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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo - junho 2013
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JORNAL VERNÁRIA
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE ARAÚJO
2013
junho N.º 6
2
ÍNDICE
Ficha Técnica 4
Editorial 5
NOTÍCIAS
Clube de Artes 6
Prémio Prof. Emídio Guerreiro 7
Leitura Orientada 1º ciclo 7
O Sangue no nosso Corpo 8
O Esqueleto Humano 9
Recondução do Diretor do AEVA 10
Exposição Pintura - Luís Pereira 11
Semana da Leitura 12
EE na Semana da Leitura 14
A Envolvência da Leitura 15
Semana da Leitura EB1 Rossas 16
Semana da Leitura CECávado 17
Histórias sobre o Mar 18
É urgente que sejas o Melhor! 20
Bolsas de Excelência 20
SOBE 21
Super sorrisos 22
Competições Desportos Gímnicos 23
Regional Desportos Gímnicos 24
Visita de Estudo EB1/JI Guilhofrei 24
Carta Jornal Vernária 26
Dia da Família 27
O Peixinho Arco-Íris 28
Horta Pedagógica 29
Sessão PRODER 30
Dia Mundial do Ambiente 30
Concurso ‘O Teu Olhar…’ 32
Projeto Ciência Criativa 34
Datas Comemorativas no JI 35
FORA D’AULAS
Visita de Estudo Porto 36
Estágio de Orientação 37
III Encontro Natação 37
Troféu Orientação Cabreira 38
Corrida da Liberdade 39
VI Ultra Trail da Geira 43
Campeonatos Nacionais de Estafetas
Distâncias Médias 44
Visita de Estudo 5º ano 44
Visita de Estudo Sintra e Coimbra 45
Adopt a granny/granpa 47
Igualdade de géneros... (Sopro) 48
INSPIRAÇÕES
Interação Pais/Escola 49
Poemas sobre o Mar 49
A Estrelinha no Fundo do Mar 54
3
A minha Mãe 58
Dia da Mãe 58
Dia Internacional do Brincar 59
Versos soltos 59
‘O caracol se parece com o poeta:
lava a língua no caminho da sua
viagem’ 63
O interior da letra O 64
O que cabe neste poço 64
Pensamentos de um Génio 65
11th B speaking of… Money! 69
És amigo do Ambiente 69
Friends 70
Love… always love! 70
The Sea 71
Your eyes are my sea 72
Ler 73
Mísera pobreza 73
A Escola 74
O meu diário é o melhor lugar
para pensar 74
O poema da minha vida 75
Plano Nacional de Leitura 77
A nossa reportagem ‘Os Garranos’ 79
Ele há casos! 79
EM FOCO
CAVA 80
Jogos Matemáticos 82
Os 7 Magníficos 84
Projeto Escola, Vida e Ciência 88
Cedro vence concurso 88
QUE É FEITO DE TI?
Daniel Vilaverde 89
Filipe Barroso 89
José Miguel Silva 91
LEMOS, GOSTAMOS E
RECOMENDAMOS 93
4
FICHA TÉCNICA
Escola: Agrupamento de Escolas Vieira de
Araújo - Vieira do Minho
Diretor: Alberto Rui Monteiro da Silva
Equipa Professores: Carla Álvares, Felicidade
Santos, Maria José Ramalho
Clube de Jornalismo: João Duarte, Rodrigo
Mota, Rodrigo Vieira, Sérgio Vieira, João Dinis
Álvares, Roberto Santos, Sofia Martins, Eduarda
Cruzinha, Nuno Luís Almeida, Ana Cláudia
Freitas, Ana Rita Lopes, André Carvalho,
Catarina Gonçalves, Cristiana Costa, Isabel
Silva, Mariana Pereira, Marina Branco, Ricardo
Pinheiro, Suse Torres Vieira, Lúcia Filipa Sousa,
Renato Costa, Nelson Estevão, Cláudia Rocha,
Daniel Pereira, Diogo Brás, Duarte Cardoso,
José Luís Brás, Juliana Ramalho, Hugo Cardoso
Colaboradores: Fernando Gomes
5
EDITORIAL
Caras/os Alunas/Alunos,
Eis-nos chegados ao fim de mais um ano
letivo! Mais um para juntar aos já imensos que,
ao longo da existência deste Agrupamento,
sucedem-se a um ritmo fantástico, inexorável e
irreversível.
Também é mais um recheado de
experiências, acontecimentos, momento e
eventos que movimentaram a comunidade
educativa, no pressuposto sempre
incontornável do cumprimento do Projeto
Educativo e do Plano Anual de Atividades. E
porque a tradição mantém-se…todos esses
momentos e experiências múltiplas ficarão
registadas para todo o sempre na edição final
deste ano do nosso provecto, mas sempre
renovado e jovem, Jornal Vernária, uma edição
que, dinamizada pela equipa responsável pela
sua publicação (a quem desde já se endereça os
mais rasgados elogios e parabéns), pretende,
mais uma vez, não deixar passar em claro todas
as vivências da nossa comunidade educativa:
pessoal discente, não docente, docente,
encarregados de educação e demais
incontornáveis parceiros! A todos estes atores,
essenciais à vida desta comunidade, permitam-
me deixar aqui (e porque nunca é demais!) os
nossos mais profundos e sinceros
agradecimentos e sentimentos de orgulho!
Este ano, em concreto, ficou marcado
pelo término do quadriénio 2009-2013 que,
pela sua especificidade, implicou a presença de
uma equipa de avaliação externa da Inspeção
Geral de Educação e Ciência que, à semelhança
da sua presença em 2009, visou aferir do
funcionamento do Agrupamento, a todos os
níveis e nas suas mais abrangentes valências.
Também ficou caracterizado pela recondução
do Diretor e respetiva equipa nas funções de
gestão do Agrupamento. E porque o
Agrupamento não vive só de marcos positivos,
permitam-me uma referência, em jeito de
saudade, aos colaboradores D. Maria Gorete
Vieira Costa Cruz (Assistente Operacional em
serviço na biblioteca) e do Professor António
Augusto Ferreira da Silva (Docente do Grupo
de Geografia) que nos deixaram, mas cuja
memória continua perene e estoica, nos nossos
corações.
Termino, referindo que tudo quanto se
fez, faz e fará,… será sempre de, com, por e para
a razão de ser deste Agrupamento, ou seja, os
alunos. Assim, só me resta formular votos de
que tudo quanto foi feito e registado nesta
edição do Vernária, possa contribuir
decisivamente para o enriquecimento da
formação pessoal, escolar e social de todos vós,
sendo que esse enriquecimento verá espelhado
o respetivo sucesso que todos desejamos e que
se refletirá no advir das gerações seguintes.
O Diretor
Alberto Rui Monteiro da Silva
6
NOTÍCIAS
Clube de Artes
Funcionou, na Escola EB/S Vieira de
Araújo, o Clube de Artes, às quintas-feiras, das
15.00h às 16.40h, para os alunos da educação
especial, com as professoras Celeste Campos e
Helena Silva.
Os projetos desenvolvidos englobaram
as áreas de pintura, modelagem, têxteis, etc..
Grande parte do trabalho foi realizado com
base no chamado “EcoDesign”, ou seja, o
reaproveitamento de materiais reutilizáveis.
Quanto às temáticas trabalhadas em cada uma
das aulas, foram desenvolvidas a pensar em
valores, sentimentos e formas de expressão a
desenvolver.
Foi demonstrado bastante interesse,
assiduidade e participação dos alunos
envolvidos nos projetos, podendo-se observar
trabalhos de excelente qualidade que,
continuadamente, foram surpreendendo toda a
comunidade educativa, tal como pode ser
comprovado com a apresentação de algumas
fotografias de trabalhos realizados.
Celeste Campos
7
NOTÍCIAS
“Prémio Professor Emídio Guerreiro”
O vieirense
João Pedro Vilaverde
Silva, filho de
Domingos José Costa
da Silva e de Rosa
Maria Barros
Vilaverde Silva,
recebeu, no dia 9 de
março, no salão nobre da Sociedade Martins
Sarmento, em Guimarães, o “Prémio Professor
Emídio Guerreiro” de melhor aluno de
Licenciatura em Matemática (ano letivo
2011/2012), da Universidade do Minho, com a
média final de 16 valores.
Na sessão solene da entrega de prémios,
foi proferida uma conferência pelo Dr. Gonçalo
Cruz, arqueólogo da SMS, que falou sobre o
tema “A Arqueologia na Sociedade Martins
Sarmento”. Parabéns, João Pedro!
Leitura orientada no 1.º Ciclo
No 2.º período, os professores
bibliotecários continuaram a desenvolver
atividades de promoção e incentivo à leitura
nas bibliotecas do 1.º ciclo. As sessões de
leitura orientada floresceram nas salas e
bibliotecas, com os alunos a ler imensos textos,
essencialmente poesia, que inundou as salas de
magia, rimas e palavras mágicas de autores
portugueses, desde Matilde Rosa Araújo, a
Sidónio Muralha e a Luísa Ducla Soares.
Ler para as crianças implica cativá-las
através das palavras, da forma como se lê,
como se reconta uma história, como se associa
cada detalhe de um texto às vivências dos
alunos.
É gratificante ver os sorrisos dos alunos
quando estamos com eles, quando nos
recebem, quando nos questionam sobre a
próxima visita.
Há leituras que ficam para sempre nas
nossas memórias e existem alunos que ainda
recitam poemas estudados no 1.º período. Os
mais pequenos adoram fazer jogos de
expressividade oral com os poemas que estuda-
8
NOTÍCIAS
mos e nunca mais se esquecem destes
momentos.
Ao longo do ano letivo, percorremos
muitas páginas e muitas palavras. Muitas
ilustrações foram observadas e interpretadas,
muitos textos recontados e analisados, muitos
autores identificados.
A biblioteca da EB1/JI de Rossas, a
biblioteca do Centro Escolar do Cávado e a
biblioteca da Escola Básica Domingos de Abreu
receberam muitos alunos para ler, para
requisitar livros, para estudar e para participar
em atividades conjuntas. Foi muito gratificante
trabalhar com os docentes e alunos destas
escolas. Nestas visitas tivemos a oportunidade
de fazer algumas atividades com as crianças da
Educação Pré-escolar, que revelaram ser muito
participativas e muito expressivas oralmente.
O SANGUE NO NOSSO CORPO
SABIAS QUE…
… O sangue é um meio de transporte que leva
alimento e oxigénio a todo o corpo e no
regresso traz o lixo
(o que não presta)
para os órgãos
excretores
deitarem fora?
… Um adulto tem
cerca de 5 litros de
sangue no corpo?
… Normalmente o
coração bate 100
mil vezes por dia?
POR QUE É QUE O SANGUE É VERMELHO?
O sangue é
vermelho, porque
tem glóbulos
vermelhos e uma
proteína que lhe dá a
cor - a hemoglobina.
COMO É QUE O
SANGUE CHEGA À
PONTINHA DOS NOSSOS DEDOS?
É o coração que bombeia o sangue, que,
através das veias e vasos sanguíneos, chega a
todas as partes do corpo.
O coração é uma máquina poderosa e
vital para o funcionamento do corpo humano.
POR QUE É QUE O CORAÇÃO BATE MAIS
RÁPIDO QUANDO CORREMOS?
9
NOTÍCIAS
Quando corremos, o nosso coração bate
mais rapidamente e também respiramos mais
rápido para dar oxigénio ao nosso coração.
Paula Lemos
O ESQUELETO HUMANO
SABIAS QUE…
… O esqueleto humano tem como função
principal proteger
determinados órgãos
vitais, como, por
exemplo, o
CÉREBRO, que é
protegido pelo
crânio, e também os
PULMÕES e o
CORAÇÃO, que são protegidos pelas costelas e
pelo esterno.
… Os ossos do corpo humano variam de
formato e tamanho, sendo o maior deles o
fémur, que fica na coxa.
… O esqueleto de um adulto é formado
geralmente por 206 ossos.
… A razão por que nos movimentamos tão
facilmente é que os nossos ossos estão ligados
entre si por juntas - articulações - que
permitem que os músculos confiram ao
esqueleto milhares de posições diferentes.
… Os membros superiores são compostos por
braço, antebraço, pulso e mão.
… Os membros inferiores são maiores e mais
compactos, para sustentar o peso do corpo e
para caminhar e correr. São compostos por
coxa, perna, tornozelo e pé.
Cuidados com o esqueleto humano:
Devemos manter sempre uma postura
correta – ao andar e ao sentar.
Não devemos ter os pés por baixo do
corpo, quando estamos sentados.
Não devemos carregar muito peso ou
transportar objetos pesados apenas de
um lado do corpo. Por exemplo, uma
mochila, cheia de cadernos e livros, deve
ir nas costas e não num dos ombros.
Devemos alimentar-nos corretamente; o
excesso de peso pode acarretar vários
problemas, como sobrecarga na coluna
vertebral.
10
Devemos ter cuidado com pancadas,
quedas ou movimentos bruscos:
podemos fraturar os ossos.
Devemos praticar exercício físico
regularmente.
CANÇÃO do ESQUELETO
(Com a música da velha que morava numa ilha)
Era um esqueleto que morava no meu corpo
(bis)
Queria dançar, pôs o rádio a funcionar (bis)
No seu crânio, tinha o cérebro escondido
Atrás das costelas, os pulmões e o coração
Ele dançava, muito divertido
E eles faziam um trabalhão
Era um esqueleto que morava no meu corpo
Ficava direito e punha-se todo torto
Veio o homem cuidar do esqueleto
Pô-lo direito para ficar contente
Esse esqueleto tem pernas e tem braços
Para poder dar muitos abraços
Mas para mandar no
esqueleto é preciso
O senhor cérebro ter
muito juízo!
Paula Lemos
RECONDUÇÃO DO DIRETOR DO
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE
ARAÚJO
De acordo com o previsto na Lei (n.º2 do
artigo 25º do Decreto-Lei nº 75/2008, na sua
republicação no Decreto-Lei nº 137/2012 de
02 de julho e plasmado no Regulamento
Interno deste Agrupamento), em sede de
reunião de Conselho Geral do Agrupamento de
Escolas Vieira de Araújo, realizada no dia 03 de
abril de 2013, foi votada a recondução de
Alberto Rui Monteiro da Silva, no cargo de
Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de
Araújo, para o próximo quadriénio 2013-2017.
A Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de
Escolas Vieira de Araújo - Maria Antonina
Guimarães Dias
11
NOTÍCIAS
Exposição de Pintura de Luís Pereira na
Casa Museu Adelino Ângelo
Foi inaugurada no passado dia 4 de abril
a Exposição de Pintura “Utopias” de Luís
Pereira.
Natural de Cantelães, José Luís Ribeiro
Pereira tem 51 anos e cedo sentiu a
necessidade de trabalhar, devido aos tempos
difíceis que se faziam sentir na altura.
Trabalhou em Coimbra, Vieira do Minho e
Alemanha. Exerceu diversas funções ao longo
da vida, tendo-se adaptado às necessidades que
iam surgindo.
Uma das suas caraterísticas mais
visíveis é a versatilidade. Assim, para além do
trabalho, sempre desenvolveu o seu gosto pela
música, pela arte, pela gastronomia e
horticultura.
Hoje em dia exerce a sua profissão na
EB/S Vieira de Araújo e dedica-se a uma série
de atividades extra, sendo uma delas o
voluntariado na Universidade Sénior de Vieira
do Minho, nomeadamente com o Grupo de
Cavaquinhos!
A inauguração da sua Exposição contou
com o ‘seu’ Grupo de Cavaquinhos, assim como
com a presença do Presidente da Câmara de
Vieira do Minho, Dr. Jorge Dantas.
E, citando Luís Pereira: “A realidade é
uma constante em relação ao universo dos
homens. A utopia traduz-nos uma ‘realidade’
fictícia, fantasiosa, imaginária, inatingível, ou
seja, irreal como uma quimera. Estes pequenos
borrões e sarrabiscos são descrições de estados
de ‘alma’ do ‘eu’ ser pensante e sofredor. Sem
formação académica, ‘sinto-me uma poeira
ínfima no meio artístico e dos artistas’. ‘É
necessário sentir algo diferente para rubricar
os ‘borrões e sarrabiscos’”.
Pois, parece-nos que chegou a altura de
começar a assinar todos os seus trabalhos!
12
NOTÍCIAS
SEMANA DA LEITURA NO AGRUPAMENTO DE
ESCOLAS
As atividades da “Semana da Leitura”
envolveram a participação direta de 22 turmas na
Escola sede do Agrupamento, aproximadamente
450 alunos, e todas as turmas da Educação Pré-
escolar (14 turmas) e as 21 turmas do 1.º ciclo.
Durante 6 dias, as atividades decorreram de forma
serena, não perturbando o normal funcionamento
das aulas, tentando integrar o máximo de alunos e
docentes, numa perspetiva de caminhar no sentido
de promover hábitos de leitura.
A Escola sede do Agrupamento ganhou cor e
alegria com as inúmeras manifestações
desenvolvidas pelos alunos, nomeadamente
exposições de desenho, de poesia e de pinturas,
todas alusivas ao tema do Mar.
Outro aspeto muito positivo foi a
colaboração dos docentes, que articularam com a
equipa da biblioteca escolar para dinamizar as
atividades no espaço da biblioteca. Esta ganhou um
outro ritmo, com turmas a visitar a Feira do Livro,
outras a visionar filmes, a visitar as várias
exposições ali realizadas e a assistir às atividades
de promoção da leitura, realizadas por professores
e alunos.
A poesia predominou nas leituras e
produções inéditas dos alunos, que, de forma muito
solene, souberam partilhá-la com todos os outros,
conseguindo impor silêncios profundos na
assistência.
Os alunos e docentes foram criativos nas
formas diversificadas como promoveram a leitura e
13
NOTÍCIAS
os assistentes tiveram a oportunidade de ouvir ler,
declamar e cantar poesia. Pela biblioteca passaram
ondas de poesia já aclamada e nunca olvidada, mas
também outros textos produzidos pelos alunos, que
conseguiram compor um ambiente de tertúlia e
prazer pela leitura.
Os alunos, que previamente tinham aderido
ao Concurso “Duarte e Marta”, tiveram o duplo
prazer de ler as obras e conhecer os autores da
coleção. No dia 23 de abril, “Dia Mundial do Livro”,
os autores Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira
estiveram na nossa biblioteca para partilhar com os
nossos alunos as suas experiências e responder às
muitas solicitações dos alunos, que se mostraram
deveras curiosos sobre a forma como nasceu esta
coleção “Duarte e Marta”. Os vencedores do
concurso, promovido na biblioteca em parceria com
a Porto Editora, receberam os prémios desta
editora pelas mãos dos próprios autores. Foi uma
sessão muito animada e profícua.
No dia 24 de abril, véspera da comemoração
de uma revolução que mudou a história de
Portugal, a biblioteca associou-se ao grupo
disciplinar de História, que realizou uma palestra
sobre o 25 de abril de 1974, contando com a
presença de um ex-combatente da Guerra Colonial.
Quisemos demonstrar que estamos abertos a
solicitações de todos os grupos disciplinares,
sempre a pensar nas aprendizagens dos nossos
alunos.
Outro momento marcante para toda a
plateia foi a presença do Contador de Histórias, Dr.
Emílio Gomes, que de forma voluntária enriqueceu
a “Semana da Leitura”, brindando os presentes com
divertidas, sensatas e pedagógicas histórias
rimadas, que muitos aplausos e sorrisos subtraíram
aos presentes. Os alunos do ensino secundário
foram os privilegiados desta sessão de histórias,
interagindo com o Contador, que, de forma muito
peculiar, conseguiu decretar um ambiente de
completa absorção pelas suas palavras.
Em forma de conclusão, consideramos que a
adesão e o desenvolvimento das atividades foi um
sucesso, conseguindo fazer imperar um ambiente
alegre e divertido.
14
NOTÍCIAS
No 1.º Ciclo, as atividades tiveram outra
dimensão, igualmente pertinente e diversificada. Os
encarregados de educação tiveram um papel
primordial, com inúmeras presenças nas salas de
aula, efetuando leituras para os alunos. Os
encarregados de educação uniram-se aos alunos e
realizaram obras simplesmente deslumbrantes,
associadas à temática do Mar, surgindo todo o tipo
de embarcações, peixes, cenários e demais
construções que revelaram as potencialidades do
reaproveitamento de materiais e demonstraram
uma criatividade sem limites. Estas criações foram
expostas nas várias Escolas, para serem apreciadas
por toda a comunidade educativa.
No Pré-escolar, cada sala recebeu uma tela
para decorar segundo o tema do Mar. As telas em
conjunto compuseram exposições, nas respetivas
Escolas, que enriqueceram a “Semana da Leitura”.
Também as salas dos mais pequenos receberam
inúmeras visitas de encarregados de educação, que,
de formas muito diversificadas, cativaram a atenção
das crianças durante a leitura de muitas histórias e
poesias.
A produção de textos, quer em prosa, quer
em poesia, imperou nas salas do 1.º ciclo, dando
asas à criatividade dos alunos, que também se
esmeraram nas criações icónicas alusivas ao Mar.
Professores bibliotecários
A participação dos Encarregados de
Educação na “Semana da Leitura”
A participação de pais e encarregados de
educação nas atividades da “Semana da
Leitura” deste ano letivo foi enorme e repleta
de ótimas surpresas, principalmente para os
alunos. Estes foram presenteados não só com a
presença dos seus familiares nas suas salas de
aula, mas tiveram a oportunidade de com eles
preparar belíssimas construções alusivas ao
tema do MAR, tema oficial da “Semana da
Leitura”. As deslumbrantes construções difun-
15
NOTÍCIAS
diam todo o tipo de embarcações, peixes e
cenários, revelando as potencialidades do
reaproveitamento de materiais e
demonstrando uma criatividade sem limites.
Em todas as escolas do pré-escolar e 1.º ciclo, a
adesão dos encarregados de educação foi muito
positiva, enchendo de orgulho e vaidade as
nossas crianças, em particular, e todo o
Agrupamento.
A “Semana da Leitura” teve como
objetivo central promover o gosto pela leitura,
e com os pais e encarregados de educação os
alunos tiveram a oportunidade de concretizar a
produção de textos, quer em prosa, quer em
poesia, que depois partilharam com todos os
colegas, quer através da leitura na sala de aula,
quer através de exposições de trabalhos na
Escola.
Os alunos, além de usufruírem da leitura
realizada pelos seus familiares, também foram
presenteados com algumas iguarias, que alguns
encarregados de educação fizeram questão de
associar ao tema da “Semana da Leitura”,
nomeadamente com a decoração de bolos
caseiros com gomas em forma de peixes e
conchas. O cenário para momentos deliciosos
foi delineado e concretizado com sucesso,
aliando leitura e doces.
A “Semana da Leitura” foi certamente
um momento marcante para todos os que nela
participaram, pois contribuiu para uma
partilha de saberes e conhecimentos, ficando
estes registados para sempre na memória dos
intervenientes.
Professores bibliotecários
A envolvência da leitura
Durante a “Semana da Leitura”, a EB1/JI de
Guilhofrei realizou várias atividades onde a
criatividade, a partilha, a comunicação e o
envolvimento de vários elementos da comuni-
16
NOTÍCIAS
dade educativa estiveram bem presentes.
Na segunda-feira, organizou-se a exposição
dos barcos, realizados pelos alunos juntamente
com os familiares, e cuja adesão foi muito
significativa. Foram utilizados diferentes tipos
de materiais e representadas embarcações de
todo o género, onde “o engenho e a arte” não
faltaram.
Na quarta-feira, realizou-se uma sessão de
leitura orientada pela encarregada de educação
de um aluno do 1º ano, que aceitou o convite de
vir à escola ler um texto ou um poema que
tivesse por tema o Mar. A contextualização foi
bem ilustrada e os textos escolhidos, o conto
infantil “O caracol que queria ver o Mar” e o
poema “O Mar Português”, embora de géneros
diferentes e de complexidade distinta, tinham
uma mensagem comum que foi bem assimilada
pelos alunos.
