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Ken Gerard Silva Vidro Funchal 2014

Vidro - Trabalho Final

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Ken Gerard Silva

Vidro

Funchal 2014

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Vidro

por Ken Silva

Licenciatura em Tursmo

Artes Decorativas

Alexandra Pais

Funchal 2014

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Índice

Introdução ......................................................................................................................... 5

Origens do vidro ............................................................................................................... 6

O vidro Romano ........................................................................................................... 7

Vidros de Veneza.......................................................................................................... 8

Vidro da Catalunha ....................................................................................................... 9

O aparecimento do vidro em Portugal ............................................................................ 11

Outras fábricas de vidro:............................................................................................. 13

Processo do fabrico do vidro .......................................................................................... 13

Classificação do Vidro.................................................................................................... 13

O vidro na atualidade ...................................................................................................... 14

Conclusão ....................................................................................................................... 15

Bibliografia / Webgrafia ................................................................................................. 17

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Indice de Ilustrações

Figura 1 - Jarra Fenícia ..................................................................................................... 7

Figura 2 - Jarra Fenicia ..................................................................................................... 7

Figura 3 - Vidro de Murano .............................................................................................. 9

Figura 4 – “Porrón” da Catalunha .................................................................................. 10

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Introdução

O vidro é o mais antigo material de síntese produzido pelo Homem e uma das suas

maiores descobertas. O desenvolvimento científico e tecnológico do material asseguram-

lhe, ainda hoje, qualidades sem igual. Por exemplo, o vidro destinado aos produtos de

embalagem é um silicato duplo de sódio e cálcio, fruto dos avanços da pirotecnia e das

ciências dos materiais.

Desde a mais remota antiguidade que o vidro foi utilizado na produção de objetos

destinados à decoração e embalagem. Primeiro foi utilizado na produção de objetos de

luxo e, mais recentemente, de objetos correntes como os espelhos, frascos, as garrafas,

lentes, entre outras. De forma alguma podemos também esquecer que o vidro é ainda

parte integrante da arquitetura moderna. O vidro possui diversas características tais como:

Reciclável

Inalterável

Resistente

Versátil

Transparente

Isolante

Ainda antes de Cristo já era evidente a existência, acidental ou artesanal, do vidro, sendo

que ao longo da história este assumiu um papel mais importante na indústria e na vida

quotidiana. O desenvolvimento das técnicas e de algumas das peças mais requintadas

alguma vez produzidas deve-se muito ao trabalho levado a cabo pelos romanos e

venusianos.

Em Portugal, a qualidade do vidro começou por ser fraca, no entanto com o

desenvolvimento da indústria e os vários incentivos para a produção do vidro colocou o

país no topo dos países produtores da época.

Neste trabalho procurarei abordar as origens do vidro e o seu aparecimento em Portugal;

os vidros romanos, venusianos e catalães; e ainda os principais centros de produção

portugueses e a sua importância actual.

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Origens do vidro

O vidro é uma das descobertas mais importantes da existência da humanidade. A invenção

do vidro é disputada entre dois povos, os egípcios e os fenícios, sendo certo que ambos

tiveram a primazia sob a invenção do mesmo.

Existem várias lendas quanto ao aparecimento do vidro, sendo uma das mais divulgadas

a seguinte:

in “Enciclopédia Trópico”

Dentro das outras versões existentes destaca-se a de que o vidro surgiu de uma fusão

natural de areia depois de um incêndio provocado por um raio, sendo que o resultado do

mesmo terá sido o vidro. O mais provável é que o vidro tenha sido na realidade descoberto

por acidente. No entanto, também há a hipótese de que este tenha surgido naturalmente,

através da queima de peças de cerâmica, ou com a fusão das primeiras peças metálicas

pouco antes da Idade do Bronze, entre 5.000 e 4.000 a.C..

