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Novembro de 2014 TRIBUNAL ADMINISTRATIVO RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013 VI-1 VI EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DA DESPESA 6.1 Enquadramento Legal O n.º 1 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), define a despesa pública como todo o dispêndio, pelo Estado, de recursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua proveniência ou natureza, com ressalva daqueles em que o beneficiário se encontra obrigado à reposição dos mesmos. Por sua vez, o n.º 2 do mesmo artigo preceitua que “Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia”. Nos termos do artigo 11 da lei supracitada, compete aos órgãos e instituições que integram o Subsistema do Orçamento do Estado, dentre outras responsabilidades, preparar e propor os elementos necessários para a elaboração do Orçamento do Estado e avaliar os processos de execução orçamental e financeira. As regras atinentes à execução do Orçamento do Estado de 2013 constam da Lei n.º 1/2013, de 7 de Janeiro, que aprova o Orçamento do Estado daquele ano, das Circulares n.ºs 05/GAB- MF/2012, de 28 de Dezembro, e 03/GAB-MF/2012, de 16 de Outubro, ambas do Ministro das Finanças, referentes à Administração e Execução do Orçamento e do Encerramento do Exercício, respectivamente, dos Regulamentos do SISTAFE e da Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovados, respectivamente, pelos Decretos n.º 23/2004, de 20 de Agosto, e n.º 15/2010, de 24 de Maio, do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 169/2007, de 31 de Dezembro, actualizado pelo Diploma Ministerial n.º 181/13, ambos do Ministério das Finanças, das Instruções sobre a Execução do Orçamento do Estado, emitidas pela Direcção Nacional de Contabilidade Pública, em 31 de Outubro de 2000 e das Instruções de Execução Obrigatória do Tribunal Administrativo, de 29 de Dezembro de 2008. Quanto à responsabilidade financeira dos gestores públicos, o n.º 5 do artigo 66 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, estabelece que “O Estado tem direito de regresso sobre todo o funcionário público que cause, por seu acto ou omissão, prejuízos ao Estado”. 6.2 - Considerações Gerais No âmbito da análise da execução da Despesa, no exercício em consideração, foram auditadas 74 entidades, sendo 45 do nível central, 5 do provincial, 15 do distrital e 9 do autárquico. No decurso das auditorias, não foram disponibilizados, para verificação, os comprovativos das despesas realizadas com receitas próprias e consignadas, nas componentes Funcionamento e Investimento, no valor de 176.865.458,73 Meticais, o que representa 0,9% da amostra auditada, de 19.238.783.950,60 Meticais. Constatou-se, também, que os arquivos dos processos de despesa continuam sem estar devidamente organizados, o que dificultou a apresentação de justificativos das transacções, durante a realização das auditorias.

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Novembro de 2014

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-1

VI – EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DA DESPESA

6.1 – Enquadramento Legal

O n.º 1 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), define a despesa pública como todo o

dispêndio, pelo Estado, de recursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua proveniência ou natureza, com ressalva daqueles em que o beneficiário se encontra obrigado à reposição dos

mesmos.

Por sua vez, o n.º 2 do mesmo artigo preceitua que “Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no Orçamento

do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia”.

Nos termos do artigo 11 da lei supracitada, compete aos órgãos e instituições que integram o Subsistema do Orçamento do Estado, dentre outras responsabilidades, preparar e propor os elementos necessários para a elaboração do Orçamento do Estado e avaliar os processos de

execução orçamental e financeira.

As regras atinentes à execução do Orçamento do Estado de 2013 constam da Lei n.º 1/2013, de

7 de Janeiro, que aprova o Orçamento do Estado daquele ano, das Circulares n.ºs 05/GAB-MF/2012, de 28 de Dezembro, e 03/GAB-MF/2012, de 16 de Outubro, ambas do Ministro das Finanças, referentes à Administração e Execução do Orçamento e do Encerramento do

Exercício, respectivamente, dos Regulamentos do SISTAFE e da Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovados,

respectivamente, pelos Decretos n.º 23/2004, de 20 de Agosto, e n.º 15/2010, de 24 de Maio, do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 169/2007, de 31 de Dezembro, actualizado pelo Diploma Ministerial n.º

181/13, ambos do Ministério das Finanças, das Instruções sobre a Execução do Orçamento do Estado, emitidas pela Direcção Nacional de Contabilidade Pública, em 31 de Outubro de 2000 e

das Instruções de Execução Obrigatória do Tribunal Administrativo, de 29 de Dezembro de 2008.

Quanto à responsabilidade financeira dos gestores públicos, o n.º 5 do artigo 66 da Lei n.º

9/2002, de 12 de Fevereiro, estabelece que “O Estado tem direito de regresso sobre todo o funcionário público que cause, por seu acto ou omissão, prejuízos ao Estado”.

6.2 - Considerações Gerais

No âmbito da análise da execução da Despesa, no exercício em consideração, foram auditadas 74 entidades, sendo 45 do nível central, 5 do provincial, 15 do distrital e 9 do autárquico. No

decurso das auditorias, não foram disponibilizados, para verificação, os comprovativos das despesas realizadas com receitas próprias e consignadas, nas componentes Funcionamento e

Investimento, no valor de 176.865.458,73 Meticais, o que representa 0,9% da amostra auditada, de 19.238.783.950,60 Meticais.

Constatou-se, também, que os arquivos dos processos de despesa continuam sem estar

devidamente organizados, o que dificultou a apresentação de justificativos das transacções, durante a realização das auditorias.

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A alínea d) do n.º 7.1 das Instruções Sobre a Execução do Orçamento do Estado, da Direcção

Nacional de Contabilidade Pública, de 31 de Outubro de 2000 (BR n.º 17, II Série, de 25 de Abril de 2001), estabelece que nenhum registo poderá ser efectuado sem a existência de documentos comprovativos, que deverão ser arquivados por verbas e anos, para facilitar a sua

identificação.

Nos termos da alínea e) do n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente à

organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo, constitui infracção financeira a sonegação ou deficiente prestação de informações ou documentos pedidos pelo Tribunal Administrativo e, segundo o n.º 1 do artigo 4 da mesma lei, todas as

entidades públicas são obrigadas a fornecer, com toda a urgência e com preferência a qualquer outro serviço, as informações e processos que lhes forem pedidos.

De acordo com o artigo 94 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, supra mencionada, constitui alcance o desaparecimento de dinheiros ou outros valores do Estado ou de outras entidades públicas, independentemente da acção do agente nesse sentido.

Verificou-se, no exercício económico de 2013, o pagamento de despesas com recurso a verbas inapropriadas, bem como o uso de fundos de projectos de investimento para pagamento de

despesas fora dos objectivos pelos quais tais projectos foram inscritos no Orçamento do Estado.

Na CGE em apreço, não constam informações de alguns projectos de investimento executados

com fundos externos que não transitam pela Conta Única de Tesouro.

No que concerne a esta questão, o Executivo, pronunciando-se em sede do contraditório do

Relatório sobre a CGE de 2013, afirmou que “…tem vindo a trabalhar com os financiadores e as agências de cooperação para a obtenção e melhoria de informação relativa à programação e execução dos projectos com financiamento externo”.

Foi constatada, igualmente, a falta de guias de marcha, que deverão ser emitidas por cada deslocação e das quais deve constar a indicação de datas e horas das apresentações nos locais

de execução das actividades, à luz do estabelecido no n.º 2 do artigo 58 do Regulamento do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado, aprovado pelo Decreto n.º 62/2009, de 8 de Setembro, e de relatórios dos trabalhos realizados, nos processos de pagamento de ajuda de

custo, os quais deveriam ser apresentados no prazo de 7 dias do termo das deslocações, segundo dispõe o argigo 129 do mesmo regulamento.

O n.º 3 do artigo 26 do Diploma Ministerial n.º 58/89, de 19 de Julho, dos Ministros da Administração Estatal e das Finanças, dispõe que a não apresentação do relatório implicará o não abono das ajudas de custo a que haja lugar e o reembolso do adiantamento, porventura

efectuado, ou das despesas pagas.

Em algumas entidades auditadas, foram detectadas divergências entre os valores indicados nas

Requisições de Pagamento de Salários e os registados nos Mapas Demonstrativos Consolidados do e-SISTAFE, o que contraria o estatuído no n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, segundo o qual a Conta Geral do Estado deve ser elaborada com

clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise económica e financeira.

Constatou-se que com fundos do Orçamento do Estado, foram concedidos empréstimos a

funcionários. Esta prática não tem enquadramento legal, estando-se, por isso, em presença de uma violação das normas sobre a elaboração e execução dos orçamentos, o que constitui

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infracção financeira, conforme o disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009,

de 29 de Setembro.

Registaram-se pagamentos de despesas de anos anteriores sem que, no orçamento de 2013 destas, esteja inscrita a verba adequada (Despesas por Pagar e/ou Exercícios Findos), para

suportar este tipo de despesas.

O n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 Fevereiro estabelece que “Nenhuma despesa pode

ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia”.

Ainda, nos termos do n.º 3 do artigo 15 da Lei n.º 9/2009, de 12 de Fevereiro, as despesas só podem ser assumidas durante o ano económico para o qual tiverem sido orçamentadas. As

referentes a anos anteriores devem ser contabilizadas em rubrica específica no Orçamento do Estado, segundo dispõe o n.º 1 do artigo 83 do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF).

Não foram retidos na fonte 323.906,77 Meticais, de IRPS, sendo sobre rendimentos do trabalho (40.000,00 Meticais) e sobre rendas de instalações (283.906,77 Meticais), no acto do

pagamento de despesas, no montante de 2.227.905,50 Meticais.

De acordo com o estabelecido na alínea d) do n.º 1 do artigo 32 do Regulamento do CIRPS, aprovado pelo Decreto n.º 8/2008, de 16 de Abril, as entidades que disponham ou devam

dispôr de contabilidade organizada são obrigadas a reter o imposto, mediante a aplicação da taxa de 20%, sobre os rendimentos do trabalho independente.

A falta de retenção na fonte, do IRPS, no acto de pagamento de rendas, constitui transgressão fiscal, por violação do preceituado nos n.ºs 3 e 5, ambos do artigo 65 do Código do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRPS), aprovado pela Lei n.º 33/2007, de 31 de

Dezembro, que obriga as entidades que tenham contabilidade organizada a reter o imposto, mediante a aplicação da taxa de 20%, sobre o valor das rendas pagas, depois de deduzidos

30% do rendimento ilíquido, a título de despesas de manutenção e conservação dos imóveis em causa.

Este comportamento, para além do pagamento do IRPS devido é punível com multa, nos

termos do Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pelo Decreto n.º 46/2002, de 26 de Dezembro.

Apesar de terem sido previstos, no Orçamento, projectos de investimento, no valor de 12.962.617,79 Meticais, não foram executados, o que revela deficiências, tanto na planificação, quanto na execução.

No orçamento de algumas entidades, não foi inscrita a verba adequada (Despesas por Pagar e/ou Exercícios Findos), para suportar este tipo de despesas.

O n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 Fevereiro estabelece que “Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja

justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia”.

Na celebração dos contratos de pessoal, empreitada de obras, fornecimento de bens, prestação

de serviços, consultoria e arrendamento, nem sempre se obedeceu às normas e procedimentos legalmente instituídos no Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas,

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Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15/2010,

de 24 de Maio, e demais legislação aplicável.

Ainda, nas instituições auditadas, foi constatada a execução de despesas acima dos montantes dos respectivos contratos, sem que se tivesse elaborado qualquer adenda, contrariando-se o

preceituado na alínea b) do n.º 1 do artigo 54 do Regulamento atrás aludido, segundo o qual a alteração do valor contratual deve ser fundamentada e celebrada a respectiva apostila.

6.3 – Análise Global da Evolução da Execução Orçamental da Despesa

No quadro e gráfico seguintes, apresenta-se a evolução da execução orçamental da Despesa de 2009 a 2013, com base na informação colhida das Contas Gerais do Estado daqueles anos.

Quadro n.º VI.1 – Evolução da Execução do Orçamento da Despesa

ValorPeso

%Valor Peso % Valor

Peso

%Valor

Peso

%Valor Peso %

Funcionamento 43.793 51,6 59.356 55,4 70.989 55,5 83.805 57,7 95.655 52,5 14,1 118,4

Investimento 35.336 41,6 43.681 40,8 51.012 39,9 53.457 36,8 72.301 39,7 35,2 104,6

Operações Financeiras 5.747 6,8 4.049 3,8 5.935 4,6 7.983 5,5 14.235 7,8 78,3 147,7

Despesa Total 84.876 100 107.086 100 127.935 100,0 145.245 100 182.191 100 25,4 114,7

PIB 269.346 312.752 365.334 407.903 461.101

Índice de Inflação 1,1270 1,1035 1,0209 1,0420

Crescimento Anual da

Despesa (%)26,2 19,5 13,5 25,4

Crescimento da Despesa

no Período (%) 26,2 50,7 71,1 114,7

Despesa/PIB (%) 31,5 34,2 35,0 35,6 39,5

(Em milhões de Meticais)

Fonte: Mapas III, IV e V da CGE (2009-2013).

Var. %

13/09

2013

Taxa de inflação média acumulada entre 2009 e 2013 {(1,127*1,1035*1,0209*1,042) -1}*100 = 32,3%.

Execução do Orçamento

da Despesa

20102009 20122011Var. %

13/12

Como se observa no quadro, a despesa total executada, de 2009 a 2013, registou crescimentos anuais de 26,2%, em 2010, 19,5%, em 2011, 13,5%, em 2012, e 25,4%, em 2013.

Gráfico n.º VI.1 – Evolução da Execução do Orçamento da Despesa

Fonte: Mapa III, IV e V da CGE (2009-2013) e Quadro 7 da CGE de 2013.

No exercício económico de 2013, as Despesas de Funcionamento cresceram 14,1% e as de

Investimento, 35,2%, relativamente ao ano de 2012.

0

20,000

40,000

60,000

80,000

100,000

120,000

2009 2010 2011 2012 2013

Funcionamento

Investimento

Operações Financeiras

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Refira-se, ainda, que:

a) A proporção da despesa em relação ao PIB tem vindo a crescer, com as taxas de 31,5%, em 2009, 34,2% em 2010, 35,0%, em 2011, 35,6%, em 2012 e 39,5%, em 2013, o que significa que a despesa total, em cada ano, tem aumentado numa

proporção maior do que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

b) As Operações Financeiras, em 2013, cresceram 78,3%;

c) As Despesas de Funcionamento tiveram sempre, ao longo do quinquénio, um peso superior ao das Despesas de Investimento, cifrando-se essa diferença, em 2013, em 12,8 pontos percentuais.

d) De 2009 a 2013, o crescimento das Despesas de Funcionamento foi de 118.4%, das de Investimento, 104,6% e das Operações Financeiras, 147,7%

e) O crescimento acumulado da Despesa Total, em termos nominais, foi de 114,7%. Considerando a taxa de inflação média acumulada, no período, de 32,3%, apura-se um crescimento real de 62,3%1.

6.4 – Execução Global do Orçamento da Despesa Segundo a Classificação Funcional

O Quadro n.º VI.2, adiante, ilustra a execução da Despesa por funções, com destaque para as

áreas consideradas prioritárias, no âmbito do Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP).

Neste quadro, são indicadas as principais sub-funções dos Sectores/Instituições prioritários,

comparando-se as respectivas dotações orçamentais com a sua execução, incluindo as Operações Financeiras.

1 Taxa de crescimento real da despesa no quinquénio: {(2,147/1,323)-1} *100=62,3 % .

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Quadro n.º VI.2 – Execução do Orçamento da Despesa, Segundo a Classificação

Funcional

Valor %Peso %

Educação 32.823 31.703 96,6 19,3

Ensino Geral 27.513 27.048 98,3 16,5

Ensino Superior 5.310 4.655 87,7 2,8

Saúde 22.731 20.869 91,8 12,7

Sistema de Saúde 22.575 20.715 91,8 12,6

HIV/SIDA 156 153 98,2 0,1

Infra-estruturas 28.557 26.220 91,8 16,0

Energia e Recursos Minerais 2.056 1.353 65,8 0,8

Estradas 18.177 17.180 94,5 10,5

Águas 7.003 6.513 93,0 4,0

Obras Públicas 1.321 1.173 88,8 0,7

Programa Contas dos Desafios do Milénio523 523 100,0 0,3

Agricultura e Desenvolvimento Rural15.159 13.548 89,4 8,3

Boa Governação 15.656 15.174 96,9 9,3

Segurança e Ordem Pública 7.989 7.733 96,8 4,7

Administração Pública 4.816 4.600 95,5 2,8

Sistema Judicial 2.851 2.841 99,6 1,7

Outros Sectores Prioritários 5.514 5.272 95,6 3,2

Acção Social 4.900 4.738 96,7 2,9

Trabalho e Emprego 613 535 87,3 0,3

Total Sectores Prioritários 120.963 113.309 93,7 69,1

Restantes Sectores 55.291 50.677 91,7 30,9

Despesa Sem Encargos da Dívida e

Operações Financeiras 176.254 163.986 93,0 100

Encargos da Dívida 5.622 3.970 70,6

Operações Financeiras 14.496 14.235 98,2

Despesa Total 196.372 182.191 92,8

(Em milhões de Meticais)

Sectores PrioritáriosDotação

Actualizada

Execução

Fonte: Mapa I-1-2 da CGE de 2013.

No Quadro n.º VI.2, observa-se que o nível de execução dos sectores prioritários que integram o PARP, em termos globais, foi de 93,7% e o dos restantes sectores, de 91,7%. A execução da

despesa total fixou-se em 92,8%, com as Operações Financeiras a registarem uma execução de 98,2% e os Encargos da Dívida, 70,6%.

