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Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

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Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARENSINO FUNDAMENTAL

PARANAVAÍ – PARANÁ

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................3

IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA...................................................................................5

ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...............................................................6

ENSINO FUNDAMENTAL: Características.................................................................8

MATRIZ CURRICULAR ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL: Matutino..........10

MATRIZ CURRICULAR ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL: Vespertino.......11

CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

BASE NACIONAL COMUM

- Arte..........................................................................................................................12

- Ciências...................................................................................................................30

- Educação Física......................................................................................................47

- Ensino Religioso......................................................................................................55

- Geografia ................................................................................................................63

- História ....................................................................................................................80

- Língua Portuguesa...................................................................................................91

- Matemática.............................................................................................................106

PARTE DIVERSIFICADA

- Língua Estrangeira Moderna – Inglês....................................................................121

PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR

- Atividade de Ampliação de Jornada Periódica – Artes Visuais..............................135

– Atividade de Ampliação de Jornada Periódica - Teatro.........................................142

- Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – Futsal......................................149

- Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – Tênis de Mesa/Badminton.....156

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1 APRESENTAÇÃO

Uma análise da conjuntura mundial e brasileira revela a necessidade de

construção de uma educação básica voltada para a cidadania.

Isso não se resolve apenas garantindo a oferta de vagas, mas sim oferecendo

um ensino de qualidade, ministrado por professores capazes de incorporar ao seu

trabalho os avanços das pesquisas nas diferentes áreas de conhecimento e de estar

atentos às dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito escolar.

A proposta foi desenvolvida a partir da necessidade de apontar e desenvolver

indicativos que pudessem oferecer alternativas didáticas pedagógicas para a

organização do trabalho pedagógico, a fim de atender às necessidades e às

expectativas das escolas e dos professores na estruturação do currículo. Consiste

na possibilidade objetiva de pensar a escola a partir de sua própria realidade,

privilegiando o trabalho coletivo.

Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito, implica

valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente,

com a escola. Situações escolares de ensino-aprendizagem são situações

comunicativas, nas quais os alunos e professores participam, com uma influência

decisiva para o êxito do processo.

A escola preza pela ação prioritária de trabalho com o conhecimento para o

exercício pleno da cidadania, um instrumento que contribui para a transformação

social. Uma escola em que, ao se trabalhar os saberes, por meio do processo de

ensino e aprendizagem, promovam quem aprende e quem ensine e, nessa

simbiose, seja produzida as bases de uma nova sociedade que se contraponha ao

modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas

educacionais de inspiração neoliberal.

A proposta curricular terá a base disciplinar, ou seja, a ênfase é nos

conteúdos científicos, nos saberes escolares das disciplinas que compõem a grade

curricular.

É fundamental que os problemas da prática social sejam enfrentados e

passem de uma ação assistemática para a da sistematização, com a clareza e

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transparência necessária à compreensão de todos os sujeitos envolvidos na

dinâmica escolar.

Como orientações gerais ficaram estabelecidas o compromisso com a

redução das desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o

desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da

educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito fundamental

do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino; e a

compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos. A velha

dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida com ações efetivas. Reconhecer

que o professor é o sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o conhecimento,

é valorizar a sua ação reflexiva e sua prática.

Nos últimos anos o Brasil tem avançado em direção à democratização do

acesso e da permanência dos alunos no Ensino Fundamental. A aprovação da lei

11.274/06 faz a alteração do ensino fundamental de oito para nove anos,

transformando o último ano da educação infantil no primeiro ano do ensino

fundamental com matrícula obrigatória aos seis anos.

Neste contexto, é essencial a (re) organização da escola para o Ensino

Fundamental, necessita para isso, rever a sua estrutura, as formas de gestão, os

ambientes, os espaços, os tempos, os materiais, os conteúdos, as metodologias, os

objetivos, o planejamento e a avaliação, para que os educandos se sintam inseridos

e acolhidos num ambiente propício à aprendizagem. É assegurar que a transição

para os diferentes sistemas de ensino ocorra da forma mais natural possível, não

provocando rupturas e impactos negativos no seu processo de escolarização.

Assim, caberá ao conjunto da comunidade escolar, impulsionado pelos

sistemas, a sistematização do comprometimento de todos com aquilo que é

relevante para orientar as ações da escola em busca de um ensino de qualidade.

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2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

2.1 - Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.

Código: 0943

2.2 - Município: Paranavaí

Código: 1860

2.3 - Dependência Administrativa

Estadual

Código: 0943

2.4- N R E: Paranavaí

Código: 22

2.5- Entidade Mantenedora

Governo do Estado do Paraná

2.6 Ato de Autorização de Funcionamento da Escola/Colégio

Resolução nº. 3.892/77 de 15/09/1977

2.7 Ato de Reconhecimento da Escola/Colégio

Resolução: 2.812/81 de 30/12/1981

2.8 Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar

Nº. 195/05 de 01/02/2005

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3 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

3.1 – Níveis e Modalidades de Ensino

Ensino Fundamental Anos Finais- 6ª/9ª anos

Ensino Médio Anual

Educação Especial - Sala de Recursos

3.2– Quadro Geral de Pessoal

N° de Turmas: 18

N° de Alunos: 490

N° de Professores: 60

N° de Pedagogos: 03

N° de Funcionários: Agente Educacional I: 08

Agente Educacional II: 03

N° de Diretores Auxiliares: 0

3.3- Turnos de Funcionamento

Manhã, Tarde e Noite.

3.4- Ambientes Pedagógicos

Sala de Recursos

Sala de Apoio

Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia.

Biblioteca

CELEM

Laboratório de Informática

3.5– Organização do Tempo Escolar

Ensino fundamental: ano

Ensino Médio: Regular

3.6– Organização Curricular

Disciplina

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3.7– Como são ofertados os estudos sobre o Paraná

Interdisciplinarmente

3.8– Avaliação: Formas de Registro

Notas

3.9– Periodicidade da Avaliação

Ensino fundamental: Trimestral

Ensino Médio: trimestral

3.10 – Intervenções Pedagógicas

Recuperação de Estudos

Sala de Apoio

Atendimento Individualizado

Sala de Recursos

Atividade de Ampliação de Jornada - Periódicas

Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo

3.11 - Estratégias para articulação escola/família/comunidade

Reuniões de acompanhamento

Bimestral/Trimestral

Atendimento Individualizado

Palestras

Festividades

3.12 – Instâncias Colegiadas

Grêmio Estudantil

Conselho Escolar

APMF

Conselho de Classe

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4 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

4.1 – Ensino Fundamental: Características

O Ensino Fundamental de nove anos é obrigatório no sistema estadual de

ensino no Estado do Paraná, assegurando a todas as crianças e adolescente um

tempo mais longo de convívio escolar, objetivando a formação básica do cidadão.

O processo de construção da escolarização do ensino fundamental da rede pública estadual tem como referência as orientações legais decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n° 9394/96. Esta lei estabeleceu que a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por finalidades “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” (Art.21LDBEN/96).

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que o

Ensino Fundamental seja prioridade no atendimento escolar, justificando o seu

caráter obrigatório e gratuito, inclusive para as pessoas que não tiveram acesso a

escolarização em idade própria e constitui-se, portanto, em um direito público

subjetivo. Público na medida em que a sua oferta não se restringe ao interesse

individual, mas de toda a sociedade, e subjetivo porque todo cidadão individual ou

coletivamente tem direito de exigir do Estado a sua oferta.

O Plano Nacional de Educação e a determinação legal Lei nº 10.172/2001,

propõe a implantação progressiva do Ensino Fundamental de nove anos, com a

inclusão da matrícula obrigatória das crianças de seis anos, uma vez que permite

aumentar o número de crianças incluídas no sistema educacional.

Neste contexto, o Ensino Fundamental regular tem nove anos de duração,

organizado em dois segmentos – cinco anos iniciais e quatro anos finais atendendo

a crianças e jovens na faixa etária de 6 a 14 anos.

Também é prioridade no Ensino Fundamental a definição de políticas que

viabilizem a superação de rupturas na educação fundamental, além de garantir o

atendimento de toda a demanda da educação.

Oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das diferentes

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linguagens; questionando práticas excludentes que persistem no meio escolar

contribuindo para a manutenção das desigualdades sociais, quando as mesmas não

forem superadas por encaminhamentos pedagógicos adequados.

A efetiva universalização do ensino ocorrerá desde que se assegure o

acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos.

Assegurar a valorização da cultura dos povos para que o aluno possa

compreender o mundo e sua relação com ele. Neste contexto, a escola atende uma

parcela diferenciada de educandos do Ensino Fundamental e Ensino Médio que

moram em conjuntos habitacionais, bairros novos, em sítios, vilas rurais e no próprio

distrito, e por essa demanda de alunos a escola passou a ser denominada de Escola

de Campo, pela referência à identidade, cultura e os valores relacionados à vida na

terra, fator marcante na comunidade onde se encontram assalariados rurais, bóias-

frias, arrendatários, vileiros rurais, pequenos proprietários, sitiantes.

A escola deve proporcionar um ensino diferenciado, através da flexibilização e

adaptação curricular para desta forma atender às necessidades de sua comunidade,

além de desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

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4.2 Relação das Atividades de Ampliação de Jornada

- Ampliação de Jornadas Periódicas

Cultura e Arte: Artes Visuais (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental -

Vespertino;

Cultura e Arte: Teatro (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental -

Vespertino.

