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ABIM 005 JV Ano XII - Nº 102 - Out/18 Vote Consciente! A Pátria do Avatara Clama por Melhores Dias!

Vote Consciente!Maçonaria, conceitos de cidadania pelo jornal Correio Braziliense, fundado por ele com edição regular ate 1822, quando cidadania deixou de ser uma utopia e passou

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ABIM 005 JV Ano XII - Nº 102 - Out/18

Vote Consciente! A Pátria do Avatara Clama por Melhores Dias!

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A Revista Arte Real é um periódico maçônico virtual, fundado em 24 de fevereiro de 2007, de periodicidade mensal, distribuído, gratuitamente, pela Internet, atualmente, para 27.874 e-mails de leitores cadastrados, no Brasil e no exterior, com registro na ABIM - Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, sob o nº 005 JV, tendo como Editor Responsável o Irmão Francisco Feitosa da Fonseca, 33º - Jornalista MTb 19038/MG.

www.revistaartereal.com.br - [email protected] - Facebook RevistaArteReal - (35) 99198-7175 Whats App.

EditorialEstamos às vésperas de mais um pleito

eleitoral, quando estaremos definindo os destinos de nosso querido Brasil. Poderia ser mais uma eleição, mais um dia em que temos que cumprir tal obrigação e ter a certeza de que nada vai mudar no cenário caótico da política brasileira. Lamentavelmente, o momento está bem pior do que antes. Nossa pátria corre grande perigo, pois, ao longo do tempo, maquiavelicamente, as forças do mal se implantaram, preparando este momento.

A metáfora da rã na panela, bem representa o povo brasileiro. Uma rã que foi colocada em uma panela com água fria, sobre o fogão, e descomprometida com seu próprio destino, nadava tranquila e feliz. Acenderam um fogo brando e a água, bem devagar foi esquentando, ficando morna e agradável ao banho. A rã com vista, apenas, no prazer de um banho quentinho, vivia feliz, e nem percebia que a água esquentava mais e mais, até que a temperatura da água subiu mais do que o suportável, e quando ela deu conta, morreu cozida.

Esta foi a estratégica “gramscista” (leiam sobre Antonio Gramsci) implantada no Brasil, com o populismo de Bolsas de todos os tipos, às classes mais necessitadas, criando-se uma dependência, e se perpetuando no poder. Em suas estratégias consta a implantação na população de um dualismo, em quem não for a favor de suas ideias, é considerado um inimigo, passivo de represálias, agressões, vandalismo, destruição do patrimônio público e privado. Semearam o ódio, a intolerância, a total falência da instituição família, a vulgarização da mulher, um ser com a nobre missão de dar a Luz e bem educar os filhos; corromperam a educação de nossas crianças. Esses são, apenas, uns dos painéis que formam o cenário caótico da realidade do Brasil.

Não bastasse a carência cultural existente em nosso país, as escolas estão recheadas de “professores” pervertidos, que insistem em

querer influenciar nossas crianças ao descaminho da sexualidade. Transformaram o Arte em promiscuidade. E o que falar da qualidade da música de hoje? A mentira como bandeira, a mídia comprada, invertendo todos os valores, seguindo, fielmente, a filosofia dos “Cadernos do Cárcere”.

Paira uma nuvem negra sobre a Pátria que tem como nobre destino ser “o Santuário da iniciação do gênero humano a caminho da sociedade futura”, conforme nos revelou o insigne Professor Henrique José de Souza, fundador da, hoje, Sociedade Brasileira de Eubiose. Tantas outras profecias envolvem o Brasil, ao ponto do mais respeitado médium do Brasil - Chico Xavier, através de uma obra psicografada, expressar ser o “Brasil, o Coração do Mundo, a Terra do Evangelho”.

Isso aumenta, em muito, as responsabilidades daqueles que, não por um acaso, nasceram em “Terras Brasilis”. A crescente degradação da espécie humana, na atualidade, revela-nos o que diz as escrituras hindu, com o período de maior densidade, a chamada “Kali Yuga”, ou a “Idade do Ferro”, dos gregos, período no qual os valores morais declinam e a materialidade sobrepujam a espiritualidade. Neste momento, tudo está sendo colocado à mostra, a fim de que seja feita uma Grande Limpeza, e um Novo Ciclo tenha início, para aqueles que ficarem fieis aos desígnios da Divindade, independente de qual religião ou filosofia estiver seguindo.

