Visão Panorâmica do Livro dos Salmos

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Uma Vista Panormica dos Salmospor Brent Lewis

De todos os livros do Velho Testamento, nenhum tem mais significado para os cristos do que os Salmos. Uma mistura de louvor, agradecimento e lamentao, eles exprimem os mais profundos sentimentos do corao humano. Os cristos primitivos cantavam estes salmos em seus cultos de adorao. Esta literatura tem sido considerada como to necessria, que muitas das nossas edies impressas do Novo Testamento tambm contm os Salmos. Pessoas que nada sabem de Osias, Ezequiel ou Levtico tm alguma familiaridade com os Salmos. O ttulo hebreu para Salmos (sepher tehillim) significa "livro de louvores". Este um ttulo apropriado, uma vez que quase 20 dos salmos da coleo so puros salmos de louvor, e partes dos muitos outros so dedicadas adorao de Deus. As verses gregas levam os ttulos Psalmoi e Psalterios, de onde tiramos nossos ttulos Salmos e Saltrio. A nao judaica usava os Salmos tanto como um livro de oraes como um livro de cnticos. Os Salmos so de carter tanto histrico como devocional. Muitos acontecimentos da Histria so apresentados; a criao do homem (8:5), a aliana estabelecida com Abrao e seus descendentes (105:9-11), o sacerdcio de Melquisedeque (110:4), Isaque, Jac, Jos, Moiss e Aro (105:9-45), a libertao do Egito e a herana canania (78:13; 105:44). Muitos outros exemplos poderiam ser citados. Sem dvida, contudo, o valor permanente dos Salmos, atravs dos sculos, tem sido suas idias religiosas e devotas. Os Salmos so um templo e o Senhor Jeov reina supremo. Tudo neles louvor a Deus. O Senhor quer que vivamos com ele, e os Salmos salientam nossa devoo a ele. "O Senhor, tenho-o sempre minha presena; estando ele minha direita, no serei abalado" (Salmo 16:8). O homem devoto meditar em sua vontade, pois "seu prazer est na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" (Salmo 1:2). Deus quer nosso louvor. Ele se manifesta do cu e d grandes bnos. Tudo o que temos que fazer receb-las com braos abertos e coraes agradecidos. Vamos dar maior ateno aos Salmos. Neles, nos esperam ricos tesouros do grande depsito de Deus. Leia os artigos que se seguem e veja se voc no est estimulado a uma maior apreciao desta parte da revelao inspirada de Deus, e as vrias mensagens nela contidas. Creio firmemente que, quando lermos os Salmos, cada um de ns far a descoberta que Davi fez (e que, por sua vez, instou outros) quando escreveu: "Provai e vede que o SENHOR bom" (Salmo 34:8).

Os Salmos Penitenciais(Salmos 6, 37, 38, 51, 143)por Ralph Walker

Lendo (para esta tarefa) os escritos no dirio de Davi, que descrevem suas lutas com o pecado, descobri duas coisas. Primeiro, senti uma atitude diante do pecado que no me familiar. Segundo, vi um padro de pensamento emergir dos vrios textos (Salmos 6, 37, 38, 51, 143). A atitude de Davi diante do pecado Ironicamente, como pecador que vejo claramente Davi como um "homem segundo o prprio corao de Deus." Se o corao de Deus a pura santidade, ento essa mesma santidade dirige Davi. Quando, em sua iniqidade, a repugnncia de Davi ao que ele se tornou salta aos olhos. Nem desculpas, nem justificativas, nem incriminaes; s um absoluto esmagamento pela tristeza e a culpa. Davi sabe que sua rebelio afastou-o de Deus. Ele admite que est perecendo e no pode fazer nada pessoalmente para reverter seu perigo. No fale a Davi sobre uma "pequena impiedade"; este conceito lhe estranho, como o a seu Deus! Se um verdadeiro entendimento de santidade e pecado define o corao divino, vejo Davi repousando nos aposentos interiores do corao de Deus. O padro da penitncia Ainda que todos os passos que eu discuto aqui no sejam encontrados em cada salmo examinado, vejo repetio suficiente para chamar a isto um padro. Confisso. Confisso significa "falar a mesma coisa". Ao confessar o pecado, dizemos sobre ele a mesma coisa que Deus diz dele. Dav enftico em suas confisses: seu pecado sua morte. Ele se refere a debilitar-se fisicamente, a ausncia de paz de esprito, a proliferao dos inimigos externos, o isolamento total da presena de Deus. Ele no tem iluso de que Deus possa talvez ter deixado de ver sua desobedincia, ou que ele possa utilizar um padro de julgamento sem rigor e aprov-lo mesmo assim. Ele decepcionou ao Senhor e est arrasado por isso. Quando releio a descrio de seu pecado, por Davi, dou-me conta que realmente no conheo esta profundidade de sentimento. No me recordo de ser to esmagado em esprito como foi Davi, quando ele pecou. No posso desculpar isso baseado em que no fiz nada para merecer um esmagamento semelhante. Pecado pecado, e meus pecados so to mortais para minha alma como os dele foram para ele. Ah, se eu pudesse ver o pecado como Davi e Deus o vem! Se Deus me ajudar, verei. No somente Davi confessa sua pecaminosidade, mas confessa tambm dois fatos sobre Deus. Primeiro, ele admite que Deus justo. Ainda que Davi esteja sofrendo tremendamente nas mos deste Deus, ele reconhece que isso merecido. Deus, como Juiz e Carcereiro, justo, e Davi no algum encarcerado indevidamente, como ele o v. Quando o salmista roga pela libertao da punio e da dor, na base da justia de Deus; ele pagou o preo, aprendeu suas lies e pede absolvio. Ele at se vale da justia de Deus como o apoio de que precisa para recuperar seu favor. Segundo, Davi confessa a amorosa bondade de Deus. Parece estranho que um homem, sendo assim esmagado por Deus, esteja elogiando seu amor. Ainda que pais freqentemente falem de amor e punio na mesma frase ("Porque eu te amo, estou te batendo"), nenhuma criana sob o castigo associaria estas palavras uma a outra como Davi o faz. Davi sabe que Deus o ama. Este o nico raio de esperana em toda sua escurido. Como o Salmo 130:3 o mostra, se Deus no amar, quem permanecer?

Petio. Depois de confessar seu pecado, a justia de Deus e o amor de Deus, Davi faz os seguintes pedidos: "Limpa-me do pecado." Obviamente, se o pecado o que o separa de Deus, ele quer que ele seja removido. Este desejo vem somente depois que ele confessa claramente e tristemente o que fez de errado. O perdo no conseguido onde no tenha sido buscado. "Purifica-me para o servio." Davi quer ser servo de Deus novamente. Em 51:13 ele espera pelo tempo quando puder ajudar outros a se converterem ao seu Deus. Se Deus precisar de motivao para libertar Davi do seu castigo, aqui est ela. O penitente deseja voltar ao servio do seu Mestre. Davi tambm deseja a pureza que o capacitar a adorar efetivamente (51:14-15). Estou admirado com santos que honraro Jeov publicamente durante anos e ento so expostos em algum pecado que o acompanha h muito tempo. Davi respeita e conhece Deus bem demais para tentar um tal jogo. Deus no pode ser enganado! Estes salmos penitenciais mostram-me mais sobre meu pecado do que s vezes quero saber. Mais do que isso, revelam um Deus digno de que abandonemos tudo que este velho mundo tem para oferecer, s para aquecermo-nos em seu amor. Selah.

Os Salmos Imprecativospor David Holder

(Vrios, Veja Abaixo)

Culto domingo de manh. O irmo Carlos dirigir nossa primeira orao (depois de dois hinos, naturalmente!). Cantamos sobre o amor de Deus e sobre nosso amor ao prximo. O irmo Carlos ora: " Senhor, h pessoas mpias no mundo, e a sua impiedade s vezes insulta, fere, e ameaa os justos. Deus, quebre-lhes os dentes na boca; arranque-lhes as presas de leo, Senhor. Destrua-os em ira, destrua-os para que no existam mais. Que seus olhos fiquem escurecidos, para que no possam ver, e faa com que seus lombos tremam continuamente. Que sejam apagados do livro dos vivos e que no possam ser registrados com os justos. Que brasas vivas caiam sobre eles; que sejam atirados no fogo, em covas profundas das quais no possam sair." Depois que a congregao se recupera, esta , provavelmente, uma boa hora para uma lio sobre os "salmos imprecatrios". Os adoradores poderiam ficar chocados ao saberem que o irmo Carlos expressou sentimentos tirados diretamente de diversos Salmos (58:6; 59:13; 69:23,28; 109:9,13; 140:10). O assunto da conversa aps o culto daquele dia seria, obviamente, a linguagem chocante da orao do irmo Carlos, e se ele estava certo em orar deste modo sobre os mpios. Estas imprecaes ou maldies empregam linguagem veemente e violenta contra os inimigos e os malfeitores. Tais expresses so freqentes em vrios Salmos (35, 58, 59, 69, 83, 109, 137, 140) e em comentrios breves (5:10, 10:15, 17:13; 54:5, 55:9, 139:19, etc.). Somos ajudados no entender esta linguagem rude conhecendo as categorias dos justos e dos mpios que dominam os Salmos, categorias distintas desde mesmo o primeiro Salmo: "Bem-aventurado o homem . . . [cujo] prazer est na lei do Senhor . . . Ele como rvore plantada junto a corrente de guas . . . Os mpios no so assim; so, porm, como a palha que o vento dispersa." Os mpios, os malfeitores e os inimigos so proeminentes atravs dos Salmos (veja 10:1-10 e 36:1-4 para descries mais longas). Eles so maus, enganadores, orgulhosos, violentos, cruis, etc. Eles oprimem, ameaam, agridem, perseguem, como tambm agem maliciosamente contra indivduos, a nao e Deus. Os salmistas estavam, obviamente, no mundo real, vendo com seus prprios olhos e algumas vezes experimentando em suas prprias vidas as injustias, crueldades e violncia que essas pessoas fazem a outros seres humanos. Os salmistas estavam enfurecidos e suas almas inflamadas at o ponto de uma justa reao contra o mal. A congregao tambm ajudada reconhecendo que os salmistas geralmente so cuidadosos em tomar o ponto de vista de Deus, nestes assuntos: "No aborreo eu, Senhor, os que te aborrecem? E no abomino os que contra ti se levantam? Aborreo-os com dio consumado; para mim so inimigos de fato" (139:21-22). No s uma afronta pessoal que enfurece os salmistas, mas seu entendimento de que tal impiedade uma afronta a Deus e a eles, em sua busca de Deus. E mais ainda, os cristos deveriam perceber que, como na linguagem da orao do irmo Carlos, a linguagem da maioria dos Salmos imprecativos dirigida a Deus. Os salmistas apelam para Deus para ativar as maldies adequadas em conseqncia das palavras e dos atos mpios. Sem dvida, os salmistas suportaram pessoalmente o impacto do mal em muitas situaes, mas eram cuidadosos em deixar a vingana nas mos de Deus (Salmo 94:1-7). Eles no se envergonhavam de expressar seus sentimentos de medo, mgoa e clera, mas por outro lado no tomaram as situaes em suas prprias mos. Os cristos precisam ser persistentes na orao pelos nossos inimigos, recusando tomar vingana pessoal, e pagando o mal com o bem (Mateus 5:38-48; Romanos 12:14, 17, 19-21). Mas o irmo Carlos estava certo em orar como o fez, se a orao no surgisse da ira pessoal (1

Corntios 16:22, 1 Timteo 1:20). Deveremos ficar ofendidos e indignados com o mal do mundo e os malfeitores. No ousamos minimiz-los levianamente ou pensar que no importa. H algumas pessoas e algumas aes que so to espalhafatosamente ms, to flagrantemente contra Deus e o contra o bem que temos que reagir com justia. Oramos para que os mpios possam conhecer Jesus e seu amor; oramos para que eles procurem seu perdo e justia. Ao mesmo tempo, oramos por justia, honra e verdade. Oramos para que o mal seja diminudo e vencido (Apocalipse 6:12-17; 14:9-12; 16:4-7; 18:1-19:7), para que cada joelho se dobre diante de Jesus e cada lngua confesse que Jesus Cristo o Senhor, para glria de Deus Pai (Filipenses 3:9-11).

