Versaocompleta Diabetes CaminhoaCura 23012013

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Cura natural para a diabetes pela boa alimentação!

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    ISBN 978-85-906898-8-190000

    Bernd Bremicker, nascido em 1971 emGummersbach / Alemanha, bancrio,casado, e desde 1999 trabalha em umaeditora crist em So Paulo / SP - Brasil.Desde muito tem interesse em assuntosrelacionados sade. A minha prpriaexperincia me levou a escrever esse livro ecompartilh-las com voc.

    Acesse tambm: www.diabetes-sintomas.com

    Diabetes - um diagnstico que cada vez mais pessoasrecebem. Quem sabe, voc ou um amigo seu ou parente estnesse grupo de pessoas. Voc vai ouvir coisas como:"Diabetes n tem cura, mas com a conduta e estilo de vidacorretos voc pode ter uma vida normal". Primeiro diminuirde peso, ento medicamentos e por fim insulina - ser que esse o caminho para voc?

    Eu estive com esse problema e consegui diminuirsignificativamente o meu peso, alcanando nveis normais eisso de forma constante e duradoura. O que poucas pessoassabem e devemos nos perguntar pelo porqu dessadeficincia de conhecimento o fato de que o quadropatolgico Diabetes Mellitus pode ter uma perceptvelmelhora ou at mesmo a cura total com medidas simples eaplicveis por todas as pessoas sem distino e de todos osnveis sociais tanto dos grandes centros urbanos como nasregies mais remotas do pas. Mostrarei um caminho queleva nessa direo e com resultados notveis. um caminhono muito convencional; contudo, um caminho cada vezmais reconhecido.

    Voc pode conhecer agora um caminho possvel cura dodiabetes.

    Bernd Bremicker

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    caminhocura

  • Bernd Bremicker

    Diabetes

    um Caminho Cura

    1

    1 edio 2013So Paulo Brasil

  • Layout: Bernd BremickerCover: Bernd BremickerImpresso: www.lul.de (Lulu on-demand)

    Exemplares podem ser adquiridos pelo site:www.diabetes-sintomas.com

    2013 Bernd Bremicker. Todos os direitos reservados.2

    BREMICKER, BERNDDiabetes um Caminho Cura / Bernd Bremicker. So Paulo-

    SP: Bernd Bremicker, 2013.4,91 p.; 15,24 x 22,86cm.

    CDD 6131 edio

    1. Tecnologia. 2. Promotion of Health. 3. Diabetes. I. Ttulo.

    ISBN 978-85-906898-8-1

    1 edio janeiro 2013ISBN 978-85-906898-8-1

  • ndice

    Introduo 05Consideraes gerais quanto obesidade e diabetes mellitus 05Histria e origem do nome Diabetes Mellitus 07Objetivo 08

    01 As definies geralmente aceitas do Diabetes Mellitus (DM) 09Classificao do Diabetes Mellitus (DM) 09Definio Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) comumente aceita 10Definio Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) 10

    02 As supostas causas e a fisiopatologia de DM1 e DM2 13Causas supostas e verdadeiras 13Fisiopatologia 14

    03 Mtodos diagnsticos e valores referenciais 17Mtodos Diagnsticos 17Valores referenciais nos testes sanguneos de glicose 18Valores referenciais de outros testes 21

    04 A importncia do autocontrole 25Exames laboratoriais 25Autocontrole 25

    05 Os tratamentos tradicionalmente aceitos pela medicina 29Medidas dietticos 29Medidas fsicas 31Medidas medicamentosas e cirrgicas 31Medidas cirrgicas 32

    06 As possveis complicaes em diabetes mellitus 35Complicaes agudas 35Complicaes crnicas 36

    07 Consideraes Crticas 41Doena e sade 41As verdadeiras causas do diabetes DM1 e DM2 43

    08 Tratamento alternativo 61A alimentao original e natural do ser humano 62Qual seria a alimentao original e naturalmais provvel do ser humano? 63A dieta natural dentro das possibilidades denossa civilizao atual 66Composio da alimentao ovo-lacto-vegetal natural-intensiva 67Resultados da dieta natural 70O limo um importante co-adjuvante na alcalinizao 73Bebidas 75

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  • gua sua importncia 77gua sua estrutura e composio qumica 81A qualidade e quantidade da gua necessrias ao ser humano 83

    09 O que voc pode fazer para melhorar ou at curar seu diabetes? 87A cura requer uma ordem de vida consciente 87Anlise do estado atual 87 definir os seus objetivos 88Deciso firme e perseverana pessoais o passo crucialno caminho sade 88Uma mudana alimentar indispensvel 89 acompanhamento mdico / laboratorial, autocontrole regulare anotaes exatas 90Acompanhamento mdico 91Acompanhamento laboratorial 91Autocontrole regular (efeito psicolgico /base de dadospara o mdico / terapeuta) 92

    10 Consideraes finais 95

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  • Introduo

    Consideraes gerais quanto obesidade e diabetes mellitus

    Em 2010 a populao mundial chega a 7 bilhes de pessoas, entre essas 4.3 bilhes de adultos entre 20 e 79 anos. Desse total estima-se, segundo o IDF Diabetes Atlas 2010, um total de 285 milhes de portadores de Diabetes Mellitus, ou seja 6,63% (em comparao: em 1994 eram somente 110 milhes). Entre as crianas de 0 a 14 nos de idade o quadro no menos preocupante. De uma populao total mundial de 1.9 bilhes de pessoas, 479.600 so portadoras de Diabetes Mellitus e esse nmero est crescendo a uma taxa de 3% anualmente, ou seja de 75.800 a cada ano. Por volta de 4 milhes mortes no grupo etria de 20 a 79 anos podem ser atribudas a essa patologia, perfazendo assim um total de 6,8% de todas as mortes a nvel mundial. Isso significa que o diabetes est entre as 5 patologias com maior ndice de mortes a nvel mundial e se aproxima cada vez mais do topo desse ranking. Somente para preveno e tratamento dessa doena e de suas complicaes um total de US$376 bilhes so gastos a cada ano e todos esses nmeros tendem a aumentar de maneira alarmante.

    Ao nvel Brasil, esses nmeros so igualmente chocantes, embora no sejam to altos quanto na Alemanha ou nos EUA. De um total de 119.3 milhes de pessoas nas idades entre 20 e 79 anos 6,4% ou 7.6 milhes so portadoras de Diabetes Mellitus. Estima-se que esse nmero chegar a 7,7% em 2030. J em 2010, tem 1 novo caso da doena a cada 2 minutos e 20 segundos, totalizando 720 casos novos a cada dia, 5.040 a cada semana, 21.600 a cada ms e 262.800 a cada ano. Isso representa um aumento anual de 3,46%, ou seja um aumento de 69,12% at o ano 2030. 83.100 mortes so atribudas a Diabetes Mellitus e suas complicaes. O gasto com preveno e tratamento direto e indireto estimado em US$23 milhes por ano. Em paralelo, verifica-se, segundo dados do IBGE publicado em 27 de agosto de 2010, um aumento considervel e preocupante de obesidade na populao brasileira. Quase 50% dos adultos mostram sobrepeso, 15% so obesos; 30% das crianas pesam acima do normal, 15% j so obesos; 20% dos jovens esto com sobrepeso e 5% se classificam como obesos. Esses nmeros subiram de forma alarmante ao longo dos ltimos anos. E pensando em voc mesmo, a chance grande de j estar nesse grupo ou logo entrar nele.

    O que fazer? Esse livro vai lhe dar a resposta. Eu estive com esse problema e consegui diminuir significativamente o meu peso, alcanando nveis normais e isso de forma constante e duradoura.

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  • Com todos esses nmeros, o Brasil est entre os 10 pases com maior ndice dessa patologia. De certa forma, esses fatos evidenciam de maneira drstica o avano do Brasil para ocupar o seu lugar entre os pases desenvolvidos. Contudo, ser que imprescindvel combinar o progresso nas diversas reas com essa evoluo to preocupante na rea da sade?

    O que poucas pessoas sabem e devemos nos perguntar pelo porqu dessa deficincia de conhecimento o fato de que o quadro patolgico Diabetes Mellitus pode ter uma perceptvel melhora ou at mesmo a cura total com medidas simples e aplicveis por todas as pessoas sem distino e de todos os nveis sociais tanto dos grandes centros urbanos como nas regies mais remotas do pas. Mostrarei um caminho que leva nessa direo e com resultados notveis. um caminho no muito convencional e completamente contra os interesses de grupos influentes da sociedade como as grandes multinacionais e nacionais na rea farmacutica; contudo, um caminho cada vez mais reconhecido at mesmo por mdicos de renome e estudos recentes como por exemplo do Centro Estadual de Tratamento de Doenas Renais do Hospital Regional do Vale do Paraba, ligado Secretaria de Estado da Sade, em Taubat / Brasil.

    Sabendo que por detrs dos valores monetrios recm mencionados, percebe-se o grande interesse econmico em no perder esse e outros grupos de pessoas. Devemos, portanto, questionar, se as preocupaes de certos setores da economia mundial so realmente com a sade das pessoas ou se os doentes, na verdade, so bem-vindos e a sua perda implicaria em grandes perdas de lucro. Visto por esse lado, a impresso ganha , que se deve manter o paciente vivo o quanto possvel, evitando a sua plena sade. Somente assim, aparentemente, garantido o sustento dos muitos profissionais na rea da sade. Talvez teria que se implementar o antigo mtodo chins, que pagava o mdico somente em caso de sucesso, ou seja cura do paciente. Uma coisa certa: Para o setor pblico a economia seria enorme, caso no precisasse mais gastar com vrias patologias civilizatrias, entre elas to comuns como Diabetes Mellitus e suas complicaes, doenas cardiovasculares, hipertonia sangunea (popularmente chamada de presso alta), atrite reumatoide etc.

    Todos os fatos mencionados nesse livro foram pesquisados pelo autor e colocados na melhor das intenes e segundo o melhor saber. Contudo, como o autor no mdico, esse livro no deve ser entendido como um manual de medicina, mas sim como uma tentativa de auto-ajuda na responsabilidade total de cada um. O leitor responsvel deve se informar o melhor possvel

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  • quanto sua doena e trata-la preferivelmente acompanhado de seu nutricionista e/ou mdico, nesse caso um endocrinologista, preferencialmente formado tambm em homeopatia e aberto a tratamentos alternativos. H um nmero crescente de mdicos que aplicam em sua avaliao e tratamentos tambm mtodos alternativos para complementar os mtodos tradicionais da medicina. Esse livro, portanto, no deve servir de base para um tratamento, mas deve ser visto como uma fonte que coloca voc na posio de poder avaliar melhor as medidas tomadas por seu terapeuta.

    Histria e origem do nome Diabetes Mellitus

    J na antiguidade, no sculo XV antes de nossa era, o papiro Ebers menciona sintomas aparentemente correspondentes a diabetes. Areteu de Capadcia, no sculo II, d o nome patologia. O termo derivado do verbo grego diabainein (diabainein) que significa ir / atravessar a passos largos e o substantivo correspondente, diabetes (diabhthj), significa sifo, fazendo assim referncia a um dos sintomas mais chamativos, a eliminao exagerada de gua pelos rins.

