66

Click here to load reader

Watchman Nee - Oremos

Embed Size (px)

Citation preview

  • 1OORREEMMOOSS

    T.S. (Watchman) Nee

  • 2PREFCIO

    O que a orao? nossa orao eficaz? Conhecemos opoder da orao? Precisamos conhecer estes e muitos outrosassuntos se quisermos ter uma vida de orao verdadeira edesejarmos que nossa orao seja eficaz.

    Neste pequeno volume de mensagens proferidas duranteum longo perodo do ministrio do autor, agora traduzidas epublicadas pela primeira vez, T.S. (Watchman) Nee partilhaconosco as lies que aprendeu sobre a orao ao longo dosanos. Ele considera a orao um mistrio, embora noincompreensvel. Percebe ser a orao a maior obra qual oshomens so chamados. trabalhar com Deus. Por meio daorao, o propsito de Deus realizado, as intenes deSatans so destrudas, e a pessoa que ora grandementebeneficiada.

    Que ns, portanto, sigamos a admoestao de nossobendito Senhor: Levantai-vos, e orai (Lc 22:46).

    NDICEPrefcio

    1 O que orao?2 Orar segundo a vontade de Deus3 Orao e a obra de Deus4 O princpio de orar trs vezes5 A orao que desafia Satans6 Alguns fatores da orao7 As tticas de exausto de Satans

    CAPTULO 1

  • 3O QUE E ORAO?Watchman Nee

    A orao o ato mais maravilhoso do reino espiritual etambm um assunto muitssimo misterioso.

    Orao: um mistrioA orao um mistrio; e depois de analisarmos

    algumas questes sobre o assunto, creio que apreciaremosainda mais o carter misterioso que envolve a orao, pois assunto de difcil compreenso. Com isto no estamossugerindo que o mistrio da orao seja incompreensvel ouque os variados problemas referentes orao sejaminexplicveis. Simplesmente indica que poucas pessoasrealmente conhecem a fundo essas questes. Por causa disto,poucos so verdadeiramente capazes de realizar muito paraDeus no ministrio da orao. O poder da orao reside nono quanto, oramos, mas no quanto nossas oraes esto deacordo com o princpio da orao. Somente as oraes quepossuem esse princpio tm valor verdadeiro.

    A primeira pergunta que se deve fazer : Por que orar?Para que serve a orao? No Deus onisciente e onipotente?Por que espera ele que oremos para comear a operar? Umavez que ele sabe, por que devemos contar-lhe tudo (Filipenses4:6)? Sendo Todo-poderoso, por que Deus no opera direta-mente? Por que precisa ele de nossas oraes? Por quesomente os que batem entram (Mt 7:7)? Por que diz Deus:Nada tendes, porque no pedis (Tg 4:2)?

    Depois de fazer as perguntas acima devemos continuara inquirir, como segue: E a orao contrria vontade deDeus? Que relao h entre orao e justia?

    Sabemos que Deus jamais faz algo contra a suaprpria vontade, e se abrir portas a vontade dele, por queespera at que batamos para abrir? Por que ele simples-

  • 4mente no abre segundo sua prpria vontade sem requererque batamos? Sendo onisciente, Deus sabe que precisamos deportas abertas; por que, ento, espera que batamos paraabrir? Se a porta deve-se abrir, e se abrir portas est deacordo com a vontade de Deus, e se, alm disso, ele sabe queprecisamos que ela seja aberta, por que espera que batamos?Por que ele simplesmente no abre a porta? Que vantagemtem Deus em que batamos?

    Ainda devemos fazer as seguintes perguntas: Uma vezque a vontade de Deus abrir a porta e o abrir a porta estde acordo com a justia, abrir Deus a porta se nobatermos? Ou preferiria ele atrasar a realizao de suavontade e justia a fim de esperar por nossas oraes?Permitir Ele que sua vontade de abrir a porta seja impedidaporque deixamos de bater?

    Se assim for, no estaremos ns limitando a vontadede Deus? Deus realmente Todo-poderoso? Se ele Todo-poderoso, por que no pode abrir a porta por si mesmo porque deve ele esperar at que batamos? Deus realmentecapaz de realizar sua prpria vontade? Se ele realmente ecapaz, ento por que o seu abrir a porta (a vontade de Deus) governado por nosso bater (orao do homem)?

    Ao fazer estas perguntas compreendemos que a orao um grande mistrio. Pois aqui vemos o princpio dotrabalho de Deus: seu povo deve orar antes que Deus selevante e opere sua vontade somente realizada medianteas oraes dos que lhe pertencem; as oraes dos crentesdevem realizar sua vontade; Deus no cumprir sua vontadesozinho Ele operar somente depois que seu povo mostrarsimpatia por meio das oraes.

    Tal sendo o caso, podemos dizer, portanto, que aorao nada mais que um ato do crente operandojuntamente com Deus. A orao a unio do pensamento docrente com a vontade de Deus. A orao que o crente proferena terra nada mais que o expressar da vontade de Deus nocu. A orao no a expresso de nosso desejo de que Deusceda nossa petio e que preencha nosso desejo egosta.

  • 5No forar o Senhor a mudar sua vontade e realizar o queno deseja. No, orao simplesmente o crente proferindo avontade de Deus. Perante Deus, o crente pede, em orao,que se faa a vontade do Senhor.

    A orao no altera o que Deus determinou. Nuncamuda nada; meramente realiza o que j foi pr-ordenado. Afalta de orao, entretanto efetua mudanas. Deus deixarque muitas de suas resolues fiquem suspensas devido falta de cooperao dedicada de seu povo.

    Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra,ter sido ligado no cu, e tudo o que desligardes na terra,ter sido desligado no cu (Mt 18:18). Estamos bemfamiliarizados com estas palavras de nosso Senhor, masdevemos compreender que elas se referem orao, e soseguidas imediatamente por esta afirmativa de Cristo: Emverdade tambm vos digo que, se dois entre vs, sobre aterra, concordarem a respeito de qualquer coisa queporventura pedirem, ser-lhes- concedida por meu Pai queest nos cus (v.19).

    O Cu governado pela TerraAqui, afirma-se claramente o relacionamento entre a

    orao e a obra de Deus. Deus, no cu, somente ligar edesligar o que seus filhos, sobre a terra, ligaram ou desli-garam. Muitas coisas h que precisam ser ligadas, mas Deusno as ligar sozinho. Deseja que seu povo as ligue na terraprimeiro, e ento Ele as ligar no cu. Tambm h muitascoisas que devem ser desligadas; mas, de novo, Deus nodeseja deslig-las sozinho: espera at que seu povo asdesligue na terra, ento ele as desligar no cu. Pense nisto:Todas as aes do cu so governadas pelas aes da terra! Eda mesma forma todos os acontecimentos do cu so restritospelos acontecimentos da terral Deus tem grande deleite emcolocar todas as suas obras sob o controle de seu povo. (Deve-se ressaltar que estas palavras de Mateus no foram ditas apessoas carnais, porque tais pessoas no esto qualificadas

  • 6Para ouvi-las. Tenhamos muito cuidado aqui para que acarne no interfira, pois nesse caso estaremos ofendendo aDeus em muitos aspectos.)

    H uma passagem em Isaas que transmite o pensa-mento encontrado em Mateus: Assim diz o Senhor, o Santode Israel, aquele que o formou: Quereis, acaso, saber ascoisas futuras? quereis dar ordens acerca de meus filhos eacerca das obras de minhas mos? (45:11). Ao examinar estapalavra, possamos ns ser verdadeiramente piedosos, nopermitindo que a carne entre de maneira sutil. Deus desejahomens humildes como ns para comand-Lo! Ele comea afazer sua obra quando ordenamos! Toda a ao de Deus nocu, seja ligar ou desligar, feita de acordo com nossa ordemna terra.

    Primeiro e preciso que a terra ligue antes que o cu opossa fazer; a terra deve primeiro desligar para que o cutambm o faa. Deus nunca faz nada contra sua vontade.No porque a terra ligou alguma coisa que o Senhor sejaforado a ligar aquilo que no desejava. No assim. Ele figano cu o que foi ligado na terra simplesmente porque suavontade original sempre foi ligar o que sobre a terra foiligado. Espera at que seu povo sobre a terra ligue o que oscus tm desejado ligar, e ento obedece sua ordem e ligapara eles o que pediram. O prprio fato de Deus estardisposto a ouvir a ordem de seu povo e ligar o que foi ligado evidncia de que j era sua vontade fazer tal coisa (porquetodas as vontades de Deus so eternas). Por que ele no ligaantes? Uma vez que sua vontade ligar, e essa vontade eterna, por que no liga ele antes o que devia ser ligadosegundo sua prpria vontade? Por que deve ele esperar atque a terra ligue para depois e ele ligar no cu? E verdadeque o que no ligado na terra no pode ser ligado no cu? Sehouver demora em ligar na terra, haver tambm demora nocu? Por que deve Deus esperar que a terra ligue o que ele hmuito desejou ligar?

    Seja-me permitido dizer que e ao responder a estasperguntas o crente pode tornar-se mais til nas mos de

  • 7Deus. J conhecemos o motivo da criao do homem. Deuscria o homem para que possa se unir com ele e derrotarSatans e suas obras. Criado com livre-arbtrio, espera-seque o homem exera sua vontade de ter unio com a vontadede Deus em oposio vontade de Satans. Esse opropsito da criao e tambm o propsito da redeno. Avida toda do Senhor Jesus demonstra este princpio. Nosabemos o motivo, entretanto sabemos que Deus no ageindependentemente. Se o povo de Deus falhar em mostrar-lhe simpatia, cedendo-lhe sua vontade e tendo unidademental com ele em orao, Deus prefere esperar e adiar suaobra. Ele se recusa a agir sozinho. Ao pedir que seu povotrabalhe com ele, recebe glria. Embora ele seja Todo-poderoso, deleita-se em que sua onipotncia seja circunscritapor seus filhos. Embora seja zeloso de sua prpria vontade,temporariamente permitir que Satans mantenha aofensiva se seu povo esquecer-se da vontade divina e falharem mostrar simpatia na cooperao com Deus.

    Oh, que os filhos de Deus no fossem to frios como semostram hoje! Que fossem mais dispostos a negar-se a simesmos e submeter-se vontade de Deus tendo maiorcuidado por sua glria e guardando sua palavra! Ento avontade de Deus referente a esta poca seria realizadarapidamente; a igreja no estaria em tamanha confuso; ospecadores no estariam to endurecidos; a vinda do SenhorJesus e seu reino chegariam mais cedo; Satans e seuspoderes seriam jogados mais cedo no poo sem fundo, e oconhecimento do Senhor encheria mais rapidamente a terra.Devido ao fato de que os crentes se preocupam demasiada-mente com seus prprios afazeres e falham em trabalhar comDeus, muitos inimigos e muita falta de lei no so amar-rados, e muitos pecadores e muita graa no so libertados.Quo restrito fica o cu pela terra! Uma vez que Deus nosrespeita tanto, no podemos ns confiar nele da mesmaforma?

    Como que ligamos o que Deus deseja, e desligamos oque Deus quer? A resposta do Senhor Jesus : Concordarem

  • 8a respeito de qualquer coisa que pedirem. Ora, isto orao a orao do corpo de Cristo. O ponto alto de nosso trabalhocom Deus e pedir a uma s voz que Deus realize o que deseja.O significado verdadeiro da orao que a pessoa que ora ofaa pelo cumprimento da vontade daquele a quem ora.Orao a oportunidade pela qual expressamos nosso desejoda vontade de Deus. A orao significa que nossa vontadeest do lado de Deus. Fora disto no existe orao.

