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1 Boletim CONT-TRIB-JUR EM 11.abril.2016 "Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz." (Madre Tereza de Calcutá) Meus caros, tem colegas que estão pensando diferente, vejam a realidade que nos cerca: ECF – Obrigatoriedade, prazo e multas 10 de abril de 2016 Escrituração Contábil Fiscal (ECF) substitui a DIPJ desde 2015 A ECF referente ao ano-calendário 2015 deve ser entregue até 30 de junho de 2016. A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) substituiu a DIPJ desde 2015. Esta obrigação deve ser entregue até último dia útil de junho do ano posterior ao do período da escrituração no ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Na prática, esse será o segundo ano em que a entrega da DIPJ não será mais exigida. Obrigatoriedade São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido, exceto: 1.As pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional; 2.Os órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; 3.As pessoas jurídicas inativas de que trata a IN/RFB nº 1.306/2012. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR EM 11.abril.2016

"Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz."

(Madre Tereza de Calcutá)

Meus caros, tem colegas que estão pensando diferente, vejam a realidade que nos cerca:

ECF – Obrigatoriedade, prazo e multas 10 de abril de 2016

Escrituração Contábil Fiscal (ECF) substitui a DIPJ desde 2015

A ECF referente ao ano-calendário 2015 deve ser entregue até 30 de junho de 2016.A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) substituiu a DIPJ desde 2015.

Esta obrigação deve ser entregue até último dia útil de junho do ano posterior ao do período da escrituração no ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

Na prática, esse será o segundo ano em que a entrega da DIPJ não será mais exigida.

ObrigatoriedadeSão obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido, exceto:1.As pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional;2.Os órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;3.As pessoas jurídicas inativas de que trata a IN/RFB nº 1.306/2012.

Há que se ressaltar que, caso a pessoa jurídica tenha Sociedades em Conta de Participação (SCP), cada SCP deverá preencher e transmitir sua própria ECF, utilizando o CNPJ da pessoa jurídica que é sócia ostensiva e o CNPJ/Código de cada SCP.

Alterações para o ano-calendário de 2015Todas as imunes e isentas devem entregar a ECF, independentemente de terem sido obrigadas a apresentar a EFD-Contribuições.Esta mudança ocorreu com o advento da publicação da IN/RFB nº1.595/2015, que revogou o inciso IV do § 2º do artigo 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, que dispensava as pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos ocorridos no ano-calendário, não tinham sido obrigadas à apresentação da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições), nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

Uma das inovações da ECF corresponde, para as empresas obrigadas a entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD), à utilização dos saldos e contas da ECD para preenchimento inicial da ECF.

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A ECF também recuperará os saldos finais das ECF anterior, a partir do ano-calendário 2015.

Na ECF haverá o preenchimento e controle, por meio de validações, das partes A e B do Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e do Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e-Lacs). Todos os saldos informados nesses livros também serão controlados e, no caso da parte B, haverá o batimento de saldos de um ano para outro.

Finalmente, a ECF apresentará as fichas de informações econômicas e de informações gerais em novo formato de preenchimento para as empresas.As informações para preenchimento da ECF, bem como a descrição de seus blocos, registros, campos, regras de validação e planos referenciais constam no Manual de Orientação do Leiaute da ECF, documento anexo ao Ato Declaratório Cofis nº 10, de março de 2016, e disponível para download no site do Sped  aqui.

De acordo com a Receita Federal, a ECF é uma medida de simplificação tributária. Consolida o processo de eliminação da Declaração de Informações Econômico – Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) e permite às empresas enviar as informações contábeis ajustadas para fins fiscais de maneira eletrônica, eliminando erros que ocorriam com o preenchimento da DIPJ.

MultasAs empresas que perdem o prazo para entregar as ECFs estão sujeitas às multas legalmente previstas na legislação, cujo valor depende do enquadramento da empresa.

A não apresentação da ECF no prazo estabelecido na Instrução Normativa nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas previstas:§  No art. 8º-A do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, com redação dada pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, para os contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Jurídica pela sistemática do Lucro Real.§  No art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, para os contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Jurídica por qualquer sistemática que não o lucro real.

A Receita Federal estimou em 2015 que as penalidades pecuniárias para atraso, inexatidões e omissões poderiam atingir o valor de R$ 5 milhões.

Multas – Lucro RealA empresa que apura o Imposto de Renda através do Lucro Real, deve ficar atenta às regras de cálculo da multa, visto que a base de cálculo é o Lucro líquido antes de calcular o Imposto de Renda e a Contribuição Social. Porém, a empresa que apresentou prejuízo na ECF que está sendo apresentada fora do prazo, para calcular a multa por atraso, deverá retroagir ao último Lucro Líquido e atualizar o valor com base na Selic. Existe um registro específico na ECF para preencher estas informações.Trata-se do registro Y720:

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 Algumas empresas que não conseguiram entregar a ECF ano-calendário 2014, em setembro de 2015, estão sendo surpreendidas com os valores das multas, a seguir exemplo de empresa que não apresentou Lucro.

 De acordo com a legislação, a multa será de 50% do valor quando a ECF for apresentada antes de qualquer procedimento fiscal. Neste caso, será de R$ 11.178,00. Porém se for paga no prazo estabelecido na intimação (Recibo de entrega) será reduzida em 50%.Neste caso, o valor final da multa será de R$ 5.589,00 se for recolhida no prazo previsto no recibo de entrega.

Para chegar no cálculo da multa foi considerado o seguinte dispositivo legal:Instrução Normativa nº 1.422/2013 – artigo 6º e parágrafos 1º e 2º.Art. 6º A não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica pela sistemática do Lucro Real, nos prazos fixados no art. 3º, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas previstas no art. 8º-A do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, com redação dada pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014.

§ 1º Na aplicação da multa de que trata o caput, quando não houver lucro líquido, antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social, no período de apuração a que se refere a escrituração, deverá ser utilizado o último lucro líquido, antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social informado, atualizado pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic, até o termo final de encerramento do período a que se refere a escrituração.

DIPJ – Atraso na entregaA multa por atraso na entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica – DIPJ era calculada sobre o valor do Imposto de Renda informado na declaração. Se empresa apresentasse prejuízo, o valor mínimo da multa era de R$ 500,00.Mas esta obrigação exigida das pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional, foi substituída a partir do ano-calendário 2014 pela ECF.

O critério de cálculo da multa por atraso na entrega da ECF é diferente da antiga DIPJ. Com isto, algumas empresas acreditavam que por ter apresentado prejuízo, o valor da multa seria o mesmo da DIPJ, ou seja, valor mínimo de R$ 500,00 (Art. 6º da Instrução Normativa nº 1.463/2014).

Confira taxa Selic:

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Fonte: Siga o Fisco

Publicada Nova Versão da ECDFoi publicada a versão 3.3.5 do PVA da ECD – Escrituração Contábil Digital, com a correção do problema na importação dos leiautes 1, 2 e 3.

Fonte: site SPED 04.04.2016

ECF - Manual de Orientação do Leiaute 2 da ECF

Postado por Pollyana Flores Maciel em 4 abril 2016 às 15:34 Exibir blog

Ato Declaratório Executivo Cofis nº 20, de 4 de Abril de 2016 - Publicou o Manual de Orientação do Leiaute da ECF, disponível para download no link: http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644

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ICMS: Estados estão descumprindo decisão do STF

5 de abril de 2016

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu explicações ao secretario de Fazenda do Ceará, Carlos Mauro Benevides Filho, sobre a cobrança indevida de ICMS que o estado tem praticado sobre as comercializações feitas pelas micro e pequenas empresas para outras unidades federativas.

Toffoli atendeu a uma denúncia feita pelo Sebrae de que a Secretaria de Fazenda cearense estaria desrespeitando a liminar do STF, proferida em fevereiro, que suspendeu o Convênio 93 do Confaz, que estipula novas regras de cobrança do ICMS.

“A Secretaria está cometendo um abuso de autoridade. Ela não pode descumprir uma liminar proferida pelo STF. Por isso, solicitamos ao relator da ação que interferisse no caso. Vamos fazer isso com todos os estados que insistirem em descumprir a regra”, destacou Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.

O presidente do Sebrae pede para que os donos de pequenos negócios denunciem possíveis descumprimentos da liminar que possam estar ocorrendo nos estados e no Distrito Federal.

“Temos que manter vigilância contra os exterminadores do futuro. Já detectamos que o estado do Amazonas também está descumprindo a liminar e já entramos com outra denúncia no Supremo”, afirma.

O pedido de explicações foi enviado nesta segunda-feira (04/04) para o secretário e deverá chegar até terça-feira (05/04) nas mãos de Mauro Benevides Filho. Após o recebimento, o ministro Toffoli deu um prazo de cinco dias para a Secretaria apresentar sua defesa.

Desde o início do ano até a liminar do STF em fevereiro, o contribuinte era o responsável pelo cálculo da diferença entre as alíquotas cobradas no estado de origem e na unidade de destino do produto. A medida obrigava o empresário das empresas de pequeno porte a se cadastrar no fisco do estado para o qual estava vendendo, ou seja, o empresário tinha que se registrar em até 27 secretarias de fazenda diferentes.

A decisão afetou diretamente todas as empresas incluídas no Simples Nacional que faziam operações interestaduais. Uma enquete realizada pelo Sebrae na internet e respondida por 500 donos de pequenos negócios do e-commerce detectou que, pelo menos, 200 haviam suspendido as vendas depois do início das novas regras na cobrança do ICMS.

Desse total, 135 pararam de vender para outros estados e 47 interromperam todas as vendas da empresa.

Fonte: Diário do Comércio

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Conceito de Ato Cooperativo para Fins Tributários30/03/2016 Deixe um comentário

Conforme definição do art. 79 da Lei 5.764/1971, atos cooperativos são apenas aqueles realizados entre a cooperativa e seus associados, e vice-versa (e pelas cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos objetivos sociais), sendo todos os outros atos sujeitos à tributação.

As receitas decorrentes da prestação de serviços por cooperativa a não associados, pessoas físicas ou jurídicas, não gozam da isenção relativa à CSLL prevista no art. 39 da Lei n° 10.865, de 2004, por não se configurarem provenientes de ato cooperativo, conforme determinação da legislação específica.

Bases: Lei n° 10.865, de 30 de abril de 2004, art. 39; Lei n° 5.764, de 16 de setembro de 1971, art. 79, 85 a 87, e 111 e Solução de Consulta Cosit 18/2016

O MEI, mesmo isento de imposto de renda, deve entregar a sua declaração pessoa física no prazo legalPosted By Redator on 5 de abril de 2016

O MEI (Microempreendedor Individual), mesmo isento de imposto de renda pessoa física, deve declarar no prazo legal que é 29 de abril de 2016.

O Microempreendedor Individual (conhecido como MEI) que exceder o limite de isenção mensal (retirada de lucro) comprovado através de sua movimentação bancária na Conta Corrente como Pessoa Física (CPF) estará sujeito a tributação como rendimentos tributáveis sobre o valor excedente ao limite de isenção abaixo descrito pelo Portal do Empreendedor do Governo Federal.

Vejamos a informação oficial do Portal do Empreendedor:

O lucro líquido obtido pelo Microempreendedor Individual na operação do seu negócio é isento e não tributável no Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF.

No entanto, a parcela da receita bruta que pode ser considerada como lucro líquido, de acordo com o art. 14 da LC 123/2006 fica limitada aos percentuais previstos para o lucro presumido. Exemplos:

8% para comércio, indústria e transporte de carga;16% para transporte de passageiros;32% para serviços em geral.

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Além disso, o MEI, na qualidade de contribuinte, nos termos da legislação do Imposto de Renda, não está isento de apresentar a declaração anual de ajuste de IRPF.

Fonte: (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/perguntas-frequentes/duvidas-relacionadas-ao-microempreendedor-individual/impostos-das-nota-fiscal/o-microempreendedor-individual-deve-pagar-imposto-de-renda-pessoa-fisica-irpf/?searchterm=irpf).

Importante, ainda, lembrar ao Microempreendedor Individual (MEI):

É fácil imprimir o Boleto (DAS – Simples Nacional – MEI) e pagar na rede bancária ou Casas Lotéricas, mensalmente.Essa é apenas a obrigação principal. Muitos Microempreendedores Individuais acreditam, por falta de informação, que essa seja sua única obrigação perante o Governo Federal.

O Microempreendedor Individual também possui como qualquer empresário obrigações acessórias perante o Fisco Federal. Explicou Leandro Rosa da Silva, Palestrante e Técnico em Contabilidade legalmente habilitado. Registro Profissional: TC/CRCRS 57.196.

Obrigações acessórias do MEI (Microempreendedor Individual):

A Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (CPF) e Jurídica (CNPJ – MEI) são obrigações acessórias perante a Receita Federal do Brasil.

Por isso, peça sempre orientações a um Contador ou Técnico em Contabilidade. Especialista no Atendimento Ao Microempreendedor Individual (MEI). O Profissional Contábil está apto e legalmente habilitado a informar como proceder para ficarmos em situação regular perante o Fisco Federal.

A contratação de um Profissional Contábil evitará multas de ofício (aplicadas automaticamente pela autoridade fiscal), pois o contribuinte estará sempre cumprindo com suas obrigações perante o Estado nos prazos legais.

Entendemos que a Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física é comprovante legal de rendimentos para o Microempreendedor Individual efetuar cadastros em Lojas, Financeiras, Bancos e Administradoras de Cartões de Crédito. O MEI (Microempreendedor Individual) poderá comprar em seu CPF (compras particulares) como qualquer trabalhador com registro em carteira. Portanto, a condição de isento de imposto de renda Pessoa Física não significa isento de declarar. Orientou o Técnico em Contabilidade Leandro Rosa da Silva, CRCRS 57.196.

