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Vamos lutar pelo SUS que queremos Conquista: Unimed Porto Alegre adota a CBHPM integral a partir de 1º de junho Usuários do SUS, médicos e demais trabalhadores da saúde, hospitais e entidades públicas e civis se unem pela valorização do Sistema Único de Saúde Página central Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul - Ano VI / N o 48 / Abril 2008 Informativo Avenida Princesa Isabel, 921 Porto Alegre/RS 90620-001 Remuneração justa e digna. Melhores condições de trabalho

Vamos lutar pelo SUS que queremos Remuneração justa e … · 2016-02-19 · Vamos lutar pelo SUS que queremos Conquista: Unimed Porto Alegre adota ... José de Jesus Peixoto Camargo

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Vamos lutar pelo SUS que queremos

Conquista: Unimed Porto Alegre adota a CBHPM integral a partir de 1º de junho

Usuários do SUS, médicos e demais trabalhadores da saúde, hospitais e entidades públicas e civis se unem pela valorização do Sistema Único de Saúde

Página central

Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul - Ano VI / No 48 / Abril 2008

Informativo

Avenida Princesa Isabel, 921Porto Alegre/RS

90620-001

Remuneração justae digna. Melhorescondições de trabalho

Informativo

2JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Notas

Presidente: Marco Antônio BeckerVice-presidente: Cláudio Balduíno Souto Franzen

1º Secretário: Fernando Weber da Silva Matos 2º Secretário: Ismael Maguilnik

Tesoureiro: Isaias Levy Corregedores: Régis de Freitas Porto e Joaquim José Xavier

Conselheiros

Antônio Celso Koehler Ayub | Carlos Antônio Mascia GottschallCéo Paranhos de Lima | Cláudio Balduíno Souto Franzen

Ercio Amaro de Oliveira Filho | Fernando Weber da Silva Matos Flávio José Mombrú Job | Isaias Levy | Ismael Maguilnik

Ivan de Mello Chemale | João Pedro Escobar Marques PereiraJoaquim José Xavier | José de Jesus Peixoto Camargo

José Pio Rodrigues Furtado | Luiz Augusto PereiraMarco Antônio Becker | Marineide Gonçalves de Melo

Martinho Alexandre Reis Álvares da Silva Newton Monteiro de Barros | Régis de Freitas Porto Rogério Wolf de Aguiar | Alberi Nascimento Grando

Cláudio André Klein | Cléber Ribeiro Álvares da Silva Douglas Pedroso | Enio Rotta | Euclides Viríssimo Santos Pires

Fernando Antônio Lucchese | Geraldo Druck Sant’Anna Ibrahim El Ammar | Iseu Milman | Izaias Ortiz Pinto

Jefferson Pedro Piva | José Pedro LaudaLuciano Bauer Gröhs | Magno José Spadari

Marco Antônio Oliveira de Azevedo Maria Lúcia da Rocha Oppermann

Mário Antônio Fedrizzi | Moacir Assein ArúsSilvio Pereira Coelho | Tomaz Barbosa Isolan

O Informativo Cremers é uma publicação doConselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul

Av. Princesa Isabel, 921 CEP 90620-001 – Porto Alegre/RSFone (51) 3219.7544 Fax (51) 3217.1968

E-mail: [email protected] – www.cremers.com.br

Conselho Editorial

Marco Antônio Becker, Cláudio Balduíno Souto Franzen,Fernando Weber da Silva Matos, Ismael Maguilnik e Isaias Levy

Redação: W/COMM Comunicação Jornalista Responsável: Ilgo Wink – Mat. 2556

Repórter: Viviane Schwäger – Reg. 10233Revisão: Raul Rubenich

Estagiários: Luis Felipe dos Santos e Aline CamargoFotos: W/COMM Comunicação

Projeto e Produção Gráfica

Stampa DesignDireção: Eliane Casassola

Editoração: Fernanda PinheiroCTI: Ana Paula Almeida

Ilustrações: Ana Paula Almeida e Fernanda Pinheiro(51) 3023.4866 [email protected]

www.stampadesign.com.br

Tiragem: 30.000 exemplares

A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a ela enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Maté rias as sinadas não expressam necessariamente a opinião da Diretoria do Cremers. O conteúdo do Informativo Cremers po de ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte.

Com o presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, como pa-drinho, a sede do Instituto Ver Hesíodo Andrade foi inaugurada no dia 31 de março. A entidade utili zará um espaço cedido pelo Sindicato das Agências de Propa-ganda (Sapergs) e pela Associação Latino-Americana de Agências de

Publicidade (Alap), à Av. Pernam-buco, 2664. Entre as autoridades presentes, o presidente da Alap e presidente executivo do Institu to, João Firme de Oliveira, a ve rea dora Maria Luiza, do PTB, e os diretores

técnicos da entidade, os oftalmo-logistas Giovani Travi e Rosane Fer-reira. O Instituto Ver é uma ONG que trabalha na recuperação par-cial da visão de bebês entre zero e dois anos.

À noite, na Amrigs, foi realizado um evento de confraternização, no qual foi leiloada uma camisa da Seleção Brasileira, doada pelo técnico Dunga e autografada por todos os jogadores.

Inaugurada a sede do Instituto Ver

Dr. Becker apadrinha Instituto Ver

Dr. Newton Barros (E) recebeu o Instituto Ver na Amrigs

Posse dos novos diretores clínicos do Hospital Conceição

e do Hospital da Criança

Foram empossados no dia 9 de abril, no auditório do Instituto da Criança com Diabetes, os

novos integrantes da Associação dos Médicos e Odontológos do Grupo Hospitalar Conceição (AMEHC). Foi reconduzido à presidência o Dr. Má-rio César de Moura e Cunha Rocha. Ao mesmo tempo, foram empossados os novos diretor clínico e vice-dire-tor clínico dos hospitais Conceição

e da Criança Conceição, respecti-vamente Dr. Osvaldo Wolff Dick e Rivail Cunha de Abreu (do Hospital Conceição), Dra. Lígia Beatriz Só e Silva e Dr. Eduardo Machado Cardo-so (do Hospital da Criança Concei-ção). O Cremers, representado pelo Dr. Isaías Levy, diretor-tesoureiro, deu posse solene aos novos dirigentes atra vés de termo assinado e transcri-to em livro próprio.

3JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Editorial

A saúde pública depende de todos nós

A

"Assim como

está não dá para

continuar. Este

não é o SUS que

queremos. O SUS

que queremos

nós devemos

definitivamente

conquistar."

Dr. Marco Antônio BeckerPresidente do Cremers

saúde pública brasileira pa-

rece se aproximar do caos.

É o que se pode depreender

do noticiário sobre o avanço

da dengue e o surto infeccio-

so que atinge a maioria dos

hospitais de Porto Alegre.

Os dois fatos juntam-se aos

inúmeros problemas que afli-

gem o Sistema Único de Saú-

de e reforçam a convicção da

necessidade de uma reação

imediata, forte e incisiva de

toda a sociedade.

O que estamos vendo agora

é apenas a ponta do iceberg.

Se não forem tomadas urgen-

temente medidas corretivas

para a real sustentabilidade

do SUS, a crise tende a agigan-

tar-se, fugindo ao controle das

autoridades, como já ocorre

nos dois casos que estão pre-

ocupando a todos nós.

