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Versos de amor e de saudade (Poesia) Paulo Marcelo Braga Belém-Pará (Janeiro de 1997)

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Versos de amor e de saudade

(Poesia)

Paulo Marcelo Braga

Belém-Pará (Janeiro de 1997)

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“A poesia foi, para mim, uma mulher cruel, em

cujos braços me abandonei sem remissão, sem

sequer pedir perdão a todas as mulheres que, por

ela, abandonei...”. (Vinícius de Moraes).

“O amor não tem que ser uma história com

princípio, meio e fim”. (Fábio Jr.).

Nenhum verso deste mundo

seria capaz de demonstrar

o sentimento tão profundo

que tenho pra te ofertar...

(Paulo Marcelo Braga).

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Belém-Pará (1997)

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Sumário

Dedicatória Esclarecimento

01) Prelúdio 02) Versos de amor e de saudade 03) Poema da saudade 04) Futuro do pretérito 05) Os versos da lua 06) Uma viagem 07) Um segredo 08) Pesadelo 09) Sem dramas 10) Um adeus 11) Uma certeza 12) Uma recordação de amor 13) A musa do artesão 14) Canção sofrida 15) Canção de amor 16) Canção cigana

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17) Rima de amor 18) Juras de amor 19) Carta de amor 20) Promessa de amor 21) A prova da trova 22) Um debate 23) Confissão de amor 24) Proposta de amor 25) O prazer de compor 26) Volta 27) A história do poeta 28) Por ti 29) Às vezes 30) Desconfiança 31) Viagem sem volta 32) Telefonema 33) Será? 34) Missão de amor 35) Hesitação 36) Meu coração 37) Amor ao quadrado 38) Boa temática 39) Diálogo de amor 40) Último aviso

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41) Não dá mais 42) Sem você 43) Cantiga desafinada 44) Sossega 45) Espera por mim 46) Sozinho 47) O verdadeiro amor 48) Reconciliação 49) Perdão 50) Outra opção 51) Lembrando 52) O teu caminho 53) Distante 54) Desilusão 55) Destino 56) Juramento 57) Nossa história de amor 58) O retrospecto de uma interpretação romântica 59) Monólogo sentimental 60) Eu não te esqueço 61) Nosso amor chegou ao fim 62) Sem explicação 63) De corpo e alma

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64) O eco de uma cantada 65) Amores passados 66) Paixão 67) Lágrima 68) Ontem 69) Hoje 70) Sempre 71) Na saudade 72) Amor de verdade 73) Amor de mentira 74) Saudade sem fim 75) Amor fecundo 76) Lembra 77) Só você 78) Minha declaração de amor 79) Num pôr- do- sol 80) Decisão 81) Confirmação 82) Liberdade 83) Conclusão 84) Acabou 85) O último verso 86) A última confissão

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Uma dedicatória

Só quem sofrer a saudade de um amor poderá entender o que, com humildade e sem humilhação, tentei compor... Sem fazer questão de ser um autor perfeito, nem de ser tão bem interpretado, quero dizer que este meu livreto, então, é dedicado:

1º) A quem tem sentido no peito o legado mal compreendido de um amor verdadeiro que proclama e tem sofrido um bocado a infernal dor de um desprezo zombeteiro de alguém que não ama...

2º) A todas as criaturas que amam e não são amadas; porém, declamam suas puras e apaixonadas poesias, nas esperanças de verem realizadas umas porções de fantasias, apesar das lambanças praticadas pelas hipocrisias dos que deixam desprezadas as confissões de amor a eles direcionadas...

3º) Aos casais apaixonados que, decididamente, quebram barreiras e distâncias, fazem planos, mas não se quedam intimidados frente às zoeiras e/ou as implicâncias dos seus tiranos despeitados...

4) A todas as pessoas que acreditam no amor, não deixam de compor um poema apaixonado e nem se queixam de um problema superado...

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Outra dedicatória

Cenas de ternuras (Em memória de minha mãe, Maria de Lourdes Silva

Braga, a “Lourdinha”, que, antes de partir para a Eternidade, revisou e, a sorrir, elogiou os meus Versos de Amor e de Saudade).

“Eu aqui lembrando do teu rosto, vou vivendo de recordações...”.(Kátia).

evi o meu passado, eu viajei numas lembranças amorosas... Vi você ao meu lado e me engajei em esperanças venturosas...

lhei, diretamente, no seu olhar, eu acariciei o seu rosto maternal e tentei, sinceramente, confessar:

superei meu desgosto sentimental... erenamente, você continuou, em paz, a me olhar e, também, disse: -“Atualmente, tudo mudou!

Mas, continuo a amar sem pieguice.”. enho que dizer: as minhas duvidosas reflexões se transformaram em certezas plenas de venturas... Não desdenho do poder das venturosas orações

que materializaram riquezas nas cenas de ternuras... que vi, ao olhar o seu rosto amigo no caminho, não aprendi num tratado de Filosofia... Senti que amar tem o gosto antigo

de um vinho que eu bebi, acompanhado pela Poesia...

R

O

S

T

O

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Esclarecimento Há uma nuvem de lágrima sobre os meus olhos,

dizendo pra mim que você foi embora...”. (Fafá de Belém).

“É só o amor que conhece o que é verdade...”. (Renato Russo).

♥ Este livreto, iniciado em 1995 e concluído em 1997, foi revisado, com afinco, em 2004, além de enaltecido, pela minha “tiete” e mãezinha Lourdes Braga, que lê e “joga confete” nas rudes rimas da minha saga...(∗) Este trabalho querido, a ser publicado, ficou bem escondido e engavetado, até esta data (31/07/2004). Agora, está sendo prefaciado, sem errata. ♥ Quando digitei O último verso, lembrei da catarse de um caso (que, confesso, quase acreditei) de um amigo que fez uma confissão, em verso, numa frase que aproveitei. Ele se viu em perigo e foi

(*) Por ter desencarnado no dia 12/10/2004, menos de três meses após este livro ter sido digitado, minha genitora não viu ser publicado este “ramalhete de rima amadora” que ela havia revisado. A bela revisora previa, de forma incentivadora, que o meu livro haveria de ser elogiado, pela boa norma da crítica educadora e dizia: ”Nenhum verso amor deveria ser criticado!”. (Nota do autor).

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agredido verbalmente, pela ex com a qual havia vivido, apaixonadamente, num abrigo consolador... ♥ Separado, e com frutos gerados, pelo antigo amor, o apaixonado saudoso escreveu uma carta, para a ex-amada, afirmando, num recado carinhoso, que tudo o que tinha feito, fez amando, com toda a sinceridade do peito. ♥ A ex-amada não leu a carta sozinha, pois estava casada, com quem tinha uma curiosidade descontrolada em saber tudo o que com ela se passava... Irritada, a destinatária remeteu uma carta atrevida e, demonstrando ser ingrata, deixou seu ex infeliz da vida... ♥ Sentindo-se ruim, meu amigo procurou por mim, lamentando pelo caso antigo, perguntando se deveria fazer A última confissão... Respondi que não, porque, provavelmente, o citado marido iria ler novamente a correspondência, se sentiria um bocado traído, mesmo sem ter sido, e seria uma repelente inconveniência insistir num tema que causaria problema a muita gente...

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♥ Apesar disso, ele me contou a história e, por não ser omisso, resolvi fazer, em resumo, a oratória da última confissão que reescrevi e vou ver publicada, nesta inglória edição rimada e simplória, sobre amor, saudade, paixão desamor, falsidade, decepção, “etecétera e tal” na vida do ex-casal. Vou tentar fazer isso, bem cabreiro... Afinal, não tenho a menor vontade de querer dar uma de conselheiro sentimental... ♥ Este enredo fictício é, também, real. Quem cedo não sofreu o sacrifício de uma perda, nem de um desdém matrimonial, poderá dizer: “Menos mal, para mim, pois vivo feliz, como convém, enfim, ao lado quem me quer bem!”. Outros dirão: “Melhor ficar distante de quem não quer me amar um só instante!”. Uma porção de gente, ainda, entrará na berlinda e responderá a indagação subseqüente: Será que vale a pena procurar um amor de antigamente e confessar saudade a quem já nos esqueceu totalmente? Na verdade, posso apostar que a supracitada questão é abrangente. Se a falsidade não despistar, cada coração sabe o que sente...

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♥ Abusando do gerúndio, vou antecipando, ao latifúndio, uma opinião não muito abalizada: digo que quem está amando não deve pensar em nada... Deve, simplesmente, amar. Futuramente, caso venha a se decepcionar, poderá viver de boas lembranças, de um jeito bem maduro, tranqüilamente, sem perder as esperanças no futuro do presente, até encontrar quem, lhe ama de verdade, para deixar de sofrer de saudade... ♥ Viver na fissura amorosa pode ser uma realidade odiosa ou uma aventura proveitosa. Se um romance tem a fugacidade de uma prosa fiada, o outro pode vir a ter a nuance da sinceridade vitoriosa esperada para vencer a incredulidade dos fariseus perversos, os quais não duvidam que vão ver, nos meus versos banais de amor e de saudade, um montão de deslizes de um trovador de amenidade... ♥ Concordo, sem desencanto, com que dizem meus “avaliadores intelectuais” e, em meu canto, sem dissabores racionais, eu sossego. Recordo, no entanto, que “o amor é cego” e, por essa razão, não nego, eu

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amo estes versos faceiros e raquíticos e não reclamo dos perversos e zombeteiros críticos, que se exasperam, cujas cismas desconsideram, sem a menor ética, as rimas que fiz, com minha pior poética, de incapaz aprendiz, com a dialética simplória, que me faz tão feliz... ♥ Rimo para quem ama e não sabe. Reafirmo: antes que esta minha fama de piegas se acabe, o amor jamais ditará regras boçais para se escrever o que se é capaz de viver em paz... ♥ Amar é não se envergonhar de saber elaborar confissões sentimentais, sem apostar nas paixões irracionais... Amar é ter o fascínio por quem rejeitar o raciocínio sobre as questões do coração, porque amar é declamar uma pura poesia, feliz e sentimental, que não atura a hipocrisia de quem se diz racional... Amar é uma fantasia real que pode ser realizada, pela primazia de uma confissão, geralmente, mal interpretada, por uma porção de gente desalmada...

Paulo Marcelo Braga

Belém, 31 de julho de 2004.

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Prelúdio

“O amor é a lei! Viva a sociedade alternativa! (Raul Seixas). “Adoro um amor inventado...”. (Cazuza).