Na sexta-feira, as iniciativas foram variadas
e mais uma vez contaram com a colaboração de
duas encarregadas de educação de alunos do
Jardim. Uma começou por apresentar vários
tipos de livros que, devido às suas diferenças
formais, motivaram e levaram os alunos a
entender que a capa é o rosto do livro. Depois
leu o conto “O Pinguim Henrique” de uma
forma muito expressiva. A outra mãe cantou o
tema “O Mar enrola na Areia”, na versão de
Jorge Palma. No final, os alunos e professores
tocaram e cantaram uma parte da mesma
canção que, por coincidência, também tinham
escolhido para encerramento das atividades.
Foi uma semana enriquecedora, muito ativa
e participada, que surpreendeu pela grande
adesão dos encarregados de educação aos
convites que lhe foram endereçados.
Professora Isabel Viegas (EB1/JI de Guilhofrei)
A Semana da Leitura na EB1 de Rossas
Alunos e professores das várias turmas
reuniram os seus trabalhos e partilharam o
espaço da biblioteca escolar para os expor.
Ao longo da semana, também os
encarregados de educação participaram nas
atividades, lendo na sala de aula e também na
biblioteca. Os alunos ficam sempre muito con-
17
NOTÍCIAS
tentes com estes momentos de convívio escolar
com os seus familiares.
As salas foram decoradas com motivos
alusivos ao MAR, tema da “Semana da Leitura”.
Na nossa Escola houve a preocupação em
partilhar atividades e promover a leitura em
diferentes contextos. Foi uma semana
preenchida e repleta de momentos coloridos e
divertidos, com produção de poesias, textos
narrativos, acrósticos, muitas pinturas e um
grande painel dedicado ao mar.
EB1/JI de Rossas
A “Semana da Leitura” no Centro Escolar do
Cávado
A “Semana da Leitura” conseguiu
envolver todos os alunos, professores e muitos
encarregados de educação na tarefa de
promover a leitura. Também no Centro Escolar
do Cávado, alunos, professores e família
uniram esforços e desenvolveram diversas
atividades em torno do tema do Mar,
envolvendo atividades de leitura, de escrita, de
desenho e de exposição de criações elaboradas
por alunos e encarregados de educação.
São momentos como estes, de grande
colaboração e partilha, que tornam os dias na
escola mais atrativos, mais ricos e memoráveis
aos olhos dos principais atores: os alunos.
18
NOTÍCIAS
No Centro Escolar do Cávado, os
encarregados de educação participaram
através da leitura de textos e poesias para os
alunos, desde os mais novos do Pré-escolar até
aos alunos do 1.º ciclo.
Durante a semana de atividades, a
escola ganhou outro colorido e outro
movimento, com a elaboração de painéis
decorativos, onde se expuseram os lindíssimos
trabalhos dos alunos e também uma lindíssima
exposição alusiva ao mar, que contou com a
participação de muitos encarregados de
educação, que, desta forma, contribuíram para
a excelência do trabalho da escola.
Centro Escolar do Cávado
SEMANA DA LEITURA
Histórias sobre o Mar
Foi uma semana em cheio, muito
interessante e com grande adesão por parte
das famílias. O tema «O Mar» já estava a ser
trabalhado anteriormente, sendo do interesse
das crianças, pelo que estas estavam
motivadíssimas.
Mais uma vez foi notório que as famílias
das crianças estão sempre dispostas a cooperar
nos projetos que se vão desenvolvendo ao
longo do ano letivo. Para as crianças é um
delírio quando as mães, pais e irmãs vêm à sala
contar histórias, ou fazer qualquer outra
atividade. Obrigado, papás! Obrigado, mamãs e
maninhas! Adoramos a vossa companhia!
História: «O Polvo coceguinhas», contada pelo
pai do Afonso e pai do Ricardo, com a técnica
de teatro de sombras, no dia 22/04/13.
19
NOTÍCIAS
História: «A onda salgadinha e os amigos
golfinhos», contada pela mãe e irmãs da
Clarinha, com a técnica de leitura teatral a
várias vozes, no dia 23/04/13.
História: «Perigo no fundo do mar », contada
pelas mães do David e da Francisca Costa, com
recurso ao quadro interativo e a jogos de
atenção, no dia 26/04/13.
História: «História de amizade e união no fundo
do MAR», contada pelas mães do João Tomás,
da Leonor Lucas e do Romeu, com recurso à
imagem em mural e à interatividade das
crianças, no dia 29/04/13.
História: «O voo do golfinho» lida pela mãe da
Eduarda, com recurso ao livro, no dia
30/04/13.
Pequena lembrança para as mães e pais
que se disponibilizaram e animaram esta
“Semana da leitura”.
Um muito obrigado a todos!
Centro Escolar Domingos de Abreu - Sala dos 4 anos
– Prof. Paula Lemos
20
NOTÍCIAS
É urgente que sejas O Melhor!
Esta foi a mensagem que o Cristiano
Pinheiro, de Vieira do Minho, e a Daniela
Cardoso, de Esposende, a frequentarem o
último ano do Curso de Direito na Universidade
do Minho, transmitiram a turmas do 9.º ano e
ensino secundário em duas sessões realizadas
no dia 21 de maio na Biblioteca da EB/S Vieira
de Araújo.
A palestra, organizada e proposta pelos
alunos Ricardo Sousa e Ricardo Pinheiro, em
parceria com o Clube de Jornalismo, teve como
grandes objetivos explicar qual a importância
da Escola e as consequências do abandono
escolar, o mito 'Os grandes centros são
melhores do que a minha terra amada?' e ainda
as perspetivas relativamente ao futuro que
espera os jovens.
A incidência em questões como a
vantagem de se estudar e alargar os horizontes
relativamente à maior facilidade de conseguir
emprego, a necessidade de obter as melhores
classificações para ter lugar de destaque no
mundo profissional e social, a motivação ao ser
alguém, ao ser mais, ao querer, ao ambicionar
foram muito bem acolhidas pelo público, que
no final, manifestou o seu apreço pelo trabalho
divulgado e pelo aconselhamento.
Há necessidade de mais iniciativas deste
género! Em prol de jovens melhores e de um
mundo à medida!
Carla Álvares
Bolsas de Excelência atribuídas a dois ex-
alunos da EB/S Vieira de Araújo
João Nuno Machado e Micael Gonçalves,
jovens de Vieira do Minho, a frequentar o 2º
ano da licenciatura dos Cursos de Bioquímica e
de Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão
Industrial respetivamente, receberam bolsas de
excelência atribuídas pela Universidade do
Minho, por terem obtido o melhor desempenho
escolar no primeiro ano curricular.
21
NOTÍCIAS
A cerimónia de entrega das Bolsas de
Excelência da Universidade do Minho realizou-
se no dia 22 de maio, pelas 15h, no Salão
Medieval da Reitoria, no Largo do Paço.
O reitor António M. Cunha entregou a 71
alunos o respetivo diploma, a que corresponde
uma bolsa de valor pecuniário idêntico ao da
propina.
SOBE – Saúde Oral Bibliotecas Escolares
O SOBE é uma iniciativa da Direção
Geral da Saúde, do Plano Nacional de Leitura e
da Rede de Bibliotecas Escolares, envolvendo
profissionais de saúde, da educação, alunos e
famílias. Tem como intuito a promoção da
saúde oral nas escolas através das bibliotecas e
como objetivo final permitir aos alunos e
professores a motivação suplementar para
aprender e praticar a linguagem, a leitura, a
escrita e as capacidades matemáticas criativas.
Para além dos projetos de escovagem, pretende
desenvolver um conjunto de atividades
promovidas pelas bibliotecas escolares:
leituras animadas, sessões de leitura, teatros,
colóquios, sessões de desenho, aulas temáticas
sobre saúde oral, dinamização e decoração das
bibliotecas com os materiais do projeto SOBE,
inclusão dos materiais nas aulas, entre outras.
Este projeto envolve a nível nacional as
bibliotecas escolares e, aproximadamente, um
milhão de alunos.
As bibliotecas escolares receberam o Kit
SOBE, que é composto por um conjunto de
materiais, que pretende suscitar a vontade dos
alunos e professores para explorarem o mundo
da saúde oral. Em cada biblioteca existe já um
espaço dedicado ao SOBE, esperando a visita
dos alunos e professores para explorarem os
seus materiais.
22
NOTÍCIAS
No âmbito do Programa Nacional de
Promoção da Saúde Oral, a Biblioteca Escolar
do Agrupamento de Escolas, em coordenação
com a equipa da Saúde Escolar, apresentou no
início do ano letivo o seu Projeto de Saúde Oral,
tendo sido o mesmo contemplado com kits de
escovagem para todos os alunos da Educação
Pré-escolar e alunos do 1.º Ciclo.
Durante o mês de maio, foi
materializada a distribuição de todos os kits
pelas turmas, sensibilizando alunos e docentes
para a relevância da realização da escovagem
diária dos dentes, na escola e em casa.
Ainda no âmbito do Projeto SOBE, os
alunos da Escola Básica Domingos de Abreu
foram os felizes espetadores, e únicos na zona
norte, de uma peça de teatro, “Os super
sorrisos contra a bactéria inteligente”, pela
Companhia de Teatro Umbigo, no dia 28 de
maio, no Auditório Municipal de Vieira do
Minho.
Esta peça reforçou a importância da
mensagem da higiene oral, cujos cuidados
diários os mais pequenos devem imprimir de
forma coerente e disciplinada.
Prof.ª Maria José Ramalho
Super Sorrisos!
No dia 28 de maio, os alunos do 1.º ciclo
da EBDA (Escola Básica Domingos de Abreu)
foram ao auditório municipal, assistir a uma
peça de teatro que se localizava numa boca. Os
dentes estavam cheios de cáries e a equipa
Super Sorrisos veio salvá-los.
O Spetococus-Açucarados queria
inventar uma saliva que se chamava SALIVAX
333 e se alguém a respirasse ficava cheio de
cáries.
23
NOTÍCIAS
O Escovix queria ajudar os seus amigos,
que eram a Flurina e o Alimentor. Ele, o
Escovix, lutou contra o Spetococus-Açucarados
em câmara lenta. A equipa não sabia o que
fazer para impedir o Spetococus-Açucarados
fazer a SALIVAX 333.
Os Super Sorrisos conseguiram impedir
o plano do Spetococus-Açucarados, depois
escovaram os dentes bem escovados.
A boca ficou super saudável!
Carolina, Turma 3.º B (EBDA)
Competições de Desportos Gímnicos
Ano letivo 2012/ 2013
O grupo de Ginástica do Desporto
Escolar da EB/S Vieira de Araújo participou nas
1ª e 2ªs COMPETIÇÕES e DISTRITAL de
DESPORTOS GÍMNICOS, que se realizaram nos
dias 12 de janeiro, 2 de março e 10 de abril
de 2013, na Escola Secundária Alberto
Sampaio, em Braga.
A nossa Escola esteve sempre bem
representada por diversas ginastas e juízes na
modalidade de Ginástica Artística do Desporto
Escolar. Competiram em solo, trave e saltos de
plinto.
Os resultados foram excelentes!
1ª Competição 2ª Competição DISTRITAL
Nome Nível Nota Final
Classif. Nível Nota Final
Classif. Nível Nota Final
Classif.
Anastasiya Muryn
2 20,83 2º 2 31,67 1º 3 27,58 9
Beatriz Simões
2 29,00 2º
Mariana Simões
2 17,00 6º 2 28,67 3º 3 24,67 11
Cristiana Martins
2 28,67 3º 3 19,83 13
Eduarda Machado
2 28,33 5º
Tatiana Lopes
2 19,17 5º 2 28,33 5º 3 22,33 12
Tânia Lopes
3 35,00 2º l 3 37,17 1º 3 35,67 2
Beatriz Ferreira
3 27,33 5º 3 32,83 7º 3 31,83 7
Bruna Fernandes
3 22,83 6º 3 32,00 8º 3 26,50 10
Marcela Caetano
3 16,00 9º 3 31,50 9º 3 30,50 8
Margarida Pinheiro
3 17,50 16
Vera Vieira 3 19,00 15
Eduarda Machado
3 19,50 14
Para além da competição, no final,
realizou-se em todas as modalidades um mo-
24
NOTÍCIAS
mento muito especial de convívio – todos
participaram num esquema de dança em
conjunto!
REGIONAL de DESPORTOS GÍMNICOS
O grupo de Ginástica do Desporto
Escolar da EB/S Vieira de Araújo esteve
representado pela ginasta Tânia Lopes (que
ficou em 2º lugar no Distrital) no REGIONAL
de DESPORTOS GÍMNICOS, que se realizou no
dia 4 de maio de 2013, no Complexo de
Ginástica da Maia.
A ginasta obteve um excelente
resultado, tendo em conta que se tratava de
uma ginasta muito nova, ainda no escalão de
iniciada.
REGIONAL
Nome Solo Salto Trave. Nota Final Classif.
Tânia Lopes 11,33 7,50 10,00 28,83 5
Visita de Estudo da EB1/JI de Guilhofrei
No passado dia 30 de maio, os alunos,
docentes e pessoal não docente da EB1 de
Guilhofrei realizaram uma visita de estudo a
Cabeceiras de Basto. A visita iniciou-se no
Núcleo Museológico de Arco de Baúlhe,
localizado na estação terminus da linha do
Tâmega. Os alunos observaram com atenção o
material representativo da atividade
ferroviária, nomeadamente locomotivas, car-
25
NOTÍCIAS
-ruagens e automotoras, todas elas já muito
antigas. Foi-lhes explicada cada uma das
funções das várias componentes ferroviárias ali
expostas, de forma a perceber a evolução deste
meio de transporte.
Ainda deslumbrados com a antiguidade
das locomotivas, os alunos foram visitar a
Escola Fixa de Trânsito de Cabeceiras de Basto,
onde ouviram com atenção as regras
rodoviárias, pois, posteriormente foram aplicá-
las através da condução de bicicletas e
pequenos karts. Esta sessão teve um carácter
informativo e educativo, que muito agradou
aos mais pequenos.
Os meios de locomoção continuaram a
ser objeto de estudo, desta feita no Centro
Hípico de Vinhas de Mouros, onde todos
tiveram a oportunidade de visitar as
instalações e observar atentamente os vários
cavalos ali “residentes”. Todavia, o prémio final
foi a realização de um pequeno percurso a
cavalo, devidamente supervisionados pelos
responsáveis do Centro Hípico. Foi um delírio.
Mas a visita ainda não tinha terminado,
depois de almoçar, no parque de merendas do
Centro de Educação Ambiental de Vinhas de
Mouros, os alunos visitaram parte da área
florestal e observaram algumas das espécies da
fauna local.
Se a parte da manhã foi efetivamente
uma visita de estudo devidamente organizada
com objetivos delineados e estruturados, a
parte da tarde foi dedicada ao lazer, com os
alunos a extravasar de alegria, correndo na
areia da praia ventosa de Vila do Conde. Nem o
frio que se fazia sentir fez acalmar toda a
vontade de correr, saltar e brincar.
O dia terminou com enormes sorrisos
nas faces das nossas crianças.
EB1/JI de Guilhofrei
26
NOTÍCIAS
CARTA AO JORNAL VERNÁRIA
Vieira do Minho, 13 de junho de 2013
Querida Vernária
Tu que gostas de saber tudo o que se
passa na nossa escola, resolvemos informar-te
que já estamos no final do ano letivo.
Somos os meninos do 2º ano da turma B
da EBDA (Escola Básica Domingos de Abreu).
Começamos o ano com muita vontade de
aprender, mas ao longo do ano tivemos
algumas dificuldades. Havia meninos que não
sabiam as regras de estar na sala e na escola.
Por isso sofremos, aprendemos, brincamos,
trabalhamos, esforçamo-nos e sentimos muita
alegria neste final de ano por fazermos junta
esta caminhada.
Aprendemos muito, mas às vezes era
muito difícil. O programa da matemática foi
muito extenso e difícil. Aprendemos os
números até 1000, estratégias da adição e
subtração com transporte, a multiplicação e a
divisão. Aprendemos também as frações e a
tabuada. As medidas de tempo, de
comprimento, de peso e de capacidade.
Também aprendemos a organizar os dados dos
problemas. Construímos grupos, tabelas,
pictogramas e gráficos de barras e aprendemos
muitas estratégias para resolvermos isto tudo.
As noções de dobro, de triplo, de quadruplo e
de quíntuplo.
Os sólidos geométricos e as figuras, (os
polígonos e não polígonos).
Em português aprendemos a ler bem a
interpretar, a escrever e o funcionamento da
língua. Lemos muitos livros da nossa linda
biblioteca.
Em estudo do meio aprendemos muitas
e muitas coisas, fizemos muitas experiências.
Aprendemos a observar melhor tudo o
que nos rodeia, o mundo dos animais e das
plantas.
Fizemos muitos desenhos, cantamos
muitas canções e jogamos muito.
Foi um ano, afinal, muito bem passado
numa escola muito bonita e colorida.
Desejamos a todos os meninos umas
boas férias.
Muitos beijinhos para todos.
Turma 2.º B (EBDA)
27
NOTÍCIAS
DIA DA FAMÍLIA
De forma a assinalar o Dia da Família,
fomentando as atitudes e valores, os alunos de
CEI (Currículo Específico Individual)
empreenderam a atividade do Dia da Família,
no dia 17 de maio. A mesma passou,
primeiramente, pelo uso de palavras de
cortesia para com os convidados (alunos e
professora do 7.º E), exploração dos valores e
afetos relacionados com a família; contorno,
recorte de letras e corações sobre o tema;
construção dos ninhos, em colaboração com a
família, representativos da mesma; escrita do
nome da família de cada aluno e colocação no
respetivo ninho na árvore; escrita dos valores e
afetos nos corações; e colocação dos corações
na árvore.
Esta atividade promoveu a autonomia, o
gosto pelo saber fazer, o convívio, a cooperação
entre pares, a escrita e a leitura e a promoção
de atitudes e valores, bem como a socialização
e o maior número de participações do ensino
regular.
A atividade decorreu como o previsto,
foi participada e muito bem acolhida pelos
alunos. Os objetivos delineados foram
concretizados, verificando-se a articulação e
participação ordenada de todos os
intervenientes. A concretização desta atividade
não envolveu gastos para a escola nem custos
para os alunos, uma vez que a mesma foi
realizada com materiais de desperdício.
A realização da atividade permitiu uma
grande cooperação entre todos os elementos,
estimulando a criatividade e promovendo a sua
autonomia pessoal e social.
Equipa de Educação Especial
28
NOTÍCIAS
Dramatização do conto “O Peixinho Arco-
íris”
No dia 8 de maio, na Biblioteca Escolar,
os alunos de Currículo Específico Individual e
alunos das turmas 8.º F e 8.º C desenvolveram
uma dramatização da história “O Peixinho
Arco-Íris”, integrada no âmbito do Plano
Nacional da Leitura, associado ao tema da
Semana da Leitura “O mar”.
Os alunos exploraram o conto
tradicional e produziram os adereços
necessários para a sua dramatização,
construindo igualmente o painel que serviu de
cenário.
Este tipo de atividades, além de
promover e apelar à leitura, permitiu também
desenvolver o sentido estético, a expressão
corporal, o desenvolvimento da linguagem, as
relações interpessoais e o saber estar e saber
fazer.
Muito importante neste tipo de
atividades é a integração dos alunos com
currículo específico individual nas atividades
junto dos seus colegas de turma, permitindo-
lhes uma inclusão e interação social de extrema
relevância. Simultaneamente assume-se a
necessidade de fomentar, de forma sistemática,
comportamentos de solidariedade e partilha.
Os valores de respeito e direito pela diferença
devem constar do quotidiano dos nossos
jovens, pelo que são atividades deste género
que poderão contribuir para a sua
consolidação.
Equipa de Educação Especial
29
NOTÍCIAS
Horta pedagógica
Os alunos de Currículo Específico
Individual, no âmbito da criação de uma horta
pedagógica, participaram na preparação do
terreno para, posteriormente, plantarem couve
coração e cebolo, tendo colaborado nesta
atividade os alunos do 9º H e a assistente
operacional, Sameiro Ribeiro.
A atividade foi conduzida pelos docentes
responsáveis, Professora de Educação Especial
e Professor do Curso de Jardinagem. A mesma
foi muito bem acolhida pelos alunos de CEI e de
jardinagem, os quais participaram ativamente
na preparação de todas as ações com ela
relacionadas. Numa primeira fase, alguns dos
alunos alisaram a terra com um ancinho para,
posteriormente, com o sacho abrir o rego para
se proceder à plantação da couve coração e do
cebolo e à verificação do espaçamento das
plantas no rego, enquanto outros mondaram e
regaram o espaço cultivado.
Ao longo do ano foram vários os
produtos cultivados na horta pedagógica,
permitindo aos alunos uma socialização e,
simultaneamente, promoção de regras de
cooperação e partilha de tarefas. Os alunos
tiveram a oportunidade de acompanhar a
evolução dessas culturas, desenvolvendo as
várias etapas essenciais para o seu
desenvolvimento, nomeadamente: preparação
do terreno, plantação, rega, monda…
Com este tipo de atividades, pretende-se
demarcar o gosto pelo cultivo da terra e a
sensibilização para o consumo de produtos
biológicos, promovendo, ao mesmo tempo, a
cooperação e as relações interpessoais entre os
pares.
Equipa da Educação Especial (Helena Silva)
30
NOTÍCIAS
Sessão de Informação sobre o PRODER
Curso Profissional de Técnico de Gestão do
Ambiente
No dia 11 de abril, o 3ºano do Curso
Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente
assistiu a uma sessão de informação relativa ao
Programa de Desenvolvimento Rural do
Continente (PRODER), proferida pelo
Engenheiro António Campos, da Câmara
Municipal de Vieira do Minho.
Esta sessão de informação, realizada no
âmbito da lecionação do módulo “Agricultura
Sustentável” da disciplina de Projetos em
Ambiente, teve como principal objetivo dar a
conhecer aos alunos este Programa, no que
respeita às Medidas Agroambientais e às
candidaturas ao financiamento de projetos.
DIA MUNDIAL DO AMBIENTE
(5 de junho)
No dia 4 de junho, a nossa turma (10º A)
visitou o Carlinhos e a Carlinha, alunos da Sala
de Multideficiência, no âmbito das temáticas
em análise na disciplina de Inglês e no
Programa PRESSE, relativas à valorização do
EU e respeito pelo OUTRO.
A nossa turma pôde constatar com uma
realidade escolar diferente, com alunos
diferentes mas tão iguais, dignos de toda a
nossa atenção, respeito e carinho! Para
sinalizar a comemoração do Dia Mundial do
Ambiente, a 5 de junho, ofertámos dois vasos
com plantas que, oportunamente, serão
transplantadas para um espaço no recinto
escolar, numa metáfora alusiva aos cuidados
diários que estas plantas necessitam para
sobreviver e que são tão comparáveis aos que
toda a equipa dedica ao Carlinhos e à Carlinha!
Dramatizámos também o texto que se segue,
sintetizando as nossas preocupações e anseios
relativos à cada vez mais urgente defesa do
nosso planeta.
Um bem-haja à Carlinha e ao Carlinhos e
à inexcedível equipa que com eles trabalha, por
nos terem recebido tão bem e nos terem
permitido esta experiência diferente e
inspiradora!
********************
O Carlinhos e a Carlinha conversavam
sobre coisas da Escola…e da Vida…
Carlinhos- Sabes, Carlinha, quarta-feira, dia 5
de junho, celebra-se o Dia Mundial do
Ambiente!
31
NOTÍCIAS
Carlinha- Claro que sei! E sabes porque se
celebra esse dia?
Carlinhos- Ora, ora, claro que sim! Nós, os
humanos, muitas vezes mesmo sem ter
consciência disso, poluímos o nosso planeta e
não aproveitamos devidamente os recursos
que temos. Ao celebrarmos esse dia, chamamos
a atenção para o dever de todos nós
protegermos a Terra, o único planeta habitável
conhecido.
Carlinha- É, Carlinhos, já viste o que o
Homem faz diariamente? Polui o nosso ar, as
águas... Devasta florestas, destrói habitats de
tantas espécies…
Carlinhos- Sim, Carlinha, mas lembra-te que
também há catástrofes naturais que
contribuem para a destruição do planeta… Mas
vamos pensar nas soluções, pois os problemas
já estão identificados…
Carlinha- Como cidadãos responsáveis,
devemos TODOS pôr em prática pequenas
tarefas, de forma a preservar o Ambiente!