- Ampliação de Jornada AETE – Aulas Especializada em Treinamento Esportivo

Futsal (4 horas aulas semanais), Ensino fundamental – Intermediário: Tarde.

Badminton/Tênis de Mesa (4 horas aulas semanais), Ensino fundamental -

Vespertino.

- Futuro Integral/SESC

Arte (1 hora aula semanal), Ensino Fundamental – Vespertino;

Letramento (2 horas aulas semanais), Ensino Fundamental;

Raciocínio Lógico (2 horas aulas semanais), Ensino Fundamental.

- CELEM: 1º ano (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental e Médio –

Noturno;

- CELEM: 2º ano (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental e Médio –

Vespertino.

- Sala de Apoio à Aprendizagem:

Língua Portuguesa: 6º e 7º ano (4 horas aulas semanais), Ensino -

Fundamental - Matutino;

Matemática: 6º e 7º ano (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental -

Matutino.

2 MATRIZ CURRICULAR

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR

NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO 1860 - PARANAVAÍ

ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - E FUND E MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 - ENS. FUND. 6/9 ANO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2016 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS /CÓDIGOS/ SÉRIES 6º ano 7º ano 8ª ano 9º ano

ARTE 704 2 2 2 2

CIÊNCIAS 301 3 3 3 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 601 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO * 502 1 1 0 0

GEOGRAFIA 401 2 3 3 3

HISTÓRIA 501 3 2 3 3

LÍNGUA PORTUGUESA 106 5 5 5 5

MATEMÁTICA 201 5 5 5 5

SUB. TOTAL 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICA

DA

L. E. M. - INGLÊS 1107 2 2 2 2

SUB. TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96

*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO COMPUTADA NAS 800 HORAS.

4.2 MATRIZ CURRICULAR

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR

NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO 1860 - PARANAVAÍ

ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - EFUND E MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 - ENS. FUND. 6/9 ANO TURNO: TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2016 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS /CÓDIGOS/ SÉRIES

6º ano 7º ano 8ª ano 9º ano

ARTE 704 2 2 2 2

CIÊNCIAS 301 3 3 3 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 601 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO * 502 1 1 0 0

GEOGRAFIA 401 2 3 3 3

HISTÓRIA 501 3 2 3 3

LÍNGUA

PORTUGUESA106 5 5 5 5

MATEMÁTICA 201 5 5 5 5

SUB. TOTAL 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L. E. M. - INGLÊS 1107 2 2 2 2

SUB. TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96

*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO COMPUTADA NAS 800 HORAS.

ARTE

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A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A arte é produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas

diversas culturas. Pois, o homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho,

transforma a natureza e por ela é transformado e, assim tornou-se capaz de abstrair,

simbolizar e criar arte. Em todas as culturas, constata-se a presença de diversas

formas daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto nos

ritualísticos, muitos dos quais vieram a serem considerados objetos artísticos. Por

meio da arte, o ser humano torna-se consciente da sua existência individual e

coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de conhecimento. Sendo

assim, a arte é um processo de humanização e transformação.

Com relação ao ensino de Arte, os saberes específicos das diferentes

linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço escolar,

possibilitam a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do

senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos estabelecem

com o seu meio. Por meio das aulas, pretende-se que os alunos adquiram

conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para

expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. Por essa

razão se faz necessário a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente

consolidados, aprimorando a capacidade do educando de analisar e compreender

os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas diferentes

realidades culturais e tempos históricos.

Sendo assim, o objeto de estudo da disciplina de Arte é o Conhecimento Estético e o Conhecimento da Produção Artística. Em Arte, a prática pedagógica

contemplará as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro; tendo uma organização

semelhante entre os níveis e modalidades da educação básica adotando como

referência às relações estabelecidas entre a arte e a sociedade. Dessa maneira, os

conteúdos estruturantes da disciplina de Arte são:

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

No conteúdo estruturante “Elementos formais”, o sentido da palavra formal

está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, os recursos empregados numa

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obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza,

são matéria prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses

elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em

cada uma delas. São exemplos: o timbre na Música, a cor em Artes Visuais, a

personagem no Teatro e o movimento corporal na Dança.

O conteúdo “Composição” é um desdobramento dos elementos formais que

constituem uma produção artística. Um elemento formal isolado não é uma produção

artística, devem estar configurados de maneira organizada. Com a organização dos

elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição de cada área de

Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou de

dança, com toda sua variedade de técnicas ou estilos.

No conteúdo “movimentos e períodos” deve ser trabalhado o contexto

histórico, relacionado ao conhecimento em Arte. Nele, se revela aspectos sociais,

culturais e econômicos presentes numa composição artística e demonstra as

relações de um movimento artísticos em suas especificidades, gêneros, estilos e

correntes artísticas.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mutua determinação. O trabalho com esses conteúdos deve

ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da

técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que

materializa com obra de arte nos diferentes movimentos e períodos.

B - OBJETIVO GERAIS

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Fornecer aos alunos a apreensão de “conhecimentos sobre a diversidade de

pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e

desenvolver pensamento crítico”;

Interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para

que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica;

Apropriar-se do conhecimento em Arte, que produz novas maneiras de perceber e

interpretar tanto os produtos artísticos quanto o próprio mundo;

Possibilitar um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além

das aparências, com a criação de uma nova realidade;

Realizar produções artísticas individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte

(visual, musical, dança, teatro) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes

processos produtivos com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal,

como manifestações socioculturais e históricas;

Expressar as qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da

linguagem visual, musical, cênica e corporal.

C-CONTEÚDOS

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6º ANO

1º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Cor

Bidimensional Figurativa Geométrica Técnicas: Pintura,

simetria, escultura, arquitetura. Gêneros: retrato,

paisagem, cenas do cotidiano

Arte Oriental

Pré-História

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Improvisação Musica Ocidental

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Teatro Indireto

Máscara (Lei nº 10741/03 – Estatuto do Idoso)

Pré-História

Teatro Oriental

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento Salto Dança Circular Improvisação

Pré-história

2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

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CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Bidimensional Figurativa Tridimensional Escultura Arquitetura Gênero: Mitologia, cenas

do cotidiano

Arte Greco-Romana

Arte Africana (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro - brasileira e Indígena)

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escalas

Música Africana ((Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro - brasileira e Indígena) Música Greco-Romana

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Teatro Indireto (sombra) Manipulação Improvisação Enredo Gêneros: Tragédia, comédia, circo

Teatro Greco-Romano Teatro Africano (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena).

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Coreografia

Greco-Romana

3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Bidimensional Figurativa Abstrata Técnicas: Mosaico,

Vitral, desenho, pintura. Gêneros: paisagem,

retrato, cenas do cotidiano

Arte Medieval

Arte Ocidental

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MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escalas: diatônica, cromática Técnicas: Instrumental, vocal e mista

Música Medieval

Música Oriental

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Teatro Indireto (fantoche) Manipulação Adereços Figurino Jogos teatrais (lei 10741/03 – estatuto do Idoso)

Teatro Medieval

DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço

Fluxo Formação Níveis Deslocamento Coreografia e improvisação

Renascimento Dança Clássica (Lei 1152/07 – enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente)

7º ANO

1º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Cor

Bidimensional Figurativa Geométrica Simetria Estilização Técnicas: Pintura, escultura, mosaico, gravura. Gêneros: retrato, paisagem, cenas do cotidiano

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Percussão corporal

Música Indígena Música Africana (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena)

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TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Teatro Direto Jogos teatrais Jogos dramáticos Leitura dramática Gêneros: Comédia e de Rua

Teatro Africano (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Ponto de apoio Rotação Salto e queda Gênero: étnica.

Dança Africana (Lei nº 11645/08) Dança Indígena (Lei nº 11645/08)

2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Bidimensional Figurativa Claro - escuro Perspectiva Técnicas: Desenho, pintura, colagem Gênero: Retrato e Paisagem

Renascimento

Barroco

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Notação Pulso Escala – notas musicais

Musica Popular

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Teatro direto Forma dramática Jogos teatrais Máscara Gêneros: Arena

Comédia Dell´Arte Renascimento

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Níveis Formação Direção Gênero: Salão

Renascimento

Barroco

3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Bidimensional Tridimensional Figurativa Geométrica Abstrata Técnicas: Desenho, pintura, escultura Gêneros: Abstração.

Arte Indígena

Arte Africana (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro - brasileira e Indígena)

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escalas Tonal e Modal Técnicas: Instrumental, vocal e mista

Música Paranaense

Música Popular Brasileira

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Teatro Direto Caracterização Adereços Figurino Improvisação Mímica Jogos teatrais (lei 10741/03 – estatuto do Idoso)

Teatro popular brasileiro

Teatro Paranaense

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Coreografia Formação Direção Gênero: circular. Salão, étnica, popular.

Dança Popular Dança Paranaense

8º ANO

1º TRIMESTRE

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Superfície Forma Cor

Bidimensional Contraste Ritmo Visual Estilização (Iei 9597/99 – Educação Ambiental) Técnicas: Desenho, pintura e fotografia

Arte no Século XX

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Percussão corporal

Eletrônica Minimalista

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Jogos teatrais Pantomima Máscara

Gênero: drama

Expressionismo

DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço

Direções Níveis Improvisação

Expressionismo

2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Bidimensional Contraste Ritmo Visual Deformação Técnicas: Fotografia, audiovisual, vídeo.