    O Ego e a OraoQuantas oraes hoje em dia realmente expressam a

    vontade de Deus? Em que medida esquecemos de nsmesmos completamente e procuramos somente a vontade doSenhor? Quantos crentes esto realmente trabalhando comDeus em orao? Quantos de ns realmente estamos decla-rando diariamente perante ele sua vontade e derramandonossos coraes em orao para que ele possa manifestar-nossua vontade, qualquer que ela seja? Que se reconhea clara-mente que o egosmo pode manifestar-se nas outras reas etambm na orao! Quo mltiplos so os pedidos para nsmesmos! Quo fortes so nossas opinies, desejos, planos easpiraes! Tendo tanto de ns mesmos na orao, comopodemos esperar ser capazes de esquecermos de ns mesmoscompletamente e procurarmos a vontade de Deus em orao?A autonegao deve ser praticada em tudo. E to essencialna orao como no agir. E preciso saber que os redimidosdevem viver para o Senhor aquele que morreu e agora vivepara ns. Devemos viver inteiramente para ele e nadaprocurar para nos mesmos. A orao faz parte das coisas quedevemos consagrar a Deus.

    Prevalece um srio erro em nossa compreenso, isto ,que sempre pensamos na orao como um canal paraexpressar o de que precisamos como nosso pedido desocorro a Deus. No percebemos que orar pedir que Deuscumpra suas necessidades. Devemos compreender que opensamento original de Deus certamente no permitir que

  • 9os crentes alcancem os prprios alvos mediante a orao;antes, Deus realizando seu propsito por meio das oraesdos crentes. Isto no quer dizer que os cristos nunca devempedir ao Senhor que supra suas necessidades. Serve somentepara indicar que primeiro precisamos compreender o signifi-cado e os princpios da orao.

    Sempre que o crente estiver passando por necessi-dades, primeiro deve inquirir: Tal falta afetar a Deus? Eledeseja que eu passe necessidade? Ou sua vontade suprirminha necessidade? Ao ver que a vontade de Deus suprirsua necessidade, ento pode pedir-lhe que supra anecessidade dele suprindo a sua. Tendo conhecido a vontadedele, voc deve orar de acordo com essa vontade. Voc orapara que ele preencha a necessidade divina. A questo j no se sua necessidade ser suprida, mas se a vontade de Deusser feita. Embora sua orao de hoje no seja muitodiferente da do passado, entretanto o que agora voc procurae que seja feita a vontade de Deus nesta questo particular epessoal, e no que sua prpria necessidade seja suprida. Eaqui registram-se muitos fracassos: os crentes, muitas vezes,do prioridade s suas necessidades; embora saibam que avontade do Senhor , suprir-lhes as necessidades, noconseguem esquecer-se de mencionar essas necessidades emprimeiro lugar em suas oraes.

    No devemos orar somente por nossas necessidades.No cu e na terra s uma orao legtima e aceitvel a Deus a que lhe pede que se cumpra sua vontade. Nossasnecessidades deviam-se perder na vontade de Deus. Sempreque virmos a vontade de Deus concernente nossa necessi-dade, devemos, imediatamente, despojar-nos de nossa neces-sidade e pedir-lhe que cumpra a sua. Pedir ao Senhor, direta-mente, que supra nossas necessidades, quaisquer que sejam,no pode ser considerada orao de alto nvel. Na orao, asnecessidades, pessoais devem ser tocadas indiretamente,primeiro pedindo que a vontade do Senhor seja feita. Este e osegredo da orao, a chave para a vitria em orao.

  • 10

    O propsito de Deus que estejamos to imbudos desua vontade que nos esqueamos de nossos prprios interes-ses. Ele nos chama para trabalhar com ele a fim de realizarsua vontade. O trabalho a orao. Por esse motivo eledeseja que aprendamos dele qual seja sua vontade comrelao a todas as coisas para que possamos, ento, orarsegundo sua vontade.

    A orao verdadeira trabalho real. Orar de acordocom a vontade e Deus e orar somente pedindo sua vontade deveras obra que exige a negao pessoal. A menos que nosdespojemos completamente de ns mesmos, e no tenhamoso mnimo interesse prprio, mas vivamos absolutamentepara o Senhor e procuremos sua glria somente, nogostaremos do que ele gosta, no procuraremos o que eleprocura, nem oraremos da maneira que ele deseja queoremos. No resta dvida que trabalhar para Deus sem ointeresse prprio muito difcil; mas orar sem nenhuminteresse prprio e ainda mais difcil. No obstante todos osque vivem para Deus devem fazer isso.

    Nas geraes passadas o Senhor no fez muitas coisasque pode fazer e gosta de fazer, por causa da falta de coope-rao de seus filhos. O fracasso no est em Deus, mas emseu povo. Se analisarmos nossas prprias histrias pessoaisveremos mesmo triste estado. Tivssemos tido f maior emais orao, nossa vida no teria sido to ineficaz. O que oSenhor procura agora e que seus filhos estejam dispostos aunir-se a sua vontade e expressar tal unio mediante aorao. Crente algum jamais experimentou completamente agrandeza da realizao por meio da unio com a vontade deDeus.

    Orao Preparao docaminho de Deus

    Um servo do Senhor disse de forma correta: A orao a estrada da obra de Deus. Deveras, a orao est para a

  • 11

    vontade de Deus assim como os trilhos esto para o trem deferro. A locomotiva tem poder: capaz de correr milhares dequilmetros por dia. Mas se no existirem trilhos, no poderavanar um centmetro sequer. Se ousar mover-se sem eles,logo afundar na terra. Pode percorrer grandes distncias,mas no pode andar onde no existem trilhos. Tal a relaoentre a orao e o trabalho de Deus. No acho necessrioexplicar com detalhes, pois acredito que todos podemreconhecer o significado desta parbola. No h dvida queDeus Todo-poderoso e opera poderosamente, mas no podetrabalhar nem trabalhar se voc e eu no trabalharmos comele em orao, se no prepararmos o caminho para suavontade, e orarmos com toda orao e splica (Ef 6:18) paradar-lhe a capacidade de operar. Muitas so as coisas queDeus deseja fazer e gostaria de faz-las, mas suas mos estoatadas porque seus filhos no cooperam com ele e no oram afim de preparar os seus caminhos. Deixe-me dizer a todosque se deram inteiramente a Deus: Examinem-se a simesmos de verdade e vejam se no tm limitado a Deusnesse respeito diariamente. Da que nosso trabalho maisimportante preparar o caminho do Senhor. No h outraobra que se possa comparar a esta. Com Deus h muitaspossibilidades; mas estas se transformaro em impossibi-lidades se os crentes no abrirem caminhos para Deus.Tendo isto como alvo, nossas oraes com a mente de Deusdevem ser grandemente aumentadas. Que possamos orarexaustivamente isto , que possamos orar em todas asdirees para que a vontade de Deus prospere em todas asdirees. Embora nossas atividades entre os homens sejamimportantes, nosso trabalho com o Senhor, mediante oraes, muito mais.

    A orao no a tentativa de restaurar o corao docu. totalmente errneo o conceito de que Deus muitoduro, e por isso precisamos entrar no combate da oraocontra ele para subjug-lo e assim fazer com que elemodifique sua deciso. Toda orao em desacordo com avontade de Deus totalmente vazia. Que nos asseguremos de

  • 12

    estar lutando perante Deus como se em conflito pela simplesrazo de sua vontade estar sendo bloqueada pelos homens oupelo diabo, e desta forma desejamos que ele execute suavontade a fim de que ela no sofra por causa da oposio.Desejando, desse modo, a vontade de Deus e orando sim, atmesmo lutando contra tudo que se oponha sua vontade,preparamos o caminho para que ele execute sua vontade sempermitir que o que procede do homem ou do diabo prevaleatemporariamente. verdade que parece estarmos lutandocontra Deus; mas tal luta no contra Deus, como sequisssemos faz-lo mudar sua vontade para se acomodar anosso prazer; , em realidade, contra tudo o que se ope aDeus de modo que ele possa cumprir sua vontade. A vistadisto, percebamos que somos incapazes de orar comocooperadores de Deus, a menos que realmente conheamossua vontade.

    Agora, j tendo compreendido um pouco do verdadeirosignificado da orao, redobremos nosso cuidado para que acarne no interfira. Pois, note, por favor, que se o prprioDeus enviasse trabalhadores, Cristo no nos teria mandadoorar ao Senhor da seara para que mande trabalhadores! Se onome de Deus mui naturalmente fosse santificado, se seureino viesse sem necessidade de nossa cooperao, e se suavontade fosse feita automaticamente na terra, o SenhorJesus jamais nos teria ensinado a orar da forma como o fez.E se ele vai voltar sem a necessidade de uma resposta da suaigreja, o Esprito do Senhor no teria movido o apostolo Jooa clamar para que ele voltasse cedo. Se Deus o Paiespontaneamente fizesse com que todos os crentes fossem umteria nosso Senhor, porventura, orado a seu Pai com essefim? Se o trabalhar com Deus no e essencial, qual ser ovalor da intercesso contnua de nosso Senhor no cu?

    Oh, que percebamos que a orao de lealdade a Deus mais vital do que qualquer outra coisa! Pois que Deus spode operar nos assuntos pelos quais seus filhos mostraramsimpatia. Ele se recusa a operar nas reas em que noexistem oraes e nas quais a vontade de seu povo no est

  • 13

    unida com a sua. A orao de vontades unidas a resposta; unir a vontade do homem com a de Deus de modo que elepossa operar. s vezes pedimos incorretamente e, portanto,nossa orao fica sem resposta; mas se nossa vontade estiverunida vontade de Deus, ele ainda ganhar, porquemediante nossa simpatia ele pode executar sua vontade.

    CAPTULO 2

    ORAR SEGUNDO A VONTADE DE DEUSLeitura Bblica: 1Jo 5:14; Sl 119:147, 148; Dn 10:1-21

    Ao lermos o captulo 10 de Daniel, que nos fala de suavida de orao, devemos notar pelo menos dois pontos.

  • 14

    PrimeiroO primeiro ponto que se deve notar que aquele que

    ora verdadeiramente uma pessoa que no somente vai aDeus com freqncia, mas tambm cuja vontade freqente-mente encaixa-se na vontade de Deus quer dizer, seupensamento muitas vezes entra no pensamento de Deus.Este um princpio muitssimo importante da orao.

    H um tipo de orao que se origina inteiramente denossa necessidade. Embora, s vezes, o Senhor oua a taisoraes, ele, no obstante, pouco ou quase nada delasaproveita. Por favor, preste ateno a este versculo:Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma(Salmo 106:15). Que significa esta passagem? Ao Israelclamar a Deus pela gratificao de sua avidez, ele respondeu-lhes dando o que pediram, entretanto, o resultado foi que seenfraqueceram perante ele. Oh, sim, s vezes Deus ouve eresponde as nossas oraes somente para satisfazer nossasnecessidades, ainda que sua divina vontade no se realize.Que compreendamos que este tipo de orao no tem muitovalor.

    Mas h outro tipo de orao que procede da prprianecessidade de Deus. de Deus e se inicia em Deus. E talorao de valor incalculvel. A fim de ter tal tipo de oraoa pessoa que ora no somente tem de aparecer comfreqncia pessoalmente perante Deus, mas tambm tem depermitir que sua vontade se perca na vontade de Deus, seupensamento deve perder-se no pensamento de Deus. Porviver na presena do Senhor, tal pessoa pode conhecer suavontade e pensamentos. E estas vontades e pensamentosdivinos tornam-se seus prprios desejos, que ento elaexpressa em orao.

    Oh, como devemos aprender este segundo tipo deorao! Embora sejamos imaturos e fracos, podemos noobstante achegar-nos a Deus e deixar que seu Esprito levenossa vontade para a vontade de Deus e nosso pensamentopara o pensamento de Deus. Ao nos apropriarmos um pouco

  • 15

    de sua vontade e pensamento compreendemos um poucomais como opera o Senhor e o que requer de ns. De modoque, gradativamente, a vontade e o pensamento de Deus, queconhecemos e que fazem parte de nos, transformam-se emnossa orao. E tal orao de grande valor.