Nesta Eleição, em especial, precisamos votar conscientemente, pois nossas responsabilidades são bem maiores, devido ao grande perigo que ronda a nação, que foi escolhida para ser o berço de uma Nova Civilização. Neste momento, a água na panela está quase em ebulição e a descomprometida rã (os eleitores), nem percebe na armadilha em que entrou. O Brasil espera, mais do que nunca, que cada um cumpra com o seu Dever! Pensem nisso!

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Revista Arte Real nº 102 - Out/18 - Pg 03

É público e repugnante o quadro caótico que se encontra a política brasileira. Escândalos de corrupção e sucessões de denúncias se renovam

no cotidiano brasileiro. É tanta “lama” que assola o país, que nossas esperanças de um Brasil mais justo e digno de se viver submergem, levando-nos ao desânimo. Esse é, justamente, o desejo desses maus políticos: acharmos que o dia de eleição é o feriado da agonia, pois, o que vemos, é que nada tem mudado. A história, sempre, repete-se! Por quê?

Essa visão desanimadora motiva, ainda mais, a nossa omissão como eleitor e leva, consequentemente, uma corja de “políticos” ao poder, gerando, com isso, a corrupção e tudo de mal ao desenvolvimento da nação. Temos que participar! O voto antes de ser um dever é um direito e, quando usado conscientemente, transforma-se na ferramenta perfeita para se construir um mundo melhor. É a “Alavanca de Arquimedes”, como gostamos de falar, deslocando, em nome da Democracia, os enormes obstáculos que se antepõem ao progresso do país.

O Voto Consciente é, apenas, parte que nos cabe como cidadãos. Faz-se necessário, ainda, fiscalizar as ações de nossos políticos, seus projetos, denunciar atitudes que comprometam os interesses da população.

Precisamos resgatar o sentimento de patriotismo; emocionarmo-nos ao cantar o nosso hino e ao ver tremular, aos ventos de uma nova Era, o nosso Pavilhão da Esperança. Ao contrário de expressarmos desânimo, quando assistimos aos quase, sempre, “fétidos” noticiários sobre a política nacional, desabafando com expressões como: “O Brasil não tem jeito!” Devemos mostrar nossa repugnância nas urnas, até porque o Brasil, que acham que não tem jeito, somos todos nós e temos que fazer a parte que nos cabe. Enfim, esse é o país que gostaríamos que os nossos filhos e netos herdem?

“Transforme-se e o mundo se transformará!” Esta sábia frase sintetiza tudo que estamos redigindo em vários parágrafos. Apresentaria outra, com a permissão do leitor, de autoria de Mahatma Ghandi, como: “Seja você a mudança que você quer no mundo!”

“Res non verba!”, ou seja, menos palavras e mais ação! Belas frases, mas não será com frases belas que modificaremos a situação, precisamos de ação. Salvo se ouvirmo-las com o ouvido da consciência e colocarmo-las em prática em nosso “teatro da vida”.

A transformação deve começar primeiro em nós, como afirma Ghandi. Quantas vezes repudiamos os políticos corruptos, protestamos no silêncio dos nossos lares e nada fazemos? Por sua vez, atos como, avanço de um sinal de trânsito ou a dificuldade do andamento de uma documentação em uma repartição pública, leva muitos a dar uma “cervejinha” para facilitar as coisas. Será que esses podem reclamar dos maus políticos? Quantas vezes criticam-se na política o chamado “toma lá, dá cá” e, no seio de nossos lares, ao tomar conhecimento das baixas notas que os filhos vêm alcançando, na escola, logo, promete-se uma bicicleta para que ele se esforce e passe de ano? Pior que conviver com esses corruptos atuais, os quais devemos incessantemente combate-los e extirpa-los da política, é estimular uma nova geração a se portar com o mesmo raciocínio!

No Oriente, “O Loto” - a flor sagrada, nasce em meio ao lodaçal, desabrochando com uma alvura de rara beleza e de um significado muitíssimo especial.

Reflitamos profundamente sobre isso e façamos surgir da lama que assola a política atual, a alvura do loto de novos tempos, regando-o com uma postura de um verdadeiro eleitor e Iniciado que somos, fazendo valer a Democracia Participativa, através do nosso voto consciente e da fiscalização dos nossos políticos.