O que acontece no Rio

de Janeiro é inaceitável. Em

2007, foram registrados 559

mil casos de dengue no país,

com 158 óbitos, o índice de

mortalidade mais elevado da

história por esse mal. Até 31

de março deste ano, já ha-

viam sido oficialmente verifi-

cado 74 óbitos (a maior parte

deles no Rio), indicando que

nos encaminhamos para ba-

ter o vergonhoso recorde do

ano passado.

Há muito tempo vimos de-

nunciando a precariedade do

sistema, a falta de investimen-

tos em Saúde. Sim, o dinheiro

aplicado na área da saúde é

investimento, e não despesa.

Além de salvar vidas e atenuar

sofrimentos, cada centavo des-

tinado ao setor, em especial a

ações preventivas, representa

menor custo, mais adiante,

em tratamentos longos e dis-

pendiosos.

O que vemos hoje são

hospitais em situação de ex-

tremas dificuldades econô-

micas e financeiras, muitos

deles, justamente por isso,

reduzindo o número de lei-

tos e outros fechando suas

portas. A principal razão dis-

so é a baixa remuneração

do SUS, que praticamente

congelou sua tabela durante

mais de dez anos, afetando

os hospitais e os médicos,

que trabalham muitas vezes

em condições precárias.

Diante disso, era previsível

que mais cedo ou mais tarde,

além da queda na qualidade

do atendimento aos pacien-

tes, essa situação viesse a

apre sentar desdobramentos

na área epidemiológica.

Assim como está não dá

para continuar. Este não é o

SUS que queremos. O SUS

que queremos nós devemos

definitivamente conquistar.

Para evitar que o quadro se

agrave, as entidades médicas

gaúchas – Cremers, Simers e

Amrigs –, ao lado de institui-

ções hospitalares, de técnicos

da área da saúde e de mais de

60 associações civis, estarão

realizando no dia 30 de maio,

no Largo Glênio Peres, uma

grande manifestação em de-

fesa da saúde pública – Mais

Saúde para o SUS.

A saúde, como se sabe, e

ainda mais agora com o ca-

so da dengue, não depende

apenas do poder público,

dos médicos e dos demais

profissionais da área – é uma

causa de toda a sociedade.

4JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Ensino Médico

Simpósio sobre escolas médicasNo dia 4 de abril, o sim-

pósio “O Fu turo das Es-colas Médicas no Brasil”

dis cutiu todos os aspectos en-volvidos na formação do médico brasileiro para reflexões sobre o tema. O evento, organizado pela AMB, CFM, Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e pela Faculdade de Medicina da USP, debateu temas como a mer-cantilização do ensino superior e a abertura indiscriminada de escolas médicas.

O presidente do Cremers, Mar-co Antônio Becker, participou do evento destacando que falta von-tade política ao governo para im-pedir abertura de novos cursos.

– Existem faculdades de me-dicina em excesso. Há muito tempo o Cremers vem comba-tendo a abertura indiscriminada de novos cursos. Nós somos, em todo o país, os únicos a conse-

guir fechar duas faculdades de medicina, na Unicruz e na Unijuí, em decorrência de fortes ações político-institucionais, com a mo-bilização da entidades médicas gaúchas.

Nos últimos onze anos, foram criadas 90 faculdades de medi-cina no Brasil, que atualmente oferecem 17.154 vagas – 11.548 delas para o primeiro ano da gra-duação. Atualmente, existem 175 escolas de medicina no Brasil.

O deputado Darcísio Peron-di (PMDB-RS) comprometeu-se a apresentar emenda garantin-do legalidade jurídica às en-tidades médicas para opinar no processo de formação dos médicos. Atualmente, a portaria nº 147 do MEC delibera o Con-selho Nacional de Saúde como responsável por autorizar os cur-sos de graduação em medicina, excluindo as entidades médicas do centro do processo.

Presidente do Cremers, Dr. Marco Antônio Becker, afirmou que falta vontade política ao governo para proibir abertura de novas faculdades de medicina

“Nós somos, em

todo o país, os únicos

a conseguir fechar

duas faculdades

de medicina, na

Unicruz e na Unijuí”.

Marco Antônio Becker

Cremers contesta dados da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas

O presidente do Cremers Marco Antônio Becker, contesta dados da pes-

quisa feita pela Fundação Getú-lio Vargas (FGV) sobre a relação entre o número de médicos no país e a população.

- Existem hoje, conforme o setor de informática do CFM, 331.254 médicos em atividade no país, para aproximadamente 188 milhões de habitantes, o que dá a média de um médico para 570 pessoas. A FGV diz que exis-te um médico para 870 pessoas,

um dado errado que induz a avaliações equivocadas, sabe-se lá com que intenções – comenta Becker. “O CFM é a única fonte fidedigna para informar o nú-mero de médicos existentes no país”, acrescenta.

No Rio Grande do Sul, são 23.023 médicos em atividade atual-mente, 10.847 em Porto Alegre. A média na Capital é de um médico para 130,97 habitantes. No Estado, um médico para 471,05 habitantes.

Sobre a falta de médicos em centenas de municípios brasileiros,

Becker diz que o problema seria resolvido se o governo implantasse um plano de carreira para os mé-dicos do SUS, oferecendo condi-ções adequadas de trabalho e uma remuneração justa, a exemplo do que acontece na magistratura.

- Há médicos suficientes, o que falta é uma política de go-verno para interiorizar os mé-dicos, dando-lhes uma remu-neração justa e condições de trabalho para proporcionar um atendimento digno à população – reforça Becker.

“Há médicos suficientes,

o que falta é uma

política de governo

para interiorizar os

médicos, dando-lhes

uma remuneração justa

e condições de trabalho

para proporcionar um

atendimento digno

à população.”

Marco Antônio Becker

5JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Conquista

Em reunião com a direto-

ria do Cremers no dia 1º

de abril na sede do Con-

selho, o presidente da Unimed

Porto Alegre, Márcio Pizzato, in-

formou que a entidade passará

a adotar os valores integrais da

Classificação Brasileira Hierarqui-

zada de Procedimentos Médicos

(CBHPM) a partir de 1º de ju-

nho. A decisão foi tomada pelo

Conselho de Administração da

entidade, por unanimidade.

Segundo Pizzato, alguns va-

lores permanecerão inalterados

por já serem mais altos do que

o previsto na tabela – o valor

da consulta na CBHPM, por

exemplo, é de R$ 42,00, mas a

Unimed continuará aplicando os

valores de R$ 46,00 para con-

sultas em planos empresariais e

R$ 70,00 para planos familiares.

– A Unimed Porto Alegre ado-

tará os valores plenos da CBHPM,

sem banda redutora - reforça

Pizzato, que participou da reu-

nião com a diretoria do Conselho

acompanhado da vice-presidente

da entidade, Dra. Beatriz Valiati,

e do superintendente Dr. Flávio

da Costa Vieira. A Unimed Porto

Alegre reúne 5.800 associados e

conta com 420 clientes.

O presidente do Cremers,

Marco Antônio Becker, comenta

que a medida é uma conquista

de toda a classe médica. “O

Cremers saúda o exemplo da

Unimed Porto Alegre ao adotar

a CBHPM plena, uma iniciativa

que acima de tudo valoriza o

trabalho médico, mas que serve

também de referência para ou-

tras empresas do setor”.