    Tendo entrado no pensamento de Deus e assimapropriado de sua vontade e propsito, Daniel encontrou emseu corao os mesmos desejos de Deus. O anelo de Deus foireproduzido em Daniel e se transformou em seu desejo. Demodo que, ao expressar este desejo em orao com gritos egemidos, na verdade estava articulando o desejo de Deus.Precisamos deste tipo de orao, porque ele realmente toca ocorao divino. No mais precisamos de palavras; o quenecessitamos tocar mais a mente do Senhor. Que o Espritode Deus nos faa penetrar nos Planos do corao de Deus.

    claro que leva tempo para aprender este tipo deorao. No comeo de tal aprendizagem no procuremos maispalavras nem mais pensamentos. Nosso esprito deve estarcalmo e em repouso. Podemos levar nosso estado atual aoSenhor e examin-lo luz de sua presena, ou podemos nosesquecer de nosso estado e simplesmente meditar em suapalavra perante ele. Ou podemos simplesmente viverperante ele e tentar toc-lo com nosso esprito. De fato, nosomos ns que samos para encontrar a Deus; Deus queespera por ns. E na presena dele percebemos alguma coisae tocamos a sua vontade. A maior sabedoria vem, de fato,desta fonte. Assim, nossa vontade entra em sua vontade enosso pensamento entra em seu corao. E da nossa oraosubir a ele.

    Ao trazermos a Deus nossa vontade e pensamento suaprpria vontade e pensamento comeam a ser reproduzidosem ns, e ento isto se torna nossa vontade e pensamento.Este tipo de orao muitssimo valioso e de grande peso.Lembremo-nos do que o Senhor Jesus disse acerca da orao:Portanto, vs orareis assim: Pai nosso que ests nos cus,santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faa-se a tuavontade, assim na terra como no cu (Mt 6:9, 10). Estas

  • 16

    palavras no so simplesmente para repetirmos. Sendoreveladoras da vontade e do pensamento de Deus, devem serreproduzidas em ns quando o Esprito de Deus leva nossamente para Deus. E medida que se tornam nossa vontade epensamento, a orao que ento proferimos valiosssima ede muita autoridade.

    possvel fazer dois tipos diferentes de orao acercado mesmo assunto. Um tipo procede de nossa prpriavontade. baseado em nosso prprio pensar e nossasprprias expectativas. O Senhor pode ouvir nossa orao eresponder a ela, mas tal orao tem valor muito pequeno. Se,por outro lado, trazemos o assunto perante Deus e deixamosque seu Esprito una nossa vontade com a vontade de Deus enosso pensamento com o pensamento de Deus, descobriremosdentro de ns um anseio profundo: a reproduo da vontadee, do pensamento dele. Suponhamos que o Senhor estsentido e pesaroso com a morte dos homens. Tambm nssentiremos o urgente desejo de que alma alguma se perca. E a reproduo do corao de Deus que nos capacita a orarcom gemidos interiores.

    Se o Senhor estiver magoado e ansioso por causa dofracasso de seus filhos, esse mesmo fardo se reproduzir emns; e o resultado ser que teremos o mesmo anseio de nodesejar ver um filho de Deus cair em trevas e pecado. Assim,orao e intercesso fluiro de ns. Ali confessaremos ospecados, suplicaremos perdo, e pediremos que Deus puri-fique seus filhos.

    Portanto, um tipo de orao apresentado de acordo,com nossa vontade; o outro tipo a vontade de Deus que sereproduziu em ns e se tornou nossa vontade. Estes doistipos de orao so extremamente diferentes. No ltimo caso,quando qualquer crente se aproxima de Deus, a vontade deDeus se reproduzir nele. Tornar-se- sua prpria essncia.E a orao feita desta forma ter valor e autoridade.

    Deus tem muitas coisas que fazer na terra, em muitasreas. Como, ento, podemos orar segundo nosso prpriosentimento e pensamento? Devemos nos aproximar de Deus

  • 17

    e permitir que ele imprima em ns o que ele deseja para quepossamos interceder com gemidos. s vezes, quando nosaproximamos de Deus, ele coloca em ns sua vontade deespalhar o evangelho, e isto logo se torna uma obrigao parans. E quando oramos de acordo com essa obrigao,sentimos como que se nosso prprio gemido estivessedivulgando a vontade de Deus. O Senhor pode colocar em nsuma variedade de vontades ou reproduzir em ns diferentefardos. Mas qualquer que seja a vontade ou fardo, sempreque for reproduzido em nosso corao somos capazes de fazera vontade do Senhor nossa prpria vontade e orar de acordocom ela. Quando Daniel se apresentou perante Deus, tocouem determinado assunto; e ento vimos que orou por issocom gemidos profundos. Tal orao e preciosa e de grandesubstncia. Pode santificar o nome de Deus, apressar o seureino e fazer com que a sua vontade prevalea sobre a terracomo no cu.

    SegundoO segundo ponto que devemos notar : quando

    fizermos este tipo de orao, sacudiremos o inferno eafetaremos a Satans. Por isto Satans levantar-se- paraimpedir este tipo de orao. Todas as oraes que vm deDeus tocam os poderes das trevas. Aqui se apresenta umcombate espiritual. Talvez nossos corpos fsicos, nossasfamlias ou qualquer coisa que nos pertena seja atacada porSatans. Pois sempre que este tipo de orao feito, ocorreataque satnico. O inimigo ataca para que nossa oraocesse. Ele pode at tentar lanar algum obstculo que atrasea resposta nossa orao. Essa orao devia receber umaresposta rpida; entretanto, a resposta parece estarsuspensa no ar. Deste mesmo modo a resposta orao deDaniel se atrasou vinte e um dias embora Deus o tivesseouvido no dia em que comeou a orar. Nesta situao, que fezDaniel? Ajoelhou-se perante Deus e esperou at que aresposta orao chegasse.

  • 18

    Deixe-me fazer esta pergunta: Voc j se perguntoupor que sua orao fica sem resposta? Talvez esteja suspensaem algum, lugar, mas dentro do prazo de vinte e um dias! possvel que a resposta do trono j tenha sido dada, masencontra oposio e fica suspensa no ar. Por qu? Esperamais orao da terra; precisa que mais pessoa humilde epacientemente esperem pelo Senhor.

    Oh, aproxime-se da presena de Deus, tenha calmaperante ele, deixe de lado seus prprios pensamentos, e entreno pensamento dele. Ento voc compreender o significadoda orao e ver por quantos assuntos est Deus esperandoque voc ore. H coisas em volta do mundo que devem sermotivos de suas oraes, e assuntos de todos os tipos quedevem receber suas oraes. Voc no ora segundo seuprprio sentimento; em vez disso, leva o desejo de seucorao ao desejo do corao de Deus e deixa que a vontadedele se transforme em sua vontade, gemido e esperana nouniverso.

    Nada da vontade de Deus jamais liberado sempassar pelo homem, e nada dessa vontade liberada atravsdo homem est livre de um encontro com o poder de Satans.Para a realizao da vontade de Deus preciso haver orao;para remover a oposio de Satans preciso orao. Queexercitemos a autoridade da orao desligando o que deve serdesligado e ligando o que deve ser ligado. Que no oremossegundo nossa vontade. Aproximemo-nos de Deus e oremossegundo a vontade que ele reproduziu em ns. Quando Deusdiz que isso deve ser feito, ns tambm dizemos que deve serfeito. Quando ele diz que isto no deve existir, ns tambmdizemos que no deve existir. Devemos esquecer de nsmesmos, tocar a vontade de Deus e expressar sua vontadepresente por meio da orao.

  • 19

    CAPTULO 3

    ORAO E A OBRA DE DEUSCom toda orao e splica, orando em todo tempo no

    Esprito, e para isto vigiando com toda perseverana esplica por todos os santos (Ef 6:18).

    Assim diz o Senhor Deus: Ainda nisto permitirei queseja eu solicitado pela casa de Israel, que lhe multiplique euos homens como rebanho (Ez 36:37).

    Sobre os teus muros, Jerusalm, pus guardas, quetodo o dia e toda a noite jamais se calaro; vs os que fareislembrado o Senhor, no descanseis, nem deis a ele descansoat que restabelea Jerusalm e a ponha por objeto de louvorna terra (Isaas 616, 7).

  • 20

    PrimeiroQuando Deus opera, assim o faz com lei especfica e

    princpio definido. Embora ele possa fazer tudo o que lheagrada, no o faz descuidadamente. Sempre atua de acordocom a lei e princpio que determinou. E inegvel que ele podetranscender a todas estas leis e a todos estes princpios,porque ele Deus e pode agir segundo lhe apraz. Noobstante, descobrimos um fato maravilhoso na Bblia: apesarda excelente grandeza e capacidade de operar segundo suavontade, Deus sempre age segundo a lei ou o princpio quedeterminou. Parece que ele deliberadamente se coloca sob alei para ser controlado por ela.

    Ora, ento qual o princpio da obra de Deus? A obrade Deus tem em sua base um principio primrio: ele desejaque o homem ore, deseja que o homem coopere com ele pormeio a orao.

    Existiu um cristo que sabia muito bem como orar.Declarou que todas as obras espirituais incluem quatropassos: O primeiro que Deus concebe um pensamento, suavontade; o segundo que Deus revela sua vontade a seusfilhos mediante o Esprito Santo, fazendo com que elessaibam que ele tem uma vontade, um plano, uma exigncia euma expectativa; o terceiro passo que os filhos de Deusrespondam vontade dele em orao, pois orar responder vontade de Deus se nosso corao for um com o coraodele, naturalmente proferiremos a orao que ele deseja; e oquarto passo que Deus realize o que pretende.

    Aqui nos preocupamos no com o primeiro ou com osegundo passos, mas com o terceiro como devemosresponder vontade de Deus em orao. Por favor, observe apalavra responder. Todas as oraes de valor possuem esteelemento de resposta ou retribuio. Se nossa orao tiversomente o propsito de realizar nosso plano e expectativasno ter muito valor no reino espiritual. A orao deveoriginar-se em Deus e devemos responder a ela. Somente tal

  • 21

    orao tem significado, pois a obra de Deus controlada porela. H muitas coisas que o Senhor deseja fazer, mas noas faz porque seu povo no ora. Ele espera at que os homensconcordem com ele, e ento opera. Este um grandeprincpio da obra de Deus, um dos princpios maisimportantes encontrados na Bblia.

    SegundoA passagem de Ezequiel 36:37 surpreendente. O

    Senhor diz que tem um propsito: aumentar a casa de Israelcomo rebanho. Esta a vontade de Deus. O que ele ordena,faz. Entretanto, no realiza instantaneamente, mas esperaum pouco. Qual o motivo da espera? Diz o Senhor: Aindanisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel.Deus j decidiu multiplicar a casa de Israel, mas deveesperar at que os filhos de Israel perquiram-no sobre oassunto. Vejamos que ainda que ele tenha resolvido realizarcertas coisas, no o far imediatamente. Espera at que oshomens mostrem acordo antes de prosseguir. Toda vez queopera, nunca o faz imediatamente; no, ele espera, senecessrio, que seu povo expresse o acordo em orao antesde agir. Realmente um fenmeno muito espantoso.

    Tenhamos sempre em mente esta verdade: todas asobras espirituais so decididas por Deus e desejadas por seusfilhos todas iniciam-se em Deus e so aprovadas por seusfilhos. Este o grande princpio da obra espiritual. Aindanisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel,diz o Senhor. A obra de Deus espera a petio dos filhos deIsrael. E um dia os israelitas, com efeito, pediram e Deus,sem tardar, o executou.