    Somente no sculo XI se acha uma referncia clara a esse distrbio, indcio que em sculos passados no era uma doena to amplamente encontrada como hoje. Ainda assim, j na ndia por volta do ano 500AC se verificava a presena de um sabor doce da urina, embora fosse somente em 1679 que Thomas Willis deu-lhe o nome de Diabetes Mellitus (latim: mellitus = sabor de mel). Em 1775, Dopson, identificou a presena de glicose na urina. Desde ento houve avanos considerveis na descoberta do metabolismo dos glicdios (acares) e do papel do pncreas na produo de insulina finalmente isolado em 1921 pelos canadenses Banting e Charles Best. Fizeram-se transplantes de pncreas e, em casos de diabetes tipo I, tambm transplantes das ilhotas de Langerhans desde 1966 e 2004 respectivamente. O primeiro transplante das ilhotas de Langerhans foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, So Paulo, Brasil.

    Por volta de 1790, o ingls John Rollo conseguiu em alguns casos melhoras com uma dieta rica em protenas e gorduras em detrimento de carboidratos. Mencionamos esse fato, porque para muitos ainda hoje essa a receita principal no tratamento, ainda que houvesse descobertas posteriores que colocam esse tipo de dieta no mnimo sob crtica severa. justamente esse tipo de dieta, e a minha inteno mostrar isso de maneira clara e compreensvel, que representa um risco para o desenvolvimento do diabetes

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  • ao longo do tempo, ainda que possa haver aparentes resultados positivos iniciais. Nesse contexto, deve-se perguntar, por que essa dieta continua sendo recomendada em larga escala pelos profissionais de sade, embora se saiba h pelo menos 40 anos os efeitos negativos da mesma ao longo da vida do paciente e se conhea dietas bem mais apropriadas, que, em muitos casos, levam a uma melhora significativa e at mesmo no raras vezes cura completa do paciente sem a necessidade de medicamentos ou insulina, ou que ainda possibilitem uma dosagem bem menor da insulina em boa parte das pessoas afetadas.

    Um dos primeiros a reconhecer isso e a colocar em prtica um tratamento biolgico-natural no caso de Diabetes Mellitus foi o dentista alemo Dr. Johann Georg Schnitzer de Mnchweiler. Ele aplicou esse tratamento j comprovado por ele em pacientes odontolgicos em um paciente sofrendo de gangrena aguda, uma conseqncia comum do p diabtico. Foi o paciente que o procurou sob responsabilidade prpria, j que a sua nica outra alternativa teria sido a amputao de sua perna alternativa essa que o paciente recusou. O nome do paciente Karl Ettwein e ele foi curado do diabetes contra todas as expectativas de seus mdicos.

    Objetivo

    Ao longo das exposies nesse livro, mostrarei o funcionamento desse tratamento biolgico-natural, explicando o porqu de sua eficcia levando em considerao o metabolismo humano. Ao mesmo tempo ser necessrio mostrar alguns dos tratamentos tradicionais do diabetes e explicar, porque eles, em sua maioria, no possibilitam ou at impedem uma cura total da doena. As razes so, em grande parte, tambm encontradas no metabolismo humano. Talvez voc se sinta, por vezes, entediada com algumas das exposies feitas, contudo se fazem necessrias para que tenha uma compreenso melhor de seu problema de sade e de como trata-lo da melhor forma. Para isso, acrescento ainda de forma totalmente gratuita um plano de alimentao de 14 dias seguindo as recomendaes desse livro. Para mim foi a melhor coisa que j descobri, porque me livrou de tomar remdios no estado inicial de diabetes e ainda, melhor, recuperar a sade plena.

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  • 01 As definies geralmente aceitas do Diabetes Mellitus (DM)

    De modo geral, quando se fala em diabetes, refere-se ao Diabetes Mellitus (DM), mas existem vrios outros tipos dessa doena, sendo a mais comum deles o Diabetes Insipidus (DI). Nesse livro quero me concentrar no diabetes mellitus. Os mais conhecidos tipos dessa doena so o Diabetes Mellitus tipo 1 (em seguida: DM1) e o Diabetes Mellitus tipo 2 (em seguida: DM2) bem como o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). O ltimo aparece durante 2% a 5% das gestaes, e tratvel; porm, no tratado, pode causar problemas na gravidez tanto para o feto como para a me. Geralmente temporrio, mas em alguns casos pode ser a primeira manifestao de uma DM1 (raro) ou DM2 (em 20% a 50% das mulheres que desenvolvem um DMG). Se esse for o seu caso, esse livro lhe mostrar um caminho para evitar ou reverter esse quadro. preciso determinao e vontade, mas os resultados so surpreendentes e gratificantes, devolvendo-lhe qualidade de vida sem drogas.

    Classificao do Diabetes Mellitus (DM)

    Em 1965, a Organizao Mundial de Sade (OMS), subordinada Organizao das Naes Unidas (ONU), recomendou a classificao do Diabetes Mellitus em 4 grupos para fins de diagnstico e tratamento. Como essa classificao se orientava no tratamento e no nas causas da doena, em 1997 ela foi abandonada e substituda pela classificao em Tipo 1 e Tipo 2, cada um com 2 subtipos. Alm disso, se classificavam ainda outros tipos especficos de diabetes usando as letras A a H e o DMG. Em 2009, essa classificao foi revista uma vez mais pela Associao Alem de Diabetes (DDG) e hoje se classificam os tipos 1 (DM1) com 5% de todos os casos, 2 (DM2) com 90% dos casos diagnosticados e o DMG. Os demais tipos A a H perderam sua classificao especfica. O DMG e demais tipos perfazem 5% de todos os casos de diabticos.

    A probabilidade de voc estar entre os 90% de casos de DM2 grande e existe ainda uma possibilidade de desenvolver o quadro do DM1 a partir do seu estado atual. Os prximos captulos vo lhe mostrar as razes para o seu estado atual e uma caminho experimentado por mim mesmo e testemunhado por familiares, amigos e colegas de trabalho para sair desse "destino".

    As definies dadas em seguida so aquelas comumente aceitas pela medicina. Posteriormente nesse livro mostrarei as verdadeiras causas de

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  • ambos os tipos do DM. Em todos os casos de diabetes se fala em doenas crnicas.

    Definio Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) comumente aceita

    Trata-se de uma doena auto-imune, em que o sistema imunolgico ataca as celulas b (pronunciado: beta) nas ilhotas de Langerhans, responsveis pela produo do hormnio insulina. O resultado uma destruio permanente dessas clulas e consequentemente a falta de insulina. Pode ser tambm adquirido por herana. A causa por detrs disso ainda no foi definida (por isso fala-se em causas idiopticas = desconhecidas / ocultas) e geralmente nega-se qualquer influncia dos hbitos alimentares e do estilo de vida no aparecimento do DM1. Sem o tratamento por meio de injees de insulina essa doena fatal. Voc v a sentena da medicina em seu caso? Ento tenho uma boa notcia: Voc pode escapar dessa sentena e eu gostaria de mostrar-lhe como, compartilhando o que eu aprendi e experimentei.

    J que o DM1 se manifestava principalmente em crianas e jovens, era chamado tambm de diabetes infanto-juvenil, ou ainda, fazendo aluso a sua suposta causa, diabetes mellitus insulino-dependente. Eu, assim como outros, tenho a forte impresso que a designao infanto-juvenil foi abandonada em favor de DM1, porque cada vez mais adultos apresentam esse tipo de diabetes, embora ainda hoje se manifeste mais comumente em pessoas at a idade de 40 anos.

    Definio Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2)

    Assim como no caso do DM1, tambm no caso do DM2 se usava antes designaes como diabetes no insulino-dependente ou diabetes tardio. Como hoje cada vez mais crianas e jovens apresentam DM2, se fez necessrio abandonar essa designao.

    Sob DM2 se entende geralmente insulino-resistncia ou hiperinsulinismo ou combinaes de ambos com ou sem adipositas. Dependendo da relao entre ambos se manifesta ou hiperglicemia ou hipoglicemia. A definao geralmente aceita explica o DM2 como um distrbio metablico em que os receptores de insulina das clulas orgnicas no reconhecem ou rejeitam total ou parcialmente a insulina levada at elas e assim inibem o metabolismo dos glicdios. As clulas b do pncreas aumentam consequentemente a produo

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  • de insulina e ao longo do tempo so levadas exausto, o que resulta em produo de insulina cada vez menor at a sua total ausncia, fazendo com que a pessoa se torne insulino-dependente. As causas fisopatolgicas so complexas e ainda no por completo elucidadas, embora seja conhecido que certos frmacos, entre eles os corticides em uso prolongado, podem desencadear o aparecimento de DM2.

    Voc pode se perguntar se o seu quadro tambm evidencie uma ligao entre uma doena aguda tratada com medicamentos como antibiticos ou corticides alguns dias, algumas semanas ou at alguns meses antes que se manifestou o diabetes. Em muitos casos pode ser estabelecida essa relao, embora ainda hoje tantas vezes negada pelos mdicos.

    Sem o tratamento adequado, o DM2 leva a srias complicaes posteriores. O DM2 ainda considerado incurvel, ainda que os transplantes de ilhotas de Langerhans mencionados na introduo do uma certa esperana. Tambm aqui voc pode perceber a sentena desesperadora da medicina comum em seu prprio caso. Realmente quer se contentar com isso ou prefere tomar responsabilidade prpria pelo bem mais preciosos que voc tem na sua vida fsica sua sade? Eu decidi tomar esse rumo e foi uma deciso realmente recomensadora.

    Nos prximos captulos vamos nos concentrar primordialmente nesses dois tipos de diabetes aqui definidos. Se o seu caso for um outro tipo, a maioria das afirmaes feitas nos prximos captulos se aplicam tambm a voc, principalmente aquelas que mostram um caminho em direo significativa melhora e at mesmo cura.

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  • 02 As supostas causas e a fisiopatologia de DM1 e DM2

    Causas supostas e verdadeiras

    1 Insulino-insuficincia

    Nesse caso, as clulas b das ilhotas de Langerhans do pncreas produzem insulina nenhuma ou em quantidades muito diminutas. Necessariamente, a glicose presente na corrente sangunea no chega s clulas, j que para esse transporte preciso o hormnio insulina. O resultado natural que a concentrao de glicose no sangue permanece constantemente alta, causando vrios danos e complicaes. Por outro lado, a falta de glicose nas clulas orgnicas inibe a funo correta dos rgos, j que falta energia para os processos metablicos. Em ltima instncia, isso leva necrose de rgos e morte do paciente. Essa causa se apresenta no caso de DM1 e nos estdios posteriores de DM2. Tambm ocorre a produo de anticorpos contra a insulina ou contra as prprias clulas b, resultando na destruio delas.

    2 Mau funcionamento dos insulino-receptores

    Nesse caso, geralmente considerada a causa do DM2, os receptores da insulina das clulas no reconhecem a insulina presente ou o nmero desses receptores pequeno demais para assegurar a quantidade suficiente de insulina nas clulas. Disso resulta uma concentrao elevada de glicose na corrente sangunea, j que a glicose no pode entrar nas clulas. Sobrepeso considerado uma das causas principais de DM2, j que o excesso de peso aumenta ainda mais a relativa resistncia insulina. O diabetes gestacional se assemelha em muito ao DM2.