Carlinhos- Eu sei que em muitas escolas, e na
nossa também, se tem sensibilizado para a
necessidade de não se poluir, evitando, por
exemplo, deitar lixo para o chão, colocando-o
nos ecopontos apropriados…
Carlinha- Sim, mas em casa também podemos
fazer separação do lixo e ajudar os pais a
reciclar…
Carlinhos- Andar a pé, em vez de usar o
automóvel ou o autocarro em distâncias curtas,
também é uma boa medida…
Carlinha- Poupar energia, desligando os
aparelhos elétricos da corrente, poupar água
nos banhos e ao escovar os dentes… também
são boas medidas, não achas?
Carlinhos- Sim, Carlinha! E preservar os
espaços verdes…plantar arbustos ou árvores…
Há tanta coisa que os humanos podem fazer…
Carlinha- Sim, Carlinhos, os recursos naturais
estão a esgotar-se e temos que repensar o que
queremos para o nosso planeta! Vamos
começar por sensibilizar os nossos colegas
para a necessidade de preservarmos o
AMBIENTE!
Carlinhos- Concordo, Carlinha! Vamos
proteger o nosso planeta!
(TEXTO CRIADO E DRAMATIZADO PELA TURMA A
DO 10º ANO, EM ARTICULAÇÃO COM A SALA DE
MULTIDIFICIÊNCIA, PARA COMEMORAÇÃO DO DIA
DO AMBIENTE)
DIA MUNDIAL DO AMBIENTE
Para comemorar o DIA MUNDIAL DO
AMBIENTE, e ainda para dar cumprimento aos
objetivos do Programa PRESSE/Educação para
a Saúde (Respeito pelo EU e pelo OUTRO), no
âmbito da disciplina de Inglês, a nossa turma
(10º B) visitou, no dia 5 de junho, a Sala dos
alunos de NEE. Fomos muito bem recebidos
por esta turma e por toda a equipa que os
acompanha, com uma mesa cheia de iguarias e
com muito brio na execução do seu próprio
hino, magistralmente acompanhado pelos
instrumentos musicais que os próprios alunos
criaram, a partir da reutilização de materiais.
Também a nossa turma os agraciou com
a execução do tema “Imagine”, de John Lennon,
divinamente cantado pela Catarina Carvalho,
32
NOTÍCIAS
acompanhada pela flauta transversal da Célia
Silva e pelo violino da Liliana Ramalho.
Depois do delicioso lanche oferecido
pela turma de NEE, a nossa turma ofertou um
vaso com carvalhinhos em fase de
transplantação para um espaço do recinto
escolar, fazendo alusão à necessidade de
TODOS termos a obrigação de cuidar do
Ambiente.
Ambas as turmas cantaram, no final,
uma música bem portuguesa, dos anos 80, que
muitos deverão recordar e que merece ser
preservada.
A música foi escrita por Carlos Paião e é
cantada por Joel Branco.
Uma árvore, um amigo
que devemos bem tratar
Um amigo de verdade
tão fiel como a amizade
que podemos cultivar.
Sabes que uma árvore
é um pouco de beleza,
que protege a Natureza,
e purifica o nosso ar;
Dá-nos a madeira
e tanta coisa que fascina,
a cortiça ou a resina,
mais a fruta no pomar.
Oh, vamos fazer uma floresta, vem,
plantar amigos, uma festa
tão rica e modesta vamos semear.
REFRÃO
Sabes que uma árvore
é um bem de toda a gente
não estragues o ambiente
não lhe sujes o lugar.
Vamos, vamos, vamos
defender a nossa vida,
que uma árvore esquecida
pode às vezes ajudar.
Sim, vamos fazer uma floresta, vem,
plantar amigos, uma festa, ...
tão rica e modesta, vamos semear.
REFRÃO
Um bem-haja a todos os alunos de NEE e
à excelente equipa que com eles trabalha, por
nos terem recebido tão bem e nos terem
permitido esta experiência diferente e
inspiradora!
A turma do 10º B
Concurso: “O TEU OLHAR SOBRE O PARQUE
FLORESTAL - Ontem, Hoje e Amanhã…”
No âmbito do estudo do Módulo 6- “The
World Around Us” (O Mundo à nossa volta”), na
disciplina de Inglês, a nossa turma participou
no Concurso O teu Olhar ontem, hoje e
amanhã sobre o Parque Florestal de Vieira
do Minho, lançado pela Associação “Fonte da
Urze”, cujos principais objetivos se prendem
com a sensibilização da juventude para as
questões ambientais.
Fomos convidados pelo nosso
funcionário Sr. Francisco Costa a realizar
composições literárias, poemas, desenhos ou
fotografias sobre o que foi no passado o Parque
Florestal de Vieira do Minho, o que é no pre-
33
NOTÍCIAS
sente e o que poderá vir a ser no futuro nas
suas diversas vertentes. Como se tratava de
apresentar apenas um trabalho por turma,
decidimos optar por escrever um poema
coletivo. Primeiro elaborámos individualmente
pequenos poemas em inglês, que depois
traduzimos para português. O resultado final é
o que a seguir transcrevemos:
O NOSSO PARQUE… QUE A TODOS MARQUE!
Segundo as pessoas idosas dizem
O nosso parque era muito arranjado
Que bonito com cores de Outono!
Era espaço muito visitado…
Faz parte das nossas lembranças
Todos lá temos um “quinhão”
Para velhos, jovens e crianças
Eras motivo de diversão!
Um dia ofuscou-se o teu verde
E já nem eras tão acolhedor…
Mas a responsabilidade é de todos
Haja espírito empreendedor!
Teus caminhos abandonados
Teus recantos mais sozinhos
Parece que foram trocados
Pelo teu “irmão” dos Moinhos…
Não podes ser esquecido
Continuarás a ser amado
E em cada trilho escondido
Relembraremos o passado…
Tua riqueza é colossal
Tuas árvores são centenárias
És um lugar especial
Até de coisas imaginárias…
Deixemos de poluir
Este habitat encantado
Nossos netos poderão usufruir
Deste parque tão amado!
O Parque esteve desprezado
Mas ele é tesouro de Vieira
No futuro será melhor aproveitado
E será um Parque de primeira!
Cada cidadão tem o dever
De fazer ouvir a sua voz
Vamos todos proteger
E cuidar do que é de todos nós!
Nossas forças vamos juntar
E proteger este manancial
P’ra todos poderem disfrutar
34
NOTÍCIAS
Do Parque Florestal!
Cuidemos as árvores tão frondosas
E a sua biodiversidade
E também as águas maravilhosas
Do afluente do Ave!
É o lugar ideal
Para o lazer e brincadeira
Queremos o Parque Florestal
Como o ex-libris de Vieira!
ENSINO SECUNDÁRIO - 11º ANO – TURMA F -
CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE
EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS
______________________________________________________
PROJETO CIÊNCIA CRIATIVA- A ÁGUA E A
VIDA
Alguns poemas do livro de Matilde Rosa
Araújo, “As cançõezinhas da Tila” e diversas
histórias integradas na Semana da Leitura, com
o tema do mar constituíram motivo para
conversar, questionar, pesquisar e descobrir
sobre o ciclo da água; a importância da água
para os seres vivos e a necessidade da sua
preservação.
Construímos um pluviómetro e um
relógio de água.
Assim, aprendemos, também, noções de
medida!
Conversamos sobre a poluição da água.
O pai do Lourenço trabalha numa
estação de tratamento de águas.
Nós também quisemos experimentar
limpar água suja.
Construímos uma máquina de filtrar
água.
Depois, no dia 5 de junho, dia do
ambiente, fizemos uma marcha com cartazes
alusivos e distribuímos desdobráveis apelando
à preservação da natureza.
35
NOTÍCIAS
Jardim de Infância do Centro Escolar de Rossas-
sala 4 e 5 anos (Glória Miranda)
A IMPORTÂNCIA DAS DATAS
COMEMORATIVAS NO JARDIM DE INFÂNCIA
Neste final do ano letivo, várias datas
comemorativas foram assinaladas no jardim de
infância com atividades especiais – dia do livro
infantil, dia da dança, dia da mãe, dia da família
e dia do ambiente.
O 25 de abril também não foi esquecido.
Abordar datas como o 25 de abril de
1974 não será uma tarefa muito fácil, mas não
deixa de ser fundamental, do ponto de vista da
construção de valores de cidadania, de
identidade nacional e de passado histórico.
São noções abstratas que é necessário
concretizar com exemplos de passado e de
presente – o que pode ser feito com apoio em
imagens e canções que a Internet ajuda a
tornar de mais fácil acesso, mas, sempre, com a
indispensável ajuda da família.
Fernando Lopes Graça – que as crianças
descobriram no livro “Cançõezinhas da Tila”
trouxe-nos as canções “Hino ao Homem” e
36
NOTÍCIAS
“Acordai!”, associadas aos valores de cidadania
e liberdade defendidos pelo 25 abril de 1974.
Jardim de Infância do Centro Escolar de Rossas-
sala 4 e 5 anos (Glória Miranda)
FORA D’AULAS
Visita de Estudo ao Porto
No dia 1
de
março
de 2013,
pelas
08:30h,
a turma do 12.ºD (Curso Profissional Técnico
de Animador Sociocultural) partiu da EB/S
Vieira de Araújo em direção ao Porto,
acompanhada pela professora Carla Vilaverde,
de Português, e pelo professor Paulo Maia, de
Educação Física.
Esta visita de estudo teve como
objetivos desenvolver o gosto pelo teatro;
consolidar conhecimentos relativamente à
estrutura e caraterísticas do texto dramático,
tendo por base o estudo da obra Felizmente há
luar!, de Luís de Sttau Monteiro; valorizar
diferentes formas de expressão; desenvolver o
sentido estético e o espírito crítico; melhorar
hábitos de conduta pessoal e de
relacionamento de grupo e facultar o
desenvolvimento integral e harmonioso de
todos nós.
Assim, chegámos ao Porto por volta das
10:00h. Caminhámos na marginal maravilhosa
do rio Douro, num percurso pedestre
coordenado pelo professor Paulo Maia e
passeámos depois junto ao rio Douro até às
12:30h, hora a que almoçámos. Depois do
almoço (14:00h),
dirigimo-nos para o
teatro, em Vila Nova
de Gaia. Chegámos ao
auditório do Centro
Cultural e Social de
Olival perto das
15:00h, onde assistimos à peça de teatro:
“Felizmente Há Luar!”, de Luís de Sttau
Monteiro.
Na minha opinião, a peça foi bastante
interessante, pois nela são retratadas
problemáticas intemporais.
A
peça
terminou
por volta
das
17:00h, hora em que nos dirigimos novamente
para a nossa Escola.
Daniela R. Fernandes, n.º 8 12.ºD
37
FORA D’AULAS
ESTÁGIO de ORIENTAÇÃO
PÁSCOA 2013
O grupo de orientação da EB/S de
Vieira de Araújo participou no Estágio de
Orientação da Páscoa, no dia 21 de março de
2013, em Cabeceiras de Basto e Vieira do
Minho.
Marcaram presença a Filipa Castro, o
Samuel Vieira, a Carina Castro, o Luís Gomes, a
Mariana Fonseca e o Amândio Araújo, assim
como alunos de outras escolas de Braga e Rio
Caldo, num total de 29 alunos e professores,
pertencentes à EDOM (Escola Desportiva de
Orientação do Minho).
O local deste estágio, a Casa Florestal da
Veiga, será palco do Troféu de Orientação da
Cabreira 2013. Trata-se de uma prova
nacional da Taça de Portugal e que se realizará
nos dias 6 e 7 de abril.
Assim sendo, neste estágio pudemos
experimentar os percursos desta competição,
uma vez que não os poderemos fazer, pois
estaremos na organização da prova. É um
terreno muito duro em termos físicos (subidas
e descidas bastante inclinadas) e difícil em
termos técnicos (muitos pormenores de
vegetação e relevo), mas que, em relação à
paisagem, valem bem a pena (florestas de
carvalhos e cedros!).
Tânia Covas Costa, responsável pelo Grupo de
Orientação do Desporto Escolar de Vieira do Minho
III Encontro de Natação
Realizou-se no passado dia 5 de abril
nas Piscinas Municipais de Braga, o III
Encontro de Natação, inserido nas atividades
do plano do Desporto Escolar 2012/2013. A
atividade realizou-se durante toda a manhã,
com a participação de escolas de Guimarães,
Famalicão, Braga e, claro, Vieira do Minho.
38
FORA D’AULAS
Os alunos participaram com entusiasmo
e empenho, obtendo boas classificações em
todas as provas realizadas.
Os alunos da nossa Escola devem
continuar a investir neste tipo de atividades, de
modo a que se repitam no próximo ano letivo.
A professora responsável
Ana Maria Pitães
Troféu de Orientação da Cabreira 2013
No fim de semana de 6 e 7 de abril de
2013, realizou-se o Troféu de Orientação da
Cabreira 2013, prova da Taça Nacional de
Orientação. Tratou-se de uma organização
conjunta do .COM – Clube de Orientação do
Minho e do CAVA – Clube Amigos de Vieira e
contou com 50 elementos da organização
(8 pertenciam ao grupo do desporto escolar
de Orientação da EB/S Vieira de Araújo) e a
participação de 400 atletas de todo o país.
De regresso à Serra da Cabreira, onde se
realizaram duas etapas com chegada na Casa
Florestal da Veiga (sábado e domingo de
manhã) e uma no centro da vila de Vieira do
Minho (sábado de tarde).
O tempo esteve ótimo no 1º dia! Os
atletas adoraram o local da 1ª etapa – Casa
Florestal da Veiga e a zona do mapa – Serra da
Cabreira, onde o terreno é ótimo para a prática
de orientação, pois é difícil física e
tecnicamente, possuindo alguns desníveis e
muitos pormenores de relevo e vegetação, com
algumas manchas de floresta limpa. O cenário
ideal para qualquer atleta de orientação!
De tarde, no centro da vila de Vieira do
Minho, tratou-se de uma prova muito rápida e,
por isso, bastante desafiante, com a zona do
parque florestal a provocar alguns quebra-
cabeças aos atletas! Foi muito bom verificar a
adesão por parte dos vieirenses que vieram ver
os atletas e participar na prova!
No final desta prova, houve entrega de
prémios aos primeiros classificados de cada
escalão e sorteio de vouchers de oferta nos
alojamentos de Vieira do Minho – um convite
39
FORA D’AULAS
aos participantes para regressarem numa
próxima oportunidade.
No domingo, o tempo esteve chuvoso e
frio, impondo aos atletas algumas precauções
durante a sua progressão no terreno.
No final, foram entregues os prémios
(constituídos por produtos regionais, como
forma de promoção das produções locais) do
Troféu de Orientação da Cabreira 2013, onde
foram contabilizadas as duas etapas realizadas
na Serra da Cabreira. Foram entregues 91
prémios aos 30 escalões de competição e
sorteados vouchers de oferta. Os resultados
podem ser consultados em www.pontocom.pt.
A organização .COM e CAVA não pode
deixar de agradecer às Câmaras Municipais de
Vieira do Minho e de Cabeceiras de Basto, aos
40 patrocinadores (casas com alojamento /
turismo rural de habitação, restaurante e cafés,
estabelecimentos comerciais e outros
parceiros) e aos Bombeiros Voluntários de
Vieira do Minho e de Cabeceiras de Basto, que
tornaram possível a realização perfeita deste
evento!
A Presidente da Direção do .COM - Tânia Covas
Costa
O Presidente da Direção do CAVA - Filipe de
Oliveira
Corrida da Liberdade 2013
No dia 24 de abril de 2013, realizou-
se mais uma Corrida da Liberdade. A
Organização deste encontro esteve a cargo da
EB/S Vieira de Araújo, através do Grupo de
Educação Física, e em colaboração com a
Câmara Municipal de Vieira do Minho.
Esta atividade realizou-se na zona
ribeirinha de Vieira do Minho, recentemente
requalificada e com excelentes condições para
a realização de provas deste tipo. Participaram
mais de 600 alunos, desde os do 1º Ciclo até
aos do Ensino Secundário.
As distâncias da corrida foram
adaptadas aos escalões/sexo, mas também às
condições climatéricas, uma vez que fomos
premiados com um dia de sol, proporcionando
um excelente dia para a atividade desportiva
saudável. No final da corrida, todos os alunos
40
FORA D’AULAS
tiveram direito a água e a uma senha para
levantarem o lanche no bar da Escola.
Classificação da Corrida da Liberdade 2013
25-04-2013
1º e 2º Ano Masculino
1- Pedro Costa 2C
2- Vítor Silva 2C
3- Leandro Fernandes 2C
1º e 2º Ano Feminino
1- Francisca Lopes 2B
2- Ariana Gomes 2C
3- Matilde Alves 2C
3º e 4º Ano Masculino
1- Alex Oliveira 4B
2- Pedro Afonso 3B
3- Jorge Lucas 4ª
3º e 4º Ano Feminino
1- Verónica Carvalho 4A
2- Catarina Gonçalves 4C
3- Viviana Carvalho 4A
41
Infantil A Masculino (2002)
1- Rodrigo Brás 5C
2 - Hugo Barbosa 5A
3 - Rodrigo Costa 5D
Infantil A Feminino (2002)
1- Mariana Simões 5D
2- Tamara Alves 5E
3- Ana Soraia Costa 5E
Infantil B Masculino 2000/2001
1- Vítor Hugo Pereira 7A
2- Luís Machado 6B
3- Tiago Ferreira 6E
Infantil B Feminino 2000/2001
1- Ana Carneiro 7G
2- Valéria Alves 7A
3- Patrícia Gonçalves 7D
Iniciados Masculinos 1998/1999
1- Rui Pedro Silva 8A
2- Pedro Machado 8A
3- Marcelo Pinheiro 6ª
42
FORA D’AULAS
Iniciados Femininos 1998/1999
1- Natália Carvalho 8D
2- Filipa Castro 8E
3- Diana Sampaio 7E
Juvenis Masculinos 96/97/98
1- Leandro Pires 11B
2- João Teixeira 9G
3- Leonardo Sousa 11A
Juvenis Femininos 96/97/98
1- Carla Paiva 9A
2- Helena Ribeiro 11C
3- Daniela Gonçalves 11A
Juniores Masculinos 95 e outros
1- Hélder Cardoso 12B
2- André Pereira 12C
3- Samuel 10D
Juniores Femininos 95 e outros
1- Cecília 12C
2- Elsa Barbosa 11D
3- Rafaela Ribeiro 11C
43
FORA D’AULAS
O Grupo de Educação Física,
organizador deste encontro, salienta que é
importante promover atividades físicas e
desportivas saudáveis, como é o caso do
atletismo, que qualquer aluno pode praticar de
forma fácil e económica. Além disso, também é
muito importante usufruir destes espaços
verdes fantásticos, com excelentes condições
para a prática desportiva.
Acreditamos que o sucesso deste
encontro se deveu também ao empenho e
disponibilidade prestada por todas as pessoas e
entidades que estiveram envolvidas na
organização.
Miguel Novais
VI Ultra Trail da Geira – Via Nova Romana
AVÉ CÉSAR!
Foi assim que começou a VI Ultra Trail
da Geira – Via Nova Romana. Uma prova que é
organizada por duas entidades amigas da
natureza e do desporto: Confraria Trotamontes
e o Clube de Orientação do Minho (.COM).
A partida para esta mítica prova é dada
a partir de Baños de Rio Caldo, na Galiza.
Enquanto César Augustus não dá o sinal
de partida, os atletas tentam aquecer-se no
tanque natural, através do vapor quente que sai
da água.
Estiveram presentes cerca de 400
atletas inscritos, distribuídos pela prova da
Ultra Trail da Geira (52,5km), Trail da Geira
(21km) e uma Caminhada por Caldelas (com
9km).
Os alunos do grupo equipa do desporto
escolar de orientação marcaram presença nesta
prova a correr ou a colaborar na organização.
Filipa Castro, Carina Castro, Carla Paiva
e Miguel Oliveira estiveram nos postos de
controlo a dar assistência na alimentação dos
atletas.
Na prova de Trail da Geira, Samuel
Vieira, correu pela primeira vez a distância de
21km e onde obteve a excelente classificação
de 11ºlugar, com o tempo de 1h35m.
Parabéns aos atletas e a toda a equipa
organizadora que proporcionou uma excelente
prova num dos locais mais belos do país, o
Gerês!
44
FORA D’AULAS
Campeonatos Nacionais de Estafetas e
Distância Média
Nos passados dias 25 e 26 de maio, o
.COM participou nos Campeonatos Nacionais de
Distância Média e Estafetas, provas
organizadas pelo Clube de Orientação de
Estarreja no mapa da Praia de Mira Norte.
O .COM contou com uma comitiva de 39
elementos, entre os quais existem alguns dos
alunos da AEVA e que obtiveram bons
resultados.
Na distância Média, a Carina Castro
obteve o 3º lugar no escalão D12 (Damas 12),
Filipa Castro classificou-se no 6º lugar no
escalão D14.
No escalão D16, participou a Carla Paiva
e a Mariana Fonseca, tendo-se classificado no
14º e 15º lugar, respetivamente.
Quanto aos rapazes, Miguel Oliveira
correu no escalão H16 e classificou-se no 22º
lugar; enquanto que o Samuel Vieira, que
correu no escalão H18, classificou-se no 22º
lugar.
Quanto aos resultados das estafetas,
destaca-se o 3º lugar nas estafetas em H18 do
Samuel Vieira.
Visita de Estudo do 5º Ano
Tal como foi planeado no início do ano
letivo, e em articulação com as disciplinas de
Português, Matemática Ciências e História,
todos os alunos do 5º ano tiveram a habitual
visita de estudo ao Parque Nacional Peneda-
Gerês.
À hora marcada e com o farnel às costas,
eis que se apresentaram os alunos, ansiosos
por este dia. A visita iniciou-se em direção à
vila do Gerês, onde nos foi dado o privilégio de
degustar as famosas águas termais. Finda esta
prova, fomos percorrer o frondoso parque e
admirar a fauna e flora ainda existentes. Mas,
como é necessário não esquecer alguns
assuntos abordados durante o ano letivo, o
grupo de Matemática e Ciências preparou um
Peddy-paper relacionado com as referidas
disciplinas.
Os alunos competiram na sua realização,
enquanto os professores os iam orientando.
45
FORA D’AULAS
Finda esta atividade, o cansaço e uma
“fomeca” começavam a manifestar-se. Abriram
então o seu farnel, para comer o lanche da
manhã. Já recompostos, continuámos a nossa
viagem em direção ao Parque de Merendas de
S. Bento da Porta Aberta. Aí sim! Autênticas
especialidades da gastronomia minhota
encheram o estômago a alunos e professores.
Houve ainda tempo para algumas brincadeiras,
bem como a visita ao santuário (os que
quiseram).
Barriga cheia e algum descanso, estava
na hora de prosseguir o passeio rumo ao
Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas. Os
alunos foram divididos em grupos e visitaram
as diversas valências do museu, sempre
acompanhados pelos professores e orientados
pelos técnicos. Aí tivemos oportunidade de
assistir a autênticas aulas vivas de Ciências e
História. Para que a visita ficasse completa,
ainda demos uma fugida à famosa barragem de
Vilarinho das Furnas.
Novamente a pedir repasto, eis-nos de
volta ao Parque das Merendas de S. Bento onde,
o que sobrava dos lanches, foi devorado
rapidamente.
Era hora de regressar à escola onde
chegámos por volta das dezoito horas.
Foi o final de mais um ano letivo onde o
convívio, diversão e alguma aprendizagem
fizeram parte deste passeio tão agradável,
instrutivo e cansativo.
Um abraço a todos e até breve.
A professora Celeste Leite
Visita de Estudo a Sintra e a Coimbra – 10º C
e 11ºC
Recordo tudo de uma forma muito leve.
Se começar a relembrar tudo mais ao
pormenor, isso significaria que estaria a
reviver tudo outra vez. Aqueles dois dias. Toda
aquela felicidade. E uma enorme saudade ir-se-
ia apoderar de mim... Bem, para quem não sabe,
estou apenas a falar de uma visita de estudo a
Sintra e a Coimbra. Sim, uma visita de estudo!