Os Salmos dos Degraus ou das Subidaspor David Posey

(Salmos 120-134)

Os Salmos 120-134 formam um pequeno livreto, um saltrio dentro do Saltrio, que poderia ser intitulado: "No h nenhum lugar como o lar." Mas o lar onde o corao est, e o corao dos verdadeiros adoradores est sempre no lar do Pai celestial. Cada um destes Salmos tem semelhantemente o ttulo de "Cntico de romagem" ou "Cntico das Subidas," mas o significado de "subidas" no bvio. Pode ser uma progresso gradual, ou "subida," em cada um destes Salmos; ou, baseado numa nota do Talmude, que os quinze "cnticos das subidas" correspondem aos quinze degraus do Templo, a idia pode ser de que cada um dos Salmos represente um degrau elevando ao Tribunal dos Homens; ou ainda, poderiam ser cnticos sobre "subir" do cativeiro da Babilnia para Jerusalm (veja Esdras 7:9). Provavelmente, estes cnticos foram cantados por "peregrinos" subindo para Jerusalm, para uma das festas. Vem lembrana o Salmo 84, quando os Filhos de Cor cantam: "Quo amveis so os teus tabernculos, Senhor dos Exrcitos!" O salmista ali est longe da casa de Deus, com muitas saudades dos "trios do Senhor." Sua atitude : "Bem-aventurado o homem cuja fora est em ti, em cujo corao se encontram os caminhos aplanados" (84:5). Estes quinze Salmos amplificam o tema dos peregrinos saudosos dos ptios de Deus. H um desejo intenso por parte dos "sem lar" de estarem "na Casa do Senhor" (134:1), porque onde mora o Senhor (132:14). Portanto, o salmista est alegre "quando me disseram: Vamos Casa do Senhor" (122:1). Mas, antes que pudessem permanecer na casa de Deus, eles tinham que fazer uma viagem, uma viagem cheia de perigos e armadilhas. Esta viagem ficava deprimente, s vezes: "A nossa alma est saturada do escrnio dos que esto sua vontade e do desprezo dos soberbos" (123:4). Mas continuavam caminhando, sabendo que: "O nosso socorro est em o nome do Senhor, criador do cu e da terra" (124:8). Cerca do ano 125 d.C., Aristides escreveu numa carta a um amigo, "Se qualquer homem justo entre os cristos passa deste mundo, eles se regozijam e oferecem graas a Deus, e acompanham o seu corpo com cnticos de agradecimento, como se ele estivesse partindo de um lugar para outro prximo." Mas precisamos fazer peregrinao antes de ficarmos permanentemente na casa do Senhor. Ns, tambm, precisamos acampar "em Meseque" e habitar "nas tendas de Quedar"! (120:5). Ficamos desiludidos com este mundo e repetimos as palavras daqueles que esto cansados dos lbios mentirosos e da lngua enganadora (120:2), fartos de morar tanto tempo com aqueles que odeiam a paz (120:6), enjoados das atitudes arrogantes daqueles que so demasiadamente orgulhosos para confiar em Deus (123:4); exaustos de "sendas tortuosas" (125:5). Ns, tambm estamos acostumados a perguntar: "De onde me vir o socorro?" A resposta: "Do Senhor, que fez o cu e a terra" (121:1-2). Tentaes e provaes so a sina dos moradores da terra. Mas para aqueles cujos coraes esto postos na peregrinao, estas mudanas induzemnos a concentrar nossa ateno diretamente no Senhor que fez o cu e a terra. Assim, aguardamos o Senhor e temos esperana no Senhor e em sua palavra (130:5, 6), e gozamos a vida simples de um peregrino (131:13). Um esprito quieto e calmo prevalece, porque, apesar do tumulto nossa volta, Deus ainda est no cu. Ento: "Entremos na sua morada, adoremos ante estrado de seus ps" (132:7).

Pagamos o preo por nos tornarmos estrangeiros na terra, mas podemos gozar o preo porque sabemos que grandes cousas o Senhor tem feito; "por isso, estamos alegres" (126:3). Semeamos em lgrimas aqui, mas colheremos em alegria. "Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltar com jbilo, trazendo os seus feixes" (126:6). Nosso propsito, aqui, semear, s vezes em lgrimas. A colheita vir mais tarde. Mas o saber que colheremos alegranos agora. Por isso mesmo agora podemos saborear um pouco do que estaremos fazendo em toda a eternidade: estar "na Casa do Senhor", erguer nossas "mos para o santurio", e bendizer ao Senhor (134:1-2).

Os Salmos de Aleluia(Salmos 113-118)por Melvin D. Curry

As duas categorias principais dos Salmos so os de louvor e os de lamento, e os de aleluia representam a forma mais pura do primeiro grupo. Aleluia uma transliterao de uma frase em hebraico que significa "louve o Senhor (I)". Nos Salmos 146-150, cada Salmo comea e termina com esta frase, marcando claramente o grupo como Salmos de aleluia. O Salmo 115 se ajusta a este padro; contudo, as linhas de demarcao nos Salmos 114 e 118 no incluem a expresso "louve o Senhor", e os Salmos 115-117 colocam-na no fim. Na traduo grega (LXX) do Velho Testamento, a frase final "louve o Senhor" (113:9; 115:18; 116:19; 117:2) est mudada para o princpio de cada salmo que se segue, fazendo com que todos, exceto o Salmo 115 comecem com "aleluia". Por isso, o grupo chamado "salmos de Aleluia". Podemos ler os salmos de louvor, especialmente os salmos de aleluia, com mais compreenso, se conhecermos as coisas que devemos observar. Primeiro, um padro bsico em trs partes geralmente emerge: um chamado a louvar, razes porque Deus dever ser louvado, e mais outros chamados a louvar. Por exemplo, note como o Salmo 117, o menor salmo (captulo) na Bblia, se ajusta a este padro. Contudo, se o padro, em parte ou no total, no bvio, no h razo para classificar um salmo como um salmo de louvor. melhor, portanto, chamar o Salmo 114 de salmo histrico e classificar o Salmo 118 como um salmo de agradecimento. Segundo, quando se l salmos de louvor, notam-se duas razes para louvar a Deus: por quem ele (descrio), e pelo que ele faz ou tem feito (declarao). Na primeira categoria, ele est "acima de todas as naes, e a sua glria, acima dos cus" (113:4). Na segunda categoria: "Ele ergue do p o desvalido e do monturo, o necessitado; para o assentar ao lado dos prncipes . . . do seu povo" (113:7-8). Ele "faz que a mulher estril viva em famlia e seja alegre me de filhos" (113:9); ele "converteu a rocha em lenol de gua" (114:8); ele "fez os cus e a terra" e deu a terra "aos filhos dos homens" (115:15-16); "em meio tribulao, invoquei o Senhor, e o Senhor me ouviu e me deu folga" (118:5); "O Senhor a minha fora e o meu cntico, porque ele me salvou" (118:14). Observe como a descrio de Deus e a declarao do que ele tem feito d o ponto central do Salmo 113: "Quem h semelhante ao Senhor, nosso Deus, cujo trono est nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no cu e sobre a terra?" (113:5-6). Terceiro, a linguagem figurada abunda nos salmos de louvor. O exemplo mais bvio disso no grupo que estamos estudando a personificao, uma figura na qual as coisas inanimadas so dadas caractersticas de seres vivos. "O mar viu isso e fugiu; o Jordo tornou atrs. Os montes saltaram como carneiros, e as colinas, como cordeiros do rebanho" (Salmo 114:3-4). Os Salmos 113-118 so salmos "rfos;" eles no tm autor indicado. Muitos salmos tm cabealhos que do informaes sobre autoria, ambiente histrico, melodia, funo, etc., mas estes no. Portanto, quando no h cabealho, deve-se depender do contexto do salmo para revelar tais assuntos. Para citar um exemplo, o ambiente histrico do Salmo 114 o xodo: "quando saiu Israel do Egito, e a casa de Jac, do meio de um povo de lngua estranha, Jud se tornou o seu santurio, e Israel, o seu domnio" (114:1-2). A tradio judaica sugere que os Salmos 113-118 eram cantados na Pscoa. Os Salmos 113 e 114 eram cantados antes da refeio da Pscoa; os Salmos 115-118, depois. O Salmo 136, o Grande Hallel, era cantado no ponto mais alto da festa. Esta prtica pode ser refletida na ao de Jesus e de seus discpulos: "E, tendo cantado um hino, saram para o monte das Oliveiras" (Mateus 26:30). Certamente, nossa prtica de cantar um hino antes da Ceia do Senhor recomendvel. Acrescentar um hino depois seria ainda melhor. Talvez seis cnticos de Aleluia no fossem demais.

Os Salmos de Histriapor C.G. "Colly" Caldwell

A Histria envolve experincia. O que eu fiz, aonde fui, o que os outros fizeram comigo, para mim e contra mim, tudo est alojado em minha mente. parte da minha vida. A Histria envolve educao. O que cheguei a saber sobre o passado de meus antecessores, nas escolas que freqentei e na escola da observao tambm significativo para meu entendimento e para o que fao agora. A Histria avaliao. O que cheguei a discernir a meu respeito e de outros, entre todos aqueles eventos que confiei memria, parte de como eu raciocino. , portanto, importante com respeito a quem eu sou. A memria uma maravilhosa bno de Deus. A mente humana contm o potencial para armazenar e relembrar vastas bibliotecas de informaes recolhidas da experincia, educao e avaliao. Quando a capacidade de recordar retirada de um homem, suas aes so dificultadas e seu raciocnio prejudicado. por isto que tememos as doenas de perda da memria associadas com o envelhecimento. Deus usou a Histria, e a memria de Israel desta Histria, para motivar seu povo a louv-lo e viver justamente. Ele fez com que Moiss e Josu recordassem os grandes feitos que ele tinha realizado. As crnicas de seus reis identificaram os pecados de seus dirigentes e a degradao do povo, que se seguiu. Mais tarde, ele trouxe o seu passado memria, na pregao de Pedro e Estvo. Nos Salmos, grandes relatrios extensos das obras de Deus so apresentados nos captulos 78, 105, 106, 135 e 136. Outra informao histrica registrada em captulos como 77, 89, 132 e numerosos outros que s vezes elaboram um nico acontecimento. Os primeiros oito versculos do Salmo 78 do as razes bsicas para os lembretes de Deus da Histria do povo de Israel. O salmista chamou ao povo que desse ouvidos aos "enigmas dos tempos antigos", ao "que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais". Ento ele disse: "No o encobriremos a seus filhos, contaremos vindoura gerao os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez." Por que contar aos filhos? Para que a gerao futura possa saber Deus tinha dado uma lei a Israel. Essa lei no era s para uma gerao. Aqueles que a receberam deveriam pass-la adiante para seus filhos, que a passariam aos seus netos que ainda iriam nascer. As geraes futuras no louvaro a Deus se no lhes impressionarmos com o "poder" e as "maravilhas" de Deus. Nossos filhos precisam ouvir aqueles mesmos "enigmas dos tempos antigos" e aprender a louvar corretamente o Senhor, tanto na adorao como na vida (Deuteronmio 6:6-9; 11:19-21; Efsios 6:4; 2 Timteo 3:15). Pais e professores da Bblia fazem grandes coisas quando informam os filhos como Deus libertou os israelitas do Egito, alimentou-os no deserto, puniu-os por seus pecados, livrou-os dos seus inimigos e conduziu-os ao Monte Sio (Salmo 78:9-72). Eles precisam primeiro conhecer!