    3 Fatores genticos

    Nos casos de DM1 e DM2, tambm fatores genticos so considerados como causas, contudo rarssimas vezes diabetes possa ser considerado conseqncia de uma mutao de um s gene. Quando geneticamente ocasionado, o diabetes conseqncia de uma mutao multigentica. Vou mostrar em captulos posteriores que essa causa rarssima e na maioria dos casos quando se alega hereditariedade de fato essa no a causa verdadeira. Fatores farmacolgicos so muito mais comuns, mas muitas vezes no pesquisadas na histria do paciente.

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  • 4 Fatores farmacolgicos

    Entrementes seguro que certos frmacos podem desencadear um diabetes. Principalmente o uso prolongado de corticides pode causar o aparecimento da doena.

    5 Vrus

    Um fato pouco conhecido entre os portadores de diabetes, porm de no pouca importncia, o vrus do grupo coxsackie B. Os vrus desse grupo podem atacar o pncreas entre outros rgos tais como fgado e corao e ali causar uma inflamao. As conseqncias dessa inflamao quando ocorre no pncreas so DM1 e DM2. Alguns desses vrus so at cancergenos. Portanto, um tratamento que eliminaria esses vrus sem prejudicar tecidos sadios e que ao mesmo tempo desobstrusse o tecido conjuntivo, permitiria a funo normal dos rgos e conseqentemente o desaparecimento do diabetes.

    Fisiopatologia

    O aparelho digestivo reduz a maioria dos carboidratos ingeridos como parte dos alimentos principalmente provenientes de frutas, produtos de cereais, batatas, milho, mandioca, arroz etc. glicose (ou: dextrose). Pela parede intestinal, esse monossacardio (acar) absorvido e entra na corrente sangunea, sendo assim transportado para quase todas as partes do organismo. A grande maioria das clulas precisa de glicose para gerar energia. Uma exceo so as clulas do sistema nervoso central. Para o transporte de glicose no espao intracelular, ou seja dos vasos sanguneos at a clula de destino, a presena do hormnio insulina imprescindvel.

    Portanto, atribui-se presena da insulina e / ou aos receptores da insulina um papel importante em todas as formas de diabetes mellitus. Em captulos posteriores vou demonstrar que a insulina tem um papel importante, mas que as causas originais muitas vezes no so encontradas nos receptores ou na produo da insulina. Pelo contrrio, a ausncia de insulina no espao intracelular ou a no recepo da insulina presente nesse espao so na verdade conseqncias de outros mecanismos muitas vezes no considerados. E so justamente esses mecanismos que possibilitam um tratamento eficaz do diabetes.

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  • Assim como voc, quando fiquei sabendo desses detalhes, me perguntei pelo porqu dos mdicos no atentarem para esses fatos. Uma das possveis respostas est no fator monetrio. J imaginou se a grande maioria dos casos de diabetes, at agora to lucrativos para a indstria farmacutica, fossem curados sem a necessidade de medicamentos e por fim insulina? Fiquei irritado com essa descoberta e assim como voc no queria me contentar com o tratamento costumeiro. Precisamos nos responsabilizar pela prpria sade e isso comea com informaes diversificadas. Voc est no caminho certo para se apropriar exatamente das informaes que tanto precisa e que a maioria dos mdicos lhe d apenas parcialmente ou at mesmo nem sequer mencionam.

    A insulina produzida pelas clulas b situadas nas ilhotas de Langerhans no pncreas. Outro papel importante para o equilbrio fisiolgico de glicose na corrente sangunea aps ingerncia de alimentos pode ser atribudo ao fgado. Alm do transporte s clulas, a insulina tambm responsvel pelo processo da glicogenia; processo este que acontece no fgado e faz com que glicose seja transformado em glicognio, um polissacardeo, e dessa forma armazenado no fgado. Outro hormnio importante antagnico (= de ao oposta) insulina, o glucagon produzido nas clulas a (pronuncuado: alfa), responsvel pela liberao do glicognio e sua reduo glicose para restabelecer nveis baixos de glicose na corrente sangunea em situaes que poderiam levar a uma situao de hipoglicemia em perodos de jejum, por exemplo.

    Consequentemente, caso as clulas b no produzam insulina suficiente, esse processo de transporte e tambm regulador entra em distrbio, ocasionando uma permanncia mais delongada de glicose na corrente sangunea, enquanto o fgado, pelo relativo excesso de glucagon, libera ainda mais glicose. O resultado so nveis elevados de glicose na corrente sangunea chamado de hiperglicemia. Quando os nveis subirem acima do limite renal de reabsoro de glicose, o excedente liberado para a urina. Assim se explica a presena de glicose na urina (glicosria). Isso por sua vez resulta em um aumento da presso osmtica da urina e inibe a reabsoro de gua pelos rins. O resultado disso uma produo elevada de urina (poliria) e um aumento da perda de lquidos. Esse volume perdido osmoticamente substitudo por gua presente nas clulas do corpo e, se no reposto, ocasiona desidratao e sede acentuada do paciente.

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  • Figura 1 O sistema regulador da taxa de glicose

    Alm disso, a insulina importantssimo para a sntese de clulas de gordura (adipogenia). Por isso, em pessoas diabticas, muitas vezes se verifica uma excessiva perda de peso, causado pelo fato da falta de construo de clulas de gordura, enquanto ao mesmo tempo acontece o catabolismo (processo metablico destrutivo ou redutivo) das clulas de gordura existentes (reduo das mesmas para gerao de energia). O corpo tenta gerar mais energia, catabolizando gordura e protena.

    Portanto vemos que algo aparentemente bem simples pode desencadear uma srie de distrbios em efeito domin, responsveis tambm pelas complicaes patolgicas possveis em diabticos.

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  • 03 Mtodos diagnsticos e valores referenciais

    Mtodos Diagnsticos

    O diabetes mellitus caracterizado por hiperglicemia recorrente ou permanente e persistente. Para estabelecer os respectivos valores, necessrio um mtodo exato de medio. Pode-se usar sangue capilar ou venoso, o plasma ou sangue integral. importante saber que para cada tipo de sangue, os valores de referncia so diferentes, ainda que levemente. Por exemplo, o valor medido em sangue integral por volta de 12% mais baixo que o medido no plasma.

    O mtodo mais comum a medio no plasma, em que o nvel plasmtico de glicose estabelecido por meio de exames laboratoriais. J os aparelhos domsticos, os glicosmetros, geralmente utilizam o sangue capilar ou sangue integral. A maioria dos aparelhos, para facilitar a vida dos usurios, j calcula o valor correspondente de plasma para possibilitar uma comparao mais exata com os valores medidos em laboratrios.

    Um outro mtodo importante e geralmente aplicado em paralelo com a medio de nveis plasmticos de glicose, a determinao laboratorial da hemoglobina glicada (ou glicosilada ou glicohemoglobina), abreviada como HbA1c ou H1C. Esse valor importante para um acompanhamento peridico e histrico retrospectivo.

    Mtodos menos utilizados compreendem a determinao do nvel de frutosaminas, do pptido-C e da glicosria bem como, em caso de DM1, a presena de cetonas na urina. No caso de DM1 pode-se optar tambm pela determinao de auto-anticorpos contra clulas de ilhotas. Todos esses testes so testes laboratoriais.

    Muitas vezes somente o conjunto de vrios mtodos e com isso de vrios resultados podem dar uma imagem completa do estado do paciente e assim permitir um tratamento adequado necessidade individual.

    Caso voc tenha sido diagnosticado diabetes somente baseado em uma medio isolada ou at mesmo em um nico horrio, como acontece por vezes naqueles testes gratuitos que se oferecem em campanhas de farmcias ou de estudantes, ento recomendo reconsiderar a medio de uma forma mais sria. O teste ocasional pode dar uma dica, mas no deve ser a nica base para o diagnstico.

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  • Valores referenciais nos testes sanguneos de glicose

    Quando falo em valores referenciais, necessrio estabelecer primeiramente uma unidade de medio. Hoje em dia so duas as unidades mais usadas para descrever a concentrao de glicose no sangue.

    A comumente usada no Brasil e tambm em outros pases mg/dl, ou seja essa unidade define quantas miligramas (unidade de peso) de glicose so presentes em 1 decilitro (unidade de volume) de sangue capilar, sangue integral ou plasma.

    A unidade internacional, cada vez mais usada, estabelece a quantidade de molculas de glicose por litro de sangue capilar ou integral ou plasma, expressa em mmol (unidade de quantidade) por litro (unidade de volume). 1mol corresponde a 6,022 * 1023 molculas. Para descrever a concentrao de glicose usa-se a unidade mmol/l, correspondente a 1 milsimo de 1mol.

    Ambas as unidades so exatas, embora a segunda permite uma exatido maior. Para fins de converso de uma unidade outra, no caso de glicose, deve se fazer a seguinte operao matemtica:

    Converso mmol/l mg/dl // mg/dl mmol/l

    a) mmol/l * 18,0182 = mg/dl

    b) mg/dl * 0,0555 = mmol/l ou mg/dl /18,0182 = mmol/l

    Essas frmulas no se aplicam a outras substncias a no ser glicose. Por qu? Como a unidade mmol representa uma quantidade de uma molcula e a unidade mg o peso da mesma, os fatores de converso so diferentes para cada molcula, porque dependem do peso especfico de cada uma delas. bvio, por exemplo, que uma molcula de colesterol tem outro peso especfico que uma molcula de triglicrides ou de creatinina ou em nosso caso de glicose.

    Em seguida, os valores mencionados sempre se referem ao plasma, porque esse que est sendo usado em exames laboratoriais. Desde 2002, a maioria dos aparelhos domsticos, os glicosmetros, j fazem o respectivo clculo necessrio para calcular o valor plasmtico correspondente ao medido no sangue integral ou capilar e j mostram esse valor convertido no visor. Assim facilitam a comparao dos valores medidos diariamente com os valores

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  • obtidos em exames laboratoriais mais espordicos, contudo freqentes. A legislao atual na Alemanha, por exemplo, permite uma tolerncia dos glicosmetros de 15% para baixo ou para cima comparado a um valor obtido em laboratrio. Por isso de suma importncia comprar um aparelho de boa qualidade com mnima margem. A final, 15% em valor medido de 100 mg/dl por exemplo podem corresponder em casos extremos a um valor de 115 mg/dl ou de 85 mg/dl.

    Existem aparelhos com margem de erro bem menor. Eu pessoalmente fao uso de um aparelho Easy-Chek 4207 disponvel no site www.easy2check.de. Os aparelhos desse produtor apresentam uma margem mdia de erro de somente 2% no mximo. Contudo, a deciso de qual aparelho usar sua.

    Portanto, repetindo, quando falamos em valores de referncia ou quando mencionamos valores nesse livro, sempre so valores plasmticos.

    Para diagnosticar uma pessoa como diabtica ou no, preciso estabelecer qual so os valores normais. Os valores mencionados em seguida so os fixados pela American Diabetes Association (ADA) tambm empregados pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e outras em todo o mundo. A seguinte tabela mostra os valores normais, os valores elevados (pr-diabticos) e os valores diabticos para vrios mtodos diagnsticos. Os valores podem ser obtidos por meio de coletas de sangue em laboratrio em jejum (mnimo de 8hrs) ou 2 horas aps o almoo, coletas de sangue ocasionais em laboratrio (medio no plasma), por meio de glicosmetros ou ainda por meio de um Teste de Tolerncia Glicose Oral (TTGO), tambm chamado de Prova de Tolerncia Glicose Oral (PTGO) ou Teste Padronizado de Tolerncia Glicose (TTG). A sigla em ingls desse teste OGTT. No caso desse teste se aplica uma dose de 75g de glicose e se efetua o controle 2 horas depois.