“Sexo verbal não faz o meu estilo...”. (Renato Russo).

Vou escrevendo poesias,

contos, crônicas e canções, sonhando com belos dias

de possíveis publicações...

Já engavetei muitas mensagens, algumas sátiras construtivas, zombando das politicagens

e das ganâncias destrutivas...

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Nem sei por que escrevo e sonho com a publicação...

Eu só sei é que não devo sucumbir ante a oposição...

Se, agora, por exemplo,

sinto vontade de escrever, olho para o céu e contemplo

a tarde que vai chover...

Vislumbro, assim, um verso nas nuvens carregadas...

E, à vindoura chuva, eu peço rimas mais inspiradas...

Em busca da inspiração,

dum verso amoroso e farto, eu livro o meu coração

de um indesejoso infarto...

Belém, 06/01/97. (16 horas e 50 minutos)

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Versos de amor e de saudade

“Amei você, mas hoje eu posso ver que foi melhor assim, preciso te esquecer pra me lembrar de mim. A vida continua...”. (Kátia). Tenho um punhado de versos que haverás de recebê-los; eles nunca irão ser impressos, jamais alguém deverá lê-los...

Só interessam a nós dois os versos que escrevi, narrando o antes e o depois do instante que te vi...

São versos de amor e de saudade, do tempo em que nos amamos, e retratam toda minha infelicidade, quando nós nos separamos...

São versos apaixonados, sem nenhuma inspiração, são pobres versos rimados, do fundo do meu coração...

Belém, 15/12/96.

(05 horas e 25 minutos)

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Poema da saudade “A saudade é o relógio da memória”.

(Georgenor Franco). “Por que é que você veio se não era pra ficar?

Quem mandou você deixar tanta saudade em seu lugar?”. (Fábio Jr.).

Sinto saudade das noites, em que o teu corpo e o meu eram um só... Sinto saudade dos dias, em que a tua presença, o teu amor, o teu carinho, os teus desejos me alimentavam com as esperanças mais saborosas que um homem pode ter... Sinto saudade das tardes, em que o meu corpo relaxava, em companhia do teu corpo e da tua alma tão linda e generosa... Sinto saudade das tuas confidências, dos teus afagos, dos teus seios, dos teus beijos, das tuas mãos, acariciando os meus cabelos, enquanto teus lábios roçavam nos meus, proferindo os mais sábios conselhos que já ouvi e o teu olhar despertava a minha fé... Sinto saudade dos nossos planos, das nossas alegrias, das nossas canções,

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dos nossos prazeres... Sinto saudade de tudo aquilo que já vivemos juntos... Por isso, meu amor, inspirado nessa saudade, haverei de encontrar um jeito para tornar o nosso presente e o nosso futuro os aprimoramentos de todos os melhores momentos do nosso gratificante, lindo e inesquecível passado... Eu te amei, eu te amo, eu te amarei, por toda a minha vida... Mesmo que, um dia, deixes de me querer, continuarei te amando, te amando, te amando, com todo o meu prazer, com toda a minha esperança e com toda a minha saudade...

Belém, 26/12/95.

(23 horas e 30 minutos)

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Futuro do pretérito “Há tempos tive um sonho... Não me lembro...”. (Renato Russo).

Houve um tempo em que tentei rimar todas as palavras proferidas pelos teus lábios encantadores... Houve um tempo em que minhas rimas, pobres e totalmente embriagadas, sucumbiram perante a lucidez das incomparáveis poesias que os teus olhos irradiavam... Houve um tempo em que tentei traduzir, em palavras, os contagiantes e inatingíveis sentimentos poéticos que os teus seios declamavam, despidos de toda e qualquer hipocrisia... Atualmente, já não vislumbro poesia em mais nada que venha de ti... Eu te vejo, agora, como a vilã de um conto, de uma novela, de um drama, de uma comédia, de um filme de ficção... Amanhã, certamente, já nem te verei mais...

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Os versos da lua (Para você, com saudade).

“Por Deus, nunca me vi tão só...”. (Renato Russo). “Você que ontem me sufocou de amor e de felicidade / Hoje me sufoca de saudade...”. (Roberto Carlos).

Estou sozinho lembrando das nossas confissões de amor... E a lua está inspirando todos os versos que irei compor... A lua fica espiando toda a minha agonia e, solidária, vai ditando os versos desta poesia... São versos de lua minguante, mas consolam a minha saudade, por eu estar vivendo distante do meu grande amor de verdade...

Salvaterra-Marajó, 10/07/1996

(4:00 horas).

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Uma Viagem

“Eu tenho tanto pra lhe falar/Mas, com palavras, não sei dizer como é grande o meu amor por você...”.

(Roberto Carlos).

Antes da tua partida, pediste um verso para mim e, com todo amor desta vida, eu te respondi assim: Nenhum verso deste mundo seria capaz de demonstrar o sentimento tão profundo que tenho pra te ofertar... Viaja tranqüila, querida, pois o nosso amor é eterno... Sem teu amor minha vida seria um verdadeiro inferno...

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Eu esperarei o teu regresso, com muita saudade no coração, sabendo que, em todo universo, igual a ti, não há outra opção... Se eu precisar de companhia, saberei como te encontrar... Sinto tua presença na poesia que a lua declama para o mar... Quando a saudade apertar, eu te chamo e, certamente, tu atenderás... Eu sempre direi: te amo, te amo, te amo, em cada verso que tu lerás... Mas nenhum verso deste mundo será capaz de demonstrar o sentimento tão profundo que tenho para te ofertar...

(Salvaterra-Marajó, 25/07/1996)

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Um segredo

“Já pintei no pára-choque um coração e o nome dela”. (Roberto Carlos).

Vou confessar um segredo, confessarei isso sem medo, colocando as cartas na mesa, com toda a minha franqueza... O nome da “mulher” amada, da “musa” mais apaixonada, começa com a letra P de perigo, paixão e prazer... Termina com a letra A, inicial do verbo amar... Possui as vogais O, E, I e rima com o verso que li... No meio, tem um S de sim que sempre ela diz pra mim, realizando minha fantasia... O nome dela é POESIA...

Belém, 03/11/1996 (17 horas)

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Pesadelo

Um dia, sonhei que o satanás pelejava para te seduzir, querendo me passar pra trás mas eu não quis permitir... Todavia, tu quase permitiste que um mal te corrompesse... Quando eu acordei (nem viste), rezei para que amanhecesse...

Belém, 31/03/1996

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Sem dramas “Não sou escravo de ninguém, ninguém é senhor do meu caminho, sei o que devo defender...”. (Renato Russo).

“Mas, se nada disso lhe interessa/ fique calada, não diga nada...”.

(Gilliard). Pode ser que sim, pode ser que não... Eu posso ser ruim, posso ser machão... Pode ser que eu seja o “rei da gandaia” que sempre fraqueja por um “rabo de saia”... Mas, sou forte quando amo e consigo amar demais... Cada verso que eu declamo atraca em qualquer cais... Não queira ter exclusividade, não sou preso à ninguém... Não adianta promover alarde, só faço o que me convém... E não me convém amar só uma se posso amar outras mais... Entenda meu amor e me assuma, sem provocar dramas banais... Não precisa dizer nada, se não concordar comigo... Você sempre será amada, eu sempre estarei contigo...

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Um adeus

“Te amo, mas adeus.../ Adeus, mas eu te amo.../ E vou te amar pra sempre...”. (Moacir Franco).

Procurar saber quem mais errou, só nos veio gerar os piores tormentos... É melhor admitir que tudo acabou... Vamos guardar os melhores momentos... Eu vou e levo embora comigo as tuas mágoas e desilusões, provando que sou teu amigo, partirei para evitar confusões... Fica e tenta guardar contigo as boas lembranças de outrora, quando vivias feliz aqui comigo, sem valorizar as intrigas de fora... Se não sou digno desta casa, se não mereço viver ao teu lado, se a minha presença te arrasa, partirei, antes de ser deportado... Permite-me, de quando em vez, voltar para rever as lembranças, de tudo de bom o que a gente fez, quando podíamos ter esperanças...

Belém, 04/10/1996 (21 horas).

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Uma certeza “Tínhamos uma idéia, mas você mudou os planos... Tínhamos um plano, mas você mudou de idéia...”.

(Renato Russo). Já não sei bem, ao certo, o que eu quero desta vida: se é te ter, bem por perto, ou se é nem te ver, querida... Nem sei se te mereço, nem sei se te pertenço, nem sei se te enriqueço, só sei que te agradeço... Eu te agradeço pelo bem que sempre fizeste por mim, amando-me como ninguém chegou a me amar, enfim...

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Uma recordação de amor “Eu aqui lembrando do teu rosto, vou vivendo de

recordação, guardo em mim o cheiro e o gosto do teu corpo todo em minhas mãos...”. (Kátia).

Eu te recordo, minha querida, em cada botão de flor... Para nós não haverá despedida, enquanto houver amor... Eu bem que tentei reencontrar você... Escrevi, telefonei, fiz o que pude fazer... Você ficou tão afastada, num total confinamento... Não pude, musa amada, aliviar o seu sofrimento... Algumas “beatinhas chatas”, maldosas e sem vocações, rasgaram as minhas cartas, bloquearam nossas ligações... Eu te recordo, minha querida, em cada canção de louvor e em qualquer oração comovida clamando pelo nosso amor...

Belém, 01/11/1996 (23 horas e 05 minutos).

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A musa do artesão “Eu sou metal, eu sou o ouro e seu brasão...”.

(Renato Russo). Para você eu entrego meu amor, minha paixão, meu martelo, meu prego, meu material de artesão... Você é a musa do meu artesanato, pois me inspirou a fazê-lo, amando-me, sem nenhum recato, cuidando de mim com zelo... Então, para você eu entrego meu amor, minha paixão, meu martelo, meu prego, meu material de artesão...

Belém, 01/11/1996 (23 horas e 15 minutos).

Canção sofrida “Eu não me entrego sem lutar... Tenho ainda coração... Não

aprendi a me render... Que caia o inimigo, então...”. (Renato Russo).

Estou proibido de ver o amor da minha vida... Então, deverei fazer uma canção sofrida... Farei uma canção triste e cantarei como um curió: faminto, sem um alpiste, preso, desafinado e só...

Belém, 01/11/1996 (23 horas e 23 minutos).

