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WA1 - GHOSP - 2º/3º SEM - N - GESTÃO DE MATERIAIS, CONTRATOS, TERCEIRIZAÇÃO E LICITAÇÃO Visão geral Apresentação da disciplina: A disciplina de Gestão de Recursos Materiais tem como foco o gerenciamento de materiais dentro do ambiente empresarial hospitalar. Na disciplina, são demonstradas algumas técnicas de gerenciamento de estoques e procedimentos logísticos que proporcionam agilidade no processo administrativo e consequente melhora no gerenciamento e atendimento aos clientes. Assim, são trabalhados temas relacionados a níveis de estoques, função de compras organizacionais e processos logísticos. Objetivos: Demonstrar ao aluno a administração de materiais em toda cadeia de suprimentos logístico. Trabalhar a gestão de estoques de produtos hospitalares na âmbito da coordenação de materiais de consumo. Demonstrar o processo de compras de materiais para hospitais públicos e privados. Conteúdo Programático: Nosso programa, que será dividido entre as teleaulas e as web-aulas, compreende os elementos básicos que compõem uma pesquisa em Gestão Hospitalar. Primeiro, vamos aprender o que são e como se delimitam os problemas e as hipóteses em pesquisa. E ainda, como fixar os objetivos para essa pesquisa. Também, estudaremos as etapas para se realizar um estudo científico em nossa área até chegar à redação do texto acadêmico. Finalmente, vamos conhecer os principais tipos de trabalhos acadêmicos e as respectivas normas para sua elaboração. Metodologia:

WA1 - GHOSP - 2º e 3º SEM - N - GESTÃO DE MATERIAIS, CONTRATOS, TERCEIRIZAÇÃO E LICITAÇÃO

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  • WA1 - GHOSP - 2/3 SEM - N - GESTO DE MATERIAIS, CONTRATOS, TERCEIRIZAO E LICITAO

    Viso geral

    Apresentao da disciplina:

    A disciplina de Gesto de Recursos Materiais tem como foco o

    gerenciamento de materiais dentro do ambiente empresarial hospitalar.

    Na disciplina, so demonstradas algumas tcnicas de gerenciamento de

    estoques e procedimentos logsticos que proporcionam agilidade no

    processo administrativo e consequente melhora no gerenciamento e

    atendimento aos clientes. Assim, so trabalhados temas relacionados a

    nveis de estoques, funo de compras organizacionais e processos

    logsticos.

    Objetivos:

    Demonstrar ao aluno a administrao de materiais em toda cadeia de suprimentos logstico.

    Trabalhar a gesto de estoques de produtos hospitalares na mbito da coordenao de materiais de consumo.

    Demonstrar o processo de compras de materiais para hospitais pblicos e privados.

    Contedo Programtico:

    Nosso programa, que ser dividido entre as teleaulas e as web-aulas, compreende os elementos bsicos que compem uma pesquisa em Gesto Hospitalar. Primeiro, vamos aprender o que so e como se delimitam os problemas e as hipteses em pesquisa. E ainda, como fixar os objetivos para essa pesquisa. Tambm, estudaremos as etapas para se realizar um estudo cientfico em nossa rea at chegar redao do texto acadmico. Finalmente, vamos conhecer os principais tipos de trabalhos acadmicos e as respectivas normas para sua elaborao.

    Metodologia:

  • Os contedos programticos ofertados nessa disciplina sero desenvolvidos por meio das Tele-Aulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dvidas em tempo real), Aula Atividade por Chat para aprofundamento e reflexo eWeb Aulas que estaro disponveis no Ambiente Colaborar, compostas de contedos de aprofundamento, reflexo e atividades de aplicao dos contedos e avaliao. Sero tambm realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participao em Frum, atividades prticas e estudos independentes (auto estudo) alm do Material do Impresso por disciplina.

    Avaliao Prevista:

    O sistema de avaliao da disciplina compreende em assistir a tele-aula,

    participao no frum, produo de texto/trabalho no portflio,

    realizao de duas avaliaes virtuais, uma avaliao presencial

    embasada em todo o material didtico, tele-aula e web aula da

    disciplina.