Site da Organização Contábil Silva Leandro: (www.silvaleandro.com.br). Escritório Contábil Especialista No Brasil No Atendimento Privado Ao MEI (Microempreendedor Individual). Portanto, os serviços prestados estão legalmente sujeitos (Artigo: 422 do Código Civil Pátrio) ao pagamento de honorários ao Profissional Contábil Autônomo. (COM EXAME)

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Receita agora pode acessar contas bancárias dos contribuintes sem autorização judicialPosted By Redator on 5 de abril de 2016

Lei complementar que permite ao Fisco acessar dados bancários foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em 24 de fevereiro

Desde que nove dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmaram a validação da Lei Complementar Nº 105/2001, em 24 de fevereiro deste ano, qualquer contribuinte, pessoa física ou jurídica, pode ter seus dados bancários acessados pela Receita Federal sem autorização judicial. O mesmo vale para estados e municípios. Até então, o Fisco necessitava de permissão do poder judiciário para tal atitude.

O julgamento ocorreu depois que um cidadão recorreu à justiça para argumentar que o acesso a dados bancários configura “quebra no sigilo e invasão de privacidade”. Porém, a maioria dos ministros do STF, a mais alta instância do poder judiciário, decidiu a favor da Receita Federal, que alega ser uma medida necessária para combater de forma mais efetiva a sonegação fiscal. Em nota técnica explicou também que o acesso às informações do banco será feito após abertura de procedimento e com conhecimento do contribuinte.

A decisão gerou controvérsias. O especialista da RCA Advogados e membro da Comissão de Direito Tributário da OAB Santos, Robson Amador, considera a lei inconstitucional e acha que presumir renda e acréscimo patrimonial não é a melhor forma de fiscalização.

“A Constituição Federal garante a inviolabilidade de dados do cidadão, a não ser por ordem judicial. Até então, a Receita, que representa o poder executivo, determinava que o judiciário, de forma independente, analisasse o caso a partir de indícios de fraude e julgasse se havia a necessidade da quebra do sigilo bancário. Além do mais, o fato de um valor cair na conta corrente não significada que o dinheiro seja da pessoa.”, avalia.

O tribustarista Robson Amador considera inconstitucional o acesso a dados bancários sem autorização judicial

Conforme a decisão do STF, quem fará o juízo de valor será a própria Receita. “Perde-se um dos pilares da justiça, que é a imparcialidade, e isso é muito perigoso para a sociedade. O Fisco vai quebrar o sigilo bancário e julgar o caso. Ou seja, a decisão poderá ser tendenciosa aos interesses da Receita, que neste momento mais do que nunca está na ânsia de aumentar a arrecadação tributária”, acrescenta Amador.

Essa apuração mais rigorosa ocorre em tempos de Operação Lava Jato, que trabalha na investigação de lavagem de dinheiro. “Infelizmente, algumas decisões do STF têm características políticas. O governo está sem dinheiro e decide aumentar a fiscalização, aumentando a pressão sobre o contribuinte. Na verdade, o problema deveria ser tratado de outra forma, com uma maior investigação da corrupção e gastando menos com coisas que não trazem retorno à população. Estamos pagando a conta”, opina.

Apesar de o STF estar a favor da Receita, o contribuinte que for notificado e ter os dados bancários acessados deve procurar um advogado especializado para entrar na justiça e questionar a ação.

“Os juízes de primeira e segunda instância têm liberdade para discordar do Supremo e o cidadão não só pode como deve exercer o direito de defesa. A sociedade precisa tomar conhecimento disso e fazer uma

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pressão popular para reverter a decisão. A Lei da Ficha Limpa, que foi criada pela iniciativa popular, é um exemplo do poder do povo”, enfatiza o tributarista.

Dr. Robson AmadorAdvogado membro da Comissão de Direito Tributário da OAB Santos. Consultor jurídico tributário com experiência em gestão do consultivo e contencioso tributário de empresas de grande porte (Grupo AES Brasil – AES Eletropaulo), experiência em planejamentos tributário e especialista em Direito Material e Processual Tributário.

Receita Federal cobra quase R$ 23 milhões por fraude em Igreja no ESPosted By Redator on 6 de abril de 2016

Entre as irregularidades, está a emissão de notas frias.Segundo MP-ES, cúpula de igreja integra organização criminosa.

A Receita Federal está cobrando da Igreja Cristã Maranata quase R$23 milhões por fraudes que resultaram em prejuízos ao cofre nacional. Também são alvo das infrações – já aplicadas – 10 membros de sua antiga diretoria, incluindo o presidente da instituição, Gedelti Victalino Gueiros.

A íntegra do documento produzido pelos auditores fiscais, a que o jornal A Gazeta teve acesso com exclusividade, aponta que entre as irregularidades praticadas está a emissão de notas fiscais consideradas frias por não ter havido a prestação do serviço ou venda da mercadoria, o que configura crime contra a ordem tributária.

Há três semanas, os envolvidos no processo começaram a ser notificados sobre o arrolamento de seus bens – que é uma forma de garantia para a Receita. Isto acontece quando a dívida cobrada é de pelo menos R$ 2 milhões e totaliza 30% do patrimônio. Como os bens da Igreja Maranata são superiores a este percentual, ela ficou livre do arrolamento.

O trabalho dos auditores foi concluído no final de 2015 e logo após foi formalizada uma Representação Fiscal para Fins Penais. Os autos de infração, já emitidos e entregues, cobram, além dos tributos não pagos, as multas.

Segundo o relatório, um pequeno grupo detinha o poder na na Igreja Maranata. E foram eles os responsáveis pela prática de uma série de irregularidades. Diz ainda que os fatos caracterizaram “o intuito fraudulento do contribuinte em se eximir do recolhimento do tributo.”

É a primeira vez que a própria Igreja (instituição) é investigada, junto com outras 10 pessoas: pastores, ungidos, diáconos e seu presidente. Além disso, durante os procedimentos, um total de 10 empresas foram fechadas após a constatação das fraudes.A investigação teve início em fevereiro de 2014. O alvo foram os anos de 2010 e 2011.Foram analisados documentos da Igreja, de empresas e feitas diligências junto a fornecedores e prestadores de serviços.

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Algumas empresas não foram localizadas, outras estavam com as atividades paralisadas, ou sócios e titulares não foram encontrados.

Também foram ouvidos depoimentos. Informações que reforçaram para os auditores “os indícios de que recursos foram desviados da Igreja Cristã Maranata a partir da utilização de notas fiscais frias em que não se provou a efetividade das operações nelas descritas”, diz o relatório.A emissão destas notas frias ocorria a pedido do Presbitério – a cúpula da Igreja, à época – e era destinada a empresas cujos donos eram membros da instituição. “E o ciclo se fechava com o depósito dos valores nas contas correntes daquelas pessoas jurídicas, concretizando-se o desvio com os saques dos recursos e sua entrega a particulares”.

Outra constatação da investigação foi que o próprio estatuto da Igreja foi desrespeitado. Um exemplo é que ele proíbe que seus membros sejam sócios de empresas prestadoras de serviços.De acordo com a Receita, a imunidade tributária concedida às igrejas não é “ampla e irrestrita”, mas destinada às finalidades essenciais da instituição religiosa. E pode perdê-la, como foi o caso da Maranata, se houver desvios. “Como foi constatado neste procedimento fiscal”.

STF negou recursosTrês recursos de pastores da Igreja Cristã Maranata foram negados, por unanimidade, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Eles tentavam impedir a continuação do processo penal que tramita contra eles na 2ª Vara da Justiça Criminal de Vila Velha.

A denúncia partiu do Ministério Público Estadual – do Grupo de Atuação Especial de combate ao Crime Organizado –, em 2013. Segundo eles, uma organização criminosa atuava na Igreja praticando crimes mediante o desvio de dízimos e contribuições oferecidas pelos fiéis daquela comunidade religiosa.

A estimativa é de que foram desviados dos cofres da instituição mais de R$ 24 milhões. Os supostos crimes teriam sido praticados pela antiga cúpula da instituição, da qual faziam parte 19 pastores, todos denunciados. Dentre eles estava o fundador da instituição e presidente do seu Conselho Presbiterial, Gedelti Victalino Teixeira Gueiros.A denúncia foi resultado de uma investigação divulgada por A Gazeta, com exclusividade, a partir de fevereiro de 2012.

Há ainda uma outra denúncia feita pelo Ministério Público estadual relativo a ameaças feitas à imprensa, fiéis da Igreja que denunciaram os fatos e até a uma juíza.Os dois processos tramitavam em Vitória, onde chegou a ser realizada até uma audiência, mas a partir de uma decisão da Justiça Estadual, foram encaminhados para Vila Velha. Naquele município os trâmites foram reiniciados.

A denúncia foi confirmada novamente pelo Ministério Público Estadual e o processo está concluso para a decisão do Juízo da 2 ª Vara Criminal, que decidirá, novamente, se aceita ou não a denúncia.

Um outro processo foi aberto pela própria Maranata, quando surgiram as denúncias, contra dois de seus membros: o ex-vice-presidente Antonio Angelo Pereira dos Santos e o ex-contador Leonardo Meirelles de Alvarenga. A Igreja os acusava pelos desvios que apontava serem da ordem de R$ 2,1 milhões.

Em dezembro do ano passado, o Juízo da 8ª Vara Cível de Vitória, inocentou o vice-presidente das acusações feitas pela própria ICM, e condenou o contador.Há ainda processos tramitando na Justiça Federal, inquéritos na Polícia Federal e na Alfândega, relativos a descaminho, evasão de receitas e lavagem de dinheiro relativos à compra de equipamentos no exterior sem a devida comprovação e envio de dinheiro para “os irmãos no exterior”.

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Outro ladoPara a Igreja Cristã Maranata, não houve emissão de notas fiscais “frias”. Todos os pagamentos feitos pela instituição referiam-se a serviços que foram efetivamente prestados e bens que de fato foram adquiridos.

Este é o principal argumento de defesa contra o processo aberto pela Receita Federal. “Temos a comprovação de tudo o que foi pago”, assinala o advogado Rodrigo Francisco de Paula, que faz a defesa da Maranata e de sete dos dez investigados.Contrários

Apesar de haver depoimentos no relatório produzido pelos auditores fiscais, de pessoas que assumem a emissão de notas fiscais frias a pedido do Presbitério da Igreja, o advogado mantém seu argumento.

“O ordenador de despesa paga as notas a partir da informação do que foi de fato recebido. Podem ter havido falhas, mas do ponto de vista da ICM há a comprovação documental e material. É o que conseguimos demonstrar, independente do que foi apontado pela Receita”.A única exceção, declara o advogado, diz respeito às notas fiscais questionadas na ação movida pela Igreja contra o ex-vice-presidente, Antonio Angelo Pereira, e o ex-contador da Igreja, Leonardo Alvarenga. Os dois foram acusados de desviar R$ 2,1 milhões de dízimo recebido dos fiéis. “Só neste caso houve pagamento indevido”, acrescentou de Paula.

InocênciaNesta ação, a Justiça estadual condenou o contador, e inocentou Antonio Angelo, com o argumento de que não haviam provas suficientes de sua participação e de que algumas assinaturas em documentos não se comprovaram serem dele.

Segundo o juiz Manoel Doval, a Igreja também “não demonstrou interesse em descobrir quem autorizou os pagamentos sem assinatura ou com assinatura irregular, nem de acionar judicialmente quem também confessadamente teve participação no episódio que somou um prejuízo de quase R$ 1 milhão, conforme relatório da própria auditoria interna”, diz o texto da decisão.

O advogado diz ainda que a Maranata não é uma organização empresarial, e não adota uma série de rotinas de controle e pagamentos de despesas típicas das empresas. “A contabilização é muito mais simples.”

ImunidadeAfirma ainda que a imunidade da Igreja não foi totalmente suspensa, mas apenas em relação aos valores questionados pela Receita Federal. Informou ainda que as defesas já foram apresentadas e devem ser julgadas em 1ª instância, em prazo ainda não definido, mas que é possível haver recursos até em Brasília.

Os processos que tramitam na 2ª Vara Criminal de Vila Velha, informou o advogado Fabrício Campos, aguardam a avaliação do Juízo sobre a aceitação ou não da denúncia.

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MDF-e: Alteração na lei pode barrar o transporte de cargas interestadualPosted By Redator on 6 de abril de 2016

A obrigatoriedade vigente desde 04 de abril traz atualizações importantes para empresas que transportam cargas entre estados

No último dia 04 de abril, a obrigatoriedade envolvendo a emissão do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) sofreu alterações. Tornou-se obrigatória que a empresa que realizar uma venda interestadual tenha que emitir o MDF-e para todas as cargas cujo destino seja outro estado. Antes esse documento só era obrigatório para cargas fracionadas, ou seja, quando havia mais de uma Nota Fiscal Eletrônica ou Conhecimento de Transporte Eletrônico sendo levadas no mesmo veículo. Empresas desatentas a essa mudança podem ter suas cargas paradas nas barreiras entre estados, e dependendo da carga pode haver prejuízos.

A mudança veio com o Ajuste SINEF 009/2015, criado no ano passado e com data limite para esse mês de abril. “Para empresários que não contam com sistemas de emissão atualizados ou parceiros atentos, isso pode significar prejuízo no tempo de entrega, multas e insatisfação de clientes, sem contar os gastos extras com o próprio transporte”, ressalta Adão Lopes, CEO da VARITUS Brasil, empresa de tecnologia especializada em emissão e gestão de documentação eletrônica.

O ajuste cai sobre a SINEF 21/2010 e é internalizado pelo Decreto 14.352/2015. Em termos gerais todos os contribuintes emitentes de NF-e e CT-e no transporte interestadual (não importa se com uma ou várias notas) são obrigados à emissão do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais – MDF-e.

Cabe a cada empresa verificar e atualizar seus transportes com as notas corretas, evitando problemas e não perdendo tempo de operação com o transporte erroneamente documentado. “A VARITUS BRASIL, sempre atenta a essas alterações, busca oferecer um serviço que possa realmente ser parceiro da empresa, mantendo-a segura para não precisar alterar seus processos. Nossa expertise ajuda a resolver esse tipo de problema antes mesmo dele acontecer”, encerra Lopes.

Sobre a VARITUS Brasil: www.varitus.com.br / (19) 9544-2329

Empresa no setor de tecnologia da informação, a Varitus Brasil possui ferramenta exclusiva para emissão, recuperação e armazenamento de arquivos digitais de acordo com as regras do Fisco, para pequenas, médias e grandes empresas das áreas públicas e privadas. Entre os principais serviços estão emissão de NF, NF-e, gestão de CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), MDF-e (Manifesto de Documentos Fiscais) e GED (Estão Eletrônica de Documentos) incluindo a guarda física.