Será Que Estamos Fazendo a Nossa Parte?

Francisco Feitosa

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Revista Arte Real nº 102 - Out/18 - Pg 04

Inicio delimitando no tempo - século XIX - e no espaço – Brasil - a fim de melhor construir nossas considerações. Dalmo Dallari, em Direitos Humanos e Cidadania,

São Paulo: Moderna, 1998, afirma ser o latim a origem da palavra cidadania, “civitas”, que significa cidade, aplicada na Roma antiga indicava os direitos políticos de uma pessoa.

Ao aceitar tal origem é inevitável constatar que a Maçonaria foi à vanguarda em nosso país para este tema tão importante. Oferecemos ao Brasil, já no início do século XIX, Hipólito José da Costa Furtado de Mendonça que deu vazão aos seus, ou porque não afirmar da Maçonaria, conceitos de cidadania pelo jornal Correio Braziliense, fundado por ele com edição regular ate 1822, quando cidadania deixou de ser uma utopia e passou de um objetivo a uma conquista com nossa Independência do julgo português e assim abrimos as portas para as conquistas de nossos direitos sociais.

Diante da independência uma mancha triste maculava a nossa cidadania, a ESCRAVIDÃO, contudo não tardou para que a Maçonaria oferecesse ao Brasil Antonio de Castro Alves, o poeta da abolição, além de Rui Barbosa de Oliveira e sem esquecer do Padre Almeida Martins que em 1872, em um discurso exaltando a Lei do Ventre Livre, em uma Loja Maçônica, desencadeou, para muitos historiadores, o estopim da crise na monarquia nacional.

Com a conquista da cidadania de nossos irmãos negros mais uma vez a Maçonaria presenteia o Brasil com o que seria conhecido como o “pai da república” Bejamin Constant Botelho de Magalhães que ao regressar da Guerra do Paraguai não abre mão de seus ideais republicanos, além de Antonio Silva Jardim que trabalhou incansavelmente com seus artigos no jornal A Tribuna até ao primeiro comício público pró-república no Brasil, no Teatro Guarani em Santos no ano de 1888.

Proclamada a República pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que não por acaso era um de nossos irmãos, a cidadania avança pelo século XX e alcançamos em 1988 a Carta Magna conhecida com a Constituição Cidadã.

A nossa Constituição em seu primeiro artigo entende como princípio fundamental o direito à cidadania que se inicia com a dignidade humana até ao pluralismo político, já no terceiro artigo deixa explícito que devemos enquanto nação “...promover o bem de todos,...”

Contudo ao falar de nossa Lei maior, que podemos discordar de alguns pontos, mas faço a ressalva que não é lícito nem inteligente afirmar que a Constituição esta errada, não, a lei máxima de um país nunca está errada, em seu quinto artigo e em bom português – “a cereja do bolo” – ao afirmar que todos são iguais perante à lei, homens e mulheres, que é livre a manifestação do pensamento e que é inviolável a liberdade de consciência, enfim os seus setenta e oito itens são a certidão de nascimento da cidadania do povo brasileiro.

O quinto artigo de nossa Constituição nos traz à lembrança de Robespierre, da revolução patrocinada pelos ideais de nossa Maçonaria, em que seu lema virou a base para o exercício da cidadania – “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.

Como podemos observar devemos trabalhar diuturnamente para a consolidação de nossa cidadania, vivemos ainda em um país de grandes injustiças sociais, contudo a Maçonaria não se furta a este bom combate, um exemplo é este concurso que chama a nos irmãos caçulas desta família universal a pensar sobre Maçonaria e Cidadania.

Maçonaria e Cidadania

Jorge Luiz Alves Gonçalves

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Confúcio e a Arte de Governar

Gilmar Marcílio

Confúcio, o grande pensador chinês do século cinco antes de Cristo, sonhou com um governo ideal. De todos os ensinamentos

presentes nos “Analectos”, sua obra mais conhecida, destacam-se os que dão ênfase à questão política. Não como a temos hoje em dia, em que tudo se reduz ao fisiologismo e a alianças espúrias para a aprovação de medidas que interessam, somente, a quem está no poder. Uma triste e patética realidade que deformou os princípios presentes nos grandes tratados, que se debruçam sobre o tema. Direcione a conversa para este assunto e a esmagadora maioria lhe dirá da repulsa que sente diante dos incontáveis escândalos envolvendo os que deveriam nos servir de modelo. Resta-nos louvar, neste tempo espúrio, a possibilidade de se fazer críticas contundentes, transformando a palavra censura, apenas, num eco distante. Embora alguns sonhem em diminuir esse espaço de liberdade tão duramente conquistado.