    Vemos este princpio da obra de Deus? Depois deiniciar algo, faz pausa em sua execuo para que oremos.Desde a fundao da igreja, no h nada que Deus faa sobrea terra sem a orao de seus filhos. Desde o instante que temseus filhos, faz tudo segundo a orao deles. Coloca tudo emsua orao. No sabemos por que ele age assim; mas

  • 22

    sabemos que isto um fato. Deus est disposto a chegar posio de se deleitar em cumprir sua vontade por meio deseus filhos.

    Isaas 62 ilustra este fato: Sobre os teus muros, Jerusalm, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamaisse calaro; vs os que fareis lembrado o Senhor, nodescanseis, nem deis a ele descanso at que restabeleaJerusalm e a ponha por objeto de louvor na terra (v.6, 7).Deus pretende restabelecer Jerusalm e p-la por objeto delouvor na terra. Como o faz? Pe guardas sobre os murospara que clamem a ele. Como devem eles clamar? Nodescanseis nem deis a ele descanso devemos clamar a eleincessantemente e no dar-lhe descanso. Devemos continuarorando at que realize sua obra. Embora o Senhor j tenhadesejado colocar Jerusalm por objeto de louvor na terra,entretanto pe guardas sobre os muros. Por sua orao eleopera. Insta-os a orar no somente uma vez, mas a orar semcessar. Continuar a orar at que sua vontade seja feita. Emoutras palavras, a vontade de Deus governada pelasoraes do homem. O Senhor espera que oremos. Compre-endamos claramente que quanto ao contedo da vontade deDeus o prprio Deus quem decide; nesta deciso notomamos parte. Entretanto, o fazer sua vontade governadopor nossa orao.

    Certa vez um irmo observou que a vontade de Deus como um trem de ferro, enquanto nossa orao e como ostrilhos. O trem pode ir a qualquer lugar, se tiver trilhossobre os quais correr. Tem poder tremendo para ir ao leste,oeste, sul e norte; mas somente pode ir a lugares ondeexistam trilhos. Portanto, no porque Deus no tenhapoder (ele, como o trem, tem poder, grande poder); masescolheu ser governado pela orao do homem. Portanto,todas as oraes de valor (como os trilhos do trem) preparamo caminho de Deus. Conseqentemente, se no tomarmos aresponsabilidade da orao, impediremos o cumprimento davontade de Deus.

  • 23

    TerceiroAo criar o homem Deus deu-lhe livre-arbtrio. Portan-

    to, no universo existem trs vontades diferentes, a saber: avontade de Deus, a vontade de Satans, o inimigo, e avontade do homem. As pessoas podem indagar por que, oSenhor no destri Satans em um instante. O Senhor podia,mas no o fez. E por qu? Porque deseja que o homemcoopere com ele ao lidar com Satans. Ora, Deus tem suavontade, Satans a dele e o homem a sua. Deus procura quea vontade do homem se una sua. No destruir a Satanssozinho. No sabemos por que Deus escolheu proceder destamaneira, mas sabemos que ele se deleita em atuar assim: asaber, que no agir independentemente; procura acooperao do homem. Esta responsabilidade da igrejasobre a terra.

    Quando o Senhor deseja fazer uma coisa, primeiro elecoloca seu prprio pensamento em nos mediante o EspritoSanto. Somente depois de tornarmos esse pensamento emorao ele o executa. Tal o procedimento da operaodivina; Deus no operara nada de outra forma. Ele precisada cooperao dos homens. Ele precisa de uma vontade queseja una com a sua; que lhe seja favorvel. Se Deus fizer tudosem envolver a ns, os homens, ento no h absolutamentenenhuma necessidade de estarmos aqui na terra, nemprecisamos conhecer a vontade dele. Mas toda a vontade deDeus deve ser feita por ns, pois ele pede que nossa vontadeseja una com a sua.

    Portanto, o primeiro passo para fazermos a vontade deDeus e que expressemos sua vontade em orao. A vontadede Deus expressa mediante nossa orao. Bom seria quepercebamos que a orao deveras um trabalho.

    No h obra mais importante do que a orao porqueesta realiza e tambm expressa a vontade de Deus. Donde sedepreende que toda orao que procede da vontade do ego eintil. As oraes de acordo com a vontade de Deus originam-se em Deus, so-nos reveladas pelo Esprito Santo, e voltam

  • 24

    para Deus quando oramos. Toda orao de acordo com avontade de Deus deve originar-se na vontade dele: os homensmeramente reagem a essa vontade e a transmitem. Tudo quecomea conosco so oraes sem valor espiritual.

    Ao lermos a histria da igreja crist, notamos que todogrande reavivamento resultado de orao. Isto nos mostracomo a orao capacita o Senhor a fazer o que deseja. Nopodemos pedir-lhe que faa o que no deseja, emboracertamente possamos atrasar o que ele deseja fazer. Deus absoluto; portanto, no podemos mud-lo, nem podemosfor-lo a fazer o que no deseja. Ainda assim, quando somoschamados para ser canais de sua vontade podemos semdvida bloquear a obra de Deus se no cooperarmos com ele.

    Por isso, nossa orao nunca deve ser no sentido depedir que o Senhor faa o que no deseja ou tentar mudarsua vontade. simplesmente orar segundo sua vontade,desta forma capacitando-o a fazer o que deseja. No caso deimplorarmos com a expectao de for-lo a fazer o que notem inteno de fazer, estamos desperdiando nosso esforo,pois nossa orao no tem valor algum. Se Deus no desejaagir, quem pode faz-lo agir? S podemos fazer uma coisa,isto , podemos orar segundo o desejo de Deus. Ento elerealizar sua obra porque somos um com ele.

    Tome, como exemplo, a vinda do Esprito Santo no diade Pentecostes. Centenas de anos antes do dia de Pente-costes, no tempo de Joel, Deus j havia mencionado estavinda. Mas o Esprito Santo somente desceu depois demuitos discpulos terem-se reunido e orado. Embora oadvento do Esprito tivesse muito tempo atrs sido determi-nado por Deus, no aconteceu at que seu povo orou. OSenhor capaz de fazer muitas coisas; ainda assim ele gostade faz-las depois que os homens tenham orado. Ele esperanosso consentimento. Ele j est pronto e disposto, mas querque tambm estejamos. Muitas so as coisas que ele decidiufazer, e ainda assim espera, porque ainda no lhe expres-samos nosso acordo. Que possamos ver que embora notenhamos o poder de forar Deus a fazer o que ele no deseja,

  • 25

    entretanto podemos pedir-lhe que faa o que deseja.Freqentemente perdemos bnos espirituais porque falha-mos em expressar a vontade de Deus em orao.

    Quo excelente ser se algum se devotar exclusiva-mente ao trabalho da orao. Deus espera que pessoas taisoperem com ele a fim de capacit-lo a terminar sua obra.Alguns crentes podem perguntar por que o Senhor no salvamais pecadores, porque leo faz com que cada crente triunfe.Sinceramente creio que ele faria tais coisas se seu povo to-somente orasse. Ele est disposto a operar, mas primeirodeseja obter um povo que trabalhe com ele. Sempre que opovo comea a trabalhar com ele, ele imediatamente age. Emtodas as obras espirituais, o Senhor est sempre esperandouma expresso do desejo de seus filhos. Se determinada coisaser feita ou no, depender da orao de seus filhos. Ns,portanto, devemos declarar nossa cooperao com ele. Deusespera para abenoar-nos. A pergunta : Oraremos?

    Os que no conhecem, a Deus podem retorquir destaforma: Se Deus deseja fazer algo, por que ele simplesmenteno faz, por que deseja ele que os homens orem? No sabe eletudo? Tanta orao no incomodar a Deus? Tenhamos emmente, entretanto, que ns, seres humanos, temos o livre-arbtrio. Da mesma forma que o Senhor no pode negar suaprpria vontade, ele tambm no pode forar-nos. Ele esperaque apresentemos sua vontade em orao. Ainda assim noquer ele que sua vontade seja feita na terra como no cu?Ento, por que no vai em frente e a realiza? Por que oSenhor pede que seus discpulos orem: Pai nosso que estsnos cus,... faa-se a tua vontade, assim na terra como nocu? Se ele deseja que seu reino venha, por que no vemautomaticamente? Por que devem os discpulos orar: Venhao teu reino? Por que, se indubitavelmente Deus deseja queseu nome seja santificado por todos, ele no o faz sozinho emvez de exigir que seus discpulos orem: Santificado seja o teunome? A razo de tudo isto no outra seno o fato de queDeus no deseja fazer nada independentemente; porqueescolheu ter a cooperao dos homens. Ele tem o poder, mas

  • 26

    precisa que nossas oraes coloquem os trilhos para que otrem de sua vontade possa correr. Quanto mais trilhoscolocarmos, tanto mais abundantes sero as obras de Deus.Nossas oraes, portanto, devem servir o propsito de lanaruma enorme rede espiritual de linhas. Quanto mais, melhor.

    QuartoComo devemos colocar trilhos para a vontade de Deus?

    Resposta: Com toda orao e splica, orando em todo tempono Esprito (Ef 6:18). Nossa orao deve-se espalhar emmuitas direes. Devemos orar constantemente. Faa oraesespecficas e tambm gerais. Muitas de nossas oraes sopor demais difusas; h buracos em demasia pelos quaisSatans tem a oportunidade de penetrar. Se nossas oraesfossem bem feitas e bem guardadas, ele no poderia causarprejuzo.

    Quando, por exemplo, um irmo sai para pregar,devemos colocar trilhos para ele a fim de que a vontade deDeus se realize por intermdio dele. Se proferirmos somentealgumas palavras de orao no especfica, pedindo aoSenhor que abenoe esse irmo, que o proteja e supra suasnecessidades, tal rede de orao por demais difusa. Sedesejamos orar por uma pessoa em particular, devemosestender para ela uma rede compacta de modo que Satansno possa encontrar brecha alguma pela qual possapenetrar. Como, ento, devemos orar? Enquanto o irmoestiver se preparando para partir, devemos orar por suasade, bagagem, pelo trem em que vai viajar, at mesmo pelohorrio do trem, pelo descanso e alimento em viagem, e pelaspessoas com quais encontrar no seu caminho.

    Devemos tambm orar por tudo o que ele fizer depoisde desembarcar: orar pelo lugar onde vai ficar, por seusvizinhos, at mesmo pelas coisas que ele vai ler; tambmoremos por seu trabalho; pelo tempo que levar e tambmpelas outras coisas relacionadas com o trabalho. Se orarmospor ele desta forma, ser muito difcil Satans encontrar

  • 27

    uma brecha pela qual atac-lo. A obra da orao , portanto,um trabalho real. Os preguiosos, tolos e descuidados nopodem fazer tal obra. Entretanto, muitas vezes quandooramos com fervor por uma determinada coisa, isso feito.

    H outra lio que devemos aprender aqui. Satans to ardiloso que realmente e difcil passarmos frente dele.Somos incapazes de orar por todos os detalhes, e portanto,somente podemos orar desta forma: Senhor, possa teuprecioso sangue responder a tudo que vier de Satans.Compreendamos que o precioso sangue de Cristo a respostapara todas as obras do inimigo. Tal orao a melhor quepode ser oferecida contra ele, de modo que jamais ele possapassar atravs desta rede para assaltar o povo de Deus.

    Toda vez que orarmos, precisamos perceber trsaspectos: primeiro, precisamos, ver a quem oramos; segundo,devemos saber por quem oramos; e terceiro devemoscompreender contra quem oramos. Muitas vezes lembramossomente dois aspectos da orao os que se referem a Deus(a quem oramos) e aos homens (por quem oramos). E assimdeixamos de perceber o aspecto do inimigo. Na oraodevemos no somente saber a quem oramos, mas tambmcontra quem oramos. Devemos saber por quem oramos, mastambm saber que h um inimigo a espreita, pronto a atacar-nos. Nossa orao dirigida a Deus, pelos homens, contraSatans. Se cuidarmos destes trs aspectos, Deus certamenteoperar por ns.

