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VISÃO PARA A EXPANSÃO III (Rev. Tetsuo Watanabe) Objetivar a Grandiosa Expansão ( Hiyaku Hatten) 1 - Como foi o nosso crescimento nestes últimos dez anos? Neste momento, acho que o mais importante para cada um de nós é refletir bem sobre estes dez anos que atravessamos com a purificação da Igreja, tentando descobrir o quanto ficamos mais fortes, até que ponto nos tornamos pessoas realmente amadas por Meishu-Sama, será que nos tornamos Chefes de Igreja merecedores de grande crescimento, quanta confiança conseguimos ganhar nestes dez anos. Se não nos preocuparmos com o nosso crescimento dentro da fé, nunca conseguiremos definir uma meta para o nosso empenho. E se isso realmente acontecer, talvez teremos que ter outra vez, uma nova purificação dentro de nossa Igreja Shinsei, dentro das áreas, das igrejas, das casas de difusão, e dentro mesmo de nossos lares, semelhante àquela que vivemos nestes últimos dez longos anos. 2 - Obra Divina e Obra Humana ( auto crescimento para ser utilizado na Obra Divina ) 2.1 Eliminar o Gá O que um ministro ou um missionário realmente precisa prestar muita atenção é, antes de mais nada se conscientizar de que ele não pode desenvolver a Obra Humana e sim, procurara desenvolver a Obra Divina. Sobre a diferença entre Obra Humana e Obra Divina, creio que já tenha explicado em outra ocasião, mas vou dizer novamente: o ponto mais importante no desenvolvimento da Obra Divina é sempre termos em mente a firme convicção de que somos os instrumentos utilizados por Deus e Meishu-Sama, na construção do Paraíso aqui na Terra. 1

Visão Para a Expansão III

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VISÃO PARA A EXPANSÃO III(Rev. Tetsuo Watanabe)

Objetivar a Grandiosa Expansão ( Hiyaku Hatten)

1 - Como foi o nosso crescimento nestes últimos dez anos?

Neste momento, acho que o mais importante para cada um de nós é refletir bem sobre estes dez anos que atravessamos com a purificação da Igreja, tentando descobrir o quanto ficamos mais fortes, até que ponto nos tornamos pessoas realmente amadas por Meishu-Sama, será que nos tornamos Chefes de Igreja merecedores de grande crescimento, quanta confiança conseguimos ganhar nestes dez anos.

Se não nos preocuparmos com o nosso crescimento dentro da fé, nunca conseguiremos definir uma meta para o nosso empenho. E se isso realmente acontecer, talvez teremos que ter outra vez, uma nova purificação dentro de nossa Igreja Shinsei, dentro das áreas, das igrejas, das casas de difusão, e dentro mesmo de nossos lares, semelhante àquela que vivemos nestes últimos dez longos anos.

2 - Obra Divina e Obra Humana ( auto crescimento para ser utilizado na

Obra Divina )

2.1 Eliminar o Gá

O que um ministro ou um missionário realmente precisa prestar muita atenção é, antes de mais nada se conscientizar de que ele não pode desenvolver a Obra Humana e sim, procurara desenvolver a Obra Divina. Sobre a diferença entre Obra Humana e Obra Divina, creio que já tenha explicado em outra ocasião, mas vou dizer novamente: o ponto mais importante no desenvolvimento da Obra Divina é sempre termos em mente a firme convicção de que somos os instrumentos utilizados por Deus e Meishu-Sama, na construção do Paraíso aqui na Terra.

Como somos seres humanos, temos nossas fraquezas, e sem perceber, quando fazemos alguma coisa de bom, logo nos dá vontade de pensar, de falar: “Fui eu que fiz, isso é fruto do meu esforço”. E essa postura é a demonstração do nosso Gá.

Realmente, é muito difícil eliminar o Gá, mas de alguma forma precisamos eliminá-lo. Se não estivermos sempre pensando “Preciso eliminar o meu Gá, tenho de eliminá-lo!”, o Gá vai dominando nosso coração e acabamos caindo no inferno da presunção. Nesta hora, já não recebemos mais Luz e até aquele sentimento de amar as pessoas vai enfraquecendo cada vez mais. Em contrapartida, só o seu egoísmo é que vai aumentando de tamanho.

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É nessa hora que você acaba sendo manipulado pelos espíritos malignos e espíritos de animais, e quando menos se percebe já se tornou uma pessoa simpatizante dos conflitos, que vive procurando o erro dos outros, para falar mal, julgar, recriminar, e acabar criando um ambiente pesado ao seu redor. Num lugar como esse, não se consegue criar ninguém. Como a Luz não consegue penetrar, o amor não cresce e a expansão pára.

É por isso que acho que todos os ministros que querem crescer querem expandir, precisam sempre estar pensando onde e como é preciso mudar.

Existe aquela frase: “Devem ter gá e não devem ter gá; é bom que o tenham, mas não o manifeste”. Mas como podemos nos tornar pessoas que consigam controlar o gá? Acho que o mais importante é sempre pensar: “Não posso soltar o gá, não posso!” Outro ponto importante é ter a firme convicção de que você é uma pessoa que está sendo utilizada por Deus. Toda vez que receber alguma graça, basta pensar: “Meishu-Sama, muito obrigado por mais esta graça! Realmente sou muito grato por estar sendo utilizado por Meishu-Sama!” Assim, o gá não se manifesta. Acontece muito no relacionamento humano: quando o gá entra em cena, um passa a recriminar o outro.