"Os fenícios contam que ao voltarem à pátria, do Egito, pararam às margens do

Rio Belus, e pousaram sacos que traziam às costas, que estavam cheios de natrão

(carbonato de sódio natural, que eles usavam para tingir lã). Acenderam o fogo

com lenha, e empregaram os pedaços mais grossos de natrão para neles apoiar

os vasos onde deviam cozer animais caçados. Comeram e deitaram-se,

adormeceram e deixaram o fogo aceso. Quando acordaram, em vez das pedras

de natrão encontraram blocos brilhantes e transparentes, que pareciam enormes

pedras preciosas. Um deles, o sábio Zelu, chefe da caravana, percebeu que sob

os blocos de natrão, a areia também desaparecera. Os fogos foram reacesos, e

durante a tarde, uma esteira de líquido rubro e fumegante escorreu das cinzas.

Antes que a areia incandescente se solidificasse, Zelu plasmou, com uma faca

aquele líquido e com ele formou uma empola tão maravilhosa que arrancou

gritos de espanto dos mercadores fenícios. O vidro estava descoberto."

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De alguns estudos surgiram relatos que o vidro terá surgido pelo menos 4000 anos a.C.,

contudo, a história do vidro tem registado um grande desenvolvimento nas últimas

décadas. Os egípcios começaram a produção de vidro, sobretudo objetos pequenos e

decorativos, em 1400 A.C..

O vidro começou a desenvolver-se após a invenção da vara de sopro, supostamente

inventada na Fenícia, que permitia a moldagem das peças. A maior produção do vidro

concentrou-se na Alexandria, de onde os fenícios a transportaram para todo o

Mediterrâneo.

Figura 1 - Jarra Fenícia

O vidro Romano

Com o aparecimento do Império Romano surgiu um novo impulso à técnica de soprar o

vidro, tendo estes começado a produzir e utilizar o vidro por volta do ano 100, a sua

produção concentrava-se essencialmente em Roma. O vidro produzido na época era

opaco, no entanto deixava passar a luz, sendo suficiente para iluminar os ambientes das

residências das famílias mais abastadas. Os primeiros 4 séculos d.C. foram denominados

de “idade de ouro do vidro”. A vara de sopro é ainda nos dias de hoje utilizada na

produção artesanal de vidro e nas formas mais complexas.

Figura 2 - Jarra Fenicia

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Foram os romanos os responsáveis pela difusão da técnica e também os que dela melhor

proveito tiraram. A produção de chapas de vidro era considerada muito complexa e só era

fabricada em Roma, e era visível nas casas senhoriais e nas igrejas. A indústria vidreira

romana rapidamente ultrapassou a indústria egípcia pois o grande desenvolvimento

tornou os romanos em exímios produtores de vidro. Mais tarde tornaram-se ainda peritos

em processos de lapidação, coloração, gravura, pintura e modelagem de vidro soprado.

Vidros de Veneza

A partir do século XIII, a indústria do vidro revelou um enorme desenvolvimento na ilha

de Murano, situada em Veneza. Este progresso deveu-se à mudança obrigatória dos

vidreiros e cristaleiros de Veneza para Murano por causa do grande risco de incêndio,

uma vez que a maioria dos edifícios de Veneza eram construídos em madeira.

No século XIV as exportações aumentaram trazendo uma maior fama para a ilha,

destacando-se inicialmente pela produção de missangas de cristal e espelhos. Um dos

mais importantes tipos de cristal, o cristal “aventurine”, foi inventado em Murano e esta

chegou a ser o maior fabricante de cristal da Europa. A ilha ficou mais tarde conhecida

pela produção de lustres.

Durante dois séculos, os vidreiros desta região, aperfeiçoaram a produção de espelhos,

mas apenas chegaram à forma perfeita por volta do ano 1600. A produção de lentes e

lupas começou por volta do século XI sendo aprimoradas depois do século XVII, uma

actividade que veio favorecer o aparecimento de instrumentos óticos, tornando a

actividade vidreira eternamente moderna.

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Os vidreiros desta ilha eram considerados tão importantes para a actividade vidreira que

foram incluídos no Livro de Ouro, que fazia menção às famílias aristocráticas.