Indústria cultural

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia

Indústria Cultural

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TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Enredo Roteiro Teatro dramático Interpretação Gênero: realismo, naturalismo, drama burguês

Realismo Cinema Novo

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento Deslocamento Coreografia

Dança Moderna

3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Tridimensional Ritmo Técnicas: modelagem, instalação

Arte contemporânea

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Técnica: vocal, instrumental e mista

Rap Techno Hip Hop

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Roteiro Maquiagem Sonoplastia Iluminação Interpretação Gêneros: teledramaturgia, cinema

Indústria Cultural

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Giro Eixo Rolamento Kinesfera Salto e queda Gêneros: danças urbanas

Indústria Cultural Hip Hop

9º ANO

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1º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Superfície Forma Cor

Bidimensional Figurativa Técnica: Fotografia e pintura

Realismo Impressionismo Pós Impressionismo

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escala Musica modal, tonal

Minimalista Música popular brasileira – jovem guarda e tropicalismo

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Jogos teatrais Jogos dramáticos Interpretação Sonoplastia Técnica: teatro épico

Teatro Engajado Teatro Dialético

DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço

Direções Níveis Improvisação

Dança Moderna

2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Bidimensional Tridimensional Figurativa Abstrata Técnicas: pintura, fotografia, escultura

Vanguardas

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Técnica vocal e mista Gênero: Rock

Música engajada(lei 11525/07) – Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente Música popular brasileira – anos 80.

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TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Jogos teatrais Interpretação Improvisação Técnicas: jornal, fórum, invisível, imagem.(lei 11525/07) – Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente

Teatro do Oprimido (lei 11525/07) – Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente

DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento Deslocamento Coreografia

Vanguardas

3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor

Bidimensional Tridimensional Técnicas: desenho, instalação, colagem, pintura, stencil, grafitte (Educação Ambiental (Lei nº 9795/99, Lei nº 4201/02).

Arte Latino Americana – muralismo

Arte Contemporânea

MÚSICA

Altura Duração Intensidade Timbre Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Técnica: vocal, instrumental e mista

Musica contemporânea

TEATRO

Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço

Roteiro Maquiagem Sonoplastia Iluminação Interpretação Gêneros: rua, arena, musical, teledramaturgia

Teatro Pós-Moderno Teatro Contemporâneo.

DANÇA

Movimento corporal Tempo Espaço

Giro Eixo Rolamento Kinesfera Salto e queda Gêneros: urbanas, espetáculo.

Dança contemporânea

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25

D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, onde conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes

em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação

Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,

como, por que, e o que será trabalhado. Dessa forma, devem-se contemplar, na

metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,

bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de

arte.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe

uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos

três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se

que o aluno tenha vivenciado cada um deles. O encaminhamento dos conteúdos

deverá considerar alguns pontos norteadores da prática do ensino de arte como as

produções e manifestações artísticas presentes na comunidade e demais dimensões

da cultura em seus bens materiais e imateriais, contemplando a História Cultura Afro

- brasileira (Lei federal n°10.639/03), Cultura Indígena (Lei federal n°11.645/08),

Obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica (Lei federal nº 11769/08).

As legislações obrigatórias serão incorporadas à organização do trabalho

pedagógico da escola e trabalhadas em momentos oportunos dentro das aulas na

disciplina, são elas: História do Paraná (Lei n°13.381/01), Educação Ambiental (Lei

n° 9.795/99), Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Estatuto

do Idoso (Lei 10741/03) e Enfrentamento a violência contra a criança e o

adolescente (Lei 11525/07), Prevenção do uso indevido de drogas (Lei Federal

11343/06), Educação em direitos humanos (decreto nº 7037/09), Educação para o

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transito (lei federal nº 9503/97), gênero e diversidade sexual, programa de combate

ao bullying, educação alimentar e nutricional, dia estadual de combate à homofobia,

semana estadual Maria da Penha.

Por meio de práticas sensíveis de produção e apreciação artística e de

reflexões sobre as mesmas nas aulas de Arte, os alunos podem desenvolver

saberes que os levam a compreender e envolver-se com decisões estéticas,

apropriando-se, nessa área, de saberes culturais e contextualizados referentes ao

conhecer e comunicar em arte e seus códigos. Nas aulas de Arte, há diversos

modos de aprender sobre as elaborações estéticas presentes nos produtos artísticos

de música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais e sobre as possibilidades

de apreciação desses produtos artísticos nas diferentes linguagens. Sendo assim, é

importante o trabalho com as mídias, que fazem parte do cotidiano das crianças,

adolescentes e jovens, alunos da escola pública, bem como o uso de recursos

didático-pedagógicos e tecnológicos como: imagens, áudio visuais, TV Multimídia,

revistas, rádio, informática, aplicativos, smartphones, internet, música, cinema.

A organização dos conteúdos de forma horizontal também é uma indicação de

encaminhamento metodológico, em toda ação planejada devem estar presentes os

conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes, ou seja, dos elementos

formais, composição e movimento e períodos, superando uma fragmentação dos

conhecimentos na disciplina, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima

da totalidade da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma horizontal

os elementos, relacionando-os entre si e mostrando que são interdependentes,

possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento como

ideologia e como trabalho criador.

Os conteúdos permearão a prática pedagógica em todas as linguagens

artísticas, no mesmo tempo que constrói uma possível relação entre elas e permite

uma melhor compreensão dos conteúdos em Arte. Para melhor entendimento,

pontua-se os encaminhamentos para cada uma das áreas:

Artes Visuais: Devem-se abordar, além da produção pictórica, de conhecimento

universal e artistas consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos

presentes nas sociedades contemporâneas. Por isso, a prática pedagógica deve

partir da análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de

composição em artes visuais, tais como:

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Imagens bidimensionais: desenho, pinturas, gravuras, fotografias, colagem,

animações, vitrais, etc.

Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, modelagens, maquetes, entre

outras. O ensino de Artes Visuais deve ser pautado não só ao simples fazer, na

técnica e reprodução dos trabalhos, mas sim na experimentação, contextualização

com diferentes movimentos e períodos da arte.

Dança: Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no

encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com

elementos culturais que a compõem. O elemento central da dança é o movimento

corporal, por isso o trabalho pedagógico pode basear-se em atividades de

experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e

processos de criação (trabalho artístico), tornando o conhecimento significativo para

o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da

dança.

É importante ressaltar que o ensino de dança nas aulas de Arte não deve ser

pautado no mero fazer, como elaborar danças para momentos específicos (festas

temáticas, eventos, etc), mas sim voltado para construção do conhecimento artístico

e estético, valorizando a expressão corporal, a socialização e a importância da

dança na sociedade nos mais variados tempos e espaços.

Música: Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de

ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus

elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são

distribuídos e organizados em uma composição musical.

Para o desenvolvimento do trabalho é importante que ocorram os três

momentos na organização pedagógica: o sentir e perceber nas obras musicais, o

trabalho artístico que está relacionado a seleção de músicas em vários gêneros, a

construção de instrumentos musicais com diversos arranjos e o teorizar em arte que

contempla todos os itens.

Faz-se necessário que os alunos entendam a música como manifestação

artística, percebendo seus elementos formais, modos de composição e a produção

histórica. Deve-se aliar o conhecimento musical que os alunos já possuem com as

diversas produções musicais existentes.

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28

Teatro: Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na

educação, destacam-se: criatividade, socialização, improvisação, memorização

expressão corporal e coordenação.

Dentre os encaminhamentos metodológicos possíveis para o ensino de teatro

se faz necessário proporcionar momentos para teorizar, sentir e perceber e o

trabalho artístico. Não o reduzindo a um mero fazer, usando o teatro para ilustrar

datas comemorativas ou projetos afins, mas sim como área de conhecimento,

enraizada nos movimentos artísticos e nos modos de compor cenicamente. O teatro

deve oportunizar aos alunos, a análise, a investigação e a composição de

personagem, formas dramáticas, de enredos e de espaços de cena, permitindo a

interação crítica dos conhecimentos trabalhados com outras realidades

socioculturais.

E - AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte deve ser diagnóstica e

processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e

avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da

aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas) bem como a auto-avaliação

dos alunos.

A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de

aprendizagem dos alunos, valorizando o desenvolvimento do educando. Dessa

forma é diagnóstica e não voltada para a seleção e exclusão. Sendo, inclusiva,

democrática e construtiva, deve sempre ser caminho na busca de melhorias. Dentro

da arte a avaliação deve ser um instrumento flexível, diversificado e adequado a

exploração da prática significativa em todas as linguagens.

É necessário que se entenda que os alunos apresentam uma vivência

cultural própria, constituída em outros espaços sociais além da escola, como a

família, grupos, associações, igrejas entre outros. Além disso, têm um percurso

próprio em relação a cada uma das linguagens. Dessa maneira, se faz necessário

levar em consideração as habilidades que os alunos já possuem, como tocar um

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instrumento musical, desenhar ou representar em teatro. Durante as aulas, essas

habilidades devem ser detectadas para um melhor desempenho dos alunos, como

um caráter diagnóstico.

Portanto, o conhecimento que o aluno já traz para a sala de aula e o

conhecimento que ele adquiriu durante o percurso das aulas devem ser socializados

entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor

propor abordagens diferenciadas.

A avaliação será trimestral, sendo composto pela somatória das notas

obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins,

atendendo as especificidades da disciplina.