Para que possam depositar sua esperana em Deus Quando as obras de Deus esto to profundamente entranhadas para se tornarem intrnsecas ao pensamento de uma mente jovem, essa pessoa colocar sua esperana em Deus. Deus quer que conheamos o que ele tem feito para que possamos contar com ele, confiar nele e esperar que ele nos leve bno eterna. Uma meta precisa ser posta diante de ns. A confiana precisa ser conseguida. Nada faz isso melhor do que ouvir como Deus cumpriu suas promessas

nos dias da antigidade. Os desafios eram grandes. Compromissos foram cumpridos. Os votos e juramentos de Deus foram cumpridos por seu poder e sua justia. Para que possam guardar seus mandamentos Contudo, saber e esperar no o bastante. Temos que ser fiis a Deus e guardar seus mandamentos (Mateus 7:21). Temos que aprender, no somente com Deus, mas com as geraes obstinadas e rebeldes do passado, cujos coraes no foram corrigidos "e cujo esprito no foi fiel a Deus". A Histria no est includa na literatura da sabedoria do livro de Deus simplesmente por amor Histria. Deus no registrou estes feitos do passado para o discpulo meditar sobre eles, sem propsito. Nem eram para serem cantados por divertimento. So antes padres para nossa prpria salvao e relao com a vida espiritual. Eles nos convidam a um maior amor e apreciao de Deus e atravs disso a um servio maior.

Os Salmos Messinicos (1)por L. A. Stauffer

(Vrios)

Os poetas hebreus incluam os salmistas que compuseram cnticos de Israel, contendo gritos de adversidade e tragdia, hinos de triunfo e vitria, e confisses de pecado e arrependimento. Eles cantaram louvores a Jeov, exaltaram a Histria da nao, invocaram a vingana de Deus contra os malfeitores, e clamaram pelo socorro do Senhor em tempos de angstia. Mas, alm das letras, da composio e execues musicais, os salmistas recebiam discernimento da natureza, da vida e do papel do Messias que haveria de vir. Estes poetas eram, s vezes, profetas que, sendo dirigidos pelo Esprito de Deus, contemplavam uma poca ideal de domnio messinico (Atos 1:16; 2:30). "Messias" corresponde ao hebraico ou aramaico para "Cristo", que por sua vez se traduz do grego como "o ungido". Alguma forma da palavra usada vrias vezes nos Salmos para descrever a natureza do futuro guia de Israel. Os salmistas, no papel de profetas, retratam o futuro Messias to vividamente como quaisquer outros escritores do Velho Testamento, com a possvel exceo de Isaas. Eles cantam sua eterna existncia, linhagem e humanidade, vida de adversidade, e morte, ressurreio, coroao e domnio direita de Deus. Pr-existncia Dois salmistas aludem eterna existncia e divindade do futuro rei. Davi abre o Salmo 110: "Disse o Senhor ao meu senhor: Assenta-te minha direita" (110:1). Em confronto com os fariseus, Jesus, o prprio Messias, apela para este salmo para provar sua natureza eterna. Ele mais do que um descendente de Davi, porque neste Salmo Davi o chamou: "Senhor". Como Jesus argumenta: "Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como ele seu filho?" (Mateus 22:42-46). Muito antes que ele se tornasse filho de Davi na carne, o Messias, como Deus, era o Senhor de Davi. Ele especialmente identificado como Deus pelos filhos de Cor, que cantam sobre sua uno por Jeov: "O teu trono, Deus, para todo o sempre" (Salmo 45:6; Hebreus 1:8). Encarnao Entretanto o Ungido se tornou carne. Jeov, que ungiu e exaltou o prncipe que viria, tinha feito uma aliana com Davi: "Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de gerao em gerao" e "um rebento da tua carne farei subir para o teu trono" (Salmo 89:3-4; 132:11; Atos 2:30). "O Senhor", " Deus" o Messias seria tambm o filho de Davi; Ele habitaria temporariamente na carne, seria nascido de uma mulher, tornaria-se um participante de carne e sangue com os cidados do reino (veja Joo 1:14; Glatas 4:4; Hebreus 2:14). O Senhor de Davi iria tornar-se filho de Davi, nascido da tribo de Jud e da casa de Davi. Quando ungiu Jesus para ser o Messias, Jeov cumpriu sua aliana com Davi para estabelecer sua semente e trono para sempre (veja Salmo 89:20, 29, 34-37; Mateus 1:1-17; Lucas 1:31-33). Vida Os salmistas tambm cantam a vida do Messias, uma vida de adversidade. As naes se enfureceriam contra ele, uma descrio das provaes diante de Herodes e Pilatos na qual o povo clamava por sua morte (Salmo 2:1-3; Atos 4:25-28). Mesmo esta tragdia excedida pela traio de um discpulo, um que o Messias tinha escolhido para ser um conservo, um que ele tinha trazido para seu seio, um que se reclinava sua mesa. Anos antes, um salmista afirma a traio nas palavras do prprio Ungido: "At o meu amigo ntimo, em quem eu confiava, que comia do meu po, levantou contra mim o calcanhar" (Salmo

41:9). Jesus declara o cumprimento disto na "ltima ceia", quando ele ensopa um bocado com Judas, e o filho de Iscariotes se afasta da mesa e sai depressa no escuro, para vender seu Senhor por trinta peas de prata (veja Joo 13:18,26,27). Morte A mxima tragdia da vida, retratada pelo salmista, o grito angustiado do Messias, quando abandonado por Deus: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" O Ungido de Deus v-se como um verme e no homem; ele ridicularizado quando o povo estende os beios e balana suas cabeas; a angstia est prxima e ele no encontra ningum para o socorrer (Salmo 22:1,6,7,11; veja Mateus 27:46). Abandonado e entregue aos homens perversos pela determinada resoluo e prescincia de Deus, o Messias levado para o "p da morte". Ele cercado por fortes touros que abriram para ele suas bocas, como leo voraz; sua vida derramada como gua, seus ossos esto desconjuntados, seu corao derrete dentro dele, sua fora se secou como um caco e sua lngua adere a sua boca. Seus inimigos furaram suas mos e ps, repartiram suas vestes e lanaram sortes sobre sua tnica (veja Salmo 22:12-18; veja Mateus 27:35). Entretanto, o Messias tem a viso do Deus que o abandonou sempre sua direita; nele encontra segurana e se regozija porque sua alma no deixada na morte e sua carne no v corrupo. Alm do sofrimento e morte o ungido de Deus vive, reina, intercede pelo homem; retratos a serem vistos no prximo artigo.

Os Salmos Messinicos (2)(Vrios)por L. A. Stauffer

Cnticos de Sio, escritos e compostos por salmistas sobre o Messias, so cnticos de esperana. Os cantores escreveram e cantaram a tragdia, a rejeio e a morte do Ungido de Deus, porm no o desespero. Alm do "p da morte" esto as expectativas de um rei triunfante que ser um sacerdote sobre seu trono. Esperana e Ressurreio Os salmistas viram a alma do Messias partir para o reino invisvel do Sheol e sua carne descer sepultura. Mas nem seu esprito, nem seu corpo permaneceriam entre os mortos (Salmo 16:10). Os salmistas tambm viram o Ungido rejeitado por seus pares, como uma pedra inadequada, rejeitada pelos construtores; entretanto, uma pedra que se tornou a principal pedra angular uma fundao para a casa espiritual de Deus e uma rocha de ofensa que esmaga at o p os desobedientes (Salmo 118:22-23; Mateus 21:42, 44; 1 Pedro 2:4-7). Enquanto as naes, com seus governantes, se enfurecem contra o Messias, bradando por sua morte, Jeov ri deles. Apesar da sentena de morte e da execuo do Ungido, Deus o assenta em seu santo monte de Sio (Salmo 2:1-6). A esperana dos salmistas encontra cumprimento na ressurreio do Santo de Deus. O apstolo Pedro, no Pentecostes, apela para os Filhos de Cor, que cantaram a ressurreio, que nem foi deixado na morte, nem a sua carne viu a corrupo (Salmo 16:10; Atos 2:27-31). O apstolo Paulo cita o mesmo salmo em Antioquia da Pisdia, para afirmar a ressurreio de Jesus, mas tambm chama Davi a testemunhar: "como tambm est escrito no Salmo segundo: Tu s meu Filho, eu, hoje, te gerei" (Salmo 2:7; Atos 13:33-37). Ascenso e Reinado Alm da ressurreio, os cantores de Israel tm a viso do reinado do Messias. Os salmistas, contudo, no o vem como um domnio na terra, mas mo direita de Deus. Jeov fala ao Senhor de Davi, o Messias e o rei que viria, sobre seu domnio no cu: "Assenta-te minha direita, at que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus ps" (Salmo 110:1) Pedro emprega estas palavras de Davi para descrever a ascenso de Jesus aos cus, direita de Jeov. Ali, o apstolo conclui, ele foi feito "Senhor e Cristo" (Atos 2:33-36). E Deus, do trono celestial, envia o cetro da sua fora e o Senhor domina no meio de seus inimigos. Ali, direita de Deus, o ungido fere os reis "no dia da sua ira" (Salmo 110:5). As naes se tornam a herana do Messias e as mais distantes partes da terra sua possesso. Ele domina com o cetro de ferro e quebra as naes e as despedaa como um vaso de oleiro (Salmo 2:7-9). O cu o trono do Ungido atravs das eras, um cumprimento da promessa e aliana com Davi, de que um descendente dele se sentaria em seu trono para sempre (Salmo 89:3-4; 132:11). No final, o Messias nasceu e ressuscitou dos mortos. O Filho do Altssimo, proclamou Gabriel no seu nascimento, receber o trono de seu pai Davi, reinar sobre a casa de Jac para sempre, e seu reinado no ter fim (Lucas 1:31-33). Isto Deus cumpriu, de acordo com Pedro, quando elevou-o sua direita, muito acima dos principados, potestades e domnios (Atos 2:30-36; veja Efsios 1:20-21). Sacerdote e Intercesso Davi, o doce cantor de Israel, prev, como o faz o profeta Zacarias, o rei como um sacerdote em seu trono: "O Senhor jurou e no se arrepender: Tu s sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque" (Salmo 110:4; veja Zacarias 6:12-13)

Ele um sacerdote que, primeiro de tudo, tinha a si mesmo para oferecer. Quando Jeov rejeitou os sacrifcios e no tinha mais prazer em oferendas queimadas, o Messias foi o voluntrio: "Eis aqui estou . . . agrada-me fazer a tua vontade, Deus meu. . . ." (Salmo 40:7-8). Jeov preparoulhe um corpo no qual ele foi oferecido, de "uma vez por todas" pelos pecados do mundo (veja Hebreus 10:5-10; 9:23-26). E, como um "sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque", seu sacerdcio "imutvel", baseado no poder de uma vida "indissolvel"; ele vive "sempre para interceder" pelos santos (Hebreus 7:17, 24-25). Os salmos messinicos abrangem as eras eternais, vendo o Ungido como Deus que se tornou homem, como homem que foi tragicamente rejeitado e morto e como Senhor que foi exaltado aos cus de onde veio. Ali, como rei e sacerdote, ele consuma o plano de Jeov para as eras. Que histria! Que Salvador! E quo lindamente contada nos versos e composies dos antigos cantores em Israel.