Quanto ao peso, na Despesa Total sem Encargos da Dívida, verifica-se, ainda, no mesmo

quadro, que o sector da Educação é o que apresenta a maior expressão, com 19,3%, seguido dos sectores das Infra-estruturas e da Saúde, com 16,0%, e 12,7%, respectivamente.

Seguem-se os sectores da Boa Governação, com 9,3%, e o sector da Agricultura e Desenvolvimento Rural, com 8,3%.

No sector da Educação, o Ensino Geral assume o maior destaque com 16,5%. Nas Infra-

estruturas, o destaque vai para as Estradas, com um peso de 10,5%.

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6.5 – Execução Global da Componente Funcionamento do Orçamento

No quadro a seguir, verifica-se que, na Componente Funcionamento, foram gastos 95.654.687 mil Meticais, dos quais, 47.628.202 mil Meticais (49,8%) correspondem às despesas de Âmbito Central, 26.608.394 mil Meticais (27,8%), do Provincial, 19.897.232 mil Meticais

(20,8%), do Distrital, e 1.520.859 mil Meticais (1,6%), do Autárquico.

Quadro n.º VI.3 – Distribuição das Despesas de Funcionamento

Por Âmbito

CorrentesPeso

(%) CapitalPeso

(%)

Central 47.313.428 49,7 314.773 77,0 47.628.202 49,8

Provincial 26.565.250 27,9 43.144 10,6 26.608.394 27,8

Distrital 19.846.403 20,8 50.829 12,4 19.897.232 20,8

Autárquico 1.520.859 1,6 0 0,0 1.520.859 1,6

Total 95.245.941,00 100 408.746 100 95.654.687 100

Peso 99,6 0,4 100

Fonte: Mapa III da CGE de 2013.

(Em mil Meticais)

Âmbito

Despesas

TotalPeso

(%)

Constata-se que, do total executado nesta componente, 99,6% foi em Despesas Correntes, assumindo as Despesas de Capital a participação de 0,4%.

Evidencia-se, no Quadro n.º VI.4, que se segue, a dotação e execução da Componente Funcionamento e das Operações Financeiras. A execução global das despesas de funcionamento foi de 94,8%, com as Despesas Correntes e as de Capital a registarem uma

realização de 95,0% e 61,9%, respectivamente.

Quadro n.º VI.4 – Execução Global da Componente Funcionamento e Operações

Financeiras

Valor %Peso

(%)

1 Despesas Correntes 100.216.594 95.245.941 95,0 99,6

11 Despesas com o Pessoal 50.759.406 49.521.006 97,6 51,8

12 Bens e Serviços 19.930.461 18.859.066 94,6 19,7

13 Encargos da Dívida 5.622.421 3.969.731 70,6 4,2

14 Transferências Correntes 16.046.126 15.397.979 96,0 16,1

15 Subsídios 3.371.934 3.371.331 100,0 3,5

16 Exercícios Findos 331.069 226.410 68,4 0,2

17 Demais Despesas Correntes 4.155.178 3.900.418 93,9 4,1

2 Despesas de Capital 659.864 408.746 61,9 0,4

21 Bens de Capital 659.864 408.746 61,9 0,4

100.876.458 95.654.687 94,8 100

24 Operações Financeiras 14.496.298 14.235.323 98,2 100

241 Operações Activas 10.654.543 10.564.542 99,2 74,2

242 Operações Passivas 3.841.755 3.670.781 95,5 25,8

Fonte: Mapas III e V da CGE de 2013.

CED Designação

(Em mil Meticais)

Execução

Total Componente Funcionamento sem

Operações Financeiras

Dotação

Orçamental

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-8

Na execução das Despesas Correntes, destacam-se as Despesas com o Pessoal, que

representam 51,8%, seguidas dos Bens e Serviços e das Transferências Correntes, com 19,7% e 16,1%, respectivamente.

A execução das Operações Financeiras foi de 98.2%, com as Operações Activas a situarem-se

em 99,2% e as Passivas, em 95,5%.

6.5.1 – Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Central

O quadro e gráficos seguintes apresentam a evolução das despesas da Componente Funcionamento, de Âmbito Central, nos últimos cinco anos.

Quadro n.º VI.5 – Evolução da Execução da Componente Funcionamento

De Âmbito Central

Designação 2009 2010 2011 2012 2013Var. %

13/09

Despesas com o Pessoal 9.657.433 11.187.637 13.711.535 15.425.163 18.268.767 59,7

Crescimento anual (%) - 15,8 22,6 12,5 18,4 -

Restantes Despesas 13.050.606 20.858.575 24.553.471 28.877.779 29.359.434 121,3

Crescimento anual (%) - 59,8 17,7 17,6 1,7 -

Total 22.708.039 32.046.212 38.265.007 44.302.941 47.628.202

Crescimento do Período (%) - 41,1 68,5 95,1 109,7

(Em mil Meticais)

Fonte: Mapa III da CGE (2009-2013).

Relativamente ao ano de 2009, a despesa do exercício de 2013 representa um crescimento de

109,7%. As despesas de 2010, 2011 e 2012 tiveram taxas de evolução de 41,1%, 68,5% e 95,1%, respectivamente.

A variação anual das Despesas com o Pessoal foi, em 2013, de 18,4% e a das Restantes

Despesas de 1,7%.

Gráfico n.º VI.2 – Evolução da Execução da Componente Funcionamento de Âmbito

Central

Fonte : Mapa III da CGE (2009-2013).

9.657.433 11.187.637 13.711.535 15.425.163 18.268.767

13.050.606

20.858.575

24.553.471

28.877.77929.359.434

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

2009 2010 2011 2012 2013

Em

mil

Me

tica

is

Restantes Despesas

Despesas com o Pessoal

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-9

A seguir, no Quadro n.º VI.6, apresenta-se a execução de uma amostra de 71,6% das despesas

de funcionamento de organismos de Âmbito Central, seleccionada com base no volume do orçamento alocado a cada entidade.

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013 VI-10

Quadro n.º VI.6 – Execução das Despesas de Funcionamento – Âmbito Central

Ordem Designação 2009Peso

(%)2010

Var. (%)

10/09

Peso

(%)2011

Var. (%)

11/10

Peso

(%)2012

Var. (%)

12/11

Peso

(%)2013

Var. (%)

13/12

Peso

(%)

Var.( %)

13/09

1 Presidência da República 698.447 3,1 1.029.385 47,4 3,2 1.025.681 -0,4 2,7 1.156.798 12,8 2,6 1.343.318 16,1 2,8 92,3

2Forças Armadas de Defesa de

Moçambique1.829.995 8,1 2.108.286 15,2 6,6 2.753.952 30,6 7,2 2.931.606 6,5 6,6 3.715.555 26,7 7,8 103,0

3 Ministério do Interior 2.678.804 11,8 2.808.148 4,8 8,8 3.689.261 31,4 9,6 4.115.712 11,6 9,3 5.548.999 34,8 11,7 107,1

4Serviço de Informações e Segurança do

Estado662.263 2,9 748.876 13,1 2,3 867.118 15,8 2,3 964.365 11,2 2,2 1.276.733 32,4 2,7 92,8

5Embaixadas e Outras Representações

Diplomáticas753.401 3,3 931.469 23,6 2,9 1.071.645 15,0 2,8 907.640 -15,3 2,0 1.029.091 13,4 2,2 36,6

6 Autoridade Tributária de Moçambique 1.333.454 5,9 1.706.292 28,0 5,3 2.329.210 36,5 6,1 3.049.497 30,9 6,9 3.236.828 6,1 6,8 142,7

7 Direcção Geral de Impostos 3.462.209 _ 7,3 _

8 Universidade Eduardo Mondlane 820.229 3,6 1.023.915 24,8 3,2 1.379.516 34,7 3,6 1.416.630 2,7 3,2 1.764.238 24,5 3,7 115,1

9 Ministério da Saúde 939.275 4,1 1.177.833 25,4 3,7 1.071.503 -9,0 2,8 2.232.898 108,4 5,0 2.531.463 13,4 5,3 169,5

10 Encargos da Dívida - Central 1.370.689 6,0 2.672.857 95,0 8,3 3.501.045 31,0 9,1 4.125.408 17,8 9,3 3.969.731 -3,8 8,3 189,6

11 Transferências às Famílias - Central 1.738.328 7,7 2.389.19237,4

7,5 2.506.695 4,9 6,6 3.771.941 50,5 8,5 2.867.207 -24,0 6,0 64,9

12 Subsídios - Central 437.512 1,9 5.259.101 1.102,0 16,4 5.237.980 -0,4 13,7 5.240.235 0,0 11,8 3.371.331 -35,7 7,1 670,6

13.262.397 58,4 21.855.354 64,8 68,2 25.433.605 16,4 66,5 29.914.742 17,6 67,5 34.116.702 14,0 71,6 157,2

22.708.039 100 32.046.212 41 100 38.265.007 19,4 100 44.302.941 15,8 100 47.628.201 8 100,0 109,7

58,4 68,2 66,5 67,5 71,6

(Em mil Meticais)

Amostra

Total

Amostra (%)

Fonte: CGE (2009-2013)-Mapa III-6.

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Novembro de 2014

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VI-11

No Quadro n.º VI.6, destacam-se, em 2013, no total das despesas de funcionamento, o Ministério do Interior, com 11,7%, os Encargos da Dívida - Central, com 8,3%, as Forças

Armadas de Defesa de Moçambique, com 7,8%, a Direcção Geral dos Impostos, com 7,3%, o Sector Subsídios - Central, com 7,1%, e a Autoridade Tributária de Moçambique, com 6,8%.

Como já foi referido, no presente relatório, de 2009 a 2013, as despesas de funcionamento de Âmbito Central cresceram 109,7%, sendo que, nas instituições da amostra seleccionada, a taxa média situou–se em 157,2%, com o especial relevo para os incrementos verificados no

Sector Subsídios – Central (670,6%) e Autoridade Tributária de Moçambique (142,7%). Ainda, relativamente a 2012, verifica-se uma redução nos valores executados pelos sectores,

nomeadamente, Subsídios (35,7%), Transferências Correntes - Central (24%) e Encargos da Dívida-Central (3,8%).

A Direcção Geral de Impostos que, de 2009 a 2012, teve o seu Orçamento agregado ao da

Autoridade Tributária, no exercício de 2013, é individualizada e absorveu o valor de 3.462.209 mil Meticais, que representa 7,3%, no cômputo das despesas de Funcionamento do

Âmbito Central.

6.5.2 – Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Provincial

No que respeita às despesas da Componente Funcionamento de Âmbito Provincial, segundo

a classificação económica, consta, do Quadro n.º VI.7, a comparação entre os valores da dotação actualizada e os da respectiva execução.

Quadro n.º VI.7 – Execução da Componente Funcionamento de Âmbito Provincial

Valor % Peso (%)

1 Despesas Correntes 27.262.014 26.565.250 97,4 99,8

11 Despesas com o Pessoal 13.539.615 13.356.636 98,6 50,2

12 Bens e Serviços 5.257.109 4.937.637 93,9 18,6

14 Transferências Correntes 8.300.415 8.121.867 97,8 30,5

16 Exercícios Findos 48.595 48.221 99,2 0,2

17 Demais Despesas correntes 116.280 100.888 0,0 0,4

2 Despesas de Capital 50.561 43.144 85,3 0,2

21 Bens de Capital 50.561 43.144 85,3 0,2

27.312.575 26.608.394 97,4 100

(Em mil Meticais)

Execução

Fonte: Mapa III da CGE de 2013.

Total

CED DesignaçãoDotação

Orçamental

De uma dotação de 27.312.575 mil Meticais, foram executados 26.608.394 mil Meticais, o

equivalente a 97,4%.

Verifica-se, ainda, no mesmo quadro, que 50,2% dos recursos foram utilizados em Despesas

com o Pessoal, 30,5%, em Transferências Correntes, 18,6%, em Bens e Serviços, tendo as restantes verbas, no seu conjunto, representado 0,8%.

6.5.3 – Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Distrital

O Quadro n.º VI.8, a seguir, apresenta a execução do orçamento de Âmbito Distrital, na Componente Funcionamento, segundo a classificação económica.

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VI-12

Quadro n.º VI.8 – Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito

Distrital

Valor %Peso

(%)

1 Despesas Correntes 20.077.729 19.846.403 98,8 100

11 Despesas com o Pessoal 17.935.587 17.895.603 99,8 89,9

12 Bens e Serviços 1.931.551 1.757.717 91,0 8,8

14 Transferências Correntes 134.714 117.468 87,2 0,6

16 Exercícios Findos 75.878 75.615 99,7 0,4

2 Despesas de Capital 61.995 50.829 82,0 0,3

21 Bens de Capital 61.995 50.829 82,0 0,3

20.139.723 19.897.232 98,8 100

Fonte: Mapa III da CGE de 2013.

(Em mil Meticais)

Execução

Total

CED DesignaçãoDotação

Orçamental

Verifica-se, no quadro, que a taxa de execução das Despesas de Funcionamento de Âmbito Distrital foi de 98,8%, e nelas as Despesas Correntes tiveram, também, 98,8% e as de Capital, 82,0%.

Quanto ao peso, na execução, as Despesas com o Pessoal representam 89,9%, os Bens e Serviços, 8,8%, as Transferência Correntes, 0,6% e os Bens de Capital, 0,3%.

6.5.4 – Fundo de Compensação Autárquica

De acordo com o estabelecido no número 1 do artigo 43 da Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro, que define o Regime Financeiro, Orçamental e Patrimonial das Autarquias Locais e o

Sistema Tributário Autárquico, o Fundo de Compensação Autárquica é destinado a complementar os recursos orçamentais das autarquias. O montante do Fundo de

Compensação Autárquica é objecto de uma dotação própria e é constituído por 1,5% das receitas fiscais previstas no ano económico, nos termos do n.º 2 do mesmo artigo.

A dotação orçamental do Fundo de Compensação Autárquica, na Componente

Funcionamento, fixada pela Lei n.º 21/2013, de 30 de Outubro, foi de 1.528.142 mil Meticais, tendo sido transferidos 1.520.860,00 Meticais.

Relativamente ao peso no montante global transferido, destacam-se as Autarquias da Cidade de Maputo, da Beira, da Matola e de Nampula, com 19,8%, 9,7%, 9,4% e 7,0%, respectivamente.

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VI-13

Quadro n.º VI.9 – Execução do Fundo de Compensação Autárquica

Dotação

Orçamental

Lei n.º 21/2013 Valor % Peso

(%)

900110 Lichinga 34.928 34.928 100 2,3

900120 Cuamba 21.591 21.591 100 1,4

900130 Metangula 6.870 6.870 100 0,5

900140 Marrupa 12.695 12.695 100 0,8

76.084 76.084 100 5,0

900210 Pemba 31.161 31.161 100 2,0

900220 Montepuez 17.987 17.987 100 1,2

900230 Mocímboa da Praia 14.262 14.262 100 0,9

900240 Mueda 9.789 9.789 100 0,6

73.199 73.199 100 4,8

900310 Nampula 105.979 105.979 100 7,0

900320 Angoche 25.243 25.243 100 1,7

900330 Ilha de Moçambique 17.090 17.090 100 1,1

900340 Nacala 55.519 55.519 100 3,7

900350 Monapo 14.516 14.516 100 1,0

900360 Ribáuè 19.146 19.146 100 1,3

237.493 237.493 100 15,6

900410 Quelimane 49.405 49.405 100 3,2

900420 Gúruè 23.968 23.968 100 1,6

900430 Mocuba 19.703 19.703 100 1,3

900440 Milange 12.887 12.887 100 0,8

900450 Alto Molócuè 11.588 11.588 100 0,8

117.551 117.551 100 7,7

900510 Tete 41.061 41.061 100 2,7

900520 Moatize 9.658 9.658 100 0,6

900530 Ulónguè 6.754 6.754 100 0,4

57.473 57.473 100 3,8

900610 Chimoio 57.090 57.090 100 3,8

900620 Manica 13.648 13.648 100 0,9

900630 Catandica 6.909 6.909 100 0,5

900640 Gondola 11.122 11.122 100 0,7

88.768 88.768 100 5,8

900710 Beira 147.798 147.798 100 9,7

900720 Dondo 27.210 27.210 100 1,8

900730 Marromeu 9.112 9.112 100 0,6

900740 Gorongosa 13.817 13.817 100 0,9

197.936 197.936 100 13,0

900810 Inhambane 36.411 36.411 100 2,4

900820 Maxixe 36.425 36.425 100 2,4

900830 Vilankulo 14.993 14.993 100 1,0

900840 Massinga 9.360 9.360 100 0,6

97.189 97.189 100 6,4

900910 Xai-Xai 40.055 40.055 100 2,6

900920 Chibuto 23.936 23.936 100 1,6

900930 Chókwè 17.131 17.131 100 1,1

900940 Manjacaze 7.098 7.098 100 0,5

900950 Macia 11.256 11.256 100 0,7

99.477 99.477 100 6,5

901010 Matola 144.211 142.348 99 9,4

901020 Manhiça 18.569 18.569 100 1,2

901030 Namaacha 14.195 14.140 100 0,9

176.976 175.057 99 11,5CIDADE DE

MAPUTO901110 Maputo 306.279 300.633 98 19,8

1.528.425 1.520.860 100 100

(Em mil Meticais)

PROVÍNCIA Código Autarquia

Transferência

NAMPULA

Sub-total

ZAMBÉZIA

Sub-total

NIASSA

Sub-total

CABO

DELGADO

Sub-total

Total

Fonte: Mapa L da Lei n.º 1/2013, de 07 de Janeiro, e Mapa III - 3 da CGE de 2013.