    Todo aquele que verdadeiramente trabalha para oSenhor deve espalhar uma rede de orao para que ele possatrabalhar mediante essa pessoa. No que Deus no estejadisposto a trabalhar: ele simplesmente espera que seu povoore. Ele espera ansiosamente que os homens tenham umavida de orao; sua vontade espera pelas oraes doshomens. Muitas vezes, sem ter determinado um perodo deorao, a pessoa sente a necessidade de orar, como se foraum fardo. Isto indica que h um item na vontade de Deusque requer sua orao. Ore quando sentir o fardo da orao isto orar de acordo com a vontade de Deus. o Esprito.

  • 28

    Santo que constrange a fazer a orao segundo a vontade deDeus. Quando o Esprito Santo lev-lo a orar, ore. Se noorar, sufocar-se- por dentro como se alguma coisa tivesseficado por fazer. No caso de voc ainda no orar, sentir-se-at muito, mas afadigado. Finalmente, se voc no orar dmodo nenhum, o esprito da orao e o fardo dela ficaro toembotados que lhes r difcil conseguir de novo tal sentimentofazer a orao segundo a vontade de Deus.

    Toda vez que Deus coloca um pensamento de oraoem ns, seu Esprito Santo primeiro nos leva a sentir anecessidade urgente de orar por esse assunto particular.Assim que recebamos tal sentimento devemos entrega-nosimediatamente orao. Devemos pagar o preo de orar bempor esse assunto. Quando o Esprito Santo nos move, nossoprprio esprito instantaneamente percebe a necessidadecomo se um grande fardo tivesse sido removido de nossosombros. Mas, se no levarmos tal fato em orao, ficaremoscom o sentimento de algo por fazer. Se no expressarmos talcoisa em orao, no estaremos em harmonia com o coraode Deus. Devemos ser fiis na orao; isto , se orssemosassim que a necessidade chegasse, a orao no se tornariaum peso, em vez disso seria leve e agradvel.

    uma pena que tanta gente apague o Esprito Santoa. Eles extinguem a sensao que o Esprito Santo d paramov-los a orar. Depois disso, poucas sensaes desse tipolhes viro. Portanto, j no so vasos teis perante o Senhor.O Senhor nada pode conseguir mediante eles porque j nopodem respirar em orao a vontade de Deus. Oh, se cairmosao ponto de no termos o tardo da orao, ter-nos-emosdeveras afundado numa situao demasiadamente perigosa;por j termos perdido a comunho com Deus ele no mais capaz de nos usar em seu servio. Por esse motivo, devemoster cuidado extra ao lidar com o sentimento, que o EspritoSanto nos d. Sempre que tiver uma necessidade de oraodevemos imediatamente inquirir do Senhor: , Deus, peloque desejas que eu ore? O que desejas realizar que necessitade minha orao? E se orarmos a respeito disso, Deus nos

  • 29

    confiar a prxima orao. Se no nos desincumbirmos doprimeiro fardo, seremos incapazes de lidar com o segundo.

    Peamos que o Senhor nos torne parceiros fiis daorao. Assim que o fardo chega, descartamo-lo orando arespeito dele. Se o fardo ficar pesado demais a ponto de nopoder ser descartado pela orao, ento devemos jejuar.Quando a orao no pode desfazer o fardo, deve-se seguir ojejum. Mediante o jejum, o fardo da orao pode serrapidamente vencido, pois o jejum capaz de ajudar-nos adesfazer os fardos mais pesados.

    Se a pessoa continuar a realizar o trabalho da orao,tornar-se- um canal para a vontade de Deus. Sempre que oSenhor tiver algo para fazer, procurar essa pessoa. Deixe-me dizer isto: a vontade de Deus sempre procura umamaneira de se expressar. O Senhor sempre est apreendendoalgum ou algumas pessoas para que sejam a expresso desua vontade. Se muitos se levantarem para fazer esta obra, oSenhor far muitas coisas por intermdio de suas oraes.

  • 30

    CAPTULO 4

    O PRINCPIO DE ORARTRS VEZES

    Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez,repetindo as mesmas palavras (Mt 26:44).

    Por causa disto trs vezes pedi ao Senhor cue oafastasse de mim (2Co 12:8).

    H um segredo particular acerca da orao quedevemos conhecer, isto , orar trs vezes ao Senhor. Estaorao trplice no fica limitada a somente trs vezes; podeser feita muitas vezes. O Senhor Jesus implorou a Deus trsvezes no jardim do Getsmani at que sua orao foi ouvida nesse ponto ele parou. Paulo tambm orou a Deus trsvezes, e parou de orar quando recebeu a palavra de Deus.Da que todas as oraes devem obedecer ao princpio triplo.Esta orao trplice no significa que precisados orarsomente uma, duas e trs vezes e ento parar. Simplesmentesignifica que antes de pararmos devemos orar completa-mente por esse assunto at que Deus nos oua.

    Este princpio das trs vezes muitssimo significante.Devemos prestar ateno a tal princpio no somente emnossa orao pessoal, mas tambm em nossas reunies deorao. Se esperamos que nossa orao numa reuniocumpra o ministrio da igreja em realizar o que quer queDeus deseja que faamos, devemos lembrar-nos desse princ-pio importante.

  • 31

    O princpio de orar trs vezes . orar completamente,orar at que saibamos com clareza a vontade de Deus, atobtermos sua resposta. Numa reunio de orao, nuncapense que por algum j ter orado por um assunto este nomais necessita de minha orao. Por exemplo, certa irmest doente e oramos por ela. No porque um irmo j oroupor essa irm que eu j no precise acrescentar a minhaorao dele. No, esse irmo orou uma vez, eu devo orar asegunda vez e outra pessoa a terceira. Isso no implica quecada orao deva ser feita por trs pessoas. A orao deve seroferecida com fardo. As vezes precisamos de orar cinco ou dezvezes. O importante que h necessidade de orao at que ofardo seja desfeito. Este o princpio de orar trs vezes. Este o segredo do xito de uma reunio de orao verdadeira eproveitosa.

    No permitamos que nossa orao salte ao derredorcomo um gafanhoto: pulando a outro assunto antes que oprimeiro seja totalmente esgotado, e antes que o segundoassunto tenha recebido a ateno total, pois ento nosencontramos de volta ao primeiro assunto. Tal oraosaltitante no desfaz fardos, e, portanto, difcil conseguir asrespostas de Deus. Tal orao de pouca utilidade e nopreenche o ministrio da orao.

    A fim de preencher o ministrio da orao devemos terum fardo de orao perante Deus, No pretendemos ditarleis; somente desejamos apresentar aqui este princpio.Reconheamos isto: o fardo o segredo da orao. Se a pessoano sente dentro de si o fardo para orar por um assunto emparticular, dificilmente ter xito em orao. Numa reuniode orao alguns irmos podem mencionar muitos pedidos deorao. Mas se voc no for tocado interiormente, no podeorar. Portanto, cada irmo e irm que yem a uma reunio deorao deve ter um fardo de orao a fim de orar.

    Ao mesmo tempo no se absorva totalmente naconsiderao de que fardo voc possui; deve tambm percebero fardo dos outros irmos e irms que esto na reunio. Porexemplo, uma irm pode estar tendo problemas com o

  • 32

    marido; outro irmo pode estar doente. Se na reunio deorao uma pessoa pede que Deus salve o marido dessa irm,e seguida por outra pessoa que pede que Deus cure adoena desse irmo, e por sua vez seguida por outroindivduo que lembra perante Deus algo mais, ento cadapessoa est orando somente por seu assunto em particular.Tal orao no est de acordo com o princpio do orar trsvezes. Pois no exemplo que acabamos de dar, o que estacontecendo que antes que um assunto tenha sido total-mente esgotado, o segundo tpico j est sendo motivode orao. Conseqentemente, numa reunio de oraoos irmos que se reuniram devem notar se um fardo deorao pelo primeiro assunto j foi desfeito. Se todos orarempor essa irm e o fardo da orao for desfeito, os crentespodem ento orar pelo irmo doente. Antes que o fardo daorao do primeiro tpico seja desfeito, os que esto orandojuntos no devem mudar para o segundo ou o terceiropedidos de orao. Suponha que o grupo inteiro ainda estejaenvolvido em um assunto particular. Ento ningumpresente deve tentar acrescentar orao que seja somentesegundo seu prprio sentimento pessoal.

    Os irmos devem aprender a fazer contato com oesprito da reunio toda. Devem entrar no sentimento daassemblia. Percebamos que por alguns assuntos precisamosorar somente uma vez e o fardo desfeito. Mas outrosassuntos talvez necessitem de mais orao, ao passo que svezes devemos orar trs ou cinco vezes por outros assuntosantes que os diversos fardos sejam desfeitos. Sem levar emconsiderao o nmero de vezes, o fardo deve ser desfeitoantes que a orao a respeito de certo item seja concluda. Oprincpio de orar trs vezes no nada mais que orar at queo fardo seja levantado.

    Em tudo isto, claro, os crentes devem tambmcompreender a diferena entre a orao pessoal e a oraocoletiva. Quando a pessoa est orando sozinha, pensasomente em seus fardos; mas na orao coletiva todosdeviam notar o fardo da reunio em vez de prestar ateno

  • 33

    aos seus prprios. Portanto, numa reunio de orao osirmos devem aprender a perceber o sentimento da reunio,Para algumas coisas, orar uma vez suficiente. No hnecessidade de orar outra vez, pois a assemblia no maistem o fardo. Mas por outras coisas, orar uma nica vez no o suficiente. Talvez precisemos orar outra vez, a terceira ou aquinta vez por esses assuntos. Antes que um fardo sejadesfeito, ningum deve comear a orar acerca de outro.Todos devem esperar que o primeiro fardo seja levantado;erigia algum pode mudar para outro assunto medida queo Senhor apresentar o fardo para orao.

    De modo que na reunio de orao, aprendamos a orarpor certo assunto permitindo que uma, duas, trs ou cincopessoas orem conforme necessrio. No no sentido de cadaum fazer sua prpria orao, mas orar de comum acordoenquanto nos reunimos. A orao de comum acordo algoque devemos aprender. Certa pessoa pode ser capaz de orarpor si mesma, cinco pessoas podem ser capazes de orarrespectivamente, mas todos ns, quando nos reunimos deve-mos aprender um novo tipo de orao, que a orao decomum acordo. Percebamos que a orao pblica ou coletivano vem automaticamente; deve ser aprendida.

    Se dois dentre vs, sobre a terra, concordarem arespeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes- concedida por meu Pai que est nos cus (Mt 18:19). Istono algo insignificante. Devemos aprender a perceber osentimento dos outros, aprender a tocar o que chamado deorao da igreja, e aprender a discernir quando o fardo levantado. Ento saberemos como realizar o ministrio daorao na reunio.

  • 34

    CAPTULO 5

    A ORAO QUE DESAFIA SATANSLeitura Bblica: Lc 18:1-18

    Os trs aspectos da oraoNossa orao possui estes trs aspectos: (1) ns

    mesmos, (2) o Deus a quem oramos, e (3) nosso inimigo,Satans. Toda orao verdadeira possui os trs aspectos.Quando oramos, naturalmente o fazemos por nosso prpriobem-estar. Temos necessidades, desejos e expectativas eento oramos por eles. Oramos a fim de suprir nossospedidos. Mesmo assim, na orao verdadeira no devamossimplesmente pedir as coisas relacionadas com o nossoprprio bem-estar; devemos tambm orar para a glria deDeus e para que o cu governe a terra. Embora as respostass nossas oraes nos tragam benefcios, a realidade do reinoespiritual mostra da mesma forma que o Senhor obtm glriae que sua vontade feita. Resposta orao d ao Senhormuita glria, pois revela a grandeza excelente de seu amor epoder ao atender ao pedido de seus filhos. Tambm indicaque sua vontade seja feita.