Pensavam o quê? Dois dias na Austrália?
Tardes a fazer mergulho na Grande Barreira de
Coral? Era bom, eu sei, mas em Portugal
também há lugares agradáveis e o divertimento
em nada tem que ver com o lugar onde nos
encontramos! Isto soou muito filosófico, não? A
roçar no clichê, talvez. É, se me dissessem uma
coisa dessas, também ficava com esse olhar.
Mas sou eu a dizê-lo! E se sou eu a dizê-lo é
porque é verdade. Vou, então, contar-vos a
minha experiência desta visita de estudo que
fiz a Sintra e a Coimbra, com a minha turma, o
10ºC, juntamente com os nossos
camaradas/veteranos, a turma 11ºC.
46
FORA D’AULAS
Encontrava-me à entrada do autocarro,
à espera da A (a minha companheira nas
demais aventuras), que insistia em não chegar.
Decidido a não querer perder um bom lugar,
resolvi entrar e escolher um bom lugar para
mim e para ela. Consegui dois bons lugares
algures no fundo do autocarro, mesmo atrás de
nós encontravam-se a F e a L, outras duas
aventureiras. Os professores começavam a
verificar se faltava alguém. Entretanto tinha
chegado A, sim, agora não faltava ninguém!
Tudo pronto, dois dias sem aulas, a conhecer
alguns dos locais mais importantes em
Portugal.
Depois de horas a viajar, de uma
paragem numa estação de serviço, de uma
paragem no meio do nada para um almoço,
com um bolo em honra às “Humanidades”,
chegamos ao primeiro destino do nosso
itinerário: o Cabo da Roca. O ponto mais
ocidental da Europa. Quando saímos do
autocarro, o vento vinha de todas as direções.
Mesmo à nossa frente, encontrava-se algures o
continente americano, mas o que víamos era
apenas o mar, que se estendia até ao infinito,
dividindo o horizonte com o céu que vinha de
cima e finalizava a sua linha. Teria sido um bom
momento de introspeção, porém toda a nossa
viagem estava cronometrada, e o tempo no
Cabo da Roca foi bastante reduzido, ainda
assim um momento bastante divertido.
A próxima paragem era a Quinta da
Regaleira, em Sintra. Voltamos à estrada,
alguns ainda com os cabelos despenteados
devido ao vento. Pouco tempo depois, que nos
pareceu uma eternidade, em parte devido ao
facto de nos termos perdido a encontrar a
famosa quinta, começamos a ver o centro da
vila de Sintra. Saímos do autocarro e dirigimo-
nos à quinta. Da estrada já conseguíamos ver a
luxúria e a beleza única deste lugar. Quando lá
chegamos, fomos divididos em dois grupos e
iniciou-se a visita guiada. Conclui que era um
lugar bastante belo e interessante, com
estátuas no meio dos jardins, grutas, fontes,
torres onde podíamos ter acesso à vista de toda
a vila de Sintra e, claro, o Poço Iniciático.
Cheguei a pensar que A não iria conseguir
descê-lo, mas com o apoio da turma lá
conseguiu, superando, assim, um pouco da sua
claustrofobia. O melhor momento desta visita à
Quinta da Regaleira? Foram muitos, desde a
captação de milhares de fotos ao facto da M ter
escorregado para dentro de uma fonte,
proporcionando muitas gargalhadas e um dos
momentos altos da visita (M, se estiveres a ler
isto, sei que o incidente não foi propositado,
mas obrigado, ri-me muito e ainda mais pelo
fairplay com que encaraste a situação ).
Finalizamos a vista à quinta com uma visita
rápida ao Palácio da Regaleira.
Voltamos então para o autocarro, onde
nos foi oferecido, pelos professores, uma
queijada típica de Sintra (um “muito obrigado”,
já agora!).
Seguimos rumo a Coimbra, pois era aí
que íamos passar a noite. A viagem durou
47
FORA D’AULAS
bastante tempo, mas foi, sem dúvida, muito
alegre, ao som de músicas, cantorias e um
grande convívio. Por fim, chegamos a Coimbra:
uma bela cidade, sem dúvida. Fomos jantar a
uma cantina universitária. De seguida
pousamos as malas na Pousada da Juventude.
E, no final do dia, fomos explorar um pouco da
cidade de Coimbra, onde o ambiente académico
se fazia sentir em todo o lado, com a música das
tunas a espalhar-se e a colorir o ar.
Depois chegou a hora de irmos para a
Pousada, para descansar. Na minha opinião foi
uma noite calma, por isso não percebo porque
continuei tão cansado no dia seguinte
(entenda-se aqui uma ligeira ironia!). Depois do
pequeno-almoço tomado e das bagagens
arrumadas, dirigimo-nos, mais uma vez ao
autocarro, para a Universidade de Coimbra. Aí
visitamos, entre outros, a imponente Biblioteca
Joanina, onde não encontrei nenhuma colónia
de morcegos, infelizmente, pois esperava
mesmo ver alguns. O cansaço parecia geral e
como o sol abrasador não ajudava, só
queríamos era ir almoçar. Depois de concluída
a visita à Universidade de Coimbra, fomos ao
centro comercial Fórum Coimbra, para almoçar
e descontrair um pouco. O McDonald’s mais
uma vez não me deixou mal.
Por fim, chegou a hora de dizer adeus a
Coimbra e partir para casa. A viagem de volta
foi calma. Quando chegamos a Vieira do Minho,
despedimo-nos e fomos embora. Ainda tive
tempo de ver uns amigos na escola. Quando
cheguei a casa, dormi durante 23 horas, tal era
o cansaço, um cansaço que, sem dúvida, valeu a
pena.
Agora, quando revejo as fotografias
desta visita, penso no quanto foi espetacular e
nas saudades que perdurarão desses dois dias.
André Carvalho, 10ºC
“ADOPT A GRANNY/GRANPA”
Ao longo do ano letivo, incluindo no 3º
terceiro período, três turmas do Ensino
Profissional levaram a efeito algumas visitas a
instituições para apoio à terceira idade, na vila
de Vieira do Minho e arredores,
designadamente ao Centro Paroquial de Vieira
do Minho (11º F), ao Lar de Idosos da Santa
Casa da Misericórdia de Vieira do Minho (11º
D) e ao Lar Padre António Pereira Lima (11º E),
no âmbito da atividade “Adopt a
Granny/grandpa”, visando a “adoção” simbólica
de um idoso, para fomentar a troca
intergeracional de experiências e vivências;
48
FORA D’AULAS
promover o espírito cívico de partilha, de
entreajuda, de solidariedade e respeito para
com os idosos e contactar com realidades
distintas do quotidiano, com outras formas da
vida, experiências e saberes adquiridos com a
“Escola da Vida”.
Em todas as instituições se viveu um
ambiente sadio, de verdadeira partilha de
afetos, de sã camaradagem, de respeito e de
solidariedade. Um bem-haja a todos os
“avozinhos”, com muito carinho dos seus
“netos”.
A IGUALDADE DE GÉNEROS/VIOLÊNCIA NO
NAMORO (SOPRO FEMININO)
No dia 23 de abril, duas técnicas da ONG
“Sopro”, bem como o Presidente da mesma
(Prof. Miguel Novais) levaram a cabo, ao longo
do dia, para várias turmas do Ensino
Secundário, workshops alusivos aos temas “A
Igualdade de Géneros”/”Violência no Namoro”.
O tema é bastante atual, interessante e
oportuno e nas turma A e B do 10º ano, assim
como nas B, D e F do 11º ano foi tratado como
consolidação do Projeto PRESSE/Educação
Sexual-Educação para a Saúde.
Os responsáveis da SOPRO recorreram a
estratégias bastante motivadoras, conducentes
a uma efetiva interação entre os participantes,
distribuindo várias questões, alternadamente,
pelos vários grupos de trabalho, que no final de
cada “round” apresentavam as suas reflexões
sobre as questões em estudo. As várias sessões
foram deveras interessantes, culminando num
desafio final para cada turma: os respetivos
Delegados ou Subdelegados aceitaram vestir e
usar durante uma semana uma T-shirt com os
dizeres “Eu sou JOVEM e sou contra a Violência
no Namoro!”, no intuito de despoletar
reflexões, tomadas de consciência e mudanças
de atitudes na comunidade educativa… e não
só!
Um bem-haja a esta nova valência da SOPRO - a
SOPRO FEMININO!
Turmas: 10º A e B; 11º B, D e F
49
INSPIRAÇÕES
INTERAÇÃO PAIS E ESCOLA
Os encarregados de educação das
crianças da sala 7 da Escola Eb1 Domingos de
Abreu, querem, desta forma, homenagear a
Educadora Susana Silva pela sua dedicação e
apoio prestados aos discentes a seu cargo, pelo
seu empenho em envolver os encarregados de
educação nas atividades em contexto sala de
aula e pela sua disponibilidade total para
receber, sempre com uma palavra amiga, os
interessados pelo percurso escolar dos seus
educandos.
Muitas e variadas foram as atividades
em que os encarregados de educação estiveram
envolvidos ao longo deste ano letivo,
destacando-se a colaboração de quase todos na
semana da leitura e o empenho na celebração
do Dia Internacional da Família.
Eu sou o mar!
Eu sou o mar!
Nas minhas águas vi passar
Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral.
O primeiro, o caminho para a Índia
Conseguiu encontrar.
O segundo, o Brasil foi achar!
O mar,
É espetacular.
Porque tem peixes
Que são coloridos,
Alguns são queridos!
Eu adoro o mar!
A minha água é salgada.
A pessoa que a beber fica engasgada.
Muitas pessoas gostam de nadar,
Acham-me espetacular!
Sou abrigo para pescadores,
Pescam peixes, cheiram uns odores!
Fico à beira da praia,
E no mar há uma raia,
50
INSPIRAÇÕES
Que é especial,
Não há como tal.
É assim que eu gosto
De olhar para o mar!
Pedro Figueira Cardoso de Sousa, 3.º B, CEDA
O mar azul
Nós brincamos no mar
Com muita alegria,
O sol a brilhar
Cheio de magia.
Nos dias de tempestade
O mar fica agitado
Com a maré alta
Fica tudo molhado.
No fundo do mar
É um paraíso,
E quando lá vais
Ficas com um sorriso.
Há búzios e anémonas
Peixes a cantar.
Parece uma orquestra
No fundo do mar.
Ondas onduladas,
Sempre a marulhar,
Rochas rochosas
Que nos aleijam ao raspar.
O mar é simpático
E muito querido.
Eu vou ter com ele,
Porque é meu amigo.
Não se deve deitar lixo ao mar.
Isso é poluir.
Vamos ser amigos
Vamos contribuir!
Daniela Silva e Eduarda Lemos, 4.º B CEDA
51
INSPIRAÇÕES
O mar
Quando chega o verão
Gosto muito de passear.
O meu passeio favorito
É o de ir ver o mar.
Quando avisto o mar
Mesmo sem dizer nada,
Apetece-me logo saber
Se a água ainda é salgada.
Vou caminhando na areia
Que me faz cócegas nos pés.
Apetece-me descansar
Ouvindo os sons das marés.
Uma brisa me aconchega
No meu descanso profundo.
Um barulho me despertou,
É o farol, lá ao fundo.
Quando digo adeus ao mar
Pelo caminho venho a pensar.
Trago conchas para casa
Para sempre o recordar.
César Miguel Sousa, 4.º B – EB1/JI de Guilhofrei
______________________________________________________
O mar
O mar azul
com as gaivotas a voar
peixes e barcos lá andam
antes que chegue o luar.
Que lindas gaivotas
que vão a passar
por cima do mar,
elas vão a voar.
52
INSPIRAÇÕES
O barco no mar
ao peixe ele vai,
as redes lançar
p’ró peixe apanhar.
Peixinho do mar
nós vamos comprar,
fresquinho, fresquinho
para a mamã cozinhar.
Maria Leonor G. Fidalgo, 3.º B, Centro Escolar
Domingos de Abreu
O mar
O mar, apesar de às vezes ser perigoso,
também traz benefícios. Fornece-nos muitas
coisas.
A água do mar cobre mais de 70% da
superfície terrestre. Na sua quase totalidade
(97%) é salgada.
Várias espécies de peixes, como o
bacalhau, o salmão, o carapau, a sardinha, o
peixe espada, a dourada, a faneca, a pescada, o
atum... vivem lá.
Além dos peixes, também há plantas
aquáticas como nenúfares, ninfeias, hidrófilas...
e são lindíssimas!
As maravilhas do mar são tantas!
A sua água é incolor mas, quando se
observa, parece azul, verde ou até cinzenta.
O mar é imenso e muito mais do que
vemos quando o olhamos. Ele faz-nos pensar e
relaxar. Acalma-nos.
Há pessoas que poluem o mar. Essas
pessoas não dão valor aos seus benefícios. Ao
poluí-lo, estão a contaminar o seu alimento e
muito mais.
Com tantas coisas que o mar nos dá, porque
não sabemos protegê-lo e só o prejudicamos?
Um dia que precisemos dele, irá cobrar-
nos tudo isso.
Sabrina, EB1/JI de Rossas
O mar
O mar,
lindo e calmo!
O azul das suas águas
junta -se no horizonte,
com o azul do céu.
O mar,
tão lindo e belo!
Que bate na areia da praia,
onde se veem os pezinhos descalços,
das crianças felizes, a correr.
53
INSPIRAÇÕES
O mar,
que se ouve, ao longe,
a sussurrar melodias
que encantam os meus ouvidos.
O mar,
com suas tempestades,
as suas marés altas,
que fazem estremecer
os corações dos pescadores.
Samuel Coutinho, EB1/JJ Rossas
O mar
Ondas o mar tem,
grandes são elas.
Conchas nos traz ele,
para casas enfeitar.
Azul, verde ou cinzento,
o mar, estas cores tem.
Quando relaxar queremos,
o mar temos de ouvir,
Beneficia muito e bem.
O sal de lá se extrai.
Poluir o mar,
errado é.
Espécies de peixes,
variam no mar.
São o nosso alimento,
é melhor não o estragar.
Sabrina EB1/JJ Rossas
Mar belo!
O mar pode ser de rosas
e, cada um, tem o seu.
Há mares calmos,
tempestuosos e traidores.
Todos têm os seus perigos!
O mar é salgado,
imenso, belo!
Estrada misteriosa
para quem gosta de aventura.
O mar é tudo isto!
Elisa EB1/JJ Rossas
54
INSPIRAÇÕES
O mar
O mar é uma paisagem,
que brilha sem parar.
O que te posso dar
ó meu querido mar?
Tu és brilhante
como uma estrela cintilante
que nunca acaba de piscar.
Leandro, EB1/JJ Rossas
Gosto do mar...
Gosto de olhar para o mar,
de ver a água e os peixinhos.
Todos os anos os espreito,
já são os meus amiguinhos.
Gosto de falar com eles,
fazem sentir-me feliz.
Se o mar falasse comigo,
eu percebia o que diz.
Se este mar fosse meu,
não o deixava poluir.
Lancem esgotos noutra parte,
deixem os peixes subsistir.
Simão Pedro, EB1/JJ Rossas
Ao Mar
Mar,
Porque ficas revoltado?
Porque berras sem parar?
Ainda é madrugada
e já oiço o teu marulhar.
Ainda ontem me convencias
nas tuas ondas nadar
e, em cima de um golfinho,
até longe... navegar.
Mas agora sinto medo
de, nas tuas águas, afogar.
Nuno Tiago, EB1/JJ Rossas
A Estrelinha no Fundo do Mar
Esta foi a história apresentada pelas
crianças de 4 anos das salas 7 e 8 na festinha
dos finalistas do Centro escolar Domingos de
Abreu.
É uma história contada e cantada pelas
crianças, professoras e estagiários do Curso de
Animação Sociocultural.
55
INSPIRAÇÕES
Apresentador 1-
A história que vamos contar
Passa-se no fundo do mar
Esperamos a vossa atenção
pois vai ser uma animação
Apresentador 2 -
De animais vamos falar
uma estrelinha lá vai estar
e um belo cavalo marinho
que não quer ficar sozinho
Canção
Bem no fundo do mar
vivia uma estrelinha bela - e vaidosinha
não tinha com quem brincar
mas não gostava de estar - sempre sozinha
Tentava encontrar amigos
mas eles fugiam - todos ofendidos
vivia sempre a pensar
que um bom amigo tinha d´encontrar
Narrador- Aparece então o amigo Tubarão
grande e refilão
Tubarão- “Não tenhas medo de mim
Sou grande, mas brincalhão”
Narrador - A estrelinha mais descansada
Estrelinha- “Não tenho medo de nada, por
muito que tentes,
não gosto é dos teus dentes”
Narrador - O tubarão ofendido, procurou outro
amigo
Por trás das algas surgiu
O Polvo coceguinhas
Polvo - “Olá linda estrelinha, vai uma
coceguinha?”
Narrador - A estrelinha ficou encantada, mas
não achou grande piada
Estrelinha"- Pára com as tuas perninhas,
estou a ficar enervada"
56
INSPIRAÇÕES
Narrador - O Polvo ofendido, procurou outro
amigo
Muito apressado veio o caranguejo a andar de
lado
Caranguejo- “Olá estrelinha!”
Estrelinha- “Olá caranguejo. Há tanto tempo
que não te vejo!”
Caranguejo- “Tenho estado nas rochas a tocar
realejo! Vem daí dar um passeio!”
Narrador - O caranguejo agarrou a mão da
estrelinha, mas como é muito apressado
a estrelinha não gostou.
Estrelinha - “Tem cuidado! Não sejas
desengonçado"
Narrador - O Caranguejo ofendido, procurou
outro amigo
Eis que aparece o peixe palhaço
colorido e engraçado
Peixe palhaço – “Olha a estrelinha! Sempre tão
esticadinha!”
Estrelinha - “Eu posso ser esticadinha
Mas tu és, de todos, o desigual
não é por isso que te quero mal
Tu és bonito, mas… para palhaço
só te falta mesmo... o laço!”
Narrador - O Peixe palhaço ofendido, procurou
outro amigo
Desapontada a estrelinha
continuava sozinha
Queria brincar
mas faltava-lhe um par
57
INSPIRAÇÕES
Atrás de uma alga
estava o cavalo marinho
e também ele se sentia sozinho
Cavalo marinho - “Psss!Psss! Estrelinha...
Queres brincar comigo?
Deixa-me ser teu amigo!”
Narrador - O cavalo marinho, logo se
aproximou
e a estrelinha se apaixonou
Estrelinha - “Quem és tu?”
Cavalo marinho - “Eu sou o cavalo marinho”
Estrelinha - “Que lindo! Que amor!
Porque mudas de cor?”
Cavalo marinho - “Mudo a minha cor para me
defender
assim os outros peixes não me podem comer
Faço lembrar o camaleão
mas tenho um bom coração”
Estrelinha - “Isso eu já percebi, gostei logo de
ti”
Canção:
Então bate, bate coração
amizade e união
a estrelinha o cavalo marinho
Juntinhos e felizes a brincar
fazem um bonito par
nenhum ficou sozinho!
BIS:
Bem no fundo do mar
vivia uma estrelinha bela - e vaidosinha
não tinha com quem brincar
mas não gostava de estar - sempre sozinha
Tentava encontrar amigos
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INSPIRAÇÕES
mas eles fugiam - todos ofendidos
vivia sempre a pensar
que um bom amigo tinha d´encontrar
Então bate, bate coração
amizade e união
a estrelinha e o cavalo marinho
Juntinhos e felizes a brincar
fazem um bonito par
nenhum ficou sozinho
Autoras: Paula Lemos, Susana Gonçalves, meninos
de 4 anos das salas 7 e 8
A minha mãe
A minha mãe tem olhos verdes e cabelo muito
preto.
Gosta do meu carinho e amor.
Sinto muito, muito amor por ela.
Ela é minha amiga, dá-me flores, carinho, amor,
paz e fé.
Bruna, 2.º ano da EB1/JI de Rossas
Mãe
A minha mãe gosta muito de mim e eu gosto
dela daqui até à lua.
Ela tem cabelos acastanhados e olhos
castanhos.
É a melhor mãe do mundo.
Franco, 2.º ano da EB1/JI de Rossas
DIA DA MÃE
PARA A MINHA MÃE
EU FIZ UM PRESENTE
PARA ELA FICAR CONTENTE
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É UMA PEQUENA SURPRESA
MAIS UM BONITO CARTÃO
FICOU UMA BELEZA
FOI FEITO PELA MINHA MÃO
NÃO É NADA DE VALOR
MAS A MINHA MÃE VAI GOSTAR
DENTRO DESTA SURPRESA
AS COISAS PODE GUARDAR
EMBRULHO TUDO ISTO
NUM SACO COM UM LAÇO
DOU À MINHA MÃE
UM BEIJINHO E UM ABRAÇO
FELIZ DIA MÃE!
SER MÃE É…
Ser linda - Ana Beatriz
Tratar bem dos meninos e levá-los aos baloiços
– Francisca Mota
Fazer comida e festinhas, ser amiguinha dos
filhos - Francisca Costa
Ser amiga e dar beijinhos e ter amor de mãe -
Leonor Lucas
Dar muitos abraços e gostar do filho com muito
amor - Romeu
Fazer boa comida-arroz de pato, batatinhas
fritas - David
Ajudar a jogar - Ricardo
Fazer tudo que nós queremos - Hugo
Dar comida saudável - Tomás Ferreira
Deitar-nos na cama e contar uma história -
Leonor Cruz
Passear os filhos - Eduarda
Ir às piscinas e à praia com os filhos - Inês
Fazer comida - Gonçalo
Dar coisas aos filhos - Beatriz
Cuidar bem dos filhos - João Tomás
Dar brinquedos e dar muitos abraços - Afonso
Bom - Clara
Ser amiga- Matilde
Narrativa realizada em 03 de maio de 2013
60
INSPIRAÇÕES
Dia Internacional do Brincar
Gosto de brincar
Para me divertir
Com os meus amigos
Eu gosto de sorrir!
Adoro divertir-me
Com os meus amigos a valer.
Gosto muito deles
Outros iguais eu não vou ter!
Gosto da brincadeira
Que faço à segunda-feira
Para esquecer a asneira
Que faço à sexta-feira.
Eu adoro correr
Brincar até mais não.
Mas quando alguém se aleija
Logo o vou socorrer.
Diana Vieira, turma 4.º B (EB1/JI de Guilhofrei)
Com os meus amigos vou rir
E brincadeira não vai faltar.
No parque vou-me divertir
E não deixo de pular.
Durante a semana vou brincar
E não há forma de melhor a acabar.
Na cama me vou deitar
Para a energia recarregar.
Com os amigos vou saltar,
Cantar, correr e divertir.
Novos amigos vou arranjar
E os meus erros vou corrigir.
César Miguel Sousa, turma 4.º B (EB1/JI de
Guilhofrei)
Versos soltos
Ao entrar numa livraria
Descobrimos o mundo da fantasia.
Encontramos livros diferentes
Que nos falam das várias gentes.
61
Alunos do 5º E
INSPIRAÇÕES
Há livros coloridos
Em cima da estante.
Pego em um deles
E torno-me num viajante.
Começamos a leitura
Abrimos a imaginação.
Entramos numa aventura
Que nos abre o coração.
Lemos contos e aventuras
Com muitas iluminuras.
Também lemos um romance
Que nos enche de suspense.
Para que fiquem registadas
As emoções do 5º D
Neste livro ficam marcadas
Algumas das nossas quadras.
Trabalho coletivo realizado na aula de Português no
âmbito da semana da leitura, promovida pela
Biblioteca Escolar.
Pequena homenagem ao professor Álvaro
Hoje é um dia especial
Que não estávamos a contar.
Tivemos uma bela surpresa
Quando vimos o professor chegar.
Perguntas lhe vamos fazer,
Começamos pela primeira:
Ainda usa o relógio
Que lhe demos com prazer?
Sabemos que gosta de pesca,
Plantas e peixes também.
De dar aulas e estudar
E fá-lo como ninguém!!!
Quando estamos em Português
Lembramo-nos muito de si.
Mas também aprendemos muito
Com a professora que temos aqui.
Ainda nos recordamos
Dos castigos que nos dava.
Mas lembramo-nos ainda mais
62
INSPIRAÇÕES
Da forma como nos tratava.