Os Salmos "Oni"(Salmos 139, 147)por Don Truex

Fiquei aliviado ao saber que minha tarefa era descrever as caractersticas "Oni" de Deus, e no explic-las. Neste assunto, tenho que concordar com Davi, que confessou que "Tal conhecimento maravilhoso demais para mim: sobremodo elevado, no o posso atingir" (Salmo 139:6). De fato, o conhecimento destes detalhes no somente ultrapassa nossa compreenso, mas nossa

imaginao tambm. Alm do mais, no temos padro humano pelo qual medir suas divinas caractersticas. Mas, agora, a descrio algo que Davi faz lindamente. A humanidade pareceria ser demais para qualquer deus, ou panteo de deuses, manobrar. Mas Davi, no Salmo 139, encontrou Jeov, o Deus nico e Verdadeiro. Davi encontrou-o, no no fundo de sua imaginao, mas no trabalho, cuidando muito de sua criao, compartilhando sua vontade e palavra, sondando cada pensamento e ao, e intervindo benevolentemente em nossas vidas. Ele, e somente ele, o Deus do poder, do conhecimento e da presena. "Tu me sondas e me conheces" A maioria de ns temos que confessar francamente que raro nos vermos honestamente. Mas Deus v. Ele nos conhece completamente. Ele o primeiro a dizer "Bom dia", quando nos levantamos e o primeiro a perscrutar nossa atividade durante o dia: "Sabes quando me assento e quando me levanto . . . Esquadrinhas o meu andar . . . e conheces todos os meus caminhos" (139:2,3). Ele sabe o que pretendemos dizer, o que de fato dizemos, o que desejaramos ter dito, e o que pensamos sobre dizer: "Ainda a palavra me no chegou lngua, e tu, Senhor, j a conheces toda" (139:4). E note como o salmista torna pessoal esta doutrina: "Sabes quando me assento e quando me levanto . . . todos os meus caminhos". A criao o mais grandioso experimento de Deus e a humanidade sua maior obra. Como um criador e sustentador bondoso e justo, ele tem conhecimento do mais minucioso pormenor de nossas vidas. "Para onde fugirei da tua face?" No simplesmente que Deus nos conhea, mas ele sempre nosso companheiro e benfeitor. Sua presena no para ser evitada (e por que os homens justos quereriam isso?), "pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos" (Atos 17:28). Altura, profundidade, velocidade, trevas, luz; nenhuma suficiente para nos esconder da presena de Deus. Isto no para retratar o Pai como um policial csmico, observando cada movimento de cada criatura, ansioso para saltar com prazer sobre nossas faltas. Sua presena principalmente para nosso bem. Que maravilhosa segurana para seus filhos, que, no importa o tempo ou o lugar, a "me haver de guiar a tua mo, e a tua destra me suster" (139:10). Talvez seja isto o que faz do pecado o crime hediondo que . Ele no cometido no segredo que ingenuamente pensamos que a escurido oferece. O pecado uma afronta ao Todo-poderoso e sua face. traio da mais alta ordem, cometida aos prprios ps de seu trono. E assim, ele pergunta: "Ocultar-se-ia algum em esconderijos, que eu no o veja diz o Senhor; porventura, no encho eu os cus e a terra?" (Jeremias 23:24). "Por modo assombrosamente maravilhoso me formaste" Os homens esto estupefatos pelas ltimas inovaes da tecnologia de computadores, mdicas ou cientficas. Entretanto, tudo isso plido em comparao com a capacidade e poder inigualvel de criar e sustentar. Maravilhamo-nos porque, pelo engenho humano, somos capazes de fundir juntos os elementos necessrios para animar um rob, enquanto ignoramos freqentemente a mo onipotente de Jeov, que "me teceste no seio de minha me" (139:13). Ele "bordou" ou "teceu" juntos veias e tendes, msculos e nervos. a verdade que somos formados "por um pouco, menor que os anjos". Porm, somos coroados "de glria e de honra" (Hebreus 2:7). Reflita na sabedoria e poder que entrou na criao de seu corao, o amor e a bondade empregados no projeto de seus olhos, a benevolente reproduo de um pedacinho de seu Pai ao lhe dar uma alma. fcil de entender a admirao de Davi. "Sonda-me, Deus, e conhece o meu corao" A oniscincia, onipresena e onipotncia de nosso Pai deveria evocar naturalmente uma justa resposta. Tivesse ele assim determinado, Deus poderia ter usado essas espantosas

caractersticas em nosso prejuzo antes que em nosso benefcio. Como adequado, como absolutamente apropriado, que Davi e ns a sua semelhana d a Deus a mo livre que ele deseja para ajudar-nos no "caminho eterno", e o corao humilde e obediente, necessrio para assim fazer.

Os Salmos da Criao(Salmos 8, 33)por Dan Petty

Salmo 33: Louvando a Deus como Criador e Soberano Este hino triunfante abre com um chamado aos santos do Senhor para dar louvor a ele pela sua palavra e obra (33:1-4). Eles devem usar todos os meios de expresso possveis e ador-lo com jbilo (33:3). De tal adorao digno algum que retratado por tais qualidades morais como, "fidelidade", "retido", "justia" e "bondade" (33:4-5). Saber que tudo o que existe veio a ser criado do nada pela ordem de Deus ser confrontado

com a pura criao, e s por isso que Deus merece todo o louvor (Salmo 148:5; Hebreus 11:3). Em linguagem figurada, o salmista descreve a obra criadora de Deus fazendo os oceanos, to sem esforo como algum encheria um jarro com gua ou um depsito de gua num "reservatrio" (33:7; Gnesis 1:9-10). Ele simplesmente "falou, e tudo se fez" (33:9). Portanto, todos os habitantes da terra deveriam estar cheios de reverncia e temor de sua poderosa fora (33:8). Deus mais para sua criao do que seu Criador. Ele tambm o rei soberano, dominando todos os negcios dos homens. Povos e naes e sua sabedoria ou servem os propsitos imutveis de Deus ou acabam em nada (33:10-12; veja Isaas 44:25-28; 45:4-13). Mas ele abenoa a nao que o serve. Esta verdade baseada no fato que Deus v toda a atividade humana e, sendo o Criador dos homens, entende todos os planos e motivos humanos (33:13-15). Tal percepo deveria lembrar-nos de que, como Deus nosso Criador, ele tambm aquele que julga at "os pensamentos e propsitos do corao" (Hebreus 4:12-13). Nada pode salvar um homem ou uma nao, nem mesmo um poderoso exrcito ou grande fora (33:16-17), fora de Deus. Mas para aqueles que temem a Deus e confiam nele, ele "nosso auxlio e escudo" (33:18-22), e louvamos nosso Criador como um Deus de benevolncia. Salmo 8: O Que o Homem? " Senhor, Senhor nosso, quo magnfico em toda a terra o teu nome!" Assim comea e termina o Salmo 8, o cntico de Davi em louvor a Jeov. Esta declarao de abertura e fechamento o tema principal do salmo, e Davi v a evidncia da majestade de Deus manifestada em sua criao tanto do universo como do homem. uma verdade refletida por outros salmos de Davi (19:1), pelos escritores do Novo Testamento (Romanos 1:20), e por muitas pessoas ponderadas e prudentes que consideraram os cus e a terra a evidncia do propsito, poder e sabedoria neles refletida (J 12:7-9; Jeremias 5:21-25). A sabedoria e o poder de Deus so manifestados quando se observa a maravilha de um recmnascido no menos do que quando se maravilha com a vastido do espao e as incontveis estrelas (8:1-2). Este paradoxo a mensagem do salmo inteiro. A primeira impresso sugeriria a pequenez e relativa insignificncia do homem em comparao com os cus, a intrincada e artstica obra dos "dedos" de Deus (8:3). "Que o homem, que dele te lembres?" (8:4). A pergunta uma expresso de assombro: que Jeov, o criador de tal esplendor, se preocuparia com ele e o atenderia Entretanto, a pergunta j aponta para sua resposta, pois qual outro ser em toda a criao de Deus tem o conhecimento at para fazer tal pergunta? Na verdade, o homem no se encontra embaixo do resto da criao, mas acima dela. Criado imagem de Deus (Gnesis 1:26), o homem foi feito um pouco abaixo de Deus e, assim, a coroa de glria da grande criao de Deus (8:5). O "status" especial do homem entre todas as criaturas de Deus d-lhe uma dignidade no igualada por qualquer outra criatura. Deus colocou o homem nessa posio, e coroou-o com glria e honra (8:5). O Criador tambm dotou o homem com o direito de domnio sobre sua criao (Gnesis 1:26-28). Assim o homem foi incumbido de uma responsabilidade de "dominar" tudo que foi colocado a seu cuidado (8:6-8). No melhor dos casos, o homem nesta majestosa posio representado no Novo Testamento como um tipo de Jesus, que em sua morte e ressurreio foi "coroado de glria e de honra" (Hebreus 2:9). O domnio do homem sobre a natureza, contudo, maravilhoso como , sempre fica em segundo lugar para seu chamado como servo e adorador de Deus. O cumprimento adequado do papel de

domnio do homem pode ser realizado somente quando ele reconhece sua total dependncia do Criador (Atos 17:24-31). Tal responsabilidade deveria levar, no ao orgulho, mas a um humilde reconhecimento da glria do Criador. " Senhor, nosso Senhor, quo magnfico em toda a terra o teu nome" (8:9).

Os Salmos da Famlia(Salmos 127, 128)por Gary Ogden

H muita coisa dita na Bblia sobre as boas relaes familiares. Os Salmos 127 e 128 so, de fato, gmeos, abordando o assunto da famlia de ngulos diferentes. Vamos recolocar em nossos lares os princpios afirmados nestes dois Salmos. Que o Senhor seja o centro do lar "Se o Senhor no edificar a casa, em vo trabalham os que a edificam" (127:1). "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos" (128:1). Como podemos jamais ter uma boa vida familiar se deixarmos o Senhor fora do quadro? Se as coisas no vo bem com Deus, como poderiam ir bem com o nosso cnjuge, filhos, pais? Quando Deus e sua palavra regem

nossos coraes e vidas, a vida familiar ser uma experincia agradvel e rica. No se preocupe, seja feliz Note a idia destes trechos: Em vo levantam cedo e ficam at tarde penando pelo alimento pois ele concede o sono queles que ama (127:2); quando comerem do trabalho das tuas mos, sero felizes, e tudo estar bem com vocs (128:2). Hoje em dia o trabalho pode ser um teste real de perseverana e de manuteno das coisas dentro da perspectiva correta. De alguma maneira o filho de Deus tem que encontrar um modo de ocupar-se nos seus negcios, fazer um bom trabalho para o chefe, usar seu pagamento prudentemente e deixar o resto com Deus. Uma disposio irritvel, apreensiva, causa grande estrago na famlia. Uma falta de contentamento freqentemente a causa. Para certas famlias, no faz diferena quanto dinheiro se ganha; nunca suficiente. Maus hbitos de gasto de dinheiro criam tenso, preocupao e discrdia. A ansiedade rouba o sono. Muitas pessoas podem tornar-se realmente mal humoradas quando no conseguem ter descanso suficiente. No h substituto para uma boa noite de descanso; e pr nossa confiana no Senhor, enquanto trabalhamos duro, ajudar a cumprir a meta. Pense na famlia como uma bno de Deus "Herana do Senhor so os filhos; o fruto do ventre, seu galardo" (127:3). "Tua esposa, no interior de tua casa, ser como a videira frutfera; teus filhos, como rebentos da oliveira, roda da tua mesa" (128:3). Uma das atitudes que prevaleceram entre os antigos era que os filhos eram uma ddiva de Deus. Eles suplicavam a Deus por filhos e consideravam ter uma grande famlia como um benefcio. Muitas pessoas vem os filhos como uma maldio e uma praga a ser erradicada. Por que temos tantos filhos indesejados hoje em dia? Muito simples, as pessoas no temem o Senhor e no andam em seus caminhos. Se voc tiver uma boa esposa e uma casa cheia de filhos bem comportados, voc verdadeiramente um homem abenoado. Os bons filhos olham pelo bem-estar dos pais nos dias de enfermidade e da velhice; eles abraam as causas de seus pais quando precisam de um defensor; eles produzem netos que se tornam a "coroa dos velhos" (Provrbios 17:6). Ainda no sou av, contudo j estou apto, por motivo da idade e da prudncia. Tenho um bom nmero de amigos que declaram que ter netos uma grande recompensa. Se os filhos so como ter "oliveira, roda da tua mesa" (Salmo 128:3), os netos so como ter bolo de chocolate durante o dia todo. A melhor coisa com os netos que eles lhe do ainda uma nova oportunidade de preparar uma alma para a eternidade. Ajudemo-los a temer a Deus e andar nos seus caminhos. O salmista conclui com uma orao: "O Senhor te abenoe desde Sio, para que vejas a prosperidade de Jerusalm durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!" (128:5-6). Precisamos estar orando por nossas famlias. Espero e oro para que voc e os seus faam do Senhor o centro de seu lar, que voc o tema e ande nos seus caminhos, que voc trate sua famlia como uma ddiva preciosa de Deus e que a paz no corao e a prosperidade prevaleam em seu lar.