Ao todo, 223 novos proce-

dimentos da CBHPM serão in-

corporados pela cooperativa. O

vice-presidente Cláudio Franzen

salientou a importância dessa

iniciativa: “A decisão da Unimed

Porto Alegre deve ser saudada,

porque além de prestigiar os

médicos beneficia também os

usuários do sistema, que agora

terão acesso a inúmeros novos

procedimentos”.

Presidente da Comissão de

Honorários do Cremers, o pri-

meiro-secretário Fernando Ma-

tos, que representa a entida-

de na Comissão Estadual de

Ho norários Médicos, também

enalteceu a decisão: “Fizemos

várias reuniões com a direção

da Federação Unimed no Estado

e agora temos o coroamen-

to desse esforço, com a Uni-

med Porto Alegre adotando a

CBHPM de maneira plena. Com

o seu exemplo, a Unimed Porto

Alegre deverá fazer com que as

demais entidades prestadoras de

serviço adotem a Classificação

para não perder espaço dentro

do mercado”.

Unimed Porto Alegre implanta CBHPM na íntegra e sem redutor

Presidente do Cremers, Dr. Marco Antônio Becker, e o primeiro-secretário Dr. Fernando Matos, cumprimentam o presidente da Unimed Porto Alegre, Dr. Márcio Pizzato e a vice-presidente Dra. Beatriz Valiati

“O Cremers saúda o exemplo

da Unimed Porto Alegre

ao adotar a CBHPM plena,

uma iniciativa que acima

de tudo valoriza o trabalho

médico, mas que serve

também de referência

para outras

empresas do setor”.

Marco Antônio Becker

6JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Delegacias

Cremers mantém intensa atividade Neste mês de março o Cremers intensificou as atividades junto às delegacias seccionais, reunindo lideranças

médicas e corpos clínicos e entregando carteiras profissionais aos jovens médicos. Esta iniciativa de

interiorização chegou às cidades de Passo Fundo, Caxias do Sul e Santa Maria, alcançando êxito em unir

os médicos do interior pela dignidade do trabalho médico e por melhorias significativas na saúde pública.s

Santa MariaNos dias 28 e 29 de março, a diretoria do

Cremers esteve presente na cidade de Santa Maria para debater os problemas da saúde pública e convocar os médicos para uma grande manifestação no final de maio.

Na sexta, 28, ocorreu uma reunião do Cremers com diretores técnicos, clínicos e comissões de ética dos estabelecimentos de saúde locais. O evento ocorreu no Park Hotel Morotin. Estive-ram presentes o pre-sidente do Cremers, Marco Antônio Becker, o vice Cláudio Fran-zen, os diretores Ismael Maguilnik, Iseu Milman e Antônio Celso Ayub, os conselheiros Tomaz Isolan e Euclides Pires, delegados e secretários seccionais, além de au-toridades dos hospitais da região.

E no sábado, dia 29, o Cremers entregou car-

teiras profissionais aos médicos da região. Neste dia ocorreu a palestra com o médico psiquiatra Cristiano Brum, coordenador do Núcleo de Interconsulta e Hospital Geral da So-ciedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, que falou sobre a enfermida-de do delírio. A entrega das carteiras aconteceu na sede campestre da Sociedade de Medicina.

O delegado seccional João Al-berto Larangeira saudou a parti-cipação de lideranças médicas da região central. – Tivemos a presença de prati-

camente todos os diretores dos hospi-tais de Santa Maria e inclusive diretores de hospitais das cidades próximas à região. A presença da diretoria do Cre-mers nos dois eventos foi fundamental, e o fato de os novos médicos receberem as carteiras diretamente das mãos do presidente é um fator diferencial. Acre-dito que marca ainda mais o início da

Caxias do SulNo dia 25 de março, a diretoria do

Cremers esteve presente na cidade de Caxias do Sul, onde entregou carteiras profissionais aos jovens médicos na Asso-ciação Médica local. O evento contou com a presença de autoridades locais, como a representante da Secretaria Municipal de

Saúde, Maria Inês Bestetti e o presiden-te do Sindicato Médico de Caxias do Sul Marlonei Silveira dos Santos. O presidente Marco Antônio Becker, o vice-presidente Cláudio Franzen, o tesoureiro Isaías Levy e o corregedor Régis Porto representaram o Cremers, ao lado do delegado seccional Alexandre Gobbato e do seu primeiro-se-cretário Ricardo Casara; também participa-ram da reunião os conselheiros da região Luciano Gröhs e Mário Fedrizzi. Quinze novos médicos receberam suas carteiras profissionais.

O delegado seccional Alexandre Gobbato considera muito importante o apoio da dire-

Evento em Santa Maria reuniu médicos de toda região

Diretoria do Cremers entregou carteiras aos novos médicos

Presidente do Cremers, Dr. Marco Antônio Becker considera entrega de carteiras um momento inesquecível

7JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

no Interior

Passo FundoNo dia 14 de março, a diretoria do Cremers

esteve presente na cidade de Passo Fundo para reunir-se com membros das delegacias seccionais, entidades médicas, comissões de ética médica e diretores clínicos e técnicos da região. Na ocasião, o Presidente da Acade-mia Passo-fundense de Medicina, Rui Carlos Donadussi, foi homenageado como médico jubilado do Cremers.

Estiveram presentes o presidente Mar-co Antônio Becker; o vice-presidente Cláu-dio Franzen, o segundo-secretário Ismael Maguilnik, o tesoureiro Isaías Levy, o co-ordenador da Ouvidoria e da Comissão de Fiscalização, Antônio Celso Ayub, e o Coor-denador de Patrimônio Iseu Milman. Também compareceram o delegado seccional de Passo Fundo, Alberto Vilarroel Torrico, o Diretor da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Trauma-tologia, Osvandré Lech, o Presidente da As-sociação Médica do Planalto (Ameplan), José Emílio Mendes Lima, o Conselheiro e Secretá-rio de Saúde de Passo Fundo, Alberi Grando, o Coordenador da Faculdade de Medicina da UPF, Luís Luca, e o representante do Simers Antonio Maladosso.

Durante o encontro, realizado na Sede Campestre da Unimed, foram debatidas as questões da contratualização, da criação de novas faculdades de medicina e a revalidação de diplomas obtidos no exterior. “Eu falei das grandes dificuldades que tive para revalidar o

meu diploma quando cheguei no Brasil. Tive que fazer muitas provas. E hoje tem projeto que facilita a revalidação, dispensando a rea-lização de provas. Isto não pode ser aceito.”, afirmou o Dr. Villarroel, que aproveitou a ocasião para reivindicar uma nova sede para a delegacia. “A nossa região abrange 600 mé-dicos”, destaca.

No sábado, dia 15, o Cremers entregou as carteiras profissionais de 38 médi-cos recém-formados da região. O evento ocorreu na sede da Ameplan. O delegado seccional Dr. Alberto Villarroel classificou “como muito positiva a participação da diretoria do Conselho no evento”, e considerou "importante a presença de delegados e conselheiros da região, bem como a dos componentes das co-missões de ética e diretores clínicos dos hospitais nos dois eventos".

Evento reuniu grande número de médicos na Ameplan

toria do Cremers aos jovens médicos no início das suas carreiras.

