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JORNAL VERNÁRIA AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE ARAÚJO 2013 junho N.º 6

Vernariajunho

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo - junho 2013

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Page 1: Vernariajunho

JORNAL VERNÁRIA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE ARAÚJO

2013

junho N.º 6

Page 2: Vernariajunho

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ÍNDICE

Ficha Técnica 4

Editorial 5

NOTÍCIAS

Clube de Artes 6

Prémio Prof. Emídio Guerreiro 7

Leitura Orientada 1º ciclo 7

O Sangue no nosso Corpo 8

O Esqueleto Humano 9

Recondução do Diretor do AEVA 10

Exposição Pintura - Luís Pereira 11

Semana da Leitura 12

EE na Semana da Leitura 14

A Envolvência da Leitura 15

Semana da Leitura EB1 Rossas 16

Semana da Leitura CECávado 17

Histórias sobre o Mar 18

É urgente que sejas o Melhor! 20

Bolsas de Excelência 20

SOBE 21

Super sorrisos 22

Competições Desportos Gímnicos 23

Regional Desportos Gímnicos 24

Visita de Estudo EB1/JI Guilhofrei 24

Carta Jornal Vernária 26

Dia da Família 27

O Peixinho Arco-Íris 28

Horta Pedagógica 29

Sessão PRODER 30

Dia Mundial do Ambiente 30

Concurso ‘O Teu Olhar…’ 32

Projeto Ciência Criativa 34

Datas Comemorativas no JI 35

FORA D’AULAS

Visita de Estudo Porto 36

Estágio de Orientação 37

III Encontro Natação 37

Troféu Orientação Cabreira 38

Corrida da Liberdade 39

VI Ultra Trail da Geira 43

Campeonatos Nacionais de Estafetas

Distâncias Médias 44

Visita de Estudo 5º ano 44

Visita de Estudo Sintra e Coimbra 45

Adopt a granny/granpa 47

Igualdade de géneros... (Sopro) 48

INSPIRAÇÕES

Interação Pais/Escola 49

Poemas sobre o Mar 49

A Estrelinha no Fundo do Mar 54

Page 3: Vernariajunho

3

A minha Mãe 58

Dia da Mãe 58

Dia Internacional do Brincar 59

Versos soltos 59

‘O caracol se parece com o poeta:

lava a língua no caminho da sua

viagem’ 63

O interior da letra O 64

O que cabe neste poço 64

Pensamentos de um Génio 65

11th B speaking of… Money! 69

És amigo do Ambiente 69

Friends 70

Love… always love! 70

The Sea 71

Your eyes are my sea 72

Ler 73

Mísera pobreza 73

A Escola 74

O meu diário é o melhor lugar

para pensar 74

O poema da minha vida 75

Plano Nacional de Leitura 77

A nossa reportagem ‘Os Garranos’ 79

Ele há casos! 79

EM FOCO

CAVA 80

Jogos Matemáticos 82

Os 7 Magníficos 84

Projeto Escola, Vida e Ciência 88

Cedro vence concurso 88

QUE É FEITO DE TI?

Daniel Vilaverde 89

Filipe Barroso 89

José Miguel Silva 91

LEMOS, GOSTAMOS E

RECOMENDAMOS 93

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4

FICHA TÉCNICA

Escola: Agrupamento de Escolas Vieira de

Araújo - Vieira do Minho

Diretor: Alberto Rui Monteiro da Silva

Equipa Professores: Carla Álvares, Felicidade

Santos, Maria José Ramalho

Clube de Jornalismo: João Duarte, Rodrigo

Mota, Rodrigo Vieira, Sérgio Vieira, João Dinis

Álvares, Roberto Santos, Sofia Martins, Eduarda

Cruzinha, Nuno Luís Almeida, Ana Cláudia

Freitas, Ana Rita Lopes, André Carvalho,

Catarina Gonçalves, Cristiana Costa, Isabel

Silva, Mariana Pereira, Marina Branco, Ricardo

Pinheiro, Suse Torres Vieira, Lúcia Filipa Sousa,

Renato Costa, Nelson Estevão, Cláudia Rocha,

Daniel Pereira, Diogo Brás, Duarte Cardoso,

José Luís Brás, Juliana Ramalho, Hugo Cardoso

Colaboradores: Fernando Gomes

Page 5: Vernariajunho

5

EDITORIAL

Caras/os Alunas/Alunos,

Eis-nos chegados ao fim de mais um ano

letivo! Mais um para juntar aos já imensos que,

ao longo da existência deste Agrupamento,

sucedem-se a um ritmo fantástico, inexorável e

irreversível.

Também é mais um recheado de

experiências, acontecimentos, momento e

eventos que movimentaram a comunidade

educativa, no pressuposto sempre

incontornável do cumprimento do Projeto

Educativo e do Plano Anual de Atividades. E

porque a tradição mantém-se…todos esses

momentos e experiências múltiplas ficarão

registadas para todo o sempre na edição final

deste ano do nosso provecto, mas sempre

renovado e jovem, Jornal Vernária, uma edição

que, dinamizada pela equipa responsável pela

sua publicação (a quem desde já se endereça os

mais rasgados elogios e parabéns), pretende,

mais uma vez, não deixar passar em claro todas

as vivências da nossa comunidade educativa:

pessoal discente, não docente, docente,

encarregados de educação e demais

incontornáveis parceiros! A todos estes atores,

essenciais à vida desta comunidade, permitam-

me deixar aqui (e porque nunca é demais!) os

nossos mais profundos e sinceros

agradecimentos e sentimentos de orgulho!

Este ano, em concreto, ficou marcado

pelo término do quadriénio 2009-2013 que,

pela sua especificidade, implicou a presença de

uma equipa de avaliação externa da Inspeção

Geral de Educação e Ciência que, à semelhança

da sua presença em 2009, visou aferir do

funcionamento do Agrupamento, a todos os

níveis e nas suas mais abrangentes valências.

Também ficou caracterizado pela recondução

do Diretor e respetiva equipa nas funções de

gestão do Agrupamento. E porque o

Agrupamento não vive só de marcos positivos,

permitam-me uma referência, em jeito de

saudade, aos colaboradores D. Maria Gorete

Vieira Costa Cruz (Assistente Operacional em

serviço na biblioteca) e do Professor António

Augusto Ferreira da Silva (Docente do Grupo

de Geografia) que nos deixaram, mas cuja

memória continua perene e estoica, nos nossos

corações.

Termino, referindo que tudo quanto se

fez, faz e fará,… será sempre de, com, por e para

a razão de ser deste Agrupamento, ou seja, os

alunos. Assim, só me resta formular votos de

que tudo quanto foi feito e registado nesta

edição do Vernária, possa contribuir

decisivamente para o enriquecimento da

formação pessoal, escolar e social de todos vós,

sendo que esse enriquecimento verá espelhado

o respetivo sucesso que todos desejamos e que

se refletirá no advir das gerações seguintes.

O Diretor

Alberto Rui Monteiro da Silva

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6

NOTÍCIAS

Clube de Artes

Funcionou, na Escola EB/S Vieira de

Araújo, o Clube de Artes, às quintas-feiras, das

15.00h às 16.40h, para os alunos da educação

especial, com as professoras Celeste Campos e

Helena Silva.

Os projetos desenvolvidos englobaram

as áreas de pintura, modelagem, têxteis, etc..

Grande parte do trabalho foi realizado com

base no chamado “EcoDesign”, ou seja, o

reaproveitamento de materiais reutilizáveis.

Quanto às temáticas trabalhadas em cada uma

das aulas, foram desenvolvidas a pensar em

valores, sentimentos e formas de expressão a

desenvolver.

Foi demonstrado bastante interesse,

assiduidade e participação dos alunos

envolvidos nos projetos, podendo-se observar

trabalhos de excelente qualidade que,

continuadamente, foram surpreendendo toda a

comunidade educativa, tal como pode ser

comprovado com a apresentação de algumas

fotografias de trabalhos realizados.

Celeste Campos

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7

NOTÍCIAS

“Prémio Professor Emídio Guerreiro”

O vieirense

João Pedro Vilaverde

Silva, filho de

Domingos José Costa

da Silva e de Rosa

Maria Barros

Vilaverde Silva,

recebeu, no dia 9 de

março, no salão nobre da Sociedade Martins

Sarmento, em Guimarães, o “Prémio Professor

Emídio Guerreiro” de melhor aluno de

Licenciatura em Matemática (ano letivo

2011/2012), da Universidade do Minho, com a

média final de 16 valores.

Na sessão solene da entrega de prémios,

foi proferida uma conferência pelo Dr. Gonçalo

Cruz, arqueólogo da SMS, que falou sobre o

tema “A Arqueologia na Sociedade Martins

Sarmento”. Parabéns, João Pedro!

Leitura orientada no 1.º Ciclo

No 2.º período, os professores

bibliotecários continuaram a desenvolver

atividades de promoção e incentivo à leitura

nas bibliotecas do 1.º ciclo. As sessões de

leitura orientada floresceram nas salas e

bibliotecas, com os alunos a ler imensos textos,

essencialmente poesia, que inundou as salas de

magia, rimas e palavras mágicas de autores

portugueses, desde Matilde Rosa Araújo, a

Sidónio Muralha e a Luísa Ducla Soares.

Ler para as crianças implica cativá-las

através das palavras, da forma como se lê,

como se reconta uma história, como se associa

cada detalhe de um texto às vivências dos

alunos.

É gratificante ver os sorrisos dos alunos

quando estamos com eles, quando nos

recebem, quando nos questionam sobre a

próxima visita.

Há leituras que ficam para sempre nas

nossas memórias e existem alunos que ainda

recitam poemas estudados no 1.º período. Os

mais pequenos adoram fazer jogos de

expressividade oral com os poemas que estuda-

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8

NOTÍCIAS

mos e nunca mais se esquecem destes

momentos.

Ao longo do ano letivo, percorremos

muitas páginas e muitas palavras. Muitas

ilustrações foram observadas e interpretadas,

muitos textos recontados e analisados, muitos

autores identificados.

A biblioteca da EB1/JI de Rossas, a

biblioteca do Centro Escolar do Cávado e a

biblioteca da Escola Básica Domingos de Abreu

receberam muitos alunos para ler, para

requisitar livros, para estudar e para participar

em atividades conjuntas. Foi muito gratificante

trabalhar com os docentes e alunos destas

escolas. Nestas visitas tivemos a oportunidade

de fazer algumas atividades com as crianças da

Educação Pré-escolar, que revelaram ser muito

participativas e muito expressivas oralmente.

O SANGUE NO NOSSO CORPO

SABIAS QUE…

… O sangue é um meio de transporte que leva

alimento e oxigénio a todo o corpo e no

regresso traz o lixo

(o que não presta)

para os órgãos

excretores

deitarem fora?

… Um adulto tem

cerca de 5 litros de

sangue no corpo?

… Normalmente o

coração bate 100

mil vezes por dia?

POR QUE É QUE O SANGUE É VERMELHO?

O sangue é

vermelho, porque

tem glóbulos

vermelhos e uma

proteína que lhe dá a

cor - a hemoglobina.

COMO É QUE O

SANGUE CHEGA À

PONTINHA DOS NOSSOS DEDOS?

É o coração que bombeia o sangue, que,

através das veias e vasos sanguíneos, chega a

todas as partes do corpo.

O coração é uma máquina poderosa e

vital para o funcionamento do corpo humano.

POR QUE É QUE O CORAÇÃO BATE MAIS

RÁPIDO QUANDO CORREMOS?

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NOTÍCIAS

Quando corremos, o nosso coração bate

mais rapidamente e também respiramos mais

rápido para dar oxigénio ao nosso coração.

Paula Lemos

O ESQUELETO HUMANO

SABIAS QUE…

… O esqueleto humano tem como função

principal proteger

determinados órgãos

vitais, como, por

exemplo, o

CÉREBRO, que é

protegido pelo

crânio, e também os

PULMÕES e o

CORAÇÃO, que são protegidos pelas costelas e

pelo esterno.

… Os ossos do corpo humano variam de

formato e tamanho, sendo o maior deles o

fémur, que fica na coxa.

… O esqueleto de um adulto é formado

geralmente por 206 ossos.

… A razão por que nos movimentamos tão

facilmente é que os nossos ossos estão ligados

entre si por juntas - articulações - que

permitem que os músculos confiram ao

esqueleto milhares de posições diferentes.

… Os membros superiores são compostos por

braço, antebraço, pulso e mão.

… Os membros inferiores são maiores e mais

compactos, para sustentar o peso do corpo e

para caminhar e correr. São compostos por

coxa, perna, tornozelo e pé.

Cuidados com o esqueleto humano:

Devemos manter sempre uma postura

correta – ao andar e ao sentar.

Não devemos ter os pés por baixo do

corpo, quando estamos sentados.

Não devemos carregar muito peso ou

transportar objetos pesados apenas de

um lado do corpo. Por exemplo, uma

mochila, cheia de cadernos e livros, deve

ir nas costas e não num dos ombros.

Devemos alimentar-nos corretamente; o

excesso de peso pode acarretar vários

problemas, como sobrecarga na coluna

vertebral.

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Devemos ter cuidado com pancadas,

quedas ou movimentos bruscos:

podemos fraturar os ossos.

Devemos praticar exercício físico

regularmente.

CANÇÃO do ESQUELETO

(Com a música da velha que morava numa ilha)

Era um esqueleto que morava no meu corpo

(bis)

Queria dançar, pôs o rádio a funcionar (bis)

No seu crânio, tinha o cérebro escondido

Atrás das costelas, os pulmões e o coração

Ele dançava, muito divertido

E eles faziam um trabalhão

Era um esqueleto que morava no meu corpo

Ficava direito e punha-se todo torto

Veio o homem cuidar do esqueleto

Pô-lo direito para ficar contente

Esse esqueleto tem pernas e tem braços

Para poder dar muitos abraços

Mas para mandar no

esqueleto é preciso

O senhor cérebro ter

muito juízo!

Paula Lemos

RECONDUÇÃO DO DIRETOR DO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE

ARAÚJO

De acordo com o previsto na Lei (n.º2 do

artigo 25º do Decreto-Lei nº 75/2008, na sua

republicação no Decreto-Lei nº 137/2012 de

02 de julho e plasmado no Regulamento

Interno deste Agrupamento), em sede de

reunião de Conselho Geral do Agrupamento de

Escolas Vieira de Araújo, realizada no dia 03 de

abril de 2013, foi votada a recondução de

Alberto Rui Monteiro da Silva, no cargo de

Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de

Araújo, para o próximo quadriénio 2013-2017.

A Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de

Escolas Vieira de Araújo - Maria Antonina

Guimarães Dias

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NOTÍCIAS

Exposição de Pintura de Luís Pereira na

Casa Museu Adelino Ângelo

Foi inaugurada no passado dia 4 de abril

a Exposição de Pintura “Utopias” de Luís

Pereira.

Natural de Cantelães, José Luís Ribeiro

Pereira tem 51 anos e cedo sentiu a

necessidade de trabalhar, devido aos tempos

difíceis que se faziam sentir na altura.

Trabalhou em Coimbra, Vieira do Minho e

Alemanha. Exerceu diversas funções ao longo

da vida, tendo-se adaptado às necessidades que

iam surgindo.

Uma das suas caraterísticas mais

visíveis é a versatilidade. Assim, para além do

trabalho, sempre desenvolveu o seu gosto pela

música, pela arte, pela gastronomia e

horticultura.

Hoje em dia exerce a sua profissão na

EB/S Vieira de Araújo e dedica-se a uma série

de atividades extra, sendo uma delas o

voluntariado na Universidade Sénior de Vieira

do Minho, nomeadamente com o Grupo de

Cavaquinhos!

A inauguração da sua Exposição contou

com o ‘seu’ Grupo de Cavaquinhos, assim como

com a presença do Presidente da Câmara de

Vieira do Minho, Dr. Jorge Dantas.

E, citando Luís Pereira: “A realidade é

uma constante em relação ao universo dos

homens. A utopia traduz-nos uma ‘realidade’

fictícia, fantasiosa, imaginária, inatingível, ou

seja, irreal como uma quimera. Estes pequenos

borrões e sarrabiscos são descrições de estados

de ‘alma’ do ‘eu’ ser pensante e sofredor. Sem

formação académica, ‘sinto-me uma poeira

ínfima no meio artístico e dos artistas’. ‘É

necessário sentir algo diferente para rubricar

os ‘borrões e sarrabiscos’”.

Pois, parece-nos que chegou a altura de

começar a assinar todos os seus trabalhos!

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NOTÍCIAS

SEMANA DA LEITURA NO AGRUPAMENTO DE

ESCOLAS

As atividades da “Semana da Leitura”

envolveram a participação direta de 22 turmas na

Escola sede do Agrupamento, aproximadamente

450 alunos, e todas as turmas da Educação Pré-

escolar (14 turmas) e as 21 turmas do 1.º ciclo.

Durante 6 dias, as atividades decorreram de forma

serena, não perturbando o normal funcionamento

das aulas, tentando integrar o máximo de alunos e

docentes, numa perspetiva de caminhar no sentido

de promover hábitos de leitura.

A Escola sede do Agrupamento ganhou cor e

alegria com as inúmeras manifestações

desenvolvidas pelos alunos, nomeadamente

exposições de desenho, de poesia e de pinturas,

todas alusivas ao tema do Mar.

Outro aspeto muito positivo foi a

colaboração dos docentes, que articularam com a

equipa da biblioteca escolar para dinamizar as

atividades no espaço da biblioteca. Esta ganhou um

outro ritmo, com turmas a visitar a Feira do Livro,

outras a visionar filmes, a visitar as várias

exposições ali realizadas e a assistir às atividades

de promoção da leitura, realizadas por professores

e alunos.

A poesia predominou nas leituras e

produções inéditas dos alunos, que, de forma muito

solene, souberam partilhá-la com todos os outros,

conseguindo impor silêncios profundos na

assistência.

Os alunos e docentes foram criativos nas

formas diversificadas como promoveram a leitura e

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NOTÍCIAS

os assistentes tiveram a oportunidade de ouvir ler,

declamar e cantar poesia. Pela biblioteca passaram

ondas de poesia já aclamada e nunca olvidada, mas

também outros textos produzidos pelos alunos, que

conseguiram compor um ambiente de tertúlia e

prazer pela leitura.

Os alunos, que previamente tinham aderido

ao Concurso “Duarte e Marta”, tiveram o duplo

prazer de ler as obras e conhecer os autores da

coleção. No dia 23 de abril, “Dia Mundial do Livro”,

os autores Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira

estiveram na nossa biblioteca para partilhar com os

nossos alunos as suas experiências e responder às

muitas solicitações dos alunos, que se mostraram

deveras curiosos sobre a forma como nasceu esta

coleção “Duarte e Marta”. Os vencedores do

concurso, promovido na biblioteca em parceria com

a Porto Editora, receberam os prémios desta

editora pelas mãos dos próprios autores. Foi uma

sessão muito animada e profícua.

No dia 24 de abril, véspera da comemoração

de uma revolução que mudou a história de

Portugal, a biblioteca associou-se ao grupo

disciplinar de História, que realizou uma palestra

sobre o 25 de abril de 1974, contando com a

presença de um ex-combatente da Guerra Colonial.

Quisemos demonstrar que estamos abertos a

solicitações de todos os grupos disciplinares,

sempre a pensar nas aprendizagens dos nossos

alunos.

Outro momento marcante para toda a

plateia foi a presença do Contador de Histórias, Dr.

Emílio Gomes, que de forma voluntária enriqueceu

a “Semana da Leitura”, brindando os presentes com

divertidas, sensatas e pedagógicas histórias

rimadas, que muitos aplausos e sorrisos subtraíram

aos presentes. Os alunos do ensino secundário

foram os privilegiados desta sessão de histórias,

interagindo com o Contador, que, de forma muito

peculiar, conseguiu decretar um ambiente de

completa absorção pelas suas palavras.

Em forma de conclusão, consideramos que a

adesão e o desenvolvimento das atividades foi um

sucesso, conseguindo fazer imperar um ambiente

alegre e divertido.

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NOTÍCIAS

No 1.º Ciclo, as atividades tiveram outra

dimensão, igualmente pertinente e diversificada. Os

encarregados de educação tiveram um papel

primordial, com inúmeras presenças nas salas de

aula, efetuando leituras para os alunos. Os

encarregados de educação uniram-se aos alunos e

realizaram obras simplesmente deslumbrantes,

associadas à temática do Mar, surgindo todo o tipo

de embarcações, peixes, cenários e demais

construções que revelaram as potencialidades do

reaproveitamento de materiais e demonstraram

uma criatividade sem limites. Estas criações foram

expostas nas várias Escolas, para serem apreciadas

por toda a comunidade educativa.

No Pré-escolar, cada sala recebeu uma tela

para decorar segundo o tema do Mar. As telas em

conjunto compuseram exposições, nas respetivas

Escolas, que enriqueceram a “Semana da Leitura”.

Também as salas dos mais pequenos receberam

inúmeras visitas de encarregados de educação, que,

de formas muito diversificadas, cativaram a atenção

das crianças durante a leitura de muitas histórias e

poesias.

A produção de textos, quer em prosa, quer

em poesia, imperou nas salas do 1.º ciclo, dando

asas à criatividade dos alunos, que também se

esmeraram nas criações icónicas alusivas ao Mar.

Professores bibliotecários

A participação dos Encarregados de

Educação na “Semana da Leitura”

A participação de pais e encarregados de

educação nas atividades da “Semana da

Leitura” deste ano letivo foi enorme e repleta

de ótimas surpresas, principalmente para os

alunos. Estes foram presenteados não só com a

presença dos seus familiares nas suas salas de

aula, mas tiveram a oportunidade de com eles

preparar belíssimas construções alusivas ao

tema do MAR, tema oficial da “Semana da

Leitura”. As deslumbrantes construções difun-

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15

NOTÍCIAS

diam todo o tipo de embarcações, peixes e

cenários, revelando as potencialidades do

reaproveitamento de materiais e

demonstrando uma criatividade sem limites.

Em todas as escolas do pré-escolar e 1.º ciclo, a

adesão dos encarregados de educação foi muito

positiva, enchendo de orgulho e vaidade as

nossas crianças, em particular, e todo o

Agrupamento.

A “Semana da Leitura” teve como

objetivo central promover o gosto pela leitura,

e com os pais e encarregados de educação os

alunos tiveram a oportunidade de concretizar a

produção de textos, quer em prosa, quer em

poesia, que depois partilharam com todos os

colegas, quer através da leitura na sala de aula,

quer através de exposições de trabalhos na

Escola.

Os alunos, além de usufruírem da leitura

realizada pelos seus familiares, também foram

presenteados com algumas iguarias, que alguns

encarregados de educação fizeram questão de

associar ao tema da “Semana da Leitura”,

nomeadamente com a decoração de bolos

caseiros com gomas em forma de peixes e

conchas. O cenário para momentos deliciosos

foi delineado e concretizado com sucesso,

aliando leitura e doces.

A “Semana da Leitura” foi certamente

um momento marcante para todos os que nela

participaram, pois contribuiu para uma

partilha de saberes e conhecimentos, ficando

estes registados para sempre na memória dos

intervenientes.

Professores bibliotecários

A envolvência da leitura

Durante a “Semana da Leitura”, a EB1/JI de

Guilhofrei realizou várias atividades onde a

criatividade, a partilha, a comunicação e o

envolvimento de vários elementos da comuni-

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NOTÍCIAS

dade educativa estiveram bem presentes.

Na segunda-feira, organizou-se a exposição

dos barcos, realizados pelos alunos juntamente

com os familiares, e cuja adesão foi muito

significativa. Foram utilizados diferentes tipos

de materiais e representadas embarcações de

todo o género, onde “o engenho e a arte” não

faltaram.

Na quarta-feira, realizou-se uma sessão de

leitura orientada pela encarregada de educação

de um aluno do 1º ano, que aceitou o convite de

vir à escola ler um texto ou um poema que

tivesse por tema o Mar. A contextualização foi

bem ilustrada e os textos escolhidos, o conto

infantil “O caracol que queria ver o Mar” e o

poema “O Mar Português”, embora de géneros

diferentes e de complexidade distinta, tinham

uma mensagem comum que foi bem assimilada

pelos alunos.