    GESTO HOSPITALAR

    WEB AULA 1 Unidade 1 Introduo Gesto de Materiais

    Gesto de Materiais1

    A Gesto de materiais em hospitais tem o propsito bsico de colocar

    recursos necessrios ao processo de prestao de servios com a

    qualidade adequada, na quantidade e no tempo correto com o menor

    custo possvel.

    Podemos definir materiais como todas as coisas contabilizveis que

    entram como elementos constitudos ou constituintes na linha de

    atividade de uma empresa. E a Gesto de Materiais exerce uma funo na

    empresa que planeja, coordena, direciona e controla todas as atividades

    ligadas a aquisio de materiais para a formao de estoques, desde o

    momento de sua concepo at seu consumo final.

    Nos hospitais, deve ser observado que itens como equipamentos mdico-

    hospitalares, mobilirios, veculos no so categorizados como materiais,

  • pois no sero consumidos. Neste sentido, os produtos de consumo, tais

    como medicamentos, seringas, alimentos, materiais de escritrio, de uso

    cirrgico que sero consumidos em algum momento so categorizados

    como itens materiais, e neste foco que trabalharemos neste texto.

    Acessem o link http://www.slideshare.net/igovbrasil/compras-publicas-435743e vejam uma apresentao da Secretaria de Gesto Pblica do Estado de So Paulo no qual abordam a Gesto de Compras Pblicas.

    Controle de Estoques

    Estima-se que aproximadamente 25% dos gastos em um hospital so

    decorrentes de consumo de materiais com uma quantidade em torno de

    5.000 itens de consumo em mdia. O gerenciamento destes recursos

    deve ser dado de maneira sistemtica devido a sua parcela financeira e

    tambm ao controle de excessos ou falta de itens que pode gerar

    prejuzos empresa.

    A falta ou excesso de estoque de materiais est relacionado falta de

    gerenciamento do mesmo. Atualmente, o setor de matrias est sendo

    mais valorizado pela alta administrao em funo de seu valor. E a falta

    de itens pode ser vinculada a causas estruturais, a causas

    organizacionais, e a causas individuais.

    As causas estruturais ocorrem quando o setor possui baixa prioridade

    poltica e administrativa; quando h favorecimentos por parte de diretores

    o que conhecemos como clientelismo poltico; excesso de controle

    burocrtico; centralizao excessiva das decises etc.

    As causas organizacionais um reflexo das causas estruturais, no qual

    itens como falta de profissionalismo da direo; falta de capacitao de

    pessoal; falta de objetivos claros; falta de recursos financeiros; falta de

    controle etc. levam a um descontrole organizacional na gesto de

    materiais.

    E as causas individuais em geral derivam das duas causas anteriores, em

    que a improvisao de diretoria e funcionrios desmotivados pelo

    acumulo de insatisfaes organizacionais, compelem a um descontrole.

  • Este descontrole nos leva a um ponto crtico no gerenciamento de

    estoques, que a determinao da quantidade de estoques de materiais.

    A figura 1 ilustra este ponto.

    Figura 1 Ponto Crtico no Gerenciamento de Estoque

    Fonte: Do autor

    Podemos perceber que esta relao demonstra que uma empresa que

    possui poucos itens em estoque estar correndo mais riscos do que

    aquela que possui bastante estoque, isso se d em funo de poder

    atender ou no as necessidades em relao s atividades desenvolvidas.

    Por outro lado, apesar da empresa ter menos estoque correr mais riscos,

    a mesma possui uma vantagem em relao ao fator custo, pois necessita

    de menos espao fsico para armazenagem.

    Nos hospitais podemos trabalhar com trs formas principais para

    dimensionar o tamanho do estoque.

    1. Pela Necessidade de Sade; 2. Pelas Metas de Servios; e 3. Pela Demanda da Sade.

    O mtodo de necessidade de sade considera os atendimentos

    necessrios a populao, atravs de estudos epidemiolgicos, possvel

    estimar a populao a ser atendida, os servios de sade a serem

    produzidos podendo assim estimar a necessidade de materiais.

    O segundo mtodo estima metas de servios a serem prestados atravs

    do perfil epidemiolgico da demanda e realizam estimativas baseadas em

  • servios e programas de sade para poder levantar as necessidades

    futuras de materiais.