    No precisamos examinar isto com detalhes, poistodos os fiis filhos do Senhor que tm alguma experinciana orao conhecem a relao entre estes seus dois aspectos.Mas o que gostaramos de lembrar aos crentes de hoje ofato de que se na orao atentarmos para estes dois aspectossomente, Deus e o homem, nossa orao ainda imperfeita.Embora possa ser bastante eficaz, entretanto, existe derrotaporque ainda no dominamos o verdadeiro significado daorao. Sem dvida, todos os crentes espirituais estocnscios da relao absoluta entre a orao, a glria e a

  • 35

    vontade de Deus. A orao no visa apenas ao nosso prpriobem. Ainda assim, tal conhecimento incompleto, devemostambm notar o terceiro aspecto: que enquanto oramos aoSenhor, o que pedimos e o que Deus promete inexorvel-mente feriro o inimigo.

    Sabemos que o regente do universo Deus. Noobstante, Satans chamado de o prncipe deste mundo (Jo14:30) pois que o mundo todo jaz no maligno (1Jo 5:19).Assim, vemos que h duas foras diametralmente opostasneste mundo, cada uma procurando vencer a outra. verdade que Deus tem a vitria final; entretanto, nesta eraantes do reino milenar, Satans continua a usurpar poderneste mundo para opor-se obra, vontade e aos interessesde Deus. Ns que somos filhos de Deus pertencemos a ele. Seganharmos qualquer coisa sob sua mo, naturalmentesignificar que seu inimigo sofrer a perda. A soma de ganhoque temos a quantia da vontade de Deus realizada. E aquantia vontade de Deus realizada , por sua vez a soma aperda sofrida por Satans.

    Uma vez que pertencemos a Deus, Satans procurafrustrar-nos, afligir-nos ou suprimir-nos e no deixar que nosfirmemos. Este seu objetivo, embora tal meta possa no seralcanada porque podemos chegar ao trono da graa peloprecioso sangue de nosso Senhor Jesus, pedindo a proteo eo cuidado de Deus. medida que Deus ouve nossa orao, oplano de Satans definitivamente derrotado. Ao respondernossa orao Deus subverte a vontade maligna de Satans, e,conseqentemente, este no pode maltratar-nos segundo esteesquema. Tudo o que ganhamos em orao perda doinimigo. De modo que nosso ganho a glria do Senhor estoem proporo inversa: perda de Satans. Um ganha, ooutro perde; um perde, o outro ganha. vista disto, em nossaorao no devamos considerar somente nosso bem-estar e aglria e a vontade de Deus, mas tambm observar o terceiroaspecto o que pertence ao inimigo, Satans. A orao queno leva em considerao os trs aspectos, superficial, depequeno valor, e pouco realiza.

  • 36

    No temos necessidade de falar acerca das oraessuperficiais; no fazem sentido e no procedem do corao pois no tm efeito algum sobre qualquer dos trs aspectosda orao. No caso de um cristo carnal, at mesmo suaorao sensvel enfatiza somente o aspecto de seu prpriobem-estar. Seu motivo na orao beneficiar-se a si mesmo.O que tem em mente apenas suas prprias necessidades edesejos. Se to-somente puder fazer com que o Senhorresponda sua orao e lhe conceda o que o seu coraodeseja, ento est satisfeito. No reconhece que existe talcoisa como a vontade de Deus, nem est cnscio do que seja aglria de Deus. E claro que no tem a menor idia arespeito do aspecto da presena de Satans.

    Mas nem todos os crentes so carnais. Agradecemos aoSenhor e louvamo-lo porque muitos dentre seus filhos soespirituais. Quando oram, seu propsito no egosta de talforma que fiquem satisfeitos se o Senhor to-somenteresponder sua orao suprindo-lhes as necessidadespessoais. Tambm do grande ateno glria e vontadede Deus. Esperam que ele lhes responda orao no porquedesejam conseguir algo para si mesmos, mas porque Deusser glorificado na resposta sua orao. Ao orar, noinsistem em receber aquilo pelo que oram, porque tmcuidado somente da vontade de Deus. Quanto a essavontade, no h questo em saber se o Senhor se agrada emconceder sua petio, mas se a resposta orao no entrarem conflito com a vontade da obra, do governo e do plano deDeus. D-se ateno no somente orao em si mesma, mastambm ao relacionamento de tal orao com a perspectivaampla da obra do Senhor. Portanto, sua orao cobre os doisaspectos: Deus e o homem.

    Entretanto, muito poucos cristos consideram oterceiro aspecto o de Satans em sua orao. O objetivo daorao verdadeira toca no somente o ganho pessoal (svezes nem se pensa neste aspecto), mas tambm a glria deDeus e a perda do inimigo. No consideram que seu prpriobem-estar seja de importncia maior. Em vez disso, conside-

  • 37

    ram sua orao altamente eficaz se fizer que Satans perca eque Deus seja glorificado. O que procuram em orao aperda do inimigo. Sua viso no est restrita ao seuambiente imediato, mas tem como perspectiva a obra deDeus e sua vontade no mundo inteiro. Deixe-me acrescentarque com isso no quero sugerir que somente levam emconsiderao os aspectos de Deus e Satans e esqueceminteiramente do aspecto pessoal da orao. De fato, quando avontade de Deus feita e Satans sofre perda, estas pessoasinexoravelmente tero benefcio. O progresso espiritual dosanto pode, portanto, ser julgado pela nfase dada em suaorao.

    A parbola de Lucas 18Na parbola registrada em Lucas 18:1-8, nosso Senhor

    Jesus abrange os trs aspectos da orao sobre os quaisestamos falando. Com relao a isto, note, por favor, queencontramos meno de trs pessoas na parbola, a saber,(1) o juiz, (2) a viva e (3) o adversrio. O juiz (de um modonegativo) representa a Deus, a viva representa a igreja dehoje ou os cristos fiis, enquanto o adversrio representanosso inimigo, o diabo. Quando explicamos esta parbola,muitas vezes damos ateno somente relao entre o juiz ea viva. Notamos que o juiz, que no teme a Deus nemrespeita aos homens, finalmente decide o caso da viva porcausa de sua petio incessante; e, conclumos, que uma vezque nosso Deus no como este juiz inquo, por certo nosatender rapidamente se orarmos. Ora, isto quase tudo oque explicamos com respeito a esta parbola.

    Mas muitos de ns estamos inconscientes do fato deestarmos negligenciando outra pessoa importante daparbola. Vejamos que se no houvesse o adversrio estaviva no teria necessidade de comparecer perante o juiz.Porm ela levada a procurar o juiz porque est sendooprimida pelo adversrio. Especialmente quando considera-mos suas palavras ao juiz no podemos deixar de reconhecer

  • 38

    o lugar que o adversrio tem nesta histria. Para ser breve,as Escrituras meramente registram estas poucas palavras:Julga a minha causa contra o meu adversrio, mas estacurta sentena contm muito! No representa ela umasituao agonizante? Ao pedir justia revela que houve erroscometidos. De onde vm tais erros e tais ofensas? Procedemda opresso do adversrio: e assim descobre-se a profundainimizade que existe entre ele e a viva. Fala tambm dosevera sofrimento que esta viva tem passado nas mos doadversrio. O que reclama perante o juiz deve ser indubita-velmente uma recapitulao de suas experincias passadas esua situao atual. E ela pede que o juiz julgue os atoserrados cometidos contra ela e que lhe faa justia.

    Em certo sentido, este adversrio a figura central daparbola. Sem ele no haveria a perturbao da viva eento ela no compareceria perante o juiz estaria muicomodamente vivendo em paz. Sem dvida, no havendo oadversrio no haveria nem histria nem parbola, pois oque ocasiona todos os problemas esse adversrio: ele oinstigador de todas as confuses e aflies. E assim deve sero foco de nossa ateno enquanto examinamos os trspersonagens desta parbola, um a um.

    O JuizEste juiz a nica autoridade numa determinada

    cidade. Governa-a inteiramente. Em certo sentido esta umafigura do poder e autoridade de Deus. Embora no presenteSatans reine temporariamente sobre o mundo, ele somente um usurpador que ocupou o mundo pela fora.Quando o Senhor Jesus morreu na cruz, lanou fora oprncipe deste mundo. Em sua morte ele despojou osprincipados e as potestades, publicamente os exps aodesprezo, triunfando deles na cruz (Cl 2:15). Embora omundo ainda esteja no maligno, e totalmente ilegal. E Deusj determinou um dia quando o reino ser retomado e seuFilho ser o Rei deste mundo por mil anos, e da para frente,

  • 39

    ento para a eternidade. Mas antes que este tempo chegue,Deus somente permite que Satans permanea ativo,enquanto Deus mesmo detm as rdeas do governo destemundo. Satans pode governar sobre tudo o que pertence a simesmo, e pode at perseguir todos os que pertencem a Deus;entretanto, tudo isto s por pouco tempo. E mesmo nestecurto perodo, Satans est inteiramente restrito por Deus.Ele pode perturbara os santos, mas somente dentro de certoslimites. parte do que Deus permite, o inimigo no temautoridade alguma. Podemos perceber isto claramente nahistria de J. Assim como este juiz governa uma cidadeinteira, tambm Deus reina sobre o mundo todo. E assimcomo altamente imprprio que as pessoas que estejam soba jurisdio de um juiz perturbem os outros, desta formatornando-se adversrios, tambm extraordinrio, atmesmo monstruoso, que Satans, que esta sob o governo deDeus, persiga os santos.

    O carter deste juiz revelado por suas prpriaspalavras: Bem que eu no temo a Deus, nem respeito ahomem algum. Deve ser uma pessoa verdadeiramenteimoral, pois no tem respeito por Deus nem pelos homens.Mas por causa das vindas incessantes da viva pedindojustia, ele fica to perturbado e cansado de suas petiesque finalmente lhe concede vingana. O Senhor Jesusemprega esse juiz em termos negativos para sublinhar abondade de Deus: pois Deus no igual ao juiz inquo daparbola; pelo contrrio, ele o nosso Pai gracioso e nosprotege; como ele gosta de dar-nos as melhores coisas; e no como o juiz da parbola que no se relaciona com a viva.

    Ora, se um juiz como o da parbola est disposto ajulgar a causa da viva para livrar-se de sua incessanteimportunao, quanto mais Deus, que todo virtude ebondade, e que se relaciona to intimamente conosco, julgara causa de seus filhos que orem a ele incessantemente! Seum juiz imoral julga a causa de uma mulher por seucontnuo clamor, no operar Deus por seu prprio povo? Omotivo de a viva finalmente obter o consentimento do juiz

  • 40

    de julgar sua causa deve ser encontrado em sua petioincessante. Ela no pode ter esperana no prprio juiz, poissabe que ele imoral e sem virtude. Entretanto, devemosreconhecer que a resposta nossa orao a Deus no vemsomente por causa de nosso orar sem cessar o que em simesmo deve ser suficiente para obter o que pedirmos mastambm por causa da bondade de Deus. por isso que oSenhor Jesus termina a parbola dizendo: No far Deusjustia aos seus escolhidos? Estas palavras: no far Deus,implicam uma comparao. Assim como a viva dependeinteiramente de sua petio incessante como meio deconseguir o que pede, no receberemos tambm o quepedimos por causa de nossa orao constante a Deus e porcausa de sua bondade?

    A VivaA viva no tem a quem recorrer. A prpria palavra

    viva trai o fato de seu isolamento. O marido de quem elasempre dependeu est morto. Agora est viva. Elaverdadeiramente serve como um tipo para ns, os cristos,no mundo. Nosso Senhor Jesus j subiu aos cus; de modoque, falando simplesmente do ponto de vista fsico, oscristos esto sem amparo como qualquer viva. O ensina-mento de Mateus 5 revela as condies dolorosas doscristos. Devemos ser os mais mansos de todos, e nodevemos oferecer resistncia de qualquer tipo; e, portanto,sofremos perseguio e at humilhao em todos os lugares.O Senhor, Jsus seus apstolos nunca instruram os crentesa procurar poder e posio neste mundo; em vez disso,ensinam-nos a ser humildes, e mansos, aceitando o desprezoe a perturbao deste mundo e recusando-nos a reivindicarqualquer coisa segundo o direito ou, a lei. Tal a posio doscristos e o caminho que nosso Senhor mesmo delineou parans. Da mesma forma que o Filho Deus deve morrer na cruzsem nenhuma resistncia ou murmurao, podem seusdiscpulos esperar tratamento melhor da parte do mundo? A

  • 41

    vista de tudo isto, viva deveras uma boa ilustrao de nsos cristos, nesta era.