GAZA

Sub-total

MAPUTO

Sub-total

INHAMBANE

Sub-total

TETE

Sub-total

SOFALA

Sub-total

MANICA

Sub-total

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Novembro de 2014

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VI-14

6.5.5 – Concessão de Subsídios

Nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 14 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente

ao regime relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo, compete a este Tribunal, no âmbito do Relatório e Parecer sobre a Conta

Geral do Estado, apreciar, entre outras matérias, “as subvenções, subsídios, benefícios fiscais, créditos e outras formas de apoio concedidos, directa ou indirectamente”.

Apresenta-se, a seguir, a evolução da execução dos subsídios concedidos.

Quadro n.º VI.10 – Evolução da Execução dos Subsídios

2009 2010 Var. (%) 2011 Var. (%) 2012 Var. (%) 2013 Var. (%)Peso

(%)

304.885 350.621 15,0 435.522 24,2 593.073 36,2 761.023 28,3 22,6

Televisão de Moçambique 116.974 134.521 15,0 179.211 33,2 258.345 44,2 286.782 11,0 8,5

Rádio Moçambique 172.592 198.482 15,0 236.337 19,1 266.831 12,9 342.383 28,3 10,2

Hidráulica do Chókwè 15.319 17.618 15,0 19.974 13,4 28.168 41,0 57.729 104,9 1,7

Imprensa Nacional de Moçambique - - -8.213

-8.967 9,2 10.363 15,6 0,3

Regadio do Baixo Limpopo - - - 1.450 - 23.276 1.505,8 45.195 94,2 1,3

Empresa de Desenvolvimento de

Maputo Sul - - - 60.000 - 7.486 -87,5 18.571 148,1 0,6

132.623 161.787 22,0 4.634.860 2.764,8 4.647.163 0,3 2.610.309 -43,8 77,4

Empresa Municipal de Transportes

de Maputo93.346 108.749 16,5 132.131 21,5 449.708 240,3 176.856 -60,7 5,2

Transportes Públicos da Beira 39.277 53.038 35,0 50.790 -4,2 137.492 170,7 61.519 -55,3 1,8

Associação Moçambicana de

Panificadores - 55.000 - 358.818 552,4 64.673 -82,0 602.224 831,2 17,9

Combustíveis - 4.692.000 - 4.093.121 -12,8 3.747.053 -8,5 1.549.590 -58,6 46,0

Federação Moçambicana dos

Transportadores Rodoviários - - - 97.936 - 248.237 153,5 220.120 -11,3 6,5

437.508 512.407 17,1 5.070.381 889,5 5.240.236 103,3 3.371.332 64,3 100,0

- 17,1 1.058,9 1.097,7 670,6

12,70 10,35 2,09 4,2

Taxa de inflação média acumulada entre 2009 e 2013: {(1,127*1,1035*1,0209*1,042)-1}*100 = 32,3%.

Taxa de Inflação Anual

Fonte: Anexo Informativo 4 da CGE (2009-2013).

Total

( Em mil Meticais)

Subsídios

A Empresas:

Aos Preços:

Crescimento da Despesa face ao ano

base (%)

Verifica-se, neste quadro que, em matéria de Subsídios, no ano em apreço, foram gastos

3.371.332 mil Meticais, tendo sido alocados 761.023 mil Meticais (22,6%) a Empresas e 2.610.309 mil Meticais (77,4%), aos Preços.

O valor dos Subsídios registou um crescimento nominal anual de 17,1%, em 2010, de 889,5%, em 2011, de 103,3%, em 2012 e de 64,3%, em 2013. A evolução dos Subsídios foi, em todos os anos, superior ao crescimento da inflação, a qual registou, na mesma ordem, os

valores de 12,70%, 10,35%, 2,09% e 4,2%, traduzindo um crescimento efectivo da despesa, neste domínio.

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-15

A taxa de crescimento real no quinquénio, dos Subsídios, foi de 482,5%2, enquanto a inflação média acumulada foi de 32,3%.

6.6 - Execução da Componente Investimento do Orçamento

Como se apresenta no quadro a seguir, na Componente Investimento, foram gastos

72.300.643 mil Meticais, dos quais 59.398.391 mil Meticais (82,2%) correspondem a despesas de Âmbito Central, 8.595.823 mil Meticais (11,9%), do Provincial, 3.410.205 mil Meticais (4,7%), do Distrital e 896.224 mil Meticais (1,2%), do Autárquico.

Quadro n.º VI.11 – Distribuição das Despesas de Investimento por Âmbito e Tipo de

Financiamento

InternoPeso

(%)Externo

Peso

(%)

Central 24.312.529 71,5 35.085.861 91,6 59.398.391 82,2

Provincial 5.691.297 16,7 2.904.526 7,6 8.595.823 11,9

Distrital 3.112.658 9,2 297.547 0,8 3.410.205 4,7

Autárquico 896.224 2,6 0 0,0 896.224 1,2

Total 34.012.709 100 38.287.934 100 72.300.643 100

47,0 53,0

Fonte: Mapas IV-1 a IV-4 da CGE de 2013.

Âmbito

Financiamento

TotalPeso

(%)

(Em mil Meticais)

Peso (%)

Observa-se, no quadro, que da execução das despesas, por tipo de financiamento, 34.012.709 mil Meticais, correspondem ao financiamento interno, dos quais 24.312.529 mil Meticais, no

Âmbito Central (71,5%), sendo o remanescente distribuído pelas províncias, distritos e autarquias.

Quanto ao financiamento externo, de um total de 38.287.934 mil Meticais (53%), foram

despendidos 35.085.861 mil Meticais, a nível Central (91,6%), sendo o remanescente distribuído pelas províncias e distritos.

De seguida, é analisada a evolução das Despesas de Investimento financiadas com fundos internos e externos, no quinquénio.

2 (7.706/1,323)-1= 4,8246*100=482,5%.

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-16

Quadro n.º VI.12 - Evolução das Despesas de Investimento

P

e

s

ValorPeso

(%)Valor

Peso

(%)Valor

Peso

(%)Valor

Peso

(%)Valor

Peso

(%)

Interno 13.431 38,0 20.032 45,9 20.411 40,0 24.927 46,6 34.013 47,0 153,2

Externo 21.904 62,0 23.648 54,1 30.600 60,0 28.530 53,4 38.288 71,6 74,8

Donativos 15.924 45,1 15.810 36,2 18.429 36,1 21.537 40,3 25.482 35,2 60,0

Empréstimos 5.980 16,9 7.838 17,9 12.171 23,9 6.993 13,1 12.806 17,7 114,2

Total 35.335 100 43.681 100 51.012 100 53.457 100 72.301 119 104,6

23,6 16,8 4,8 35,2

31,1 55,3 -42,5 83,1

Fonte: CGE Mapa-I-1 (2009-2013).

Crescimento Anual da Despesa

Total (%)

Crescimento Anual das Despesas

Financiadas com Empréstimos

Externos (%)

(Em milhões de Meticais)

Financiamento

2011 2012Var. (%)

13/09

2009 2010 2013

As Despesas de Investimento cresceram 104,6%, no quinquénio em análise, tendo a

comparticipação do financiamento interno crescido em 153,2% e a do externo, 74,8%.

Mostra-se, ainda, que o investimento variou positivamente, de 53.457 milhões de Meticais, em 2012, para 72.301 milhões de Meticais, em 2013, o que representou um acréscimo de

35,2%.

O peso dos Donativos, por sua vez, teve uma redução de 8,9 pontos percentuais, em 2010, e

0,1 pontos percentuais, em 2011. Em 2012, deu-se uma inversão, aumentando o peso dos Donativos em 4,2 pontos percentuais, voltando a diminuir, em 2013, para uma participação de 35,2%, uma redução de 5,1 pontos percentuais.

O peso dos Empréstimos externos conheceu um incremento anual no período de 2009 a 2011, diminuindo o seu peso relativo, em 2012, para 13,1%. Já, em 2013, voltou a aumentar,

tendo-se fixado em 17,7%, um incremento de 4,6 pontos percentuais, relativamente ao ano anterior.

Em termos do crescimento anual, os Empréstimos, com a excepção do ano 2012, em que se

registou um decréscimo de 42,5%, mantiveram um crescimento constante, passando de 31,1%, em 2010, para 83,1%, em 2013.

6.6.1 – Execução da Componente Investimento, Segundo a Classificação Económica-

Âmbito Central

Os dados relativos à execução da Componente Investimento do Orçamento, referentes ao ano

de 2013, são apresentados no quadro n.º VI.13. As taxa de execução das despesas financiadas com fundos internos e externos foram de 94,2% e 85,3%, respectivamente.

A execução das Despesas Correntes, financiadas com fundos internos foi de 93,5%, tendo as Despesas de Capital atingido 94,4%.

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-17

Quadro n.º VI.13 – Despesas de Investimento - Âmbito Central

Por outro lado, do total executado de 35.085.861 mil Meticais das Despesas de Investimento de financiamento externo, as Despesas Correntes e as de Capital registaram taxas de

execução de 87,3% e 82,9%, respectivamente.

No total do financiamento, em 2013, destacam-se, pelo seu peso, as despesas em Bens de

Capital e em Bens e Serviços, que representam 54,3% e 28,4%, respectivamente.

6.6.2 – Execução das Despesas de Investimento, Segundo a Classificação Orgânica -

Âmbito Central

No Quadro n.º VI.14, mais adiante, é apresentada a evolução das Despesas de Investimento de Âmbito Central, no período 2010-2013, com base numa amostra de entidades que,

relativamente ao total das Despesas de Investimento, representa 72,7%, em 2010, 63,9%, em 2011, 71,5%, em 2012, e 77,7%, em 2013.

O crescimento das despesas das instituições indicadas no quadro foi de 79,3% no quadriénio,

e de 49,7%, em 2013.

Das instituições que registaram níveis de crescimento mais elevados, no período 2010-2013,

destacam-se o Ministério da Saúde, que teve 334,6%, a Administração Regional de Águas do Sul, 272,4%, o Fundo de Estradas, 152,3%, a Unidade Técnica da Reforma da Administração Financeira do Estado, 126,6%, e o Ministério da Agricultura, que registou 125,8%.

Em 2013, o Ministério da Administração Estatal, com 172,7%, o Ministério da Planificação e Desenvolvimento, com 161,9%, o Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA, com

134,3% e o Ministério da Agricultura, com 125,3%, registaram os crescimentos anuais mais significativos.

Em contrapartida, o Ministério das Obras Públicas e Habitação, o Fundo de Investimento e

Património de Abastecimento de Água e o Sector Encargos Gerais do Estado, reduziram a sua despesa relativamente ao ano anterior.

Em termos de peso relativo, verifica-se que, em 2013, o Fundo de Estradas corresponde a 39,1% do total, o Ministério da Saúde, 19,3%, o Ministério da Educação, 6,5%, e o

Dotação

FinalExecução %

Dotação

FinalExecução %

Dotação

FinalExecução %

Peso

(%)

1 Despesas Correntes 6.294.758 5.885.654 93,5 22.424.452 19.573.359 87,3 28.719.210 25.459.013 88,6 42,9

11 Despesas com o Pessoal 1.519.459 1.374.046 90,4 7.377.110 6.847.371 92,8 8.896.569 8.221.417 92,4 13,8

12 Bens e Serviços 4.636.217 4.378.733 94,4 14.751.478 12.518.854 84,9 19.387.695 16.897.587 87,2 28,4

13 Encargos da Dívida 0 0 139 0 139 0

14 Transferências Correntes 135.424 129.218 95,4 295.726 207.134 70,0 431.150 336.353 78,0 0,6

17 Demais Despesas Correntes 3.657 3.657 0 0 0,0 3.657 3.657

2 Despesas de Capital 19.520.307 18.426.875 94,4 18.721.761 15.512.503 82,9 38.242.068 33.939.377 88,7 57,1

21 Bens de Capital 17.951.420 16.870.739 94,0 18.252.110 15.359.207 84,2 36.203.531 32.229.946 89,0 54,3

22 Transferências de Capital 1.556.838 1.544.088 99,2 454.345 153.295 33,7 2.011.183 1.697.384 84,4 2,9

24 Demais Despesas de Capital 12.048 12.048 100 15.306 0 0,0 27.354 12.048 44,0 0,0

25.815.064 24.312.529 94,2 41.146.214 35.085.861 85,3 66.961.278 59.398.391 88,7 100

Fonte : Mapa IV-1 da CGE de 2013.

Total

(Em mil Meticais)

CED Designação

Financiamento Interno Financiamento Externo

Total

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-18

Ministério da Agricultura, 4,0%. As outras entidades que integram a amostra apresentam um peso igual ou inferior a 2,2%.

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013 VI-19

Quadro n.º VI.14 – Execução das Despesas de Investimento Segundo a Classificação Orgânica – Âmbito Central

Interno Externo Total Interno Externo Total Interno Externo Total Interno Externo Total

2501 Ministério da Administração Estatal 206.047,6 226.340,7 432.388 1,2 190.268,0 444.520,3 634.788 46,8 1,5 68.875,0 68.875,0 137.750 -78,3 0,3 116.729,9 258.920,8 375.650,7 172,7 0,6 -13,1

2601 Ministério da Planificação e Desenvolvimento 38.096,9 380.182,0 418.279 1,2 10.209,3 318.268,9 328.478 -21,5 0,8 27.311,6 0,0 27.312 -91,7 0,1 35.761,9 35.761,9 71.523,9 161,9 0,1 -82,9

2704Unidade Técnica da Reforma da

Administração Financeira do Estado312.147,9 109.794,7 421.943 1,2 0,0 0,0 0 -100,0 0,0 375.980,0 445.313,4 821.293 #DIV/0! 1,9 374.398,5 581.913,2 956.311,7 16,4 1,6 126,6

3501 Ministério da Agricultura 649.114,1 412.654,6 1.061.769 3,0 735.715,9 290.306,5 1.026.022 -3,4 2,4 804.931,7 259.044,2 1.063.976 3,7 2,5 1.194.254,4 1.202.894,9 2.397.149,3 125,3 4,0 125,8

4001 Ministério da Energia 382.314,5 211.336,9 593.651 1,7 274.162,1 101.876,3 376.038 -36,7 0,9 309.870,0 67.527,4 377.397 0,4 0,9 245.999,1 246.673,2 492.672,3 30,5 0,8 -17,0

4701 Ministério das Obras Públicas e Habitação 513.132,2 2.030.924,6 2.544.057 7,2 296.108,6 1.490.691,5 1.786.800 -29,8 4,2 313.844,5 2.254.844,4 2.568.689 43,8 6,0 10.618,2 111.711,1 122.329,3 -95,2 0,2 -95,2

4751 Fundo de Estradas 4.875.006,3 4.326.230,3 9.201.237 26,0 4.982.569,7 7.275.128,8 12.257.698 33,2 29,0 6.433.171,1 5.537.783,9 11.970.955 -2,3 27,8 8.348.514,7 14.867.836,4 23.216.351,0 93,9 39,1 152,3

4756 Administração Regional de Águas do Sul 115.983,4 41.406,6 157.390 0,4 172.652,0 26.853,8 199.506 26,8 0,5 182.184,4 250.546,5 432.731 116,9 1,0 115.448,7 470.740,6 586.189,2 35,5 1,0 272,4

4763Fundo de Investimento e Património do

Abastecimento de Água175.744,3 1.992.456,9 2.168.201 6,1 106.859,7 2.129.059,3 2.235.919 3,1 5,3 66.936,8 1.172.572,8 1.239.510 -44,6 2,9 89.267,1 918.565,4 1.007.832,6 -18,7 1,7 -53,5

5001 Ministério da Educação 684.474,8 3.657.981,4 4.342.456 12,3 141.981,0 3.525.832,4 3.667.813 -15,5 8,7 366.742,5 2.910.431,1 3.277.174 -10,7 7,6 238.624,1 3.625.902,1 3.864.526,2 17,9 6,5 -11,0

5801 Ministério da Saúde 84.558,9 2.558.217,3 2.642.776 7,5 90.667,3 2.740.124,6 2.830.792 7,1 6,7 246.326,5 6.677.543,3 6.923.870 144,6 16,1 670.687,8 10.815.907,7 11.486.595,4 65,9 19,3 334,6

58 03 Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA 62.872,4 192.072,9 254.945 0,7 70.702,0 102.276,6 172.979 -32,2 0,4 69.567,0 27.856,8 97.424 -43,7 0,2 87.628,8 140.651,2 228.280,0 134,3 0,4 -10,5

65A000941Encargos Gerais do Estado 1.489.303 0 1.489.303 4,2 1.510.655,8 0,0 1.510.656 1,4 3,6 1.867.431,3 0,0 1.867.431 23,6 4,3 1.321.729,9 0,0 1.321.729,9 -29,2 2,2 -11,3

9.588.796 16.139.599 25.728.395 72,7 8.582.551 18.444.939 27.027.490 5,0 63,9 11.133.172 19.672.339 30.805.511 14,0 71,5 12.849.663 33.277.478 46.127.141 49,7 77,7 79,3

14.633.585 20.735.641 35.369.226 100 15.408.027 26.896.472 42.304.499 19,6 100 17.813.502 25.286.758 43.100.260 1,9 100 24.312.529 35.085.861 59.398.391 38 100 67,9

Peso

(%)

Var.

(%)

13/12

CED Instituições/Sectores

Var.

(%)

11/09

Amostra

(Em mil Meticais)

Financiamento

2011

Var.

(%)

12/11

2010

Peso

(%)

2012

FinanciamentoPeso

(%)

Financiamento

Fonte: CGE de 2009-2013- Mapa IV - 5.

Var.