Para uma efetiva aprendizagem em Arte, levam-se em consideração alguns

critérios específicos, tais como:

A capacidade de compreender os elementos que estruturam e organizam a arte e

sua relação com a sociedade contemporânea.

A capacidade de produção de trabalhos em arte, visando à atuação do sujeito em

sua realidade singular e social;

A capacidade de apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte

nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação tais como:

Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

Pesquisas bibliográficas individuais e em grupo;

Debates em forma de seminários;

Provas teóricas e práticas;

Registros em forma de relatórios, portfólio, áudio visual e outros;

Apresentações para públicos tais como números musicais, danças e teatros;

Exposições de obras em artes visuais – pinturas, desenhos, esculturas e outros.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de

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apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de

aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo

aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.

F - REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - Arte. Curitiba: SEED-PR, 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro didático público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

CIÊNCIAS

A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,

culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et AL., 1998).

Ao se pensar em Ciências como construção humana, falível e intencional,

numa perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do

ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói. O

conhecimento da história da ciência propicia, ao ensinar e aprender Ciências, uma

visão dessa evolução ao aprender seus limites e possibilidades temporais e,

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31

principalmente ao relacionar essa história com as práticas sociais as quais está

diretamente vinculada.

O aprendizado da Ciência deve ser baseado na interação

professor/aluno/natureza, para uma compreensão do mundo, interpretando os

fenômenos da natureza, a partir de uma postura investigativa e reflexiva. Grande

parte do conhecimento científico é produzida sem uma finalidade prática. Os

diferentes ramos das Ciências Naturais (Astronomia, Biologia, Física, Química e

Geociências) estudam os fenômenos naturais, buscando a compreensão do

universo. Já, o objetivo da tecnologia é a finalidade prática, mas hoje Ciência e

Tecnologia se associam amplamente, modificando cada vez mais o mundo e o

próprio ser humano. Por isso a divisão que se faz entre tecnologia e conhecimento

científico são na maioria das vezes imprecisa.

A partir do século XX, as contribuições da ciência para a humanidade são

incontáveis, mediante os avanços da química, da física e da biologia. Entretanto, a

ciência também tem momentos de efeitos negativos ao incrementar as guerras e

influenciar a miséria de muitos.

A disciplina de ciências foi inserida no currículo a partir da reforma de

Francisco Campos, através do Decreto 19.890/31.

Dentro deste contexto ao analisarmos a educação e o currículo de Ciências,

em cada momento histórico percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma

trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada

período, determinando assim, a mudança de foco do processo de ensino e de

aprendizagem. Diante de vários determinantes históricos, a Diretriz Curricular de

Ciências do estado do Paraná vêm propor uma abordagem crítica e histórica dos

conteúdos para a disciplina de Ciências que priorize os conhecimentos científicos

físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de

considerar as implicações da relação entre ciência, a tecnologia e a sociedade.

Na atual concepção, a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o

conhecimento científico que resulta da investigação da natureza, sendo estes

conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos

da natureza e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece relações entre os

diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros e o cotidiano,

entendido aqui como os problemas reais, socialmente importantes, enfim, a prática

social.

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Nesta perspectiva, o currículo de Ciências permitirá aos alunos estabelecer

relações entre o mundo natural (conteúdo da Ciência), o mundo construído pelo

homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade), potencializando a função social da

disciplina, pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e,

consequentemente influi na tomada de decisões desses sujeitos como agentes

transformadores da sociedade.

Na disciplina de Ciências, são elencados cinco conteúdos estruturantes,

sendo eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade

construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a

fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo

acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999).

Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados em todos os anos, a partir

da seleção de conteúdos específicos da disciplina adequados ao nível de

desenvolvimento cognitivo do estudante.

No conteúdo estruturante Astronomia busca-se explicações alternativas para

acontecimentos regulares da realidade como o movimento aparente do sol, as fases

da lua, as estações do ano, as viagens espaciais entre outros. Além disso, possibilita

estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.

O conteúdo estruturante Matéria permite o entendimento não somente sobre

as coisas perceptivas como também sobre sua constituição, indo além daquilo que

num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos

sistemas do organismo, bem como suas características específicas de

funcionamento. Permite a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o

funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas

que integram o organismo vivo.

No conteúdo estruturante Energia, as diretrizes não destacam uma definição.

Tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de

compreender o conceito energia no que se referem as suas várias manifestações,

como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia

luminosa, nuclear, bem como os mais variados tipos de conservação de uma forma

em outra.

O conteúdo estruturante Biodiversidade visa, por meio de conteúdos

específicos a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos inter-

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relacionados. Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica

ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em

diferentes níveis de complexidade habita em diferentes ambientes, mantém suas

inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON,

1997).

Os conteúdos estruturantes são desdobrados em conteúdos básicos e estes

desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores em

função de interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento científico.

B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Integrar os campos de referências de Ciências: Biologia, Física, Química,

Geologia e Astronomia, com o fim de superar a fragmentação do conhecimento e

possibilitar ao educando, a compreensão dos conhecimentos científicos que

resultam da investigação da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico,

cultural, ético e político.

Possibilitar ao estudante, a construção/elaboração de conceitos científicos a partir

dos conceitos cotidianos, através do desenvolvimento da capacidade de solucionar

problemas, desempenhar tarefas, elaborar representações mentais, por meio da

mediação do professor utilizando a concepção de Vygotsky, zona de

desenvolvimento proximal (ZDP).

Conhecer a história da ciência e reconhecê-la como construção humana,

associando os conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos,

econômicos e sociais que originaram sua construção.

Possibilitar a aprendizagem significativa dos conteúdos científicos escolares por

meio das relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando a zona

de desenvolvimento proximal do estudante.

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Reconhecer o ser humano como agente transformador da natureza, bem como a

sua participação crítica de cidadão responsável na utilização dos recursos naturais e

preservação do meio ambiente.

C – CONTEÚDOS

6º ANO

Trimestre Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Astronomia

Matéria

Universo Sistema Solar

Astros

Movimentos Terrestres Movimentos Celestes, Astros

Constituição da Matéria

Ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.- Big Bang.

1.2 Características básicas de diferenciação entre os astros do Sistema Solar: estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e meteoritos.

1.3 Teorias do geocentrismo e heliocentrismo.

1.4 Movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar.

1.5 Constituição do Planeta Terra e suas transformações como fenômenos da natureza: Litosfera- Estrutura da Terra: Crosta ou Litosfera, manto e núcleo- Catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos: terremotos erupções vulcânicas, formação das cadeias de montanhas, maremotos, tsunamis.- Rochas e minerais: tipos importância e utilização.- Solos: formação, tipos e propriedades.

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Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos.

- Importância do solo para os seres vivos.- Fatores de modificação da crosta: naturais – intemperismo, e provocadas pelo homem - queimadas, desmatamento e erosão.

1.6 Formação dos fósseis e sua relação com os seres vivos e a produção contemporânea de energia não renovável.

2ºTRIMESTRE

Matéria

Biodiversidade

Constituição da Matéria

Ecossistema e Evolução dos Seres Vivos

2.1Constituição do Planeta Terra e suas transformações como fenômenos da natureza: Hidrosfera.- Composição da água, distribuição no planeta, propriedades, tipos, mudanças de estado físico e ciclo da água na natureza.- Importância da água para os seres vivos e formas de utilização.

2.2Constituição do Planeta Terra e suas transformações como fenômenos da natureza: Atmosfera- Composição do ar, propriedades, formação dos ventos e camadas da atmosfera.- Importância do ar para os seres vivos.

2.3 Fenômenos meteorológicos.

2.4 Catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos: furacão, tufão, ciclone, tornado.

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Energia Formas de Energia

Conversão de Energia

Transmissão de Energia

2.5 Conceito de energia pela análise das diversas formas de manifestação. (luminosa, mecânica, geotérmica).

2.6Particularidades de Energia: mecânica, térmica, luminosa, possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução.

2.7Conversão de uma forma de energia em outra. - usinas hidrelétricas, eólicas, biomassa, termoelétricas.- transformação da energia elétrica em: Luminosa, térmica, cinética.

2.8Conceito de transmissão de energia.

3ºTRIMESTRE Energia

Biodiversidade

Sistemas biológicos

Formas de Energia

Ecossistema

Organização dos Seres Vivos

Evolução dos Seres Vivos

Níveis de Organização

3.1 Formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza – fluxo de energia na cadeia alimentar.

3.2 Distinções entre ecossistema, comunidade e população.

3.3 Diversidades das espécies nos ecossistemas.

3.4 Principais espécies em extinção no Brasil.

3.5 Características gerais dos seres vivos.- Ciclo vital, organização,

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nutrição e metabolismo, reatividade, movimento, reprodução e evolução.

3.6 Teoria Celular como modelo explicativo da constituição dos organismos.

3.7 Níveis de organização celular: organismo, sistemas, órgãos, tecidos, célula.

3.8 Constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos e a Integração entre eles.

7º ANO

Trimestre Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Astronomia

Matéria

Sistemas

Astros Movimentos Terrestres e Movimentos Celestes.

Constituição da Matéria

1.1 Movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra: - Noites e dias- Eclipses do sol e da lua.

1.2 Movimento aparente do céu com base no referencial Terra.

1.3 Padrões dos movimento terrestre: - Estações do ano;- Constelações.

1.4 Constituição do planeta Terra primitivo antes do surgimento da vida.

1.5 Constituição da

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Biológicos

Biodiversidade

Sistemas Biológicos

Célula

Origem da vida

Célula

atmosfera primitiva e sua relação com os componentes essenciais para o surgimento da vida.