A ilha foi ainda estrategicamente escolhida para manter a actividade protegida conta

qualquer tipo de espionagem, sendo que o seu nome, Murano é ainda nos dias de hoje

utilizados para denominar algumas peças de cristal.

Vidro da Catalunha

A Catalunha começou o fabrico de vidro a partir do século XIII. Desde esta época que a

região possuía várias oficinas de produção de vidro. Nos séculos XIV e XV fabricavam-

se vitrais artísticos para igrejas e também vasos e taças.

A produção de Vidro da Catalunha teve muito provavelmente influências da produção

veneziana, pois acredita-se que muitos artífices venezianos mudaram-se para a Catalunha

e ali seguiram a sua arte. A esta suspeita acrescenta-se o facto que estes mesmos artífices

trouxeram consigo os conhecimentos de processos técnicos que até então eram apenas

aplicados pela indústria vidreira veneziana, acabando assim por difundi-los pelo resto da

Europa. Contudo, poucas peças anteriores ao século XVI foram conservadas. Deste

século conhecem-se copos e decantadores que imitavam aqueles que eram produzidos em

Veneza.

Figura 3 - Vidro de Murano

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No século XVII surgiram as pias de água benta de vidro branco, as garrafas de vidro verde

adornadas com várias voltas e ornamentos coloridos. Já no século XVIII surge o “Porrón”,

um tipo de jarro onde se deitava o vinho, sendo que este tinha um gargalo utilizado para

deitar o vinho nos copos ou para beber diretamente do jarro. Ainda neste século foram

produzidos pequenos recipientes, de cor azul, utilizados para deitar as fragâncias de água

perfumada.

No entanto, a posse de um bem de luxo como o vidro, era sinal de estatuto e poder até

finais do século XVIII, sendo que apenas o deixou de ser com o início da produção em

série. Para esse efeito, muito terá valido a contribuição de Friedrich Siemens ao

desenvolver o forno de recuperação térmica, que permitia recuperar o calor libertado pela

chaminé. Estes fornos eram também utilizados na produção dos bolbos para as lâmpadas

inventadas por Edison, facilitando ainda o fabrico em série de vidros planos, através do

processo criado pelo belga Fourcault, que consistia na produção de folhas de vidro por

estiramento.

Figura 4 – “Porrón” da Catalunha

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O aparecimento do vidro em Portugal

Em Portugal é difícil apontar uma data específica para o aparecimento do vidro, no

entanto, foram encontrados vestígios no país que remontam a 2000 anos a.C.. Alguns dos

elementos encontrados fazem crer que existiu uma produção local ou regional, sendo

achados em diversos locais: Sines, Silves, Ourique, Monforte, Figueira da Foz,

Conimbriga, Setúbal e Santarém. Um dos mais importantes achados trata-se de 35 contas

de pequena dimensão, com diversas cores e formas, assim como fornos do período da

ocupação romana (Necrópole da Idade do Bronze da Atalaia).

Contudo, durante a invasão dos Povos Bárbaros na Península Ibérica houve uma

decadência do fabrico de vidro em Portugal e na restante Península, tendo ressurgido pela

mão dos Árabes que instalaram nos seus novos domínios esta e outras indústrias. Devido

à falta de documentos é impossível verificar com rigor onde terá decorrido a sua

actividade.

De acordo com achados arqueológicos, supõe-se que os primeiros fornos do país

existiram em Palmela, e que este local foi pioneiro na produção de vidro em Portugal. A

estes sucederam-se outros fornos localizados em Alcochete, Alcácer do Sal, Santarém,

Pombal e Lisboa. No entanto, nesta época o vidro português apresentava uma fraca

qualidade, pelo que continuava-se a importar vidro de outros países europeus, tais como:

Itália, Países Baixos, Alemanha e mais tarde Inglaterra.

A indústria vidreira foi introduzida no país no século XV, através da fundação da Fábrica

do Covo, em 1484 no concelho de Oliveira de Azeméis. Pode-se então afirmar que nesta

época este era um dos centros produtores mais importantes, tendo diversas regalias que

pareciam eliminar qualquer tipo de concorrência.