(%)

13/10

Peso

(%)

Financiamento

2013

Total Investimento/Central

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-20

6.6.3 - Execução da Componente Investimento, Segundo a Classificação Económica –

Âmbito Provincial

Apresenta-se, no quadro a seguir, a execução das Despesas da Componente Investimento de Âmbito Provincial.

Quadro n.º VI.15 – Despesas de Investimento – Âmbito Provincial

A execução das Despesas de Investimento financiadas com fundos internos foi de 5.691.297 mil Meticais, e com fundos externos, de 2.904.526 mil Meticais, representando, pela mesma ordem, 98,4% e 74,8% das suas dotações finais.

No total do Investimento, as Despesas Correntes e de Capital registaram níveis de execução de 82,0% e 92,7%, respectivamente.

Quanto ao peso, 67,7% corresponde a Despesas de Capital e 32,3%, a Despesas Correntes. Nestas, destacam-se as Despesas com Bens e Serviços, (17,8%), seguidas das Despesas com o Pessoal, (13,0%).

Nas Despesas de Capital, o destaque vai para a aquisição de Bens de Capital, com 67,2% do total do valor despendido neste exercício.

6.6.4 - Execução da Componente Investimento - Âmbito Distrital

Como se observa no Quadro VI.16 a seguir, as Despesas da Componente Investimento de Âmbito Distrital, segundo a classificação económica, registaram uma taxa de execução de

98,0%, com as Despesas Correntes e de Capital a situarem-se em 86,2% e 99,1%, respectivamente.

Dotação

FinalExecução %

Dotação

FinalExecução %

Dotação

FinalExecução %

Peso

(%)

1 Despesas Correntes 840.332 821.623 97,8 2.543.914 1.953.924 76,8 3.384.246 2.775.547 82,0 32,3

11 Despesas com o Pessoal 193.568 192.366 99,4 1.134.100 923.602 81,4 1.327.668 1.115.968 84,1 13,0

12 Bens e Serviços 639.564 622.057 97,3 1.234.545 908.192 73,6 1.874.110 1.530.249 81,7 17,8

14 Transferências Correntes 7.200 7.200 100,0 175.269 122.131 69,7 182.468 129.330 70,9 1,5

2 Despesas de Capital 4.940.750 4.869.674 98,6 1.337.308 950.601 71,1 6.278.058 5.820.276 92,7 67,7

21 Bens de Capital 4.900.218 4.829.143 98,5 1.332.882 947.311 71,1 6.233.101 5.776.454 92,7 67,2

22 Transferências de Capital 39.952 39.952 100,0 3.656 3.290 0,0 43.607 43.242 99,2 0,5

24 Demais Despesas de Capital 580 580 100,0 770 0 0,0 1.350 580 43,0 0,0

5.781.082 5.691.297 98,4 3.881.222 2.904.526 74,8 9.662.304 8.595.823 89,0 100

Fonte : Mapa IV-2 da CGE de 2013.

Total

(Em mil Meticais)

CE

DDesignação

Financiamento Interno Financiamento Externo

Total

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-21

Quadro n.º VI.16 - Despesas de Investimento – Âmbito Distrital (Em mil Meticais)

CED Designação Dotação Final Execução % Peso (%)

1 Despesas Correntes 297.146 256.184 86,2 7,5

11 Despesas com o Pessoal 134.803 103.381 76,7 3,0

12 Bens e Serviços 162.343 152.803 94,1 4,5

2 Despesas de Capital 3.182.248 3.154.021 99,1 92,5

21 Bens de Capital 1.758.712 1.751.237 99,6 51,4

22 Transferências de Capital 1.423.536 1.402.784 98,5 41,1

3.479.394 3.410.205 98,0 100,0Total

Fonte: Mapa IV-3 da CGE de 2013.

Em termos de peso, as despesas de Capital situaram-se em 92,5% e as Despesas Correntes, 7,5%.

No Quadro n.º VI.17, adiante, são ilustrados os distritos cujas taxas de execução se situaram abaixo de 80,0%, nas despesas financiadas com fundos externos.

Quadro n.º VI.17 - Despesas de Investimento – Âmbito Distrital

Distritos Dotação Final Execução %

Secretaria Distrital de Ancuabe 1.563,7 1.151,6 73,6

Secretaria Distrital de Meluco 1.451,5 1.065,3 73,4

Secretaria Distrital de Nacala -a -Velha 3.291,3 2.466,0 74,9

Secretaria Distrital de Chinde 2.010,7 1.465,3 72,9

Secretaria Distrital de Gilè 3.078,8 2.310,9 75,1

Secretaria Distrital de Ile 2.708,7 2.162,5 79,8

Secretaria Distrital de Nhassunge 2.989,9 2.224,0 74,4

Secretaria Distrital de Lugela 2.517,6 1.796,3 71,4

Secretaria Distrital da Maganja da Costa 2.656,4 2.110,9 79,5

Secretaria Distrital de Morrumbala 19.070,3 14.754,4 77,4

Secretaria Distrital de Namacurra 2.179,5 1.588,0 72,9

Secretaria Distrital de Pebane 3.202,4 2.279,4 71,2

Secretaria Distrital de Chifunde 2.693,6 2.051,6 76,2

Secretaria Distrital de Mágoè 1.673,1 1.128,7 67,5

Secretaria Distrital de Marávia 2.104,0 1.602,3 76,2

Secretaria Distrital de Gorongosa 1.654,9 1.288,5 77,9

Secretaria Distrital de Inhassoro 1.524,3 1.213,8 79,6

Secretaria Distrital de Jangamo 1.938,1 1.533,6 79,1

Secretaria Distrital de Mabote 2.180,9 1.593,9 73,1

Secretaria Distrital de Panda 2.123,0 1.624,7 76,5

Secretaria Distrital de Marracuene 1.713,9 1.233,8 72,0

Total 64.326,5 48.645,6 75,6

Fonte: Mapa IV-7 da CGE 2013

(Em mil Meticais)

As Secretarias Distritais de Morrumbala e de Marracuene têm vindo a registar baixas taxas

de execução, entre 29,6% a 77,4%, como atesta a tabela a seguir, relativa ao triénio 2011-2013.

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-22

Dotação

FinalExecução %

Dotação

FinalExecução %

2011 72.434,00 21.407,00 29,6 1.073,00 679,00 63,3

2012 78.262,00 38.706,00 49,5 1.368,00 886,00 64,8

2013 19.070,34 14.754,44 77,4 1.713,87 1.233,83 72,0

Secretaria Distrital de Morrumbala Secretaria Distrital de Marracuene

Ano

Fonte: Mapa IV-7 da CGE 2011 a 2013.

(Em mil Meticais)

6.6.5 – Execução da Componente Investimento das Autarquias

Como se pode observar no Quadro n.º VI.18, a seguir, a dotação orçamental do Fundo de

Compensação Autárquica fixada pela Lei n.º 1/2013, de 13 de Janeiro, na Componente Investimento, foi de 896.224 mil Meticais, tendo os respectivos valores sido transferidos, na

totalidade. Relativamente ao peso no montante total executado, distinguem-se os municípios da Cidade de Maputo, com 14,3%, da Matola, com 9,2%, da Beira, com 8,7%, e de Nampula, com 6,6%.

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-23

Quadro n.º VI.18 - Execução da Componente Investimento das

Autarquias

Valor % Peso

(%)

900.110 Lichinga 30.108 31.179 31.179 100,0 3,5900.120 Cuamba 11.065 11.683 11.683 100,0 1,3

900.130 Metangula 4.338 4.580 4.580 100,0 0,5

900.140 Marrupa 6.475 6.837 6.837 100,0 0,8

51.986 54.280 54.280 100,0 6,1

900.210 Pemba 24.201 25.023 25.023 100,0 2,8

900.220 Montepuez 8.790 9.281 9.281 100,0 1,0

900.230 Mocímboa da Praia 6.002 6.337 6.337 100,0 0,7

900.240 Mueda 6.180 6.526 6.526 100,0 0,7

45.173 47.167 47.167 100,0 5,3

900.310 Nampula 56.700 59.065 59.065 100,0 6,6

900.320 Angoche 16.794 17.732 17.732 100,0 2,0

900.330 Ilha de Moçambique 8.223 8.683 8.683 100,0 1,0

900.340 Nacala 29.448 31.094 31.094 100,0 3,5

900.350 Monapo 9.910 10.464 10.464 100,0 1,2

900.360 Ribáuè 6.954 7.343 7.343 100,0 0,8

128.030 134.382 134.382 100,0 15,0

900.410 Quelimane 33.315 34.598 34.598 100,0 3,9

900.420 Gúruè 14.685 15.506 15.506 100,0 1,7

900.430 Mocuba 11.061 11.679 11.679 100,0 1,3

900.440 Milange 5.556 5.867 5.867 100,0 0,7

900.450 Alto Molócuè 6.034 6.371 6.371 100,0 0,7

70.651 74.021 74.021 100,0 8,3

900.510 Tete 31.683 32.899 32.899 100,0 3,7

900.520 Moatize 9.247 9.764 9.764 100,0 1,1

900.530 Ulónguè 4.264 4.502 4.502 100,0 0,5

45.194 47.165 47.165 100,0 5,3

900.610 Chimoio 35.453 36.772 36.772 100,0 4,1

900.620 Manica 8.203 8.662 8.662 100,0 1,0

900.630 Catandica 3.506 3.702 3.702 100,0 0,4

900.640 Gondola 7.022 7.414 7.414 100,0 0,8

54.185 56.550 56.550 100,0 6,3

900.710 Beira 74.454 77.783 77.783 100,0 8,7

900.720 Dondo 21.710 22.924 22.924 100,0 2,6

900.730 Marromeu 6.913 7.299 7.299 100,0 0,8

900.740 Gorongosa 8.082 8.533 8.533 100,0 1,0

111.158 116.538 116.538 100,0 13,0

900.810 Inhambane 34.041 35.441 35.441 100,0 4,0

900.820 Maxixe 19.148 20.218 20.218 100,0 2,3

900.830 Vilankulo 7.564 7.987 7.987 100,0 0,9

900.840 Massinga 5.910 6.240 6.240 100,0

66.662 69.885 69.885 100,0 7,8

900.910 Xai-Xai 27.777 28.811 28.811 100,0 3,2

900.920 Chibuto 10.076 10.639 10.639 100,0 1,2

900.930 Chókwè 9.991 10.550 10.550 100,0 1,2

900.940 Manjacaze 4.704 4.967 4.967 100,0 0,6

900.950 Macia 6.939 7.327 7.327 100,0

59.487 62.293 62.293 100,0 7,0901.010 Matola 78.992 82.340 82.340 100,0 9,2

901.020 Manhiça 14.291 15.090 15.090 100,0 1,7

901.030 Namaacha 7.644 8.072 8.072 100,0

100.927 105.501 105.501 100,0 11,8CIDADE DE

MAPUTO901.110 Maputo 122.740

128.441128.441 100,0 14,3

856.193 896.224 896.224 100,0 100,0

INHAMBANE

Fonte: Mapa IV-4 da CGE de 2013.Total

Sub-total

Sub-total

Sub-total

GAZA

MAPUTO

Sub-total

TETE

MANICA

Sub-total

Sub-total

SOFALA

Sub-total

CABO

DELGADO

NAMPULA

Sub-total

ZAMBÉZIA

Sub-total

Sub-total

NIASSA

TransferênciaDotação

FinalAutarquiasCódigoPROVÍNCIA

Lei n.º

1/2013

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-24

6.7- Resultados das Auditorias

Visando a análise da Conta Geral do Estado de 2013, o Tribunal Administrativo auditou, em

74 entidades, despesas no valor de 19.238.783.950,60 Meticais, correspondentes a 33,9% da execução total de 56.757.907.414,14 Meticais. No Quadro n.º VI-19, é resumida, por âmbito

de administração, a informação sobre as dotações orçamentais e a execução dessas entidades.

Quadro n.º VI.19 – Amostra das Entidades Auditadas

ÂmbitoNúmero de

EntidadesDotação Execução % Amostra %

Central 45 21.616.443.762,09 17.806.576.934,40 82,4 5.844.449.715,79 32,8

Provincial 5 1.023.746.808,80 799.461.458,92 78,1 338.193.702,33 42,3

Distrital 15 45.849.060.847,68 37.653.079.597,71 82,1 12.736.255.620,92 33,8

Autárquico 9 647.464.415,77 498.789.423,11 77,0 319.884.911,56 64,1

Total 74 69.136.715.834,34 56.757.907.414,14 82,1 19.238.783.950,60 33,9

Fonte: Relatórios de Auditoria do TA.

(Em Meticais)

6.7.1 – Aspectos Gerais

Dos relatórios das auditorias relativas à CGE de 2013, são de destacar os seguintes aspectos de ordem geral:

a) Nos processos de despesa de 40 entidades, como se indica no quadro a seguir, não foram facultados, no decorrer da auditoria, nem em sede do contraditório, os comprovativos das despesas realizadas nas componentes Funcionamento e

Investimento do Orçamento do Estado, bem como das financiadas com receitas próprias e consignadas, no valor de 176.865.458,73 Meticais, correspondente a 0,9%

da amostra seleccionada (19.238.783.950,60 Meticais).

Quadro n.º VI. 20 – Despesas sem Justificativos

Central Provincial Distrital Autárquico Total

24 5 4 7 40

Não Facultados 62.971.134,80 8.402.740,47 117.688,44 4.054.869,74 75.546.433,45 42,7

Facturas 71.854.095,81 9.802.887,42 0,00 2.960.832,97 84.617.816,20 47,8

Recibos 0,00 0,00 0,00 257.000,00 257.000,00 0,1

Relatório de Viagem e/ ou Guia de

Marcha 2.559.028,95 84.600,00 0,00 224.975,00 2.868.603,951,6

Cópias de Passaporte e/ ou Bilhete

de Passagem 4.417.467,98 0,00 0,00 0,00 4.417.467,982,5

Outros 8.318.358,24 0,00 0,00 839.778,91 9.158.137,15 5,2

Total 150.120.085,78 18.290.227,89 117.688,44 8.337.456,62 176.865.458,73 100,0

Representatividade por âmbito 84,9 10,3 0,1 4,7 100,00

Amostra 5.844.449.715,79 338.193.702,33 12.736.255.620,92 319.884.911,56 19.238.783.950,60

Representatividade/amostra (%) 2,6 5,4 0,0 2,6 0,9

Tipo de Despesas sem

Justificativos

Entidades por Âmbito

Peso

(Em Meticais)

Fonte: Relatórios de Auditorias do TA

É de referir que a solicitação da disponibilização dos justificativos em falta foi feita mediante a apresentação dos ofícios de anúncio da realização das auditorias e durante

a execução destas, através da entrega, aos gestores, de Notas de Pedido.

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-25

A falta de justificativos constitui infracção financeira, nos termos do disposto na alínea e) do n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente ao

regime relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo.

Deste modo, foi preterido o disposto na alínea d) do n.º 7.1 das Instruções Sobre a Execução do Orçamento do Estado, da Direcção Nacional da Contabilidade Pública, de 31 de Outubro de 2000 (BR n.º 17, II Série, de 25 de Abril de 2001), segundo o

qual nenhum registo poderá ser efectuado sem a existência de documentos comprovativos, que deverão ser arquivados por verbas e anos, de forma a ser possível

a sua identificação;

b) Registo de despesas não elegíveis, no montante de 27.254.447.769,07 Meticais, em diversos projectos de investimento, conforme se dá conta, no Quadro n.º VI.21 a

seguir.

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VI-26

Quadro n.º VI.21 – Despesas Realizadas fora do Âmbito dos Respectivos Projectos

Executada Não elegível Observação

Direcção

Provincial da

Saúde de

Manica

SAU05-01-

MAN-2013-

0053

Conclusão da Construção e

Apetrechamento do Centro

de Saúde Urbano Tipo “A”

de Vila Nova na Cidade de

Chimoio

4.416.240,00 1.840.690,80

Aquisição de equipamento hospitalar para os

centros de Saúde Tipo II, nomeadamente, Dunda

no Distrito de Macossa, Massangano no Distrito

de Guro, Gói - Gói no Distrito de Mossurize e

Dombe em Sussundenga

135.586,70

Pagamento do valor contratual referente à

aquisição da viatura de marca Toyota Hilux

destinada ao Governo do Distrito de Matutuíne

1.355.867,04

Aquisição de uma viatura de marca Toyota Hilux,

destinada ao Governo do Distrito de Matutuíne

535.670,00

Aquisição de um cilindro vibrador de 3,5

toneladas

503.100,00 Aquisição de uma máquina niveladora

129.600,00

Pagamento de ajudas de custo para fora da Cidade

de Maputo, no âmbito de diversas actividades que

não se enquadram neste projecto

269.647,58

Aquisição de diversas recargas de telefone móvel

cuja finalidade não consta dos respectivos

processos

1.418.747,44

Aquisição de diversos bens (acessórios de

viaturas, mobiliário de escritório, produtos

alimentícios, etc.) e prestação de diversos serviços

(reparação e revisão de viaturas, serviço da TV

Cabo, etc.)