– Isso os ajuda a ter mais ciência da profissão em que estão começando. A de-legacia sempre vê com bons olhos a vinda do presidente e diretores, os quais trazem constantemente informações atualizadas e que são passadas aos médicos da região. A presença deles aqui também ajuda a fortalecer o nome da classe médica e é essencial o respaldo que eles transmitem aos novos médicos – comemora Gobbato.

Durante o evento foram esclarecidos te-mas como a abertura de novas faculdades de medicina e foram repassadas orientações a respeito do Código de Ética Médica.

Dr. Régis Porto entrega carteira em Caxias do Sul

Dr. Isaías Levy participou do evento em Caxias

Delegado Seccional Dr. Alberto Villarroel saudou a presença da direção do Cremers em Passo Fundo

8JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Atuação

O dia 30 de maio será marcado por uma gran-de manifestação pela

valorização da saúde pública no centro de Porto Alegre. O Movi-mento Mais Saúde para o SUS, idealizado pelas entidades médi-cas (Cremers, Simers e Amrigs), vai reunir trabalhadores da saúde, hospitais, entidades públicas e civis e a população em um ato público pela valorização do SUS.

O SUS é uma das maiores con-quistas do povo brasileiro, que vê garantido na Constituição Fede-ral o direito de acesso universal e descentralizado à saúde. Poucos países no mundo possuem siste-mas de saúde tão democráticos e abrangentes; no entanto, o SUS funciona plenamente só no papel. O presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, lembra que “devido fundamentalmente à falta de recursos financeiros,

a saúde pública está em franca crise: cidadãos não conseguem atendimento, médicos fazem o que podem com equipamento e estrutura precários e os hospitais vão falindo rapidamente, sem di-nheiro para arcar com o prejuízo causado pelo baixo valor dos procedimentos e consultas”.

Becker revela que durante o Simpósio de Escolas Médicas re-alizado em São Paulo no dia 4 de abril, com a presença das maio-res lideranças nacionais da saúde e da educação, o deputado fede-ral Darcísio Perondi (PMDB-RS) anunciou cortes nas verbas da saúde para o segundo semestre de 2008. “Ou seja, o já minguado investimento do Governo Fede-ral em saúde ficará ainda menor. Esta é uma medida que atinge todos os cidadãos que utilizam o SUS diariamente e que não se resumem à população carente ou sem plano de saúde.”

Os valores de procedimentos e consultas, determinados por uma tabela estabelecida pelo go-verno, ficaram congelados por mais de dez anos. Desde 1994, a tabela do SUS foi reajustada em 46,52%, contra uma inflação que chegou a 450% - um médi-co especialista passou a receber R$10,00 por consulta depois do

último reajuste, por exemplo. Para que os 6.797 hospitais que atendem o SUS no Brasil possam continuar de portas abertas, é necessária uma reforma profun-da, com valorização profissional e institucional, com investimento maciço do governo e com res-peito à população.

“Não se pode admitir que mais pessoas morram às portas de hospitais por falta de aten-dimento”, assevera Becker. Por isso, as entidades médicas vêm se reunindo sistematicamen-te para organizar o Movimento Mais Saúde para o SUS, para o qual pedem a participação da sociedade no grande ato públi-co que acontece em 30 de maio no Largo Glênio Peres, junto ao Mercado Público, em Porto Ale-gre, a partir do meio-dia. Após a concentração, que contará com show de música, os participan-tes partirão em caminhada até o Palácio Piratini.

Entidades gaúchas promovem manifestação

■ Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul - CREMERS

■ Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul - SIMERS■ Associação Médica do Rio Grande do Sul - AMRIGS■ Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio

Grande do Sul - HOSPIFILRS■ Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Du-

chistas, Massagistas e Empregados em Casas de Saúde do RS - SINDISAÚDE-RS

■ Federação dos Empregados em Serviços de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul - FEESSERGS

■ Associação Brasileira dos Usuários do SUS - ABRASUS

Entidades protagonistas:

As entidades organizadoras da manifestação têm realizado inúmeras reuniões na sede do Cremers

Movimento idealizado por Cremers, Simers e Amrigs toma forma de uma das maiores manifestações dos últimos

tempos, reunindo as principais entidades da sociedade e a população para reivindicar recursos para o SUS

9JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Defasagem na Tabela do SUS

O 1º Encontro dos Provedo-res das Santas Casas do Brasil terminou no dia 11

de março, com a apresentação da Carta de Porto Alegre, que contém as diretrizes resultantes do evento que reuniu 26 provedores no Hos-pital Santa Rita. A carta define o to-tal apoio ao Mais Gestão, iniciativa que visa à melhoria da administra-ção em hospitais filantrópicos.

O documento registra o se-guinte: ‘Frente à histórica defa-sagem dos valores pagos pelo SUS aos prestadores, superior a 90% na baixa e média complexi-dades, também reconhecida pe-lo gestor federal e de longa data reclamada por todos, propõe-se às entidades do segmento fi-lantrópico e aos profissionais buscarem a viabilização da sus-tentabilidade dos prestadores e de todos que a eles se vinculam, bem como o acesso universal aos serviços do SUS’.

O coordenador da Ouvidoria e da Fiscalização do Cremers,

Antônio Celso Ayub, afirma que é intenção de todas as entida-des médicas mobilizar a classe diante do “escandaloso” des-cumprimento da Constituição. “O dever do Estado, em que está implícito o financiamento da saúde, é vergonhosamente descumprido”, declarou.

Conforme Antônio Luiz de Brito, reeleito presidente da Confederação das Misericórdias do Brasil, as Santas Casas re-cebem R$ 10,00 por consulta ambulatorial enquanto os con-vênios e particulares pagam, em média, R$ 60,00. Presidente da Frente Parlamentar da Saú-de, o deputado federal Darcísio Perondi disse que a situação leva as instituições a pagar sa-lários inferiores aos do merca-do, atrasar compromissos e ter equipamentos defasados, pois ‘recebem da União 50% do que deveriam’. Citou que a respon-sabilidade também é de estados e municípios.

Dr. Antônio Ayub representou o Conselho na solenidade

“É preciso mais

investimento em

saúde pública,

melhores condições

de trabalho e

remuneração justa."

Dr. Marco Antônio Becker

em favor do SUS

Pesquisa realizada pelo Ibope entre 30 de março e 2 de abril aponta que a saúde é a maior preocupação dos porto-alegrenses. Há quatro anos, a saúde, que já liderava, era destacada por 63% dos consultados. Hoje, o percentual subiu para 78 por cento.

Em segundo lugar, aparece a segurança pública com 55%; em terceiro, a educação com 51%, seguida da preocupação com o desemprego, que atingiu 32%. O trânsito ocupa o quinto lugar no ranking, com 15%. A pesquisa foi realizada com 602 eleitores e a margem de erro é de quatro pontos percentuais.

O presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, afirma: “Não é à-toa que antes das eleições os políticos fazem todo tipo de promessa para melhorar o atendimento de saúde à população, porque eles sabem que a grande maioria das pessoas considera essa a sua maior preocupação”. Becker ressalta o paradoxo exis-tente entre essa pesquisa em Porto Alegre com a que apontou a classe médica como a de maior credibilidade junto à sociedade brasileira: “A conclusão é que a culpa por essa situação na saúde não é dos médicos, mas dos governos. Os médicos, na realidade, são usados pelas autoridades como pára-choques do sistema”. A pesquisa completa está no site www.zerohora.com.br.