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Canção de amor

“Sou um animal sentimental me apego facilmente ao que desperta o meu desejo...”. (Renato Russo).

Pobres rimas e versos enriquecem os sentimentos, decantam amores diversos , eternizam belos momentos... Uma trova carinhosa, despida de pretensão, torna-se harmoniosa, tem o ritmo de canção... As trovas são apaixonantes! Se declamadas no violão, mostram as forças possantes do amor e da inspiração...

Belém, 15/11/1996 (22 horas).

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Canção cigana “Eu canto porque o instante existe,

Não sou alegre, nem triste, sou poeta...”. (Cecília Meireles)

“Vida, vida, vida minha, meu amor cigano, como posso me enganar, fingir que não te amo???”.

(Fáfá de Belém).

Não, eu nunca imaginei interpretar o papel de um louco apaixonado, com você ao meu lado, espantando a solidão... Escuta, nesta canção, uma singela demonstração: tola, mas verdadeira, estranha e derradeira, amorosa e aventureira da minha maneira pouco original de dizer te amo...

Almeirim, 02/03/1995

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Rima de amor

“Olha aqui, presta atenção, esta é a nossa canção...”. (Roberto Carlos).

Qualquer rima tem importância no ritmo de uma canção e, dependendo da circunstância, na vida de um coração...

O amor rima com saudade, piedade rima com dor... Mulher cheia de maldade não rima com trovador...

Belém, 16/11/1996 (18 horas).

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Juras de amor

“Um amor não termina assim / Fica alguma coisa sem ter fim...”.

(Fábio Jr.).

“E é só você que tem a cura pro meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo o que eu ainda não vi...”.

(Renato Russo).

O mesmo destino que nos uniu punirá quem nos separou... As juras de amor que você ouviu nem mesmo o tempo apagou... Eu continuo fazendo as minhas juras (embora ninguém as ouça), nos versos declamados, com ternuras, para você, menina-moça...

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Estou certo de que você pressente minha presença em cada canção e não permite que ninguém invente mentiras sobre a nossa situação... Também pressinto, com saudade, a sua presença bem perto de mim... Os nossos algozes, sem piedade, disseram não; porém, dissemos sim... Tentaram separar nossas vidas de uma forma covarde e radical... Mas, o mundo tem vindas e idas e um grande amor não tem final... O mesmo destino que nos uniu punirá quem nos separou... As juras de amor que você ouviu nem mesmo o tempo apagou... Um bem sempre vence um mal, a lei da vida é assim... Um grande amor não tem final... Você voltará para mim....

Belém, 05/11/1996 (01 hora e 20 minutos).

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Carta de amor

“Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor, porque veio a saudade maltratar meu coração...”.

(Erasmo Carlos).

Leve, verso, por clemência, esta cartinha rimada, na travessa da consciência, na casa da minha amada... Vá, verso, dizer a ela o quanto estou sofrendo e que, de saudade dela, estou quase morrendo...

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Ela é o que importa... Só ela irá me ouvir dizer: quero tê-la de volta, para sentir o seu prazer... Diga, verso, meu amigo, pra ela esperar um pouco, pois vou trazê-la comigo, antes que eu fique louco... Leve, verso, por clemência esta cartinha rimada, na travessa da consciência, na casa da minha amada.

Belém, 05/11/1996 (02 horas).

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Promessa de amor

“Se eu morrer primeiro, tu me promete, sobre o meu peito inerte, deixar cair,

todo o pranto que mostra tua tristeza...”. (Gilliard).

Não morrerei sem te ver, embora já esteja no fim... Continuarei a escrever, até tu voltares para mim... Sei que te verei, mais cedo ou mais tarde... Por ti, eu lutarei, porque não sou covarde... Um dia, vou te reencontrar e nos amaremos ainda mais... Poderemos, enfim, declamar os nossos versinhos em paz... Guarda os teus versos para mim; guardarei os meus para ti... O nosso romance nunca terá fim, conforme eu já te prometi...

Colares, 11/11/1996 (23 horas).

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A prova da trova “Se eu te escondo a verdade

é pra te proteger da solidão...”. (Cazuza).

“Um dia pretendo tentar descobrir porque é mais forte quem sabe mentir...

Não quero lembrar que eu minto também...”. (Renato Russo).

Mentir é a anti-arte de “pintar o sete”... Mentir é, em parte, desejo de levar bofete... Saber falar qualquer verdade é um raríssimo dom de quem ama a honestidade e tem o coração bom... Mentiras e verdades duelam nesta trova, falando amenidades, atrás de uma prova... Nas declarações de ritos sentimentais, a pior atuação é mentir... Como precauções de uns atritos banais, a melhor opção é omitir...

Belém, 05/11/1996 (21 horas e 45 minutos).

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Um debate

“Eu sei, também, tem gente me enganando/ Mas que bobagem, já é tempo de crescer...”.

(Fábio Jr.).

Quem mente mais: a mulher ou o homem? Responda se souber. O que os pobres comem? Responda se puder. O que é a honestidade? Responda se quiser. Quem sente mais saudade: O homem ou a mulher? Quem sente mais amor: o homem ou a mulher? Responda, por favor. Quem sente mais paixão: o homem ou a mulher? Responda, inspiração. Quem sente mais remorso: O homem ou a mulher? Responda e eu endosso.

Colares, 11/11/1996 (22 horas e 25 minutos).

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Confissão de amor

Eu amo as rimas que faço e os ritmos de todas elas, acompanhando, passo a passo, minhas lembranças mais belas... Eu amo as rimas que faço, nos momentos de desprazer, pois aliviam o meu cansaço e me fazem sobreviver... Eu amo as rimas que faço, nos momentos de tristeza, pois me fortalecem no fracasso e enriquecem minha pobreza...

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Eu amo as rimas que faço, nos momentos de amor, quando utilizo o compasso, para medir o que compor... Eu amo as rimas que faço, nuns dias de solidão, porque ocupam o espaço vazio do meu coração... Eu amo as rimas que faço e as musas inspiradoras, envolvidas no mesmo laço das paixões avassaladoras... Belém, 15/11/1996 (22 horas e 40 minutos).

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Proposta de amor “Eu te proponho te dar meu corpo e, depois do amor, o meu conforto...”. (Roberto Carlos). RESERVEI PARA VOCÊ O VERSO MAIS ROMÂNTICO, O MELHOR PRAZER, O MAIS AFINADO CÂNTICO... SINCERAMENTE, QUERIDA, SONHE SEMPRE COMIGO, SOU O AMOR DA SUA VIDA, SOU SEU MELHOR AMIGO. EU AMO VOCÊ DE VERDADE, EMBORA PAREÇA QUE NÃO... ESCUTE A SINCERIDADE EXPLÍCITA NESTA CANÇÃO... TENHO UM VERSO APAIXONADO, TENHO UMA LINDA CANÇÃO, TENDO VOCÊ AO MEU LADO, TEREI BEM MAIS INSPIRAÇÃO... ESCREVA TUDO O QUE DIGO, ESCUTE O QUE VOU PROPOR, ENTENDA: SOU SEU AMIGO, ENTREGUE-ME O SEU AMOR...

Belém, 15/11/1996 (23 horas e 30 minutos).

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O prazer de compor

Pretendo escrever um poema, traduzindo meus sentimentos, resolvendo qualquer dilema, causador de tantos tormentos...

Pretendo compor, livremente, versos e estrofes sem nexo, defendendo, sinceramente, o verdadeiro valor do sexo... Pretendo escrever rimando, sobre os prazeres da vida, como se estivesse gozando no ventre da musa querida... Pretendo escrever um poema, como se estivesse fazendo amor; sem me importar com o tema e sim com o prazer de compor...

Belém, 16/11/1996 (18 horas).

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Volta “Vem, que eu conto os dias, conto as horas pra te ver,

eu não consigo te esquecer...”. (Roberto Carlos). “Volta, vem viver, outra vez, ao meu lado...”. (Lupicínio Rodrigues)

Olhos misteriosos, brilhantes, boca linda e sensual, coração das grandes amantes, cérebro fenomenal... Por que eu não poderia te amar, se, com tantos predicados, tu sabes, com alegria, declamar uns lindos versos rimados? Não te amar é impossível! Tua presença resplandece amor... A tua ausência é terrível... Tua poesia consola a minha dor...

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Por isso, e por muito mais, eu te amo tão loucamente... Eu não posso viver em paz sem te ver na minha frente... Volta e declama para mim, com tua boca inspiradora, os versos de amor sem fim, da tua poesia consoladora... No pôr- do- sol, à beira mar, como tão bem fazias, outrora, eu só quero te ouvir declamar eróticos versos feitos na hora... Quero teu sussurrar rouco teu coração, teu amor... Vem, volta, ou ficarei louco, antes de o sol se pôr... Belém, 16/11/1996 (18 horas e 50 minutos)

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A história do poeta “Na história de um poeta a menina acreditou e dos olhos da menina uma lágrima rolou...”. (Roberto Carlos).

Vou te contar uma história, repleta de romantismo, usando minha rima simplória, isenta de dogmatismo... Era uma vez um poeta, solitário e sonhador... Ele viu numa seresta o seu primeiro amor... Casaram e tiveram herdeiros, viveram bastante felizes... Passaram-se muitos janeiros, antes dos primeiros deslizes... A esposa tornou-se tão irritante e o poeta viveu com a normalista, com a puta, com a comerciante, com a bancária, com a telefonista... Viveu com tantas mulheres; contudo, morreu sem ninguém... Responde: então, tu queres que eu seja um poeta, também? Belém, 17/11/1996 (01 hora e 30 minutos).

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Por ti

Vou te ofertar uma poesia, como prova de gratidão, por me fazeres ter alegria e me livrares da solidão... Não sei fazer lindos versos, não sou sequer um poeta... Eu só tive amores diversos e nenhuma musa predileta... Precisas ouvir: eu te amo, do fundo do meu coração! Por ti, versejo, declamo, faço poesia, faço canção... Sou rei, sou servo, sou nobre e sou plebeu... Espera, eu já te levo a fé que a vida me deu... Belém, 17/11/1996 (02 horas e 20 minutos).

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Às vezes

“Às vezes, sim: às vezes, não, brigamos sem qualquer razão...”.

(Julio Iglesias).

Às vezes, eu te deixo tão sozinha, saio, vou por aí, sem rumo... Digo: não sou teu, nem és minha!, e, por várias luas, eu sumo... Às vezes, eu procuro fazer poesias, dignas de serem apreciadas, pelos teus olhos ávidos de fantasias, atrás das minhas pegadas...