Rimas Soltas
Num momento de aflição
Ia o menino Nicolau
Embarcar num foguetão
Na boca de um bacalhau.
Apareceu o senhor Albino
Às costas de um felino.
Ao passar pelo jardim
Começou a falar latim.
Vinham os dois nesta figura
E trocaram de posição.
Passou o senhor Albino
A carregar um leão.
Sua esposa Margarida
Que era muito convencida.
Passeava com um ladrão
A cavalo num camaleão.
Como estávamos no Natal
Fomos todos para o hospital.
O hospital estava fechado
Fomos para outro lado.
Batemos à porta, truz, truz
Apareceu o menino Jesus.
Com sapatos de marfim
A história chegou ao fim.
63
INSPIRAÇÕES
Trabalho coletivo do 5ºD
Quadras viajantes
De manhã chego à escola
Com os livros na mochila
Quando os começo a ler
Sei que algo vou aprender.
Estamos tão apertadinhos!
Pois somos todos gordinhos.
Coitadinhos dos meninos
Que vão tão carregadinhos!
Vou à praia bronzear
E ler a “A Menina do Mar”
De repente faço uma pausa
E não é que a vejo a nadar?!
O calor começa a apertar
Vou buscar o guarda-sol
Para continuar a minha leitura
Da “Nuvem e o Caracol”.
Fico a observar o mar
As gaivotas a voar
As sereias a cantar
E a Nau Catrineta a viajar.
Eis aqui as nossas quadras
Com cheirinho a maresia
As cabecinhas do 5ºE
Estão cheias de fantasia.
Trabalho coletivo realizado na aula de Português no
âmbito da semana da leitura, promovida pela
Biblioteca Escolar.
“O caracol se parece com o poeta: lava a
língua no caminho da sua viagem”
In “Mar me quer” de Mia Couto
O caracol vagueia lentamente, assim
como o poeta. O mundo é o sentido e o chão
para ambos, porque ambos vagueiam como
ninguém. O caracol arrasta a sua lentidão e
monotonia e o poeta faz dessa lentidão e dessa
monotonia o seu segredo, a sua alma. O poeta
64
INSPIRAÇÕES
não rasteja como o caracol, porém lava a língua
como ele no caminho que faz, porque esse
caminho é a base do seu ser e da sua vida.
Por mais que o caracol ande, faltará
sempre muito para chegar a lado algum, porém
por menos que o poeta ande, chegará sempre…
cumprirá objetivos durante o percurso.
O caracol define um percurso e faz-se ao
caminho. O poeta traça um destino, ainda que
sentado, ainda que mutilado. O caracol tem a
desvantagem de lavar a língua no caminho que
outros já percorreram e sujaram; não tem
alternativa. O poeta poderá até lavar a língua
no caminho mais banal e mais rompido, mas
esse caminho será sempre o seu caminho, a sua
POESIA.
Daniel Pereira, 11ºC
O interior da letra O
Pode ser água, fogo vivo, terra firme ou
simplesmente ar. (O)- ar. Uma letra metafórica,
um novo texto que se inicia, um “Era uma Vez”
no interior da letra O… Mergulhos no mar,
corpos queimados, pés assentes em terra, ou
simplesmente ar, vento e marés. Converge a
novas filosofias, sopra a contradições e pontos
de vista, que semelhantes, desassemelham-se…
tudo em torno daquele que é um interrogado
feliz, visto só em si ter a solução contra todos
enigmas que nele recaem.
A letra O é uma história redonda, onde
vários trilhos se cruzam, e nunca é encontrada
a saída. Aqui, lidam-se os problemas, vivem-se
as glórias e dominam-se as tristezas.
Há interioridade na letra O: acasos
cíclicos que vão ditando um pouco do labirinto
que nele se molda. Porque a letra O é água fria
nos pés, é chama acesa no mundo, é terra
assente no chão e é o ar. O ar que eu e tu
respiramos.
O. Eu e tu a viver na letra O.
Juliana Ramalho, 11ºC
O que cabe neste poço?
Sem luz, estava cada vez mais farto.
Encheu-se da vida e quis mergulhar nas últimas
gotas do oceano…buscou o feliz. Deixou passar
o tempo, e quando o quis abraçar, não havia
nada, caixa vazia… pedaço de inutilidade. Quis
correr, refazer-se e não conseguiu. Quis ser
algo, ser alguém e atirou-se ao escuro supérfluo
de uma vida desprezível e infeliz.
Por isso, neste poço cabe tudo, inclusive
o ensinamento de como lidar com… como
sobreviver a… Neste poço, vive-se a totalidade:
desde a mais temível luta à gloriosa aceitação
de que tudo ficará bem.
Não há poço. O poço sou eu.
Juliana Ramalho, 11ºC
65
INSPIRAÇÕES
Pensamentos de um Génio, por André
Carvalho – 10ºC
André vs Mundo
“Viver é a experiência de vida por
excelência”. De onde retirei esta conclusão?
Simplesmente veio-me à cabeça, no momento
exato em que comecei a escrever este
“documento”.
Porém, admito desde já que retiro
grande parte das minhas conclusões a partir do
cinema e da visualização de imensos filmes;
aproveito agora mesmo para revelar que o
cinema é uma parte fundamental da minha
vida! Por outro lado, reconheço também que a
construção deste texto se baseia nas coisas que
vou sentindo e nas questões que me vão
chegando ao cérebro, no momento.
Paro. Olho, durante alguns minutos,
para os aviões em miniatura que estão na
minha secretária; sofri um bloqueio mental
artístico e ainda não recuperei. Perco-me e não
sei mais o que escrever. Acontece-me com
frequência. E quando não sei o que escrever,
começo a escrever sobre o facto de não saber o
que escrever.
Encontro-me sentado em frente a um
computador, martelando as teclas. O relógio
marca exatamente 23:53h. De um lado tenho
aberto o manual da disciplina de Português,
numa página com imensos sinónimos de
marcadores discursivos, pois tal é a minha
tendência para repetir sempre o mesmo.
Oh! Quem é que eu quero enganar? Não
estou a viver, isto não é viver. Estou é vivo, isso
sim, mas apenas isso.
“Desperdiço” a minha noite a descrever
a crise existencial pela qual estou a passar,
ignorando o facto de o mundo se estar a
autodestruir, ignorando o facto de imensos
inocentes necessitarem de ser salvos das
nações e das culturas desumanas em que estão
inseridos, ignorando a corrupção, ignorando a
maldade, ignorando o aquecimento global,
ignorando o facto de a Coreia do Norte se
preparar para começar uma guerra nuclear
com proporções catastróficas a nível mundial,
enfim, ignorando o mundo que se entende para
lá deste quarto.
Desculpem-me o egoísmo, mas não
posso fazer nada! Não sou propriamente o
Leonardo DiCaprio ou o George Clooney, a
única coisa comum que nos liga é a nossa
beleza...interior. E nem sequer estou casado
com a Angelina Jolie. Esses imensos artistas
que não só nos alegram e fascinam com a sua a
arte, como tentam ajudar este mundo com os
recursos que têm. Deem-me muito dinheiro e
poder e eu ponho este planeta a funcionar
corretamente a nível “físico” e “psicológico”.
Bem, já não sei nada. Como me fazer
sentir gente neste imenso mundo? E não
apenas o governante do universo que é o meu
quarto? Como combater o tédio?
66
INSPIRAÇÕES
Viro-me para a minha biblioteca em
miniatura em busca de um livro que não
possuo. Observo mais atentamente a biblioteca
em miniatura. E percebo o quanto mudei, todos
os livros que li, tão diferentes daqueles que
procuro agora...
A conversa ideal entre amigos
Sentados sobre a areia, com os pés
virados para o mar, olhavam para aquele
horizonte infinito, sem um fim à vista. E não
havia hora de o sol se pôr. Ele continuava bem
acima do mar e ia descendo, a uma velocidade
lenta, como a subida de um caracol sob uma
parede seca em dia caloroso.
‘Diz qualquer coisa!’ - o silêncio fora
quebrado por Carolina e com ele a harmonia do
momento.
‘Que queres que diga?’- respondeu
Francisco, continuando a fitar o infinito que se
estendia à sua frente. - ´Com um sol como este,
uma brisa fresca como esta, num calor infernal
como este, com as ondas do mar, meigamente
explodindo a nossos pés, penso que o melhor é
não dizer nada!’
As gargalhadas não se fizeram tardar.
‘Quase, mas quase, parecias um poeta!’
«Quase» é o termo designado para a
barreira que separa o aspirante do artista”.
Francisco virou-se. Carolina olhava-o
fixamente, um olhar de desdém.
‘Que foi?’ – perguntou.
‘Podias falar como gente normal de vez
em quando, não de forma rotineira, que isso já
é pedir muito, mas pelo menos uma vez por
semana, já me deixavas contente, mudavas
tanto a minha vida!’ – respondeu ela.
‘Oh, nunca pensei que a minha forma de
falar te transtornava tanto!´
‘Coitado, deves pensar que me
transtornas, tu!’
‘Não te transtorno, mas desperto outros
sentimentos agradáveis em ti, admite!’
Carolina agarra o telemóvel e, fingindo
estar a fazer uma chamada, proferiu - ‘Boa
tarde, olhe, desculpe, estou aqui com um louco,
penso que fugiu da vossa instituição, será que
podiam vir buscá-lo? É que já me está a
incomodar há algum tempo!’ - pausa teatral -
‘Cinco minutos, oh perfeito, eu aguento-o por
mais um bocado, obrigada.’
‘Estavas a falar com?’ - perguntou o
outro, supostamente alheio ao que se passara.
‘Não te preocupes, querido, eles estão já
a chegar, e depois vais para um lugar onde há
outros como tu, sei que te vais dar bem.’
67
INSPIRAÇÕES
‘Não é por nada, mas não devias brincar
com essas coisas, sabes?’
‘Mesmo, tens razão, desculpa, foi só para
aliviar um pouco.’ - disse arrependida.
‘Deixa lá isso, todos temos direito a dizer
umas asneiras de vez em quando, apesar de tu
abusares um bocado desse direito, ainda me
continuarás a ter a mim.’
‘Meu Deus! Fiquei tão mais descansada
agora! É que o meu desejo é mesmo ter-te a
meu lado...’
‘Sempre e para sempre!’ - completara o
outro.
Riu-se. Carolina olhou para ele, queria
dizer alguma coisa, porém as palavras não
saíram.
‘Porque é que me estás a olhar dessa
maneira?’
‘Não estava a olhar para ti!’
‘Estavas sim!’
‘Não, não estava, estava a pensar!’
‘Em mim!’
‘Como queiras’ – respondeu aborrecida.
‘Porque é que me ligaste? Não foi por
saudades minhas, de certeza!’
‘Claro que não! Precisava de estar com
alguém.’
‘Que te anda a aborrecer?’
‘A vida!’
‘Isso aborrece-me sempre e eu não te
estou sempre a ligar, pois não?’
‘Somos diferentes!’
‘Partilho dessa conclusão.’
‘Porém, complementamo-nos.’
‘Porra, agora é que disseste tudo!’ - disse
ele às gargalhadas.
E tinha realmente dito tudo! O resto da
conversa entre estes dois penso que já não nos
interessará. Momentos. Momentos como este
que acabamos de presenciar valem tanto, numa
vida, num fenómeno como este, alheios a tudo,
preocupamo-nos com o que pouco importa,
pois essas preocupações dão-nos liberdade.
Conversas. Silêncio. Tato. “Longas conversas
em dias deprimentes” - dissera-me alguém
inteligente. Amizade, desprovida de definição,
sabemos o que é, sem ensinamentos. Acordar
numa manhã, ansiando por uma viagem, ou
mais um dia aborrecido com aqueles que, na
sabedoria retirada de profundas experiências,
sabemos que são os amigos.
A ação decorre num espaço,
desaparecendo de seguida, permanecendo viva
apenas na memória de quem realmente a viveu.
68
INSPIRAÇÕES
Carta a um deus menor...
Estás a ver a imagem? Horrível, não é?
Quanto tempo será necessário para a
esqueceres, seguires em frente e murmurar
algo do género: “A vida é muito injusta”. E
nunca mais pensares nisto. Quanto tempo?
Não te censuro, não podes fazer nada.
Eu não posso fazer nada Aqueles que realmente
podiam ter feito algo já o fizeram e não
conseguiram. E tu estudas e sonhas um dia
encontrares a cura, esforças-te com o objetivo
de um dia marcares a diferença. De um dia
poderes evitar uma situação semelhante. Mas,
se não conseguires, tens presente no teu
pensamento que ao menos tentaste, tentaste e
não conseguiste, e deixas, gentilmente, outros
mais novos, com a mesma força de vontade,
tentarem novamente.
Entretanto, o ciclo repete-se e outras
injustiças vão ocorrendo. As pessoas não têm
todas o mesmo valor, é um facto. Seguindo a
lógica, as boas pessoas estão no topo, as más no
fundo. A minha lógica é a lógica irreal. Pois as
“bestas” estão no topo, decidem a vida da
grande maioria dos outros, como se uma
espécie de poder superior as tivesse incumbido
disso mesmo. Não podes combatê-las, podes
apenas criticá-las, bem alto, porém elas nunca
te irão ouvir. Por isso esqueces. Esqueces até
acontecer novamente, até pegares no jornal
errado, aberto na página errada. E tudo volta a
repetir-se...
Aquele miúdo (sim, o da fotografia) nem
oportunidade para cometer erros teve. Tinha
apenas 10 anos. Na sua cabeça, teria feito mais
sentido se ele pudesse culpar-se a si e aos seus
erros pelo sucedido. Sofrer sem uma razão
justificável. Nasceu, adoeceu e, deformado no
corpo e na alma, morreu.
Aqueles que procuram a vida além do
planeta Terra, por que é que o fazem? Por que
procuram tanto algo que não nos é essencial?
Estarão à procura de algum modelo que sirva
de base para o tipo de vida existente no nosso
planeta? Ou serão apenas estúpidos? Gastam
milhões de euros, dólares, libras numa
descoberta desnecessária. O que realmente
precisa de ser descoberto fica envolto em
mistério.
Olho para o céu, tentando canalizar a
raiva, para procurar essa tal força superior,
dirigir-me a ela e dizer-lhe: “Amigo, parabéns,
fizeste uma bela porcaria, esta não é a tua área,
dedica-te à pesca, antes que destruas o resto do
mundo que nos resta!”.
Vou emigrar para Júpiter, ao menos lá
não há chão e os furacões andam a uma
velocidade astronómica, superior à da Terra. É
um lugar hostil, acontecem desastres espaciais,
a única diferença é que ninguém sofre com eles.
André Carvalho, 10ºC
69
INSPIRAÇÕES
11th B speaking of…MONEY!
“Better is little with the fear of the Lord than
great treasure and trouble therewith”-
Benjamin Franklin talked about the essential
and he thought we should fear the Lord and
that money can bring trouble. I conclude that
money is important to buy things, but not to
buy people, health and happiness…” (Daniela
and Rui)
“Money is not everything…but it commands the
World!
We should not give so much importance to
money, but materialism is here to stay…”
(Rita Oliveira and Tatiana)
“Everybody wishes a perfect life…and money is
a part of it!” (João)
“Sometimes money solves a lot of problems,
but it brings the double…I think it doesn´t bring
happiness…” (Leonor)
“First of all, we all have to be grateful for what
we have, even if it isn’t too much! But that
doesn’t mean you have to be comfortable with
it… We all should be determined and fight for
what we think we deserve and LIFE will do its
part!” (Ana Rita and Catarina)
“Many people don’t understand what is really
important to achieve happiness and they waste
their precious time “running” after money!”
(Nelson)
“I’m ambitious. Ambition isn’t bad… Money
never made a man happy, but neither did
poverty… We must fight for a better Life
without doing harm to anyone!” (Ângela)
ÉS AMIGO DO AMBIENTE? EIS ALGUMAS
IDEIAS PARA PORES EM PRÁTICA. O NOSSO
PLANETA AGRADECE!
1. Separa o lixo em orgânico/inorgânico,
papel/plástico, etc…;
2. Organiza um grupo juvenil
ambientalista na tua localidade e/ou na
tua Escola;
3. Tenta dialogar com os teus vizinhos
sobre assuntos de cariz ambiental;
4. Convence os teus familiares a evitar o
uso de químicos perigosos no solo;
5. Não queimes lixo no quintal em dias
ensolarados;
6. Participa na limpeza de parques, lagos e
rios na tua localidade;
7. Junta-te a uma organização
ambientalista;
8. Planta árvores, flores ou ervas
aromáticas na tua comunidade;
9. Faz campanha contra a caça ilegal e
contra a violência para com os animais;
10. Organiza um encontro ambientalista na
tua Escola;
70
INSPIRAÇÕES
11. Reclama por escrito de situações pouco
claras, relativas à proteção da natureza,
junto das autoridades locais, através de
e-mails, cartas, etc.;
12. Usa mais a bicicleta do que o carro nas
tuas pequenas deslocações;
13. Persuade os teus pais a melhorarem a
calefação da tua casa;
14. Convence os teus pais a comprarem
lâmpadas de baixo consumo, bem como
eletrodomésticos de alta eficácia e de
pouco consumo.
SÊ AMIGO DO AMBIENTE!
11º D/E/F
FRIENDS
Friend, you are my support every day
And I really hope that you never go away
Please, stay in my life, together we don`t need
to fight
If you walk away, I´ll know I´ll fail
Because there is nobody else
It just got to be you!
Yesterday, I was your friend
Today, I´m still your friend
And don´t worry about tomorrow
Because I’ll always be your friend!
WE´RE FRIENDS FOREVER!
Diana e Daniela (10º A)
LOVE…ALWAYS LOVE!
Since the day I realized your existence
Every second takes an hour to pass
I'm having certain impotence
Given this knowledge, which is love…
And they say that love is trust
You know the truth without seeing it
You know how to take care
Even when there is no patience to do it
It is the truth: true love hides nothing!
I will not say anything like that
I would say that love is what I'm doing
This feeling is destroying me
But it also makes me want to live!
71
INSPIRAÇÕES
And what do I feel?
I want to spend my life by your side
To care, love, protect you
It does not matter
While you're here, I know
I will not die!
(Sara 10º A)
THE SEA
The sea is the reflection of heaven
And it makes us think about immensity
For some ocean is everything, for others it is
nothing…
Some like the sea because there are no bees
And for many the sea is the pure beauty of
nature!
I have a sea in my heart…
The sea and the waves are like sadness and
nostalgia
Huge and unpredictable…
The bottom of the ocean is a poodle of the past
The sea is funny…
It is the most beautiful thing in the world…
The sea is unique….
The sea is poetry…
I love to see my loved one bathing in the sea
And there I can reflect about me…
Sea is like the time: if you get lost, you can’t get
back!
Poema coletivo do 10º B para participação
na SEMANA DA LEITURA (BEVA)
O MAR
O Mar é o reflexo do céu
Um pouco teu, um pouco meu…
E faz-nos pensar na imensidão
Liberta o espírito e o coração…
Para uns, o Mar é tudo, para outros nada…
Vê a família do náufrago atormentada!
P’ra quem as ondas são tristeza, nostalgia…
Mas o Mar também é poesia…
Adoro ler à beira-mar
Com as ondas a murmurar...
Mar imenso e imprevisível…
Beleza e perigo tão indizível!!!
Há quem goste do Mar pela sua beleza…
INSPIRAÇÕES
Uma obra prima da Natureza!
Eu tenho um Mar no meu coração…
P’ra mim é lazer, libertação…
O Mar é único, espetacular
Testemunho do passado é o fundo do Mar…
E sobre mim mesmo me faz pensar…
O Mar é como o tempo: se te perdes, atrás não
podes voltar
Mas é dever de todos o Mar preservar
72
INSPIRAÇÕES
Para nos continuar a inspirar!
Poema coletivo do 10º B para participação na
SEMANA DA LEITURA (BEVA)
YOUR EYES ARE MY SEA
When I look into your eyes
I forget about everything
I remember so many ‘goodbyes’
When I couldn’t do anything!
You told me to dive in, one day
To swim near the surface
You “read” the world, that’s ok
But I can “read” your face…
‘Cause I dive into your eyes, you see
My own became a deep ocean, my love
Like a lost boat on the SEA
I feel adrift, a lonely dove!
I try harder to sail away
To forget you, to go ashore
But I know you came to stay
And I won’t leave you…anymore!
Be my SEA, my ocean, my heaven
And I’ll be your sky forever
For me, seas are ONE, not seven
SEA and SKY are meant to be together!
Do you love me as I love you?
You’re the SEA…I’m the SKY
Join my light blue with your dark blue
I’m sure there will be no goodbye!
TEUS OLHOS SÃO O MEU MAR
Olho teus olhos, bem lá no fundo
E esqueço-me de tudo à volta
Tanto adeus, vazio profundo
Minha alma em dor fica envolta!
Disseste-me para mergulhar
Mas que à superfície me mantivesse
Lês o Mundo, p’ró contestar
Leio a tua face…se a compreendesse!
Quando nos teus olhos pude mergulhar
73
INSPIRAÇÕES
Num oceano se tornaram os meus
Como um barco perdido no mar
Sou ave solitária, à deriva nos céus!
Tentei velejar em alto mar
Para te esquecer, tornar leve o futuro
Mas sei que vieste para ficar
E derreter este coração duro!
Sê o meu Mar e mergulharei
Serei o teu céu para sempre
Os mares são um, não sete, agora sei
O Céu e o Mar juntos eternamente!
Amar-me-ás também no futuro?
Quero ler certeza no teu olhar
Junta meu azul claro ao teu azul escuro
Serei o teu Céu e tu serás o meu Mar…
Poema coletivo do 10º B (Semana da Leitura-
BEVA)
Ler
Pego num livro e começo a ler,
é magia,
é uma loucura poder viver.
Ler é “mais que tudo”,
é um amor,
é sonhar em modo mudo.
Ler é ter conhecimento e viajar,
é pegar num livro e começar a sonhar.
Sento-me na sombra de um arvoredo,
recostada ou em cima de um penedo,
porque ler é importante,
é ditado antigo,
são letras e frases,
é o teu melhor amigo!
Ângela Lopes, 7ºA
Mísera pobreza
Quantas vezes passo na rua,
E fico a olhar,
as crianças na rua,
a fome a passar.
Custa-me olhar,
queria poder ajudar,
crianças inocentes,
do mundo pendentes.
74
INSPIRAÇÕES
Crianças num poço sem fundo,
quem me dera ter tudo para melhorar,
quem me dera ser uma guerreira
e ter tudo para lhes dar.
Desprezo gente mimada,
têm tudo e não fazem nada,
têm tudo e não dão nada.
Não vires as costas
a quem precisa,
hoje ele, amanhã tu,
é antiga a divisa.
A Escola
Sei que não me importo com a escola,
queria era sair de lá para fora.
Agora, penso que é diferente,
não me sinto triste, mas contente.
Sei reconhecer que errei,
e sei que, da escola sempre precisarei.
Faltava, era expulsa ou andava à porrada,
agora, vejo que não me levou a nada.
Choro por ainda estar aqui,
e alguns professores ainda avisam.
Hoje, resta-me a dignidade,
pois perdi tudo,
até a minha própria amizade.
Ângela Lopes, 7º A
O meu diário é o melhor lugar para pensar
Toda a gente gosta de ter o seu
momento, estar só para pensar e refletir na
vida.
Eu conheci uma rapariga que gostava de
passear à beira mar, olhar a água a bater nas
rochas, caminhar na areia e ouvir a sua música.
Ela era calma, carente e, como toda a gente,
tinha momentos bons e momentos maus. Os
piores eram passados na escola, ela era gozada
pelos rapazes, os cobardes. Todos gozavam
com ela, por ser aplicada ou por ser reservada,
talvez por ser diferente, mas era assim e sentia-
se bem consigo própria.
Ela gostava de se sentar na areia, olhar
para o mar e escrever no seu diário. Era lá, que
ela relatava a sua vida, a sua procura pelo bem
nas coisas e nas pessoas, a resolução dos seus
problemas, longe das confusões. Era lá, onde
ela arranjava forças para suportar as
dificuldades da vida. Era a água a bater nas
rochas que a fazia sentir-se bem, porque
afugentava o mal e os problemas.