2.2 Tornar-se uma pessoa que Meishu-Sama possa utilizar facilmente

Acho que todos nós nos tornamos ministros pensando em ser realmente utilizados na Obra Divina e na construção do Paraíso Terrestre. Por isso, precisamos nos tornar pessoas que Meishu Sama possa utilizar facilmente. Aqueles que possuem gá muito forte são difíceis de ser utilizados por Meishu Sama. Quando um superior \olha para um subalterno, não acontece à mesma coisa? É difícil de lidar com pessoas com gá forte. É preciso ter muita sabedoria para utilizar uma pessoa com gá forte. Ou seja, normalmente, é difícil de utilizar.

Ë por isso que Meishu Sama: “A obediência em primeiro lugar”. Não é segundo lugar. Não há nada que supere a obediência. O importante é sempre pensar no fundo do coração com o sentimento de obediência: “Meishu Sama, me utilize, por favor! Esquecer esse sentimento é o mesmo que um canário esquecer de cantar. Quando chegar nesse, pode acreditar que está saindo da obra Divina e entrando na ”obra humana”.

Para eliminar o gá, é preciso aceitar obedientemente a tarefa que é dada, empenhando todas as suas forças nela. Muitas vezes, há aqueles que olham a diretriz definida pela sede e pensam: “Olha, acho melhor pensar mais um pouco sobre isso... Será que realmente...” tirando suas próprias conclusões, não dando muita consideração à Diretriz. Há ainda que diga: “Bem, os menos espertos vão pondo em prática, mas eu não: vou esperar os resultados das outras Igrejas e depois vejo o que faço...” Essa é uma prova clara do puro gá.

2.3 O aprimoramento que recebi para me fortalecer

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Como eu sou uma pessoa que tem o gá muito forte, passei por vários aprimoramentos que lapidaram a minha alma.

Quando eu tinha 25 anos, fazia difusão pioneira numa Casa de Johrei no Rio de Janeiro. Um dia, um senhor com aproximadamente 40 anos chegou até a minha casa. Ele veio de São Paulo, mas na verdade, estava fugindo, pois havia feito várias trapaças por lá.

Depois de fugir da perseguição da polícia, acabou batendo na minha porta e me suplicou: “Ministro, por favor, me deixe ficar aqui!”Pensei comigo: “Quer dizer então que ele é um trapaceiro que fugiu para cá? Mas se eu não conseguir salvar nem uma pessoa como ele, como conseguirei salvar o mundo”? E acabei aceitando que ele ficasse em minha casa.

Só que logo depois ele disse: “na verdade, trouxe a minha mulher e meus filhos juntos...” e entrou com a família e tudo na minha casa.

Primeiro ele me pediu pra ensinar a ministrar Johrei e lhe ensinei o básico. Porém, depois de uma semana, ele já agia como se fosse o chefe da casa. Talvez pelo fato de eu só ter 25 anos e ele já ter 40 anos, estar casado e ainda dormia no quarto que ficava no lugar mais nobre da casa, que era o dos fundos.

Quando vinha alguém para receber Johrei e perguntava qual dos dois era o Ministro, eu respondia que era eu, mas todo mundo achava que era o outro. Assim, ele aproveitava a situação e acabava se impondo, chegando a ponto de me mandar: ‘Ei, vá ali ministrar Johrei!“ Pensei comigo: ”Que descarado... empresto um quarto e já se acha o dono da casa!”

Enquanto eu ministrava Johrei, ele ficava bebendo pinga, cachaça no quarto dos Mas eu fundos, e aquele cheiro de álcool chegava até onde nós estávamos. Perdi a conta de quantas vezes tive que costurar o “saco da paciência”... Foi numa destas vezes que me lembrei de um conselho que meu pai me deu antes de ir para o Brasil. “Filho, como você tem o “pavio curto”, nunca deve chamar a atenção de alguém quando se está com os nervos à flor da pele; primeiro aclame-se e depois procure um ponto positivo nesta pessoa, e só então, pode chamar a atenção, dar bronca, etc.” Lembrando-se destas palavras, não consegui falar mais nada para aquele senhor.

Mas bastava ouvir o barulho do chinelo dele, que já me dava vontade de explodir; é engraçado, mas quando mais você procura controlar o seu ódio, mais o ódio aumenta.

Além disso, teve uma vez que ele pegou todos os envelopes das caixas de donativos e saiu sozinho, dizendo que iria fazer uma viagem sem a mulher e os filhos. Falar-se em “controlar a raiva”, mas isso já era demais! Foi um ano Inteiro de sofrimento com dias infernais. Lógico que na parte da dedicação, estava alcançando muitas graças, mas era só olhar para a cara dele, que o sangue já me subia na cabeça! Pensava: “Se eu não conseguir salvar uma pessoa como ele, como vou conseguir salvar o mundo? ” sentia que Meishu -

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Sama estava querendo que eu aprendesse sobre a necessidade de ganhar a capacidade de suportar, agüentar, tolerar as coisas.

Assim, procurei ver as coisas desta forma até o dia em que comecei a pensar em oferecer Johrei para ele. Na verdade, ainda queria dar um chute bem dado nele, mas pensava: “ não posso, não devo, preciso amá-lo, preciso amá-lo... ” até que consegui ministrá-lo Johrei. A partir daí as coisas começaram a mudar e dentro do dentro do meu coração, passei a perdoá-lo por todas as coisas.