    No mtodo de demanda da sade so analisados os servios existentes e

    os dados atuais de consumo real da sade para poder estimar a

    necessidade futura de materiais.

    Para evitar a falta de estoques podemos utilizar algumas tcnicas

    essenciais, o Sistema ABC; o Estoque Mnimo tambm conhecido como

    Estoque de Segurana; o Modelo do Lote Econmico; o Ponto de Pedido;

    e o Sistema Just in Time.

    O Sistema ABC classifica os estoques da empresa em trs grandes

    grupos: A, B e C. No grupo A esto inclusos os itens de maior

    investimento financeiro, tem uma relao de 20% dos itens de estoque

    que requerem em mdia 80% dos investimentos. No grupo B esto os

    itens intermedirios e no grupo C esto a maioria dos itens, em mdia de

    70% que corresponde a uma mdia de 5% dos investimentos financeiros.

    Neste sentido, fica claro a preocupao no gerenciamento dos itens do

    grupo A que corresponde a uma quantidade relativamente pequena dos

    itens, porm de grande valor financeiro.

    O artigo do autor Cassiano e Fernado da UTFPR tem como objetivo mostrar a relevncia da gesto de estoques no mbito organizacional dando um enfoque ao sistema ABC de controle e anlise de estoques. Acessem o link http://www.pg.cefetpr.br/incubadora/wp-content/themes/7o_epege/Gerenciamento_de_Estoques_Um_Enfoque_ao_Sistema_ABC.pdfe analisem a forma sistemtica deste modelo de gerenciamento.

    O modelo de estoque mnimo preconiza que a quantidade de itens a

    serem supridos igual a quantidade de consumo de um determinado

    perodo mais um estoque de segurana. Este estoque de segurana uma

    quantidade mnima de itens que estaro a disposio para serem

    consumidos.

    O modelo do lote econmico determina o tamanho de pedido ideal,

    considerando custos de carregamento e tambm custos de pedido, com

    objetivo de reduzir o custo total de estocagem. O custo de pedido inclui

    gastos administrativos fixos para realizao do pedido, por exemplo,

  • preenchimento da ordem de compra, processamento da documentao,

    recebimento e conferencia de pedido etc. j os custos de carregamento

    compem os custos variveis de armazenagem, seguro, perdas etc., e

    tambm o custo do capital do investimento realizado.

    H uma relao inversamente proporcional entre esses itens, visto que o

    custo de pedido diminui conforme aumenta o tamanho do pedido,

    enquanto que o de carregamento aumenta. O objetivo do modelo de lote

    econmico o de balancear os custos de pedidos com os custos de

    carregamento para encontrar um ponto timo entre eles, determinando,

    assim, o tamanho do pedido.

    O ponto de pedido definido aps a elaborao do seu lote econmico de

    compra e precisa emitir novos pedidos. Pode ser considerado como o

    tempo necessrio entre a emisso do pedido e o efetivo recebimento da

    mercadoria, confrontando com sua utilizao diria. Por exemplo, uma

    empresa sabe que precisa de quatro dias para emitir e receber um pedido

    e consome 20 unidades por dia deste item, o ponto de emisso do pedido

    ser de 80 unidades de produtos em estoque, ou seja, quatro dias. Veja

    no grfico 1 a relao do ponto de pedido com o modelo de estoque

    mnimo.

    Grfico 1 Estoque Mnimo x Ponto de Pedido

    Fonte: Do autor

  • O sistema Just in Time JIT utilizado para reduzir os investimentos em

    estoques. Parte de uma premissa que os materiais chegaro no exato

    momento em que sero consumidos. Nesta modalidade, normalmente,

    no h incidncia de estoques de segurana, quando h so muito

    reduzidos. O gerenciamento neste modelo deve ser bastante rigoroso,

    visto que um descontrole acarretaria em falta de materiais para atender a

    demanda de consumo.

    Procedimentos Fundamentais do Gestor de Materiais

    Como definimos inicialmente o gestor de materiais responsvel pelo

    abastecimento contnuo de itens de consumo que sero utilizados durante

    a produo do servio. Sendo assim, podemos destacar as principais

    funes deste gestor em perguntas que devem ser realizadas no

    momento da compra.

    O que Comprar?