    O adversrioAssim como a viva tem seu adversrio tambm ns,

    os cristos, temos o nosso. E nosso adversrio Satans. Poiso significado da palavra Satans adversrio, quesignifica um inimigo: O diabo, vosso adversrio (1Pe 5:8).Devemos, portanto, reconhecer claramente quem nossoinimigo. Saberemos assim como nos achegar ao nosso juizque nosso Deus e acusar nosso inimigo. Se desejarmosexaminar a raiz do motivo da inimizade que existe entre nse o diabo descobriremos que por trs dela jaz uma longahistria. Em termos simples, esta inimizade comeou nojardim do den. Depois da queda do homem, disse Deus:Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tuadescendncia e o seu descendente. Este te ferir a cabea, etu lhe ferirs o calcanhar (Gn 3:15). Por haver o diabo fendo,a ns, os seres humanos, Deus colocou inimizade em nossoscoraes e tambm no corao de Satans.

    Sabemos que a semente da mulher mencionada aquiem Gnesis refere-se ao Senhor Jesus Cristo: ele e o diaboesto em inimizade eterna. Isto algo que o prprio Deusdeterminou. Ns que cremos no Senhor Jesus estamos, dolado do Senhor; portanto, no podemos deixar de reconhecerque o inimigo do Senhor tambm nosso inimigo.

    Da mesma forma, Satans, o inimigo de nosso Senhorno nos deixar de lado facilmente nem deixar de se opor ans. Considera o Senhor Jesus seu inimigo, de modo que notem outra alternativa seno considerar os discpulos doSenhor como seus inimigos tambm. Mas os que no creramno Senhor Jesus so filhos do diabo (ver Joo 8:44), enaturalmente o diabo ama aos seus. Entretanto, cremos noSenhor Jesus e estamos unidos com ele; incorremos, pois, nodio do diabo por causa do seu dio a nosso Senhor.

  • 42

    Tal inimizade se aprofunda dia a dia. Uma vez que oinimigo to forte e ns somos to pobres e desamparadoscomo a viva da parbola, ele usa todos os seus poderes paraoprimir-nos causando-nos grande perda. Temos sofridotanto em suas mos que, por mais que faamos, noenfatizamos o suficiente o quanto os cristos hoje soperturbados pelo diabo. E se estes erros no forem vingados,sofreremos perda permanente. Pena que muitos dos filhosde Deus ainda esto inconscientes da opresso de Satans.

    Satans e os SantosDa mesma forma que o adversrio maltratou a viva,

    assim tambm o diabo hoje maltrata a ns, os crentes. Quemsabe o quanto j sofremos em suas mos? claro que, ao nosperseguir, ele no se manifesta nem age diretamente. Todasas suas obras so feitas mediante pessoas ou Coisas. Ele nofaz questo de aparecer; pelo contrrio, instiga pessoas aagirem por ele enquanto ele dirige em secreto. Da mesmaforma que o diabo se disfarou em serpente para seuprimeiro trabalho, assim tambm se disfara toda vez queopera hoje. Por causa do disfarce, os filhos de Deus muitasvezes no conseguem reconhecer seu verdadeiro inimigo.

    s vezes ele enfraquece os corpos dos crentes,causando doena e dor (ver Atos 10:38), e os crentes podempensar que seu estado de sade se deva a problemas dehigiene ou de fadiga, sem compreender que o diabo estoperando nos bastidores. Quanto os cristos sofrem em suasmos nesse respeito somente!

    s vezes o inimigo incita pessoas a perseguir oscrentes (ver Apocalipse 2:10), sendo, portanto, atacados porsua comunidade, amigos e membros da famlia. Pensam,porm, que isto devido ao dio que as pessoas tm para como Senhor; o que no percebem que o diabo realmenteinstiga os ataques.

    s vezes o maligno opera no meio ambiente envol-vendo os crentes em durezas e perigos. Freqentemente ele

  • 43

    cria mal-entendidos entre os cristos de modo a separar osamigos mais queridos e causar muita dor de corao elgrimas.

    s vezes o inimigo corta os suprimentos de bensmateriais dos crentes, reduzindo-os penria e at mesmo amorrer de fome. Outras vezes ele lhes oprime o esprito e f-los sentirem-se deprimidos, inquietos e sem objetivos. Oupode afligir a vontade dos crentes, fazendo com que percam opoder da livre escolha e desta forma no sabem o que fazer.Ou injeta temor irracional nos coraes dos crentes. OuSatans amontoa as coisas sobre eles para faz-los cansarsobremaneira, ou lhes tira o sono para esgot-los. Ou instilapensamentos impuros ou confusos em suas mentes para lhesenfraquecer a resistncia ou apresenta-se como um anjo deluz para enganar e desviar os crentes.

    impossvel esgotar a lista das do diabo. Em breve, oinimigo criar qualquer coisa que faa com que os crentessofram espiritual ou fisicamente, que os faa cair em pecadosou sofrer perda e danos. Infelizmente, muitos dos filhos deDeus no tm conscincia das obras de Satans quandosofrem em suas mos. Tudo o que lhes acontece, atribuem aonatural, ao acidental, e ao humano no discernindo que emmuitas ocorrncias naturais reside o sobrenatural satnico,como em muitos episdios acidentais reside o enredodiablico, e como em muitas lides humanas esto envolvidasas manobras malignas do inimigo.

    Identificar o InimigoA coisa mais importante que temos pela frente

    identificar o inimigo. Devemos ter a certeza de quem nossoadversrio, quem que nos causa tanto sofrimento. Quofreqentemente pensamos que nossos sofrimentos vm doshomens. A Bblia nos diz que a nossa luta no contra o

  • 44

    sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades,contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra asforas espirituais do mal, nas regies celestes (Ef 6:12). Porisso, toda vez que sofremos pelas mos dos homens, preci-samos lembrar que por trs da carne e sangue Satans eseus poderes das trevas podem muito bem estar l dirigindotudo. Devemos ter a viso espiritual necessria paradiscernir entre a obra de Deus e manobra de Satans.Devemos distinguir o que natural do sobrenatural. Deve-mos exercitar nossa vida interior de modo a conseguir oconhecimento do reino espiritual para que nenhuma dasobras ocultas de Satans possa escapar nossa observao.

    Tal sendo o caso, no devemos ns reconhecer que oque geralmente consideramos acontecimentos incidentais; enaturais possam envolver as obras do inimigo nos basti-dores? fcil ver que Satans realmente est tentandofrustrar-nos a todo instante e oprimir-nos em todas as coisas.Que pena havermos sofrido tanto da mo dele no passadosem saber que era ele quem nos fazia sofrer. Agora, parte danossa obra mais urgente hoje gerar um corao de diopara com Satans por causa de sua crueldade. No preci-samos temer que nossa inimizade com Satans se tornedemasiadamente profunda. Antes de haver a possibilidadede nossa vitria devemos manter em nosso corao umaatitude hostil para com ele, no mais dispostos a submeter-nos sua opresso. Devemos compreender que o que temossofrido nas mos de Satans real e deve se vingado. Ele notem direito de nos perturbar, mas o faz. Isto deverasinjustia, perturbao que no pode ficar sem se vingada.

    Clamor por vinganaOra, depois de a viva ter sofrido tanto, vem ao juiz

    suplicando justia. Isto algo que devemos aprender a fazer.No vamos a juzes terrenos, implorando que ajam a nossofavor. No, pedimos a nosso juiz, que no outro seno nossoDeus Pai que est nos cus. As armas de nossa batalha noso da carne (2Co 10:4), portanto no empregaremos

  • 45

    nenhum meio terreno o carnal contra os instrumentos , acarne sangue utilizados por Satans. Muito pelo contrrio,em vez de mostrar impacincia, raiva ou mesmo hostilidadepara com eles, devemos ter piedade deles, porque sosomente instrumentos de Satans. Percebamos que naguerra espiritual as armas da carne so totalmente inteis.No so somente inteis, mas todo aquele que as usar, semdvida ser vencido por Satans.

    Segundo est registrado em Efsios 6, as armasespirituais so de muitos tipos. E a mais eficaz dentre essasarmas a orao, mencionada no versculo 18. Em verdade,estamos sem fora e, portanto, incapazes de fazer justiacontra nosso adversrio. Mas podemos orar a nosso Deuspedindo-lhe que nos vingue. A orao a melhor armaofensiva contra nosso inimigo. Mediante ela podemospreservar intacta nossa linha de defesa. Mediante a oraotambm podemos atacar nosso inimigo e infligir grandeperda em seu plano, obra e poder. Esta viva compreendeuque se lutasse sozinha contra seu adversrio no venceria,porque ela, sendo viva e fraca, no podia jamais levarvantagem contra um vilo como ele. Da mesma maneira, seos filhos de Deus lutarem independentemente sem confiar,por meio da orao, no poder de Deus e no seu apoio paraacusar o inimigo e pedir a Deus vingana, eles tambm seroferidos pelos dardos inflamados. Nesta parbola o SenhorJesus ensina-nos a melhor maneira de vencer o adversrio,que orar dia e noite a Deus pedindo-lhe que julgue nossacausa contra o inimigo.

    Orao que resiste a SatansA Bblia d-nos muita ajuda nesta questo de orar

    contra Satans. Aqui examinaremos algumas destas passa-gens para aprendermos como oferecer tal orao.

    Lembramos como em Gnesis 3 Deus puniu eamaldioou o diabo depois de sua primeira operao maligna.Nessa maldio divina Deus predisse claramente que acabea do diabo seria esmagada pelo Senhor Jesus na cruz. E

  • 46

    assim sempre que sofrermos nas mos do diabo poderemosnos aproveitar do castigo que lhe foi infligido, orando: Deus, amaldioa a Satans de novo para que no possa fazero que deseja. Tu o derrotaste no jardim do den. Peo-te que,amaldioes de novo, colocando-o novamente sob o poder dacruz a fim de imobiliz-lo. O que o diabo mais teme amaldio de Deus. No momento em que Deus amaldioa,Satans no nos ousa ferir.

    Est registrado em Marcos, captulo 1, que quando oSenhor Jesus expulsava os demnios no lhes permitia falar.Portanto, quando Satans usa pessoas para proferiremmuitas palavras de incompreenso ou violncia, podemospedir ao Senhor que feche a boca e que no lhe permita falarpor meio delas. s vezes, quando pregamos o evangelho ouensinamos as pessoas, podemos pedir ao Senhor que proba odiabo de falar a nosso auditrio, para que ele no induza aspessoas a duvidarem da palavra de Deus, nem resistam aela. Lembramo-nos da histria de Daniel na cova dos lees.Eis uma orao bastante eficaz: Senhor, fecha a boca doleo; no permitas que ele fira teu povo.

    Mateus 12 d-nos outro bom exemplo de orao doSenhor: Como pode algum entrar na casa do valente eroubar-lhe os bens sem primeiro amarr-lo? e ento lhesaquear a casa (v. 29). Sabemos que o valente a que serefere o Senhor Satans. A fim de vencer a Satansprimeiro precisamos amarr-lo, assim imobilizando-o. Nsmesmos, claro, no temos a fora para amarrar o valente efazer com que perca sua liberdade de resistir a nossas obras.Mas podemos orar. Em nossa orao podemos pedir a Deusque amarre Satans e o torne impotente. Toda vez quecomearmos uma obra, se primeiro amarrarmos Satans emorao, nossa vitria certa. Devemos sempre orar: OSenhor, amarra o valente.

    Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruiras obras do diabo (1Jo 18). Assim que percebermos que certaobra do diabo, podemos orar como segue. Deus teu Filhose manifestou para destruir as obras do diabo. Agradeo-te

  • 47

    ele ter destrudo as obras do diabo na cruz. Mas o diabo estoperando novamente. Por favor, destri sua obra em ns,destri a sua manipulao de nossa obra, destri seusartifcios em nosso ambiente e destri todas as suas obras.Quando oramos, podemos orar segundo a situao na qualnos encontramos. Se notarmos que Satans est trabalhandoem ns, em nossa famlia, em nossa emprego, em nossosestudos ou em nosso pas, podemos pedir que Deus destruasua obra nessa rea particular.

    Judas registra o que o arcanjo Miguel disse a Satans:O Senhor te repreenda (v. 9). Depois de tal mensagem,Satans j no ousou resistir. Portanto, podemos usar estamesma palavra para nossa orao contra ele. Pedimos aoSenhor que repreenda o inimigo. Devemos saber que oSenhor d ouvidos a esse tipo de orao. Se pedirmos que elerepreenda, ele repreender. Devemos tambm crer quedepois que o Senhor tiver repreendido a Satans, o inimigo jno e capaz de resistir, pois teme a repreenso do Senhor.Quando nosso Senhor repreendeu o vento e o mar, esteselementos deram ouvidos sua voz e imediatamente o ventocessou e o mar se acalmou. Sua repreensao produz o mesmoefeito sobre Satans.

    Ao ler os salmos, veremos quo eficaz a repreensodo Senhor! Ento se viu o leito das guas, e se descobriramos fundamentos do mundo, pela tua repreenso, Senhor, peloiroso resfolgar das tuas narinas (18:15). Ante a tuarepreenso, Deus de Jac, paralisaram carros e cavalos(76:6). Est queimada de fogo, est decepada. Perecem pelarepreenso do teu rosto (80:16). tua repreenso fugiram, voz do teu trovo bateram em retirada (104:7). Repreendeuo Mar Vermelho e ele secou (106:9). Estes versculos bblicosmostram-nos o poder da repreenso do Senhor. Se o Senhorrepreender a Satans, este jamais poder resistir. Quando oinimigo nos oprime, devemos pedir que Deus o repreenda.

    Est escrito em Mateus 16 que por amor da afeiohumana Pedro desejou impedir que Jesus fosse cruz. OSenhor o repreendeu dizendo: Arreda! Satans (v. 23).

  • 48

    Sempre que o diabo fizer uso de nossos amigos e parentespara impedir-nos por amor da afeio humana de fazera vontade de Deus, podemos pedir que Deus afaste Satansde ns.

    Est registrado em Mateus 6 que o Senhor Jesus nosensina a orar desta maneira: Livra-nos do mal (v. 13).Como no sabemos o maligno vir para importunar-nos,devemos sempre fazer essa orao.

    Nosso Senhor Jesus, despojando os principados e aspotestades, publicamente os exps ao desprezo, triunfandodeles na cruz (Cl 2:15). Sempre que virmos o poder do diabooperando, devemos permanecer sombra da cruz, pedindo aoSenhor que exponha o diabo ao desprezo uma vez mais. Odiabo j sofreu a vergonha na cruz; de modo que, baseado emsua primeira humilhao, podemos pedir ao Senhor que oexponha ao desprezo novamente. Humilhado, ele no ousalevantar a cabea. Ento como poder importunar-nos denovo? Portanto, oremos: Senhor, agora estamos firmadosaos ps da cruz, pedindo-te que novamente desfaas a terr-vel arrogncia do diabo.

    A durao da oraoPor quanto tempo devemos fazer tal orao? Sabemos

    que h muitas oraes que precisam ser feitas somente umavez. Mas nunca ser demais fazer a orao que ataca aSatans. O propsito desta parbola de nosso Senhor queoremos sempre (Lc 18:1). Este juiz julga a causa da vivano pelo amor da justia nem por outra razo qualquer, masporque no pode suportar a contnua importunao dela. Nodiz ele a si mesmo: Julgarei a sua causa, para no sucederque, por fim, venha a molestar-me? Conseqentemente,este tipo de orao deve ser oferecido de modo ininterrupto.A orao contra o adversrio no meramente para ostempos de necessidades especiais; deve ser mantida comouma atitude e sussurrada incessantemente no esprito emdias comuns, quando tudo est calmo. O Senhor Jesus, ao

  • 49

    explicar esta parbola, pergunta: No far Deus justia aosseus escolhidos, que a ele clamam dia e noite? Este tipo deorao deve, portanto, ser feito dia e noite sem cessar.Devemos acusar nosso inimigo perante Deus incessantemen-te, pois Apocalipse 12 nos diz que Satans os acusa [aosirmos] de dia, e de noite, diante do nosso Deus (v. 10). Seele nos acusa de dia, e de noite, no devemos tambm nsacus-lo noite e dia?

    Esta a verdadeira vingana: como o diabo nos trata,tambm devemos trat-lo. O clamor da viva continuou atque o adversrio foi julgado e punido e ela foi vingada daimportunao que sofria. Enquanto houver outro dia no qualSatans ainda usurpa o mundo, e enquanto ele no foraprisionado no poo sem fundo ou jogado no lago do fogo, nocessaremos de orar contra ele. No devemos parar de orarat que Deus nos tenha feito justia e Satans tenhaverdadeiramente cado do cu como um relmpago. E grande o desejo de Deus que mostremos dio mais profundo paracom o diabo. J no sofremos demais nas mos dele? Ele temmostrado sua inimizade para conosco a cada passo docaminho; tem-nos feito sofrer terrivelmente tanto no corpocomo no esprito; ento, por que aguentamos sua perseguiosem reclamar ou orar? Por que no nos levantamos paraacus-lo perante nosso Deus com palavras de orao?Devemos procurar vingana. Por que no nos aproximamoscontinuamente de Deus e acusamos o inimigo, desta formaliberando a exasperao h tempo reprimida? O SenhorJesus nos chama hoje para nos opormos ao diabo com orao.

    O efeito da oraoQual o efeito de tal orao? Seu efeito visto em

    duas ocasies diferentes. Primeiro o efeito imediato. Todavez que o inimigo acusado, ele de novo restringido porDeus e no nos pode ferir. Embora depois de algum tempoele possa retornar, entretanto, nesse perodo em que estsendo acusado, no ousa causar nenhuma violncia; pois

  • 50

    toda vez que reivindicarmos a vitria da cruz, essa vitria senos torna real uma vez mais. Toda vez que oramos contra oinimigo/ sua obra de novo destruda pelo Senhor e ele denovo repreendido pelo Senhor. Se orarmos uma vez mais,Satans sofrer urna perda a mais. Quando Deus ouve nossaorao uma vez mais, Satans perde seu lucro uma vez mais.

    Mas este efeito vai alm do tempo presente. O SenhorJesus d nfase aqui a vingana ltima. Ao orarmos vezessem conta, o Senhor repreende e destri o diabo vezes semconta. Mas esta orao ainda no final, isto , de uma vezpor todas; porque o diabo fica restringido somente tempora-riamente; ele ainda deve sofrer a consequncia de suaderrota final. No far E)eus justia aos seus escolhidos,que a ele clamam dia e noite, pergunta o Senhor, emboraparea demorado em defend-los? Isto se refere destruiofinal de Satans. Sabemos como o inimigo ser aprisionadono poo sem fundo durante o reino milenial. Depois ele serjogado, pelo Senhor Jesus, no lago do fogo. Ento ser avingana ltima dos crentes. Por isso, os crentes hoje devemorar muito contra o diabo, a fim de que suas perturbaessejam para sempre vingadas. Agora o tempo da miseri-crdia de Deus. Embora ele realmente oua as oraes doscrentes e restrinja as obras do diabo, contudo ainda nolanou fora o diabo totalmente de forma que ele no nospossa molestar.

    Logo, hoje tambm o tempo de os crentes orarem afim de apressar o amanhecer desse dia. A esse respeito,nossa orao teria o efeito de acelerar a obra de Deus. Se aviva no tivesse orado pedindo sempre, quem poderia saberquando o juiz teria julgado sua causa contra o adversrio?Seu pedido constante apressou o dia de sua vingana. Hojetambm devemos agir da mesma forma. Digo-vos, pros-segue o Senhor, que depressa lhes far justia. Parece queo Senhor aqui est querendo dizer que a rapidez da obra deDeus determinada pela frequncia de nossa orao. Se sem-pre acusarmos o diabo em orao, Deus nos vingar rapida-mente. Quando o Senhor Jesus voltar outra vez, expulsar

  • 51

    Satans dos cus de modo a tirar-lhe todo o poder. A oraoque acusa a Satans apressar o dia da volta do Senhor.

    Trabalhando com DeusSempre pensamos que Deus faz tudo segundo sua

    vontade. Sem dvida, isto correto. Entretanto, somenteum lado da verdade, no a verdade toda. Deus opera segundosua vontade certamente este seu princpio; mas quandoele realmente comea a operar, sempre espera que seusfilhos expressem sua simpatia para com sua vontade medi-ante a orao antes que ele faa qualquer coisa.

    Corno Deus precisa de homens para trabalhar com ele!Verdadeiramente ele tem sua prpria vontade, mas desejaque os homens peam segundo sua vontade. Ento ele rapi-damente realizar a obra que sua vontade j determinou.Sem a orao de seus filhos, que indica que esto traba-lhando com ele, Deus no operar sozinho o que deseja fazer.Destruir o diabo a inteno de Deus. Fazer justia aescrentes , indubitavelmente, sua vontade. Entretanto, esperaque seus filhos orem. Assim como o juiz da parbola noteria julgado a causa da viva se no tivesse ela vindo eimplorado, assim tambm Deus hoje no julgar a causa doscrentes rapidamente se no orarem contra Satans.

    No sabemos exatamente por que isto assim, massabemos o quanto Deus gosta que seu povo trabalhe junta-mente com ele. natural que a acusao deva ser baseadaem fato. Mas como os cristos esto sendo frequentementeperturbados por Satans, podem acus-lo perante Deus pelomau tratamento que tem recebido. Isto causar-lhe- a morte.

    Os ltimos diasAo terminar o Senhor Jesus de propor esta parbola,

    concluiu com uma palavra final: 'Contudo, quando vier oFilho do homem, achar porventura f na terra? A julgar

  • 52

    por esta pergunta, parece que na poca de sua volta havergrande falta deste tipo de orao entre seu povo. No fazemeste tipo de orao por no terem f. Especulam que coisagrande demais e demasiadamente difcil lanar Satans forado cu, no poo sem fundo e depois no lago do fogo. Como apromessa de que o Deus da paz em breve esmagar debaixodos vossos ps a Satans (Rm 16:20) depois de vinte sculosainda no foi cumprida, como posso esperar que Deusdestrua a Satans mediante minha orao? O que o SenhorJesus quer dizer com esta palavra que no tempo de suavolta iminente as pessoas tero falta de f para orar acercadeste assunto. Entretanto, nos ltimos dias que devemosorar. Podemos ns ser os poucos fiis que, nos dias quandotal orao for to rara, oraremos contra o diabo de forma afazer com que ele perca a posio e o poder? Sabemos que nosltimos dias Satans e seus espritos malignos estaroativamente operando. Portanto, devemos orar mais do quenunca contra ele e derrubar seu governo. Para falar averdade, no h maior obra que os filhos de Deus possamfazer hoje do que esta. Quem est disposto a orar contraSatans pelo amor de Deus e por amor de si mesmo?

    Contende, Senhor, com os que contendem comigo;peleja contra os que co