Na sexta-feira, as iniciativas foram variadas

e mais uma vez contaram com a colaboração de

duas encarregadas de educação de alunos do

Jardim. Uma começou por apresentar vários

tipos de livros que, devido às suas diferenças

formais, motivaram e levaram os alunos a

entender que a capa é o rosto do livro. Depois

leu o conto “O Pinguim Henrique” de uma

forma muito expressiva. A outra mãe cantou o

tema “O Mar enrola na Areia”, na versão de

Jorge Palma. No final, os alunos e professores

tocaram e cantaram uma parte da mesma

canção que, por coincidência, também tinham

escolhido para encerramento das atividades.

Foi uma semana enriquecedora, muito ativa

e participada, que surpreendeu pela grande

adesão dos encarregados de educação aos

convites que lhe foram endereçados.

Professora Isabel Viegas (EB1/JI de Guilhofrei)

A Semana da Leitura na EB1 de Rossas

Alunos e professores das várias turmas

reuniram os seus trabalhos e partilharam o

espaço da biblioteca escolar para os expor.

Ao longo da semana, também os

encarregados de educação participaram nas

atividades, lendo na sala de aula e também na

biblioteca. Os alunos ficam sempre muito con-

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NOTÍCIAS

tentes com estes momentos de convívio escolar

com os seus familiares.

As salas foram decoradas com motivos

alusivos ao MAR, tema da “Semana da Leitura”.

Na nossa Escola houve a preocupação em

partilhar atividades e promover a leitura em

diferentes contextos. Foi uma semana

preenchida e repleta de momentos coloridos e

divertidos, com produção de poesias, textos

narrativos, acrósticos, muitas pinturas e um

grande painel dedicado ao mar.

EB1/JI de Rossas

A “Semana da Leitura” no Centro Escolar do

Cávado

A “Semana da Leitura” conseguiu

envolver todos os alunos, professores e muitos

encarregados de educação na tarefa de

promover a leitura. Também no Centro Escolar

do Cávado, alunos, professores e família

uniram esforços e desenvolveram diversas

atividades em torno do tema do Mar,

envolvendo atividades de leitura, de escrita, de

desenho e de exposição de criações elaboradas

por alunos e encarregados de educação.

São momentos como estes, de grande

colaboração e partilha, que tornam os dias na

escola mais atrativos, mais ricos e memoráveis

aos olhos dos principais atores: os alunos.

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NOTÍCIAS

No Centro Escolar do Cávado, os

encarregados de educação participaram

através da leitura de textos e poesias para os

alunos, desde os mais novos do Pré-escolar até

aos alunos do 1.º ciclo.

Durante a semana de atividades, a

escola ganhou outro colorido e outro

movimento, com a elaboração de painéis

decorativos, onde se expuseram os lindíssimos

trabalhos dos alunos e também uma lindíssima

exposição alusiva ao mar, que contou com a

participação de muitos encarregados de

educação, que, desta forma, contribuíram para

a excelência do trabalho da escola.

Centro Escolar do Cávado

SEMANA DA LEITURA

Histórias sobre o Mar

Foi uma semana em cheio, muito

interessante e com grande adesão por parte

das famílias. O tema «O Mar» já estava a ser

trabalhado anteriormente, sendo do interesse

das crianças, pelo que estas estavam

motivadíssimas.

Mais uma vez foi notório que as famílias

das crianças estão sempre dispostas a cooperar

nos projetos que se vão desenvolvendo ao

longo do ano letivo. Para as crianças é um

delírio quando as mães, pais e irmãs vêm à sala

contar histórias, ou fazer qualquer outra

atividade. Obrigado, papás! Obrigado, mamãs e

maninhas! Adoramos a vossa companhia!

História: «O Polvo coceguinhas», contada pelo

pai do Afonso e pai do Ricardo, com a técnica

de teatro de sombras, no dia 22/04/13.

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NOTÍCIAS

História: «A onda salgadinha e os amigos

golfinhos», contada pela mãe e irmãs da

Clarinha, com a técnica de leitura teatral a

várias vozes, no dia 23/04/13.

História: «Perigo no fundo do mar », contada

pelas mães do David e da Francisca Costa, com

recurso ao quadro interativo e a jogos de

atenção, no dia 26/04/13.

História: «História de amizade e união no fundo

do MAR», contada pelas mães do João Tomás,

da Leonor Lucas e do Romeu, com recurso à

imagem em mural e à interatividade das

crianças, no dia 29/04/13.

História: «O voo do golfinho» lida pela mãe da

Eduarda, com recurso ao livro, no dia

30/04/13.

Pequena lembrança para as mães e pais

que se disponibilizaram e animaram esta

“Semana da leitura”.

Um muito obrigado a todos!

Centro Escolar Domingos de Abreu - Sala dos 4 anos

– Prof. Paula Lemos

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NOTÍCIAS

É urgente que sejas O Melhor!

Esta foi a mensagem que o Cristiano

Pinheiro, de Vieira do Minho, e a Daniela

Cardoso, de Esposende, a frequentarem o

último ano do Curso de Direito na Universidade

do Minho, transmitiram a turmas do 9.º ano e

ensino secundário em duas sessões realizadas

no dia 21 de maio na Biblioteca da EB/S Vieira

de Araújo.

A palestra, organizada e proposta pelos

alunos Ricardo Sousa e Ricardo Pinheiro, em

parceria com o Clube de Jornalismo, teve como

grandes objetivos explicar qual a importância

da Escola e as consequências do abandono

escolar, o mito 'Os grandes centros são

melhores do que a minha terra amada?' e ainda

as perspetivas relativamente ao futuro que

espera os jovens.

A incidência em questões como a

vantagem de se estudar e alargar os horizontes

relativamente à maior facilidade de conseguir

emprego, a necessidade de obter as melhores

classificações para ter lugar de destaque no

mundo profissional e social, a motivação ao ser

alguém, ao ser mais, ao querer, ao ambicionar

foram muito bem acolhidas pelo público, que

no final, manifestou o seu apreço pelo trabalho

divulgado e pelo aconselhamento.

Há necessidade de mais iniciativas deste

género! Em prol de jovens melhores e de um

mundo à medida!

Carla Álvares

Bolsas de Excelência atribuídas a dois ex-

alunos da EB/S Vieira de Araújo

João Nuno Machado e Micael Gonçalves,

jovens de Vieira do Minho, a frequentar o 2º

ano da licenciatura dos Cursos de Bioquímica e

de Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão

Industrial respetivamente, receberam bolsas de

excelência atribuídas pela Universidade do

Minho, por terem obtido o melhor desempenho

escolar no primeiro ano curricular.

Page 21: Vernariajunho

21

NOTÍCIAS

A cerimónia de entrega das Bolsas de

Excelência da Universidade do Minho realizou-

se no dia 22 de maio, pelas 15h, no Salão

Medieval da Reitoria, no Largo do Paço.

O reitor António M. Cunha entregou a 71

alunos o respetivo diploma, a que corresponde

uma bolsa de valor pecuniário idêntico ao da

propina.

SOBE – Saúde Oral Bibliotecas Escolares

O SOBE é uma iniciativa da Direção

Geral da Saúde, do Plano Nacional de Leitura e

da Rede de Bibliotecas Escolares, envolvendo

profissionais de saúde, da educação, alunos e

famílias. Tem como intuito a promoção da

saúde oral nas escolas através das bibliotecas e

como objetivo final permitir aos alunos e

professores a motivação suplementar para

aprender e praticar a linguagem, a leitura, a

escrita e as capacidades matemáticas criativas.

Para além dos projetos de escovagem, pretende

desenvolver um conjunto de atividades

promovidas pelas bibliotecas escolares:

leituras animadas, sessões de leitura, teatros,

colóquios, sessões de desenho, aulas temáticas

sobre saúde oral, dinamização e decoração das

bibliotecas com os materiais do projeto SOBE,

inclusão dos materiais nas aulas, entre outras.

Este projeto envolve a nível nacional as

bibliotecas escolares e, aproximadamente, um

milhão de alunos.

As bibliotecas escolares receberam o Kit

SOBE, que é composto por um conjunto de

materiais, que pretende suscitar a vontade dos

alunos e professores para explorarem o mundo

da saúde oral. Em cada biblioteca existe já um

espaço dedicado ao SOBE, esperando a visita

dos alunos e professores para explorarem os

seus materiais.

Page 22: Vernariajunho

22

NOTÍCIAS

No âmbito do Programa Nacional de

Promoção da Saúde Oral, a Biblioteca Escolar

do Agrupamento de Escolas, em coordenação

com a equipa da Saúde Escolar, apresentou no

início do ano letivo o seu Projeto de Saúde Oral,

tendo sido o mesmo contemplado com kits de

escovagem para todos os alunos da Educação

Pré-escolar e alunos do 1.º Ciclo.

Durante o mês de maio, foi

materializada a distribuição de todos os kits

pelas turmas, sensibilizando alunos e docentes

para a relevância da realização da escovagem

diária dos dentes, na escola e em casa.

Ainda no âmbito do Projeto SOBE, os

alunos da Escola Básica Domingos de Abreu

foram os felizes espetadores, e únicos na zona

norte, de uma peça de teatro, “Os super

sorrisos contra a bactéria inteligente”, pela

Companhia de Teatro Umbigo, no dia 28 de

maio, no Auditório Municipal de Vieira do

Minho.

Esta peça reforçou a importância da

mensagem da higiene oral, cujos cuidados

diários os mais pequenos devem imprimir de

forma coerente e disciplinada.

Prof.ª Maria José Ramalho

Super Sorrisos!

No dia 28 de maio, os alunos do 1.º ciclo

da EBDA (Escola Básica Domingos de Abreu)

foram ao auditório municipal, assistir a uma

peça de teatro que se localizava numa boca. Os

dentes estavam cheios de cáries e a equipa

Super Sorrisos veio salvá-los.

O Spetococus-Açucarados queria

inventar uma saliva que se chamava SALIVAX

333 e se alguém a respirasse ficava cheio de

cáries.

Page 23: Vernariajunho

23

NOTÍCIAS

O Escovix queria ajudar os seus amigos,

que eram a Flurina e o Alimentor. Ele, o

Escovix, lutou contra o Spetococus-Açucarados

em câmara lenta. A equipa não sabia o que

fazer para impedir o Spetococus-Açucarados

fazer a SALIVAX 333.

Os Super Sorrisos conseguiram impedir

o plano do Spetococus-Açucarados, depois

escovaram os dentes bem escovados.

A boca ficou super saudável!

Carolina, Turma 3.º B (EBDA)

Competições de Desportos Gímnicos

Ano letivo 2012/ 2013

O grupo de Ginástica do Desporto

Escolar da EB/S Vieira de Araújo participou nas

1ª e 2ªs COMPETIÇÕES e DISTRITAL de

DESPORTOS GÍMNICOS, que se realizaram nos

dias 12 de janeiro, 2 de março e 10 de abril

de 2013, na Escola Secundária Alberto

Sampaio, em Braga.

A nossa Escola esteve sempre bem

representada por diversas ginastas e juízes na

modalidade de Ginástica Artística do Desporto

Escolar. Competiram em solo, trave e saltos de

plinto.

Os resultados foram excelentes!

1ª Competição 2ª Competição DISTRITAL

Nome Nível Nota Final

Classif. Nível Nota Final

Classif. Nível Nota Final

Classif.

Anastasiya Muryn

2 20,83 2º 2 31,67 1º 3 27,58 9

Beatriz Simões

2 29,00 2º

Mariana Simões

2 17,00 6º 2 28,67 3º 3 24,67 11

Cristiana Martins

2 28,67 3º 3 19,83 13

Eduarda Machado

2 28,33 5º

Tatiana Lopes

2 19,17 5º 2 28,33 5º 3 22,33 12

Tânia Lopes

3 35,00 2º l 3 37,17 1º 3 35,67 2

Beatriz Ferreira

3 27,33 5º 3 32,83 7º 3 31,83 7

Bruna Fernandes

3 22,83 6º 3 32,00 8º 3 26,50 10

Marcela Caetano

3 16,00 9º 3 31,50 9º 3 30,50 8

Margarida Pinheiro

3 17,50 16

Vera Vieira 3 19,00 15

Eduarda Machado

3 19,50 14

Para além da competição, no final,

realizou-se em todas as modalidades um mo-

Page 24: Vernariajunho

24

NOTÍCIAS

mento muito especial de convívio – todos

participaram num esquema de dança em

conjunto!

REGIONAL de DESPORTOS GÍMNICOS

O grupo de Ginástica do Desporto

Escolar da EB/S Vieira de Araújo esteve

representado pela ginasta Tânia Lopes (que

ficou em 2º lugar no Distrital) no REGIONAL

de DESPORTOS GÍMNICOS, que se realizou no

dia 4 de maio de 2013, no Complexo de

Ginástica da Maia.

A ginasta obteve um excelente

resultado, tendo em conta que se tratava de

uma ginasta muito nova, ainda no escalão de

iniciada.

REGIONAL

Nome Solo Salto Trave. Nota Final Classif.

Tânia Lopes 11,33 7,50 10,00 28,83 5

Visita de Estudo da EB1/JI de Guilhofrei

No passado dia 30 de maio, os alunos,

docentes e pessoal não docente da EB1 de

Guilhofrei realizaram uma visita de estudo a

Cabeceiras de Basto. A visita iniciou-se no

Núcleo Museológico de Arco de Baúlhe,

localizado na estação terminus da linha do

Tâmega. Os alunos observaram com atenção o

material representativo da atividade

ferroviária, nomeadamente locomotivas, car-

Page 25: Vernariajunho

25

NOTÍCIAS

-ruagens e automotoras, todas elas já muito

antigas. Foi-lhes explicada cada uma das

funções das várias componentes ferroviárias ali

expostas, de forma a perceber a evolução deste

meio de transporte.

Ainda deslumbrados com a antiguidade

das locomotivas, os alunos foram visitar a

Escola Fixa de Trânsito de Cabeceiras de Basto,

onde ouviram com atenção as regras

rodoviárias, pois, posteriormente foram aplicá-

las através da condução de bicicletas e

pequenos karts. Esta sessão teve um carácter

informativo e educativo, que muito agradou

aos mais pequenos.

Os meios de locomoção continuaram a

ser objeto de estudo, desta feita no Centro

Hípico de Vinhas de Mouros, onde todos

tiveram a oportunidade de visitar as

instalações e observar atentamente os vários

cavalos ali “residentes”. Todavia, o prémio final

foi a realização de um pequeno percurso a

cavalo, devidamente supervisionados pelos

responsáveis do Centro Hípico. Foi um delírio.

Mas a visita ainda não tinha terminado,

depois de almoçar, no parque de merendas do

Centro de Educação Ambiental de Vinhas de

Mouros, os alunos visitaram parte da área

florestal e observaram algumas das espécies da

fauna local.

Se a parte da manhã foi efetivamente

uma visita de estudo devidamente organizada

com objetivos delineados e estruturados, a

parte da tarde foi dedicada ao lazer, com os

alunos a extravasar de alegria, correndo na

areia da praia ventosa de Vila do Conde. Nem o

frio que se fazia sentir fez acalmar toda a

vontade de correr, saltar e brincar.

O dia terminou com enormes sorrisos

nas faces das nossas crianças.

EB1/JI de Guilhofrei

Page 26: Vernariajunho

26

NOTÍCIAS

CARTA AO JORNAL VERNÁRIA

Vieira do Minho, 13 de junho de 2013

Querida Vernária

Tu que gostas de saber tudo o que se

passa na nossa escola, resolvemos informar-te

que já estamos no final do ano letivo.

Somos os meninos do 2º ano da turma B

da EBDA (Escola Básica Domingos de Abreu).

Começamos o ano com muita vontade de

aprender, mas ao longo do ano tivemos

algumas dificuldades. Havia meninos que não

sabiam as regras de estar na sala e na escola.

Por isso sofremos, aprendemos, brincamos,

trabalhamos, esforçamo-nos e sentimos muita

alegria neste final de ano por fazermos junta

esta caminhada.

Aprendemos muito, mas às vezes era

muito difícil. O programa da matemática foi

muito extenso e difícil. Aprendemos os

números até 1000, estratégias da adição e

subtração com transporte, a multiplicação e a

divisão. Aprendemos também as frações e a

tabuada. As medidas de tempo, de

comprimento, de peso e de capacidade.

Também aprendemos a organizar os dados dos

problemas. Construímos grupos, tabelas,

pictogramas e gráficos de barras e aprendemos

muitas estratégias para resolvermos isto tudo.

As noções de dobro, de triplo, de quadruplo e

de quíntuplo.

Os sólidos geométricos e as figuras, (os

polígonos e não polígonos).

Em português aprendemos a ler bem a

interpretar, a escrever e o funcionamento da

língua. Lemos muitos livros da nossa linda

biblioteca.

Em estudo do meio aprendemos muitas

e muitas coisas, fizemos muitas experiências.

Aprendemos a observar melhor tudo o

que nos rodeia, o mundo dos animais e das

plantas.

Fizemos muitos desenhos, cantamos

muitas canções e jogamos muito.

Foi um ano, afinal, muito bem passado

numa escola muito bonita e colorida.

Desejamos a todos os meninos umas

boas férias.

Muitos beijinhos para todos.

Turma 2.º B (EBDA)

Page 27: Vernariajunho

27

NOTÍCIAS

DIA DA FAMÍLIA

De forma a assinalar o Dia da Família,

fomentando as atitudes e valores, os alunos de

CEI (Currículo Específico Individual)

empreenderam a atividade do Dia da Família,

no dia 17 de maio. A mesma passou,

primeiramente, pelo uso de palavras de

cortesia para com os convidados (alunos e

professora do 7.º E), exploração dos valores e

afetos relacionados com a família; contorno,

recorte de letras e corações sobre o tema;

construção dos ninhos, em colaboração com a

família, representativos da mesma; escrita do

nome da família de cada aluno e colocação no

respetivo ninho na árvore; escrita dos valores e

afetos nos corações; e colocação dos corações

na árvore.

Esta atividade promoveu a autonomia, o

gosto pelo saber fazer, o convívio, a cooperação

entre pares, a escrita e a leitura e a promoção

de atitudes e valores, bem como a socialização

e o maior número de participações do ensino

regular.

A atividade decorreu como o previsto,

foi participada e muito bem acolhida pelos

alunos. Os objetivos delineados foram

concretizados, verificando-se a articulação e

participação ordenada de todos os

intervenientes. A concretização desta atividade

não envolveu gastos para a escola nem custos

para os alunos, uma vez que a mesma foi

realizada com materiais de desperdício.

A realização da atividade permitiu uma

grande cooperação entre todos os elementos,

estimulando a criatividade e promovendo a sua

autonomia pessoal e social.

Equipa de Educação Especial

Page 28: Vernariajunho

28

NOTÍCIAS

Dramatização do conto “O Peixinho Arco-

íris”

No dia 8 de maio, na Biblioteca Escolar,

os alunos de Currículo Específico Individual e

alunos das turmas 8.º F e 8.º C desenvolveram

uma dramatização da história “O Peixinho

Arco-Íris”, integrada no âmbito do Plano

Nacional da Leitura, associado ao tema da

Semana da Leitura “O mar”.

Os alunos exploraram o conto

tradicional e produziram os adereços

necessários para a sua dramatização,

construindo igualmente o painel que serviu de

cenário.

Este tipo de atividades, além de

promover e apelar à leitura, permitiu também

desenvolver o sentido estético, a expressão

corporal, o desenvolvimento da linguagem, as

relações interpessoais e o saber estar e saber

fazer.

Muito importante neste tipo de

atividades é a integração dos alunos com

currículo específico individual nas atividades

junto dos seus colegas de turma, permitindo-

lhes uma inclusão e interação social de extrema

relevância. Simultaneamente assume-se a

necessidade de fomentar, de forma sistemática,

comportamentos de solidariedade e partilha.

Os valores de respeito e direito pela diferença

devem constar do quotidiano dos nossos

jovens, pelo que são atividades deste género

que poderão contribuir para a sua

consolidação.

Equipa de Educação Especial

Page 29: Vernariajunho

29

NOTÍCIAS

Horta pedagógica

Os alunos de Currículo Específico

Individual, no âmbito da criação de uma horta

pedagógica, participaram na preparação do

terreno para, posteriormente, plantarem couve

coração e cebolo, tendo colaborado nesta

atividade os alunos do 9º H e a assistente

operacional, Sameiro Ribeiro.

A atividade foi conduzida pelos docentes

responsáveis, Professora de Educação Especial

e Professor do Curso de Jardinagem. A mesma

foi muito bem acolhida pelos alunos de CEI e de

jardinagem, os quais participaram ativamente

na preparação de todas as ações com ela

relacionadas. Numa primeira fase, alguns dos

alunos alisaram a terra com um ancinho para,

posteriormente, com o sacho abrir o rego para

se proceder à plantação da couve coração e do

cebolo e à verificação do espaçamento das

plantas no rego, enquanto outros mondaram e

regaram o espaço cultivado.

Ao longo do ano foram vários os

produtos cultivados na horta pedagógica,

permitindo aos alunos uma socialização e,

simultaneamente, promoção de regras de

cooperação e partilha de tarefas. Os alunos

tiveram a oportunidade de acompanhar a

evolução dessas culturas, desenvolvendo as

várias etapas essenciais para o seu

desenvolvimento, nomeadamente: preparação

do terreno, plantação, rega, monda…

Com este tipo de atividades, pretende-se

demarcar o gosto pelo cultivo da terra e a

sensibilização para o consumo de produtos

biológicos, promovendo, ao mesmo tempo, a

cooperação e as relações interpessoais entre os

pares.

Equipa da Educação Especial (Helena Silva)

Page 30: Vernariajunho

30

NOTÍCIAS

Sessão de Informação sobre o PRODER

Curso Profissional de Técnico de Gestão do

Ambiente

No dia 11 de abril, o 3ºano do Curso

Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente

assistiu a uma sessão de informação relativa ao

Programa de Desenvolvimento Rural do

Continente (PRODER), proferida pelo

Engenheiro António Campos, da Câmara

Municipal de Vieira do Minho.

Esta sessão de informação, realizada no

âmbito da lecionação do módulo “Agricultura

Sustentável” da disciplina de Projetos em

Ambiente, teve como principal objetivo dar a

conhecer aos alunos este Programa, no que

respeita às Medidas Agroambientais e às

candidaturas ao financiamento de projetos.

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

(5 de junho)

No dia 4 de junho, a nossa turma (10º A)

visitou o Carlinhos e a Carlinha, alunos da Sala

de Multideficiência, no âmbito das temáticas

em análise na disciplina de Inglês e no

Programa PRESSE, relativas à valorização do

EU e respeito pelo OUTRO.

A nossa turma pôde constatar com uma

realidade escolar diferente, com alunos

diferentes mas tão iguais, dignos de toda a

nossa atenção, respeito e carinho! Para

sinalizar a comemoração do Dia Mundial do

Ambiente, a 5 de junho, ofertámos dois vasos

com plantas que, oportunamente, serão

transplantadas para um espaço no recinto

escolar, numa metáfora alusiva aos cuidados

diários que estas plantas necessitam para

sobreviver e que são tão comparáveis aos que

toda a equipa dedica ao Carlinhos e à Carlinha!

Dramatizámos também o texto que se segue,

sintetizando as nossas preocupações e anseios

relativos à cada vez mais urgente defesa do

nosso planeta.

Um bem-haja à Carlinha e ao Carlinhos e

à inexcedível equipa que com eles trabalha, por

nos terem recebido tão bem e nos terem

permitido esta experiência diferente e

inspiradora!

********************

O Carlinhos e a Carlinha conversavam

sobre coisas da Escola…e da Vida…

Carlinhos- Sabes, Carlinha, quarta-feira, dia 5

de junho, celebra-se o Dia Mundial do

Ambiente!

Page 31: Vernariajunho

31

NOTÍCIAS

Carlinha- Claro que sei! E sabes porque se

celebra esse dia?

Carlinhos- Ora, ora, claro que sim! Nós, os

humanos, muitas vezes mesmo sem ter

consciência disso, poluímos o nosso planeta e

não aproveitamos devidamente os recursos

que temos. Ao celebrarmos esse dia, chamamos

a atenção para o dever de todos nós

protegermos a Terra, o único planeta habitável

conhecido.

Carlinha- É, Carlinhos, já viste o que o

Homem faz diariamente? Polui o nosso ar, as

águas... Devasta florestas, destrói habitats de

tantas espécies…

Carlinhos- Sim, Carlinha, mas lembra-te que

também há catástrofes naturais que

contribuem para a destruição do planeta… Mas

vamos pensar nas soluções, pois os problemas

já estão identificados…

Carlinha- Como cidadãos responsáveis,

devemos TODOS pôr em prática pequenas

tarefas, de forma a preservar o Ambiente!

