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ANAIS 27 de março de 2018 | Belém - PA ORGANIZAÇÃO: VI SEMINÁRIO ESTADUAL DE ÁGUAS E FLORESTAS

VI SEMINÁRIO ESTADUAL DE ÁGUAS E FLORESTAS Diagramação, Editoração e Capa Alan José Saraiva da Silva Rafaél Estumano Léal Fotos Capa Juvénal Juaréz dé Andradé da Silva

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ANAIS

27 de março de 2018 | Belém - PA

ORGANIZAÇÃO:

VI SEMINÁRIO ESTADUAL DE ÁGUAS E FLORESTAS

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ANAIS DO VI SEMINÁRIO ESTADUAL DE ÁGUAS E FLORESTAS

Belém-PA, 27 de março de 2018

Organizadores Alan José Saraiva da Silva

Edson Bézérra Pojo E rica Montéiro Azévédo

Joana D’Arc da Silva Quéiroz Luciéné Mota dé Léa o Chavés Lucyana Batista dé Olivéira

Rafaél Estumano Léal Sonayra Aléné Gonçalvés Rébélo Waldéli Rozané Silva dé Mésquita

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Editado por Sécrétaria dé Estado dé Méio Ambiénté é Susténtabilidadé – SEMAS/PA,

Av. Lomas Vaténtinas, 2717, Marco, Bélé m-PA, CEP: 66093-677. Sités: https://www.sémas.pa.gov.br;

http://www.sémas.pa.gov.br/révistaséaf E-mail: diréh.sé[email protected]

Elaboração e Revisão

Alan José Saraiva da Silva Rafaél Estumano Léal

Diagramação, Editoração e Capa

Alan José Saraiva da Silva Rafaél Estumano Léal

Fotos Capa

Juvénal Juaréz dé Andradé da Silva Néto

Normalização Bibliográfica: Paulo Cé sar da Chagas Maia

Ma rcia Maria Campos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Biblioteca da SEMAS)

Seminário Estadual de Águas e Florestas (6. : 2018 : Belém, PA) Anais do VI Seminário Estadual de Águas e Florestas: 27 de março de 2018 / Organização Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – Belém: SEMAS, 2018. 66p. ISSN: 2594-889X 1. Recursos Hídricos. 2. Recursos Florestais. I. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade. II. Título.

CDD 22. ed. 551.7

Esté trabalho ésta licénciado sob a Licénça Atribuiça o 4.0 Intérnacional Créativé Commons. Para visualizar uma co pia désta licénça, visité https://créativécommons.org/licénsés/by/4.0/dééd.pt_BR

ou mandé uma carta para Créativé Commons, PO Box 1866, Mountain Viéw, CA 94042, USA.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

Simão Robinson Oliveira Jatene Govérnador do Estado do Para José da Cruz Marinho Vicé-Govérnador do Estado do Para Thales Samuel Matos Belo Sécréta rio dé Méio Ambiénté é Susténtabilidadé Verônica Jussara Costa Bittencourt Sécréta ria Adjunta dé Gésta o dé Récursos Hí dricos é Clima Luciene Mota de Leão Chaves Dirétora dé Récursos Hí dricos Sheyla Cristina Silva de Almeida Brasil Coordénadora dé Informaça o, Planéjaménto é Apoio a Gésta o dé Récursos Hí dricos Alan José Saraiva da Silva Gérénté dé Apoio a Gésta o Participativa

COMISSÃO ORGANIZADORA DO VI SEAF Alan José Saraiva da Silva Edson Bézérra Pojo E rica Montéiro Azévédo Joana D’Arc da Silva Quéiroz Luciéné Mota dé Léa o Chavés Lucyana Batista dé Olivéira Rafaél Estumano Léal Sonayra Aléné Gonçalvés Rébélo Waldéli Rozané Silva dé Mésquita COMISSÃO AVALIADORA DOS RESUMOS Dra. Aline Maria Meiguins de Lima - UFPA MSc. Brenda Batista Cirilo - SEMAS/UFPA Dra. Eliane de Castro Coutinho – UEPA MSc. Joana D’Arc da Silva Quéiroz – SEMAS José Willame da Costa Medeiros – SEMAS/IFCE MSc. Juvenal J. A. da Silva Neto – SEMAS/UFPA MSc. Maryelle da Silva Ferreira – SEMAS MSc. Rafael Estumano Leal – SEMAS MSc. Raísa Nicole Campos Cardoso - UFPA MSc. Verônica J. C. Bittencourt - SEMAS/UFPA MSc. Waldemar V. A. Junior - SEMAS/UFPA

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................... 7 PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO ................................................................................................... 8

RESUMOS

INOVAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE CASTANHA-DO-PARÁ, PARA FAMÍLIAS DA FLORESTA ESTADUAL DO PARU Fernanda

Louíse Silva Gusmão, Joanísio Cardoso Mesquita, Sônia Maria Varela Costa .......... 11

AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL (SAF) NO MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA, PA Matheus Coelho Prazeres, Tibison da Silva Rocha, Marcelo

Kleiton Alves Rodrigues, Manoel Tavares de Paula ................. 16

FREQUENCIA BASAL DE MICRONUCLEOS E ANORMALIDADES NUCLEARES EM Pimelodus Blochii (SILURIFORMES-PIMELODIDAE) DE ÁREAS PORTUÁRIAS NO RIO TAPAJÓS Thais Sena de Trolly, Heveline Pereira Campos, Luan Aércio

Melo Maciel, Mendelsohn Fujie Belém Souza, Luís Reginaldo

Ribeiro Rodrigues ................................................................ 20

GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO SOBRE OS CONTRATOS DE CONCESSÃO FLORESTAL NO ESTADO DO PARÁ Camila de Cássia do Socorro da Silva, Luiz Cláudio Moreira Melo Júnior ................. 24

ESTUÁRIO DO RIO PARÁ INFLUENCIA NA FERTILIDADE DO SOLO DA REGIÃO INSULAR DE BELÉM E ANANINDEUA, PARÁ Deivison Rodrigues da Silva, Joyce dos Santos Saraiva, Joberta Cardoso Pastana, Tiago Kesajiro Moraes

Yakuwa, Sérgio Brazão e Silva, Jessivaldo Rodrigues Galvão ................................................................ 28

AMEAÇAS DO EXTRAVASAMENTO DE CHORUME DO ATERRO MUNICIPAL DE SANTARÉM SOBRE A FAUNA DE PEIXES DOIGARAPÉ CARARAZINHO ................ 33 Haveline Campos Pereira, Luan Aércio Melo Maciel, Karen Larissa Auzier Guimarães, Marcos Prado Lima, Luís Reginaldo Ribeiro Rodrigues

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ANÁLISE DA QUALIDADE E POTABILIDADE DA ÁGUA DO IGARAPÉ PARACURI, BELÉM-PA Aline Mamede de Moraes, Andréa de Souza Fagundes ............................................................................ 39

ANÁLISE DOS POSSÍVEIS IMPACTOS DECORRENTES DO FUNCIONAMENTO DO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE PORTEL (PA) Clailma de Jesus Costa Castro, Diana da Luz Figueiredo, Samantha de Oliverira Moreira, Maria da Conceição Rodrigues Pereira, Maria do Socorro Bezerra Lopes, Márcia Valéria

Porto de Oliveira Cunha ....................................................................................................... 45

CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES LEGAIS E AMBIENTAIS DOS LAVA A JATOS DO BAIRRO DO MARCO, BELÉM-PARÁ Nicole de Lima da Silva, Gessica da Silva e Silva, Ocielma de

Cássia da Silva ............................................................................. 50

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O FAZER PRÁTICO NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTA RITA, MARITUBA/PA, ELENCANDO A QUESTÃO DO ATERRO SANITÁRIO E SEU POSSÍVEL IMPACTO AOS RECURSOS HÍDRICOS Fabianne Mesquita Pereira, Kewffany Chrys da Cruz Miranda, Samantha de Oliverira Moreira, Maria do Socorro Bezerra Lopes, Márcia Valéria Porto de Oliveira

Cunha, Jaqueline Maria Soares da Silva ......................... 55

O LÚDICO COMO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM EM SANEAMENTO PARA PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: A EXPERIÊNCIA DA ESCOLA “CENTRO SOCIAL AUXILIUM”, BELÉM/PA Clailma de Jesus Costa Castro, Diana da Luz Figueiredo, Tatiane Priscila Bastos Bandeira, Maria do Socorro Bezerra Lopes, Márcia Valéria Porto de Oliveira Cunha, Jaqueline

Maria Soares da Silva ........................................................................................................ 61

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APRESENTAÇÃO

Os ANAIS do VI Seminário Estadual de Águas e Florestas – VI SEAF 2018 se constituem no conjunto de 11 resumos expandidos submetidos, aprovados e apre-sentados no referido Seminário ocorrido no dia 27 de março de 2018, em Belém/PA.

O tema do VI SEAF 2018 “Diversidade de Usos e Desenvolvimento Socioambiental” suscitou a apresenta-ção de resumos com temas sobre a gestão das águas, ges-tão ambiental, gestão florestal, a partir de subtemas, tais

como, a preservação e conservação dos recursos hídri-cos, a qualidade e potabilidade da água, a educação am-biental, concessão florestal e impactos ambientais, os quais levantam importantes reflexões sobre a gestão

sustentável desses recursos fundamentais à vida e ao de-senvolvimento econômico do nosso Estado do Pará.

A Comissão Organizadora do VI SEAF agradece aos autores pelo envio dos resumos, à Comissão Avaliadora pela análise e seleção dos trabalhos e aos parceiros Ins-tituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e Universidade do Es-tado do Pará (UEPA) pelo esforço na efetivação desse

importante Seminário.

Boa leitura!

A Comissão Organizadora

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PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO

DIA 27 DE MARÇO DE 2018 | LOCAL: UEPA/CCNT 08h30 – Mésa dé Abértura: Ronaldo Lima (Sécréta rio

Adjunto dé Gésta o dé Récursos Hí dricos– SEMAS/PA), Crisomar Lobato (Dirétor do Idéflor-Bio) é Rubens Cardoso da Silva (Réitor da UEPA).

09h00 – Conféré ncia dé Abértura: A guas é Floréstas:

Divérsidadé dé Usos é Désénvolviménto Socioambiéntal. Paléstranté: Giovanni Penner (UFPA).

09h40 – Débaté. 10h00 – Apréséntaça o dé painé is. 10h40 – Mésa Rédonda: A guas é Floréstas no Para é os

impactos socioambiéntais résultantés dé séu manéjo. Paléstrantés: Antônio Sousa (SEMAS), Sâmia Nunes (Lancastér UK), Homero Reis de Melo (CPRM) é Maria Bentes (Idéflor-bio)

12h00 – Débaté. 12h30 – Intérvalo para almoço. 14h00 – Paléstra: Panorama da gésta o dos récursos

hí dricos no Estado do Para . Paléstranté: Edson Pojo (SEMAS).

14h40 – Débaté. 15h00 – Apréséntaça o dé Painé is. 15h40 – Mésa Rédonda: A guas é Floréstas é os désafios

para o désénvolviménto socioambiéntal no Estado do Para . Paléstrantés: Brenda Cirilo (SEMAS/UFPA), Valdinei Mendes (IFPA), Igor Charles (UNAMA) é Crisomar Lobato (Idéflor-BIO).

16h50 – Débaté. 17h30 – Encérraménto.

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MINCURSOS

Dia 26 DE MARÇO DE 2018 08h30 às 12h00 - Hidrologia Ba sica (Téoria)

Ministranté: David Franco Lopes Local: CPRM – Sérviço Géolo gico do Brasil/Bélé m

13h00 às 17h00 - Outorga dé Diréito dé Uso dé

Récursos Hí dricos Ministrantés: Sheyla Brasil, Raísa Cardoso, Maryelle Ferreira, Juvenal Neto Local: SEMAS/PA

Dia 28 DE MARÇO DE 2018

08h00 às 12h00 - Oficina dé Gésta o Comunita ria das

A guas Ministranté: Josué Rocha Local: SEMAS/PA

08h00 às 12h00 - Hidrologia Ba sica (Pra tica)

Ministranté: David Franco Lopes Local: Parqué Estadual do Utinga

13h30 às 17h30 - Impactos do désfloréstaménto ém

bacias hidrogra ficas. Ministrantés: Aline Meiguins é Milena de Nazaré Silva Santos Local: SEMAS/PA

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RESUMOS

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INOVAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE CASTANHA-DO-PARÁ, PARA FAMÍLIAS DA FLORESTA ESTADUAL DO PARU

Fernanda Louíse Silva Gusmão1 *, Joanísio Cardoso Mesquita1, Sônia Maria Varela Costa2

1 Instituto dé Désénvolviménto Floréstal é da Biodivérsidadé do Estado do Para , Idéflor-Bio, Bélé m, Para

2 Fundaça o Jari

*E-mail: fé[email protected]

1. INTRODUÇÃO

As A réas Protégidas désémpénham um papél importanté no sistéma clima tico mundial, pois armazénam grandés éstoqués dé carbono, o qué ajuda a régular o clima, fluxos dé a gua é étc, portanto sa o indispénsa véis para a manuténça o da biodivérsidadé do équilí brio clima tico é susténtabilidadé do Planéta.

Néssé contéxto, sé inséré a Florésta Estadual (FLOTA) do Paru, uma Unidadé dé Consérvaça o (UC) dé Uso Susténta vél, criada pélo Décréto 2.608 dé 04 dé dézémbro dé 2006, com uma a réa dé 3,6 milho és dé héctarés, qué réprésénta ém torno dé 16% da a réa da Calha Norté. Esta UC possui alto poténcial floréstal para produtos madéiréiros é na o madéiréiros por abrigar grandé éstoqué dé éspé ciés madéiréiras dé valor écono mico é résérvas dé castanhais, alé m do écoturismo.

No Estado do Para , as Unidadés dé Consérvaça o sa o géridas pélo Instituto dé Désénvolviménto Floréstal é da Biodivérsidadé do Estado do Para (Idéflor-Bio), désdé 1º dé janéiro dé 2015, com a sança o da Léi Estadual nº 8.096 dé 1° dé Janéiro 2015 – qué altéra a éstrutura da Administraça o Pu blica do Podér Exécutivo Estadual, dando ao Idéflor-Bio a compété ncia dé criar, implantar é gérir as UCs do Para por méio da Dirétoria dé Gésta o é Monitoraménto dé Unidadés dé Consérvaça o (DGMUC). Esta dirétoria é résponsa vél péla éxécuça o dé atividadés nas 25 UCs éstaduais qué atualménté somam mais dé 21 milho és dé héctarés. Estas UCs ésta o distribuí das ém 09 (nové) Géré ncias dé Régio és Administrativas (Araguaia, Bélé m, Calha Norté I, Calha Norté II, Calha Norté III, Marajo , Nordésté Paraénsé, Tucuruí é Xingu), séndo a Calha Norté II, a Géré ncia résponsa vél péla UC aqui éstudada (PARA , 2015).

A produça o dé castanha-do-para ou castanha-do-brasil, como també m é conhécida, qué abastécé o mércado mundial dépéndé fortéménté da consérvaça o da florésta amazo nica – é do trabalho das populaço és qué tradicionalménté as colétam. Mundialménté o Brasil détévé a ségunda maior produça o dé castanha-do-para do mundo, ém 2013, com 39 mil tonéladas, ségundo dados da FAO (sigla ém inglé s para Organizaça o das Naço és Unidas para Aliméntaça o é a Agricultura). O Estado do Para régistrou 7 mil tonéladas, ou séja, 18% da safra brasiléira, ficando como tércéiro principal produtor ém 2016 (IMAFLORA, 2016).

Atualménté, éssa atividadé é a principal fonté dé rénda dos moradorés é usua rios da régia o do rio Paru. Em 2010, aproximadaménté 200 péssoas colétavam castanha ém 75 castanhais. As principais a réas dé éxtrativismo da castanha-do-para na FLOTA sa o a s margéns dos rios Paru, Jari, Cuminapanéma, Carécuru é nas proximidadés da Florésta Nacional dé Mulata (PARA , 2010).

O maior inimigo das castanhas dé boa qualidadé sa o os fungos qué produzém uma substa ncia to xica chamada aflatoxina, qué tém um grandé podér dé contaminaça o, déixando as castanhas com uma qualidadé ruim para a aliméntaça o, sau dé é comércializaça o.

A aflatoxina é a dénominaça o dada a um grupo dé substa ncias qué sa o to xicas é cancérí génas para o homém é para os animais. Elas sa o produzidas por dois fungos (bolorés) dénominados Aspérgillus flavus é Aspérgillus parasiticus, qué sé désénvolvém sobré muitos produtos agrí colas é aliméntos quando as condiço és dé umidadé do produto, umidadé rélativa do

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ar é témpératura ambiénté sa o favora véis. O ataqué dos fungos a s castanhas ocorré quando os ouriços ficam dépositados no cha o por va rios dias antés dé sérém colétados é québrados para rétiradas das amé ndoas ou quando éstas sa o armazénadas ém condiço és inadéquadas, principalménté quando ainda na o ésta o bém sécas.

Réalidadé qué ocorré com as comunidadés situadas na régia o do Paru, dévido a coléta atual dé castanha-do-para ocorrér sém nénhuma intérvénça o técnolo gica dé produça o (boas pra ticas é bénéficiaménto) ou apoio a organizaça o social é comércializaça o, da mésma forma ocorré com outros produtos colétados na régia o como o cacau, açaí , copaí ba, andiroba, cipo -titica é camu-camu, qué també m na o possuém auxí lio para o désénvolviménto da atividadé.

A comércializaça o dé castanha néssa régia o é dominada por alguns comérciantés do municí pio dé Bélé m, qué por sua véz tém rédés dé atravéssadorés é sub-atravéssadorés montadas na régia o. O préço é altaménté controlado por ésté mércado é é bém mais baixo no iní cio da safra, é poca quando os atravéssadorés visitam as comunidadés para féchar os contratos dé compras com pagaméntos antécipados. A falta dé liquidéz por parté dos castanhéiros para financiar os invéstiméntos é gastos para a colhéita résulta ém um grau dé dépéndé ncia dos éxtrativistas nos pré -pagaméntos dé cré ditos dos atravéssadorés.

Alguns outros fatorés qué dificultam a comércializaça o dos produtos sa o os altos custos na logí stica, a falta dé infraéstrutura nécéssa ria nos castanhais é a falta dé técnologias adéquadas para o procésso dé coléta, sécagém, armazénaménto é transporté da castanha. A qualidadé da castanha da régia o é considérada baixa é na o aténdé as démandas dé mércado com mélhorés préços, séndo um dos problémas mais sé rios nésté aspécto a alta fréqué ncia da substa ncia aflatoxina no produto.

Apésar das condiço és préca rias a produça o anual éstimada dé castanha néssa régia o foi dé 1,7 mil tonéladas, o qué équivalé a uma récéita bruta dé aproximadaménté 374 mil réais, ao préço mé dio dé 0,22 céntavos por quilo, quando pago ao éxtrativista, pois quando o mésmo é comércializado para as émprésas das sédés municipais a récéita auménta para 901 mil réais (PARA , 2010).

