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Colégio Dínamo 3 ANO COLEGIAL Prof.: Eduardo Teles ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 01. Terceira Fase do Modernismo : (UCSal-BA) A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com os outros acho que nem não misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo as coisas de rasa importância. De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Sucedido, desgovernado. Assim eu acho, assim eu conto […]. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data. O trecho anterior, de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, esclarece um dos aspectos do tratamento dado ao tempo nessa obra. Assinale a alternativa em que se explicita esse tratamento. A) O narrador alterna relatos de fatos importantes do passado com a narração de pequenos episódios mais recentes. B) A ordem cronológica da narrativa vai conferindo aos fatos relatados a importância real que tiveram no passado. C) A narrativa constrói-se a partir de um tempo reestruturado pela memória, em que os acontecimentos se classificam segundo uma ordem de importância subjetiva.

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Colégio Dínamo

3 ANO COLEGIAL

Prof.:

Eduardo Teles

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

01. Terceira Fase do Modernismo: (UCSal-BA) A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com os outros acho que nem não misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo as coisas de rasa importância. De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Sucedido, desgovernado. Assim eu acho, assim eu conto […]. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data.

O trecho anterior, de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, esclarece um dos aspectos do tratamento dado ao tempo nessa obra. Assinale a alternativa em que se explicita esse tratamento.

A) O narrador alterna relatos de fatos importantes do passado com a narração de pequenos episódios mais recentes.

B) A ordem cronológica da narrativa vai conferindo aos fatos relatados a importância real que tiveram no passado.

C) A narrativa constrói-se a partir de um tempo reestruturado pela memória, em que os acontecimentos se classificam segundo uma ordem de importância subjetiva.

D) O relato dos acontecimentos não é feito em ordem cronológica, porque, se o fosse, ficaria falseada a importância dos fatos narrados, visto que a memória é mentirosa.

E) O tempo da narrativa confunde na memória os acontecimentos significativos com aqueles que tem importância menor.

02. (UFOP-MG) Assinale a alternativa que apresenta João Cabral de Melo Neto como “um poeta cuja poesia versa constantemente sobre o próprio fazer poético”.

A) “A luta branca sobre o papel

que o poeta evita,

luta branca onde corre o sangue

de suas veias de água salgada”.

B) “Nas praias do Nordeste, tudo padece

com a ponta de finíssimas agulhas

primeiro com as agulhas de luz”.

C) “O que o mar não aprende do Canavial:

a veemência passional da preamar;

a mão-de-pilão das ondas da areia,

moída e miúda, pilada do que pilar”.

D) “(O sol em Pernambuco leva dois sóis,

Sol de dois canos, de tiro repetido;

O primeiro dos dois, o fuzil de fogo,

Incendeia a terra: tiro de inimigo.)”

E) “Os rios, de tudo o que existe vivo,

Vivem a vida mais definida e clara.”

03. Terceira Fase do Modernismo: (UESPI-PI–2009) Entre os autores da Terceira Geração Modernista, a chamada Geração de 45, o principal nome é o de João Cabral de Melo Neto. Deste poeta pernambucano, podemos afirmar o seguinte:

A) Sua poesia se caracteriza pelo lirismo exaltado.

B) Apesar de buscar uma poesia cerebral, sua poesia, a partir de 1960, aproxima-se cada vez mais das vanguardas surrealistas e dadaístas.

C) Os temas mais explorados pelo poeta são o retirante nordestino, a destruição da Floresta Amazônica, o genocídio indígena e o Rio Capibaribe.

D) O Rio Capibaribe, a cidade de Sevilha e o retirante nordestino são temas que encontramos em sua poesia.

E) Seu primeiro livro – A Pedra do sono – é composto ora de poemas neoparnasianos, ora de versos românticos que evocam os sonhos da humanidade.

04. (USF-SP) A respeito de Guimarães Rosa é CORRETO afirmar que:

A) transmitiu ao nosso regionalismo valores universais, ao abordar dúvidas do próprio homem, numa linguagem recriada poeticamente.

B) continuou a tradição das obras regionalistas anteriores, especialmente as do ciclo da cana-de-açucar, que denunciam a injustiça social.

C) foi mais valorizado como poeta, pela retomada dos recursos expressivos da língua, com sua linguagem plena de sonoridades e figuras literárias.

D) retomou a influência científica e a linguagem objetiva e enxuta de Euclides da Cunha, autor de Os sertões, para explicar a psicologia do sertanejo.