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Às vezes, eu volto e me recusas, dizendo estares cansada de competir com tantas musas e de seres tão desprezada... Às vezes, andas a minha procura, seguindo todos os meus rastros, enfrentando qualquer noite escura, sem lua, sem estrelas, sem astros... Às vezes, tu ficas e me esperas, na certeza de que voltarei, após domar as “cretinas feras”, dentre tantas que domarei... Às vezes, eu chego e só me quieto, na guarida do teu coração, se me fazes um chamego predileto e bem na devida proporção...

Belém, 17/11/1996 (02 horas e 20 minutos).

Desconfiança “Eu e ela somos dois apaixonados,

caminhando lado a lado, nesse amor sem fim...”. (Roberto Carlos).

Ela me olhou desconfiada, diante daquela minha vontade de compor poesia rimada, falando de amor e de saudade...

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Dizendo, quase chorando, que já estava confusa, ela ficou me perguntando: “Quem será a sua musa?”. Eu respondi: não fique cismada, nem se preocupe, meu amor, escrevi uma saudade inventada, pelo simples prazer de compor... Colares, 13/01/1997 (18 horas e 45 minutos).

Viagem sem volta

Ela me olhou um pouquinho, tentou até me beijar, antes de me deixar sozinho, dizendo: -“Vou viajar!”. Foi uma viagem sem volta e eu continuo a esperar ela bater em minha porta, arrependida a chorar... Eu a olharei um pouquinho, antes de tentar beijá-la... E, diante do meu carinho, ela vai até perder a fala... Colares, 12/01/1996 (15 horas e 35 minutos).

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Telefonema

“Telefonemas de duplo sentido, que me deixaram de calo no ouvido...”.

(Fábio Jr.).

“Verifique o número discado ou consulte informações DDD”. Será que eu liguei errado? Perguntei aos meus botões, quando escutei a mensagem gravada da telefonista... Caramba, mas que trairagem, seu nome não está na lista... Se você tivesse falado: “O nosso caso acabou!”, eu nem teria telefonado, quando você viajou... Belém, 19/11/1996 (00 hora e 30 minutos).

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Será ?

“Telefona, não deixa que eu fuja, me ocupa os espaços vazios...”.

(Fábio Jr.).

“Será só imaginação?/ Será que nada vai acontecer?/ Será que é tudo isso em vão?...”.

(Renato Russo).

Eu telefonei e disse Sou eu... Solicitei: Fale, logo, comigo... Diga que você me esqueceu e direi: nunca mais eu ligo...

Ou fale que ainda me quer... Por que você foi embora? Dê uma resposta qualquer... Então, fale comigo, agora...

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Esta é a última vez que eu estou lhe telefonando... Já passou das três, a saudade está incomodando...

Venha dormir comigo... Sei que você está escrevendo poesia, enquanto ligo para dizer que estou sofrendo...

Saiba que não consigo compor nenhum versinho... Quero compor contigo, não quero dormir sozinho...

Volte logo para mim, deixe de ser malvada... Diga ao menos é o fim, e não fique aí calada...

Você respondeu:- “Já é o fim!... Mas não do nosso romance, pois um amor tão puro assim, merece ter outra chance...

Eu fiquei calada porque estava escutando a poesia rimada que tu estavas declamando...

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Venha logo me buscar e vamos dormir juntinhos... Quero contigo sonhar, ouvindo lindos versinhos...

És um homem e tanto, és um poeta inspirado, que me causa encanto, com teu verso rimado...

Foi muito bom que tenhas me feito esta ligação... Agora, quero que venhas resgatar meu coração...”.

Eu respondi: estou indo... Logo-logo estarei chegando... Será que estou dormindo? Será que estou sonhando? Belém, 25/08/1997 (03 horas e 50 minutos).

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Missão de amor

Quando lhe pedi para confessar qual é, afinal, minha chance, você falou que queria conversar a respeito do nosso romance...

Foi assim que entendi que tudo estava acabado... Eu sei que já lhe perdi, mas continuo apaixonado...

Porém, tudo bem, nós conversaremos e vamos chegar à uma conclusão que se amamos e, também, sofremos foi para cumprir a nossa missão...

A nossa missão foi gerar um fruto... Endosso que vai vingar um bom sentimento... Se o nosso tempo foi muito curto, nenhum remorso irá apagar nosso momento.

Belém, 08/06/1997 (03 horas e 15 minutos).

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Hesitação

“Faço o possível pra segurar a cabeça, mas a emoção não quer que eu me desfaça ou então que eu me esqueça do

amor daquela mulher...”. (Fábio Jr.).

Tento raciocinar bem sobre nós, eu ensaio a frase do fim... Porém, é difícil se ficamos a sós e dizes: -“Vem pra mim!”.

És a minha melhor amante, a musa dos olhos meus... Por isso, hesito um instante, antes de te dizer adeus...

Belém, 21/11/1996 (00 hora e 45 minutos).

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Meu coração

Átrios e ventrículos (esquerdo e direito), satíricos versículos no enredo bem feito... Há uma cavidade liberada, em meu peito, para a quarta musa empossada no pleito... É assim o meu coração: ele tem ritmo de canção... Nele, cada musa tem seu espaço, cada canção tem seu o compasso... Pouco importa quem seja, o meu coração já verseja, para a quarta musa amada, numa cavidade desocupada...

Eu quero que ela seja bem vinda, e convém que (bem calma e linda) só me traga a nossa paz almejada, incapaz de ser, por mim, refutada...

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E que ela perdoe as loucuras das minhas poesias impuras, que ame as minhas canções e respeite as minhas opções... O meu coração será repleto de paixão, amor e intelecto, com as cavidades ocupadas, pelas quatro musas amadas... Belém, 03/11/1996 (14 horas e 10 minutos).

Amor ao quadrado “Eu vou caminhando, sem sentido, pra qualquer

lugar, sem direção. O que eu procuro está perdido, num lugar qualquer do coração...”. (Kátia). Não há triângulo e sim um quadrado, pra lá de lânguido, no meu verso rimado... Não me importa o que digam sobre esse meu jeito de amar, pois minhas rimas nem ligam para quem tenta me condenar... Belém, 19/11/1996 (22 horas e 05 minutos).

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Boa temática

b ao quadrado, subtraído de quatro, vezes a e c, só assim poderá ser obtido o valor de delta... Esse é um problema exato duma regra matemática, o emblema dum fato... Uma paixão é enigmática, e um amor ainda mais... Nunca há regras pré-concebidas, nem fórmulas especiais entre todas as pessoas queridas... O sentimento é imprevisível! Pode-se multiplicar, somar, subtrair e dividir o indivisível, quando a questão é amar...

Colares 08/11/1996 ( 02:00 horas).

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Diálogo de amor “É pena que você pense que eu sou seu escravo,

dizendo que eu sou seu marido e não posso partir...”. (Raul Seixas).

Um poeta tinha um problema que queria logo resolver... O seu coração tinha um lema: Ele só queria responder apenas uma confusa, questão sobre carinho... E ficaria com a musa que visse no caminho... Um dia, ele travou um debate com “a estrela maior” de parte das suas “constelações de musas”, fez as suas declamações confusas e foi acusado de ser “tratante” ... Tudo o que foi abordado pelo casal será publicado neste instante, e é, até um ponto, considerado real: ♥Musa: -“Faz tua opção, não aceito ser dividida... Já te dei meu coração e todo amor desta vida...”. ♥Poeta: -“Talvez, eu seja um egoísta, por invejar Salomão...(*)1

(*) Salomão, personagem bíblico, era Rei dos hebreus e sucessor do rei Davi. Segundo alguns historiadores, ele possuiu mais de setecentas esposas. (Nota do autor).

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Porém, eu não sou do tipo machista, nem gosto de confusão...”. ♥Musa: -“Deixa de ser assanhado, estamos na era distante, Salomão já está morto e enterrado, sou tua esposa, tratante...”. ♥Poeta: -“Eu sei! E não estou duvidando do casamento que nos uniu... ♥Musa: -“Porém, tu estás demonstrando que o nosso amor se dividiu...”. ♥Poeta: “-Não! Ele se multiplicou, extrapolando do meu peito...”; ♥Musa: -“Foi isso que te complicou! E vai zarpando do meu leito...”. ♥Poeta: - “O teu amor e o teu carinho não poderão ser desprezados... Acredita: eu te amo! Sinto-me sozinho, sem os nossos filhos amados...”. ♥Musa: -“Então, por que abandonas o nosso lar, o nosso ninho, fazendo canção para outras ‘donas’, desviando o teu caminho???”. ♥Poeta: -“Ora, eu não os abandono, apenas divido o meu espaço...”. ♥Musa: -“Isso me faz perder o sono

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e me causa muito embaraço...”. ♥Poeta: -“Não te preocupa comigo, cuida de ti e das crianças... Eu sou o teu marido e o teu amigo... Então, evita as cobranças...”. ♥Musa: -“Só se ficares comportado e deixares as outras em paz... Porque tens ares de homem casado, de um senhor e não de rapaz...”. ♥Poeta: -“Não te falta minha atenção, tu tens o meu carinho e meu amor... Evita fazer tanta picuinha e confusão... Eu te levarei comigo para onde for...”. ♥Musa: -“Eu não quero ir para um harém, não aceito ser dividida... Eu já te falei. Então, pensa como convém: dá um jeito na tua vida...”. ♥Poeta: “Temos uma vida inteira pela frente; uma nobre missão para cumprir... Sobreviveremos, querida... Mas, infelizmente, eu te confesso que já irei partir...”. E assim chegou ao final, uma história amorosa, dum jovem e belo casal de oratória conflituosa... Belém, 09/04/1997 (14 horas ).

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Uma proposta indecente

“Mas eu sempre fui assim um boêmio, um sonhador, pela vida apaixonado... Ser assim não é defeito, me assuma desse jeito pra

que eu fique do seu lado...”. (Roberto Carlos).

Vou te contar uma história que, dizem, ser verdadeira... E ela é bastante simplória... Presta atenção nela inteira... Era uma vez um poeta... À sua musa predileta, um dia, ele fez uma proposta da qual eu não sei a resposta... O que foi proposto e declamado sem o requinte intelectual, será, agora, com gosto, contado, sem um acinte, até o final... O poeta propôs à sua musa, num monólogo avançado, com uma rimadinha confusa, o que logo te será contado: “Mulher, não me queira mal, por eu dizer essa verdade: a família é a espinha dorsal de toda e qualquer sociedade...