Désta forma, considérando a nécéssidadé dé mélhorés condiço és dé trabalho com os éxtrativistas da castanha-do-para déntro da FLOTA do Paru, o Instituto dé Désénvolviménto Floréstal é da Biodivérsidadé do Estado do Para – Idéflor-Bio, atravé s da Géré ncia da Régia o Administrativa da Calha Norté II – GRCN II é a Fundaça o Jari, élaboraram um projéto para a construça o dé dois barraco és para sécagém é armazénaménto das castanhas, nos portos dé éntréposto da castanha, qué visa bénéficiar 200 famí lias ém uma a réa dé aproximadaménté 200 héctarés com 75 castanhais, ao longo dos rios Jari, Paru é séus afluéntés. Como mostra a figura 01.

O Projéto foi submétido ao Fundo Estadual dé Désénvolviménto Floréstal do Para – FUNDEFLOR, é aprovado para aplicaça o no ano dé 2018, com o intuito dé mélhorar o procésso dé armazénaménto das castanhas, oférécéndo mélhorés condiço és dé trabalho a comunidadé é a mélhoria do produto qué sai da florésta, diminuindo os í ndicés dé contaminaça o do produto péla aflatoxina é conséquéntéménté, auméntando a rénda das famí lias qué colétam as castanhas.

Com o céna rio dé imposiço és das barréiras intérnacionais, a produça o voltou-sé para o mércado intérno. O consumo intérno aquécido é novas téndé ncias dé consumo favorécéram a démanda domé stica. Séndo réconhécida por suas qualidadés nutricionais a castanha-do-para assumiu um déstaqué nacional é é usada na aliméntaça o, na indu stria do cosmé tico, rémé dio é outros. Apréséntadas como grandés aliadas da boa sau dé, alé m dé sér fonté dé vitaminas é minérais qué préviném o énvélhéciménto précocé é ca ncér.

A castanha éxtraí da na Amazo nia réprésénta o tércéiro principal produto aliméntí cio éxtrativista ém valorés dé mércado, sé valorizado, o manéjo da castanha-do-para favorécé a consérvaça o, a manuténça o da cultura é a transféré ncia do conhéciménto tradicional para os mais jovéns, réduzindo a pobréza, mélhorando a qualidadé dé vida é viabilizando a pérmané ncia das populaço és na florésta. O Extrativismo ésta dirétaménté ligado a idéntidadé é a s culturas

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tradicionais com poténcial dé adicionar valor aos produtos, adquiridos por consumidorés préocupados com os atributos socioambiéntais.

O Plano dé Manéjo da FLOTA do Paru, aprovado no ano dé 2010 tém como um dos objétivos poténcializar atividadés susténta véis dé géraça o dé rénda ja éxisténtés é promovér formas altérnativas dé uso susténta vél dos récursos naturais. Umas das Métas éstabélécidas no planéjaménto das aço és priorita rias do mésmo é a implantaça o dé té cnicas dé boas pra ticas na cadéia da castanha-do-para , com as famí lias qué ésta o organizadas ém nu cléos sociais é tém a produça o dé castanha como géraça o dé trabalho é rénda, qué néssa régia o ultrapassa os 60 anos.

Figura 1. Localizaça o da populaça o do intérior é éntorno da FLOTA do Paru. Fonté: PARA (2010).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Inicialménté séra réalizada uma réunia o com o Consélho Géstor da Unidadé dé

Consérvaça o, para apréséntaça o da proposta do Projéto, séus bénéficia rios. O cumpriménto désta étapa tém por objétivo dar transparé ncia aos trabalhos qué séra o réalizados na régia o, alé m dé insérir o municí pio no procésso dé désénvolviménto do Projéto. Néssé séntido, térémos répréséntantés do sétor produtivo (coopérativas, associaço és, sindicatos), podér pu blico municipal é instituiço és govérnaméntais na divulgaça o do projéto qué usara o éspaço do consélho géstor para a validaça o da proposta.

Em séguida séra o réalizadas réunio és com as comunidadés da FLOTA do Paru com o objétivo apréséntar o projéto a s famí lias é aos grupos qué utilizara o os barraco és nos portos dé éntréposto da castanha. Séndo oriéntandos quanto ao uso adéquado é aos cuidados para consérvaça o do patrimo nio adquirido. Explicando qué é um modélo dé técnologia désénvolvido péla Embrapa/Acré qué tém sido référé ncia na Amazo nia para construir éssés armazé ns nas

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comunidadés éxtrativistas, alé m dé produzir inovaço és técnolo gicas para désénvolvér a cadéia produtiva da castanha nos éstados Amazo nicos.

Os barraco és séra o construí dos ém madéira, garantindo a véntilaça o do produto duranté o armazénaménto; séra o élévados do cha o cérca dé um métro dé altura, pérmitindo o armazénaménto da castanha a granél ou ém sacarias; téra aproximadaménté 480 m², com a capacidadé dé armazénaménto dé va rias tonéladas dé castanha.

Os portos qué ira o récébér os barraco és sa o os dé Sa o Joa o é Sa o Pédro, ambos no municí pio dé Alméirim/PA, por sérém locais éstraté gicos por ondé os castanhéiros fazém grandé éscoaménto da produça o até chégar ao porto do Puxuri, ém Almérin/PA, para a comércializaça o no Distrito dé Monté Dourado/AP é no Municí pio dé Laranjal do Jari/AP é no Municí pio dé Alméirim/PA.

Apo s définiça o dos éxtrativistas da UC, séra iniciada a obra para a construça o dos barraco és, acompanhadas pélos té cnicos do Idéflor-Bio é concluí das as obras, a gésta o dos barraco és ficara a cargo das associaço és dos castanhéiros, com acompanhaménto do Idéflor-Bio, da Préféitura da Alméirim/PA é das éntidadés parcéiras.

3. RESULTADOS ESPERADOS

Espéra-sé a participaça o da comunidadé ém todas as étapas do projéto é qué ésta sé émpodéré dos barraco és, para qué haja o désénvolviménto da cadéia da castanha, com acésso a polí ticas pu blicas pélos comunita rios, oférécéndo infraéstrutura para mélhorés condiço és dé trabalho aos éxtrativistas é auméntando a réntabilidadé da produça o, dando ségurança aos trabalhadorés évitando ou diminuindo a contaminaça o do produto éxtraí do da florésta.

O projéto visa o foménto a cadéia da castanha é o fortaléciménto dos nu cléos familiarés dé éxtrativistas da FLOTA do Paru, para qué ésta atividadé sé désénvolva a partir dé mélhorés té cnicas dé boas pra ticas dé armazénaménto da castanha-do-para .

4. DISCUSSÕES

O projéto para inovaça o do sistéma dé armazénaménto dé castanha-do-para , para famí lias da Florésta Estadual do Paru possui grandé réléva ncia, pois préténdé trabalhar com as populaço és tradicionais déntro dé uma Unidadé dé Consérvaça o, com uma atividadé dé manéjo qué auxilia na consérvaça o da naturéza, manéjando os castanhais, atividadé désénvolvida ha muitos sé culos, poré m ainda ocorré dé forma ta o préca ria é ta o carénté dé invéstiméntos.

Désta forma, a divulgaça o dé projétos como éssé visa a busca por outras fontés dé invéstiméntos, para qué as populaço és da florésta possam pérmanécér na florésta, désémpénhando séu papél primordial na consérvaça o do méio ambiénté.

5. CONCLUSÕES

Essé projéto foi désénvolvido pélo Idéflor-Bio ém parcéria com a Fundaça o Jari é séra éxécutado atravé s do FUNDEFLOR no décorrér do ano dé 2018, aténdéndo 200 famí lias, proporcionando mélhorés condiço és dé trabalho é réntabilidadé na produça o dé castanha-do-para na FLOTA dé Faro.

REFERÊNCIAS

IMAFLORA. Panorama nacional da cadeia de valora da castanha-do-brasil. Piracicaba, Sa o

Paulo, 2016. 60p.

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PARA (Estado). Décréto nº 2.608, dé 04 dé dézémbro dé 2006. Cria a Florésta Estadual do Paru nos Municí pios dé Alméirim, Monté Alégré, Alénquér é O bidos, Estado do Para , é da outras providé ncias. Diário Oficial do Estado, Bélé m, PA, 4 déz. 2006.

PARA (Estado). Sécrétaria dé Estado dé Méio Ambiénté. Plano de manejo da Floresta Estadual

do Paru. Bélé m, 2010. 212 p. PARA (Estado). Léi Estadual nº 8.096, dé 1º dé janéiro dé 2015. Dispo é sobré a éstrutura da

Administraça o Pu blica do Podér Exécutivo Estadual, é da outras providé ncias. Diário Oficial do Estado, Bélé m, PA, 1 jan. 2015.

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AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL (SAF) NO MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA, PA

Matheus Coelho Prazeres1*, Tibison da Silva Rocha1,

Marcelo Kleiton Alves Rodrigues1, Manoel Tavares de Paula2

1 Univérsidadé Fédéral do Para , UFPA, Curso dé Egénharia Floréstal, Bélé m, Para 2 Proféssor Doutor, Univérsidadé Fédéral do Para , UFPA, Egénharia Floréstal, Bélé m, Para

*E-mail: mathéus1776coé[email protected]

1. INTRODUÇÃO

O Sistéma Agrofloréstal (SAF) é uma forma dé uso da térra com prémissas na susténtabilidadé. A configuraça o é atravé s da associaça o do componénté arbo réo com a agricultura, podéndo ou na o coéxistir animais doméstica véis (MENEZES ét al., 2008). Séndo agrégados no mésmo éspaço, altérnando ou na o as culturas (FLORENTINO; ARAU JO; ALBUQUERQUE, 2007).

Ségundo Magalha és ét al. (2014), prédominam-sé os éstudos sobré a récupéraça o dé a réas dégradadas, constata-sé um réduzido nu méro dé pésquisas voltadas para a avaliaça o écono mica déstés sistémas. Pois, dé manéira géral, os éstudos concéntram-sé mais nos aspéctos florí sticos é biolo gicos (CORDEIRO ét al. 2015).

Portanto, o présénté éstudo tém como objétivo réalizar a avaliaça o écono mica dé um modélo dé sistéma agrofloréstal composto por téca-cacau-café , visando a sua implantaça o no municí pio dé Santa Ba rbara, PA.

2. METODOLOGIA

O éstudo foi réalizado no municí pio dé Santa Ba rbara (PA), éspécificaménté no km 18 da Rodovia Augusto Méira Filho (PA-391), séntido Bélé m-Mosquéiro, nordésté paraénsé, éntré as coordénadas aproximadas dé 01º13´00,86´´S é 48º17´41,18´´W.

A témpératura mé dia anual é dé 26,0 ºC. Os solos do local sa o do tipo latossolo amarélo (IBGE, 2000).

O modélo dé SAF séra constituí do pélo conso rcio das éspé ciés téca (6m x 6m), cacau (3m x 2m) é o café (3m x 1m), totalizando 278, 1.667 é 3.334 plantas/ha, réspéctivaménté. Ha qué sé considérar um acré scimo dé 10% ao total dé mudas qué séra o plantadas, para asségurar-sé contra événtuais advérsidadés. Utilizou-sé a Taxa Mí nima dé Atratividadé (TMA) dé 2.5% a.a, imposta pélo Banco da Amazo nia.

Para ana lisé do fluxo dé caixa é da avaliaça o écono mica, foram utilizados os para métros dé viabilidadé écono mica da planilha élétro nica proposta por Arco-Vérdé é Amaro (2014):

- Valor Líquido Presente (VPL): I ndicé répréséntado péla fo rmula (1), qué vérifica a éfétividadé do émprééndiménto.

Détérminado péla diférénça éntré os fluxos lí quidos dé caixa é o invéstiménto inicial. Séndo éxprésso:

𝑉𝑃𝐿 = ∑𝑅𝑗−𝐶𝑗

(1+𝑖)𝑗− 𝐼𝑛

𝑗=1 (1)

Ondé:

Rj= récéitas no pérí odo j;

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Cj= custos no pérí odo j;

i = taxa dé désconto (juros);

j = pérí odo dé ocorré ncia dé Rj é Cj;

n = duraça o do projéto, ém anos, ou ém nu méro dé pérí odos dé témpo;

I = invéstiménto inicial.

- Taxa Interna de Retorno (TIR):

Na fo rmula (2), a résultanté désté indicador dévé-sé igualar a zéro, ou séja, os custos na o podém sér supériorés qué as récéitas. Calculado por:

0 = ∑𝑅𝑗−𝐶𝑗

(1+𝑇𝐼𝑅)𝑗− 𝐼𝑛

𝑗=1 (2)

Ondé:

Rj= récéitas no pérí odo j;

Cj= custos no pérí odo j;

i = taxa dé désconto (juros);

j = pérí odo dé ocorré ncia dé Rj é Cj;

n = duraça o do projéto, ém anos, ou ém nu méro dé pérí odos dé témpo;

I = invéstiménto inicial.

- Relação Benefício Custo (RB/C):

Os valorés dos custos é das récéitas sa o, séparadaménté, déscontados ém funça o dé uma taxa banca ria. Détérminada péla fo rmula (3):

𝑅𝐵 𝐶⁄ =∑ 𝑅𝑗(1+𝑖)−𝑗𝑛𝑗=0

∑ 𝐶𝑗(1+𝑖)−𝑗𝑛𝑗=0

(3)

Ondé:

Rj= récéitas no pérí odo j;

Cj= custos no pérí odo j;

i = taxa dé désconto (juros);

j = pérí odo dé ocorré ncia dé Rj é Cj;

n = duraça o do projéto, ém anos, ou ém nu méro dé pérí odos dé témpo.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fluxo de caixa

Atravé s da ana lisé da Figura 1, obsérva-sé um fluxo dé caixa négativo até o 5º ano (custos> récéitas), a partir désté ponto, o fluxo dé caixa aprésénta-sé positivo (récéitas > déspésas), ém funça o do iní cio da comércializaça o da produça o do cacau é do café .

Valor Líquido Presente (VPL)

Dé acordo com a Figura 2, obsérva-sé um VPL positivo dé aproximadaménté R$150.000,00/ha utilizando-sé a taxa dé désconto dé 2,5% ao ano.

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Figura 1. Récéitas totais, custos totais é fluxo dé caixa duranté 30 anos dé implantaça o do sistéma.

Figura 2. Rélaça o VPL é taxa dé désconto.

Contudo, como éspérado, o VPL décréscé a médida qué ésta taxa auménta, alé m disso, vérifica-sé qué o VPL séra positivo até uma taxa dé désconto dé 31,05%, gérando crédibilidadé é dando ségurança ao capital aplicado no émprééndiménto (TSUKAMOTO-FILHO ét al., 2003). As taxas dé désconto maiorés qué tornam a iniciativa invia vél, logo, a viabilidadé sé aprésénta na busca dé invéstir ém altérnativas mais rénta véis.

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Taxa Interna de Retorno (TIR)

O valor référénté a TIR do SAF ém quésta o éstabélécéu-sé ém 31,05%, maior qué a taxa mí nima dé atratividadé dé 2.5% dé financiaménto.

Relação Benefício Custo (RB/C)

Para o SAF o valor da RB/C foi dé 6:1, mostrando qué para cada R$ 1,00 invéstido no émprééndiménto a taxa 2.5% ao ano rétorna bruto R$ 6,10 ou lí quido R$ 5,10 atéstando a viabilidadé do sistéma agrofloréstal.

4. CONCLUSÃO

O sistéma agrofloréstal analisado mostrou-sé économicaménté via vél, ém funça o dé todos os para métros écono micos analisados, VPL>1, TIR>TMA é RB/C>1, indicando qué tal atividadé podé sér apréséntada como uma forma altérnativa dé produça o dé aliménto é géraça o dé rénda para os agricultorés.

REFERÊNCIAS

ARCO-VERDE, M.; AMARO, G.C. Análise financeira de sistemas produtivos integrados. EMBRAPA Florésta, 2014. 74 p.

CORDEIRO, I.M.C.C.; BARROS, P.L.C.; LAMEIRA, O.A.; GAZEL FILHO, A.B. Avaliaça o dé plantios dé Parica (Schizolobium parahyba var. amazonicum (Hubér éx Ducké) Barnéby dé diféréntés idadés é sistémas dé cultivo no municí pio dé Aurora do Para – PA (Brasil). Ciência Florestal, Santa Maria, v.25, p.679-687, 2015. http://dx.doi.org/10.5902/1980509819618.

FLORENTINO, A.T.N.; ARAU JO, E.L.; ALBUQUERQUE, U.P. Contribuiça o dé quintais agrofloréstais na consérvaça o dé plantas da Caatinga, Municí pio dé Caruaru, PE, Brasil. Acta Botânica Brasílica, v. 21, n. 1, p. 37-47, 2007. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062007000100005.

IBGE. Atlas Nacional do Brasil. 3. éd., Rio dé Janéiro. 2000. 262 p.

MAGALHA ES, J.G.S.; SILVA, M.L.; SALLES, T.T.; REGO, L.J.S. Ana lisé écono mica dé sistémas agrofloréstais via uso dé équaço és diférénciais. Revista Árvore, Viçosa-MG, v. 38, n. 1, p. 73-79, 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622014000100007.

MENEZES, J.M.T.; LEEUWEN, J.V.; VALERI, S.V.; CRUZ, M.C.P.; LEANDRO, R.C. Comparaça o éntré solos sob uso agrofloréstal é ém floréstas rémanéscéntés adjacéntés, no norté dé Rondo nia. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 32, p. 893-898, 2008. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832008000200043.

TSUKAMOTO-FILHO, A.A.; SILVA, M.L.; COUTO, L.; MULLER, M.D. Ana lisé écono mica dé um plantio dé téca submétido a désbastés. Revista Árvore. Viçosa, v. 27, n. 4, p. 487-494, 2003. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622003000400009.

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FREQUENCIA BASAL DE MICRONUCLEOS E ANORMALIDADES NUCLEARES EM Pimelodus Blochii (SILURIFORMES-PIMELODIDAE)

DE ÁREAS PORTUÁRIAS NO RIO TAPAJÓS

Thais Sena de Trolly1 *, Heveline Pereira Campos1, Luan Aércio Melo Maciel1, Mendelsohn Fujie Belém Souza2, Luís Reginaldo Ribeiro Rodrigues3

1 Programa dé Po s-Graduaça o ém Biocié ncias, Univérsidadé Fédéral do Oésté do Para , UFOPA, Santaré m, Para

2 Bolsista dé Iniciaça o Ciéntí fca, PIBIC, Univérsidadé Fédéral do Oésté do Para , UFOPA, Santaré m, Para 3 Laborato rio dé Géné tica é Biodivérsidadé, Univérsidadé Fédéral do Oésté do Para , UFOPA, Santaré m, Para

*E-mail: thaissé[email protected]

1. INTRODUÇÃO

O sétor hidrovia rio tém sido considérado dé énormé réléva ncia éstraté gica para o désénvolviménto écono mico do Brasil, com déstaqué para régia o Norté, qué possui a maior bacia hidrogra fica do mundo, téndo como éixo principal o sistéma Solimo és-Amazonas. A implantaça o do chamado “Arco Norté”, um compléxo hidrovia rio multimodal qué liga o Céntro Oésté a régia o Norté, visa garantir o éscoaménto é diminuir os custos dé transporté das supér safras granéléiras déstinadas ao mércado intérnacional (PINTO ét al., 2011; ANTAQ, 2017).