Ao escrever no seu diário, ela sorria e
chorava. Sozinha, ela pensava em tudo e,
principalmente, na sua família. Na sua avó que
75
INSPIRAÇÕES
tinha perdido a fala. O tempo levava a pessoa
em quem ela mais confiava e que mais a
ajudava. As últimas palavras da avó ressoavam
ao ouvido e iluminavam-lhe, constantemente, a
mente “…minha neta adoro-te muito, vou estar
sempre do teu lado, deixa as pessoas más, elas
falam porque queriam ter um coração de ouro
como o teu, e não têm!...”.
Foi este sonhar acordado, que levou a
rapariga a passar para o papel as histórias da
sua vida. Neste momento, ela é uma grande
escritora. Agora, ela é uma rapariga feliz e com
mais sonhos, com bondade e um coração de
ouro para ajudar os outros.
Ana Catarina, 7º A
O poema da minha vida
Em criança, eu brincava
aos polícias e ladrões
com muitos amigos,
eramos uns foliões.
Quando acordei,
já não gostava de brincar,
na adolescência entrei,
para nunca mais parar.
Estou naquela fase…
que muitos não gostam de ouvir,
os pais sempre a chatear,
só pensamos em fugir.
Esta é a idade,
da pura parvalheira,
aquela fase…
que sonhamos a vida inteira.
Beatriz Marques Fernandes, 7ºA
O poema da minha vida
Há muitos anos atrás,
uma coisa queria fazer,
era ir para a escola,
para poder escrever.
Quando era pequeno,
tudo queria aprender,
agora que sou grande,
nada quero fazer.
76
INSPIRAÇÕES
Quando ia para a escola,
tudo queria saber,
agora que sou grande,
tudo estou a desaprender.
Andar de bicicleta
é o que eu gosto de fazer,
participar em provas
para aprender a perder.
Manuel Teixeira, 7º A
O poema da minha vida
Na minha vida,
encontrei vários poemas,
um só eu tinha,
cheio de grandes dilemas.
De grande fantasia,
com grande emoção,
eu lia…e relia,
até me saltar o coração.
Senti-me poeta,
senti-me leitor,
era um grande sonhador.
A minha vida é cheia de emoção,
os poemas que eu vivi,
encheram-me de ilusão.
João Pedro Antunes, 7º A
O poema da minha vida
A minha vida é simples,
sempre dentro do normal,
quanto mais tempo passa,
mais a vida parece ficar mal.
A minha infância foi bela,
a brincar e a chorar,
quanto mais penso nela,
mais a quero apreciar.
A minha adolescência,
é uma fase difícil,
estar sempre longe da mãe
77
INSPIRAÇÕES
não é um caminho baril.
Agora, a vida é cruel,
há muitos problemas
mas, como não há mel sem fel,
o melhor é resolver os dilemas.
Ana Lúcia, 7º A
O poema da minha vida
A minha vida é bela,
com boas e más experiências,
mais parece uma tela,
cheia de novas aparências.
Desde pequenina,
novas coisas aprendi,
ser uma linda menina,
para tudo o que vivi.
Tenho uma linda família,
que me ajudou a crescer,
mais parece uma matilha,
que me ajudou a florescer.
Não tenho problemas,
a minha vida é bonita,
porque eu sou catita,
porque acordei para ser feliz.
Valéria Alves, 7º A
PLANO NACIONAL DE LEITURA
- Os Lusíadas, Episódios Fabulosos,
Luís Vaz de Camões, Editora Girassol.
“Com esta leitura aprendi coisas sobre a minha
pátria, os feitos dos portugueses, o valor dos
seus feitos e a fabulosa viagem de Vasco da
Gama, em busca do caminho marítimo para a
Índia.
O livro narra os episódios mais espetaculares
da viagem, os perigos e os interesses dos
portugueses.
Pessoalmente, achei uma história muito bonita
e com umas ilustrações lindíssimas.
Recomendo este livro a todos os que apreciam
uma boa leitura.”
Carolina Lourenço, 7º A
- Mistério no Pavilhão de Portugal,
78
INSPIRAÇÕES
de Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira, Porto
Editora.
“Lê-se o livro rapidamente. Gostei muito de o
ler porque está cheio de aventuras e é muito
entusiasmante. Conclui que é demasiado
perigoso ir atrás de um ladrão porque nunca
estamos, suficientemente, preparados para o
que pode acontecer. O melhor é mandar um
especialista investigar e tomar as devidas
precauções. Devemos sim, é contar tudo à
polícia e não nos metermos em alhadas.”
Beatriz Simões, 7º A
- Os Cinco e os Gémeos Silenciosos, de Enid
Blyton.
“ Com este livro aprendi muita coisa sobre
amizade e boa vontade. Gostei muito de o ler,
principalmente, porque gosto muito de
aventuras e, nesse campo, o livro estava
completo. A parte que eu apreciei mais, foi
quando os gémeos se juntaram ao grupo dos
cinco e houve ali, a entreajuda necessária para
resolver o problema. Vou tentar ler mais livros
da coleção dos cinco porque é muito divertida e
cheia de aventuras.”
Sara Carneiro, 7º A
- Uma Aventura no Algarve, de Ana Maria
Magalhães e Isabel Alçada, Editora Caminho.
“ Estes livros apresentam sempre uma
mensagem e aqui, no final de contas, por mais
cuidado que as pessoas tenham, a verdade vem
sempre ao de cima. Ou a verdade tem a perna
curta, isto é, não vale a pena mentir. Neste
livro, há sempre suspense porque a verdade só
aparece nas últimas páginas, o que mantém a
leitura atenta até ao final. É um livro
entusiasmante e divertido até ao fim. E ao lê-lo,
parece que somos nós próprios a viver a
aventura, quando eles sentem medo ou calor
parece que nós também o sentimos. Eu gostei
muito de o ler e aconselho-o a todos os que
gostam de emoções.”
Valéria Alves, 7º A
- Os Cavalos (livro da biblioteca)
“ Li e apreciei muito os novos conhecimentos
que adquiri sobre os cavalos. Aprendi a melhor
maneira sobre como tratá-los, como mantê-los
saudáveis e fiquei a conhecer novas raças de
cavalos, como por exemplo o Gypsy ou o
Vansmer. Li nomes de cavalos e vi cavalos
sobre os quais nunca tinha ouvido falar. Gostei
do livro porque ensina muito sobre os animais
mais lindos do mundo.”
Filipe Barros, 7º A
79
INSPIRAÇÕES
A nossa reportagem Os Garranos
“O nosso trabalho foi fácil de realizar.
Bem, talvez um pouco difícil, mas quando se faz
com gosto, parece mais fácil. No primeiro dia,
não fizemos nada, não chegávamos a um
acordo relativamente ao tema. Os dias foram
passando, cada vez mais próximo da data de
entrega do trabalho, até que decidimos, vai ser
sobre O Cavalo Garrano. É um tema
interessante e enquadrava-se perfeitamente no
pedido da professora. Houve um pouco de
conflito, mas como não tínhamos mais tempo,
acabou por ficar este o tema escolhido.
Estava na altura de fazer a entrevista
então, quando iniciávamos, contávamos até
três e…havia sempre algo que impedia a sua
realização. Ou eram os rapazes que faziam
barulhos estranhos ou a nossa entrevistada não
conseguia conter o riso! Enfim, lá acabou por
sair algo decente. Mas quando íamos colocar a
gravação no computador, simplesmente não
funcionava. Tentamos montes de vezes e nada.
Até que eu, Carolina, tive uma ideia meia parva,
pus o computador a gravar o som do telemóvel.
E, mais uma vez, resolvemos as coisas. Na
Serradela tiramos imensas fotos e construímos
um vídeo com essas mesmas fotos. Demos uns
últimos retoques com a ajuda da internet e
pronto, esperávamos que a professora
gostasse.
Trabalhamos e divertimo-nos muito,
pois é impossível não haver brincadeira num
trabalho de grupo. Nós gostamos deste
trabalho, foi diferente porque foi realizado fora
da aula e a responsabilidade de cumprir a data
de entrega e realizar um bom trabalho, foi toda
nossa.”
Carolina,
José Pedro, Filipe Barros, Júlia, 7º A
Ele há casos!
A expressão aprendi-a com a minha Avó
materna, ainda era criança. Achei-lhes piada, à
expressão e à minha Avó, pelo que, ao longo da
vida, a tenho utilizado, a expressão, nada de
mal entendidos, nas mais diversas
circunstâncias.
Vem isto a propósito de um
acontecimento, que presumiria fortuito e sem
importância, que se revelou de relevância
extraordinária, quiçá influente no meu já
provavelmente curto futuro.
80
INSPIRAÇÕES
Em mais uma das variadíssimas sessões
de contos, que nos últimos anos tenho feito,
desloquei-me a Vieira do Minho, à EB/S Vieira
de Araújo. Até aqui, tudo normal, pois que de
quando em vez visito a região, por motivos
particulares. Não suspeitava, nem por sombras,
de que seria tão bem recebido e iria conhecer
pessoas, que passariam a ser tão importantes
para mim, ao ponto de procurar pretextos para
voltar. É o que tenho feito! Na sequência,
contámos (contámos claro; não estava sozinho)
duas vezes na EBDA.
Quero, por isto, agradecer não só a
maneira como fui recebido, mas o facto de ser
mais feliz do que antes.
E sendo eu um privilegiado, um
indivíduo bafejado pela sorte, mesmo assim
apetece-me dizer:
Ele há casos!
Emílio Gomes
EM FOCO
CAVA - Clube de Amigos de Vieira
O CAVA – Clube Amigos de Vieira - é
uma associação juvenil de Vieira do Minho,
idealizada no dia 4 de dezembro de 2005.
No dia 16 de dezembro de 2005, realiza-
se a primeira assembleia-geral, tendo sido
eleitos os elementos dos órgãos sociais para o
primeiro mandato com duração de um ano.
O CAVA constitui-se legalmente como
associação juvenil no dia 6 de junho de 2006,
aquando da publicação dos estatutos no Diário
da República – III série.
A associação foi criada com os seguintes
objetivos:
a) Desenvolver a cooperação e solidariedade
entre os seus associados, na base da realização
de iniciativas relativas à vertente cultural,
social e desportiva;
81
EM FOCO
b) Promover o estudo, investigação e difusão
de notícias relativas aos jovens.
O “Núcleo de Desporto Adaptado do
CAVA” surge no dia 16 de novembro de 2012. A
principal atividade é fomentar e organizar a
prática de atividades desportivas, para pessoas
portadoras de deficiência do concelho de Vieira
do Minho.
É de realçar que a associação tem
estabelecido diversas parcerias com vista à
prossecução dos seus fins, nomeadamente com
a EB/S Vieira de Araújo, a ANDDI (Associação
Nacional de Desporto para a Deficiência
Intelectual), a Associação de Basquetebol de
Braga, o Clube de Orientação do Minho e o
Clube de Ténis S. Miguel de Refojos.
Nós planeamos, programamos e
executamos…
Até ao momento: 624 sócios e 67
atividades realizadas.
ATIVIDADES 2013
JANEIRO
XIII MEMORIAL PROF. MÁRIO LEMOS
(MINIBASQUETE)
PARCERIA: CAVA / ASSOCIAÇÃO DE
BASQUETEBOL DE BRAGA
FEVEREIRO
IV CONFERÊNCIA ESCOLAR
ALEXANDRE SOARES DOS SANTOS
PARCERIA: CAVA / EB/S VIEIRA DE ARAÚJO
MARÇO
III TORNEIO DE PÓLO AQUÁTICO
ABRIL
TROFÉU DE ORIENTAÇÃO DA CABREIRA 2013
PARCERIA: CAVA / .COM
MAIO
VII TORNEIO DE PAINTBALL
JUNHO
82
EM FOCO
TORNEIO DE MINIBASQUETE
PARCERIA: CAVA / ASSOCIAÇÃO DE
BASQUETEBOL DE BRAGA
JULHO
IV TORNEIO DE STREET FOOTBALL
AGOSTO
CAVA À DESCOBERTA DE AVEIRO
SETEMBRO
III TORNEIO DE TÉNIS
PARCERIA: CAVA / CLUBE DE TÉNIS S. MIGUEL
DE REFOJOS
DEZEMBRO
TORNEIO DESPORTIVO PARA ATLETAS COM
DEFICIÊNCIA
PARCERIA: CAVA / ANDDI / EB/S VIEIRA DE
ARAÚJO
LANÇAMENTO DO JORNAL N.º 5: “NOTÍCIAS
DOS AMIGOS DE VIEIRA”
Jogos Matemáticos!!!
Realizaram-se a 29 (1º ciclo) e 30 de
maio (2º e 3º ciclos) a fase final dos jogos
matemáticos a nível do agrupamento!
Participaram 34 alunos do 1º ciclo
distribuídos por vário jogos: semáforo,
Gatos&Cães e Ouri; 39 do 2º ciclo (que
disputaram os jogos Hex, Ouri e Gatos&Cães) e
41 do 3º ciclo (no Hex, Ouri e Rastros).
Esta iniciativa proporcionou o convívio
e, entre outras, estimulou a prática e atividade
intelectual, promovendo a concentração e o
desenvolvimento do raciocínio lógico e de
estratégias vencedoras entre outros aspetos
essenciais no ensino e aprendizagem de
qualquer área do conhecimento, mas da
matemática em particular.
Foi FANTÁSTICO! Apesar de o prémio
ser uma honrosa “medalha de cortiça”, os
participantes demonstraram um entusiasmo e
entrega totais! Todos ganharam e o importante
foi participar. Como a lista com todos os
participantes é extensa aqui se apresentam
apenas os finalistas em cada ciclo/jogo!
83
EM FOCO
1º ciclo
Gatos&Cães
Bruna Daniela da Silva Leitão (vencedora) e
Ricardo José Carvalho Rebelo
SEMÁFORO
Daniela Campos Silva (vencedora) e Alex Sousa
Vieira
OURI
Tiago Branco Campos (vencedor) e Sabrina
Pereira Gonçalves
EM FOCO
2º ciclo
Gatos&Cães
João Machado (vencedor) e Daniel Rebelo
HEX
Ana Soraia (vencedora) e Luís Miranda
OURI
Manuel João Pereira (vencedor) e Diogo Dias
84
EM FOCO
3º ciclo
RASTROS
José Pedro Silva (vencedor) e Nuno Ribeiro
HEX
Edgar Costa (vencedor) e Rafael Carvalho
OURI
Nuno Martins (vencedor) e Tânia Lopes
João Paulo Gonçalves
Os 7 Magníficos - Liga-te aos Outros / Sem
Limites
Decorreu no passado dia 3 de junho,
pelas 14h30, na BEVA, a apresentação dos
resultados do projeto que ganhou o concurso
Liga-te aos Outros, promovido pela AMI
(Assistência Médica Internacional). Com a
presença dos alunos envolvidos, a
Coordenadora Carla Álvares, Direção Executiva,
Representantes da Câmara Municipal de Vieira
do Minho e da GNR, Encarregados de Educação
e a Representante da AMI, Drª Margarida
Cortes Rosa, os 7 Magníficos deram início à
apresentação do trabalho efetuado ao longo
destes cinco meses.
“Pelo facto de pertencermos ao Clube de
Solidariedade e Voluntariado da EB/S Vieira de
Araújo, pelo facto de participarmos ativamente
na recolha de bens alimentares e de higiene,
vestuário e material escolar, pelo facto de
fazermos constantemente levantamentos de
necessidades junto dos nossos colegas, pelo
facto de distribuirmos os diferentes bens por
todos aqueles que, cada vez em maior número,
revelam necessidades básicas de sobrevivência
e nos procuram, pelo facto de estarmos muito
mais atentos a estes problemas que nos vão
cercando e sentirmos necessidade de fazer
alguma coisa… Por tudo isto, e por termos uma
Direção Executiva e professores que se
preocupam com o nosso conforto, por
sabermos que somos a geração que deve
trabalhar nos afetos e dar sempre a mão, por
termos encontrado uma Instituição – AMI – que
quer que ganhemos consciência de que é
preciso fazer mais e para isso se disponibilizou
para ajudar, sem qualquer retorno… E porque a
vida não pode centrar-se só em nós, O NOSSO
MUITO OBRIGADO!!!
85
EM FOCO
O início da aventura: verificação do
anúncio de apresentação de candidatura ao
Concurso da AMI - Liga-te aos Outros, na
página do Portal das Escolas, levantamento de
alunos e professores interessados na
candidatura, contactos constantes com várias
entidades do concelho, no sentido de
estabelecer parcerias, levantamento de quatro
famílias a necessitar de intervenção urgente a
diversos níveis, elaboração do projeto,
candidatura (no íntimo, sabíamos e sentíamos
que também seríamos selecionados!), estado
de euforia até à publicação dos resultados na
página da AMI, constatação de que valeu a pena
o tempo, a correria, o nervosismo, a ansiedade!
Conseguimos!
Desenvolvimento da aventura:
contacto com as famílias e o levantamento das
reais necessidades (contámos com a ajuda
preciosa da Câmara Municipal de Vieira do
Minho e da Professora Antonieta Machado, na
indicação das famílias; transporte a cargo da
GNR, DiaLivre Animação Turística e
professores), a entrega de bens alimentares e
de higiene feita várias vezes ao longo destes
cinco meses (contámos com a participação do
Pingo Doce, Farmácia Freitas e Clube de
Solidariedade e Voluntariado), a entrega de
eletrodomésticos feita ao longo de uma semana
(contámos com a colaboração da loja Guelmi), a
construção das casas de banho decorreu ao
longo destes cinco meses, tendo contado com a
colaboração financeira da Câmara Municipal de
Vieira do Minho (materiais para a construção
de um dos espaços, construção de fossas, entre
outros). Acompanhamento por elementos da
GNR e intervenção no que diz respeito a
aconselhamento ao nível da segurança e da
defesa pessoal. Acompanhamento por
elementos da Câmara Municipal de Vieira do
Minho, no sentido de intervir no que diz
respeito a assistência social. Aconselhamento
em termos de oportunidades que possam
surgir de empregabilidade ou de ocupação.
Indicação de desconto na Farmácia Freitas em
determinados medicamentos.
86
EM FOCO
Conclusão da aventura: famílias mais
felizes, famílias mais autónomas, famílias mais
capazes, alunos, professores e parceiros
satisfeitos e gratos pelos sorrisos, todos os
intervenientes mais preparados para a vida.
O nosso muito obrigado pelo esforço e
dedicação de todos, em especial pela ajuda da
AMI, do Agrupamento de Escolas Vieira de
Araújo, da Câmara Municipal de Vieira do
Minho, da GNR, do Pingo Doce, da Farmácia
Freitas, da Carpintaria Panga Panga, dos
professores que fazem parte do Clube de
Solidariedade e Voluntariado (Carla Álvares,
Paula Cristina Azevedo, Miguel Novais, Odete
Silva, Aurora Vilela e Helena Ribeiro) e pelo
acompanhamento constante da Coordenadora
deste projeto, Carla Álvares, do Cabo Carlos
Ribeiro e do Dr. Carlos Mota.
Se vamos continuar este trabalho?
Sem dúvida!!!
Os 7 Magníficos - Ana Pereira, Beatriz Gonçalves,
Ana Gomes, João Vilaverde, Tatiana Pereira, Salomé
Vieira e Manuela Silva
Projeto "Escola, Vida e Ciência"
Na qualidade de Presidente da
Associação de Pais e Encarregados de Educação
do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo,
Paulo Magalhães deu início à apresentação
pública, no dia 5 de junho, agradecendo a
presença e dando as boas vindas a
todos! Assim, foi dado a conhecer o facto, para
gáudio de todos e dos nossos alunos em
particular, do sucesso resultante da
candidatura, em boa hora apresentada por esta
Associação de Pais, no âmbito do Projeto
Ciência Viva, denominado… “ESCOLA, VIDA E
CIÊNCIA”.
Trata-se de uma missão encetada pela
Associação de Pais, em parceria com o
Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo e a
Universidade do Minho que contempla:
- a promoção do contacto direto entre os
nossos alunos e a comunidade científica de
referência;
- a criação e dinamização de clubes de ciência e
jardins de ciência;
87
EM FOCO
- o desenvolvimento de projetos tecnológicos
tendentes à realização de um produto
inovador;
- e atrair os jovens para as áreas das ciências e
das tecnologias.
… porque “é de pequenino que se torce o
pepino” e formatados que estamos para o
pressuposto de que o gosto pelo que quer que
seja, é mais potenciado em tenras idades,
julgamos ser este o momento ideal para dar o
nosso contributo no desenvolvimento da
ciência neste e nosso Agrupamento de Escolas
(daí a designação nacional “PAIS COM A
CIÊNCIA”), servindo, permitam-me a
expressão, de “mola impulsionadora” para a
implementação, reforço e desenvoltura de uma
área do saber extremamente importante,
fundamental e transversal de qualquer
sociedade, nos dias de hoje, a saber: a CIÊNCIA.
Neste país, comparativamente com
outros, poderão não ser muitos: 1.600.000, no
que à população infanto-juvenil até aos 15 anos
de idade e com base em dados de censos de
2011, diz respeito. Neste Agrupamento, são
cerca de 1800.
Não obstante, têm a obrigação de ser
bons no que idealizam… e infinitamente
melhores no que fazem. E relembro: “dos fracos
não reza a história”.
É, portanto, com imensa alegria e desmedido
orgulho que, ao apresentar este projeto, vos
exorto a que me acompanhem em igual
proporção, na manifestação dessa alegria e
orgulho, sendo que o que realmente nos move e
todos desejamos é o bem estar e felicidade das
nossas crianças, para as quais nos é imperioso
trabalhar no sentido de contribuir para que
elas possam usufruir de um ambiente de sã
camaradagem e real espírito de aprendizagem.
Uma nota de agradecimento à Academia
Valentim Moreira de Sá, pelos momentos
musicais."
A Ciência desempenha um papel
aglutinador e motivador nos vários graus de
ensino desde o início do pré-escolar até ao 12.º
88
EM FOCO
ano. Ensinar a Vida e sensibilizar para a
importância da Biodiversidade e da Bioética é
possível através do ensino das Ciências e do
contacto entre os alunos, docentes e
investigadores, bem como outros agentes da
comunidade educativa. Pretende-se com este
projeto potenciar o sucesso escolar, motivando
os alunos para a importância do conhecimento
e do trabalho sistemático e metódico para
obter bons resultados, assim como reforçar a
tomada de consciência do impacto da nossa
pegada ecológica no planeta TERRA, agindo
local e pensando global.
Foi um fim de tarde agradável que
findou com um jantar convívio entre todos.
Clube da Floresta CEDRO vence concurso
“Ciclo Virtuoso da Madeira”
O concurso “Ciclo Virtuoso da Madeira”
encerrou na ExpoFlorestal 2013 tendo sido o
Clube da Floresta da nossa escola, Cedro um
dos grandes vencedores da última exposição, o
que significa que o Clube foi premiado com
uma estadia na Mata Nacional do Buçaco.
O quadro vencedor foi elaborado pelo
elemento deste clube, Daniela do Rosário
Fernandes, aluna do curso Profissional de
Animação Sociocultural.
Num total de 41 quadros a concurso, a
nossa escola e nomeadamente o clube da
Floresta Cedro, foi o grande vencedor obtendo
o 1º lugar, com o quadro designado “ A extinção
da Floresta”.
À grande “artista” os nossos parabéns!
Para mais informações consulte a página
do PROSEPE, no separador ExpoFlorestal ou
em http://www.uc.pt/fluc/nicif/PROSEPE/expoflorestal
Conceição Pereira
89
QUE É FEITO DE TI
Eu entrei em Medicina na Universidade
de Coimbra. O curso está a correr bem, no
entanto dá muito trabalho.
Em Coimbra, eu já fiz amigos de infância
e para a vida, de Norte a Sul, com os quais
estudo e saio também... Normalmente tenho os
dias bem ocupados, com aulas, ginásio, amigos
e vá, com estudo também... À noite,
dependendo dos dias, ou saio ou fico em casa a
descansar ou a estudar. Isso também está
condicionado pela existência de testes
marcados nessas alturas.