1.6 Eras geológicas e teorias a respeito da origem da vida, geração espontânea e biogênese.

1.7 Fundamentos da estrutura química da célula.- Composição química da célula

2ºTRIMESTRE

Sistemas Biológicos

Biodiversidade

Sistemas Biológicos

Célula

Organização dos seres vivos

Sistemática

Morfologia e Fisiologia dos seres vivos

2.1 Constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares - Partes da célula e suas funções.- Células procariontes, eucariontes, animal e vegetal.

2.2 Conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, ecossistemas e os processos evolutivos.

2.3 Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas e filogenia.- Reinos: Monera, Protista, Fungo, Plantas e Animais.- Vírus

2.5 Relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir dos mecanismos celulares.

Matéria Constituição da Matéria

3.1 Composição físico-química do sol, e os processos de transmissão de energia.

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3ºTRIMESTRE

Energia

Sistemas biológicos

Biodiversidade

Energia

Formas de energia

Célula

Organização dos seres vivos

Transmissão de energia

3.2 Energia luminosa como uma das fontes de energia

3.3 Energia solar e sua importância para os seres vivos - ritmo biológico, capacidade de visão, fotossíntese e a produção de alimento, processos químicos – produção da vitamina D, regulação da temperatura corporal de animais e manutenção da temperatura ambiente.

3.4 Fundamentos da Luz, cores e a radiação ultravioleta e infravermelha.

3.5 Fenômenos da fotossíntese e processos de conversão de energia na célula.

3.6 Relações entre os seres vivos:- Interações harmônicas e desarmônicas; - Cadeia alimentar (níveis tróficos), seres autótrofos e heterótrofos;- Teia alimentar.

3.7 Conceito de calor com energia térmica e a relação com os sistemas:- Endotérmicos (ebulição e fusão da água, fotossíntese)- Exotérmicos (combustão, liquefação ou condensação da água).

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8º ANO

Trimestre Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Astronomia

Biodiversidade

Astronomia

Energia

Matéria

Origem e Evolução do Universo

Evolução dos Seres Vivos

Origem e Evolução do Universo

Formas de Energia

Constituição da Matéria

1.1 Modelos (teorias) científicos que abordam a origem e a evolução do universo – Teoria do Universo inflacionário e Teoria do Universo cíclico. 1.2 Relações entre as teorias e sua evolução histórica.

1.3 Teorias Evolutivas: Lamarck e Darwin

1.4 Classificação cosmológica: galáxias, aglomerados, nebulosas. Lei de Hubble, idade e escala do Universo.

1.5 Energia mecânica suas fontes, modos de transmissão e armazenamento

1.6 Energia nuclear suas fontes, modos de transmissão e armazenamento

1.7 Energia química suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.

1.8 Conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos atômicos:- Matéria, corpo, objeto.

1.9 Modelos Atômicos: Dalton, Thomson e Rutherford – Bohr.

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2.0 Átomos: conceito, estrutura, partículas fundamentais e sua carga elétrica.

2ºTRIMESTRE

Matéria Constituição da Matéria

2.1 Elementos químicos: tabela periódica, número atômico, massa atômica, representação, íons, semelhanças atômicas (isótopos, isóbaros e isótonos), principais elementos/moléculas que compõem os seres vivos, principais elementos e sua utilização pelo homem.

2.2. Substâncias químicas: conceito, ligações químicas, substâncias (puras, simples e compostas).

2.3 Misturas e combinações: misturas homogêneas e heterogêneas, separação de misturas (Catação, Ventilação, Levitação, Peneiração, Separação Magnética e Flotação),combinações, ligações químicas.

2.4 Reações químicas: conceito, representação, evidências de ocorrência, Lei de conservação da massa, principais reações químicas que ocorrem nos organismos e no meio ambiente.

2.5 Compostos orgânicos e inorgânicos e a relação destes com a constituição dos organismos vivos.

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Sistemas Biológicos

Energia

Célula

Formas de Energia

2.6 Mecanismos Celulares, sua estrutura e função das organelas celulares.

2.7 Relação dos fundamentos básicos da energia química com a célula (ATP e ADP).

3ºTRIMESTRE

Sistemas biológicos

Célula

Morfologia e Fisiologia

3.1 Estrutura e funcionamento dos tecidos.

3.2 Sistemas Biológicos – estrutura,funcionamento e integração entre eles: -Digestório e grupos de alimentos-Cardiovascular-Respiratório-Excretor/ Urinário.

9º ANO

Trimestre Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Sistemas Biológicos

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

Mecanismos de Herança Genética

Sistemas Biológicos – estrutura, funcionamento e integração entre eles: - Reprodutor- Endócrino- Nervoso- Sensorial- Locomotor

1.2 Mecanismos básicos da genética e dos processos de divisão celular:

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- Hereditariedade, cromossomos, genes, processos de mitose e meiose.

2ºTRIMESTRE

Energia Formas de Energia

Conservação de Energia

Formas de Energia

2.1 Sistemas conversores de energia, as fontes e a relação com a Lei da conservação de energia: - Sistemas conversores de energia nas formas de: luz, calor, eletricidade e energia mecânica (movimento).

2.2 Conceitos de: movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência, Leis de Newton – 1ª, 2ª e 3ª.

2.3 Energia elétrica e sua relação com o magnetismo: eletricidade e magnetismo, pilhas e baterias, corpos carregados, condutores elétricos, correntes elétricas, diferença de potencial, unidade de tensão, resistência elétrica, potência elétrica, forças eletromagnéticas, ondas eletromagnéticas.

3ºTRIMESTRE

Biodiversidade

Matéria

Interações Ecológicas

Propriedades da Matéria

3.1 Ciclos biogeoquímicos: água, carbono, oxigênio e nitrogênio.

3.2 Propriedades Gerais e Específicas da Matéria: - Específicas: cor, dureza, brilho, maleabilidade, ductilidade, magnetismo, densidade. - Gerais: massa, volume,

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Astronomia Astros Gravitação Universal

inércia, impenetrabilidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade,indestrutibilidade.

3.3 Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.

3.4 Lei de Newton - Gravitação Universal e o fenômeno das marés.

D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As Diretrizes Curriculares para o Ensino de Ciências propõem uma prática

pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo

metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num

único método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam

tão somente à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos

estudantes.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o

professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo

disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político da

escola; os interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida; a

análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e

informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.

Por isso, ao organizar o seu plano de trabalho docente, o professor de

Ciências deve refletir a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas

entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos e também, a respeito das

expectativas de aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos

critérios e instrumentos de avaliação.

No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto

para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica, sendo estes: a

história da ciência, a divulgação científica e atividade a experimental. Tais aspectos

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não se dissociam em campos isolados, mas sim, relacionam-se e complementam-se

na prática pedagógica.

Considera-se que a história da ciência contribui para a melhoria do ensino de

Ciências porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares,

prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e

como fonte de estudo que permite ao professor compreender melhor os conceitos

científicos, assim, enriquecendo suas estratégias de ensino (BASTOS, 1998).

O professor de Ciências, ao optar pelo uso de documentos, textos, imagens e

registros da história da ciência como recurso pedagógico, está contribuindo para sua

própria formação científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo

específico, pois sem a história da ciência perde-se a fundamentação dos fatos e

argumentos efetivamente observados, propostos e discutidos em certas épocas.

“Ensinar um resultado sem a fundamentação é simplesmente doutrinar e não

ensinar ciência” (MARTINS, 1990, p. 04).

Outro aspecto essencial para o ensino de Ciências é a divulgação científica

que serve de alternativa para suprir a defasagem entre o conhecimento científico e o

conhecimento científico escolar, permitindo a veiculação em linguagem acessível do

conhecimento que é produzido pela ciência e dos métodos empregados nessa

produção.

Ainda outro aspecto a ser considerado são as atividades experimentais que

estão presentes no ensino de Ciências desde sua origem e são estratégias de

ensino fundamentais. Podem contribuir para a superação de obstáculos na

aprendizagem de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações,

discussões e confrontos de ideias entre os estudantes, mas também pela natureza

investigativa. De fato, tais atividades devem ser consideradas estratégias de ensino

que permitam o estudante refletir sobre o conteúdo em estudo e os contextos que o

envolvem.

Também, alguns elementos da prática pedagógica devem ser valorizados no

ensino de Ciências: abordagem problematizadora; relação contextual; relação

interdisciplinar; leitura científica; atividade em grupo; observação; atividade

experimental; recursos instrucionais; lúdico.

Alguns recursos pegadógicos/tecnológicos, instrucionais e espaços

enriquecem a prática docente no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de

Ciências tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista

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em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos),

globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário),

microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre

outros), organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V,

gráficos, tabelas, infográficos, feiras, museus, laboratórios, exposições de ciência,

seminários e debates.

Deve-se ainda, abordar algumas legislações que conferem ações específicas

no campo da educação escolar, no âmbito das relações contextuais e devem estar

no Plano de Trabalho Docente:

Cultura e história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos

indígenas (Lei 11.645/08);

Política Nacional de Educação Ambiental - Lei Federal nº 9795/99, Lei Estadual nº.