Carlinhos- Eu sei que em muitas escolas, e na

nossa também, se tem sensibilizado para a

necessidade de não se poluir, evitando, por

exemplo, deitar lixo para o chão, colocando-o

nos ecopontos apropriados…

Carlinha- Sim, mas em casa também podemos

fazer separação do lixo e ajudar os pais a

reciclar…

Carlinhos- Andar a pé, em vez de usar o

automóvel ou o autocarro em distâncias curtas,

também é uma boa medida…

Carlinha- Poupar energia, desligando os

aparelhos elétricos da corrente, poupar água

nos banhos e ao escovar os dentes… também

são boas medidas, não achas?

Carlinhos- Sim, Carlinha! E preservar os

espaços verdes…plantar arbustos ou árvores…

Há tanta coisa que os humanos podem fazer…

Carlinha- Sim, Carlinhos, os recursos naturais

estão a esgotar-se e temos que repensar o que

queremos para o nosso planeta! Vamos

começar por sensibilizar os nossos colegas

para a necessidade de preservarmos o

AMBIENTE!

Carlinhos- Concordo, Carlinha! Vamos

proteger o nosso planeta!

(TEXTO CRIADO E DRAMATIZADO PELA TURMA A

DO 10º ANO, EM ARTICULAÇÃO COM A SALA DE

MULTIDIFICIÊNCIA, PARA COMEMORAÇÃO DO DIA

DO AMBIENTE)

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

Para comemorar o DIA MUNDIAL DO

AMBIENTE, e ainda para dar cumprimento aos

objetivos do Programa PRESSE/Educação para

a Saúde (Respeito pelo EU e pelo OUTRO), no

âmbito da disciplina de Inglês, a nossa turma

(10º B) visitou, no dia 5 de junho, a Sala dos

alunos de NEE. Fomos muito bem recebidos

por esta turma e por toda a equipa que os

acompanha, com uma mesa cheia de iguarias e

com muito brio na execução do seu próprio

hino, magistralmente acompanhado pelos

instrumentos musicais que os próprios alunos

criaram, a partir da reutilização de materiais.

Também a nossa turma os agraciou com

a execução do tema “Imagine”, de John Lennon,

divinamente cantado pela Catarina Carvalho,

Page 32: Vernariajunho

32

NOTÍCIAS

acompanhada pela flauta transversal da Célia

Silva e pelo violino da Liliana Ramalho.

Depois do delicioso lanche oferecido

pela turma de NEE, a nossa turma ofertou um

vaso com carvalhinhos em fase de

transplantação para um espaço do recinto

escolar, fazendo alusão à necessidade de

TODOS termos a obrigação de cuidar do

Ambiente.

Ambas as turmas cantaram, no final,

uma música bem portuguesa, dos anos 80, que

muitos deverão recordar e que merece ser

preservada.

A música foi escrita por Carlos Paião e é

cantada por Joel Branco.

Uma árvore, um amigo

que devemos bem tratar

Um amigo de verdade

tão fiel como a amizade

que podemos cultivar.

Sabes que uma árvore

é um pouco de beleza,

que protege a Natureza,

e purifica o nosso ar;

Dá-nos a madeira

e tanta coisa que fascina,

a cortiça ou a resina,

mais a fruta no pomar.

Oh, vamos fazer uma floresta, vem,

plantar amigos, uma festa

tão rica e modesta vamos semear.

REFRÃO

Sabes que uma árvore

é um bem de toda a gente

não estragues o ambiente

não lhe sujes o lugar.

Vamos, vamos, vamos

defender a nossa vida,

que uma árvore esquecida

pode às vezes ajudar.

Sim, vamos fazer uma floresta, vem,

plantar amigos, uma festa, ...

tão rica e modesta, vamos semear.

REFRÃO

Um bem-haja a todos os alunos de NEE e

à excelente equipa que com eles trabalha, por

nos terem recebido tão bem e nos terem

permitido esta experiência diferente e

inspiradora!

A turma do 10º B

Concurso: “O TEU OLHAR SOBRE O PARQUE

FLORESTAL - Ontem, Hoje e Amanhã…”

No âmbito do estudo do Módulo 6- “The

World Around Us” (O Mundo à nossa volta”), na

disciplina de Inglês, a nossa turma participou

no Concurso O teu Olhar ontem, hoje e

amanhã sobre o Parque Florestal de Vieira

do Minho, lançado pela Associação “Fonte da

Urze”, cujos principais objetivos se prendem

com a sensibilização da juventude para as

questões ambientais.

Fomos convidados pelo nosso

funcionário Sr. Francisco Costa a realizar

composições literárias, poemas, desenhos ou

fotografias sobre o que foi no passado o Parque

Florestal de Vieira do Minho, o que é no pre-

Page 33: Vernariajunho

33

NOTÍCIAS

sente e o que poderá vir a ser no futuro nas

suas diversas vertentes. Como se tratava de

apresentar apenas um trabalho por turma,

decidimos optar por escrever um poema

coletivo. Primeiro elaborámos individualmente

pequenos poemas em inglês, que depois

traduzimos para português. O resultado final é

o que a seguir transcrevemos:

O NOSSO PARQUE… QUE A TODOS MARQUE!

Segundo as pessoas idosas dizem

O nosso parque era muito arranjado

Que bonito com cores de Outono!

Era espaço muito visitado…

Faz parte das nossas lembranças

Todos lá temos um “quinhão”

Para velhos, jovens e crianças

Eras motivo de diversão!

Um dia ofuscou-se o teu verde

E já nem eras tão acolhedor…

Mas a responsabilidade é de todos

Haja espírito empreendedor!

Teus caminhos abandonados

Teus recantos mais sozinhos

Parece que foram trocados

Pelo teu “irmão” dos Moinhos…

Não podes ser esquecido

Continuarás a ser amado

E em cada trilho escondido

Relembraremos o passado…

Tua riqueza é colossal

Tuas árvores são centenárias

És um lugar especial

Até de coisas imaginárias…

Deixemos de poluir

Este habitat encantado

Nossos netos poderão usufruir

Deste parque tão amado!

O Parque esteve desprezado

Mas ele é tesouro de Vieira

No futuro será melhor aproveitado

E será um Parque de primeira!

Cada cidadão tem o dever

De fazer ouvir a sua voz

Vamos todos proteger

E cuidar do que é de todos nós!

Nossas forças vamos juntar

E proteger este manancial

P’ra todos poderem disfrutar

Page 34: Vernariajunho

34

NOTÍCIAS

Do Parque Florestal!

Cuidemos as árvores tão frondosas

E a sua biodiversidade

E também as águas maravilhosas

Do afluente do Ave!

É o lugar ideal

Para o lazer e brincadeira

Queremos o Parque Florestal

Como o ex-libris de Vieira!

ENSINO SECUNDÁRIO - 11º ANO – TURMA F -

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE

EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS

______________________________________________________

PROJETO CIÊNCIA CRIATIVA- A ÁGUA E A

VIDA

Alguns poemas do livro de Matilde Rosa

Araújo, “As cançõezinhas da Tila” e diversas

histórias integradas na Semana da Leitura, com

o tema do mar constituíram motivo para

conversar, questionar, pesquisar e descobrir

sobre o ciclo da água; a importância da água

para os seres vivos e a necessidade da sua

preservação.

Construímos um pluviómetro e um

relógio de água.

Assim, aprendemos, também, noções de

medida!

Conversamos sobre a poluição da água.

O pai do Lourenço trabalha numa

estação de tratamento de águas.

Nós também quisemos experimentar

limpar água suja.

Construímos uma máquina de filtrar

água.

Depois, no dia 5 de junho, dia do

ambiente, fizemos uma marcha com cartazes

alusivos e distribuímos desdobráveis apelando

à preservação da natureza.

Page 35: Vernariajunho

35

NOTÍCIAS

Jardim de Infância do Centro Escolar de Rossas-

sala 4 e 5 anos (Glória Miranda)

A IMPORTÂNCIA DAS DATAS

COMEMORATIVAS NO JARDIM DE INFÂNCIA

Neste final do ano letivo, várias datas

comemorativas foram assinaladas no jardim de

infância com atividades especiais – dia do livro

infantil, dia da dança, dia da mãe, dia da família

e dia do ambiente.

O 25 de abril também não foi esquecido.

Abordar datas como o 25 de abril de

1974 não será uma tarefa muito fácil, mas não

deixa de ser fundamental, do ponto de vista da

construção de valores de cidadania, de

identidade nacional e de passado histórico.

São noções abstratas que é necessário

concretizar com exemplos de passado e de

presente – o que pode ser feito com apoio em

imagens e canções que a Internet ajuda a

tornar de mais fácil acesso, mas, sempre, com a

indispensável ajuda da família.

Fernando Lopes Graça – que as crianças

descobriram no livro “Cançõezinhas da Tila”

trouxe-nos as canções “Hino ao Homem” e

Page 36: Vernariajunho

36

NOTÍCIAS

“Acordai!”, associadas aos valores de cidadania

e liberdade defendidos pelo 25 abril de 1974.

Jardim de Infância do Centro Escolar de Rossas-

sala 4 e 5 anos (Glória Miranda)

FORA D’AULAS

Visita de Estudo ao Porto

No dia 1

de

março

de 2013,

pelas

08:30h,

a turma do 12.ºD (Curso Profissional Técnico

de Animador Sociocultural) partiu da EB/S

Vieira de Araújo em direção ao Porto,

acompanhada pela professora Carla Vilaverde,

de Português, e pelo professor Paulo Maia, de

Educação Física.

Esta visita de estudo teve como

objetivos desenvolver o gosto pelo teatro;

consolidar conhecimentos relativamente à

estrutura e caraterísticas do texto dramático,

tendo por base o estudo da obra Felizmente há

luar!, de Luís de Sttau Monteiro; valorizar

diferentes formas de expressão; desenvolver o

sentido estético e o espírito crítico; melhorar

hábitos de conduta pessoal e de

relacionamento de grupo e facultar o

desenvolvimento integral e harmonioso de

todos nós.

Assim, chegámos ao Porto por volta das

10:00h. Caminhámos na marginal maravilhosa

do rio Douro, num percurso pedestre

coordenado pelo professor Paulo Maia e

passeámos depois junto ao rio Douro até às

12:30h, hora a que almoçámos. Depois do

almoço (14:00h),

dirigimo-nos para o

teatro, em Vila Nova

de Gaia. Chegámos ao

auditório do Centro

Cultural e Social de

Olival perto das

15:00h, onde assistimos à peça de teatro:

“Felizmente Há Luar!”, de Luís de Sttau

Monteiro.

Na minha opinião, a peça foi bastante

interessante, pois nela são retratadas

problemáticas intemporais.

A

peça

terminou

por volta

das

17:00h, hora em que nos dirigimos novamente

para a nossa Escola.

Daniela R. Fernandes, n.º 8 12.ºD

Page 37: Vernariajunho

37

FORA D’AULAS

ESTÁGIO de ORIENTAÇÃO

PÁSCOA 2013

O grupo de orientação da EB/S de

Vieira de Araújo participou no Estágio de

Orientação da Páscoa, no dia 21 de março de

2013, em Cabeceiras de Basto e Vieira do

Minho.

Marcaram presença a Filipa Castro, o

Samuel Vieira, a Carina Castro, o Luís Gomes, a

Mariana Fonseca e o Amândio Araújo, assim

como alunos de outras escolas de Braga e Rio

Caldo, num total de 29 alunos e professores,

pertencentes à EDOM (Escola Desportiva de

Orientação do Minho).

O local deste estágio, a Casa Florestal da

Veiga, será palco do Troféu de Orientação da

Cabreira 2013. Trata-se de uma prova

nacional da Taça de Portugal e que se realizará

nos dias 6 e 7 de abril.

Assim sendo, neste estágio pudemos

experimentar os percursos desta competição,

uma vez que não os poderemos fazer, pois

estaremos na organização da prova. É um

terreno muito duro em termos físicos (subidas

e descidas bastante inclinadas) e difícil em

termos técnicos (muitos pormenores de

vegetação e relevo), mas que, em relação à

paisagem, valem bem a pena (florestas de

carvalhos e cedros!).

Tânia Covas Costa, responsável pelo Grupo de

Orientação do Desporto Escolar de Vieira do Minho

III Encontro de Natação

Realizou-se no passado dia 5 de abril

nas Piscinas Municipais de Braga, o III

Encontro de Natação, inserido nas atividades

do plano do Desporto Escolar 2012/2013. A

atividade realizou-se durante toda a manhã,

com a participação de escolas de Guimarães,

Famalicão, Braga e, claro, Vieira do Minho.

Page 38: Vernariajunho

38

FORA D’AULAS

Os alunos participaram com entusiasmo

e empenho, obtendo boas classificações em

todas as provas realizadas.

Os alunos da nossa Escola devem

continuar a investir neste tipo de atividades, de

modo a que se repitam no próximo ano letivo.

A professora responsável

Ana Maria Pitães

Troféu de Orientação da Cabreira 2013

No fim de semana de 6 e 7 de abril de

2013, realizou-se o Troféu de Orientação da

Cabreira 2013, prova da Taça Nacional de

Orientação. Tratou-se de uma organização

conjunta do .COM – Clube de Orientação do

Minho e do CAVA – Clube Amigos de Vieira e

contou com 50 elementos da organização

(8 pertenciam ao grupo do desporto escolar

de Orientação da EB/S Vieira de Araújo) e a

participação de 400 atletas de todo o país.

De regresso à Serra da Cabreira, onde se

realizaram duas etapas com chegada na Casa

Florestal da Veiga (sábado e domingo de

manhã) e uma no centro da vila de Vieira do

Minho (sábado de tarde).

O tempo esteve ótimo no 1º dia! Os

atletas adoraram o local da 1ª etapa – Casa

Florestal da Veiga e a zona do mapa – Serra da

Cabreira, onde o terreno é ótimo para a prática

de orientação, pois é difícil física e

tecnicamente, possuindo alguns desníveis e

muitos pormenores de relevo e vegetação, com

algumas manchas de floresta limpa. O cenário

ideal para qualquer atleta de orientação!

De tarde, no centro da vila de Vieira do

Minho, tratou-se de uma prova muito rápida e,

por isso, bastante desafiante, com a zona do

parque florestal a provocar alguns quebra-

cabeças aos atletas! Foi muito bom verificar a

adesão por parte dos vieirenses que vieram ver

os atletas e participar na prova!

No final desta prova, houve entrega de

prémios aos primeiros classificados de cada

escalão e sorteio de vouchers de oferta nos

alojamentos de Vieira do Minho – um convite

Page 39: Vernariajunho

39

FORA D’AULAS

aos participantes para regressarem numa

próxima oportunidade.

No domingo, o tempo esteve chuvoso e

frio, impondo aos atletas algumas precauções

durante a sua progressão no terreno.

No final, foram entregues os prémios

(constituídos por produtos regionais, como

forma de promoção das produções locais) do

Troféu de Orientação da Cabreira 2013, onde

foram contabilizadas as duas etapas realizadas

na Serra da Cabreira. Foram entregues 91

prémios aos 30 escalões de competição e

sorteados vouchers de oferta. Os resultados

podem ser consultados em www.pontocom.pt.

A organização .COM e CAVA não pode

deixar de agradecer às Câmaras Municipais de

Vieira do Minho e de Cabeceiras de Basto, aos

40 patrocinadores (casas com alojamento /

turismo rural de habitação, restaurante e cafés,

estabelecimentos comerciais e outros

parceiros) e aos Bombeiros Voluntários de

Vieira do Minho e de Cabeceiras de Basto, que

tornaram possível a realização perfeita deste

evento!

A Presidente da Direção do .COM - Tânia Covas

Costa

O Presidente da Direção do CAVA - Filipe de

Oliveira

Corrida da Liberdade 2013

No dia 24 de abril de 2013, realizou-

se mais uma Corrida da Liberdade. A

Organização deste encontro esteve a cargo da

EB/S Vieira de Araújo, através do Grupo de

Educação Física, e em colaboração com a

Câmara Municipal de Vieira do Minho.

Esta atividade realizou-se na zona

ribeirinha de Vieira do Minho, recentemente

requalificada e com excelentes condições para

a realização de provas deste tipo. Participaram

mais de 600 alunos, desde os do 1º Ciclo até

aos do Ensino Secundário.

As distâncias da corrida foram

adaptadas aos escalões/sexo, mas também às

condições climatéricas, uma vez que fomos

premiados com um dia de sol, proporcionando

um excelente dia para a atividade desportiva

saudável. No final da corrida, todos os alunos

Page 40: Vernariajunho

40

FORA D’AULAS

tiveram direito a água e a uma senha para

levantarem o lanche no bar da Escola.

Classificação da Corrida da Liberdade 2013

25-04-2013

1º e 2º Ano Masculino

1- Pedro Costa 2C

2- Vítor Silva 2C

3- Leandro Fernandes 2C

1º e 2º Ano Feminino

1- Francisca Lopes 2B

2- Ariana Gomes 2C

3- Matilde Alves 2C

3º e 4º Ano Masculino

1- Alex Oliveira 4B

2- Pedro Afonso 3B

3- Jorge Lucas 4ª

3º e 4º Ano Feminino

1- Verónica Carvalho 4A

2- Catarina Gonçalves 4C

3- Viviana Carvalho 4A

Page 41: Vernariajunho

41

Infantil A Masculino (2002)

1- Rodrigo Brás 5C

2 - Hugo Barbosa 5A

3 - Rodrigo Costa 5D

Infantil A Feminino (2002)

1- Mariana Simões 5D

2- Tamara Alves 5E

3- Ana Soraia Costa 5E

Infantil B Masculino 2000/2001

1- Vítor Hugo Pereira 7A

2- Luís Machado 6B

3- Tiago Ferreira 6E

Infantil B Feminino 2000/2001

1- Ana Carneiro 7G

2- Valéria Alves 7A

3- Patrícia Gonçalves 7D

Iniciados Masculinos 1998/1999

1- Rui Pedro Silva 8A

2- Pedro Machado 8A

3- Marcelo Pinheiro 6ª

Page 42: Vernariajunho

42

FORA D’AULAS

Iniciados Femininos 1998/1999

1- Natália Carvalho 8D

2- Filipa Castro 8E

3- Diana Sampaio 7E

Juvenis Masculinos 96/97/98

1- Leandro Pires 11B

2- João Teixeira 9G

3- Leonardo Sousa 11A

Juvenis Femininos 96/97/98

1- Carla Paiva 9A

2- Helena Ribeiro 11C

3- Daniela Gonçalves 11A

Juniores Masculinos 95 e outros

1- Hélder Cardoso 12B

2- André Pereira 12C

3- Samuel 10D

Juniores Femininos 95 e outros

1- Cecília 12C

2- Elsa Barbosa 11D

3- Rafaela Ribeiro 11C

Page 43: Vernariajunho

43

FORA D’AULAS

O Grupo de Educação Física,

organizador deste encontro, salienta que é

importante promover atividades físicas e

desportivas saudáveis, como é o caso do

atletismo, que qualquer aluno pode praticar de

forma fácil e económica. Além disso, também é

muito importante usufruir destes espaços

verdes fantásticos, com excelentes condições

para a prática desportiva.

Acreditamos que o sucesso deste

encontro se deveu também ao empenho e

disponibilidade prestada por todas as pessoas e

entidades que estiveram envolvidas na

organização.

Miguel Novais

VI Ultra Trail da Geira – Via Nova Romana

AVÉ CÉSAR!

Foi assim que começou a VI Ultra Trail

da Geira – Via Nova Romana. Uma prova que é

organizada por duas entidades amigas da

natureza e do desporto: Confraria Trotamontes

e o Clube de Orientação do Minho (.COM).

A partida para esta mítica prova é dada

a partir de Baños de Rio Caldo, na Galiza.

Enquanto César Augustus não dá o sinal

de partida, os atletas tentam aquecer-se no

tanque natural, através do vapor quente que sai

da água.

Estiveram presentes cerca de 400

atletas inscritos, distribuídos pela prova da

Ultra Trail da Geira (52,5km), Trail da Geira

(21km) e uma Caminhada por Caldelas (com

9km).

Os alunos do grupo equipa do desporto

escolar de orientação marcaram presença nesta

prova a correr ou a colaborar na organização.

Filipa Castro, Carina Castro, Carla Paiva

e Miguel Oliveira estiveram nos postos de

controlo a dar assistência na alimentação dos

atletas.

Na prova de Trail da Geira, Samuel

Vieira, correu pela primeira vez a distância de

21km e onde obteve a excelente classificação

de 11ºlugar, com o tempo de 1h35m.

Parabéns aos atletas e a toda a equipa

organizadora que proporcionou uma excelente

prova num dos locais mais belos do país, o

Gerês!

Page 44: Vernariajunho

44

FORA D’AULAS

Campeonatos Nacionais de Estafetas e

Distância Média

Nos passados dias 25 e 26 de maio, o

.COM participou nos Campeonatos Nacionais de

Distância Média e Estafetas, provas

organizadas pelo Clube de Orientação de

Estarreja no mapa da Praia de Mira Norte.

O .COM contou com uma comitiva de 39

elementos, entre os quais existem alguns dos

alunos da AEVA e que obtiveram bons

resultados.

Na distância Média, a Carina Castro

obteve o 3º lugar no escalão D12 (Damas 12),

Filipa Castro classificou-se no 6º lugar no

escalão D14.

No escalão D16, participou a Carla Paiva

e a Mariana Fonseca, tendo-se classificado no

14º e 15º lugar, respetivamente.

Quanto aos rapazes, Miguel Oliveira

correu no escalão H16 e classificou-se no 22º

lugar; enquanto que o Samuel Vieira, que

correu no escalão H18, classificou-se no 22º

lugar.

Quanto aos resultados das estafetas,

destaca-se o 3º lugar nas estafetas em H18 do

Samuel Vieira.

Visita de Estudo do 5º Ano

Tal como foi planeado no início do ano

letivo, e em articulação com as disciplinas de

Português, Matemática Ciências e História,

todos os alunos do 5º ano tiveram a habitual

visita de estudo ao Parque Nacional Peneda-

Gerês.

À hora marcada e com o farnel às costas,

eis que se apresentaram os alunos, ansiosos

por este dia. A visita iniciou-se em direção à

vila do Gerês, onde nos foi dado o privilégio de

degustar as famosas águas termais. Finda esta

prova, fomos percorrer o frondoso parque e

admirar a fauna e flora ainda existentes. Mas,

como é necessário não esquecer alguns

assuntos abordados durante o ano letivo, o

grupo de Matemática e Ciências preparou um

Peddy-paper relacionado com as referidas

disciplinas.

Os alunos competiram na sua realização,

enquanto os professores os iam orientando.

Page 45: Vernariajunho

45

FORA D’AULAS

Finda esta atividade, o cansaço e uma

“fomeca” começavam a manifestar-se. Abriram

então o seu farnel, para comer o lanche da

manhã. Já recompostos, continuámos a nossa

viagem em direção ao Parque de Merendas de

S. Bento da Porta Aberta. Aí sim! Autênticas

especialidades da gastronomia minhota

encheram o estômago a alunos e professores.

Houve ainda tempo para algumas brincadeiras,

bem como a visita ao santuário (os que

quiseram).

Barriga cheia e algum descanso, estava

na hora de prosseguir o passeio rumo ao

Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas. Os

alunos foram divididos em grupos e visitaram

as diversas valências do museu, sempre

acompanhados pelos professores e orientados

pelos técnicos. Aí tivemos oportunidade de

assistir a autênticas aulas vivas de Ciências e

História. Para que a visita ficasse completa,

ainda demos uma fugida à famosa barragem de

Vilarinho das Furnas.

Novamente a pedir repasto, eis-nos de

volta ao Parque das Merendas de S. Bento onde,

o que sobrava dos lanches, foi devorado

rapidamente.

Era hora de regressar à escola onde

chegámos por volta das dezoito horas.

Foi o final de mais um ano letivo onde o

convívio, diversão e alguma aprendizagem

fizeram parte deste passeio tão agradável,

instrutivo e cansativo.

Um abraço a todos e até breve.

A professora Celeste Leite

Visita de Estudo a Sintra e a Coimbra – 10º C

e 11ºC

Recordo tudo de uma forma muito leve.

Se começar a relembrar tudo mais ao

pormenor, isso significaria que estaria a

reviver tudo outra vez. Aqueles dois dias. Toda

aquela felicidade. E uma enorme saudade ir-se-

ia apoderar de mim... Bem, para quem não sabe,

estou apenas a falar de uma visita de estudo a

Sintra e a Coimbra. Sim, uma visita de estudo!