E) foi um autor de vanguarda que procurou mostrar as várias regiões do país, a partir de uma visão subjetiva e extremamente poética.

05. Terceira Fase do Modernismo: (UFRS) O romance de Clarice Lispector:

A) filia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar heroínas idealizadas e mitificar a figura da mulher.

B) define-se como literatura feminista por excelência, ao propor uma visão da mulher oprimida num universo masculino.

C) prende-se à crítica de costumes, ao analisar com grande senso de humor uma sociedade urbana em transformação.

D) explora até as últimas consequências, utilizando embora a temática urbana, a linha do romance neonaturalista da geração de 30.

E) renova, define e intensifica a tendência introspectiva de determinada corrente de ficção da segunda geração moderna.

GABARITO

01. C; 02. A; 03. D; 04. A; 05. E

1-(Puccamp-SP)

Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso. 

Pelo fragmento acima de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, percebe-se que neste romance, como em outros regionalistas do autor,

a)      O conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as personagens e o sertão que acaba por ser mítico e metafísico.

b)      O sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem as agressões do meio hostil e adverso à sobrevivência humana.   

c)      Não existe uma região a que geograficamente se possa chamar de sertão: ele é fruto da projeção do inconsciente das personagens.

d)      A periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e social em que vivem.

e)      Há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de lutas entre bandos de jagunços.

2-(ENEM/2017)

Dois parlamentos

Nestes cemitérios geraisnão há morte pessoal.Nenhum morto se viucom modelo seu, especial.Vão todos com a morte padrão,em série fabricada.Morte que não se escolhee aqui é fornecida de graça.Que acaba sempre por se imporsobre a que já medrasse.Vence a que, mais pessoal,alguém já trouxesse na carne.Mas afinal tem suas vantagensesta morte em série.

Faz defuntos funcionais,próprios a uma terra sem vermes.MELO NETO, J. C. Serial e antes. Rio deJaneiro: Nova Fronteira, 1997 (fragmento).

A lida do sertanejo com suas adversidades constitui um viés temático muito presente em João Cabral de Melo Neto. No fragmento em destaque, essa abordagem ressalta o(a)

A)nivelamento do anonimato imposto pela miséria na morte.

B) inutilidade de divisão social e hierárquica após a morte.

C) aspecto desumano dos cemitérios da população carente.

D) indiferença do sertanejo com a ausência de seus próximos.

E) tom de ironia para com a fragilidade dos corpos e da terra.

3-(UNIFOR CE/2017)

(…), estando tão ocupada, viera das compras de casa que a empregada fizera às pressas porque cada vez mais matava serviço, embora só viesse para deixar almoço e jantar prontos, dera vários telefonemas tomando providências, inclusive um dificílimo para chamar o bombeiro de encanamentos de água, fora à cozinha para arrumar as compras e dispor na fruteira as maçãs que eram a sua melhor comida, embora não soubesse enfeitar uma fruteira, mas Ulisses acenara-lhe com a possibilidade futura de por exemplo embelezar uma fruteira, viu o que a empregada deixara para jantar antes de ir embora, pois o almoço estivera péssimo, enquanto notara que o terraço pequeno que era privilégio de seu apartamento por ser térreo precisava ser lavado, recebera um telefonema convidando-a para um coquetel de caridade em benefício de alguma coisa que ela não entendeu totalmente mas que se referia ao seu curso primário, graças a Deus que estava em férias, fora ao guarda-roupa escolher que vestido usaria para se tornar extremamente atraente para o encontro com Ulisses que já lhe dissera que ela não tinha bom-gosto para se vestir, lembrou-se de que sendo sábado ele teria mais tempo porque não dava nesse dia as aulas de férias na Universidade, pensou no que ele estava se transformando para ela, no que ele parecia querer que ela soubesse, supôs que ele queria ensinar-lhe a viver sem dor apenas, ele dissera uma vez que queria que ela, ao lhe perguntarem seu nome, não respondesse “Lóri” mas que pudesse responder “meu nome é eu[…].

(LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres.Rio de Janeiro: Rocco, 1998)

Sobre a literatura de Clarice Lispector NÃO é uma afirmativa correta:

A)É o retrato da crise do próprio indivíduo: consciência e inconsciência.

B) Há uma revalorização da linguagem na exploração de novos significados.

C) Traz como característica a presença do narrador personagem.

D) Representa uma tendência intimista da moderna literatura brasileira.

E) Demonstra preocupação com a possibilidade das palavras representarem sensações.