Os Salmos sobre a Palavra de Deus (1)(Salmo 19)por Earl Kimbrough

O Salmo 19 louva a revelao de Deus na natureza e pela palavra escrita. Os versculos 1-6 descrevem a criao como uma voz sem palavras, declarando constantemente a glria de Deus. Os versculos 7-14 exaltam o poder e a perfeio da sua lei. Spurgeon chamou essas revelaes de "O Livro do Mundo e o Livro de Palavras". A criao d testemunho do poder e da divindade de Deus. Sua palavra declara sua vontade a Israel. A distino entre as revelaes acentuada pela substituio de "Deus" (Criador) na primeira parte por "o Senhor" (Deus de Israel) na segunda. O ncleo do Salmo o hino de Davi palavra de Deus (19:7-11). Ele exalta a palavra em seis sentenas sinnimas, mas progressivamente esclarecedoras. A descrio da Palavra

Os ttulos da palavra de Deus incluem toda sua revelao ao seu povo. "A lei" no um livro de preceitos sem vida, mas a expresso viva da vontade de Deus. o "testemunho do Senhor", em que testemunha seu sentimento e sua natureza. O testemunho consiste nos "preceitos do Senhor", as regras definitivas para o homem, claramente demarcadas na lei. So mais ainda descritas como "o mandamento do Senhor". A lei a prescrio de Deus do dever do homem. O mandamento tambm visto como "o temor do Senhor". Isto descreve sua relao com seu propsito. Seu alvo criar a reverncia pela pessoa e vontade de Deus. "O temor do Senhor" compreende seus juzos. Ele descreve a sabedoria pela qual Deus rege seu povo na execuo de sua vontade. O carter da Palavra Os termos descritivos do salmista para a palavra de Deus refletem sua natureza. "perfeita", porque tudo o que vem de Deus perfeito em qualidade e propsito. A lei completamente livre de erro, destinada a beneficiar o homem, e inteiramente adequada ao fim para o qual foi dada. O testemunho de Deus "fiel" (confivel). Ele fixo e exato, em comparao com as palavras instveis dos homens. "Para sempre, Senhor, est firmada a tua palavra no cu" (Salmo 119:89). Os preceitos de Deus so "retos", porque vm daquele de quem somente o que reto pode vir. O mandamento "puro" como o prprio Senhor puro. O temor de Deus limpo. Nenhum pensamento, palavra ou ato degradante vem por seguir suas determinaes. Os juzos de Deus so "verdadeiros e todos igualmente justos". Os atributos de Deus so refletidos no carter de sua palavra. Perfeito, seguro, reto, puro, limpo, verdadeiro e completamente justo; que mais poderia ser esperado do Deus da criao e da revelao? O efeito da Palavra Estes versculos contam o que a lei faz pelo povo de Deus. Ela converte (restaura) "a alma". A revelao sozinha traz o homem decado a Deus e faz dele o que Deus pretendia desde o comeo. Ela transforma "o simples" num homem de sabedoria. Pela revelao, o filho de Deus conhece coisas que os homens mais sbios no podem saber sem ela (1 Corntios 1:20-25). "Ensina aos mansos o seu caminho" (Salmo 25:9). A lei leva alegria ao "corao", dando uma conscincia limpa queles que a guardam. H alegria em submeter-se vontade de Deus, no somente porque justa, mas porque, sendo justa, ela prpria a fonte da alegria. O mandamento "ilumina os olhos". uma luz que guia aqueles que andam nela (Salmo 119:105). Os ltimos efeitos so implcitos pelos traos declarados: durvel, verdadeiro e justo. A lei a fonte da qual flui tudo o que permanente, autntico e virtuoso neste mundo.

O valor da Palavra O valor da palavra excede qualquer coisa que a criao tenha guardado. Davi viu as qualidades da lei de Deus como mais desejveis do que a riqueza e mais agradvel do que os melhores deleites da terra (19:10). observando estas qualidades duradouras da revelao que o servo de Deus admoestado (19:11). Aqui est o valor culminante da lei. Ela d bnos, mas estas no vm sem compromisso (19:11). Assim, a admoestao essencial. Contudo, o galardo prometido no somente vem depois de guardar os mandamentos de Deus, mas vem enquanto esto sendo guardados. Ela traz bnos agora e na eternidade. O Salmo termina com uma orao por auxlio para guardar a palavra de Deus (19:12-14).

Os Salmos da Palavra de Deus (2)(Salmo 119)por Earl Kimbrough

O Salmo 119 talvez o mais habilidosamente concebido de todos os salmos. Tem uma estrutura como nenhum outro. A palavra de Deus seu tema grandioso. Em estrofes uniformes, Davi tece suas meditaes da palavra em volta de oito, ou mais, sinnimos, dela. A maioria destes so repetidos, freqentemente. Este salmo, ainda que inexcedvel, uma extenso elaborada do hino mais curto sobre a lei de Deus, por Davi, no Salmo 19:7-11. Mas tanto os seus sinnimos para a palavra no Salmo 119 como seus comentrios sobre as virtudes so de especial interesse aqui. Oito dos seus sinnimos esto anotados abaixo. "A lei do Senhor" "Lei" principalmente indica orientao ou instruo. A palavra, s vezes, se refere lei dada por Moiss no Monte Sinai. Contudo, aqui ela se refere lei de Deus no sentido mais amplo de toda a revelao, na qual a instruo e a orientao de Deus foram encontradas. O Salmo comea

com uma bno prometida queles que andam na lei de Deus (119:1). O mpio abandona sua lei e olha para ela como intil (119:53,126), mas o justo ama-a e se compraz nela (119:77,97). O servo de Deus ora: "Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei" (119:18). "Teus testemunhos" Mais geral do que lei, "testemunhos" sugerem que a lei de Deus seu testemunho de sua vontade e pessoa. O uso de "testemunhos" mostra que o salmista encarava a lei, no como um conjunto impessoal de legislao, mas como as vibrantes declaraes de Deus sobre si mesmo, seu pensamento e sua relao como seu povo. Ele exprime a mesma devoo aos "testemunhos" de Deus que ele tem para com a "lei" de Deus. A confiana de Davi na palavra de Deus to segura que ele diz: "Tambm falarei dos teus testemunhos na presena dos reis e no me envergonharei" (119:46). "Teus caminhos" Os "caminhos" de Deus so suas regras de conduta designadas, denotando especialmente a orientao que elas do ao salmista atravs do complexo curso da vida (Jeremias 6:16). O escritor suplica: "Desvia os meus olhos para que no vejam a vaidade, e vivifica-me (preserva minha vida) no teu caminho" (119:37). "Teus preceitos" A palavra "preceitos" semelhante em significado a estatutos e mandamentos; instrues dadas para orientar o comportamento. Os preceitos de Deus devem ser "cumpridos risca" (119:4). E enquanto eles restringem o filho de Deus, eles tambm lhe permitem "andar com largueza" (119:45). O pior dos mestres o pecado, mas a verdade nos liberta (Joo 8:32). "Teus decretos" Estes so decretos de Deus como Divino Legislador. Quatro palavras (ou seus sinnimos) mostram repetidamente a devoo de Davi palavra de Deus sob seus vrios conceitos: "ensinar", "amar", "meditar" e "guardar". "Ensina-me os teus preceitos" (119:12). "Terei prazer nos teus decretos" (119:16). "Meditarei nos teus decretos" (119:46). "Induzo o corao a guardar os teus decretos" (119:112). A incomensurvel reverncia pela palavra de Deus lindamente expressada nas palavras: "Teus decretos so motivo dos meus cnticos, na casa da minha peregrinao" (119:54). "Teus mandamentos" O carter dos "mandamentos" de Deus descrito no versculo 172: "Pois todos os teus mandamentos so justia." Seus mandamentos so justos e resultam em justia. "Teus juzos" "Juzos" so pronunciamentos judiciais, que advertem contra determinadas linhas de conduta. A palavra de Deus sublinha suas decises e punies contra aqueles que falham em se adaptar a sua palavra. Considerando isto, o salmista diz: "Arrepia-se-me a carne com temor de ti, e temo os teus juzos" (119:120). "Tua palavra" A "palavra" ("palavras") de Deus se refere lei como as declaraes proferidas ou escritas do Todo-Poderoso. A palavra de Deus a revelao de sua vontade (veja 1 Corntios 2:11-12). A

"palavra" mais comumente usada para significar a revelao de Deus que a maioria dos outros sinnimos, talvez por causa de aparente simplicidade de compreenso. A devoo de Davi palavra de Deus, lindamente proclamada no Salmo 119, tanto mais admirvel quando percebemos quo comparativamente pouco ele tinha dessa palavra. Isto deveria envergonhar aqueles que, tendo a plena revelao da vontade de Deus, negligenciam-na geralmente. Mas o prazer de ver a palavra de Deus e o desejo de obedec-la no so suficientes. Portanto, no meio de seu louvor, o salmista suplica pelo divino auxlio para viver pela sua palavra.

Os Salmos da Busca de Deuspor Rod Amonett

(Salmos 27, 42, 63)"Como suspira a cora pelas correntes das guas, assim, por ti, Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo" (Salmo 42:1,2). Com poucas palavras simples os Filhos de Cor descrevem uma cena da vida cotidiana que nos ajuda a entender o desesperado anseio do homem justo por Deus. Numa circunstncia semelhante, Davi implora ao Senhor: " Deus, tu s o meu Deus forte, eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra rida, exausta, sem gua" (Salmo 63:1). Os "Salmos da Busca de Deus" refletem a mais profunda e mais premente necessidade que o homem pode conhecer. Uma vez que coraes honestos tem conhecido a Deus, a satisfao de nossas necessidades fsicas e mesmo emocionais no sero mais suficientes para nos contentar. Nem mesmo a ntima companhia de outro indivduo preencher o grande vazio que sentimos internamente. Deus, na verdade, colocou a eternidade dentro de nossos coraes, e os homens