    Para chegar com segurana ao diagnstico diabetes mellitus ou pr-diabetes so necessrios pelo menos 2 testes com valores elevados ou diabticos, para eliminar a possibilidade de valores falsos provenientes de vrias circunstncias possveis em uma nica ocasio.

    A seguinte tabela se refere a DM1 e DM2.

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  • Tabela 1 Valores referenciais de DM1 e DM2

    jejum ps-almoo / aps TTGO teste ocasional mg/dl mg/dl mg/dl mmol/l mmol/l mmol/l normal 70 - 99 < 140 3,9 - 5,5 < 7,8 elevado 100 - 125 140 - 199 5,6 - 6,9 7,8 - 11 diabetes > 125 > 199 > 199 > 6,9 > 11 > 11

    Em caso de DMG os valores so idnticos com exceo do valor de 2hrs aps teste TTGO. Nesse caso, considerado um valor diabtico aquele que est igual ou maior a 155 mg/dl (8,6 mmol/l).

    Os valores limites superiores foram revisados para baixo nos ltimos anos. No passado considerava-se como valores normais um limite de at 120 mg/dl (6,7 mmol/l). Por isso, em algumas literaturas se encontram limites at esse valor. Alm disso vale lembrar que o corpo humano levemente diferente variando de indivduo para indivduo. Se para um 99 mg/dl o limite mximo do normal, para outro isso pode ser 110 mg/dl ou at mesmo 85 mg/dl. H quem recomenda esse ltimo valor de 85 mg/dl (4,7 mmol/l) como o timo.

    A mais recente tendncia (situao: abril / maio de 2012) existente entre as principais sociedades para diabetes tanto nos EUA como na Europa esto revisando novamente os valores para cima, voltando aos valores anteriormente considerados bons. Recomenda-se agora dar mais ateno para o valor H1C (veja mais em baixo) e mant-lo em < 7%. H boas razes para isso, por exemplo verificou-se recentemente em estudos que valores baixos demais aumentam a taxa de mortalidade significativamente. A ADA e outras sociedades de diabetes consideram valores em jejum at 130 mg/dl e ps-almoo at 180 mg/dl como tolerveis desde que o H1C esteja < 7%. Deve ser levado em considerao tambm a histria e o perfil de cada paciente. Essa tendncia boa, porque coloca a individualizao do paciente em primeiro plano.

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  • Nenhum valor de qualquer nvel de qualquer substncia no corpo humano deve ser considerado um valor exato, mas sempre um valor varivel individualmente, contudo dentro de certos limites. Vale lembrar tambm, que os valores considerados normais so obtidos a partir da mdia de todos os exames feitos. Esses, por sua vez, compreendem tambm exames de pessoas doentes ou de indivduos com valores nos limites entre sade e doena. Com outras palavras: Quem tem valores normais apenas est dentro da mdia total da populao e ainda no entre os melhores. Outras vezes o interesse econmico na venda de medicamentos tambm influencia os valores referenciais. Quanto mais rgidos so estabelecidos, tanto mais pessoas podem ser enquadradas como portadores de uma doena especfica e tanto maiores sero as vendas dos respectivos medicamentos. J por esse lado de suma importncia que voc mesmo se torne responsvel por sua sade se informando da melhor maneira possvel. O fato de que voc est lendo esse livro, mostra que est disposto a tomar responsabilidade por si mesmo.

    Em todos os casos, os valores elevados mencionados na tabela acima so considerados pr-diabticos e, portanto, precisam de cuidados e observao, para que, preferencialmente, no cheguem a valores diabticos. O tratamento correto nesse estado de suma importncia e decisivo quanto cura ou o desenvolvimento de um diabetes. Infelizmente os tratamentos tradicionalmente prescritos nesses casos, principalmente quando envolvem logo medicamentos, contribuem para um desenvolvimento mais rpido de um diabetes, embora deveriam evita-lo.

    Valores referenciais de outros testes

    a) Hemoglobina glicada HbA1c ou H1C

    Esse exame talvez seja o segundo mais importante no diagnstico de diabetes. Esse valor interessante, porque d uma amostra retrospectiva para um tempo prolongado de mais ou menos 8 semanas anteriores ao exame.

    A hemoglobina A1 um tipo de hemoglobina presente naturalmente no sangue. Ela perfaz 95% de toda a hemoglobina em humanos. A letra c indica que a molcula glicada dessa hemoglobina. Alguns autores e at laboratrios / mdicos falam erroneamente em hemoglobina glicosilada, contudo, quimicamente falando, ela no proveniente de um processo de glicosilao, caracterizada por participao de enzimas. Nesse caso, o processo qumico se d na ausncia de enzimas e por isso devemos falar em

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  • glicao. Esse processo qumico tambm perfeitamente normal em cada indivduo. O produto final, a hemoglobina HbA1C, um produto irreversvel e portanto relativamente estvel. Por isso permite estabelecer os nveis de glicose na corrente sangunea durante um perodo prolongado de observao retrospectiva. Alm disso, esse valor elimina fatores que podem causar picos temporrios de concentraes elevadas de glicose ou esconder a verdadeira situao do paciente como a absteno total de carboidratos durante alguns dias antes do teste ou o estresse.

    O valor registrado no exame a relao entre a hemoglobina glicada e a hemoglobina no glicada e expresso como um valor percentual. Atualmente h tendncias de expressar essa relao em mmol/mol. Os valores de referncia so:

    Tabela 2 Valores referenciais de HbA1c

    normal prximo ao normal elevado diabticoHbA1c (%) 3,9 6,1 6,2 7,0 7,1 8,0 > 8,0HbA1c (mmol/mol) 19 43 44 54 55 64 > 64

    A partir desses valores podem ser calculados outros como os equivalentes aos testes no plasma em mg/dl ou em mmol/l e vice-versa. Para isso devem ser utilizadas as seguintes frmulas:

    a) HbA1c [%] = (glicose mdia [mg/dl] + 86) / 33,3b) HbA1c [%] = (glicose mdia [mg/dl] + 77,3) / 35,6c) HbA1c (mmol/mol) = (Hba1c[%]- 2,15) x 10,929

    O valor obtido permite estabelecer uma certa segurana quanto s complicaes posteriores. Valores prximos ao normal ou dentro do normal mostram uma certa segurana quanto a isso. Por outro lado, no deve-se concluir que valores normais indicam a ausncia de diabetes. Tambm deve-se levar em considerao que os valores podem ser falsos na existncia paralela de outras patologias como anemia, anemia hemoltica, cirrose heptica, insuficincia renal crnica etc. Perdas de sangue ou transfuses tambm podem falsificar o resultado. Esse exame muitas vezes nem sequer feito. A atual recomendao dar mais ateno a esse valor.

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  • Tambm importante voc saber que os laboratrios usam mtodos divergentes. Por isso importante conhecer o valor de referncia do respectivo laboratrio e para uma observao contnua do paciente interessante utilizar laboratrios com mtodos idnticos, para garantir uma comparao fcil dos resultados.

    b) Protena glicada (frutosamina)

    Esse valor parecido com o HbA1c, contudo no mostra hemoglobina glicada, mas sim aminocidos glicados no sangue. O acar nesse caso no a glicose, mas sim a frutose. Tambm esse valor retrospectivo, contudo contempla apenas as ltimas 2 a 3 semanas e interessante em pessoas, em que o HbA1c por alguma razo no pode ser usado.

    Os valores referenciais indicando normalidade nesse caso so < 285 mmol/l em pacientes adultos e < 395 mmol/l em pacientes de dilise.

    c) Pptido-C

    O pptido-C produzido juntamente com a insulina e proveniente do pro-insulina. O pptido-C pode ser comprovado no soro sanguneo ou na urina e permite estabelecer afirmaes quanto a real produo de insulina do indivduo. Assim pode ser visto se realmente existe uma disfuno pancretica resultando em produo menor de insulina ou se ainda h insulina suficiente, cuja ao est sendo inibida por outras razes. Como essa molcula bem mais estvel que a prpria insulina, vantajoso usar esse mtodo.

    Os valores normais, conforme o laboratrio, so definidos entre 1,1 a 5,0 mg/l ou em 4,0 a 8,0 mg/l 30 a 60 minutos aps ingerncia de glicose.

    d) Glicosria

    A determinao de glicosria possvel principalmente em pacientes cujo nvel plasmtico de glicose est por volta de 180 mg/dl (10,0 mmol/l) ou mais. Quando esses valores so alcanados, geralmente os rins no podem mais absorver a glicose e a eliminam pela urina. Esse processo se chama glicosria. Como os limites renais de absoro variam bastante de indivduo

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  • para indivduo, esse valor no to confivel e basicamente caiu em desuso. De todas as formas, esse teste por si s no deve ser usado para diagnosticar um diabetes. J que a causa de glicosria pode ser tambm um distrbio funcional renal, ela por si no confirma o diabetes.

    Valores em jejum at 15 mg/dl (0,8 mmol/l), correspondentes a mais ou menos 15% do limite glicmico superior considerado normal, ainda so considerados fisiologicamente aceitveis. Valores >15 mg/dl (0,8 mmol/l) em jejum representam glicosria. Aps ingerncia de alimentos, esse valor pode subir at o dobro daquele medido em jejum.

    e) Cetonria em pacientes com DM1

    Em caso de DM1, o corpo cataboliza cidos graxos em detrimento do anabolismo (metabolismo regenerador ou assimilao) dos mesmos devido ausncia de insulina. Essa situao aparece em caso de DM2 somente em um estado progredido. Devido falta de glicose nas clulas, o catabolismo de cidos graxos estimulado para compensar essa falta, embora haja glicose suficiente na corrente sangunea. O problema na verdade no , como sabemos, a falta de glicose, mas sim a falta de insulina e a consequentemente incapacidade de transporte dos vasos sanguneos at as clulas. Em decorrncia de certos processos metablicos, o corpo produz cetonas. O resultado disso uma concentrao alta dos mesmos no sangue (cetose) levando ao longo do tempo a cetoacidose, baixando o pH do sangue. Em ltima instncia isso pode levar ao coma e morte. Os rins tentam evitar essa situao, eliminando cetonas do sangue pela urina. Essa concentrao elevada pode ser registrada em exames. A cetona mais comum a ser verificada a acetona. O valor normal ausncia de cetonas.

    f) Determinao de auto-anticorpos em pacientes com DM1

    Esses testes podem ser feito em pacientes com DM1. O valor normal ausncia de anticorpos. No estamos especificando aqui os diversos testes possveis.

    A partir desses fatos e nmeros compreensvel a importncia de um controle regular, incluindo o autocontrole.

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  • 04 A importncia do autocontrole

    O corpo humano mantm as suas funes intactas, desde que todos os processos estejam proporcionando um equilbrio, um estado estacionrio. Se um ou mais valores se alteram, a tendncia do organismo restabelecer o estado estacionrio. Caso no consiga faz-lo, o resultado aquilo que chamamos de doena ou enfermidade. O estado estacionrio corresponde sade e geralmente se d, quando os valores esto sendo mantidos dentro de um estreito corredor com uma pequena margem para cima e para baixo ao redor de um valor mdio. O sistema autorregulador do organismo humano uma verdadeira maravilha, mesmo se considerada apenas essa capacidade de manter um estado de equilbrio com margens relativamente estreitas. No captulo 3 voc viu que esse estado estacionrio quanto glicose de 70 a 99 mg/dl (3,9 a 5,5 mmol/l) e que valores at 125 mg/dl (6,9 mmol/l) so tolerveis, porm merecem ser observados e acompanhados.