64.344,15

Aquisição de 5 microondas Defy (5.999,00

Meticais/cada), 10 chaleiras kenwood (2.500,00

Meticais/cada), para uso nesta Direccção

41.886,00

Aquisição de 2 congeladores médios Defy, sem

indicação, no processo, do local de afectação

17.829,50

Aquisição de diversos produtos alimentares, para

confeccionar no distrito municipal de Ka Tembe,

no âmbito da monitoria aos projectos do FDD

CID01-00-

CID-2011-

0044

Manutenção das Instalações 2.414.849,57 61.000,80

Aquisição de passagens aéreas Maputo-Nampula-

Maputo para 3 funcionários, no âmbito da

participação no IX Conselho Coordenador do

Ministério da Planificação, realizada de 18 a 21

de Março no Município de Nampula

24.239.232,41 6.373.970,01

(Em Meticais)

Monitoria e Avaliação do

Plano Económico Social

Direcção do

Plano e

Finanças da

Cidade de

Maputo

CID01-00-

CID-2012-

0011-

Despesa

6.090.498,48

Governo do

Distrito de

Matutuine

MAT03-00-

MAT-2006-

0022

Construção e Reabilitação

de Infra-Estruturas

Distritais

6.895.436,56

4.422.207,80

CID01-00-

CID-2013-

0011

Aquisição de Equipamento

do e-SISTAFE para a

DPFCM

Sub-total

Entidade Código do

ProjectoDesignação

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-27

Quadro n.º VI.21 – Despesas Realizadas fora do Âmbito dos Respectivos Projectos

(Continuação)

Executada Não Elegível Observação

Direcção Provincial do

Plano e Finanças de

Manica

MAN01-00-MAN-

2010-0070

Projecto Capacitação

Institucional2.730.767,82 2.730.767,82

Despesas relacionadas com a aquisição de bens e

prestação de serviços, entre os quais compra de

camisetes, cartões de boas festas, buffet no âmbito das

comemorações do IV Festival Nacional das Forças

Armadas, jantar oferecido pela Governadora da Provincia

de Manica a diversas personalidades na ocasião do fim do

ano, aquisição de dístico no âmbito do 37.º aniversário da

OTM, etc.

Escola Nacional de

AeronáuticaMTC02-04-MTC

Reabilitação e

Apetrechamento dos

Laboratórios

229.070,04 229.070,04

Pagamento de diversas despesas, dentre as quais

aquisição de material não duradouro de escritório, revisão

de viaturas, pagamento de seguros de viaturas, etc.

Conselho de Regulação

de Águas

MOP01-MOP-2010-

0022Expansão do CRA 7.901.635,98 2.780.956,34

Aquisição de uma viatura (1.823.237,88 Meticais), para o

Presidente, uma para CRA-Sede (536.762,12 Meticais),

fornecimento de mobiliário de escritório

(100.989,39Meticais) e equipamento informático

(319.966,95 Meticais), todos para CRA sede

Governo do Distrito de

Sussundenga

Estudos de Urbanização

Básica499.819,96 499.819,96

Reabilitação de bombas de água

Governo do Distrito de

Moamba

MOA03-00-MOA-

2006-0048

Reabilitação e Construção

das Infra-estruturas6.895.436,57 3.716.600,00

Aquisição de uma niveladora (716.600,00 Meticais) e um

cilindro compactador (3.000.000,00 Meticais)

Conselho Municipal da

Cidade de Manica

Empoderamento das

Mulheres empreendedoras498.827,53 4.728,80

Pagamento das despesas de comunicação referente aos

meses de Novembro e Dezembro de 2012

Direcção Provincial das

Obras Públicas e

Habitação de Manica

MAN-2013-0078-

DHU

Mapeamento e

Cadastramento das Matérias

- Primas para a Construção -

FASE 1

618.561,00 618.561,00

Construção do muro de vedação no edifício do Centro de

Curso de Matéria de Chimoio

842.355,12Construção de divisória e gradeamento do edifício da

Av. Karl Max

85.904,44 Criação de uma página Web

2.695.897,55 Apetrechamento para o edifício da Karl Marx

1.287.957,43Pagamento de salários

479.290,75Aquisição de mobiliário e electrodomésticos

Direcção Provincial da

Educacão e Cultura de

Manica

MEC-02-01-MEC-

2010-0009

Construção de muro de

Vedação da Delegação do

Instituto de Línguas de

Chimoio

4.908.889,80 4.908.889,81

Pagamento de obras de construção dos escritórios da

UCEE na Escola Samora Machel, ampliação da

biblioteca escolar e conclusão de diversas obras escolares

no Distrito de Guro, construção de salas de aulas do

Instituto Industrial e Comercial Joaquim Marra,

construção de casas de professores, etc.

84.264.757,28 20.880.799,06

108.503.989,69 27.254.769,07

24.908.928,64

Fonte: Relatórios de Auditoria do TA.

Despesa

Instituto Superior de

Administração Pública

MFP01-00-MFP-2010-

0001

Construção de um Campus

Universitario35.072.819,94

Sub-Total

Total Geral

Entidade Código do Projecto Designação

Conselho Municipal da

Cidade de Chimoio

EGE02-06-CCH-2005-

8001

Fundo de Investimento de

Iniciativa Local

Observa-se que nos projectos seleccionados as despesas não ilegíveis representam

25,1% do montante total executado3;

c) Foram incorrectamente classificadas, na contabilização, as despesas que se indicam

no quadro a seguir, no montante de 5.509.242,72 Meticais.

3 27.254.769,07/108.503.989,69*100=25,1%

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-28

Quadro n.º VI.22 – Classificação Económica Incorrecta de Despesas Realizadas

Utilizada Correcta

201304447

Pagamento de subsídio de almoço para

63 funcionários do SDSMA-Tambara,

referente aos meses de Julho a

Dezembro de 2013

112110 - Remunerações

extraordinárias para

pessoal civil

112099 - Outras despesas com o

pessoal civil190.108,80

20134234-

20134391

Pagamento de subsídio de almoço para

162 funcionários da DPS-Manica,

referente ao 2.º semestre de 2013

112110 -Remunerações

extraordinárias para

pessoal civil

112099 - Outras despesas com o

pessoal civil479.220,00

201304063

Pagamento de ocupação de instalações

para os técnicos colocados no Hospital

Distrital de Espungabera

122002 - Passagens dentro

do País122004 - Renda de instalações 23.692,50

201303737

Aquisição de Material de Consumo

Odontológico, Hospitalar, Laboratorial

e Químico

211099 - Outras

construções

121012 - Material de consumo

odontológico, hospitalar,

laboratorial e químico

500.000,00

201303718

Aquisição de Material para

Manutenção e Reparação de Bens

Imóveis

211099 - Outras

construções

121002 - Material para

manutenção e reparação de bens

imóveis

374.885,55

201303736Compra de material para manutenção

de Imóveis211001 - Obras em curso

121002 - Material para

manutenção e reparação de bens

imóveis

54.715,05

2196 Reparação de uma viatura

112106 - Subsídio de

combustível e reparação

de viaturas

122007-Manutenção e reparação

de veículos87.910,00

312Aquisição de uma passagem aérea

Chimoio/Maputo

122003 - Passagens fora

do País

122002 - Passagens dentro do

País10.107,00

1829 Aquisição de medicamentos 141003 - Direitos

aduaneiros correntes121009 Medicamentos e apósitos 57.826,08

2001622598 90.118,00

2001622612 87.077,25

2001622630 Fornecimento de Energia 122012 - Água 122013 - Energia eléctrica 23.212,06

201300825Aquisição de 550 pastas para o 3.º

encontro Anual da Juventude521.255,00

201300853 Aquisição de 150 pastas 284.310,00

201300225 1.324,00

201300586 1.323,40

2.787.084,69Sub-total

Ministério da

Juventude e

Desportos

121098 - Outros bens de

consumo

Valor

Direcção

Provincial da

Saúde de

Manica

Fundo

Bibliográfico

da Língua

Portuguesa

Aluguer de Viatura122007 - Manutenção e

reparação de veículos122008 - Transporte e carga

Entidade OP/Cheque Descrição

(Em Meticais)

Verba

121005 - Material de consumo

para escritório

143406 - Subsídio de

funeral122099 - Outros serviços

Pagamento de um anúncio necrológico

no Jornal Notícias pelo falecimento de

antigo atleta

Fonte: Relatórios de Auditoria do TA

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-29

Quadro n.º VI.22 – Classificação Económica Incorrecta de Despesas Realizadas

(Continuação)

Utilizada Corecta

201300899Produtos alimentares

diversos

121010 - Géneros

alimentícios

162001 - Pagamento de

exercícios anteriores relativos a

bens de consumo

48.774,50

201300368Manutenção e reparação da

viatura MLY 17-88

122005 - Manutenção e

reparação de bens imóveis

122007-Manutenção e reparação

de veículos38.668,50

201300376Reparação da viatura de

marca Force

122005 - Manutenção e

reparação de bens imóveis

122007-Manutenção e reparação

de veículos86.086,86

201300393

Pagamento de seguro da

viatura MMR 90-19

referente ao ano de 2012

122009-Seguros164099-Outros pagamentos de

exercícios findos39.779,21

201200392

Pagamento de seguro de

viatura MMR 90-19

referente ao ano de 2012

122009-Seguros164099-Outros pagamentos de

exercícios findos33.163,83

201300423

Reparação da viatura com a

chapa de inscrição MLY 17-

88

122005 - Manutenção e

reparação de bens imóveis

122007-Manutenção e reparação

de veiculos33.345,00

201300424

Reparação da viatura com

a chapa de inscrição MMS

90-18

122005 - Manutenção e

reparação de bens imóveis

122007-Manutenção e reparação

de veiculos41.886,00

201300562 Pagamento de 70 refeições 121099-Outros bens

duradouros122099-Outros Serviços 75.000,00

201300885 Fornecimento de refeições

121008-Sobressalentes para

máquinas equipamentos e

motores

122099-Outros serviços 20.000,00

201300291Despesa em reparação de

viatura

121099-Outros bens

duradouros

122007-Manutenção e reparação

de veículos54.789,35

201300163Manutenção e reparação de

material informático

121005-Material de consumo

para escritório

122007-Manutenção e reparação

de veículos52.500,00

201300161Aquisição de electrobomba

e loiça sanitária122099-Outros serviços

121002-Material para

manutenção e reparação de bens

imóveis

29.750,00

201300928

Compra de alimentos e de

produtos de higiene e

limpeza

121008-Sobressalentes para

equipamento, máquinas e

motores

121010- Géneros alimentícios,

121011-Material de limpeza e

higiene

22.927,50

201301246Compra de produtos de

higiene e limpeza

121099-Outros bens

duradouros

121011-Material de limpeza e

higiene10.015,00

201301101Compra de produtos

alimentares diversos

121005-Material de consumo

para escritório121010-Géneros alimentícios 8.905,00

595.590,75

(Em Meticais)

Sub-Total

Governo do

Distrito de

Matutuine

ValorEntidade OP/Cheque DescriçãoVerba

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-30

Quadro n.º VI.22 – Classificação Económica Incorrecta de Despesas Realizadas

(Continuação)

Utilizada Correcta

4004237 Pagamento de subsídio por morte 112008 - Subsídio de funeral Subsídio por morte 8.088,30

4005767 Pagamento de subsídio por morte 112008 - Subsídio de funeral Subsídio por morte 11.107,80

19680069Prestação do apoio ao Clube de

Chibuto 122099 - Outros serviços

Transferência Correntes a

Administrações Privadas900.000,00

6892507 Aquisição de fechaduras121008 Outros bens não

duradouros

Manutenção e reparação de

imóveis-Bens2.400,00

6892124 Aquisição de bandeiras municipais12.10.08 Outros bens não

duradourosOutros bens não duradouros 11.700,00

6892345Aquisição de 12 juntas, 20 tubos

PVC e 1 tubo de ferro galvanizado

121099 - Outros bens

duradouros

Manutenção e reparação de

imóveis-bens169.052,88

20133524 Reparação de fotocopiadora122005 - Manut. repar. de

imóveis

Manutenção e reparação de

equipamentos33.919,47

201300184Aquisição de bens duradouros

(Material Informático)

121016 - Material duradouro

para ensino e formação

121023 - Material douradouro

de informática26.089,99

201300184 Compra de recargas121016 - Material duradouro

para ensino e formação

122001 - Comunicações em

geral600,00

201300018 Aquisição anual de Jornal121099 - Outros bens

douradouros122099 - Outros serviços 38.312,00

201300032

Despesas em maquetização layout e

impressão de calendários de mesa121098-Outros bens de

consumo122024-Serviços gráficos 83.947,50

201300153

Aquisição de 5 pneus destinados à

viatura AAM009MC 121098-Outros bens de

consumo

121008- Sobressalentes para

equipamentos, máquinas e

motores

57.175,00

201300452Maquetização e impressão de

cartões de visita corporativos

121098-Outros bens de

consumo122024-Serviços gráficos 18.720,00

201300526 Aquisição de 17500 Alevinos121098-Outros bens de

consumo

121028- Sementes plantas e

insumos52.500,00

201300651Despesas em maquetização e

impressão de 150 calendários

121098-Outros bens de

consumo122024-Serviços gráficos 59.354,10

201300025Aluguer de uma viatura

122004-Rendas de instalações 122008-Transporte e carga 140.000,00

201300641

Despesas de impressão e

emolduragem de fotografias sobre

aquacultura

212099-Outas maquinarias,

equipamentos e mobiliários122024-Serviços gráficos

78.975,00

201300329Impressão e encadenação do

Projecto Executivo do Chókwè 122021-Limpeza e conservação 122024-Serviços gráficos 126.022,99

201300393Impressão de logotipos nas capas de

chuva

121098-Outros bens de

consumo122024-Serviços gráficos 5.850,00

1.823.815,03

5.509.242,72

(Em Meticais)

Sub-total

Total Geral

Instituto

Nacional de

Desenvolvimen

to da

Aquacultura

ValorEntidade OP/Cheque Descrição

Conselho

Municipal da

Cidade de

Chibuto

Centro de

Reclusão

Feminino de

Ndlavela

Verba

Fonte: Relatórios de Auditoria do TA

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-31

O n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 Fevereiro prescreve que “Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre

inscrita devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade,

eficiência e eficácia”.

As situações referidas nas alíneas b) e c) configuram desvio de aplicação, nos termos do estabelecido no n.º 1 do artigo 78 do Título I do Manual de Administração

Financeira e Procedimentos Contabilísticos, aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 169/2007, de 31 de Dezembro, do Ministro das Finanças.

Nos casos acima mencionados, houve violação das normas sobre a elaboração e execução dos orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas ou compromissos, como preceituado na alínea b) do n.º 3 do artigo

93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro;

d) Em 17 entidades, falta a indicação das matrículas das viaturas abastecidas em

combustível nos correspondentes processos de despesas, bem assim dos respectivos beneficiários.

Quadro n.º VI.23 – Combustível Abastecido a Viaturas não Identificadas (Em Meticais)

Âmbito Entidades Valor

Central 12 8.332.295,69

Distrital 2 1.554.710,00

Autárquico 3 1.689.404,92

Sub-Total 17 11.576.410,61

Total de Entidades

Auditadas74

Fonte: Relatórios de Auditoria do TA.

e) As entidades indicadas no Quadro IV.24, a seguir, não devolveram à CUT os saldos finais de 2012 e 2013, nos valores de 16.046.221,61 Meticais e 35.871.265,53

Meticais, respectivamente, em violação do disposto no n.º 1 do artigo 7 da Circular n.º 05/GAB-MF/2012, de 28 de Outubro, do Ministro das Finanças, e do mesmo

número e artigo, da Circular n.º 03/GAB-MF/2013, de 16 de Outubro, ambos do Ministro das Finanças, segundo os quais os saldos dos AFU’s não utilizados em 2012 e 2013 devem ser anulados e os seus recursos financeiros recolhidos à Conta Bancária

de Receita de Terceiros (CBRT) da UI do STP-D correspondente, para posterior transferência a Conta Única do Tesouro, desconhecendo, até ao momento o destino

dado.

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-32

Quadro n.º VI.24 – Saldos não Devolvidos ao Tesouro em 2012 e 2013

2012 2013

1 Instituto Superior de Administração Pública 31.919,40 45.541,41 77.460,81 0,1

2 Direcção Provincial da Educação e Cultura de Manica 785.571,70 233.914,63 1.019.486,33 2,0

3 Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental 713.373,05 180.862,88 894.235,93 1,7

4 Instituto Superior de Artes e Cultura 354.593,62 157.152,81 511.746,43 1,0

5 Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação 12.238.277,88 33.224.748,50 45.463.026,38 87,6

6 Fundo de Promoção Desportiva 1.445.807,39 321.673,35 1.767.480,74 3,4

7 Ministério da Função Pública 33.617,63 1.038.820,01 1.072.437,64 2,1

8 Ministério da Administração Estatal 349.146,84 555.689,88 904.836,72 1,7

9 Governo do Distrito de Sussudenga 18.844,42 44.904,19 63.748,61 0,1

10 Direcção do Plano e Finanças da Cidade de Maputo 53.281,50 67.957,87 121.239,37 0,2

12 Instituto Nacional de Educação à Distância 21.788,18 21.788,18 0,0

16.046.221,61 35.871.265,53 51.917.487,14 100,0

Fonte: Relatórios de Auditorias do TA.

(Em Meticais)

Total

EntidadeN.º de

Ordem

SaldosTotal

Peso

(%)

f) São evidenciadas no Quadro n.º VI.25, a seguir, diferenças entre os valores registados

nos mapas Demonstrativos Consolidados por UGB e os apresentados pelas entidades auditadas, nas Requisições/Folhas de Salários e nos Balancetes de Execução do

Orçamento.

