade com sua flama atrativa!

De uma flor imarcescível a reconfortante recendência!

Emana a sua essência e se imiscui no coração!

Fazendo-o pulsar, então, num ritmo harmonioso!

Transluz o ser garboso como uma excelsa visão!

E a alma que o vê se encanta, pois outro rosto mais luz

não tem!

Melífluo olhar na limpidez do bem, nesse inexaurível

manancial!

Vem no arrebol matinal espraiar a esperança!

Alentando a criança e ao adulto mostrando o vislumbre

do mundo ideal!

20/06/2012

153 – Delírios poéticos

No estelífero céu deambula meu pensamento!

E a nostalgia não é um lamento, mas suscita versos

laudatórios!

Encômios a esses rios inexauríveis do tempo!

E nesse entretempo entre um sonho e outro estes meus

delírios!

Não há melancolia no entardecer que se esvai!

Pois mesmo a alma quando cai se soergue ao arrimo!

Da luz que sai do imo e aquece o coração!

Alijando a maldição dos ancestrais e do destino!

Dentro d’alma a força indômita e também a

inconstância!

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A ânsia excessiva de tocar o intocável!

De evitar o inevitável, mas quedamos , expectantes!

Somos viajantes rumo a um destino inexorável!

.................................................................................

Mas amantes da esperança, com um sorriso de poeta!

21/06/2012

154 – Píncaro

Ah poesia, não quero causar impacto!

Não quero pacto fazer com o que não creio!

Apenas escrevo e leio o que mais gosto!

E então posto à musa o meu texto singelo, da forma

como me veio!

Ah poesia, quero somente a ti agradar!

Quero minha alma abastar de todo encanto que essa

possa conter!

Quero da dor me abster, bebendo o nepente do encanto!

Quero entoar melífluo canto, sentindo excelso prazer!

Ah poesia, apeteço o teu ósculo, como um enamorado

menino!

Sou teu fiel paladino no séquito que te acompanha!

Subir íngreme montanha, para no píncaro louvar-te,

querida!

Oferecendo-te a vida em tão sublime façanha!

22/07/2010