iluminados pela verdade anseiam com todo o seu ser por "andar" com seu Criador. O que to maravilhoso que o prprio Deus deseja e possibilita esta comunho. Paulo declarou aos atenienses que Deus nos fez para que ns o "buscssemos" (Atos 17:27), e Davi assegurou Salomo que o Senhor recompensar os que o buscam honesta e diligentemente: ". . . porque o Senhor esquadrinha todos os coraes e penetra todos os desgnios do pensamento. Se o buscares, ele deixar achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitar para sempre" (1 Crnicas 28:9). Os salmistas eram homens que, certamente, j conheciam Deus. Eles tinham procurado servi-lo fielmente, mas nestes salmos eles se encontram perseguidos por inimigos e sentindo-se separados das bnos e associao com Deus. H dois pontos importantes que podemos notar nestes salmos: nos momentos mais negros da vida que nos lembramos de nossa grande necessidade de Deus. Nos bons tempos, os homens podem desenvolver uma profunda f em Deus e gratido por suas bnos, mas nos tempos difceis que uma tal f se torna nosso muito necessrio conforto e aliado. Somente quando os homens so postos face a face com sua natureza frgil e desamparada que eles se tornam verdadeiramente conscientes da magnificente fora de Deus e da preciosa natureza de seu amor por ns. Cada um de ns enfrenta momentos de provao ou aflio, quando no h ningum a quem possamos nos voltar, a no ser Deus. O salmista se lamentava: "As minhas lgrimas tm sido o meu alimento dia e noite", e "Sinto abatida dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti . . ." (Salmo 42:3,6). Davi chorou: "No me recuses, nem me desampares, Deus da minha salvao. Porque se meu pai e minha me me desampararem, o Senhor me acolher" (Salmo 27:9-10). De novo, Davi escreve: "em ti medito, durante a viglia da noite. Porque tu me tens sido auxlio" (Salmo 63:6-7). Tais gritos pela assistncia de Deus so com confiana, sabendo que Deus cuida de ns e agir em nosso favor: "Por que ests abatida, minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxlio e Deus meu" (Salmo 42:5). Oportunidades para adorar com o povo do Senhor so importantes para nosso senso de comunho com Deus. O escritor pergunta: "Quando irei e me verei perante a face de Deus?" e diz: "Lembro-me destas cousas e dentro de mim se me derrama a alma de como passava eu com a multido de povo e os guiava em procisso Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multido em festa" (Salmo 42:2,4). Davi ansiava pelo tempo quando ele ofereceria em sua tenda "sacrifcio de jbilo; cantarei e salmodiarei ao Senhor" (Salmo 27:6). Os salmistas viam a adorao como um grande privilgio. Eles se sentiam profundamente privados e frustrados quando eram afastados de tais ocasies abenoadas. Sua confiana em Deus por auxlio e benevolncia acendiam seu desejo de curvar-se diante de Deus e reconhecer sua grandeza. Hoje no estamos menos desesperados em nossa necessidade da amizade e do auxlio de Deus. Chegamos "humildes de esprito" (Mateus 5:3), cientes de que sua associao somente para aqueles que "tm fome e sede de justia" (Mateus 5:6). Com o salmista, proclamamos: "A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara", e: "Como de banha e de gordura farta-se a minha alma, e, com jbilo nos lbios, a minha boca te louva" (Salmo 63:8, 5).

Os Salmos de Libertao(Salmo 31)por Warren Berkley

Um dos nossos maiores benefcios no estudo dos Salmos que somos capazes de, atravs destes belos poemas, aprender quanto Deus significava para Davi. Especialmente quando estudamos a vida de Davi e ento consultamos os Salmos para relacion-los com suas experincias da vida, os Salmos se tornam uma rica fonte cheia de verdades construtivas e fortalecedoras sobre nosso Criador. Por exemplo, Davi se achou freqentemente em sofrimento. Por causa de seu prprio pecado, ou como resultado de um malvolo inimigo, ele sofreu aflies repetidamente. O modo como reagiu sob presso se torna um bom estudo para ns. E o testemunho de Salmos que Davi estava predisposto a confiar em Deus quando estava sob presso. Esta uma razo pela qual ele chamou Deus sua rocha, sua cidadela, libertador e escudo (Salmo 18:2). Muitos dos Salmos entram nesta categoria. O Salmo 31 poderia ser rotulado um salmo de libertao. A provao de Davi descrita junto

com sua reao. A provao de Davi. Ele foi apanhado "no lao", ou seja, na armadilha dos seus inimigos (31:4) e cercado pela idolatria (31:6). Ele estava sofrendo aflio e angstia da alma (31:7) nas mos de seus inimigos (31:8). Ele estava sendo caluniado e conspiravam contra ele (31:13). Ele disse: "Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha fora, por causa da minha iniqidade, e os meus ossos se consomem. Tornei-me oprbrio para todos os meus adversrios, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os que me vem na rua fogem de mim" (31:9-11). A reao de Davi a esta provao foi procurar refgio no senhor. "Em ti, Senhor, me refugio; no seja eu jamais envergonhado; livra-me por tua justia. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa; s o meu castelo forte, cidadela fortssima que me salve. Porque tu s a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do teu nome, tu me conduzirs e me guiars. Tirar-me-s do lao que, s ocultas, me armaram, pois tu s a minha fortaleza. Nas tuas mos entrego o meu esprito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade" (31:1-5). Por causa de sua predisposio de confiana no Senhor, esta foi a reao de Davi: pregar (31:23-24), louvar (31:19-21) e chorar ao Senhor seu Deus (31:22). Quando nos encontramos no meio de uma provao desagradvel, qual nossa reao? Voltamo-nos, quase impulsivamente, para algum recurso mundano? Enganamo-nos pensando que temos dentro de ns a capacidade para enfrentar e sermos corajosos (humanismo)? Ou nos aproximamos de Deus e fazemos dele nosso refgio? Quando em angstia, no podemos fazer nada melhor do que confiar em Deus e olhar para seu semblante de amor e misericrdia. Precisamos cultivar a mesma predisposio de confiana que observamos em Davi. Lutero disse que este Salmo " falado na pessoa de Cristo e seus santos, que so afligidos toda a sua vida, internamente pelo tremor e o alarme, externamente pela perseguio, a calnia e o desprezo, por amor da palavra de Deus, e mesmo assim so livrados por Deus de todos eles e confortados." Isto parece ter alguma base boa, desde que o Salvador crucificado usou palavras que comeam no versculo 5, no momento de sua morte (veja Lucas 23:46; tambm, a messinica interpretao do versculo 10 seria Cristo suportando os pecados do mundo). O Salmo 31 um dos muitos salmos de libertao, escritos para nos levar a uma unio mais ntima com nosso Deus, para que possamos procur-lo para nos ajudar e nos segurar. Paul Earnhart, uma vez, observou a respeito dos Salmos: "Muito filho de Deus tm repousado seu corao nas oraes daqueles antigos adoradores. Encontramos neles o eco de algum modo confortante de nosso desespero angustiado e sabemos que no somos os primeiros filhos de Deus a lutar a ss com temores. Nem os primeiros, nesse assunto, a conhecer uma alegria toda absorvente" (veja ainda o Salmo 116).

O Salmo "Ah Se..."(Salmo 81)por Bill Moseley

Quantas vezes muitos de ns tm dito: "Ah se..." seguido por "o que poderia ter sido!" O Salmo 81, demonstra este conceito, lidando com "o que poderia ter sido" para Israel "se" eles tivessem feito certas coisas. A nao nunca percebeu o potencial que Deus tinha para ela em muitas reas. Ah se ela tivesse se submetido aos justos estatutos e julgamentos de Deus, como teriamse conduzido de modo diferente, at mesmo quando Cristo veio ao mundo. Deus tem sempre desejado que seu povo o louve, como visto nos versculos de abertura do Salmo. Deus "nossa fora", e como tal deveramos "cantar alto" a ele. Uma base para esta adorao so os benefcios antes concedidos nao. No versculo 6, notamos que Deus removeu a carga do Egito, e como isto ficou firmemente gravado nas mentes de Israel. Sua escravido tinha sido levantada de seus ombros, quando foram libertados "dos cestos." No tempo da sua aflio, Deus livrou-os (81:7). Quando eles clamaram a Deus, ele respondeu no tempo da aflio. Em seguida, ele provou-os em Merib. Ento Deus os assegura de que ele na verdade seu Deus, que os tirou do Egito (81:10). Eles tm que abrir "bem a tua boca", e a promessa que "ta encherei". "Abrir as bocas" indica uma necessidade de bnos de Deus; estas pessoas foram os recipientes onde Deus colocaria sua

bondade. Entretanto, eles se recusavam a ouvir seu Deus (81:12), e ento, como ele freqentemente fez, Deus "abandonou-os", deixando que andassem conforme seus prprios caminhos. Ento nos aproximamos do trecho "Ah se . . ." do Salmo, no versculo 13. Ali Deus clama: "Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!" Ou, como poderamos diz-lo: "Ah se . . . eles tivessem feito estas coisas!" O que ento viria em seguida? Primeiro, Deus lhes diz que ele teria subjugado seus inimigos. Em vez disso, por causa da recusa deles a ouvir a Deus, ele freqentemente usou aqueles inimigos como instrumentos de destruio entre eles. Como isto claramente visto em acontecimentos tais como quando foram arrastados ao cativeiro na Babilnia! Isto no precisava ter acontecido; ah se eles tivessem voltado suas costas sua idolatria, revertido sua conduta e retornado a Deus. A destruio de seus inimigos dependia deles ouvirem a Deus e andarem em seus caminhos. Os "inimigos" do versculo 14 so ento chamados os que "aborrecem ao Senhor" no versculo 15. Em vez do povo de Deus ser levado em envergonhosa sujeio queles inimigos, poderia ter sido totalmente ao contrrio; ah se eles tivessem sido fiis a Deus! A prpria nao que Deus estabeleceu para trazer Cristo ao mundo perdeu seu lugar exaltado entre as naes como uma potncia mundial cerca de 600 anos antes de Cristo vir ao mundo. Ah se . . . eles tivessem sido fiis a Deus, eles teriam durado "para sempre". Em vez disso, eles se tornaram "um objeto de espanto e oprbrio" entre os homens. A seguir vemos as grandes provises que a nao poderia ter esperado de Deus, ah se sua f nele tivesse continuado. Deus poderia t-los alimentado "com o trigo mais fino", bem como com "mel que escorre da rocha" (81:16). Eis aqui smbolos das esplndidas bnos que eles poderiam ter esperado de Deus. No foi somente "trigo", mas o "trigo mais fino". No deserto eles tinham recebido gua da rocha, mas agora "mel" da rocha. A primeira parte deste salmo mostra-nos como o povo deveria ter-se conduzido diante de Deus. Ah se . . . ele tivesse feito isto, a ltima parte demonstra o que Deus poderia ter feito por eles.

Podemos fazer uma aplicao disto em nossas vidas, como povo de Deus de hoje? Este escritor est persuadido de que podemos! Quando chegamos a ficar diante de Deus em julgamento, e nossa sina ouvi-lo dizer: "Apartai-vos de mim, nunca vos conheci", pode escapar-nos o pensamento que ah se eu tivesse servido fielmente a Deus o que "poderia ter sido"! Os Salmos so independentes do tempo; suas lies so valiosas, pois no final das contas, ns no somos, como povo de Deus, hoje, muito diferentes daqueles que originalmente receberam estes maravilhosos escritos?

O Salmo "At Quando?"(Salmo 13)por Harold Tabor

Ao mestre de canto, Salmo de Davi At quando, Senhor? Esquecer-te-s de mim para sempre? At quando ocultars de mim o rosto? At quando estarei eu relutando dentro em minha alma, com tristeza no corao cada dia? At quando se erguer contra mim o meu inimigo? Atenta para mim, responde-me, Senhor, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu no durma o sono da morte; para que no diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e no se regozijem os meus adversrios, vindo eu a vacilar. No tocante a mim, confio na tua graa; Regozije-se o meu corao na tua salvao. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.

(A Verso LXX acrescenta) e eu cantarei salmos ao nome do Senhor Altssimo.