Pensavam o quê? Dois dias na Austrália?

Tardes a fazer mergulho na Grande Barreira de

Coral? Era bom, eu sei, mas em Portugal

também há lugares agradáveis e o divertimento

em nada tem que ver com o lugar onde nos

encontramos! Isto soou muito filosófico, não? A

roçar no clichê, talvez. É, se me dissessem uma

coisa dessas, também ficava com esse olhar.

Mas sou eu a dizê-lo! E se sou eu a dizê-lo é

porque é verdade. Vou, então, contar-vos a

minha experiência desta visita de estudo que

fiz a Sintra e a Coimbra, com a minha turma, o

10ºC, juntamente com os nossos

camaradas/veteranos, a turma 11ºC.

Page 46: Vernariajunho

46

FORA D’AULAS

Encontrava-me à entrada do autocarro,

à espera da A (a minha companheira nas

demais aventuras), que insistia em não chegar.

Decidido a não querer perder um bom lugar,

resolvi entrar e escolher um bom lugar para

mim e para ela. Consegui dois bons lugares

algures no fundo do autocarro, mesmo atrás de

nós encontravam-se a F e a L, outras duas

aventureiras. Os professores começavam a

verificar se faltava alguém. Entretanto tinha

chegado A, sim, agora não faltava ninguém!

Tudo pronto, dois dias sem aulas, a conhecer

alguns dos locais mais importantes em

Portugal.

Depois de horas a viajar, de uma

paragem numa estação de serviço, de uma

paragem no meio do nada para um almoço,

com um bolo em honra às “Humanidades”,

chegamos ao primeiro destino do nosso

itinerário: o Cabo da Roca. O ponto mais

ocidental da Europa. Quando saímos do

autocarro, o vento vinha de todas as direções.

Mesmo à nossa frente, encontrava-se algures o

continente americano, mas o que víamos era

apenas o mar, que se estendia até ao infinito,

dividindo o horizonte com o céu que vinha de

cima e finalizava a sua linha. Teria sido um bom

momento de introspeção, porém toda a nossa

viagem estava cronometrada, e o tempo no

Cabo da Roca foi bastante reduzido, ainda

assim um momento bastante divertido.

A próxima paragem era a Quinta da

Regaleira, em Sintra. Voltamos à estrada,

alguns ainda com os cabelos despenteados

devido ao vento. Pouco tempo depois, que nos

pareceu uma eternidade, em parte devido ao

facto de nos termos perdido a encontrar a

famosa quinta, começamos a ver o centro da

vila de Sintra. Saímos do autocarro e dirigimo-

nos à quinta. Da estrada já conseguíamos ver a

luxúria e a beleza única deste lugar. Quando lá

chegamos, fomos divididos em dois grupos e

iniciou-se a visita guiada. Conclui que era um

lugar bastante belo e interessante, com

estátuas no meio dos jardins, grutas, fontes,

torres onde podíamos ter acesso à vista de toda

a vila de Sintra e, claro, o Poço Iniciático.

Cheguei a pensar que A não iria conseguir

descê-lo, mas com o apoio da turma lá

conseguiu, superando, assim, um pouco da sua

claustrofobia. O melhor momento desta visita à

Quinta da Regaleira? Foram muitos, desde a

captação de milhares de fotos ao facto da M ter

escorregado para dentro de uma fonte,

proporcionando muitas gargalhadas e um dos

momentos altos da visita (M, se estiveres a ler

isto, sei que o incidente não foi propositado,

mas obrigado, ri-me muito e ainda mais pelo

fairplay com que encaraste a situação ).

Finalizamos a vista à quinta com uma visita

rápida ao Palácio da Regaleira.

Voltamos então para o autocarro, onde

nos foi oferecido, pelos professores, uma

queijada típica de Sintra (um “muito obrigado”,

já agora!).

Seguimos rumo a Coimbra, pois era aí

que íamos passar a noite. A viagem durou

Page 47: Vernariajunho

47

FORA D’AULAS

bastante tempo, mas foi, sem dúvida, muito

alegre, ao som de músicas, cantorias e um

grande convívio. Por fim, chegamos a Coimbra:

uma bela cidade, sem dúvida. Fomos jantar a

uma cantina universitária. De seguida

pousamos as malas na Pousada da Juventude.

E, no final do dia, fomos explorar um pouco da

cidade de Coimbra, onde o ambiente académico

se fazia sentir em todo o lado, com a música das

tunas a espalhar-se e a colorir o ar.

Depois chegou a hora de irmos para a

Pousada, para descansar. Na minha opinião foi

uma noite calma, por isso não percebo porque

continuei tão cansado no dia seguinte

(entenda-se aqui uma ligeira ironia!). Depois do

pequeno-almoço tomado e das bagagens

arrumadas, dirigimo-nos, mais uma vez ao

autocarro, para a Universidade de Coimbra. Aí

visitamos, entre outros, a imponente Biblioteca

Joanina, onde não encontrei nenhuma colónia

de morcegos, infelizmente, pois esperava

mesmo ver alguns. O cansaço parecia geral e

como o sol abrasador não ajudava, só

queríamos era ir almoçar. Depois de concluída

a visita à Universidade de Coimbra, fomos ao

centro comercial Fórum Coimbra, para almoçar

e descontrair um pouco. O McDonald’s mais

uma vez não me deixou mal.

Por fim, chegou a hora de dizer adeus a

Coimbra e partir para casa. A viagem de volta

foi calma. Quando chegamos a Vieira do Minho,

despedimo-nos e fomos embora. Ainda tive

tempo de ver uns amigos na escola. Quando

cheguei a casa, dormi durante 23 horas, tal era

o cansaço, um cansaço que, sem dúvida, valeu a

pena.

Agora, quando revejo as fotografias

desta visita, penso no quanto foi espetacular e

nas saudades que perdurarão desses dois dias.

André Carvalho, 10ºC

“ADOPT A GRANNY/GRANPA”

Ao longo do ano letivo, incluindo no 3º

terceiro período, três turmas do Ensino

Profissional levaram a efeito algumas visitas a

instituições para apoio à terceira idade, na vila

de Vieira do Minho e arredores,

designadamente ao Centro Paroquial de Vieira

do Minho (11º F), ao Lar de Idosos da Santa

Casa da Misericórdia de Vieira do Minho (11º

D) e ao Lar Padre António Pereira Lima (11º E),

no âmbito da atividade “Adopt a

Granny/grandpa”, visando a “adoção” simbólica

de um idoso, para fomentar a troca

intergeracional de experiências e vivências;

Page 48: Vernariajunho

48

FORA D’AULAS

promover o espírito cívico de partilha, de

entreajuda, de solidariedade e respeito para

com os idosos e contactar com realidades

distintas do quotidiano, com outras formas da

vida, experiências e saberes adquiridos com a

“Escola da Vida”.

Em todas as instituições se viveu um

ambiente sadio, de verdadeira partilha de

afetos, de sã camaradagem, de respeito e de

solidariedade. Um bem-haja a todos os

“avozinhos”, com muito carinho dos seus

“netos”.

A IGUALDADE DE GÉNEROS/VIOLÊNCIA NO

NAMORO (SOPRO FEMININO)

No dia 23 de abril, duas técnicas da ONG

“Sopro”, bem como o Presidente da mesma

(Prof. Miguel Novais) levaram a cabo, ao longo

do dia, para várias turmas do Ensino

Secundário, workshops alusivos aos temas “A

Igualdade de Géneros”/”Violência no Namoro”.

O tema é bastante atual, interessante e

oportuno e nas turma A e B do 10º ano, assim

como nas B, D e F do 11º ano foi tratado como

consolidação do Projeto PRESSE/Educação

Sexual-Educação para a Saúde.

Os responsáveis da SOPRO recorreram a

estratégias bastante motivadoras, conducentes

a uma efetiva interação entre os participantes,

distribuindo várias questões, alternadamente,

pelos vários grupos de trabalho, que no final de

cada “round” apresentavam as suas reflexões

sobre as questões em estudo. As várias sessões

foram deveras interessantes, culminando num

desafio final para cada turma: os respetivos

Delegados ou Subdelegados aceitaram vestir e

usar durante uma semana uma T-shirt com os

dizeres “Eu sou JOVEM e sou contra a Violência

no Namoro!”, no intuito de despoletar

reflexões, tomadas de consciência e mudanças

de atitudes na comunidade educativa… e não

só!

Um bem-haja a esta nova valência da SOPRO - a

SOPRO FEMININO!

Turmas: 10º A e B; 11º B, D e F

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49

INSPIRAÇÕES

INTERAÇÃO PAIS E ESCOLA

Os encarregados de educação das

crianças da sala 7 da Escola Eb1 Domingos de

Abreu, querem, desta forma, homenagear a

Educadora Susana Silva pela sua dedicação e

apoio prestados aos discentes a seu cargo, pelo

seu empenho em envolver os encarregados de

educação nas atividades em contexto sala de

aula e pela sua disponibilidade total para

receber, sempre com uma palavra amiga, os

interessados pelo percurso escolar dos seus

educandos.

Muitas e variadas foram as atividades

em que os encarregados de educação estiveram

envolvidos ao longo deste ano letivo,

destacando-se a colaboração de quase todos na

semana da leitura e o empenho na celebração

do Dia Internacional da Família.

Eu sou o mar!

Eu sou o mar!

Nas minhas águas vi passar

Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral.

O primeiro, o caminho para a Índia

Conseguiu encontrar.

O segundo, o Brasil foi achar!

O mar,

É espetacular.

Porque tem peixes

Que são coloridos,

Alguns são queridos!

Eu adoro o mar!

A minha água é salgada.

A pessoa que a beber fica engasgada.

Muitas pessoas gostam de nadar,

Acham-me espetacular!

Sou abrigo para pescadores,

Pescam peixes, cheiram uns odores!

Fico à beira da praia,

E no mar há uma raia,

Page 50: Vernariajunho

50

INSPIRAÇÕES

Que é especial,

Não há como tal.

É assim que eu gosto

De olhar para o mar!

Pedro Figueira Cardoso de Sousa, 3.º B, CEDA

O mar azul

Nós brincamos no mar

Com muita alegria,

O sol a brilhar

Cheio de magia.

Nos dias de tempestade

O mar fica agitado

Com a maré alta

Fica tudo molhado.

No fundo do mar

É um paraíso,

E quando lá vais

Ficas com um sorriso.

Há búzios e anémonas

Peixes a cantar.

Parece uma orquestra

No fundo do mar.

Ondas onduladas,

Sempre a marulhar,

Rochas rochosas

Que nos aleijam ao raspar.

O mar é simpático

E muito querido.

Eu vou ter com ele,

Porque é meu amigo.

Não se deve deitar lixo ao mar.

Isso é poluir.

Vamos ser amigos

Vamos contribuir!

Daniela Silva e Eduarda Lemos, 4.º B CEDA

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51

INSPIRAÇÕES

O mar

Quando chega o verão

Gosto muito de passear.

O meu passeio favorito

É o de ir ver o mar.

Quando avisto o mar

Mesmo sem dizer nada,

Apetece-me logo saber

Se a água ainda é salgada.

Vou caminhando na areia

Que me faz cócegas nos pés.

Apetece-me descansar

Ouvindo os sons das marés.

Uma brisa me aconchega

No meu descanso profundo.

Um barulho me despertou,

É o farol, lá ao fundo.

Quando digo adeus ao mar

Pelo caminho venho a pensar.

Trago conchas para casa

Para sempre o recordar.

César Miguel Sousa, 4.º B – EB1/JI de Guilhofrei

______________________________________________________

O mar

O mar azul

com as gaivotas a voar

peixes e barcos lá andam

antes que chegue o luar.

Que lindas gaivotas

que vão a passar

por cima do mar,

elas vão a voar.

Page 52: Vernariajunho

52

INSPIRAÇÕES

O barco no mar

ao peixe ele vai,

as redes lançar

p’ró peixe apanhar.

Peixinho do mar

nós vamos comprar,

fresquinho, fresquinho

para a mamã cozinhar.

Maria Leonor G. Fidalgo, 3.º B, Centro Escolar

Domingos de Abreu

O mar

O mar, apesar de às vezes ser perigoso,

também traz benefícios. Fornece-nos muitas

coisas.

A água do mar cobre mais de 70% da

superfície terrestre. Na sua quase totalidade

(97%) é salgada.

Várias espécies de peixes, como o

bacalhau, o salmão, o carapau, a sardinha, o

peixe espada, a dourada, a faneca, a pescada, o

atum... vivem lá.

Além dos peixes, também há plantas

aquáticas como nenúfares, ninfeias, hidrófilas...

e são lindíssimas!

As maravilhas do mar são tantas!

A sua água é incolor mas, quando se

observa, parece azul, verde ou até cinzenta.

O mar é imenso e muito mais do que

vemos quando o olhamos. Ele faz-nos pensar e

relaxar. Acalma-nos.

Há pessoas que poluem o mar. Essas

pessoas não dão valor aos seus benefícios. Ao

poluí-lo, estão a contaminar o seu alimento e

muito mais.

Com tantas coisas que o mar nos dá, porque

não sabemos protegê-lo e só o prejudicamos?

Um dia que precisemos dele, irá cobrar-

nos tudo isso.

Sabrina, EB1/JI de Rossas

O mar

O mar,

lindo e calmo!

O azul das suas águas

junta -se no horizonte,

com o azul do céu.

O mar,

tão lindo e belo!

Que bate na areia da praia,

onde se veem os pezinhos descalços,

das crianças felizes, a correr.

Page 53: Vernariajunho

53

INSPIRAÇÕES

O mar,

que se ouve, ao longe,

a sussurrar melodias

que encantam os meus ouvidos.

O mar,

com suas tempestades,

as suas marés altas,

que fazem estremecer

os corações dos pescadores.

Samuel Coutinho, EB1/JJ Rossas

O mar

Ondas o mar tem,

grandes são elas.

Conchas nos traz ele,

para casas enfeitar.

Azul, verde ou cinzento,

o mar, estas cores tem.

Quando relaxar queremos,

o mar temos de ouvir,

Beneficia muito e bem.

O sal de lá se extrai.

Poluir o mar,

errado é.

Espécies de peixes,

variam no mar.

São o nosso alimento,

é melhor não o estragar.

Sabrina EB1/JJ Rossas

Mar belo!

O mar pode ser de rosas

e, cada um, tem o seu.

Há mares calmos,

tempestuosos e traidores.

Todos têm os seus perigos!

O mar é salgado,

imenso, belo!

Estrada misteriosa

para quem gosta de aventura.

O mar é tudo isto!

Elisa EB1/JJ Rossas

Page 54: Vernariajunho

54

INSPIRAÇÕES

O mar

O mar é uma paisagem,

que brilha sem parar.

O que te posso dar

ó meu querido mar?

Tu és brilhante

como uma estrela cintilante

que nunca acaba de piscar.

Leandro, EB1/JJ Rossas

Gosto do mar...

Gosto de olhar para o mar,

de ver a água e os peixinhos.

Todos os anos os espreito,

já são os meus amiguinhos.

Gosto de falar com eles,

fazem sentir-me feliz.

Se o mar falasse comigo,

eu percebia o que diz.

Se este mar fosse meu,

não o deixava poluir.

Lancem esgotos noutra parte,

deixem os peixes subsistir.

Simão Pedro, EB1/JJ Rossas

Ao Mar

Mar,

Porque ficas revoltado?

Porque berras sem parar?

Ainda é madrugada

e já oiço o teu marulhar.

Ainda ontem me convencias

nas tuas ondas nadar

e, em cima de um golfinho,

até longe... navegar.

Mas agora sinto medo

de, nas tuas águas, afogar.

Nuno Tiago, EB1/JJ Rossas

A Estrelinha no Fundo do Mar

Esta foi a história apresentada pelas

crianças de 4 anos das salas 7 e 8 na festinha

dos finalistas do Centro escolar Domingos de

Abreu.

É uma história contada e cantada pelas

crianças, professoras e estagiários do Curso de

Animação Sociocultural.

Page 55: Vernariajunho

55

INSPIRAÇÕES

Apresentador 1-

A história que vamos contar

Passa-se no fundo do mar

Esperamos a vossa atenção

pois vai ser uma animação

Apresentador 2 -

De animais vamos falar

uma estrelinha lá vai estar

e um belo cavalo marinho

que não quer ficar sozinho

Canção

Bem no fundo do mar

vivia uma estrelinha bela - e vaidosinha

não tinha com quem brincar

mas não gostava de estar - sempre sozinha

Tentava encontrar amigos

mas eles fugiam - todos ofendidos

vivia sempre a pensar

que um bom amigo tinha d´encontrar

Narrador- Aparece então o amigo Tubarão

grande e refilão

Tubarão- “Não tenhas medo de mim

Sou grande, mas brincalhão”

Narrador - A estrelinha mais descansada

Estrelinha- “Não tenho medo de nada, por

muito que tentes,

não gosto é dos teus dentes”

Narrador - O tubarão ofendido, procurou outro

amigo

Por trás das algas surgiu

O Polvo coceguinhas

Polvo - “Olá linda estrelinha, vai uma

coceguinha?”

Narrador - A estrelinha ficou encantada, mas

não achou grande piada

Estrelinha"- Pára com as tuas perninhas,

estou a ficar enervada"

Page 56: Vernariajunho

56

INSPIRAÇÕES

Narrador - O Polvo ofendido, procurou outro

amigo

Muito apressado veio o caranguejo a andar de

lado

Caranguejo- “Olá estrelinha!”

Estrelinha- “Olá caranguejo. Há tanto tempo

que não te vejo!”

Caranguejo- “Tenho estado nas rochas a tocar

realejo! Vem daí dar um passeio!”

Narrador - O caranguejo agarrou a mão da

estrelinha, mas como é muito apressado

a estrelinha não gostou.

Estrelinha - “Tem cuidado! Não sejas

desengonçado"

Narrador - O Caranguejo ofendido, procurou

outro amigo

Eis que aparece o peixe palhaço

colorido e engraçado

Peixe palhaço – “Olha a estrelinha! Sempre tão

esticadinha!”

Estrelinha - “Eu posso ser esticadinha

Mas tu és, de todos, o desigual

não é por isso que te quero mal

Tu és bonito, mas… para palhaço

só te falta mesmo... o laço!”

Narrador - O Peixe palhaço ofendido, procurou

outro amigo

Desapontada a estrelinha

continuava sozinha

Queria brincar

mas faltava-lhe um par

Page 57: Vernariajunho

57

INSPIRAÇÕES

Atrás de uma alga

estava o cavalo marinho

e também ele se sentia sozinho

Cavalo marinho - “Psss!Psss! Estrelinha...

Queres brincar comigo?

Deixa-me ser teu amigo!”

Narrador - O cavalo marinho, logo se

aproximou

e a estrelinha se apaixonou

Estrelinha - “Quem és tu?”

Cavalo marinho - “Eu sou o cavalo marinho”

Estrelinha - “Que lindo! Que amor!

Porque mudas de cor?”

Cavalo marinho - “Mudo a minha cor para me

defender

assim os outros peixes não me podem comer

Faço lembrar o camaleão

mas tenho um bom coração”

Estrelinha - “Isso eu já percebi, gostei logo de

ti”

Canção:

Então bate, bate coração

amizade e união

a estrelinha o cavalo marinho

Juntinhos e felizes a brincar

fazem um bonito par

nenhum ficou sozinho!

BIS:

Bem no fundo do mar

vivia uma estrelinha bela - e vaidosinha

não tinha com quem brincar

mas não gostava de estar - sempre sozinha

Tentava encontrar amigos

Page 58: Vernariajunho

58

INSPIRAÇÕES

mas eles fugiam - todos ofendidos

vivia sempre a pensar

que um bom amigo tinha d´encontrar

Então bate, bate coração

amizade e união

a estrelinha e o cavalo marinho

Juntinhos e felizes a brincar

fazem um bonito par

nenhum ficou sozinho

Autoras: Paula Lemos, Susana Gonçalves, meninos

de 4 anos das salas 7 e 8

A minha mãe

A minha mãe tem olhos verdes e cabelo muito

preto.

Gosta do meu carinho e amor.

Sinto muito, muito amor por ela.

Ela é minha amiga, dá-me flores, carinho, amor,

paz e fé.

Bruna, 2.º ano da EB1/JI de Rossas

Mãe

A minha mãe gosta muito de mim e eu gosto

dela daqui até à lua.

Ela tem cabelos acastanhados e olhos

castanhos.

É a melhor mãe do mundo.

Franco, 2.º ano da EB1/JI de Rossas

DIA DA MÃE

PARA A MINHA MÃE

EU FIZ UM PRESENTE

PARA ELA FICAR CONTENTE

Page 59: Vernariajunho

59

É UMA PEQUENA SURPRESA

MAIS UM BONITO CARTÃO

FICOU UMA BELEZA

FOI FEITO PELA MINHA MÃO

NÃO É NADA DE VALOR

MAS A MINHA MÃE VAI GOSTAR

DENTRO DESTA SURPRESA

AS COISAS PODE GUARDAR

EMBRULHO TUDO ISTO

NUM SACO COM UM LAÇO

DOU À MINHA MÃE

UM BEIJINHO E UM ABRAÇO

FELIZ DIA MÃE!

SER MÃE É…

Ser linda - Ana Beatriz

Tratar bem dos meninos e levá-los aos baloiços

– Francisca Mota

Fazer comida e festinhas, ser amiguinha dos

filhos - Francisca Costa

Ser amiga e dar beijinhos e ter amor de mãe -

Leonor Lucas

Dar muitos abraços e gostar do filho com muito

amor - Romeu

Fazer boa comida-arroz de pato, batatinhas

fritas - David

Ajudar a jogar - Ricardo

Fazer tudo que nós queremos - Hugo

Dar comida saudável - Tomás Ferreira

Deitar-nos na cama e contar uma história -

Leonor Cruz

Passear os filhos - Eduarda

Ir às piscinas e à praia com os filhos - Inês

Fazer comida - Gonçalo

Dar coisas aos filhos - Beatriz

Cuidar bem dos filhos - João Tomás

Dar brinquedos e dar muitos abraços - Afonso

Bom - Clara

Ser amiga- Matilde

Narrativa realizada em 03 de maio de 2013

Page 60: Vernariajunho

60

INSPIRAÇÕES

Dia Internacional do Brincar

Gosto de brincar

Para me divertir

Com os meus amigos

Eu gosto de sorrir!

Adoro divertir-me

Com os meus amigos a valer.

Gosto muito deles

Outros iguais eu não vou ter!

Gosto da brincadeira

Que faço à segunda-feira

Para esquecer a asneira

Que faço à sexta-feira.

Eu adoro correr

Brincar até mais não.

Mas quando alguém se aleija

Logo o vou socorrer.

Diana Vieira, turma 4.º B (EB1/JI de Guilhofrei)

Com os meus amigos vou rir

E brincadeira não vai faltar.

No parque vou-me divertir

E não deixo de pular.

Durante a semana vou brincar

E não há forma de melhor a acabar.

Na cama me vou deitar

Para a energia recarregar.

Com os amigos vou saltar,

Cantar, correr e divertir.

Novos amigos vou arranjar

E os meus erros vou corrigir.

César Miguel Sousa, turma 4.º B (EB1/JI de

Guilhofrei)

Versos soltos

Ao entrar numa livraria

Descobrimos o mundo da fantasia.

Encontramos livros diferentes

Que nos falam das várias gentes.

Page 61: Vernariajunho

61

Alunos do 5º E

INSPIRAÇÕES

Há livros coloridos

Em cima da estante.

Pego em um deles

E torno-me num viajante.

Começamos a leitura

Abrimos a imaginação.

Entramos numa aventura

Que nos abre o coração.

Lemos contos e aventuras

Com muitas iluminuras.

Também lemos um romance

Que nos enche de suspense.

Para que fiquem registadas

As emoções do 5º D

Neste livro ficam marcadas

Algumas das nossas quadras.

Trabalho coletivo realizado na aula de Português no

âmbito da semana da leitura, promovida pela

Biblioteca Escolar.

Pequena homenagem ao professor Álvaro

Hoje é um dia especial

Que não estávamos a contar.

Tivemos uma bela surpresa

Quando vimos o professor chegar.

Perguntas lhe vamos fazer,

Começamos pela primeira:

Ainda usa o relógio

Que lhe demos com prazer?

Sabemos que gosta de pesca,

Plantas e peixes também.

De dar aulas e estudar

E fá-lo como ninguém!!!