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Em 1719, D. João V. funda a Fábrica Real de Vidros da Coina, numa tentativa de

impulsionar a indústria vidreira, esta laborou durante cerca de 28 anos, até à sua

transferência para a Marinha Grande. É sabido que a Fábrica da Coina já existia desde as

últimas décadas do século XV, sendo também um dos grandes centros produtores,

continuando em funcionamento até ao Século XVIII, altura em que recebeu a

denominação de Fábrica Real. Da fábrica existente na Coina existem alguns vestígios da

produção exercida nesta fábrica, tendo sido objeto de intervenção arqueológica na década

de 80, onde foram encontrados fornos onde eram produzidos diversos tipos de vidro.

A Fábrica Real de Vidro da Marinha Grande abriu portas em 1748 e o centro da produção

nacional transferiu-se para esta região, em grande parte devido à abundância de matéria-

prima nesta região. A Real fábrica ficou nas mãos de John Beare que se estabeleceu na

Marinha Grande em 1748.

Após o terramoto de 1750 em Lisboa, esta assume um papel importante na reconstrução

da capital do país, tendo recebido o aval do Marquês de Pombal que atribuiu uma licença

de produção, entre outros diversos subsídios, aos irmãos Guilherme e João Stephens, dois

vidreiros da época.

Esta fábrica tornou-se bastante importante para o país, tendo sido Portugal o segundo país

no mundo a fabricar cristal. A fábrica da Marinha Grande atravessou séculos de produção,

estando ainda nos dias de hoje em funcionamento, produzindo vidro para diversas marcas

como a Nikon que fabrica entre outros produtos, lentes para máquinas fotográficas.

Já no século XIX, mais precisamente no ano de 1807, surgiu a Fábrica Real de Vidros de

Vilarinho da Furna, fundada pelos irmãos Gomes, antigos tesoureiros da Sé de Braga.

Esta fábrica dispunha dos mesmos privilégios e isenções atribuídos à fábrica da Marinha

Grande. A sua localização era excecional devido à existência de uma grande fonte de

combustível bem como a abundância de matérias-primas. Esta fábrica foi a primeira e

única existente na região do Minho, conseguindo fabricar vidro idêntico àquele produzido

na Bohemia. Funcionou apenas durante dois anos.

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Outras fábricas de vidro:

Fábrica da Praia do Calvário

Fábrica de Duarte Harper (Douro)

Fábrica da Rua das Gaivotas (Lisboa)

Real Fábrica de Porcelana, Vidro e Processos Chimicos da Vista Alegre

Fábrica de Paço de Rei

Fábrica Mota Gomes (Lisboa)

Fábrica da Malhada (Ílhavo)

Fábrica de João José Veríssimo (Lisboa)

Fábricas de André Michon (V. Nova de Gaia e Buarcos)

Fábrica do Cabo Mondego (Buarcos).

Processo do fabrico do vidro

O vidro é uma substância inorgânica, homogénea e amorfa. Ao chegar aos 800° C, a

mistura que compõe o vidro, atinge o estado pastoso e ao atingir 1000º C, entra em ponto

de fusão. Actualmente, existem 4 processos de fabrico, Fourcoult, Pittsburg, Libbey

Owens e o Float Glass. Este último é o mais usual, uma vez que não apresenta

deformações ou ondulações.

Classificação do Vidro

Temperado

Laminado

Aramado

O vidro poderá ter um aspecto visual transparente, translúcido ou opaco.

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O vidro na atualidade

Podemos afirmar que a Revolução Industrial trouxe consigo a indústria moderna do vidro,

através da mecanização dos processos de produção. O processo mais utilizado atualmente

denomina-se “Float”, também conhecido por cristal e foi inventado em Inglaterra, nos

anos 50, por Pilkington. Este processo revolucionou a tecnologia da indústria do vidro e

desde então a qualidade dos vidros produzidos aumentou sendo utilizados em todo o tipo

de aplicações, tais como: instrumentos óticos, garrafas, vasos e outros utensílios.