Como ele só ministrava Johrei em pessoas ricas, um dia ele conseguiu um emprego através de uma destas pessoas. Então ele veio até mim e disse: “Ministro, a partir de hoje estou saindo de sua casa! ” , e acabou indo embora por conta própria, sem mesmo eu ter precisado despejá-lo de casa. Só que foi embora por levando tudo da minha casa: desde o velho barulhento ventilador até os copos que bebia água. Só porque eu falei: “pode levar o que quiser...” , levou tudo embora e deixou a minha casa “pelada”...

Mas o bom foi que os membros vinham acompanhando tudo e quando viram ele levar tudo embora, chegaram perto de mim e disseram: “Ministro, foi bom assim! Agora o senhor vai ter tudo novinho em folha!” Todos os membros se mobilizaram e em uma semana, minha casa já estava cheia de coisas novas.

Deram-me até um cofre! Aí eu pensei: “Ah, agora que chegou o cofre, o dinheiro vai começar a entrar.” E foi exatamente o que aconteceu: o donativo foi aumentando cada vez mais e finalmente pude merecer construir a nossa Igreja.

Pensando bem agora, se naquela época eu tivesse pensado somente de forma humana, em um mês, eu já teria expulsado aquele homem da minha casa. Mas como eu senti que era Meishu-Sama quem estava me dando aquele aprimoramento para me fortalecer, para eu ter forças para tolerar, agüentar qualquer situação, realmente admito que aprendi muitas coisas com aquele homem. Hoje sinto muita gratidão por ele.

2.4 Descobrir a Vontade Divina em todas as situações com que deparamos

Meishu-Sama sempre nos ensina que precisamos descobrir a Vontade Divina em todas as coisas que acontecem ao nosso redor. Mas será que não estamos desenvolvendo a Obra Divina sem nos dar conta desta orientação?

Toda vez que alguma pessoa aparece na minha frente, procuro pensar em três pontos: 1) Será que ela é uma pessoa que veio para unir forças e dedicar junto comigo? 2) Será que ela é uma pessoa que veio para me fortalecer, me lapidar, me orientar? 3) Será que ela é uma pessoa que veio para eu servi-la e através desta dedicação, aprender alguma coisa com ela? Isto já virou um costume, depois de praticá-la muitas e muitas vezes.

O resultado dessa prática é que a gente chega à conclusão de que toda pessoa que aparece à nossa frente tem alguma missão a cumprir, ou seja, é

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um instrumento que nos foi outorgado para ajudar no nosso crescimento, para nos fazer instrumentos mais capacitados para servir a Deus e para nos proporcionar ganhar mais condições para receber a força que salva muitas pessoas.

Quando estamos nos empenhando para encontrar as “almas de ouro” e só encontramos “almas de latão”, precisamos aceitar que isto acontece porque Meishu-Sama está querendo nos dizer: “No momento, só as almas de latão combinam com você...” Mesmo que a pessoa que apareça na nossa frente tenha alma de latão, precisamos nos empenhar o máximo para ajudá-la, dar vida a ela, dando-lhe tarefas para cumprir.

Se assim o fizermos, pouco a pouco vamos começar a merecer almas de bronze, depois almas de prata e finalmente, as almas de ouro vão aparecer de todos os lados na nossa frente. Este tipo de pensamento, de buscar sempre o seu crescimento espiritual, é algo que todos os ministros, todos aqueles que querem seguir Meishu-Sama, precisam ter dentro de seus corações.

Meishu-Sama não realiza todos os nossos sonhos; muito pelo contrário, Ele nos dá muitas coisas que a gente não gosta, de propósito. Este é o que chamamos de “chicote de Deus” ou “chicote do amor”. Basta pensarmos assim que Meishu-Sama cada vez mais vai nos utilizar, pois ficamos mais “fáceis” para sermos utilizados. Enquanto ficamos pensando que não vamos ser úteis, mesmo que Ele queira nos utilizar, não pode fazê-lo. É por isso que é muito importante termos uma fé centralizada em Meishu-Sama e o coração sempre voltado para Ele.

Todos os dias, vários tipos de pessoas vêm até à Casa de Difusão. E acho que existe também, muitas pessoas que estão ali para orientar aqueles que chegam na Difusão, mas que escolhem as pessoas que vão orientar. Se for do tipo que combina com o orientador, ele atende; mas se for uma pessoa que não é do seu tipo, manda logo outra pessoa atender. Desta forma, nunca vai aparecer uma pessoa de qualidade na sua unidade. Isso porque, mesmo aquele elemento de boa qualidade que chega ali, logo passará a ter má qualidade. Não importa o tipo de pessoa que chega na sua unidade: se fizer o que precisa ser feito, com certeza muitos elementos de boa qualidade vão aparecer. Isso é a base da Difusão!

2.5 Um check-up do seu auto crescimento para ser útil a Deus

Acredito que para sermos úteis a Deus, precisamos fazer sempre uma checagem de alguns pontos em relação ao nosso aprimoramento, tais como estes que cito a seguir:

1. Como está o tamanho do meu GÁ e do meu apego? Consegui eliminá-los?2. Será que estou conseguindo pensar sempre de forma “positiva”?