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Ter uma família é excelente, mas ter mais de uma é o meu sonho... A família é a alegria da gente, quem não tem nenhuma é tristonho... Felizes foram Noé, Davi, Salomão, pois todos seguraram mais de uma família em cada mão, e sempre as ampararam... A ‘mãe terra’ nos dá o alimento, o Deus Pai nos dá fertilidade... Quem deixa a família ao relento não merece sentir felicidade... Nosso trabalho nos sustenta, ele nos incentiva a manter cada família que representa o amor que buscamos ter... O amor verdadeiro, fraterno, é a união de nossas proles, que nos aquece no inverno e fortalece membros moles... Não é machismo, acredite, e sim uma verdade sagrada: uma musa fraterna admite, sem se sentir prejudicada, que o seu marido possua, outras musas bem selecionadas, desde que ele construa um castelo com umas rimadas... Isso pode ser construído,

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com o legado duma inspiração, desde que esse tal marido tenha um apaixonado coração... O meu coração é apaixonado... Portanto, ele vai construir um lindo castelo encantado, um bom canto pra usufruir das musas escolhidas e do amor de todas elas... Uniremos nossas vidas, com umas poesias belas... Ter uma família é excelente, ter mais de uma é o meu sonho... Tente ser mais benevolente e aceite o que eu lhe proponho... Mulher, não me queira mal, por eu dizer essa verdade... Não seja assim tão radical, isso não é permissividade... Se não queremos o divórcio, nem gostamos de hipocrisia, que tal fecharmos o negócio bem proposto nesta poesia??? Eu construo o castelo encantado, um abrigo das mil rimadas, e você continua vivendo ao meu lado, com outras musas amadas...”. Será que a musa aceitou? Sei lá a história acabou... Belém, 21/04/1997 (03 horas e 30 minutos).

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Último aviso

“O amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade...”. (Raul Seixas).

“É o ciúme que está nos separando pouco a pouco...”.

(Jane & Herondin).

Pode ser que eu tenha cometido uns deslizes; mas, por favor, não venha nos fazer mais infelizes... Ontem, éramos só duas vidas, vivendo o mesmo ideal... Hoje, outras criaturas queridas uniram-se a nós, afinal... Nosso amor foi multiplicado e isso não é nada ruim... O que por Deus foi iniciado nenhum diabo dará fim... Eu só quero é lhe pedir para que você fique ao meu lado... Não me obrigue a dividir um amor que já foi multiplicado... Pela última vez, estou avisando para você, minha querida: esse seu ciúme está separando o meu amor da sua vida... Belém, 05/08/1997 (00 horas e 50 minutos).

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Não dá mais

“Nada vai trazer de volta a beleza cristalina do começo e os remendos pegam mal (...) Adeus também foi feito pra se dizer...”.

(Guilherme Arantes).

“Coração ferido aperta o peito e faz doer, e a gente sofre tanto pra aprender....”. (Kátia).

Quando digo “uma é pouco”, você me diz “três é demais”. Você me chama de “louco”, e eu digo que não dá mais... Já tentei lhe comprovar que tenho muito amor no peito... Você só quer me reprovar... Então, nós dois não temos jeito... Eu sei que vai ser ruim, até perdi as esperanças... É, já não dá mais, enfim... Esqueci tuas lambanças... Vou sofrer com a separação... Porém, não vejo outra saída, para resolver nossa situação e viver, em paz, nesta vida... Belém, 08/08/1997 (01 hora e 50 minutos).

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Sem você “Sem você, minhas noites são tão frias, vou morrer... Meu bem,

volte depressa, venha me aquecer... Quero ter você perto de mim...”. (Roberto Carlos).

Tenho um sono pesado! Sozinho, não sei me acordar... E sem você ao meu lado, só me resta, então, recordar daquele amor do passado que sempre me fez sonhar além de me sentir amado, e tão disposto à trabalhar... Quando você foi embora, eu não devia ter adormecido... Sem você, eu perdi a hora e, por isso, eu me vi demitido... Colares,11/03/1997 (23 horas e 10 minutos).

Cantiga desafinada “Com que cara eu vou ficar, se você foi pra outra história

e esqueceu de me levar...”. (Kátia).

Quando você me ajudou a superar o meu fracasso, o meu coração concordou em te ofertar um espaço... Quando você chegou tão forte, tão carinhosa e tão amiga, trouxe-me inspiração e sorte para eu compor uma cantiga...

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Desde que você foi embora, sem nadinha me dizer, eu desafino a toda hora e nem canto com prazer... Colares, 17/03/1997 (01 horas e 25 minutos).

Sossega

“Sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo...” . (Roberto Carlos).

Eu já te falei que te amo! Eu já te provei que te quero! Quando precisar eu te chamo e se não chegares, eu te espero... Por que, então, todo esse rebuliço??? Não faz drama, nem confusão... Contigo, eu tenho um compromisso e vou cumprir a nossa missão... Sossega, pois, no teu canto, esperando o meu chamado, tentando enxugar teu pranto, escutando este verso rimado... Colares, 17/03/1997 (03 horas e 15 minutos).

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Espera por mim “Troco passos sem sentido pelas ruas sem saber aonde ir...”.

(Roberto Carlos).

“Hoje, mais um dia de tristeza para mim passou e no meu olhar nada se alegrou...

Sinto-me perdido no vazio que você deixou, nada quero ser, já nem sei quem sou...”.

(Marcio Greyck).

Encarecidamente, eu te peço: Lê, com carinho e atenção, este apaixonado e pobre verso, ditado pelo meu coração... Desesperadamente, eu te imploro: Lê e sente, em cada rima, que eu estou afirmando que te adoro!, conforme o verso confirma... Apaixonadamente, eu te digo: és a razão maior do meu viver, sou teu amado-amante-amigo

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e só para ti eu hei de escrever... Inspiradamente, eu componho este meu pobre versinho rimado, tentando realizar um bom sonho de viver para sempre ao teu lado... Indiscutivelmente, eu te quero... Só estás longe de mim contra a vontade. Deus nos ajudará, assim espero, a superar toda essa nossa ruim saudade. Pacientemente, eu te procuro, frente às tantas desilusões e dos grandes dilemas que aturo, sem sucumbir às pressões... Impunemente, os despeitados não querem nos ver juntinhos, censuram meus versos rimados e bloqueiam nossos caminhos... Confiantemente, eu tento vencer qualquer maldade, com as rimas que invento, para provar minha verdade... Ansiosamente, eu versejo, buscando uma solução, lutando pelo que almejo, realizando a imaginação... Um dia, eu te explicarei quase tudo o que estou sofrendo e, ao teu lado, declamarei esta poesia que vou te escrevendo... Colares, 11/05/1997 (14 horas e 55 minutos).

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Sozinho

“Quero que sejas bem feliz junto do teu novo rapaz...”. (Lenon & Lílian).

“Todo amor, sozinho, é um lado uma metade...”. (Fábio Jr.). “Dói saber que ainda te amo, saber que ainda te chamo e que você

não está aqui...”. (Fafá de Belém).

Eu te busquei por toda parte, gritei o teu nome bem alto, porém, tu não me escutaste... Já te perdi, esse é um fato que não consigo aceitar... Continuo buscando por ti, tentando te encontrar e te dizer o quanto eu sofri, distante do carinho, carente do teu olhar... Continuarei sozinho, enquanto não te encontrar... Talvez, um dia, eu te veja, ao lado de outro alguém, bebendo “cuba” ou cerveja, num subúrbio de Belém... Mas, eu estarei sozinho, escrevendo alguma trovinha, lembrando, com carinho, do tempo em que eras minha... Belém, 2O/02/1997 (22 horas e 30 minutos).

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O verdadeiro amor

“E compreendes que o mais importante é o verdadeiro amor... Você deve compreender-me”. (Márcio Greyck).

Acalme-se, menina, não chore, por um mal sem solução... Tenha fé em Deus e implore pelo amor do seu coração... Aquele homem que foi embora da sua vida, sem qualquer explicação, só foi porque já era a hora... De outro, virá toda a sua consolação... Não chore... Tudo passa, no tempo certo de passar... Se aquele lhe fez pirraça, um outro virá lhe consolar...

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Aquele, talvez, era covarde e -quem sabe- um vigarista... Ele já foi embora bem tarde, em busca de outra conquista... Então, levante a sua cabeça e, por favor, não chore mais... O mal que ele lhe fez, esqueça... Não pense em vingança jamais... Se tudo já estava escrito, pelas Mãos do Nosso Senhor, enxugue esse rosto bonito e aguarde o verdadeiro amor...

Belém, 12/12/1997 (00 horas e 45 minutos).

Reconciliação

Eu retirei-me de tua vida, antes de ser banido... Portei-me, minha querida, como um bandido... Tens razão em me criticar... Eu não soube te amar... Espero que queiras ficar com que me coube rimar...

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Rimei versos de amor, declamei o poema da saudade, tentei ser um trovador, porém, nunca te dei felicidade... Como eu poderia te fazer bem feliz de verdade se eu só queria meu prazer e desfiz da amizade... Eu fui um perfeito idiota, ao desvalorizar o teu amor e, por só ter feito chacota, estou a implorar teu favor... Espero poder vir a ser perdoado... Eu sei do mal que te fiz... Quando pude te ver ao meu lado, tomei uma atitude infeliz... Quero uma oportunidade... Acredita na minha mudança... Espero matar a saudade e toda essa tua desconfiança... Volta para mim, eu te peço... Perdoa se te magoei e aposta, enfim, neste verso que para ti declamei...

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Perdão “Pensando bem nunca mais encontrarei alguém assim.

Ninguém no mundo vai saber cuidar de mim...”. (Antônio Marcos).

Ela é minha super star, mulher de brilho farto

que eu sempre hei de ver brilhar no palco do meu quarto...”. (Erasmo Carlos).

Não mereço estar contigo! Deixei-te desamparada, agindo como o teu inimigo e nem reclamas de nada... É... Só mesmo tu, mulher, poderias me perdoar, disposta ao que der e vier para poder me ajudar... Eu nunca imaginaria que, apesar da minha maldade, a tua vida conseguiria me amar, assim, sem falsidade... Belém, 29/05/1997 (09 horas e 30 minutos).

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Outra opção “Amei você, sem truque e sem maldade, fiz o meu papel.