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EFD-Contribuições - Cofins/PIS-Pasep - Sociedades corretoras não são tributadas pelo regime cumulativo, na forma prevista para as instituições financeiras

Postado por José Adriano em 5 abril 2016 às 15:59

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em acórdão publicado em 03.11.2015, que as "sociedades corretoras de seguros estão fora do rol de entidades constantes do § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991", dentre as quais estão abrangidos os bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, as caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas.Assim, em atendimento ao disposto nos §§ 4º, 5º e 7º do art. 19 da Lei nº 10.522/2002, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) deve observar o entendimento emanado pelo STJ, na forma supramencionada.Nesse sentido, a RFB aprovou a Instrução Normativa RFB nº 1.628/2016, dispondo que o regime de apuração da Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep previsto na Instrução Normativa RFB nº 1.285/2012, aplicável às pessoas jurídicas elencadas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, não se aplica às sociedades corretoras de seguros.Portanto, essa providência acarretará profunda alteração na tributação da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins das sociedades corretoras de seguros e, consequentemente, em relação aos procedimentos a serem por elas adotados, na escrituração da EFD-Contribuições.

Dessa forma, a sociedade corretora de seguros tributada pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com base no lucro presumido ou arbitrado sujeita-se à apuração da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, no regime cumulativo, aplicando-se as alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, sobre as receitas auferidas, conforme disposto na Lei nº 9.718/1998.

Por sua vez, aquelas tributadas com base no lucro real sujeitam-se à apuração da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, no regime não cumulativo, aplicando-se as alíquotas de 1,65% e de 7,6%, respectivamente, sobre as receitas auferidas, bem como na apuração dos créditos, na forma disposta no art. 3º das Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003.No âmbito da EFD-Contribuições, as sociedades corretoras de seguros não irão mais apurar as contribuições citadas, mediante o registro de suas operações, no bloco I - Operações das Instituições Financeiras e Assemelhadas, Seguradoras, Entidades de Previdência Privada e Operadoras de Planos de Assistência à Saúde -, mas sim mediante a escrituração de suas receitas (e operações geradoras de crédito, caso se submetam ao regime não cumulativo), nos blocos A, C, D e F, assim como procedem as pessoas jurídicas em geral. Dessa forma, tendo em vista que, na EFD-Contribuições, são habilitados os blocos da escrituração de conformidade com os dados de cadastro informados no bloco 0, devem as sociedades corretoras de seguros proceder ao cadastro da escrituração digital:a) no registro 0000 - Abertura do Arquivo Digital e Identificação da Pessoa Jurídica -, informando, no campo "14 - Indicador de Atividade Preponderante" (a seguir transcrito), o indicador "1 - Prestador de serviços" e o programa habilitará os blocos de registros próprios para o registro das receitas e das operações geradoras de crédito, conforme o caso - bloco A (serviços), bloco C (compra e venda de mercadorias e produtos), bloco D (serviços de transportes e comunicações) e bloco F (outras operações);b) no registro 0000 - Abertura do Arquivo Digital e Identificação da Pessoa Jurídica -, não deve ser informado, no campo "14 - Indicador de Atividade Preponderante" o indicador "3 - Pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998". Caso seja informado indevidamente o indicador "3 - Pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998", o programa

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habilitará, indevidamente, o bloco I, o qual não mais se aplica às sociedades corretoras de seguros. (Nota Técnica EFD-Contribuições nº 6/2016)

Fonte: Editorial IOB

Distribuição dos lucros antes do encerramento do trimestreA pessoa jurídica poderá distribuir lucros antecipadamente aos seus sócios antes do encerramento do exercício social. Para isto deverá levantar balanços intermediários, semestrais ou em períodos menores, com previsão contratual (para as sociedades limitadas) ou estatutária (para as sociedades anônimas), observado o disposto no artigo 204 da Lei 6.404/1976.

Pode-se distribuir, a título de lucros, sem incidência do imposto de renda na fonte, a base de cálculo do IRPJ devido no trimestre deduzidos dos valores correspondentes ao IRPJ, a CSLL, a COFINS e ao PIS (§ 2º e § 7º, art. 14 da IN RFB 1.515/2014).

A parcela dos lucros ou dividendos que exceder ao valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica, também poderá ser distribuída sem a incidência do imposto, desde que a empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com observância da legislação comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de calculo do imposto pela qual houver optado.

Se o lucro líquido, após a dedução do IRPJ devido, for superior ao lucro presumido (base de cálculo do IRPJ devido no trimestre menos os impostos e contribuições), o mesmo poderá ser totalmente distribuídos aos sócios ou titular de empresa individual, com isenção do IR Fonte e na declaração do beneficiário.

Assim, entendemos  que a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido poderá distribuir lucros aos seus sócios antes do encerramento do trimestre com isenção do Imposto de Renda na  Fonte, devendo, no entanto, levantar balanço intermediário com previsão contratual ou estatutária e desde que tenha apurado lucro contábil suficiente para a distribuição. Não cumprindo estas condições, será tributado pelo IR Fonte, mediante aplicação da tabela progressiva vigente no mês do pagamento (artigo 620 do RIR/1999).

Bases: art. 141 da IN RFB 1.515/2014 e os citados no texto.

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Sua empresa está preparada para o fim do boleto sem registro?8 abr 2016 - Contabilidade / Societário

O boleto sem registro vai deixar de existir no final de 2016. Sua empresa está preparada para a nova realidade?Talvez você ainda não saiba, mas o boleto sem registro da forma como o conhecemos vai deixar de existir ainda no final deste 2016. Se sua empresa trabalha com esta modalidade, é bom estar a par do que está acontecendo e se preparar para a mudança.

Antes, vale a pena contextualizar o assunto. A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), através do Projeto Nova Plataforma de Cobrança, vem realizando mudanças importantes nas modalidades de boleto bancário. A proposta é trazer mais segurança - e reduzir os prejuízos gerados pelas fraudes de boleto.

Este tipo de golpe se tornou comum no mercado brasileiro - basicamente altera-se o número do código de barras, visando desviar o dinheiro para outra conta. O golpe em geral é executado através de vírus no computador do consumidor final, mas já houve casos em que quadrilhas interceptam malotes e trocam os boletos por novos, com outra numeração (sim, já chegou-se a este nível!).

Pra se ter uma ideia, cerca de 40% dos boletos emitidos no país são na modalidade sem registro (dados da Febraban). Isso representa quase 1,5 bilhão de títulos.

Este projeto da Febraban está sendo realizado em etapas, a saber:

    Junho de 2015 – Fim de oferta (pelos bancos) da cobrança sem registro para clientes novos

    Agosto de 2015 – Início da operação da base centralizadora de benefícios

    Dezembro de 2016 – Término da migração das carteiras de cobrança sem registro para a modalidade registrada

    Janeiro de 2017 – Início da operação da base centralizadora de títulos

Na prática, o que você precisa saber de importante é que os boletos de cobrança sem registro só poderão ser pagos pelo banco beneficiário (emissor).

Um baita de um problema, não? A saída realmente vai ser migrar para uma carteira com registro.O que esperar do boleto com registro?

#01 Custo - Na modalidade sem registro, há apenas o custo da liquidação - ou seja, a empresa paga ao banco uma taxa quando o boleto é pago. Se o boleto não é pago, não existe cobrança de taxa. Na modalidade com registro, porém, o banco pode cobrar (dependendo da negociação) taxas como a de emissão, liquidação, permanência e protesto. Assim, o custo deve subir de forma considerável, pelo menos em um primeiro momento.

Para os e-commerces, pode ser algo desastroso. Imagina emitir boletos (e pagar pela emissão) de vendas que nem sequer foram concretizadas ainda? Isto porque a desistência da compra é alta, beirando os 50%.

Não deixe de negociar uma boa taxa com seu gerente de banco desde já.

#02 Burocracia - Outro ponto é que, na modalidade com registro, é necessário que o banco receba este

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registro - ou seja, deverá ser enviado um arquivo de remessa. Este arquivo contém as informações dos boletos gerados.

Outro ponto é que, para gerar boletos com registro, CNPJ ou CPF são obrigatórios. Mesmo quem usa um sistema de gestão, que automatiza parte do processo, vai ter de ir atrás destes dados, se ainda não tem.

#03 Segurança - Sem dúvida um dos ganhos será a segurança. Bancos, empresas e consumidores finais já sofreram com fraudes e isso não é nada agradável. Uma das razões para o fim do boleto sem registro é o crescimento das fraudes. Como na modalidade com registro tanto emissor quanto pagador têm de ser identificados, as chances de o consumidor cair em um golpe caem.

#04 Cartão de crédito - O cartão vem há alguns anos tendo maior aceitação para pagamentos de contas rotineiras, como assinatura de TV a cabo, celular e serviços como assinatura de software. Agora é esperar que os adquirentes diminuam as taxas para que isso se popularize de fato e chegue a serviços como escolas, escritórios de contabilidade e até mesmo condomínios.

Por processar o pagamento automaticamente, a inadimplência no cartão é bem menor - o cliente final cadastra uma única vez o cartão e pronto: será cobrado sempre que necessário (seja uma compra avulsa ou um serviço recorrente).Procure praticidade e custo

Agora que eu já expliquei o contexto, que tal procurar alternativas? Existe no mercado uma série de empresas de pagamento sérias, que oferecem sistemas de gestão e soluções de pagamento. Boa parte delas já está preparada para trabalhar com boletos registrados.

Procure aquela que mais de adeque ao seu negócio. A empresa tem clientes como você? A solução é escalável? Tem um bom custo?

Se você pretende ficar com seu banco, negocie sempre - os bancos farão de tudo para que a taxa seja maior e darão argumentos mostrando os porquês do aumento. Porém faça a conta de quanto isso vai afetar no seu negócio e de quanto você já gasta com o banco.

Fonte: administradores.com.br

IRPF 2016| 10 dicas para sair das garras do LeãoSaiba o que fazer para não cair na malha fina - ou sair rapidamente dela. Especialista lista os principais erros que levam os contribuintes para a mira do fisco

Autor: Rejane TamotoFonte: Diário do ComércioLink: http://www.dcomercio.com.br/categoria/leis_e_tributos/irpf_2016_10_dicas_para_sair_das_garras_do_leao

Um erro na declaração de Imposto de Renda pode causar uma dor de cabeça que, se não for remediada rapidamente, pode se arrastar por cinco anos.

Quem cai na malha fina e fica esperando a notificação da Receita Federal corre o risco de ter de reunir uma quantidade maior de documentos para provar a inocência ao fisco.

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Para passar longe dela é preciso seguir três etapas básicas. Primeira: prestar atenção às informações que insere na declaração, revisando-a antes de transmitir à Receita Federal.

Segunda: assim que enviar a declaração, gerar um código de acesso e senha para acompanhar a situação no portal e-Cac. Desta forma, saberá se os sistemas do fisco encontraram pendências e poderá corrigi-las rapidamente, enviando uma declaração retificadora - que pode ser feita mesmo após o fim do prazo de entrega.

Esse acompanhamento pode ser feito até a declaração estar completamente processada.

Uma vez que a Receita Federal encontre irregularidades em documentos, o melhor a fazer é se antecipar e buscar um posto para regularizar a situação.

"Se esperar ser chamado, a Receita já terá aberto um processo de fiscalização e não será possível mais retificar a declaração. A fiscalização é algo além da malha fina", diz Wilson Gimenez Júnior, vice-presidente administrativo da AESCON-SP (Associação das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo).

Segundo ele, a malha fina é uma etapa anterior, ou seja, significa que há inconsistências, e que elas podem ter ocorrido por esquecimento.

O processo de fiscalização significa que o contribuinte já passou pela malha fina e não tomou providências. Então será chamada para apresentar os documentos que forem solicitados (não só os referentes àquela inconsistência).

"É mais profundo porque a apresentação de um documento pode levar à necessidade de apresentação de outro. É uma investigação, feita por auditores, do que aconteceu naquele ano", diz Gimenez.

Para ajudar o contribuinte a evitar essa situação, ele selecionou 10 recomendações que devem ser adotadas durante e depois do preenchimento e envio da declaração do Imposto de Renda.

As sete primeiras dicas são alertas, ou seja, os erros que o contribuinte deve evitar na hora do preenchimento.

LEIA MAIS: 19 despesas para deduzir do Imposto de Renda

"Na declaração completa, muitos erram na hora de deduzir despesas.Tanto na simplificada quanto na completa, porém, é preciso prestar atenção nas informações referentes a rendimentos, que podem levar à malha fina", diz Gimenez.

1- ATENÇÃO AO DEDUZIR DESPESAS MÉDICAS

Um erro muito comum é pedir dedução de despesas médicas que não são relativas ao contribuinte e nem aos dependentes que constam na declaração.

Pode soar estranho, mas Gimenez diz que a situação é comum: o contribuinte faz a declaração própria, e em separado a de cônjuge e filhos, para não juntar todos os rendimentos em um único documento.

Depois, insere na declaração dele as despesas com saúde que teve com essas pessoas.

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Ele separa a informação dos rendimentos ao preencher várias declarações, mas não separa na hora de pedir a dedução. Na verdade, o gasto de cada um tem de estar em cada declaração separada. Quem não observa isso, entra na malha fina.

"Não é porque você é o responsável pelo pagamento do plano de saúde da família que pode deduzir as despesas de todos na declaração", diz. É preciso avaliar a situação dos dependentes. Se fizeram declarações separadas, essas despesas deverão constar no documento deles. "Hoje isso melhorou bastante e o informe do plano ou seguro saúde vem com os valores segregados", diz.

2- INFORME O RENDIMENTO DOS DEPENDENTES

Outra atitude que pode levar o declarante para as garras do Leão é o fato de colocar um filho ou outro parente como dependente apenas para deduzir despesas, sem informar o rendimento deles.

"Para usufruir da dedução é preciso informar o rendimento dos dependentes. A omissão leva à malha fina", diz.

3- REVISE TODOS OS RENDIMENTOS ANTES DE ENVIAR

É normal o contribuinte esquecer de colocar algum rendimento esporádico, que teve ao longo do ano-calendário. Isso ocorre com quem tem mais de uma atividade profissional, é empregado mas tem empresa aberta ou, ainda, recebe rendimentos de imóvel alugado.