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3. O meu sônen está grande ou pequeno? Será que não preciso fazê-lo ficar

maior?4. Será que eu já me tornei uma pessoa que agradece todos os dias?5. Será que consigo ver todas as coisas de forma Daijo?6. Estou conseguindo praticar o Amor Altruísta?7. Estou sendo amado pelas pessoas que estão ao meu redor?8. Será que realmente já me tornei uma pessoa simpática que pensa sempre no

próximo?9. Estou conseguindo praticar o “ Kokoro-kubari “ ( estar sempre atencioso

prestativo)?10. Estou obedecendo a ordem e respeitando o bom senso?11. Até que ponto estou pensando na felicidade das outras pessoas, empenhando

todo meu esforço?12. Será que estou conseguindo formar um ambiente, onde as pessoas fiquem

alegres e descontraídas?13. Será que ganhei a confiança das pessoas?

Se todos nós checamos um a um, todos os pontos que citei acima, seremos grandes instrumentos úteis a Deus.

3. O que significa a palavra “HIYAKU HATTEN” ( Grande Crescimento )

No ano passado, os senhores se esforçaram bastante e comparando os resultados obtidos com os do ano anterior, notamos que cada um conseguiu alcançar um certo crescimento. Mas para ilustrar este crescimento, há aqueles que utilizam a palavra “Hiyaku Hatten” ( Grande Crescimento ).

Calma, Calma! “Hiyaku Hatten” acontece quando o crescimento é assustador, deixa qualquer um de queixo caído. E o resultado do ano passado não assustou ninguém, não é? Se tiver alguém que alcançou um crescimento que assusta qualquer pessoa, levante a mão por favor. Ninguém levantou a mão, não é? Por isso eu falo que ainda não é “Hiyaku Hatten”. O dia em que você ficar assustado com o número de pessoas que não param de entrar na sua Igreja, assustado com a quantidade de dinheiro que entra na caixa de donativo, assustado com a multidão de novos membros que lota a cerimônia de outorga de Ohikari, ai sim, pode dizer que está sendo amado por Deus e que alcançou o “Hiyaku Hatten” .

(1) O primeiro passo é quebrar a sua casca

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Se você ainda não alcançou o estado de “Hiyaku Hatten”, deve primeiro pensar que dentro de você há algo que está errado. Entretanto, as pessoas que possuem GÁ forte, não pensam assim. Mesmo Meishu-Sama dizendo “A obediência em primeiro lugar”, “O homem depende do seu pensamento”, as pessoas acabam deixando as coisas importantes de lado, não dando importância ao número um, ao número dois, ao número três, e dão valor ao número sete, oito, nove em nível de importância, se empenhando como se fosse o que há de mais importante, suando a camisa em coisas erradas. E vivem pensando: “Puxa, me empenho tanto nas dedicações, mas mesmo assim, não consigo merecer expansão”.

E se não consegue crescer, logo joga a culpa em alguém, dizendo que o problema está na Diretriz da Igreja que não presta, que a culpa é do Chefe do Departamento de Difusão, do Chefe da Comissão de Difusão, e há ainda aqueles que dizem que o presidente da Igreja é que é o culpado! Para mim, o fato de não crescer está na própria pessoa que não consegue descobrir o ponto vital das coisas.

Se observamos os locais que estão crescendo, encontraremos exatamente aquilo que Kyoshu-Sama sempre nos falou: as pessoas são extremamente obedientes. O empenho delas é totalmente baseado na obediência. À medida que eles vão se empenhando de corpo e alma nas dedicações, vão ganhando também inteligência, Luz, harmonia, força e aprendizado, proporcionando assim, um maior crescimento. Este é o caminho da expansão!

Creio que já tenham ouvido falar sobre “quebrar a casca”, mas na verdade, essa casca é aquela em que estamos presos a ela. Existem vários tipos de cascas. Tem aquela em que a pessoa teima até o fim em um certo ponto de vista, ou seja, fica prisioneiro de sua própria casca.

Se quer crescer, é preciso quebrar a casca, mas como é penoso, dolorido, prefere deixar como está. Mas é enfrentando aquilo que é penoso e dolorido, que se ganha condições para quebrar a casca. O melhor é que cada um quebre a sua própria casca, mas se não conseguir, pode pedir para outra pessoa quebrá-la para você.

Quebrar a sua própria casca não é nada fácil. Se tiver gá, ai é que não quebra mesmo. É preciso primeiro eliminar o gá e depois tentar quebrar a sua casca. Também, só eliminar o gá, não significa que quebrou a sua casca. Tem que eliminar o gá e quebrar a casca. Assim, gostaria que cada um procurasse “pesquisar” a melhor forma de como se quebrar uma casca.

1.1 Quando está “preso” dentro da sua casca

Eu logo consigo saber quando um supervisor de área, ou chefe de Igreja, responsável de casa de Difusão ou de casa de Johrei está preso em sua casca: basta ver se está crescendo ou não. Quando ele pára de crescer, perde o espírito de busca, não busca mais orientação, não demonstra interesse em

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aprender com o colega que está tendo bons resultados ou perde a vontade de crescer, pode apostar que já está preso à sua própria casca. Nesta hora, eu pego um grande martelo e dou-lhe uma grande pancada para quebrar a sua casca. Depois que ele crescer mais um pouco, nasce mais outra casca, e novamente lá vou eu bater o martelo para quebrar a casca dele. Este tipo de pessoa precisa de um “profissional em quebrar cascas”.