Tentei lhe oferecer o que ninguém lhe deu. Você não acredita, mas eu fui fiel...”. (Kátia).

“Ninguém devia amar, assim, e eu amei... E devo confessar:

aí foi que eu errei...”. (Roberto Carlos).

“E não adianta ligar, não quero mais saber de você...”. (Fábio Jr.).

Tantas mentiras ouvi , sendo faladas por ti, até que, enfim, resolvi esquecer o que senti... Não sinto mais amor, não sinto mais tristeza, nem sinto mais a dor de nenhuma incerteza... Não sinto mais nada de bom ou de ruim que senti... Eu tenho outra amada e nem quero mais saber de ti... Belém, 29/05/1997 (09 horas e 05 minutos).

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Lembrando “As lembranças me chegam sempre em noites tão vazias e mexem tanto com minha cabeça que quando o sono vem o dia já nasceu...”.

(Márcio Greick).

“Eu já nem me lembro quanto tempo faz, mas eu não me esqueço que te amei demais...”. (Kátia).

“Aonde está você agora além de aqui dentro de mim?”.

(Renato Russo).

Vi as Três Marias (nuas enciumadas), instigando a lua escondida... Vi o sol dando algumas gargalhadas, iluminando nossa despedida... Agora, não vejo mais nada, nem sequer as Três Marias... Essa saudade desesperada machuca, nas noites frias... A lua continua escondida, revoltada pelo ciúme, causado por ti, querida, e pelo teu doce perfume, lembrando de como eu te amei, ouvindo os versos que declamei... Colares, 09/05/1997 (05 horas e 45 minutos).

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O teu caminho

“Eu seguirei o meu caminho, tu seguirás o teu caminho...”. (Julio Iglesias).

“Você foi, pra mim, a transa mais romântica que aconteceu...”. (Kátia).

Resumidamente eu te narrei a feia história da minha vida... Quase sempre, imprudente, errei... Uma só vez, acertei, querida... E, na oportunidade que tive, lamento se te fiz sofrer... Mas, o meu amor sobrevive, apesar de ninguém entender... Romperei com a hipocrisia, cansei de viver sozinho, escreverei uma poesia, louvando todo o teu carinho, orquestrando o teu caminho... Colares, 09/051997 (15 horas e 58 minutos).

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Distante “A distância me tira pouco a pouco a esperança de ter você comigo novamente e reviver aquele nosso grande amor...”. (Roberto Carlos).

“Às vezes, chego a te encontrar num gole de cerveja.

Mas, quando vem a lucidez, estou sozinho, outra vez...”. (Zezé de Camargo & Luciano).

Acompanhado pela solidão, nesta cidade tão tristonha, eu vi uma luz na escuridão e versejei como quem sonha...

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A tua presença conectada nos fios dos nossos puros sentimentos, ocupou todos meus espaços vazios e aliviou os meus sofrimentos... Apesar de nós estarmos distantes, o nosso amor ainda existe, pois as tuas lembranças marcantes alegraram esta noite triste... É como se estivesses aqui comigo, sinto o calor do teu abraço... Imagino-me em teu ombro amigo, aliviando todo meu cansaço... Passeio nas ruas ao teu lado, tendo o céu como protetor, compondo este verso rimado, inspirado no nosso amor... Meu coração apaixonado te pressente (tão amiga, tão amada), no passado e no futuro do presente, desta noite enluarada... Ah! Dói demais a realidade de saber que estou sozinho, perdido nesta triste cidade, tão distante do teu carinho... Colares, 10/05/1997 (22 horas e 05 minutos).

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Desilusão “Foi assim, quando a flor ao luar se deu,

quando o mundo era quase meu, tu te foste de mim...”. (Paulo André & Rui Barata).

Eu te amei, de corpo e alma, realizei a tua vontade, com todo carinho e toda calma, de seres mulher de verdade... Fui teu autor, roubei tua poesia, roubaste meu amor e toda minha alegria... Roubo... Mera força de expressão, porque nunca me roubaste nada... Tu não és ladra e nem sou ladrão... Não fui amado, mas foste amada... Eu sei que dei uma força àquela tua imensa vontade de te transformares, moça, numa mulher de verdade... Eu te amei com tesão, eu te transformei com carinho e sofri uma desilusão por tu me deixares tão sozinho...

Belém, 17/12/1996 (03 horas).

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Destino

“Isso é coisa do destino, como disse uma cigana...”. (Roberta Miranda).

“Na distância vi seu vulto desaparecer...

Nunca mais seu rosto eu pude ver...”. (Roberto Carlos).

Eu não ouvi dos lábios seus, nem percebi em seu olhar, nada que lembrasse o adeus, quando eu fui lhe procurar... Você disse que me amava e nosso amor não seria em vão... Porém, o destino já traçava a nossa inevitável separação... O destino é mudo e é cego... Chega a ser volúvel, enfim... Mas, ele foi bom, não nego, apresentou você para mim... Vamos pedir ao destino uma nova oportunidade, para superar o desatino e aliviar nossa saudade... Belém, 17/12/1996 (03 horas e 10 minutos).

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Juramento “Eu juro, por mim mesmo, por Deus, por meus pais, vou te amar... Eu

juro que esse amor não acaba, jamais...”. (Leandro & Leonardo).

Você me perguntou se eu lhe amava... Respondi: - Tente perceber!... Eu acreditei quando você jurava que nunca iria me esquecer... Isso não é nenhuma cobrança, tampouco um vil arrependimento, e sim uma valiosa lembrança, um troco, ao seu pueril juramento... Tudo na vida tem um preço... E me custou caro lhe perder... Não tenho o seu endereço e nem consigo lhe esquecer... Se pudesse, eu lhe esqueceria nos braços de outra qualquer e nunca mais eu acreditaria num juramento de mulher.... Isso não é nenhuma cobrança, tampouco um vil arrependimento, e sim uma valiosa lembrança, um troco, ao seu pueril juramento... Belém, 17/12/1996 (05 horas).

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Nossa história de amor

“Dizem que as histórias de amor são, quase sempre, tristes no fim...”.

(Kátia).

“Tudo vai mudar no dia que eu partir... Nada do que somos vai sobreviver...”.

(Roberto Carlos). Somos livres como um casal de beija-flor procurando ninho... Trabalho muito e ganho mal; então, eu deverei viver sozinho... Se não posso te ceder um lar, tampouco uma vida decente, de que adiantaria eu te amar com um versinho eloqüente? Sem abrigo onde cair morto, sou romântico e pobretão... Só consigo fazer verso torto, sem cântico de inspiração... Da esperança que eu tinha não restou absolutamente nada... É melhor tu ficares sozinha do que, por mim, acompanhada...

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Eu quero tudo de bom para tua vida e isso não posso te oferecer... Outro irá te consolar, minha querida, mas não te fará me esquecer...

Belém, 22/12/1996 (22 horas).

O retrospecto de uma interpretação romântica

“Você que eu tento me enganar dizendo que tudo passou. Na realidade, aqui, em mim, você ficou...”.

(Roberto Carlos)

Com fé, fiz o meu verso carinhoso e ofertei a quem não quis... Com a atriz do universo nebuloso, representei um papel infeliz... Sim, eu quis ser um ator! Tentei representar como convém... Sendo um infeliz amador, não atuei, por gostar de alguém... Sendo poeta, sem musa, declamei uma poética inglória... Numa festa bem confusa, cantei uma dialética simplória...

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Monólogo sentimental “Como vou dizer que não te amei,

se eu não aprendi a te esquecer, se eu ainda tenho a ilusão de encontrar pra nós a solução?”. (Fafá de Belém).

Num gigantesco palco da vida real, tenho sofrido o que tem no drama... Será que meu monólogo sentimental será entendido por quem não ama??? E sei que nunca verei respondido o que perguntei no prólogo... Por quem chamei, nem fui ouvido... Assim, iniciei um monólogo.... Eu sei que sempre me amarás... Mas, estás comprometida... As minhas canções tu cantarás, por todo resto da tua vida... Para ti, eu escrevi versos inspirados no amor e na saudade... Contigo, vivi em universos iluminados no louvor da simplicidade... E tu te deitas numa cama com quem te deu abrigo, por desfeita a quem te ama e não pode estar contigo...

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O teu compromisso é comigo, e não com quem te deu guarida... Sou a tua fortaleza no perigo que tem numa riqueza indevida... Nem toda riqueza é poderosa... Porém, uma verdade eu te digo: há, também, pobreza vitoriosa... Vem, por bondade, viver comigo... Não comeremos faisão, nem caviar... Não vestiremos roupa de marca... Nós só teremos a opção de nos amar... E venceremos a quem nos ataca... O destino foi “ruim à beça” e só nos trouxe dissabores aberrantes... No desatino do fim da peça, nós dois agimos como atores farsantes... Tu finges que não me amas, confesso que finjo que já te esqueci... E te afliges quando declamas o meu verso de amor inspirado em ti... Vamos viver em paz, sem medo, com toda liberdade de atuação... Tens um dever: desfaz o enredo da inverdade e da racionalização...

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Então, vamos parar de representar... E vamos tentar viver o nosso papel real... Só assim conseguiremos consertar o desprazer desse escarcéu sentimental... Eu te conclamo, e declamo que te amo, te amo, te amo... Eu sempre te amarei... Jamais te esquecerei...

Eu não te esqueço

“Uma vez você falou que era meu o seu amor e ninguém ia separar você de mim...”. (Roberto Carlos).

“Mesmo sem querer, eu vou lembrar coisas tão difíceis de apagar. É, pra mim, difícil entender a vida sem você...”. (Fafá de Belém).

Quando tento te esquecer é que te relembro bem mais... Como posso te convencer que, sem ti, não vivo em paz... Não sei por que te amo, se até já me esqueceste... Nem sei por que declamo os versos que nem leste...

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Só sei que não te esqueço e nem me canso de escrever... De que vale o teu endereço, se tu não queres me ver??? Que mal te fiz para ser maltratado assim? Como serei feliz contigo tão longe de mim? Que mentira te contaram, sobre as coisas que eu não fiz? Por que nos separaram? Ao menos isso, por favor, diz... Eu não pude me defender, e nem tive tal oportunidade... Eu não consigo te esquecer, nem superar tanta saudade... Por que vivo a sofrer, pelo grande amor que senti, se tu nem queres ler os versos que eu fiz para ti??? Belém, 23/12/1996 (03 horas e 50 minutos).