Pesquisa da Datafolha, no final de novembro do ano passado, revelou que a saúde é o principal problema do Brasil. De acordo com a pesquisa, a saúde é considerada a área de pior desempe-nho no governo federal.

Pesquisa aponta que saúde é a maior preocupação

dos porto-alegrenses

10JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Legislação

A Resolução CFM nº 1.836/08, que proíbe o envolvi-mento de médicos com

empresas que intermediam o fi-nanciamento de cirurgias plásti-cas, foi o tema da aula inaugural proferida no dia 13 de março pe-lo presidente do Cremers, Mar-co Antônio Becker, a médicos residentes de cirurgia plástica em diversos hospitais de Porto Alegre. O presidente da Socieda-de Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional RS (SBCP-RS), Ricardo Arnt, classificou a palestra como indispensável “para que os mé-dicos não sejam vítimas da apro-ximação dessas empresas, que

acaba por torná-los reféns de um esquema comercial”.

Becker reforçou a obser-vação de Arnt lembrando que

“quando a ética perde a força, ficamos reféns de nós mesmos”. O dirigente esclareceu as ra-zões que levaram à necessidade

da Resolução – fundamental-mente, a mercantilização da medicina, contrariando as de-terminações do Código de Ética Médica (CEM) que proíbem o exercício da medicina como comércio e o lucro de terceiros sobre o trabalho médico. Men-cionou, também, outros pontos importantes sobre legislação e enfatizou a importância do bom relacionamento médico-pacien-te: “Assim se cria um notável elo de confiança, favorecendo soluções amigáveis para even-tuais problemas que, de outra maneira, poderiam até mesmo gerar processos”.

Cirurgia estética: proibida a intermediação

Com a realização de quase um milhão de cirurgias plásticas por ano, o Brasil

é o segundo país no ranking mundial nesse tipo de procedi-mento, superado apenas pelos Estados Unidos. Contribui para isso a crescente oferta de plás-ticas no crediário, com parcela-mento de até 36 meses.

Preocupado com a interme-diação de financeiras, o que ori-ginou situações como assinaturas de contratos de financiamento de cirurgia antes mesmo da avaliação médica e de casos em que o pa-ciente só vê o médico na hora do ato cirúrgico, o Conselho Federal de Medicina editou a Resolução 1.836/08, publicada no Diário Ofi-cial da União dia 14 de março.

A medida proíbe o médico de atender pacientes encami-nhados por empresas que anun-ciam e/ou comercializam planos de financiamento ou consórcios para procedimentos médicos. (Confira o texto na íntegra no site www.cremers.org.br)

Diante disso, o Cremers alertou os cirurgiões plásticos do Estado para o cumprimento rigoroso do que determina a Resolução do CFM, para evitar eventuais sanções.

- Medicina não é mercadoria, que se põe na vitrina, parcela-se em tantas vezes. É preciso acima de tudo preservar a saudável relação médico-paciente - afirma o presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, que, por ser con-

selheiro do CFM representando o Rio Grande do Sul, participou da reunião, realizada em fevereiro,

em Brasília, que resolveu intervir na intermediação financeira nas operações estéticas.

CFM edita resolução que impede médicos de atender pacientes encaminhados por empresas financiadoras de procedimentos cirúrgicos

Art. 1º É vedado ao médico vínculo de qualquer natureza com empresas que anunciem e/ou comercializem planos de finan-ciamento ou consórcios para procedimentos médicos.

Art. 2º Quando do atendimento de pacientes é responsa-bilidade integral, única e intransferível do médico o diagnóstico das doenças ou deformidades, a indicação dos tratamentos e a execução das técnicas.

Art. 3º Cabe ao médico, após os procedimentos de diag-nóstico e indicação terapêutica, estabelecer o valor e modo de cobrança de seus honorários, observando o contido no Código de Ética Médica, referente à remuneração profissional.

Decisão da Resolução 1.836/08:

Assunto é tema de aula na SBCP-RS

Residentes assistiram a palestra do presidente do Cremers, Dr. Marco Antônio Becker, na Amrigs

11JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Participação

Leitos psiquiátricos: Cremers participa de reunião com o Ministro da Saúde

No dia 25 de março, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão rece-

beu em audiência a diretoria da Associação Brasileira de Psiquia-tria (ABP). Na reunião, o Ministro reconheceu que há dificuldades na execução da atenção em saú-de mental, mesmo considerando o atual programa que está mu-dando o regime de assistência nesta área. O Cremers estava re-presentado na reunião pelo con-selheiro Rogério Wolf de Aguiar, representante da Comissão de Acompanhamento da Política de Saúde Mental da ABP.

Aguiar destacou que uma das principais dificuldades está no fluxo de pacientes que procuram atendi-mento nos pronto-atendimentos ou nas emergências e, necessitando hospitalização, não encontram lei-tos suficientes disponíveis.

- Alguns pacientes ficam esta-cionados por vários dias, até du-

as semanas em pequenas enfer-marias superlotadas, sem estru-tura hospitalar – afirmou Aguiar, lembrando que a interdição do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS) por falta de condições de atendimento também se deve a estes fatos.

Temporão propôs que esta poderia ser uma das metas priori-tárias de uma ação conjunta entre a Associação Brasileira e o Minis-tério da Saúde: a criação imediata de um grupo de trabalho para promover o aumento de leitos psiquiátricos, em hospitais gerais.

Outras metas foram escolhidas na reunião, como a participação da ABP no apoio ao Programa de Saúde da Família e na ampliação da formação de psiquiatras, para atendimento em áreas carentes de especialistas. Ao final, foi marca-da nova audiência para o próxi-mo mês, a fim de acompanhar os trabalhos. O Ministério da Saúde convidou a ABP para participar de um encontro, no final de maio, em Brasília, a fim de estudar a questão da dificuldade de acesso nas grandes cidades brasileiras.

Também estiveram presentes na reunião a diretora do Depar-tamento de Regulação, Avaliação e Controle da Secretaria de Aten-ção à Saúde, Cleusa Bernardo; o coordenador nacional de Saúde Mental, Pedro Gabriel Delgado; o presidente da ABP, João Go-mes de Carvalho; e os diretores da ABP Luiz Alberto Hetem, Rosa Garcia e Hélio Lauar.

Drs. Rogério Aguiar (E), Hélio Lauar (diretor da ABP), Pedro Delgado(coordenador nacional de saúde mental do MS), Ministro José Gomes Temporão(C), Cleusa Bernardo (secretária de regulação do MS), e à

direita da foto, encobertos, encontram-se os Drs. João Alberto Carvalho (presidente da ABP) , Luiz Carlos Hetem e Rosa Garcia (diretores).

O Cremers entrou com pedido de li-tisconsorte ativo para fazer parte da ação ordinária movida pela OAB, na qual empre-sas aéreas devem informar por escrito os advogados dos atrasos nos vôos. A iniciativa do Cremers inclui os médicos entre os be-neficiados pela medida.

A ação ordinária assinada pela juíza fe-deral Maria Isabel Pezzi Klein delibera que as empresas aéreas precisam informar aos profissionais atrasos de vôos em qualquer cidade brasileira. O documento servirá como

prova para justificar eventuais atrasos em compromissos como audiências, no caso dos advogados, ou plantões no caso dos médicos. Além disso, delibera que os profissionais podem ingressar em qualquer vôo disponível para o mesmo destino, uma vez atrasado o seu, sem nenhum ônus adicional.