Neste Salmo, no sabemos quem o adversrio do desespero de Davi. Pode ter sido o rei Saul ou Absalo. Ambos perseguiram Davi e o teriam matado. Sempre que h doena ou sofrimento na vida de algum, a pessoa geralmente expressa o desejo de saber at quando vai continuar. Queremos saber quando o alvio vir a ns. Este Salmo tem sido identificado como o salmo "At quando?" por causa deste grito por alvio. A frase "At quando?" usada quatro vezes no incio da primeira estrofe. O Salmo 13 dividido em trs estrofes de trs versos cada. Cada estrofe revela um estgio de experincia diferente. A primeira estrofe comea com quatro frases "At quando?" A segunda estrofe uma orao por esclarecimento. A terceira estrofe uma cano de libertao. A primeira estrofe um grito de desespero a Jeov. Davi sente que Jeov o abandonou. Davi pergunta se Jeov jamais falar com ele ou se manifestar a ele novamente. Ele est tendo que confiar em seu prprio conselho para escapar dos inimigos implacveis que o perseguem. Nenhum auxlio est chegando de Jeov. Os inimigos de Davi so aparentemente vencedores. Entretanto Jeov no "esquece" seu povo. Ele nunca deixa de amar seus filhos. Jeov no vai esquecer nem abandonar seu povo. Ele pode "esconder" sua face de seu povo e permitir que sofrimento fsico e emocional aconteam, como ilustrado na vida de J. Mas Jeov est tentando ensinar uma lio, que no podemos fazer nada em ns mesmos. Precisamos aprender f, orao e esperana. Estas lies nos ensinaro sobre a fonte de fora e felicidade nesta vida. Tudo isto para ensinar-nos a dependncia que temos em Jeov. No podemos fazer nada em ns mesmos e de ns mesmos. A segunda estrofe o cntico de orao de Davi. A orao um insistente e exigente chamado a Jeov. Sua splica por conhecimento e entendimento da questo da morte, da intensidade da oposio de seus adversrios e suas prprias fraquezas. Oh, que possamos ser honestos consigo mesmos sobre estes grandes assuntos! H trs peties nesta estrofe. "Atenta" o contrrio de "ocultars" teu rosto (13:1). "Responde-me" o oposto de "esquecers de mim." O propsito da orao que Jeov "ilumina-me os olhos" (veja 1 Samuel 14:27,29 para a mesma expresso), isto , melhoria do entendimento para ver o bom conselho, pelo qual ele poder escapar dos perigos que o ameaam. Davi quer ser capaz de resistir firme at mesmo quando seus "adversrios" se regozijem enquanto ele "vacilar". A terceira estrofe o cntico de vitria do salmista. um cntico de louvor que surge de sua orao pessoal. A nica explicao para o contraste entre as estrofes a cessao de seu sofrimento e da oposio de seus inimigos. O pronome pessoal no incio do verso cinco pode ser expressivo. "Eu, at mesmo eu, tenho confiado" traduz uma palavra significando confiar em, depender de, ter confiana em. A palavra hebraica "misericrdia" (hesed) inclui o sentido mais geral de benevolncia ou boa vontade. "Cantarei" traduz um verbo usado oito vezes nos Salmos. Cantar a expresso da alegre apreciao de Jeov pela alma. Estes dois ltimos versos so o auge do tributo e do louvor. Desde a profundidade do desalento, a alma exprime alegre gratido a Jeov pelo galardo que tratar com ele.

Aprendamos a lio de f atravs do desespero, a contar com Jeov atravs da orao e da confiana nele, que sempre estar ali por ns.

O Salmo de "Por qu?"(Salmo 73)por John M. Kilgore

"Com efeito, Deus bom para com Israel, para com os de corao limpo!" (73:1) e "Com efeito, inutilmente conservei puro o corao e lavei as mos na inocncia. Pois de contnuo sou afligido, e cada manh, castigado" (73:13-14). Entre estas duas declaraes de Asafe, ambas introduzidas por "com efeito", encontra-se um caminho penoso, ligando o vale da desiluso e da dvida ao topo da montanha da confiana e da certeza. A jornada foi necessria pela realidade do mundo de Asafe, onde ele observava a prosperidade e a proteo dos mpios (73:3) e as dores e aflies dos justos (73:13-14), e perguntava "Por qu?" Por que um bom Deus permite esta injustia? ele realmente bom para Israel, o puro de corao? Para Asafe, esta no era meramente uma questo interessante para ser debatida na academia, pois ele era aquele que sofria, at o ponto de ser invejoso dos arrogantes mpios (73:3) e de questionar o valor de manter puro seu corao (73:13). Se Asafe ia manter sua f na bondade de Deus, ele tinha que ter uma resposta (73:2). A interrogao a Deus como uma espada de dois gumes. Ela pode cortar com ambos os fios: um para a descrena e o outro para a f. No caso dos judeus com Jesus, suas perguntas marcavam sua descida para a cova do dio e do homicdio. Numa ocasio, Jesus at caracterizou o interrogatrio deles como indicao de uma gerao m e adltera (Mateus 12:39). Mas no caso de Asafe, e de todos os discpulos verdadeiramente devotos, ele essencial para subir ao topo da confiana na bondade e justia de Deus. Perguntar a Deus "por qu" arriscado, mas necessrio. A interrogao a Deus leva destruio de nossa f, quando nossas perguntas vm de nosso orgulho. Uma resistncia a aceitar a evidncia que j nos foi dada por Deus e exigir mais implica em que a Deus falta evidncia verdadeiramente convincente. Se Deus ao menos nos desse evidncia verossmil, acreditaramos. Este engano de ns mesmos, freqentemente disfarado de intelectualismo e "mentalidade aberta" , na realidade, a conseqncia de uma vontade endurecida. Os escribas e fariseus, que j tinham conversado sobre como poderiam destru-lo (Mateus 12:14), continuavam pedindo um sinal (Mateus 12:38). Esta charada de investigao honesta foi exposta por Jesus como o que, de fato, era: coraes autoritrios e teimosos ficando mais e mais duros. Quando Deus quer que creiamos no incrvel, ele nos d evidncia suficiente para assim fazer (Gideo e sua l, Juzes 6:34-40). Rejeitar sua evidncia e exigir mais endurecer nossos coraes contra a f. A interrogao a Deus a partir de um elevado sentido de importncia de nossas circunstncias fsicas tambm vem do orgulho e tambm destruir a f. Este raciocnio permite ao efmero ter maior importncia do que o eterno e coloca nossa satisfao na terra no centro do universo, assim destronando Deus. Para os homens, sentarem-se para julgamento da bondade de Deus, especialmente do ponto de vista de nossa prpria "felicidade" fsica, arrogncia. Asafe quase tropeou (73:2), quando comeou a invejar os arrogantes ricos. Em essncia, ele disse que Deus lhe era devedor. Sua pureza o exigia. Certamente que Deus no pode esperar que o sirvamos a troco de nada (73:13). irnico que seja a arrogncia que produz a inveja do arrogante. Felizmente, Asafe mudou seu curso de interrogao e, no processo, recebeu uma f maior. Ele ilustra que interrogar a Deus com humilde vontade de superar nossas dvidas edifica a f. "Eu

creio! Ajuda-me na minha falta de f" (Marcos 9:24). Quando a dor usada como o megafone de Deus para chamar nossa ateno, nossos "por qus?" podem produzir uma f mais profunda, pois agora estamos prontos para ouvir a Deus. Entramos no santurio de Deus para sermos guiados por sua revelao. Este tipo de interrogao nos capacita a ver de novo o Deus da Histria, o que ele tem feito, e onde ele (Histria) est indo (73:15-17). Agora podemos ver o fim a partir do princpio e saber o que subsistir (73:18-20). Ouvindo-o, podemos ver que, quando estamos amargurados intimamente, somos como um animal ignorante sem sentimentos (73:21-22), mas quando estamos dentro do alcance de sua mo, estamos destinados glria (73:23-24). Este tipo de "por qu?" nos levou ao Deus de nosso maior bem para fazer dele nosso refgio. Proclamaremos "todos os seus feitos" (73:28). Nosso Deus no to fraco que no possa enfrentar nossas perguntas, nem to fraco que precise acomodar nosso orgulho.

O Salmo da "Loucura das Riquezas"(Salmo 49)por Harry E. Payne, Sr

A beleza intrnseca e a sabedoria dos Salmos so claramente apresentadas neste solene salmo didtico. Seu tema principal que os ricos mpios freqentemente vencem na vida, enquanto os pobres e devotos freqentemente sofrem. E emite uma ntida advertncia queles que confiam nas riquezas. Os versculos introdutrios (49:1-4) contm um chamado premente a que todos os povos dem ateno. Depois de conseguir sua ateno, o escritor abre seu discurso parablico com a pergunta: "Por que hei de eu temer" (49:5). Ele no est escrevendo por causa da inveja daqueles que prosperam, ainda que alguns deles possam ser seus antagonistas ("quando me salteia a iniqidade dos que me perseguem"); nem tem ele to pouca confiana em Deus que viva em constante terror daqueles que lhe perseguem. Ele no tem motivo para temer, ainda que seus inimigos os ricos e os ambiciosos temam. Por qu? Porque no h felicidade duradoura ou satisfatria para eles. A futilidade de confiar na riqueza terrestre e nas posses materiais graficamente ressaltada nos versculos 5-12. Riquezas terrestres no daro satisfao no dia mau. O salmista apresenta diversas razes convincentes para isto. 1. As riquezas no salvaro a vida de uma pessoa (49:7). As posses materiais no nos asseguram de que no morreremos (veja Hebreus 9:27). Nenhum homem, no importa quo rico seja, pode salvar nem mesmo o parente mais prximo ("o irmo") da morte. 2. As riquezas no podem ser usadas como um resgate diante de Deus, "nem pagar por ele a Deus o seu resgate". Deus no pode ser subornado (pago de qualquer modo material) para salvar a vida de uma pessoa. 3. As riquezas no salvaro a alma de uma pessoa (49:8). Ainda que as palavras "vida" e "alma" sejam usadas de modo intercambivel na Escritura, creio que esta passagem melhor entendida quando "alma" significa "a vida interior", ou seja, "a alma eterna". Esta s pode ser "redimida" ou "salva" pela graa do Senhor Deus. Que outro "resgate" poderia at mesmo o mais rico, mais sbio, mais cativante dos seres humanos dar por sua prpria "vida" ou pela de outro? (Veja Mateus 16:24-27.) 4. As riquezas no evitaro que qualquer pessoa morra e deixe suas posses para outros (49:10). Riqueza, terras, casas e todas as coisas materiais perecero com o uso ou com as devastaes do tempo, ou com a destruio final da terra e de suas obras (2 Pedro 3:10-12). Todos estes fatos mostram a extrema vaidade da confiana de uma pessoa nas riquezas. Todas as pessoas morrero; quando uma pessoa morre, ela deixa todas as posses aqui na terra; e as deixar para outros, freqentemente estranhos, que por sua vez falecero. Entretanto, o salmista nos conta o que as pessoas que esto dispostas a serem ricas pensam: (1) Elas pensam "que as suas casas sero perptuas", e (2) elas daro s suas terras "seu prprio nome". H algo errado com uma pessoa dar nome a uma fazenda, uma plantao, um negcio ou qualquer outra posse fsica de acordo com seu prprio nome? O salmista no est condenando a legtima propriedade de terras e posses, mas antes a jactanciosa, auto-suficiente

"propriedade". O salmista nos diz que mesmo a memria de um rico fugaz! Para uma pessoa depositar sua confiana em tais coisas pura loucura!

"Todavia, o homem no permanece em sua ostentao; , antes, como os animais, que perecem" (49:12). O rico pode ter parecido possuir tantas vantagens e, atravs dos olhos humanos, pode ter sido invejado ou admirado. Que pena que todas as honras e benefcios que ele possua acabariam em nada. Mas acabaram! E a morte acabou com ele! Nos versculos 13-15, um contraste notvel feito entre a situao difcil do rico mundano e a daquele do homem que confia em Deus. Para o primeiro: "Como ovelhas so postos na sepultura", e "a morte o seu pastor". Para o ltimo, contudo, o devoto salmista pode dizer: "Mas Deus remir a minha alma do poder da morte, pois ele me tomar para si." Em concluso, o salmista lembra os fiis de que so os assuntos extremos da vida que importam, no os prazeres momentneos e no as fugazes posses terrestres que muitos de ns temos (em certo grau), ao longo do caminho de nossa vida aqui. O versculo 20 uma repetio, como refro, do versculo 12. Se um homem est em posio de honra "mas sem entendimento", ele apenas "como os animais, que perecem". Para dizer isto com nossas prprias palavras, se ele (1) deposita confiana injustificada e imprpria nas posses terrestres; se (2) deixa de reconhecer que a abundncia e as riquezas terrestres tem que abandonar um homem no final; e se (3) deixa Deus fora do quadro e no faz dele sua confiana, sua esperana, e seu sempre confivel Pai, ento ele (ou ela) est agindo "como os animais que perecem". Que nenhum de ns cometa to grave engano!