Por isso, é importante revisar: se esquecer de alguma fonte pagadora, vai cair na malha fina.

4- RECEBE APOSENTADORIA OU PENSÃO? SAIBA USAR CORRETAMENTE O LIMITE DE ISENÇÃO

Os aposentados com 65 anos ou mais têm direito à isenção de Imposto de Renda em parte de seus rendimentos. Assim, quem recebeu até R$ 24.403,11 pode declarar esse valor como "rendimentos isentos".

Quem ganhou R$ 50 mil, pode subtrair desse valor os R$ 24.403,11 e colocar a diferença como rendimento tributado. A isenção só vale para uma fonte de renda, o que pode levar o contribuinte a erro e, posteriormente, à malha fina.

No informe de rendimento da Previdência Social, esse valor vem como rendimento isento. Se um declarante recebe aposentadoria cujo valor anual seja de R$ 24.403,11 e mais uma pensão por morte de mesmo valor, só poderá declarar como rendimento isento uma das fontes de renda e não as duas.

"O outro rendimento deverá ser declarado como tributável, ou seja, vai compor o cálculo do imposto a pagar ou a restituir. O contribuinte não pode usufruir do benefício de isenção por duas vezes", afirma.

5- TENHA TODOS OS COMPROVANTES DO QUE PRETENDE DEDUZIR

Quem declara no modelo completo e deduz muitas despesas deve ter sempre os comprovantes desses gastos, para o caso de ter de apresentá-los à Receita.

É outro motivo que leva muitos declarantes à malha fina. Segundo Gimenez, a divergência pode ocorrer inclusive por causa de erros na declaração de um prestador de serviço ou plano de saúde, por exemplo.

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Se o médico declara um valor diferente do que foi efetivamente pago, é preciso que o declarante tenha o próprio comprovante para provar a despesa à Receita Federal.

6- LEMBRE DO IMPOSTO SOBRE GANHO DE CAPITAL

Vendeu um imóvel e esqueceu de calcular (e de pagar) o imposto sobre ganho de capital?

Saiba que não está sozinho, já que este é outro erro comum. Gimenez diz que o contribuinte tem até o último dia útil do mês subsequente à venda do imóvel para pagar o imposto de renda sobre ganho de capital.

Muitos só lembram disso na hora de preencher a declaração, em abril. Se esse é o caso, ele recomenda calcular o imposto vencido e efetuar o pagamento antes de fazer a declaração, para não cair na malha fina, já que a Receita cruzará o dado de quem vendeu com o de quem comprou o mesmo imóvel.

"É preciso fazer o cálculo dos atrasados, gerar um demonstrativo de ganho de capital e pagar uma Darf com multa e juros. Ao efetuar o pagamento, importe todos os dados para a declaração de Imposto de Renda", diz.

7- ESTEJA COM O CARNÊ-LEÃO EM DIA

Outro esquecimento que leva o contribuinte à malha fina é em relação ao pagamento do carnê-leão. "O momento de pagar o carnê-leão não é na hora de fazer declaração. É no mês seguinte ao recebimento de rendimentos", diz Gimenez.

Então, o contribuinte que recebeu rendimentos de outras pessoas físicas acima do limite de isenção mensal tem de pagar o carnê referente àquele mês. E, na hora de declarar, deve informar o rendimento e o imposto pago.

"Se negligenciar os cálculos de pagamentos mensais e oferecer toda a tributação no momento de fazer a declaração vai cair na malha fina".

Segundo ele, é muito fácil a Receita Federal pegar esse erro na ficha de rendimentos de pessoa física.

O contribuinte que não fez isso pode baixar o aplicativo do carnê-leão e colocar mês a mês quanto recebeu, calcular 12 Darfs e efetuar o pagamento com multa e juros. Na declaração, é preciso informar todos os rendimentos e pagamentos mensais, importando os dados do carnê-leão.

"Isso é algo que deveria ter sido feito no passado. Não pode entregar a declaração sem fazer nada disso, pois a chance é maior de ser notificado pela Receita."

8- ENTREGOU A DECLARAÇÃO? ACOMPANHE ATÉ ESTAR PROCESSADA!

Após o envio da declaração, o contribuinte deve acompanhar a situação pelo site do Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-Cac). Para isso, terá que gerar um código de acesso e uma senha no próprio site ou utilizar um certificado digital (opcional).

"É importante monitorar o processamento da declaração a partir do momento de entrega para ver se há algum problema. Na grande maioria dos casos, a Receita informa que há pendências e o declarante tem a oportunidade de fazer a retificação, que pode ser efetuada várias vezes e em qualquer tempo antes do início de um procedimento de fiscalização."

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O contribuinte deve monitorar a situação da declaração e checar se há alguma observação de inconsistência informada pela Receita, no e-Cac.

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9- ANTECIPE-SE E RETIFIQUE

De acordo com a situação da declaração, se estiver com pendência retifique, mesmo que a declaração seja do exercício anterior (2014).

"O importante é fazer isso antes que se inicie a fiscalização pela Receita. Mas atenção: se precisar mudar o modelo de tributação escolhido (de simplificado para completo) terá de fazer isso até o dia 29 de abril, ou seja, dentro do prazo de entrega estipulado para este ano."

Após esse prazo, afirma Gimenez, as informações de declarações anteriores podem ser corrigidas, mas o modelo de tributação não pode ser alterado.

10- APRESENTE-SE À RECEITA ANTES DE SER CONVOCADO

Se a declaração permanecer em análise ou processamento por um período longo, a recomendação de Gimenez é que o contribuinte faça o agendamento e leve os documentos pessoalmente a um posto de atendimento da Receita.

"É importante provar que o que declarou aconteceu. Não há prazo para ser chamado pela Receita. Ela tem cinco anos para fazer o que quiser. E quando o declarante espera a notificação, estará sujeito a uma investigação mais profunda, na qual terá de apresentar documentos que não fazerm parte da declaração em si."

Ele sugere ao contribuinte que faça isso se a declaração não tiver sido processada após o último lote de restituição.

"Às vezes não há mensagem de pendências no e-Cac. Para regularizar é necessário ir lá e logo. Quem tem uma declaração complexa, com muitos campos, como ganho de capita e renda variável, pode até consultar um profissional habilitado para fazer a declaração e não cair na malha fina."

Como declarar imóveis no Imposto de RendaCasa: imóveis devem sempre ser declarados na ficha de Bens e Direitos

Autor: Priscila YazbekFonte: Exame.comLink: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/como-declarar-imoveis-no-imposto-de-renda

Operações como compra, venda, doação e posse de imóveisdevem ser declaradas no Imposto de Renda 2016.

A posse de imóveis de valor superior a 300 mil reais, inclusive, é uma das condições que obriga o contribuinte a apresentar a declaração (veja quem deve declarar).

Os imóveis devem ser informados na ficha de “Bens e Direitos” da declaração, com o código específico do bem, de acordo com a definição que consta na escritura do imóvel. Apartamentos, por exemplo, são declarados sob o código 11, para casas, o código é o 12 e para terrenos o código é o 13.

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Veja também como declarar a venda de imóveis no IR.

O valor declarado deve ser apenas o que contribuinte efetivamente pagou pelo imóvel até o dia 31 de dezembro de 2015, incluindo o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), se for o caso, assim como os juros do financiamento e a taxa de corretagem paga na compra do imóvel.

Assim, o contribuinte deve declarar o imóvel sempre pelo seu valor de aquisição, sem atualizar seu preço diante de eventuais valorizações de mercado, ou de acordo com a variação de índices de inflação.

Existe apenas uma exceção que permite a alteração do valor do imóvel: a realização de benfeitorias. Se forem realizadas reformas, pinturas e reparos, por exemplo, é possível acrescentar esses custos ao valor do imóvel, desde que eles possam ser comprovados (conheça as regras).

Essas despesas devem ser informadas na declaração referente ao ano em que ocorreram. Caso o contribuinte tenha se esquecido de declará-las no ano seguinte, elas podem ser acrescentadas por meio de uma declaração retificadora referente ao ano em que as despesas ocorreram (veja como retificar sua declaração).

No campo “Discriminação”, devem constar os seguintes dados: se o imóvel foi comprado ou doado, a data da compra ou da doação, quem foi o vendedor ou doador (com CNPJ ou CPF), se está quitado, se foi financiado, em qual banco, quantas parcelas já foram pagas e quantas restam a pagar.

Confira a seguir como informar a compra de imóveis na declaração de IR em diferentes situações.

Imóvel comprado por financiamento em 2015

Apesar de muitos contribuintes se confundirem, os financiamentos de imóveis não devem ser declarados na ficha de “Dívidas e Ônus Reais”. Se você comprou seu imóvel em 2015, ele deve ser declarado na ficha de Bens e Direitos.

Para isso, basta abrir a ficha e clicar em "Novo" no canto inferior direito da tela. Em seguida, selecione o código do bem e o país de localização.

No campo "Discriminação", além de informar que o imóvel foi comprado por financiamento, a data da compra e quem foi o vendedor (com seu CNPJ~ou CPF), é preciso informar que ele foi financiado, mencionando o banco que concedeu o crédito, além do número de parcelas já pagas e o número de prestações que resta pagar.

Rodrigo Paixão, sócio da Atlas Tax Consulting, dá um exemplo sobre como preencher o campo discriminação:

"Apartamento 105, situado na Rua Carlos Petit, N. 100 – Vl. Mariana/SP. Adquirido em 23/05/2014 de José Da Silva, CPF: 123.456.789.10, por R$ 700.000,00, Sendo R$ 100.000,00 com recursos do FGTS e R$ 180.000,00 com recursos próprios em 2015. Financiamento de R$ 420.000,00 junto ao banco Itaú Unibanco. Parcelas pagas em 2015: R$ 5.000,00. Imóvel adquirido em conjunto com o cônjuge. Total pago até 31/12/2015 R$ 320.000,00."

No campo “Situação em 31/12/2014” coloque "0,00", já que o imóvel foi comprado no ano passado e em “Situação em 31/12/2015” coloque apenas o valor já pago pelo imóvel até a data, que seria a soma entre o valor de entrada, o valor das parcelas pagas no ano e os custos extras, como o ITBI e a corretagem pagos em 2015, assim como eventuais reformas.

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Você deve declarar apenas o valor já pago e não o preço cheio de compra do imóvel porque a Receita está mais interessada em saber se a renda que você declarou era compatível com a compra do imóvel em questão do que em conhecer o valor do bem.

Caso você informe no campo “Situação em 31/12/2015” um valor de compra do imóvel de 500 mil reais, por exemplo, sendo que você pagou apenas 150 mil reais em 2015, a Receita Federal pode achar que uma compra de 500 mil reais é incompatível com os salários que você recebeu no ano e pode te levar à malha fina.

Imóvel financiado que já era declarado

Se em 2015 você continuou a pagar as parcelas do financiamento do imóvel, o valor informado deve corresponder apenas ao montante que já foi pago até o ano passado e não o valor total do bem.

Na coluna “Situação em 31/12/2014”, portanto, informe os valores pagos até essa data e na coluna “Situação em 31/12/2015” inclua os valores pagos até 31/12/2014, somados às prestações pagas em 2015.

Enquanto o financiamento durar, esse processo deve ser repetido na declaração, até que o imóvel seja quitado. Apenas quando o financiamento acabar, o valor a ser declarado pelo imóvel será o total desembolsado ao longo dos anos de financiamento.

No campo discriminação, informe o valor das parcelas pagas em 2015 e das parcelas pagas até o ano anterior. Veja a seguir o exemplo do sócio da Atlas Tax Consulting:

"Apartamento 105, situado na Rua Carlos Petit, N. 100 – Vl. Mariana/SP. Adquirido em 23/05/2014 de José Da Silva, CPF: 123.456.789.10, por R$ 700.000,00, Sendo R$ 100.000,00 com recursos do FGTS e R$ 180.000,00 com recursos próprios em 2014. Financiamento de R$ 420.000,00 junto ao banco Itaú Unibanco. Parcelas pagas em 2014: R$ 5.000,00. Parcelas pagas em 2015: R$35.000,00. Imóvel adquirido em conjunto com o cônjuge. Total pago até 31/12/2015 R$ 320.000,00."

Imóvel quitado, que já foi declarado antes

Se você já possuía o imóvel antes de 2015 e já o declarava, basta repetir seu valor nas colunas “Situação em 31/12/2014” e “Situação em 31/12/2015”.

O valor informado deve ser o mesmo que consta na escritura, sendo alterado apenas se for necessário acrescentar despesas realizadas com benfeitorias no imóvel, ou gastos com corretagem, juros de financiamento e Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

Lembrando que, se o imóvel já era declarado antes de 2015, mas o contribuinte só se lembrou de declarar o valor do ITBI e da corretagem agora, esses custos devem ser incluídos na declaração referente ao ano em que essas despesas aconteceram, por meio da declaração retificadora (veja como retificar sua declaração).

Imóvel que o contribuinte já tinha antes de 2015, mas não havia declarado

Contribuintes que eram incluídos como dependentes ou que não eram obrigados a entregar a declaração no ano passado e passarão a fazer sua própria declaração neste ano, devem informar os imóveis que já faziam parte de seu patrimônio antes de 2015.

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O procedimento a ser seguido é o mesmo dos tópicos anteriores, mas, como o imóvel já fazia parte do patrimônio do contribuinte antes de 2015, a coluna “Situação em 31/12/2014” não deve ficar em branco e deve ser preenchida com os valores pagos até então ou com o valor total do imóvel, conforme o caso.

Imóvel em nome de mais de uma pessoa (não casadas) e por casais com separação total de bens

Imóveis comprados por mais de uma pessoa ou por casais unidos pelo regime de separação de bens devem ser declarados por todos os proprietários e o valor informado deve corresponder ao valor pago por cada um, correspondente à sua parte no imóvel.

Se dois irmãos compraram um imóvel em conjunto e cada um possui 50% da propriedade, por exemplo, ambos devem informar nas respectivas declarações o valor proporcional à sua posse.