Costumo vir a casa quase todos os fins
de semana para matar saudades da família e
dos amigos, porém fico em Coimbra nos fins de
semana em que tenho testes de Anatomia à
segunda-feira.
Estou a adorar Coimbra... esta cidade e
esta universidade são fantásticos. Aqui conheci
pessoas completamente diferentes e vivi
momentos espetaculares, os quais vou recordar
para toda a vida.
Aconselho aos futuros universitários
que escolham Coimbra pois não há cidade
como esta, iam adorar cá estar... e para eu vos
praxar!!! Muahahahah
Daniel Vilaverde
Caros colegas, amigos, grouppies,
seguidores/as, professores e conhecidos,
honestamente nem sei como abordar esta
questão.
Antes de mais, quero agradecer pelo
convite e pela dedicação académica e pessoal
em mim investida ao longo do meu percurso
escolar.
Sinto-me verdadeiramente privilegiado
por ter acompanhado muitos de vós e
genuinamente apaixonado pelas minhas raízes,
pela minha aldeia, pelo grande concelho onde
cresci.
90
QUE É FEITO DE TI?
Para conseguir responder à questão
“Que é feito de ti Filipe?”… distanciei-me
fisicamente de vós. Reparei em mim a dizer
adeus às “EASTPACK” e dizer olá à “BÓEMIA”,
experiência da vida universitária. Aqui meus
amigos, nós mudamos, crescemos, mas
sobretudo descobrimos a nossa liberdade
pessoal. Um conselho, aproveita e erra, mas sê
digno de dar o devido valor aos teus pais pelo
esforço e pela dedicação nesta etapa da tua
vida.
- CALOIRO APRESENTE-SE … -
“EXCELENTíSSIMO VETERANO, EU FILIPE
BARROSO, DE VIEIRA DO MINHO, PRETENDO
SER INCLUIDO NA REAL ACADEMIA DA GUARDA
E FREQUENTAR O CURSO DE COMUNICAÇÃO E
RELAÇÕES PÚBLICAS” .
Esta foi a minha escolha, bem, por
momentos. A frase ideal para caraterizar esta
etapa é a do artista António Variações, “porque
eu só estou bem aonde não estou”. A 396 km de
casa, Lisboa é a minha localização atual. Uma
cidade que abre a porta aos encantos,
descobertas, à oportunidade laboral, mas que
nos altera a perceção da cortesia humilde e
social a que sempre fomos habituados no nosso
humilde concelho.
Sobre influência do Festival da Ilha do
Ermal, que ainda hoje me faz feliz ao recordar o
primeiro concerto, as músicas, os rostos, as
enchentes, os aplausos… decidi lutar pelo meu
sonho. A minha pequena aldeia Tabuadela,
tornava-se o palco principal de atração, cultura
e felicidade, inocentemente decisiva.
Produção e Gestão de Eventos é
realmente a verdadeira resposta profissional à
questão. Há sempre algo que nos faz sentir no
auge, que nos leva a descobrir o nosso
verdadeiro eu, tal como aquela música que nos
sabe consumir fisicamente em qualquer
momento em qualquer lugar e nos dá a vontade
de acreditar.
Hoje em dia, trabalho como operador de
telemarketing (sou um dos que ligam para ti a
impingir produtos ou serviços). Tenho a
oportunidade de trabalhar com grandes
empresas como a EDP, TRANQUILIDADE,
CATERPILLAR, BARCLAYCARD e tantas outras.
Tenho chefes excelentes, amigos magníficos e
um ordenado baixo, diga-se de passagem .
No fundo existe sempre a aquela boa sensação
ao perceberes que aquelas são pessoas que
acreditam em ti. É o momento onde todos
criamos ligações.
Como ambicioso e entusiasta que sou,
não posso deixar de dizer que continuo a lutar
incansavelmente por trabalhar na minha
amada área de eventos.
Meus amigos, a parte mais emotiva da
minha viagem fica para um dia mais tarde
recordar com todos vós. É de salientar que esta
página e meia foi escrita com a companhia da
minha excelente namorada, com o poder de
uma hora de Boys Noise e demorou 2h30 a ser
escrita. Não houve lágrimas, mas perdura a
91
QUE É FEITO DE TI?
eterna saudade de todas as pessoas que me
conhecem e conviveram comigo ao longo dos
anos, um muito obrigado a todos.
Todos nós somos capazes de amplificar
o nosso imaginário a partir de uma
pequena/grande ideia existencial, basta
acreditar e viver.
Filipe Barroso
Desde já, gostaria de agradecer a "mui
nobre" professora Carla Álvares pela
preocupação e interesse, e aproveito para dizer
que tenho todo o gosto em contribuir para esta
boa iniciativa, que me parece que tem vindo a
ser cada vez mais explorada (e acho muito bem
que assim seja!).
Também gostaria de agradecer aos
restantes membros da minha ex-escola, tanto
aos alunos e meus amigos e colegas, como aos
professores e funcionários que sempre me
acompanharam quando estava aí e me deram
as bases para poder ser o que sou atualmente.
Aproveito também este momento para
me apresentar: Boas! O meu nome é Miguel
Silva, também conhecido por Pilha ou, como o
professor mais elegante e charmoso da escola
(professor Fernando) me chamou: o "aluno
mais calorento da escola"! Tecnicamente seria
mais "ex-aluno", mas eu não me considero
como tal uma vez que como o Professor Rui me
disse: "esta escola sempre será vossa e sempre
serão bem-vindos."
Agora respondendo verdadeiramente a
pergunta "O que é feito de mim?":
Estou a estudar Matemática na UM, em
Braga, "na mui nobre Academia do País".
Começando com as razões pelas quais escolhi
este curso, é basicamente porque embora me
interesse por muitas áreas como Física e alguns
ramos da Biologia, a "minha" verdadeira área é
mesmo a Matemática (embora esta Matemática
na universidade, seja em que curso for, não se
pode comparar a Matemática do secundário).
Outra das principais razões são as saídas
profissionais, que ainda são bastantes e
diversificadas como por exemplo: educação,
estatística, sector bancário, informática...
Quem me conhece diz / diria que eu tinha de ir
mesmo para este curso e que fiz bem em
escolher, mas dizendo sinceramente: escolhi na
última hora!
Agora no que diz respeito ao que quero
fazer da minha vida, isso não sei! Tentarei
descobrir com o tempo, à medida que vou
descobrindo novas coisas e novos ramos da
matemática, como vou tentar descobrir o que
quero mesmo fazer, porque afinal o tempo vai
passando e a boa vida já acabou! Agora é
diferente e tenho de levar as coisas a sério, já se
tem de estudar verdadeiramente e tentarei
achar essa resposta ao longo deste ano e dos
próximos!
92
QUE É FEITO DE TI?
Tal como muita gente do meu ano, e
mesmo de anos atrás, nunca soube o que queria
seguir, nem tinha sequer alguma ideia sobre o
que fazer da minha vida e que curso seguir.
Mas pronto o que importa é que agora estou
neste curso, não me arrependo da minha
escolha, e estou a gostar muito do curso!
Acabo só este tema dizendo que quem tem
dúvidas em relação ao que vai seguir / ao que
quer fazer da vida, ou mesmo quem não tem
qualquer ideia é: façam primeiro uma seleção
das áreas que gostam e pelas quais se
interessam (caso gostem de muitas façam o
contrário, isto é, comecem por excluir aquelas
que não gostam) e não se esqueçam de ter em
conta fatores como: as saídas profissionais, a
empregabilidade no futuro, a distância a que
ficarão de casa...
Agora relativamente mesmo a vida
universitária...basicamente não há comparação
possível com a vida no secundário! Como
sempre há prós e contras. Começando com as
coisas boas, posso dizer que para além de
ganhar autonomia e experiência, de agora dar
mais valor a algumas coisas que antes não
dava, para além de estar habituado a chegar a
casa e ter o meu quarto, tudo limpo e a mãe a
cozinhar, ainda temos as praxes que sempre
foram um dos meus grandes sonhos: "praxar e
ser praxado"! Tanto nelas como fora delas,
aprendi valores e fortaleci outros, fiz novos
amigos de anos e cursos diferentes, bem como
aprendi a me comportar minimamente numa
sala de aula xD. Ser caloiro é algo simplesmente
incrível. Ser o Bino é algo fantástico!
Outra coisa boa, e provavelmente a
melhor mesmo, é esta liberdade, este "estar
fora de casa e não ter de dar justificações a
ninguém"
Também acho importante destacar a
noite académica!
Mas, e agora dizendo respeito aos
"contras", isto de chegar a casa e não ver tudo
limpo, não ter sempre a comida a minha
espera, conseguir "bons" resultados escolares
sem ser necessário tanto esforço (basicamente
isto de estar habituado a verdadeira "boa vida"
não é fácil)!
Mas a pior coisa de todas é mesmo a
saudade e a distância! É sempre difícil,
principalmente naqueles casos como o meu,
estar em Braga a estudar e com a namorada em
Vieira (não é fácil nem agradável e é mesmo a
pior coisa de todas para mim), mas pronto! Mas
pronto, são coisas da vida e tal como sempre na
vida há que seguir em frente! No entanto as
saudades não são só da namorada, também são
dos amigos obviamente (embora esteja com
alguns em Braga)! Embora agora não saia tanto
agora, tento sempre estar com os meus amigos
de noite, para pôr a conversa em dia, porque
afinal: o nosso grupo de amigos será sempre o
nosso grupo de amigos! Para não parecer mal,
deixo aqui uma nota relativa as saudades dos
pais, avós, madrinha e padrinho, tios e tias...
Penso que não há muito mais para se
dizer, e penso que até já disse demais, pelo que
o texto pode ser entediante para vocês, caros
leitores!
Mas tenham em conta: como futuro
Matemático (ou assim o espero) tenho
desculpa por não ter tanto jeito para escrever
ahah (ah e já agora, para aqueles que dizem /
pensam coisas do género: "ai tu vais para
matemática que maluco.../só vais ver
números.../"digo-vos só que estais bem
enganados! São mais letras e símbolos que
números, e matemática é um curso que tal
como muitos outros cursos é relativamente
exigente e é preciso trabalho para se ser bem
sucedido!
Despeço-me, dedicando este texto às
pessoas que me são próximas e que já fui
referindo ao longo do texto: Namorada,
93
QUE É FEITO DE TI?
Amigos, Família, Professores e Funcionários!
Obrigado por tudo!
José Miguel Silva
LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
Leitor de Banheira – O Diário, por José Brás,
nº14, 11ºC
Uma nova época! 3º Período
Sexta-feira, 05 de abril de 2013
Quantas vezes é que já ouviste alguma
expressão e tentaste relacioná-la com a
realidade? Hoje, venho falar-te de algo que,
saído de uma expressão, se ajusta
perfeitamente ao formato “maçã” da silhueta
do nosso país. Isto é, a vergonha não só se
acomoda às ancas (baseando-me no Google
Maps, no meu sentido para a nutrição e num
pouco de Geografia de Portugal) o que faria
com que apenas e situasse entre Aveiro e
Castelo Branco, mas estende-se até ao Sul e
tem-se vindo também a acumular cada vez
mais a Norte (até à fronteira, a partir daí é
conversa de espanhóis).
Não é a primeira vez, e tenho a certeza
que não é a última, que dou por mim a
“estudar” (qual cientista esquizofrénico ou
intrometido – cada um sabe de si!) o
comportamento das pessoas que passam por
mim na rua. É algo bastante enriquecedor e até
engraçado de se observar, as pessoas no seu
estado mais animalesco.
Estes dias estava eu a “semi-passear-
me” pelas ruas de uma vila transmontana
(deserta!) acompanhado pela minha
progenitora, quando se ouviu lá ao fundo
94
LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
(numa rua de 50 metros, medidos a olho!) uma
buzinadela desenfreada, parecida com a música
da carrinha dos gelados, porém menos
melódica e religiosa e mais (muito mais!)
depressiva e exausta… Por sorte era uma rua
de comércio e foi possível esquivarmo-nos para
dentro de um estabelecimento qualquer (“Bom
dia! O que deseja!?”), quando passou uma
carripana do pão a uns 80 quilómetros à hora
(medidos a olho!) à frente da vidraça e trava
prego a fundo uns 10 metros à frente, para
abastecer um supermercado com pão (eu
juraria que a carrinha se suspendeu uns
segundos nas rodas da frente!). O que
aconteceu a seguir!? Não posso precisar, a
minha mãe tentava esquivar-se da senhora dos
linhos que lhe impingia uma peça de 80 euros…
contudo dou os meus pêsames a todas as
pessoas que lhe apareceram no caminho,
porque a estrada não tinha saída, o que a
obrigou a andar marcha atrás!
Uns metros à frente, apareceu-me um
caso raro (em termos numéricos),
provavelmente, com elementos pertencentes à
categoria campus, descendentes da família
gunus, três fêmeas… umas ladies (no calão, drag
queens, porém, do sexo feminino).
Peço, por favor, que imagines esta
imagem! Para ao lado do meu padrasto uma
“carrinha de batatas”, por detrás dos vidros
embaciados observam-se três vultos (um
condutor e dois acompanhantes). O motor é
desligado e as portas abrem-se (entra a música
sexy). Saem, sem pudor e delicadamente, três
senhoras de dentro do veículo (tão sujo como a
cara delas de maquilhagem). Postas em perfil
fariam uma escala descendente. Sobem o
passeio e cada uma se mostra clinicamente
vestida, apesar da vulgaridade… passam pela
minha mãe (coitada, de sapatos rasos e
gabardina, serviria de cabeceira de sofá!).
De todo o conjunto o que mais me
chamou a atenção e, decerto, me preocupou
foram os sapatos de saltos altos escolhidos por
cada uma para se passear… diria eu que alguma
(senão as três) juraria voltar àquela pequena
vila de Trás-os-Montes de sapatos rasos, não só
pelo chão maioritariamente calcetado, mas com
receio que as confundissem com postes de alta
tensão!
Sexta-feira, 12 de abril de 2013
Serei o único!? Sempre que algo de
anormal, seja uma unha encravada ou uma
mancha invulgar, aparece numa parte do corpo
humano, o sentido de alerta paternal soa alto e
a bom som: “Vamos ao médico!”.
O problema começa: a mãe escabela-se,
porque não vá aquilo degenerar em algo pior, o
pai fica a ferver, porque tem um compromisso e
o filho (porque ainda é novo!) embirra que não
quer ir ao médico, porque está a começar um
filme.
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
Não bastando percorrer 50 km para
entrar no mal acondicionado estabelecimento
de saúde, temos ainda que passar pela receção,
onde a senhora corcunda (que se diz
“assistente administrativa”) pergunta:
- Doença ou outros!?
(momento em que olho para a minha mãe e
pergunto porque é que viemos aqui… é por
doença ou outros!?).
A minha mãe arrisca doença.
Com as atualizações, os pacientes
impacientes são “catalogados” por ordem de
urgência… isto é, os enfermos com sintomas
muitos graves recebem uma pulseira vermelha,
os de média intensidade, uma amarela, os
restantes recebem a pulseira verde e esperam
duas horas (visto que a urgência deles não é
assim tão urgente quanto a dos outros).
Entretanto passam vinte minutos até a
ida à triagem.
No consultório o relato do sucedido
divide-se entre mim e a minha mãe.
- E é isto, senhor doutor!
- Zé… conta lá… vá! E aquilo que te
doía… vá!
- Mãe, mas…!
- Senhor doutor, poderia passar-lhe uns
exames se faz favor.
No fim… quem não tem sossego sou eu...
Sexta-feira, 19 de abril de 2013
Há gente que não sabe ver filmes!
Afirmo sem qualquer medo de represálias,
tabus, insultos e/ou promoções de desespero
público de um qualquer maníaco que diga “São
opiniões!”. Não é uma opinião… é a opinião!
Dita, citada e posta entre aspas por mim. Só
ainda não a legalizei, porque o “Citador” está
sobrelotado!
Não são da mesma opinião que eu!?
Então, pensem…
Esperas pela estreia do filme, esperas
histericamente pelo dia em que vais saber,
finalmente, o fim da história de amor, de
vampiros, lobisomens, cãezinhos, ursos de
pelúcia, batalhas intergalácticas, feiticeiros e
afins; escolhes a hora - nem muito cedo, porque
tens que ajudar a tua mãe, nem muito tarde,
porque o teu irmão não pode sonhar que vais
ao cinema, visto que o filme é para maiores de
12 anos… não pode ser de tarde, porque está
muita gente no centro comercial, não pode ser
à noite, porque “quem te dá o alimento,
trabalha!”… acaba por ser de manhã, enquanto
todos estão a dormir e ninguém quer saber se
sais adequadamente. Voltas a esperar, porque
lembraram-se todos do que foi dito atrás e, por
isso, a fila chega ao virar da esquina.
Chegas, finalmente, à bilheteira e dás-te
conta que seria mais fácil fazer o download!
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
Concluis todos os procedimentos
fisiológicos antes do filme começar, entras na
sala, procuras a fila (nos degraus!) e o número
do banco – felizmente, não está ocupado!... caso
contrário, esperarias mais uma vez até a
“famelga”, que decidiu sentar-se em fila (qual
excursão), tentar persuadir-te a escolher o
banco à frente.
Chega finalmente a hora do filme! As
luzes apagam-se e esperas ansioso… pela
publicidade! Repito: chega finalmente a hora do
filme! Chega infelizmente a hora do ruído! Ou
passas as duas horas do filme a ouvir o ruído
das pipocas, ou o som que indica o “fim da
bebida” (o que te leva imediatamente a
questionar se aquele “gajo” aproveitou o
intervalo para ir ao quarto de banho… é claro
que não, acabou de te passar à frente!).
Na pior das hipóteses, encontras um
“relatador”! Aquela pessoa que, uma vez que
leu o livro ou os comentários online, “gosta” de
explicar à pessoa do lado o que irá acontecer a
seguir, o que foi dito daquela parte num fórum
online, a vida do ator, os efeitos especiais
usados, as técnicas de filmagem, …
Finalmente é bom alertar: “Nunca olhes
para os lados!”. A tela é suficientemente grande
para iluminar o espaço que pensamos estar
escondido!
Sexta-feira, 26 de abril de 2013
Não há sítio melhor para se encontrar
pessoas que uma feira.
Começo pelas regateiras… aquelas
velhacas que só não andam atrás de ti, porque
passam 100 ao mesmo tempo… normalmente,
situam-se na ponta da tenda e fisgam o alvo; o
marido faz o mesmo do lado oposto. Usam a
“tática da exaustão”. Passa a presa e começa o
plano.
- Ó minha querida, por acaso não quer
comprar estas meias!?
- Ó filha, olha este casaco, eu faço um
preço baratinho!
- Ó minha doçura, aproveite que isto não
se faz em mais lado nenhum!
A primeira fase é passada com distinção.
Até que nos damos conta de que, afinal, falta o
marido. Geralmente é o mais benevolente e o
mais educado!
- Bom dia, minha senhora! Por acaso não
necessita de um casaquinho!? (Usa a “tática do
afeto”). Esta cor fica muito bem com o seu tom
de pele (mesmo que não perceba nada de cor).
Já agora compre este para a sua filhinha, é a
nova coleção! Fica-lhe bem!
Outra personagem também muito
característica deste cenário é a “vendedora de
pensos rápidos”. Por muito que lhe digas que
não queres, o preço baixa sempre até que chega
ao ponto de não se tornar rentável, passando,
então, a impingir guarda-chuvas ou balões de
hélio!
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
Sexta-feira, 03 de maio de 2013
A minha tia chama-me “despreocupado”,
alega que uns dias na tropa me faziam bem
para ver se ganhava respeitinho, que não me
atura, que sou um “estroina”, que mais cedo ou
mais tarde ninguém me levará a sério! E é por
isso que hoje te venho falar de como “mandar
pessoas à fava”!
Como os meus ensinamentos sobre este
assunto são demasiados extensos, falarei
apenas do necessário para cortar uma
conversa.
Imagina que por algum motivo qualquer
senhora de meia-idade, criança irrequieta ou
adulto depressivo se prega em ti no momento
alto do evento. Acabaste de receber uma
mensagem, necessitas de encontrar uma
cadeira rapidamente, estás aflito para ir à casa
de banho, a tua mãe está a chamar (no meu
caso seria quase impossível, uma vez que gosta
de ver surgir a dor no meu rosto!), o que quer
que seja! Tens rapidamente que te livrar
daquela criatura que, no meio do reboliço, se
lembra de falar no filho desempregado, na falta
de dinheiro para pagar a renda,…
Não queres optar pela forma mais fácil
que é mandá-lo à fava diretamente!?
Sempre podes mandá-lo educadamente:
- Desculpe, mas agora tenho mesmo que
ir…!
Mas esta última abordagem não vale a
pena: a criatura ou te segue até ao exterior e
manda bitaites acerca do vento que corre, da
chuva que cai, da intensidade do sol, do fator
(in)adequado do protetor solar… ou te prende
(literalmente) no interior, qual psicótico
idolatrador, que pretende que o oiças até ao
fim, mesmo que a tua cara seja de desinteresse
total…
Caso a pessoa não seja muito abonada
intelectualmente podes dar uso à imaginação…
“Fale mais alto, não estou a ouvir!”. Resulta
sempre!
Sexta-feira, 10 e 17 de maio de 2013
Na verdade, com a vida de estudante,
damo-nos conta que não existem tarefas
prioritárias.
Por muito que o trabalho tenha sido
agendado no início do ano, não existe tarefa
mais importante que a de “não fazer nada”.
Chega a ser tanto trabalho, tanto desespero,
tanto estudo… horas e horas agarrado aos
manuais que se chega a estar cansado de estar
cansado, fazendo a minha mente dialogar:
- Tudo!?
- Yeah! E contigo!?
- Hum… podia estar melhor… se não me
utilizasses tanto…
- É pá… isso é difícil… tenho isto tudo
para estudar e o teste aproxima-se!
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
- Descansa lá um minutinho…
(os minutinhos passam… e a mente é como
qualquer agente de um Call Center: dá-nos
música…).
José Brás
Diário de Leitor – Juliana Ramalho, 11ºC
5 de abril de 2013- Início do fim
Quase que chegamos ao fim. Inicia agora
um 3º Período que se inunda de trabalho, de
agitação e pressão. Conotações negativas à
parte, é neste ambiente que realmente me
“sinto bem”, isto é, passando o popularismo da
expressão “trabalho melhor sob pressão”, é
efetivamente neste contexto que o meu
trabalho é reconhecido, mesmo sofrendo do
efeito de “deixar um pouco para a última”. No
entanto, é também neste ambiente que se
originam confusões desnecessárias que fazem
com que o meu interior se assemelhe a ondas
de frequência.
Divagações postas de lado, não sei bem
o que esperar deste período, não sei o tempo
que restará, nem sequer se a imaginação
voltará… ironia do destino ou triste certeza, cá
estarei para ver… restar-me-ão sonhos, e esses
manter-se-ão até novas ocasiões de os passar a
autêntico - e até isto mesmo nem sequer passa
de um sonho.
Ao som de : Nina Simone - Felling Goood
12 de abril de 2013- Regulamento
1º Escolha- “Livro” de José Luís Peixoto
2º Escolha “Mar me quer” de Mia Couto
Escolhas que não são escolhas, estes são
os livros que vou lendo… cumprindo
compromissos, diga-se de passagem. Até podia
ser que um dia os escolhesse para “mobilarem”
a mesinha de cabeceira, mas agora não. Justiça
me seja feita. Instaure-se um processo.
Simplesmente neste momento, a minha
possibilidade de escolha, condicionada,
necessitaria de outra coisa… Digo, por exemplo,
de “Abraço” ou “Gaveta de Papéis”… Neste
momento precisaria de algo que se
enquadrasse com a interioridade, que fosse um
pouco mais aberto e, de algum modo, feliz.
Sem desmerecer nada nem ninguém,
sinto que é o espírito que escolhe os livros que
lemos, pelo menos eu atribuo-lhe esse papel.
Ao som de: Csardas (Por Nigel Kennedy)
15 de abril de 2013- Claustrofobia
Por entre as cercas, corre a agitação que
conduz ilusões a caminho do inteiro, do
autêntico e substancial atalho inseguro. Lá fora,
corre o vento gélido que trata de aquecer
corpos débeis que entregaram toda a vida à
casualidade.