    Esse acompanhamento voc pode fazer por meio de exames espordicos em laboratrio. Porm, usando esse mtodo, passa-se muito tempo sem acompanhamento e especialmente quando os valores so baixos ou elevados ou quando j tiverem alcanado um estado diabtico, um acompanhamento mais de perto necessrio. E visto que voc quer tomar responsabilidade quanto sua sade, esta uma das medidas a tomar. Somente assim, as decises corretas podem ser tomadas, para ajudar o organismo a restabelecer o equilbrio e assim evitar complicaes posteriores.

    Exames laboratoriais

    Eles so importantes, principalmente para obtermos um valor de referncia exato que nos permite dizer com exatido, qual o estado do paciente. Recomenda-se para quem no possui o aparelho de autocontrole, o glicosmetro, repetir o exame de glicemia plasmtica mensalmente.

    O exame HbA1c recomendado repetir em intervalos de 3 meses.

    Autocontrole

    Para um acompanhamento dirio ou semanal, o autocontrole imprescindvel. Recomenda-se um autocontrole em todos os casos de diabetes e at mesmo pr-diabetes, porque somente assim possvel tomar as medidas

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  • corretas seja adequar doses de insulina (em caso de insulina-dependncia) ou ajustar hbitos principalmente de ordem alimentar.

    importante anotar de forma organizada os dados obtidos e tambm de tomar nota da alimentao. Assim h um estimulo para continuar tratamentos na direo certa e tambm pode se verificar com facilidade influncias alimentares nos ndices glicmicos. Alm disso, possvel ver com facilidade a evoluo da patologia e at mesmo fornecer dados adicionais ao profissional de sade.

    Eu desenvolvi para mim uma tabela em excel, que possibilita a gerao de grficos, mostrando a evoluo cronolgica e qualitativa do diabetes. Um segundo grfico, mostra a evoluo da presso arterial. Esses grficos e tabelas se encontram no anexo desse livro como exemplo, porm fica a critrio de cada um desenvolver o seu prprio acompanhamento.

    Quando se escolha um glicosmetro, h uma infinidade de aparelhos no mercado. No posso dar preferncia a nenhum em especfico. A maioria atende bem as necessidades e est dentro das especificaes legais. Como essas permitem, em muitos pases, uma margem de erro para mais ou para menos de at 15%, fica apenas a dica que necessrio se informar bem quanto a isso e escolher um aparelho que tenha a menor margem de erro possvel. No meu caso fao uso, como mencionado, do aparelho 4207 da marca Easy-Chek disponvel pelo site alemo www.easy2check.de. Esse aparelho em especfico apresenta uma margem de erro de apenas 2% para mais ou para menos. Alm disso importante no apenas verificar o custo e a qualidade do aparelho em si, mas tambm os custos dos insumos como tiras e lancetas. Ao longo do tempo, esses apresentam o maior custo.

    Um timo autocontrole implica em pelo menos uma medio diria e essa em jejum de no mnimo 8 horas. Melhor so duas medies dirias, uma em jejum e a outra ps-prandial, ou seja 2 horas aps a ingerncia de alimentos, preferencialmente depois do almoo. Depois de um certo tempo, menos medies, talvez uma ou duas vezes por semana, podem ser suficientes; em outros casos mais graves at quatro medies dirias se fazem necessrias.

    Experincias na prtica mostram que a lanceta deve ser trocada pelo menos depois do terceiro uso; de outra forma os resultados tendem a ser falsos. Economizar quanto a isso, portanto, no vale a pena. Percebi diferenas para mais de at 15%. Outra coisa de suma importncia que as mos e especialmente as pontas dos dedos, caso se escolhe esse ponto para tirar a

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  • amostra de sangue, sejam bem limpas, de preferncia recm lavadas e limpas com lcool. Esse deve secar bem e logo em seguida faa o teste. Notei diferenas nos valores de at 40% entre mos limpas e mos sem lavar.

    Somente um rigoroso autocontrole permite a adequao dos hbitos alimentares e do estilo de vida, porque mostra a influncia de certos comportamentos no nvel da glicemia.

    Uma vez estabelecido o diagnstico diabetes mellitus, se coloca a pergunta: Como posso e devo me tratar? Quem devo procurar?

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  • 28

  • 05 Os tratamentos tradicionalmente aceitos pela medicina

    Quando falamos em tratamento da patologia diabetes como tambm de outras doenas crnico-degenerativas civilizatrias , podemos pensar em vrias reas. Podemos aplicar medidas dietticas, medicamentosas e at mesmo fsicas ou um conjunto dessas. Visto que existem inmeras obras que tratam dessa matria, vou apenas mencionar de maneira breve os principais tipos de tratamentos, j que o objetivo principal desse livro mostrar uma abordagem diferente das razes causadoras do diabetes e caminhos alternativos consoantes com as mesmas em seu tratamento.

    Medidas dietticos

    As recomendaes de uma dieta adequada para os diabticos so diversas algumas delas vo na direo certa de preveno e at cura, porm outras ainda seguem uma linha de pensamento que diminui certos riscos de complicaes posteriores, mas no elimina e trata o problema em si. De maneira alguma suficiente tratar os sintomas, mas o seu objetivo deve ser tratar a origem da complicao. Nesses casos como em tantos outros relativos sade bom confiar nos mdicos, contudo melhor ter um amplo conhecimento de sua enfermidade, para poder avaliar inclusive as aes sugeridas pelo profissional de sade. Muitos deles no gostam dessa sugesto, querendo passar a ideia de que somente eles so aptos para tratar de seus problemas, j que estudaram para isso. Contudo, quando voc constri a sua casa, voc se informa dos materiais e mtodos usados nos diversos estgios da construo para avaliar os profissionais e desenvolver o projeto em conjunto com eles. Quanto mais isso se aplica a sua sade! O profissional que foge de suas perguntas ou as responde insatisfatoriamente no merece sua confiana.

    Uma recomendao ainda bastante comum diminuir a ingerncia de carboidratos a favor de uma dieta mais rica em protenas. Alguns alimentos so recomendados com restries como as carnes. dito ser prefervel ingerir carnes mais magras ou grelhadas ou cozidas com pouca gordura.

    Tambm faz parte das recomendaes dietticas o consumo de leite e derivados nas suas verses light ou desnatadas.

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  • Algumas recomendaes que vo na direo certa de uma dieta com capacidade de cura so as de comer mais verduras, legumes, leguminosas e frutas preferencialmente em seu estado natural sem processamentos.

    Uma outra recomendao diminuir a quantidade de alimentos ingerida a favor de mais refeies menores durante o dia.

    Principalmente a recomendao de diminuir os carboidratos e as gorduras e aumentar as protenas a principal razo para que o diabetes siga seu curso e no seja curado. essa a recomendao que o principal aliado dos que tm at um interesse econmico nessa patologia. Em um captulo posterior vou tentar esclarecer a razo disso e por que a dieta deveria ser diferente, principalmente nesse ponto.

    Tambm a recomendao de cozinhar os alimentos desconsidera pontos importantes e ajuda a destruir partes importantes dos alimentos e em alguns casos at produz substncias nocivas a sade.

    Um dos erros piores, ao meu ver, que com esse tipo de dieta sugerido s pessoas que existe uma dieta do diabtico em especial, outra do hipertenso etc., e que as pessoas aparentemente saudveis pensam que sua dieta a normal e precisa ser modificada somente em caso de doena como parte do tratamento, assim como se toma um remdio. O problema que o diabtico precisa tomar esse remdio durante toda a vida e pior: Muitas das vezes essa dieta que o leva ao uso de remdios e at insulina, sem que ele saiba que essa a razo. Isso sob hiptese alguma quer dizer que a dieta considerada normal seja saudvel e evite doenas. Toda uma indstria que depende das doenas para sobreviver prova viva de que isso no assim. Contudo, concluir que a sugerida dieta especial do diabtico seja a melhor no seu caso e a mais saudvel para ele, tampouco veraz.

    Como dito, a melhor abordagem desse assunto aquela que sugere comer mais verduras, legumes, leguminosas e frutas preferencialmente em seu estado natural sem processamentos. Contudo, muitas vezes no se fala da importncia de uma mudana radical de hbitos alimentares e assim ainda restam hbitos suficientes, permitindo que o quadro no melhor dos casos melhore, mas que ainda assim seja necessrio o uso de medicamentos ou de insulina. No decorrer desse livro, voc vai conhecer uma forma de alimentao que de fato lhe devolve a base para o restabelecimento de sua sade.

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  • Medidas fsicas

    A atividade fsica sugerida como fundamental no tratamento de diabetes devido ao fato de que o corpo precisa de mais energia e assim queima calorias desnecessrias. Tambm se alega que a atividade previne conseqncias posteriores e complicaes em decorrncia do diabetes como hipertenso, doenas cardacas, osteoporose, colesterol elevado, obesidade etc. E de fato, isso assim, mas no somente para o diabtico. O corpo humano feito para estar em movimento algo hoje em dia muitas vezes esquecido e at quase que impossibilitado pelas atividades profissionais cada vez mais sedentrias.

    Medidas medicamentosas e cirrgicas

    O medicamento provavelmente mais conhecido a insulina. Existem vrias formas desde a insulina normal, a insulina de ao rpida at a insulina de ao prolongada. Principalmente para pacientes de DM1 basicamente indispensvel, j que eles tm falta de insulina prpria. Contudo, tambm alguns pacientes DM2 podem chegar ao uso da insulina ao longo do tempo, quando alcanam o ponto em que as clulas b param de produzir insulina devido exausto. Segundo a medicina, esse tratamento com insulina indispensvel durante toda a vida e no h cura. Para aplacar um pouco esse diagnstico, lhe dizem que ainda assim possvel manter uma boa qualidade de vida. Contudo, o pergunto: Uma vida com uso de medicamentos constantes tem uma qualidade to boa quanto quela sem esse uso dirio?

    No mais h uma lista enorme de medicamentos diversos principalmente para o tratamento de DM2. Compreendem drogas que diminuem a resistncia insulina, drogas que estimulam as clulas b a produzir mais insulina, medicamentos que reciclam o fornecimento de insulina aumentando a eficcia da mesma, drogas redutoras da taxa de absoro de glicose bem como medicamentos que controlam o apetite e assim diminuem os picos de glicose aps as refeies, e drogas que reduzem a produo de glicose no fgado.

    Isso tudo soa muito bem, mas ao mesmo tempo admitido que essas drogas em alguns casos tm efeitos colaterais como mal-estar e que os pacientes com muita probabilidade devem tomar esses medicamentos pelo restante de sua vida. Com isso admitido e afirmado que o diabetes no tem cura, somente tratamento preventivo de complicaes posteriores. Principalmente os medicamentos como as sulfonilurias, estimulantes das clulas b, levam,

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  • devido a seu uso durante anos, exausto dessas mesmas clulas e conseqentemente insulino-dependncia, ou seja a doena no curada, mas sim piora com o tempo.