Confúcio tentou implantar um governo, na província que administrou, baseado em princípios que soariam aos nossos parlamentares, como a mais ingênua das utopias. E, no entanto, a despeito da descrença que, atualmente, grassa em quase todas as pessoas, esse homem conseguiu colocar em prática muitas ideias que, ainda, reverberam hoje em dia. E que todos nós gostaríamos de ver plasmadas como a mais perfeita forma de conduzir um povo.

Ele acreditava que a coerência, a integridade e a honestidade só poderiam ser implantadas numa esfera mais ampla, se tivessem primeiro sido forjadas no âmbito doméstico. Ninguém é capaz de conduzir mil homens se não consegue fazer-se

respeitar em sua própria casa. Para ele, o espaço familiar era uma espécie de laboratório, onde os dramas e as pequenas vitórias haveriam de servir como experiência para administrar uma cidade, um estado, uma nação. Quem não conseguisse dominar a si mesmo e ser admirado pelos que estão mais próximos, jamais, teria a capacidade ou mesmo a autoridade para determinar o caminho justo e reto a ser seguido. Estamos muito longe desse ideal. Basta ver o quanto a educação passou por um processo de terceirização, desobrigando os pais de suas responsabilidades mais elementares. Na medida em que se deixa de lado a condução moral e ética de um filho, pouco se pode esperar de uma pessoa que detenha um cargo de chefia. É tão elementar isso. Tornamo-nos pragmáticos e obsessivos, vendo no outro um empecilho para alcançar rapidamente os nossos propósitos. Que outra palavra poderia definir isso senão egoísmo? O verdadeiro governante, segundo o pensador que nos serve como orientador para essas reflexões, está preocupado, acima de tudo, com o bem comum.

Em seus princípios estava embutida outra verdade: um povo feliz e consciente de suas responsabilidades não precisava esbarrar o tempo todo em plaquetas (visíveis ou não) que dizem “isso é permitido; isso não é”. A proliferação de tantas regras significa que não sabemos mais como agir por conta própria. Quando precisamos de um guia para discernir o certo do errado é porque perdemos o rumo e a capacidade de fazer as escolhas com consciência. A ampliação da vigilância, realizada pela esfera pública sobre a privada, sinaliza tudo o

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que fomos deixando pelo caminho. É, por isso, que a filosofia, sempre a filosofia, é a melhor bússola para resgatar o que de mais nobre se esqueceu ao longo da história. Grandes líderes mundiais foram ávidos leitores dos tratados que esses sábios nos legaram. Os outros, ah, os outros foram varridos para baixo do tapete, deixando-nos, tão somente, um corolário de mentiras e vaidades, que se apagou assim que foram substituídos em seus cargos.

O modelo de governar que Confúcio apresentou é um precioso alerta. Hoje, nossa postura predominante passou a ser a da omissão. Não vi, não ouvi, não me interessa falar sobre isso, portanto. Mas sabemos que agir assim, apenas, amplia o espaço para os que governam para si mesmos continuem atuando impunemente. Talvez, aqui e agora, as coisas nos pareçam imutáveis. Nunca são quando há interesse genuíno e um sentido forte de comunidade. Não como a entendamos hoje em dia, quando a palavra pátria passou a ser utilizada, apenas, em campanhas de marketing. Quem de nós colocaria diante de sua casa a bandeira do Brasil e diria: como eu me orgulho dela! Desconfio que o percentual seja bem pequeno. Eu luto constantemente contra esse desânimo que se abate sobre mim toda vez que me deparo com notícias tão desalentadoras. E, sempre, faço-me essas perguntas: mas onde e quando irão gastar tanto dinheiro? Será pelo prazer de roubar, simplesmente? E os honestos (ainda os há, claro) devem se surpreender falando uma linguagem destinada ao fracasso.