4-(UERJ/2018)

Considere o romance A hora da estrela, de Clarice Lispector.

Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam.

O romance enfatiza que a personagem Macabéa vive a realidade de milhares de moças, como exemplifica o trecho citado.

Essa ênfase critica o processo sofrido por todas elas de:

A)alienação social

B) rivalidade geracional

C) humilhação intelectual

D) empobrecimento moral

5-(PUC RS/2017)

Leia o trecho a seguir, retirado da obra Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, e compare-o com o quadro Os retirantes, de Candido Portinari.

– Desde que estou retirandosó a morte vejo ativa,só a morte depareie às vezes até festiva;só a morte tem encontradoquem pensava encontrar vida,e o pouco que não foi mortefoi de vida severina

Todas as alternativas apresentam afirmações corretas, EXCETO:

A)Severino serve de metonímia para retirantes, tema que é referido tanto no poema quanto no título do quadro.

B) O tratamento social conferido aos temas da seca, da fome e da morte é recorrente em romances, poemas, quadros e filmes brasileiros a partir do anos 30.

C) O tom sombrio do quadro revela o tema da morte a partir de elementos como o aspecto físico dos personagens, a aridez em volta e os pássaros negros que os acompanham.

D) No poema, há a oposição constante entre vida e morte, o que vai de encontro à temática abordada no quadro, já que, na representação da família, as crianças mostram que a vida é mais forte do que a morte.

E) A vida severina aparece como um contraponto à morte, embora não seja necessariamente mais positiva do que ela.

GABARITO

01-C, 02-A,03-C,04-A,05-E

01-(Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/2017)

Sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência, eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado corroendo o futuro! O que eu disser soará fatal e inteiro!

LISPECTOR, Clarice. Perto do Coração Selvagem

No fragmento da obra “Perto do Coração Selvagem”, de Clarice Lispector, o uso do futuro, nas formas verbais que dão progressão ao texto, tem como principal objetivo

A)evidenciar o decidir-se da locutora pelo devir na afirmação positiva à vida, rejeitando os limites do eu, o medo, a dúvida, o atual modo estagnado de viver.

B) convidar o leitor a refletir sobre as escolhas feitas no momento vivido e as consequências que elas podem acarretar logo a seguir.

C) comparar experiências favoráveis experimentadas no presente narrativo com a instabilidade e a incerteza do que poderá ser vivenciado mais adiante.

D) idealizar um futuro marcado pela delicadeza, fragilidade e sensibilidade, características próprias do perfil feminino.

E) problematizar o porvir como o tempo da hesitação, da insegurança, mas também da força e da satisfação.

2-(PUCCamp SP/2016)

Por vezes, a literatura pode se pautar por diferentes tempos: há o tempo da história narrada, de sua sequência cronológica, e há o tempo da linguagem que processa essa história. A linguagem experimental do irlandês James Joyce reinterpreta, em pleno século XX, a história mítica de Ulisses. No Brasil, há uma ocorrência similar, se pensamos em Grande sertão: veredas, romance onde Guimarães Rosa articula magistralmente dois planos temporais:

A)o desapego às crenças do passado e a obsessão pelo experimentalismo estético.

B) a corrosão nostálgica da memória e a busca de uma nova mitologia.

C) o universo arcaico do sertão e a expressão linguística ousada e inventiva.

D) o ritmo cantante da lírica e a urgente denúncia política.

E) a história do passado colonial e o registro das velhas crônicas medievais

3-(Fac. Israelita de Ciênc. da S. Albert Einstein SP/2017)

As ancas balançam, e as vagas dedorsos, das vacas e touros, batendocom as caudas, mugindo no meio,na massa embolada, com atritos decouros, estralos de guampas, estrondose baques, e o berro queixoso do gadojunqueira, de chifres imensos, commuita tristeza, saudade dos campos,querência dos pastos de lá do sertão …“Um boi preto, um boi pintado,Cada um tem sua cor.Cada coração um jeitoDe mostrar o seu amor.”Boi bem bravo, bate baixo, bota baba,boi berrando …Dança doido, dá de duro, dá de dentro,dá direito … Vai,Vem, volta, vem na vara, vai não volta,vai varando …“Todo passarinh’ do matoTem seu pio diferente.Cantiga de amor doídoNão carece ter rompante …”

O trecho acima integra o conto O Burrinho Pedrês, da obra Sagarana, escrita por João Guimarães Rosa. Dele é correto afirmar que

A)há uma mistura de textos narrativos e textos poéticos que quebra a sequência do conto e oferece ao leitor um texto de duvidosa qualidade estética.