Na Marinha Grande, a capital vidreira de Portugal, as fábricas de produção do vidro, além

de ainda o produzirem, são também, nos dias que correm, uma das atrações turísticas da

região, de forma que são organizados grupos para visitas guiadas às instalações e por

consequente aos diversos processos de produção do vidro. Este projecto é relativamente

recente e passa pela visita às áreas do vidro, moldes e plásticos da Marinha Grande.

Ainda nesta região, podemos destacar o Depósito da Marinha Grande, são produzidos

diversos produtos que são colocados à venda nas lojas que a marca criou. Dos produtos

produzidos podem ser divididos em diversas categorias:

Decoração

Hotelaria

Frascos

Construção

Laboratório

Podemos ainda sublinhar a empresa Santos Barosa que possui também um dos mais

importantes museus da actividade vidreira em Portugal. Esta especializa-se atualmente na

produção de vidro de embalagem, que serve o mercado nacional e internacional. O Museu

Santos Barosa, por sua vez, foi criado no ano de 1889, para comemorar os cem anos de

actividade da empresa. Junto ao museu, existe também o Arquivo-Histórico da empresa.

Em termos de actividade continuada esta empresa vidreira é a mais antiga do país e a sua

história está intimamente relacionada com a história da indústria vidreira portuguesa.

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Conclusão

As origens do vidro são ainda hoje uma incógnita, sendo impossível datar com rigor o

seu aparecimento, entanto a sua descoberta é atribuída a dois povos: os Fenícios e os

Egípcios. Outro factor impossível de determinar é se a descoberta do vidro foi um mero

acaso ou fruto de algo planeado. Não obstante estes factores, podemos afirmar que foram

os romanos os responsáveis pelo seu desenvolvimento e propagação do seu fabrico pelo

mundo.

A partir do século XIII podemos destacar aqueles que são considerados os grandes

mestres do vidro, os venezianos. A sua produção, na ilha de Murano, era única sendo

valorizada e imitada pela restante europa. Outros pontos da Europa tornaram-se também

produtores de vidro, podemos referir a Bélgica, a França, a Alemanha e a Inglaterra.

A nível português, os primeiros indícios da produção de vidro surgem no período de

ocupação romana na Península Ibérica. No século XV, a indústria do vidro em Portugal

dá os primeiros passos através da instalação das primeiras fábricas documentadas, de onde

destacamos a Fábrica do Covo e a Fábrica de Vidros da Coina, mais tarde nomeada

Fábrica Real de Vidros da Coina.

Surge então, no século XVIII, a Fábrica Real de Vidros da Marinha Grande transferida

da antiga Fábrica de Vidros da Coina. A Marinha Grande cresceu então como o maior

centro produtor de vidro do país, sendo ainda na atualidade a capital vidreira do país.

Contudo, existe pouquíssima informação documentada sobre a indústria do vidro em

Portugal, especialmente nos primeiros séculos após a formação de Portugal como país.

Este facto deve-se provavelmente ao maior foco atribuído à indústria da cerâmica em

Portugal em detrimento da indústria vidreira.

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Dos nomes de investigadores que tentaram aprofundar o estudo deste tópico destacam-se

Vasco Valente e Gustavo de Matos Sequeira. Uma das maiores dificuldades encontradas

por quem investiga o vidro, é identificação concreta das peças portuguesas, umas que

estas não eram marcadas e facilmente se confundiam com aquelas importadas, primeiro

de Itália, Alemanha e Países Baixos e mais tarde da Inglaterra.

Em resumo, é difícil estabelecer uma cronologia rigorosa da evolução da indústria do

vidro, no entanto, com os dados recolhidos podemos aferir a grande importância nacional

e internacional do vidro. A sua evolução dependeu da descoberta de várias técnicas desde

a técnica de sopro dos romanos até à industrialização. Desta surgiram técnicas mais

avançadas, que permitiram aumentar a produção do vidro, bem como melhorar a sua

qualidade e incrementar a sua utilidade, desde a decoração à construção.

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Bibliografia / Webgrafia

BARBOSA, Santos, O Vidro em Portugal, Associação Portuguesa de Arqueologia

Industrial.

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