1.2 Como quebrar a casca?

Depois da década de 70, dentro da nossa Igreja praticamente acabou aquela relação “mestre-discípulo” que existia antigamente. Hoje, existe “superior” e “subalterno”, e ninguém considera mais seu superior como seu “mestre”. Assim, o ministro também, com receio de ser odiado pelo subalterno, acaba não dando mais broncas. Ele sabe que se chamar a atenção do subalterno com muita rigorosidade, este vai começar a falar mal do superior para os outros. Por isso, o ministro não é mais severo como antigamente.

Um exemplo. Havia um certo supervisor de área, responsável por mais de 12 mil membros que de repente parou de crescer. Mesmo vendo os seus colegas supervisores continuarem crescendo, ele não demonstrava nenhum interesse em querer aprender com os outros. Mesmo na hora em que todos estavam jantando juntos, e começavam a falar sobre como estava cada área, ele sempre procurava mudar de assunto, pois se saísse o assunto sobre crescimento, expansão, ele certamente iria passar vergonha.

Durante a reunião, mesmo quando seu colega apresentava uma maravilhosa experiência de fé, não procurava aprender com aquilo, e sem interesse, dormia em plena reunião. Eu fiquei observando-o por alguns meses e procurava o momento certo, até que um dia, tive a chance e chamei-lhe a atenção:

- “Você sabe por acaso o motivo da sua área não estar crescendo? Sabe onde e em quem está o problema?”E ele respondia de forma bem habilidosa: - Reverendo, a causa não está nem no Chefe de Igreja, nem no

Chefe de Difusão e nem nos membros. A causa está dentro de mim!

A resposta estava certa, mas eu rebatia:- Qual o tipo de aprimoramento você está fazendo?- Tenho me esforçado em várias coisas ...- Mas no que você está se esforçando? Você já foi procurar

aprimorar na Igreja X que está crescendo bastante e desenvolvendo um grande trabalho?

- Não Reverendo, ainda não.- Por que ainda não foi? Isso é presunção! Como você acha que do

jeito que está, já é o suficiente, a sua área não cresce. Mesmo

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que seja na Igreja de um ministro mais jovem que você, quero que vá lá aprimorar imediatamente! Agora!

E ele rapidamente respondeu:- Sim Senhor!

Mas ele foi obediente só na resposta. Fiquei sabendo que ele não foi a nenhum lugar aprimorar. Depois de um mês, ele veio à minha sala e disse:

- Reverendo, gostaria de agradecê-lo pela bronca que recebi no mês passado. Durante todo este mês fiz muita reflexão, procurei fazer aquilo que achei que precisava, cheguei a pensar em ir a algum lugar para aprimorar, mas no fim não deu para ir. Mas mesmo assim, sou muito agradecido ao Senhor.

- O que? Eu não quero ver vodê mais na minha frente!Falei tão energicamente que ele ficou sem palavras e saiu da minha

sala. Soube que logo que saiu da minha sala, foi desabafar com seu colega, dizendo:

- Estou acabado! Fui despedido!E este seu colega supervisor lhe deu a bronca:

- Por que você ainda está aí parado? Se o Reverendo falou, então faça já as suas malas, vá comprar a passagem do primeiro vôo que tiver. Quando já tiver com a passagem na mão, ligue para ele e diga o seguinte: Reverendo, já estou indo. Com a sua licença! E desligue o telefone. Basta fazer isso!

Essa foi a orientação que o seu colega lhe deu.Depois de dois meses de aprimoramento, ele retornou para a sua área

com força total. Em três meses, a sua área cresceu tanto que os números do resultado chegavam a confundi-lo com outra área.

Bastou o próprio supervisor quebrar a sua casca, para isto refletir na grande mudança que aconteceu na sua área. Incrível, não acham? Imaginem a força que um responsável possui ... é demais! Ela pode mudar uma área inteira! Será que todos aqui possuem um superior que oriente assim, firme e forte? Se não possuírem, e acharem que apareceu alguma casaca, podem vir pedir para mim, que eu quebro a casca de todos vocês. É só pedir: Reverendo, quebre a minha casca, por favor!

1.3 Pessoas que não deixam os outros crescerem

Nos locais onde a atividade de difusão não cresce, existem sempre “profissionais” em não deixar expandir a Obra. Pode ser Igreja como Casa de Difusão, se não está crescendo, observem bem que vão descobrir os “profissionais” do não-desenvolvimento. Eles ficam de manhã até à noite dentro da Igreja, desanimando as pessoas. Se algum membro chega e diz: “Estou pensando em me despojar de tudo e fazer sacrifícios, deixe disso...” Então vem outro membro e diz: “Estou pensando em distribuir muitos Jornais Kômyo para as pessoas...” e novamente o “profissional” está lá para

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desanimar: “É melhor não fazer este tipo de coisa...” Realmente ele acaba com o ânimo de todas as pessoas. Fora isso, ele ainda fala mal das outras pessoas, vive fofocando, maculando o mundo espiritual do local, desanimando todas as pessoas. Nos locais onde existe um “profissional” como este, nunca vai haver expansão, crescimento. Mas quando vamos procurar saber quem é este “profissional”, geralmente acabamos descobrindo que nós somos estes “profissionais”.