Quando estamos em Português

Lembramo-nos muito de si.

Mas também aprendemos muito

Com a professora que temos aqui.

Ainda nos recordamos

Dos castigos que nos dava.

Mas lembramo-nos ainda mais

Page 62: Vernariajunho

62

INSPIRAÇÕES

Da forma como nos tratava.

Rimas Soltas

Num momento de aflição

Ia o menino Nicolau

Embarcar num foguetão

Na boca de um bacalhau.

Apareceu o senhor Albino

Às costas de um felino.

Ao passar pelo jardim

Começou a falar latim.

Vinham os dois nesta figura

E trocaram de posição.

Passou o senhor Albino

A carregar um leão.

Sua esposa Margarida

Que era muito convencida.

Passeava com um ladrão

A cavalo num camaleão.

Como estávamos no Natal

Fomos todos para o hospital.

O hospital estava fechado

Fomos para outro lado.

Batemos à porta, truz, truz

Apareceu o menino Jesus.

Com sapatos de marfim

A história chegou ao fim.

Page 63: Vernariajunho

63

INSPIRAÇÕES

Trabalho coletivo do 5ºD

Quadras viajantes

De manhã chego à escola

Com os livros na mochila

Quando os começo a ler

Sei que algo vou aprender.

Estamos tão apertadinhos!

Pois somos todos gordinhos.

Coitadinhos dos meninos

Que vão tão carregadinhos!

Vou à praia bronzear

E ler a “A Menina do Mar”

De repente faço uma pausa

E não é que a vejo a nadar?!

O calor começa a apertar

Vou buscar o guarda-sol

Para continuar a minha leitura

Da “Nuvem e o Caracol”.

Fico a observar o mar

As gaivotas a voar

As sereias a cantar

E a Nau Catrineta a viajar.

Eis aqui as nossas quadras

Com cheirinho a maresia

As cabecinhas do 5ºE

Estão cheias de fantasia.

Trabalho coletivo realizado na aula de Português no

âmbito da semana da leitura, promovida pela

Biblioteca Escolar.

“O caracol se parece com o poeta: lava a

língua no caminho da sua viagem”

In “Mar me quer” de Mia Couto

O caracol vagueia lentamente, assim

como o poeta. O mundo é o sentido e o chão

para ambos, porque ambos vagueiam como

ninguém. O caracol arrasta a sua lentidão e

monotonia e o poeta faz dessa lentidão e dessa

monotonia o seu segredo, a sua alma. O poeta

Page 64: Vernariajunho

64

INSPIRAÇÕES

não rasteja como o caracol, porém lava a língua

como ele no caminho que faz, porque esse

caminho é a base do seu ser e da sua vida.

Por mais que o caracol ande, faltará

sempre muito para chegar a lado algum, porém

por menos que o poeta ande, chegará sempre…

cumprirá objetivos durante o percurso.

O caracol define um percurso e faz-se ao

caminho. O poeta traça um destino, ainda que

sentado, ainda que mutilado. O caracol tem a

desvantagem de lavar a língua no caminho que

outros já percorreram e sujaram; não tem

alternativa. O poeta poderá até lavar a língua

no caminho mais banal e mais rompido, mas

esse caminho será sempre o seu caminho, a sua

POESIA.

Daniel Pereira, 11ºC

O interior da letra O

Pode ser água, fogo vivo, terra firme ou

simplesmente ar. (O)- ar. Uma letra metafórica,

um novo texto que se inicia, um “Era uma Vez”

no interior da letra O… Mergulhos no mar,

corpos queimados, pés assentes em terra, ou

simplesmente ar, vento e marés. Converge a

novas filosofias, sopra a contradições e pontos

de vista, que semelhantes, desassemelham-se…

tudo em torno daquele que é um interrogado

feliz, visto só em si ter a solução contra todos

enigmas que nele recaem.

A letra O é uma história redonda, onde

vários trilhos se cruzam, e nunca é encontrada

a saída. Aqui, lidam-se os problemas, vivem-se

as glórias e dominam-se as tristezas.

Há interioridade na letra O: acasos

cíclicos que vão ditando um pouco do labirinto

que nele se molda. Porque a letra O é água fria

nos pés, é chama acesa no mundo, é terra

assente no chão e é o ar. O ar que eu e tu

respiramos.

O. Eu e tu a viver na letra O.

Juliana Ramalho, 11ºC

O que cabe neste poço?

Sem luz, estava cada vez mais farto.

Encheu-se da vida e quis mergulhar nas últimas

gotas do oceano…buscou o feliz. Deixou passar

o tempo, e quando o quis abraçar, não havia

nada, caixa vazia… pedaço de inutilidade. Quis

correr, refazer-se e não conseguiu. Quis ser

algo, ser alguém e atirou-se ao escuro supérfluo

de uma vida desprezível e infeliz.

Por isso, neste poço cabe tudo, inclusive

o ensinamento de como lidar com… como

sobreviver a… Neste poço, vive-se a totalidade:

desde a mais temível luta à gloriosa aceitação

de que tudo ficará bem.

Não há poço. O poço sou eu.

Juliana Ramalho, 11ºC

Page 65: Vernariajunho

65

INSPIRAÇÕES

Pensamentos de um Génio, por André

Carvalho – 10ºC

André vs Mundo

“Viver é a experiência de vida por

excelência”. De onde retirei esta conclusão?

Simplesmente veio-me à cabeça, no momento

exato em que comecei a escrever este

“documento”.

Porém, admito desde já que retiro

grande parte das minhas conclusões a partir do

cinema e da visualização de imensos filmes;

aproveito agora mesmo para revelar que o

cinema é uma parte fundamental da minha

vida! Por outro lado, reconheço também que a

construção deste texto se baseia nas coisas que

vou sentindo e nas questões que me vão

chegando ao cérebro, no momento.

Paro. Olho, durante alguns minutos,

para os aviões em miniatura que estão na

minha secretária; sofri um bloqueio mental

artístico e ainda não recuperei. Perco-me e não

sei mais o que escrever. Acontece-me com

frequência. E quando não sei o que escrever,

começo a escrever sobre o facto de não saber o

que escrever.

Encontro-me sentado em frente a um

computador, martelando as teclas. O relógio

marca exatamente 23:53h. De um lado tenho

aberto o manual da disciplina de Português,

numa página com imensos sinónimos de

marcadores discursivos, pois tal é a minha

tendência para repetir sempre o mesmo.

Oh! Quem é que eu quero enganar? Não

estou a viver, isto não é viver. Estou é vivo, isso

sim, mas apenas isso.

“Desperdiço” a minha noite a descrever

a crise existencial pela qual estou a passar,

ignorando o facto de o mundo se estar a

autodestruir, ignorando o facto de imensos

inocentes necessitarem de ser salvos das

nações e das culturas desumanas em que estão

inseridos, ignorando a corrupção, ignorando a

maldade, ignorando o aquecimento global,

ignorando o facto de a Coreia do Norte se

preparar para começar uma guerra nuclear

com proporções catastróficas a nível mundial,

enfim, ignorando o mundo que se entende para

lá deste quarto.

Desculpem-me o egoísmo, mas não

posso fazer nada! Não sou propriamente o

Leonardo DiCaprio ou o George Clooney, a

única coisa comum que nos liga é a nossa

beleza...interior. E nem sequer estou casado

com a Angelina Jolie. Esses imensos artistas

que não só nos alegram e fascinam com a sua a

arte, como tentam ajudar este mundo com os

recursos que têm. Deem-me muito dinheiro e

poder e eu ponho este planeta a funcionar

corretamente a nível “físico” e “psicológico”.

Bem, já não sei nada. Como me fazer

sentir gente neste imenso mundo? E não

apenas o governante do universo que é o meu

quarto? Como combater o tédio?

Page 66: Vernariajunho

66

INSPIRAÇÕES

Viro-me para a minha biblioteca em

miniatura em busca de um livro que não

possuo. Observo mais atentamente a biblioteca

em miniatura. E percebo o quanto mudei, todos

os livros que li, tão diferentes daqueles que

procuro agora...

A conversa ideal entre amigos

Sentados sobre a areia, com os pés

virados para o mar, olhavam para aquele

horizonte infinito, sem um fim à vista. E não

havia hora de o sol se pôr. Ele continuava bem

acima do mar e ia descendo, a uma velocidade

lenta, como a subida de um caracol sob uma

parede seca em dia caloroso.

‘Diz qualquer coisa!’ - o silêncio fora

quebrado por Carolina e com ele a harmonia do

momento.

‘Que queres que diga?’- respondeu

Francisco, continuando a fitar o infinito que se

estendia à sua frente. - ´Com um sol como este,

uma brisa fresca como esta, num calor infernal

como este, com as ondas do mar, meigamente

explodindo a nossos pés, penso que o melhor é

não dizer nada!’

As gargalhadas não se fizeram tardar.

‘Quase, mas quase, parecias um poeta!’

«Quase» é o termo designado para a

barreira que separa o aspirante do artista”.

Francisco virou-se. Carolina olhava-o

fixamente, um olhar de desdém.

‘Que foi?’ – perguntou.

‘Podias falar como gente normal de vez

em quando, não de forma rotineira, que isso já

é pedir muito, mas pelo menos uma vez por

semana, já me deixavas contente, mudavas

tanto a minha vida!’ – respondeu ela.

‘Oh, nunca pensei que a minha forma de

falar te transtornava tanto!´

‘Coitado, deves pensar que me

transtornas, tu!’

‘Não te transtorno, mas desperto outros

sentimentos agradáveis em ti, admite!’

Carolina agarra o telemóvel e, fingindo

estar a fazer uma chamada, proferiu - ‘Boa

tarde, olhe, desculpe, estou aqui com um louco,

penso que fugiu da vossa instituição, será que

podiam vir buscá-lo? É que já me está a

incomodar há algum tempo!’ - pausa teatral -

‘Cinco minutos, oh perfeito, eu aguento-o por

mais um bocado, obrigada.’

‘Estavas a falar com?’ - perguntou o

outro, supostamente alheio ao que se passara.

‘Não te preocupes, querido, eles estão já

a chegar, e depois vais para um lugar onde há

outros como tu, sei que te vais dar bem.’

Page 67: Vernariajunho

67

INSPIRAÇÕES

‘Não é por nada, mas não devias brincar

com essas coisas, sabes?’

‘Mesmo, tens razão, desculpa, foi só para

aliviar um pouco.’ - disse arrependida.

‘Deixa lá isso, todos temos direito a dizer

umas asneiras de vez em quando, apesar de tu

abusares um bocado desse direito, ainda me

continuarás a ter a mim.’

‘Meu Deus! Fiquei tão mais descansada

agora! É que o meu desejo é mesmo ter-te a

meu lado...’

‘Sempre e para sempre!’ - completara o

outro.

Riu-se. Carolina olhou para ele, queria

dizer alguma coisa, porém as palavras não

saíram.

‘Porque é que me estás a olhar dessa

maneira?’

‘Não estava a olhar para ti!’

‘Estavas sim!’

‘Não, não estava, estava a pensar!’

‘Em mim!’

‘Como queiras’ – respondeu aborrecida.

‘Porque é que me ligaste? Não foi por

saudades minhas, de certeza!’

‘Claro que não! Precisava de estar com

alguém.’

‘Que te anda a aborrecer?’

‘A vida!’

‘Isso aborrece-me sempre e eu não te

estou sempre a ligar, pois não?’

‘Somos diferentes!’

‘Partilho dessa conclusão.’

‘Porém, complementamo-nos.’

‘Porra, agora é que disseste tudo!’ - disse

ele às gargalhadas.

E tinha realmente dito tudo! O resto da

conversa entre estes dois penso que já não nos

interessará. Momentos. Momentos como este

que acabamos de presenciar valem tanto, numa

vida, num fenómeno como este, alheios a tudo,

preocupamo-nos com o que pouco importa,

pois essas preocupações dão-nos liberdade.

Conversas. Silêncio. Tato. “Longas conversas

em dias deprimentes” - dissera-me alguém

inteligente. Amizade, desprovida de definição,

sabemos o que é, sem ensinamentos. Acordar

numa manhã, ansiando por uma viagem, ou

mais um dia aborrecido com aqueles que, na

sabedoria retirada de profundas experiências,

sabemos que são os amigos.

A ação decorre num espaço,

desaparecendo de seguida, permanecendo viva

apenas na memória de quem realmente a viveu.

Page 68: Vernariajunho

68

INSPIRAÇÕES

Carta a um deus menor...

Estás a ver a imagem? Horrível, não é?

Quanto tempo será necessário para a

esqueceres, seguires em frente e murmurar

algo do género: “A vida é muito injusta”. E

nunca mais pensares nisto. Quanto tempo?

Não te censuro, não podes fazer nada.

Eu não posso fazer nada Aqueles que realmente

podiam ter feito algo já o fizeram e não

conseguiram. E tu estudas e sonhas um dia

encontrares a cura, esforças-te com o objetivo

de um dia marcares a diferença. De um dia

poderes evitar uma situação semelhante. Mas,

se não conseguires, tens presente no teu

pensamento que ao menos tentaste, tentaste e

não conseguiste, e deixas, gentilmente, outros

mais novos, com a mesma força de vontade,

tentarem novamente.

Entretanto, o ciclo repete-se e outras

injustiças vão ocorrendo. As pessoas não têm

todas o mesmo valor, é um facto. Seguindo a

lógica, as boas pessoas estão no topo, as más no

fundo. A minha lógica é a lógica irreal. Pois as

“bestas” estão no topo, decidem a vida da

grande maioria dos outros, como se uma

espécie de poder superior as tivesse incumbido

disso mesmo. Não podes combatê-las, podes

apenas criticá-las, bem alto, porém elas nunca

te irão ouvir. Por isso esqueces. Esqueces até

acontecer novamente, até pegares no jornal

errado, aberto na página errada. E tudo volta a

repetir-se...

Aquele miúdo (sim, o da fotografia) nem

oportunidade para cometer erros teve. Tinha

apenas 10 anos. Na sua cabeça, teria feito mais

sentido se ele pudesse culpar-se a si e aos seus

erros pelo sucedido. Sofrer sem uma razão

justificável. Nasceu, adoeceu e, deformado no

corpo e na alma, morreu.

Aqueles que procuram a vida além do

planeta Terra, por que é que o fazem? Por que

procuram tanto algo que não nos é essencial?

Estarão à procura de algum modelo que sirva

de base para o tipo de vida existente no nosso

planeta? Ou serão apenas estúpidos? Gastam

milhões de euros, dólares, libras numa

descoberta desnecessária. O que realmente

precisa de ser descoberto fica envolto em

mistério.

Olho para o céu, tentando canalizar a

raiva, para procurar essa tal força superior,

dirigir-me a ela e dizer-lhe: “Amigo, parabéns,

fizeste uma bela porcaria, esta não é a tua área,

dedica-te à pesca, antes que destruas o resto do

mundo que nos resta!”.

Vou emigrar para Júpiter, ao menos lá

não há chão e os furacões andam a uma

velocidade astronómica, superior à da Terra. É

um lugar hostil, acontecem desastres espaciais,

a única diferença é que ninguém sofre com eles.

André Carvalho, 10ºC

Page 69: Vernariajunho

69

INSPIRAÇÕES

11th B speaking of…MONEY!

“Better is little with the fear of the Lord than

great treasure and trouble therewith”-

Benjamin Franklin talked about the essential

and he thought we should fear the Lord and

that money can bring trouble. I conclude that

money is important to buy things, but not to

buy people, health and happiness…” (Daniela

and Rui)

“Money is not everything…but it commands the

World!

We should not give so much importance to

money, but materialism is here to stay…”

(Rita Oliveira and Tatiana)

“Everybody wishes a perfect life…and money is

a part of it!” (João)

“Sometimes money solves a lot of problems,

but it brings the double…I think it doesn´t bring

happiness…” (Leonor)

“First of all, we all have to be grateful for what

we have, even if it isn’t too much! But that

doesn’t mean you have to be comfortable with

it… We all should be determined and fight for

what we think we deserve and LIFE will do its

part!” (Ana Rita and Catarina)

“Many people don’t understand what is really

important to achieve happiness and they waste

their precious time “running” after money!”

(Nelson)

“I’m ambitious. Ambition isn’t bad… Money

never made a man happy, but neither did

poverty… We must fight for a better Life

without doing harm to anyone!” (Ângela)

ÉS AMIGO DO AMBIENTE? EIS ALGUMAS

IDEIAS PARA PORES EM PRÁTICA. O NOSSO

PLANETA AGRADECE!

1. Separa o lixo em orgânico/inorgânico,

papel/plástico, etc…;

2. Organiza um grupo juvenil

ambientalista na tua localidade e/ou na

tua Escola;

3. Tenta dialogar com os teus vizinhos

sobre assuntos de cariz ambiental;

4. Convence os teus familiares a evitar o

uso de químicos perigosos no solo;

5. Não queimes lixo no quintal em dias

ensolarados;

6. Participa na limpeza de parques, lagos e

rios na tua localidade;

7. Junta-te a uma organização

ambientalista;

8. Planta árvores, flores ou ervas

aromáticas na tua comunidade;

9. Faz campanha contra a caça ilegal e

contra a violência para com os animais;

10. Organiza um encontro ambientalista na

tua Escola;

Page 70: Vernariajunho

70

INSPIRAÇÕES

11. Reclama por escrito de situações pouco

claras, relativas à proteção da natureza,

junto das autoridades locais, através de

e-mails, cartas, etc.;

12. Usa mais a bicicleta do que o carro nas

tuas pequenas deslocações;

13. Persuade os teus pais a melhorarem a

calefação da tua casa;

14. Convence os teus pais a comprarem

lâmpadas de baixo consumo, bem como

eletrodomésticos de alta eficácia e de

pouco consumo.

SÊ AMIGO DO AMBIENTE!

11º D/E/F

FRIENDS

Friend, you are my support every day

And I really hope that you never go away

Please, stay in my life, together we don`t need

to fight

If you walk away, I´ll know I´ll fail

Because there is nobody else

It just got to be you!

Yesterday, I was your friend

Today, I´m still your friend

And don´t worry about tomorrow

Because I’ll always be your friend!

WE´RE FRIENDS FOREVER!

Diana e Daniela (10º A)

LOVE…ALWAYS LOVE!

Since the day I realized your existence

Every second takes an hour to pass

I'm having certain impotence

Given this knowledge, which is love…

And they say that love is trust

You know the truth without seeing it

You know how to take care

Even when there is no patience to do it

It is the truth: true love hides nothing!

I will not say anything like that

I would say that love is what I'm doing

This feeling is destroying me

But it also makes me want to live!

Page 71: Vernariajunho

71

INSPIRAÇÕES

And what do I feel?

I want to spend my life by your side

To care, love, protect you

It does not matter

While you're here, I know

I will not die!

(Sara 10º A)

THE SEA

The sea is the reflection of heaven

And it makes us think about immensity

For some ocean is everything, for others it is

nothing…

Some like the sea because there are no bees

And for many the sea is the pure beauty of

nature!

I have a sea in my heart…

The sea and the waves are like sadness and

nostalgia

Huge and unpredictable…

The bottom of the ocean is a poodle of the past

The sea is funny…

It is the most beautiful thing in the world…

The sea is unique….

The sea is poetry…

I love to see my loved one bathing in the sea

And there I can reflect about me…

Sea is like the time: if you get lost, you can’t get

back!

Poema coletivo do 10º B para participação

na SEMANA DA LEITURA (BEVA)

O MAR

O Mar é o reflexo do céu

Um pouco teu, um pouco meu…

E faz-nos pensar na imensidão

Liberta o espírito e o coração…

Para uns, o Mar é tudo, para outros nada…

Vê a família do náufrago atormentada!

P’ra quem as ondas são tristeza, nostalgia…

Mas o Mar também é poesia…

Adoro ler à beira-mar

Com as ondas a murmurar...

Mar imenso e imprevisível…

Beleza e perigo tão indizível!!!

Há quem goste do Mar pela sua beleza…

INSPIRAÇÕES

Uma obra prima da Natureza!

Eu tenho um Mar no meu coração…

P’ra mim é lazer, libertação…

O Mar é único, espetacular

Testemunho do passado é o fundo do Mar…

E sobre mim mesmo me faz pensar…

O Mar é como o tempo: se te perdes, atrás não

podes voltar

Mas é dever de todos o Mar preservar

Page 72: Vernariajunho

72

INSPIRAÇÕES

Para nos continuar a inspirar!

Poema coletivo do 10º B para participação na

SEMANA DA LEITURA (BEVA)

YOUR EYES ARE MY SEA

When I look into your eyes

I forget about everything

I remember so many ‘goodbyes’

When I couldn’t do anything!

You told me to dive in, one day

To swim near the surface

You “read” the world, that’s ok

But I can “read” your face…

‘Cause I dive into your eyes, you see

My own became a deep ocean, my love

Like a lost boat on the SEA

I feel adrift, a lonely dove!

I try harder to sail away

To forget you, to go ashore

But I know you came to stay

And I won’t leave you…anymore!

Be my SEA, my ocean, my heaven

And I’ll be your sky forever

For me, seas are ONE, not seven

SEA and SKY are meant to be together!

Do you love me as I love you?

You’re the SEA…I’m the SKY

Join my light blue with your dark blue

I’m sure there will be no goodbye!

TEUS OLHOS SÃO O MEU MAR

Olho teus olhos, bem lá no fundo

E esqueço-me de tudo à volta

Tanto adeus, vazio profundo

Minha alma em dor fica envolta!

Disseste-me para mergulhar

Mas que à superfície me mantivesse

Lês o Mundo, p’ró contestar

Leio a tua face…se a compreendesse!

Quando nos teus olhos pude mergulhar

Page 73: Vernariajunho

73

INSPIRAÇÕES

Num oceano se tornaram os meus

Como um barco perdido no mar

Sou ave solitária, à deriva nos céus!

Tentei velejar em alto mar

Para te esquecer, tornar leve o futuro

Mas sei que vieste para ficar

E derreter este coração duro!

Sê o meu Mar e mergulharei

Serei o teu céu para sempre

Os mares são um, não sete, agora sei

O Céu e o Mar juntos eternamente!

Amar-me-ás também no futuro?

Quero ler certeza no teu olhar

Junta meu azul claro ao teu azul escuro

Serei o teu Céu e tu serás o meu Mar…

Poema coletivo do 10º B (Semana da Leitura-

BEVA)

Ler

Pego num livro e começo a ler,

é magia,

é uma loucura poder viver.

Ler é “mais que tudo”,

é um amor,

é sonhar em modo mudo.

Ler é ter conhecimento e viajar,

é pegar num livro e começar a sonhar.

Sento-me na sombra de um arvoredo,

recostada ou em cima de um penedo,

porque ler é importante,

é ditado antigo,

são letras e frases,

é o teu melhor amigo!

Ângela Lopes, 7ºA

Mísera pobreza

Quantas vezes passo na rua,

E fico a olhar,

as crianças na rua,

a fome a passar.

Custa-me olhar,

queria poder ajudar,

crianças inocentes,

do mundo pendentes.

Page 74: Vernariajunho

74

INSPIRAÇÕES

Crianças num poço sem fundo,

quem me dera ter tudo para melhorar,

quem me dera ser uma guerreira

e ter tudo para lhes dar.

Desprezo gente mimada,

têm tudo e não fazem nada,

têm tudo e não dão nada.

Não vires as costas

a quem precisa,

hoje ele, amanhã tu,

é antiga a divisa.

A Escola

Sei que não me importo com a escola,

queria era sair de lá para fora.

Agora, penso que é diferente,

não me sinto triste, mas contente.

Sei reconhecer que errei,

e sei que, da escola sempre precisarei.

Faltava, era expulsa ou andava à porrada,

agora, vejo que não me levou a nada.

Choro por ainda estar aqui,

e alguns professores ainda avisam.

Hoje, resta-me a dignidade,

pois perdi tudo,

até a minha própria amizade.

Ângela Lopes, 7º A

O meu diário é o melhor lugar para pensar

Toda a gente gosta de ter o seu

momento, estar só para pensar e refletir na

vida.

Eu conheci uma rapariga que gostava de

passear à beira mar, olhar a água a bater nas

rochas, caminhar na areia e ouvir a sua música.

Ela era calma, carente e, como toda a gente,

tinha momentos bons e momentos maus. Os

piores eram passados na escola, ela era gozada

pelos rapazes, os cobardes. Todos gozavam

com ela, por ser aplicada ou por ser reservada,

talvez por ser diferente, mas era assim e sentia-

se bem consigo própria.