    Medicamentos podem ser interessantes em um dado momento, se ao mesmo tempo conseguimos aplicar uma terapia que de fato leva em direo cura da patologia diabetes e assim possibilita diminuir a quantidade das drogas ou at mesmo suspend-las. esse o caminho que precisamos buscar e que em muitos casos no nos mostrado pelo profissional que nos acompanha ou porque ele mesmo no o conhece, ou, se o conhece, porque perderia um cliente seguro.

    Medidas cirrgicas

    Em alguns casos, principalmente de obesidade, o mdico recomenda uma cirurgia para diminuio de estmago (cirurgia baritrica) ou uma gastroplastia vertical com bandagem ou algo semelhante.

    Inicialmente esses procedimentos vo lhe dar um resultado positivo, contudo a mdio e longo prazo no vo resolver seu problema. No incio, os seus valores glicmicos at podem se normalizar e voc pode at ficar livre da insulina. Contudo, relativamente rpido voc vai notar outra vez valores elevados no tanto como antes da cirurgia, mas com a tendncia constante e certa de aumentarem outra vez.

    Assim, o crculo se fecha e tudo comea do zero. Qual a razo para isso? Muito simples: Todos esses procedimentos tratam um sintoma secundrio, da obesidade, e no a raiz do problema. E pior uma vez feita a cirurgia, no pode repeti-la ad infinitum quando o seu problema voltar a aparecer.

    Voc pode at tentar resolver seu problema de obesidade dessa forma, mas ainda assim voc deve tratar a origem do diabetes. No existe outro caminho para uma melhora duradoura ou at mesmo para a cura defintiva.

    Quando voc busca informaes sobre diabetes, voc tem a impresso que pelo menos alguns mdicos sabem muito bem o caminho cura, mas no o mostram claramente. Ressalvas como mas no se deve esquecer que hbitos alimentares saudveis devem acompanhar o tratamento com medicamentos e semelhantes so indcios disso.

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  • Se isso for assim, ento se coloca a pergunta pelo porqu e a reposta talvez se encontra nas propagandas naturalmente pagas das grandes empresas da indstria farmacutica encontradas freqentemente nos meios de comunicao relevantes referentes patologia diabetes. Basicamente todas as revistas e sites, tambm das sociedades de diabetes, contm esse tipo de promoo de medicamentos, glicosmetros etc.

    Tambm interessante nesse contexto vermos que muitas pessoas confiam tanto em medicamentos como o meio principal em caso de doena, que bem mais difcil uma pessoa diagnosticada diabtica mudar o estilo de vida do que aceitar remdios.

    Repito: Por vezes o uso e medicamentos se faz necessrio como uma medida no caso agudo e o glicosmetro um aparelho imprescindvel para o autocontrole. Contudo, o seu objetivo deve ser a cura e no a manuteno de sua doena.

    A Sociedade Alem de Diabetes at desenvolveu um plano de 4 passos, tambm seguidos em outros lugares do mundo. O passo 1 consiste em diminuir o peso do paciente com o objetivo de baixar o valor HbA1C < 7%. Se depois de 3 meses no conseguir isso, o passo 2 entra em vigor. Esse passo j compreende medicamentos diversos, entre esses a opo das sufunilurias ou at mesmo da insulina. Se aps mais 3 meses, o valor HbA1C no estiver < 7%, o passo 3 prescreve um segundo medicamento. O passo 4, entrando em vigor 3 meses mais tarde, caso os < 7% ainda no sejam alcanados, prev um terceiro medicamento, insulina ou como ltimo recurso o uso de uma bomba de insulina. Esses passos tambm so seguidos por terapeutas e mdicos no Brasil.

    O acompanhamento pelo profissional de sade importante, os exames clnicos so importantes, o uso do glicosmetro tambm assim como o uso de medicamentos em alguns casos. Porm isso, e o que quero mostrar nesse livro, apenas metade da verdade. H um outro lado que poderia levar muitos pacientes sade e livr-los dessa doena e conseqentemente tambm de suas complicaes possveis.

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  • 34

  • 06 As possveis complicaes em diabetes mellitus

    Quando falamos em complicaes do diabetes, devemos diferenciar entre complicaes agudas e complicaes crnicas.

    Complicaes agudas

    a) Cetoacidose e coma

    Por causa de erros dietticos (ingerncia demasiada de carboidratos por exemplo), doses erradas de insulina ou infeces, o sangue pode chegar a ser cido demais. Isso leva ao coma. Os valores glicmicos podem chegar a > 1000 mg/dl (> 56 mmol/l). Esse estado a complicao aguda mais perigosa, porque representa risco de vida imediato para o paciente e sem medidas drsticas instantneas leva rapidamente morte. O valor pH do sangue humano deve estar em uma faixa estreita de 7,35 a 7,45. O organismo faz de tudo para manter essa faixa estvel, porque tudo acima ou abaixo dessa faixa estreita significa a sua morte.

    O coma diabtico pode ocorrer tanto em decorrncia de hipoglicemia como de hiperglicemia.

    b) Hipoglicemia

    Essa complicao pode ocorrer em decorrncia de medicamentos ou doses de insulina. Dependendo do grau de hipoglicemia, as conseqncias podem chegar de distrbios leves at inconscincia e coma do paciente (< 20 a 30 mg/dl ou 1 a 1,7 mmol/l). Hipoglicemias graves e repetidas levam a um risco maior de demncia mais tarde. Com uma hipoglicemia grave, o risco de demncia aumenta em 26%, com duas em 80% e com 3 chega a quase 100%.

    A terapia de primeiros-socorros consiste em aumentar rapidamente a glicemia da pessoa, fazendo-a ingerir monossacardeos de absoro rpida como glicose lquida ou ainda deve se aplicar uma injeo de glucagon. Nos casos hipoglicmicos, o hlito da pessoa pode ter cheiro de acetona, que por vezes interpretado como lcool por pessoas que no conhecem os sintomas. Isso tambm se aplica a sintomas como tontura ou distrbios da fala.

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  • Complicaes crnicas

    a) Formao de anticorpos contra insulina e clulas de ilhotas de Langerhans

    Uma boa parte dos diabticos DM1, depois de certo tempo de tratamento com insulina, desenvolve reaes defensivas do organismo. Nos casos de DM2, reaes alrgicas contra insulina at estado de choque so mais freqentes, embora os nmeros de casos diminuram com o uso de insulina altamente purificada.

    b) Hipertenso arterial, infarto agudo do miocrdio, trombose e embolia

    A hipertenso e outras patologias cardiovasculares correspondem maioria das complicaes crnicas atribudas ao diabetes mellitus. Por vezes, a pessoa somente descobre a existncia do diabetes devido a alguma complicao dessa natureza. Hoje, essas doenas so responsveis pela maioria das mortes (por volta de 50%, e entre os mdicos interessantemente por volta de 60%). So 9 os principais passos que levam s diversas complicaes:

    1 Os capilares sanguneos formam paredes (a membrana basal) cada vez mais grossas. Os demais vasos sanguneos seguem depois.2 Conseqentemente, o dimetro interno dos vasos sanguneos diminui.3 A viscosidade do sangue aumenta, ou seja se torna mais espesso.4 Esses fatores cooperam para aumentar o arrasto. Para compensar isso, o organismo deve necessariamente aumentar a presso para garantir a mesma quantidade no fluxo de sangue.5 As paredes internas dos vasos se deformam e produtos residuais do metabolismo so depositados ali ao invs de eliminados.6 A tendncia do sangue para coagular tambm aumenta.7 Especialmente em lugares agora mais speros das paredes dos vasos sanguneos existe o perigo da formao de trombos devido coagulao elevada.8 Se o engrossamento das paredes dos vasos sanguneos continua, os capilares e tambm os vasos maiores podem ser obstrudos.9 Os resultados finais disso podem ser: infarto agudo do miocrdio, infarto cerebral, necrose de tecidos (exemplo: gangrena diabtica), disfuno de rgos ou partes de rgos.

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  • c) Retinopatia diabtica

    Por volta de 17% dos diabticos desenvolvem retinopatia, ou seja perdem em ltima instncia a viso. Isso significa que a maior causa de casos novos de cegueira diabetes mellitus.

    Os capilares sanguneas no fundo do olho, na retina, se tornam estreitos, afunilando-se. Dessa forma, o fluxo sanguneo diminudo e o congestionamento de sangue pode levar a aneurismas (dilataes de artrias ou veias). Parcialmente, essas se rompem e resultam em hemorragias. O paciente percebe isso como se visse por meio de um vu. Em decorrncia disso, o sistema capilar da retina deteriora e o organismo tenta compensar isso por meio de novos capilares, que por sua vez tendem a crescer para dentro do humor vtrio. Assim sangue se derrama para dentro do globo ocular. Da mesma forma, tecido conjuntivo cresce para dentro do globo ocular devido a um excesso de protenas no corpo e leva degenerao do olho. Em ltima instncia, a cegueira parcial ou total o resultado final desse processo.

    Em parte, a razo pode ser a catarata, tambm desenvolvido com mais freqncia em pessoas portadoras de diabetes. Essa pode ser tambm conseqncia de aterosclerose.

    d) Gangrena diabtica (p diabtico) e amputaes decorrentes

    Os passos 1 a 9 descritos sob a letra b), em especial as modificaes nos vasos sanguneos, acorrem freqentemente nos membros inferiores. A circulao sangunea cada vez mais dificultada e por fim ocorrem obstrues plenas nos vasos capilares e at nos vasos sanguneos maiores. Isso pode resultar em necroses de partes menores ou maiores, formando abscessos que segregam constantemente lquidos. Essas leses correm elevado perigo de infeces devido baixa capacidade de defesa tambm dos tecidos vizinhos necrose. Em decorrncia disso, a possibilidade bastante grande que seja adquirida uma spsis (septicemia ou sepse). Isso se deve ao fato de que decorrente do gangrena h problemas neurolgicas e o paciente no sente a leso at comear a exalar mau cheiro.

    Em muitos casos, a amputao no pode ser evitada. No Brasil, em 2009, 55.000 amputaes foram registradas em decorrncia de diabetes mellitus. Esse total representa 70% de todas as amputaes.

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  • e) Insuficincia renal, nefropatia e falncia renal

    A funo renal depende, principalmente, de dois fatores: 1) presso arterial regular e 2) permeabilidade normal dos vasos capilares e membranas filtrantes dos rins.

    Ambas as funes, devido s modificaes vasculares descritos, sofrem transtornos na existncia de diabetes. O nvel de cido rico no sangue aumenta e se constitui em outro fator que por sua vez contribui novamente para o aumento da presso sangunea. Assim temos um crculo vicioso que, se no interrompido, leva a perca total da funo renal e a hemodilise.

    f) Periodontite

    Existe um risco elevado de perder os dentes em decorrncia de periodontite. Tambm isso tem a sua razo principal nos distrbios circulatrios sanguneos descritos. A circulao insuficiente e o nvel elevado de cidos no sangue levam degradao da massa ssea. Sangramentos pequenos na base dentria so o ambiente ideal para bactrias. A conseqncia mau hlito e inflamaes do periodonto. As bactrias mortas formam a matriz para o acmulo de minerais e formam o trtaro. Por fim, os dentes ficam soltos e caiem.

    g) Outras complicaes

    H muitas outras complicaes devido ao diabetes mellitus. Mencionamos apenas a degenerao ssea, cirrose heptica, degenerao neurolgica, perca do sentido de sensao, potncia masculina diminuta ou perdida etc.