Segundo o requerimento, o ingresso na ação é parte da constante luta do Cremers em busca do perfeito desempenho técnico e moral da medicina e o prestígio e bom conceito da profissão, de acordo com o

estabelecido no Código de Ética: “O deferi-mento pode resguardar a classe médica de eventuais infrações da ética, na medida em que oferece a opção de embarque em ou-tro vôo, podendo assim o médico cumprir os seus compromissos profissionais com a pontualidade que é imprescindível para o exercício ético da medicina”.

Por força de liminar, as empresas de aviação estão obrigadas a emitir declaração escrita informando atrasos de vôos ocorri-dos em qualquer cidade do país.

Aviação: Cremers quer estender aos médicos benefícios obtidos por advogados

12JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Ciência

Células-tronco embrionárias: os limites da ciência

O painel Células-Tronco Embrionárias: Os limites éticos da Ciência e suas

conseqüências jurídicas lotou o auditório Bruno Hammes, na Uni-sinos, dia 28 de março. O evento contou com palestras do presi-dente do Cremers, Marco Antônio Becker, e do professor de bioética da Unisinos José Roque Junges.

Na abertura do encontro, o reitor Marcelo Fernandes de Aquino enfatizou que a Unisinos, mesmo sendo mantida por uma associação jesuíta, tem a obri-gação de dar espaço para este tipo de discussão. “Porque a uni-versidade é isso, é polêmica, é argumentação, discussão. Temos que colocar rédeas nas nossas paixões religiosas, pois é o nosso futuro que está em jogo.”

O presidente do Cremers, au-tor do Parecer CFM 1.752/04, que

autoriza o uso de órgãos e/ou teci-dos de anencéfalos para transplan-te, mediante autorização prévia dos pais, abriu sua palestra apre-sentando conceitos técnicos da medicina, e explicou a diferença entre células-tronco adultas e célu-las-tronco embrionárias. “Quanto mais jovem a célul a, maior a sua possibilidade de se transformar em outros tipos de células".

Becker esclareceu que as cé-lulas utilizadas em pesquisas são aquelas que foram descartadas durante o processo de fertiliza-ção in vitro. Até pouco tempo atrás, elas eram destruídas. Ago-ra, em vez de serem eliminadas, podem ser utilizadas em estudos. “A reprodução assistida necessa-riamente elimina óvulos fecun-dados. Só são usados para as pesquisas os chamados embriões inviáveis ou que estejam conge-

lados há mais de três anos. Para quem concorda com o processo de inseminação artificial é ilógico condenar o aproveitamento dos embriões descartados”, afirma.

Outra questão levantada foi a de bebês anencéfalos. “A socieda-de brasileira aceita o aborto de fe-tos saudáveis quando as mães são vítimas de estupro. Mas, quando uma mulher está gestante de um ser inviável, conceitualmente mor-to, ela não pode tirá-lo. Estamos

criando uma sociedade que está deixando de pensar”, polemiza.

A questão ética do debate ficou por conta do professor José Roque Junges, que falou sobre o livro “O Ser em Gestação. Refle-xões Bioéticas sobre o Embrião Humano”, de V. Bourguet. Ele dis-cutiu a individualidade e a questão de o embrião ser potencialmente um indivíduo. “Uma vez definido o genoma, a identidade do indiví-duo está definida.”

Presidente do Cremers, Dr. Marco Antônio Becker (no detalhe) palestrou na Unisinos no dia 28 de março

O Diário Oficial da União publicou em 27 de fevereiro a Resolução: CFM 1.833/08 que regulamenta a organização de serviços mé-dicos em instituições de prática desportiva para competições oficiais. O responsável téc-nico pelo Serviço deve ser inscrito no CRM da região. A estrutura mínima fixa ou móvel do Serviço ainda será definida pela Câmara Técnica de Medicina do Esporte do CFM, coordenada pelo Dr. Marco Antônio Becker.

Já em seu artigo 1º, a Resolução estabe-lece: "A atividade médica em instituições que se destinem à prática desportiva para competições oficiais deve ter observada a existência funcional de Serviço Médico com responsável técnico inscrito no CRM da jurisdição.

§ 1º A estrutura mínima, fixa ou móvel, do Serviço Médico deverá ser relacionada pela Câmara Técnica de Medicina do Es-porte do CFM e aprovada pelo plenário do Conselho Federal de Medicina.

§ 2º A estrutura prevista no parágrafo anterior poderá ser própria ou garantida por convênio com outra instituição".

Quando da previsão de equipe multi-profissional de saúde na estrutura da insti-tuição, o médico responsável técnico pelo Serviço Médico deverá exercer a coorde-nação, guardadas as prerrogativas de cada profissão fixadas em lei, sempre objetivan-do o melhor atendimento do atleta.

O artigo 3º diz: "O responsável técnico pelo Serviço Médico deve também ser o

responsável pela organização, manutenção e confidencialidade de um setor de fichas e prontuários médicos relativos aos atletas da instituição".

A relação do médico com a imprensa também é contemplada:

"Art. 5º É vedada ao médico a revelação do diagnóstico ou tratamento de doença do atleta, a não ser sob autorização ex-pressa, escrita em documento próprio e anexada ao prontuário. "

O médico deve limitar sua comunicação à Comissão Técnica da instituição quanto à aptidão ou inaptidão do atleta para a prá-tica esportiva.

A Resolução na íntegra está no site www.cremers.org.br.

Resolução regulamenta serviços médicos em agremiações esportivas

13JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Academia

A Academia Sul-Rio-Grandense de Me-dicina promoveu no dia 29 de março o painel “A Liberdade de Pesquisar”,

no qual foram debatidos temas como aspec-tos históricos sobre pesquisa médica, seus limites éticos e a neuro-ética. O painel foi coordenado pelo Dr. Luiz Augusto Pereira e teve como palestrantes Drs. Carlos M. Gotts-chall, Jaderson Costa da Costa e o Prof. Luís Osvaldo Leite.

O presidente da Academia, Dr. Telmo Bo-namigo, abriu o evento ponderando sobre os desafios e questionamentos que a atividade de pesquisa representa, desde o primeiro homem que fez fogo até os dias de hoje. “O caminho da pesquisa, com seus erros e acertos, é um caminho sem fim.” Logo a se-guir, o acadêmico Dr. Carlos Gottschall falou sobre “Os Aspectos Históricos da Pesquisa Científica”, afirmando que a ciência é a última aquisição da inteligência humana, depois do mito, da religião e da filosofia.

Gottschall repassou todos os momentos his-tóricos que influenciaram a pesquisa científica: “A ciência começou na medicina, com Hipó-crates rejeitando o curandeirismo”, esclareceu. Desde então, muitos pensadores, religiosos, alquimistas, filósofos e cientistas definiram os rumos da pesquisa ao longo do tempo. “A In-quisição foi a maior trava no desenvolvimento científico. Somente após o empirismo de John Locke o pensamento científico se distanciou totalmente da mentalidade medieval”. Ao con-cluir sua participação citando as origens da bioética, o acadêmico afirmou que “a ciência é o caminho para a verdade factual. Ciência subjugada é totalitarismo”.