Poderíamos começar a educação política afixando esses ensinamentos do Mestre no gabinete de todo aquele que detém algum tipo de poder: “A virtude não é solitária; ela, sempre, tem vizinhos.” Ou ainda: “Um cavalheiro considera o que é justo; um homem pequeno considera o que é vantajoso.” Duas frases que nos ensinam a verdadeira arte de governar.

“Você não pode mudar o vento, mas

pode ajustar as velas do barco

para chegar onde quer”.

(Confúcio)

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VOTOUma Arma Poderosíssima!

“O Brasil Clama pela Responsabilidade do Seu Voto Consciente”.

Nelson Vieira

O voto é uma arma que, também, tem restrições, isto é, para conseguir o porte o postulante tem de cumprir uma série de

exigências legais, que permite ao cidadão, a cidadã, efetuar o(s) tiro(s), votar.

É uma arma que é acionada de tempo em tempo e, seu manuseio depende do detentor da mesma, o que significa dizer que o atirador tem que verificar o estado da arma, que tipo de munição, se a alça de mira está no jeito, ter noção da distância provável, desse para com o alvo a ser atingido. Faz-se necessário muito treinamento.

Aliás, todos sabem que para usar uma arma requer, além do porte, muita pratica, domínio e controle das ações. Uma arma não é para ser motivo de exibição e o seu uso tem que ser preciso e com segurança.

O tiro ou tiros oriundo(s) da arma (voto) pode (m) causar danos irreparáveis e de grande monta, quando à silhueta escolhida e atingida não satisfaz o esperado, como dizem: “o tiro saiu pela culatra”.

Diferente das armas conhecidas, de domínio público, o voto (arma) não correspondido, gera efeitos desastrosos, por exemplo, a pessoa escolheu em quem votar (houve convencimento), votou e, depois o eleito deixou a desejar no exercício do cargo eletivo, pronto, a vaca foi para o brejo.

Por isso é muito importante aproveitar bem o tiro, digo o voto. É preciso ter calma e boa pontaria,

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pré-requisito no acionamento da arma para alcançar êxito..

O voto é fundamental para designar alguém para representar e conseguir conquistas que visem melhorias para a população num todo. Um tiro bem dado rende dividendo e, quem os recebe sabe da valia que ele tem.

Na mira do povo devem ficar os alvos dispostos a serem alvejados, mas poucos são os que receberão os tiros, ou melhor, os votos para representar o povo no período determinado para tal fim, onde ficarão expostos, envoltos numa moldura, com certas regalias. É bom que se diga que tudo tem início, meio e fim, nada é eterno, enquanto mortais.

Aproxima-se o dia “D”, a arma deverá estar pronta e bem municiada, faz-se necessário mirar nas figuras decentes, para não incorrer em desperdícios e arrependimentos.

Fala-se muito que os políticos são todos iguais, não é bem assim. Como em tudo há os bons e os ruins, cabe ao povo fiscalizar através de

instituições governamentais e não governamentais, mais de perto e cobrar deles (políticos) atitudes pró-população, sempre. E, é uma necessidade exigir prestações de contas, o que deveria ser uma obrigação de parte dos representantes do povo, mediante os votos recebidos para cumprirem dignamente com o dever de fazer o melhor possível por aqueles que delegaram o poder para representá-los (olha que responsabilidade).

Aqui para nós, ocupar cargo público eletivo é bom, porque vejam, a maioria busca a reeleição. Vai daí que, quem quer permanecer tem que mostrar serviço, fazer por merecer.

Saibam acionar os gatilhos para bem acertar as figuras. Amanhã depois, as figuras de hoje é que irão representar o povo das nossas cidades, estados e país, nos cenários sócio, econômico e político, nos poderes executivo e legislativo do Brasil.

Tenham uma boa pontaria, através do voto, uma arma poderosíssima.