    Deve ser definido o produto ou insumo certo com todas as especificaes

    que traduzem as necessidades da empresa. As especificaes do produto

    normalmente so de responsabilidade do usurio e/ou de normas

    tcnicas.

    Como deve ser comprado?

    Nesta etapa, a escolha do procedimento mais recomendvel para o

    processo de compras levando em considerao a realidade de cada

    empresa especificamente. No caso de hospitais privados podem ser

    realizadas simples cotaes e adquirir o que melhor atenda sua

    convenincia, por outro lado, hospitais pblicos dependem do fator

    licitao pblica para adquirir materiais.

    Quando deve ser comprado?

    Deve existir uma programao que determine os momentos mais

    recomendveis em todos os seus aspectos. O importante no faltar

    produtos para atendimento pleno de todas as atividades.

    Onde deve ser comprado?

  • Conhecer os melhores segmentos e as melhores e mais confiveis

    procedncias.

    De quem deve ser comprado?

    A rede de relacionamento fundamental para se comprar bem, preciso

    conhecer e ter bom relacionamento com os fornecedores

    Por quanto deve ser comprado?

    O preo justo de aquisio de materiais determinado pelo mercado e

    tambm pelo seu relacionamento com os fornecedores. Quanto maior a

    quantidade maior tambm seu poder de negociao.

    Quanto deve ser comprado?

    A quantidade ideal a ser comprada aquela que atenda as diferentes

    polticas da empresa. Por um lado no deixar faltar material e por outro

    no estocar muitos itens para no aumentar o custo de armazenagem.

    Neste sentido, importante que a o Gestor de materiais seja informado

    ou, junto com a Alta Administrao, dever determinar padres e critrios

    com o objetivo de manter um eficiente planejamento do fluxo e do nvel

    dos estoques a ser mantido.

    Web Aula 2

    Estrutura Logstica da Gesto de Materiais na Organizao

    Segundo o site Cavol Logstica, a gesto de materiais trata de todas as

    atividades de movimentao e armazenagem, que facilitam o fluxo de

    produtos desde o ponto de aquisio de matria-prima at o ponto de

    consumo final, assim como dos fluxos de informao que colocam os

    produtos em movimento, com o propsito de providenciar nveis de

    servio adequados aos clientes a um custo razovel. Podemos observar

    um organograma logstico na figura 02.

  • Figura 2 Organograma Logstico para Gesto de Materiais

    Fonte: Do autor

    Percebemos no organograma logstico trs funes complementares

    essenciais a administrao de materiais:

    A funo Compras A Gesto de Estoques E o Almoxarifado

    A funo Compras

    A funo compras a rea responsvel pelo abastecimento ininterrupto

    de toda a Organizao, atravs de sistemticas de gerenciamento que

    garantem menores custos de aquisio e qualidade mnima requerida que

    se refletir em toda a cadeia de suprimentos e produo.

    A funo compras apresenta caractersticas inerentes as suas atividades,

    tais como:

    Movimentao de grandes somas de capital Necessidade de profissionais especializados Responsvel por abastecer a organizao Carter de setor de negociao Bom relacionamento com stakeholders Deve garantir a qualidade no recebimento de materiais.

  • Figura 3 Fluxograma do Processo de Compras

    Fonte: Do autor

    Na figura 3, possvel analisar todo o processo para a realizao de

    compras dentro de uma organizao. O departamento de compras recebe

    uma ordem de compra de um setor especifico, aps esse processo analisa

    a prioridade na ordem de compra e tambm sua qualidade e preo. Neste

    processo acessa os fornecedores no qual j possuem um bom

    relacionamento para uma melhor relao entre custo e beneficio do

    material. Aps anlise o pedido cotado e avaliado, aqui entra as

    tcnicas de negociao inerentes ao setor e somente depois de autorizada

    a compra que o pedido contratado. Assim, o setor ir realizar um

    acompanhamento do pedido, receber os materiais para finalmente poder

    armazenar no almoxarifado e distribuir aos consumidores finais.

    Nesta etapa importante a empresa possuir um cadastro de

    fornecedores, no qual j foi qualificado e avaliado seu desempenho em

    negociaes anteriores. Nesta seleo e cadastro de fornecedores,

    importante a observao de alguns critrios de avaliao, veja a tabela 1.