Quadro n.º VI.25 – Diferenças no Registo de Requisições de Salários

N.º de

OrdemEntidade

Mapa Demonstrativo

Consolidado por UGB

Requisições/Folhas de

SaláriosDiferença

1Conselho de Avaliação de Qualidade do

Ensino Superior4.612.731,23 4.617.693,43 -4.962,20

2 Ministério de Administração Estatal 54.077.051,45 58.392.867,71 -4.315.816,26

3 Instituto Nacional da Juventude 1.986.180,91 2.660.601,71 -674.420,80

4Ministério para a Coordenação da Acção

Ambiental67.160.978,10 63.242.551,59 3.918.426,51

5Direcção Provincial da Educação e

Cultura de Manica352.340.783,57 34.522.827,06 317.817.956,51

6Direcção Provincial de Obras Públicas e

Habitação de Manica7.946.309,55 7.928.591,84 17.717,71

7 Direcção Provincial da Saúde de Manica 47.701.995,15 43.254.574,53 4.447.420,62

8Instituto Superior de Administração

Pública17.692.005,56 17.634.880,24 57.125,32

9 Ministério dos Negócios Estrangeiros 153.503.814,11 147.144.290,33 6.359.523,78

10 Ministério da Juventude e Desportos 28.794.150,43 27.226.087,02 1.568.063,41

Total 735.816.000,06 406.624.965,46 316.741.183,76

(Em Meticais)

Fonte: Relatórios de Auditoria do TA.

g) As entidades indicadas no quadro a seguir concederam empréstimos a seus funcionários no total de 817.911,73 Meticais.

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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-33

Quadro n.º VI.26 – Empréstimos a Funcionários

N.º de

OrdemEntidade Valor

1 Ministério do Interior 657.416,14

2 Escola Nacional de Aeronáutica 40.629,84

3 Fundo de Promoção Desportiva 50.000,00

4 Direcção Provincial do Plano e Finanças de Manica 60.000,00

5 Direcção do Plano e Finanças da Cidade de Maputo 9.865,75

817.911,73

(Em Meticais)

Total

A concessão de empréstimos a funcionários com fundos públicos não tem

enquadramento legal, pelo que se está em presença de uma violação das normas sobre a elaboração e execução dos orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas ou compromissos, o que constitui infracção

financeira, conforme o disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro;

h) As entidades que se indicam no quadro a seguir, pagaram despesas de anos anteriores com as dotações do exercício de 2013. Estas despesas deveriam ter sido inscritas e pagas na verba Despesas por Pagar.

Quadro n.º VI.27 - Despesas de Anos Anteriores (Em Meticais)

N.° de

OrdemEntidade Valor

1 Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA 167.618,88

2 Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação 2.294.326,02

3 Direcção do Plano e Finanças da Cidade de Maputo 1.996.924,98

4 Direcção Provincial da Saúde de Manica 4.873.272,78

9.332.142,66

Fonte: Relatórios de Auditorias do TA.

Total

No orçamento de 2013 destas entidades, não foi inscrita a verba adequada (Despesas por Pagar e/ou Exercícios Findos), para suportar este tipo de despesas.

O n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 Fevereiro, estabelece que “Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na

correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia”.

Sublinha-se, ainda, que, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 15 da Lei n.º 9/2009, de 12 de Fevereiro, que aprova o Sistema de Administração Financeira do Estado, as despesas só podem ser assumidas no ano económico em que tiverem sido

orçamentadas. As referentes a anos anteriores devem ser contabilizadas em rubrica específica no Orçamento do Estado, segundo dispõe o n.º 1 do artigo 83 do Manual de

Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF);

i) Não foram retidos na fonte 323.906,77 Meticais, de IRPS, sobre o rendimento do trabalho e de rendas que se indicam no quadro que se segue.

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-34

Quadro n.º VI.28 - IRPS não Retido na Fonte

Pago A reter na fonte

Instituto Nacional da

Juventude

Serviços de Consultoria em Finanças

Públicas 200.000,00 40.000,00

Direcção Nacional de

Identificação Civil

Arrendamento das Instalações para os

Serviços de Identificação de Sofala, Cabo

Delgado e da Cidade de Maputo 2.027.905,50 283.906,77

2.227.905,50 323.906,77Total Global

(Em Meticais)

Montante

DesignaçãoEntidade

Fonte: Relatórios de Auditorias do TA.

De acordo com o estabelecido na alínea d) do n.º 1 do artigo 32 do Regulamento do

CIRPS, aprovado pelo Decreto n.º 8/2008, de 16 de Abril, as entidades que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada são obrigadas a reter o imposto, mediante a aplicação da taxa de 20% sobre os rendimentos do trabalho

independente.

Com a falta de retenção na fonte, no acto de pagamento de rendas de casas, cometeu-

se uma transgressão fiscal, por violação do preceituado nos n.ºs 3 e 5, ambos do artigo 65 do Código do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRPS), aprovado pela Lei n.º 33/2007, de 31 de Dezembro, que estabelecem a

obrigatoriedade de as entidades que tenham contabilidade organizada reterem, na fonte, o IRPS mediante a aplicação da taxa de 20% sobre as rendas pagas, depois de

deduzidos 30% do rendimento ilíquido, a título de despesas de manutenção e conservação dos imóveis em causa.

Este comportamento, para além do pagamento do IRPS devido é punível com multa,

nos termos do Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pelo Decreto n.º 46/2002, de 26 de Dezembro.

j) Os projectos apresentados no quadro a seguir, apesar de terem sido previstos não

foram executados, o que revela deficiências, tanto na planificação, quanto na

execução.

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VI-35

Quadro n.º VI.29 – Relação de Projectos de Investimento não Executados

Entidade Designação Descrição Dotação Final

Aquisição de 5000 metros de tubagem copolene para expansão da rede de

abastecimento de água, nos distritos municipais de Mulembja e Ribangua

750.000,00

Aquisição de lâmpadas para iluminação pública, destinada a cobrir a área Municipal

19.000,00

Abertura de furos de água para os diversos Bairros do Município 4.000.000,00

Aquisição de uma viatura cisterna com capacidade de 4.500 litros para Salubridade,

destinada à área Municipal 1.072.000,00

Aquisição de 30 Candeeiros para iluminação pública 120.000,00

5.961.000,00

Aquisição de uma mesa 60.000,00

Aquisição de computadores e respectivas impressoras 150.000,00

Enumeração de quarteirões a nível das unidades administrativas dos bairros 20.000,00

Construção das sedes dos bairros 200.000,00

Construção de mastros para as localidades 12.750,00

Construção do Edifício Municipal 4.000.000,00

Construção do Posto da Polícia Municipal 550.000,00

Construção de salas de aulas 1.204.497,75

Construção de varandas nas sedes das localidades 172.370,00

Realização do campeonato de ntxuva 25.000,00

Produção e apresentação do programa radiofónico "A nossa cidade" 72.000,00

Realização da conferência de investimento para lançamento do Plano Estratégico 500.000,00

Transversal Concessão de subsídios a funcionários doentes de HIV/SIDA 35.000,00

7.001.617,75

Escola Nacional de

AeronúticaMTC02-04-MTC-2008 Reabilitação do simulador de controlo de tráfego Aéreo 900.000,00

900.000,00

13.862.617,75

Conselho Municipal

da Matola

Sub-Total

Sub-Total

Total Global

Sub-Total

Conselho Municipal

de Chókwè

Âmbito Institucional

Política Social, Transportes e

Comunicações

Urbanização, Construção e

Infraestruturas

Cultura, Desporto, Juventude e

Eventos

Nada Consta

Fonte : Relatórios de Auditorias do TA.

No concernente a esta matéria e no âmbito do contraditório do relatório de auditoria, as

entidades não se pronunciaram.

6.7.2 - Aspectos Específicos

6.7.2.1 - Instituições de Âmbito Central

6.7.2.1.1 - Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação

a) Não foram definidos os critérios de selecção na contratação das agências de viagem e

empresas de manunteção de viaturas que se indicam no Quadro a seguir.

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VI-36

Quadro n.º VI.30 – Relação de Empresas de Prestação de Serviços

N.º Fornecedor Valor

1 Aquarium Tours, Lda. 129.970,00

2 Atlantic Travel, Lda. 4.996.097,00

3 Cotur Comércio Agência de Viagem 801.642,00

4 Golden Travel 83.900,00

5 Mextur 9.114.997,00

6 Mozambique Welcome Travel e Turismo 701.182,00

7 Sky Travel, Lda. 560.497,00

8 South African Airways, Lda. 44.013,00

9 Top Tours 14.114.040,00

10 Samira Travel Tours 2.640,00

30.548.978,00

11 African Auto Parts, Lda. 1.450,00

12 Auto Duarte, Lda. 7.512,70

13 Auto Mobin 70.492,50

14 Auto Yanik 2.288.244,78

15 Blue R. Lda. 137.554,25

16 Easy Link 14.898,78

17 Entreposto 326.928,71

18 Interauto Comércio Automóvel 33.369,17

19 Intercar, Lda. 72.203,21

20 Intermotor, Lda. 17.145,68

21 Januário André Filipe Auto Lenesese 1.493.046,98

22 Mecanica Motores, Lda. 15.206,49

23 Sir Motores, Lda. 73.535,67

24 Somotor 754.921,55

25 Tata de Moçambique 24.667,48

26 Técnica Industrial 47.220,69

27 Toyota de Moçambique 33.354,79

5.411.753,43

35.960.731,43Total Geral

(Em Meticais)

Passagens Aéreas

Subtotal

Reparação de Viaturas

Subtotal

Fonte : Relatório de Auditoria do TA.

Nos termos do artigo 7 do Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio, a entidade deveria ter aberto os respectivos

concursos públicos, ou fundamentado, por escrito, a sua dispensa, com base nos números 1, 2 e 3 do artigo 9 do referido diploma legal. Por outro lado, deveriam ter

obrigatoriamente notificado e fundamentado a adopção de outra modalidade de contratação à Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 118 do Regulamento atrás citado.

6.7.2.1.2 – Instituto Superior de Administração Pública

Foi pago à Entreposto Comercial de Moçambique o valor de 398.173,71 Meticais, relativo ao

adiantamento para futura aquisição de uma viatura de marca Isuzu KB 250 dupla cabine, conforme consta da nota de débito e de cabimentação apenso ao respectivo processo de contabilidade.

A entidade não apresentou nenhum acordo, nem contrato de compra e venda, pelo que, este procedimento indicia um pagamento indevido, à luz do disposto no artigo 96 da Lei n.º

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Novembro de 2014

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VI-37

26/2009, de 29 de Setembro, que assim classifica os que forem feitos à margem da lei, que causarem dano para o Estado ou entidade pública, incluindo aqueles a que corresponda

contraprestação efectiva que não seja adequada ou proporcional à prossecução das atribuições da entidade em causa, ou aos usos normais de determinada actividade.

6.7.2.1.3 - Escola Nacional de Aeronáutica

Nesta entidade, foram pagos subsídios de telefone, ao Director e seu Adjunto Pedagógico, no valor de 17.100,00 Meticais, através do e-SISTAFE e de mais 31.500,00 Meticais, da conta

bancária.

Nos termos do estabelecido no artigo 1 do Despacho do Ministro das Finanças, de 14 de

Novembro de 2006, relativamente àquelas funções, fixou-se o limite mensal de 1.000,00 Meticais e 900,00 Meticais, respectivamente, valores coincidentes com os que foram pagos por via e-SISTAFE.

Assim sendo, o pagamento de 31.500,00 Meticais, feito através da conta bancária, é indevido, nos termos do disposto no artigo 96 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro.

6.7.2.1.4 - Fundo de Promoção Desportiva

a) No dia 19/12/2013, através da verba 142099 – Outras Transferências Correntes a Administrações Privadas foram efectuadas transferências do e-SISTAFE para as

contas bancárias da entidade, n.ºs 1154218101.80, no Banco Comercial e de Investimento, e 56677004.57 no Millennium bim, no total de 43.048.570,00 Meticais,

dos quais 4.202.503,00 Meticais pagaram despesas realizadas no exercício de 2014.

O adiantamento do valor das despesas a serem realizadas nos anos seguintes contraria o previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 12 da Lei n.º 9/2012, de 12 de Fevereiro, que

cria o SISTAFE, a qual preceitua que o orçamento tem um período de validade e de execução anual;

b) Através da conta bancária n.º 56677004 do Millennium bim - Receitas Próprias, foram transferidos 441.311,60 Meticais, para pagamento de salários a funcionários não identificados nos processos de prestação de contas.

A este respeito, os gestores não apresentaram qualquer documento, nem o instrumento legal que fundamenta o pagamento daqueles salários, apesar de

solicitados no decurso da auditoria,

A inexistência dos comprovativos na realização da despesa pode indiciar alcance, conforme o preceituado no artigo 94 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro.

c) De fundos do Projecto MJD03-00-MJD-2005-0011-Instalações Desportivas Municipais, foram transferidos 223.267,00 Meticais, através da OP n.º 201300049,

para a Conta Bancária n.º 11054218101, do Fundo, cujos descontos salariais não foram retidos na fonte, a ex-trabalhadores do COJA.

O procedimento adoptado pelos gestores constitui violação do disposto no n.º 1 do

artigo 30 do Regulamento do Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto n.º 8/2008, de 16 de Abril que estatui que “As

entidades devedoras do rendimento de trabalho dependentes, fixos ou variáveis, com

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Novembro de 2014

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-38

excepção das pensões, incluindo as de alimentos, são obrigadas a reter o imposto no momento do seu pagamento ou colocação à disposição dos respectivos titulares”.

Por outro lado, estabelece a alínea c) do n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, que constitui infracção financeira a não efectivação ou retenção

indevida dos descontos legalmente obrigatórios a efectuar ao pessoal;

d) Nos respectivos processos de execução dos projectos de investimentos, a seguir enumerados, não constam os relatórios de avaliação das actividades desenvolvidas,

nem a informação das datas da sua conclusão, sendo o valor global de 283.949.738,97 Meticais.

Quadro n.º VI.31 – Relação de Projectos de Investimento do FPD (Em Meticais)

Código Designação Execução

MJD01-00-MJD-2008-0004Reabilitação dos Campos de Jogos Excelência

em Gondola15.779.494,49

MJD03-00-MJD-2005-0009 Construção do Complexo Desportivo de

Pemba235.506.620,34

MJD03-00-MJD-2005-0011 Instalações Desportivas Municipais 24.163.624,14

MJD03-00-MJD-2009-0002 Parque dos Continuadores de Maputo 8.500.000,00

Total 283.949.738,97 Fonte : Relatório de Auditoria do TA.

Este facto constitui infracção financeira, nos termos do disposto na alínea e) do n.º 3

do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente ao regime relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo.

Ademais, foi preterido o disposto na alínea d) do n.º 7.1 das Instruções Sobre a Execução do Orçamento do Estado, da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, de 31 de Outubro de 2000 (BR n.º 17, II Série, de 25 de Abril de 2001), segundo o

qual nenhum registo poderá ser efectuado sem a existência de documentos comprovativos, que deverão ser arquivados por verbas e anos, de forma a ser possível

a sua identificação.

6.7.2.2 - Instituições de Âmbito Provincial

6.7.2.2.1 - Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação de Manica

a) Nos documentos analisados, referentes ao projecto de construção do Edifício II do Governo Provincial de Manica, apurou-se que, para além dos 30.638.233,54 Meticais,

executados em 2013, foram realocados 29.893.370,00 Meticais, não previstos, nem registados em qualquer rubrica do orçamento da entidade. O montante em causa foi transferido das dotações orçamentais de outras instituições, daquela província.

O n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) preceitua que “Nenhuma despesa

pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e

eficácia”.

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Novembro de 2014

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-39

b) No âmbito do mesmo projecto, desde 2006 até ao exercício em apreço, foram gastos 123.210.011,95 Meticais, conforme se detalha na tabela seguinte.

Ano Execução Peso (%)

2006 4.140.000,00 3,4

2007 4.040.000,00 3,3

2008 2.692.546,21 2,2

2009 4.500.000,00 3,7

2010 3.910.802,20 3,2

2011 19.318.610,00 15,7

2012 24.076.450,00 19,5

2013 60.531.603,54

Previsto 30.638.233,54

Não Previsto 29.893.370,00

Total 123.210.011,95 100,0

49,1

(Em Meticais)

Fonte: Relatório de Auditoria do TA.

Relativamente ao assunto, solicitados os documentos da inscrição e plano de

construção do projecto, no período em referência, os gestores da entidade informaram da impossibilidade da sua localização, alegadamente por desorganização do arquivo.

Segundo o disposto na alínea d) do n.º 7.1 das Instruções Sobre a Execução do Orçamento do Estado, da Direcção Nacional da Contabilidade Pública, de 31 de Outubro de 2000, (BR n.º 17, II.ª Série, de 25 de Abril de 2001), nenhum registo

poderá ser efectuado sem a existência de documentos comprovativos, que deverão ser arquivados por verbas e anos, de forma a ser possível a sua identificação.

A inexistência dos comprovativos da realização da despesa consubstancia alcance, conforme o preceituado no artigo 94 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro.

Por outro lado, tratando-se de um projecto do Gabinete da Governadora da Província

de Manica, a sua inscrição devia ter sido efectuada na tabela orçamental daquela entidade.

c) Não foram concretizadas, na íntegra, as actividades previstas nos projectos apresentados no quadro a seguir.

Quadro n.º VI.32 – Projectos de Investimento não Concretizados (Em Meticais)

Código Projecto Actividades Realizadas Valor Previsto Valor Gasto Diferença

MAN01-00-MANN-

2012-0042

Construção de 5 Residências

para Dirigentes da Província

Construção de 2 casas em

Chimoio10.500.000,00 10.471.000,00 29.000,00

MOP15-00-MOP-

2013-0003

Construção de 32 Furos de

Água em Macossa, Báruè,

Tambara e Machaze

Construção de 20 furos,

sendo, Guro (9), Tambara

(4), Báruè (2), e

Sussundenga (5)

4.592.451,64 3.690.000,00 902.451,64

15.092.451,64 14.161.000,00 931.451,64TOTAL

Fonte: Relatório de Auditoria do TA.