    De forma geral, portanto, so patologias graves que acometem todo o organismo de uma ou de outra maneira e que em muitos dos casos podem, em ltima instncia, colocar em risco a vida do diabtico. A maioria dessas doenas tm ou a mesma causa verdadeira o diabetes ou so at mesmo causadas pelo tratamento principal alimentar errneo do diabetes.

    Por isso o objetivo de toda a busca cientfica e tambm dos mdicos em especial deveria ser, encontrar a verdadeira causa do diabetes e trat-lo na raiz. Existem alguns passos corretos nessa direo, porm na maioria dos casos o tratamento se limita s sintomas e infelizmente em muitos casos

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  • agrava lentamente o quadro. O paciente no curado, mas sim mantido vivo, contudo doente, e assim fica vitalcio dependente do sistema de sade (ou seria antes um sistema de enfermidade?), proporcionando lucros s empresas da indstria farmacutica e dando sustento a um verdadeiro exrcito de profissionais de sade.

    Novamente se coloca a pergunta: No tempo de voc tomar responsabilidade prpria e procurar uma sada dessa situao? Um profissional bem intencionado e bem instrudo com uma viso integral de todas as reas envolvidas pode ser de boa ajuda.

    Um provrbio sueco diz: Sade um presente que voc deve dar a si mesmo. Qual seria o caminho correto? Lutar contra as doenas com meios destruidoras na esperana que no final a sade sobra, ou sustentar e melhorar a sade e fornecer os pr-requisitos ideais para ela? O dentista alemo Dr Johann Georg Schnitzer escreve em seu livro O caminho alternativo sade (Der alternative Weg zur Gesundheit), comentando a luta contra as doenas com todos os meios que a medicina moderna tem: Na realidade, muitas vezes nem mesmo o paciente sobra, porque no sobreviveu luta herica contra a sua doena. E um provrbio chins diz: Tomar um medicamento quando estiver doente, como cavar um poo quando estiver com sede.

    Quando so feitas certas crticas, ento isso nunca se dirige a quadros agudos de doenas, a acidentes etc. onde o mdico tem os seus mtodos muito bem aplicveis e que tambm tm sucesso. Quando h crticas, ento essas se referem a quadros patolgicos crnicos, onde o tratamento moderno apenas trata dos sintomas sem se ocupar o suficiente com a verdadeira causa da doena. So justamente essas doenas que fornecem bilhes de dlares de lucro a cada ano s empresas farmacuticas, custam bilhes de dlares ao sistema pblico de sade no mundo inteiro e so justamente elas as patologias que poderiam ser definitivamente solucionadas ou pelo menos melhoradas, em sua grande maioria por meio de medidas simples e econmicas.

    Nos prximos captulos vamos nos ocupar com a questo o que sade, o que doena, quais so as verdadeiras causas do diabetes mellitus e de outras doenas crnicas e o que voc pode fazer para tratar as mesmas, muitas vezes curando-as por completo.

    Citamos uma vez mais o Dr. J. G. Schnitzer: A medicina moderna cuida de suas doenas; ela vive delas. De sua sade voc mesmo deve cuidar; voc

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  • quem vive dela! (Das volle Leben A Vida Plena, pg 127, www.dr-schnitzer.de/dvl001.htm).

    Por isso: D uma chance sua sade! Pergunta: O que , afinal das contas, essa sade?

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  • 07 Consideraes Crticas

    Doena e sade

    Quando falamos em doena e sade, j nos deparamos com o primeiro obstculo logo de incio. Interessantemente, quanto a um assunto to essencial e de interesse de todo o ser humano, no encontramos uma definio satisfatria de nenhum dos dois termos. Isso tanto mais considervel, quanto mais sabemos que a medicina moderna pesquisa as doenas e enfermidades, buscando caminhos para combate-las.

    Por outro lado, somente quando sabemos o que vem a ser sade, podemos tomar medidas que levam na direo certa. Precisamos saber o nosso objetivo. Aparentemente, a medicina, na prtica, entende por sade a ausncia de alteraes em exames clnicos e laboratoriais. Diga-se apenas de passagem que ela classifica a ausncia de alteraes desse tipo como resultado negativo um paradoxo; ou o fato de algum ter sade realmente seria um resultado negativo para ela?

    As instituies oficiais no fornecem nenhuma definio do termo sade, contudo remetem para a definio dada pela Organizao Mundial de Sade (OMS) de 1948: Sade um estado de completo bem-estar fsico, mental e social, e no apenas a ausncia de doenas. O Escritrio Regional Europeu modificou essa definio para: medida em que um indivduo ou grupo capaz, por um lado, de realizar aspiraes e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente. A sade , portanto, vista como um recurso para a vida diria, no o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades fsicas, um conceito positivo. Uma das razes para a reformulao foi, que, entrementes, a maioria dos europeus, segundo a definio de 1948, tinha que ser considerada doente.

    Talvez poderia-se dizer que a definio originalmente dada pela OMS em 1948 a que mais se aproxima da verdade, admitindo ou sugerindo que a ausncia de doena no define a sade plena. Poderamos acrescentar que o estado de sade caracterizado pelo equilbrio pleno, pelo estado estacionrio em todos os nveis, sejam eles fsicos, mentais ou sociais. Na verdade, a abrangncia de sade to vasta quanto a da doena. O mdico Dr. H. H. Reckeweg, embora possa ser criticado em vrios pontos, classificou as reas da doena e da sade em 6 fases ou estgios.

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  • Figura 2 As etapas de doena e sade

    doenadoena resultadoresultado negativonegativo sadesade

    -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6

    O estado classificado pela medicina como ausncia de doena, ou seja sade, aquele estado de resultados negativos em exames, seria ento o ponto zero. A rea de doenas pode ser classificado de -1 a -6 e a rea da sade, respectivamente, como +1 a +6. E essa vasta rea que pouco conhecemos. Quando deixamos a rea de doenas e chegamos ao ponto zero, na verdade ainda estamos muito debilitados e qualquer sobrecarga nos coloca de volta em direo doena, enquanto que aquele que se encontra em estados avanados de sade corre menos risco de adoentar caso seja exposto a sobrecargas. Termos do linguajar do dia-a-dia mostram que o ser humano tem conscincia disso, quando fala em sade frgil, boa sade, tima sade, sade forte etc. Essas expresses por si sugerem uma classificao diferenciada, ou seja vrias etapas de sade a serem alcanadas.

    Frente a essas explicaes precisamos definir os fatores que nos permitem termos mais sade. Esses fatores podem ser variados e na presena de vrios o seu direcionamento individual e por fim sua soma ou at produto definem se obtivermos mais ou menos sade ou mais ou menos doena.

    Por exemplo, alimentao incorreta mais tratamento retxico levam com velocidade elevada para dentro da zona de doena. Alimentao correta mais tratamentos retxico leva no mximo ao ponto zero; em muitos casos apenas possibilita chegarmos a fases mais leves de doena. J a alimentao correta mais tratamento biolgico leva com velocidade elevado para fases inferiores de doena e depois para fases superiores de sade, ou seja fortalecem a sade significativamente.

    O fator mais forte a alimentao. Se houver falhas nesse mbito, h uma constante inclinao em direo a doena. As medidas teraputicas tomadas no podem levar sade, porque a ausncia da terapia deixa entrar em vigor imediatamente o fator alimentao falha com a sua tendncia para a doena.

    O contrrio tambm se aplica da mesma forma. A alimentao correta produz uma constante inclinao para uma sade melhor e mais estvel e muitas

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  • vezes apenas a mudana de hbitos alimentares, sem o emprego de tratamento qualquer, levam a sair dos estados de doena em direo sade. As medidas de tratamento biolgico apenas reforam a tendncia positiva. Portanto:

    Se entendermos o que causa a doena, ento podemos preservar de forma melhor a sade. Em seu caso especfico: Se voc entender as verdadeiras causas da diabetes e no se contenta em apenas tratar os sintomas, ento voc tem a chave para uma melhora significativa de seu quadro.

    Essa vasta rea da sade a da salutogenia ainda , em boa parte, terra incognita e oferece um amplo espectro aberto para as pesquisas cientficas e para os profissionais de sade em geral. As consideraes seguintes apresentam uma ajuda nessa direo.

    provvel que voc no vai ter uma leitura gostosa nas prximas pginas muita informao parcialmente cientfica , mas quero encoraja-lo a continuar a leitura mesmo assim, para que adquira uma compreenso mais completa da complexidade de sua sade.

    As verdadeiras causas do diabetes DM1 e DM2

    A O tecido conjuntivo e sua funo essencial

    Por diversas vezes mencionei o termo estado estacionrio e ele foi apontado como a pea chave para a sade. Devemos ressaltar uma vez mais que no estamos falando em doenas agudas, ainda que at mesmo essas sejam e possam ser influenciadas positivamente reforando a sade geral. Estamos falando principalmente nas patologias crnicas muitas vezes e com boa razo atribudas nossa civilizao. No quero discutir aqui se essa de fato uma civilizao superior. um assunto um tanto polmico e controverso, porque embora em algumas reas com certeza seja assim, quanto sade parece que nem tanto. Por qu? Ao invs de termos mais sade, em suma temos menos, ainda que reconheamos plenamente os avanos da medicina em geral, principalmente em casos agudos e nas reas cirrgicas e outras.

    O termo estado estacionrio (em ingls steady state) descreve um sistema em que por um lado substncias entram continuamente, enquanto, por outro lado, substncias saem em igual quantidade, produzindo assim um equilbrio relativo um equilbrio dinmico. Isso naturalmente requer que seja um sistema aberto, e que a sua tendncia seja voltar ao estado estacionrio

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  • quando houverem distrbios (a mais ou a menos de certas substncias ou na entrada = alimentao, ou na sada = eliminao). Por outras palavras: anabolismo e catabolismo esto em equilbrio. Isso tambm chamamos de homeostase ou homeostasia. Se durante um espao de tempo, mais longo ou mais curto, esse estado sofre distrbios, ento isso leva doena em seres vivos e finalmente morte precoce. Entendo por esse termo a morte que no causada por envelhecimento natural.

    A homeostase pode ser observada nas diversas partes do ser humano, visto que existe uma ligao ntima entre o corpo, o esprito e a alma.

    Figura 3 A interdependncia de corpo, alma e esprito na homeostase

    Um distrbio em qualquer uma dessas partes, influencia tambm as demais. No centro delas est o esprito (a mente / o entendimento) e se esse se encontrar em equilbrio, capaz de influenciar positivamente as demais, pois permite em ltima instncia as emoes e tambm determina de como tratamos o corpo fsico, por exemplo no que diz respeito alimentao.

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  • Contudo, por outro lado, o fsico e o psicolgico so igualmente importantes. Para que todos os sistemas individuais funcionem em harmonia entre si, a alimentao de suma importncia. Por qu? Porque todos os processos responsveis pela manuteno dessa rede de informao entre os sistemas individuais equilbrio cido-basal, equilbrio mineral, metabolismo, sistema regulador trmico, equilbrio hormonal, suprimento de oxignio, suprimento de gua, equilbrio energtico, sistema imunolgico, sistema linftico, sistema digestivo, respirao, sistema circulatrio, excreo, sistema nervoso, emoes etc. acontecem no tecido conjuntivo por meio de dois processos principais:

    1) A troca de todas as informaes (nervos, energia, emoes) e a troca de todas as substncias (nutrientes, oxignio, toxinas etc.) entre os sistemas individuais para as clulas e das clulas acontece no tecido conjuntivo.