    Tabela 1 Critrios de Avaliao de Fornecedores

    Custo Flexibilidade

    Qualidade Produtividade

  • Pontualidade Instalaes

    Inovao Capacidade Gerencial e

    Financeira

    Fonte: Do autor

    Percebemos na tabela 1, alguns itens a serem analisados no

    cadastramento de fornecedores. Um cadastro adequadamente indexado e

    constantemente atualizado traz benefcios para a empresa, tais como:

    Economia de tempo de compra; Economia de dinheiro na cotao; Garantia de melhor qualidade, condies e preos;

    Compras para o Setor Pblico e para o Setor Privado

    As compras dentro dos hospitais podem ocorrer segundo uma das duas

    modalidades: hospitais pblicos e hospitais privados.

    Compras para Hospitais da Iniciativa Privada

    Nas compras realizadas para o setor privado no h segredos, visto que a

    empresa tem total autonomia e independncia administrativa no que se

    refere a gastos com materiais.

    Alguns cuidados devem ser observados para o setor de compras nesta

    modalidade:

    Conhecer e manter atualizado o processo de cotao e compras; Manter junto ao setor do Cadastro de Fornecedores, os dados atualizados; Conhecer detalhadamente as caractersticas dos materiais a serem

    comprados; Manter um relacionamento de benefcios mtuos com os fornecedores;

    A figura 4 ilustra o processo de compras no setor privado.

  • Figura 4 Processo de compras em hospitais privados

    Fonte: Do autor

    Visualizamos neste processo de compras que o usurio (mdicos,

    enfermeiros etc.) com a necessidade de materiais realiza os pedidos de

    materiais ao almoxarifado que solicita as compras dos mesmos. Quando

    isto ocorre, o setor de compras em posse do cadastro de fornecedores

    realiza as cotaes e fecham o pedido, que por sua vez alimentam toda a

    cadeia de negcios fazendo com que o material chegue ao consumidor

    final para a prestao dos servios.

    Compras para hospitais pblicos

    As compras para o setor pblico devem respeitar as mesmas

    caractersticas evidenciadas para hospitais privados, a grande diferena

    est que a empresa pblica necessita que as compras sejam precedidas

    de Licitao Pblica, regulamentada pela Lei 8.666/93.

    Link.

    Acessem o linkhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htme vejam a Lei 8.666/93 na integra com todas as suas alteraes.

  • Devem seguir passo a passo o que indica na Lei, evitando custos

    adicionais e irregulares na gesto do dinheiro pblico. A figura 5 ilustra o

    processo de compra nos hospitais pblicos.

    Figura 5 Processo de Compras em Hospitais Pblicos

    Fonte: Do autor

    Vejam que o processo basicamente igual ao que discorremos nas

    compras de hospitais da iniciativa privada. A diferena est no inicio do

    processo, em que o departamento de compras deve realizar o processo

    de licitao e somente aps a licitao concluda que o pedido chega aos

    fornecedores para alimentar todo o processo de abastecimento de

    materiais.

    Algo importante a ser lembrado que, normalmente, os hospitais

    possuem contratos com empresas fornecedoras de materiais com prazos

    de 1 ano ou mais, no tendo, portanto, a necessidade de licitar a cada

    compra de produtos realizados.

    Para concluir o estudo da Unidade

  • Vimos que a gesto de materiais essencial dentro de um ambiente

    empresarial hospitalar para um melhor resultado operacional dos servios

    prestados. A logstica de materiais tem como objetivo atingir um nvel

    desejado de servio ao cliente pelo menor custo possvel, e o fator

    compras imprescindvel neste processo.

    Web Aula 1

    UNIDADE 2: A PREVISO DA DEMANDA E CUSTO DE ESTOQUE

    Vimos, na Unidade 1, a importncia da Gesto de Estoques e a Funo

    Compras, conforme visualizado na figura 1 abaixo. Nesta unidade vamos

    explorar um pouco sobre o almoxarifado, que um setor totalmente

    operacional na organizao, porm de grande valor a gesto de materiais.

