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VII Encontro Estadual de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social – São Paulo Presidente Prudente, 9 de março de 2013 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

VII Encontro Estadual de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social – São Paulo Presidente Prudente, 9 de março de 2013 FINANCIAMENTO

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VII Encontro Estadual de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social – São Paulo

Presidente Prudente, 9 de março de 2013

FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

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COFINANCIAMENTO NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art 50 da Norma Operacional Básica da Assistência Social

“O modelo de gestão preconizado pelo SUAS prevê o financiamento compartilhado entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e é viabilizado por meio de transferências regulares e automáticas entre os fundos de assistência social, observando-se a obrigatoriedade da destinação e alocação de recursos próprios pelos respectivos entes.”

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O GOVERNO FEDERAL CONCENTRA A ARRECADAÇÃO

Estados ficam cada vez mais dependentes do Governo Federal, que pode reter as transferências em caso de não pagamento da dívida

Fonte: Secretaria da Receita Federal e CONFAZ. Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida

Governo Federal

EstadosMunicípios

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Fonte: Senado Federal – Sistema SIGA BRASIL - Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida

R$ 753 bilhões

Orçamento Geral da União – Executado em 2012 – Total = R$ 1,712 trilhão

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Orçamento Geral da União – Gastos Selecionados (R$ milhões)

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional - SIAFI. Inclui a rolagem, ou “refinanciamento” da Dívida

Juros e Amortizações da Dívida

Pessoal e Encargos Sociais

Saúde e Saneamento

Educação e Cultura

Previdência e Assistência Social

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O ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

Fonte: ANFIP

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ORGANIZAÇÃO DOS ORÇAMENTOS

1 – PPA - PLANO PLURIANUAL (Vigência por 4 anos)

Enviado pelo Executivo ao Legislativo no primeiro ano de mandato

2 – LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Nível Federal: Enviado até 15/4 e aprovado até 30/6

Estado de São Paulo: enviado até 30/4

3 – LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Nível Federal: Enviado até 31/8 e aprovado até 31/12

Estado de São Paulo: Enviado até 30/9 e aprovado até 31/12

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Artigo 12 da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013, do Estado de São Paulo

“Para assegurar transparência durante o processo de elaboração da proposta orçamentária, o Poder

Executivo promoverá audiências públicas, em todas as regiões administrativas, regiões metropolitanas

e/ou aglomerações urbanas do Estado, contando com ampla participação popular, nos termos do artigo 48 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio

de 2000.”

“Lei de Responsabilidade Fiscal”

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Artigo 12 da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013, do Estado de São Paulo

§1º - Além da iniciativa mencionada no “caput” deste artigo, o Poder Executivo deverá, ainda, realizar uma audiência pública geral, com a utilização dos meios

eletrônicos disponíveis.

§ 2º - As audiências serão amplamente divulgadas, inclusive nos meios de comunicação regionais, com

antecedência mínima de 15 dias das datas estabelecidas pelo Poder Executivo.

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CONSELHO ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CONSEAS – SP)

Uma das atribuições

“Deliberar sobre a aplicação dos recursos financeiros, destinados à implementação dos

Programas Anuais e Plurianuais do Fundo Estadual de Assistência Social – FEAS”

Composição:

12 representantes do Poder Público e 12 representantes da Sociedade Civil

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Art. 84 da Norma Operacional Básica da Assistência Social

“Os Conselhos de Assistência Social, em seu caráter deliberativo, têm papel estratégico no SUAS de agentes participantes da formulação, avaliação, controle e fiscalização da política, desde o seu planejamento até o efetivo monitoramento das ofertas e dos recursos destinados às ações a serem desenvolvidas.

Parágrafo Único: É responsabilidade dos Conselhos de Assistência Social a discussão de metas e prioridades orçamentárias, no âmbito do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, podendo para isso realizar audiências públicas.”

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Todos estes mecanismos garantem a efetiva

participação popular no orçamento público??