17.505/13;

Prevenção ao uso indevido de Drogas – Lei Federal nº 11343/06;

Estatuto do Idoso – Lei Federal nº 10741/03; Política de proteção ao idoso -Lei

Federal nº 17858/13.

E – Avaliação

De acordo com a LDBEN 9394/96 e DEL 007/99, a avaliação deve ser

contínua, permanente e cumulativa, em relação ao desempenho do estudante, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem em

cada ano, possibilitando ao professor por meio de uma interação diária,

contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam dos

conteúdos específicos tratados durante este processo. É necessário que o processo

avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos

pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos

possuem sobre determinados conteúdos, a prática social destes alunos, o confronto

entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações

estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e

de aprendizagem e no seu cotidiano. Para a disciplina de Ciências uma efetiva

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aprendizagem leva-se em consideração a construção de conceitos científicos

escolares relacionados com a compreensão dos conceitos sobre a origem e

evolução do universo, constituição e propriedades da matéria, sistemas biológicos

de funcionamento dos seres vivos, conservação e transformação de energia,

diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem

como os processos evolutivos desenvolvidos.

Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso: que

conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados tais como

trabalhos individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas individuais e em grupo,

debates em forma de seminários, provas (teóricas, práticas, objetiva e subjetiva,

individuais e em grupos) registros em forma de relatórios, portfólio, jogos educativos,

pesquisa de campo, mapas conceituais, modelos didáticos, painéis e outros, onde

os alunos possam expressar os avanços na aprendizagem na medida em que

interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se

posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista. Com isso, será

possível para o professor fazer uma auto avaliação, que orientará a continuidade da

prática pedagógica ou seu redimensionamento, realizando intervenções coerentes e

com os objetivos propostos para o ensino da disciplina de Ciências e, para o aluno,

a avaliação permite uma reflexão sobre a sua aprendizagem.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente

do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade

de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será

organizado com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo

aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.

F - Referências

BRASÍLIA, Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília – DF. Parecer nº CEB 04/98.

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PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. Curitiba: SEED-PR, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - Ciências. Curitiba: SEED-PR, 2010.

PPP – Projeto Político Pedagógico.

Regimento Escolar

EDUCAÇÃO FÍSICA

A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A disciplina Educação Física iniciou-se nos currículos escolares a partir do

parecer do então deputado do Império Rui Barbosa com o projeto denominado

“Reforma do ensino Primário” e várias instituições complementares da instituição

Pública de 1882.

Nas décadas seguintes a Educação Física sofre a influência de diferentes

seguimentos tais como militar, higienista, médica, científica e esportiva, chegando a

atualidade com uma perspectiva da formação do professor e do profissional, com a

licenciatura e o bacharel, buscando assim ter na escola um professor capaz de

desenvolver os conteúdos da Educação Física de uma forma, reflexiva, ética e

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permanente no educando. Desta forma a Educação Física se propõe no Ensino,

integrar o aluno na cultura corporal do movimento com as finalidades de lazer, de

expressão de sentimento, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde.

Buscando o desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da participação social,

considerando o tipo de sociedade onde este saber foi produzido e proporcionando-

lhes condições de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e

conseqüentemente reelaboração da sua cultura corporal, sendo esta o objeto de

estudo da disciplina. Viabilizando assim a construção de uma postura de

responsabilidade perante si e o outro, visando uma construção de valores e

atividades para a construção de sua autonomia.

Educação Física Escolar é o elemento educacional caracterizado pelo ensino

de conceitos, princípios, valores, atitudes e conhecimentos das dimensões

biodinâmica, comportamental e sócio-cultural do movimentar-se humano e da

corporeidade no sentido de propiciar ao aluno, através da prática reflexiva de atividades fisiocorporais, a otimização de possibilidades e potencialidades do

desenvolvimento e da movimentação corporal harmoniosa e eficaz, objetivando

desenvolver consciência corporal e a capacitação para atingir objetivos em relação à

educação, saúde, trabalho, prática esportiva e expressão artística e corporal,

orientados para a conquista de um estilo de vida ativo e pleno exercício da

cidadania.

Observa-se, então, que a Educação Física possui uma especificidade própria

no processo de educação no ensino básico. Sua responsabilidade exclusiva, que

mais a diferencia das outras disciplinas, é caracterizada pela prática reflexiva de

atividades fisiocorporais através das quais o educando adquire os conhecimentos,

elabora seus conceitos, princípios, valores e atitudes sobre o movimentar-se

humano.

É esta vivência prática de atividades fisiocorporais que caracteriza e dá a

especificidade da Educação Física no processo educacional. Ela não é

simplesmente ensinada, mas fundamentalmente praticada, vivida pelo educando, e,

só através dessa prática cumpre as suas finalidades educativas. Isto, também,

singulariza a intervenção do professor de Educação Física em relação aos demais

professores do ensino básico.

Todavia, a Educação Física, incluída no processo educativo do ensino básico,

também, apresenta conteúdo da educação geral, como por exemplo, a difusão de

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valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos,

respeito ao bem comum e à ordem democrática; promoção do desporto educacional

e apóio as práticas desportivas não-formais que devem estar incluídos em todas as

ações educativas do ensino básico (Art. 27, Lei 9394/96).

Com uma abordagem que contempla os fundamentos da disciplina, os

Conteúdos Estruturantes serão tratados em articulação com aspectos políticos,

históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade

representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as

diferenças, na formação social crítica e autônoma. Os Conteúdos Estruturantes

propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:

Esporte

Jogos e brincadeiras

Ginástica

Lutas

Dança

B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Formar atitude crítica perante a Cultura Corporal.

Desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação ás diversas práticas e

manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano.

Desenvolver atividades de caráter formativo corporal e estimular o gosto pela

prática da Educação Física;

Possibilitar aos alunos uma vivência sistematizada de conhecimentos, habilidades

da cultura corporal batizada por uma postura reflexiva, no sentido da aquisição da

autonomia necessária a uma prática intencional que considere os processos sócio-

comunicativos na perspectiva do lazer e da formação cultural.

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C – CONTEÚDOS

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,

indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica, devem transitar pelos

conteúdos Estruturantes e específicos de modo articulá-los o tempo todo.

Propõem-se os seguintes Elementos Articuladores:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

Cultura Corporal – Técnica e Tática;

Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultural Corporal e Mídia.

6º ANOTRIMESTRE Conteúdos

EstruturantesConteúdos

Básicos Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Esporte

Jogos e Brincadeiras

Coletivos

Brincadeiras e Cantigas de Roda

Jogos de Tabuleiro

Handebol e Basquetebol

Lenço atrás; Escravos de Jô

Xadrez e Dama

2ºTRIMESTRE

Esporte

Dança

Coletivos

Individuais

Dança Folclórica

Futsal

Atletismo

Quadrilha

3ºTRIMESTRE

Esporte

Ginástica Lutas

Coletivos

Ginástica Geral

Voleibol

Movimentos Gímnicos

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Capoeira Angola

7º ANO

TRIMESTREConteúdos

EstruturantesConteúdos

Básicos Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Esporte

Jogos e Brincadeiras

Coletivos

Jogos e Brincadeiras Populares

Jogos de Tabuleiro

Handebol e Basquete

Queimada, Bets, Pega-pega, Bandeirinha

Xadrez e Dama

2ºTRIMESTRE

Esporte

Dança

Coletivos Individuais

Dança de Rua

Futsal

Atletismo

Funk

3ºTRIMESTRE

Esporte

Ginástica Lutas

Coletivos

Ginástica Circense Lutas de Aproximação

Voleibol

Malabares Judô

8º ANO

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9º ANO

TRIMESTRE Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Esporte

Jogos e Brincadeiras

Coletivos

Jogos Cooperativos

Jogos Dramáticos

Jogos de Tabuleiro

Handebol e Basquete

Corrente; Nunca Três; Futpar; Dança da Cadeira Cooperativa

Imitação e Mímica

Xadrez e Dama

2ºTRIMESTRE

Esporte

Dança

Coletivos

Radicais

Danças Criativas

Futsal

Skate

Improvisação e Atividades de Expressão Corporal

3ºTRIMESTRE

Esporte

Ginástica

Lutas

Coletivos

Ginástica Rítmica

Lutas com Instrumento Mediador

Voleibol

Bola, Fitas, Maças, arco e corda

Esgrima

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D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Considerando como objeto de estudos a Cultura Corporal e por meio dos

Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e

brincadeiras, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos

se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o

conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o

diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de

investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar

o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões. Cabe ressaltar que tratar o

conhecimento não significa abordar o conteúdo ‘teórico’, mas, sobretudo,

desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do

conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão

corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos

TRIMESTRE Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Esporte

Jogos e Brincadeiras

Coletivos

Jogos Dramáticos

Jogos de Tabuleiro

Handebol e Basquete

Improvisação e Mímica

Xadrez; Dama; Trilha; Uno

2ºTRIMESTRE

Esporte

Dança

Coletivos

Radicais

Danças Circulares

Futsal

Slackline

Folclóricas

3ºTRIMESTRE

Esporte

Ginástica

Lutas

Coletivos Ginástica Geral

Lutas com Instrumento Mediador

Voleibol

Jogos Gímnicos

Kendô

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A educação pelo movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de

consciência de seu corpo e a partir daí, dar condições de promover através de uma

ação pedagógica o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.