B) há presença significativa de figuras sonoras como as aliterações que emprestam ao texto ritmo duro e pesado, impedindo a musicalidade e o lirismo próprios da arte popular.

C) apresenta um jogo entre a forma poética e a prosaica e, em ambos os gêneros, é possível constatar a presença de ritmo marcado pelo uso de redondilhas.

D descreve o movimento agitado dos bois por meio de uma linguagem construída apenas pelo emprego abusivo de frases nominais e de gerúndios.

4 (PUCC-SP) Guimarães Rosa – numa linguagem em que a palavra é valorizada não só pelo seu significado, como também pelos seus sons e formas – tomou um tipo humano tradicional em nossa ficção, o jagunço, e transportou-o, além do documento, até a esfera onde os tipos literários passam a representar os problemas comuns da nossa humanidade.

Exemplifica as palavras acima o trecho de Guimarães Rosa:

a. "O chefe disse: me traga esse homem vivo, seu Getúlio. Quero o bicho vivão aqui e, pulando. O homem era valente, quis combate, mas a subaqueira dele anganchou a arma, de sorte que foi o fim dele. Uma parabelada no focinho, passarinhou aqui e ali e parou."

b. "À sua audácia e atrocidade deve seu renome este herói legendário para o qual não achamos par nas crônicas provinciais. Durante muitos anos, ouvindo suas mães ou suas aias cantarem as trovas comemorativas da vida e morte desse como Cid, ou Robin Hood pernambucano, os meninos tomados de pavor adormeceram mais depressa do que se lhes contassem as proezas do lobisomem ou a história do negro do surrão muito em voga entre o povo naqueles tempos."

c. "João Miguel sentiu na mão que empunhava a faca a sensação fofa de quem fura um embrulho. O homem, ferido no ventre, caiu de borco, e de sob ele um sangue grosso começou a escorrer sem parar, num riacho vermelho e morno, formando poças encarnadas nas anfractuosidades do ladrilho."

d. "Qu'é que me acuava? Agora, eu velho, vejo: quando cogito, quando relembro, conheço que naquele tempo eu girava leve demais, e assoprado. Deus deixou. Deus é urgente sem pressa. O sertão é dele. Eh! – o que o senhor quer indagar, eu sei. Porque o senhor está pensando alto, em quantidades. Eh. Do demo?"

e. "O tiroteio começou. A princípio ralo, depois mais cerrado. O padre olhava para seu velho relógio: uma da madrugada. Apagou a vela e ficou escutando. Havia momentos de trégua, depois de novo recomeçavam os tiros. E assim o combate continuou madrugada adentro. O dia raiava quando lhe vieram bater à porta. Foi abrir. Era um oficial dos farrapos cuja barba negra contrastava com a palidez esverdinhada do rosto."

5 (USF-SP) A respeito de Guimarães Rosa é correto afirmar que:

a. transmitiu ao nosso regionalismo valores universais, ao abordar dúvidas do próprio homem, numa linguagem recriada poeticamente.

b. continuou a tradição das obras regionalistas anteriores, especialmente as do ciclo da cana-de-açúcar, que denunciam a injustiça social.

c. foi mais valorizado como poeta, pela retomada dos recursos expressivos da língua, com sua linguagem plena de sonoridades e figuras literárias.

d. retomou a influência científica e a linguagem objetiva e enxuta de Euclides da Cunha, autor de Os sertões, para explicar a psicologia do sertanejo.

e. foi um autor de vanguarda que procurou mostrar as várias regiões do país, a partir de uma visão subjetiva e extremamente poética.

GABARITO

01,A,2)C,3)C,4)D,5)A

Queridos alunos,

Por favor, façam essas questões e depois corrijam a lista. Além disso, peço para que a turma continue aprofundando as análises dos contos machadianos e façam a leitura da obra A Hora da Estrela. Segue o resumo da mesma.

Resumo de A Hora da Estrela

ATENÇÃO: o resumo de A Hora da Estrela contém spoiler da obra! Se isso não é um problema, continue. Caso seja, leia nossa lista completa de livros que mais caem no ENEM e de livros obrigatórios para o vestibular FUVEST.

Lista de personagens

· Rodrigo S.M.: Este é o personagem narrador e é entendido como uma representação da própria Clarice Lispector. Ao longo do livro ele reflete sobre o próprio ato de escrever e se preocupa com a profundidade do ser humano.