    Figura 1 Organograma Logstico para Gesto de Materiais

    Fonte: Do autor

    O almoxarifado tem a finalidade de garantir a fiel guarda dos materiais

    confiados pela empresa, objetivando sua preservao e integridade at o

    consumo final. Suas atividades so basicamente:

    Receber materiais Armazenar materiais Distribuir materiais

    Recebimento de Materiais

  • A funo de recebimento de materiais abrange algumas fases distintas e

    necessita de organizao e diligenciamento de alguns documentos, tais

    como:

    Pedido de compra Romaneio (conhecimento de transporte) Nota Fiscal Procedimento Check List Ficha de Verificao de Material

    As atividades do almoxarifado podem ser visualizadas na figura abaixo.

    Figura 2 Atividades de Recebimento de Materiais.

    Fonte: Do autor

    No processo de descarga o almoxarife precisa estar de posse dos

    documentos Pedido de Compra; Check List; e Ficha de Verificao de Material. Assim, poder realizar primeiramente a verificao preliminar

    observando se na Nota Fiscal o material est conforme o Pedido de

    Compra e em conformidade com a programao de entrega. Num

    segundo momento, o almoxarife dever prever e providenciar o espao

    adequado para a descarga e conferencia do produto.

    Na conferencia quantitativa, a empresa confere, junto com o fornecedor,

    se a quantidade fsica est conforme o PC. Dependendo do material e da quantidade, o almoxarife pode precisar de ferramentas para ajudar na

    contagem, tais como: balana, calculadora, trena, varas.

    Na conferencia qualitativa o objetivo garantir a conformidade do

    material recebido com os padres de qualidade exigidos pela empresa. De

    posse dos documentos necessrios o almoxarife pode conferir a

    conformidade das caractersticas do material recebido, com as requeridas

  • pela empresa ou, quando for o caso, com um padro ou modelo de

    qualidade especfico exigido pela empresa. Basicamente, as

    caractersticas so relativas s medidas, ao peso, consistncia,

    estrutura e s especificaes. A conferncia feita por meio de inspees

    visuais, manuais, instrumentos, ensaios e testes. Os mtodos usados,

    bem como os critrios de aceitao, constam no respectivo Procedimento.

    Na etapa de regularizao finalizado o processo de recebimento de

    materiais, sendo assim, todos os documentos envolvidos e preenchidos

    durante o processo so devidamente enviados para a conferncia final. E

    os materiais so enviados para os seus destinos que podem ser: a devida

    armazenagem, a devoluo parcial ou total, o envio direto ao

    requisitante.

    A Secretaria Municipal de Sade do Estado de So Paulo criou um Manual de estruturao de almoxarifados de medicamentos e produtos para a sade, e de boas prticas de armazenamento e distribuio. Acesse o link e tenha acesso ao material completo.http://www.farmaciahospitalar.com/geral/arquivos/tecnicas%20armazenamento%20medicamentos.pdf

    Armazenagem de Materiais

    Outra funo do almoxarife infere nos cuidados necessrios para a

    armazenagem do material recebido. Visa utilizar o espao nas trs

    dimenses, da maneira mais eficiente possvel para a adequada

    armazenagem e movimentao dos materiais em estoque. Deve-se tomar

    cuidado com:

    Embalagens Disposio dos materiais Datas de vencimento Etc.

    Previso da Demanda

    A previso da demanda um fator critico ao planejamento da cadeia de

    negcios, pois atravs dela que conseguimos mensurar a quantidade de

    produtos a serem comprados/fabricados, as polticas de estocagem e

    armazenagem.

  • Tem o objetivo de estabelecer quanto e quando os produtos sero

    comprados pelos clientes. o ponto de partida de todo o planejamento

    empresarial e sua preciso deve ser compatvel com o custo de obteno.

    Para uma boa estimativa da previso de demanda e estoques

    necessrio algumas informaes bsicas, veja na figura 3.

    Figura 3 Informaes bsicas para previso da demanda e estoques

    Fonte: Do autor

    Observamos que as informaes so tanto quantitativas como

    qualitativas, e que a anlise destes dados permite uma maior

    acertabilidade na previso da demanda realizada. Lembre-se que a

    anlise no garante dados exatos, o normal que ocorram oscilaes,

    sendo essas informaes necessrias para minimizar a disparidade entre

    o plano e a demanda real.