Deverá permitir á criança à exploração motora, a descoberta da sua

realização, vivendo através das atitudes propostas, momentos que lhe dê condições

de criar novos caminhos a partir das experiências adquiridas criando novas formas

de atividades podendo assim, atingir os objetivos propostos.

Perceber que seu corpo se relaciona, cria, sofre repressões, vibra, percebe

seus ritmos íntimos e possibilita a realizar movimentos naturais utilizando todo o seu

ser como veiculo de expressão.

A atividade física deverá ser levada ao aluno como uma contribuição para

ampliação da consciência corporal. Trabalhando assim em uma perspectiva histórico

crítica com uma metodologia investigativa e em alguns momentos diretiva com aulas

práticas sustentadas com a teoria que a acompanha.

Para que isso ocorra o encaminhamento metodológico deve ser desenvolvido

com base nas diretrizes curriculares. Nesse sentido, todos os conteúdos trabalhados

em aula devem partir de uma prática social inicial, passando pelos momentos de

problematização, instrumentalização e catarse para no final de um conjunto de aulas

ou do bloco observar o retorno à prática social.

Ao pensar em encaminhamento metodológico para aulas de Educação Física

na Educação Básica, é preciso levar em conta, aquilo que o aluno traz como

referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade.

Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a

construção do conhecimento escolar, utilizando-se também de recursos didáticos e

tecnológicos como: Quadra poliesportiva, material para a prática da educação física

(bolas, arcos, cordas, redes, tabelas, etc) exposição de vídeos e slides na TV Pen-

drive, caixa de som, lousa digital, laboratório de informática.

Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, o professor deve abordar a cultura

e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a

Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma

contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de Educação Física. As

demais legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos

específicos, permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis,

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56

elas serão atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho

pedagógico da escola.

Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Educação

Física, propõe-se que seja destacado o conhecimento de bases teóricas que

compõem o universo das diferentes culturas, associando ao contexto histórico,

político e social, estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade e o objeto

de estudo da disciplina, neste caso, a Cultura Corporal.

E – AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno. Sendo esta contínua, cumulativa e processual devendo

refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a avaliação do rendimento escolar será

pautada numa concepção diagnóstica

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Utilizando procedimentos que

assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a

comparação dos mesmos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão

sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da

aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da

aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com

a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a

prática educativa.

Assim sendo, auxilia os educadores e o educando na sua viagem comum de

crescimento e a escola na sua responsabilidade social. Deve ser democrática,

favorecendo o desenvolvimento da capacidade do educando em aprimorar-se de

conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente.

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Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico. Devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e

envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

Se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor;

Se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e

regras;

Se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e

propondo soluções para as divergências;

Se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas

atividades práticas ou realizando relatórios.

Os instrumentos utilizados na avaliação serão: dinâmicas de grupo, pesquisas,

debates, seminários, apresentação de coreografia, aulas práticas e teóricas,

organização de festivais e jogos escolares, entre outros.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de

apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de

aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será

organizado com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo

aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.

F – REFERÊNCIAS

BREGOLATO, R. A. Cultura corporal da ginástica. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.

_____ Cultura corporal da dança. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.

_____ Cultura corporal do esporte. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física. Curitiba. 2008

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____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.

ENSINO RELIGIOSO

A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

As Diretrizes Curriculares Orientadoras Estaduais do Paraná de Ensino

Religioso para a Educação Básica traz como proposta um Ensino Religioso laico e

de forte caráter escolar.

Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois se

constituíram historicamente na inter relação dos hábitos culturais, sociais,

econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso deve

orientar-se para a apropriação dos saberes sobre expressões e organizações

religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do

conhecimento.

Nesse sentido, um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino

Religioso é efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito

religioso, como também, desprender-se do seu histórico confessional catequético,

para construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa.

Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve oferecer subsídios para que os

estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e se

relacionam com o Sagrado.

A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo, o Sagrado. Para

que o Sagrado seja tratado como saber (escolar) e possa ser objeto do Ensino

Religioso é necessário buscar relações de conteúdos que possam traçar caminhos e

compreender qual o papel da disciplina de Ensino Religioso como parte do sistema

escolar.

O Trabalho pedagógico da disciplina de Ensino Religioso será organizado a

partir de seus Conteúdos Estruturantes: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado. Tais conteúdos não devem ser abordados

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isoladamente, pois são referenciais que se relacionam intensamente, contribuem

para a compreensão do objeto de estudo e orientam a definição dos conteúdos

básicos e específicos de cada ano.

Em termos metodológicos, propõe-se, um processo de ensino e de

aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo debate, pela

apresentação da hipótese divergente, da dúvida - real e metódica, do confronto de

ideias, de informações discordantes e, ainda da exposição competentes de

conteúdos formalizados.

B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Contribuir para a superação das desigualdades étnico-religiosa, para garantir o

direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por consequência, o

direito à liberdade individual e política. Desta forma atenderá um dos objetivos da

educação básica que, segundo a LDB9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.

Propiciar a identificação, o entendimento e o conhecimento em relação às

diferentes tradições religiosas presentes na sociedade.

Promover a superação das tradicionais aulas de religião e a efetivação do Sagrado

como objeto de estudo e dos conteúdos contemplando as quatro matrizes religiosas:

Africana, Indígena, Ocidental e Oriental.

Favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e

sociais, e fomentar medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e

discriminação.

Oferecer subsídios para que os estudantes entendam como os grupos sociais se

constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, onde possa

estabelecer relações entre culturas e os espaços por ela produzidos, em suas

marcas de religiosidade.

As religiões devem ser abordadas como conteúdos escolares que tratem das

diversas manifestações culturais e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e

dos seus símbolos, e relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são

impregnadas as formas diversas de religiosidade.

O tratamento com os conteúdos específicos do Ensino Religioso deve ser

abordado de forma objetiva, garantindo que seja trabalhado com as quatro matrizes

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religiosas (Afro, indígena, ocidental e oriental), não privilegiando nenhuma tradição

religiosa em detrimento de outra.

Nesta perspectiva apresentamos os conteúdos estruturantes, básicos e

específicos para serem trabalhados com os alunos matriculados no 6º e 7º ano do

Ensino Fundamental.

C - CONTEÚDOS

6º Ano

TRIMESTREConteúdos

EstruturantesConteúdos

Básicos Conteúdos específicos

1ºTRIMESTRE

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

Organização Religiosa

Aspectos legais referentes à liberdade religiosa no Brasil (Constituição Federal de 1988: Art. 5º e 210, LDB  9394/06:Art. 33, Deliberação 01/06 do CEE e Declaração Universal dos Direitos Humanos Artigos. 18 e 20). Principais características, estrutura e dinâmica social das diversas organizações religiosas mundiais e regionais. Fundadores e ou lideres religiosos e suas funções relacionando sua visão de mundo, atitude, produção escrita e posição político- ideológica.

2ºTRIMESTRE

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

Lugares Sagrados

Lugar Sagrado para as diversas tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes (morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder religioso).Diversidade e características de lugares sagrados na natureza e construídos.

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3ºTRIMESTRE

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

Textos Sagrados orais e escritos

Textos sagrados orais e/ ou escritos e sua importância para a tradição religiosa.Textos sagrados: doutrina e o código moral das tradições religiosas.Diversidade de textos sagrados; livros, pinturas, vitrais, quadros, construções arquitetônicas. Diversas formas de Linguagens orais e escritas, verbais e não verbais.

Símbolos Religiosos

Símbolos sagrados e seus significados para as tradições religiosas, conforme os aspectos dos ritos, dos mitos e do cotidiano. Símbolos sagrados como linguagem de aproximação e/ou união entre o ser humano e o sagrado. Universo simbólico religioso como parte da identidade cultural e social.Diversidade dos símbolos religiosos nas formas, cores, gestos, sons, vestimentas, elementos de natureza, dentre outras.

7º Ano

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TRIMESTREConteúdos

EstruturantesConteúdos

Básicos Conteúdos específicos

1º TRIMESTRE

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

Temporalidade Sagrada

Diferença entre tempo profano e tempo sagrado.Importância do tempo sagrado para as diversas tradições religiosas. Relação dos mitos, dos ritos e das festas religiosas com o tempo sagrado. Diferentes calendários conforme as tradições religiosas.

2ºTRIMESTRE

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

Festas Religiosas

Festas religiosas como rememoração dos fatos ou acontecimentos considerados sagrados.Importância das festas religiosas para as diversas tradições. Festas religiosas e a função de fortalecer a relação com o sagrado. Festa religiosa como elemento de confraternização e fortalecimento da comunidade religiosa. Festas religiosas paranaenses nas diversas tradições.

3ºTRIMESTRE

Paisagem Religiosa

Universo

Ritos

Rituais sagrados nas tradições religiosas.Ritos e a expressão, o encontro ou o reencontro com o Sagrado. Os rituais como experiência sagrada das tradições religiosas. Diversas formas de ritos: passagem,

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Simbólico Religioso

Texto Sagrado

purificação, mortuário, propiciatório, entre outros.

Vida e Morte

Diversas perspectivas culturais e religiosas para a vida após a morte. O sentido da vida e a concepção de morte de acordo com as tradições religiosas.

D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

De acordo (PARANÁ, 2008) para a disciplina deEnsino Religioso, propor

encaminhamentos, é mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais

a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações

que subsidiam esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um conteúdo escolar

leva, inevitavelmente, a novos métodos de investigação, análise e avaliação.