A diferença de 931.451,64 Meticais, ilustrada no quadro acima, foi utilizada para

pagamento de despesas de supervisão destes projectos, embora exista o devido enquadramento no respectivo projecto para esse efeito, a saber, “Controlo e

Supervisão das Obras”, orçado em 628.902,40 Meticais, por onde deveriam ter sido orçados e pagos esses valores.

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Novembro de 2014

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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-40

Ademais, os distritos de Macossa e Machaze, apesar de estarem referidos no projecto como favoritos, não beneficiaram da realização de nenhum furo de água, tendo em

contrapartida sido construídos 9 furos, em Guro, e 5, em Sussundenga, que não tinham sido planificados no projecto em causa.

O n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) preceitua que “Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita

devidamente no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e

eficácia”.

6.7.2.2.2 - Direcção Provincial do Plano e Finanças de Manica

Não foi apresentado, nem no decurso da auditoria, nem em sede do contraditório do relatório

preliminar, o dispositivo legal que prevê o pagamento do Abono Adicional a 102 funcionários, no valor de 2.098.542,50 Meticais, bem como outros abonos designados

“Remanescente”, no montante de 1.174.552,65 Meticais, que foi realizado em Dezembro de 2013 a 99 funcionários, pelo Departamento do Tesouro com recurso à modalidade de adiantamentos de fundos.

Destarte, tais pagamentos são indevidos, nos termos do disposto no artigo 96 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, por serem ilegais e por causarem danos ao Estado e

consubstanciam infracção financeira típica, segundo o estabelecido no n.º 2 do artigo 93 da mesma lei.

6.7.2.2.3 - Direcção do Plano e Finanças da Cidade de Maputo

Existe uma diferença de 235.929,71 Meticais, entre o montante de 412.119,15 Meticais, apresentado na relação das OP´s e o valor registado no Mapa Demonstrativo Consolidado da

Componente Funcionamento, de 176.189,44 Meticais.

Nos termos do preceituado no n.º 2 do artigo 26, do Título I do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos, aprovado pelo Diploma Ministerial n.º

169/2007, de 31 de Dezembro, do Ministro das Finanças, é da competência do Agente do Controlo Interno certificar-se da legalidade dos actos que resultem no recebimento de

numerário, realização de despesas e ainda registar a conformidade processual e documental.

6.7.2.3 - Instituições de Âmbito Autárquico

6.7.2.3.1 - Conselho Municipal da Cidade de Chibuto

Da verificação efectuada às folhas dos salários pagos em 2013, foi apurado o pagamento de salários em excesso ao pessoal fora do quadro, no valor global de 812.523,91 Meticais,

conforme espelha a tabela que se segue.

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Novembro de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013

VI-41

Quadro n.º VI.33 - Salários Pagos em Excesso (Em Meticais)

Período Salário Devido Salário Pago Diferença

Janeiro 275.419,05 451.345,89 175.926,84

Fevereiro 288.717,39 451.187,93 162.470,54

Março 292.794,93 450.430,80 157.635,87

Abril 265.276,03 423.306,83 158.030,80

Maio 265.264,52 423.724,38 158.459,86

Junho 264.668,48 264.668,48 -

Julho 297.045,59 297.045,59 -

Agosto 288.822,81 288.822,81 -

Setembro 285.763,04 285.763,04 -

Total 2.523.771,84 3.336.295,75 812.523,91 Fonte : Relatório de Auditoria do TA.

Sobre este assunto, os responsáveis, exercendo o direito do contraditório do relatório de auditoria, afirmaram que tinham sido tomadas as devidas diligências de modo a

responsabilizar os funcionários envolvidos.

Por sua vez, o Governo, em sede do contraditório, referiu que “…já foram instaurados

processos disciplinares que culminaram com expulsão e/ou demissão dos infractores, conforme os casos, ao mesmo tempo instaurados os processos criminais que estão a correr seus termos nas instâncias competentes”.

Pelo disposto no artigo 96 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, são indevidos os pagamentos ilegais que causarem dano ao Estado ou entidade pública.

Quanto à responsabilidade financeira dos gestores públicos, o n.º 5 do artigo 66 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, estabelece que “o Estado tem direito de regresso sobre todo o funcionário público que cause, por seu acto ou omissão, prejuízos ao Estado”.

6.7.2.3.2 - Conselho Municipal da Cidade de Chókwè

Foi pago o 13.º salário, acrescido de bónus especial, aos funcionários do Conselho Municipal

da Cidade de Chókwè, no montante de 59.435,89 Meticais, em violação do estabelecido no artigo 43 do Regulamento do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado, aprovado pelo Decreto n.º 62/2009, de 8 de Setembro.

Sobre a questão, os gestores, em sede do contraditório do relatório de auditoria, afirmaram que assim procederam por desconhecimento da forma de processamento da folha do 13.º

vencimento, acreditando que se incluía aquele bónus.

Já o Governo, em sede do contraditório do presente relatório, afirmou que procedeu-se à regularização do movimento aquando do pagamento do 13.º pago em 2014.

Os pagamentos efectuados são indevidos, nos termos do disposto no artigo 96 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, para além de que consubstanciam infracção financeira típica, segundo o estabelecido no n.º 2 do artigo 93 da mesma lei.

6.7.2.4 - Instituições do Âmbito Distrital

6.7.2.4.1 - Governo do Distrito de Matutuíne

Nesta entidade, foi incluído na folha de salários enviada ao banco, referente ao mês de Setembro de 2013, o valor do salário de um funcionário que já tinha sido transferido para a

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VI-42

Secretaria Distrital, tendo-lhe sido abonados dois salários, um pela Secretaria Distrital (29.063,18 Meticais) e outro pelo Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

(28.392,29 Meticais).

O pagamento efectuado pelo SDEJT ao funcionário transferido para a Secretaria Distrital é

indevido, à luz do disposto no artigo 96 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro.

A este respeito, o Governo afirmou que foram tomadas medidas com vista à reposição do valor em causa.

6.7.3 – Processos Relativos a Pessoal, Bolsas de Estudo, Fornecimento de Bens,

Prestação de Serviços, Empreitada de Obras Públicas, Consultoria e

Arrendamento

No exercício em consideração, o Tribunal analisou 3.569 processos, sendo 2.743 relativos a pessoal, 244 de atribuição de bolsas de estudo, 242 de fornecimento de bens, 138 de

prestação de serviços, 150 de empreitadas de obras públicas, 30 de consultoria e 20 de arrendamento.

6.7.3.1 - Processos Relativos a Pessoal

Constata-se, no quadro que se segue, que dos 2.743 actos e contratos analisados neste âmbito, 408 foram executados sem o visto obrigatório do Tribunal Administrativo e 27, sem a

remissão ao Tribunal, para efeitos de anotação.

Quadro n.º VI.34 - Processos de Pessoal não Submetidos a Visto e nem Anotação do

TA.

Tipo de Documento Quantidade Tipo de Documento Quantidade

Título de Nomeação Provisória 143 Despacho de Nomeação Defintiva 18

Titulo de Provimento em Comissão de Serviço 51 Despacho de Promoção 5

Titulo de Provimento em Mudança de Carreira 0 Despacho de Progressão 1

Despacho de Aposentação 4 Despacho de Transferência 2

Contrato 210 Despacho de Destacamento 1

408 27

Processos

Individuais

Execução sem o Visto Obrigatório do TA Execução sem Anotação

2.743

Fonte : Relatórios de Auditorias do TA.

No que tange ao visto, estabelece o n.º 1 do artigo 9 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), aprovado pela Lei n.º 14/2009, de 17 de Março, que a relação

de trabalho entre o Estado e o cidadão constitui-se através da nomeação ou de contrato, sujeito a visto do Tribunal Administrativo.

Por sua vez, as alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo 61 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro,

atinente ao regime relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo, estipulam que estão obrigatoriamente sujeitos à fiscalização prévia

os actos administrativos de provimento e contratos de qualquer natureza ou montantes geradores de despesa pública.

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VI-43

Ademais, o visto constitui um acto jurisdicional condicionante da eficácia global dos actos e mais instrumentos legalmente sujeitos à fiscalização prévia obrigatória, conforme o estatuído

no artigo 62 da mesma lei.

Os actos, contratos e mais instrumentos subtraídos à fiscalização prévia obrigatória, ou

objecto de recusa de visto, não são exequíveis, sendo insusceptíveis de quaisquer efeitos financeiros, conforme prescreve o n.º 1 do artigo 78 da mesma lei.

Ora, tendo havido execução destes actos e contratos sem o visto do TA, os gestores das

entidades, onde essas situações foram registadas, incorreram em infracção financeira, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 93 da lei, que temos vindo a citar.

6.7.3.2 - Processos de Concessão de Bolsas de Estudo

Em 2013, nas instituições indicadas no quadro que se segue, foram atribuídas 258 bolsas de estudo, conforme se discrimina a seguir.

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VI-44

Quadro n.º VI.35 - Processos Relativos à Bolsas de Estudo com Irregularidades

Sem

Contrato

Sem Plano de

atribução

Sem

Descontos

na Fonte

Sem

Vínculo

com o

Estado

1 Ministério da Administração Estatal 17 18 0 0 0

2 Ministério da Juventude e Desportos 7 7 1 0 0

3 Ministério da Função Pública 1 1 1 0 0

4 Instituto Nacional da Acção Social 20 2 0 11 0

5 Instituto Nacional da Juventude 17 0 0 0 0

6 Instituto Nacional de Meteorologia 9 3 3 0 0

7 Instituto Superior de Artes e Cultura 24 6 0 7 0

8 Instituto Nacional do Desporto 2 2 2 0 0

9 Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa 1 1 0 0 0

10

Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e

Nutricional 1 0 0 1 0

11 Escola Nacional de Aeronáutica 3 1 1 1 0

12 Conselho de Regulação de Águas 2 2 0 0 0

13 Centro de Reclusão Femenino de Ndlavela 14 14 1 0 0

118 57 9 20 0

13 Direcção do Plano e Finanças da Cidade de Maputo 51 0 0 4 1

14 Direcção Provincial da Saúde de Manica 17 17 0 1 0

68 17 0 5 1

15 Governo do Distrito de Sussundenga 5 1 0 0 0

16 Secretaria Distrital de Matutuíne 2 0 2 0 0

17

Serviço Distrital da Educação, Juventude e Tecnologia de

Matutuíne 32 0 32 0 0

18

Serviço Distrital das Actividades Económicas de

Matutuíne 8 0 8 0 0

19

Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas de

Matutuíne1 0 1 0 0

20 Secretaria Distrital de Moamba 7 0 0 2 0

21

Serviço Distrital de Planeamento e Infra-Estruturas de

Moamba 1 1 0 0 0

22 Serviço Distrital das Actividades Económicas de Moamba 2 2 1 1 0

58 4 44 3 0

23 Conselho Municipal da Cidade de Manica 1 1 1 0

24 Conselho Municipal da Cidade de Chókwè 5 1 0 1 0

25 Conselho Municipal da Cidade de Chimoio 8 0 1 0 0

14 2 2 1 0

258 80 55 29 1

Âmbito Provincial

Âmbito Distrital

Âmbito Autárquico

Quantidade de

Processo

Analisados

Processos com Irregularidades

Âmbito Central

Sub-total

Total

Sub-total

Sub-total

Sub-total

Ordem Entidade

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VI-45

Compulsados os processos de atribuição das referidas bolsas, constataram-se os seguintes aspectos:

a) Não foram formalizadas, por contrato, 80 bolsas de estudo, violando-se o estabelecido no artigo 7 do Regulamento de Bolsas de Estudo, aprovado pelo Diploma Ministerial

n.º 58/89, de 19 de Julho, do Ministro da Administração Estatal, o qual dispõe que a bolsa de estudo deve ser objecto de contrato entre a instituição que a concede e o funcionário beneficiário.

b) Em 55 processos não se observaram os procedimentos estabelecidos nos artigos 3, 4 e 6 do Regulamento de Bolsas de Estudo, aprovado pelo diploma acima referido, dentre

as quais a elaboração de um Plano de Bolsas de Estudo, concurso e notificação do respectivo resultado aos candidatos;

c) Pelo estabelecido nas alíneas a) e b) do artigo 44 do Regulamento do Estatuto Geral

dos Funcionários e Agentes do Estado, aprovado pelo Decreto n.º 62/2009, de 8 de Setembro, os bolseiros a tempo parcial auferem 85% da remuneração e a tempo

inteiro, 75%. As deduções não foram efectuadas a 27 bolseiros a tempo parcial e a 2 a tempo inteiro.

Nos termos da alínea c) do n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro,

constitui infracção financeira a não efectivação dos descontos legalmente obrigatórios às remunerações do pessoal;

d) Na Direcção do Plano e Finanças da Cidade de Maputo, um cidadão sem qualquer vínculo com o Estado, beneficiou de bolsa de estudo, em violação do preconizado no n.º 3 do artigo 80 do regulamento referido na alínea anterior, o qual dispõe que têm

direito a Bolsa de Estudo apenas os Funcionários e Agentes do Estado.

6.7.3.3- Processos Relativos a Fornecimento de Bens, Prestação de Serviços, Empreitada

de Obras Públicas, Consultoria e Arrendamento

Neste âmbito, foram analisados 580 processos como se detalha na tabela a seguir.

Sem Visto Valor Sem

AnotaçãoValor Total

1 Fornecimento de Bens 242 18 167.272.781,96 95 119.951.208,91 287.223.990,87

2 Prestação de Serviço 138 6 15.525.993,63 59 39.525.660,78 55.051.654,41

3

Empreitada de Obras

Públicas 150 15 124.162.965,22 40 182.584.085,65 306.747.050,87

4 Consultoria 30 4 2.385.267,20 8 10.264.765,86 12.650.033,06

5 Arrendamento 20 16 10.908.987,00 9 3.403.692,43 14.312.679,43

580 59 320.255.995,01 211 355.729.413,63 675.985.408,64

100 10,2 36,4

(Em Meticais)

Executado sem a Submissão ao TA

Representatividade (%)

Total

OrdemNatureza dos

Contratos

Quantidade

Processos

Analisados

Fonte : Relatórios de Auditoria do TA.

Como se pode observar no quadro acima, 59 processos referem-se a contratos não

submetidos à fiscalização prévia do TA e 211, a contratos executados sem a devida anotação,

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VI-46

que representam, respectivamente, da amostra seleccionada, 10,2% e 38,1%, cujo detalhe, por instituição, é apresentado adiante.

6.7.3.3.1- Execução de Contratos sem o Visto Obrigatório do TA

Foram executados sem a submissão à fiscalização prévia obrigatória do Tribunal

Administrativo, 59 contratos no valor de 320.255.995,01 Meticais, das instituições indicadas no quadro a seguir.

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VI-47

Quadro n.º VI.36 – Contratos Executados sem o Visto Obrigatório do TA (Em Meticais)

Ordem Entidade Quantidade Valor da Despesa

1 Ministério dos Negócios Estrangeiro e Cooperação 1 6.690.506,59

2 Direcção Nacional do Património do Estado 3 117.165.120,00

3 Instituto Superior de Administração Pública 2 12.939.004,00

4 Instituto Superior de Artes e Cultura 1 6.940.000,00

5 Direcção Provincial da Educação e Cultura de Manica 2 12.939.004,00

6 Serviço Distrital da Saúde Mulher e Acção Social de Matutuíne 1 901.500,00

7 Conselho Municipal da Cidade de Chibuto 3 5.502.938,67

8 Conselho Municipal da Cidade de Chimoio 4 3.604.708,70

9 Conselho Municipal da Vila da Macia 1 590.000,00

Sub-Total 18 167.272.781,96

10 Direcção Provincial da Saúde de Manica 3 11.000.000,00

11 Conselho Municipal da Cidade de Chimoio 1 875.993,63

12 Conselho Municipal da Vila da Macia 2 3.650.000,00

Sub-Total 6 15.525.993,63

13 Instituto Superior de Administração Pública 1 12.283.270,63

14 Direcção Provincial da Educação e Cultura de Manica 10 92.330.484,78

15 Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação de Manica 1 8.069.402,25

16 Conselho Municipal da Cidade de Chókwè 1 425.000,00

17 Conselho Municipal da Cidade de Chimoio 2 11.054.807,56

Sub-Total 15 124.162.965,22

18 Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação de Manica 3 2.266.845,57

19 Conselho Municipal da Vila da Macia 1 118.421,63

Sub-Total 4 2.385.267,20

20 Instituto Nacional de Acção Social 1 4.695.327,00

21 Escola Nacional de Aeronáutica 1 108.000,00

22 Cofre Geral dos Registos e Notariado 6 5.360.200,00

23 Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa 2 27.520,00

24 Conselho Nacional de Combate ao HIV/ Sida 1 17.940,00

25 Direcção Provincial da Saúde de Manica 2 420.000,00

26 Direcção Provincial da Educação e Cultura de Manica 2 40.000,00

27 Conselho Municipal da Cidade de Chimoio 1 240.000,00

Sub-Total 16 10.908.987,00

59 320.255.995,01

Fonte: Relatórios da Auditoria do TA.

Aquisição de Bens

Prestação de Serviços

Empreitadas de Obras Públicas

Consultoria

Arrendamento

Total Geral

A falta do visto configura violação do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 61 da Lei n.º

26/2009, de 29 de Setembro, segundo a qual estão obrigatoriamente sujeitos à fiscalização prévia os actos, contratos e mais instrumentos jurídicos de qualquer natureza e montante,

geradores de despesa pública.

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VI-48

No Quadro n.º 36, constam, igualmente, contratos que foram celebrados com fornecedores de bens, prestadores de serviços e empreiteiros não inscritos no Cadastro Único do Ministério

que superintende a área das Finanças. De acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 72 da mesma lei, são isentos da fiscalização prévia os contratos de valor abaixo do estipulado na

Lei do Orçamento quando celebrados com concorrentes inscritos no Cadastro Único de Empreiteiros de obras públicas, fornecedores de bens e de prestadores de serviços elegíveis a participar nos concursos públicos.