Ela gostava de se sentar na areia, olhar

para o mar e escrever no seu diário. Era lá, que

ela relatava a sua vida, a sua procura pelo bem

nas coisas e nas pessoas, a resolução dos seus

problemas, longe das confusões. Era lá, onde

ela arranjava forças para suportar as

dificuldades da vida. Era a água a bater nas

rochas que a fazia sentir-se bem, porque

afugentava o mal e os problemas.

Ao escrever no seu diário, ela sorria e

chorava. Sozinha, ela pensava em tudo e,

principalmente, na sua família. Na sua avó que

Page 75: Vernariajunho

75

INSPIRAÇÕES

tinha perdido a fala. O tempo levava a pessoa

em quem ela mais confiava e que mais a

ajudava. As últimas palavras da avó ressoavam

ao ouvido e iluminavam-lhe, constantemente, a

mente “…minha neta adoro-te muito, vou estar

sempre do teu lado, deixa as pessoas más, elas

falam porque queriam ter um coração de ouro

como o teu, e não têm!...”.

Foi este sonhar acordado, que levou a

rapariga a passar para o papel as histórias da

sua vida. Neste momento, ela é uma grande

escritora. Agora, ela é uma rapariga feliz e com

mais sonhos, com bondade e um coração de

ouro para ajudar os outros.

Ana Catarina, 7º A

O poema da minha vida

Em criança, eu brincava

aos polícias e ladrões

com muitos amigos,

eramos uns foliões.

Quando acordei,

já não gostava de brincar,

na adolescência entrei,

para nunca mais parar.

Estou naquela fase…

que muitos não gostam de ouvir,

os pais sempre a chatear,

só pensamos em fugir.

Esta é a idade,

da pura parvalheira,

aquela fase…

que sonhamos a vida inteira.

Beatriz Marques Fernandes, 7ºA

O poema da minha vida

Há muitos anos atrás,

uma coisa queria fazer,

era ir para a escola,

para poder escrever.

Quando era pequeno,

tudo queria aprender,

agora que sou grande,

nada quero fazer.

Page 76: Vernariajunho

76

INSPIRAÇÕES

Quando ia para a escola,

tudo queria saber,

agora que sou grande,

tudo estou a desaprender.

Andar de bicicleta

é o que eu gosto de fazer,

participar em provas

para aprender a perder.

Manuel Teixeira, 7º A

O poema da minha vida

Na minha vida,

encontrei vários poemas,

um só eu tinha,

cheio de grandes dilemas.

De grande fantasia,

com grande emoção,

eu lia…e relia,

até me saltar o coração.

Senti-me poeta,

senti-me leitor,

era um grande sonhador.

A minha vida é cheia de emoção,

os poemas que eu vivi,

encheram-me de ilusão.

João Pedro Antunes, 7º A

O poema da minha vida

A minha vida é simples,

sempre dentro do normal,

quanto mais tempo passa,

mais a vida parece ficar mal.

A minha infância foi bela,

a brincar e a chorar,

quanto mais penso nela,

mais a quero apreciar.

A minha adolescência,

é uma fase difícil,

estar sempre longe da mãe

Page 77: Vernariajunho

77

INSPIRAÇÕES

não é um caminho baril.

Agora, a vida é cruel,

há muitos problemas

mas, como não há mel sem fel,

o melhor é resolver os dilemas.

Ana Lúcia, 7º A

O poema da minha vida

A minha vida é bela,

com boas e más experiências,

mais parece uma tela,

cheia de novas aparências.

Desde pequenina,

novas coisas aprendi,

ser uma linda menina,

para tudo o que vivi.

Tenho uma linda família,

que me ajudou a crescer,

mais parece uma matilha,

que me ajudou a florescer.

Não tenho problemas,

a minha vida é bonita,

porque eu sou catita,

porque acordei para ser feliz.

Valéria Alves, 7º A

PLANO NACIONAL DE LEITURA

- Os Lusíadas, Episódios Fabulosos,

Luís Vaz de Camões, Editora Girassol.

“Com esta leitura aprendi coisas sobre a minha

pátria, os feitos dos portugueses, o valor dos

seus feitos e a fabulosa viagem de Vasco da

Gama, em busca do caminho marítimo para a

Índia.

O livro narra os episódios mais espetaculares

da viagem, os perigos e os interesses dos

portugueses.

Pessoalmente, achei uma história muito bonita

e com umas ilustrações lindíssimas.

Recomendo este livro a todos os que apreciam

uma boa leitura.”

Carolina Lourenço, 7º A

- Mistério no Pavilhão de Portugal,

Page 78: Vernariajunho

78

INSPIRAÇÕES

de Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira, Porto

Editora.

“Lê-se o livro rapidamente. Gostei muito de o

ler porque está cheio de aventuras e é muito

entusiasmante. Conclui que é demasiado

perigoso ir atrás de um ladrão porque nunca

estamos, suficientemente, preparados para o

que pode acontecer. O melhor é mandar um

especialista investigar e tomar as devidas

precauções. Devemos sim, é contar tudo à

polícia e não nos metermos em alhadas.”

Beatriz Simões, 7º A

- Os Cinco e os Gémeos Silenciosos, de Enid

Blyton.

“ Com este livro aprendi muita coisa sobre

amizade e boa vontade. Gostei muito de o ler,

principalmente, porque gosto muito de

aventuras e, nesse campo, o livro estava

completo. A parte que eu apreciei mais, foi

quando os gémeos se juntaram ao grupo dos

cinco e houve ali, a entreajuda necessária para

resolver o problema. Vou tentar ler mais livros

da coleção dos cinco porque é muito divertida e

cheia de aventuras.”

Sara Carneiro, 7º A

- Uma Aventura no Algarve, de Ana Maria

Magalhães e Isabel Alçada, Editora Caminho.

“ Estes livros apresentam sempre uma

mensagem e aqui, no final de contas, por mais

cuidado que as pessoas tenham, a verdade vem

sempre ao de cima. Ou a verdade tem a perna

curta, isto é, não vale a pena mentir. Neste

livro, há sempre suspense porque a verdade só

aparece nas últimas páginas, o que mantém a

leitura atenta até ao final. É um livro

entusiasmante e divertido até ao fim. E ao lê-lo,

parece que somos nós próprios a viver a

aventura, quando eles sentem medo ou calor

parece que nós também o sentimos. Eu gostei

muito de o ler e aconselho-o a todos os que

gostam de emoções.”

Valéria Alves, 7º A

- Os Cavalos (livro da biblioteca)

“ Li e apreciei muito os novos conhecimentos

que adquiri sobre os cavalos. Aprendi a melhor

maneira sobre como tratá-los, como mantê-los

saudáveis e fiquei a conhecer novas raças de

cavalos, como por exemplo o Gypsy ou o

Vansmer. Li nomes de cavalos e vi cavalos

sobre os quais nunca tinha ouvido falar. Gostei

do livro porque ensina muito sobre os animais

mais lindos do mundo.”

Filipe Barros, 7º A

Page 79: Vernariajunho

79

INSPIRAÇÕES

A nossa reportagem Os Garranos

“O nosso trabalho foi fácil de realizar.

Bem, talvez um pouco difícil, mas quando se faz

com gosto, parece mais fácil. No primeiro dia,

não fizemos nada, não chegávamos a um

acordo relativamente ao tema. Os dias foram

passando, cada vez mais próximo da data de

entrega do trabalho, até que decidimos, vai ser

sobre O Cavalo Garrano. É um tema

interessante e enquadrava-se perfeitamente no

pedido da professora. Houve um pouco de

conflito, mas como não tínhamos mais tempo,

acabou por ficar este o tema escolhido.

Estava na altura de fazer a entrevista

então, quando iniciávamos, contávamos até

três e…havia sempre algo que impedia a sua

realização. Ou eram os rapazes que faziam

barulhos estranhos ou a nossa entrevistada não

conseguia conter o riso! Enfim, lá acabou por

sair algo decente. Mas quando íamos colocar a

gravação no computador, simplesmente não

funcionava. Tentamos montes de vezes e nada.

Até que eu, Carolina, tive uma ideia meia parva,

pus o computador a gravar o som do telemóvel.

E, mais uma vez, resolvemos as coisas. Na

Serradela tiramos imensas fotos e construímos

um vídeo com essas mesmas fotos. Demos uns

últimos retoques com a ajuda da internet e

pronto, esperávamos que a professora

gostasse.

Trabalhamos e divertimo-nos muito,

pois é impossível não haver brincadeira num

trabalho de grupo. Nós gostamos deste

trabalho, foi diferente porque foi realizado fora

da aula e a responsabilidade de cumprir a data

de entrega e realizar um bom trabalho, foi toda

nossa.”

Carolina,

José Pedro, Filipe Barros, Júlia, 7º A

Ele há casos!

A expressão aprendi-a com a minha Avó

materna, ainda era criança. Achei-lhes piada, à

expressão e à minha Avó, pelo que, ao longo da

vida, a tenho utilizado, a expressão, nada de

mal entendidos, nas mais diversas

circunstâncias.

Vem isto a propósito de um

acontecimento, que presumiria fortuito e sem

importância, que se revelou de relevância

extraordinária, quiçá influente no meu já

provavelmente curto futuro.

Page 80: Vernariajunho

80

INSPIRAÇÕES

Em mais uma das variadíssimas sessões

de contos, que nos últimos anos tenho feito,

desloquei-me a Vieira do Minho, à EB/S Vieira

de Araújo. Até aqui, tudo normal, pois que de

quando em vez visito a região, por motivos

particulares. Não suspeitava, nem por sombras,

de que seria tão bem recebido e iria conhecer

pessoas, que passariam a ser tão importantes

para mim, ao ponto de procurar pretextos para

voltar. É o que tenho feito! Na sequência,

contámos (contámos claro; não estava sozinho)

duas vezes na EBDA.

Quero, por isto, agradecer não só a

maneira como fui recebido, mas o facto de ser

mais feliz do que antes.

E sendo eu um privilegiado, um

indivíduo bafejado pela sorte, mesmo assim

apetece-me dizer:

Ele há casos!

Emílio Gomes

EM FOCO

CAVA - Clube de Amigos de Vieira

O CAVA – Clube Amigos de Vieira - é

uma associação juvenil de Vieira do Minho,

idealizada no dia 4 de dezembro de 2005.

No dia 16 de dezembro de 2005, realiza-

se a primeira assembleia-geral, tendo sido

eleitos os elementos dos órgãos sociais para o

primeiro mandato com duração de um ano.

O CAVA constitui-se legalmente como

associação juvenil no dia 6 de junho de 2006,

aquando da publicação dos estatutos no Diário

da República – III série.

A associação foi criada com os seguintes

objetivos:

a) Desenvolver a cooperação e solidariedade

entre os seus associados, na base da realização

de iniciativas relativas à vertente cultural,

social e desportiva;

Page 81: Vernariajunho

81

EM FOCO

b) Promover o estudo, investigação e difusão

de notícias relativas aos jovens.

O “Núcleo de Desporto Adaptado do

CAVA” surge no dia 16 de novembro de 2012. A

principal atividade é fomentar e organizar a

prática de atividades desportivas, para pessoas

portadoras de deficiência do concelho de Vieira

do Minho.

É de realçar que a associação tem

estabelecido diversas parcerias com vista à

prossecução dos seus fins, nomeadamente com

a EB/S Vieira de Araújo, a ANDDI (Associação

Nacional de Desporto para a Deficiência

Intelectual), a Associação de Basquetebol de

Braga, o Clube de Orientação do Minho e o

Clube de Ténis S. Miguel de Refojos.

Nós planeamos, programamos e

executamos…

Até ao momento: 624 sócios e 67

atividades realizadas.

ATIVIDADES 2013

JANEIRO

XIII MEMORIAL PROF. MÁRIO LEMOS

(MINIBASQUETE)

PARCERIA: CAVA / ASSOCIAÇÃO DE

BASQUETEBOL DE BRAGA

FEVEREIRO

IV CONFERÊNCIA ESCOLAR

ALEXANDRE SOARES DOS SANTOS

PARCERIA: CAVA / EB/S VIEIRA DE ARAÚJO

MARÇO

III TORNEIO DE PÓLO AQUÁTICO

ABRIL

TROFÉU DE ORIENTAÇÃO DA CABREIRA 2013

PARCERIA: CAVA / .COM

MAIO

VII TORNEIO DE PAINTBALL

JUNHO

Page 82: Vernariajunho

82

EM FOCO

TORNEIO DE MINIBASQUETE

PARCERIA: CAVA / ASSOCIAÇÃO DE

BASQUETEBOL DE BRAGA

JULHO

IV TORNEIO DE STREET FOOTBALL

AGOSTO

CAVA À DESCOBERTA DE AVEIRO

SETEMBRO

III TORNEIO DE TÉNIS

PARCERIA: CAVA / CLUBE DE TÉNIS S. MIGUEL

DE REFOJOS

DEZEMBRO

TORNEIO DESPORTIVO PARA ATLETAS COM

DEFICIÊNCIA

PARCERIA: CAVA / ANDDI / EB/S VIEIRA DE

ARAÚJO

LANÇAMENTO DO JORNAL N.º 5: “NOTÍCIAS

DOS AMIGOS DE VIEIRA”

Jogos Matemáticos!!!

Realizaram-se a 29 (1º ciclo) e 30 de

maio (2º e 3º ciclos) a fase final dos jogos

matemáticos a nível do agrupamento!

Participaram 34 alunos do 1º ciclo

distribuídos por vário jogos: semáforo,

Gatos&Cães e Ouri; 39 do 2º ciclo (que

disputaram os jogos Hex, Ouri e Gatos&Cães) e

41 do 3º ciclo (no Hex, Ouri e Rastros).

Esta iniciativa proporcionou o convívio

e, entre outras, estimulou a prática e atividade

intelectual, promovendo a concentração e o

desenvolvimento do raciocínio lógico e de

estratégias vencedoras entre outros aspetos

essenciais no ensino e aprendizagem de

qualquer área do conhecimento, mas da

matemática em particular.

Foi FANTÁSTICO! Apesar de o prémio

ser uma honrosa “medalha de cortiça”, os

participantes demonstraram um entusiasmo e

entrega totais! Todos ganharam e o importante

foi participar. Como a lista com todos os

participantes é extensa aqui se apresentam

apenas os finalistas em cada ciclo/jogo!

Page 83: Vernariajunho

83

EM FOCO

1º ciclo

Gatos&Cães

Bruna Daniela da Silva Leitão (vencedora) e

Ricardo José Carvalho Rebelo

SEMÁFORO

Daniela Campos Silva (vencedora) e Alex Sousa

Vieira

OURI

Tiago Branco Campos (vencedor) e Sabrina

Pereira Gonçalves

EM FOCO

2º ciclo

Gatos&Cães

João Machado (vencedor) e Daniel Rebelo

HEX

Ana Soraia (vencedora) e Luís Miranda

OURI

Manuel João Pereira (vencedor) e Diogo Dias

Page 84: Vernariajunho

84

EM FOCO

3º ciclo

RASTROS

José Pedro Silva (vencedor) e Nuno Ribeiro

HEX

Edgar Costa (vencedor) e Rafael Carvalho

OURI

Nuno Martins (vencedor) e Tânia Lopes

João Paulo Gonçalves

Os 7 Magníficos - Liga-te aos Outros / Sem

Limites

Decorreu no passado dia 3 de junho,

pelas 14h30, na BEVA, a apresentação dos

resultados do projeto que ganhou o concurso

Liga-te aos Outros, promovido pela AMI

(Assistência Médica Internacional). Com a

presença dos alunos envolvidos, a

Coordenadora Carla Álvares, Direção Executiva,

Representantes da Câmara Municipal de Vieira

do Minho e da GNR, Encarregados de Educação

e a Representante da AMI, Drª Margarida

Cortes Rosa, os 7 Magníficos deram início à

apresentação do trabalho efetuado ao longo

destes cinco meses.

“Pelo facto de pertencermos ao Clube de

Solidariedade e Voluntariado da EB/S Vieira de

Araújo, pelo facto de participarmos ativamente

na recolha de bens alimentares e de higiene,

vestuário e material escolar, pelo facto de

fazermos constantemente levantamentos de

necessidades junto dos nossos colegas, pelo

facto de distribuirmos os diferentes bens por

todos aqueles que, cada vez em maior número,

revelam necessidades básicas de sobrevivência

e nos procuram, pelo facto de estarmos muito

mais atentos a estes problemas que nos vão

cercando e sentirmos necessidade de fazer

alguma coisa… Por tudo isto, e por termos uma

Direção Executiva e professores que se

preocupam com o nosso conforto, por

sabermos que somos a geração que deve

trabalhar nos afetos e dar sempre a mão, por

termos encontrado uma Instituição – AMI – que

quer que ganhemos consciência de que é

preciso fazer mais e para isso se disponibilizou

para ajudar, sem qualquer retorno… E porque a

vida não pode centrar-se só em nós, O NOSSO

MUITO OBRIGADO!!!

Page 85: Vernariajunho

85

EM FOCO

O início da aventura: verificação do

anúncio de apresentação de candidatura ao

Concurso da AMI - Liga-te aos Outros, na

página do Portal das Escolas, levantamento de

alunos e professores interessados na

candidatura, contactos constantes com várias

entidades do concelho, no sentido de

estabelecer parcerias, levantamento de quatro

famílias a necessitar de intervenção urgente a

diversos níveis, elaboração do projeto,

candidatura (no íntimo, sabíamos e sentíamos

que também seríamos selecionados!), estado

de euforia até à publicação dos resultados na

página da AMI, constatação de que valeu a pena

o tempo, a correria, o nervosismo, a ansiedade!

Conseguimos!

Desenvolvimento da aventura:

contacto com as famílias e o levantamento das

reais necessidades (contámos com a ajuda

preciosa da Câmara Municipal de Vieira do

Minho e da Professora Antonieta Machado, na

indicação das famílias; transporte a cargo da

GNR, DiaLivre Animação Turística e

professores), a entrega de bens alimentares e

de higiene feita várias vezes ao longo destes

cinco meses (contámos com a participação do

Pingo Doce, Farmácia Freitas e Clube de

Solidariedade e Voluntariado), a entrega de

eletrodomésticos feita ao longo de uma semana

(contámos com a colaboração da loja Guelmi), a

construção das casas de banho decorreu ao

longo destes cinco meses, tendo contado com a

colaboração financeira da Câmara Municipal de

Vieira do Minho (materiais para a construção

de um dos espaços, construção de fossas, entre

outros). Acompanhamento por elementos da

GNR e intervenção no que diz respeito a

aconselhamento ao nível da segurança e da

defesa pessoal. Acompanhamento por

elementos da Câmara Municipal de Vieira do

Minho, no sentido de intervir no que diz

respeito a assistência social. Aconselhamento

em termos de oportunidades que possam

surgir de empregabilidade ou de ocupação.

Indicação de desconto na Farmácia Freitas em

determinados medicamentos.

Page 86: Vernariajunho

86

EM FOCO

Conclusão da aventura: famílias mais

felizes, famílias mais autónomas, famílias mais

capazes, alunos, professores e parceiros

satisfeitos e gratos pelos sorrisos, todos os

intervenientes mais preparados para a vida.

O nosso muito obrigado pelo esforço e

dedicação de todos, em especial pela ajuda da

AMI, do Agrupamento de Escolas Vieira de

Araújo, da Câmara Municipal de Vieira do

Minho, da GNR, do Pingo Doce, da Farmácia

Freitas, da Carpintaria Panga Panga, dos

professores que fazem parte do Clube de

Solidariedade e Voluntariado (Carla Álvares,

Paula Cristina Azevedo, Miguel Novais, Odete

Silva, Aurora Vilela e Helena Ribeiro) e pelo

acompanhamento constante da Coordenadora

deste projeto, Carla Álvares, do Cabo Carlos

Ribeiro e do Dr. Carlos Mota.

Se vamos continuar este trabalho?

Sem dúvida!!!

Os 7 Magníficos - Ana Pereira, Beatriz Gonçalves,

Ana Gomes, João Vilaverde, Tatiana Pereira, Salomé

Vieira e Manuela Silva

Projeto "Escola, Vida e Ciência"

Na qualidade de Presidente da

Associação de Pais e Encarregados de Educação

do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo,

Paulo Magalhães deu início à apresentação

pública, no dia 5 de junho, agradecendo a

presença e dando as boas vindas a

todos! Assim, foi dado a conhecer o facto, para

gáudio de todos e dos nossos alunos em

particular, do sucesso resultante da

candidatura, em boa hora apresentada por esta

Associação de Pais, no âmbito do Projeto

Ciência Viva, denominado… “ESCOLA, VIDA E

CIÊNCIA”.

Trata-se de uma missão encetada pela

Associação de Pais, em parceria com o

Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo e a

Universidade do Minho que contempla:

- a promoção do contacto direto entre os

nossos alunos e a comunidade científica de

referência;

- a criação e dinamização de clubes de ciência e

jardins de ciência;

Page 87: Vernariajunho

87

EM FOCO

- o desenvolvimento de projetos tecnológicos

tendentes à realização de um produto

inovador;

- e atrair os jovens para as áreas das ciências e

das tecnologias.

… porque “é de pequenino que se torce o

pepino” e formatados que estamos para o

pressuposto de que o gosto pelo que quer que

seja, é mais potenciado em tenras idades,

julgamos ser este o momento ideal para dar o

nosso contributo no desenvolvimento da

ciência neste e nosso Agrupamento de Escolas

(daí a designação nacional “PAIS COM A

CIÊNCIA”), servindo, permitam-me a

expressão, de “mola impulsionadora” para a

implementação, reforço e desenvoltura de uma

área do saber extremamente importante,

fundamental e transversal de qualquer

sociedade, nos dias de hoje, a saber: a CIÊNCIA.

Neste país, comparativamente com

outros, poderão não ser muitos: 1.600.000, no

que à população infanto-juvenil até aos 15 anos

de idade e com base em dados de censos de

2011, diz respeito. Neste Agrupamento, são

cerca de 1800.

Não obstante, têm a obrigação de ser

bons no que idealizam… e infinitamente

melhores no que fazem. E relembro: “dos fracos

não reza a história”.

É, portanto, com imensa alegria e desmedido

orgulho que, ao apresentar este projeto, vos

exorto a que me acompanhem em igual

proporção, na manifestação dessa alegria e

orgulho, sendo que o que realmente nos move e

todos desejamos é o bem estar e felicidade das

nossas crianças, para as quais nos é imperioso

trabalhar no sentido de contribuir para que

elas possam usufruir de um ambiente de sã

camaradagem e real espírito de aprendizagem.

Uma nota de agradecimento à Academia

Valentim Moreira de Sá, pelos momentos

musicais."

A Ciência desempenha um papel

aglutinador e motivador nos vários graus de

ensino desde o início do pré-escolar até ao 12.º

Page 88: Vernariajunho

88

EM FOCO

ano. Ensinar a Vida e sensibilizar para a

importância da Biodiversidade e da Bioética é

possível através do ensino das Ciências e do

contacto entre os alunos, docentes e

investigadores, bem como outros agentes da

comunidade educativa. Pretende-se com este

projeto potenciar o sucesso escolar, motivando

os alunos para a importância do conhecimento

e do trabalho sistemático e metódico para

obter bons resultados, assim como reforçar a

tomada de consciência do impacto da nossa

pegada ecológica no planeta TERRA, agindo

local e pensando global.

Foi um fim de tarde agradável que

findou com um jantar convívio entre todos.

Clube da Floresta CEDRO vence concurso

“Ciclo Virtuoso da Madeira”

O concurso “Ciclo Virtuoso da Madeira”

encerrou na ExpoFlorestal 2013 tendo sido o

Clube da Floresta da nossa escola, Cedro um

dos grandes vencedores da última exposição, o

que significa que o Clube foi premiado com

uma estadia na Mata Nacional do Buçaco.

O quadro vencedor foi elaborado pelo

elemento deste clube, Daniela do Rosário

Fernandes, aluna do curso Profissional de

Animação Sociocultural.

Num total de 41 quadros a concurso, a

nossa escola e nomeadamente o clube da

Floresta Cedro, foi o grande vencedor obtendo

o 1º lugar, com o quadro designado “ A extinção

da Floresta”.

À grande “artista” os nossos parabéns!

Para mais informações consulte a página

do PROSEPE, no separador ExpoFlorestal ou

em http://www.uc.pt/fluc/nicif/PROSEPE/expoflorestal

Conceição Pereira

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QUE É FEITO DE TI

Eu entrei em Medicina na Universidade

de Coimbra. O curso está a correr bem, no

entanto dá muito trabalho.