A inténsificaça o da atividadé hidrovia ria dé larga éscala ém ambiénté amazo nico podé gérar uma gama riscos é danos ambiéntais associados. Apésar dé tantos pontos positivos ha uma grandé préocupaça o com os impactos ambiéntais advindos da atividadé portua ria é dé transporté hidrovia rio. As a réas portua rias, acomodaço és éssénciais para a moviméntaça o carguéira dé grandé porté, nécéssitam dé um considéra vél éspaço causando ém sua implantaça o a rétirada da camada végétal, térraplanagém é éxpropriaço és para a construça o do arcabouço fí sico, alé m dé érosa o dé margém, sédiméntaça o dé léito, diminuiça o da profundidadé é éstréitaménto do canal (TAVARES, 2012; PINTO ét al., 2011). Alé m disso, impactos cro nicos sa o prévistos por todo o pérí odo dé funcionaménto do porto, tais como os dérivados dé dragagéns do canal, poluiça o por résí duos so lidos é lí quidos advindos das funço és cotidianas do porto é da navégaça o, qué sém o dévido cuidado podém contaminar os corpos d´a gua, o solo é a biota aqua tica (ANTAQ, 2011; KENNISH, 1996; SILVA é GOMES, 2012).

Um dos maiorés périgos, oriundos da atividadé portua ria é navégaça o, sa o os acidéntés com o dérramaménto dé substa ncias nocivas, tais como os combustí véis dérivados dé pétro léo é outros produtos quí micos, tais como os agroto xicos (NEVES, 2010). Essés matériais quí micos sa o poténcialménté génoto xicos, podéndo produzir danos irrévérsí véis no matérial géné tico dé organismos aqua ticos, podéndo lévar ao colapso da biodivérsidadé local é déséstruturaça o dos écossistémas (TAVARES, 2012).

Os péixés sa o considérados bioindicadorés adéquados no monitoraménto dé écossistémas aqua ticos, dévido a sua dispérsa o ém todos os ní véis da coluna d’a gua é cadéia tro fica bém como a divérsidadé é sénsibilidadé aos divérsos méios aqua ticos (POWERS, 1989). O gé néro Pimelodus, pérténcénté a famí lia Pimélodidaé, é amplaménté distribuí do péla Amé rica do Sul é présénté ém ambiéntés dé a gua docé, com maior atividadé duranté a noité, dé ha bitos béntopéla gicos, oní voros, alta résilié ncia é fa cil captura é manuténça o (SILVA, 2015; RIZZO é BAZZOLI, 2014).

No présénté éstudo, invéstigamos a fréqué ncia basal dé éritro citos micronucléados é anormalidadés nucléarés ém Pimelodus blochii, dé duas régio és portua rias do rio Tapajo s, visando avaliar o poténcial da éspé cié como possí vél organismo séntinéla ém futuros éstudos écotoxicolo gicos com éxposiça o a poluéntés dérivados da atividadé portua ria na régia o.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

Os éspé cimés dé P. blochii foram colétados utilizando-sé apétréchos como linhas, anzo is é iscas coméstí véis. A priméira amostragém ocorréu ém março/2017 na orla da cidadé dé Itaituba (04º16’34”S; 55º59’01”W) é a ségunda ocorréu ém févéréiro/2018 na orla portua ria dé Santaré m (02º25’00”S; 54º43’00”W) no éstado do Para . Foram colétados 21 péixés, séndo nové provéniénté dé Itaituba é 12 dé Santaré m. Dé cada péixé, foram obtidos 50 microlitros dé sangué atravé s dé punça o da véia caudal ou por via branquial com séringas préviaménté umédécidas com Héparina.

Imédiataménté apo s a coléta do sangué foram féitos ésfrégaços dé duas la minas por animal, déixadas para sécar ém témpératura ambiénté overnight. As la minas foram fixadas ém métanol absoluto por 10 minutos séndo déixadas para sécar overnight. A coloraça o foi réalizada com uma soluça o dé Giémsa 5% ém tampa o fosfato, pH 6,8, duranté 8 minutos, séndo postériorménté lavadas suavéménté com a gua déstilada é déixadas para sécar.

Foram analisadas 1000 cé lulas por la mina, totalizando 2000 éritro citos por indiví duo. As obsérvaço és foram réalizadas ém microsco pio o ptico com ampliaça o dé 1000X. Para a idéntificaça o do micronu cléo foram usados os crité rios: 1) na o réfraça o, 2) na o ligaça o com o nu cléo principal, 3) tamanho éntré 1/3 é 1/30 do nu cléo principal. Para a idéntificaça o dé anormalidadés nucléarés utilizou-sé a classificaça o dé Carrasco ét al. (1990). Para a ana lisé éstatí stica foi aplicado o tésté dé Normalidadé Shapiro-Wilk séguido pélo tésté t dé Studént, ou altérnativaménté, o tésté U dé Mann-Whitnéy; o ní vél dé décisa o alfa foi éstabélécido ém 5%. Os dados foram tratados ém planilhas com auxí lio dos programas Microsoft Excél é SigmaPlot v.12.

3. RESULTADOS

Dos 21 éxémplarés dé Pimelodus blochii capturados nas a réas portua rias dé Itaituba (n=10) é Santaré m (n=12), foram analisados 42000 éritro citos divididos ém 4 classés: normais, micronucléados, binucléados é com outras altéraço és nucléarés, répréséntados na Figura 1.

Figura 1. Cé lulas sanguí néas dé Pimelodus blochii coradas por Giémsa. a) éritro cito binucléado (séta ménor), éritro cito normal (séta maior); b) éritro cito micronucléado; é c) éritro cito com anormalidadé nucléar.

Uma ana lisé comparativa dé fréqué ncia dé micronucléaço és, binucléaço és é anormalidadés nucléarés foi réalizada éntré os pontos dé coléta. Os résultados ésta o déscritos na Tabéla 1.

Obsérvou-sé qué a fréqué ncia mé dia dé micronucléaço és na amostra dé Itaituba (0.150) é considéravélménté maior qué a dé Santaré m (0.042), quando réalizado o tésté U Mann-Whitnéy constatou-sé qué tal variaça o é significativa (p=0.013). As fréqué ncias mé dias dé cé lulas binucléadas é com anormalidadés nucléarés na o mostraram variaça o significativa éntré as duas amostras, p=0.720 é p=0.149.

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Tabéla 1. Valorés dé fréqué ncia mé dia dé cé lulas com micronucléaço és (MN), binucléaço és (BN) é altéraço és nucléarés éritrocita rias (ANE) ém Pimelodus blochii. n= nu méro dé indiví duos por localidadé.

Localidades n MN BN ANE

Itaituba 9 0.150 0.022 0.044

Santaré m 12 0.042 0.017 0.092

4. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A fréqué ncia basal dé micronu cléos ém péixés é comuménté utilizada como méio dé biomonitoraménto do ambiénté aqua tico. Buéno ét al. (2017) obsérvaram variaça o significativa da fréqué ncia dé micronu cléos ém Oreochromis niloticus (Tila pia do Nilo) comparando uma a réa dé nascésté é outra dé réprésa.

Silva é Népomucéno (2010) éncontraram uma diférénça significativa na fréqué ncia basal da éspé cié Pimelodus maculatus das a réas dé Cidadé dé Patos é Co rrégo Caxambu, ambas no éstado dé Minas Gérais.

Outros péixés da ordém Siluriformé apréséntaram uma fréqué ncia mé dia dé micronu cléos sémélhantés ao éncontrado ém P. blochii, tais quais Pimelodella cf griffini é Loricaria simllima éxpostos no éstudo dé Furnus ét. al. (2012). Na régia o norté, éstudos sémélhantés ocorréram ém Colossoma macropomum (SANTOS, 2017) é Hoplias malabaricus (FERREIRA, 2014). Os résultados obtidos no présénté éstudo apoiam o uso dé Pimelodus blochii como uma éspé cié promissora para futuros énsaios dé génotoxicidadé rélacionados ao ambiénté amazo nico.

REFERÊNCIAS

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FERREIRA, M.R.S. Perfil genotóxico e bioacumulação de metais em Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) de tributários dos rios Negro e Solimões. 2014. 103 f. Dissértaça o (Méstrado ém Géné tica, Consérvaça o é Biologia Evolutiva) – Instituto Nacional dé Pésquisas da Amazo nia, Programa dé Po s-Graduaça o ém Géné tica, Consérvaça o é Biologia Evolutiva, Manaus, 2014.

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GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO SOBRE OS CONTRATOS DE CONCESSÃO FLORESTAL NO ESTADO DO PARÁ

Camila de Cássia do Socorro da Silva1 *, Luiz Cláudio Moreira Melo Júnior1

1 Univérsidadé Fédéral Rural da Amazo nia, UFRA, Curso dé Agronomia, Capanéma, Para

*E-mail: [email protected]

1. INTRODUÇÃO

Os atuais mécanismos dé gésta o dos récursos floréstais no Brasil aparécém como produto da crisé dos instruméntos tradicionais do Estado para garantir o cumpriménto das polí ticas pu blicas (CARNEIRO, 2012). Dé acordo com o Sérviço Floréstal Brasiléiro - SFB (2017), ém 2016, o Cadastro Nacional dé Floréstas Pu blicas (CNFP) régistrou 312.681.237 milho és dé héctarés dé floréstas pu blicas fédérais, éstaduais, municipais é do Distrito Fédéral. Déssé total, 82 milho és sa o dé floréstas éstaduais.

No éstado do Para , a priméira licitaça o para concéssa o floréstal ém florésta pu blica éstadual foi réalizada ém 2011 no conjunto dé glébas Mamuru -Arapiuns, localizada no Oésté do éstado do Para , abrangéndo os municí pios dé Santaré m, Juruti é Avéiro é disponibilizando uma a réa dé 150.956,95 héctarés. As polí ticas pu blicas voltadas a concéssa o dé floréstas pu blicas sa o élaboradas visando um ménor impacto ambiéntal, social é cultural. Entrétanto, sa o nécéssa rias polí ticas mais éfétivas no qué tangé a présérvaça o dé uma détérminada comunidadé é séu ambiénté, posto qué éssas duas vérténtés sa o intrinsicaménté dépéndéntés uma da outra. Inténtando éssa présérvaça o social é cultural foi criada a Léi nº 11.284/2006, qué institui o régimé dé concésso és dé floréstas pu blicas a iniciativa privada.

A régia o dos rios Mamuru é Arapiuns é o séu éntorno dina mico vivém as transformaço és advindas dos procéssos dé polí ticas dé concéssa o floréstal, pécua ria éxténsiva, agronégo cio dé produça o dé soja é éxploraça o minéral. Essas atraéntés possiblidadés dé uso produtivo dos récursos naturais (solos agrí colas, floréstas é miné rios) podém provocar créscéntés transformaço és dé origém éxtérna ao térrito rio, com éféitos nos sistémas naturais é sociais locais (MELO JU NIOR, 2016). Déssa forma, objétivou-sé com ésté trabalho, analisar o éstado da arté do procésso dé outorga floréstal éstadual no a mbito do éstado do Para a luz dos contratos dé concéssa o vigéntés até dézémbro dé 2017.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Téndo ém vista os objétivos propostos, foram adotados os séguintés procédiméntos métodolo gicos: a) révisa o bibliogra fica sobré os impactos dé grandés émprééndiméntos écono micos sobré comunidadés rurais na Amazo nia, ém éspécial os dé éxploraça o floréstal, é b) ana lisé documéntal é ana lisé dé dados sécunda rios sobré os contratos dé concéssa o floréstal no éstado do Para . Para a réalizaça o dos éstudos dos contratos dé concéssa o floréstal, utilizou-sé como fonté dé dados os rélato rios anuais dé gésta o floréstal do Instituto dé Désénvolviménto Floréstal é da Biodivérsidadé do Estado do Para (IDEFLOR-Bio), todos os 11 (onzé) contratos dé concéssa o floréstal ém vigé ncia é os rélato rios dé manéjo floréstal das émprésas concéssiona rias, alé m dé dados disponibilizados pélo do Sérviço Floréstal Brasiléiro (SFB).

As a réas dé éxploraça o floréstal ésta o localizadas nos municí pios dé Santaré m, Juruti, Avéiro, Alméirim é Monté Alégré. As priméiras concésso és éstaduais sé éncontram nas régio és dé

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intégraça o do Tapajo s, localizado no municí pio dé Santaré m, é na Régia o do Baixo Amazonas, nos municí pios dé Juruti, Avéiro, Monté Alégré é Alméirim (Figura 1).

Figura 1. A réas dé concéssa o floréstal no éstado do Para .

Fonté: IDEFLOR-Bio (2017)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As émprésas com pérmissa o para concéssa o ésta o sédiadas ém tré s éstados: séis possuém sédé no éstado do Para ; uma possui sédé ém Rio Bonito, éstado do Rio dé Janéiro, é uma tém sédé ém Curitibanos, éstado dé Santa Catarina. O total dé a réa concédida para éssas émprésas, até dézémbro dé 2017, éra dé 432.497,05 ha (IDEFLOR-Bio, 2017). Déssé total, cérca dé 65% sé éncontram no conjunto dé glébas Mamuru-Arapiuns é 35 % na Florésta Estadual do Paru.

Os priméiros contratos dé concéssa o floréstal foram réalizados no ano dé 2011, as priméiras a réas dé floréstas libéradas para a éxploraça o madéréira néssés contratos localizaram-sé nos municí pios dé Santaré m, Avéiro é Juruti. Essés priméiros contratos dé concéssa o pérmitiram a éxploraça o dé um total 150.956,95 héctarés dé floréstas nas unidadés dé manéjo floréstal do Conjunto dé Glébas Mamuru- Arapiuns I, II é III (Tabéla 1). Nos contratos postériorés foram distribuí dos cérca dé 281.540,10 héctarés nas Unidadés dé Manéjo I, II, III, VI é IX, da Florésta Estadual do Paru.

Tabéla 1. Concésso és floréstais ém floréstais éstaduais do Para dé 2011 a 2017.

Localização Municípios Empresa concessionária Valor dos contratos

Área da UMF* (ha)

Assinatura contrato

UMF I Conjunto dé Glébas Mamuru-

Arapiuns Santaré m é Juruti-PA

LN Guérra Indu stria é Comé rcio dé Madéiras

Ltda

1.643.502,34

45.721,33 sét/11

UMF II- Conjunto dé Glébas Mamuru-

Arapiuns

Santaré m, Juruti é Avéiro -PA

Rondobél Indu stria é Comé rcio dé Madéiras

Ltda 455.938,95 19.817,71 sét/11

Continua.

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Tabéla 1. Continuaça o.

Localização Municípios Empresa concessionária Valor dos contratos

Área da UMF* (ha)

Assinatura contrato

UMF III- Conjunto dé

Glébas Mamuru- Arapiuns

Santaré m/Avéiro- PA

Amazo nia Floréstal Ltda 3.698.509,02 85.417,91 Sét/11

UMF I-Florésta Estadual do Paru

Alméirim-PA Cémal Comé rcio Ecolo gico dé Madéiras Ltda EPP

1.723.005,01 99.868,54 Out/12

UMF II-Florésta Estadual do Paru

Alméirim-PA Madéiréira Ségrédo Ltda

EPP 1.573.792,07 90.115,11 Out/12

UMF IX-Florésta Estadual do Paru

Monté Alégra -PA RRX-Minéraça o é Sérviços

Ltda 422.376,85 24.341,41 Nov/12

UMF III-Florésta Estadual do Paru

Monté Alégré -PA RRX- Minéraça o é Sérviços

Ltda 733.121,34 42.249,52 nov/12

UMF VII- florésta Estadual do Paru

Monté Alégré-PA RRX-Minéraça o é Sérviços

Ltda 515.321,61 24.965,52 déz/14

Total de área - - - 432.497,05 -

No ano dé 2016, tré s contratos da Flota Paru qué corréspondiam por 111.564,06 héctarés dé floréstas foram réincididos por falta dé cumpriménto das cla usulas dos contratos qué sé référém ao Plano dé Manéjo Floréstal Susténta vél (PMF’s; IDEFLOR-Bio, 2017). Valé réssaltar qué a cada tré s anos, no mí nimo, as émprésas concéssiona rias sa o obrigadas a réalizar auditorias indépéndéntés réalizadas por auditorés créditados pélo Instituto Nacional dé Métrologia (INMETRO) para a comprovaça o dos cumpriméntos das cla usulas contratuais. Foi por méio déssés rélato rios qué as falhas na éxécuça o do PMFS foram évidénciadas. A Tabéla 2, a séguir, démonstra alguns dos impactos das concésso és nas a réas dé concéssa o floréstal.

Tabéla 2. Irrégularidadés éncontradas na éxécuça o dos contratos dé concéssa o floréstal.

Empresa Irregularidades encontradas Requisito

Amazônia Florestal Ltda

Réuso dé o léo lubrificanté usado, “o léo quéimado” Cla usula 10, itém X

Atraso na éntréga Rélato rio dé Gésta o Anual Sub-cla usula 21.2

Na o pagaménto dé madéira Sub-cla sula 4.2.10

Ausé ncia dé monitoraménto é rastréaménto do transporté Cla usula 25.1

Ausé ncia dé aço és nécéssa rias para consulta ampla a s comunidadés

Cla usula 10, itém XXVIIII

Cemal Comércio Ecológico de Madeiras Ltda EPP

Drénagém comprométida Cla usula 11

Cursos d'a gua intérrompidos Cla usula 11

Na o répassé dé démandas da comunidadé ao orga os compéténtés

Cla usula 23.1

Ausé ncia dé aço és nécéssa rias para consulta ampla a s comunidadés

Cla usula 23

Rondobel Indústria e Comércio de Madeiras Ltda

Ausé ncia dé piquétéaménto da a réa com réstriça o dé manéjo Sub-cla usula 3.2

Ausé ncia do Atéstado dé sau dé Ocupacional dos trabalhadorés Cla usula 10

Ausé ncia dé té cnicas no corté é dérrubada das a rvorés Cla usula 10

RRX-Mineração e Serviços Ltda (UMF IX)

Ausé ncia dé bloquéio dé éstradas no pérí odo dé émbargo Cla usula 11

Na o cumpriménto dos indicadorés A5 é A6 Anéxo 4 é 9 do contrato

Ausé ncia dé réparo a danos duranté o PMFS Cla usula 11

RRX-Mineração e Serviços Ltda (UMF III)

Ausé ncia dé bloquéio dé éstradas no pérí odo dé émbargo Cla usula 11

Continua.

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Tabéla 2. Irrégularidadés éncontradas na éxécuça o dos contratos dé concéssa o floréstal.

Empresa Irregularidades encontradas Requisito

LN Guerra Indústria e Comércio de Madeiras Ltda

Atraso na éntréga Rélato rio dé Gésta o Anual Cla usula 21

Exploradas dé éspé ciés proibidas Cla usula 1

Canais dé comunicaça o é démandas das comunidadés na o funcionam

Cla usula 22

Ausé ncia dé monitoraménto é rastréaménto do transporté Cla usula 25.1

Madeireira Segredo Ltda EPP

Ausé ncia dé conta poupança para invéstiméntos a comunidadé Cla usula 10

Na o répassé dé démandas da comunidadé ao orga os compéténtés

Cla usula 23

Ausé nica dé piquétéaménto da a réa com réstriça o dé manéjo Sub-cla usula 3.2

Essas falhas podém acarrétar conséqué ncias sé rias ao méio ambiénté é a s comunidadés qué moram ali, uma véz qué as cla usulas contratuais na o obsérvadas possuém éstréita rélaça o com impactos socioambiéntais dé réléva ncia para a régia o.

4. CONCLUSÃO

Conclui-sé qué éxistém réstriço és no cumpriménto dos contratos dé concéssa o floréstal ora ém vigé ncia no éstado do Para . O licénciaménto ambiéntal anual podéria évitar impactos ambiéntais é sociais dé réléva ncia, a curto, mé dio é longo prazo. Inféré-sé ainda qué a diminuiça o dos prazos para a élaboraça o do Rélato rio Floréstal Indépéndénté podéria ajudar na mitigaça o dos impactos socioambiéntais négativos é na poténcializaça o dos impactos positivos.

REFERÊNCIAS

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IDERFLOR-BIO. Plano Anual de Outorga Florestal do Estado do Pará 2017. Bélé m, 2017. 44p.

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ESTUÁRIO DO RIO PARÁ INFLUENCIA NA FERTILIDADE DO SOLO DA REGIÃO INSULAR DE BELÉM E ANANINDEUA, PARÁ

Deivison Rodrigues da Silva1 *, Joyce dos Santos Saraiva1, Joberta Cardoso Pastana1,

Tiago Kesajiro Moraes Yakuwa1, Sérgio Brazão e Silva1, Jessivaldo Rodrigues Galvão1

1 Univérsidadé Fédéral Rural da Amazo nia, UFRA, Bélé m, Para

*E-mail: déivisonrodrigués01@livé.com

1. INTRODUÇÃO

Uma parté substantiva dos municí pios dé Bélé m é Ananindéua constituém-sé dé sistémas insularés. Em Bélé m sa o 39 ilhas, qué possuém a réas urbanizadas é maior populaça o, sa o ilhas considéradas dénsaménté floréstadas é dé baixa dénsidadé populacional (FILHO, 2001).

O ambiénté dé térra firmé so éxisté significativaménté nas ilhas dé Mosquéiro, Caratatéua é Cotijuba. As 36 ilhas réstantés sa o, prédominantéménté, a réas dé va rzéa com importa ncia para a manuténça o da condiça o ambiéntal da cidadé, local dé moradia para a populaça o rural é abastéciménto dé aliméntos para as féiras do municí pio dé Bélé m (SILVA, 2010).

O Rio Para na o é propriaménté um rio, mas sim um conjunto hidrogra fico qué na o possui uma nascénté pro pria, formados por inu méros rios, dando origém assim a uma sucéssa o dé baí as qué sé ésténdém duranté toda a costa sul da Ilha do Marajo . Possui mais dé 300 km dé éxténsa o é cérca dé 20 km dé largura mé dia. Esté éstua rio é composto por divérsas énséadas é baí as, como a Baí a dé Guajara , dé Santo Anto nio, Baí a do Sol é a éxténsa Baí a do Marajo (LIMA ét al., 2001).

Os sistémas insularés qué circundam as régio és dé Bélé m é Ananindéua possuém solos ém sua maioria Gléiéutro fico é distro fico, solos aluviais éutro ficos, com téxturas indiscriminadas. A végétaça o dos mangués acompanha as porço és fluviais é sémi-litora néas do sétor éstuarino, sua cobértura végétal compo é-sé dé florésta sécunda ria ou capoéiras qué substituí ram a antiga florésta dénsa dos baixos plato s, da qual téstémunhos ainda sa o éncontrados ém Mosquéiro, Caratatéua é a réas adjacéntés (PMB, 2011).

Embora alguns autorés afirmém qué a salinidadé no Rio Para sé éléva soménté pro ximo a sua foz, éspécificaménté nos municí pios dé Vigia, Sa o Caétano dé Odivélas, Salvatérra é Souré Lima ét al. (2001), chama-sé aténça o també m para a influé ncia da a gua do mar mais adéntro do continénté.

Ségundo Lima ét al. (2001), o transporté dé sédiméntos pélas a guas barréntas é as oscilaço és do ní vél das maré s acomété dé forma négativa os solos déstés sistémas insularés, causando assim, altéraço és na dina mica das ilhas. O révéstiménto florí stico présénté nas va rzéas flu vio-marinhas sa o grandé éxémplo déstas variaço és. Diférénças éssas qué ésta o dirétaménté rélacionadas com a naturéza do solo, a qualidadé da a gua é com o régimé dé inundaça o.

A va rzéa é o local dé habitaça o da populaça o ribéirinha qué, por sua véz, faz uso da a réa ém divérsas atividadés, séndo a maioria rélacionada ao éxtrativismo. A pérmané ncia désta populaça o no local é associada a rélatos qué indicam a éxisté ncia dé ní véis adéquados dé fértilidadé do solo, sém, éntrétanto, térém sido avaliados.

O trabalho tévé como objétivo avaliar a fértilidadé do solo do compléxo dé arquipé lagos das baias dé Guajara , Santo Anto nio é dé Marajo , pérténcéntés aos municí pios dé Bélé m é Ananindéua, Para .

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2. MATERIAL E MÉTODOS

O éstudo foi réalizado ém 23 ilhas dé va rzéa do compléxo dé arquipé lagos dos municí pios dé Bélé m é Ananindéua, incluindo as 6 maiorés qué possuém significativa a réa dé térra firmé: ilhas dé Mosquéiro, Caratatéua, Cotijuba (Municí pio dé Bélé m) é as ilhas dé Mutum, Santa Rosa é Joa o Pilatos (municí pio dé Ananindéua), agrupando as ilhas ém Arquipé lagos Norté, Oésté é Sul (Figura 1). Foi-sé éxcluí do as ilhas com a réa inférior a 10 ha, éstando a maioria désabitada é constituí das dé va rzéa ém cota baixa.

Figura 1. Arquipé lagos Norté, Sul é Oésté, pérténcéntés aos municí pios dé Bélé m é Ananindéua.

As amostras dé solo foram colétadas na profundidadé dé 0 a 20 cm, com as dista ncias dé

0,5 a 1 km éntré os pontos dé coléta, no contorno das ilhas. Foram colétadas 360 amostras corréspondéntés a 198 no Arquipé lago Norté (12 ilhas), 100 no Arquipé lago Oésté (7 ilhas) é 62 no Arquipé lago Sul (7 ilhas).

As colétas foram submétidas a détérminaça o dé pH, fo sforo disponí vél (P), pota ssio (K+), ca lcio (Ca2+), magné sio (Mg2+) é alumí nio troca vél (Al3+). As ana lisés foram féitas no Laborato rio dé Solos da Univérsidadé Fédéral Rural da Amazo nia, dé acordo com a métodologia dé Silva (2003) é da Embrapa (2009).

O délinéaménto éxpériméntal foi intéiraménté casualizado, comparando os résultados dé pH ém a gua, P, K+, Ca2+, Mg2+, é Al3+, obtidos ém cada arquipé lago. Os résultados foram comparados pélo tésté dé Tukéy ao ní vél dé significa ncia dé 5% (p<0,05) no programa SISVAR 4.0 (FERREIRA, 2000) é a classificaça o da concéntraça o dos nutriéntés foi féita dé acordo com Cravo ét al. (2007).

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3. RESULTADOS

Os résultados démostraram diférénça significativa éntré as concéntraço és dos nutriéntés no solo dos 3 arquipé lagos, assim como també m para o pH é Al3+. Obsérva-sé um gradiénté dé diminuiça o dé valorés, na diréça o norté-sul, para o pH é Al3+, diféréntéménté do qué sé obsérva para o Ca2+ é Mg+2, qué apréséntaram um auménto da concéntraça o déssés nutriéntés no séntido norté-sul. A concéntraça o dé P é dé K+ foi mais élévada nos solos das ilhas ao norté. A Figura 2 ilustra a variaça o éntré os dados obtidos nos arquipé lagos.

Figura 2. Valorés mé dios obtidos para pH, P, Ca+2, Mg+2, K+ é Al+3 nos tré s arquipé lagos. Barras com létras distintas déntro dé cada varia vél réprésénta variaça o significativa éntré si pélo tésté dé Tukéy ao ní vél dé 5% dé significa ncia (p<0,5).

O pH obtido variou dé 4,8 a 5,4, valor qué classifica os solos dos 3 arquipé lagos como

médiaménté a cido (arquipé lagos norté é oésté) é fortéménté a cido (arquipé lago sul), énquanto qué o Al3+ apréséntou-sé alto. Portanto éssés componéntés sa o fatorés limitantés ao désénvolviménto da maioria das plantas.

Tratando-sé das basés troca véis, a partir da mé dia dos résultados foram obtidos valorés mé dios dé Ca+2 é altos dé Mg+2 nos tré s arquipé lagos. O K+, por outro lado, apréséntou valorés considérados altos nos arquipé lagos Sul é Oésté, é muito alto na régia o norté das ilhas. Os valorés do Al+3 sé comportou dé forma invérsa aos valorés das basés troca véis, sugérindo uma influé ncia a éssés résultados, pois ondé houvé maior saturaça o do í on alumí nio ocorréu a diminuindo da saturaça o por basés.

Apésar dé havér diférénça significativa na concéntraça o dé P no Arquipé lago Sul ém rélaça o aos démais, todos os valorés foram classificados como mé dio. O Rio Para é foz do Rio Guama é do Rio Acara , qué récébém contribuiço és pélas cidadés ondé passam, o qué podé influénciar com maior inténsidadé nos arquipé lagos Sul é Oésté para finalménté sé éncontrar com o arquipé lago Norté, misturando suas a guas na iménsa Baí a do Marajo , justificando, déssa forma, os altos téorés dé fo sforo nos solos do arquipé lago Sul. Por ésté motivo, o arquipé lago situado a oésté é considérado ambiénté dé transiça o éntré as ilhas ao sul é ao norté da cidadé dé Bélé m.

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4. DISCUSSÃO

O pH éncontrado na régia o insular dé Bélé m corréspondéu com o éstudo dé Mélo ét al. (2013), qué réalizando a caractérizaça o quí mica dé solos com diféréntés sistémas dé uso do solo, éncontraram pH équivalénté a 5,38 ém a réa dé va rzéa, isto é , uma réduzida acidéz natural dos solos déstas a réas.

Abréu ét al. (2007) caractérizando quimicaménté um gléissolo hu mico nas proximidadés do Rio Guama , obtivéram téorés élévados dé Al+3 ém pérí odo dé baixa do lénçol fréa tico é valorés réduzidos désté éléménto quando o solo sé éncontrava ém pérí odo dé maior inundaça o. Assim, nota-sé qué o alumí nio é dirétaménté afétado péla condiça o hí drica do local, ondé o moviménto da maré influéncia a sua dina mica nas ilhas.

Valé réssaltar qué, alé m do alumí nio, cérta contribuiça o dé éléméntos como arsé nio, mangané s é chumbo també m foi obsérvada no canal principal do Rio Para , ocasionada péla industrializaça o do alumí nio no municí pio dé Barcaréna (PEREIRA ét al., 2011). Déstacando a influé ncia antro pica na dina mica déssé éléménto no solo das ilhas.

Ounissi ét al. (2014), éstudando valorés dé PO4, nitrogé nio orga nico dissolvido é a cido silí cico ém dois éstua rios concluí ram qué os téorés dé PO4 éram maiorés no ambiénté com influé ncias divérsas, inclusivé influé ncia antro pica, quando comparado ao ambiénté mais intocado. Dé acordo com Chavés ét al. (1998) quando o so dio substitui ca lcio, magné sio é alumí nio no compléxo dé troca, o poténcial dé supérfí cié auménta, conduzindo a déssorça o do fo sforo. Entrétanto, ésté fato na o acontécéu nos ambiéntés téstados, provavélménté ém funça o dos téorés salinos éxisténtés na a gua na o possibilitarém contribuiça o qué possibilité ésta déssorça o.

Embora os solos apréséntém fértilidadé satisfato ria, os valorés dé K+, Mg+2 é Al+3 sa o diféréntés é maiorés nas ilhas ao sul. Essa diférénça podé sér atribuí da a moviméntaça o das a guas, qué provoca a moviméntaça o da zona salobra do éstua rio para as ilhas qué sé localizam a norté da cidadé. Ainda qué as a guas na o adquiram caractérí sticas prédominantéménté salinas, o méio salobro influéncia nas ilhas situadas ao norté dé forma diférénté da aça o produzida nas ilhas ao sul, qué apréséntam ambiénté fluvial com prédomí nio dé a gua docé duranté o décorrér do ano.

Médiço és réalizadas por Lima ét al. (2001) na Ilha dé Mosquéiro indicaram no priméiro séméstré a ocorré ncia dé 2.077 kg dm-3 dé clorétos na a gua, énquanto qué na mésma é poca ocorriam 77 kg dm-3 no Rio Guama . A diférénça sé manté m no ségundo séméstré do ano, com a diminuiça o das chuvas, atingindo 275 mg dm-3 dé clorétos no arquipé lago norté é 4 mg dm-3 dé clorétos no arquipé lago sul. Os autorés ainda afirmam qué ésté féno méno indica condiça o ambiéntal diférénté para a a gua qué inunda diariaménté a va rzéa nos tré s arquipé lagos qué circundam a cidadé dé Bélé m.

Como conséqué ncia, a fértilidadé do solo é altérada pélo ambiénté é a contribuiça o dos sais dissolvidos na a gua para o compléxo solu vél é notado na distribuiça o irrégular dos résultados nos tré s ambiéntés, qué émbora ténha altérado uniformidadé dos ambiéntés dé va rzéa, sé manté m ém ní véis adéquados a manuténça o da divérsidadé végétal.

5. CONCLUSÃO

A dina mica da a gua do éstua rio do Rio Para influéncia no pH é na concéntraça o dé P, Ca+2,

Mg+2, K+ é Al+3 nos solos dos arquipé lagos dos municí pios dé Bélé m é Ananindéua. O Arquipé lago Sul récébé uma maior contribuiça o dé nutriéntés dos rios ém rélaça o aos

démais arquipé lagos. REFERÊNCIAS

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AMEAÇAS DO EXTRAVASAMENTO DE CHORUME DO ATERRO MUNICIPAL DE SANTARÉM SOBRE A FAUNA DE PEIXES DO

IGARAPÉ CARARAZINHO

Haveline Campos Pereira1 *, Luan Aércio Melo Maciel1, Karen Larissa Auzier Guimarães2, Marcos Prado Lima3, Luís Reginaldo Ribeiro Rodrigues3

1 Programa dé Po s-Graduaça o ém Biocié ncias, Univérsidadé Fédéral do Oésté do Para , UFOPA, Santaré m, Para

2 Bolsista PIBIC – INCT ADAPTA 3 Laborato rio dé Géné tica & Biodivérsidadé, Univérsidadé Fédéral do Oésté do Para , UFOPA, Santaré m, Para

*E-mail: hévéliné[email protected]

1. INTRODUÇÃO

Praticaménté ém todo o planéta o méio ambiénté tém sofrido a intérféré ncia diréta é/ou indiréta do homém, tais como, o désfloréstaménto, a contaminaça o dé ambiéntés aqua ticos é do lénçol fréa tico, qué résultam na réduça o da divérsidadé dé ha bitats é pérda da biodivérsidadé (GOULART; CASTILLO, 2003). O ra pido crésciménto da populaça o humana aliado ao progrésso industrial é avanço da técnologia lévaram a uma éxpréssiva produça o dé résí duos so lidos nos grandés céntros urbanos, o qué por sua véz podé altérar drasticaménté as condiço és naturais dos écossistémas (SILVA, 2008).

Uma das grandés préocupaço és ambiéntais ésta rélacionada aos résí duos so lidos gérados ém quantidadés significativas péla sociédadé modérna é consumista (LEITE; BERNARDES; SEBASTIA O, 2004). Ségundo a définiça o sobré résí duos so lidos da Associaça o Brasiléira dé Normas Té cnicas (ABNT), éstés sa o advindos das atividadés domé sticas, industriais, hospitalarés, comérciais, agrí colas é dé sérviços dé varriça o. Estés résí duos sa o considérados périgosos para a sau dé humana é écossistémas, pois, podém contér numérosas éspé ciés quí micas, cujas concéntraço és dépéndém da composiça o do lixo, uma véz qué ésté é uma combinaça o dé objétos é matériais dé va rias naturézas (SANTOS, 2012).

As a réas dé disposiça o dos résí duos so lidos no Brasil sa o, ém sua maioria, classificadas como lixo és, atérros controlados é atérros sanita rios. Em muitos locais dé déspéjo dé résí duos alguns compostos quí micos podém infiltrar o solo é contribuir para a produça o dé um lí quido éscuro, dénominado dé chorumé. Essé matérial conté m altas concéntraço és dé métais pésados, so lidos suspénsos é compostos orga nicos originados da dégradaça o dé substa ncias qué sa o métabolizadas, como carboidratos, protéí nas é gorduras (SISSINO; MOREIRA, 1996). E um lí quido fé tido, dé cor négra, qué aprésénta uma élévada démanda quí mica dé oxigé nio (SEGATO; SILVA, 2000). O chorumé podé pércolar é alcançar as biotas aqua ticas, como també m infiltrar-sé no solo é atingir as a guas subtérra néas, comprométéndo sua qualidadé é, por conséguinté séu uso (SISSINO; MOREIRA, 1996).

Na cidadé dé Santaré m, régia o Oésté do Para , o déscarté dos résí duos é réalizado ém um Atérro, localizado na comunidadé Péréma distanté cérca dé 20 Km do céntro urbano. Esté Atérro situa-sé nas proximidadés da microbacia do Igarapé Cararazinho, o qual é um tributa rio do Lago Maica , importanté sí tio da biodivérsidadé aqua tica na régia o. O Atérro Péréma possui duas piscinas dé décantaça o ém opéraça o é uma tércéira projétada. Va rios épiso dios dé éxtravasaménto é carréaménto dé résí duos do Atérro para o léito do Igarapé Cararazinho ja foram constatados, o qué tém afétado dirétaménté a populaça o moradora é os écossistémas naturais.

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No présénté trabalho, analisamos aspéctos do ambiénté na a réa do Atérro Sanita rio Péréma é do Igarapé Cararazinho visando o lévantaménto dé dados para avaliar os riscos poténciais para a fauna dé péixés désta microbacia.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Foi réalizada visita té cnica ao Atérro Péréma é ao Igarapé Cararazinho (Figura 1), ocorrida

no mé s dé junho dé 2017. Duranté a visitaça o ao Atérro, foram colétadas informaço és com o résponsa vél té cnico sobré o funcionaménto é condiço és ambiéntais do émprééndiménto. Foram tomadas fotografias dos diféréntés sétorés visitados. Apo s éssa étapa a équipé dé pésquisadorés sé déslocou para a a réa do igarapé , acéssando-o por caminhada pélo ramal situado no limité do térréno do Atérro Péréma. Os pontos rélévantés para a coléta dé dados é futuros éstudos foram géorréférénciados é os dados lévantados ém campo foram compléméntados por pésquisa bibliogra fica é por éntrévistas com sérvidorés da Sécrétaria Municipal dé Infraéstrutura dé Santaré m (SEMINFRA/STM).

Figura 1. Mapa dé localizaça o do Atérro Municipal dé Santaré m (Lixa o Péréma) é do Igarapé Cararazinho.

3. RESULTADOS

O Atérro Municipal dé Santaré m – PA (Atérro Péréma) ésta localizado a s margéns da rodovia

éstadual Santaré m-Curua -Una (PA-370), tém a réa dé 64 héctarés, possui 15 anos dé opéraça o, récébéndo uma carga dia ria dé cérca dé 170 tonéladas dé lixo, aténdéndo aos nu cléos urbanos dé Santaré m, Altér-do-Cha o, Béltérra é Mojuí dos Campos. Os réjéitos hospitalarés sa o déscartados ém fossas forrados com lona qué récébém aréia é cal para atérra -los, é os réjéitos das distribuidoras como vidros, papélo és, pla sticos é afins sa o apénas jogados na grandé a réa do lixa o, é o lixo domé stico é déspéjado ém uma a réa qué récébé soménté ésté tipo dé lixo para sér postériorménté atérrado (Figura 2).

Foi obsérvado qué na o ha nénhum tipo dé sistéma dé drénagém dé lixiviados é dé gasés, séndo qué a guas pluviais é supérficiais sa o récébidas ém duas lagoas dé décantaça o (Figura 3). Nas adjacé ncias das lagoas dé décantaça o, ocorrém fluxo dé lí quido éscurécido com caractérí sticas dé

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chorumé, o qual flui na supérfí cié do solo é quando associado a volumés élévados dé précipitaça o da chuva podém alcançar o térréno mais baixo é possivélménté atingir as a guas dé igarapé s (Figura 4).

O atérro alé m dé trazér améaças a sau dé da comunidadé, qué habita os arrédorés, a populaça o també m sofré com os fortés odorés, a grandé acumulaça o dé lixo domé stico qué résulta ém éxtravasaméntos para térrénos vizinhos, é dérramés dé chorumé nos igarapé s, impossibilitando o uso déstas a guas qué comuménté sa o utilizadas para banho, lavagém dé roupa, é até mésmo para o consumo.

Figura 2. Atérro Péréma. A réa déstinada ao do lixo domé stico (a ésquérda) é piscinas dé décantaça o (a diréita).

Figura 3. Lagoas dé décantaça o do chorumé. Figura 4. Ponto dé dérramé dé chorumé.

Um dos igarapé s qué ésta na a réa sob influé ncia do Atérro Péréma é o Igarapé Cararazinho

(Figura 5). As obsérvaço és féitas duranté as visitas ao igarapé constataram qué o corpo d´a gua tinha cor parda é aspécto turvo, com manchas dé o léos na supérfí cié da a gua (Figura 5) é muita maté ria orga nica ém suspénsa o.

O lévantaménto dé dados sécunda rios révélou a ocorré ncia dé 12 éspé ciés dé péixés no Igarapé Cararazinho: Hyphessobrycon sp., Crenuchus spirulus, Erythrinus erythrinus, Copella nattereri, Copella nigrofasciata, Nannostomus marginatus, Pyrhulina brevis, Rivulus sp¹, Rivulus sp², Gymnotus anguillaris, Helogenes marmoratus é Laetacara aff thayeri. A éspé ciés Hyphessobrycon sp. foi a mais abundanté, répréséntando 48% das ocorré ncias. Em comparaça o com outros igarapé s da régia o (Ig, Jacaré , Ig. Diamantino), o Ig. Cararazinho foi o qué apréséntou a maior riquéza (CRUZ, 2006).

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Figura 5. Igarapé Cararazinho. Local com mancha dé o léo na supérfí cié da a gua (a ésquérda).

4. CONCLUSÕES

Dé acordo com a Léi nº 12.305/2010, qué institui a Polí tica Nacional dé Résí duos So lidos, o

Atérro Municipal dé Santaré m na o possui uma disposiça o final adéquada aos réjéitos, pois o art. 9, désta léi visa a gésta o é gérénciaménto dos résí duos so lidos qué dévé séguir a séguinté prioridadé: na o géraça o, réduça o, réutilizaça o, réciclagém, trataménto dos résí duos so lidos é disposiça o final adéquada dos réjéitos.

Conformé a NBR – 8419 da Associaça o Brasiléira dé Normas Té cnicas, qué éstabélécé os crité rios dé funcionaménto dé um atérro sanita rio, o Atérro Péréma na o aténdé satisfatoriaménté aos padro és té cnicos. Pois alguns dos crité rios éstabélécidos nésta Norma sa o a criaça o dé um sis-téma dé drénagém é trataménto dé lixiviados é gasés, é a impérméabilizaça o dé fundo é latérais, para évitar qué o chorumé produza impactos no méio ambiénté, pois a pércolaça o désté lí quido podé ocasionar a poluiça o dé a guas subtérra néas é supérficiais, téndo altéraço és como: a diminui-ça o do téor dé oxigé nio dissolvido é altéraço és do écossistéma aqua tico (KJELDSEN ét al., 2002).

A poluiça o dé corpos d’a gua por pércolados dé atérros constitui um féno méno préocupanté qué démanda por éstudos té cnicos, pois o chorumé podé afétar dirétaménté o équilí brio dos écos-sistémas, é as pésquisas sobré a toxicidadé désté lí quido, ém organismos vivos dé ambiéntés aqu-a ticos, traz informaço és sobré séus possí véis éféitos génoto xicos (SANTOS, 2012; MACHADO, 2005; FINCKLER, 2002). Ségundo Bréntano (2006), pésquisas écotoxicolo gicas qué utilizam organismos aqua ticos sa o impréscindí véis na avaliaça o dos éféitos ambiéntais dé éfluéntés compléxos, como o chorumé, pois contribui na procura dé médidas qué minimizém na o so o impacto ambiéntal causado por éfluéntés to xicos, mas, també m, a garantia da manuténça o da vida aqua tica.

O biomonitoraménto vém séndo utilizado para avériguar a qualidadé ambiéntal a partir do uso dé organismos vivos. Os péixés té m sido éstudados com fréqué ncia no biomonitoraménto aqu-a tico, pois ésté ambiénté ésta éxposto a procéssos dé poluiça o dé divérsas substa ncias to xicas, como o chorumé (SANTOS, 2012). No caso do Igarapé Cararazinho, a dégradaça o ambiéntal podé lévar a éxtinça o local dé populaço és dé éspé ciés dé taxonomia confusa é/ou possivélménté éspé -ciés novas na o déscritas, tais como Hyphéssobrycon sp. é Rivulus sp.

Os éstudos dos ní véis dé contaminaça o é poluiça o ambiéntal ém uma a réa dé déspéjo dé lixo urbano, é dé sua conséquénté aça o sobré a sau dé da populaça o vizinha é apénas um dos énfoqués a sér dado a uma quésta o maior qué énvolvé problémas dé naturéza social, ambiéntal, sanita ria, polí tica é écono mica (SISSINO, 1996). A situaça o do Atérro Péréma énséja a nécéssidadé dé um

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programa dé biomonitoraménto, uma véz qué cada a réa dé déspéjo réprésénta um procésso dina -mico particular, influénciado por caractérí sticas locais pro prias.

Estudos futuros sa o récoméndados para qué séjam avaliados os impactos é ní véis dé altéra-ça o dos corpos d’a gua é da biota aqua tica, qué ésta o sob a influé ncia dé pércolados do Atérro Mu-nicipal dé Santaré m – PA.

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MACHADO, V. G. Determinação do potencial tóxico e genotóxico de líquido percolado gerado em aterramento sanitário de resíduos sólidos urbanos. Dissértaça o (Méstrado) - Univérsidadé Fédéral dé Santa Catarina, Floriano polis, 2005.

SEGATO, L.M.; SILVA, C.L. Caractérizaça o do chorumé do atérro sanita rio dé Bauru. In: CONGRESSO INTERAMERICANO DE ENGENHARIA SANITA RIA E AMBIENTAL, XXVII, 2000, Porto Alégré. ABES - Associaça o Brasiléira dé Engénharia Sanita ria é Ambiéntal, 2000. p. 1-9.

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SISSINO, C. L. S.; MOREIRA, J. C. Avaliaça o da contaminaça o é poluiça o ambiéntal na a réa dé influé ncia do atérro controlado do Morro do Cé u, Nitéro i, Brasil. Cad. Saúde Pública. Rio dé Janéiro, 12 (4): 515-523, out-déz, 1996.

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ANÁLISE DA QUALIDADE E POTABILIDADE DA ÁGUA DO IGARAPÉ PARACURI, BELÉM-PA

Aline Mamede de Moraes1 *, Andréa de Souza Fagundes1

1 Instituto dé Estudos Supériorés da Amazo nia, IESAM, Bélé m, Para

*E-mail: mamédéaliné@gmail.com

1. INTRODUÇÃO

O térrito rio da régia o métropolitana dé Bélé m sofré uma éxpréssiva influé ncia dé séus rios, igarapé s, baí as é bacias hidrogra ficas, dévido ao fato ém particular déssa régia o sér toda circundada por éssés corpos hí dricos. Ainda qué éssa caractérí stica séja bastanté rélévanté, na o foi trabalhado ém conjunto com o crésciménto populacional désta cidadé, o qué gérou é continua gérando uma sé rié dé problémas rélacionados a qualidadé déssas a guas. Baséado ém Péréira (2003), obsérvou-sé qué com o grandé crésciménto populacional na régia o métropolitana dé Bélé m, ocorréu um déslocaménto da populaça o para as a réas mais afastadas do céntro. Essé déslocaménto na o planéjado també m na o acompanhou os invéstiméntos nécéssa rios para a infraéstrutura déssés locais, résultando ém a réas dénsaménté ocupadas é ambiéntalménté désprotégidas. O résultado déssas aço és é facilménté éncontrado no bairro do Paracuri, poré m é ainda mais éxpréssivo na comunidadé do Paracuri III, foco désté présénté trabalho. Nésté céna rio nota-sé dé imédiato qué a populaça o résidénté do local construiu suas résidé ncias sobré a réas alagadas, sém abastéciménto dé a gua, coléta dé ésgoto é dé lixo, configurando a falta dé infraéstrutura ba sica para a mí nima qualidadé dé vida. Conformé Paiva (2002), todos éssés fatorés résultam ém préjuí zos para o écossistéma, como o désmataménto das margéns dos igarapé s, a poluiça o do solo é da a gua, també m o auménto do procésso érosivo nas margéns dos igarapé s, éntré outros. Préjudicando també m a sau dé déssa populaça o, obsérvado com o alto í ndicé dé doénças dé véiculaça o hí drica. Nésté séntido, a pésquisa séra réalizada por méio dé aplicaça o dé quéstiona rio so cio-écono mico é colétas dé a gua ém um ponto bém pro ximo a s résidé ncias. Apo s ana lisé déssas amostras, os dados obtidos séra o intérprétados conformé a caractérí stica socioécono mica déssa comunidadé, baséando-sé també m na Résoluça o CONAMA nº 357/05, qué dispo é sobré a classificaça o dos corpos dé a gua é dirétrizés ambiéntais para o séu énquadraménto, bém como éstabélécé as condiço és é padro és dé lançaménto dé éfluéntés é da outras providé ncias, é ainda da Portaria nº 2.914/11 do Ministé rio da sau dé, qué dispo é sobré os procédiméntos dé controlé é dé vigila ncia da qualidadé da a gua para consumo humano é séu padra o dé potabilidadé.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Área de estudo

O trabalho foi réalizado no bairro do Paracuri com é nfasé na comunidadé do Paracuri III (Figura 1), localizado as margéns da rodovia Arthur Bérnardés no distrito dé Icoaraci qué é parté intégranté da régia o métropolitana dé Bélé m. Ségundo Matta ét al. (2004), a bacia hidrogra fica do Paracuri corréspondé a uma a réa dé 14,60 km² dé éxténsa o, séndo 1,02 km² (6,99%) dé a réa alaga vél é 13,58 km² (93,01%) dé a réa na o alaga vél. A bacia é formada pélos bairros do Paracuri, Parqué Guajara , Agulha é parté dos bairros do Parqué Vérdé, Tapana , é Ponta Grossa é també m pélos igarapé s Paracuri é Livraménto. Esta bacia sofré forté influé ncia da baí a do Guajara , qué por

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sua véz réprésénta uma das maiorés bacias do municí pio dé Bélé m, possuindo uma populaça o éstimada dé 200.000 habitantés.

Figura 1. Localizaça o da comunidadé Paracuri III no Bairro do Paracuri.

Fonté: Esté trabalho.

2.2 Coleta de dados

Na coléta dé dados, foram priméiraménté lévantados dados prima rios dé consultas bibliogra ficas é postériorménté para comprééndér mélhor o céna rio éstudado, foi réalizada uma visita dé campo, com o apoio da lí dér comunita ria, ondé sé obtévé rélatos orais dé moradorés qué habitam as margéns do igarapé Paracuri, é com a aplicaça o dé quéstiona rios com o intuito dé conhécér a dina mica déssa comunidadé é traçar um pérfil so cio écono mico.

No quéstiona rio é éntrévistas aplicados ém campo, foram propostas algumas pérguntas qué visaram idéntificar para qué fim a a gua do rio vinha séndo utilizada é sé éxisté algum tipo dé trataménto atribuí do a ésta a gua, sé ha rélatos dé doénças na comunidadé é caso éxista, com qué fréqué ncia. E intéréssanté sabér també m o grau dé éscolaridadé, a rénda ménsal é qual a infraéstrutura ba sica a qual éssa comunidadé dispo é.

2.3. Coleta de amostras

Foram réalizadas duas colétas séméstrais, ém um ponto do igarapé bém pro ximo a s moradias. A priméira coléta ocorréu no mé s dé maio é a ségunda ém sétémbro. A variaça o do pérí odo sé déu dévido ao régimé dé chuva da régia o, ondé no priméiro séméstré corréspondé ao pérí odo mais chuvoso é o ségundo séméstré corréspondé a um pérí odo ménos chuvoso, répréséntando, portanto, um importanté fator a sér considérado na intérprétaça o final dos résultados obtidos com as ana lisés.

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2.4. Métodos utilizados

As amostras foram analisadas no laborato rio dé Microbiologia é Qualidadé da A gua do IESAM (Instituto dé Estudos Supériorés da Amazo nia). As ana lisés qué foram émprégadas sa o: as bactériolo gicas (coliformés fécais é totais), é para métros fí sico-quí micos (pH, alcalinidadé, cor, turbidéz, DBO, OD, condutividadé, cloréto, duréza, so lido sédiméntar é so lidos totais). Os mé todos utilizados ésta o déscritos na Tabéla 1.

Tabéla 1. Para métros é mé todos utilizados para a ana lisé da qualidadé da a gua.

Parâmetros Métodos

Témpératura Poténciométria

So lidos Dissolvido Poténciométria

pH Poténciométria

Condutividadé Poténciométria

Salinidadé Poténciométria

Oxigé nio Dissolvido Titulométria

Cor Vérdadéira é Aparénté Espéctéofotométria

Turbidéz Espéctéofotométria

Duréza Titulométria com EDTA

Alcalinidadé Titulométria com H2SO4 Cloréto Mé todo dé Mohr

3. RESULTADOS PARCIAIS E DISCUSSÃO

A séguir séra o apréséntados os résultados parciais obtidos duranté as visitas a comunidadé. Dé acordo com o quéstiona rio é a éntrévista, foi obsérvado, qué éssés moradorés énfréntam um grandé probléma dé abastéciménto, na o dispondo dé a gua éncanada, fazéndo com qué a u nica a gua utilizada por élés séja a do igarapé é élés a utilizam para quasé tudo, alguns qué possuém condiço és compram a gua para bébér é para cozinhar outros na o, é o u nico trataménto dado é a adiça o dé cloro réalizado por élés pro prios (figuras 3 é 4).

Figura 3 . Cloro utilizado pélos moradorés. Figura 4. Récipiénté ondé é féito a adiça o do cloro.

Foi constatado també m qué muitas crianças tomam banho néssé igarapé , ou séja, utilizam ésté corpo d’a gua para récréaça o como mostra as figuras 5 é 6, é muitas délas ja foram acométidas por doénças dé véiculaça o hí drica.

As principais pérguntas qué compuséram o quéstiona rio utilizado duranté as visitas dé campo, ésta o déscritas abaixo por méio dé gra fico (Figura 7), juntaménté com a porcéntagém équivalénté das réspostas obtidas.

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Com a visita ao local, foi possí vél obsérvar qué muitas moradias (palafitas) apréséntam séus banhéiros no fundo da casa (Figura 8), ondé o déscarté é féito dirétaménté no igarapé , sém nénhum trataménto, caractérizando por tanto uma poténcial fonté poluidora. Na Figura 9 obsérva-sé principalménté a diférénça dé turbidéz éntré as amostras.

Nas tabélas 2 é 3 ésta o déscriminados os résultados obtidos com as ana lisés das amostras colétadas na priméira campanha, qué ocorréu no mé s dé maio, répréséntando o priméiro séméstré dé 2013, ondé para éssa régia o, caractériza um pérí odo dé muitas chuvas. E importanté citar qué ésté corpo hí drico sé énquadra na Classé 2 conformé a Résoluça o CONAMA nº 357/05, portanto todas as amostras foram analisadas ségundo ésta classificaça o.

Figura 5. Criança tomando banho no igarapé . Figura 6. Crianças brincando pro ximas as palafitas.

Figura 7. Gra fico com o pércéntual sobré o uso da a gua do igarapé Paracuri.

0,2

0,35

0,5

0,001

0,8

0,65

0,5

0,999

Há Tratamento na água

Utilizam para Consumo Humano

Utilizam para Recreação

Utilizam para algum fim

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

SIM

NÃO

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Figura 8. Foto dé um dos banhéiros. Figura 9. A gua bruta (1) é A gua tratada (2).

Tabéla 2. Résultado da amostra dé a gua bruta. Água Bruta 01 V.M.P

Condutividadé 22,5 us -

Témpératura 24,7 ºC -

Salinidadé 2,20% Igual ou inférior a 0,50/00

So lidos dissolvidos 1,57 mg/L 500 mg/L

DQO 49 mg/L -

OD 6,7 mg/L Na o inférior a 5

Turbidez 150 uT 100 uT Cor verdadeira 156 uc 75 uc

Cor aparénté 157 uc -

Cloréto 10,6 mg/L 250 mg/L

Duréza 3 mg/L -

pH 5,5 6 a 9

Alcalinidadé 17 mg/L -

Coliformés fécais 300 NMP 1000 NMP

Coliformés totais 300 NMP 5000 NMP

Tabéla 3. Résultado da amostra dé a gua com cloro. Água Bruta 01 V.M.P

Condutividadé 48,2 us -

Témpératura 24,9 ºC -

Salinidadé 3,20% -

So lidos dissolvidos 24,4 mg/L 1000 mg/L

DQO 48 mg/L -

OD 7,5 mg/L -

Turbidéz 0,99 uT 5,0 uT

Cor vérdadéira 13 uc -

Cor aparénté 22 uc 15 uc

Cloréto 3,5 mg/L 250 mg/L

Duréza 2 mg/L 500 mg/L

pH 4,28 6 a 9,5

Alcalinidadé 8 mg/L -

Coliformes fecais 50 NMP 0 NMP Coliformes totais 50 NMP 0 NMP

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Analisando os résultados apréséntados na Tabéla 2, é possí vél constatar qué os valorés dé turbidéz é cor vérdadéira na o ésta o dé acordo com os valorés éstabélécidos péla Résoluça o CONAMA nº 357/05, résoluça o qué foi utilizada como valorés dé référé ncias. Os para métros dé cor vérdadéira é turbidéz sa o importantés para détérminar sé ha algum tipo dé intérféré ncia préjudicial a sau dé, quando dé origém antropogé nica, qué ésta dirétaménté ligado a ésgotos domé sticos é/ou a éfluéntés industriais. Quando éssé cara tér dé cor é atribuí do dé forma natural, ésté aspécto na o conféré riscos a sau dé.

As ana lisés das a guas qué ésta o com a adiça o dé cloro, apréséntaram résultados com valor dé 50 NMP para coliformés fécais é totais. Essé valor ésta acima dos valorés éstabélécidos péla Portaria nº 2.914/11 do Ministé rio da Sau dé, éstando ém désacordo com a législaça o. Com isso, é possí vél dizér qué o padra o dé potabilidadé é a ausé ncia déssé indicador, é sua présénça ésta atrélada a microrganismos patogé nicos préjudiciais a sau dé humana.

4. CONCLUSÕES

Foi possí vél obsérvar qué 99,9 % da comunidadé do Paracuri III utilizam éssa a gua para quasé todas as atividadés domé sticas, ondé o trataménto é apénas a adiça o dé cloro é ném sémpré é féita dé manéira corréta. As ana lisés dos résultados da a gua bruta mostraram qué ha pouca discrépa ncia éntré os valorés éncontrados é os qué sa o éstabélécidos péla Résoluça o CONAMA nº 357/05, fato qué podé sér justificado por possí véis érros nos procéssos dé ana lisés. Ja as ana lisés com a amostra dé a gua tratada, apréséntaram valorés fí sico-quí micos qué també m na o sé diférénciam muito dos éstabélécidos na Portaria nº 2.914/11 do Ministé rio da Sau dé, a qual na o admité qualquér unidadé dé coliformés, é os résultados mostram présénça déstés, fazéndo com qué a a gua na o fiqué déntro dos padro és para consumo humano.

REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministé rio do Estado da Sau dé. Portaria nº 2.914, dé 12 dé dézémbro dé 2011. Dispo é sobré os procédiméntos dé controlé é dé vigila ncia da qualidadé da a gua para consumo humano é séu padra o dé potabilidadé. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 14 déz. 2011.

MATTA, M.A.S.; ALMEIDA, F.M.; DIAS. E.R.F.; BANDEIRA, I.C.N.; FIGUEIREDO, A.B. Géométria dos Sistémas Aqu í féros da Bacia Hidrogra fica do Paracuri-Bélé m/Pa, como basé para uma Proposta dé Abastéciménto dé A gua Subtérra néa. In: Congrésso Brasiléiro dé A guas Subtérra néa, 13., 2004, Cuiaba . Anais eletrônicos… Cuiaba : Associaça o Brasiliéra dé A guas Subtérra néas, 2004. Disponí vél ém: <https://aguassubtérranéas.abas.org/asubtérranéas/articlé/viéw/23486>.

PAIVA, K. Ana lisé Géoambiéntal da Bacia do Igarapé Paracuri, Distrito dé Icoaraci, Bélé m-Pa; Subsí dios para um Désénvolviménto Urbano Susténta vél. Revista Científica da UFPA, v. 3, 2002. Disponí vél ém: <http://www.cultura.ufpa.br/rciéntifica/cabécalho.php?contéudo=10.87>.

PEREIRA, J.A.R. Saneamento ambiental em áreas urbanas: esgotamento sanitário na Região Metropolitana de Belém. 2003. Bélé m: UFPA, NUMA, EDUFPA, 2003, 205 p.

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ANÁLISE DOS POSSÍVEIS IMPACTOS DECORRENTES DO FUNCIONAMENTO DO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE PORTEL (PA)

Clailma de Jesus Costa Castro1 *, Diana da Luz Figueiredo1,

Samantha de Oliverira Moreira1, Maria da Conceição Rodrigues Pereira2, Maria do Socorro Bezerra Lopes3, Márcia Valéria Porto de Oliveira Cunha3

1 Instituto Fédéral dé Educaça o, Cié ncia é Técnologia do Para , Curso dé Técnologia ém Sanéaménto Ambiéntal, Bélé m, Para

2 Univérsidad dé Ciéncias Emprésarialés Y Socialés,UCES/AR 3 Instituto Fédéral dé Educaça o, Cié ncia é Técnologia do Para , IFPA, Bélé m, Para

*E-mail: claijé[email protected]

1. INTRODUÇÃO

Os cémité rios podém gérar impactos ambiéntais causados péla géraça o dé lí quidos décompostos no solo como o nécrochorumé, principalménté ém térmos dé altéraço és fí sicas, quí micas é biolo gicas, tanto no solo, quanto nas a guas subtérra néas é supérficiais, pélo procésso dé infiltraça o, réquéréndo assim, maior aténça o, na o so dos o rga os municipal, éstadual é fédéral, bém como dé toda a sociédadé na téntativa dé minimizar os problémas ambiéntais é auméntar a qualidadé dé vida das populaço és urbanas (PALMA, 2011). Sobrétudo, possibilitar intéraça o das résponsabilidadés ambiéntais aos cumpriméntos dos quésitos légais é normatizados a ésté tipo dé implantaça o.

O désénvolviménto dé pésquisas qué vénham subsidiar a aplicabilidadé légal por méio dos o rga os é instituiço és résponsa véis també m é outro fator prépondéranté na protéça o désté méio, visto até mésmo como uma quésta o dé sau dé pu blica.

A présénté pésquisa tém como objétivo analisar os possí véis impactos décorréntés do funcionaménto do cémité rio municipal dé Portél, localizado no éstado do Para .

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Local da Pesquisa

A pésquisa foi réalizada no cémité rio localizado na Avénida Augusto Monténégro ém frénté a praia do Arucara , no municí pio dé Portél, éstado do Para . O municí pio dé Portél possui uma a réa dé 25.384,865 km², com populaça o équivalénté a 59.322 habitantés dé acordo com o cénso dé 2016 do IBGE. Na Figura 1 podémos obsérvar o municí pio dé Portél é na Figura 2 a localizaça o do cémité rio.

2.2. Pesquisa Documental na Gestão do Cemitério

A Résoluça o CONAMA nº 237/1997 dispo é sobré a révisa o é compléméntaça o dos procédiméntos é crité rios utilizados para o licénciaménto ambiéntal. Esté quésito foi fundaméntal ao mapéaménto dé légalizaça o do cémité rio dé Portél no Para .

Na Sécrétaria dé Estado dé Méio Ambiénté é Susténtabilidadé-SEMAS, na o foi évidénciado nos sistémas dé protocolo algum tipo dé licénciaménto da infraéstrutura, poré m, foi disponibilizado o Térmo dé Référé ncia dé Estudo dé Impacto Ambiéntal-EIA, qué abrangé: Idéntificaça o do Emprééndédor, Emprésa Consultoria é Equipé Té cnica; Informaço és sobré o

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Emprééndiménto; Régulaméntaça o Aplica vél; Caractérizaça o do Emprééndiménto; A réa dé Estudo é A réa Dirétaménté Afétada; A réas dé Influé ncia; Diagno stico Ambiéntal; Ana lisé Intégrada; Avaliaça o dé Impacto Ambiéntal é Progno stico Ambiéntal; Ana lisé dé Risco; Médidas Mitigadoras, Compénsato ria é Programas dé Controlé é dé Monitoraménto.

Dé 10/2016 a 02/2017, foram réalizadas consultas nos o rga os locais dé Portél: Sécrétaria Municipal dé Méio Ambiénté-SEMA, Sécrétaria dé Estraté gia é Planéjaménto é Vigila ncia Sanita ria. Ségundo os dados colétados, constatou-sé qué o cémité rio na o sé éncontra ém situaça o régular junto aos o rga os compéntétés. Ja a Vigila ncia Sanita ria informa qué ana lisés dé balnéabilidadé sa o aplicadas com régularidadé ém praias pro ximas ao cémité rio.

Figura 1. Municí pio dé Portél/PA. Figura 2. Localizaça o do cémité rio dé Portél/PA.

Fonté: Googlé Earth (2018). Fonté: Googlé Earth (2018).

2.3. Treinamentos

Para qué todas as étapas fossém alcançadas, foram réalizados tréinaméntos dé habilidadé no Instituto Fédéral dé Educaça o, Cié ncia é Técnologia do Para -IFPA (Campus Bélé m), atravé s da consultoria éspécializada Bioquality Sérviços, no pérí odo dé 31/10/2016 a 22/11/2016, com objétivo dé capacitar as alunas bolsistas quanto a forma dé mapéaménto ambiéntal éspécí fico ao tipo dé éstudo, tais como: “Gésta o dé Impactos Socioambiéntais: Sistéma dé Gésta o Ambiéntal – SGA; Licénciaménto Ambiéntal; Gésta o dé Riscos – Analisé crí tica dé Céna rios; Ana lisés dé Aspéctos é Impactos Ambiéntais; Educaça o Ambiéntal”.

2.4. Relatório Fotográfico

O rélato rio fotogra fico foi réalizado no pérí odo dé 12/02/2017, séndo évidénciada a a réa dé pésquisa, como: a réa intérna é éxtérna do cémité rio é pontos dé colétas das amostras dé a gua da praia Arucara é dé résidé ncias do éntorno, acarrétando uma visa o ampliada do cémité rio ao énténdiménto dé situaça o dos aspéctos ambiéntais.

2.5. Aplicação de Questionário

A aplicaça o do quéstiona rio sérviu dé basé para éstudos como: ana lisé da pércépça o da comunidadé é éstimativa da influé ncia da a réa ém éstudo para a comunidadé. As informaço és colétadas foram organizadas ém softwares como o EPI INFO é o Microsoft Officé Excél. Foi aplicaça o

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um quéstiona rio com o total dé 10 pérguntas ém 19 résidé ncias localizadas no éntorno do cémité rio.

2.6. Análise Laboratorial

Foram colétadas amostras dé a gua no dia 14/02/2017, ém tré s pontos. O Ponto 1 corréspondé a Praia dé Arucara , é os pontos 3 é 4 corréspondém aos poços das casas localizadas no éntorno do cémité rio. Nas figuras 3 é 4 sa o mostradas a coléta é a consérvaça o das amostras dé a gua da praia do Arucara .

Para as ana lisés, foram adotadas as té cnicas déscritas por Apha (1998). As ana lisés foram réalizadas nos laborato rios da Prismatéc Técnologia Ambiéntal, détérminando os séguintés para métros fí sico-quí mico é bactériolo gico:

• Para métros Fí sico-Quí micos: Acidéz, Alcalinidadé Total, Clorétos, Cloro Résidual, Condutividadé, Cor aparénté, Duréza Total (Ca lcio é Magné sio), Nitrato, Nitrogé nio Amoniacal (Amo nia), Odor, PH, So lidos Totais Dissolvidos, Sulfétos, Témpératura é Turbidéz;

• Para métros Microbiolo gicos: Coliformés Térmotolérantés é Coliformés Totais.

Figura 3. Coléta da Amostra do Ponto 1. Figura 4. Consérvaça o das Amostras.

Fonté: Esté trabalho. Fonté: Esté trabalho.

2.7. Análise de Aspectos e Impactos Ambientais

O aspécto ambiéntal é o éléménto das atividadés, produtos ou sérviços dé uma organizaça o, qué intéragé ou podé intéragir com o méio ambiénté, é o impacto ambiéntal é a modificaça o no méio ambiénté, tanto advérsa como béné fica, total ou parcialménté résultanté dos aspéctos ambiéntais dé uma organizaça o. O réquisito té cnico é fundaménto do Sistéma dé Gésta o Ambiéntal, téndo nas prémissas: Etapas das atividadés; Impactos Réais é Poténciais Significativos; Médidas Mitigadoras é Chéqué dé Taréfas com aço és a sérém programadas é réalizadas a s régularizaço és pértinéntés aos danos prova véis pélo funcionaménto da référida atividadé ém suas a réas dé influé ncias dirétas é indirétas. Esté lévantaménto é fundaméntal a s aço és imédiatas dé régularizaça o ém casos dé néutralizaça o dé zonas crí ticas qué possam comprométér o méio ambiénté, éliminando passivos ambiéntais, séndo mapéados os séguintés pontos: A réa do cémité rio; A réa da Comunidadé; é A réa do Rio Arucara . O mapa lévantado pérmitiu idéntificar as contaminaço és é/ou poluiço és prova véis, séndo subsí dios a s tomadas dé aço és nas médidas dé mitigaço és nécéssa rias.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O lévantaménto da gésta o do cémité rio tévé fundaménto a légalidadé désta infraéstrutura junto aos o rga os ambiéntais é sanita rios quanto a éxisté ncia dé licénça. Constatou-sé, portanto, qué o cémité rio na o possui licénças épécí ficas para o séu fucionaménto (p. éxémplo, LI, LO, Outorga dé Diréito, étc). Para sua régularizaça o, dévé sér adotado o Térmo dé Référé ncia da SEMAS, atravé s dos Estudos dé Impactos Ambiéntal – EIA, consolidado ao rotéiro mí nimo pra licénciaménto.

Obsérvou-sé ainda na visita in loco, aspéctos indicativos dé contaminaça o ambiéntal, tais como, présénça dé agéntés portadorés dé doénças, éspécialménté ratos é criadouros dé mosquito Aédis Egypti.

Dé acordo com lévantaménto réalizado, 79% dos éntrévistados utilizam a gua dé poço artésiano é 21% sa o aténdidos péla Companhia dé Sanéaménto do Para -COSANPA. Nénhum dos éntrévistados utiliza Poço Amazonas.

Quanto a s doénças dé véiculaça o hí drica, apénas 16% dos éntrévistados informaram qué ja contrariaram algum tipo dé doénça.

Dos para métros avaliados, soménté o pH apréséntou valorés abaixo do limité éstabélécido péla Portaria nº 2.914/11 do Ministé rio da Sau dé. O Ponto 1 (praia dé Arucara ) apréséntou pH dé 9,2 é os pontos 3 é 4, qué corréspondém as résidé ncias no éntorno do cémité rio, apréséntaram pH dé 5,85 é 5,57, réspéctivaménté. Dé acordo com a Portaria nº 2.914/2011 do Ministé rio da Sau dé, os valorés dé pH sé éncontram abaixo do limité.

4. CONCLUSÃO

O lévantaménto do éstudo do cémité rio do municí pio dé Portél pérmitiu um mapéaménto ambiéntal dé légalidadé Estadual é Municipal. As invéstigaço és indicaram qué o cémité rio aprésénta uma infraéstrutura antiga é qué na o aprésénta qualquér tipo dé licénça.

Os aspéctos infraéstruturais é indicadorés laboratoriais tém aténça o péla présénça résidual no ambiénté é atrativos aos vétorés dé doénças. E nécéssa rio réalizar o lévantaménto géofí sico do local, pois com o caminhaménto géofí sico séra idéntificada a diréça o é o séntido do aquí féro subtérra néo. O fato dé sé tratar dé infraéstrutura antiga é sém licénciaménto, sugéré-sé a nécéssidadé dé infraéstrutura nova aos padro és sanita rios é ambiéntais, é ém a réa adéquada.

REFERÊNCIAS

APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 1998. American Public Health Association, American Water Works Association, Water Environmental Association, 20th Edition. Washington.

BRASIL. Ministé rio do Estado da Sau dé. Portaria nº 2.914, dé 12 dé dézémbro dé 2011. Dispo é sobré os procédiméntos dé controlé é dé vigila ncia da qualidadé da a gua para consumo humano é séu padra o dé potabilidadé. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 14 déz. 2011.

BRASIL. Léi nº 12.305, dé 2 dé agosto dé 2010. Institui a Polí tica Nacional dé Résí duos So lidos; altéra a Léi no 9.605, dé 12 dé févéréiro dé 1998; é da outras providé ncias. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 3 ago. 2010.

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BRASIL. Consélho Nacional do Méio Ambiénté. Resolução nº 237, dé 19 dé dézémbro dé 1997. Dispo é sobré a révisa o é compléméntaça o dos procédiméntos é crité rios utilizados para o licénciaménto ambiéntal. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 22 déz. 1997.

BRASIL. Consélho Nacional do Méio Ambiénté. Resolução nº 357, dé 17 dé março dé 2005. Dispo é sobré a classificaça o dos corpos dé a gua é dirétrizés ambiéntais para o séu énquadraménto, bém como éstabélécé as condiço és é padro és dé lançaménto dé éfluéntés, é da outras providé ncias. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 18 mar. 2005.

PALMA, S.R. A saudade ecologicamente correta: a educação ambiental e os problemas ambientais em cemitérios. 2011. 86f. Trabalho dé Conclusa o dé Curso (Espécializaça o) – Univérsidadé Fédéral dé Santa Maria, Céntro dé Cié ncias Rurais, Programa dé Po s-Graduaça o ém Educaça o Ambiéntal, Santa Maria, 2011.

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CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES LEGAIS E AMBIENTAIS DOS LAVA A JATOS DO BAIRRO DO MARCO, BELÉM-PARÁ

Nicole de Lima da Silva1 , Gessica da Silva e Silva1*, Ocielma de Cássia da Silva2

1 Univérsidadé do Estado do Para , UEPA, Bélé m, Para

2 Instituto Técnolo gico é Ambiéntal da Amazo nia, ITAM, Bélé m, Para

*E-mail: géssicaé[email protected]

1. INTRODUÇÃO

Os lava a jatos sa o fonté dé rénda é émprégos, por isso coopéram para o progrésso écono mico local (NEGREIROS ét al., 2010). E importanté qué éstéjam adéquados aos princí pios ambiéntais dé produça o susténta vél, buscando diminuir o consumo dé a gua, por méio dé procéssos mais éficiéntés, como a réutilizaça o dé a gua (ASEVEDO é JERO NIMO, 2012).

Dé acordo com a Résoluça o nº 362/05 do Consélho Nacional do Méio Ambiénté (CONAMA), ficam proibidos quaisquér déscartés dé o léos usados ou contaminados ém solos, subsolos, nos corpos da a gua é nos sistémas dé ésgoto ou évacuaça o dé a guas résiduais. Na o podém sér implantados ém lugarés com solo sém cobértura, assim como dévé possuir ém suas instalaço és caixas dé aréia para rétér o matérial mais pésado résultanté da lavagém dos automo véis, como també m caixas séparadoras dé a gua é o léo é um plano dé gérénciaménto dé résí duos so lidos (ASEVEDO é JERO NIMO, 2012).

Conformé a Léi municipal dé Bélé m nº 7.690 dé 17 dé janéiro dé 1994 ém séu Art. 1ᵒ “as émprésas dé lavagém dé véí culos automotorés, tipo lava a jato é postos dé gasolina qué éxércém ésta atividadé comércialménté, ficam proibidas dé usar, para ésté fim, a a gua tratada do sistéma dé abastéciménto pu blico”.

Assim, a pésquisa torna-sé rélévanté, pois os lava a jatos sa o uma fonté dé éxploraça o dos récursos hí dricos, bém como dé produça o dé résí duos so lidos é éfluéntés com poténciais substa ncias contaminantés para o méio ambiénté. Com basé nisso, os objétivos désté éstudo foram réalizar um diagno stico das condiço és ambiéntais dos pontos dé lava a jatos na Avénida Joa o Paulo II, no bairro do Marco, no municí pio dé Bélé m-Para .

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Foram éntrévistados propriéta rios dé 11 lava a jatos localizados na Av. Joa o Paulo II, no bairro do Marco. Por méio dé rélato rio éstruturado, com onzé pérguntas ordénadas para obténça o das informaço és éspécí ficas. Alé m disso, foi réalizada uma éntrévista com a té cnica da Géré ncia dé Projétos Industriais da Sécrétaria dé Estado é Méio Ambiénté é Susténtabilidadé - SEMAS para a cértificaça o do licénciaménto dos pontos éstudados.

Os réquisitos considérados na pésquisa para o diagno stico das condiço és ambiéntais é cumpriménto légal foram:

• A fonté dé a gua utilizada na atividadé;

• A déstinaça o dos éfluéntés é résí duos;

• Sé os éfluéntés originados das lavagéns récébém trataménto (Caixa dé aréia é filtro);

• Apréséntaça o dé outorga é alvara dé funcionaménto.

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A ana lisé é a intérprétaça o dos dados foram féitas com basé ém bibliografias éspécí ficas é législaço és ambiéntais como a Léi nº 12.305 dé 2010 qué instituiu a Polí tica Nacional dé Résí duos So lidos (PNRS), a Léi municipal nº 7.690 dé 1994 é a Résoluça o CONAMA nº 362 dé 2005, para qué fossé possí vél obsérvar sé o funcionaménto dos éstabéléciméntos pésquisados dé acordo com as éxigé ncias légais é ambiéntais.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Por sér uma atividadé écono mica, é nécéssa ria a apréséntaça o dé Cértida o ou Alvara dé funcionaménto émitido péla Préféitura Municipal, déclarando qué o local é o tipo dé émprééndiménto ésta o ém conformidadé com a législaça o aplica vél ao uso é ocupaça o do solo. Poré m, conformé a Figura 1, apénas um dos onzé lava a jatos visitados possuí a alvara dé funcionaménto.

Figura 1. Nu méro dé lava a jatos com alvara dé funcionaménto.

Vérifica-sé qué o cumpriménto légal é o gérénciaménto adéquado dos récursos hí dricos

na o ésta o séndo éfétivados. Conformé a Figura 2, tais émprééndiméntos faziam uso dé a gua tratada fornécida péla Companhia dé Sanéaménto do Para (COSANPA).

Figura 2. Fonté da a gua utilizada na atividadé.

10

1

0

2

4

6

8

10

12

Não possui

Alvará

Possui Alvará

mer

o d

e L

ava a

jato

s

Não possui Alvará

Possui Alvará

9;82%

2;18%Poço

Cosanpa

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Obsérva-sé qué 9 dos 11 pontos utilizam a gua provéniénté dé résérvas subtérra néas para o désénvolviménto das atividadés. Entrétanto, dé acordo com o qué éstipula a Léi nº 7.690 dé 17 dé janéiro dé 1994, os postos é émprésas dé lavagéns dé carro sa o obrigados a utilizar ém séus sérviços a guas provéniéntés dé poços.

A Figura 3 mostra qué apénas um émprééndiménto possuí a outorga dé diréito dé uso émitida péla Sécrétaria dé Estado dé Méio Ambiénté é Susténtabilidadé do Para – SEMAS/PA, para uso régular dé a gua subtérra néa.

Figura 3. Nu méro dé poços com outorgas

Logo, a maioria dos lava a jatos pésquisados éncontram-sé ém situaça o irrégular, pois na o

ésta o cumprindo com as éxigé ncias éstabélécidas para a utilizaça o dos récursos hí dricos. Réssalta-sé qué mésmo qué éstés possuí ssém outorga, na o séria dispénsada é substituí da a obrigaça o dos lava a jatos ém apréséntar cértido és, alvara s ou licénça dé qualquér naturéza, éxigidos péla législaça o fédéral, éstadual é municipal.

Quanto ao gérénciaménto dos résí duos so lidos, na o foi constatado ém nénhum éstabéléciménto qualquér tipo dé sistéma déstinado ao trataménto do éfluénté gérado para possí vél réuso. Conformé apréséntado na Figura 4, o déspéjo dé éfluénté na rua, é o principal tipo dé disposiça o final.

Figura 4. Déstinaça o dos éfluéntés gérados nas lavagéns.

A aça o dé déscartar o éfluénté gérado dirétaménté na rua géra impactos locais, como alagaménto dé valas é altéraça o da éstrutura fí sica é quí mica da camada dé asfalto, facilitando com

1

8

Possui outorga Não possui outorga

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

mer

o d

e L

ava

a Ja

tos

Lavajatos com poço

8;73%

3;27%Caixa de areia

Filtro

Rua

Meio fio

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qué o éfluénté gérado infiltré-sé no solo podéndo provocar a sua contaminaça o, uma véz qué constantéménté éstés apréséntam grandé quantidadé dé matérial oléoso provéniénté dé véí culos automotivos.

Na o foram éncontradas nos éstabéléciméntos caixa dé aréia, caixas séparadoras dé a gua é o léo é filtros, os quais sa o éxigé ncias légais para a minizar os impactos no méio ambiénté provocados por résí duos oléosos. Dianté disso, comprova-sé a irrégularidadé quanto a disposiça o final déssés résí duos pélos lava-jatos, por na o cumprirém com o qué é prévisto na PNRS ondé é “proibido lançaménto in natura a cé u abérto dé résí duos, éxcétuados casos prévistos ém léi.”

Na Figura 5 ésta o os matériais mais utilizado nas limpézas réalizadas nos lava jatos. O saba o lí quido é o produto mais utilizados, dévido ao custo sér ménor quando comparados aos outros.

Figura 5. Produtos quí micos utilizados na limpéza.

Réssalta-sé qué nénhum propriéta rio admitiu o uso déssé matérial por sér ménos danoso ao méio ambiénté, o qué démonstra a falta dé compromisso ém gérar ménos impactos ambiéntais na a réa ao éntorno dé ondé sa o réalizadas as atividadés dos lava a jatos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com basé no qué foi obsérvado in loco é nos résultados, é possí vél concluir qué ha um céna rio dé négligé ncia da législaça o ambiéntal nos pontos dé lava a jatos éstudados. Ha falhas référéntés ao gérénciaménto dé récursos hí dricos, résí duos so lidos é licénciaméntos dos émprééndiméntos. Obtévé-sé um diagno stico négativo da ségrégaça o é déstinaça o dos résí duos, instalaça o dé piso é caixas dé aréia, alé m da négligé ncia ém rélaça o aos récursos hí dricos, pois as maiorias das émprésas na o possuí am alvara é outorga para o séu funcionaménto é uso dos récursos hí dricos.

REFERÊNCIAS

ASEVEDO, K.C.S.; JERO NIMO, C.E.M. Diagno stico ambiéntal dé postos dé lavagém dé véí culos (lava-jatos) ém Natal-RN. Scientia Plena, v. 8, n. 11, 119912, 2012.

BRASIL. Consélho Nacional do Méio Ambiénté. Resolução nº 362, dé 23 dé junho dé 2005. Dispo é sobré o récolhiménto, coléta é déstinaça o final dé o léo lubrificanté usado ou contaminado. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 27 jun. 2005.

5

3

2

Sabão Liquido Sabão neutro Sabão em pó 0

1

2

3

4

5

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mer

o d

e la

va ja

tos

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BRASIL. Léi nº 12.305, dé 2 dé agosto dé 2010. Institui a Polí tica Nacional dé Résí duos So lidos; altéra a Léi no 9.605, dé 12 dé févéréiro dé 1998; é da outras providé ncias. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 3 ago. 2010.

BELE M. Léi nº 7.690, dé 17 dé janéiro dé 1994. Détérmina a obrigatoriédadé dos postos é émprésas

dé lavagém dé carro a utilizarém ém séus sérviços a gua dé poço. Bélé m, 1994. NEGREIROS, A.B.; NASCIMENTO, A.F.; SILVA, R.F.; DINIZ, M.A.R. Problématizaça o Ambiéntal Dos

Lava-Jatos Da Cidadé Dé Floriano-Pi. In: Congrésso dé Pésquisa é Inovaça o da Rédé Norté Nordésté dé Educaça o Técnolo gica, V., 2010, Macéio . Anais eletrônicos… Macéio : Rédé Norté Nordésté dé Educaça o Profissional é Técnolo gica, Sécrétaria dé Educaça o Técnolo gica (SETEC) do Ministé rio da Educaça o, 2010. Disponí vél ém <http://connépi.ifal.édu.br/ocs/anais/>.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O FAZER PRÁTICO NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTA RITA, MARITUBA/PA, ELENCANDO A

QUESTÃO DO ATERRO SANITÁRIO E SEU POSSÍVEL IMPACTO AOS RECURSOS HÍDRICOS

Fabianne Mesquita Pereira1 *, Kewffany Chrys da Cruz Miranda1,

Samantha de Oliverira Moreira1, Maria do Socorro Bezerra Lopes2, Márcia Valéria Porto de Oliveira Cunha2, Jaqueline Maria Soares da Silva2

1 Instituto Fédéral dé Educaça o, Cié ncia é Técnologia do Para , Curso dé Técnologia ém Sanéaménto Ambiéntal, Bélé m, Para

2 Instituto Fédéral dé Educaça o, Cié ncia é Técnologia do Para , IFPA, Bélé m, Para

*E-mail: fabi.annépéré[email protected]

1. INTRODUÇÃO

Para Sinnott (2012), no Brasil, ém 2011, 58,1% dos résí duos so lidos urbanos colétados foram dispostos ém atérros sanita rios, 24,2% ém atérros controlados é 17,7% ém vazadouros a cé u abérto. Poré m, ainda ségundo o autor supracitado, 5,7 mil tonéladas dia rias dé résí duos, soménté da régia o sul do paí s, ainda sa o dépositadas ém vazadouros a cé u abérto é atérros controlados, lévando-nos a concluir qué é dé éxtréma importa ncia qué os éstados brasiléiros sé ajustém ao qué dispo é a polí tica.

Dé acordo com o Bénvénuto (2004), os atérros dévém sér construí dos ém locais distantés dos céntros urbanos, dévido ao mau chéiro é longé dos récursos hí dricos para qué os mésmos na o séjam afétados caso ocorra algum acidénté dé vazaménto dé chorumé. Essés atérros sa o construí dos com crité rios ambiéntais éspécí ficos visando protégér o ambiénté (ar, a gua é térra ao séu rédor) da poluiça o qué élés produzém. Dianté disso, no Para , alé m dé na o tér cumprido o prazo éstipulado péla Léi n° 12.305/2010 para a adéquaça o quanto a disposiça o final dos résí duos, na o séguiu o qué préconiza as normas dé construça o do atérro sanita rio. Ségundo o Portal G1 Para (2017), o atual atérro sanita rio localiza-sé no municí pio dé Marituba-PA récébéndo ém mé dia dé 1.300 ton/dia dé lixo gérado na régia o métropolitana dé Bélé m.

Com basé no art. 34 da Léi n° 6.381/2001, os programas dé éducaça o ambiéntal dévém sér focados na gésta o dos récursos hí dricos, visando mélhorés condiço és dé apoio da sociédadé como um todo, haja vista qué a a gua é téma dé grandé réléva ncia social é séndo o téma résí duos so lidos éstritaménté rélacionado a a gua, buscou-sé intégra -los com o objétivo dé fortalécér o procésso dé consciéntizaça o ambiéntal.

Conformé Nétto (2011), a a réa ondé o atérro ésta localizado é cortada pélo Rio Uriboquinha, maior tributa rio do Rio Uriboca, qué éram antés da implantaça o do atérro, os u nicos rios na o poluí dos dé todas as a réas métropolitanas do Brasil. E qué na é poca da colonizaça o éra navéga vél por émbarcaço és dé mé dio porté ondé éscoava toda a produça o dos colonos. A mésma a réa éncontra-sé a ménos dé 50m do igapo da a réa inunda vél no pérí odo dé chéia na Unidadé dé Présérvaça o da Vida Silvéstré (Mata da Pirélli). E tém séu éntorno sujéito a influé ncia diréta dé maré s dé équino cio principalménté ém março é abril. O projéto sé réalizou na éscola Santa Rita no municí pio dé Marituba-PA, o mésmo ocorréu por méio dé paléstras, dina micas, aplicaço és dé quéstiona rios, oficina com o intuito dé éxplanar aos alunos a probléma tica do atérro é o séu possí vél impacto no corpo hí drico.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

O présénté trabalho foi réalizado no pérí odo dé junho a novémbro dé 2017 na Escola Municipal dé Ensino Fundaméntal Santa Rita, localizada no Bairro Sa o Joa o do Municí pio dé Marituba-PA, como ilustra a Figura 1, atravé s do cí rculo ém vérmélho, ondé sé podé obsérvar també m a localizaça o dé uma das nascéntés do rio Uriboca déstacado no cí rculo amarélo, séndo ésté localizado a s proximidadés do atérro, réssaltado ém azul. Ségundo rélatos, a contaminaça o do rio é dévido ao dépo sito dé chorumé, qué préjudica os moradorés do séu éntorno, inclusivé a pro pria éscola. Esta possui 32 funciona rios, 13 trabalham no pérí odo da manha é 19 no turno da tardé.

Figura 01. Bairro Sa o Joa o, Marituba-PA. Fonté: Googlé Earth (2018).

Sa o ofértadas na éscola turmas do ségundo até o oitavo ano, comprééndéndo um total dé

300 alunos matriculados divididos éntré os turnos matutino é véspértino, com 130 é 170 alunos réspéctivaménté. A faixa éta ria dos alunos é dé 6 a 19 anos. O trabalho foi désénvolvido ém cinco sémanas no pérí odo dé agosto a outubro dé 2017 com uma turma do quinto ano, com 35 alunos, dé faixa éta ria variada dé 10 a 15 anos. A éscola disponibilizou as séxtas-féiras, com um témpo dé uma hora é méia, para aplicaça o do projéto.

Réalizaram-sé éncontros, ondé acontécéram paléstras como forma dé consciéntizar os éstudantés sobré a présérvaça o do méio ambiénté é da protéça o dos récursos hí dricos atravé s dé pra ticas como a coléta sélétiva é réciclagém. Néssé contéxto foi abordado como téma do priméiro éncontro “A importa ncia do méio ambiénté”, a qual foi réalizado uma apréséntaça o utilizando slides ilustrativos sobré o téma é uma atividadé para as crianças. Essa atividadé sé chamou “Guardio és é Vilo és do Méio Ambiénté” é tévé como objétivo mostrar aos alunos a importa ncia dé présérvar a fauna, a flora é os récursos hí dricos, dando como éxémplo o rio Uriboca, haja vista qué a situaça o na qual o corpo hí drico sé éncontra éra do conhéciménto dé todos é séndo assim o énténdiménto tornou-sé mais acéssí vél.

No ségundo éncontro, foi abordado o téma, “Coléta Sélétiva”, no qual sé réalizou uma paléstra séguida dé atividadé, a qual sé chamou “Acérté a Lixéira”. O foco éra énsinar dé forma lu dica, como sé dévé déscartar os résí duos dé acordo com o tipo é a cor dé cada lixéira. Na sémana

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séguinté foi désénvolvida uma paléstra qué tévé como téma, “As formas dé disposiça o final dos résí duos”, séndo trabalhada a quésta o do atérro sanita rio dé Marituba-PA, com o objétivo dé os alunos conhécérém qual a forma corréta dé dispor os résí duos é qual a sua importa ncia para o méio ambiénté. No pénu ltimo éncontro trabalhou-sé por méio dé oficinas dé réciclagém é dina micas ém sala, témas rélacionados a éducaça o ambiéntal é résí duos so lidos abordando també m a probléma tica do atérro sanita rio é a dégradaça o gérada ao rio Uriboca, como forma dé promovér a consciéntizaça o dos alunos.

Alé m disso, réalizou-sé tré s quéstiona rios, um no priméiro dia do projéto dirécionado soménté a s crianças, quéstiona rio do tipo invéstigativo para sé sabér o ní vél dé énténdiménto dos alunos quanto as pra ticas ambiéntais, outro no final do projéto como forma dé sabér sé houvé alguma évoluça o dos alunos, sobré os conhéciméntos disséminados. O tércéiro quéstiona rio, aplicado no u ltimo éncontro, foi dirécionado aos funciona rios da éscola como forma dé conhécér quais os transtornos qué o atérro sanita rio dé Marituba-PA causou na comunidadé.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O priméiro éncontro com os alunos dividiu-sé ém tré s moméntos. No priméiro foi aplicado o 1° quéstiona rio invéstigativo qué abordou os séguintés témas: coléta sélétiva, réciclagém, présérvaça o do méio ambiénté, tipos dé lixo (lixo u mido é séco) é a corréta disposiça o final dos résí duos so lidos réspéctivaménté, comprééndéndo o total dé cinco quésto és, uma para cada téma, o qual contou com participaça o dé 31 alunos.

A Figura 2 démonstra os résultados obtidos por méio do quéstiona rio, os quais conté m acértos, érros é a porcéntagém dé acértos dé todas as quésto és. Avaliando dé modo géral, nota-sé qué apénas na ségunda quésta o a porcéntagém dé acérto foi maior qué 50%, a mésma tratava sobré o assunto réciclagém. Isso mostra qué os alunos na o tinham muita familiaridadé com os témas propostos.

Figura 2. 1° Quéstiona rio Invéstigativo

No ségundo moménto, foi coméntado ém sala com os alunos sobré o téma céntral do

projéto, démonstrando a importa ncia da éducaça o ambiéntal na éscola, por méio dé uma paléstra énfatizando a importa ncia da a gua para o méio ambiénté é a sua présérvaça o. Foi éxplicado, dé forma sucinta, a quésta o do lixo, da coléta sélétiva, a importa ncia dé na o jogar o lixo no cha o, réaprovéitaménto dos résí duos é a corréta déstinaça o final do lixo.

Ao final foi désénvolvida com os alunos uma dina mica ém grupo, séndo dénominada dé “Dina mica dé Fixaça o”, para qué élés pudéssém apréndér é fixar o qué foi coméntado ém sala. A

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dina mica dé fixaça o ocorréu a partir da divisa o da turma ém tré s grupos. Uma parté dos alunos ficaram résponsa véis dé rétratar, por méio dé balo és, algum componénté do méio ambiénté, ondé os balo és vérdés répréséntaram a fauna é flora é os balo és azuis répréséntaram a a gua é todos os récursos naturais dé qué o homém nécéssita. Ja os vilo és tinham por objétivo éstourar os balo és démonstrando a déstruiça o do méio ambiénté é os guardio és ficaram résponsa véis por impédir qué os vilo és éstourassém os balo és. Ao final, todos os balo és foram éstourados é apo s a dina mica réalizou-sé um moménto dé réfléxa o com os alunos sobré a atividadé désénvolvida. Rétratou-sé como é fa cil déstruir o méio ambiénté é dégradar os récursos hí dricos, na maioria das vézés com aço és simplés qué podériam facilménté sér évitadas é qué résultam ém gravés conséqué ncias.

O ségundo téma trabalhado com os alunos foi abordado médianté a paléstra sobré coléta sélétiva. Tévé como foco principal éxplicar a importa ncia da coléta para présérvaça o dos récursos hí dricos é do méio ambiénté como um todo, mostrando qué os résí duos déscartados podém sér fonté dé rénda, é qué atualménté muitas péssoas sobrévivém déssa altérnativa. O objétivo foi démonstrar qué os alunos podém réaprovéitar o séu pro prio lixo é réssaltar qué déscartar os résí duos no cha o, nas ruas é nos rios acarréta conséqué ncias irrévérsí véis ao méio ambiénté.

Para a dina mica dé fixaça o, foi éspalhado na sala tiras dé papél com només dé va rios résí duos. Os éstudantés foram séparados ém cinco équipés séndo qué cada équipé répréséntava uma cor da coléta sélétiva, téndo por résponsabilidadé, colétar papéis qué tivéssém éscrito os résí duos corréspondéntés a sua lixéira. E importanté réssaltar qué o téma coléta sélétiva coméntado ém sala, priorizou as cinco corés mais comuns (azul, vérmélho, amarélo, vérdé é marrom) é as équipés foram séparadas dé acordo com éssas corés, os alunos tinham qué idéntificar déntro da sala os résí duos corrétos conformé a sua cor é colar no cartaz qué éstava na lousa. Ao final todos os grupos obtivéram bons résultados na dina mica idéntificando dé forma corréta as corés é suas réspéctivas lixéiras.

O tércéiro contato com os alunos foi élaborado matérial conténdo o résumo dé todos os assuntos abordados, com o objétivo dé fixar o apréndizado. Essa atividadé contou com a participaça o dé 26 alunos, ondé sé réalizou um moménto dé léitura é discussa o do matérial, o qual foi possí vél tirar du vidas dé assuntos qué na o ficaram ésclarécidos para alguns alunos. Em séguida iniciou-sé a paléstra com o téma “Disposiça o final dos résí duos so lidos”, a qual tévé como objétivo caractérizar é éxplicar aos alunos as principais formas dé déstino dos résí duos qué sa o: réciclagém, compostagém, incinéraça o.

O u ltimo éncontro com os alunos foi dividido ém tré s moméntos para o désénvolviménto das atividadés. Priméiraménté foi aplicado o quéstiona rio invéstigativo a turma, com o objétivo dé analisar a évoluça o do conhéciménto dos alunos ém rélaça o aos témas abordados no projéto, téndo résultado satisfato rio, séndo qué nésté dia todos os alunos comparécéram (Figura 3).

Figura 3. 2° Quéstiona rio Invéstigativo

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Como ilustra as figuras 2 é 3, houvé uma évoluça o muito grandé no énténdiménto dos alunos. Tal résultado foi muito satisfato rio, ondé foi possí vél déixar o légado dé qué a éducaça o ambiéntal é uma férraménta dé grandé réléva ncia para combatér os grandés impactos ambiéntais séja nas atitudés bém simplés como désligar a tornéira, na o jogar lixo no cha o até as mais compléxas como combatér o désmataménto, as quéimadas.

O ségundo moménto foi déstinado a réalizaça o da oficina dé réutilizaça o, qué contou com a colaboraça o do proféssor da classé é tévé o objétivo dé mostrar aos alunos como é possí vél transformar matériais usados é tidos como “insérví véis”, ém novos produtos, dé forma simplés é déstinando-os novaménté ao consumo. Essé moménto foi muito importanté para énfatizar a nécéssidadé dé réduzir a quantidadé dé résí duos qué va o para o atérro sanita rio é qué també m possam ir a déstinos inadéquados como os corpos hí dricos, démonstrando na pra tica os bénéfí cios qué a réciclagém traz para o planéta. Para a réalizaça o da oficina foram utilizados matériais como: garrafas pét, émbalagéns dé vidro, como copos dé azéitona é réstos dé matériais décorativos. Por fim, foi éntrégué aos alunos um cértificado.

A u ltima étapa do projéto foi a aplicaça o do quéstiona rio informativo déstinada aos funciona rios da éscola. Téndo por finalidadé conhécér dé modo géral quais os transtornos qué a ma opéraça o é éxécuça o do atérro sanita rio ésta causando na comunidadé é o ní vél dé énvolviménto dos funciona rios com o téma. Foi élaborado um folder qué foi distribuí do como forma dé consciéntiza -los para as pra ticas simplés é susténta véis qué podém sér adotadas no dia-a-dia para colaborar com a diminuiça o da géraça o dé résí duos é conséquéntéménté a réduça o do consumo dos béns naturais é a consérvaça o dos mésmos. A adésa o dos funciona rios na aplicaça o do quéstiona rio informativo foi 100%, séndo qué apénas um funciona rio na o résidé pro ximo ao local do atérro, no éntanto sofré com os impactos advindos do mésmo qué aféta o séu ambiénté dé trabalho.

4. CONCLUSÕES

Dianté dos résultados éxpostos antériorménté, nota-sé qué dé fato a consciéntizaça o

ambiéntal sé faz nécéssa ria para qué sé formém cidada os comprométidos com a présérvaça o do méio ambiénté é dos récursos hí dricos, a fim dé ampliar é tornar contí nuo o procésso dé éducaça o ambiéntal formal é informal déntro é fora da éscola. Para tanto torna-sé nécéssa rio qué a populaça o séja ésclarécida quanto aos témas importantés como os qué foram objéto désdé éstudo, o qual démonstrou a partir do priméiro quéstiona rio invéstigativo, a falta dé conhéciménto dos alunos ém rélaça o a témas como disposiça o final, tipos dé résí duos, coléta sélétiva, déntré outros. Apo s aplicaça o do projéto, obsérvou-sé por méio do ségundo quéstiona rio, uma grandé évoluça o dos alunos quanto ao conhéciménto dos témas abordados. Déssa forma, pércébé-sé qué a ampliaça o dé trabalhos voltados a éducaça o ambiéntal do cidada o é ésséncial para qué o mésmo séja déténtor dé informaço és sobré o sistéma dé sanéaménto é qué présérvé os récursos naturais éssénciais como a a gua é a partir disso, compréénda a funcionalidadé dos sistémas para qué o pro prio cidada o dé possé déssas informaço és, possa sér um agénté fiscalizador é assumir o séu papél dé cliénté ém cobrar do podér pu blico as aço és para solucionar os problémas dé infraéstrutura sanita ria, sobrétudo, quando os sistémas na o tivérém aténdéndo o objétivo para o qual foram projétados é éxécutados.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Léi nº 12.305, dé 2 dé agosto dé 2010. Institui a Polí tica Nacional dé Résí duos So lidos; altéra a Léi no 9.605, dé 12 dé févéréiro dé 1998; é da outras providé ncias. Diário Oficial da União, Brasí lia, DF, 3 ago. 2010.

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PARA (Estado). Léi nº 6.381, dé 25 dé julho dé 2001. Dispo é Sobré a Polí tica Estadual dé Récursos Hí dricos, instituí o Sistéma dé Gérénciaménto dé Récursos Hí dricos é da outras providé ncias. Diário Oficial do Estado, Bélé m, PA, 27 jul. 2001.

BENVENUTO, C. Fundamentos, conhecimentos e pressupostos para manejo e projeto de

aterros de resíduos. Sa o Paulo - SP, 2004. (Apostila do Curso dé Espécializaça o ministrado na Fundaça o Estadual do Méio Ambiénté - julho dé 2004).

NETTO, A.A.C.N. Lixa o dé Marituba. Tipo Assim… Folhetim. Bélé m, 22 jul. 2011. Disponí vél ém: <

https://tipoassimfolhétim.wordpréss.com/2011/07/22/lixao-dé-marituba/>. Acésso ém: 18 sét.2017.

Portal G1 Para . Governo do Estado informa que o aterro sanitário de Marituba será

desativado, 2017. Disponí vél ém: <https://g1.globo.com/pa/para/noticia/govérno-do-éstado-informa-qué-o-atérro-sanitario-dé-marituba-séra-désativado.ghtml>. Acésso ém: 18 sét. 2017.

SINNOTT, A. P. A Aplicabilidade da Lei nº. 12.305/10 Sob o Viés do Princípio da

Responsabilidade Compartilhada. 2012. Trabalho dé Conclusa o dé Curso – Pontifí cia Univérsidadé Cato lica do Rio Grandé do Sul, Rio Grandé do Sul, 2012.

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O LÚDICO COMO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM EM SANEAMENTO PARA PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: A EXPERIÊNCIA

DA ESCOLA “CENTRO SOCIAL AUXILIUM”, BELÉM/PA

Clailma de Jesus Costa Castro1 *, Diana da Luz Figueiredo1, Tatiane Priscila Bastos Bandeira1, Maria do Socorro Bezerra Lopes2,

Márcia Valéria Porto de Oliveira Cunha2, Jaqueline Maria Soares da Silva2

1 Instituto Fédéral dé Educaça o, Cié ncia é Técnologia do Para , Curso dé Técnologia ém Sanéaménto Ambiéntal, Bélé m, Para 2 Instituto Fédéral dé Educaça o, Cié ncia é Técnologia do Para , IFPA, Bélé m, Para

*E-mail: claijé[email protected]

1. INTRODUÇÃO

Ségundo Aguiar (1999) apud Corré a é Bénto (2014), “a atividadé lu dica é o bérço das atividadés intéléctuais da criança, séndo por isso indispénsa vél a pra tica éducativa. Brincando a criança é ésponta néa é a partir daí podém acontécér coisas imprévisí véis, séndo éssé o ponto alto da brincadéira”. O brincar faz parté da vida da criança, pois brincando éla coméça a apréndér, tér habilidadés, sé rélacionar é vivénciar o mundo ao séu rédor. Assim, apréséntar dé forma lu dica a importa ncia da a gua é da corréta déstinaça o do lixo é dé suma importa ncia, pois brincando as crianças apréndém é passam a tér conscié ncia qué a a gua é ésséncial para a humanidadé é qué o lixo déscartado dé forma inadéquada traz gravés conséqué ncias para a populaça o é o méio ambiénté.

Os récursos hí dricos sa o comprééndidos como fontés dé valor écono mico ésséncial para a sobrévivé ncia é désénvolviménto dos sérés vivos. Elés sa o abundantés na naturéza é, por isso, duranté muitos anos sé pénsou qué a falta dé a gua pota vél éra impossí vél. Isso causou cérta déspréocupaça o com a présérvaça o déssé récurso é as sociédadés modérnas continuaram a sé désénvolvér formando grandés céntros urbanos a qualquér custo, déixando dé lado a préocupaça o com a possí vél contaminaça o do méio ambiénté (STAVARENGO, 2003 apud DINIZ, 2018). Objétivou-sé com ésta pésquisa promovér a éducaça o ambiéntal médianté atividadés lu dicas na éscola Céntro Social Auxilium (PA), téndo como foco a importa ncia da a gua é da corréta déstinaça o dos résí duos so lidos.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O projéto foi réalizado na Escola Céntro Social Auxilium, localizada na Pass. Auxiliadora, nº2.563, no bairro Pédréira, Bélé m/PA. A éscola é dé énsino privado, dé cara tér réligioso é funciona désdé 1967 aténdéndo crianças do matérnal ao 9° ano do Ensino Fundaméntal, com atividadés soménté no turno matutino. A éscola possui 575 alunos é 64 colaboradorés.

Para o référido éstudo, foi réalizada uma pésquisa dé abordagém qualitativa. No pérí odo dé junho a novémbro dé 2017, séndo trabalhadas duas componéntés do sanéaménto: a gua é résí duos so lidos. As atividadés foram éxécutadas no pérí odo da manha dé 8hs as 9hs, uma véz na sémana, com alunos do 4ª ano do énsino fundaméntal, com faixa éta ria dé 8 a 9 anos dé idadé.

Atividadés Désénvolvidas:

• Ana lisé da Pércépça o dos alunos: Conhécér a pércépça o das crianças ém rélaça o a importa ncia da a gua é dos résí duos so lidos.

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• Jogo Espélho das A guas: O jogo “Espélho das A guas”, criado pélo Nu cléo dé Educaça o Ambiéntal da Sécrétaria dé Estado dé Méio Ambiénté (SEMAD-MG), préténdé lévar informaço és é sénsibilizar a sociédadé ém géral sobré o uso consciénté da a gua.

• Trilha do Lixo Urbano: Apréséntado por Siquéira é Antunés (2013), o jogo aborda a Educaça o Ambiéntal dé forma motivadora é sénsibiliza os éstudantés para a probléma tica do lixo.

• Jogo da Coléta Sélétiva: Informar as crianças sobré o sistéma dé corés para a séparaça o dos résí duos, é a importa ncia da coléta sélétiva.

• Réciclagém: Estimular a cultura da réciclagém, promovéndo a susténtabilidadé.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Análise da Percepção dos Alunos

Foi réalizada uma convérsa no pa tio da éscola ém forma dé cí rculo (Figura 2), dé manéira qué as crianças sé séntissém a vontadé para éxpréssar suas pércépço és sobré os assuntos a gua é résí duos so lidos.

Figura 2. Convérsa com as crianças no pa tio da éscola.

No priméiro moménto as crianças falaram dé forma simplés é ésponta néa o qué élas

énténdiam dos assuntos abordados, réspondéndo a s pérguntas rélacionadas ao téma. Postériorménté foram réalizadas pérguntas, como por éxémplo: sé a a gua éra éncontrada ém grandé quantidadé no planéta Térra, sé um dia éssé récurso iria acabar; quais éram os motivos qué lévariam a sua éscasséz ou crisé; é dé qué forma podériam sér résolvidos éstés problémas.

Obtivéram-sé as séguintés réspostas, as crianças réspondéram qué a gua ésta présénté ém grandé quantidadé no planéta, mas um dia éla iria acabar pélo fato do homém déspérdiçar éssé récurso ocasionando sua éscasséz. Dianté déssés rélatos, élas apréséntaram possí véis soluço és, como a adéquaça o dos déspérdí cios dé a gua, como a aça o dé féchar as tornéiras duranté a éscovaça o dénta ria é ao tomar banho. Por séguinté, buscou-sé sabér sé élas praticavam suas propostas dé soluço és é rélatou-sé qué a maioria na o.

Em rélaça o aos résí duos so lidos apréséntou-sé a corrélaça o délés com a sau dé é a gua. A partir déssé énténdiménto, réalizou-sé o quéstionaménto da importa ncia da coléta sélétiva é acondicionaménto déssés résí duos. Apo s todo éssé procésso foi aplicada a dina mica das gotinhas, na qual as crianças éscréviam ém um papél ém forma dé gota d’a gua o qué élas énténdiam do téma.

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Cada um éscrévia é lia ém voz alta, dépois colavam as gotas ém um cartaz qué ficou fixado no pa tio récréativo da éscola (Figura 3).

Apo s éssé procésso, foi solicitado qué todas as crianças colocassém ém um cartaz dicas dé économia dé a gua com intuito dé sistématizar séus énténdiméntos. Essa atividadé tévé grandé importa ncia para a idéntificaça o dé suas pércépço és dianté do assunto. A manéira como élas intéragiram é compartilhavam os sabérés, réspéitando a manéira dé pénsar éntré os énvolvidos.

Figura 3: As crianças colando o painél na parédé.

3.2. Jogo Espelho das Águas

O jogo éspélho das a guas, désénvolvido péla SEMAD-MG, é composto por um tabuléiro é um dado qué quando lançado é caindo indica um nu méro répréséntando uma détérminada casa no tabuléiro, a qual é possí vél lér a ménsagém “avancé” ou “récué” dé acordo com as instruço és ambiéntais déscritas no jogo, até chégar ao final do mésmo.

Para mélhor énténdiménto, optou-sé ém apréséntar, aos alunos, uma maquété sobré trataménto dé a gua (Figura 4), éxplicando, désdé a captaça o até a chégada da a gua pota vél nas résidé ncias. Explicou-sé, ainda, a importa ncia do trataménto da a gua antés dé consumi-la é sobré a présérvaça o dos rios, nascéntés é lagos para qué na o haja contaminaça o déstas a guas a fim dé na o trazér doénças a populaça o.

Figura 4. Maquété simulando uma ETA (Estaça o dé Trataménto dé A gua).

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Em séguida, iniciou-sé o jogo éspélho das a guas da séguinté forma: os alunos foram divididos ém dupla (méninos é méninas), ondé cada dupla éscolhé séu répréséntanté para jogar o dado. Essé jogo coméça désdé a nascénté dé um rio é duranté o séu pércurso mostra como utilizar os récursos désté rio até a chégada a sua foz, conformé (Figura 5).

Figura 5. Jogo Espélho das A guas.

Obsérvou-sé o émpénho é a coopéraça o dé todos na participaça o do jogo, séndo o

apréndizado assimilado dé forma qué as crianças démonstraram intéréssé é intégraça o com a équipé é com a téma tica abordada.

3.3. Trilha do Lixo Urbano

Foi apréséntada a maquété sobré o atérro sanita rio, démonstrando é éxplicando a importa ncia dé colétar, armazénar, é déstinar o lixo dé forma corréta. Em séguida dividiu-sé a turma ém duas équipés é tivéram a incumbé ncia dé élégér um répréséntanté para sér o péa o do jogo, no éntanto, todos os éstudantés da équipé ajudaram o répréséntanté a réspondér as quésto és é a éxécutar as aço és solicitadas. Para iniciar o jogo, foi contada uma histo ria a qual tém iní cio com uma cidadé muito poluí da, ondé os moradorés na o sé importavam com as quésto és ambiéntais é ném com as conséqué ncias dos problémas gérados pélo lixo. A équipé énta o lança o dado é ém cértas casas précisa réspondér pérguntas ou réalizar aço és indicadas nas cartas é avançar no tabuléiro. Déssa forma, duranté a trilha sa o discutidos témas como a poluiça o pélo lixo, coléta sélétiva, réciclagém, réutilizaça o é o impacto aos récursos hí dricos. Assim, os éstudantés té m oportunidadé dé éxpréssar o qué sabém, dé construir novos conhéciméntos ambiéntais é apréndér formas consciéntés dé présérvaça o. No final do jogo, a éducadora conclui a histo ria dizéndo qué a équipé véncédora foi a qué mais contribuiu para résolvér os problémas ambiéntais da cidadé.

3.4. Jogo da Coleta Seletiva

Priméiraménté foi réalizada uma éxplicaça o référénté aos lixos déstinados inadéquadaménté a praia é o séu témpo dé décomposiça o, como mostra uma maquété répréséntando-a contaminada por lixo é éxplicando també m sobré o sistéma dé corés para a séparaça o dos résí duos, alé m da importa ncia da coléta sélétiva, conformé Figura 6.

Para iniciarmos o jogo da coléta sélétiva, os alunos foram divididos ém grupos dé méninos é méninas, foram éspalhados alguns lixos péla a réa da éscola é as lixéiras dé coléta sélétiva foram colocadas ém alguns pontos da a réa. As crianças tinham qué colétar os lixos é déstinar na lixéira corréta. O jogo da coléta sélétiva foi dé suma importa ncia, pois as crianças pudéram brincar dé forma consciénté déstinando os résí duos so lidos na lixéira adéquada.

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3.5. Reutilização

Foram apréséntados a s crianças objétos conféccionados a partir da réutilizaça o dé matériais. Explicamos sobré a importa ncia da réutilizaça o é da coléta sélétiva, pois a partir déssa pra tica podé-sé réutilizar é conféccionar va rios objétos qué antés éram considérados lixo é muitas vézés chégam aos rios causando poluiça o. Apo s a éxplicaça o, dividimos a turma ém grupos. As méninas fizéram um-porta-rétrato dé canudos dé jornal, ja os méninos fizéram um porta-la pis dé rolos dé papél higié nico é canudos dé jornal, conformé Figura 7.

Figura 6. Maquété témpo dé décomposiça o dos lixos na praia é lixéiras dé coléta sélétiva.

Figura 7. Objétos féitos dé matérial réutiliza vél é crianças conféccionando os objétos.

4. CONCLUSÕES

Ao té rmino déssé éstudo conclui-sé qué énvolvér as atividadés lu dicas é a éducaça o ambiéntal no dia-a-dia da criança é ésséncial para o séu apréndizado. A aplicaça o dé jogos énvolvéndo dois componéntés do sanéaménto (a gua é résí duos so lidos) é uma forma dé consciéntizar as crianças para algo qué é ta o importanté ém sua formaça o, podéndo assim, intéragir com o séu méio dé forma dina mica é prazérosa, aplicando os conhéciméntos adquiridos duranté as brincadéiras qué foram éxécutadas, tornando assim futuros cidada os résponsa véis qué vénham contribuir na formaça o dé uma sociédadé consciénté com o méio ambiénté.

A a gua é éxtrémaménté ésséncial para toda humanidadé, por isso consciéntizar as crianças sobré a importa ncia dé économizar é présérvar éssé récurso hí drico é dé suma importa ncia.

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REFERÊNCIAS

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