· Macabéa: Essa é a principal personagem. Trata-se de uma alagoana de 19 anos, muito desleixada, que vive sem a família no Rio de Janeiro. É muito ignorante e sequer reconhece a própria infelicidade.

· Olímpico de Jesus: Primeiro namorado de Macabéa. Outro nordestino, mas muito ambicioso.

· Glória: Filha do açougueiro e amiga de Macabéa. Ela, por ser mais atraente que a amiga, ficou com Olímpico de Jesus.

· Madame Cartola: Cartomante que diz o futuro de Macabéa.

Início

A Hora da Estrela começa com a apresentação do narrador e também personagem Rodrigo S.M. Ele é alguém que se atormenta tendo de escrever sobre si e sobre Macabéa, uma jovem nordestina, para uma novela. O tormento advém dos seus questionamentos sobre seus próprios métodos, estilo, narração, capacidade de compreender Macabéa, uma jovem socialmente e culturalmente inferior.

Ele expõe a intimidade de Macabéa de forma cru, bem realista.

Em seu texto ele também tenta compreender a complicada relação entre ficção e realidade em seu trabalho. Rodrigo S.M quer mesmo é desvelar o significado da existência e da literatura.

Macabéa é uma jovem alagoana de 19 anos, muito magricela, feia, sozinha e morrinhenta, péssima datilógrafa. Menina pobre que fez uma miserável trajetória para o Rio de Janeiro, onde mora numa pensão dividindo quarto com mais 4 balconistas das Lojas Americanas: Maria da Penha, Maria Aparecida, Maria José e Maria.

É uma menina sem perspectiva de vida, sonsa, datilógrafa de meia boca, alienada, sem vida interior ou futuro. Macabéa vivia uma vida cretina.

Com o passar do tempo ela começa um namoro, com um nordestino metalúrgico chamado Olímpico de Jesus. Seu namorado é um rapaz grosseiro, sem muita instrução mas que ao menos tem sonhos. Seu desejo é tornar-se deputado na região sul, mudando de vida.

Como Macabéa era incompetente para a vida, segundo o narrador, ele a deixa para namorar Glória, uma jovem loira oxigenada, inclusive amiga de Macabéa. Ela inclusive aconselha a amiga a procurar uma cartomante chamada madame Carlota, uma ex-prostituta e cafetina. Macabéa o faz.

Madame Cartola se sensibiliza com Macabéa e tenta apresentar a ela um futuro melhor, profetizando para ela um encontro com um gringo loiro de olhos azuis, verdes, castanhos ou pretos e, principalmente, rico, com quem ela se casaria.

Macabéa que “nunca tinha tido coragem de ter esperança” ficou bem feliz com o que ouvira, já que “a cartomante lhe decretara sentença de vida”.

Porém, a sonsa, ao atravessar distraidamente a rua foi atropelada por uma Mercedes amarela.

Caiu no chão e agonizando disse sua última frase: “Quanto ao futuro”. Enigmático, não? Muitas pessoas observavam a moribunda no momento. Alguém inclusive deixou junto ao corpo dela uma vela acesa.

Assim, com essa morte, foi que Macabéa alcançou a hora da estrela.

Fizemos este resumo de A Hora da Estrela curto, bem sintético para você que está com menos tempo. Porém, se precisar fazer uma prova e não puder ler o livro completo, leia abaixo mais detalhes sobre os acontecimentos na vida de Macabéa.

Macabéa não conheceu os pais, é uma órfã que foi criada por uma parente, uma tia muito ruim. Ela costumava castigar Macabéa com cascudos na cabeça e a privava da sobremesa que ela mais gostava: goiabada com queijo. Sua infância foi miserável, sem conforto, sem amigos e sem animais de estimação.

Ela é uma moça feia, que gosta de coca cola e cachorro quente, às vezes até passa fome e tem o trabalho de datilógrafa no Rio de Janeiro. Nunca teve relação com homem algum. Tem enorme despreparo para a vida inteligente, é sonsa e tola. Sorri para as pessoas e é ignorada.

Tossia muito anoite, tinha azia e raramente tomava banho. Um de seus divertimentos era ouvir a Rádio Relógio. A emissora sequer transmitia música, apenas notícias fúteis, propagandas e a hora certa. Certa vez quis ter um creme para a pele, mas preferia comê-lo que usar como cosmético.