Ao abrir a sua explanação, o Prof. Leite sa-lientou que não era médico, mas uma pessoa com 50 anos de magistério “interessada na pesquisa, na ciência, na reflexão”. A palavra ética, disse ele, nunca foi tão difundida como nos tempos atuais. “Na medicina, a ética é uma palavra predominante, demonstrando que os médicos têm uma forte preocupação

com a ética em sua atividade. Lembro-me que muito tempo atrás quando começaram a criar os primeiros comitês de ética nos hospitais, pensei que isso não iria prospe-rar. Me enganei. Por isso, louvo a categoria médica, por essa permanente preocupação com a ética”, salientou o palestrante. O Prof. Leite, que longa e importante trajetória na UFRGS,concluiu que o limite da pesquisa médica é o homem, e o que pode prejudicar a pesquisa é o “desequilíbrio emocional e a tendência a uma conclusão”.

Ao abordar o tema ‘Neuro-ética e os limi-tes da investigação neurológica’, o Prof. da PUCRS Dr. Jaderson Costa da Costa, começou destacando que a neuro-ética estuda as impli-cações éticas de intervenções sobre o cérebro. Destacou a importância do estudo do estudo “das questões éticas, legais e sociais que surgem quando os achados científicos são le-vados à prática médica”. Obter conhecimento sobre o cérebro pode ser bom ou ruim, co-mentou. A questão fundamental da pesquisa é o uso apropriado de seus resultados. “Existe o aspecto ideológico que envolve a pesquisa, o medo de descobrir e esse achado mudar o meu conceito sobre as coisas ou ter mau uso. A sociedade pode controlar esse uso, a sociedade tem papel fundamental que é o de controlar o uso inadequado das descobertas.

Academia Sul-Rio-Grandense debate a ética e a liberdade de pesquisar

Acadêmicos compareceram ao evento, aberto pelo presidente da Academia, Dr. Telmo Bonamigo

Dr. Jaderson Costa da Costa

Dr. Carlos Gottschall

Prof. Luís Osvaldo Leite

14JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Participação

Ínicio das atividades da SARGS

A Sociedade de Anestesiologia do RS (Sargs) deu início às atividades cien-tíficas de 2008 no dia 13 de março.

O presidente Marco Antônio Becker repre-

sentou o Cremers na solenidade, que contou com as presenças do presidente da Socie-dade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Jurandir Turazzi, do presidente da Sargs, Florentino Mendes, do presidente da Amrigs, Newton Barros, e do tesoureiro do Simers, André Luiz Gonzales.

Em suas manifestações, os dirigentes fo-ram unânimes em ressaltar a importância da união da classe médica em torno de suas lutas, como valorização do trabalho médico e dignidade da saúde pública.

- Neste ano pretendemos dar continuidade as ações que vinham sendo desenvolvidas e apri-morar os serviços oferecidos aos sócios - salien-tou o presidente da Sargs, Florentino Mendes.

Presidente da SBA, Dr. Jurandir Turazzi palestrou aos presentes

A defasagem nos honorários dos anestesistas do Instituto de Previdên-cia do Rio Grande do Sul (IPERGS) foi corrigida desde o dia 1º de março em 40%, segundo decisão tomada pelo grupo paritário do Instituto em feve-reiro. Segundo o diretor do Cremers Isaías Levy, que representa o Conselho no grupo, ainda neste mês de abril poderá ocorrer um reajuste geral dos demais honorários com a entrada de novas fontes de receita no IPERGS, oriundas de convênios.

A comissão paritária é composta pelo Cremers, Simers, Amrigs, Fehosul e Federação das Santas Casas.

Reajuste no IPERGS

Seção Delegado Fone Endereço

Alegrete Dr. Décio Passos Sampaio Péres (55) 3422.4179 R. Vasco Alves, 431/402

Bagé Dr. Airton Torres de Lacerda (53) 3242.8060 R. General Neto, 161/204

Cachoeira do Sul Dr. Osmar Fernando Tesch (51) 3723.3233 R. Pinheiro Machado, 1020/104 | [email protected]

Camaquã Dr. Vitor Hugo da Silveira Ferrão (51) 3671.3191 R. Júlio de Castilhos, 235

Carazinho Dr. Airton Luís Fiebig (54) 3330.1038 R. Bernardo Paz, 162

Caxias do Sul Dr. Alexandre Ernesto Gobbato (54) 3221.4072 R. Bento Gonçalves, 1759/702 | [email protected]

Cruz Alta Dr. João Carlos Stona Heberle (55) 3324.2800 R. Venâncio Aires, 614 salas 45 e 46 | CEP 98005-020 | [email protected]

Erechim Dr. Juliano Sartori (54) 3321.0568 Av. 15 de Novembro, 78/305 | [email protected]

Ijuí Dra. Miréia Simões Pires Wahys (55) 3332.6130 R. Siqueira Couto, 93/406 | [email protected]

Lajeado Dr. Roberto da Cunha Wagner (51) 3714.1148 R. Fialho de Vargas, 323/304 | [email protected]

Novo Hamburgo Dr. Jorge Luiz Siebel (51) 3581.1924 R. Joaquim Pedro Soares, 500/sl. 55/56

Osório Dr. Ângelo Mazon Netto (51) 3663.2755 R. Barão do Rio Branco, 261/08-9

Palmeira das Missões Dr. Áttila Sarlo Maia Júnior (55) 3742.1503 R. César Westphalen, 195

Passo Fundo Dr. Alberto Villarroel Torrico (54) 3311.8799 R. Bento Gonçalves, 190/207 | [email protected]

Pelotas Dr. Marco Antônio Silveira Funchal (53) 3227.1363 R. General Osório, 754/602 | [email protected]

Rio Grande Dr. Job José Teixeira Gomes (53) 3232.9855 R. Zalony, 160/403 | [email protected]

Santa Cruz do Sul Dr. Mauro José Thies (51) 3713.1532 R. Ramiro Barcelos, 1365

Santa Maria Dr. João Alberto Larangeira (55) 3221.5284 Av. Pres. Vargas, 2135/503 | [email protected]

Santa Rosa Dr. Omar Celso Ceccagno dos Reis (55) 3512.8297 R. Fernando Ferrari, 281/803 | CEP 98900-000 | [email protected]

Santana do Livramento Dr. Leandro Nin Tholozan (55) 3242.2434 R. 13 de Maio, 410/501

Santo Ângelo Dr. Ubiratã Gomes de Almeida (55) 3313.4303 R. Três de Outubro, 256/202 | [email protected]

São Borja Dr. João Umberto Del Fabro (55) 3431.3433 Av. Presidente Vargas, 1440

São Gabriel Dr. Clóvis Renato Friedrich (55) 3232.2713 R. Jonathas Abbot, 636

São Jerônimo Dra. Lori Nídia Schmitt (51) 3651.1361 R. Salgado Filho, 435

São Leopoldo Dr. Renato Brufatto Machado (51) 3592.1646 R. Feitoria, 178

Três Passos Dr. Dary Pretto Filho (55) 3522.2324 R. Bento Gonçalves, 222 | CEP 98600-000

Uruguaiana Dr. Jorge Augusto Hecker Kappel (55) 3412.5068 R. Dr. Domingos de Almeida, 3.801

15JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Pesquisa

Atendendo a solicitação da Sociedade de Anestesiologia do RS, o Cremers está encaminhando um formulário

aos diretores técnicos dos grandes hospitais do Estado com várias questões sobre a prá-tica da anestesiologia. O objetivo é fazer um diagnóstico da real situação das instituições hospitalares gaúchas.