Folha em Branco.
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
“Eu escrevo o que respiro…Ofegante e
saturada quero ser outra que não eu. Mas eu
gosto de ser eu. Só não gosto do que respiro.
Porque respiro a vida, e a vida é o que escrevo.”.
Pintam-se molduras nesta noite quente.
Caminha-se o incerto, e isso é espelhado nos
desenhos de risco cinzento como esta escura
ocasião em que o meu corpo é entregue ao
acaso.
Meia Folha em Branco.
“Cortaram um pedaço de mim sem valor.
Trataram-me como se de nada se tratasse. Mas
eu escrevo a vida, e isto será gravado em
evidência, e com evidência será lido.”.
Com emoção, respiram-se ares de alívio
que determinam que tudo está tratado.
Pinturas negras encarregam-se de retratar o
evidente: respira-se o podre, o insalubre. Mas a
noite continua quente.
Pedaço de Nada.
“Restou o que lembra de alguém que não
é quem escreve a vida nem a respira. É pedaço
incendiado da existência de uma folha em
branco.”.
Ao som de: Hans Zimmer - Time
24 de abril de 2013- Inocência
É extremamente curioso o facto de
amanhã ser um dia importante para Portugal.
Eu, sincera e infelizmente, não o sinto.
Há um ano, escrevi uma certa “Carta à
Liberdade” que não lhe foi entregue… caso
contrário hoje o meu sentimento patriótico
estaria bem com ele próprio. Eu não sinto
vergonha de ser portuguesa, sinto vergonha
pelo facto de nós, portugueses, não sabermos
aprender com os erros do passado, não
evoluirmos positivamente para um
pensamento de “nacional=bom”. Gostava de
dizer que sinto falta disso, mas a verdade é que
nunca o vivi.
Seria de pleno interesse que este diário
pudesse ser escrito amanhã, 25 de abril de
2013.
Mas eu não sei o que é a liberdade.
Excerto de Uma Carta à Liberdade:
“Muitos te condenam, outros por ti
anseiam. Mas a verdade é que se “Deus
possibilitou que a liberdade humana fosse
completa e perfeita dentro de uma ilimitada
possibilidade de decisões”, e o plano Dele
seria um mundo perfeito com nada incorreto,
onde falhou? Porque é que atualmente és um
conceito um pouco obscuro aos olhos de
alguns? E para esses, e muitos mais, não passas
de um buraco negro destruidor?”.
Ao som de: Dazkarien - Eras tão Bonita
100
LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
3 de maio de 2013- Sentir/ Felicidade
Hoje coube-me o papel moralizador de
te fazer sentir feliz. Olho-me a mim mesma
para te ver sentir feliz. Sentir feliz. Só sentir.
Porque ser feliz e sentir felicidade é
diferente. Ninguém é feliz. As pessoas
simplesmente sentem a felicidade.
Se calhar a felicidade é palpável… pode-
se abraçar…
Se calhar o êxito tem uma cor, a da glória.
Se calhar os meus olhos veem o
castanho dos teus sentir a felicidade…
Se calhar o amor é banhado a ouro…
Se calhar a felicidade é tudo isto… ou
nada.
Começo e acabo com felicidade, porque
se inicia e termina o conceito da mesma forma:
o ser feliz. Mas como hoje te sentirás feliz, dar-
te-ei a certeza de que tudo o que te disse é visto
por ti de igual modo… somos a combinação
perfeita, somos felizes.
Ao som de: Aretha Franklin - Natural
Woman
7 de maio de 2013- 3º pessoa do singular
É uma sombra com identidade. Chama-
se 3ª pessoa e é-me apresentada todos os dias,
a toda a hora e minuto. Ela tem nome, tem
identificação. É 3ª pessoa e sou Eu. E pior, sou
eu com o mundo e é ela. Chateia-me que se
insista em manter esta farsa para assegurar
que nada de anormal ocorra. Mas eu preciso de
respirar, e ela abafa a réstia de ar que ainda me
sobra. Não desiste de seguir tudo quanto é
meu, de planear aniquilar o que de bom ainda
me resta.
Mas eu sei conjugar e trabalhar bem as
matérias… e de 3ª pessoa passará um dia a
miséria, porque o triunfo é de quem se expõe
verdadeiramente na 1ª pessoa, e não precisa de
segundos nem terceiros para vencer.
Ao som de: Ederlezi- Goran Bregovic
16 de maio de 2013- Devaneio
Sofremos de “efeito borboleta”. As asas
abanam, o nosso mundo estala e tudo nos cai
por terra. Ficamos expostos a qualquer tipo de
podridão e fragilidade, e sofremos… passamos
a resumir-nos a meras migalhas mendigas.
Encontra o pior de mim, faz-me ser o que não
fui, omite o que sou e transforma-me em
estudo do caso. E eu sobrevoo toda esta
matéria terrorista que se faz sentir.
Peço ajuda, grito o nome e vens. Ainda
restas, lutas por mim e pelo que sou. Ainda que
com alguma adversidade, vivemos fora da
redoma que é a Terra… temos o mundo e as
coisas… somos o livro em branco onde se inicia
a história. Histórias. Contam-nos sonhos.
101
LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
Ao som de: War- Goran Bregovic
23 de maio de 2013- Adeus
Odeio despedidas e tudo o que delas
advém. Parece-te um fim? A mim também.
Gostava de te poder dizer que
continuarei contigo daqui em diante, que te
escreverei todas as semanas, que ficarás
sempre marcado em todas as sextas-feiras. Mas
não posso. Seria injusto para mim, para ti e
para quem lê as minhas entradas. É cruel a
mísera maneira como acaba tudo isto… Como
num sopro, tudo vai e volta… Garanto-te a
palavra de agradecimento por tudo o que me
propuseste, à evolução que se fez sentir em
mim, tanto a nível de escrita como de pessoa…
Garanto-te a memória… a memória de que foste
ALGUÉM.
Porque eu não escrevo para uma folha
de papel… Escrevo-te a ti, que calas a boca de
qualquer ser humano que duvidar da tua
verdadeira existência.
Ao som de: Queen- Don’t stop me now
Juliana Ramalho
Cadernos de um Aprendiz de Génio, por
André Carvalho
Será apenas o que vier...
Introdução. Desenvolvimento.
Conclusão. Seguindo um raciocínio lógico e
simples, encontro-me na conclusão, no início
dela mais propriamente. A introdução já está
escrita, tenho um bom desenvolvimento, só
tenho de ver o que fazer com a conclusão.
Como concluir este enredo? Um final dramático
e triste? Um final calmo e feliz? Um final
realista com o positivismo e negativismo
adequados?
Não importa. Não quero saber do final
para já, pois posso ficar preso no tempo, como
aquele sujeito de um texto que li, que não tinha
passado para o ano seguinte, pois tinha ficado
preso no dois e perdeu a hipótese de amar, pois
ainda se encontrava no ano anterior e a sujeita
no ano seguinte, e tudo por não ter conseguido
dizer o 1...0... Não quero ficar preso nos
momentos finais, a pensar num bom final.
Quero apenas que esse fim venha, que venha e
que acabe.
Vou parar de distribuir abraços, vou dar
conselhos, será sempre o mesmo, o mais
importante.
Mantém-te genial
11 de abril de 2013
Factos (in)comprovados
Esta é a lista dos factos comprovados
por mim:
- Não há mal nenhum em mastigar
chiclet nas aulas;
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
- Africa é o único continente respirável
no mundo;
- O mundo não evoluiu assim tanto em
relação às gerações anteriores, aliás, piorou em
alguns aspetos;
- O ser humano é um autêntico animal e
um animal é um verdadeiro ser humano;
- Gosto de ti;
- Não gosto de mim;
- Ninguém gosta de si mesmo;
- Quem gosta de si mesmo é convencido,
mas feliz;
- Vou velejar antes de morrer e fazer
surf também;
- Pratico ténis, mas não sou tenista
(infelizmente);
- O Estado português não sabe o que faz;
- Portugal é um país cheio de potencial,
porém é estúpido;
- Eu tenho muito potencial, porém sou
estúpido;
- Esta lista pode ter mais de mil páginas
e ainda sim estará incompleta;
- Vou parar por aqui, pois tenho outras
coisas para fazer.
(Baseado nas páginas 117 e 118 de “Ricardo, o
Radical” de Maria Teresa Maia Gonzalez)
Mantém-te genial
19 de abril de 2013
Mais um dia de pura reflexão!
Acordei cedo. Talvez até cedo demais.
Pois lá fora ainda nem se via o sol. Só quando
realmente despertei é que reparei que não
havia sol. Havia nuvens. Imensas.
O dia estava cinzento, “mesmo à medida
do meu estado de espírito”. O cinzento não é
sinónimo de um estado de espírito infeliz.
Quando era pequeno gostava muito dos dias
cinzentos, transmitiam mistério,
assemelhavam-se aos dias descritos nos livros
que lia. Porém, com o crescimento, comecei a
apreciar mais os dias solarengos. Os raios a
entrarem pela janela, executando arte no chão,
formas quadrantes, simétricas, triangulares...
Pela sua intensidade percebia quando se estava
a formar o pôr do sol. Ia lá fora, percorria o
grande terraço, subia o degrau de segurança da
piscina e sentava-me a ver o sol a desaparecer
por detrás das montanhas.
Sabia que amanhã iria estar sol
novamente, iria estar calor. Tinha muitos
planos em mente para aquele dia seguinte,
nenhum deles se iria concretizar, mas deixava-
me contente pensar neles. Então pensava e
103
LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
pensava durante toda a noite até adormecer. É
por isto que gosto dos dias de sol.
Mantém-te genial
26 de abril de 2013
Viver aqui, neste cenário...
O relógio marca 00:32. A luz do
candeeiro da secretária mostra-se
imperturbável, tudo está quieto, como que
suspenso no ar. A música explode-me nos
ouvidos. E escrevo ao ritmo a que ela se move.
Tanto para dizer. Farto de refletir, os
serões parecem sempre iguais. São sempre
iguais. Felizmente, aprendi a vivê-los, a
compreendê-los. Pois eles também me
compreendem. O candeeiro, a secretária, a
janela, a cadeira, a lapiseira, a raquete
pendurada na parede, os aviões em miniatura
ao meu lado, as estantes cheias de livros, os
livros que já não me interessam. Tudo está,
noite após noite, no mesmo sítio, criando
sempre o mesmo cenário.
E neste cenário vivo, tendo a certeza que
um dia o abandonarei para sempre, com
esperança de talvez voltar.
Mantém-te genial
03 de maio de 2013
A mente de um escritor
Às vezes gostava de perceber como
funciona a mente de um escritor. De um
verdadeiro escritor. Perceber como lida com a
noção do seu talento, com a incompreensão do
mundo que o rodeia. Quais as suas ambições.
Qual o seu ponto de vista em relação às coisas e
às situações. Se é feliz. Se é infeliz. Que técnicas
utiliza na sua escrita. Se tem alguma melodia
que o inspira. Se sente o artista dentro de si.
Ernest Hemingway foi um artista.
Trabalhou em prol da arte, experienciou de
perto e relatou, criou narrativas singulares
cheias de humanismo, deixou transparecer o
tipo de vida que viveu e, de certa forma,
revelou-nos a sua mentalidade. Os artistas são
assim: dotados de poder, carisma, dão
esperança mesmo quando não a têm. São acima
de tudo criadores e responsáveis pelas
componentes mais importantes da nossa
existência: a arte, o imaginário, o
entretenimento com ensinamentos, que
mudam formas de ver e de viver e nos
inspiram. Quero ser um artista. Quero inspirar.
Fazer como Sophia de Mello Breyner Andresen,
que com a sua simplicidade e coragem
poeticamente denunciou e lutou contra a
injustiça que atravessava o país. Quero
experimentar a abordagem de Saramago, de
Peixoto, de Andrade e, ainda assim, ser um
Carvalho.
104
LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
Mantém-te genial
08 de maio de 2013
Enquanto eu aqui estiver...
Começo a ficar cada vez mais previsível.
Questiono sempre as mesmas coisas. Perco o
sono sempre com o mesmo assunto. É a lenta
autodestruição. Não sei se são os problemas
que me perseguem ou se sou eu que me
preocupo demasiado com eles. Enfim. Penso
que já não sei nada. Penso que já nada é
impossível, infelizmente.
A chuva marca presença durante a
primavera. A primavera é tão quente como o
verão. O verão nunca mais chega. As folhas
ainda só caem no outono. A neve já não cai
durante o inverno. Aqui é assim. Noutro lugar é
diferente. Caminho de lugar para lugar, no
mesmo lugar. Isto enquanto não tiver a
oportunidade de conhecer outros, e descobrir o
meu verdadeiro lugar. Fico aqui, a observar a
serenidade da chuva, a esperar o verão que não
chega e a questionar o porquê das coisas serem
tão inconstantes.
Mantém-te genial
16 de maio de 2013
Ser genial também cansa!
Cada vez me é mais complicado
escrever. O próprio Saramago desabafara algo
do género num dos seus diários. Algo sobre
uma cisma e o tempo de duração... Enfim,
aquelas componentes básicas para um génio.
“Escrever é uma tarefa muito exigente.
Escrever bem, claro” dissera-me, muito
calmamente, um professor meu. Aliás, é por
causa da sua afirmação que escrevo este diário.
Houve tempos em que escrever era algo que
me era fácil. Agora já não é. É um sentimento de
obsessão sempre presente em cada palavra que
escrevo. A expressão “escrever por prazer” não
se aplica, é antes “escrever por masoquismo”.
Ainda assim, dá sempre gozo, ao fim de muito
esforço e persistência, ler o texto que criei. O
“tapete metafórico”, a musicalidade, os
maneirismos, as ideias no seu lugar e a frase
final a fechar em beleza.
Assim como este, o objetivo comum a
todos os meus textos é: difícil de se escrever,
fácil de se ler.
Mantém-te genial
23 de maio de 2013
Ideais. Finais.
Amar os começos. Desfrutar os
desenvolvimentos e as vivências. Odiar os
finais. Este já foi o meu ideal, o meu lema. Já
não é. Agora, amo os começos. Questiono os
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
desenvolvimentos e as vivências. E abraço de
forma amigável os finais. Desconheço a razão
da mudança do meu ideal, sei apenas que este
novo lema me traz mais paz.
Já perdi a conta aos finais que tive;
foram tantos quantos os começos e em cada
final existiu sempre um começo. Errei. Erraram
comigo. Chorei. Fiz chorar. Admiti a minha
culpa a mim mesmo e tentei admiti-lo a quem
fiz sofrer. E avancei. Agora olho para trás e
ainda não percebi se o sentimento é de
arrependimento ou de alívio. Talvez ainda seja
cedo para perceber.
Este ano foi uma junção dos dois ideais.
Amei o seu começo, soube desfrutar do seu
desenvolvimento e das suas vivências e estou
preparado para abraçar o seu final. Reflito, olho
para trás e não percebo que sentimento é este.
Sei que não é arrependimento, mas também
não é alívio. Podia ter feito melhor, podia
sempre ter feito melhor. Estou vivo e, por
enquanto, é o que interessa. Até à próxima.
Mantém-te genial
28 de maio de 2013
André Carvalho
A propósito de “O Gebo e a Sombra” de Raúl
Brandão
É um sentimento de ternura e de
compaixão, é um sentido de encarnação ler “O
Gebo e a Sombra” de Raúl Brandão. É uma
leitura invasora, apenas por um sentido de
conquista de uma alma espavorida apegada à
solidão e negrura de uma sociedade medíocre e
fuzilada por ódios e lamúrias… faz-nos sentir o
que é o mundo. Um grande mundo… um grande
conjunto de seres, aspetos e feitios. É um
autorretrato do futuro, de uma vida entregue a
si mesma, de uma luz apagada pela brisa
noturna de mais um dia insensato e calmo.
É uma história… não, é antes um caso de
vida fictício, mergulhado num fundo fossilizado
prestes a despertar… é uma amostra, um
sentido de honra e de coragem… coragem para
não cair nas facilidades tenebrosas enterradas
no chão.
Iluda-nos a depressão face à realidade
abstrata de fumaça, cimento, e nada!
É um final sem substância - uma
humilhação… é um viver carregado de deveres
e no fim um encontro com os medos, ódios e
tremores. É culpado quem pensa no que fez, no
que andamos a fazer! É a vergonha que nos
destrói… a fraca coragem envolta em hipocrisia
e insegurança que leva à diminuição, à redução
do ser… a vida de muita aparência e pouca
essência. Não se assemelha à morte… esta não
passa de um estado de espírito, uma mudança
de residência, um desvio de chamada… é um
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
apelo à consciência… isto que vejo (hoje, ontem
e amanhã) é um viver ressabiado, detentor de
lamúrias e falsas tréguas, é um viver enterrado!
“O Gebo e a Sombra” é a obra que mostra,
exatamente, o que todos nós sabemos, mas que
temos medo de nomear e acordar. O empenho
forçoso de um humano frágil, honrado e
desterrado da sua vida na terra, desvanece-se
como se de uma longa fogueira se tratasse…
não quer queimar-se, mas pretende aquecer-se.
E continuamos à espera… à espera sem
esperança, mas à espera… porque o que nos
falta não é coragem, é vontade!
José Brás, 11ºC
A propósito de “Por quem os sinos dobram”
de Ernest Hemingway
Sentir-me pequeno, muito pequeno
mesmo. Foi o resultado de finalizar a leitura
deste livro. Como posso alguma vez ser capaz
de chegar ao mesmo patamar de Hemingway?
Nunca conseguirei tal proeza. Simplesmente foi
um dos melhores livros que li até hoje. Um
romance, uma história de guerra, uma
descrição acerca da humanidade, da sua
simplicidade, mas também da sua natureza
mais cruel.
As experiências vividas em primeira
mão durante a Guerra Civil Espanhola estão na
base desta história. Daí o seu profundo
realismo, quase como um documentário.
Transparecem-se as críticas aos atos violentos
e à brutalidade das tropas de ambos os lados
conflituantes. E podemos mergulhar quase de
corpo e alma e perceber como funcionava toda
uma guerra movida apenas por questões
políticas e egoísmos. As personagens são como
heróis e vilões à força, assumindo ambos os
papéis inimagináveis à sua essência, e onde se
reforça a ideia de que é nos momentos mais
negros que as pessoas revelam o seu
verdadeiro eu. Porém nada é preto no branco
nem nada é branco no preto, tudo assume uma
tonalidade cinza.
Considero que o seu título é talvez o
único em toda a minha vida literária que
realmente possui um significado profundo e
verdadeiramente importante, é uma referência
a John Donne e ao seu poema “Meditações” que
explica o sentido completamente absurdo de
uma guerra entre irmãos, e o sentido de
irmandade da humanidade.
Uma obra que marcará para sempre
quem a ler. Nunca esquecerei a inteligência de
Robert Jordan, a coragem de Pílar, a frieza de
Golz, a esperança de Rafael e todas as outras
personagens que tornam esta obra uma ação
ficcionadamente real. Uma ação perpetuada na
história da nossa humanidade.
André Carvalho, 10ºC
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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
Reflexões finais do Projeto Individual de
Leitura, 11ºC
O telhado partiu, mas os alicerces mantêm-
se…
Vou “escrevendo” nas linhas inseguras
desta página. Como elas tremem! Não sei se é
medo ou a fragância da aproximação. Elas
continuam a mexer! Justifico nelas a minha má
letra! Justifico nelas o poder de nada saber
fazer. Dirijo-me a ti. Vagueia por palavras
soltas, completamente hiperbólicas e
metafóricas, a vontade de regressar no tempo.
Tu não te mexes. Estagnas! Deixas de ser um
ser sensitivo, passas a vegetação, a contradição.
E eu olho para ti agora a escrever direito por
linhas tortas.
O telhado da casa já partiu, mas os
alicerces mantêm-se. E eu continuo debaixo
dele. Por muito que tenha desaparecido, o
telhado da casa continua figurativamente a
existir. Ele deixará de me abrigar, esse é o
único problema. Terei que abandonar a estação
e partir, mas os alicerces manter-se-ão! Os
livros, os autores deixarão saudades. O senhor
António Lobo Antunes ficará para sempre no
meu coração, pelo simples facto de me causar a
sensação de que eu não consigo. O livro
“Morreste-me” marcará a minha alma sempre,
só por causa dos arrepios fortemente sentidos
aquando da sua leitura. Tive as minhas quebras
de tensão contigo, cheguei mesmo a querer
espancar-te! Mas, à medida que se desmonta a
casa, tudo parte! Eu partirei, tu partirás, mas
para sempre estaremos unidos, nem que seja
apenas pela troca de emoções! E não te
esqueças: o facto de não existires é
simplesmente irreal! Tu és eu, eu sou tu!
Cláudia Rocha, 11ºC
O ponto marca o fim…
Nunca me imaginei no lugar em que
estou hoje… nunca o imaginei assim: vitorioso,
confiante, esperançoso e perplexo… com
amizades desreguladas que roubei à sociedade,
contextos assimétricos e sentimentos
desmesurados. Não sabia o que viria a ter nem
a perder… o que seria conquistado e o que
ficaria por conquistar...
Estes dois anos deram-me muito!
Desejaram-me sorte e perseverança para
continuar e enredar-me no meu futuro de
realidades. Foram altos momentos, aspetos
meus… a minha história e a vida de um
iniciante no pensamento.
Foram aprendizagens, desvalorizações,
conteúdos, recordações, análises e estudo…
estudo e felicidades! Tornou-se um hábito com
vícios e trabalhos. Dores de cabeça, dores de
108
LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS
costas, dores de pernas e mais dores… dores de
aprendiz… sentidos a agudizarem-se e a
tomarem o seu verdadeiro lugar – no corpo e
na mente! A atordoar e a despedaçar o escudo
da ingenuidade… e da puberdade!
São alguns arrependimentos e escritas
difíceis… são leituras e atropelamentos… são
pensamentos e comentários… desprezos e
desesperos… cheiros e visões do futuro, do
presente e do passado… e por isso é que a
história nunca acabará… porque sempre
haverá algo que nos relembrará o passado e
alguém que nos predestinará o futuro!
José Brás, 11ºC
Ponto final. Parágrafo.
De impossível caracterização, faço as
malas a uma época que encerra aquele que foi o
meu primeiro projeto pessoal…pelo menos
deste cariz. Deixando para trás a ideia de que
me senti feliz, enveredo por um novo rumo
incerto que, num bater incessante, vai ditando
aquele que será o meu futuro face à
vida…tendo agora uma ideia mais concreta do
que realmente ela é e será.
Cumprir um projeto foi um crescer
obrigatório, um pensamento maduro e um
sentido de responsabilidade que adquiri sem
medos, visto que associei o prazer ao fazer sem
qualquer restrição.
Ao longo destes dois anos, repletos de
emoções e desilusões, deparo-me, hoje, com
uma evolução pessoal. “O que partilho é o que
partilhando sinto”, e sempre tive isso em conta.
Sem pecar por injúrias e hesitações, tive
sempre em evidência a perceção de que falei na
escrita, sem esconder nada, mas mostrando o
enigma que sou… letra a letra.
Dei de mim. Quis ser mais e melhor a
cada sexta-feira. E tendo em primeiro plano a
certeza de que consegui, ou pelo menos de que
fiz tudo para tal, acabo com um certo orgulho
em perceber que embora a classificação fosse
relevante, não menosprezo o contentamento
que senti e sinto em olhar para estas páginas e
conceber que este foi o MEU projeto, um lançar
na vida precoce, mas que fui eu quem para ele
contribuiu. E isto, isto é o que de melhor tiro
desta experiência, pois prova a mim mesma
que vou sendo capaz de dizer sim, mesmo com
tudo o que surja e complique.
Acabo como comecei… com medo de
escrever a última palavra que ditará um fim
não desejado… próximo… e infeliz.
A ti, PIL (Projeto Individual de Leitura),
um “até”, com a ânsia de um dia lhe poder
juntar o “já”.
Juliana Ramalho, 11ºC
A Equipa do Jornal Vernária agradece a colaboração de todos
quantos participaram na continuidade deste projeto ao longo
deste ano letivo - 2012/2013.
O nosso muito obrigado!
PRÓXIMA EDIÇÃO: DEZEMBRO 2013