Para poder expandir, é preciso aumentar o número de pessoas que conseguem encaminhar outras pessoas. E para isso, é preciso fazer com que os membros se sintam motivados a dedicarem no encaminhamento. São os responsáveis que precisam dar esta motivação aos membros. Mas ironicamente, parece que a maioria dos “profissionais em desmotivação”, são eles próprios.

Assim, nas palestras sobre donativo ou sobre expansão e desenvolvimento, quando o ministro fala: “Senhores membros, este ano é o ano do Kiyaku Hatten (grande desenvolvimento)! Vamos todos, cada um, procurar difundir para cem pessoas!” , ele cansa de falar, mas os membros nem estão se preocupando com o que ele está falando. Sabem por que? Já ouvi membro reclamar do ministro: “Se nem ele mesmo consegue praticar, como é que ele fica mandando os outros fazerem? Outro dia, levei uma pessoa de primeira vez na Igreja e então, solicitei uma entrevista com o ministro. Mas logo falaram que ele não podia atender naquela hora. Depois fiquei sabendo que eu fui bem na hora do melhor momento do jogo de beisebol que ele assistia na televisão. Por isso não era fácil marcar uma entrevista com ele. Um Chefe de Igreja que age desta forma, pode falar o quanto quiser, que ninguém vai querer ouvi-lo”. Na Igreja onde tem um responsável como ele, todos os membros acabam perdendo a motivação.

O verdadeiro responsável pela desmotivação dos membros é o próprio responsável da unidade. Basta mudar o responsável para a Igreja inteira mudar. Tudo culpa do ministro responsável. Mas nenhum responsável quer pensar que ele mesmo é a causa de tudo. Assim, se todos os ministros, desde os supervisores de área até os responsáveis pelas Casas de Johrei quiseram merecer a expansão, o desenvolvimento, precisam mudar primeiro o próprio interior, pois só assim, todo mundo muda.

Meishu-Sama já nos ensinou que os responsáveis das unidades, como o próprio nome já diz, têm muita responsabilidade e grande capacidade para influenciar muitas pessoas, por isso, precisam sempre estar em estado de aprendizado e aprimoramento.

(2) A expansão está no aumento de pessoas capacitadas a encaminhar

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Para podermos merecer a expansão, a fórmula básica é aumentar o número de pessoas que conseguem encaminhar novos membros. Se você quer dobrar o número de membros, o que deve fazer? Basta dobrar o número de pessoas que salvam outras pessoas. Procure saber quantas pessoas dentro da sua Igreja conseguem encaminhar um ovo membro em um mês, ou então em um ano. Se houver 10 pessoas, então pense em como fazer para aumentar para 20 pessoas. E já vá pensando em como aumentar, no ano que vem, de 20 para 40. Assim, é muito importante definir de forma concreta as metas, e se empenhar o máximo para alcançá-las.

Um dia, o responsável pela difusão na África me ligou e disse: - Reverendo, finalmente conseguimos formar 1.500 missionários

na ÁfricaE eu retruquei:

- Espera aí! Que negócio é esse de 1.500 missionários? Até estes dias atrás, você me disse que havia formado 500 membros que conseguem encaminhar uma pessoa por mês ...

Mas ele confirmou: É isso mesmo! Aqueles 500 agora são 1.500!- Então você está me dizendo que a partir de agora vai formar

1.500 membros por mês? Perguntei, e ele novamente confirmou:

- Sim, Senhor!Ele me ligou especialmente para fazer este relatório para mim. E

continuei:- Muito bem, entendi o seu relatório. Então daqui a três meses, me

telefone novamente. Quero saber se está conseguindo ou não.E assim, confirmou a sua meta.Ele me contou que há oito anos atrás, ele começou a se empenhar na

formação de missionários, e definiu a seguinte meta; primeiro, formar dez pessoas que conseguem encaminhar novos membros; depois dobrar para vinte pessoas, e depois para quarenta, de quarenta dobrar para oitenta, e assim por diante. Baseado nisso que veio colocando em prática a formação de elementos humanos e em oito anos, conseguiu chegar a este belo resultado.

Se compararmos com oito anos atrás, já multiplicou não sei quantas vezes o número de missionários. E isso não é nada difícil: se hoje você tem dez, se esforce para dobrar para vinte. Quem tem vinte, em um ano, procure transformar em quarenta. Mas o mais importante é observar bem, cada um dos membros, e quando descobrir um elemento que tem futuro, convide-o, empenhe toda sua força nele e forme-o.

2.1 A prática de falar com cem pessoas

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Só porque encaminhou e salvou uma pessoa, não pense que já completou a sua missão. Na Diretriz da Igreja, tem o seguinte slogan: “Salvar cem pessoas – praticar o Johrei – tornar-se uma pessoa que salva outras pessoas” (Nota do tradutor, este slogan pertence à Diretriz de Difusão da Igreja do Japão). Por que a prática de falar com cem pessoas? É porque através desta prática, gostaria que todos soubessem o quanto é difícil encontrar uma pessoa que tenha afinidade com a gente e depois descobrissem qual o esforço que se precisa dispor para encaminhá-la.

Se não souber dar o valor a isso, quando chegar uma pessoa na sua Igreja, você não vai logo pensar: “Ah, ela é uma pessoa com quem eu tenho afinidade!”, ou “Ah, ela é uma pessoa que foi enviada por Meishu-Sama!” e logicamente, não vai empenhar todas as suas forças o sentido de salvar esta pessoa. Nem mesmo vai dar atenção aos vovôs e vovós que vêm sempre na Igreja. Eles ficam tão carentes ...