Em Coimbra, eu já fiz amigos de infância

e para a vida, de Norte a Sul, com os quais

estudo e saio também... Normalmente tenho os

dias bem ocupados, com aulas, ginásio, amigos

e vá, com estudo também... À noite,

dependendo dos dias, ou saio ou fico em casa a

descansar ou a estudar. Isso também está

condicionado pela existência de testes

marcados nessas alturas.

Costumo vir a casa quase todos os fins

de semana para matar saudades da família e

dos amigos, porém fico em Coimbra nos fins de

semana em que tenho testes de Anatomia à

segunda-feira.

Estou a adorar Coimbra... esta cidade e

esta universidade são fantásticos. Aqui conheci

pessoas completamente diferentes e vivi

momentos espetaculares, os quais vou recordar

para toda a vida.

Aconselho aos futuros universitários

que escolham Coimbra pois não há cidade

como esta, iam adorar cá estar... e para eu vos

praxar!!! Muahahahah

Daniel Vilaverde

Caros colegas, amigos, grouppies,

seguidores/as, professores e conhecidos,

honestamente nem sei como abordar esta

questão.

Antes de mais, quero agradecer pelo

convite e pela dedicação académica e pessoal

em mim investida ao longo do meu percurso

escolar.

Sinto-me verdadeiramente privilegiado

por ter acompanhado muitos de vós e

genuinamente apaixonado pelas minhas raízes,

pela minha aldeia, pelo grande concelho onde

cresci.

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QUE É FEITO DE TI?

Para conseguir responder à questão

“Que é feito de ti Filipe?”… distanciei-me

fisicamente de vós. Reparei em mim a dizer

adeus às “EASTPACK” e dizer olá à “BÓEMIA”,

experiência da vida universitária. Aqui meus

amigos, nós mudamos, crescemos, mas

sobretudo descobrimos a nossa liberdade

pessoal. Um conselho, aproveita e erra, mas sê

digno de dar o devido valor aos teus pais pelo

esforço e pela dedicação nesta etapa da tua

vida.

- CALOIRO APRESENTE-SE … -

“EXCELENTíSSIMO VETERANO, EU FILIPE

BARROSO, DE VIEIRA DO MINHO, PRETENDO

SER INCLUIDO NA REAL ACADEMIA DA GUARDA

E FREQUENTAR O CURSO DE COMUNICAÇÃO E

RELAÇÕES PÚBLICAS” .

Esta foi a minha escolha, bem, por

momentos. A frase ideal para caraterizar esta

etapa é a do artista António Variações, “porque

eu só estou bem aonde não estou”. A 396 km de

casa, Lisboa é a minha localização atual. Uma

cidade que abre a porta aos encantos,

descobertas, à oportunidade laboral, mas que

nos altera a perceção da cortesia humilde e

social a que sempre fomos habituados no nosso

humilde concelho.

Sobre influência do Festival da Ilha do

Ermal, que ainda hoje me faz feliz ao recordar o

primeiro concerto, as músicas, os rostos, as

enchentes, os aplausos… decidi lutar pelo meu

sonho. A minha pequena aldeia Tabuadela,

tornava-se o palco principal de atração, cultura

e felicidade, inocentemente decisiva.

Produção e Gestão de Eventos é

realmente a verdadeira resposta profissional à

questão. Há sempre algo que nos faz sentir no

auge, que nos leva a descobrir o nosso

verdadeiro eu, tal como aquela música que nos

sabe consumir fisicamente em qualquer

momento em qualquer lugar e nos dá a vontade

de acreditar.

Hoje em dia, trabalho como operador de

telemarketing (sou um dos que ligam para ti a

impingir produtos ou serviços). Tenho a

oportunidade de trabalhar com grandes

empresas como a EDP, TRANQUILIDADE,

CATERPILLAR, BARCLAYCARD e tantas outras.

Tenho chefes excelentes, amigos magníficos e

um ordenado baixo, diga-se de passagem .

No fundo existe sempre a aquela boa sensação

ao perceberes que aquelas são pessoas que

acreditam em ti. É o momento onde todos

criamos ligações.

Como ambicioso e entusiasta que sou,

não posso deixar de dizer que continuo a lutar

incansavelmente por trabalhar na minha

amada área de eventos.

Meus amigos, a parte mais emotiva da

minha viagem fica para um dia mais tarde

recordar com todos vós. É de salientar que esta

página e meia foi escrita com a companhia da

minha excelente namorada, com o poder de

uma hora de Boys Noise e demorou 2h30 a ser

escrita. Não houve lágrimas, mas perdura a

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QUE É FEITO DE TI?

eterna saudade de todas as pessoas que me

conhecem e conviveram comigo ao longo dos

anos, um muito obrigado a todos.

Todos nós somos capazes de amplificar

o nosso imaginário a partir de uma

pequena/grande ideia existencial, basta

acreditar e viver.

Filipe Barroso

Desde já, gostaria de agradecer a "mui

nobre" professora Carla Álvares pela

preocupação e interesse, e aproveito para dizer

que tenho todo o gosto em contribuir para esta

boa iniciativa, que me parece que tem vindo a

ser cada vez mais explorada (e acho muito bem

que assim seja!).

Também gostaria de agradecer aos

restantes membros da minha ex-escola, tanto

aos alunos e meus amigos e colegas, como aos

professores e funcionários que sempre me

acompanharam quando estava aí e me deram

as bases para poder ser o que sou atualmente.

Aproveito também este momento para

me apresentar: Boas! O meu nome é Miguel

Silva, também conhecido por Pilha ou, como o

professor mais elegante e charmoso da escola

(professor Fernando) me chamou: o "aluno

mais calorento da escola"! Tecnicamente seria

mais "ex-aluno", mas eu não me considero

como tal uma vez que como o Professor Rui me

disse: "esta escola sempre será vossa e sempre

serão bem-vindos."

Agora respondendo verdadeiramente a

pergunta "O que é feito de mim?":

Estou a estudar Matemática na UM, em

Braga, "na mui nobre Academia do País".

Começando com as razões pelas quais escolhi

este curso, é basicamente porque embora me

interesse por muitas áreas como Física e alguns

ramos da Biologia, a "minha" verdadeira área é

mesmo a Matemática (embora esta Matemática

na universidade, seja em que curso for, não se

pode comparar a Matemática do secundário).

Outra das principais razões são as saídas

profissionais, que ainda são bastantes e

diversificadas como por exemplo: educação,

estatística, sector bancário, informática...

Quem me conhece diz / diria que eu tinha de ir

mesmo para este curso e que fiz bem em

escolher, mas dizendo sinceramente: escolhi na

última hora!

Agora no que diz respeito ao que quero

fazer da minha vida, isso não sei! Tentarei

descobrir com o tempo, à medida que vou

descobrindo novas coisas e novos ramos da

matemática, como vou tentar descobrir o que

quero mesmo fazer, porque afinal o tempo vai

passando e a boa vida já acabou! Agora é

diferente e tenho de levar as coisas a sério, já se

tem de estudar verdadeiramente e tentarei

achar essa resposta ao longo deste ano e dos

próximos!

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QUE É FEITO DE TI?

Tal como muita gente do meu ano, e

mesmo de anos atrás, nunca soube o que queria

seguir, nem tinha sequer alguma ideia sobre o

que fazer da minha vida e que curso seguir.

Mas pronto o que importa é que agora estou

neste curso, não me arrependo da minha

escolha, e estou a gostar muito do curso!

Acabo só este tema dizendo que quem tem

dúvidas em relação ao que vai seguir / ao que

quer fazer da vida, ou mesmo quem não tem

qualquer ideia é: façam primeiro uma seleção

das áreas que gostam e pelas quais se

interessam (caso gostem de muitas façam o

contrário, isto é, comecem por excluir aquelas

que não gostam) e não se esqueçam de ter em

conta fatores como: as saídas profissionais, a

empregabilidade no futuro, a distância a que

ficarão de casa...

Agora relativamente mesmo a vida

universitária...basicamente não há comparação

possível com a vida no secundário! Como

sempre há prós e contras. Começando com as

coisas boas, posso dizer que para além de

ganhar autonomia e experiência, de agora dar

mais valor a algumas coisas que antes não

dava, para além de estar habituado a chegar a

casa e ter o meu quarto, tudo limpo e a mãe a

cozinhar, ainda temos as praxes que sempre

foram um dos meus grandes sonhos: "praxar e

ser praxado"! Tanto nelas como fora delas,

aprendi valores e fortaleci outros, fiz novos

amigos de anos e cursos diferentes, bem como

aprendi a me comportar minimamente numa

sala de aula xD. Ser caloiro é algo simplesmente

incrível. Ser o Bino é algo fantástico!

Outra coisa boa, e provavelmente a

melhor mesmo, é esta liberdade, este "estar

fora de casa e não ter de dar justificações a

ninguém"

Também acho importante destacar a

noite académica!

Mas, e agora dizendo respeito aos

"contras", isto de chegar a casa e não ver tudo

limpo, não ter sempre a comida a minha

espera, conseguir "bons" resultados escolares

sem ser necessário tanto esforço (basicamente

isto de estar habituado a verdadeira "boa vida"

não é fácil)!

Mas a pior coisa de todas é mesmo a

saudade e a distância! É sempre difícil,

principalmente naqueles casos como o meu,

estar em Braga a estudar e com a namorada em

Vieira (não é fácil nem agradável e é mesmo a

pior coisa de todas para mim), mas pronto! Mas

pronto, são coisas da vida e tal como sempre na

vida há que seguir em frente! No entanto as

saudades não são só da namorada, também são

dos amigos obviamente (embora esteja com

alguns em Braga)! Embora agora não saia tanto

agora, tento sempre estar com os meus amigos

de noite, para pôr a conversa em dia, porque

afinal: o nosso grupo de amigos será sempre o

nosso grupo de amigos! Para não parecer mal,

deixo aqui uma nota relativa as saudades dos

pais, avós, madrinha e padrinho, tios e tias...

Penso que não há muito mais para se

dizer, e penso que até já disse demais, pelo que

o texto pode ser entediante para vocês, caros

leitores!

Mas tenham em conta: como futuro

Matemático (ou assim o espero) tenho

desculpa por não ter tanto jeito para escrever

ahah (ah e já agora, para aqueles que dizem /

pensam coisas do género: "ai tu vais para

matemática que maluco.../só vais ver

números.../"digo-vos só que estais bem

enganados! São mais letras e símbolos que

números, e matemática é um curso que tal

como muitos outros cursos é relativamente

exigente e é preciso trabalho para se ser bem

sucedido!

Despeço-me, dedicando este texto às

pessoas que me são próximas e que já fui

referindo ao longo do texto: Namorada,

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QUE É FEITO DE TI?

Amigos, Família, Professores e Funcionários!

Obrigado por tudo!

José Miguel Silva

LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

Leitor de Banheira – O Diário, por José Brás,

nº14, 11ºC

Uma nova época! 3º Período

Sexta-feira, 05 de abril de 2013

Quantas vezes é que já ouviste alguma

expressão e tentaste relacioná-la com a

realidade? Hoje, venho falar-te de algo que,

saído de uma expressão, se ajusta

perfeitamente ao formato “maçã” da silhueta

do nosso país. Isto é, a vergonha não só se

acomoda às ancas (baseando-me no Google

Maps, no meu sentido para a nutrição e num

pouco de Geografia de Portugal) o que faria

com que apenas e situasse entre Aveiro e

Castelo Branco, mas estende-se até ao Sul e

tem-se vindo também a acumular cada vez

mais a Norte (até à fronteira, a partir daí é

conversa de espanhóis).

Não é a primeira vez, e tenho a certeza

que não é a última, que dou por mim a

“estudar” (qual cientista esquizofrénico ou

intrometido – cada um sabe de si!) o

comportamento das pessoas que passam por

mim na rua. É algo bastante enriquecedor e até

engraçado de se observar, as pessoas no seu

estado mais animalesco.

Estes dias estava eu a “semi-passear-

me” pelas ruas de uma vila transmontana

(deserta!) acompanhado pela minha

progenitora, quando se ouviu lá ao fundo

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

(numa rua de 50 metros, medidos a olho!) uma

buzinadela desenfreada, parecida com a música

da carrinha dos gelados, porém menos

melódica e religiosa e mais (muito mais!)

depressiva e exausta… Por sorte era uma rua

de comércio e foi possível esquivarmo-nos para

dentro de um estabelecimento qualquer (“Bom

dia! O que deseja!?”), quando passou uma

carripana do pão a uns 80 quilómetros à hora

(medidos a olho!) à frente da vidraça e trava

prego a fundo uns 10 metros à frente, para

abastecer um supermercado com pão (eu

juraria que a carrinha se suspendeu uns

segundos nas rodas da frente!). O que

aconteceu a seguir!? Não posso precisar, a

minha mãe tentava esquivar-se da senhora dos

linhos que lhe impingia uma peça de 80 euros…

contudo dou os meus pêsames a todas as

pessoas que lhe apareceram no caminho,

porque a estrada não tinha saída, o que a

obrigou a andar marcha atrás!

Uns metros à frente, apareceu-me um

caso raro (em termos numéricos),

provavelmente, com elementos pertencentes à

categoria campus, descendentes da família

gunus, três fêmeas… umas ladies (no calão, drag

queens, porém, do sexo feminino).

Peço, por favor, que imagines esta

imagem! Para ao lado do meu padrasto uma

“carrinha de batatas”, por detrás dos vidros

embaciados observam-se três vultos (um

condutor e dois acompanhantes). O motor é

desligado e as portas abrem-se (entra a música

sexy). Saem, sem pudor e delicadamente, três

senhoras de dentro do veículo (tão sujo como a

cara delas de maquilhagem). Postas em perfil

fariam uma escala descendente. Sobem o

passeio e cada uma se mostra clinicamente

vestida, apesar da vulgaridade… passam pela

minha mãe (coitada, de sapatos rasos e

gabardina, serviria de cabeceira de sofá!).

De todo o conjunto o que mais me

chamou a atenção e, decerto, me preocupou

foram os sapatos de saltos altos escolhidos por

cada uma para se passear… diria eu que alguma

(senão as três) juraria voltar àquela pequena

vila de Trás-os-Montes de sapatos rasos, não só

pelo chão maioritariamente calcetado, mas com

receio que as confundissem com postes de alta

tensão!

Sexta-feira, 12 de abril de 2013

Serei o único!? Sempre que algo de

anormal, seja uma unha encravada ou uma

mancha invulgar, aparece numa parte do corpo

humano, o sentido de alerta paternal soa alto e

a bom som: “Vamos ao médico!”.

O problema começa: a mãe escabela-se,

porque não vá aquilo degenerar em algo pior, o

pai fica a ferver, porque tem um compromisso e

o filho (porque ainda é novo!) embirra que não

quer ir ao médico, porque está a começar um

filme.

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

Não bastando percorrer 50 km para

entrar no mal acondicionado estabelecimento

de saúde, temos ainda que passar pela receção,

onde a senhora corcunda (que se diz

“assistente administrativa”) pergunta:

- Doença ou outros!?

(momento em que olho para a minha mãe e

pergunto porque é que viemos aqui… é por

doença ou outros!?).

A minha mãe arrisca doença.

Com as atualizações, os pacientes

impacientes são “catalogados” por ordem de

urgência… isto é, os enfermos com sintomas

muitos graves recebem uma pulseira vermelha,

os de média intensidade, uma amarela, os

restantes recebem a pulseira verde e esperam

duas horas (visto que a urgência deles não é

assim tão urgente quanto a dos outros).

Entretanto passam vinte minutos até a

ida à triagem.

No consultório o relato do sucedido

divide-se entre mim e a minha mãe.

- E é isto, senhor doutor!

- Zé… conta lá… vá! E aquilo que te

doía… vá!

- Mãe, mas…!

- Senhor doutor, poderia passar-lhe uns

exames se faz favor.

No fim… quem não tem sossego sou eu...

Sexta-feira, 19 de abril de 2013

Há gente que não sabe ver filmes!

Afirmo sem qualquer medo de represálias,

tabus, insultos e/ou promoções de desespero

público de um qualquer maníaco que diga “São

opiniões!”. Não é uma opinião… é a opinião!

Dita, citada e posta entre aspas por mim. Só

ainda não a legalizei, porque o “Citador” está

sobrelotado!

Não são da mesma opinião que eu!?

Então, pensem…

Esperas pela estreia do filme, esperas

histericamente pelo dia em que vais saber,

finalmente, o fim da história de amor, de

vampiros, lobisomens, cãezinhos, ursos de

pelúcia, batalhas intergalácticas, feiticeiros e

afins; escolhes a hora - nem muito cedo, porque

tens que ajudar a tua mãe, nem muito tarde,

porque o teu irmão não pode sonhar que vais

ao cinema, visto que o filme é para maiores de

12 anos… não pode ser de tarde, porque está

muita gente no centro comercial, não pode ser

à noite, porque “quem te dá o alimento,

trabalha!”… acaba por ser de manhã, enquanto

todos estão a dormir e ninguém quer saber se

sais adequadamente. Voltas a esperar, porque

lembraram-se todos do que foi dito atrás e, por

isso, a fila chega ao virar da esquina.

Chegas, finalmente, à bilheteira e dás-te

conta que seria mais fácil fazer o download!

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

Concluis todos os procedimentos

fisiológicos antes do filme começar, entras na

sala, procuras a fila (nos degraus!) e o número

do banco – felizmente, não está ocupado!... caso

contrário, esperarias mais uma vez até a

“famelga”, que decidiu sentar-se em fila (qual

excursão), tentar persuadir-te a escolher o

banco à frente.

Chega finalmente a hora do filme! As

luzes apagam-se e esperas ansioso… pela

publicidade! Repito: chega finalmente a hora do

filme! Chega infelizmente a hora do ruído! Ou

passas as duas horas do filme a ouvir o ruído

das pipocas, ou o som que indica o “fim da

bebida” (o que te leva imediatamente a

questionar se aquele “gajo” aproveitou o

intervalo para ir ao quarto de banho… é claro

que não, acabou de te passar à frente!).

Na pior das hipóteses, encontras um

“relatador”! Aquela pessoa que, uma vez que

leu o livro ou os comentários online, “gosta” de

explicar à pessoa do lado o que irá acontecer a

seguir, o que foi dito daquela parte num fórum

online, a vida do ator, os efeitos especiais

usados, as técnicas de filmagem, …

Finalmente é bom alertar: “Nunca olhes

para os lados!”. A tela é suficientemente grande

para iluminar o espaço que pensamos estar

escondido!

Sexta-feira, 26 de abril de 2013

Não há sítio melhor para se encontrar

pessoas que uma feira.

Começo pelas regateiras… aquelas

velhacas que só não andam atrás de ti, porque

passam 100 ao mesmo tempo… normalmente,

situam-se na ponta da tenda e fisgam o alvo; o

marido faz o mesmo do lado oposto. Usam a

“tática da exaustão”. Passa a presa e começa o

plano.

- Ó minha querida, por acaso não quer

comprar estas meias!?

- Ó filha, olha este casaco, eu faço um

preço baratinho!

- Ó minha doçura, aproveite que isto não

se faz em mais lado nenhum!

A primeira fase é passada com distinção.

Até que nos damos conta de que, afinal, falta o

marido. Geralmente é o mais benevolente e o

mais educado!

- Bom dia, minha senhora! Por acaso não

necessita de um casaquinho!? (Usa a “tática do

afeto”). Esta cor fica muito bem com o seu tom

de pele (mesmo que não perceba nada de cor).

Já agora compre este para a sua filhinha, é a

nova coleção! Fica-lhe bem!

Outra personagem também muito

característica deste cenário é a “vendedora de

pensos rápidos”. Por muito que lhe digas que

não queres, o preço baixa sempre até que chega

ao ponto de não se tornar rentável, passando,

então, a impingir guarda-chuvas ou balões de

hélio!

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

Sexta-feira, 03 de maio de 2013

A minha tia chama-me “despreocupado”,

alega que uns dias na tropa me faziam bem

para ver se ganhava respeitinho, que não me

atura, que sou um “estroina”, que mais cedo ou

mais tarde ninguém me levará a sério! E é por

isso que hoje te venho falar de como “mandar

pessoas à fava”!

Como os meus ensinamentos sobre este

assunto são demasiados extensos, falarei

apenas do necessário para cortar uma

conversa.

Imagina que por algum motivo qualquer

senhora de meia-idade, criança irrequieta ou

adulto depressivo se prega em ti no momento

alto do evento. Acabaste de receber uma

mensagem, necessitas de encontrar uma

cadeira rapidamente, estás aflito para ir à casa

de banho, a tua mãe está a chamar (no meu

caso seria quase impossível, uma vez que gosta

de ver surgir a dor no meu rosto!), o que quer

que seja! Tens rapidamente que te livrar

daquela criatura que, no meio do reboliço, se

lembra de falar no filho desempregado, na falta

de dinheiro para pagar a renda,…

Não queres optar pela forma mais fácil

que é mandá-lo à fava diretamente!?

Sempre podes mandá-lo educadamente:

- Desculpe, mas agora tenho mesmo que

ir…!

Mas esta última abordagem não vale a

pena: a criatura ou te segue até ao exterior e

manda bitaites acerca do vento que corre, da

chuva que cai, da intensidade do sol, do fator

(in)adequado do protetor solar… ou te prende

(literalmente) no interior, qual psicótico

idolatrador, que pretende que o oiças até ao

fim, mesmo que a tua cara seja de desinteresse

total…

Caso a pessoa não seja muito abonada

intelectualmente podes dar uso à imaginação…

“Fale mais alto, não estou a ouvir!”. Resulta

sempre!

Sexta-feira, 10 e 17 de maio de 2013

Na verdade, com a vida de estudante,

damo-nos conta que não existem tarefas

prioritárias.

Por muito que o trabalho tenha sido

agendado no início do ano, não existe tarefa

mais importante que a de “não fazer nada”.

Chega a ser tanto trabalho, tanto desespero,

tanto estudo… horas e horas agarrado aos

manuais que se chega a estar cansado de estar

cansado, fazendo a minha mente dialogar:

- Tudo!?

- Yeah! E contigo!?

- Hum… podia estar melhor… se não me

utilizasses tanto…

- É pá… isso é difícil… tenho isto tudo

para estudar e o teste aproxima-se!

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

- Descansa lá um minutinho…

(os minutinhos passam… e a mente é como

qualquer agente de um Call Center: dá-nos

música…).

José Brás

Diário de Leitor – Juliana Ramalho, 11ºC

5 de abril de 2013- Início do fim

Quase que chegamos ao fim. Inicia agora

um 3º Período que se inunda de trabalho, de

agitação e pressão. Conotações negativas à

parte, é neste ambiente que realmente me

“sinto bem”, isto é, passando o popularismo da

expressão “trabalho melhor sob pressão”, é

efetivamente neste contexto que o meu

trabalho é reconhecido, mesmo sofrendo do

efeito de “deixar um pouco para a última”. No

entanto, é também neste ambiente que se

originam confusões desnecessárias que fazem

com que o meu interior se assemelhe a ondas

de frequência.

Divagações postas de lado, não sei bem

o que esperar deste período, não sei o tempo

que restará, nem sequer se a imaginação

voltará… ironia do destino ou triste certeza, cá

estarei para ver… restar-me-ão sonhos, e esses

manter-se-ão até novas ocasiões de os passar a

autêntico - e até isto mesmo nem sequer passa

de um sonho.

Ao som de : Nina Simone - Felling Goood

12 de abril de 2013- Regulamento

1º Escolha- “Livro” de José Luís Peixoto

2º Escolha “Mar me quer” de Mia Couto

Escolhas que não são escolhas, estes são

os livros que vou lendo… cumprindo

compromissos, diga-se de passagem. Até podia

ser que um dia os escolhesse para “mobilarem”

a mesinha de cabeceira, mas agora não. Justiça

me seja feita. Instaure-se um processo.

Simplesmente neste momento, a minha

possibilidade de escolha, condicionada,

necessitaria de outra coisa… Digo, por exemplo,

de “Abraço” ou “Gaveta de Papéis”… Neste

momento precisaria de algo que se

enquadrasse com a interioridade, que fosse um

pouco mais aberto e, de algum modo, feliz.

Sem desmerecer nada nem ninguém,

sinto que é o espírito que escolhe os livros que

lemos, pelo menos eu atribuo-lhe esse papel.