Sua aparência é de tamanha pobreza mental que parece pedir um tapa para acordar. A expressão usada no livro para ela que destacamos neste resumo de A Hora da Estrela é “alma rala”, ou seja, sem profundidade.

A moça realmente não sabia nada, era uma completa alienada.

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A vida medíocre de Macabéa

“Ela somente vive, inspirando e expirando, inspirando e expirando.“ Percebem que é uma vida animal? É como se ela nem pensasse. Nunca nada importante aconteceu em sua vida e se morresse não haveria alguém para sentir falta ou legado que deixasse. Tudo no seu cotidiano era uma mesmice, uma repetição chata.

Ainda assim, anoite ela nem costumava se recordar do que acontecera de manhã. E aos domingos ela acordava mais cedo para fazer nada por mais tempo.

Sua ignorância era sobre o mundo e sobre si mesma, nem mesmo sabendo quem era quando acordava. Algumas vezes era como se sumisse diante do espelho, nem mesmo se enxergando.

Segundo o narrador ela vivia a dimensão do Não-ser, como se diz na filosofia.(Veja aqui os filósofos que mais caem nos vestibulares, principalmente Enem)

“Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não, sabia para quê, não se indagava.”

Achou a comparação com um cachorro muito forte? Pois o narrador, Rodrigo S.M fez outra pior ainda:

“Ela era subterrânea e nunca tinha tido floração. Minto: ela era capim. […]

Tornara-se apenas vivente em sua forma primária. […] Era apenas fina matéria orgânica. Existia. Só isto.”

Macabéa não entende porque existe, nem para quê existe, nem a existência do mundo. Quase sempre é uma mentecapta (sem inteligência, tola, idiota). Certa vez o patrão Raimundo quis demiti-la e ela pediu desculpas por ter aborrecido-o. Ele teve dó e não a despediu.

· Redação nota 1000 do ENEM corrigida e comentada

· Qual a diferença entre coesão e coerência?

A tuberculose de Macabéa

Continuando nosso resumo de A Hora da Estrela de Clarice Lispector, nesta parte mais detalhada, ressaltamos a consulta que Macabéa fez.

Ela procurou um médico por indicação da amiga Glória e ele a diagnosticou com tuberculose ao que ela agradeceu. O médico chegou a ficar irritado com a burrice dela. Ele até receitou espaguete e ela nem entendeu o que significava.

Quanto a essa amiga Glória, certa vez até a perguntou se doía ser feia. Quando Macabéa comprou um batom vermelho e quis ser a Marilyn Monroe Glória também zombou dela. E não só! Glória ficou com o namorado de Macabéa, que riu quando ele lhe deu o fora.

Ela não fica desesperada mesmo sabendo que não era interessante para ninguém. O futuro não lhe trazia preocupações, nem o presente e nem mesmo o passado. Macabéa era realmente um vegetal.

São muito poucas as vezes em que ela realmente sentia algo. Certa vez chorou ouvindo Caruso e noutra teve coragem de dançar sozinha no quarto. Sua descoberta do ser se deu mesmo foi na hora da morte, após o atropelamento, ou seja, na hora da estrela.

Vamos falar mais sobre seu namoro com Olímpico neste resumo de A Hora da Estrela.

O namoro dos dois começou primeiramente porque se viram como dois seres do mesmo lugar. Eles se reconheceram como nordestinos e se aproximaram. Mas o namoro não ia bem, inclusive sempre chovia quando se encontravam.

Olímpico, ao contrário da namorada, queria ser rico. Era disposto a qualquer coisa, homem duro, mau-caráter, que até mesmo roubava os colegas no emprego que tinha na metalurgia. Segundo Rodrigo, o narrador, era homem de honra já lavada, porque chegou a matar um desafeto no sertão.

É impaciente com a namorada, nem mesmo é delicado. Destacamos um episódio específico neste resumo de A Hora da Estrela.

Olímpico era tão grosso que ao irem tomar café ela perguntou se poderia escolher um pingado (café com leite). Sabem o que ele respondeu? Que sim, poderia, mas que teria de pagar a diferença se fosse mais caro. Ainda assim ela fica impressionada com a bondade do namorado. Acaba pondo muito açúcar e fica enjoada.

Quando ele viu Glória, amiga de Macabéa, cresceu em intenções por ela. Tratava-se de uma típica carioca, mais bonita e com a força de uma mulata. Além disso ela vivia com pai, mãe e comida na hora certa. Tudo isso aumentou o interesse de Olímpico.

Ele abandonou Macabéa sem nem pensar e com muita rudeza.