O visto constitui um acto jurisdicional condicionante da eficácia global dos actos e mais instrumentos legalmente sujeitos à fiscalização prévia obrigatória, conforme o estatuído no

artigo 62 da mesma lei.

Os actos, contratos e mais instrumentos subtraídos à fiscalização prévia obrigatória ou objecto de recusa de visto, não são exequíveis, sendo insusceptíveis de quaisquer efeitos

financeiros, conforme prescreve o n.º 1 do artigo 78 da mesma lei.

Ora, tendo havido execução destes actos e contratos sem o visto do TA, os gestores das

entidades indicadas no quadro a seguir incorreram em infracção financeira, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 93 da lei que temos vindo a citar.

6.7.3.3.2- Contratos sem Anotação do TA

Não foram submetidos à anotação do Tribunal Administrativo, 211 contratos, no montante de 355.428.093,71 Meticais, indicados no quadro a seguir, contrariando o disposto no n.º 3 do

artigo 72 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, segundo o qual os serviços devem, no prazo de 30 dias, após a celebração do contrato, remeter cópia dos mesmos à jurisdição administrativa;

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VI-49

Quadro n.º VI.37 – Contratos não Submetidos à anotação do TA (Em Meticais)

Ordem Entidade Quantidade Valor da Despesa

1 Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação 17 20.515.001,45

2 Ministério da Juventude e Desportos 7 13.100.566,83

3 Ministério da Administração Estatal 10 8.736.004,64

4 Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental 4 9.635.390,00

5 Ministério da Função Pública 5 7.153.884,28

6 Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Aquacultura 4 6.878.159,43

7 Instituto Nacional de Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala 5 8.154.209,18

8 Instituto Superior de Administração Pública 1 3.271.554,00

9 Instituto de Comunicação Social 2 963.364,44

10 Instituto de Aviação Civil de Moçambique 2 3.888.422,73

11 Instituto Nacional de Educação a Distância 5 1.757.073,40

12 Academia de Ciências de Moçambique 1 124.254,00

13 Administração Nacional de Pescas 1 1.715.492,00

14 Conselho Nacional de Combate ao HIV/ Sida 1 736.000,00

15 Escola Nacional de Aeronáutica 1 2.293.171,30

16 Fundo de Desenvolvimento Cultural 1 265.087,97

17 Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI) 2 345.875,00

18 Conselho de Regulação de Águas 5 3.085.619,51

19 Cadeia Civil de Maputo 3 3.007.812,40

20 Direcção do Plano e Finanças da Cidade de Maputo 3 1.339.447,08

21 Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação de Manica 1 2.993.093,79

22 Direcção Provincial da Saúde de Manica 3 8.495.672,40

23 Dirrecção Provincial da Educação e Cultura de Manica 3 4.711.029,00

24 Governo do Distrito de Sussundenga 1 176.290,00

25 Secretaria Distrital de Matutuíne 4 3.433.734,08

26 Serviço Distrital das Actividades Económicas de Matutuíne 2 175.000,00

27 Serviço Distrital de Planeamento e Infra-Estruturas de Moamba 1 3.000.000,00

95 119.951.208,91

28 Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação 5 6.783.359,00

29 Minestério para a Coordenação da Acção Ambiental 2 710.344,00

30 Ministério da Função Pública 6 6.870.764,00

31 Ministério da Juventude e Desportos 1 30.000,00

32 Instituto Superior de Administração Pública 1 170.179,00

33 Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Aquacultura 3 2.188.034,49

34 Instituto de Comunicação Social 1 19.702,80

35 Instituto Superior de Artes e Cultura 2 219.143,40

36 Instituto de Gestão das Participações do Estado 3 2.981.002,00

24 19.972.528,69

Total a transportar 119 139.923.737,60

Sub-Total

Fornecimento de Bens

Sub-Total

Prestação de Serviços

Fonte : Relatórios de Auditoria do TA.

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Novembro de 2014

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VI-50

Quadro n.º VI.37 – Contratos não Submetidos à Anotação do TA (Continuação)

Ordem Entidade Quantidade Valor da Despesa

37 Instituto Nacional de Educação à Distância 8 3.558.121,96

38 Administração Nacional de Pescas 1 875.394,00

39 Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2 1.025.617,00

40 Conselho Nacional de Combate ao HIV/ Sida 1 387.270,00

41 Conselho de Regulação de Águas 6 4.012.886,65

42 Fundo de Desenvolvimento Cultural 2 1.901.709,70

43 Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa 2 146.800,00

44 Cadeia Civil de Maputo 2 305.650,94

45 Direcção Provincial da Educação e Cultura de Manica 1 782.900,00

46 Direcção Provincial de Saúde de Manica 1 1.315.000,00

47 Governo do Distrito de Sussundenga 3 1.171.820,88

48 Secretaria Distrital de Matutuíne 5 3.768.641,04

34 19.251.812,17

49 Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação 3 5.586.219,60

50 Ministério da Função Pública 2 4.443.509,22

51 Instituto de Gestão das Participações do Estado 1 3.087.758,95

52 Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Aquacultura 2 133.572.900,03

53 Instituto Nacional da Juventude 1 350.269,92

54 Conselho de Regulação de Águas 2 5.400.583,62

55 Escola Nacional de Aeronáutica 1 4.483.583,82

56 Direcção Provincial de Saúde de Manica 3 7.843.853,30

57 Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas de Moamba 2 2.183.406,88

58 Município da Macia 1 286.894,53

59 Conselho Municipal da Cidade de Manica 7 7.179.464,58

60 Conselho Municipal da Cidade de Chókwè 4 4.309.879,17

61 Conselho Municipal da Vila de Catandica 11 3.855.762,03

40 182.584.085,65

62 Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação 1 1.224.990,00

63 Instituto Nacional de Acção Social 1 1.543.316,94

64 Instituto Nacional de Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala 3 4.865.338,10

65 Conselho Municipal da Cidade de Chókwè 2 1.431.120,82

66 Conselho Municipal de Namaacha 1 1.200.000,00

Sub-Total 8 10.264.765,86

67 Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Aquacultura 8 3.334.692,43

68 Instituto Superior de Artes e Cultura 1 69.000,00

9 3.403.692,43

211 355.428.093,71Total Geral

Fonte: Relatórios de Auditorias do TA.

Sub-Total

Sub-Total

Empreitadas de Obras Públicas

Sub-Total

Consultoria

Arrendamento

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VI-51

6.7.3.4 - Despesas com Aquisição de Bens, Prestação de Serviços e Empreitada de Obras

Públicas sem Celebração de Contratos

As entidades mencionadas no quadro a seguir, pagaram despesas, em bens, serviços e empreitada de obras públicas, no montante 46.045.188,37 Meticais, sem celebração de

contratos com os fornecedores de bens, prestadores de serviços e empreiteiros, em violação do estabelecido no n.º 1 do artigo 44 do Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo

Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio, o qual preconiza que os contratos cujo valor seja superior ao limite previsto no n.º 3 do artigo 113 (87.500,00 Meticais, para bens e serviços e

175.000,00 Meticais, no caso de empreitada de obras públicas), devem ser reduzidos a escrito.

Quadro n.º VI.38 - Despesas com Fornecimento de Bens, Prestação de Serviços,

Empreitada de Obras Públicas, Consultoria e Arrendamento, sem Celebração de

Contratos

Ordem Entidade

Quantidade

Processos

Analisados

Valor da Despesa

1 Ministério da Função Pública 14 13.288.189,23

2 Ministério da Juventude e Desportos 11 4.585.746

3 Instituto Nacional do Desporto 4 264.487,69

4 Instituto de Comunicação Social 5 1.294.166

5 Instituto de Formação de Terras e Cartografia 9 418.761,12

6 Conselho Nacional do Combate ao SIDA 11 4.639.836,46

7 Instituto Superior de Administração Pública 5 2.820.988,77

8 Instituto Superior de Artes e Cultura 4 7.857.104,00

9 Escola Nacional de Aeronáutica 9 1.119.290,63

10 Fundo Bibliografico de Língua Portuguesa 11 6.192.964,39

11 Centro de Reclusão Feminino de Ndlavela 10 1.863.804,98

12 Centro de Promoção de Agricultura 3 821.155.00

13 Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação de Manica 3 718.362,75

14 Serviço Distrital de Planeamento e Infra-Estruturas de Moamba 2 305.455.95

15 Secretaria Distrital de Moamba 2 822.635.25

16 Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia de Moamba 1 234.060,00

17 Serviço Distrital das Actividades Económicas de Moamba 1 959.620,0

18 Concelho Municipal da Vila da Macia 6 896.760,95

19 Conselho Municipal de Chibuto 5 775.537,11

20 Conselho Municipal da Cidade de Manica 9 3.343.187

21 Conselho Municipal da Cidade de Chimoio 16 3.443.795,74

22 Conselho Municipal da Vila de Namaacha 5 1.745.304,55

146 46.045.188,37

Fonte: Relatórios de Auditorias do TA

(Em Meticais)

Total

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VI-52

Nos termos do artigo 7 do Regulamento de Contratação já citado, as entidades deveriam ter aberto concursos públicos ou fundamentado, por escrito, a sua dispensa, com base no

preceituado nos números 1, 2 e 3 do artigo 9 do mesmo diploma legal.

Por outro lado, deveriam, obrigatoriamente, ter notificado e fundamentado a adopção de

outra modalidade de contratação, à Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 118 do Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo

Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio.

A não observância do regime estabelecido para o Fornecimento de Bens, Prestação de

Serviços e Empreitadas de Obras Públicas é uma violação das normas sobre a execução do Orçamento e constitui infracção financeira, segundo a alínea b) do n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro.

6.7.3.5 – Despesas Realizadas à Margem do Estabelecido nos Contratos

Nas entidades apresentadas no quadro a seguir, efectuaram-se despesas acima dos valores

acordados nos respectivos contratos, sem celebração de quaisquer adendas, em violação do preconizado na alínea b) do n.º 1 do artigo 54 do regulamento anteriormente citado, segundo a qual a alteração do valor contratual deve ser fundamentada e celebrada uma apostila,

procedimento não observado pelos gestores.

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VI-53

Quadro n.º VI.39 – Valores Pagos à Margem do Estabelecido nos Contratos

Contrato Pago Diferença

1 Cadeia Civil de Maputo 2.500.000,00 5.924.483,99 3.424.483,99 137,0

142.266,40 222.182,40 79.916,00 56,2

1.185.966,95 1.397.511,19 211.544,24 17,8

3

Direcção das Obras Públicas e Habitação de

Manica305.420,00 450.204,90 144.784,90

47,4

4

Direcção Provincial de Plano e Finanças da

Cidade de Maputo350.000,00 387.776,03 37.776,03

10,8

127.396,88 162.401,14 35.004,26 27,5

445.930,00 497.248,90 51.318,90 11,5

6

Serviço Distrital da Educação, Juventude e

Tecnologia de Moamba161.294,77 310.178,94 148.884,17

92,3

7 Instituto Nacional do Desporto 524.927,52 657.228,56 132.301,04 25,2

5.743.202,52 10.009.216,05 4.266.013,53 74,3

8

Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e

Nutricional200.000,00 1.138.249,18 938.249,18 469,1

9 Conselho Nacional de Combate HIV/Sida 1.590.700,00 2.104.258,05 513.558,05 32,3

10 Conselho de Regulação de Águas 219.513,00 623.805,12 404.292,12 184,2

11 Ministério da Juventude e Desportos 1.317.888,00 1.402.713,00 84.825,00 6,4

12 Fundo de Promoção Desportiva 2.000.000,00 13.785.119,00 11.785.119,00 589,3

5.328.101,00 19.054.144,35 13.726.043,35 257,6

13 Conselho de Regulação de Águas 3.259.523,00 3.269.033,00 9.510,00 0,3

14 Fundo de Promoção Desportiva 9.813.723,91 9.828.523,42 14.799,51 0,2

13.073.246,91 13.097.556,42 24.309,51 0,2

24.144.550,43 42.160.916,82 18.016.366,39 74,6

Fonte: Relatórios de Auditorias do TA

Sub-Total

Variação

(%)

Total Geral

Ordem InstituiçãoValor da Despesa

Fornecimento de Bens

Empreitadas de Obras Públicas

Sub-Total

(Em Meticais)

Prestação de Serviços

Conselho de Regulação de Águas

Instituto de Comunicação Social

Sub-Total

2

5

Observa-se, no quadro, que foram pagos 18.016.366,39 Meticais acima dos 24.144.550,43 Meticais previstos nos contratos, correspondentes a um acréscimo de 74,6%.

Com o valor a mais foram pagos acréscimos a contratos que superaram o limite de 25% do valor inicial fixado nos n.ºs 2 e 3 do artigo 54 do regulamento que temos vindo a citar. Dos

incrimentos aos montantes iniciais dos contratos, destacam-se os casos do Fundo de Promoção Desportiva (589,3%), Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (469,1%), Conselho de Regulação de Águas (184,2%) e Cadeia Civil de Maputo (137%).

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VI-54

6.7.3.6 – Constatações Específicas

6.7.3.6.1 – Processos Relativos a Pessoal

A Direcção Provincial da Saúde de Manica pagou salário de função, correspondente ao período de Setembro de 2005 a Maio de 2013, a um funcionário, após a cessação de funções

de chefe de Secção Provincial, por despacho de 29/07/2005, anotado pelo TA, em 17/08/2005, em violação do disposto no n.º 1 do artigo 124 da Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto, o qual dispõe que o acto administrativo produz os seus efeitos desde a data em que

for praticado.

A entidade pagou, ainda, de Julho a Dezembro de 2013, 19.291,50 Meticais, de subsídios de

gratificação de chefia, ao mesmo funcionário, em substituição do salário de função.

Outrossim, da verificação das folhas de salário referentes ao exercício económico de 2014, apurou-se que o mesmo funcionário continua a beneficiar daquele subsídio, sem que exerça

qualquer função de direcção, chefia ou confiança.

Relativamente a este assunto, o Governo afirmou que “está a tomar medidas com vista à

recuperação do valor pago indevidamente e responsabilização dos visados”.

6.7.3.6.2 – Empreitadas de Obras Públicas

a) Da Direcção Provincial da Saúde de Manica, foram abandonadas as obras de

construção de um bloco de internamento no Centro de Saúde tipo II de Namagua, em Macossa, no valor de 3.170.845,19 Meticais, e a de construção de um bloco de

maternidade, no Povoado de Retanda – Distrito de Sussundenga, no montante de 2.720.340,42 Meticais, irregularmente pago na totalidade.

Embora se verificasse incumprimento do contrato, a entidade não accionou as

garantias emitidas, em tempo útil, no sentido de acautelar os interesses do Estado, de acordo com o preceituado na alínea a) do n.º 1 do artigo 57 do Regulamento de

Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio.

Quanto a esta questão, o executivo, no exercício do direito do contraditório referiu

que “constatada a paralisação das obras solicitou a intervenção da procuradoria provincial para as acções pertinentes”.

Igualmente, foram abandonadas duas obras no Conselho Municipal da Vila de Catandica, designadamente, a reabilitação da residência do Presidente do Conselho Municipal e uma sala de reuniões, no valor de 643.590,65 Meticais e 150.000,00

Meticais, respectivamente, adjudicadas à empresa Nurli Construções, sem que os gestores daquele município aplicassem quaisquer sanções resultantes do

incumprimento contratual.

Pelo preceituado na alínea d) do artigo 47 do Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao

Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio, a entidade contratante tem a prerrogativa de aplicar as sanções pela inexecução total ou parcial do contrato, mas

não o fez;

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VI-55

b) Não foram fiscalizadas 11 obras de empreitada, executadas no Município da Vila de Catandica, que perfazem o montante de 3.855.762,03 Meticais, contrariando o

estipulado no artigo 48 do regulamento supracitado, segundo o qual a execução de qualquer obra pública deve ser fiscalizada por fiscais independentes, designados pela

entidade contratante;

c) Estão em falta os comprovativos de prestação de garantias definitivas em 10 contratos celebrados pelo Conselho Municipal da Vila de Catandica, no valor de 4.085.762,05

Meticais, em violação do preceituado no n.ºs 1 e 2 do artigo 72 do mesmo regulamento;

d) Foi previsto um adiantamento de 50%, relativo a um contrato no valor de 1.222.275,00 Meticais, celebrado pelo Centro de Promoção da Agricultura, para a construção de um alpendre, sem prestação da correspondente garantia, em violação

do disposto no n.º 4 do artigo 46 do regulamento anteriormente mencionado, o qual dispõe que não é permitido o pagamento de adiantamento sem apresentação da

referida garantia;

e) O Conselho Municipal da Cidade de Chókwè celebrou e pagou uma adenda no valor de 357.501,49 Meticais, correspondente a 40% do valor inicial do contrato de

893.753,73 Meticais, celebrado com a empresa SDN, Construções, cujo objecto é a construção de salas de aulas no 7.º Bairro, sem a autorização da entidade competente,

violando-se o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 54 do regulamento que temos vindo a citar, os quais estabelecem que na modificação dos contratos a contratada fica obrigada a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos nos bens até

25% do valor inicial do contrato, ficando os acréscimos ou supressões superiores ao limite estabelecido, sujeitos à autorização por despacho do Ministro que superintende

a área das Finanças;

f) Outrossim, a mesma entidade celebrou um contrato com a empresa SDN Construções, Lda., no valor 2.588.941,28 Meticais, na base do Certificado de

Inscrição do Cadastro Único falso.

A apresentação de documentos ou declarações falsas constitui infracção financeira

típica, prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente ao regime relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo.