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ANA Investimento de 62 milhões este ano 5 601073 006057 00323 FACEBOOK Siga-nos em www.facebook.com/viajarmagazine ONLINE Descarregue a edição digital em www.viajarmagazine.com.pt AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO FEVEREIRO 2014 AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO FEVEREIRO 2014 MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 323 - 2ª série Preço 2,00 MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 323 - 2ª série Preço 2,00 MOÇAMBIQUE Oferta turística a crescer APOSTA NA DIVERSIDADE E AUTENTICIDADE DA OFERTA PORTO E NORTE www.europcar.pt Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes MINISTRO ELOGIA NO TURISMO O MELHOR RESULTADO DE SEMPRE PIRES DE LIMA FITUR 2014 Portugal convida a surfar

Viajar Magazine - Fevereiro 2014

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Revista de Aviação Comercial, Hotelaria e Turismo para Profissionais - Travel Trade Magazine

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ANA Investimento de 62 milhões este ano

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMOFEVEREIRO 2014

AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMOFEVEREIRO 2014

MAGAZINE PARA PROFISSIONAISNº 323 - 2ª série Preço 2,00MAGAZINE PARA PROFISSIONAISNº 323 - 2ª série Preço 2,00

MOÇAMBIQUE Oferta turística a crescer

APOSTA NA DIVERSIDADE E AUTENTICIDADE DA OFERTA

PORTO E NORTE

www.europcar.pt

Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor

os seus clientes

MINISTRO ELOGIA

NO TURISMO

O MELHOR RESULTADODE SEMPRE

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FITUR 2014Portugalconvida a surfar

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2014 / FEVEREIRO Em Foco

O B S E R V A Ç Ã O

A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO (OMT) reviu em alta o crescimento do turismo internacio-nal para o corrente ano. Segundo esta entidade, a previsão aponta para um incremento de 4,5%, mais meio ponto percentual do que o ini-cialmente estimado.O turismo internacional cresceu em 2013. O número de chegadas dos turistas estrangeiros aumentou 5%, no ano passado, atingindo um recor-de de 1,1 mil milhões de pessoas, mais 52 milhões de turistas do que o registado no homólogo, de acordo com o Barómetro da Organização Mundial de Turismo (OMT).“Apesar da crise económica, os resultados do turismo internacional superaram as expectativas”, expli-cou a OMT, em comunicado.Esta tendência irá continuar este ano, uma vez que a estimativa da OMT aponta para um crescimento de 4,5%, em 2014, acima de meio ponto percentual do que a previsão inicial. Este incremento previsto para este ano é acima da média de crescimento prevista até 2020 que aponta para um aumento de 3,5%.Em termos regionais, a Ásia Pacífico deverá crescer entre 5 e 6%, já em África o intervalo é maior, prevendo-se um crescimento entre 4 e 6%. As regiões da Europa e Américas chegarão a um aumento de até 4%. As estimativas no Médio Oriente são mais incertas, pelo que a OMT apon-ta para um aumento entre 0 e 5%.Foram mais de 300 os especialistas em turismo ouvidos pela OMT que apontaram que este ano será “mais um período excecional” para o sector.Em 2013, as regiões da Ásia Pacífico, África e Europa são as que continuam a mostrar a maior dinâmica, em termos de procura turística. Segundo a OTM, a região Sul e Leste da Ásia foi a que mais cresceu, com um incremento de 10%, face a 2012, seguindo-se a Europa Central e do Leste com mais 7% de turistas internacionais, depois a Ásia Pacífico, África como um todo, Norte de África e Europa do Sul e Mediterrâneo que cresce-ram todas 6%.

DIRETOR GERALJosé Madureira

DIRETOR EXECUTIVOFrancisco Duarte

EDITORSR Editores, Lda

[email protected]

DIREÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADELargo da Lagoa, 8D 2795-116 Linda-a-VelhaTels.: 21 754 31 90 e-mail: [email protected]

FOTOGRAFIAArquivoFotolia Casa da ImagemRogério Sarzedo

PAGINAÇÃOCatarina Lacueva, Jose Rodrigues

PUBLICIDADETeresa Gabriela Tels.: 21 754 31 90e-mail: [email protected]

IMPRESSÃOGAR - Rua Henrique Paiva Couceiro, 1, Venda Nova, 2700-450 Amadora

TIRAGEM: 7 000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL: 10 534/85

REGISTO NO ICS:108098 de 08/07/81

PROPRIETÁRIA:Ana de SousaNº Contr.: 214655148

Portugal tem duas das ruas mais bonitas do mundo

CAIS DA RIBEIRA, NO PORTO, E A RUA AU-GUSTA, EM LISBOA,

fazem parte da restrita lista as “31 ruas a percorrer antes de morrer”, elaborada pela revista espanhola Condé Nast TravelerUma seleção das ruas mais bonitas do mundo. Ou, como a revista Con-dé Nast Traveler diz, as “31 ruas a percorrer antes de morrer”. É nesta lista elaborada num dos seus últi-mos artigos, que a publicação espanhola de viagens inclui o Cais da Ribeira, no Porto, e a Rua Augusta, em Lisboa.  “Sem dúvida, a melhor pano-râmica que podemos obter da cidade é a partir da sua ‘arté-ria’ de água doce, o Douro” lê-se no site. A Condé Naster Tra-veler refere ainda que, aquela zona, é merecedora de integrar a lista por aquilo que a carac-teriza: as casas “agrupadas numa ordem caótica de azule-jos e roupa estendida, acima de bares, restaurantes, terraços e em frente ao Douro”.A Rua Augusta também con-venceu a publicação pela “rua ampla, brilhante, obrigatória para captar toda a essência da cidade” que é.“De rua em avenida, de passeio em beco, esta é uma seleção dos pavi-mentos e calçadas mais bonitas que encontrámos em todo o mundo”, escreve a publicação espanhola, que aconselha os viajantes a optar “por calçado cómodo” - talvez a pensar na calçada portuguesa da Rua Au-gusta - quando visitarem os 31 lo-cais escolhidos.A Augusta alfacinha é portanto uma das ruas em destaque na ‘Con-dé Nast Traveler’ que vê na capital portuguesa “o encanto do velho, do novo e da mistura entre ambos

numa simbiose inigualável”.A Rua Augusta é uma famosa rua da Baixa de Lisboa, que começando no famoso arco triunfal, liga a Pra-ça do Comércio à Praça do Rossio. Homenageia a  Augusta  figura do rei D. José I. Tem elevada concen-tração de comércio, já que toda a rua é ladeada por diversas lojas, muitas delas de grandes marcas internacionais. Está desde os finais dos anos 80 fechada ao trânsito e

é frequentemente ocupada por ar-tistas de rua, artesãos e vendedores ambulantes.O Arco da Rua Augusta abriu ao público no dia 9 de agosto, reabi-litado e com acesso a um fabuloso miradouro que proporciona aos visi-tantes uma panorâmica única sobre a cidade.Acessível através de um elevador, cuja entrada se localiza na Rua Au-gusta, o miradouro que se encontra no topo deste monumento oferece uma vista deslumbrante sobre a emblemática praça do Terreiro do Paço, a Baixa Pombalina, a Sé, o

Castelo de São Jorge e o rio Tejo.No seu interior, os visitantes podem ainda conhecer a história deste arco triunfal de Lisboa, desde o início da construção Após o terramoto de 1755 até à sua conclusão, em 1875, através de uma exposição patente na Sala do Relógio.E com o mesmo esplendor de ou-trora, na parte superior do Arco é possível observar as esculturas de Célestin Anatole Calmels re-

presentando a Glória, co-roando o Génio e o Valor. Já no plano inferior, encon-tram-se esculturas de Vítor Bastos, que representam as personalidades históricas de Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e Marquês de Pombal.A Ribeira é um dos locais mais antigos e típicos da cidade do Porto. Localizada na freguesia de São Nicolau, junto ao Rio Douro, faz parte do Centro Histórico do Porto, Patrimó-nio Mundial da UNESCO. É, atualmente, uma zona muito frequentada por turistas e lo-cal de concentração de bares e restaurantes.Das 31 ruas selecionadas pela

‘Condé Nast Traveler’ fazem tam-bém parte as Ramblas de Barcelona e a Gran Vía de Madrid, em Espa-nha, o grande canal de Veneza, em Itália, a High Line, em Nova Iorque, a Ocean Drive, em Miami, nos Esta-dos Unidos, a Neal’s Yard, em Co-vent Garden, Londres, a marroquina rua azul de Chefchaouen, a Nerudo-va de Praga e a parisiense Norvins.A lista estende-se ainda por outros locais do mundo como Temple Bar (Dublin), Via Margutta (Roma), Pe-tit Champlain (Quebeque, Canadá), Shomben Yokocho (Tóquio, Japão) ou Shan Tang (Suzhou, China).

OOMT revê crescimento

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2014 / FEVEREIRODestaque

ORTUGAL MARCOU PRESENÇA na 34.ª edição da Feira Internacional de Turismo - FITUR de Madrid, que decor-

reu na capital espanhola. A entrada do stand português chamava a atenção dos visitantes por causa de uma gigante onda azul que convidava os presentes a vir a terras lusas para “surfar” na sua costa. Esteve inclusivamente disponível informa-ção sobre várias praias, situadas de norte a sul de Portugal, bem como sobre a prática deste desporto. Na FITUR estiveram presentes sete regiões de turis-mo (Porto e Norte, Centro de Portugal, Lisboa, Alen-tejo, Algarve, Madeira e Açores) e 40 empresas portu-guesas, relacionadas com o sector hoteleiro e com as agências de viagens e turísticas. Também a 26ª edição da BTL, que terá lugar em Lisboa entre os dias 12 e 14 de março, escolheu a FITUR para se dar a conhe-cer. A próxima edição da BTL terá como mote “Portu-gal: A Indústria do Sorriso” e vai salientar a hospitali-dade, a simpatia e a arte de bem receber portuguesas. Durante a FITUR tiveram lugar várias provas gastro-nómicas, algumas das quais dedicadas à dieta medi-terrânica, enquanto Património Imaterial Mundial da UNESCO.

PIRES DE LIMA E SET DESTACAM EVOLUÇÃO DO TURISMO PORTUGUÊS

No âmbito do roadshow internacional que tem vindo a ser efetuado, o ministro da Economia, António Pires de Lima, deslocou-se à FITUR, onde visitou o stand de Portugal e teve a oportunidade de conversar com vários empresários e responsáveis turísticos regionais ali presentes.Pires de Lima justificou a sua presença na FITUR pelo facto de o turismo ser “talvez a atividade eco-nómica mais relevante em Portugal”, sendo por isso “absolutamente estratégico dar visibilidade e priori-dade ao desenvolvimento do turismo em Portugal, em várias valências, vários vetores e várias regiões”.O ministro da Economia sublinhou também que com a sua visita ao stand de Portugal na FITUR preten-

deu “homenagear o excelente trabalho que todos os agentes ligados ao turismo e serviços conexos fizeram em Portugal, nomeadamente em 2013, ano que clas-sificou como “ano recorde para o turismo português”.Por seu turno, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, revelou que o turismo nacio-nal está a alcançar valores recorde, com as chegadas de turistas a crescerem 8% até novembro, enquanto balança de pagamentos do sector regista uma subida de 7,8%. De acordo com o governante, os dados mais recentes demonstram que “o turismo doméstico estabilizou” e que há um “claro crescimento do mercado internacio-nal”, isto apesar de ainda não estarem contabilizados os dados de dezembro que, segundo Mesquita Nunes, é um “mês muito relevante do ponto de vista turístico”. “O crescimento que tivemos do ponto de vista do tu-rismo vem demonstrar que o sector mantém a sua competitividade e foi vencendo os obstáculos que lhe foram sendo colocados”, disse o secretário de Estado do Turismo. O responsável relevou ainda que o crescimento de 8% nas chegadas de turistas “é o dobro do de Espanha” e está “acima da média europeia”, acrescentando que também “os proveitos da hotelaria cresceram 5% em

2013”, o que demonstra uma inversão na tendência de queda. “É preciso que esses proveitos continuem a crescer e a crescer mais. Temos consciência de que a hote-laria precisa de ter proveitos superiores”, considerou, referindo-se à questão do IVA na restauração como um debate que está “encerrado”. Para 2014, Mesquita Nunes diz que as perspetivas são de “continuar a rota de crescimento”.

TERMAS DE PORTUGAL APRESENTARAM MARCA

“TERMAS CENTRO”  A ATP – Associação das Termas de Portugal marca presença numa das feiras de turismo mais importan-tes da Europa, a Fitur, em Madrid, para apresentar a oferta de saúde e bem-estar termal portuguesa e promover a nova marca “Termas Centro by Termas de Portugal” no mercado espanhol.“Trata-se de um ambicioso projeto no âmbito da mo-dernização e requalificação das estâncias termais da Região Centro de Portugal, que ao longo dos últimos 3 anos contou com o apoio do PROVERE, e que pre-tende promover o parque termal da Região Centro no mercado interno e nos mercados espanhol e ale-

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Portugal convida a surfar nas suas costas 40 EMPRESAS PORTUGUESAS MARCARAM PRESENÇA NA FITUR

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Destaque5V I A J A R

2014 / FEVEREIRO

A VIATECLA, líder no desenvolvimento de software para o setor do turismo, apresentou o novo OperationKey na Travel Technology Europe, um dos mais importantes certames europeus da área da tecnologia para o setor de turismo, que se realizou em Londres. Trata-se de uma plataforma que tem por base a já reconhecida tecnologia KeyForTravel, acessível através de um processo de imple-mentação simples e com um preço mais competitivo. Através do OperationKey é possível gerir todo o ciclo de negócio, incluindo a definição de produto ou ligação a parceiros, a promoção, o processo de venda, passando pela presença online. O OperationKey coloca ao dispor das empresas deste setor um conjunto de fer-ramentas que permitem gerir toda a docu-mentação de viagem, pagamentos e fatura-ção numa única plataforma, de um modo ágil e fluido. Além disso, fornece motores que permitem encontrar de uma forma agregada, e em poucos segundos, a melhor oferta turística, aumentando a eficácia da comunicação com o consumidor e os múltiplos parceiros de negócio.O KeyForTravel, recorde-se, é uma solução completa para a indústria do turismo, que permite o controlo total da gestão de reservas, gestão operacional, gestão comercial, audito-ria e análise de resultados, numa só platafor-ma com uma lógica de gestão multi-empresa, multi-marca e múltiplo interface de venda. São vários os clientes que utilizam esta ferramenta, como o Grupo EsViagens, Abreu ou Interpass, entre outros. Segundo Pedro Seabra, CEO da Viatecla: “Esta aposta vem responder as necessidades do mercado e aos muitos pedidos que temos de uma oferta mais competitiva e mais acessível às PME’s. Assim o OperationKey disponibiliza os módulos base do KEYForTravel e interfaces de venda standard tanto para o B2C, Corporate como B2B, podendo também ser complemen-tado com uma oferta Mobile já disponível no KEYForTravel desde 2012”.O mesmo responsável destaca a aposta inter-nacional, que permitiu à Viatecla gerar mais de 30% da sua faturação. “Temos desenvolvi-do uma estratégia internacional, apresentando a nossa inovação nos mais importantes certa-mes mundiais. Esses resultados estão à vista, contando atualmente com mais de uma dezena de clientes no Brasil”. Hoje 30% das vendas do KeyForTravel são feitas fora de Portugal. Aliás, a empresa está presente, desde 2011, no Brasil, onde é a plataforma recomendada pela BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo.

Viatecla lança em Londres solução para PME’s do setor de turismo

mão” explica Teresa Vieira, presidente da ATP. A marca “Termas Centro by Termas de Portugal”, da qual fazem parte 16 termas, tem como priorida-de reforçar a competitividade turística das estâncias termais no mercado nacional e internacional através de uma lógica de trabalho em rede, organizado e de elevada qualidade, composto por produtos compósitos adaptados a diferentes targets. Estão disponíveis vá-rios programas de saúde e bem-estar com identidade própria e customizados na rede Termas Centro Famí-lia, para quem procura destinos de lazer para usufruir em família; na rede Termas Centro Medical, para quem procura uma solução terapêutica fortemente especializada em patologias crónicas (ex: alergias respiratórias e de pele), combate à obesidade, entre outros. No sitewww.termascentro.pt  pode ainda en-contrar programas na rede Termas Centro Corporate desenhados para quem procura propostas saudáveis para as reuniões de empresa, conferências, apresen-tação de produtos, viagens de incentivos. Em breve, vai ser possível consultar online promoções e ofertas de  last-minute, assim como efectuar reservas como-damente.“O mercado espanhol é estratégico para as termas portuguesas, pelo que estaremos na FITUR para

apresentação ao Trade e ao público da oferta turística de saúde e bem-estar de todas as Termas de Portugal, destacando também, em primeira mão no mercado espanhol, a submarca Termas Centro by Termas de Portugal” conclui Teresa Vieira.

TAP CRESCE 6% NAS LIGAÇÕES A ESPANHA E REFORÇA OFERTA

Com um total de 944 mil passageiros transportados nas ligações entre Portugal e Espanha, a TAP cresceu seis por cento neste mercado em 2013, reforçando a sua posição de companhia aérea líder nas ligações na Península Ibérica. Fruto da otimização da sua ope-ração, a companhia portuguesa atingiu uma taxa de ocupação de 78 por cento nos seus voos, melhorando oito pontos percentuais face a 2012.Entre Portugal e Espanha, a TAP voa de Lisboa para Madrid, Barcelona, Sevilha, Málaga, Valencia,  Bilbau e a Corunha, do Porto para Madrid e Barcelona e do Funchal para Madrid e Barcelona (no Verão)Todas estas ligações vão manter-se em 2014, estando, no entanto, previsto que haja um aumento de 15 por cento dos lugares disponíveis, resultante do reforço da capacidade planeado.Estes números foram divulgados em Madrid, na Fi-tur,  feira em que a TAP se apresenta no pavilhão de Portugal, onde faz uma divulgação especial dos vi-nhos servidos a bordo, promovendo, mais uma vez, as qualidades da produção vinícola portuguesa.

COOPERAÇÃO COM ÁFRICAAs novas oportunidades de negócio e cooperação fo-ram analisadas durante a INVESTOUR que teve lugar no âmbito da FITUR.No evento, em que participaram altos representantes do sector turístico, público e privado, foi analisado o turismo em África e a sua relação com Portugal e Espanha.A propósito, o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, afirmou acreditar no “grande potencial do turismo africano”, sublinhando que durante o ano passado “mais de 56 milhões de turistas chegaram a África, o que supõe um crescimento de 5%” face ao ano an-terior, ao mesmo tempo que os gastos turísticos na região se cifraram nos “40.000 milhões de dólares”.Mesmo assim, Rifai alertou para as “inúmeras bar-reiras” que se colocam ao turismo africano, nomea-damente a falta de conectividade aérea, a emissão de vistos e a escassez de financiamento das infra-estru-turas, tanto hoteleiras como de vias de comunicação”.

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6 V I A J A R

2014 / FEVEREIRODestaque

S TAXAS AEROPOR-TUÁRIAS aplicadas em Portugal voltam a

ser contestadas pelas principais companhias aéreas, que voltam armas contra a ANA e a sua tabela de preços em contínua mudança. Várias companhias têm sentido o impacto destes preços nos seus ba-lanços e, desta vez, é a Associação Representativa das Companhias Aéreas (RENA) quem faz o alerta: “têm atuado com o único propósi-to de maximizar os lucros, sobre-carregando de forma intolerável as companhias”, afirma Paulo Geis-ler, presidente da RENA. O responsável, que tem sido bas-tante crítico relativamente ao mo-dus operandi  da gestora aeropor-tuária nacional, lembra que “desde a assinatura do contrato de con-cessão e no espaço de um ano, as taxas no aeroporto de Lisboa já foram objeto de três aumentos, o que se traduz, em concreto, num aumento de mais de 10%”. O que diz contrastar com o esforço das companhias aéreas para captar mais passageiros, em tempo de crise. A RENA lembra ainda que “o pas-sageiro começa a ter consciência do peso que as taxas têm no valor total pago e do que representam”. E as taxas vão voltar a aumentar já em abril deste ano, com a nova tabela a passar de 1,98% de taxa para 2,32%.Na sua última Assembleia Geral, Paulo Geisler (Lufthansa) voltou a ser eleito presidente da RENA, a Associação Representativa das Companhias Aéreas. Na mesma ocasião, foi discutida a questão das taxas aeroportuárias. A RENA, recorde-se, tem tido uma inter-venção ativa e bastante crítica da atuação da ANA – Aeroportos de Portugal neste processo, entenden-do que a mesma tem atuado com o único propósito de maximizar lucros, sobrecarregando de forma intolerável as companhias. “Desde

a assinatura do contrato de con-cessão e no espaço de um ano, as taxas no aeroporto de Lisboa já foram objeto de três aumentos, o que se traduz, em concreto, num aumento de mais de 10%”, refere Paulo Geisler.Este aumento das taxas tem sido justificado pela ANA à luz do con-trato de concessão e da liberdade que lhe é fixada pelo mesmo, ar-gumento que a RENA não pode aceitar. A ANA tem interpretado o limite máximo fixado contratu-almente para a receita que pode ser obtida por passageiro (recei-ta média máxima por passageiro) como critério de fixação das taxas

aeroportuária e não como limite das mesmas, pelo que, no presente quadro, as companhias aéreas po-dem contar com uma fixação uni-lateral de taxas pela ANA no nível máximo permitido pelo contrato de concessão e não nos valores que seriam recomendados em face dos custos suportados pela enti-dade gestora aeroportuária. Esta estratégia agressiva pode permitir que a ANA e a sua Administração fiquem bem vista junto do acionis-ta, mas é feita à custa do sacrifício das companhias e dos utilizadores do aeroporto de Lisboa, que têm feito um esforço significativo para atrair mais passageiros e manter

Lisboa como um destino atrativo e que, no entanto, são penalizados com sucessivas subidas do valor das taxas (sendo que a ANA até já justificou um dos ajustamentos tarifários de 2013 com o simples facto de o aeroporto ter tido mais passageiros do que o estimado).“Criticamos a dualidade de crité-rios e o desequilíbrio do atual mo-delo regulatório, que permite este enorme agravamento dos custos das companhias por via de deci-sões unilaterais da concessionária, quando nem sequer está em vigor o regulamento de qualidade de serviço, o que não permite a ava-liação e penalização da concessio-nária”, realça Paulo Geisler. “As características próprias do setor e o facto de se permitir que uma en-tidade privada atue num monopó-lio, como é o caso, reclamam uma regulação robusta e independente, com regras claras para todos os in-tervenientes”. Neste momento não existe em Portugal qualquer delas, uma vez que os princípios e regras em matéria de regulação econó-mica foram, convenientemente, retirados da lei antes da privatiza-ção (pouco podendo o INAC fazer neste campo) e vivendo-se atual-mente uma situação caricata em que o regulado (a entidade gestora aeroportuária, monopolista da in-fraestrutura) se arroga o papel de regulador (tendo imposto as suas condições no contrato de conces-são que negociou com o Estado e pretendendo agora aplicar esse contrato bilateral, não publicado, a todos os utilizadores do aeroporto e que não foram sequer consulta-dos nesse negócio). Nesta AG, foi ainda aprovada a adesão da RENA à CTP, Confede-ração de Turismo de Portugal, “o que demonstra a importância que a associação dá ao desenvolvimen-to do sector do Turismo na econo-mia portuguesa e à necessidade de todos os “players” se unirem em prol desse objetivo”, realçou Pau-lo Geisler.

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Companhias aéreas voltam a contestar taxas aplicadas nos aeroportos

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MINISTRO DA ECO-NOMIA elogiou o me-lhor resultado de sem-

pre do turismo, sector que mais contribuiu para a balan-ça comercial em 2013. Os dados mais recentes do INE dão conta de uma recuperação no setor do Turismo. Houve mais hóspedes, mais dormidas, mais estrangeiros a visitar Portugal, mais proveitos. Foram os melhores resultados des-de que a troika chegou a Portugal e, foi precisamente este o setor que mais contribuiu para o aumento das exportações no ano passado. Numa conferência de imprensa, em Lisboa, para fazer o balanço do ano turístico em 2013, depois da divulgação dos dados que o Instituto Nacional de Estatística (INE), Pires de Lima afirmou que os resultados obtidos pelo sector se devem, em primeiro lugar, ao facto de Portugal ser “um excelente des-tino turístico”.“Somos bons” neste sector, refor-çou o ministro. Em segundo lu-gar, Pires de Lima atribui o bom desempenho ao facto de os ope-radores privados do sector serem “competentes”, face à concorrên-cia estrangeira, e “demonstrarem resiliência”. Enaltecendo empre-sários, gestores e trabalhadores no geral, o ministro disse que estes “são mais competentes do que os concorrentes”, dando o exemplo dos espanhóis, italianos, gregos, franceses, mercados onde o turis-mo cresceu menos em 2013.“A terceira razão é porque se adotou, desde meados de 2011, um modelo de promoção do desti-no Portugal que foi mais eficaz e eficiente na captação de turistas do que era tradição no passado”, acrescentando estar “muito con-fiante, dada a competência”, que o setor vai “continuar a crescer, e mais, do que os concorrentes”.O INE divulgou que no conjunto do ano de 2013, os estabelecimen-tos hoteleiros acolheram 14,4 mi-lhões de hóspedes (+4,2% que em

2012) e registaram 41,7 milhões de dormidas (+5,2%). O resulta-do positivo baseou-se nos merca-dos externos (+8,0%), já que “as dormidas de residentes tiveram uma ligeira redução (-0,9%)”. A evolução dos proveitos foi igualmente positiva em 2013 (+5,4% nos proveitos totais para 1.957,5 milhões de euros e +6,4% nos de aposento para 1.372,8 milhões de euros), inver-samente ao observado no ano an-terior (-2,6% e -1,3% em 2012). “Em 2013, o turismo confirmou-se como o setor que mais contri-buiu para o saldo positivo da nos-sa balança comercial. Esse saldo situou-se em 104,3% e foi positivo pela primeira vez em décadas”, sublinhou ainda Pires de Lima. Assim, o turismo é o “maior setor exportador português”, com os dados revelados a confirmarem que “tem um contributo muito expressivo para este momento de recuperação económica em Por-tugal, que se vive, e que tem, ob-viamente, que consolidar-se em

2014”, acrescentou o ministro. Para Pires de Lima, os resultados do setor “são muito importantes, e históricos, até” porque “não só re-presentam o melhor ano de sempre, mas porque acontecem num mo-mento económico particularmente exigente e muito desafiante”, sendo “mais um motivo de esperança e de confiança para a autonomia eco-nómica e financeira” de Portugal. O governante lembrou que os nú-meros do setor se traduzem na manutenção e criação de novos postos de trabalho: “Dos 128 mil e 300 postos de trabalho líquidos criados na economia portugue-sa pelas empresas, de março a dezembro de 2013, 25.703 fo-ram geradas pelo turismo ou por atividades conexas ao turismo.” Ou seja, “cerca de 20% do em-prego líquido criado ao longo dos últimos nove meses foram criados por este setor”, que em termos gerais representa 10% do Pro-duto Interno Bruto (PIB) e 8% do emprego total da economia. “O Governo quer reconhecer este

mérito e dar nota que está apos-tado em fortalecer ainda mais o turismo como um setor económico de primeira linha”, afirmou.Como frisou Adolfo Mesquita Nu-nes, secretário de Estado do Turis-mo, o setor parece ter superado os anos negros da crise, com as dor-midas em Portugal a regressarem aos valores registados em 2008 e com o número de hóspedes a bater mínimos de 2007. E isto deverá ser confirmado pelo Banco de Portu-gal quando divulgar os resultados das receitas turísticas, que este responsável aponta para valores bastante acima dos registados no ano anterior.É que “o último trimestre encerra a retoma do mercado espanhol”, principal cliente de Portugal e cujas dormidas aumentadas 1% enquanto o número de hóspedes cresceu 1,9%. De forma geral, “nunca tantos tu-ristas e tantas dormidas contribuí-ram tanto para valorizar Portugal como em 2013”, assinalou o mi-nistro da Economia.  

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Ministro da Economia elogia melhor resultado de sempre do turismo

Destaque7V I A J A R

2014 / FEVEREIRO

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Pessoas e factos 8 V I A J A R

2014 / FEVEREIRO

Julián Plana, diretor de vendas da Transhotel para Espanha, Itália e Portugal

Blue&Green Troia Design Hotel com novo diretor geral O BLUE&GREEN Tróia Design Hotel passou a contar com um novo diretor geral. Manuel Du-arte é formado em Gestão Hote-leira pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto. Com mais de 17 anos de experiencia no sector, este profissional dirigiu os hotéis do Grupo Sousa em Porto San-to, o Grupo Charming Hotels, os hotéis Dom Pedro (Algarve e Madeira) e o Hotel Meliã Ma-deira Mare.   Mais recentemen-te foi administrador da Quinta do Lorde e Administrou ainda a Marina da Quinta do Lorde. O desafio passa agora pela di-namização de um novo destino e pela direção do mais recente hotel da cadeia “Blue&Green” – a insígnia utilizada pelos resorts de 5 estrelas do Grupo Amorim Turismo. A apenas 1 hora de Lis-boa o Blue&Green Tróia Design Hotel  é um resort de 5 estrelas composto por 61 quartos de luxo e 144 suites residenciais com vistas para o mar e para a enig-

mática Serra da Arrábida. Lo-calizado numa península paradi-síaca, e rodeado pelas tranquilas águas do Oceano Atlântico, por extensas praias de areia branca e por um emblemático campo de golfe o hotel distingue-se pelas varandas ondulantes e uma fa-chada comunicante com a outra margem através de um sistema de iluminação inovador. O hotel conta ainda com um versátil Cen-tro de Conferências com 14 salas de reunião e breakout, uma das quais tem capacidade para reunir até 850 pessoas, um Centro de Espetáculos designado por arqui-tetos especialistas em som e luz e um Casino com mais de 4000m2. 

A TRANSHOTEL nomeou Julián Plana como novo Southern Euro-pe Director, cargo a partir do qual desenhará e dirigirá as estratégias de comercialização da Transhotel para os mercados de Espanha, Itá-lia e Portugal, segundo as linhas de atuação marcadas no Plano Estra-tégico 2013 – 2015 da empresa. O novo responsável, profundo conhe-cedor da casa e sua filosofia, suce-de no cargo a Gonzalo Casaubón, que deixa a empresa após 7 anos de intensa atividade, para desen-volver um projeto pessoal.Julián Plana acede à direção de vendas da Southern Europe num momento em que a Transhotel avança para a aproximação e o pleno conhecimento do cliente. Tal e como o documento diretor indi-ca, o principal objetivo da empresa, quanto à vertente comercial é, ofe-recer propostas de rentabilidade para cada tipo de agência, apostar

em soluções concretas para neces-sidades específicas em cada um dos mercados nos quais a empresa se encontra presente.A carreira profissional de Julián Plana teve início no setor turístico há mais de 25 anos. Durante este tempo, o diretor de vendas ocupou cargos de responsabilidade nalgu-mas das principais empresas do setor. No seu trajeto merece desta-que o conceito global, já que Juli-án desempenhou as suas funções, sempre orientadas ao cliente, tanto na área dos touroperadores, como no transporte aéreo ou na distri-buição hoteleira.

O PESTANA PORTO SANTO começa o ano com mais um prémio. De acordo com o Travellers’ Choice do TripAdvisor, uma das unidades All Inclusive do Grupo Pestana está entre os melhores e mais luxuosos 25 hotéis em Portugal. Uma distinção baseada na opinião de milhões de hóspedes que con-sideram a estadia no Pestana Porto Santo Beach Resort & Spa “uma experiência fan-tástica”.O TripAdvisor é sem dúvida um dos mais importantes sites onde os clientes dos hotéis podem partilhar as suas experiências de via-gens, permitindo a outros viajantes planear umas férias perfeitas. Com mais de 260 mi-

lhões de visitas, em todo o mundo, o TripAd-visor é uma ótima ferramenta de viagens, com recomendações de mais de três milhões de hotéis em todo o mundo.“É com grande satisfação que vemos refor-çada a posição do Pestana Porto entre os melhores hotéis de Portugal. Ter o reconheci-mento dos nossos clientes é para nós o mais importante. É para garantir os melhores serviços e a qualidade das unidades Pestana que trabalhamos e estes prémios incentivam-nos a fazer sempre mais e melhor”, diz Luigi Valle, administrador do Grupo Pestana. Situado na fantástica praia de Porto San-to, o Pestana Porto Santo Beach Resort & Spa oferece 9 km de um extenso areal, duas piscinas exteriores e ainda um fabuloso jardim tropical, cujo verde contrasta com o inspirador azul do mar. Uma harmonia de cores que se mantém na decoração do hotel, ideal para umas férias de sonho com “tudo incluído”.

Heike Birlenbach até agora diretora da Gestão de Cabina/Munique, foi nomeada Vice-Presidente Vendas e Serviços Europa da Lufthansa, a partir de 1 de março de 2014. A partir de Frankfurt, será res-ponsável pela organização da Lufthansa Passenger Airline na Europa. A sua função irá cobrir vendas, marketing e operações dos aeroportos. Heike Birlenbach irá reportar diretamente a Jens Bischof, CCO (Chief Commercial Officer) e membro do Conselho de Administração da Lufthansa German Airlines. Heike Birlenbach começou a trabalhar na Lufthansa em 1990. Durante o seu curso de Turismo e Economia, ocupou diversos lugares no aeroporto de Frankfurt; em 1994, passou para o departamento de vendas, onde era gestora de contas, entre outras fun-ções. Em 1999, foi nomeada diretora geral de Marketing e Apoio às Vendas Sales Europa a partir de Londres. Subsequentemente, a partir de 2002 ficou encarregue da organização da Lufthansa nos países de Benelux a partir de Amesterdão. Heike Birlenbach voltou par a sede da Lufthansa em Frankfurt em 2006 como diretora da gestão de Produto para o tráfego doméstico e europeu. Em 2009, foi nome-ada diretora da Lufthansa Itália a partir de Milão, tendo passado a ocupar o cargo atual em 2011 como diretora da Gestão de Cabina/Munique, responsável pelos 4 500 tripulantes de cabina da base de Munique 500, qualidade e formação. Heike Birlenbach tem um mestrado em Gestão da Universidade McGill de Montreal, Canadá.

Heike Birlenbach nova vice-presidente Vendas e Serviços Europa da Lufthansa

Pestana Porto Santo entre os melhores e mais luxuosos 25 hotéis em Portugal

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Pessoas e factos9V I A J A R

2014 / FEVEREIRO

COM PATROCÍNIO

www.europcar.pt

A AMADEUS premeia o mérito com a entrega de 11 prémios na Gala dos Amadeus Brighter Awards 2013, decorrida na Fundação Champalimaud. Antó-nio Costa, da CML foi eleito a personalidade do ano pela noto-riedade e reconhecimento inter-nacional de Lisboa como destino turístico.Os gestores do ano nas áreas de aviação, hotelaria e rent-a-car foram para Luiz da Gama Mór, da TAP, face à afirmação do hub de Lisboa, Jorge Rebelo de Almeida, do grupo Vila Galé, pelo crescimento sustentado dos resultados financeiros e Paulo Moura, da Europcar, pela visi-bilidade. O prémio gestor do ano em cru-zeiros coube a Eduardo Cabrita, da MSC Cruzeiros, pelo cresci-mento sustentado e liderança, enquanto na área dos opera-dores turísticos o premiado foi Nuno Mateus, da Solférias, pela integração de novos destinos e consolidação do mercado chave e na capítulo das agências de viagens de lazer, o distinguido foi Diamantino Pereira, da agência Abreu, pelo fortalecimento da marca e capacidade de promo-ção.O prémio gestor do ano em In-coming / MICE foi para Dio-go Assis, da events by tlc, pela sustentabilidade na internacio-nalização da atividade, em cor-porate, para Fréderic Frére, da Travelstore, pela proximidade comercial ao cliente em eventos, enquanto a ideia do ano foi para António Ceia da Silva, da 365 dias de emoções, pelo desenvol-vimento do turismo de experien-cias na vida da região.Cerca de 400 personalidades do turismo marcaram presença numa gala glamorosa. Numa plateia composta por empresá-rios e pelos mais altos quadros da indústria, destacaram-se individualidades como o presi-dente da Associação do Turismo de Lisboa - ATL e da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, o presidente do Turismo

Amadeus premeia mérito na Gala Brighter Awards 2013

de Portugal, João Cotrim, ex-secretários de Estado e diversos deputados. Além das 10 categorias a voto, houve ainda lugar a um 11º pré-mio, não sujeito a voto, atribuí-do diretamente pela Amadeus e

denominado Amadeus Brighter Award 2013. Este prémio foi para Alexandre Matos, CEO da ES Viagens.A animação do evento ficou a car-go do show internacional de tribu-to aos ABBA, pelos Platinum.

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10 V I A J A R

2014 / FEVEREIROHotelaria

S PREÇOS médios das diárias nos hotéis de 5 e 3 estrelas da cidade de Lisboa caíram em 2013 para novos mínimos desde 2007 num mês de no-

vembro, e os 4 estrelas, categoria com maior número de quartos, apenas estiveram 4,2% acima do mínimo, de novembro de 2012, de acordo com os dados do Observatório do Turis-mo de Lisboa.A queda do preço médio dos quartos re-lativamente a novembro de 2012 foi mais acentuada em novembro nos 3 estrelas, em 5,5%, para 41,52 euros, enquanto nos 5 estrelas foi de 1,8%, para 114,68 euros. Com 59,43 euros, os 4 estrelas ficaram 4,2% acima de novembro de 2012, em que tinham registado a queda mais forte do mês, em 6,7%. Ainda assim, em RevPAR, que mede a recei-ta média de quartos por quarto disponível e é o in-dicador mais utilizado na hotelaria para avaliar a rentabilização da capaci-dade, novembro foi um mês de recuperação, com au-mentos homólogos nas três categorias com dados pu-blicados pelo Observatório. A ‘chave’ foi a evolução da taxa de ocupação dos quar-tos, que subiu em todas as categorias, especialmente nos 5 e nos 3 estrelas, res-petivamente em 4,2 pon-tos, para 50,6%, e em 5,2 pontos, para 63%, enquan-to os 4-estrelas tiveram +1,3 pontos, para 62,3%. Estas subidas, porém, não evitam que todas as cate-

gorias tenham quedas acentuadas da taxa de ocupação quando se compara com os anos pré-crise mundial de 2009, mas também a oferta de quartos evoluiu em alta acentuada. Apesar desse aumento da capacidade, o cresci-mento da procura permitiu que, relativamente a Novembro de 2010, os 5 estrelas tivessem um aumento da taxa de ocupação em 4,2 pontos, os 4 estrelas, 2,5 pontos, e os 3-estrelas, 5,7 pontos. Estas subidas, porém, não foram suficientes para que a hotelaria começasse a reposicio-nar os preços mais acima e quando se com-para os preços médios de quartos em Novem-bro de 2013 com o mês homólogo de 2010, os 5-estrelas têm uma queda de 12,5%, os 4 estrelas, em 9,9%, e os 3-estrelas, em 9,5%. O efeito dessa baixa dos preços médios é que ape-sar da subida das taxas de ocupação, as RevPAR

de novembro de 2003 face às do mês homólogo de 2010 têm quedas de 4,6% nos 5-estrelas, 6,1% nos 4 estrelas e 0,6% nos 3-estrelas. E se a comparação foi com o melhor ano pré-crise mundial (2007), as RevPAR de novembro de 2013 estão em todas a categorias cerca de um terço abaixo, com quedas de 32,9% nos 5 estrelas, 34,4% nos 4 estrelas e 32,6% nos 3 estrelas.

DORMIDAS DE TURISTAS ESTRANGEIROS: LISBOA CRESCE

ACIMA DA EUROPAAs dormidas de turistas estrangeiros na Re-gião de Lisboa cresceram 9,1%, muito acima da média europeia (4,8 %), entre janeiro e novembro de 2013.A Região de Lisboa registou um total de 9,5

milhões de dormidas, das quais 7,2 milhões são de estrangeiros, segundo da-dos do Observatório do Turismo de Lisboa. Já a Europa apresenta uma média total de 2,6 mil milhões de dormidas, com os não residentes a tota-lizarem 1,2 mil milhões, de acordo com análise do Eurostat, em 28 países.Mário Machado, presi-dente adjunto da Asso-ciação Turismo de Lis-boa enaltece que “a boa performance de Lisboa é sinónima de mais turis-mo e mais receitas, o que para além de beneficiar a região, favorece a econo-mia do país.”

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Hotelaria de Lisboa mantém preços em baixa

O NOVO Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos (RJET) já foi publicado em Diário Da República. Os princípios que nortearam este diploma foram: eficiência, simplificação, diminuição de custos de contexto e liberalização de procedimentos.O novo diploma permite a redução das condições necessárias à instalação dos empreendimentos turís-ticos; Alargamento do mecanismo de deferimento tácito, eliminação dos requisitos de acesso à profis-são de diretor de hotel, mas mantém-se a existência da profissão, eliminação da Declaração de Interesse

para o Turismo, porque se trata de uma burocracia inútil, que atrasa o investimento e parece desconhe-cer que são os turistas a reconhecer ou a declarar o interesse para o Turismo, e não o Estado, bem como eliminação das taxas devidas pela realização de auditorias obrigatórias de classificação efetuadas pelo Turismo de Portugal, assim se reduzindo o peso do Estado sobre a economia e os privados.Sobre o novo RJET o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, declarou que “este diploma assume quatro objetivos que tenho enuncia-

do como sendo objetivos do meu mandato: eficiên-cia, simplificação, diminuição de custos de contexto e liberalização de procedimentos. Com ele, com o novo procedimento de licenciamento, contribuímos para que o sector se possa adaptar às necessidades cada vez mais diversificadas e exigentes dos nossos turistas e não às necessidades do Estado. Queremos que o Turismo nacional se continue a afirmar pela sua qualidade, diversidade e adaptabilidade. Não há outra forma de sustentar o bom desempenho do sector.”

RJET: Licenciamento zero do turismo já está em funcionamento

Page 11: Viajar Magazine - Fevereiro 2014

E ACORDO com os dados do Hotel Monitor da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, no mês de novembro de 2013, nos hotéis por-

tugueses a taxa de ocupação quarto aumentou 2,36 p.p., o preço médio por quarto ocupado subiu 1,71% (fixando-se em 58,79 euros) e o RevPar – preço médio por quarto disponível cresceu 7,28% (fixando-se em 26,82 euros), comparando com dados de novembro de 2012.No mês de novembro, Lisboa (43,06 euros), Madeira (33,46 euros) e grande Porto (27,03 euros) foram os destinos turísticos com o Re-vPar mais elevado.Um destaque especial para a performance da cidade de Coimbra  no mês de novembro de 2013: a taxa de ocupação subiu 5,49 pp e o RevPar 13,96%, relativamente ao mês homó-logo.Miguel Júdice, administrador do Grupo The-ma, sublinha “Coimbra é uma cidade com uma grande vocação para congressos e eventos médicos devido à sua localização central em Portugal e também à força da sua comuni-dade médica e hospitalar. Quando o centro de Congressos estiver concluído a cidade vai ficar dotada de um equipamento que lhe permitirá receber congressos de maior dimensão com grande dignidade”.Também para Joaquim Fernandes, diretor geral do Vila Galé Coimbra, unidade com 229 quar-tos, a quantidade de eventos médicos que se re-alizaram em Coimbra no mês de novembro foi a causa da subida dos números da hotelaria: ”Só para referir alguns eventos médicos, em novem-bro recebemos as jornadas de cardiologia e de endocrinologia; a reunião anual da associação portuguesa da intervenção cardio vascular; o encontro da sociedade portuguesa de cuidados intensivos, eventos estes com cerca de 200 a 350 participantes. E toda a cidade mexe com estes encontros médicos”.Em termos de acumulado (janeiro a novembro de 2013), todavia, nota Cristina Siza Viei-ra, presidente da Direção Executiva da AHP “Coimbra não acompanhou o resto do país, o que reforça ainda mais a importância e peso do segmento MICE (meetings, congress, incentives and events) neste destino”.Quanto a Portugal, entre janeiro e novembro de 2013, comparando com o período homólogo em 2012, a taxa de ocupação quarto cresceu 2,4 p.p (fixando-se em 60,8%);o preço médio por quarto ocupado mais 1,38% (atingiu os 67,68

euros), e o RevPar mais 2,93% (41,15 euros).Na análise do período de janeiro a novembro de 2013 a taxa de ocupação quarto foi de 60,8% mais 2,4 p.p. do que no período homólogo an-terior.O preço médio por quarto ocupado foi de 67,68 euros no acumulado de janeiro a novembro de 2013 mais 1,38% do que em 2012.O RevPar foi de 41,15 euros no período de ja-neiro a novembro de 2013, mais 2,93% do que em 2012.De janeiro a novembro de 2013 a receita média por turista no hotel por mês diminuiu 0,99%, atingindo o montante de 100 euros.A estadia média no período de janeiro a novem-bro de 2013 foi de 1,91 dias menos 1,04% do que no período homólogo anterior.De janeiro a novembro de 2013 a receita total por quarto disponível (TRevPar) foi de 60,49 euros, valor que representa um aumento de 5,22% face ao período homólogo de 2012.

AHP SERÁ OUVIDA NA AR SOBRE COMISSÕES PAGAS

PELOS CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) será ouvida em março pela Comissão Parla-mentar das Finanças e Orçamento, no âmbito das audições promovidas quanto ao Projeto de Lei nº 478/XII/3.ª que visa aprovar o regime jurídico aplicável às relações entre as institui-ções bancárias e as instituições prestadoras de serviços de cartões como meio de pagamento de transações comerciais.

Recorde-se que a AHP tem estado a acompa-nhar de perto a evolução deste  dossier, tam-bém a nível europeu, e que defende a redução das comissões pagas pela utilização de cartões de débito e de crédito em transações realiza-das em Portugal.De resto, o inquérito recente feito à hotelaria nacional pela AHP sobre as taxas das comis-sões de débito e crédito cobradas pela Banca e pela Unicre, os resultados não poderiam ser mais esclarecedores quanto ao encargo supor-tado pelas unidades hoteleiras e que acaba por ser refletido no preço final ao consumidor. O inquérito revelou que, na generalidade, as ta-xas são muito superiores às praticadas na Eu-ropa, tanto para o débito como para o crédito.Para o Presidente da AHP, Luís Veiga, “A ho-telaria aguarda com expetativa a redução des-tas comissões em Portugal, das mais elevadas da Europa, para valores que já são praticados em operações transfronteiriças. A audição da AHP irá reforçar que a redução deste tipo de taxas cobradas na prestação de um serviço vai permitir melhorar a nossa competitivida-de internacional, posto que a hotelaria é por excelência uma atividade económica de expor-tação”.O responsável da AHP rematou: “Esta inicia-tiva da Assembleia da República é, por isso, muitíssimo oportuna: veja-se o caso de França que, por questões de competitividade, já está também a avançar com iniciativas similares, optando por não esperar pela conclusão do processo legislativo europeu.”

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Hotelaria11V I A J A R

2014 / FEVEREIRO

Preço médio por quarto ocupado subiu 1,71%

AHP DIVULGA INDICADORES DA HOTELARIA

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2014 / FEVEREIROHotelaria

APÓS TRÊS ANOS, os uniformes dos anfitriões do Front-Office e andares do Lisboa Marriott Hotel, estão a ser trocados por novos modelos. A mudança de imagem surge na sequência de todo o trabalho desenvolvido, nos últimos anos por a Marriott Internacional para transformar numa das cadeias hoteleiras mais forte, moderna e competitiva. Lisboa Marriott Hotel não pretende apenas dar a ideia de uniformi-zação mas de um vestuário de trabalho mais moderno e elegante em que todos os anfitriões sintam-se atraentes e confortáveis.Elmar Derkitsch, diretor geral, disse que “a expetativa é que até o final do ano todos os departamentos já estejam a usar os novos modelos”.

A VILA GALÉ lançou o 365º, um programa de for-mação de recursos humanos, que vai propor-cionar aos jovens com potencial para a função de Assistente de Direcção, a oportunidade de receberem formação nos hotéis Vila Galé, ao longo de um ano. “O programa permitirá ao jovem, ao longo desse ano, o contacto estreito com todos os departamentos operacionais, em três unidades hoteleiras diferentes do grupo, proporcionando assim uma experiência em diversos contextos de operação hoteleira e conferindo, simulta-neamente, a possibilidade de contacto com distintas lideranças”, explica a Vila Galé em comunicado. O programa tinha sido já anunciado durante o último congresso da Associação dos Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), que decorreu em outubro, no Estoril, e arranca agora já com dois elementos seleccionados, um dos quais um proveniente de fora do grupo e outro que já era colaborador numa das unidades do grupo Vila Galé. Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé, explica que a própria designação “pretende dar a entender a finalidade do pro-grama: 365 porque a duração é de um ano; Vila Galé 365º porque a visão da organização que se pretende dar ao jovem (vários hotéis, várias secções, várias lideranças) quer ser ainda mais abrangente do que uma visão 360º”.

Lisboa Marriott Hotel com nova imagem

Vila Galé lança programa de formação de recursos humanos

DEPOIS DE UMA CURTA PAUSA, a Pousada de Arraiolos volta a abrir as suas portas. Situada num antigo convento do século XVI, a Pousada de Arraio-los é um exemplo da arte de recuperação de monu-mentos que tem sido levada a cabo pelo Grupo Pes-tana. Com 35 quartos únicos, este antigo convento é a combinação perfeita entre a arquitetura moderna e a tradição de um edifício histórico. A austeridade e penitência deram hoje lugar ao conforto e bem-estar num espaço onde predomina o branco, os objetos de design e o culto aos prazeres da vida. A boa comida alentejana é um dos melhores pretex-tos para visitar esta pousada, irresistível com os seus largos terraços soalheiros e a vista panorâmica. Um lugar deslumbrante ideal para escapadas românticas ou férias em família (as crianças até 12 anos não

pagam), com o melhor do turismo de experiências sugerido pelo programa Alentejo Original. Aceite a nossa sugestão e embarque nesta viagem por um dos segredos mais bem guardados do nosso país.

Pousada de Arraiolos volta em todo o seu esplendor

E PORTAS ABERTAS desde 13 de outu-bro de 1944, então com o nome de Hotel do Império, o Hotel Britania, unidade que

integra a colecção de hotéis de charme He-ritage Lisboa, celebra este ano o seu 70º aniversário. Projectado pelo arquitecto Cassiano Branco, o en-tão Hotel do Império depressa se tornou um símbo-lo de luxo e modernidade. Praticamente inalterado durante três décadas, é em meados dos anos 70 que sofre alterações significativas, embora mantendo in-tacto o edifício, e assume o nome de Hotel Britania. De então para cá, o hotel tem sido alvo de obras de beneficiação: nos anos 90 é restaurado o edifício de forma a recuperar os seus traços Art Déco, em 2004 foi restaurado o chão original dos quartos e o mobiliário, e em 2005 foi construído no terraço um piso recuado. A celebrar o seu 70º aniversário, o hotel recebeu uma vez

mais obras de beneficiação, agora no piso recuado, onde os quartos e a suite passaram a dispor de uma nova deco-ração que integra pelas originais de mobiliário Art Déco. “Manter vivo este edifício e as suas memórias tem sido o objectivo do trabalho realizado. Nelas reside, em par-te, o fascínio deste pequeno Grande hotel, património de todos, cuja história se confunde com a história de Lisboa e que comemora este ano, ao som do Swing e em grande forma, 70 anos de existência”, lê-se numa nota informativa.Desde a sua inauguração até hoje, pelo Britania pas-saram inúmeras figuras públicas, nacionais e estran-geiras. Por ali passaram nomes como Manuel Fontes Pereira de Melo, Francisco de Sousa Tavares, Sofia de Mello Breyner, Omar Shariff, Natália Correia, Vinícius de Moraes, Raul Solnado, Cardoso Pires, entre muitos mais.

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Unidade mantém glamourHOTEL BRITANIA CELEBRA 70 ANOS

Page 13: Viajar Magazine - Fevereiro 2014

EMISSÃO DE BILHETES é uma das tarefas diárias e, por vezes, morosas, dos agentes de viagens. No sentido de

facilitar o trabalho dos profissionais do turismo portugueses, a Travelport – que integra o sistema de reservas de viagens Galileo, utilizado pela grande maioria das agências de nacionais – criou uma solução tecnológica que automatiza esta tarefa, a Travelport Queue Control Console. O novo produto cria regras para quando os bilhetes são emitidos, não sendo necessária intervenção direta do agente.A Travelport Queue Control Console filtra as reser-vas segundo critérios específicos, e permite que os agentes definam a agenda de execução das tarefas automáticas consoante mais lhes convém, criando as tarefas por dia ou mesmo por hora, e têm ainda a possibilidade de monitorizar a “fila” de ações. Ou-tra das vantagens da ferramenta – que utiliza o ser-viço web para aceder a dados e registos do sistema – é permitir que os bilhetes sejam reservados num local e emitidos noutro, ou ainda reservados por um agente e emitidos por outro na mesma localização.A inovação tecnológica é prioridade da multinacio-nal de turismo que já lançou vários produtos que fa-cilitam o dia a dia dos agentes de viagens. Reginald Warlop, VP Product Portfolio da Travelport, revela-se satisfeito com o lançamento da nova ferramenta, que “ se ocupa, de forma automática, de tarefas ro-tineiras e repetitivas”. Deste modo, “os agentes têm mais tempo para se dedicarem a outras atividades mais rentáveis”, refere.

NOVO SMARTPOINT CONCEBIDO A PENSAR NOS AGENTES

A Travelport, multinacional de turismo represen-tada em Portugal através do sistema de reservas Galileo, lançou uma versão melhorada da aplicação Travelport Smartpoint para as agências de viagem.

Os aperfeiçoamentos incluem gráficos de mapea-mento interativos, bem como uma nova gama de ferramentas e funcionalidades intuitivas desenhadas para ajudar os agentes de viagem a incrementar o seu negócio.Esta nova versão do Travelport Smartpoint garante o acesso rápido aos conteúdos, melhorando as op-ções de reserva de hotéis, a procura das melhores tarifas, bem como o mapeamento para a marcação de lugares, permitindo aceder a todas as caracterís-ticas de cada assento. A capacidade de oferecer aos utilizadores uma junção entre gráficos interativos e uma série de ferramentas permite poupar tempo, re-duzindo assim os custos na formação e acelerando o processo de reservas.O novo design do Travelport Smartpoint teve por base o  feedback dos utilizadores e a investigação da equipa de inovação da Travelport. “Tendo cola-borado de perto com os nossos clientes, estamos confiantes de que as melhorias feitas farão com que a aplicação Travelport Smartpoint seja ainda mais fácil e eficaz de utilizar pelos agentes de via-gem. Tivemos um ótimo feedback dos clientes que acederam ao nosso serviço durante a longa fase de testes e servimo-nos desse envolvimento para afinar pormenores até chegar ao produto final”, refere Jason Nash,  vice-presidente da Travelport para a Inovação. Desde o lançamento em 2011, o Travel-port Smartpoint já é utilizado por mais de 110 mil agentes de viagens.

Tecnologias13V I A J A R

2014 / FEVEREIRO

Travelport automatiza emissão de bilhetes nas agências de viagens A MAIOR AGÊNCIA DE VIAGENS ONLINE DA EUROPA,

eDreams (www.edreams.pt), continua a liderar no comércio eletrónico com um aumento de mais de 100% nas reservas de automóveis e hotéis. A companhia, líder europeia em voos, consegue assim consolidar-se noutros setores do negócio turístico como as dormidas em hotéis e o aluguer de automóveis.Juan Uribe, diretor de hotéis, pacotes dinâ-micos e aluguer de automóveis da eDreams, sublinha que “os produtos turísticos são especialmente adequados para a distribuição online; os bilhetes de passagens aéreas foram os grandes precursores desta tendência mas é cada vez mais visível que as reservas de auto-móveis e hotéis seguem o mesmo caminho, algo que a companhia já previa há alguns anos permitindo-nos avançar com uma plataforma única, com a maior oferta do mercado”.A agência, que baseia o seu crescimento na diversificação, na inovação e na internacionali-zação, aposta no desenvolvimento de produtos turísticos complementares aos bilhetes de passagens aéreas, “os mais populares entre os e-viajantes”. Para Uribe, “a nível online, abranger a maior parte das necessidades do turista durante a sua viagem não só supõe uma grande comodidade como também ajuda a poupar na hora de viajar”.Com o objetivo de facilitar a vida aos viajan-tes, a eDreams apostou fortemente na inova-ção ”sem a qual seria impossível desenvolver ferramentas capazes de pôr à disposição dos nossos clientes toda a oferta existente, ao melhor preço e de uma forma organizada, permitindo aos clientes encontrarem o que pretendem de forma simples e rápida”. Com estas ações, a eDreams conseguiu aumentar as reservas de hotéis em mais de 115% e conquistar taxas de reservas de veículos supe-riores a 50% a nível mundial.Segundo o diretor de hotéis e pacotes dinâmi-cos da eDreams, “para aumentar as reservas hoteleiras centrámo-nos em ter a melhor plataforma, com o melhor conteúdo descritivo e gráfico da nossa oferta, permitindo uma utili-zação fácil e intuitiva da página e, desta forma, cingirmo-nos às necessidades do cliente”.A fórmula de êxito no caso do aluguer de veículos deve-se também ao fato de termos conseguido conjugar a maior oferta ao melhor preço. ”O automóvel é uma ferramenta que possibilita uma grande liberdade quando via-jamos e permite poupar consideravelmente o tempo em deslocações, pelo que cada vez são mais os turistas que reservam o seu veículo no momento de compra da viagem”, conclui Uribe.

eDreams regista aumento de mais de 100% em reservas online de automóveis e hotéis

A

A ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO acaba de lançar no mercado turístico a aplicação móvel You-Go Alentejo e Ribatejo, reforçando assim a presen-ça online da vasta e diferenciadora oferta dos dois destinos. A aplicação pretende facilitar aos visitantes das duas regiões o acesso a informações turísticas relevantes, como por exemplo contactos de restaurantes e aloja-mentos, dados sobre actividades de lazer e animação, ou a agenda cultural dos territórios, compostos por

58 concelhos. Para a Turismo do Alentejo, a aposta nas ferramentas e motores de busca da Web assu-miu-se, desde sempre, prioritária, sendo que este é mais um dos mecanismo que permite aos visitantes e turistas terem acesso, em qualquer local, à infor-mação sobre os produtos turísticos do Alentejo e Ribatejo. Otimizada para smarthphones, a aplicação está dis-ponível para ser descarregada nas lojas online Google Play e Apple Store, ou no site www.visitalentejo.pt.

Turismo do Alentejo lança aplicação móvel YouGo Alentejo e Ribatejo

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2014 / FEVEREIROEventos

FEIRA INTERNACIONAL DE TU-RISMO, que se realiza de 12 a 16 na FIL, em Lisboa, surge este ano

com um novo posicionamento. Além da tradicional BTL profissional, que decorre nos três primeiros dias do certame, o fim-de-semana aposta no grande público e no lançamento de mega promoções de viagens e estadias. De acor-do com Fátima Vila Maior, diretora de feiras da AIP, “a adesão dos expositores a este novo con-ceito tem sido fantástica e estamos certos que milhares de portugueses irão à BTL para esco-lher e comprar as suas férias”. Aliás, a pensar neste novo formato, a organização vai lançar uma campanha – Televisão, Imprensa e ações de marketing de guerrilha – com o enfoque nos “Preços Loucos da BTL”.Mas a BTL 2014 quer marcar pela diferença e não deixar ninguém indiferente. O tema deste ano é “Turismo, a indústria do sorriso”. Para o efeito, uma equipa de quatro dezenas de volun-tários irá percorrer pontos estratégicos de Lis-boa a distribuir sorrisos em cartolina, chaman-do assim à atenção para a realização da Feira Internacional do Turismo e para a importância do sector.

A par desta iniciativa a organização da BTL prepara-se para lançar os BTL Blogger Travel Awards, premiando assim os melhores blogues de Turismo e Viagens, assim como o prémio de Melhor Stand para o Público – Ativação de Marca, uma forma de incentivar as empresas a realizarem ações orientadas para os consumi-dores finais.

START-UPS E TURISMO RURALNos últimos anos temos assistido ao surgimento de inúmeras start-ups na área do Turismo. Aten-ta a este fenómeno e consciente que muitas boas ideias têm surgido através destas empresas, a BTL lança este ano a BTL Start-Up. Na prática a organização irá contemplar uma área especí-fica do centro de exposições para, e em stan-ds tipo, dar a possibilidade às novas empresas e novas ideias se mostrarem não só ao público como aos profissionais. “Acreditamos que este ‘sangue novo’ que entra no sector poderá dar grandes contributos à economia nacional. Desta forma e através do pagamento de um valor sim-bólico damos a possibilidade das grandes ideias estarem junto dos buyers.”A mesma fórmula se parece aplicar à BTL Ru-

ral, que servirá assim de montra para as unida-des turismo rural. Esta é uma iniciativa que já teve o seu início em edições anteriores da BTL e que entra agora na fase de maturidade.

APOSTA NO MI E SUSTENTABILIDADE EM FORÇA

Já não é segredo para ninguém que a BTL 2014 vai decorrer sob o signo da sustentabilidade, ou não fosse o Amazonas o destino internacio-nal convidado, e os Açores o destino nacional. Mas ao Amazonas vai juntar-se o Pará e outros vários estados brasileiros a revelar em breve, consolidando a Feira Internacional de Turismo como o grande hub de destinos de Países de Língua Oficial Portuguesa. Aliás, a pensar neste posicionamento, logo no primeiro dia do certa-me irá decorrer o I Fórum Internacional de Go-vernantes de Turismo da CPLP, sob os auspícios da Organização Mundial de Turismo.E depois do sucesso do programa de hosted buyers do ano passado, a BTL reforça a sua aposta com o enfoque num ambicioso programa de promoção da Meeting Industry. Esta inicia-tiva conta com o forte apoio e empenho da TAP e promete trazer grandes resultados ao sector.

BTL 2014 aposta em preços loucos

A

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2014 / FEVEREIRODossier

PORTO foi eleito o me-lhor Destino Europeu para 2014, nos pré-

mios Best European Destination, e a Madeira está em sexto lugar no Top10 dos melho-res destinos europeus este ano. Ao todo estavam 20 cidades em competição para o prémio Best Eu-ropean Destination 2014, criado pela Best European Destination, Eu-ropean Best Destination, uma orga-nização sem fins lucrativos sediada em Bruxelas “e desenvolvida para promover a cultura e o turismo na Europa”, lê-se no site da entidade.  Depois de três semanas de votos, o Porto foi eleito como o melhor destino, seguido de Zagreb, Croá-cia, Viena, Áustria, Nicósia, Chi-pre, Budapeste, Hungria, Madeira, Milão, Itália, Madrid, Espanha, Berlim, Alemanha e Roma, Itália.  O Porto “é excecional” e “em mais do que uma maneira”, diz o site do Best European Destination, que real-ça a história, a arquitetura, cultura, gastronomia, comércio, “encontros e descobertas” que existem na cida-de. A cidade tem “todo o encanto de cidades que coabitam de forma feliz com o seu rio”, permitindo passeios ao longo do Douro, na Ribeira, diz ainda o site, onde destaca também a

descoberta das “magníficas paisagens e pontes” através de cruzeiros no rio, ou um passeio de elétrico até à Foz.  Na Madeira, o destaque vai para o cenário “deslumbrante” e as “monta-nhas luxuriantes” com o clima ameno todo o ano, a boa receção calorosa, paz, segurança, que tornam as férias “inesquecíveis”. A Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP), entidade oficial respon-sável pela promoção externa da região Porto e Norte de Portugal, congratu-

la-se com o facto de a cidade do Por-to ter conquistado, pela segunda vez consecutiva, o prémio “European Best Destination 2014” e afirma que este será um fator decisivo para a atração de mais turistas durante o ano.“A cidade do Porto é com toda a cer-teza o melhor destino europeu para 2014. A aposta na diversidade e au-tenticidade da oferta deste destino, o investimento em mais e melhores es-truturas de apoio e todo o trabalho de promoção que tem sido feito a nível

internacional, mostram os seus re-sultados e o Porto recebe assim uma distinção mais do que merecida!”, afirma Helena Gonçalves, diretora executiva da Associação de Turismo do Porto e Norte.A cidade do Porto conquistou o maior número de votos na competição “European Best Destination 2014” – 14,8% - entre as 10 cidades fina-listas, entre as quais se contavam Ma-drid, Berlim, Roma, Barcelona e Viena de Austria, entre outras.

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Porto eleito melhor Destino Europeu para 2014

PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO

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OMBATER A SAZONALI-DADE durante os meses de inverno, aumentar a notoriedade do destino e

o incremento de dormidas de estran-geiros são os objetivos da campanha que a ATP está a promover até março conjuntamente com as companhias aéreas low-cost Easyjet, Transavia e VuelingA Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP), entidade responsável pela promoção externa do destino Porto e Norte de Portugal, está a pro-mover, até final de março, uma cam-panha de marketing co-branding com três companhias aéreas — Easyjet, Transavia e Vueling. Esta campanha tem como objetivo combater a sazo-nalidade do turismo na época baixa, aumentar a notoriedade do destino nos mercados prioritários e cumprir as metas definidas para este ano: in-cremento de 140.786 dormidas de estrangeiros. A estratégia de comunicação adotada aposta essencialmente no marketing digital, através de publicidade nos we-

bsites das companhias aéreas, mailin-gs e newsletters, search engine e social media marketing. “A realização de campanhas de ma-rketing em parceria com companhias aéreas que operam no Aeroporto In-ternacional Francisco Sá Carneiro são de extrema importância já que

potenciam a ocupação da capacidade aérea em curso e consequentemente incrementam as dormidas de estran-geiros no Destino Porto e Norte de Portugal” afirma Rodrigo Pinto Bar-ros, Presidente da Direção Interino da Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP).

A EUROPE AIRPORT anuncia que lançará, no ve-rão de 2014, novos voos regulares para o aeroporto Brest Bretagne e para o aeroporto Brive-Vallée, com partida do Porto.A companhia aérea francesa dá continuidade à estra-tégia de diversificação e lança novos voos regulares, a partir de julho de 2014.Todas as sextas-feiras, entre 4 de julho e 29 de agosto de 2014, a Europe Airpost assegurará voos regula-res que ligarão a cidade do Porto aos aeroportos de Brest e de Brive, com um Boeing 737-300, com capa-cidade para 147 lugares. Partida de Brest às 10H15 e chegada ao Porto às 10H55. Partida do Porto às 16H50 e chegada a Brest às 19H30. Partida de Bri-ve às 15H20 e chegada ao Porto às 16 horas. Partida do Porto às 11H50 e chegada a Brive às 14H35.“A nossa companhia sempre considerou a ligação das Regiões um eixo prioritário para o respetivo desen-volvimento. Com a abertura de uma linha que liga o Porto às duas regiões francesas que têm uma relação

especial com Portugal, a Europe Airpost reforça a sua imagem de marca: os aviões ao serviço do Ho-mem”, afirma Jean-François Dominiak, diretor-geral da Europe Airpost.“O facto de a Europa Airpost ter aberto novas liga-ções para o Porto deixa-nos muito orgulhosos. Estas ligações aproximam os portugueses que vivem em França das respetivas famílias e contribuem para o desenvolvimento turístico destas regiões. Ao longo dos últimos anos, o mercado francês do Porto de-monstrou a sua força e tornou-se atrativo para as companhias aéreas. Além disto, este mercado ofere-ce, também, um potencial de crescimento.” Fernando Vieira, diretor do Aeroporto do Porto.A Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP), congratula-se com o facto da cidade do Porto rece-ber, no próximo verão, duas novas rotas aéreas pro-cedentes de Brest e Brive, em França. As duas novas rotas aéreas da companhia Europe Airpost demons-tram a vitalidade e notoriedade do destino Porto e

Norte de Portugal, contribuindo para a consolidação da capacidade aérea no destino e para o incremento do número de dormidas de estrangeiros.Entre 4 de julho e 29 de agosto, os voos terão uma periodicidade semanal, realizando-se todas as sextas-feiras a partir dos aeroportos de Brest Bretagne e Brive – Vallée de la Dordogne. No caso de Brive, trata-se mesmo da primeira ligação aérea entre os dois aeroportos.“Acolhemos com muita satisfação as novas ligações aéreas da Europe Airpost, a operar voos semanais diretos para o Porto, no período de verão. O facto de serem voos procedentes de Brest e Brive permite alargar o nosso espectro de influência a outras re-giões da França, que é um dos nossos mercados es-tratégicos e ocupa presentemente o 2.º lugar no Top 10 dos mercados internacionais do destino Porto e Norte de Portugal”, salienta Helena Gonçalves, di-retora executiva da Associação de Turismo do Porto e Norte.

C

ATP promove campanha conjunta com rotas aéreas

COMBATER SAZONALIDADE

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A ASSOCIAÇÃO DE TURISMO DO PORTO E NORTE (ATP acaba de anunciar que o filme “Os Meninos do Rio”, a curta-metragem do jovem realizador espanhol Javier Macipe Costa, é um dos 30 finalistas do concur-so “El Corto del Año” (num total de 600 candidatos). A produção deste filme na Ribeira do Porto contou com o apoio da ATP, integrando-se na estratégia de promoção do destino naquele que é um dos seus mercados prioritários, a Espanha.“O facto de estar entre os nomeados é muito importante e contribui para a divulgação deste filme no mercado espa-nhol, que é prioritário para nós e está em primeiro lugar no Top 10 dos visitantes estrangeiros à região Porto e Norte”, explica Helena Gonçalves, diretora executiva da Associação de Turismo do Porto. “O filme retrata não apenas os aspectos sócio-culturais, mas também uma zona histórica do Porto considerada património mundial pela UNESCO e que representa um dos maiores atrativos turísti-cos do destino”, acrescenta.

Filme promove a cidade do Porto

Europe Airpost lança novos voos regulares para o Porto

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IAJAR - Qual a estratégia da ATP?Rodrigo Pinto Barros - A estratégia da Associação de Turismo do Porto e Nor-

te (ATP) e do Porto Convention Bure-au (PCVB) encontra-se atualmente alicerçada na interligação/sinergia dos diferentes instrumentos promocionais ao nosso dispor, entre eles a promoção dos Congressos em ações que privilegiem a proximi-dade e o “eye-contact”. É nossa convicção que este modelo de marketing permite um maior incremento de dormidas da região Porto e Norte de Portugal (PNP), visto podermos demonstrar com grande vivacidade, profissionalismo e sobretudo energia, todas as potencialidades do destino, assim como a vasta oferta em infra-estruturas /serviços que dis-pomos. Na prossecução desse objetivo, temos vindo a pautar, de uma forma consolidada, a nossa presença em Fei-ras Internacionais ligadas ao turismo genérico/ lazer e ao turismo de negócios. Deste modo conseguimos reforçar a nossa imagem/oferta perante players já conhecedores do Destino e, paralelamente, procura-mos aliciar novos players para este excelente Des-tino.De igual forma, ações promocionais em colaboração com os nossos associados, entre as quais, workshops e roadshows no exterior, têm-se confirmado como uma aposta da ATP/PCVB junto dos agentes do setor. Com a imprensa temos realizado inúmeras ações de promoção do destino, através da realização de Press Trips com publicações internacionais de referência, que resultam na publicação de vários artigos acer-ca da autenticidade da região, que têm, sem dúvida, dado os seus frutos, demonstrando a visibilidade e notoriedade da marca-destino Porto e Norte de Portugal.Promovemos também outro tipo de ações como as Visitas Educacionais. A ATP em colaboração com os seus associados convida Agências, Tour Operado-res ou Buyers a conhecer, vivenciar e experienciar o destino.Outras das ações desenvolvidas são as Visitas de Inspeção, onde se efetua o acompanhamento e es-colha de espaços para a realização de determinado evento MI perspetivado para a região. No âmbito do produto Congressos e Incentivos, a ATP tem um papel fundamental na concretização de Congres-sos, visto ser normalmente parceiro privilegiado no acompanhamento da comissão organizadora do congresso, prestando todo o apoio necessário, desde apoio logístico, apresentação e informações genéri-cas do destino, escolha de locais, patrocínio de gifts

para os oradores estrangeiros (…) De realçar a forte aposta em ações de promoção online, o reforço e desenvolvimento de competências, com caráter de progressividade, em atividades rela-cionadas com a presença deste destino nos canais online alinhada com a promoção offline, numa ló-gica de potenciação e aproveitamento de sinergias geradas na disponibilização de informação, através de inserções publicitárias de anúncios e conteúdos e serviços interativos e transacionais (online) atenden-do aos produtos estratégicos ((Citybreaks, Touring- Histórico, cultural, paisagístico e religioso, Turismo Natureza, Turismo de Negócios) e aos produtos complementares e/ou emergentes (Gastronomia e Vinhos, Golfe, Saúde e Bem-estar e Náutico).Estas ações são realizadas atendendo às especifici-dades do destino e à procura potencial, orientada, preferencialmente, aos mercados estratégicos e em desenvolvimento e às necessidades dos segmentos.V - Os objetivos de dormidas e entradas de turistas propostos para 2013 foram alcan-çados?RPB - O objetivo operacional de 2013 da ATP era al-cançar +135 mil dormidas de estrangeiros no Porto e Norte de Portugal (2.307.957) relativamente a 2012. Em 2013, no mês de Dezembro, baseado em esta-tísticas oficiais do INE com dados provisórios atua-lizados em 13/02/2014 esse objetivo foi alcançado e superado com 2.498.100 dormidas de estrangei-

ros no Porto e Norte de Portugal. Durante o ano registou-se um crescimento de 15,2% de dormidas de estrangeiros comparativamente ao ano de 2012.V - Quais os objetivos para 2014?RPB - A estratégia da ATP para Promoção e Co-mercialização Turística em 2014 tem como base de enquadramento as diretrizes emanadas pelo Turismo de Portugal (TdP) através das Linhas de Orientação Operacional para 2014 sustentadas no Plano Estra-tégico Nacional do Turismo estratégica (2013-15). Deste modo parte da atuação operacional da ATP irá assentar no contacto direto com jornalistas es-pecializados e com agentes do sector de turismo, que serão convidados a visitar o Porto e Norte de Por-tugal (PNP), privilegiando não só a sua promoção direta em meios de imprensa como também através do apoio à formação dos agentes de viagens e à sua capacidade de venda do destino. A ATP vai orga-nizar e participar em workshops, roadshows, feiras internacionais nos mercados estratégicos do PNP bem como promover e captar a realização de con-gressos e eventos internacionais no destino. Estas ações irão pautar-se por critérios de rentabilidade do investimento, medido sempre que possível pelo retorno em dormidas nos meios de alojamento ou em aumento da capacidade aérea. Aproveitando a grande mais-valia da existência do Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, a ATP irá realizar campanhas de marketing co-bran-ding com companhias aéreas com voos regulares para o Porto fomentando assim sinergias.Estas campanhas têm como objetivo combater a sazonalidade do destino, aumentar a notoriedade do PNP nos mercados estratégicos e cumprir as me-tas definidas para este ano: incremento de 140.786 dormidas de estrangeiros. A ATP irá ainda focalizar parte do seu trabalho na publicidade e canais online dando especial destaque ao desenvolvimento de novos canais de apoio à ven-da. A estratégia de comunicação adotada aposta es-sencialmente no marketing digital, através de publi-cidade, mailings, newsletters, search engine e social media marketing. A ATP irá focar a sua atuação nos 10 mercados in-ternacionais do ranking TOP 10 deste destino: Espa-nha, França, Brasil, Alemanha, Reino Unido, Itália, Benelux, EUA e Escandinávia. Face ao exposto, em 2014 continuamos empenha-dos para, sempre em colaboração com os nossos As-sociados, despendermos todos os esforços para que a dinâmica da promoção internacional do Destino nos permita alcançar, e se possível, até ultrapassar os objetivos a que nos propomos para o corrente ano.

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Aposta na tradição e modernidade sem perder autenticidade

RODRIGO PINTO BARROS, PRESIDENTE DA DIREÇÃO INTERINO DA ATP

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V - Que mercados de aposta este ano e que tipo de ações a desenvolver?RPB - A ATP/PCVB irá focar a sua atuação nos 10 mercados internacionais do ranking TOP 10 do Des-tino: Espanha, França, Brasil, Alemanha, Reino Uni-do, Itália, Holanda, EUA, Bélgica e Escandinávia. Apesar da conjuntura económica, Espanha, dada a proximidade geográfica, continua a liderar o ranking dos mercados emissores, seguida de França, Brasil, Alemanha e Reino Unido.Aproveitando as oportunidades e os desafios que revelem boa relação custo benefício, em 2014 esta ARPT irá continuar a sua aposta nos mercados emissores Alemanha, França, Reino Unido e Brasil, procurando, também, a versatilidade do mercado norte-americano. De referir que os EUA subiram 1 posição face ao ranking de 2012, encontrando-se atualmente na 8ª posição. V - Quais os principais mercados e os que têm mais crescido?RPB - O ranking TOP 10 dos mercados internacio-nais do Destino é: Espanha, França, Brasil, Alema-nha, Reino Unido, Itália, Holanda, EUA, Bélgica e Escandinávia. No ano de 2013 os 3 mercados que evidenciaram maior crescimento foram: Alemanha (30.8%), EUA (26.9%) e França (21.6%); seguindo-se Ho-landa, Espanha e Brasil.V - A ATP tem levado a cabo campanhas em parceria com companhias aéreas low cost. Qual o objetivo, que resultados se esperam? O Norte é um destino low cost. Se não, qual tem sido o papel dessas companhias aéreas?RPB - É assumido que as companhias aéreas de baixo custo têm sido um modelo de negócio com sucesso no desenvolvimento de novos fluxos de trá-fego, onde o Porto não tem sido exceção. De fac-to, as companhias aéreas “low-cost” tiveram a sua quota-parte de importância no surgimento de novas unidades de alojamento no segmento “low-cost”, designadamente hostels e apartamentos turísticos face ao incremento dos City Breaks na cidade do Porto (estadias de 2/ 3 dias).O aumento do número de dormidas internacionais (e esse é o nosso grande objetivo operacional) é disso reflexo, como comprovam os mais recentes números, em que as dormidas de estrangeiros incrementaram 15,2% no ano de 2013 face ao ano anterior.Mas a ATP está também muito atenta às compa-nhias aéreas tradicionais, pois são essas que apoiam no desenvolvimento do turismo de negócios e que nos tem permitido subir no ranking da ICCA – Inter-national Congress and Convention Association.

Sem dúvida que as low cost têm sido importantes para a dinamização dos destinos mas as full service também o têm sido. De realçar as rotas aéreas de sucesso da nossa Companhia Aérea de Bandeira, a TAP.Neste contexto, achamos igualmente importante salientar que, em termos de acessibilidades aéreas, existem, neste momento, voos diretos de quase todos os Países Europeus, EUA, Brasil, Canadá e Angola num total que supera as 68 ligações aéreas diretas ao aeroporto do Porto com 17 Companhias Aéreas.Temos incrementado paulatinamente a nossa esfera de influência, participando, sempre que possível, em ações de co-branding com as Companhias Aéreas, tal como acontece neste momento com a Easyjet, dirigida aos mercados de França e Reino Unido, com a Transavia cuja campanha se foca em França e Ho-landa e com a Vuelling no mercado francês. A partir de Março, o destino conta com uma nova rota aérea LHR-OPO com a Companhia Aérea British Airways (2 frequências semanais: quinta-feira e domingo).Gostaríamos, ainda, de realçar o facto de contarmos com um excelente aeroporto, recorrentemente reco-nhecido pelos prémios recebidos e que serve também como importante argumento na promoção externa que realizamos.V - Fale-nos de outras políticas de parceriasRPB - A ATP apoiou em 2013 a criação do primeiro Cluster de Golfe no Destino, através da sua promo-ção nos mercados internacionais estratégicos. Trata-se da primeira iniciativa deste género, que associa cinco campos de golfe de 18 buracos e um conjunto de hotéis e resorts de topo, com o objetivo de unir esforços no sentido de promover o golfe no destino Porto e Norte, a nível internacional.O cluster associa os maiores campos da região: Gol-fe de Amarante (Amarante), Estela Golf Club (Es-tela), Oporto Golf Club (Espinho), Axis Golfe Pon-te de Lima (Ponte de Lima) e Vidago Golf Course (Vidago). A estes, associam-se algumas das mais prestigiadas unidades hoteleiras do Porto e Norte de Portugal como a Casa da Calçada (Amarante), Hotel Solverde Spa & Wellness Center (Espinho), Hotel Axis Golfe Ponte de Lima (Ponte de Lima), Vidago Palace Hotel e Primavera Perfume Hotel (Vidago).A ATP esteve envolvida, durante o ano de 2013, na criação e divulgação do cluster médico “Porto Medical Tourism” e do cluster do golfe, convergin-do com os objetivos propostos nos produtos saúde e bem-estar e golfe. Encetou uma Parceria com a Associação de Turis-mo de Lisboa, tendo sido desenvolvida uma ação

conjunta, no âmbito da promoção do produto City Breaks nas cidades de Lisboa e Porto, intitulada de “One trip, Two cities”. A parceria com a Associação Turismo de Lisboa (ATL) na promoção conjunta dos destinos Lisboa e Porto junto dos mercados in-ternacionais estratégicos – Alemanha, França e Rei-no Unido, através da campanha “One Trip, Two Ci-ties”. Esta parceria, cujo desenvolvimento das ações promocionais se realizou no final do ano de 2013 e até Março de 2014, tem como principal objetivo o incremento do número de dormidas de estrangeiros nos dois Destinos.Estas iniciativas foram criadas em 2013, porém o seu desenvolvimento ocorre no ano de 2014.É um trabalho muito intenso aquele que é feito pela equipa da ATP ao longo do ano para a promoção internacional deste destino turístico, mas que produz resultados inquestionáveis, com todos os benefícios que isso representa para os seus associados e para o desenvolvimento económico da região.A aposta para 2014 centra-se no Turismo Religioso com enfoque nos Roteiros Mariano e Judaico. Durante o corrente ano será também criado o pri-meiro Cluster Náutico (mar e rio) do PNP.Sentimos ainda uma grande procura de informações acerca do Caminho Português de Santiago e do Tu-rismo de Natureza, que nos transporta para uma nova tendência em exponencial crescimento. A cida-de do Porto é a porta de entrada de toda a região do Norte de Portugal que possui características únicas associadas a uma paisagem natural de enorme bele-za e biodiversidade,  marcada pelo verde intenso dos campos e das vinhas no Minho, por uma geografia magnífica desenhada pelo rio Douro, ou ainda uma ruralidade que se integra harmoniosamente na pró-pria paisagem da região de Trás- os- Montes.V - Quem visita o Porto e Norte de Portugal? O que procura fundamentalmente?RPB - Visitar o Porto o Norte de Portugal é uma oportunidade única para vivenciar um Destino com 4 Patrimónios Mundiais da UNESCO. Uma região que funde a tradição e a modernidade, sem perder a sua autenticidade. A tradicional hospitalidade e caráter genuíno das gentes do Norte.A excelente relação qualidade/preço, aliada à se-gurança do destino e à sua hospitalidade, fazem do Porto e Norte um Best value for money. O Turista pode encontrar uma das gastronomias mais ricas e variadas do país, mas é no vinho e na produção vinícola que se encontra a maior exclusi-vidade da região Norte, a qual conjuga com diversi-dade de grandes ícones como o internacionalmente

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aclamado Vinho do Porto, os Vinhos do Douro, o Vinho Verde e os Espumantes da região demarcada Távora-Varosa.Pode encontrar o melhor que a Cultura tem para oferecer. No Norte encontram-se muitas das indús-trias criativas e culturais como a Moda, o Design e a própria Arte Contemporânea.Encontra um Destino abraçado com a arquitetura de classe mundial, reconhecido com dois prémios Pritzker, Siza Vieira e Souto Moura, dois arquitetos da “Escola do Porto”.O PNP aparece cada vez mais nos roteiros mundiais de arquitetura com distinções internacionais.A diversidade e a acessibilidade: a região é procu-rada pelas suas várias ligações às principais cida-des europeias, operadas por companhias aéreas low cost e de bandeira; extraordinária rede rodoviária que facilita em curto espaço de tempo uma grande mobilidade na região e diversidade do Destino.Excelentes infra-estruturas e unidades hoteleiras (hotéis de cadeia, design, charme, trendy e um re-gisto no aumento de hostels e apartamentos turís-ticos). A Tradição vs. Modernidade: Na última década, o Norte de Portugal viu nas indústrias criativas uma hipótese de renovar o seu tecido económico e o re-sultado é já visível no terreno, com novas empresas e projetos a darem espaço aos jovens da região de nela se fixarem e que dão uma nova imagem à re-gião, jovem, cosmopolita e aberta à criação mais desafiante – seja na arquitetura ou na arte. O Norte de Portugal mantém também fortes tradições (do artesanato aos costumes) que lhe dão uma marca única no contexto das cidades europeias.O clima, ameno durante todo o ano, a beleza paisa-gística sem igual, composta por cidades, rios, ocea-no, parques nacional e naturais, centros históricos seculares, tesouros ancestrais, propostas culturais vibrantes separados geograficamente por curtas distâncias. O Porto e Norte: a essência de Portugal, tem tudo isto.V - Que produtos turísticos estão a ser pro-movidos concretamente? Como?RPB - Os produtos turísticos estratégicos promo-vidos no destino Porto e Norte de Portugal: City Breaks; Touring; Turismo de Natureza e Turismo de Negócios-MI.Como produtos complementares e/ou emergentes destacamos: Gastronomia e Vinhos; Saúde e Bem-Estar; Golfe; Turismo Náutico.Estes produtos são anualmente promovidos através do plano de marketing, que contempla: Ações com Imprensa; Ações com agentes do sector (workshops, roadshows, Fam Trips, visitas de inspeção, captação e apoio a congressos internacionais); Presença em feiras e certames internacionais; Publicidade online e offline; Canais online; Ações de promoção do Des-tino no exterior; Apoio a Rotas Aéreas.Podemos destacar ainda algumas ações da ATP/PCVB desenvolvidas na promoção concreta em cada produto, alinhadas com as diretrizes do Turis-mo de Portugal:

City breaks- dinamização deste produto integrando eventos, cultura e itinerários diversificados tendo em conta a procura turística internacional nos merca-dos estratégicos e prioritários do PNP.Touring – reforço do turismo cultural e religioso formatando itinerários experienciais que sejam uma montra da diversidade do património histórico, cul-tural e religioso e aproveitando celebrações religio-sas como tema de promoção.Turismo de Natureza – divulgação e promoção de uma oferta especializada e de excelência, com parcerias estratégicas detentoras de um know-how capaz de responder às necessidades dos mercados mais exigentes neste segmento. Turismo Negócios - Aposta na captação proactiva de eventos MI (congressos, conferências, reuniões e incentivos) e em ofertas criativas que contribuam para proporcionar experiências memoráveis aos participantes. Realização de visitas de inspeção, visitas de incentivo e de familiarização no destino. Saúde e bem-estar – qualificar a oferta de saúde e bem-estar, incentivando o investimento privado e a promoção conjunta das valências médicas e turís-ticas – p.e. promoção de uma oferta de qualidade no destino com a parceria Porto Medical Tourism. Gastronomia e vinhos - promoção da gastronomia e vinho nacionais como complemento da experiência turística, e como motivação primária em algumas regiões. Golfe- reforçar o posicionamento de Portugal como destino de golfe de classe mundial e sobretudo, do Porto e Norte, como um destino de golfe emergente, apostando no apoio à realização de eventos de gran-de notoriedade. Apoio ao primeiro Cluster de Golfe no Norte de Portugal. Turismo náutico – Dinamizando o desenvolvimento das atividades conexas. P.e.: apoio a eventos inter-nacionais e criação do Cluster de turismo náutico previsto para 2014.V - Que marcas específicas estão a ser

desenvolvidas ou o Porto e Norte de Portugal é visto como o só? Qual o papel do Douro?RPB - Associado à questão da simplificação e eficá-cia da promoção, capitalizando na marca Portugal, surge a comunicação como fator fundamental a desenvolver, através da criação de uma mensagem única e inspiradora que seja reconhecida por todos quantos visitam ou gostariam de visitar o destino: ‘Porto e Norte: a essência de Portugal’.Para a marca Porto e Norte de Portugal definiu-se o seguinte eixo de posicionamento: “The Essence of Portugal”, sugerindo experiências diferentes e alternativas, e por essa via a diferenciação que um destino turístico deve ter.Surge, assim, a necessidade de se adotar uma es-tratégia de marketing integrada –esforço de inte-gração da comunicação e promoção online e offline, potenciando ações de vendas, em particular através de parceiros, tendo como objetivo a notoriedade da marca-destino.O Porto e Norte: a essência de Portugal engloba: Porto, Douro, Minho e Trás-os-Montes.V - Estávamos a falar do segmento lazer. E o corporate, congressos e incentivos? Que importância têm nas dormidas? Que infraes-truturas existem ou estão a ser criadas para esse fim?RPB - O sector de Meeting Industry é promovido através da captação de congressos e conferências internacionais para o Destino. De acordo com os últimos dados podemos afirmar que foram realiza-dos cerca de 161 Congressos/Conferências de forte relevo/peso no Porto e Norte, em 2013, que benefi-ciaram do apoio direto ou indireto da ATP ( Porto Convention Bureau). Este crescimento sustentado encontra-se alicer-çado na reorganização estratégica encetada pela atual Direção da Associação de Turismo do Porto nos índices de “Know-how”, determinação e profis-sionalismo da equipa ATP/PCVB, na valorização e

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2014 / FEVEREIRO Dossier

promoção internacional do Destino Porto e Norte de Portugal como destino de excelência para a re-alização de Congressos Internacionais e na estreita colaboração com os nossos Associados. A conjuga-ção destes três vetores permitiu que hoje o Destino Porto se encontre estrategicamente colocado nos lugares cimeiros na captação de congressos interna-cionais para o Destino.Como membro da ICCA e de forma a potenciar a mais-valia que a base de dados e recursos desta as-sociação representam no segmento Turismo de Ne-gócios (MI), a ATP tem apostado fortemente numa colaboração muito direta com a ICCA, traduzida não só na submissão de congressos, mas também na formação dos seus colaboradores na plataforma e respetivas ferramentas da ICCA, assim como na participação em eventos da associação.Durante o ano de 2013 verificamos um incremento nas Visitas de Inspeção ao Destino que visam a con-firmação/realização desses eventos internacionais no PNP.É também com grande satisfação que damos espe-cial destaque à variação positiva do Destino Porto no ranking da ICCA de 2012, alcançando a 53ª posição. Através do Fundo de Captação de Congressos In-ternacionais, acrescentou-se mais um importante e atrativo apoio para o Destino e sobretudo para os Organizadores de Congressos Internacionais de grande escala. É nossa convicção que este modelo de apoio permite inequivocamente incentivar os Or-ganizadores de Congressos a elegerem o Destino e consequentemente alavancar a visibilidade do Desti-no e seduzir, desta forma, mais organizadores e mais Congressos internacionais para o Destino.Ao nível das infra-estruturas, o destino Porto e Norte alia a tradição à modernidade, razão pela qual podemos encontrar Centros de Congressos de capacidades variadas e de diversos estilos (históri-cos, high-tech, design...) e uma capacidade hoteleira

qualitativa e quantitativamente diversificada com um leque de hotéis de 3, 4 e 5 estrelas (hotéis tren-dy, modernos, clássicos, de charme, etc) a maioria deles bem equipados para o acolhimento de con-ferências e seminários, agregando uma oferta com capacidade para albergar vários tipos de eventos. Adicionalmente existem todos os serviços de apoio desde os PCOs (Organizadores Profissionais de Congressos), DMCs (Agências que trabalham com o mercado estrangeiro), passando pelas empresas de serviços profissionais como as de catering, audiovi-suais, montagem de stands, decoração, hospedeiras, tradução simultânea, transportadores, restaurantes, caves de Vinho do Porto, etc, com garantia de ex-periência e profissionalismo. Os programas sociais beneficiam de uma enorme variedade de Gala Ve-nues, na cidade ou a curta distância, que inclui Pa-lácios, Restaurantes, Private Manor Houses, Bares de Praia, Museus, Casinos, entre outros. V - Que novas ofertas turísticas estão a ser criadas, desenvolvidas ou recuperadas ao nível da hotelaria, animação turística, turis-mo de saúde, golfe, turismo de natureza etc?RPB - Nos jardins do Palacete do Visconde de Vi-lar d’Allen, da autoria do arquiteto José Marques da Silva, datado de 1927, com frente para a Rua Rúben A, encontra-se a Casa das Artes, projecto de Eduardo Souto de Moura, concluído em 1991, re-aberto em 2013.Em 2013 foi inaugurado o Museu de Marionetas, um lugar de encontro entre o passado e o futuro. Para os adeptos do futebol podem encontrar o re-centemente inaugurado Museu do Futebol Clube do Porto. No 2º semestre de 2014 está prevista a re-abertura do Museu do Carro Elétrico. Podemos ainda indicar os quarteirões que estão atualmente a ser alvo de requalificação urbana e que irão, sem dúvida, alavancar a abertura de novos espaços de restauração e comércio, como é o caso do Quartei-rão Mouzinho da Silveira/Rua das Flores, e do Pas-

seio dos Clérigos.A nível de hotelaria são vários os projetos em de-senvolvimento.V - Que comentário faz ao facto do Porto ser considerado, pela segunda vez, melhor desti-no turístico europeu. Como se pode e se tem tirado partido disso?RPB - Este prémio é o reconhecimento do excelen-te trabalho que está a ser desenvolvido no Porto e Norte de Portugal nas várias vertentes do setor do turismo. A aposta na diversidade e autenticidade da oferta deste destino, o investimento em mais e melhores estruturas de apoio e todo o trabalho de promoção que tem sido feito a nível internacional, mostram os seus resultados e o Porto recebe assim uma distinção mais do que merecida.Este prémio irá contribuir decisivamente para ul-trapassarmos a meta de mais 140 mil dormidas de estrangeiros este ano, permitindo também alcançar índices de notoriedade da marca-destino “Porto e Norte: A essência de Portugal”, com uma maior projeção internacional; capitalizado este facto em toda a nossa comunicação de promoção internacio-nal do Destino.Este prémio aliado aos restantes prémios que dis-tinguiram o destino durante todo o ano de 2013, vão permitir também ao PNP, destacar-se como um destino internacional trendy nos diferentes segmen-tos que promove, permitindo uma maior e melhor penetração nos mercados estratégicos do PNP.V - O que é que a ATP tem feito de diferente para atingir esses resultados, já que quase sempre se falava só em Lisboa, Algarve e Madeira?RPB - Na nossa opinião, o que diferencia a ATP traduz-se nos seguintes fatores chave de sucesso: A atual Direção da ATP imprimiu novos modelos de gestão de recursos e revolucionou a estratégia de promoção, alicerçada na proximidade e transpa-rência, fomentando novas sinergias, consolidando as existentes e implementando soluções conjuntas com os Associados, de forma a garantir máxima eficácia na promoção internacional do Destino; Parceria de sucesso com o Turismo de Portugal, fundeada numa relação “Win-Win”; Proficuidade do binómio “Es-cuta Atenta/Diálogo Permanente”, privilegiando a Comunicação bidirecional entre Associados, Turis-mo de Portugal e players nacionais e internacionais de relevo.Eye Contact: presença sistemática e efetiva da ATP nos eventos internacionais mais relevantes, promo-vendo e exibindo a simpatia, profissionalismo e ca-ráter genuíno que caraterizam o DestinoAposta nos canais e publicidade onlineDinamização da base de dados da ICCASinergias com os principais players do destino PNPAlargamento do nº de Associados, capitalizando e representando o melhor que o Destino oferece; a taxa de adesão de novos Associados atingiu 50% em 2013, comparativamente a 2011;Know-how e competência que tão bem caraterizam os nossos Associados e Equipa ATP.

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2014 / FEVEREIROCruzeiros

22 cruzeiros no verão de 2015ALLURE OF THE SEAS VEM PARA A EUROPA

ROYAL CARIBBEAN INTERNA-TIONAL anunciou que, o Allure of the Seas pela primeira vez desde que foi entregue no final de 2010 em

Turku, na Finlândia, vai voltar à Europa no Ve-rão de 2015, tendo como porto de embarque Barcelona, Espanha.O Allure of the Seas vai fazer 22 cruzeiros de sete noites à partida de Barcelona no verão de 2015, anunciou Francisco Teixeira, diretor-ge-ral da Melair Cruzeiros, representante da Royal Caribbean Internacional em Portugal, que esti-ma que dois terços dos seus passageiros em via-gens pelo Mediterrâneo sejam com esse navio. Este navio da Classe Oasis levará os seus hóspedes a novos e fascinantes des-tinos do Mediterrâneo pela primei-ra vez, durante a temporada na Europa. Além disso, o Rhapsody of the Seas vai ofere-cer três itinerários de 10 e 11 noites no Mar Negro desde Istambul, na Turquia, e, em segui-da, irá fazer um conjunto de partidas de 7 a 11 noites pelas Ilhas Gregas e Turquia desde Roma (Civitavecchia), Itália. A Royal Cari-bbean conta também com o Splendour of the Seas com itinerários de 7 noites nas Ilhas Gregas e Turquia a partir de Veneza, Itália. Para a temporada de verão 2015 para os na-vios Allure of the Seas, Rhapsody of the Seas e Splendour of the Seas iniciam as reservas ao público em geral  a partir do dia 18 de Feve-reiro de 2014.“A Royal Caribbean irá levar cruzeiristas a destinos fantásticos na Europa juntamente com o nosso “factor WOW” a bordo dos navios mais inovadores do mundo em 2015”, afirmou Carol Schuster, Vice-presidente Sénior de Marketing da Royal Caribbean International. “Cada na-vio da Royal Caribbean na Europa já passou por um processo de revitalização extenso que englobou toda a nossa frota, para poder ofere-cer alguns dos conceitos mais inovadores que se apresentaram pela primeira vez no incom-parável Allure of the Seas. Não importa qual o navio da Royal Caribbean que escolher, cada membro da nossa tripulação atenciosa e profis-sional irá prestar o nosso serviço de assinatura Gold Anchor e proporcionar-lhe umas férias inesquecíveis na Europa. “.A partir de 24 de maio de 2015, o Allure of the Seas irá partir todos os Domingos de Barcelona fazendo um itinerário de 7 noites, que passa-rá por Palma de Maiorca, Espanha; Provença (Marselha), França e Florença / Pisa (La Spe-zia), Roma (Civitavecchia), e Nápoles / Capri, na Itália. Os nossos hóspedes também podem optar por embarcar no Allure of the Seas para

um cruzeiros de 7 noites com embarque e de-sembarque de Roma (Civitavecchia).Há cinco anos desde a sua inauguração, que o Oasis of the Seas e Allure of the Seas, parti-lham do título dos maiores e mais inovadores navios de cruzeiro do mundo. Estes navios gé-meos, têm conquistado a imaginação de muitos cruzeiristas e já levaram mais de dois milhões de hóspedes a destinos inesquecíveis nas Cara-íbas.A bordo do Allure of the Seas os hóspedes vão poder desfrutar de um grande conjun-to de inovações e novidades em sete bairros temáticos. Podem praticar slide na ZipeLi-ne de 82 metros de comprimento, divertir-se num Carrossel Tradicional, beber um cocktail no Rising Tide Bar que se movimenta entre três decks, assistir ao musical da Broadway Chicago e a espetáculos de mergulho e acro-báticos no AquaTheater, apreciar o ar livre no Central Park, com mais de 12 mil árvo-res e plantas naturais e muito, muito mais. O Allure of the Seas também oferece carac-terísticas que só podem ser encontradas na Royal Caribbean, tais como dois simuladores FlowRider®, jacuzzis em consola, uma pista de patinagem no gelo, o parque aquático para crianças H20 Zone, e a avenida interior a Royal Promenade que se estende quase de uma ponta à outra do navio e que está ladeada de restau-rantes e lojas entre muitos outros.Os hóspedes também podem desfrutar da Ex-periência DreamWorks, um programa de en-tretenimento integrado com a parceria com o estúdio de cinema DreamWorks Animation SKG. A Experiência DreamWorks foi lançada

a bordo do Allure of the Seas, em Novembro de 2010, com a sua personagem famosa, a prin-cesa Fiona do filme “Shrek”, a madrinha des-te navio que marcou presença na inauguração. Esta animação continua a impressionar e fazer sucesso entre os hóspedes de todas as idades, que podem participar em desfiles, atividades e eventos temáticos baseados com a presença dos personagens dos filmes da DreamWorks Anima-tion, incluindo Po de “Kung Fu Panda”; Shrek, Fiona e Gato de Botas de “Shrek”, e Alex o Leão, Glória o hipopótamo, e os pinguins de “Madagáscar”. O Allure of the Seas está tam-bém equipado com uma sala de cinema 3D para assistir aos últimos filmes da DreamWorks Ani-mation, bem como um canal RCTV dedicado, com um conjunto dos filmes mais populares da Dreamworks.O Programa para jovens e Crianças Adventure Ocean, ajuda a garantir que todos os membros das famílias possam desfrutar de umas férias inesquecíveis a bordo do Allure of the Seas na Europa. Este programa oferece atividades e espaços para 7 grupos etários com acompa-nhamento de monitores profissionais das 9:00-02h00. Para a faixa etária dos 12 aos 17 anos a programação das atividades é mais orgânica para oferecer flexibilidade e ajudar os jovens a organizar o dia como desejarem. Nestas activi-dades estão disponíveis sessões exclusivas para adolescentes no FlowRider, na Parede de Es-cala e campo de Jogos. Além disso, Allure of the Seas dispõe de um berçário ‘Royal Babies & Tots Nursery” que irá atender os hóspedes mais jovens da Royal Caribbean, com idade entre os 6 e os 36 meses.

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2014 / FEVEREIRO Cruzeiros

Porto de Lisboa atingiu recordesCRUZEIROS EM 2013

OM 353 ESCALAS E 558.040 PASSA-GEIROS de cruzeiro, o Porto de Lisboa registou em 2013 novos recordes no que

respeita à atividade de cruzeiros, superan-do assim as 330 escalas contabilizadas em 2011 (o melhor ano em termos de escalas) e os 522.604 passageiros registados em 2012.O ano de 2013 foi, indiscutivelmente, o melhor ano de sempre da atividade de cruzeiros no Porto de Lisboa, com um crescimento de 12% ao nível das escalas, e de 7% ao nível dos passageiros, quando comparados com as 314 escalas e os 522.604 turis-tas contabilizados no ano anterior.Em termos de escalas o aumento foi impulsionado quer pelo incremento de 81% das escalas conside-radas de interporting, que contabilizou um total de 47 escalas, o maior número de sempre, contra as 26 registadas em 2012, quer pelo aumento de 45% das escalas em turnaround, que cresceram de 44 para 63.O crescimento destes dois segmentos contribuiu para que o número de passageiros em  turnaround aumentasse 16% – passando de 44.006 para 50.834 – facto que, associado à variação positiva de 6% dos passageiros em trânsito, que transpõem pela primeira vez a barreira do meio milhão de passagei-ros (507.206), justifica o aumento do número total de passageiros.Ainda no que diz respeito às es-calas, as 353 escalas foram reali-zadas por um total 120 navios de cruzeiro, o que constitui, também, um novo recorde já que é o maior número de sempre de navios que escalaram o Porto de Lisboa.Neste contexto, importa ainda referir que, em 2013, o Porto de Lisboa recebeu 16 navios em pri-meira escala, dos quais 4 eram novos, ou seja, saídos de estaleiro durante o ano de 2013, o que reforça a importância crescente que o porto da capital tem vindo a assumir na inclusão dos itinerários da nova frota dos diferentes operadores.De salientar, ainda, os tripulantes dos navios que vi-sitaram Lisboa que em 2013 totalizaram 232.496, logo, mais 10% face aos 211.546 registados em 2012.Face a este cenário de crescimento, a Administração do Porto de Lisboa, S.A. afirma: “É para nós um enorme orgulho e satisfação assistir ao reforço da boa performance do Porto de Lisboa e à sua con-solidação e afirmação no negócio de cruzeiros de uma �forma sustentável.”Para além disso, reforça ainda que “o ano de 2014 ficará marcado pela mudança no modelo de gestão da atividade de cruzeiros no Porto de Lisboa. Assim, esta gestão passará a ser da responsabilidade de um

gestor privado, através do modelo de concessão, pre-vendo-se um contínuo esforço da APL na promoção do seu porto, e da cidade de Lisboa como destino turístico, em articulação com o novo gestor, tirando-se, assim, partido das sinergias óbvias que resultarão deste trabalho conjunto de forma a tornar o Por-to de Lisboa um porto de excelência e um exemplo do state of the art neste segmento.”

ADJUDICADA CONCESSÃO DO TERMINAL DE CRUZEIROS

 A APL – Administração do Porto de Lisboa decidiu adjudicar a Concessão de Serviço Público no Termi-nal de Cruzeiros de Lisboa ao consórcio constituído pela Global Liman Isletmeleri A.S., Grupo Sousa, Investimentos, SGPS, Ld.ª, Royal Caribbean Cruises Ltd., e Creuers del Port de Barcelona, SA.Esta deliberação do conselho de administração da APL acontece depois de analisado o relatório final do júri do concurso internacional criado para o efei-to, que considerou, por unanimidade, que a proposta se enquadra nos critérios estipulados nos termos do procedimento. A assinatura do contrato de conces-são, que vigorará por 35 anos, ocorrerá depois do envio da respetiva minuta para o Tribunal de Contas e da pronúncia da Autoridade da Concorrência.

O futuro concessionário propõe-se pagar à APL 300 mil euros por ano de taxa fixa e 0,22 euros por pas-sageiro de taxa variável. A APL receberá, ainda, a contrapartida pelos serviços prestados (pilotagem e outros), que no ano de 2013 ascendeu a cerca de 2,5 milhões de euros.A proposta prevê o investimento de construção da nova gare de passageiros, um valor que a APL es-tima em cerca de 22,7 milhões de euros. O projeto da nova gare e envolvente é um projeto amigo do ambiente, da autoria do arquiteto português João Carrilho da Graça e que participou na 13.ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza.Importa também referir que o futuro concessionário do serviço público no Terminal de Cruzeiros de Lis-boa congrega a experiência e as competências que advêm da gestão de vários terminais de passageiros no mundo inteiro, e do facto de incluir um dos maio-

res armadores do mundo e um armador português. Por sua vez, a Global Liman Isletmeleri detém 40% do consórcio, o Grupo Sousa, Investimentos tem 30%, a Royal Caribbean Cruises tem uma partici-pação de 20% e a Creuers del Port de Barcelona participa com 10%.Refira-se que a Creuers del Port de Barcelona, SA, gere terminais de cruzeiro em Espanha (Barcelona e Málaga) e Singapura, por onde passam mais de três milhões de passageiros/ano. A Global Liman Islet-meleri A.S. gere terminais de cruzeiro na Turquia, em Kusadasi, Bodrum e Antalya, por onde passam quase um milhão de passageiros/ano. A Royal Caribbean Cruises Ltd. gere terminais de cruzeiro em Itália (Ci-vitavecchia e Nápoles), EUA (Port Everglades, Fort Lauderdale e Cape Liberty), México (Costa Maya e Langosta), Honduras (Roatan), Belize (Belize) e Turquia (Kusadasi), por onde passam cerca de doze milhões de passageiros/ano, gerindo ainda mais de 41 navios e cerca de 100.000 cabines ocupadas por mais de cinco milhões de passageiros/ano (através das companhias Royal Caribbean International, Celebrity Cruises, Pullmantur, etc.). É de salientar, finalmente, que o Grupo Sousa transporta cerca de 300.000 passageiros/ano (Porto Santo-Funchal).Com esta adjudicação a APL vê concretizados os

objetivos a que se propôs com este concurso internacional: a constru-ção do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa e um crescimento sus-tentado do número anual médio de passageiros movimentados ao longo da concessão, dando, assim, execução ao Plano Estratégico dos Transportes.A análise da proposta apresen-tada teve por base os critérios de adjudicação previamente estabele-cidos com o auxílio da assessoria

técnico-financeira do BPI, sendo que o racional de todo o processo foi sempre o incentivo do aumento do tráfego de passageiros em Lisboa dado o notável impacte na economia da cidade e mesmo da região.O Porto de Lisboa orientou, pois, todo o processo no sentido do crescimento em passageiros e escalas de cruzeiro na capital portuguesa, estimando-se que o atual tráfego de 550 mil passageiros suba em dez anos cerca de 36% para mais de 750.000 passa-geiros (mais do que a população de Lisboa) e atinja até ao final da concessão mais de 1,5 milhões de passageiros — para o que é essencial a construção da nova Gare, que impulsionará a notoriedade inter-nacional do nosso País.Recorde-se ainda que cada passageiro gasta em mé-dia cerca de 118 euros na região de Lisboa, durante a sua visita (gastando cada tripulante em média cer-ca de 21 euros).

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2014 / FEVEREIROTurismo

S RESULTADOS GLOBAIS de 2014 para o turismo nacional devem ser me-lhores ou muito melhores do que os

de 2013. A previsão é feita pelo Baróme-tro da Academia do Turismo – iniciativa do IPDT - Instituto de Turismo. Das respostas obtidas, 55 por cento apontam para que 2014 seja melhor do que o ano passado e sete por cento muito melhor para o turismo nacional em termos de resultados globais. Estes valores são justificados pelo painel com a ins-tabilidade e insegurança de mercados concorrentes, o crescimento de mercados externos e as melhorias económicas dos mercados interno e externo. Refira-se que 37 por cento das respostas apontam para um desempenho igual ao ano 2013.O índice de confiança médio no desempenho do setor do turismo atingiu em dezembro de 2013 o valor mais elevado desde março de 2010, chegando aos 72,9 por cento. A esmagadora maioria (91,5 por cento) dos participantes considera que o desempe-nho global do turismo nacional foi positivo em 2013. Os motivos mais referidos para justificar o desem-penho positivo são o aumento da procura externa, a excelente relação qualidade/preço, a instabilidade no norte de África e a conjuntura internacional.O Barómetro da Academia do Turismo aborda ainda a constituição de uma Agência Nacional de Promo-ção Turística, revelando um setor dividido em que 56,5 por cento dos profissionais concordam e 43,5 por cento discordam. Tendo em conta o investimen-

to realizado em promoção interna, a maioria dos inquiridos (48 por cento) classifica o desempenho do turismo nacional ao longo de 2013 como dentro das expectativas. No que toca à promoção externa, e também face ao investimento realizado, 47,9 por cento dos inquiridos classifica o desempenho acima das expectativas, seguido por 33,8 por cento que consideram ter correspondido ao esperado.O Barómetro Academia do Turismo (BAT) do IPDT – Instituto de Turismo, é um projeto que visa aus-cultar a opinião dos profissionais e responsáveis das organizações que atuam no setor do turismo. A 44ª edição do Barómetro da Academia do Turismo foi realizada pelo Instituto de Turismo (IPDT) entre 13 a23 dezembro de 2013, tendo sido obtidas 42 por cento de respostas válidas de um universo de 170 membros. O painel é constituído por presidentes e administradores de grandes grupos hoteleiros, ges-tores de entidades públicas ligadas ao turismo e aca-démicos especializados na área.

OAS VIAGENS TURÍSTICAS de residentes aumentaram 7,4% no verão passado, em relação ao Verão de 2012, mas o “alojamento particular gratuito” foi a escolha em 72,8% das dormidas turísticas, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).No terceiro trimestre do ano passado, os residentes em Portugal fizeram 6,35 milhões de viagens turísti-cas, mais 7,4% que no mesmo período do ano ante-rior, refletindo um aumento de 11% nas deslocações de curta duração (até três noites) que representaram mais de metade (53,4%) das deslocações turísticas.A crise económica que o país atravessa refletiu-se nas motivações para essas deslocações turísticas, concluindo o inquérito do INE ter havido um aumento (21,7%) nas viagens para “visita a familiares ou ami-gos”, que representaram 34,9% do total, apesar de o principal motivo (58,1% das deslocações) para viajar continuar a ser “lazer, recreio ou férias”, mas com um crescimento de apenas 1,1%.O número de deslocações em automóvel aumentou 10,8% entre Julho e Setembro de 2013, acentuando a sua predominância como o principal meio de trans-porte nas deslocações dos residentes, ao ser utilizado em 85,5% das viagens realizadas, enquanto a opção por viagens com transporte aéreo diminuiu 11,3%. Os outros meios de transporte, incluindo o transporte coletivo de passageiros, registaram uma redução de 7,3% face ao terceiro trimestre de 2012.As viagens dos residentes ao estrangeiro represen-taram apenas 8% do total, mas aumentaram face ao peso de 7,7% no terceiro trimestre de 2012, inter-rompendo a tendência de redução dos dois primeiros trimestres de 2013.

Viagens de verão 2013: Portugueses preferem alojamento particularSetor do turismo prevê melhores

resultados em 2014

Feira internacional de arte chega ao Estoril em julho

BARÓMETRO DO IPDT

COM A MISSÃO DE IMPULSIONAR o merca-do da arte em Portugal, esta feira internacio-nal pretende também estimular a promoção internacional de artistas nacionais já consa-grados ou em início de carreira.Segundo Luís Mergulhão, diretor da Est Art Fair, esta feira quer ainda estreitar laços com países com os quais Portugal tem vindo a de-senvolver relações económicas, empresariais e culturais, bem como com galerias e artistas oriundos desses países.Como membros do Comité Internacional de Seleção de Galerias da edição deste ano fa-zem parte Barbara Thumm (Galerie Barbara Thumm, Berlim, Alemanha), Cristina Guerra (Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa, Portugal), Eduardo Brandão (Galeria Verme-lho, São Paulo, Brasil), Pedro Maisterra (Ga-leria MaisterraValbuena, Madrid, Espanha), Pedro Oliveira (Galeria Pedro Oliveira, Por-

to, Portugal) e Vera Cortês (Vera Cortês Art Agency, Lisboa, Portugal).Já o Grupo Curatorial da Est Art Fair 2014 é composto por Delfim Sardo (Portugal), Fi-lipa Oliveira (Portugal) e Moacir dos Anjos (Brasil). “O projeto de criar uma feira de arte con-temporânea em Portugal é muito antigo, e foi falado desde 2005 com [a galerista] Cristi-na Guerra, mas nunca se concretizou. A Feira ARTE Lisboa não nos servia”, disse Pedro Oli-veira, um dos galeristas envolvidos no projeto.Por seu turno, a galerista Cristina Guerra su-blinhou que a maior diferença “é que a Feira ARTE Lisboa tem galerias de quarta ou quin-ta linha”. Mas, “nós queremos ter galerias internacionais de primeira linha”, sublinhou a galerista.Para o diretor da Est Art Fair, “o mais impor-tante é chegar a um conjunto de públicos di-

ferenciados, começar serenamente, mas bem”. “Copiar qualquer coisa não é bom.”Delfim Sardo explicou que “o foco no dese-nho” será o conceito organizador da área curatorial desta primeira edição da feira, e a equipa de curadores irá preparar uma expo-sição que terá como título “Desenhar o Mun-do”, além de conferências sobre a prática do desenho, a curadoria e o colecionismo. O coordenador do grupo curatorial justificou a escolha do desenho como tema, porque “Por-tugal tem muitos artistas que desenham, atra-vessa as várias culturas e aproxima-se de uma prática de resistência dos artistas.”Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, por seu turno, manifestou-se satisfei-to por o evento decorrer no concelho, subli-nhando que o futuro “não é construir linhas de montagem de produtos, mas sim cadeias de valores”.

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ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO está a realizar reuniões com vários par-ceiros públicos e privados que atuam no território com o objetivo de operacionali-

zar o projeto “Alentejo / Ribatejo 4 All”.  Composto por duas vertentes - a do turismo de saú-de e a do turismo acessível - o projeto começou por ser apresentado e discutido com as instituições liga-das ao sector da saúde - nomeadamente as Adminis-trações Regionais de Saúde do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo e as Unidades Locais.  Definir os moldes de concretização de uma plata-forma web - uma espécie de suporte assistencial - que garanta a interação entre os turistas (em par-ticular os oriundos do estrangeiro) e o seu médico assistente durante a visita aos destinos tem sido o principal assunto dos encontros de trabalho.A Turismo do Alentejo e Ribatejo reuniu ainda com representantes de unidades de alojamento e de empresas de animação turística, com o objetivo de apresentar o projeto e sensibilizar para a importân-cia de integrarem esta plataforma nas suas empre-sas e serviços. O “Alentejo / Ribatejo 4 All” foi também já apresen-tado aos responsáveis das 58 autarquias do territó-rio, com quem foi também analisada a elaboração de um Guia de Acessibilidades dos Destinos.  Consciente da emergência de uma nova geração de turistas, designados por “idosos com saúde”, e de que, até 2050, se prevê que o número de idosos re-presente cerca de 22 % da população mundial, a Turismo do Alentejo e Ribatejo pretende assim tor-nar os destinos acessíveis, garantindo que os serviços e produtos turísticos correspondem às necessidades deste segmento.Neste âmbito, o projeto “Alentejo / Ribatejo 4 All”, desenvolvido pela ERT, prevê a utilização de tecno-logias inovadoras que garantem aos referidos turis-tas total segurança, apoio, informações, e acessibili-dade durante a estadia nos territórios.  ELABORAÇÃO DE UM PLANO OPERACIONAL

ESTRATÉGICO PARA O PRODUTO TURÍSTICO SOL E MAR

A Entidade Regional de Turismo vai desenvolver nos próximos meses um Plano Operacional Estratégico para o produto turístico Sol e Mar. O processo de planeamento já arrancou com uma sessão de tra-balho destinada às Câmaras Municipais e outras instituições públicas relevantes em razão da espe-cificidade do produto. Na parte da tarde é a vez de contactar e ouvir os empresários e promotores privados com atividade ou interesse em investir no litoral alentejano.A ser elaborado em parceria com a Comunidade

Intermunicipal do Alentejo Litoral, este Plano visa a implementação de estratégias que permitam um eficaz aproveitamento dos recursos da orla maríti-ma da região alentejana, contribuindo assim para a programação e implementação dos investimentos necessários à respetiva qualificação e promoção. Refira-se que o produto turístico Sol e Mar, apesar da proliferação das motivações e produtos de lazer e turismo, continua a ser um dos pilares do turis-mo mundial, logo a estruturação e divulgação desta oferta assume-se como fundamental para a estraté-gia de desenvolvimento futuro do turismo alentejano.

ESTRATÉGIA OPERACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

NÁUTICO NO ALENTEJO E RIBATEJOA Entidade Regional de Turismo lançou junto dos agentes económicos e institucionais a Estratégia Operacional para o Desenvolvimento do Turismo Náutico no Alentejo e Ribatejo.A definição de um plano de intervenção que viabilize o desenvolvimento desde produto turístico nos dois territórios, com especial enfoque nas linhas de água interiores, nos principais eixos fluviais - entre os quais o Tejo, o Guadiana -, no Alentejo Litoral e no Grande lago Alqueva, foi o tema central das reuniões realizadas ontem, no Évora Hotel, em Évora.Os encontros de trabalho foram bastante conclusi-vos e participados por empresários e representan-tes de cerca de quatro dezenas de autarquias das duas regiões, Assim como responsáveis da Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva (EDIA), da Administração da Região Hidrográfica do Alentejo (ARH), das Comunidades Intermunici-pais, e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entre outras.Com esta Estratégia Operacional, a Entidade Regio-nal de Turismo espera contribuir a médio prazo para o desenvolvimento e promoção de um efetivo produ-to turístico náutico no Alentejo e Ribatejo.

AO PRESIDENTE DA REGIÃO DE TURISMO DO ALGARVE (RTA), Desidério Silva, reuniu-se com a nova diretora regional da Cultura, Alexandra Gonçalves, para definir linhas de atuação em conjunto no segmento dos circuitos turísticos, religiosos e culturais.A valorização da gastronomia pela Dieta Mediterrânica, recentemente classificada Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a dinamização da candidatu-ra de Sagres a Paisagem Cultural da Humanidade com o Município de Vila do Bispo e a promoção de itinerários dedica-dos aos Descobrimentos e à presença islâ-mica estão entre as parcerias já em curso.“Vamos intervir mais ativamente no turis-mo cultural para atenuar a sazonalidade e completar a oferta do destino”, esclarece Desidério Silva. “Um dos primeiros passos será a identificação, pela Direção Regional da Cultura, dos recursos culturais que podem potenciar a atividade turística”, revela.A estratégia passará também pela “for-mação dos colaboradores” ao serviço dos postos de turismo, bem como pelo ”ajusta-mento dos horários de funcionamento dos museus e monumentos” aos ciclos da pro-cura turística, conclui o presidente da RTA.Por fim, está prevista a realização durante o primeiro semestre do ano de um encon-tro ao mais alto nível para debater a união do Turismo e da Cultura, iniciativa que reunirá os dois responsáveis regionais, os secretários de Estado do Turismo e da Cultura e individualidades do meio acadé-mico, empresarial e jornalístico de ambas as áreas.Além do projeto «Descubriter – Rota Europeia dos Descobrimentos», que junta o Algarve a Andaluzia na promoção da cultura, história e património das nave-gações no território de onde partiram as primeiras expedições marítimas do mundo, a RTA integra o «UMAYYAD», projeto transfronteiriço que vai criar um itinerário turístico-cultural nos países da bacia do Mediterrâneo para divulgação do patrimó-nio árabe comum.A Região de Turismo participa ainda na «Rede de Judiarias de Portugal», que conjuga a valorização histórica e patrimo-nial com a promoção turística da herança judaica, e gere o plano de ação e salva-guarda da Dieta Mediterrânica, que visa a divulgação de produtos locais e estilo de vida associado em feiras de turismo e campanhas multimeios.

Algarve aposta no turismo cultural para atenuar a sazonalidade e completar oferta

ERT apresenta projeto Alentejo / Ribatejo 4 All aos parceiros 

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2014 / FEVEREIRO Regiões

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2014 / FEVEREIROInternacional

CENTRO INTERNACIONAL DE CONFERÊNCIAS JOAQUIM CHIS-SANO, em Maputo, Moçambique,

terá nova face até finais do próximo ano, quando ficar concluído um ambicioso com-plexo turístico, cuja primeira pedra foi lançada pelo Presidente da República, Armando Guebu-za.Trata-se de um projeto que nasce de uma par-ceria público-privada, que será executado pelo grupo chinês da área de construção Anhui Fo-reign Economic Construction (AFECC), numa área de 85 mil metros quadrados. Orçado em 250 milhões de dólares norte-americanos, finan-ciado por capitais chineses, o empreendimento vai compreender três partes, nomeadamente, um hotel cinco estrelas, um Centro de Conferências e salão para festas.A capacidade que se vai instalar será de 290 quartos, salão de festas com capacidade para  2000 pessoas. Os intervenientes, tanto da parte chinesa quanto da moçambicana, acreditam que vai ali nascer um chamariz de turistas nacionais e estrangeiros.O Presidente da República, na sua intervenção, começou por evocar as longínquas relações de amizade e de cooperação como o elemento mais importante na parceria acabada de firmar. De-pois referiu-se à importância daquele empreen-dimento no contexto da melhoria da imagem da cidade capital e do papel que o turismo tem vin-do a desempenhar na economia moçambicana.Já a parte chinesa, através do Presidente Exe-cutivo da AFECC, Wang Hao, prometeu execu-tar as obras em tempo útil, assegurando que até finais de 2015 o complexo será uma realidade. Aliás, a AFFEC é considerada empresa com tradição na construção de hotéis. Segundo o embaixador da China em Moçambique, Li Chu-nhua, são já 18 os hotéis construídos pelo grupo, e, em Moçambique, o acabado de iniciar será o terceiro.Espera-se que na fase de construção o empre-

endimento empregue 1 000 moçambicanos, nú-mero que poderá superar os 2 000 na fase de operação, segundo revelou ao “País económico” o embaixador da China. Além do governo moçambicano, representado pelo Presidente da República e pelo ministro do Turismo, Carvalho Muária, e da parte chinesa pelo embaixador plenipotenciário não residen-te, Li Chunhua, e pelo Presidente Executivo da AFECC, Wang Hao, o lançamento do Projeto de Desenvolvimento do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano foi testemunha-do por diversas individualidades, entre as quais o edil de Maputo, David Simango, e a governadora da Cidade de Maputo, Lucília Hama.O Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano foi inaugurado a 25 de junho de 2003, momentos antes da II Cimeira dos Chefes de Es-tado e de Governo da União Africana (UA), que se realizou de 4 a 7 de julho de 2003. John Law, proprietário de um estabelecimento turístico na Praia da Barra, disse ao nosso jor-nal que, desde o passado sábado, o cenário tende a mudar, o que deixa um pouco de esperança aos operadores turísticos. “hoje, temos todos os quartos ocupados, apesar dos pedidos de cance-lamento que recebemos”, disse Law.

LAM NÃO ESTÁ OBCECADA EM VOAR PARA A EUROPA

Moçambique não está obcecado em voar para o espaço europeu, uma vez que o mercado oferece várias alternativas de rotas para outros destinos, que o país pode explorar em condições de sus-tentabilidade.Segundo o ministro dos Transportes e Comuni-cações, além das rotas para os países da região, as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), com-panhia de bandeira, têm estado a operar como coluna vertebral nas ligações domésticas, com voos regulares para praticamente todas as pro-víncias do país.O posicionamento de Gabriel Muthisse surge

em reação a uma alegação posta a circular pela comunicação social, segundo a qual o recente acidente de aviação ocorrido na Namíbia, envol-vendo um avião da LAM, pode ter precipitado uma baixa na credibilidade da companhia entre os europeus, capaz de determinar uma proibição liminar de realizar voos para aquele continente.“É preciso deixar claro que a LAM voa para onde deseja voar e, naturalmente, não voa para onde não deseja. Quer dizer, não estamos proibi-dos de voar para a China, para o Canadá para o México ou para outro destino qualquer que nos interesse explorar”, disse Muthisse, ao “Notí-cias”.A perceção do ministro dos Transportes e Comu-nicações é de que o suposto banimento de Mo-çambique do espaço europeu não tem a ver com questões de segurança. Segundo ele, e de acordo com a alegação apresentada pela União Euro-peia para fundamentar tal decisão, é o Instituto Nacional da Aviação Civil, enquanto entidade reguladora, que não respondeu aos critérios de segurança por ela determinados.“Se esta fosse a real causa, então as compa-nhias europeias não voariam para Moçambique como faz, por exemplo, a TAP, porque quem ga-rante as condições de segurança na navegação aérea através de mecanismos válidos de controlo é o Instituto Nacional de Aviação Civil, o mesmo que para eles não satisfaz… Deviam ter medo de voar para Moçambique…”, sublinha o ministro.Para Gabriel Muthisse, há razões comerciais por detrás das alegações apresentadas.“Pelas normas internacionais, eles não podem impor barreiras tarifárias. Tudo isto tem a ver com a concorrência. O que eles estão a colocar é uma barreira comercial. Na verdade, eles é que devem estar mais preocupados porque hoje em dia não nos podem isolar do mundo como era possível fazer há 20 ou 30 anos, pois hoje o mercado é bem maior e os países têm à sua disposição um vasto leque de alternativas”, disse o ministro.

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Hotel de 250 milhões de dólares nasce na marginal de Maputo

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2014 / FEVEREIRO

EMPRESÁRIO MACAENSE David Chaw afirmou que pretende investir até 230 milhões de euros num comple-

xo turístico situado no ilhéu de Santa Maria, diante da Cidade da Praia, projeto que engloba hotel, casino e centro de conferências. Numa conferência de imprensa, o empresário, também cônsul honorário de Cabo Verde em Macau, indicou que estão criadas as condições para que a capital cabo-verdiana seja dotada de um hotel de “grande qualidade” e que as obras, se as negociações com o Governo local chega-rem a bom porto, poderão iniciar-se este ano. Sem avançar pormenores sobre o projeto, o embaixador de Cabo Verde na China, Júlio Morais, presente na conferência de imprensa, disse que o investimento representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde e poderá abrir portas a outros empre-sários chineses e macaenses que queiram investir no arquipélago. Segundo David Chaw, o ilhéu de Santa Maria, na ilha de Santia-go, é “o sítio mais adequado” para este investimento turístico de lazer, de sol e de praia, uma vez que a Cidade da Praia ca-rece de infraestruturas à altu-ra de uma a capital de um país. O projeto, informou, deverá con-templar, entre outras infraes-truturas, um hotel de “altíssimo nível”, um centro internacional de convenções, um spa, uma ma-rina, uma ponte e a requalifica-ção de toda a orla marítima da Gamboa, não estando ainda cla-ro se haverá ou não um casino. O empresário, cuja intenção de in-vestir nas ilhas vem de longa data, acredita que este é o “momento oportuno” para fazer investimentos no país, que goza de uma localiza-ção estratégica privilegiada na África Ocidental. O também cônsul honorário de Cabo Ver-de na Região Administrativa Especial de Macau, no cargo há 12 anos, afiançou que nos encontros já realizados ao mais alto ní-vel na Cidade da Praia teve a “maior aber-tura” das autoridades nacionais, sobretu-do do primeiro-ministro, José Maria Neves. Destacou a sua “surpresa” pelo facto de o Go-verno ter sido “muito eficiente e muito eficaz” na resposta célere e concreta dada às suas pre-

tensões de investir em Cabo Verde e sublinhou o facto de em Macau existirem mais investi-dores que poderão estar interessados no país. Para isso, há que estabelecer um diálogo e contactos mais estreitos com o empre-sariado macaense, através de missões em-presariais para estudar oportunidades de investimento noutras ilhas e em setores li-gados ao turismo e ecoturismo, defendeu. Entretanto, o economista e presidente da Asso-ciação dos jovens empresários cabo-verdianos, Paulino Dias, vê com bons olhos o anúncio do empresário chinês de Macau David Chow, que pretende investir na construção de um hotel de luxo no ilhéu de Santa Maria na cidade da Praia.Numa altura que fala da crise económica mundial, o sector do turismo tem crescido em Cabo Verde, contribuindo mais para o PIB,

ultrapassando a remessa dos emigrantes que antes estava na linha da frente como o que mais contribuía para o produto interno bru-to do arquipélago situado no atlântico médio. No entanto o economista Paulino Dias ex-plica que esse crescimento e conjuntu-ral e se deve ao abrandamento na pro-cura de destinos tradicionais e fortes do turismo em África, como a Tunísia, o Egipto e outros países que vivem a instabilidade po-litica e de segurança, levando a que muitos tu-

ristas procurem Cabo Verde como alternativa. O economista Paulino Dias deixa algumas dicas sobre o que o arquipélago deve fazer para manter esse nível de procura turística. Na óptica do economista Paulino Dias esse papel da promoção dos pais como destino tu-rístico deve ser reservado á Direcção Geral do Turismo, deixando a Cabo Verde Investi-mentos com a incumbência de promover o ar-quipélago enquanto destino de investimentos.

UM DOS DESTINOS QUE RECEBEU MAIS TURISTAS EM ÁFRICA

O crescimento económico na África Sub-Saha-riana continua forte e deverá situar-se nos 4,9% em 2013. Este número coloca os países do nosso continente entre os que mais cres-cem no mundo, indica a avaliação semestral de perspectivas económicas produzida pelo Banco

Mundial. O mesmo documento indica que Cabo Verde está entre os destinos que recebeu mais tu-ristas (+18%).Este crescimento é estimulado pelo aumento do investimento privado na região e pelas remes-sas enviadas aos familiares, que ascendem a 33 mil milhões de dólares e eleva o PIB da África para 5,3% em 2014 e 5,5% em 2015. O Banco Mundial realça ainda que este crescimento eco-nómico é suportado por fortes investimentos governamentais, uma maior produção de recursos minerais, e por uma aposta nos sectores da agricultura e dos ser-viços.Estas taxas de crescimento es-tão a atrair mais investimentos e turismo. No entanto, de acor-do com o relatório, a pobreza permanece elevada. Um em cada

dois africanos vive em situação de pobreza ex-trema, exemplifica. Entretanto, a taxa da po-breza deverá cair entre 16 e 30% até 2030. Ainda assim, a maioria das pessoas mais pobres do mundo vai viver em África.No entanto, os destinos turísticos continuam a prosperar em toda a África, e Cabo Verde está entre os países que recebeu mais turistas (+18%), seguido das Seychelles (+13%), Áfri-ca do Sul (+4%), Suazilândia (+2%) e Mau-rícias (+1%).

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Empresário de Macau quer investir 230 millhões de dólares em hotel

Internacional

CABO VERDE

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2014 / FEVEREIROAviação

COMPANHIA AÉREA AIR ALGÉRIE vai ini-ciar uma ligação direta

entre a capital da Argélia, Argel, e Lisboa, a partir de março, com dois voos semanais, anunciou o Governo argelino, uma informação confirmada pelo executivo portu-guês. O ministro dos Transportes argelino, Amar Gul, anunciou recentemente várias novas ligações da Air Algérie e cidades europeias, entre as quais Lisboa, além de Viena (Áustria) e Valência (Espanha), se-gundo a agência espanhola Efe. Contactada pela Lusa, fonte oficial do ministério dos Ne-gócios Estrangeiros confirmou que os voos entre a capital argelina e Lisboa deverão começar em Março, mas não existe ainda data marcada. A mesma fonte referiu ainda que as ligações diretas entre a Argélia e Portugal terão uma frequência de duas vezes

por semana, sem adiantar ainda em que dias ocorrerão os voos. A Air Algérie tem igualmente previstas novas rotas para ci-dades no leste, centro e sul de África, anunciou o diretor geral da companhia, Mohamed Salah Boultif. A companhia assinou recente-

mente vários contratos para reforçar a sua frota com 14 novos aviões, por um valor de cerca de 600 milhões de euros. A empresa estatal argelina fez acordos com a Boeing, Air-bus e ATR para a aquisição de oito Boeing 737-800, com capacidade para 150 passageiros, de três Airbus A330-200, com 250 lugares, e três ATR 72-600, que transpor-tam 70 pessoas. A TAP, recorde-se, opera já há dois anos para a capital argelina com três voos no Inverno e quatro no Verão.

A EMIRATES DECIDIU AUMENTAR a sua presença na Nigéria, o país mais populoso do continente Africano, iniciando um serviço diário para Abuja e Kano a partir de 1 de agosto de 2014. O anúncio surge após o recente marco alcançado pela Emirates, de 10 anos de operações para Lagos, cidade para a qual a companhia aérea voa duas vezes por dia.Abuja, localizada no centro do país, é uma cidade constru-ída na década de 1980, que substituiu Lagos como capital da Nigéria, em 1991. A cidade, é a sede do Governo Fede-ral e é também nela que se situa a maioria das instituições da Nigéria, incluindo o Banco Central e a Corporação Na-cional de Petróleo. Abuja é também a sede da Comunida-de Económica dos Estados do Oeste Africano e da sede regional da Or-ganização dos Países Exportadores de Petróleo.Kano, a capital do Estado de Kano, é a segunda cidade mais populosa da Nigéria, depois de Lagos. A área é conhecida pela produção e expor-tação de amendoim, a maior fonte de receitas de exporta-ção na Nigéria, antes do “boom” do petróleo na década de 1970.Com a adição de Abuja à sua rede, a Emirates voa agora para 26 destinos em África e para um total de 142 desti-nos globais, em 80 países.A Emirates lançou serviços para a Nigéria a 2 de Janeiro 2004, com quatro voos por semana do Dubai para La-gos, com ligação a Accra no Gana, através da operação de aviões A330-200. Pouco mais de um ano depois, em Outubro de 2005, a Emirates aumentou o seu serviço, de quatro para seis voos semanais, passando a oferecer um

voo diário. A 1 de Janeiro de 2006, Lagos deixou de estar associada à rota de Accra, passando a ter um serviço dire-to para o Dubai. A 1 de Fevereiro de 2009, foi introduzido um segundo serviço diário a esta rota servida atualmente pelo Boeing ER 777-300. A rota será operada por um Airbus A340 -500, com um total de 258 lugares configurados em três classes - 12 em Primeira Classe, 42 em Classe Executiva e 204 em Classe Económica. Os passageiros da Emirates podem também usufruir de uma franquia de bagagem de 50 kg em Primeira Classe, 40Kg em Classe Executiva e 30Kg em Classe Económica.A abertura de um centro de escritórios da Emirates Ho-

lidays em Lagos em Dezembro passado, em parceria com a Tour Brokers International  (TBI), é outra prova da crescente impor-tância da Nigéria enquanto mer-cado-chave da Emirates, Abuja será a primeira escala efetuada pelo voo à segunda-feira, quarta-

feira, sexta-feira e domingo, e Kano será a primeira escala nos voos realizados à terça- feira, quinta- feira e sábado.O voo EK 785 da Emirates parte do Dubai às 10h30 e chega a Abuja pelas 14h50, de onde sairá às 16h40 em direção a Kano onde aterrará pelas 17h50.O voo de regresso parte de Kano às 20h25 e chega ao Dubai pelas 06h15da manhã seguinte. Por sua vez, o voo EK 786 partirá do Dubai às 10h30 chegando a Kano pe-las 14h30, partindo posteriormente de Kano às 16h25 e aterrando em Abuja pelas 17h35, de onde sairá em direc-ção ao Dubai às 20h05 onde chegará às 06h15 da manhã seguinte.

AA BOEING estabeleceu em 2013 novos recordes de entrega de novos aviões, com um total de 648, e de captação de novas encomendas, num total de 1.531 aparelhos, terminando o ano com um total de 5.080 aviões encomendados.“A equipa da Boeing desempenhou-se extremamente bem em 2013”, comentou o presidente e CEO da área Aviões Comerciais do construtor aeronáutico norte-americano, Ray Conner, citado no comunicado em que apresenta ‘os grandes números’ do ano passado. De acordo com essa informação, dos 648 entregues no ano passado, 440 foram B737, de médio curso, e em wide-body de longo curso o maior número foi de B777, com 98, seguindo-se o novo B787 Dreamliner, com 65, o Jumbo B747, com 24, e o B767, com 24. Relativamente às encomendas, descontados os cancelamentos, a carteira

da Boeing aumentou para 1.355, o segundo maior número de sempre num ano, 1.046 dos quais B737, 182 B787, 113 B777, 12 B747 e dois B767. Com esta evolução a sua carteira de encomendas total subiu par 3.680 B737, 916 B787, 380 B777, 55 B747 e 49 B767. Além dos números, a Boeing destaca como êxitos de 2013 a apresenta-ção, em Junho, no Paris Air Show de uma nova versão do Dreamliner (B787-10), relativamente ao qual ignora o facto de que esteve interdito de voar durante algumas semanas, ao que se soube por problemas com as novas bateriais, e a apresentação em novembro, durante o Dubai Air Show, da nova versão do B777 (ainda B777X). Para este ano, Ray Conner põe a expectativa na entrega do primeiro B787-9 e na conti-nuação do desenvolvimento do B787-10, do B737max do B777X. A última encomenda à Boeing no ano de 2013, pelo que mostra o seu website, foi da Cathay Pacific, que no dia 27 contratou um B747-8 cargueiro e três B777-300ER, com um valor a preços de catálogo de mil milhões de dólares, apenas sete dias depois de ser anunciada uma encomenda pela Cathay de 21 B777-9X. A primeira encomenda de 2014, por sua vez, foi anunciada pela Air Algerie, que contratou oito B737-800 Next Generation, no montante de 724 milhões de dólares a preços de catálogo.

Boeing recebe encomendas de mais de 1500 aviõesAir Algerie vai começar a operar

para Portugal a partir de março

Emirates lança nova ligação para Abuja e Kano

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S COMPANHIAS AÉREAS LOW COST estão a ganhar cada vez mais peso nos aeroportos portugueses e já

transportam quase tantos passageiros como a TAP. Segundo dados da ANA, que gere as 10 infraestruturas, a TAP fechou 2013 com uma quota de 38,6% correspondente a mais de 12 milhões de passageiros. Já as low cost a operar em Portugal - que são mais de cinco – tiveram uma quota superior a 31%. Só as principais - Ryanair e Easyjet - trans-portaram 26% dos passageiros e assumem-se, respetivamente, como a segunda e terceira com-panhias do país. Destacam-se ainda a Transavia, com 3,4% de quota, a Monarch com 2,1% ou a Aerlingus, com 1,4%. E em breve haverá mais, até porque estas foram as companhias que mais cresceram em 2013, especificamente mais 9,1% ou mais 928 mil passageiros. “O low cost é uma aposta da ANA, principalmente a sua diversificação”, disse Jor-ge Ponce Leão, o presidente da empresa que é agora detida pelos franceses da Vinci. A prová-lo está a entrada da Air Canada Rouge em Lisboa já este verão, adiantou  o diretor adjunto da Por-tela, Francisco Pita, também na apresentação do  tráfego  de 2013. Este crescimento do peso das low cost é um refle-xo da situação económica da Europa e de Portu-gal que procuram, ambos, viagens a preços mais baixos. Aliás, o ano passado continuou a registar-se uma quebra do número de passageiros domés-ticos, não só pela diminuição dos portugueses que viajam para fora, principalmente em charters, mas também pela redução da procura dos voos internos. “Estas quebras só estão a ser compen-sadas pelos maiores fluxos de emigração”, repa-rou Ponce Leão. Além disso, há uma estagnação de vários mer-cados emissores, como é o caso do Brasil no ae-roporto de Lisboa e do Reino Unido na Madeira e Faro. “A TAP não tem tido possibilidade  de comprar novos aviões para reforçar a oferta para o Brasil. Vai fazê-lo apenas este ano”, explicou Francisco Pita.

TRÁFEGO CRESCE 5%Apesar da quebra dos passageiros domésticos e da estagnação de alguns mercados, os dez ae-roportos da ANA registaram um tráfego de 32 milhões de pessoas em 2013, mais 5% que em 2012, e metade dos quais apenas em Lisboa.Segundo Ponce Leão  estes resultados explicam-se com o trabalho de captação de novos destinos,

como na Madeira, para onde se recuperou o mer-cado escandinavo e francês. Mas também pela implementação, há um ano, de um novo modelo regulatório. “Este modelo obriga-nos, tal como ficou estipulado no contrato de concessão, a au-mentar as taxas aeroportuárias apenas quando há aumento de tráfego e por isso obriga-nos a ser mais eficientes. Além disso, obriga a apostar no crescimento da economia por via do crescimento de turistas e depois de tráfego”, explicou Ponce Leão. Ainda assim, as taxas da ANA são das mais bai-xas da Europa, já com o aumento previsto para abril deste ano, e o seu impacto é “irrelevante” no consumidor, porque as companhias estão cada vez mais eficientes, acrescentou.  O aumento das taxas aeroportuárias, principal-mente em Lisboa, não está a repercutir-se num aumento das receitas da ANA, revelou o presi-dente da empresa, Jorge Ponce Leão, adiantando desde logo que o valor conseguido terá de ser re-velado pelo novo acionista, os franceses da Vinci, que venceram a privatização da empresa há um ano. “O crescimento das receitas não foi exatamente o esperado porque não aplicamos as taxas dire-tamente aos preços pagos pelos passageiros mas aos serviços que cobramos às companhias. Ora, se as companhias aéreas estão mais eficientes e usam menos ou menos tempo os nossos servi-ços é natural que as receitas não acompanhem o aumento das taxas aeroportuárias”, disse na apresentação dos resultados de tráfego da ANA. É por isso que, diz Ponce Leão, o aumento das taxas é irrelevante no preço final pago pelos pas-sageiros. Estas deverão subir em Lisboa, o único aeroporto onde o podem fazer segundo o que ficou estipu-lado no novo contrato de concessão, mas ainda assim ficarão muito abaixo dos valores pratica-

dos na União Europeia, mais precisamente 23%. Acresce que, de acordo com este novo modelo de concessão, as taxas só poderão subir se o tráfego crescer. “Este modelo obriga a apostar no cres-cimento da economia por via do crescimento de turistas e depois de tráfego”, disse ainda Ponce Leão. O novo modelo regulatório da ANA foi também, segundo o presidente da gestora, o que sustentou o crescimento do tráfego em 2013. O número de passageiros nos aeroportos portu-gueses cresceu 5% em 2013, atingindo os 32 mi-lhões de passageiros, metade dos quais passaram por Lisboa.Os números foram apresentados num balanço feito pelo presidente da ANA, Ponce de Leão, que assinalou o crescimento expressivo em Lis-boa, que subiu 4,6%, ficando pela primeira vez acima dos 16 milhões de passageiros.Segundo Ponce de Leão, esta evolução é o dobro da média dos aeroportos da União Europeia filia-dos no ACIEurope, a despeito da queda relativa do tráfego dos portugueses que viajaram para o estrangeiro e que foi “mais do que compensada pelos visitantes que entraram no país”.Além do crescimento do aeroporto de Lisboa, destacou-se ainda o aumento do número de pas-sageiros no aeroporto da Madeira (7,1%), Faro (5,4%) e Porto (5,3%), impulsionados pelo trá-fego de passageiros ‘inbound’ [visitantes].O aeroporto dos Açores cresceu apenas 1,7% por estar “fortemente dependente” do mercado doméstico, que caiu no ano passado, justificou o responsável de ‘marketing’ e aviação, Francisco Pita.Apesar disso, adiantou, tem havido alguma com-pensação devido ao aumento da emigração que “introduziu um acréscimo de tráfego associado à visita de familiares e amigos”.Ponce de Leão estima para esta infraestrutu-ra um crescimento em linha com estes valores, apontando para os 4%, valor que considera “sus-tentado” e que acredita que vai ser ultrapassado.“O turismo em Portugal tem condições para crescer a taxas superiores a 4%”, considerou.O responsável da ANA salientou que a queda do mercado doméstico foi “amortecida”, pelo cres-cimento dos visitantes estrangeiros e que a ANA tem estado empenhada na diversificação dos mercados externos, para ultrapassar “a estagna-ção” de alguns mercados como o britânico.A Madeira, exemplificou, “recapturou o mercado da Escandinávia”, enquanto os mercados francês e alemão tem tido “grande crescimento”.

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Companhias aéreas low cost ganham cada vez mais peso nos aeroportos portugueses

SEGUNDO A ANA

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2014 / FEVEREIRO Aviação

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2014 / FEVEREIROÚltima

BTL 2014 com novos parceiros internacionaisFEIRA INTERNACIONAL DE TU-RISMO DE LISBOA, que decorre de 12 a 16 de março, reforçou a pre-

sença de participações internacionais no Pavilhão 3, durante a BTL 2014. O Brasil é uma das grandes apostas da 26ª edição, estando representado, pela primeira vez, pelo Estado do Amazonas, o destino internacional convidado, e pelos estados do Pará, do Gramado e de Vitória. Outro dos estreantes, na maior feira de turismo a nível nacional, é a Associação das Agências de Viagens em Andorra.Para este certame, a BTL 2014 já tem confir-madas as participações das Delegações e Regi-ões de Turismo, assim como grupos hoteleiros e operadores turísticos, de Macau, Turquia, Mar-rocos, São Tomé e Príncipe, Angola, Indonésia, Moçambique, Cabo Verde, Cuba, Egipto, Repú-blica Dominicana, Tunísia, Malásia, Espanha, Taipei (Taiwan) e Panamá, entre outros países.A BTL é a maior feira de turismo falada em por-tuguês e um ponto de encontro privilegiado para a apresentação da oferta turística dos países da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), como é o caso de Brasil, Cabo Verde, Angola e Moçambique. Estes países têm vindo a reforçar a sua presença no evento, através do

aumento do espaço ocupado e de iniciativas, o que reforça a importância da BTL como porta de entrada para a realização de negócios e de contactos na Europa.

PROGRAMA CORPORATEA BTL vai lançar nesta edição, um novo e ex-clusivo programa de acesso à feira, o Programa BTL Corporate para as empresas visitantes des-te segmento.O novo programa corporativo permite às empre-sas, através de um simples pré registo efetuado via internet, em casa ou no escritório, usufruir de um conjunto benefícios exclusivos, tais como, parque de estacionamento gratuito no dia da visita, atendimento em Balcão de Credenciação exclusivo “BTL Corporate”, entrega de um We-lcome Pack com informação diversa sobre a fei-

ra, (Lista de empresas expositoras, Guia de vi-sitante, Badge “BTL Corporate”, entre outros), bem como acesso ao Lounge BTL, um espaço reservado, onde poderão usufruir de uma bebida.A BTL 2014, a maior feira de turismo a nível nacional, organizada pela Fundação AIP, atra-vés da AIP – Feiras, Congressos e Eventos, vai apostar no segmento  Meeting Industry  (MI), que terá um maior destaque e exposição no pro-grama de  Hosted Buyers. Este novo sector de MI (eventos e reuniões corporativas) tem con-tribuído para a crescente oferta de novos expo-sitores na BTL, como é o caso de operadores e de hotéis, nomeadamente do Brasil. Até ao momento, a BTL registou um aumento de 20% de novas empresas, neste segmento de negócios.Ao nível do espaço, a BTL vai contar com vários setores e atividades. O Pavilhão 1 vai promover o destino Portugal. O Pavilhão 2 representa toda a área de alojamentos, turismo gastronómico e serviços. A distribuição, os tours operadores, os agentes de viagens, as companhias áreas, a ani-mação turística e os parceiros internacionais vão marcar presença no Pavilhão 3. Tal representa uma oportunidade única para promover novos produtos e serviços, junto dos profissionais e do público.

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“A PALAVRA PARA 2014 É CRESCIMENTO”, afirmou o novo presidente do Turismo de Portugal, I.P., João Cotrim de Figueiredo,  orador con-vidado do almoço de fevereiro,  da Asso-ciação da Hotelaria de Portugal (AHP). O convidado destacou perante as dezenas de hoteleiros da AHP presentes no hotel Real Palácio, que esta era uma das suas primeiras intervenções públicas, a pri-meira junto do sector, e o testemunho do reconhecimento da importância do tra-balho e da representatividade que a As-sociação da Hotelaria de Portugal tem.A abrir o debate, Luís Veiga, presidente da AHP, referiu que “é importante con-tinuar o excelente trabalho conjunto do Turismo de Portugal com os hoteleiros”. “A definição de um novo modelo de pro-moção é claramente uma necessidade”, anunciou, dando voz às prioridades do sector, e à agenda da AHP, às quais jun-tou a importância de conhecer o futuro das Escolas de Hotelaria e Turismo.  Confiante no crescimento do sector

em 2014,  João Cotrim de Figueiredo, afirmou que é preciso entender “o que limitou este crescimento no passado, se estamos num novo ciclo e até onde esta-mos disponíveis a ir.” Para o responsável daquele Instituto, “Para o crescimento é necessário melhorar o conhecimento sobre os mercados concorrentes e fazer uma promoção mais eficaz, que já está a ser seguida”. Confirmando a tendência de 2013, declarou ainda que este cresci-mento não irá passar “pelo investimento na construção de novas unidades hote-leiras, mas sim pelo aumento da taxa de ocupação das unidades existentes, e dos preços”. Para isso, irá contribuir a cul-tura do Turismo de Portugal que passa por ter “informação sustentada sobre os nossos mercados emissores e sobre os nossos concorrentes, a par de cultu-ra de abertura para ouvir os hoteleiros”. Nesse sentido, “é preciso que haja uma efetiva colaboração entre o Turismo de Portugal, a AHP e os seus associados”, concluiu.

O TRÁFEGO DE PASSAGEIROS aumentou 5,2% em 2013 face ao ano anterior. O ritmo de crescimento foi até mais acentuado na procura internacional, que teve um aumento homólogo de 5,4%, enquanto a procura doméstica subiu 4,9%, de acordo com dados revelados pela IATA.No período em análise a capacidade colocada no mercado aumentou 4.8%, originando uma subida de 0,4% na taxa média de ocupação, que se situou nos 79,5%.Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, o tráfego de passageiros voltou este ano a registar “aumentos históricos”, muito embora de níveis diferentes consoante as regiões do mundo.O crescimento mais forte foi registado pelas companhias do Médio Oriente, que transportaram +11,4% de passageiros que no ano ante-rior. Seguiram-se as companhias da Ásia – Pacífico, com +7,1%, a América Latina, com +6,3% e África, com + 5,2%. Uma das regiões a registar menor crescimento foi a Europa onde o tráfego aéreo, depois de ter aumentado 5,2% em 2012 registou um abrandamento, subindo 3,8% em 2013. Pior só mesmo a América do Norte, onde a procura aumentou apenas 2,3% em termos homólogos o ano passado.“Assistimos a um crescimento saudável da procura em 2013, apesar ao ambiente económico difícil. Houve uma clara melhoria da tendência durante o ano, que é um bom presságio para 2014”, afirmou Tony Tyler, diretor-geral e CEO da IATA. Recorde-se que a IATA prevê que os lucros das companhias venham a atingir recordes, com base no preço do petróleo e das fusões entre companhias aéreas.

Presidente do TP aos hoteleiros: “A palavra para 2014 é crescimento”

IATA: tráfego de passageiros aumentou 5,2% em 2013

Page 31: Viajar Magazine - Fevereiro 2014
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