Foi procurando a cartomante Madame Cartola, por indicação de Glória, que Macabéa se apercebeu de que sua vida havia sido horrível até o momento. Conversando com a cartomante ela ficou tão cheia de esperanças que se viu transformada, estava “grávida de futuro”.

Saindo da sua consulta ela morreu atropelada por uma Mercedes amarela. Seria esse o encontro com o estrangeiro rico?

Foi sendo atropelada que pensou estar vivendo o primeiro dia de sua vida. Ela própria considerou que estava nascendo. O paradoxo que se revela aqui é que a vida de Macabéa começou com sua morte.

Antes de morrer ela repetia: “Eu sou, eu sou, seu sou, eu sou.”

Fim do relato

Ricardo S. M termina a narrativa como alguém que se vai terminando também. Ele termina de existir quando termina de narrar. O narrador vislumbra a própria morte escrevendo sobre a morte de Macabéa.

A hora da estrela é a hora da morte. A conclusão implícita é a de que ele, Macabéa e a própria Clarice Lispector embora tão diferentes entre si, partilham deste destino comum.

A obra foi publicada em 1977 duas semanas antes de Clarice Lispector morrer. Trata-se de um curtíssima novela que se enquadra na terceira fase do modernismo, conhecida como geração 45.

Não há divisão por capítulos.

Quando perguntada sobre a obra que escrevia, disse Clarice que escrevia sobre uma “inocência pisada e sobre uma miséria anônima.”

No interior do livro há ainda 11 títulos alternativos:

· A culpa é minha

· Ela que se arranje

· O direito ao grito

· Quanto ao futuro

· Lamento de um blue

· Ela não sabe gritar

· Assovio ao vento escuro

· Eu não posso fazer nada

· Registro dos fatos antecedentes

· História lacrimogênica de cordel

· Saída discreta pela porta dos fundos

A Hora da Estrela é a única enfatizando a realidade objetiva com intenção explícita na temática social.

Foi o último romance da autora, considerado romance intimista e psicológico. O romance é também uma tragédia sendo um conto de fadas às avessas.

Sobre a Obra – Narrador/ Denúncia social/ Modernismo

A Hora da Estrela foi escrita quando Clarice lispector padecia de um câncer. Segundo dizia: “Não aguento ser apenas para mim, preciso dos outros para me manter em pé”. Seu texto era uma abertura para mundo externo. Na obra ela projetou suas angústias e medos antes de morrer.

O período histórico deve ser considerado nas interpretações e ressaltamos isso neste artigo com o resumo de A Hora da Estrela, nesta análise.

Foi no tempo de Geisel que ela escreveu. Acontecia a distensão da ditadura, lenta e gradualmente. A repressão diminuía e também a sociedade civil com suas inquietações. De forma menos contida já retornavam as contestações políticas. Isso pode ter levado Clarice à decisão de produzir uma obra social, principalmente também por solidariedade com os nordestinos que buscavam uma vida melhor na região sudeste do Brasil.

Acesse aqui o PDF do livro A Hora da Estrela de Clarice Lispector

Narrador

Falar sobre o narrador é essencial.

Pela primeira vez, uma voz masculina ganhou espaço narrando uma obra de Clarice Lispector. Sendo homem, Rodrigo S.M era menos intimista e menos sentimental relatando e narrando a vida de Macabéa.

Segundo Clarice “escritora mulher pode lacrimejar piegas”.

O livro é iniciado com uma dedicatória do autor, e isso é seguido de uma advertência: “na verdade Clarice Lispector”. Note que assim se cria uma relação entre o narrador e a própria Clarice, podendo até se entender que eles se confundem. Ora são um, ora são diferentes.

O que fica claro é que Rodrigo S.M é uma outra forma de se expressar e escrever da própria Clarice. É como se ele fosse um heterônimo dela.

O encargo de expressar a realidade de forma mais objetiva ficou para ele. A Hora da Estrela é também um drama de linguagem segundo Benedito Nunes. Além disso é uma busca por respostas para os impasses existenciais e literários da autora.

Como se verá ao final, é também uma reflexão sobre o significado de existir, sobre a finalidade última da vida.

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Estilo literário

Conhecemos Rodrigo nas primeiras 20 páginas. Nelas ele nos relata seus impasses para começar a escrever o drama de Macabéa. Ele nem mesmo havia decidido ainda qual seria o estilo para a narração. Por fim, sua escolha foi a simplicidade.