Ao som de: Csardas (Por Nigel Kennedy)

15 de abril de 2013- Claustrofobia

Por entre as cercas, corre a agitação que

conduz ilusões a caminho do inteiro, do

autêntico e substancial atalho inseguro. Lá fora,

corre o vento gélido que trata de aquecer

corpos débeis que entregaram toda a vida à

casualidade.

Folha em Branco.

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

“Eu escrevo o que respiro…Ofegante e

saturada quero ser outra que não eu. Mas eu

gosto de ser eu. Só não gosto do que respiro.

Porque respiro a vida, e a vida é o que escrevo.”.

Pintam-se molduras nesta noite quente.

Caminha-se o incerto, e isso é espelhado nos

desenhos de risco cinzento como esta escura

ocasião em que o meu corpo é entregue ao

acaso.

Meia Folha em Branco.

“Cortaram um pedaço de mim sem valor.

Trataram-me como se de nada se tratasse. Mas

eu escrevo a vida, e isto será gravado em

evidência, e com evidência será lido.”.

Com emoção, respiram-se ares de alívio

que determinam que tudo está tratado.

Pinturas negras encarregam-se de retratar o

evidente: respira-se o podre, o insalubre. Mas a

noite continua quente.

Pedaço de Nada.

“Restou o que lembra de alguém que não

é quem escreve a vida nem a respira. É pedaço

incendiado da existência de uma folha em

branco.”.

Ao som de: Hans Zimmer - Time

24 de abril de 2013- Inocência

É extremamente curioso o facto de

amanhã ser um dia importante para Portugal.

Eu, sincera e infelizmente, não o sinto.

Há um ano, escrevi uma certa “Carta à

Liberdade” que não lhe foi entregue… caso

contrário hoje o meu sentimento patriótico

estaria bem com ele próprio. Eu não sinto

vergonha de ser portuguesa, sinto vergonha

pelo facto de nós, portugueses, não sabermos

aprender com os erros do passado, não

evoluirmos positivamente para um

pensamento de “nacional=bom”. Gostava de

dizer que sinto falta disso, mas a verdade é que

nunca o vivi.

Seria de pleno interesse que este diário

pudesse ser escrito amanhã, 25 de abril de

2013.

Mas eu não sei o que é a liberdade.

Excerto de Uma Carta à Liberdade:

“Muitos te condenam, outros por ti

anseiam. Mas a verdade é que se “Deus

possibilitou que a liberdade humana fosse

completa e perfeita dentro de uma ilimitada

possibilidade de decisões”, e o plano Dele

seria um mundo perfeito com nada incorreto,

onde falhou? Porque é que atualmente és um

conceito um pouco obscuro aos olhos de

alguns? E para esses, e muitos mais, não passas

de um buraco negro destruidor?”.

Ao som de: Dazkarien - Eras tão Bonita

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

3 de maio de 2013- Sentir/ Felicidade

Hoje coube-me o papel moralizador de

te fazer sentir feliz. Olho-me a mim mesma

para te ver sentir feliz. Sentir feliz. Só sentir.

Porque ser feliz e sentir felicidade é

diferente. Ninguém é feliz. As pessoas

simplesmente sentem a felicidade.

Se calhar a felicidade é palpável… pode-

se abraçar…

Se calhar o êxito tem uma cor, a da glória.

Se calhar os meus olhos veem o

castanho dos teus sentir a felicidade…

Se calhar o amor é banhado a ouro…

Se calhar a felicidade é tudo isto… ou

nada.

Começo e acabo com felicidade, porque

se inicia e termina o conceito da mesma forma:

o ser feliz. Mas como hoje te sentirás feliz, dar-

te-ei a certeza de que tudo o que te disse é visto

por ti de igual modo… somos a combinação

perfeita, somos felizes.

Ao som de: Aretha Franklin - Natural

Woman

7 de maio de 2013- 3º pessoa do singular

É uma sombra com identidade. Chama-

se 3ª pessoa e é-me apresentada todos os dias,

a toda a hora e minuto. Ela tem nome, tem

identificação. É 3ª pessoa e sou Eu. E pior, sou

eu com o mundo e é ela. Chateia-me que se

insista em manter esta farsa para assegurar

que nada de anormal ocorra. Mas eu preciso de

respirar, e ela abafa a réstia de ar que ainda me

sobra. Não desiste de seguir tudo quanto é

meu, de planear aniquilar o que de bom ainda

me resta.

Mas eu sei conjugar e trabalhar bem as

matérias… e de 3ª pessoa passará um dia a

miséria, porque o triunfo é de quem se expõe

verdadeiramente na 1ª pessoa, e não precisa de

segundos nem terceiros para vencer.

Ao som de: Ederlezi- Goran Bregovic

16 de maio de 2013- Devaneio

Sofremos de “efeito borboleta”. As asas

abanam, o nosso mundo estala e tudo nos cai

por terra. Ficamos expostos a qualquer tipo de

podridão e fragilidade, e sofremos… passamos

a resumir-nos a meras migalhas mendigas.

Encontra o pior de mim, faz-me ser o que não

fui, omite o que sou e transforma-me em

estudo do caso. E eu sobrevoo toda esta

matéria terrorista que se faz sentir.

Peço ajuda, grito o nome e vens. Ainda

restas, lutas por mim e pelo que sou. Ainda que

com alguma adversidade, vivemos fora da

redoma que é a Terra… temos o mundo e as

coisas… somos o livro em branco onde se inicia

a história. Histórias. Contam-nos sonhos.

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

Ao som de: War- Goran Bregovic

23 de maio de 2013- Adeus

Odeio despedidas e tudo o que delas

advém. Parece-te um fim? A mim também.

Gostava de te poder dizer que

continuarei contigo daqui em diante, que te

escreverei todas as semanas, que ficarás

sempre marcado em todas as sextas-feiras. Mas

não posso. Seria injusto para mim, para ti e

para quem lê as minhas entradas. É cruel a

mísera maneira como acaba tudo isto… Como

num sopro, tudo vai e volta… Garanto-te a

palavra de agradecimento por tudo o que me

propuseste, à evolução que se fez sentir em

mim, tanto a nível de escrita como de pessoa…

Garanto-te a memória… a memória de que foste

ALGUÉM.

Porque eu não escrevo para uma folha

de papel… Escrevo-te a ti, que calas a boca de

qualquer ser humano que duvidar da tua

verdadeira existência.

Ao som de: Queen- Don’t stop me now

Juliana Ramalho

Cadernos de um Aprendiz de Génio, por

André Carvalho

Será apenas o que vier...

Introdução. Desenvolvimento.

Conclusão. Seguindo um raciocínio lógico e

simples, encontro-me na conclusão, no início

dela mais propriamente. A introdução já está

escrita, tenho um bom desenvolvimento, só

tenho de ver o que fazer com a conclusão.

Como concluir este enredo? Um final dramático

e triste? Um final calmo e feliz? Um final

realista com o positivismo e negativismo

adequados?

Não importa. Não quero saber do final

para já, pois posso ficar preso no tempo, como

aquele sujeito de um texto que li, que não tinha

passado para o ano seguinte, pois tinha ficado

preso no dois e perdeu a hipótese de amar, pois

ainda se encontrava no ano anterior e a sujeita

no ano seguinte, e tudo por não ter conseguido

dizer o 1...0... Não quero ficar preso nos

momentos finais, a pensar num bom final.

Quero apenas que esse fim venha, que venha e

que acabe.

Vou parar de distribuir abraços, vou dar

conselhos, será sempre o mesmo, o mais

importante.

Mantém-te genial

11 de abril de 2013

Factos (in)comprovados

Esta é a lista dos factos comprovados

por mim:

- Não há mal nenhum em mastigar

chiclet nas aulas;

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

- Africa é o único continente respirável

no mundo;

- O mundo não evoluiu assim tanto em

relação às gerações anteriores, aliás, piorou em

alguns aspetos;

- O ser humano é um autêntico animal e

um animal é um verdadeiro ser humano;

- Gosto de ti;

- Não gosto de mim;

- Ninguém gosta de si mesmo;

- Quem gosta de si mesmo é convencido,

mas feliz;

- Vou velejar antes de morrer e fazer

surf também;

- Pratico ténis, mas não sou tenista

(infelizmente);

- O Estado português não sabe o que faz;

- Portugal é um país cheio de potencial,

porém é estúpido;

- Eu tenho muito potencial, porém sou

estúpido;

- Esta lista pode ter mais de mil páginas

e ainda sim estará incompleta;

- Vou parar por aqui, pois tenho outras

coisas para fazer.

(Baseado nas páginas 117 e 118 de “Ricardo, o

Radical” de Maria Teresa Maia Gonzalez)

Mantém-te genial

19 de abril de 2013

Mais um dia de pura reflexão!

Acordei cedo. Talvez até cedo demais.

Pois lá fora ainda nem se via o sol. Só quando

realmente despertei é que reparei que não

havia sol. Havia nuvens. Imensas.

O dia estava cinzento, “mesmo à medida

do meu estado de espírito”. O cinzento não é

sinónimo de um estado de espírito infeliz.

Quando era pequeno gostava muito dos dias

cinzentos, transmitiam mistério,

assemelhavam-se aos dias descritos nos livros

que lia. Porém, com o crescimento, comecei a

apreciar mais os dias solarengos. Os raios a

entrarem pela janela, executando arte no chão,

formas quadrantes, simétricas, triangulares...

Pela sua intensidade percebia quando se estava

a formar o pôr do sol. Ia lá fora, percorria o

grande terraço, subia o degrau de segurança da

piscina e sentava-me a ver o sol a desaparecer

por detrás das montanhas.

Sabia que amanhã iria estar sol

novamente, iria estar calor. Tinha muitos

planos em mente para aquele dia seguinte,

nenhum deles se iria concretizar, mas deixava-

me contente pensar neles. Então pensava e

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

pensava durante toda a noite até adormecer. É

por isto que gosto dos dias de sol.

Mantém-te genial

26 de abril de 2013

Viver aqui, neste cenário...

O relógio marca 00:32. A luz do

candeeiro da secretária mostra-se

imperturbável, tudo está quieto, como que

suspenso no ar. A música explode-me nos

ouvidos. E escrevo ao ritmo a que ela se move.

Tanto para dizer. Farto de refletir, os

serões parecem sempre iguais. São sempre

iguais. Felizmente, aprendi a vivê-los, a

compreendê-los. Pois eles também me

compreendem. O candeeiro, a secretária, a

janela, a cadeira, a lapiseira, a raquete

pendurada na parede, os aviões em miniatura

ao meu lado, as estantes cheias de livros, os

livros que já não me interessam. Tudo está,

noite após noite, no mesmo sítio, criando

sempre o mesmo cenário.

E neste cenário vivo, tendo a certeza que

um dia o abandonarei para sempre, com

esperança de talvez voltar.

Mantém-te genial

03 de maio de 2013

A mente de um escritor

Às vezes gostava de perceber como

funciona a mente de um escritor. De um

verdadeiro escritor. Perceber como lida com a

noção do seu talento, com a incompreensão do

mundo que o rodeia. Quais as suas ambições.

Qual o seu ponto de vista em relação às coisas e

às situações. Se é feliz. Se é infeliz. Que técnicas

utiliza na sua escrita. Se tem alguma melodia

que o inspira. Se sente o artista dentro de si.

Ernest Hemingway foi um artista.

Trabalhou em prol da arte, experienciou de

perto e relatou, criou narrativas singulares

cheias de humanismo, deixou transparecer o

tipo de vida que viveu e, de certa forma,

revelou-nos a sua mentalidade. Os artistas são

assim: dotados de poder, carisma, dão

esperança mesmo quando não a têm. São acima

de tudo criadores e responsáveis pelas

componentes mais importantes da nossa

existência: a arte, o imaginário, o

entretenimento com ensinamentos, que

mudam formas de ver e de viver e nos

inspiram. Quero ser um artista. Quero inspirar.

Fazer como Sophia de Mello Breyner Andresen,

que com a sua simplicidade e coragem

poeticamente denunciou e lutou contra a

injustiça que atravessava o país. Quero

experimentar a abordagem de Saramago, de

Peixoto, de Andrade e, ainda assim, ser um

Carvalho.

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

Mantém-te genial

08 de maio de 2013

Enquanto eu aqui estiver...

Começo a ficar cada vez mais previsível.

Questiono sempre as mesmas coisas. Perco o

sono sempre com o mesmo assunto. É a lenta

autodestruição. Não sei se são os problemas

que me perseguem ou se sou eu que me

preocupo demasiado com eles. Enfim. Penso

que já não sei nada. Penso que já nada é

impossível, infelizmente.

A chuva marca presença durante a

primavera. A primavera é tão quente como o

verão. O verão nunca mais chega. As folhas

ainda só caem no outono. A neve já não cai

durante o inverno. Aqui é assim. Noutro lugar é

diferente. Caminho de lugar para lugar, no

mesmo lugar. Isto enquanto não tiver a

oportunidade de conhecer outros, e descobrir o

meu verdadeiro lugar. Fico aqui, a observar a

serenidade da chuva, a esperar o verão que não

chega e a questionar o porquê das coisas serem

tão inconstantes.

Mantém-te genial

16 de maio de 2013

Ser genial também cansa!

Cada vez me é mais complicado

escrever. O próprio Saramago desabafara algo

do género num dos seus diários. Algo sobre

uma cisma e o tempo de duração... Enfim,

aquelas componentes básicas para um génio.

“Escrever é uma tarefa muito exigente.

Escrever bem, claro” dissera-me, muito

calmamente, um professor meu. Aliás, é por

causa da sua afirmação que escrevo este diário.

Houve tempos em que escrever era algo que

me era fácil. Agora já não é. É um sentimento de

obsessão sempre presente em cada palavra que

escrevo. A expressão “escrever por prazer” não

se aplica, é antes “escrever por masoquismo”.

Ainda assim, dá sempre gozo, ao fim de muito

esforço e persistência, ler o texto que criei. O

“tapete metafórico”, a musicalidade, os

maneirismos, as ideias no seu lugar e a frase

final a fechar em beleza.

Assim como este, o objetivo comum a

todos os meus textos é: difícil de se escrever,

fácil de se ler.

Mantém-te genial

23 de maio de 2013

Ideais. Finais.

Amar os começos. Desfrutar os

desenvolvimentos e as vivências. Odiar os

finais. Este já foi o meu ideal, o meu lema. Já

não é. Agora, amo os começos. Questiono os

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

desenvolvimentos e as vivências. E abraço de

forma amigável os finais. Desconheço a razão

da mudança do meu ideal, sei apenas que este

novo lema me traz mais paz.

Já perdi a conta aos finais que tive;

foram tantos quantos os começos e em cada

final existiu sempre um começo. Errei. Erraram

comigo. Chorei. Fiz chorar. Admiti a minha

culpa a mim mesmo e tentei admiti-lo a quem

fiz sofrer. E avancei. Agora olho para trás e

ainda não percebi se o sentimento é de

arrependimento ou de alívio. Talvez ainda seja

cedo para perceber.

Este ano foi uma junção dos dois ideais.

Amei o seu começo, soube desfrutar do seu

desenvolvimento e das suas vivências e estou

preparado para abraçar o seu final. Reflito, olho

para trás e não percebo que sentimento é este.

Sei que não é arrependimento, mas também

não é alívio. Podia ter feito melhor, podia

sempre ter feito melhor. Estou vivo e, por

enquanto, é o que interessa. Até à próxima.

Mantém-te genial

28 de maio de 2013

André Carvalho

A propósito de “O Gebo e a Sombra” de Raúl

Brandão

É um sentimento de ternura e de

compaixão, é um sentido de encarnação ler “O

Gebo e a Sombra” de Raúl Brandão. É uma

leitura invasora, apenas por um sentido de

conquista de uma alma espavorida apegada à

solidão e negrura de uma sociedade medíocre e

fuzilada por ódios e lamúrias… faz-nos sentir o

que é o mundo. Um grande mundo… um grande

conjunto de seres, aspetos e feitios. É um

autorretrato do futuro, de uma vida entregue a

si mesma, de uma luz apagada pela brisa

noturna de mais um dia insensato e calmo.

É uma história… não, é antes um caso de

vida fictício, mergulhado num fundo fossilizado

prestes a despertar… é uma amostra, um

sentido de honra e de coragem… coragem para

não cair nas facilidades tenebrosas enterradas

no chão.

Iluda-nos a depressão face à realidade

abstrata de fumaça, cimento, e nada!

É um final sem substância - uma

humilhação… é um viver carregado de deveres

e no fim um encontro com os medos, ódios e

tremores. É culpado quem pensa no que fez, no

que andamos a fazer! É a vergonha que nos

destrói… a fraca coragem envolta em hipocrisia

e insegurança que leva à diminuição, à redução

do ser… a vida de muita aparência e pouca

essência. Não se assemelha à morte… esta não

passa de um estado de espírito, uma mudança

de residência, um desvio de chamada… é um

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

apelo à consciência… isto que vejo (hoje, ontem

e amanhã) é um viver ressabiado, detentor de

lamúrias e falsas tréguas, é um viver enterrado!

“O Gebo e a Sombra” é a obra que mostra,

exatamente, o que todos nós sabemos, mas que

temos medo de nomear e acordar. O empenho

forçoso de um humano frágil, honrado e

desterrado da sua vida na terra, desvanece-se

como se de uma longa fogueira se tratasse…

não quer queimar-se, mas pretende aquecer-se.

E continuamos à espera… à espera sem

esperança, mas à espera… porque o que nos

falta não é coragem, é vontade!

José Brás, 11ºC

A propósito de “Por quem os sinos dobram”

de Ernest Hemingway

Sentir-me pequeno, muito pequeno

mesmo. Foi o resultado de finalizar a leitura

deste livro. Como posso alguma vez ser capaz

de chegar ao mesmo patamar de Hemingway?

Nunca conseguirei tal proeza. Simplesmente foi

um dos melhores livros que li até hoje. Um

romance, uma história de guerra, uma

descrição acerca da humanidade, da sua

simplicidade, mas também da sua natureza

mais cruel.

As experiências vividas em primeira

mão durante a Guerra Civil Espanhola estão na

base desta história. Daí o seu profundo

realismo, quase como um documentário.

Transparecem-se as críticas aos atos violentos

e à brutalidade das tropas de ambos os lados

conflituantes. E podemos mergulhar quase de

corpo e alma e perceber como funcionava toda

uma guerra movida apenas por questões

políticas e egoísmos. As personagens são como

heróis e vilões à força, assumindo ambos os

papéis inimagináveis à sua essência, e onde se

reforça a ideia de que é nos momentos mais

negros que as pessoas revelam o seu

verdadeiro eu. Porém nada é preto no branco

nem nada é branco no preto, tudo assume uma

tonalidade cinza.

Considero que o seu título é talvez o

único em toda a minha vida literária que

realmente possui um significado profundo e

verdadeiramente importante, é uma referência

a John Donne e ao seu poema “Meditações” que

explica o sentido completamente absurdo de

uma guerra entre irmãos, e o sentido de

irmandade da humanidade.

Uma obra que marcará para sempre

quem a ler. Nunca esquecerei a inteligência de

Robert Jordan, a coragem de Pílar, a frieza de

Golz, a esperança de Rafael e todas as outras

personagens que tornam esta obra uma ação

ficcionadamente real. Uma ação perpetuada na

história da nossa humanidade.

André Carvalho, 10ºC

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

Reflexões finais do Projeto Individual de

Leitura, 11ºC

O telhado partiu, mas os alicerces mantêm-

se…

Vou “escrevendo” nas linhas inseguras

desta página. Como elas tremem! Não sei se é

medo ou a fragância da aproximação. Elas

continuam a mexer! Justifico nelas a minha má

letra! Justifico nelas o poder de nada saber

fazer. Dirijo-me a ti. Vagueia por palavras

soltas, completamente hiperbólicas e

metafóricas, a vontade de regressar no tempo.

Tu não te mexes. Estagnas! Deixas de ser um

ser sensitivo, passas a vegetação, a contradição.

E eu olho para ti agora a escrever direito por

linhas tortas.

O telhado da casa já partiu, mas os

alicerces mantêm-se. E eu continuo debaixo

dele. Por muito que tenha desaparecido, o

telhado da casa continua figurativamente a

existir. Ele deixará de me abrigar, esse é o

único problema. Terei que abandonar a estação

e partir, mas os alicerces manter-se-ão! Os

livros, os autores deixarão saudades. O senhor

António Lobo Antunes ficará para sempre no

meu coração, pelo simples facto de me causar a

sensação de que eu não consigo. O livro

“Morreste-me” marcará a minha alma sempre,

só por causa dos arrepios fortemente sentidos

aquando da sua leitura. Tive as minhas quebras

de tensão contigo, cheguei mesmo a querer

espancar-te! Mas, à medida que se desmonta a

casa, tudo parte! Eu partirei, tu partirás, mas

para sempre estaremos unidos, nem que seja

apenas pela troca de emoções! E não te

esqueças: o facto de não existires é

simplesmente irreal! Tu és eu, eu sou tu!

Cláudia Rocha, 11ºC

O ponto marca o fim…

Nunca me imaginei no lugar em que

estou hoje… nunca o imaginei assim: vitorioso,

confiante, esperançoso e perplexo… com

amizades desreguladas que roubei à sociedade,

contextos assimétricos e sentimentos

desmesurados. Não sabia o que viria a ter nem

a perder… o que seria conquistado e o que

ficaria por conquistar...

Estes dois anos deram-me muito!

Desejaram-me sorte e perseverança para

continuar e enredar-me no meu futuro de

realidades. Foram altos momentos, aspetos

meus… a minha história e a vida de um

iniciante no pensamento.

Foram aprendizagens, desvalorizações,

conteúdos, recordações, análises e estudo…

estudo e felicidades! Tornou-se um hábito com

vícios e trabalhos. Dores de cabeça, dores de

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LEMOS, GOSTAMOS E RECOMENDAMOS

costas, dores de pernas e mais dores… dores de

aprendiz… sentidos a agudizarem-se e a

tomarem o seu verdadeiro lugar – no corpo e

na mente! A atordoar e a despedaçar o escudo

da ingenuidade… e da puberdade!

São alguns arrependimentos e escritas

difíceis… são leituras e atropelamentos… são

pensamentos e comentários… desprezos e

desesperos… cheiros e visões do futuro, do

presente e do passado… e por isso é que a

história nunca acabará… porque sempre

haverá algo que nos relembrará o passado e

alguém que nos predestinará o futuro!

José Brás, 11ºC

Ponto final. Parágrafo.

De impossível caracterização, faço as

malas a uma época que encerra aquele que foi o

meu primeiro projeto pessoal…pelo menos

deste cariz. Deixando para trás a ideia de que

me senti feliz, enveredo por um novo rumo

incerto que, num bater incessante, vai ditando

aquele que será o meu futuro face à

vida…tendo agora uma ideia mais concreta do

que realmente ela é e será.

Cumprir um projeto foi um crescer

obrigatório, um pensamento maduro e um

sentido de responsabilidade que adquiri sem

medos, visto que associei o prazer ao fazer sem

qualquer restrição.

Ao longo destes dois anos, repletos de

emoções e desilusões, deparo-me, hoje, com

uma evolução pessoal. “O que partilho é o que

partilhando sinto”, e sempre tive isso em conta.

Sem pecar por injúrias e hesitações, tive

sempre em evidência a perceção de que falei na

escrita, sem esconder nada, mas mostrando o

enigma que sou… letra a letra.

Dei de mim. Quis ser mais e melhor a

cada sexta-feira. E tendo em primeiro plano a

certeza de que consegui, ou pelo menos de que

fiz tudo para tal, acabo com um certo orgulho

em perceber que embora a classificação fosse

relevante, não menosprezo o contentamento

que senti e sinto em olhar para estas páginas e

conceber que este foi o MEU projeto, um lançar

na vida precoce, mas que fui eu quem para ele

contribuiu. E isto, isto é o que de melhor tiro

desta experiência, pois prova a mim mesma

que vou sendo capaz de dizer sim, mesmo com

tudo o que surja e complique.

Acabo como comecei… com medo de

escrever a última palavra que ditará um fim

não desejado… próximo… e infeliz.

A ti, PIL (Projeto Individual de Leitura),

um “até”, com a ânsia de um dia lhe poder

juntar o “já”.

Juliana Ramalho, 11ºC

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A Equipa do Jornal Vernária agradece a colaboração de todos

quantos participaram na continuidade deste projeto ao longo

deste ano letivo - 2012/2013.

O nosso muito obrigado!

PRÓXIMA EDIÇÃO: DEZEMBRO 2013