    Link

    Acesse o

    linkhttp://www.feg.unesp.br/dpd/cegp/2011/LOG/arquivos%20pdf/Tecnicas%20de%20Previs%F

    5es.pdfe visualize as Tcnicas de Previso da Demanda abordadas pelo Prof. Fernando Augusto

    Silva Marins

    Web Aula 2

    Custos dos Estoques e o Lote Econmico de Compra

  • Estoques custam dinheiro, pois manter estoques acarreta custos s

    empresas. Podemos classificar os custos de manter estoques em trs

    grandes categorias:

    Custos diretamente proporcionais aos estoques Custos inversamente proporcionais aos estoques Custos independentes da quantidade estocada

    Vamos examinar, ento, cada um destes custos:

    Custos proporcionais aos estoques

    So os custos que crescem com o aumento do estoque mdio. Por

    exemplo:

    Quanto maior o estoque, maior o capital investido. Quanto maior o estoque, maior a rea necessria, maior o aluguel. Quanto maior o estoque, maior o nmero de pessoas e equipamentos para

    manusear o estoque. Quanto maior o estoque, maior a cobertura do seguro.

    Todos esses custos so tambm chamados de custos de carregamento

    (Cc) do termo em ingls carrying costs. comum a diviso destes custos em duas subcategorias:

    Custos de capital Custos de armazenagem

    O Custo do capital dado por

    C = i * P

    Onde:

    i = taxa de juros

    P = preo e compra ou custo de fabricao.

    O custo de armazenagem dado por:

    CA, onde:

    CA= somatrio de todos os custos relacionados armazenagem

    (manuseio, perdas, obsolescncia, seguros).

  • O Estoque Mdio calculado por:

    Em = (Ei + Ef)/2 ou Q/2

    Onde:

    Q=tamanho do lote de compra.

    Assim, temos que:

    CC= (CA + i * P) * Q/2

    Onde: Cc o custo de carregamento.

    Ex.: se afirmamos que Cc= R$ 0,45 unidade/ms o mesmo que dizer

    que uma unidade estocada durante um ms custa R$ 0,45, ou R$ 2,70

    unidade/semestre ou R$ 5,40 unidade/ano.

    Custos Inversamente Proporcionais aos Estoques

    So os custos que diminuem com o aumento do estoque mdio. Quanto

    mais vezes comprar (ou se preparar a fabricao), menores sero os

    estoques mdios e maiores sero os custos decorrentes dos processos de

    compras (ou de preparao). As despesas que compem o custo de

    obteno incluem: mo de obra (emisso e processamento do pedido);

    material utilizado na confeco do pedido (papel, envelopes, selos, etc.);

    custos indiretos (telefonemas, energia, etc.) Assim:

    Cip = custos inversamente proporcionais

    N = nmero de pedidos

    Cp = custo do pedido ou tambm chamado de custo de obteno

    Cip = n * CP

    O nmero de pedidos (n) tambm pode ser dado por:

    n=(D/Q)

    Onde:

  • D= demanda no perodo

    Q = tamanho do lote de compras

    Logo, Cip pode tambm ser escrito em funo da demanda (D) e do

    tamanho do Lote de Compra (Q), assim:

    Cip = D/Q * CP

    Exemplo: se dissermos que Cip R$ 15,00/pedido significa que cada

    pedido de obteno custa em mdia R$ 15,00.

    Custos Independentes

    Os custos independentes so aqueles que independem do estoque mdio

    mantido pela empresa, ou seja, independe da quantidade estocada.

    Tambm so chamados de custos fixos, como, por exemplo, o custo do aluguel de um galpo. Ele geralmente um valor fixo, independente da

    quantidade estocada. medido por R$/ms e representado por CI.

    Pgina

    Custo Total

    Se somarmos os trs fatores de custo analisados at aqui, teremos os

    custos totais decorrentes da necessidade de se manter estoques (CT)

    CT = (Custos Diretamente Proporcionais + Custos inversamente

    proporcionais + custos independentes) + custos do material comprado.

    CT = [(CA + i*P) EM] + [n*CP] + CI + (D*P)

    Ou em termos de Q e D, temos:

    CT = [(CA + i*P) Q/2] + [D/Q*CP] + CI + (D*P)

    Vamos a um exemplo 1:

  • Determinar o custo total anual de manuteno dos estoques de uma

    empresa que comercializa um produto, cuja demanda anual de 40.000

    unidades.