“É claro que, como todo o escritor, tenho a tentação de usar termos suculentos: conheço adjetivos esplendorosos, carnudos substantivos e verbos tão esguios que atravessam agudos o ar […] Mas não vou enfeitar a palavra […] Tenho que falar simples. […] Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho.”

Rodrigo preocupou-se também com o tipo de estrutura com a qual organizaria sua narrativa. Clarice costumava optar por uma estrutura que revelava o psicológico das personagens, o subjetivo delas. Ele não. Quis fazê-lo da forma tradicional.

Segundo o modelo tradicional é preciso um bom personagem que tenha ação sobre o mundo num sentido forte, que mude as coisas, que haja um grande final. Mas Macabéa é medíocre e o próprio Rodrigo várias vezes problematiza a miséria que é a vida de Macabéa que ele vai narrar.

A vida de Macabéa é rala, não tem emoção, não é coisa alguma e toda a cidade parece ser feita contra ela, a desprezada de todos, que viveu uma vida que não acrescenta algo a de outrem.

Rodrigo sente outra coisa em relação a Macabéa: culpa. Ele se sente responsável por sua pobreza interior e econômica. Isso o atormenta. Deve ter sido possível perceber isso no resumo de A Hora da Estrela.

“Sou um homem que tem mais dinheiro do que os que passam fome, o que faz de mim de algum modo um desonesto. A classe alta me tem como um monstro esquisito, a média com desconfiança de que eu possa desequilibrá-la, a classe baixa nunca vem a mim. […]

Sou obrigado a procurar uma verdade que me ultrapassa. […] A moça é uma verdade da qual eu não queria saber. […] Não sei a quem acusar, mas deve haver um réu. […]”

Este narrador escrevendo faz mais do que isso, ele se questiona. Não só conta um drama social, a história da vida de uma jovem moça nordestina pobre e sem perspectiva. Para ele o livro é uma pergunta e uma busca por autoconhecimento e é por isso que ele tanto fala de si também.

Trata-se de uma busca por conhecimento nas coisas externas, saindo um pouco da própria interioridade. Para Rodrigo escrever é também suspender um pouco a própria morte.

“Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias.”

Ele tenta, mas acaba por sentir que fracassou na linguagem. Concluiu também que a literatura não resolve os problemas humanos. Afinal, escrever esse livro não ajudou Clarice a se curar do Câncer certo? Mais esta obra não lhe deu dias a mais de vida.

Outra coisa complexa é a relação do narrador Rodrigo com sua Macabéa. Ele estabelece com ela um vínculo afetivo e a trata como alguém que merece amor, misericórdia. Pode até se enraivecer com ela, afinal leva uma vida muito patética, alienada.

Também partilha com ela o drama da condição humana, finita. Nesta análise de A Hora da Estrela, ressaltamos que ele chega a se perguntar ao final da obra se ele vai morrer também. Rodrigo e Macabéa também se confundem.

“Vejo a nordestina se olhando ao espelho e – um rufar de tambor – no espelho aparece o meu rosto cansado e barbudo. Tanto nós nos intertrocamos. […]”

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Denúncia social

A obra realiza uma denúncia social, pois Clarice retrata uma situação de uma migrante nordestina. Tenta uma vida melhor mas acaba se tornando uma miserável. Até hoje é comum que nordestinos venham tentar melhorar a vida na região sul e sudeste do Brasil.

Há também uma crítica às pessoas que se apropriam do discurso de outras, mesmo não tendo passado pelo que elas passaram. O narrador Rodrigo S.M é, além de homem, um intelectual que está bem de vida sem problemas financeiros e se põe a falar de uma mulher, pobre e burra.

Características

· Metaficção: Não são fatos reais, mas toda a narrativa é verossímil. Mesmo não sendo Macabéa uma pessoa real, sua vida se encaixa na de muitos brasileiros. Até o narrador se sabe uma invenção.

· Há também um fluxo de consciência. Lendo você perceberá que a representação do pensamento não é linear.

· Embora a obra não revele subjetivismos há trechos com análise psicológica das personagens e certo intimismo.

· Metalinguismo: O narrador é um personagem que cria e narra a vida de Macabéa, até se identifica com ela. O autor é um narrador que fala em sua obra e nela mesma busca o autoconhecimento.

O RESUMO NÃO SUBSTITUI A LEITURA DA OBRA

Segue link do filme.Assistam

https://www.youtube.com/watch?v=376JgN-2cEc

Saudades intensas

Dudu