Rodrigo Paixão, da Atlas Tax Consulting dá um exemplo sobre como preencher o campo discriminação neste caso:

"33,33% fração ideal do apartamento 105, situado na Rua Carlos Petit, N. 100 – Vl. Mariana/SP. Adquirido em 23/05/2014 de José Da Silva, CPF: 123.456.789.10, por R$ 900.000,00, Sendo R$ 50.000,00 com recursos do FGTS e R$ 100.000,00 com recursos próprios em 2014. Financiamento de R$ 420.000,00 junto ao banco Itaú Unibanco. Parcelas pagas em 2014: R$ 5.000,00. Parcelas pagas em 2015: R$35.000,00. Imóvel adquirido em conjunto com Fernanda Da Silva, CPF 123.789.456-10 e Maria Da Silva, CPF 109.876.543-21. Total pago até 31/12/2015 R$ 190.000,00."

Imóvel comprado por casais unidos pelos regimes de comunhão parcial ou total de bens

Se o casal declara em separado, os imóveis que são considerados bens comuns devem ser informados integralmente na declaração de um dos dois.

Na comunhão parcial, são considerados bens comuns todos aqueles bens adquiridos a título oneroso (pagos) por um dos dois membros do casal ou por ambos, durante a constância da união. Já na comunhão total, todos os bens são considerados comuns, inclusive aqueles anteriores à união.

Assim, no regime parcial (que é o regime que vigora automaticamente quando nenhum outro é definido por pacto antenupcial) mesmo que os cônjuges declarem o IR separadamente, o imóvel entra em apenas uma declaração porque a Receita apura as declarações do casal como se fosse um formulário único.

No campo discriminação, basta informar que o imóvel foi comprado junto com o cônjuge:

"Apartamento 105, situado na Rua Carlos Petit, N. 100 – Vl. Mariana/SP. Adquirido em 23/05/2014 de José Da Silva, CPF: 123.456.789.10, por R$ 700.000,00, Sendo R$ 100.000,00 com recursos do FGTS E R$ 180.000,00 com recursos próprios em 2014. Financiamento de R$ 420.000,00 junto ao banco Itaú Unibanco. Parcelas pagas em 2014: R$ 5.000,00. Parcelas pagas em 2015: R$35.000,00. Imóvel adquirido em conjunto com o cônjuge. Total pago até 31/12/2015 R$ 320.000,00."

Imóveis recebidos por doação

O donatário, que é aquele que recebeu a doação, deve informar o imóvel na ficha de “Bens e Direitos”, descrevendo os dados do doador no campo “Discriminação”, como seu nome e CPF. Para doações recebidas em 2015, o campo referente a 2014 deve ficar em branco e o campo de 2015 deve incluir o valor do imóvel.

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O valor do imóvel também deve ser declarado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, na linha "10 -Transferências Patrimoniais - Doações e Heranças”. Nos anos seguintes, essa ficha não precisa mais ser alterada, basta manter as informações da ficha de “Bens e Direitos”.

Já o doador, na declaração referente ao ano em que fez a doação, deve informar o imóvel doado na ficha de “Bens e Direitos” e os dados do donatário no campo “Discriminação”. Para doações feitas em 2015, o valor que já constava no campo “Situação em 31/12/2014” deve ser mantido e o campo “Situação em 31/12/2015” deve ser deixado em branco.

O doador também deve informar a doação na ficha “Doações Efetuadas”, descrevendo o tipo de imóvel, seu valor e os dados do donatário. Nas próximas declarações, o doador já não precisará declarar mais nada referente ao imóvel doado, em nenhuma das duas fichas.

Reformas e melhorias no imóvel

Gastos com reformas e melhorias no imóvel podem ser acrescidos ao valor do bem desde que sejam passíveis de comprovação (veja todos os gastos que podem ser adicionados ao valor do imóvel).

As benfeitorias realizadas em 2015 devem ser informadas no campo “Discriminação”, junto às demais informações sobre o imóvel. A coluna de 2014 deve mostrar o valor do imóvel antes das reformas, e a coluna em 2015 deve registrar o seu valor, com o acréscimo das benfeitorias.

Confira a seguir um exemplo de como informar a realização de benfeitorias no campo discriminação:

"Apartamento 105, situado na Rua Carlos Petit, N. 100 – Vl. Mariana/SP. Adquirido em 23/05/2014 de José Da Silva, CPF: 123.456.789.10, por R$ 700.000,00, Sendo R$ 100.000,00 com recursos do FGTS E R$ 180.000,00 com recursos próprios em 2014. Financiamento de R$ 420.000,00 junto ao banco Itaú Unibanco. Parcelas pagas em 2015: R$35.000,00. Benfeitorias Realizadas 2015 R$ 10.000. Total pago até 31/12/2015 R$ 330.000,00."

LISTA DOS ESTADOS QUE POSSUEM O FECPPensando sempre na melhor experiência dos nossos leitores, tentamos trazer sempre em primeira mão informações que realmente agreguem valor, por isto reunimos todos os estados que possuíam ou que incluíram mercadorias no FECP Fundo de Combate e erradicação a pobreza.

Segue abaixo listagem com link de acesso ao embasamento:

 AL LEI Nº 7742 DE 09/10/2015CE DECRETO N° 31.860, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2015DF LEI Nº 5569 DE 18/12/2015ES LEI 10.379, DE 16-6-2015GO ANEXO XIV (Art. 20, § 6º)MA LEI nº 10.329, de 30.09.2015 – DOE MA de 30.09.2015MG DECRETO N° 46.927, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2015MS LEI nº 4.751, de 05.11.2015 – DOE MS de 06.11.2015

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MT LEI 10.337, de 16.11.2015 – DOE MT de 16.11.2015PB DECRETO Nº 36209 DE 30/09/2015 01/01/2016PE LEI Nº 15599 DE 30/09/2015 01/01/2016PI LEI N° 6.745, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2015PR LEI Nº 18573 DE 30/09/2015 01/02/2016RJ LEI COMPLEMENTAR 61/2015RN LEI Nº 9991 DE 29/10/2015RO LEI COMPLEMENTAR Nº 842 DE 27/11/2015RS LEI nº 14.742, de 24.09.2015 – DOE RS de 25.09.2015SE DECRETO Nº 30118 DE 20/11/2015SP LEI Nº 16006 DE 24/11/2015TO LEI Nº 3019 DE 30/09/2015

 

Prejuízo apurado no exercícioResumo:

A contabilidade tem como objetivo controlar o Patrimônio das entidades, bem como o de apurar o resultado do exercício, podendo esse ser positivo (lucro) ou negativo (prejuízo). Sendo negativo, o valor do prejuízo deverá ter sua destinação definida no Balanço Patrimonial (BP) da empresa, conforme estabelecido pela Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's).

Devido a importância do tema, veremos no presente Roteiro de Procedimentos como deverá ser feito a contabilização do prejuízo contábil apurado pelas empresas, bem como, sua compensação com lucros e/ou reservas de períodos anteriores.

1) Introdução:A contabilidade tem como objetivo controlar o patrimônio das entidades e como função econômica apurar o resultado do exercício, qual seja, lucro se o resultado for positivo, ou, prejuízo se o resultado for negativo, ou, ainda, uma situação nula (valor do resultado do exercício igual a zero).

Na hipótese de resultado negativo (receita menor que custo mais despesa), este deverá ser transferido para a conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados", do grupo Patrimônio Líquido (PL) do Balanço Patrimonial (BP), dando-lhe, logo em seguida, as destinações que lhe são próprias, em conformidade com a proposta dos administradores ad referendum da assembléia geral ou a decisão dos sócios, observadas as disposições legais, estatutárias ou contratuais apropriados.

Por ser um assunto rotineiro nos departamentos de contabilidade das empresas, veremos neste Roteiro de Procedimentos como deverá ser feito a contabilização do prejuízo contábil apurado, bem como sua compensação com lucros e/ou reservas de períodos anteriores. Para tanto, utilizaremos como base de estudo a Lei nº 6.404/1976, bem como as normas emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)

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Base Legal: Lei nº 6.404/1976 (UC: 18/03/16).

2) Prejuízo contábil X fiscal:Cumpre-nos esclarecer que existem 2 (dois) tipos de prejuízos possíveis de apuração pelas empresas, a saber:

1. Prejuízo contábil: é aquele apurado pela contabilidade na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), sendo sua compensação efetuada com lucros e/ou reservas contábil em períodos futuros; e

2. Prejuízo fiscal: é o prejuízo para um período, determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre o qual os tributos sobre o lucro são recuperáveis. Ele é apurado na demonstração do Lucro Real, sendo sua compensação efetuada com Lucros Reais futuros, controlados no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), ou outro que o venha substituir.

Cabe nos observar que a absorção de prejuízos contábeis seguem as determinações da legislação societária, enquanto que as regras para determinação e compensação dos prejuízos fiscais seguem as determinações da legislação tributária, mais especificamente a do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Nota Tax Contabilidade:

(1) Conforme o modelo aprovado pela Instrução Normativa SRF nº 28/1978, o Lalur, cujas folhas devem ser numeradas tipograficamente, é dividido em 2 (duas) partes distintas (cada uma delas contém 50% - cinquenta por cento - das folhas) reunidas em um só volume encadernado, a saber:

a. Parte A: destina-se aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do período-base e à transcrição da demonstração do Lucro Real; e

b. Parte B: destina-se ao controle dos valores que devam influenciar a determinação do Lucro Real de períodos-base futuros e não constem da escrituração comercial. Sua numeração é sequencial à da Parte A.

Base Legal: Lei nº 6.404/1976 (UC: 18/03/16); RIR/1999 (UC: 18/03/16); Item 5 da da Resolução CFC nº 1.189/2009 (UC: 18/03/16) e; IN SRF nº 28/1978 (UC: 18/03/16).

2.1) Apuração do prejuízo contábil:O prejuízo contábil é o resultado líquido final apurado no confronto entre as receitas e os custos, as despesas (operacionais e não-operacionais), além das provisões e outros encargos que forem transferidos para a apuração do resultado do exercício, sendo que o saldo líquido apurado poderá resultar em valor positivo ou negativo, denominando-se, assim, lucro contábil ou prejuízo contábil, respectivamente.

No caso de prejuízo, o saldo apurado é transferido para a conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados", classificável no grupo "Patrimônio Líquido (PL)" do Balanço Patrimonial (BP), dando-lhe, logo em seguida, as destinações que lhe são próprias, em conformidade com a proposta dos administradores ad referendum da assembléia geral ou a decisão dos sócios, observadas as disposições legais, estatutárias ou contratuais apropriados.

Ressaltamos que a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, mesmo apurando resultado contábil negativo, poderá ficar sujeita ao cálculo e recolhimento do IRPJ e da CSLL, uma vez que, efetuando os ajustes,

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adições e exclusões legalmente exigidas/autorizadas, a este resultado, o mesmo poderá converter-se em resultado positivo para efeitos fiscais.

Base Legal: Lei nº 6.404/1976 (UC: 18/03/16).

2.2) Apuração do prejuízo fiscal:Primeiramente, cabe nos mencionar que o Lucro Real é apurado no Lalur de determinado período base (2), obedecendo às normas da legislação do IRPJ e da CSLL.

Diferentemente do prejuízo contábil, o prejuízo fiscal tem sua origem na determinação do Lucro Real, ou seja, partindo-se do resultado contábil do exercício, positivo ou negativo, são efetuados os ajustes de adições e exclusões na Parte A do Lalur, conforme determinação da legislação do IRPJ.

Se após estes ajustes, o resultado final apurado for negativo, será denominado prejuízo fiscal, e será controlado na Parte B do Lalur, para futura compensação com o Lucro Real de períodos de apuração subsequentes, mensais ou anuais, independentemente da compensação ou absorção de prejuízo contábil. Caso o resultado seja positivo, será denominado lucro fiscal e será tributado pelo IRPJ e pela CSLL.

Nota Tax Contabilidade:

(2) A legislação atualmente em vigor prevê que as pessoas jurídicas obrigadas à apuração do Lucro Real ou por opção, apurem o IRPJ e a CSLL trimestralmente ou anualmente, os chamados "Lucro Real Anual" e "Lucro Real Trimestral", respectivamente.

Base Legal: Art. 15 da Lei nº 9.065/1995 (UC: 18/03/16) e; RIR/1999 (UC: 18/03/16).

3) Tratamento fiscal:Conforme mencionado anteriormente, o controle do prejuízo fiscal deverá ser efetuado exclusivamente na Parte B do Lalur, com a utilização de conta distinta para o prejuízo correspondente a cada período.

A utilização do prejuízo fiscal para compensação com Lucro Real apurado em períodos de apuração subsequentes poderá ser efetuada, total ou parcialmente, independentemente de prazo, devendo ser observado apenas, em cada período de apuração, o limite de 30% (trinta por cento) do respectivo lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação.

O valor utilizado é levado a débito na conta de controle na Parte B do Lalur e transferido para a Parte A do mesmo Livro, com vistas a ser computado na demonstração do Lucro Real, na qual será registrado como compensação.

De acordo com a legislação fiscal, não há prazo para a compensação de prejuízos fiscais, mesmo relativamente àqueles apurados anteriormente à edição da Lei nº 8.981/1995. Entretanto, a compensação está condicionada à manutenção dos livros e documentos exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios da existência do prejuízo fiscal utilizado.

Base Legal: Art. 42 da Lei nº 8.981/1995 (UC: 18/03/16); Art. 15 da Lei nº 9.065/1995 (UC: 18/03/16) e; RIR/1999 (UC: 18/03/16).

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4) Tratamento contábil:Para melhor compreensão do Balanço Patrimonial (BP), o Plano de Contas da empresa poderá manter apenas uma conta denominada "Lucros ou Prejuízos Acumulados" (conta analítica) no grupo do "Patrimônio Líquido (PL)". Essa conta tem a função de representar o saldo remanescente dos lucros (ou prejuízos) líquidos das apropriações para reservas de lucros e dividendos distribuídos.