Os Salmos e os Perversos(Salmo 10)por Mark White

A perversidade em todas as suas formas tem atormentado os justos desde o Jardim do den. Se a perversidade e o pecado fossem simplesmente imaginrios antes que realidades de fato confrontando o homem justo, no representariam nenhuma ameaa. Mas a perversidade uma realidade, e praticada pelos homens perversos. H personalidades atrs dos atos e pensamentos perversos. As pessoas justas no podem simplesmente lidar com a perversidade em si. Elas precisam tambm enfrentar aqueles que desafiam a vontade de Deus para o viver justo, tratando com as prprias pessoas perversas. Isto torna a perversidade difcil de lidar, e torna o problema de resistir ao mal ainda mais espinhoso. Atravs de toda a Escritura, o problema dos perversos apresentado. Homens justos freqentemente se admiraram: "Por que os perversos prosperam?" Jeremias estava to perplexo com este paradoxo que humildemente perguntou a Deus por que isso era assim (Jeremias 12:1). Por que parece que a perversidade est vencendo a justia? No parece que compensa ser perverso, e custa ser justo? Os Salmos tornam esta pergunta mais fcil de entender e mais simples de suportar. Nos Salmos a perversidade e os homens perversos so expostos pelo que eles realmente so. Seu estado final revelado, e os homens justos, lendo estes salmos sero encorajados por eles. Estas passagens so imprecativas em tom, porque o escritor brada a Deus por justia. O Salmo 10 um exemplo. Os versculos um e dois registram um grito de protesto contra o que parece ser a indiferena de Deus pelas injustias dos perversos contra os pobres. "Por que, Senhor, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulao? Com arrogncia, os mpios perseguem o pobre; sejam presas das tramas que urdiram." E, entretanto, Deus inculpvel. Pode parecer que os perversos escapem da punio. De fato, este Salmo sugere que os prprios perversos pensam que podem fazer tudo o que lhes agradar! O versculo 6 tem o homem perverso dizendo: "Jamais serei abalado; de gerao em gerao nenhum mal me sobrevir". O versculo 11 diz: "Deus se esqueceu, virou o rosto e no ver isto nunca". E, no versculo 13, o homem perverso renuncia a Deus dizendo: "Deus no se importa". Ele realmente se convenceu de que pode pecar com impunidade. Com efeito, ele est dizendo: "Deus no me v. No serei apanhado. Mesmo que Deus de fato me veja, ele nunca me julgar!" Mas o caso no esse. Deus v a aflio que seu povo experimenta nas mos dos perversos. Ele leva mesmo tais opresses e maus tratos em conta. Ele sente o pesar de seu povo e ajuda-os bem do modo certo, bem no momento justo. O salmista regozija-se porque Deus "o tens visto, porque atentas aos trabalhos e dor, para que os possas tomar em tuas mos" (10:14). Ele ento ora a Deus: "Quebranta o brao do perverso e do malvado; esquadrinha-lhes a maldade, at nada mais achares" (10:15). Pode parecer estranho, na verdade, que o justo se regozije com a calamidade dos perversos. Mas antes de ver tal exultao como uma vingana pessoal, deveremos reconhecer que isto uma parte da contnua luta entre o bem e o mal. Deus derrotar totalmente os injustos e os perversos. Pode ser que pensadores modernos no classifiquem to nitidamente toda a humanidade como perversos e justos, mas Deus o faz. Os Salmos falam deste assunto freqentemente. Para o salmista, no havia "meio termo". Ou um homem perverso (porque rejeita o domnio soberano de Deus em sua vida) ou justo. Salmo 14:1 uma passagem familiar para aqueles que ouviram bastante pregao e ensinamento. Uma lio sobre as evidncias crists mais cedo ou mais tarde inclui a escritura: "Diz o insensato no seu corao: No h Deus". Mas este salmo , de fato, um contraste entre os mpios e os justos. Os justos so pessoas que confiaram no Senhor e buscam a ele e a sua vontade (Salmo 24:5-6). Os Salmos definem os perversos como

aqueles que na prtica so ateus. Deus no est nos seus coraes. Um homem pode realmente professar conhecimento acadmico de Deus, mas se sua vida ignora o Criador, ele to perverso como o prprio ateu. Se desobedecemos a Deus e maltratamos aqueles que foram feitos a sua imagem, somos corruptos, e portanto fazemos coisas corruptas, abominveis (Salmo 14:1). Para que no nos tornemos presunosos e espiritualmente orgulhosos, vamos ler os Salmos. At poderamos ver mais de ns mesmos neste espelho do que gostaramos. E poderamos ficar bem surpresos com quem Deus chama "perverso" (veja mais os Salmos 14, 58.)

O Salmo do Grande Pastor(Salmo 23)por Ron Edwards

Os poucos versculos que compem este Salmo, se apagados, deixariam um pequenino branco nas pginas de nossa Bblia. Contudo, se os sentimentos nele expressados fossem apagados da vida, eles deixariam um buraco sem fundo no corao humano. O corao faminto no encontraria alimento; o corao perdido, nenhuma orientao; e o corao moribundo, nenhuma esperana. Afortunadamente, ele no foi apagado e cada homem que conhece o Senhor como Pastor, no sentir falta de nada. Tracemos a tese do Salmo, "O Senhor o meu pastor, nada me faltar", atravs da trplice nfase do contexto. 1. Meu Pastor d. No me faltar proviso. A proviso satura este Salmo: "pastos verdejantes", "guas de descanso", um "clice transbordante", etc. Estes, naturalmente, so smbolos do pastor dando s ovelhas o melhor, e fazendo isso abundantemente. Mas, temos considerado o que custa ao pastor fazer tal generosa proviso? As pastagens verdejantes simplesmente se materializam nas colinas estreis da Palestina? No, estas provises so o produto de tremendo trabalho. O pastor precisa limpar as pedras, remover o mato rasteiro, preparar o solo e irrigar os campos. Se isto no puder ser feito, ento ele faz longas viagens para pesquisar no terreno spero e encontrar pastagem. Da, as ddivas do pastor vm somente depois de tremendo sacrifcio pessoal. Sem seu sacrifcio no haveria ddivas. Assim, sem o pastor no haveria proviso. Ento, a satisfao das ovelhas encontrada principalmente nas provises ou no provedor? Seu contentamento radicado nas ddivas ou no doador? No doador, naturalmente! Aprendamos que nosso Pastor proveu "toda sorte de bno espiritual" atravs de tremendo sacrifcio (Joo 10:11). E mais, compreendamos que, se o Senhor nosso Pastor, ento as provises so simplesmente suplementos agradveis. Deveremos buscar o Pastor doador por ele mesmo e nunca nos faltar proviso (Mateus 6:25-34). 2. Meu Pastor guia. No me faltar orientao. O pastor retratado duas vezes no texto como guia. Isto necessrio porque nenhuma outra classe de gado exige manejo mais cuidadoso, mais minuciosa conduo, do que as ovelhas. Se deixadas a si mesmas, elas pastaro em pastagens improdutveis, e perambularo sem rumo, tornando-se "comida fcil" para predadores famintos. O homem no diferente: "Todos ns andvamos desgarrados como ovelhas" (Isaas 53:6). H caminhos que nos parecem bons, mas sempre levam morte (Provrbios 14:12). Temos que confiar no Pastor porque s ele conhece as boas trilhas. Ele esteve em toda parte para onde estou indo, at atravs da morte, e retornou (Hebreus 13:20). Seu maior desejo reconduzir os homens boa trilha, uma trilha que no fim conduz a uma "coroa da glria" (1 Pedro 5:4). Eu penso que por isso que meu Pastor cognominado "o Caminho" (Joo 14:6)! 3. Meu Pastor guarda. No me faltar proteo. Algumas vezes os caminhos certos conduzem atravs do "vale da sombra da morte". Quando a morte aparece no horizonte, Davi imediatamente deixa a terceira pessoa "ele" pela mais ntima segunda pessoa do singular "tu". Davi no est mais falando sobre o Pastor, ele est conversando com o Pastor. Note tambm: na presena da morte o pastor no est mais conduzindo frente. Ele est ao lado, escoltando ("tu ests comigo"). As ovelhas, quando escoltadas por um pastor onipotente que mais destemido e feroz do que todos os adversrios combinados, "no temem mal nenhum". Elas sabem que o nico modo do perigo se aproximar sobre o cadver do pastor! Ns tambm, podemos ter confiana sem medo na conduo de nosso Pastor, mesmo quando ele conduz atravs do vale sombrio da morte. seguramente tranqilizador saber que a sombra de um co no pode morder, a sombra de uma espada no pode matar e com ele a sombra da morte no pode ferir. Portanto, se ele nos guiar para a sepultura, deveramos continuar a segui-lo ali. Tudo que l est uma mortalha vazia e um leno dobrado (Joo 20:6-7). A morte nada mais do que

uma sombra sem dentes quando estamos na presena do Pastor Guardio! Tragicamente, enquanto tudo isso que foi dito sobre o Pastor seja verdadeiro, se ele no for meu Pastor, ento estarei sempre em falta. Por isso que ele no chamado um pastor, nem o Pastor, mas antes meu Pastor. to lamentvel que haja tantos que conhecem o salmista, muitos mais que podem recitar o salmo, mas poucos que conhecem o Pastor pessoalmente. Voc o conhece? Se sim, nada lhe falta. Se no, voc nada tem.

Os Salmos de Supremo Louvor(Salmos 100, 103)Por Mike Schmidt

Voc, provavelmente, ouviu a histria (talvez verdadeira, talvez no) do sujeito que visitou uma igreja e, durante o sermo, continuava dizendo "Louva o Senhor!" sempre que um ponto especialmente bom era dito. Mais tarde, um irmo carrancudo apareceu e repreendeu-o, dizendo: "Olhe, no louvamos o Senhor por aqui!" Ou, voc alguma vez leu o relato de Davi danando quando a arca era levada para Jerusalm, e instintivamente teve a mesma reao que Mical? (Veja 2 Samuel 6). Os Salmos 95-100 (e talvez 103) compreendem um pequeno grupo de salmos de adorao. Eles parecem ter sido escritos especialmente para serem usados na adorao pblica no Templo. E que esplndidos cnticos eles so! Eles oferecem louvor ao poder, glria, justia e misericrdia de Deus, Dominador das naes e Protetor de Israel. Os Salmos 100 e 103 oferecem ambos supremo louvor a Jeov, mas de diferentes perspectivas. O Salmo 100, o mais curto destes cnticos de adorao, um premente chamado para todas as naes da terra louvarem Jeov. Eles deveriam vir diante dele com jbilo ruidoso de agradecimento. Este , certamente, um forte contraste com muitos salmos nos quais o julgamento dado s naes, mas ele ilustra claramente que Deus no deseja "que nenhum perea, seno que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9). O Salmo 100 verdadeiramente universal em seu apelo ao homem todo o povo pertence a Jeov, como "rebanho do seu pastoreio". Ele guia e alimenta todos eles (Mateus 5:45). Antes dee abenoar o nome dos dolos vos, eles deveriam entrar nos ptios de Jeov com louvor e agradecimento. A este respeito, note especialmente que o versculo 5 exalta a "misericrdia" de Deus. Misericrdia tem referncia especial bondade de Deus mantendo suas alianas. Ele na verdade manteve sua promessa de abenoar todas as naes atravs da semente de Abrao (Gnesis 12:1-3), e: "Reconheo, por verdade, que Deus no faz acepo de pessoas; pelo contrrio, em qualquer nao aquele que o teme e faz o que justo lhe aceitvel" (Atos 10:34). Em contraste com o estilo formal e o apelo a todos os homens para adorarem, encontrados no Salmo 100, o Salmo 103 pessoal e emocional. Escrito