    2) A regulao de todos os processos biolgicos incluindo a regulao dos processos de autocura acontecem igualmente no tecido conjuntivo.

    Figura 4 A importncia do tecido conjuntivo para a homeostase

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  • Assim somos capazes de compreender esses fatos com o nosso esprito e tomar medidas corretas para influenciar esses processos fisiolgicos que por sua vez influenciam reciprocamente o esprito e a alma no que diz respeito s emoes. Temos que reconhecer que realmente sabemos muito pouco sobre tudo o que acontece nessas trs esferas. Esse pouco, porm, nos permite corrigir falhas muito comuns no moderno estilo de vida e assim evitar ou amenizar muitas doenas crnicas. Fica claro, que o estado de nosso tecido conjuntivo de suma importncia para mantermos um equilbrio, para termos o estado estacionrio ou homeostase. Alguns chamam o tecido conjuntivo de tecido madre ou matriz, porque dele procedem, no desenvolvimento embrionrio, todos os tecidos sseos, sanguneos, linfticos, orgnicos etc.

    B O tecido conjuntivo e as demais clulas

    O tecido conjuntivo, composto de clulas mveis do sistema imunolgico (mastcitos, granulcitos, linfcitos, plasmcitos, macrfagos), de clulas fixas (fibroblastos, fibrcitos, histicitos), proteoglicanos e da substncia base um lquido homogneo coloidal, cujo estado influenciado principalmente pelo equilbrio cido-basal, e tambm chamado de lquido extracelular , envolve todas as demais clulas. Vasos capilares, vasos linfticos e nervos todos eles terminam no tecido conjuntivo e no tm contato direto algum com as clulas orgnicas. Isso significa que todas as substncias destinadas a essas clulas e todas as substncias provenientes de l devem atravessar o tecido conjuntivo.

    Voc se lembra que a insulina est na corrente sangunea e de l deve transportar a glicose s clulas? Por onde deve viajar? Pelo tecido conjuntivo! A importncia dessa afirmao voc vai ver muito em breve ou at j descobriu baseado na leitura at aqui.

    Essas funes so simbolizadas de forma simplificada na figura 5.

    O tecido conjuntivo tambm tem funo de filtro e retm at certo grau substncias nocivas s clulas, eliminando-as ou pelo sistema sanguneo ou pelo sistema linftico. Alm disso, substncias em excesso so temporariamente armazenados. O tecido adiposo ou gordo (o armazenamento de gordura) tambm faz parte do tecido conjuntivo.

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  • Figura 5 O tecido conjuntivo e suas principais funes

    O tecido conjuntivo tambm tem funo de filtro e retm at certo grau substncias nocivas s clulas, eliminando-as ou pelo sistema sanguneo ou pelo sistema linftico. Alm disso, substncias em excesso so temporariamente armazenados. O tecido adiposo ou gordo (o armazenamento de gordura) tambm faz parte do tecido conjuntivo.

    Portanto, o tecido conjuntivo a via principal de trnsito entre as clulas. Se esta via for de boa qualidade e livre, o transporte funciona bem; do contrrio, o transporte funciona mal. Alm disso, a qualidade do tecido conjuntivo e principalmente do lquido extracelular determinam a qualidade das clulas dos rgos, mas tambm a qualidade do sangue, das informaes nervosas e do sistema imunolgico.

    Em outras palavras: A qualidade do tecido conjuntivo determina a qualidade da vida. E a qualidade do tecido conjuntivo predominantemente determinado pela alimentao e estilo de vida. O portador do prmio Nobel, Dr. Alxis Carrel, comprovou que clulas vivas continuam funcionando, at

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  • mesmo fora de seu habitat natural, desde que se encontram no ambiente nutritivo correto e livre de substncias txicas.

    E se essa via estiver obstruda, for de m qualidade por onde a insulina com a molculas de glicose vai passar?

    Ainda que a importncia do sangue e os valores referenciais de substncias medidas no sangue so de muita importncia, os valores respectivos do tecido conjuntivo deveriam ganhar mais importncia do que atualmente tm nos diagnsticos. Afinal ali onde muitos dos processos metablicos acontecem e por onde muitos produtos tanto de anabolismo como de catabolismo devem passar. As substncias mudam de lugar desde a boca at ao interior de todas as clulas e delas at os rgos eliminatrios e de composio (por exemplo: um pedao de po chega s clulas em forma de vitaminas, glicgeno, cidos graxos, minerais, enzimas etc. e voltam das clulas em forma de dixido de carbono, escrias, toxinas, cidos que so preparados para eliminao). Os processos metablicos podem ser sustentados apenas por meio de aduo de energia, ou seja por meio de alimentao. Esses processos podem ser sustentados de maneira tima somente quando introduzimos substncias provenientes de alimentos vivos. Somente esses contm o mximo de energia.

    Um outro aspecto interessante a eliminao de clulas mortas. A cada segundo, em torno de 10 milhes (!) de clulas so catabolizadas e substitudas por clulas novas. Essas clulas mortas tambm devem ser eliminadas. Caso o tecido conjuntivo esteja comprometido ou sobrecarregado, as vias de transporte se encontram obstrudas e essas clulas mortas tambm so armazenadas ali. O desenvolvimento de novas clulas prejudicado e doenas crnicas so quase que inevitveis.

    Nesses processos, os sistemas sanguneos e linfticos tm sua importncia especial. As substncias menores so transportadas pelo sistema sanguneo, as maiores (principalmente no que diz respeito eliminao) pelo sistema linftico.

    O objetivo nosso deveria, portanto, ser manter o anabolismo o quanto possvel em um nvel alto. Na juventude o anabolismo naturalmente maior que o catabolismo. Na velhice, a relao se inverte. O ponto onde ambos so de igual intensidade marca o limite entre juventude e velhice. Por causa da alimentao moderna de m qualidade, a maioria das pessoas alcana esse ponto j bastante cedo, entre 40 e 50 anos de idade. Com as medidas corretas,

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  • esse ponto pode ser adiado para a idade de mais ou menos 70 anos. Com outras palavras: Uma boa parte do potencial de nossas vidas no utilizamos corretamente e no aproveitamos, simplesmente porque no cuidamos de forma correta (i.e. alimentao de boa qualidade) do sistema bsico regulador. Se o fizermos, a expectativa natural de vida aumenta e a qualidade de vida principalmente na idade mais avanada aumenta de igual forma. Muitas vezes ouvimos que a expectativa de vida vem aumentando cada vez mais nos pases desenvolvidos. Olhando somente para a idade em que a mdia das pessoas morre, isso verdade, contudo uma expectativa de vida aumentada com na maioria dos casos m qualidade. E justamente isso que poderia ser diferente. E o melhor: Para isso no so precisos remdios caros, mas medidas bem simples, que, se colocadas em prtica, economizariam bilhes de dlares na rea da sade (ou seria antes de doena?).

    J sabemos que a glicose deve ser transportada com a ajuda da insulina da corrente sangunea at as clulas dos diversos rgos. Portanto, a insulina e a glicose devem atravessar o lquido extracelular. O que acontece quando essa via de passagem obstruda com produtos que deveriam ter sido eliminados, mas no o foram por haver abundncia deles de tal forma que os sistemas reguladores no do conta da quantidade de lixo? A resposta agora bvia: A insulina e a glicose no chegam ao seu destino e permanecem na corrente sangunea.

    Ainda que o pncreas, mais especificamente as ilhotas de Langerhans e as clulas b, produzam insulina suficiente, se o caminho estiver obstrudo, a glicose no tem como chegar ao destino e necessariamente permanece na corrente sangunea. Se aumentarmos artificialmente a quantidade de insulina, apenas conseguimos um percentual maior de molculas que chegam ao destino.

    O resultado que por um lado o pncreas vai produzir menos insulina, porque recebe a informao que h insulina suficiente, e por outro lado, por um tempo, recebemos valores normais de glicose na corrente sangunea. A longo prazo, devido a uma reduo da produo de insulina, devemos injetar cada vez mais insulina artificialmente. Por no desobstruirmos a via de passagem no lquido extracelular, a situao de obstruo fica cada vez mais sria. Logo outros depsito so necessrios como as paredes internas dos vasos sanguneos, clulas gordas em excesso e assim por diante. bvio que isso resulta em vrias complicaes cada vez mais graves at o colapso dos sistemas reguladores, que chamamos de morte.

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  • Portanto, na grande maioria dos casos de diabetes, a verdadeira razo pela patologia e sua piora ao longo dos anos est na qualidade do tecido conjuntivo.

    Para tratarmos a doena e no somente os sintomas, devemos tomar medidas para melhorar essa situao e a qualidade do tecido conjuntivo. Feito isso, os processos podem continuar de forma natural e a doena curada. E a doena em sua raiz no se trata ento de somente o desaparecimento dos sintomas. No caso do diabetes: Alcanamos a significativa melhora e provavelmente a ausncia do diabetes e no somente valores sanguneos normais debaixo de constante tratamento. Dependendo do grau do diabetes, possvel inverter totalmente o processo ou pelo menos chegar a uma significativa melhora e conseqente diminuio de medicamentos ou doses de insulina.

    Um dos fatores mais importantes o equilbrio cido-basal. Temos nele a base e o pr-requisito para a manuteno ou a restaurao da sade.

    C O equilbrio cido-basal

    A figura 4 mostra a importncia e o papel central do tecido conjuntivo. Na realidade, qualquer distrbio em algum dos sistemas interligados por ele, causa um distrbio no tecido conjuntivo que por sua vez reflete nos outros sistemas interligados. Por outro lado, qualquer distrbio no tecido conjuntivo, interfere nos outros sistemas interligados. As conseqncias so uma diminuio da sade ou a doena e quando j doente uma piora.

    Um fator bastante importante o equilbrio cido-basal. Podemos at afirmar, que ele o principal pr-requisito para todos os processos da vida e da manuteno bem como da restaurao da sade/ pelo menos quando contemplamos o lado fsico. Qualquer tentativa de cura sem que seja considerado esse equilbrio, ser sem xito duradouro. um equilbrio influenciado diretamente pela alimentao, pela qualidade da gua potvel, pela ingerncia de medicamentos, por condies ambientais, pelo exerccio fsico etc.

    Para explicar com poucas palavras o que um cido, podemos dizer: Trata-se de um composto qumico orgnico ou inorgnico que envolve o elemento hidrognio, por exemplo cido ctrico (C6H8O7), e que capaz de ceder prtons (cargas positivas, ons H+). Os tomos de hidrognio podem ser

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  • substitudos por um metal e assim formar um sal (reao de metal e cido). O sabor cido. Em contato com papel tornassol apresentam cor vermelha.

    Quando falamos em base ou lcali, ento podemos dizer: Trata-se de um composto qumico que contm um grupo hidroxila (OH-), e que capaz de receber prtons (cargas positivas, ons de H+), por exemplo hidrxido de sdio (NaOH). As bases neutralizam os cidos em rea