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Nosso amor chegou ao fim

“Versos de amor, luz do luar, sonhos felizes, hoje não valem nada, sem você aqui...”.

(Jerry Adriani). Estou confuso, confesso, sobre o meu sentimento, exposto em cada verso, composto neste momento... Eu já nem sei se amo alguém vivendo longe de mim, não retribuindo, como convém, este meu amor sem fim... Não sei por que escrevo uns versos tão imbecis se, afinal, eu nada devo àquela que não me quis... Ou será que eu devo tudo, por ter se afastado de mim? Por que, então, eu me iludo, se nosso amor chegou ao fim??? Belém, 23/12/1996 (04 horas e 25 minutos).

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Sem explicação “Agindo assim você me deixa sem saída e vai embora com

minha história em sua vida...”. (José Augusto). Tudo bem, eu já entendi... Tu só foste embora magoada, porque “não correspondi” ao teu desejo de ser amada... Porém, isso é o que tu pensas... A história não é bem assim... Eu quero que tu te convenças o quanto és amada por mim... Eu nunca sei demonstrar o meu realista sentimento; também não sei declamar versos de arrependimento... Se soubesse, declamaria o quanto estou arrependido e, sinceramente, eu diria: o teu amor é correspondido... Belém, 23/12/1996 (04 horas e 50 minutos).

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De corpo e alma

Não pense que não lhe entendo e tente agir com bem calma, porque tudo o que eu pretendo e lhe amar de corpo e alma... Não pense que acho legal ficar tão longe de você... Eu não faço isso por mal, há um enorme porquê... Não pense que não pressinto quando você está pensando em mim... Se o nosso amor for infinito a nossa saudade, breve, terá um fim... Sou um homem insaciável, um “caçador de aventura”, e meu defeito imperdoável lhe traz muita amargura...

Não pense que não lhe entendo e tente agir com bem calma, porque tudo o que eu pretendo e lhe amar de corpo e alma...

Belém, 28/12/1996 (14 horas e 10 minutos).

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O eco de uma cantada

Com este verso, declamo: eu te amo, eu te amo... Com este verso, eu digo: fica comigo, fica comigo.. Com este verso, proponho: realiza meu sonho, realiza meu sonho... Com este verso, atende meu desejo: me dá um beijo, me dá um beijo... Com este verso, cafona: serás minha dona, serás minha dona... Com este verso, qualquer: serás minha mulher, serás minha mulher... Com este verso desafinado: serei teu amado, serei teu amado...

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Com este verso confiante: serei teu amante, serei teu amante... Com este verso proibido: serei teu marido, serei teu marido... Com este verso sem nexo: faremos sexo, faremos sexo... Com este verso afoito: serei teu coito, serei teu coito... Com este verso de paixão: serei teu tesão, serei teu tesão... Com este verso pretensioso: sentirei teu gozo, sentirei teu gozo... Com este verso feliz: pedirás bis, pedirás bis... Com este verso, eu espero: terei o que quero, terei o que quero... Com tanto verso assim: serás minha, enfim; serás minha, enfim...

Entende que eu te amo... fica comigo... realiza meu sonho... me dá um beijo... serás minha dona... serás minha mulher... serei teu amado... serei teu amante... serei teu marido... faremos sexo... serei teu coito... serei teu tesão... sentirei teu gozo... pedirás bis... terei o que quero... serás minha, enfim...

Belém, 28/12/1996 (23 horas e 50 minutos).

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Amores passados

Existem musas no mundo, lindas e enganadas, ouvindo, a cada segundo, perversas cantadas... Há tantas musas sozinhas, arfando no peito amor... Muitas delas serão minhas, seja lá de que jeito for... Mesmo por poucos dias, eu terei algumas delas, compondo rimas vadias, cantando canções belas... Depois, seguirei meu caminho, pagando as dores dos meus pecados, versejando e sofrendo sozinho, recordando alguns amores passados...

Belém, 29/12/1996 (01 hora e 28 minutos).

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Paixão

“Se quiser, grito pro mundo inteiro: estou apaixonado por você!”. (Fábio Jr.).

“Estou apaixonado e só penso em você a todo instante...”.

(João Paulo & Daniel).

Os teus beijos deliciosos, o teu olhar angelical e teus gestos carinhosos livram-me de todo mal... Fico extasiado, por estar contigo, na magia da madrugada, amparado nesse teu ombro amigo de esposa-amante-amada... Para conseguir viver longe do teu abraço consolador, seria preciso ser um monge, ao invés de um trovador... Portanto, quero estar junto de ti, por toda a vida, e te dizer: eu te amo muito, minha musa querida...

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Tenta vislumbrar o amor nos versinhos tão banais deste desafinado trovador, apaixonado, por ti, demais... Belém, 29/12/1996 (00 hora e 45 minutos).

Lágrima

“Choro porque sei que ainda te amo e você me amou e ama...”.

(Fábio Jr.).

Lágrima de saudade destrói qualquer maldade. Lágrima de alegria constrói qualquer poesia... Lágrima de amor inspira um trovador. Lágrima de falsidade afoga qualquer piedade... Lágrima de paixão refresca o coração. Lágrima de tormento pesca um sentimento...

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Lágrima de prazer ensina o que fazer. Lágrima de desencanto sempre doutrina tanto... Lágrima de criança: sabor de esperança. Lágrima de fim tem sabor ruim... Belém, 30/12/1996 (00 hora e 32 minutos).

Ontem

“Ainda ontem, chorei de saudade, relendo a carta, sentindo o perfume... O que fazer com essa dor que me invade?”.

(Moacir Franco)

Ontem, tu estavas comigo... Eu mordisquei tua boca... Eu lambuzei o teu umbigo... Eu sei que te deixei louca... Fizemos amor sorrindo, apaixonados, à beira mar, num momento tão lindo, sob a titânica luz do luar...

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Aproveitamos cada segundo, a nós dois, proporcionado... Fizemos, ali, o nosso mundo, o nosso castelo encantado... Agora, não há mais encanto, o nosso sonho chegou ao fim... De que adianta o meu pranto, se tu nem ligas mais para mim???

Belém, 30/12/1996 (01 hora e 20 minutos).

Hoje “Você que eu não encontro mais, os beijos que já não lhe

dou, fui tanto pra você e hoje nada sou...”. (Roberto Carlos).

Ontem, estavas ao meu lado, amando-me, eu diria: loucamente... Hoje, estás no meu passado, no meu futuro e no meu presente... Hoje, eu te amo em três tempos: passado, futuro e presente... Então, a separação fez eu te amar bem mais intensamente...

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Não há por que lamentar a tua triste ausência... Melhor, para mim, aceitar o fato, com paciência... Não vou sofrer como tolo, por tu não estares mais ao meu lado, se eu tenho tanto consolo no presente, no futuro e no passado...

Belém, 30/12/1996 (01 hora e 45 minutos).

Sempre

“Sempre no meu coração, o teu nome eu guardarei ...”. (Joana).

“Detalhes tão pequenos de nós dois

são coisas muito grandes pra esquecer...”. (Roberto Carlos).

Mesmo que, um dia, tu deixes de me querer, lembra da poesia: nunca irei te esquecer...

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É claro que eu não queria que isso tudo acontecesse... Porém, a intuição me pedia que tal verso eu escrevesse... Eu tive um pressentimento e, infelizmente, não me enganei... Por isso, naquele momento, o meu pobre verso eu te mostrei... E tu duvidaste de mim, dizendo: -“Sempre vou te querer, nosso amor não terá fim, isso, sim, tu haverás de escrever...”. Eu não estava enganado, já me dizia a intuição, autora do versinho rimado, no lugar da inspiração... Isso não tem importância, e sim o que vou escrever: apesar dessa distância, eu nunca irei te esquecer... Belém, 30/12/1996 (01 hora e 55 minutos).

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Na saudade

“Saudade, palavra triste, quando se perde um grande amor...”. (Joana).

“Você foi o melhor dos meus planos e o pior dos enganos...”.

(Roberto Carlos).

“Vi calor no seu olhar tão frio... A beleza do seu rosto esconde um coração vazio...”.

(Kátia).

Você foi, tão veloz como a gazela e forte como a leoa... Você foi, com sua voz sexy e bela, uma poetisa tão boa... Você foi a natureza selvagem, no mais puro esplendor... Você foi a inspiradora imagem lírica de um trovador... Você foi o verso perfeito, independente da rima, a inspiração no meu peito, e a minha “obra-prima”...

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Você foi a mistura perfeita da rima rica com a pobre... Você foi a princesa eleita, a minha musa mais nobre... Você foi a poesia pura, oferecendo esperança, burlando toda censura e toda a desconfiança... Seus olhos tinham cores das noites sem luar e a marca dos ex-amores que lhe fizeram chorar... O seu corpo era cheiroso, como o mais puro jasmim e seu prazer escandaloso era um temporal sem fim... A beleza do seu rosto escondia sua finalidade de me causar desgosto e me deixar na saudade... Belém, 30/12/1996 (02 horas e 30 minutos).

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Amor de verdade “E cada verso meu será pra te dizer que eu sei que vou

te amar, por toda a minha vida... Eu sei que vou te amar, em cada despedida em vou te amar e cada volta tua há de apagar o que esta tua ausência me causou...”.

(Vinícius de Mores)

Não sei por que você implora para que eu fique ao seu lado, dizendo: -“Não vá embora!”, se eu não fico e saio calado... Quando, na verdade, era eu para lhe falar assim... Eu vou, você espera, rezando e sofrendo por mim... Não faça tantos dramas quando eu for embora me deitar noutras camas, zanzando, mundo à fora... Sempre volto depois, porque, também, sinto saudade do prazer de nós dois e desse nosso amor de verdade...

Belém, 02/01/1997 (20 horas e 55 minutos).

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Amor de mentira

“É pena que você pense que eu sou seu escravo, dizendo que sou seu marido e não posso partir...”.

(Raul Seixas).

“Ok, tá no fim, a decisão é indiscutível, pois é você quem quer assim...”. (José Augusto).

Quem sabe, você até prefira ficar comigo, mesmo sabendo que nosso amor é de mentira; por isso, nós estamos sofrendo... Mas, eu prefiro partir e acabar com tudo de vez... Não tenho por que mentir: será melhor pra nós três... Vou assumir minha amante, vou acabar com a mentira, vivendo feliz, e bem distante, de toda essa sua nociva ira... Belém, 02/01/1997 (22 horas).