É por isso que quero que os senhores suem a camisa para sentirem na pela que para se fazer difusão, é preciso alegrar e agradar todas as pessoas que vêm até a Igreja, além de proporcionar a motivação a todos que frequentam a sua Igreja.

2.2 Como motivar uma pessoa

A longo da prática de falar com cem pessoas, se conseguir encaminhar cinco pessoas, aposte todas as suas forças nestes cinco novos membros. Durante 24 horas por dia, pense somente nelas.

Eu já fui Chefe de Igreja com 4 mil, 5 mil, 6 mil pessoas recebendo Johrei constantemente. Mas logo no início, por um bom tempo, não consegui ministrar um Johrei sequer. Entretanto, quando tive a permissão de ministrar o primeiro Johrei, dediquei todas as 24 horas do meu dia para esta pessoa. Quando aumentou para cinco pessoas, foi a mesma coisa: dedicava 24 horas por dia para todas elas.

Assim, mesmo que consiga encaminhar dez pessoas, dê atenção completa a elas. Não adianta deixar estas pessoas de lado e começar a fazer outras coisas, pois não é assim que se consegue a expansão. Meishu-Sama está mandando: “salve esta pessoa!” então precisamos salvá-la. Se a salvarmos, mereceremos nos encontrar com outras novas pessoas.

Freqüentador encaminha freqüentador. Novos membros encaminha novos membros. Isto é básico. Quem já encaminhou centenas, milhares de pessoas sabe o que estou falando. É bem mais fácil um freqüentador trazer outro freqüentador para a Igreja.

Ele fala para o seu conhecido: “Ei, eu comecei a ir naquela Igreja. Você não quer vir junto também?” Esta é a forma mais fácil para trazer alguém para a Igreja. Se um membro diz: “Olha, eu sou membro da Igreja. Você também não quer ir lá?”, a pessoa não vai. Como eu disse há pouco, “freqüentador encaminha freqüentador”. No caso dos novos membros, é a mesma coisa: “Olha, o que eu estou fazendo agora é muito bom, viu? Além de enriquecer

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meus conhecimentos, essa Igreja tem um ambiente muito alegre e legal”, dizendo isso, o novo membro acaba trazendo uma outra pessoa para a Igreja junto. Se esquecermos estas regras básicas, nunca alcançaremos o Grande Crescimento, que é o Hiyaku Hatten!

Eu ainda me lembro da época em que tinha 7 anos de idade. Minha mãe sempre me pedia para ministrar Johrei nela. Eu só tinha 7 anos e é lógico que meu Johrei não era nada maravilhoso, mas mesmo assim, ela dizia: “Nossa, meu filho, o seu Johrei é realmente sensacional!” E isso ficou gravado dentro da minha cabeça, acreditando naquilo, e mesmo na escola, sempre ministrava Johrei nos colegas. Naquela época, os membros da Igreja eram conhecidos como “Ohikari-san”, e na época do primário, todo mundo sabia disso, e se alguém estivesse com dor de barriga, o pessoal logo dizia: “Vá lá falar com o Watanabe, que ele levanta a mão para você, aparece uma diarréia e esta dor passa rapidinho”. Isso aconteceu só porque minha mãe elogiou o meu Johrei, me motivou e comecei a ganhar confiança nele.

Se conseguirmos motivar uma pessoa por dia, conseguiremos formar em um ano, 365 pessoas com plena confiança no Johrei que ministra. Em três anos, serão mais de mil pessoas, não é?

E aquelas pessoas que foram motivadas por você e que ganharam a confiança no Johrei, vão passar isso para outras pessoas, e assim vai aumentando o número de pessoas motivadas. Tudo começa pequeno, motivando apenas uma pessoa por dia. Através do empenho ao longo de três anos, você já terá conseguido formar uma Igreja com mais de mil pessoas recendo Johrei, todos os dias. E se continuar, vai conseguir quatro mil, cinco mil pessoas recebendo Johrei. Eu consegui isso!

Quando eu fazia difusão no Rio de Janeiro, todos os dias, eu só pensava nisso: Quantas pessoas eu consegui motivar hoje? Quantas pessoas eu encaminhei para ser útil à Obra Divina? Não pensava em outra coisa. Por isso que eu acho que era um “distribuidor de dedicação”.

Uma semana depois que havia distribuído a dedicação para as pessoas, eu as chamava para confirmar se estavam conseguido praticar ou não aquilo que eu havia determinado. Para aqueles que faltavam um pouco de motivação, eu falava: “Por favor, ministre-me Johrei”. Esta era uma tática eficaz, pois muitas pessoas às vezes não ministram Johrei nos outros, porque acham que o seu Johrei não funciona. Assim, eu procurava receber Johrei com eles, para mostrar exatamente que o Johrei deles era tão bom, que poderia ministrar até no reverendo. É lógico que estou dizendo para motivar uma pessoa por dia, mas isso e o mínimo, ou seja, “pelo menos uma pessoa por dia”.

Vamos nos esforçar para motivar as pessoas. Vamos também orar, pedir a Meishu-Sama a melhor forma de motivar as pessoas. Batendo sempre nesta mesma tecla, o próprio Chefe de Igreja vai sentir que a sua motivação também

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está ficando cada vez maior. Podem pensar da seguinte forma: no início, pode até ser que a motivação seja pequena, mas à medida que ganhar a autoconfiança, esta motivação também vai aumentar com certeza.