Alternativamente, a empresa poderá apresentar tal conta com as subcontas "Lucros Acumulados" (credora) e "Prejuízos Acumulados" (devedora), nesta situação teríamos a seguinte sugestão de estrutura de Plano de Contas:

Conta Tipo Descrição3 Sintética PATRIMÔNIO LÍQUIDO3.1 Sintética Lucros ou Prejuízos Acumulados3.1.1 Analítica Lucros Acumulados3.1.2 Analítica Prejuízos Acumulados

Em conformidade com a Lei das S/A's, o prejuízo contábil apurado no exercício deverá ser, obrigatoriamente, absorvido pelos lucros acumulados (3), pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem, não podendo, no entanto, ser compensado com a reserva de correção monetária do Capital Social, uma vez que a legislação determina que esta reserva deva ser capitalizada.

Não havendo saldo credor em nenhuma das contas referidas, o valor negativo apurado no resultado do exercício permanece na conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)", inexistindo prazo para sua compensação.

Para efeito de exemplificação, admitamos que a empresa Vivax Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda., empresa com sede no Município de Campinas/SP, tenha no ano de 20X1 apurado prejuízo contábil no valor de R$ 9.950.000,00 (nove milhões, novecentos e cinquenta mil reais), conforme DRE (4) publicada em jornal de grande circulação da região da sede da empresa:

DRE - Vivax Ind. e Com. de Eletrônicos Ltda. - ANO: 2X01Receitas Operacionais e Não Operacionais R$ 90.000.000,00(-) Custos Diretos e Indiretos R$ 70.050.000,00(-) Despesas Operacionais e Não Operacionais R$ 29.900.000,00(=) Lucro Contábil antes da provisão para IRPJ e CSLL R$ 9.950.000,00(-) Provisão para o IRPJ e a CSLL R$ 0,00(=) Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício R$ 9.950.000,00

Como podemos verificar na DRE da Vivax, a empresa teve um prejuízo contábil de R$ 9.950.000,00 (nove milhões, novecentos e cinquenta mil reais) no ano-calendário de 2X01. Assim, a empresa deverá efetuar o seguinte lançamento contábil, referente à transferência do prejuízo apurado no exercício para a conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)":

Pela transferência do prejuízo contábil do ano-calendário de 20X1:D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL) _____ R$ 9.950.000,00C - Apuração do Resultado do Exercício (CR) _ R$ 9.950.000,00

Legenda:CR: Conta de Resultado; ePL: Patrimônio Líquido.

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Notas Tax Contabilidade:

(3) No que diz respeito às sociedades por ações, a conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)" não poderá apresentar saldo positivo no encerramento do exercício social da empresa. Caso ocorra saldo positivo nessa conta, o valor deverá ser destinado às Reservas de Lucros (PL), conforme artigos 194 a 197 da Lei nº 6.404/1976. A empresa ainda poderá distribuir o saldo positivo como dividendo, conforme artigo 5º da Instrução CVM nº 469/2008.

(4) DRE simplificada e com valores hipotéticos para melhor entendimento do tema aqui tratado.

Base Legal: Arts. 167 e 189 da Lei nº 6.404/1976 (UC: 18/03/16); Itens 42 e 43 do PT CPC 13 (UC: 18/03/16) e; Art. 5º da Instrução CVM nº 469/2008 (UC: 18/03/16).

4.1) Compensação com lucros e/ou reservas:Conforme mencionado anteriormente, o prejuízo contábil apurado no exercício deverá ser, obrigatoriamente, absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nesta ordem. Desta forma, o saldo da conta "Reserva Legal (PL)" e "Reserva de Capital (PL)" somente poderão ser utilizadas para compensação do prejuízo apurado no exercício na hipótese de não haver saldo suficiente nas contas "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)" e "Reserva de Lucros (PL)".

Assim, se no momento da transferência do prejuízo do exercício houver saldo credor (lucro) na conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)", a compensação se dará automaticamente. No entanto, caso não exista saldo credor nessa conta ou o saldo credor for insuficiente para absorver integralmente o prejuízo apurado no exercício, será necessário fazer um lançamento de compensação com "Reservas de Lucros (PL)", se houver.

Dando continuidade ao nosso exemplo, admitamos, agora, que a empresa Vivax não possua no ano-calendário de 2X01 saldo anterior na conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)", desta forma, a compensação do prejuízo do exercício com "Reservas de Lucros (PL)" deverá ser feita através do seguinte lançamento contábil:

Pela absorção de prejuízo contábil pela Reservas de Lucros:D - Reservas de Lucros (PL) _____________ R$ 9.950.000,00C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL) _ R$ 9.950.000,00

Legenda:PL: Patrimônio Líquido.

Cabe uma última observação, se não houver saldo na conta "Reservas de Lucros (PL)" ou se seu valor for insuficiente para absorver o prejuízo do período, o valor remanescente poderá ser absorvido pelas reservas de capital. Observa-se, porém, que a absorção de prejuízos por outras reservas, que não as de lucros, não é obrigatória.

Base Legal: Arts. 189, § único e 200, I da Lei nº 6.404/1976 (UC: 18/03/16).

4.2) Conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)":

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A nova redação da Lei das S/A's mudou, a partir de 2008, a natureza da conta "Lucros Acumulados (PL)", esta possui, agora, natureza absolutamente transitória e deve ser utilizada para a transferência do lucro apurado no período, contrapartida das reversões das reservas de lucros e para as destinações dos lucros. Já a conta de "Prejuízos Acumulados (PL)" permanece com a mesma natureza (artigo 178, § 2º, III da Lei nº 6.404/1976, nova redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 11.638/2007).

Assim, a partir do exercício de 2008, a totalidade do lucro líquido do exercício deverá ter sua destinação definida, não cabendo quaisquer retenções indiscriminadas na conta "Lucros Acumulados (PL)", ou seja, o saldo positivo dessa conta deverá ser destinado à "Reserva de Lucros (PL)" ou ser distribuído como lucros ou dividendos.

O Pronunciamento Técnico CPC 13 - Adoção Inicial das Lei nº 11.638/2007 e da Medida Provisória nº449/2008 (5), trouxe ainda as seguintes explicações sobre o assunto:

Lucros acumulados

42. Segundo a Lei das S.A., conforme modificação introduzida pela Lei nº. 11.638/07, o lucro líquido do exercício deve ser integralmente destinado de acordo com os fundamentos contidos nos arts. 193 a 197 da Lei das S.A. A referida Lei não eliminou a conta de lucros acumulados nem a demonstração de sua movimentação, que devem ser apresentadas como parte da demonstração das mutações do patrimônio líquido. Essa conta, entretanto, tem natureza absolutamente transitória e deve ser utilizada para a transferência do lucro apurado no período, contrapartida das reversões das reservas de lucros e para as destinações do lucro.

43. Na elaboração das demonstrações contábeis ao término do exercício social em que adotar pela primeira vez a Lei nº 11.638/07, a administração da entidade deve propor a destinação de eventuais saldos de lucros acumulados existentes.

Nota Tax Contabilidade:

(5) O Pronunciamento Técnico CPC 13 foi aprovado pela Resolução CFC nº 1.152/2009 e pela Deliberação CVM nº 565/2008.

Base Legal: Art. 178, § 2º, III da Lei nº 6.404/1976 (UC: 18/03/16); MP nº 449/2008 (UC: 18/03/16) e; Itens 42 e 43 do PT CPC 13 - Adoção Inicial das Lei nº 11.638/2007 (UC: 18/03/16).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 06/07/2011 e atualizado em 07/04/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Prejuízo apurado no exercício (Area: Manual de Contabilização). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=28. Acesso em: 10/04/2016.

A desconsideração da personalidade jurídica perante o Novo Código de Processo Civil

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Publicado por Natália Scalabrini - 1 semana atrás

A priori cumpre elucidar o que é o instituto da desconsideração da personalidade jurídica.

Dispõe o Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 28, que “o juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração”.

Posteriormente, também adveio regulamentado no Código Civil, no art. 50, esclarecendo que “em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica”.

Ambos os dispositivos tratam da desconsideração da personalidade jurídica ordinária. Por esta, apenas se permite a aplicação da desconsideração caso a personalidade jurídica da sociedade empresária se coloque como entrave à justa composição dos interesses. Assim, inversamente, se a autonomia patrimonial da sociedade não evitar a atribuição de responsabilidade ao sócio ou administrador, não existe desconsideração.

Conta no NCPC, no seu art. 133:

Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do MP, quando lhe couber intervir no processo.

Além disso, o NCPC também disciplinou acerca da desconsideração inversa, no parágrafo 2º do artigo supra citado. Vide:

§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.

Este é um procedimento para a suspensão episódica da eficácia do ato constitutivo da pessoa jurídica, com o fulcro de alcançar o patrimônio da pessoa jurídica, por dívidas contraídas pelo sócio.

Neste sentido já posicionou-se o STJ:

"3. A desconsideração inversa da personalidade jurídica caracteriza-se pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade para, contrariamente do que ocorre na desconsideração da personalidade propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por obrigações do sócio controlador. 4. É possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica sempre que o cônjuge ou companheiro empresário valer-se de pessoa jurídica por ele controlada, ou de interposta pessoa física, a fim de subtrair do outro cônjuge ou companheiro direitos oriundos da sociedade afetiva". (STJ, 3•. T., REsp n. 1.236.916, rei. Min. Nancy Andrighi, j. Em 22.10.2013, publicado em 28.10.2013)

Quanto ao momento em que é incitada a desconsideração:

O instituto da desconsideração foi tratado no Novo Código de Processo Civil como uma modalidade de intervenção de terceiros, arts. 133 e seguintes.

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Neste caso, a desconsideração será incidental e determinará propriamente o acesso de um terceiro em juízo, terceiro representado pelas figuras do sócio/acionista ou da pessoa jurídica - quer se trate da desconsideração ordinária ou a desconsideração inversa da personalidade jurídica.

Em razão do ingresso desta nova parte no processo, essencial a sua citação a fim de que tome ciência da discussão dos autos e apresente as provas que entender cabíveis e manifestações em 15 dias, assim como determina o art. 135 NCPC.

Tanto no caso de desconsideração ordinária quanto na inversa, se requerida incidentalmente, pressupõe-se a existência de um processo judicial, já em trâmite, em que já se notou a prática de atos contrários à satisfação de obrigações patrimoniais em decorrência de infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social, a tornar a demanda sem êxito, em face de sócio/acionista que se vale do privilégio da limitação da responsabilidade em determinadas conjunturas para eximir-se de suas obrigações.

Nesse contexto, com o fito de não se permitir a “irresponsabilidade” do sócio/acionista é que tem lugar a desconsideração da personalidade para atingir-se o patrimônio da pessoa jurídica da qual integra o sócio demandado.

Para Fredie Didier Jr.:

O incidente de desconsideração da personalidade jurídica, além de trazer sujeito novo, amplia também o objeto litigioso do processo. Acresce-se ao processo um novo pedido: aplicação da sanção da desconsideração da personalidade jurídica ao terceiro. Por isso, o pedido de instauração do incidente deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais que autorizam a intervenção (art. 134, § 4o, CPC), sob pena de inépcia (ausência de causa de pedir, art. 330, § 1o, I, CPC).

Oras, o fato de o NCPC ter elencado o instituto da desconsideração como modalidade de intervenção de terceiros não exclui a possibilidade de uma ação autônoma.

Ressalva-se que, em caso de a desconsideração da personalidade jurídica ser requerida logo no início do processo, em peça exordial de ação autônoma, já figurará no polo passivo da demanda o próprio sócio/acionista ou a pessoa jurídica contra quem se pretende direcionar a responsabilidade patrimonial e, portanto, não há que se falar em incidente de desconsideração vez que não existirá a intervenção de terceiro.

Assim dispõe o art. 134, § 2o do NCPC:

Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.

Contudo, explica-se que o requerimento feito incidentalmente no curso do processo em que já se constatou a prática de atos contrários à satisfação de obrigações patrimoniais em decorrência de infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social que permitam a aplicação da desconsideração é deveras muito mais célere.

Também por isto já se posicionavam os Tribunais Superiores sobre a desnecessidade de ação autônoma para se discutir a desconsideração. Vide:

“Processo civil. Recurso ordinário em mandado de segurança. Falência. Grupo de sociedades. Estrutura meramente formal. Administração sob unidade gerencial, laboral e patrimonial. Desconsideração da personalidade jurídica da falida. Extensão do decreto falencial a outra sociedade do grupo. Possibilidade.

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Terceiros alcançados pelos efeitos da falência. Legitimidade recursal. – Pertencendo a falida a grupo de sociedades sob o mesmo controle e com estrutura meramente formal, o que ocorre quando as diversas pessoas jurídicas do grupo exercem suas atividades sob unidade gerencial, laboral e patrimonial, é legitima a desconsideração da personalidade jurídica da falida para que os efeitos do decreto falencial alcancem as demais sociedades do grupo. - Impedir a desconsideração da personalidade jurídica nesta hipótese implicaria prestigiar a fraude à lei ou contra credores. - A aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica dispensa a propositura de ação autônoma para tal. Verificados os pressupostos de sua incidência, poderá o Juiz, incidentemente no próprio processo de execução (singular ou coletiva), levantar o véu da personalidade jurídica para que o ato de expropriação atinja terceiros envolvidos, de forma a impedir a concretização de fraude à lei ou contra terceiros.- Os terceiros alcançados pela desconsideração da personalidade jurídica da falida estão legitimados a interpor, perante o próprio juízo falimentar, os recursos tidos por cabíveis, visando a defesa de seus direitos. (RMS 12.872/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/06/2002, DJ 16/12/2002 p. 306)

Da consequência do acolhimento da desconsideração

Preocupou-se o NCPC em estabelecer que a alienação do patrimônio ocorrida mediante fraude de execução, tornar-se-á ineficaz em relação ao requerente cujo pedido de desconsideração fora acolhido. Vide:

Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.

Explica bem Rubens Requião:

"O mais curioso é que a 'disregard doctrine' não visa a anular a personalidade jurídica, mas somente objetiva desconsiderar no caso concreto, dentro de seus limites, a pessoa jurídica, em relação às pessoas e os bens que atrás dela se escondem. É caso de declaração de ineficácia especial da personalidade jurídica para determinados efeitos, prosseguindo todavia a mesma incólume para seus outros fins legítimos" . ("Abuso de direito e fraude através da personalidade jurídica (disregard doctrine)". Revista dos Tribunais. São Paulo: RT, 1969, n. 410, p. 14.)