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Revista Arte Real nº 102 - Out/18 - Pg 09

Às vésperas do pleito eleitoral 2018, diante do perigo de ver a história se repetindo, em meio a uma grande parte de uma população que não tem

cultura, memória, nem tão pouco comprometimento com o Brasil, resolvemos, pelo bem do futuro de novas gerações, transcrever o texto abaixo, de autoria do Mestre Cláudio Fernandes, publicado no site “História do Mundo”, para alertar os mais desinformados, vivemos os perigos de uma guerra interna. Não bastassem as duras lições de 1964, hoje, o Brasil sob os influxos de uma filosofia “Gramscista”, deixa de ostentar sua Sagrada Bandeira áurea e verde para desfraldar a bandeira de um partido, assim como aconteceu na Alemanha, e o resultado todos sabem, mas não custa nada relembrar, através da matéria abaixo! Que Deus tenha compaixão do povo brasileiro!

“A expressão “Nazismo” deriva da sigla “Nazi”, que foi usada como abreviatura para o “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães”, organizado por Adolf Hitler na década de 1920. Em 1919, ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha, tendo perdido a guerra, foi submetida a humilhações e cobranças por parte dos países vencedores. A população ficou marcada por essas humilhações e por vários outros efeitos da guerra, que se refletiam em todos os setores: econômico, social, cultural etc. Essa atmosfera pós-Primeira Guerra produziu um enorme ressentimento nos alemães com relação aos outros países, fato que revigorava o extremismo nacionalista na Alemanha, originado ainda na segunda metade do século XIX.

A reorganização política da Alemanha após a Primeira Guerra ficou conhecida como a República de Weimar, cidade onde foi elaborada a constituição que deu as novas diretrizes políticas ao país. O Nazismo se articulou dentro da República de Weimar, junto com vários outros partidos e facções políticas e paramilitares que fizeram pressão contra o novo poder instituído. Dentre essas outras facções havia o movimento espartaquista, uma facção comunista influenciada pela Revolução Russa de 1917 e liderada por Rosa Luxemburgo.

Do ponto de vista econômico, a República de Weimar conseguiu resultados satisfatórios entre os anos de 1924 e 1929, principalmente por conta de investimentos estrangeiros, sobretudo vindos dos Estados Unidos. Entretanto, com a Grande Depressão Americana, a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, a economia alemã naufragou junto com a de seu principal investidor. Essa nova situação de declínio econômico favoreceu a radicalização das propostas do Nazismo.

Adolf Hitler, nascido em 1889 na Áustria, havia participado da Primeira Guerra como soldado combatente da Tríplice Aliança. Após a guerra, Hitler passou a integrar um grupo de ex-combatentes, de trabalhadores e de membros da classe média alemã que passou a desenvolver uma ideologia cujo objetivo era resgatar a dignidade política da Alemanha, o passado glorioso alemão, isto é: dar continuidade aos dois grandes impérios que a Alemanha já havia protagonizado. Esse grupo

Antes Que a História se Repita!

Francisco Feitosa

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fundou o Partido Nazista, que se tornou o suporte político para o desenvolvimento do que Hitler denominou “Terceiro Império” (Terceiro Reich).

Ainda antes da derrocada econômica de 1929, Hitler e seus aliados tentaram tomar o poder. Em 1923, os nazistas articularam um golpe no estado da Baviera e acabaram sendo presos e condenados. Na prisão, Hitler aperfeiçoou sua ideologia e a deixou registrada no livro “Minha Luta” (“Mein Kampf”). Todo o programa que o Partido Nazista viria a executar estava nesse livro. Através do Partido Nazista, Hitler conseguiu, gradativamente, eleger representantes no parlamento da República de Weimar e também chegar ao segundo posto mais importante da chefia do país: o de chanceler, ficando apenas abaixo do presidente Von Hindenburg.

Em 1933, após o parlamento alemão ter sido criminosamente incendiado (e o crime ter sido reportado aos comunistas), Hitler e os nazistas passaram a pressionar o presidente Hindenburg a lhe dar maiores poderes. A partir deste ano começou propriamente a ditadura nazista. Com a morte de Hindenburg, em 1934, Hitler agregou à sua pessoa os títulos de chanceler, de presidente e de “fürer”, senhor e líder, de todos os alemães. O regime nazista passou a ter um caráter completamente totalitário.

As características principais do nazismo, enquanto ideologia instituída no poder, derivaram-se das ideias de Hitler desenvolvidas no período da prisão. O controle da população por meio da propaganda seria uma de suas principais ferramentas. O uso do rádio e do cinema foram decisivos neste processo para que as ideias nazistas fossem propagadas. O antissemitismo era uma dessas ideias. O ódio aos judeus, a quem Hitler atribuía a culpa por vários problemas que a Alemanha enfrentava, sobretudo problemas de ordem econômica, intensificou-se no período nazista. Fato este que culminou no Holocausto

– morte de mais de 6 milhões de pessoas em campos de concentração, dentre elas, a maioria de judeus.