O primeiro-secretário do Cremers, Fer-nando Weber Matos, destaca que é exigido o rigoroso cumprimento da Resolução Cremers 05/2007, que “dispõe sobre a necessidade de médico em sala de recuperação pós-anestésica - preferencialmente, um médico anestesiologista”.

A Resolução do Cremers determina ex-pressamente o seguinte:

Artigo 1º - É obrigatória a presença cons-tante de médico, preferencialmente anes-tesiologista na sala de recuperação pós-anestésica.

Artigo 2º - O Diretor Técnico da institui-ção será o responsável pela aplicação desta Resolução.

A Resolução CFM nº 1.802/2006, que dispõe sobre a prática do ato anestésico, de-termina, entre outras disposições, que o anes-tesiologista deve conhecer com antecedência as condições clínicas do paciente, salvo em casos de urgência. A decisão sobre a conveni-ência do ato anestésico pertence ao anestesio-logista, sendo soberana e intransferível.

A resolução também proíbe, no inciso IV do artigo primeiro, que os especialistas realizem simultaneamente mais de uma anestesia em pacientes diferentes, e cabe a eles avaliar a ade-quação das condições estruturais mínimas para o ato anestésico, conforme o inciso V. Essas condições devem ser asseguradas pelo diretor técnico da instituição, aponta o artigo 2º.

O artigo terceiro da Resolução enumera os itens que devem estar disponíveis ao anes-

tesiologista para que o local da prática seja considerado com condições mínimas. São eles: monitoração da circulação, incluindo a determinação da pressão arterial e dos bati-mentos cardíacos; monitoração contínua da oxigenação do sangue arterial; monitoração contínua da ventilação; equipamentos, instru-mental, materiais e fármacos que permitam a realização de qualquer ato anestésico com segurança, bem como a realização de proce-dimentos de recuperação cardiorrespiratória.

A Resolução do CFM, assim como a do Cremers, também contempla a recuperação pós-anestésica, determinando que a presença do anestesiologista nessa etapa é indispensá-vel inclusive no transporte do paciente para a sala de recuperação.

Confira a Resolução 1.802/06 na íntegra no site www.cremers.org.br.

Anestesiologia: pesquisa avalia os hospitais do Estado

Com a recente aposenta-doria do líder Fidel Castro, Cuba volta com mais força aos noticiários. Nas relações entre Brasil e Cuba um fa-to relevante vem ocorren-do, sem a repercussão que deveria ter, em face de sua gravidade. Refiro-me às de-clarações e à intenção do Presidente Lula de reconhe-cer ofi cialmente os estudan-tes de medicina que con-cluíram faculdade em Cuba como médicos habilitados a exercer a profissão no Brasil, sem que para tal tenham que cumprir a revalidação neces-sária por lei.

A exceção é exclusiva para quem tenha cursado Medicina em Cuba, não va-lendo para as melhores fa-

culdades européias, como a Sorbonne, nem para qual-quer outro país reconhe-cidamente mais adiantado que o Brasil na formação profissional.

O privilégio não se res-tringe aos que completam o curso, pois inicia-se na forma de escolha desses mais favo-recidos. Não participam de nenhuma prova de seleção, apenas se exige que tenham “indicação”.

Enquanto isso, os demais jo-vens brasileiros se submetem a vestibulares ex tremamente seletivos, pré-formação dis-pendiosa (cursinhos, horas de estudo, etc). Segundo es-tas condições, existem bra-sileiros que, por vínculos ideológicos seus ou de seus

pais, são “mais brasileiros” e por isso têm preferência.

A base da democracia é a igualdade de oportunidade entre todos os componentes da sociedade. Aqueles que tanto lutaram pela demo-cracia no Brasil esqueceram seus princípios basilares ou estou enganado? Conceder privilégios a uns em detri-mento de outros não é uma afronta à democracia?

As aberrações não param por aí: pretende-se “regulari-zar” a situação destes privi-legiados adotando-se a equi-valência curricular. O que significa isto? Significa que, obviamente o currículo da faculdade cubana é infinita-mente inferior aos currícu-los das faculdades brasileiras

e que esses jovens devem completar sua formação tendo o direito de se matri-cular em escolas oficiais (go-vernamentais) brasileiras.

Esses estudantes se for-mam, portanto, como se o curso tivesse sido feito no Brasil! Assim, fecha-se o cír-culo – os privilegiados bur-laram o vestibular e ao final terão o direito de receber o diploma de uma faculda-de brasileira. Isto é tão es-candaloso quanto todos os escândalos financeiros e po-líticos a que o Brasil assiste inerte, quase sem reação.

Dr. Cláudio Balduíno Souto Franzen

Vice-presidente do Cremers

Um privilégio inaceitável

16JORNAL DO CREMERS ● ABRIL 2008

Integração

Cremers vai apoiar revista voltada aos jovens médicos

Os estudantes de medi-cina, formandos e resi-dentes, terão um espaço

exclusivo para os assuntos rela-cionados às suas questões éticas e profissionais. O presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes, Paulo Amaral, esteve reunido com a direção do Cremers para debater a idéia.

O objetivo é divulgar os cur-sos, as atividades dos centros e diretórios acadêmicos, as vagas para residentes, textos científicos relacionados à área. "É um veículo específico para os médicos que es-

tão se inserindo no mercado, para conhecerem o que o Cremers po-de fazer por eles" - afirma Amaral.

A publicação está prevista para ser divulgada entre os meses de maio e junho. Contará com artigos científicos, comentários de pro-fessores, entrevistas com médicos e residentes, além de um espaço cultural voltado para estudantes, formandos, residentes e médicos recém-inseridos no mercado. In-teressados em participar da pu-blicação, através de contribuições ou sugestões, podem enviar email para [email protected].

O presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes, Dr. Paulo Amaral, em reunião com a diretoria do Cremers

Resolução do CFM: disponibilidade médica em sobreaviso deve ser remunerada

O Conselho Federal de Me-dicina editou a Resolução nº 1.834/08, publicada

no Diário Oficial da União no dia 14 de março, estabelecendo que as ‘disponibilidades de médicos em sobreaviso devem obedecer normas de controle que garantam a boa prática médica e o direito do Corpo Clínico sobre sua parti-cipação ou não nessa atividade. A disponibilidade médica em sobre-aviso deve ser remunerada’.

A Resolução, em seu artigo 1º, define como ‘disponibilidade médica em sobreaviso a ativida-de do médico que permanece à disposição da instituição de saúde, de forma não-presencial,

cumprindo jornada de trabalho preestabelecida, para ser requi-sitado, quando necessário, por qualquer meio ágil de comuni-cação, devendo ter condições de atendimento presencial quando solicitado em tempo hábil.

Parágrafo único. A obrigato-riedade da presença de médico no local nas vinte e quatro horas, com o objetivo de atendimento continuado dos pacientes, inde-pende da disponibilidade médica em sobreaviso nas instituições de saúde que funcionam em sistema de internação ou observação.

Confira a Resolução nº 1.834/08, na íntegra,

no site www.cremers.org.br.

O Cremers está enviando a Resolução nº 1.834/08 para todos os diretores técnicos dos hospitais do Estado