Desse modo, não há vez para a sua associação ao instituto da despersonalização, que consiste em sanção que culmina na extinção da pessoa jurídica, criada, ex vi, para fins ilícitos.

Referências:

DIDIER JR, Fredie

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Lei 13.105/2015CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. Lei 8.078/1990.CÓDIGO CIVIL. Lei 10.406/2002

REQUIÃO, Rubens.

REsp 1036398/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/12/2008, DJe 03/02/2009. Destaques nossos.

RMS 12.872/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/06/2002, DJ 16/12/2002 p. 306

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STJ, 3•. T., REsp n. 1.236.916, rei. Min. Nancy Andrighi, j. Em 22.10.2013, publicado em 28.10.2013

É obrigatória a impressão dos livros contábeis? ITG 2000 e Manual ECD/Versão 2016.Fonte: Blog Guia ContábilLink: https://boletimcontabil.wordpress.com/2016/04/05/e-obrigatoria-a-impressao-dos-livros-contabeis/

De acordo com a Resolução CFC nº 1.330/2011, que aprovou o ITG 2000 – Escrituração Contábil, em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro.

Destaque-se que o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade.

Bases: ITG 2000 e Manual ECD/Versão 2016.

Eleição terá novas regras para gastos e prestações de contasPosted By Bia Montes on 7 de abril de 2016

Além de ser a primeira disputa eleitoral desde a restauração da democracia a não contar mais com a doação de empresas, as eleições municipais deste ano também serão realizadas sob um novo conceito de propaganda antecipada. São os efeitos da Lei 13.165, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em setembro de 2015. Dentre outras determinações, a chamada “Minirreforma eleitoral” eleva o rigor nos gastos e na prestação de contas da campanha.

A Lei 13.165 fixa um limite para gastos na campanha, estabelece um teto para as doações feitas por pessoas físicas, exige que a arrecadação de recursos em dinheiro seja divulgada até 72 horas após o recebimento e prevê punições que podem culminar com a cassação do mandato por abuso do poder econômico caso as despesas com publicidade dos órgãos públicos excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.Com tantas novas regras, não causa estranheza a orientação do especialista em direito eleitoral, Guilherme Gonçalves, aos candidatos. “Planejem cuidadosamente os gastos de campanha”, aconselha. O advogado é um dos expositores do painel “A nova pré-campanha eleitoral da Lei 13.165 – o que mudou?”, que fez parte do V Congresso de Direito Eleitoral, realizado em Curitiba. Gonçalves tratou justamente das

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limitações aos agentes da administração pública neste ano eleitoral. Também tomam parte do painel Carlos Neves, que abordará o conceito de propaganda antecipada; Carla Karpstein, que vai levantar aspectos relativos à contabilidade e as principais alterações desde o advento da Lei 12.891, de 2013, que também compõe a chamada minirreforma eleitoral.

O Brasil terá nas eleições municipais deste ano a primeira disputa eleitoral sem doações de empresas aos partidos. As doações por pessoa jurídica estão vetadas por uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro do ano passado. Dados do Tribunal Superior Eleitoral indicam que em 2014 as doações privadas para a campanha eleitoral rondaram os R$ 5 bilhões, o que mostra o impacto da mudança.A questão, impactante por si só, ganha destaque em um momento em que, polarizados, os brasileiros parecem estar mais atentos ao jogo político-eleitoral. Também atual é o tema que será apresentado, ainda na abertura do evento, por Lênio Streck: os impactos do Código de Processo Civil, em vigor desde 18 de março, sobre o direito eleitoral.Mulheres na Política – Embora crescente, a participação das mulheres na política e no Direito Eleitoral ainda não é suficiente para representar proporcionalmente essa parcela da sociedade. Para se ter uma ideia, os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral indicam que nas últimas eleições municipais, em 2012, foram eleitas 657 prefeitas, o que corresponde a 11,84% do total das 5.568 vagas disputadas, e 7.630 vereadoras, número equivalente a 13,32% dos eleitos para as câmaras municipais de todo o país.

MULTA DO FISCO: Lucro acumulado por empresa em ano anterior não interfere em lançamento de IRPosted By Redator on 8 de abril de 2016

A prova da existência de lucros acumulados por empresa em exercícios anteriores não interfere na procedência do lançamento do Imposto de Renda. O entendimento foi aplicado pela 3ª Câmara da 1ª Turma do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, ao negar recurso de contribuinte que pretendia afastar cobrança do tributo. No caso, a cobrança incidiu sobre os rendimentos declarados como isentos a título de lucros distribuídos à sócio de pessoa jurídica nos anos 2006 e 2007.

De acordo com o processo, iniciado na 4ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Salvador, a empresa da qual o autor do recurso é sócio, optante pelo lucro presumido, apresentou à fiscalização documentos contábeis e declaração retificadora informando a inexistência de lucro e saldo de lucro a distribuir nos anos de 2006 e 2007.

A Receita aplicou multa de 150% sobre o imposto lançado. O Fisco levou em conta a intenção de fraude revelada pelo contribuinte ao apresentar documentos contábeis adulterados, diferentes dos que foram lançados pela empresa, com a finalidade de ocultar a ocorrência do fato gerador do tributo.

Já o sócio, autor do recurso, argumentou que a multa seria nula porque não foram considerados os lucros acumulados pela empresa entre 2004 e 2005. No mérito, argumentou que somente haveria distribuição superior aos lucros se não houvesse saldo de lucros acumulados, o que não era o caso. Entretanto, o

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recurso apresentado pelo contribuinte foi negado no Carf. O colegiado entendeu que a prova da existência de lucros acumulados pela empresa em exercícios anteriores não interfere na procedência do lançamento.

“Os rendimentos pagos ou creditados a sócio que excederem ao valor apurado com base na escrituração ficarão sujeitos à incidência do imposto sobre a renda tanto na situação na qual forem esses rendimentos (a) imputados aos lucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios anteriores (IN SRF 11, de 1996, artigo 51, parágrafo 3º), quanto no caso de (b) inexistir lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente (IN SRF 11, de 1996, artigo 51, parágrafo 4º)”, diz a decisão, em referência à Instrução Normativa 11/1996, da Receita Federal.

O tributarista Fabio Calcini, do Brasil Salomão e Matthes Advocacia, explica que, como não houve demonstração por escrituração regular do excesso distribuído, ficou sujeito à tributação do imposto sobre a renda. “Esta decisão se revela importante para novamente reiterarmos a importância da contabilidade regular para a distribuição de lucros e dividendos isentos, pois, do contrário, há risco da cobrança de IRPF sobre o excedente”, avalia.

Processo 10530.722529/201112

Leonardo Léllis é editor da revista Consultor Jurídico .

STJ fixa marco inicial da prescrição em caso de exclusão do Refis

8 de abril de 2016

Em caso de exclusão de débitos de programas de parcelamento, a prescrição deve ser contada a partir do momento em que o contribuinte foi excluído do programa, e não da data do evento que levou à exclusão. A decisão unânime é da 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que analisou o tema nesta quinta-feira (07/4).

O assunto divide os ministros do STJ. Durante o julgamento do caso a presidente da 2ª Turma, Assusete Magalhães, afirmou que a 1ª Turma da Corte julga casos semelhantes de forma diametralmente oposta, mas não houve consenso para remeter a discussão para a 1ª Seção, responsável por pacificar a jurisprudência do STJ em questões tributárias.

O caso

O posicionamento foi aplicado no AgRg no REsp 1.524.984, que envolve a empresa PHS Engenharia de Projetos. A companhia havia inscrito débitos no Refis instituído pela Lei 9.964/2000, mas foi excluída do programa por não ter auferido receita bruta por nove meses consecutivos, em 2002. A empresa foi excluída do Refis em 2010, e teve execução ajuizada contra ela em 2011.

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Para a empresa, porém, o débito não poderia mais ser cobrado pela Fazenda Pública, já que a prescrição – de cinco anos – deveria ser contada a partir da data do evento que levou à exclusão do Refis.

Marco inicial

O argumento não foi acolhido pela 2ª Turma, que entendeu que o prazo inicial para contagem da prescrição é a exclusão formal do Refis.

“A partir do ato formal [de exclusão] o crédito se torna exigível”, afirmou a ministra Assusete Magalhães, que apresentou voto-vista.

Pesou ainda para a decisão o fato de a empresa, apesar de não ter auferido receita, ter continuado a pagar as parcelas do Refis.

Divergências

Ao contrário do entendimento da 2ª Turma, a 1ª Turma do STJ, que também analisa processos relacionados a direito público, tem aplicado a casos semelhantes a Súmula 248 do extinto Tribunal Federal de Recursos, que diz que o prazo prescricional começa “a fluir no dia que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado”.

A ministra Assesete sugeriu que o tema fosse levado à 1ª Seção para que a jurisprudência fosse pacificada. A sugestão, no entanto, foi rejeitada por três votos a dois. A maioria dos ministros entendeu que existe um tipo de recurso adequado para essas situações, o embargo de divergência.

Fonte: JOTA

Irregularidades no documento fiscal e aproveitamento de créditos do PIS e da COFINS28 de mar de 2016

É muito comum quando fazemos trabalho de revisão fiscal, identificar situações em que a empresa deixou de aproveitar créditos do PIS e da COFINS em decorrência do fornecedor ter tributado incorretamente sua operação.

Poderíamos citar inúmeros exemplos, mas vou me concentrar em um deles para ilustrar melhor esta situação: a legislação prevê alíquota zero para a venda de carne de frango classificada no código 0210.99.00 da NCM. Tendo em vista esta restrição, não está alcançada pelo benefício a venda de filé de frango “temperado”, pois este produto é classificado na NCM 1602.32.00.

Ocorre que muitos fornecedores acabam por classificar o frango temperado na NCM do frango “sem tempero” – seja por desconhecimento, seja para buscar, de modo indevido, uma economia tributária – e, com isso, vendem seu produto com alíquota zero. O varejista, influenciado por essa informação, não aproveita crédito da operação e também não tributa a sua venda, o que, nos processos de revisão fiscal que coordeno, aponto como erro. Nestes casos, é costumeiro se ouvir questionamentos do tipo:

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“Mas se o fornecedor vendeu errado eu não posso manter assim?” A resposta é não, afinal, você é responsável pela tributação das suas operações.

“Eu preciso saber qual é a NCM de cada produto que compro? Isso não é obrigação da indústria?” De fato, a indústria tem a obrigação de adotar a NCM correta, mas, como é muito comum haver erros, você fica obrigado a ter essa competência também.

“Então sou obrigado a revisar todos os itens que compro? São milhares!” Sim!

 “Mas isso dá muito trabalho!” Realmente, mas é a regra do jogo.

“Eu não tributei a venda, mas também não aproveitei crédito da compra. Mesmo assim posso ter problema?”. Sim! Lembre-se: aproveitar o crédito é opcional, mas debitar a venda não!

Convencidos destes pontos, nasce então a seguinte insegurança:

“Mesmo ele vendendo erroneamente com alíquota zero, é possível aproveitar o crédito”?

No caso de PIS e COFINS, a resposta é afirmativa. Para estas contribuições foi adotado um método distinto do ICMS e do IPI. Nestes impostos (ICMS e IPI) é utilizado o “Método de Crédito do Tributo”, no qual o crédito é transferido de uma empresa para outra. A legislação, consequentemente, exige o destaque do imposto no documento fiscal para que você possa aproveitar o crédito. E o valor a ser aproveitado será sempre o mesmo destacado, salvo em situações excepcionais, como créditos presumidos, por exemplo.

Já se tratando de PIS a COFINS o método adotado é o “ Subtrativo Indireto”, no qual o crédito nasce internamente na empresa. Ele não vem por transferência, como vimos que ocorre no ICMS e no IPI. É por isso que mesmo quando compramos de uma empresa do regime cumulativo - que tributou apenas 3,65% -, o crédito pode ser aproveitado normalmente às alíquotas de 9,25%. Em relação às contribuições, não há essa vinculação entre o valor do débito anterior e o crédito a ser aproveitado. A recente Solução de Consulta COSIT nº 22/2016 atua neste sentido, ao dispor que a alíquota do crédito não é necessariamente aquela do documento fiscal do fornecedor.

É verdade que não é permitido o aproveitamento de créditos quando tratamos de operações tributadas com alíquota zero, mas essa análise deve ser feita com base na legislação e não no documento fiscal. Exceto em raríssimas exceções, o crédito de PIS e COFINS não está amarrado ao documento fiscal. E tem que ser assim mesmo, pois quando foi criada a não cumulatividade, lá em 2002, nem havia informação das contribuições sociais no documento fiscal. Com a chegada da NF-e, passamos a ter tais informações, mas a legislação não foi alterada.

Na própria página da Receita Federal há uma interessante pergunta, na qual o contribuinte relata que adquire o mesmo produto de fornecedores distintos, sendo que cada um adota uma NCM. Ele quer saber o que fazer. A resposta do fisco é taxativa: não há duas NCM para o mesmo produto e ele deve dar entrada em seu cadastro com a NCM correta (consequentemente, com a tributação que a corresponda).

O ideal, é claro, seria pedir que o fornecedor emitisse o documento fiscal com a NCM e a tributação correspondente, mas nem sempre o adquirente consegue convencê-lo disso, o que não o exime da responsabilidade de dar o tratamento correto a partir do momento em que o produto chega à sua empresa.

Portanto, no caso do filé de frango temperado, o qual sabemos que não está abrangido pela alíquota zero, a empresa pode aproveitar o crédito na compra - ainda que não tenha havido o destaque das contribuições -

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e deve tributar a sua venda. Qualquer procedimento diferente colocará a empresa diante de um risco fiscal desnecessário. Evite-os!

Lei Regulamenta Empresas JunioresPosted By Bia Montes on 8 de abril de 2016

Fonte: Destaques Empresariais

Através da Lei 13.267/2016 foi disciplinada a criação e a organização das associações denominadas empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino superior.Considera-se empresa júnior a entidade organizada nos termos desta Lei, sob a forma de associação civil gerida por estudantes matriculados em cursos de graduação de instituições de ensino superior, com o propósito de realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos associados, capacitando-os para o mercado de trabalho.A empresa júnior será inscrita como associação civil no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.A empresa júnior vincular-se-á a instituição de ensino superior e desenvolverá atividades relacionadas ao campo de abrangência de pelo menos um curso de graduação indicado no estatuto da empresa júnior, nos termos do estatuto ou do regimento interno da instituição de ensino superior, vedada qualquer forma de ligação partidária.