Associado ao antissemitismo, estava a noção racista e eugenista da superioridade do homem branco germânico, ou da raça ariana, e a construção de um “espaço vital” para que esta raça construísse seu império mundial. Esse espaço vital compreendia vastas regiões do continente europeu, que segundo os planos de Hitler deveriam ser invadidas e conquistadas pelos germânicos, já que a raça estava incumbida, por conta de sua superioridade, de se tornar “senhora” sobre os outros povos.

As ideias de Hitler convenceram boa parte da população alemã, que criam que sua figura de líder era a garantia de uma Alemanha próspera e triunfante. Essas características do nazismo conduziram a Alemanha à Segunda Guerra Mundial, uma guerra, ainda mais, sangrenta que a anterior, e ao horror da “indústria da morte” verificada nos campos de extermínio”.

Dias 07 e 28 de outubro de 2018, o seu voto poderá mudar o rumo da história. A Pátria do Avatara Clama pela consciência do seu Voto! Se não formos parte da solução, por si só, já seremos parte do problema! Brasil acima de tudo! Pense nisso!

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Revista Arte Real nº 102 - Out/18 - Pg 11

Poucos Irmãos têm consciência do momento delicado pelo qual passamos. A maioria não se apercebeu de que estas eleições, representam

um divisor de águas. Muito mais do que uma simples escolha de um governante, trata-se do momento de escolha sobre qual o destino que desejamos para nosso país. Qual país deixaremos para as próximas gerações?

Não se trata, apenas, da troca de um governante, mas, sim, de qual direção social deverá orientar o futuro do Brasil. Duas linhas de pensamentos disputam a governança do Brasil: a Socialista e a Democrática. Mas as perguntas que ficam no ar são: será que o brasileiro está amadurecido para avaliar a extensão das consequências de sua escolha? Tem noção dos reflexos a toda nação, consequentes a escolha que vai fazer? Será? A escolha por uma administração pseudosocialista corrupta ou por uma administração socioeconômica mais disciplinada?

E qual é nosso papel, como maçons que somos ditos “Construtores Sociais”? Quais as iniciativas se esperam de um “iniciado”, tal qual como nos rotulamos? Assistir, passivamente, o momento que passa, como há tantos anos já o fazemos, ou interferir diretamente, da forma que nos é possível agora, através do voto? Temos esta responsabilidade, ainda, que façamos “vista grossa” para os fatos que nos circundam, fingindo não os perceber.

Na Maçonaria predomina a presença de Irmãos de maior idade, e “na velhice os passos são mais lentos, porque o velho carrega uma criança, um jovem e um adulto na própria história”. A maturidade nos trouxe a experiência, senão a sabedoria. Mas esta característica, também, traz-nos maior responsabilidade, a de ingerirmos destinos de nossa nação, influindo naqueles espaços em que nos situamos, naqueles que nos cercam...

Deus, Pátria e Família são os alicerces de nossa Doutrina, metas prometidas em nossas iniciações. Aqueles a quem devemos nossos trabalhos e dedicação.

Pode-se alegar não haver um candidato ideal para escolha, mas as propostas viciadas que já conhecemos não devem permanecer à frente da direção dos destinos de nossa nação. Se não temos o “candidato ideal”, hoje, elejamos “o menos ruim” e trabalhemos para que, em futuro próximo, tenhamos elementos melhores e mais aptos para os cargos diretivos de nossa nação.

Façamos nossa reflexão e partamos para a “boa luta” no pouco tempo que nos resta, para um futuro país melhor para as gerações vindouras.

O autor é médico obstetra e ginecologista, presidente da AMEM-Brasil - Associação de Médicos Maçons e Membro Correspondente da Academia Maçônica Fluminense de Letras, autor dos livros “Um estudo Sobre a Fisiologia da Alma” e “Em Busca da Libertação”.

Alfredo Roberto Netto

REFLEXÃO!O que devo fazer como Maçom que sou, neste momento político?