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Saudade sem fim

“Faz tempo que não te vejo, quero matar meu desejo, me mande um monte de beijo... Ai que saudade sem fim...”.

(Fábio Jr.).

“Estou de volta pro meu aconchego, trazendo, na mala, bastante saudade...”.

(Elba Ramalho).

Tenho os mesmos defeitos dos infiéis e arrogantes, que deitam em vários leitos e têm inúmeras amantes... Mas, eu falo por mim: tenho os meus sentimentos e uma saudade sem fim dos nossos bons momentos... Aceite-me de volta, perdoe minha infidelidade, abra logo essa porta e vamos matar a saudade... Belém, 02/01/1997 (22 horas e 15 minutos).

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Amor fecundo

“Eu sou aquele amante à moda antiga,

do tipo que ainda manda flores...”. (Roberto Carlos).

Orquídea, flor excitante, traga de volta para mim a minha querida amante... Linda rosinha amarela, gira-sol, margarida e jasmim, vão logo na casa dela, demonstrar meu amor sem fim... Todas as flores do mundo, digam à minha amada assim: o meu amor é fecundo! Porém, com ela longe de mim, morrerei num segundo... Belém, 03/01/1997 (11 horas).

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Lembra

“Lembrança de nós dois, retratos e canções, um filme de amor que nunca chega ao fim...”.

(Sandra de Sá).

“Um grande amor não vai morrer assim; por isso, de vez em quando, você vai lembrar de mim...”.

(Roberto Carlos). Lembra um pouco de nós e do infinito amor que fizemos, quando estávamos à sós, e do quanto, por ele, sofremos... Lembra um pouco da vida que vivemos lado a lado, antes da nossa despedida e do teu choro sufocado...

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Lembra um pouco de ti, esquece o que for ruim... Se sentires o que senti, volta depressa pra mim... Lembra que eu fiz o que pude para vivermos em paz... Que essa lembrança nos ajude e te faça voltar atrás...

Belém, 03/01/1997 (11 horas e 20 minutos).

Só você

“Na realidade, aqui em mim, você ficou...”. (Roberto Carlos).

“Poetas vivem sós nos corações... São anjos, são pessoas são Drumonds...”. (José Augusto).

Eu fui exilado, minha querida, fui banido do meu país, por uma corja corrompida que fez de mim o que bem quis... Vivendo longe, minha cara, sem culpa e sem perdão, a minha tristeza não sara, eu quase morri na solidão...

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Meu corpo está doente, o meu coração está triste e só não fiquei demente porque sei que você existe... Você refaz minha vida, você é o meu país, você é a musa preferida, só você me faz feliz... Belém, 08/08/1997 (14 horas e 45 minutos).

Minha declaração de amor

“Estou apaixonado e este amor é tão grande...”. (João Paulo & Daniel).

“Eu tenho tanto pra lhe falar... Mas, com palavras, não sei dizer

como é grande o meu amor por você...”. (Roberto Carlos).

“O amor é mesmo assim... Quem sabe, um dia, eu faça uma canção pra sufocar por dentro essa emoção...”. (José Augusto).

Eu nunca imaginei que a musa ideal, idealizada pela minha eclética emoção, existiria nesta anti-poética vida real e me dominaria com a sua “submissão”...

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Estou completamente dominado, pela musa realizadora do meu sonho... Eu devo me declarar apaixonado, por meio de cada verso que componho... Porém, não consigo poetizar meu amor e minha paixão, por quem conseguiu realizar um sonho do meu coração... Tudo o que posso dizer é: amo! Eu amo, de corpo e alma, a musa dos versos que declamo, com ardor, desejo e calma... Quisera ser um cantor, para cantar uma canção, declamando o meu amor à dona do meu coração... Como sou poeta desafinado, eu só versejo desse jeito, declarando-me apaixonado, com um poema imperfeito... Belém, 23/09/1997 (23 horas e 30 minutos).

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Num pôr- do- sol

“Foi assim, como um resto de sol no mar, como a brisa da preamar,

nós chegamos ao fim...” . (Paulo André & Rui Barata). “Em minhas mão ficaram só as algemas das lembranças, o vazio do

teu corpo o suor da tua pele, pedaços de uma canção que me prende a um passado tão bonito...”. (Kátia).

“Aonde está você, me telefona, me chama, me chama, me chama...”. (Lobão).

Pareço um cão vagabundo, andando pelas ruas a sofrer, farejando o chão do mundo, na esperança de poder te ver.... Farejo teu cheiro nas esquinas, nas igrejas, nas praças, nos bares... Peço informações, dou propinas e te procuro, por inúmeros lugares... O meu instinto não desiste da esperança de te reencontrar... Talvez, um dia, eu te aviste, num pôr- do -sol, à beira do mar...

Belém, 22/05/1996

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Decisão

“Eu quero você, como eu quero...”. (Paula Toler).

Com todas cortinas cerradas casada com a triste solidão, com todas as luzes apagadas, assim, eu avisto a tua residência e, enfim, vislumbro teu coração, outrora cheio de resplandecência, de carinho, de amor e de paixão... Hesito em bater na tua porta... O que tu irás me dizer? Minha vida ainda te importa? Será que queres me ver? Só sei que eu ainda te quero! Já vim aqui e voltei sem avisar... Hoje, eu te chamarei e só espero podermos, ao menos, conversar, para eu dizer que ainda te quero... Mesmo que tenhas deixado de me querer, espero que venhas aqui fora me receber...

Belém, 27/04/1996

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Confirmação “Esses moços, pobres moços... Ah, se soubessem o que eu sei, não

amavam, não passavam, aquilo que já passei...”. (Lupicinho Rodrigues).

Quando te vejo, relembro de tudo o que eu já sofri por te querer... Não quero, só estou certo, contudo, que tu, também, deverás sofrer... Todos os dias, eu te espero, apenas, para olhar para ti... Não é teu corpo que quero, nem os gozos que já senti... O que quero, na verdade, é tão-somente me convencer, sem vir fugir da realidade, que será melhor te esquecer... Eu te encaro, sem ressentimentos, a cada dia que se passa... Mesmo nos teus piores momentos, tu passas fazendo pirraça... Porém, eu só te vejo porque insisto em confirmar tudo o que já sei: melhor se nunca eu tivesse te visto, para não passar pelo que passei...

Belém, 27/04/1996

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Liberdade “Eu vou agora mudar, não quero mais saber de você... Esqueça, vê se dá pra entender... Eu quero é viver...”.

(Fábio Jr.). É, quem diria que eu pudesse, finalmente, te esquecer? Todos os dias, quando anoitece, eu procuro me convencer de que tua lembrança é, inteiramente, descartável... O luar me dá confiança contra o teu ciúme intratável... Estrelas iluminam o meu caminho à procura do verdadeiro bem querer, disposto a compartilhar o carinho, o amor, a liberdade, a paz e o prazer... A noite é toda minha, como só teus foram os meus beijos... Por uma paixão bobinha, fui escravizado pelos teus desejos... No entanto, amando a liberdade, eu venci os laços dos teus beijos e abraços... Noutros sinceros braços, eu me convenci a separar todos os nossos espaços... Difícil, difícil mesmo, foi te esquecer... Mas, Deus seja louvado!, eu já te esqueci. A saudade era mais forte ao anoitecer... Hoje, quando anoiteceu, eu nem percebi.

Belém, 27/04/1996

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Conclusão

Sonho ou realidade? Loucura ou paixão? Presença ou saudade? Sentimento ou razão? Talvez, seja só mesmo um sonho, um pesadelo é que não... Quem sabe, seja amor, suponho, com sentimento e razão... Talvez, seja a grande saudade da presença da paixão, que fez fluir, com naturalidade, estas rimas do coração...

Belém, 31/03/1996

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Acabou

Vou lhe esquecer de uma vez, vou refazer a minha vida... Todo o mal que você já me fez sarou, após a despedida... Será melhor eu viver sozinho a ter você do meu lado... Não cruze mais meu caminho, esqueça nosso passado... Eu deixei pra trás as nossas lembranças, melhor você fazer isso, também... Não tenho ódio, não penso em vinganças, nem devo satisfações a ninguém... Viva, em paz, a sua vida... Esqueça de mim, por favor... Nossa história está perdida nas entrelinhas do amor...

Belém, 18/11/1996 (02 horas).

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O último verso

“Ah! Eu vim aqui, amor, só pra me despedir... E as últimas palavras desse nosso amor você vai ter que ouvir...”. (Roberto Carlos).

“Dei amor a quem não merecia. Eu pensei que era uma jóia rara,

era bijuteria...”. (Kátia).

Não vou mais escrever nenhum verso apaixonado... Nem quero mais lhe ver, o nosso caso está acabado... Não vou mais implorar para que tu voltes para mim... Será melhor eu aceitar que nosso amor chegou ao fim... Não vou mais declamar versos de amor e de saudade... Agora, só deverei amar quem me ama, sem falsidade... Este é o último verso que estou fazendo para ti... Por ele, eu te confesso: foi em vão o amor que senti...

Belém, 03/01/1997 (12 horas).

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A última confissão

“A poesia foi, para mim, uma mulher cruel, em cujos braços me abandonei, sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que, por ela abandonei...”.

(Vinícius de Moraes).

Chega: abusaste do poder da maldade! Julgaste-me, com bobinha parcialidade, e me acusaste de ter irresponsabilidade, quando tudo o que eu tinha era saudade.

Ah! Se soubesses o quanto eu te amei e só fiquei longe contra a vontade... Caso tu te interesses pelo que declamei, entenderás que te digo a verdade...

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Então, quero solicitar um favor: perdoa-me, por eu ter tentado fazer questão de confessar meu amor e ter te causado tamanho desprazer...

Guardarei o que sinto no peito... Eu esquecerei de ti, de uma vez, pois sei que não há mais jeito no romance que o destino desfez...

E, pela derradeira ocasião, estou te confessando: jamais minha verdadeira confissão tentou perturbar a tua paz...

Por que gritas que tens uma paixão, que é bem mais importante que eu, e só te irritas com minha confissão? O que sentias, por mim, já morreu?

Claro que não me esqueceste... Com certeza, ainda me amas... Eu declaro que tu te perdeste, na malvadeza de tuas tramas...

Porém, eu amo quem tu eras... Já não és mais a pessoa que amei... Se, ontem, eu vivi de quimeras, a partir de hoje, eu te esquecerei...

Belém, 31/07/2004 (16 horas e 30 minutos).