2.3 O encaminhamento, a formação e o desenvolvimento estão dentro

do mesmo plano

Como já disse, depois de encaminhar tem que formar este novo membro. O importante é fazer com que este novo membro, em um ano se torne uma pessoa que consiga encaminhar outra pessoa. Trazer uma pessoa até a Igreja, encaminhá-la para a fé, formá-la e alcançar a expansão, tudo pertence ao mesmo plano. Assim, deixar de lado aquela pessoa que você acabou de encaminhar, só para fazer uma outra coisa que não tem nada há ver, está fora do ponto vital. É este ponto que gostaria que todos prestassem atenção.

2.4 A importância de definir uma meta bem objetiva

É muito importante definir a meta de forma objetiva e concreta. “Tantas pessoas até tal dia”, é assim que se define a meta: com números. Quando definimos as metas de forma clara, os resultados também aparecem de forma clara. Ao contrário, quando as metas são meio “opacas”, os resultados também o são.

2.5. Vamos pensar num “efeito integrado” entre as três Colunas da

Salvação

Gostaria que em todas as áreas, Igrejas, etc. desenvolvessem aprimoramentos para debater como desenvolver a Obra Divina, para obtermos um “efeito integrado” entre as três Colunas da Salvação, que é o Johrei, a Agricultura Natural e a salvação através do Belo.

Já ouvi muitas pessoas dizerem: “Eu sou da difusão, portanto basta eu ministrar Johrei e assim já está bom”. Mas isto é errado. Não se pode dizer: “como você é técnico em Agricultura Natural, a parte da Agricultura Natural fica por sua conta”ou, “Sanguetsu é só com o pessoal do Sanguetsu”. O verdadeiro missionário precisa saber sobre todas as três colunas. É preciso saber não só sobre o princípio da Agricultura Natural, como também sentir sua grandiosidade, saber como se cultiva o solo, conhecer a importância de se saber qual o tipo de semente que se precisa produzir, tudo isso é bom saber um pouco de cada.

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À medida em que vamos compreendendo o princípio da Agricultura Natural, aumentamos também o conhecimento sobre o Johrei; à medida em que vamos compreendendo a salvação através do Belo, descobrimos também a grandiosidade do Johrei. Assim, para podermos obter um “efeito integrado” entre as três Colunas da Salvação, precisamos transformá-las em uma única e grande coluna. Este é o meu desejo.

Nestes dias atrás ouvi o relatório sobre as atividades da Korin. Me disseram que o grupo jovem e os membros distribuíram mais de 10 toneladas de cebola para a comunidade. Ensacaram as cebolas em sacos com 3 quilos mais ou menos, e começaram a entregar às pessoas juntamente com a Filosofia da Salvação. Na hora de entregar, eles diziam: “Dentro deste saco têm cebolas que foram produzidas através do método de Agricultura Natural, baseado na filosofia messiânica. É um presente! Coloque na sua comida e se gostar, venha visitar a nossa fazenda!”

Neste dia, um dos jovens que estava dedicando ali veio até a min e disse: “Reverendo, se entregar assim de garça, nunca vamos ter lucro...” e eu respondi: “Olha, este pensamento de vender as cebolas só para ganhar dinheiro, está totalmente errado! Se entre 100 pessoas que ganharam as cebolas, houver pelo menos uma que tenha afinidade com a gente, imagine se ela fizer 10 por cento do seu salário de donativo... E depois do donativo, se ela passar a dedicar em prol da Obra Divina, vamos chegar à conclusão de que aquela cebola passou a ter o valor de cem reais!”

Senhores, se em todas as áreas houverem aprimoramentos apresentando às pessoas esta forma de pensar, certamente todos hão de merecer uma nova e maravilhosa expansão em suas unidades religiosas. Vão poder divulgar a Filosofia da Salvação através da Agricultura Natural; vão também poder distribuir as flores produzidas através do método da Agricultura Natural, dizendo às pessoas para vivificá-las colocando todo seu sentimento. Creio que se distribuir o Jornal Messiânico juntamente com uma flor ou com uma verdura, o efeito vai ser bem melhor, pois as pessoas vão ler o jornal com mais interesse. A partir daí, estará nascendo uma nova Igreja Messiânica Mundial, empreendedora de uma obra de salvação digna de uma Ultra-Religião.

O Presidente Matsumoto nos disse que o Plano Divino do Elemento Terra está na construção do Solo Sagrado de Quioto. Se estamos falando de “Elemento Terra”, então raciocinem comigo: por mais que queiramos semear a terra, antes de tudo precisamos começar pela preparação do terreno, para que a semente a ser plantada ali, possa germinar, crescer e transformar numa nova planta. Mas não vale usar as sementes transgênicas, pois estas sementes não produzem sementes, ou seja, são estéreis. O bom são as sementes obtidas através de hortas caseiras, pois estas são férteis, produzem outras sementes. Com os membros é a mesma coisa: aquele que consegue encaminhar, forma outra pessoa que consegue encaminhar, forma outra pessoa que consegue encaminhar. Esta é a nossa forma de difusão! Esta sim, é a verdadeira coluna de sustentação da Igreja Renovada, que levará adiante o Plano Divino do Elemento Terra.

Desejo que todos os senhores definam suas metas, buscando claramente um crescimento maior para este ano, superando os resultados do ano passado.

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