Sistema Tributário Brasileiro, descanse em paz Publicado por Thiago Belani - 4 dias atrás

O Brasil possui um dos mais complexos sistemas tributários do mundo.

Em uma pesquisa feita em 2015 pela empresa PwC – intitulada “Paying Taxes” (Pagando Impostos) – ele ocupa o primeiro lugar na lista de países cujos contribuintes mais despendem horas/ano com ações de compliance na área tributária.

“Compliance” é um termo utilizado no mundo corporativo para designar o conjunto de diretrizes e ações necessárias ao cumprimento das normas e regulamentos, ou seja, para estar “em dia” com as obrigações legais.

Segundo a pesquisa, enquanto o país possui carga tributária aproximada de 69% dos rendimentos e o número de pagamentos/mês do contribuinte gira em torno de 9 - números relativamente próximos aos da média mundial - o número de horas/ano despendidas com compliance tributário é de 2600. Isso mesmo: duas mil e seiscentas. A média mundial é de aproximadamente 261 (duzentas e sessenta e uma).

Esse cenário não é novo. Nas pesquisas realizadas nos últimos 9 anos, esses números não apresentaram grandes mudanças, o que significa que nem o avanço tecnológico foi capaz de reduzi-lo. As várias

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mudanças implantadas no país quanto à escrituração fiscal digital, adesão aos novos padrões internacionais de contabilidade e informatização dos procedimentos públicos em geral contribuíram muito pouco (ou quase nada) para a redução dessa complexidade.

As causas são outras. Dentre as principais, a primeira é nossa repartição de competências tributárias, que permite a todos os entes federativos (União, Estados e Municípios) legislarem sobre determinadas matérias tributárias. Isso cria uma infindável teia de legislações esparsas e muitas vezes contraditórias ou mesmo inconstitucionais. O ICMS, por exemplo, tem um regulamento diferente para cada um dos 26 Estados. O ISS tem uma lei para cada município, o que representa mais de 5000 legislações sobre o tema.

Além disso, as normas tributárias brasileiras mudam praticamente todos os dias, e muitas delas apresentam obstáculos a uma clara interpretação.

O contribuinte brasileiro, ainda, além de pagar tributos, precisa despender muitas horas compilando dados e elaborando declarações. Depois disso, caso haja alguma inconsistência apontada pelas autoridades, são necessárias ainda mais horas para apontar, explicar, retificar ou se defender delas.

O sistema tributário, portanto, é caro, obtuso, atravancado e injusto. Exatamente o oposto de qualquer expectativa quanto a ele. Além disso, o pensamento brasileiro gira constantemente em torno da necessidade de uma reforma tributária e, ao mesmo tempo, na distância que ela parece estar de nós. Pois não deveria.

Uma das principais reivindicações de todo brasileiro deve ser o reinício desse sistema, já falido, morto e sepultado há muito tempo.

Contador intermediou acordo de propina com fiscais da ReceitaPosted By Redator on 6 de abril de 2016

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Quatro réus colaboradores do processo relativo à Operação Publicano, que firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público (MP), confirmaram nesta segunda-feira (04), perante ao juiz da 3ª Vara Criminal, Juliano Nanuncio, que pagaram propinas a auditores Receita Estadual de Londrina.

Três eram empresários, que se livraram de possíveis autuações por sonegação fiscal ou recolhimento indevido de tributos estaduais, notadamente, o ICMS; um era contador de uma empresa, cujos sócios teriam aceitado pagar propina.

Dono de empresas do setor de vestuário, o primeiro interrogado afirmou ter pagado, em pelo menos 10 parcelas, R$ 200 mil. O dinheiro seria entregue ao principal delator do esquema, Luiz Antonio de Souza. Em uma das ocasiões, o contador do empresário esteve presente. Normalmente, disse ele, a entrega era feita na sede da Receita, em espécie. Em contrapartida, a empresa acabou atuada em valor irrisório (cerca de R$ 17 mil).

Outro empresário, dono de um atacado de brinquedos, disse ter sucumbido ao achaque por medo e pagou R$ 50 mil ao auditor que fizera a fiscalização em sua empresa. “Levei uma caixa com R$ 50 mil em espécie até o carro dele”, declarou. Ele relatou que na primeira abordagem o auditor pediu R$ 500 mil, investida a qual o comerciante recusou. Em seguida, foi proposta propina de R$ 200 mil. O empresário, então, aceitou negociar e fechou o acordo em R$ 50 mil, segundo seu relato.

Sócio de empresas do setor cafeeiro, o terceiro interrogado relatou que foi achacado por dois fiscais; na primeira vez, quando o pedido foi de R$ 500 mil, recusou-se a aderir ao esquema; mas, na segunda visita, acabou aceitando pagar R$ 150 mil. “Disseram que a autuação seria de milhões”, declarou, perante o juiz. O valor, disse ele, foi pago em espécie. Passado alguns meses, os auditores solicitaram a continuidade do acordo, para que o valor inicial, de R$ 500 mil, fosse pago integralmente, em parcelas mensais. Tal proposta foi recusada.

Já o contador confirmou que intermediou acordo de propina em nome de um de seus clientes, uma empresa do setor de alimentos. Relatou que o acordo foi de R$ 60 mil, cumprido em três parcelas, sendo que uma delas foi o próprio contador quem levou ao auditor, segundo o que declarou nesta segunda.

A promotora Leila Schimiti, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), disse que as declarações desta segunda-feira (04) revelam a sistemática de atuação da suposta organização criminosa. “Formam um conjunto de elementos que dá sustentação à denúncia de organização criminosa incrustada na Receita Estadual”, afirmou.

Nesta terça-feira (5), três réus colaboradores devem ser interrogados. As audiências vão até o dia 15. (Com Bondnews)

STF admite correção de créditos de IPI por demora de restituição pelo Fisco

7 de abril de 2016

Decisão foi tomada na sessão desta quarta-feira na análise de recurso da Siemens

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SÃO PAULO – O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, 6, que a demora injustificada do Fisco em restituir o valor devido ao contribuinte caracteriza “resistência ilegítima a autorizar a incidência de correção monetária”. A decisão foi tomada na sessão desta quarta-feira na análise de recurso da Siemens Ltda., que pedia a correção de créditos de IPI. O recurso foi relatado pelo ministro Edson Fachin.

A Siemens alegou haver decisões divergentes entre as turmas do próprio Supremo ao decidir sobre o mesmo tema. A Segunda Turma entendeu que mesmo tendo havido “resistência ilegítima” do Fisco, não é possível a correção monetária dos créditos de IPI da empresa. A Primeira Turma, por sua vez, entendeu, em outro julgamento, que, havendo reconhecimento da chamada resistência ilegítima, é devida a correção monetária de créditos de IPI.

Em sustentação oral no plenário, a empresa pediu o restabelecimento da decisão de primeiro grau, mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no sentido de que incide correção monetária sobre o crédito de IPI que for ressarcido por julgamento realizado na instância administrativa da Receita.

Ao votar pelo provimento do recurso para restabelecer a decisão de primeiro grau, o ministro Fachin citou precedentes do STF no sentido de que “existe direito à correção monetária dos créditos de IPI referentes a valores não aproveitados na etapa seguinte da cadeia produtiva”. Isso desde que fique comprovada a “estrita hipótese de resistência injustificada” da administração em realizar o “pagamento tempestivamente”. Todos os ministros presentes à sessão acompanharam o relator.

Demora

Os advogados Daniel Lacasa Maya e Renato Silveira, do escritório Machado e Associados, que estavam presentes ao julgamento, ressaltam a importância da decisão. “O julgamento é muito importante porque estava em discussão a atualização monetária de créditos de IPI reconhecidos administrativamente pela Receita, mas que só foram ressarcidos ao contribuinte após 13 meses contados do deferimento do pedido de ressarcimento, sem qualquer justificativa”, explicam.

De acordo com os dois advogados, o entendimento fixado pelo Supremo, nas situações em que o Fisco demorar injustificadamente em ressarcir o contribuinte, deve incidir a atualização monetária sobre os créditos.

Além do provimento do recurso do contribuinte, eles ressaltam ainda que o plenário do STF acolheu proposta do ministro Luís Roberto Barroso, fixando a seguinte tese jurídica: a mora injustificada ou irrazoável do Fisco em restituir o valor devido ao contribuinte caracteriza resistência ilegítima a autorizar a incidência de correção monetária. “O objetivo da fixação dessa tese foi justamente o de orientar as demais instâncias julgadoras e os operadores do Direito em geral, não estando o entendimento limitado ao tributo específico (IPI), mas a todas as situações envolvendo ressarcimento de créditos tributários”, dizem os advogados.

Na visão deles, esta decisão do STF deverá refletir positivamente para muitos contribuintes que discutem questões semelhantes, tanto na Justiça quanto na esfera administrativa da Receita, o que poderá “representar significativo incremento financeiro quando do ressarcimento de seus créditos”.

Fonte: DCI – SP

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Compliance, Vantagem Competitiva Postado por José Adriano em 6 abril 2016 às 9:00

Por Debora Lins Cattoni

Sem dúvida, o Brasil vem realizando avanços históricos em direção à quebra do paradigma do famoso “jeitinho brasileiro” e do fim da tolerância com a tão impregnada mania de “levar vantagem em tudo”, presentes no dia-a-dia.

A mudança no comportamento da justiça, que tem se tornado mais rigorosa e eficiente, aponta de forma irreversível, embora mais lenta do que gostaríamos, para o fim da impunidade. Mais recentemente, a condução das investigações e julgamentos da operação “Lava Jato” confirma que é possível haver muito mais agilidade e rigor nos julgamentos, principalmente dos casos de corrupção, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito as custas do erário público.

Essa evolução, por enquanto, acontece bem mais por imposição da nova realidade do mundo globalizado, em que a transparência e o cumprimento das leis, normas, regras e acordos se afirmam como valores universais, do que a uma efetiva mudança cultural, a qual acontece de forma lenta e gradual.

No mesmo contexto, temos o fato de que hoje, nem as elites empresariais e políticas, nem os governos conseguem mais ter controle sobre as informações e deformações que os seus atos produzem junto à opinião pública.

É fato que a Lei 12.846, de 1º de agosto de 2013 tem fortalecido a necessidade de “estar em compliance”. Assim, a tomada da decisão, bem estar ou não em compliance tem atingido diretamente a reputação e a credibilidade das empresas, impactando, também, de forma considerável, em seus cofres; circunstâncias estas que podem comprometer as suas atividades, colocando em risco os negócios. Segundo pesquisa feita pela consultoria de gestão de risco ICTS:

46,9% das empresas brasileiras assumem que não têm preparo quanto à Lei Anticorrupção.

A missão de implantar o compliance é árdua, a começar pelo desconhecimento da função por muitos. Embora tenhamos presenciado muitas organizações avançadas no tema, inclusive por incluir em seu quadro o cargo de compliance officer, o fato é que a maioria ainda caminha a passos lentos.

 

COMPLIANCE TRABALHISTA

Com o crescente número de empresas vítimas de altas condenações em decorrência da inaplicabilidade ou inexistência do código de ética e conduta, investir na política de “compliance” trabalhista é mitigar os riscos da empresa, garantindo maior controle da operação.

Mesmo quando os atos forem cometidos exclusivamente por empregados, a empresa é corresponsável. No atual cenário financeiro, somado às crescentes condenações judiciais, reavaliar o comportamento dos funcionários e parceiros torna-se imprescindível.

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No âmbito trabalhista, a política de “compliance” trabalhista abrange dentre outros: as condutas discriminatórias; o assédio moral; corrupção; as condutas antissindicais; e relação entre gestores, colaboradores e prestadores de serviços.

Dada à responsabilidade civil e administrativa, as empresas precisam adotar práticas pautadas na ética e na gestão de pessoas, bem como na avaliação de contratos de trabalho e prestação de serviços, sob pena de responder por condenações na justiça do trabalho, além de implicações civis e administrativas, sob a ótica da lei 12.846/13.

Com o advento da lei, empresas têm buscado cada vez mais proteção por meio dos programas de compliance que mitigam os riscos trabalhistas. Dentre os tratamentos, enumeramos alguns deles: mapeamento e política contra os ofensores; implementação e/ou revisão dos códigos de ética e postura; disseminação interna do código de ética e conduta; análise de contratos de trabalho e de prestação de serviços; criação de canais de denúncias/ouvidoria; e implementação de rotinas.

Na prática, por motivo alheio ao esperado pelas empresas, muitas organizações ficam expostas ao risco de não estarem em compliance. Dentre eles:

• Ter vedado o acesso a incentivos fiscais, doações e subvenções;• Interdição, suspensão ou dissolução da pessoa jurídica;• Estar sujeito a bloqueio e confisco dos bens relacionados ao ato;• Aplicação de multa de até 20% de seu faturamento bruto;• Responsabilidade cumulativa ou isoladamente, de forma administrativa e civil;• Baixa produtividade decorrente do ambiente de trabalho contaminado;e• Exposição da empresa.

 E A VELHA MÁXIMA: “O CRIME NAO COMPENSA”.

O risco de não “estar em compliance” leva a perdas de ordem financeira e moral, advindas da falta de aplicabilidade da lei e de regulamentos, bem como do descumprimento ou inexistência do código de ética e conduta. Entender o negócio nunca foi o suficiente, portanto, decisivo é implementar seus controles, e assim tornar completa e segura sua operação.

É sabido e comprovado que, no mundo global, estar em compliance é vantagem competitiva, é segurança de mercado, já que contribui para a solidez dos negócios.

Temos o exemplo de muitas empresas com gestão moderna e visionária, que há tempos evoluíram e perceberam que estabelecer uma política de compliance é uma forma de estar à frente das suas concorrentes. Além disso, constata-se que diretores e colaboradores encontram na convivência profissional da prática da compliance, fator de motivação e engajamento para uma produtividade e desempenho cada vez melhor, o que contribui, em última instância, para a retenção de talentos na empresa.

http://www.lecnews.com/web/compliance-vantagem-competitiva/

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