    O produto comprado por R$ 2,00 a unidade. Numa taxa de juros

    corrente no mercado de 24% ao ano, os custos anuais de armazenagem

    so de R$ 0,80/unidade e os custos fixos anuais para este item no

    estoque so estimados em R$ 150,00. Os custos de obteno so de R$

    25,00 por pedido. Calcule o Custo Total de estocagem para lotes de

    compra de 1.000, 1.200 e 1.400 unidades.

    Soluo:

    D = 40.000 unidades/ano

    P = 2,00/unidade

    i = 24% a. a. 0,24 a. a.

    Ca = R$ 0,80/unidade

    Ci = R$ 150,00/ano

    Cp = R$ 25,00/pedido

    para Q = 1.000 unidades:

    CT = Cdp + Cip + Ci + (custo material comprado)

    CT = [(CA + i * P) * Q/2] + [D/Q * CP] + C1 + (D * P)

    CT = [(0,80 + 0,24*2) * 1.000/2] + [40.000/1.000 * 25] + 150 +

    (40.000 * 2)

    CT = R$ 81.790,00/ano

    para Q = 1.200 unidades:

    CT = [(CA + i * P) * Q/2] + [D/Q * CP] + C1 + (D * P)

    CT = [(0,80 + 0,24*2) * 1.200/2] + [40.000/1.200 * 25] + 150 +

    (40.000 * 2)

    CT = R$ 81.751,33/ano

    para Q = 1.400 unidades:

    CT = [(CA + i * P) * Q/2] + [D/Q * CP] + C1 + (D * P)

    CT = [(0,80 + 0,24*2) * 1.400/2] + [40.000/1.400 * 25] + 150 +

  • (40.000 * 2)

    CT = R$ 81.760,28/ano

    Em resumo:

    Tamanho do lote (unidade/pedido) Custo (R$/ano)

    1.000 81.790,00

    1.200 81.751,33

    1.400 81.760,28

    O Lote econmico de compra

    Suponhamos que o abastecimento de determinado material seja feito

    razo de 20.000 unidades ano. Como ser a compra ideal deste material?

    Faremos compras em parcelas mensais, trimestrais ou semestrais?

    Se comprar todo dia impraticvel; se comprarmos uma nica vez vai

    depender de termos capacidade de armazenamento suficiente. Ento, o

    LEC, ou Lote econmico de Compras, a soluo para encontrarmos uma

    quantidade ideal, de maneira a minimizar o custo total de reposio. Se

    formos representar o LEC em um grfico, ele teria esse aspecto:

  • A frmula do LEC dada por:

    Onde:

    Cp = Custo de obteno

    D = demanda

    Ca = Custo de armazenagem

    I = taxa de juros

    P = preo de compra

    O modelo do LEC, no entanto, levanta algumas crticas de vrios autores:

    1) O modelo pressupe demanda constante durante o perodo em estudo,

    o que utpico. 2) O levantamento de alguns custos, como

    carregamento, aluguel de rea ocupada dependem de rateios discutveis e

    3) certos custos como de obsolescncia so intangveis (difceis de

    mensurar).

  • Vamos calcular o LEC do exemplo 1:

    D = 40.000

    Cp = R$ 25,00/pedido

    Ca = R$ 0,80/unidade

    i = 24% a. a. 0,24 a. a.

    P = 2,00/unidade

    = 1250 unidades/pedido

    Link

    Acesse o linkhttp://www.logisticadescomplicada.com/entendendo-o-lote-economico-de-compras-lec-ou-eoq/ e veja mais detalhes do Lote

    Economico de Compras.

    Para concluir o estudo da Unidade

    Vimos que o almoxarifado uma atividade operacional essencial a gesto

    de materiais e que suas funes devem seguir um roteiro padro

    determinado nos procedimentos administrativos. A previso da demanda

    um ponto critico ao planejamento de toda cadeia de negcios no

    ambiente empresarial e finalmente os custos de estoques seguem uma

    lgica de gastos proporcionais a armazenagem e ao tamanho do pedido,

    sendo que a ferramenta Lote Econmico de Compra equilibra esses gastos

    proporcionando uma melhor relao entre custo e benefcios.