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“LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL”

Art 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e

constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida

pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

Art 5º, I - O projeto de lei orçamentária anual (...) conterá, em anexo, demonstrativo da

compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento

de que trata o §1º do art. 4º;

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“LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL”

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o

cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato

próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e

movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

O PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA ESTÁ ACIMA DO GASTO SOCIAL

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Qual a alternativa ??

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DÍVIDA: impede a vida digna e o atendimento aos direitos humanos

De onde veio toda essa dívida pública?

Quanto tomamos emprestado e quanto já pagamos?

O que realmente devemos?

Quem contraiu tantos empréstimos?

Onde foram aplicados os recursos?

Quem se beneficiou desse endividamento?

Qual a responsabilidade dos credores e organismos internacionais nesse processo?

Somente a AUDITORIA responderá essas questões

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AUDITORIA DA DÍVIDA

Prevista na Constituição Federal de 1988

Plebiscito popular ano 2000: mais de seis milhões de votos

AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDAwww.auditoriacidada.org.br

CPI da Dívida PúblicaPasso importante, mas ainda não significa o cumprimento

da Constituição

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EQUADOR – Lição de Soberania

Comissão de Auditoria Oficial criada por Decreto

Em 2009: Proposta Soberana de reconhecimento de no

máximo 30% da dívida externa representada pelos Bônus

2012 e 2030

95 % dos detentores aceitaram a proposta equatoriana, o

que significou anulação de 70% dessa dívida com os

bancos privados internacionais

Economia de US$ 7,7 bilhões nos próximos 20 anos

Aumento gastos sociais, principalmente Saúde e Educação

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CPI DA DÍVIDA – CÂMARA DOS DEPUTADOS

Criada em Dez/2008 e Instalada em Ago/2009, por iniciativa do Dep. Ivan Valente (PSOL/SP)

Concluída em 11 de maio de 2010

Identificação de graves indícios de ilegalidade da dívida pública

Momento atual: investigações do Ministério Público

NECESSIDADE DE PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL PARA EXIGIR A COMPLETA INVESTIGAÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA E A AUDITORIA PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL

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Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Setor Externo - Quadro 51 e Séries Temporais - BC

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Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Política Fiscal - Quadro 35.

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Fonte: Banco Central (abri/2010) e Secretaria de Previdência Complementar (Estatística Mensal– Dez/2009)

Dívida Pública Brasileira: Quem detém os títulos?

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COMO SÃO DEFINIDAS AS TAXAS DE JUROS???Convidados à 36ª Reunião do Banco Central com analistas independentes

Fonte: Ofício 969.1/2009-BCB/Diret, de 25/11/2009 (nomes dos convidados) e pesquisas na internet (cargos).

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Queda da Taxa “Selic” não significa menos gastos com a dívida

• Em 2012, se gastou com a dívida R$ 45 bilhões a mais que em 2011.

• Em dezembro/2012, apenas 22,76% do estoque da Dívida Interna sob responsabilidade do Tesouro estavam

indexados à Selic.

• O custo médio da dívida interna em dezembro estava em 11,72% ao ano, muito mais que a Taxa Selic (7,25%).

• Exatamente quando o governo anuncia que a Taxa de Juros Selic está em queda, o Tesouro Nacional passa a emitir títulos da dívida pré-fixados, com taxas de juros bem

maiores que a Selic.

• Em 2012, apenas 4% do valor dos títulos emitidos foram indexados à Selic.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

CONHECIMENTO DA REALIDADE

MOBILIZAÇÃO SOCIAL CONSCIENTE

AÇOES CONCRETAS• Auditoria da Dívida Pública para

desmascarar o “Sistema da Dívida” e democratizar o conhecimento da realidade financeira

• Investigações pelo Ministério Público

• Rever a política monetária e fiscal para garantir distribuição da renda e justiça social

• Atender Direitos Humanos

• TRANSPARÊNCIA e acesso à VERDADE

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Grécia Irlanda França

Portugal Inglaterra Espanha

SAÍDA: AUDITORIA DA DÍVIDA E MOBILIZAÇÃO

Seguir o exemplo dos movimentos sociais europeus

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www.auditoriacidada.org.br