Neste sentido, o trabalho com a diversidade religiosa configura-se numa

estratégia privilegiada na construção do conhecimento escolar sobre as diferentes

manifestações do Sagrado.

É importante ressaltar que o trabalho pedagógico da disciplina ancora-se numa

aula dialogada, isto é, parte da leitura de mundo e do conhecimento prévio dos

estudantes por meio da problematização inicial, seguida de uma abordagem onde

o professor insere os conteúdos e textos da disciplina para em seguida apresentar o

conteúdo a ser trabalhado em sala de aula. Na sequência, desenvolverá a

contextualização e a avaliação, sempre tendo como ponto de partida o respeito à

diversidade cultural.

Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos

conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a

disciplina de Ensino Religioso (Lei n. 10639/03- História e Cultura Afro - brasileira e

Africana, Lei n. 11645/08- História e Cultura Afro - brasileira e Indígena, Educação

em Direitos Humanos – Lei Federal nº 7.037/2009 Ciência e Tecnologia e

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Diversidade Cultural – Resolução nº 07/2010- CNE/CEB, Estatuto do Idoso – Lei nº

10.741/2003, Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/99; Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental - Resolução nº. 2/15 do CNE;

Política Estadual de Educação Ambiental - Lei nº. 17.505/13; Deliberação n.04/13 do

CEE/PR Normas Estaduais para a Educação Ambiental); Lei Federal Nº 11340/06 –

Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra mulher; Lei

Federal Nº 18447/15 – Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas; Lei Estadual

nº 17335/12 – Programa de Combate ao Bullying; Plano Nacional de Educação em

Direitos Humanos 2006 – Ministério da Educação; Lei Federal 11525/07 –

Enfrentamento à Violência Contra a Criança e Adolescência, outras serão atendidas

em atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da escola de

acordo com o Projeto Político Pedagógico.

Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino

Religioso, propõe-se que seja destacado o conhecimento de bases teóricas que

compõem o universo das diferentes culturas, associando ao contexto histórico,

político e social, estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade e o objeto

de estudo da disciplina, neste caso, o Sagrado, os conteúdos estruturantes e os

conteúdos básicos, do ponto de vista laico e não religioso.

E - Avaliação

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno. Na avaliação devem ser considerados os resultados

obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

O processo de avaliação na disciplina de Ensino Religioso é necessário, por

isso, a necessidade de definir instrumentos avaliativos diversificados (seminários,

debates, atividades objetivas e subjetivas, relatórios, atividade de leitura

compreensiva de textos, produção de textos, projeto de pesquisa bibliográfica,

projeto de pesquisa de campo, atividade a partir de recursos audiovisuais e entre

outros) e critérios que explicitem o quanto o estudante se apropriou do conteúdo

específico e também, pode revelar em que medida a prática pedagógica,

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fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui

para a transformação social.

Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar

o processo de apropriação de conhecimentos pelos estudantes e pela classe, cujo

parâmetro são os conteúdos tratados e os seus objetivos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem, através da retomada dos conteúdos específicos e

do uso de metodologias, estratégias e instrumentos diversificados. O que se busca,

em última instância, com o processo avaliativo é identificar em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do

Sagrado pelos alunos.

F - REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Religioso: diversidade cultural e religiosa. Curitiba: Seed/DEB, 2013.

____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.

____________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ensino Religioso. Curitiba: Seed/DEB, 2008.

GEOGRAFIA

A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A Geografia é uma ciência que compreende o espaço de vida dos homens

como produto histórico, uma ação da sociedade na sua relação com a natureza. Os

acontecimentos no mundo têm uma dimensão espacial onde se materializa no

tempo e no espaço a vida social, sendo uma forma de compreender o mundo em

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que vivemos. Assim, a importância de estudar, a disciplina de Geografia na

Educação Básica está no acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que,

na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares, um ensino capaz

de fornecer aos alunos conhecimentos específicos com os quais possam ler e

interpretar criticamente o espaço.

A Geografia tem a função de preparar o aluno para a leitura crítica da

produção social do espaço, sua participação consciente e responsável no processo

social, e a interligação entre todas as partes do globo terrestre. O objeto de estudo

da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e

apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e

ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.

Apoiado na geografia crítica, o espaço geográfico hoje deve ser entendido em sua

composição conceitual básica: lugar, paisagem, região, território, natureza,

sociedade, entre outros.

O conceito de lugar pode ser compreendido de diferentes enfoques. Por um

lado, é no lugar que a globalização acontece, mas por outro lado, o lugar é o espaço

onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade permanecem presentes.

O conceito de paisagem deve ser entendido como domínio do visível, aquilo

que a vista abarca. Já que o domínio do visível está ligado à percepção e a

seletividade, mas acredita que seu significado real é alcançado pela compreensão

de sua objetividade. A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente e a

materialização de um o momento histórico.

No mundo globalizado, onde as trocas são intensas e constantes, a forma e o

conteúdo das regiões mudam rapidamente. Ainda dentro da perspectiva crítica da

geografia, as análises economicistas tratam da relação entre regionalização e

globalização, considerando a escala global e a formação dos blocos econômicos

(regionais) como um importante viés de análise do espaço geográfico.

O território está ligado à normalização das ações tanto globais quanto locais.

No território, portanto, seja ele nacional regional ou local é que acontecerá a relação

dialética de associação e confronto entre o lugar e o mundo (Santos, 1996).

Conceito de natureza deve ser visto como conjunto de elementos naturais que

possuem em sua origem uma dinâmica própria e que independente da ação

humana, mas que na atual fase histórica do capitalismo, acaba sendo reduzida

apenas a recursos. Isso se deve em grande parte ao avanço dos meios técnicos e

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científicos, os quais causam uma falsa idéia de domínio do homem sobre a

natureza.

No conceito de sociedade, as teorias críticas da geografia, procuram entender

a sociedade em sua relação com a natureza em seus aspectos culturais, políticos,

econômicos e socioambientais.

Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude que

identificam e organizam os campos de estudos da disciplina, considerados

fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste

caso, dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos

específicos devem ser abordados.

São elas Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do

Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão

Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico enfatiza a apropriação do

meio natural pela sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para a

construção de objetos técnicos que compõem as redes de produção e circulação de

mercadorias, pessoas, informações e capitais, o que tem causado uma intensa

mudança na construção do espaço.

A Dimensão Política do Espaço Geográfico engloba os interesses relativos

aos territórios e às relações de poder, que os envolvem. É o conteúdo estruturante

originalmente constitutivo de um dos principais campos do conhecimento da

Geografia e está relacionado de forma mais direta ao conceito de território.

A Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico perpassa outros

campos do conhecimento, o que remete à necessidade de situá-lo de modo a

especificar qual seja o olhar geográfico de que se trata. A questão socioambiental é

um sub-campo da Geografia e, como tal, não constitui mais uma linha teórica dessa

ciência/disciplina. Permite abordagem complexa do temário geográfico, porque não

se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à interdependência das relações

entre sociedade, elementos naturais, aspectos econômicos, sociais e culturais. A Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico permite a

análise do Espaço Geográfico sob a ótica das relações culturais, bem como da

constituição, distribuição e mobilidade demográfica. A abordagem cultural do espaço

geográfico é entendida como um campo de estudo da Geografia.

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Considerando o objeto de estudo, os conceitos geográficos e os conteúdos

estruturantes, cabe à Geografia, preparar o aluno para uma leitura crítica da

produção social do espaço, negando a "neutralidade’’ dos fenômenos que imprimem

certa passividade aos indivíduos, tornando-os agentes ativos na construção do

espaço.

Sendo assim, o ensino de Geografia oportuniza ao aluno, diversas

possibilidades interpretativas do espaço geográfico, para nele interagir criticamente

e de forma consciente.

B - OBJETIVO GERAL

Conhecer o espaço geográfico como uma construção histórica e seu uso nos

diferentes tempos e espaços, assim compreendendo a natureza e a sociedade como

conceitos fundamentais para a construção do espaço geográfico, mantendo a

relação homem- natureza;

Entender as construções humanas como documento importante que as

sociedades, em diferentes momentos imprimem sobre a base natural.

C- CONTEÚDOS

6º ANO

TRIMESTREConteúdos

EstruturantesConteúdo

BásicoConteúdos Específicos

Dimensão econômica do

Formação e transformação

Formação e transformação das paisagens geográficas.

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espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

das paisagens naturais e culturais.

Paisagem natural e cultural.

1º TRIMESTRE

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

O aproveitamento dos recursos naturais e suas consequências econômicas, políticas e ambientais.

A inter-relação dos elementos formadores da natureza (rochas, solo, clima, hidrografia, atmosfera e vegetação) e sua apropriação pela sociedade.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

O processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.

O processo de formação, transformação e localização dos recursos naturais, sua apropriação pela sociedade e suas conseqüências.

Os problemas socioambientais relacionados ao aproveitamento e a escassez dos recursos naturais.

2ºTRIMESTRE

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

A distribuição das atividades produtivas refletindo na (re) organização do espaço geográfico.

As intervenções humanas no meio ambiente decorrentes das atividades produtivas, conhecendo seus impactos econômicos, culturais e ambientais.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

As relações existentes entre o campo e a cidade: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais e sociais.

As características que diferenciam o campo da cidade.

As Atividades econômicas

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do espaço geográfico.

típicas do campo e da cidade e sua importância para a sociedade.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

A Transformação demográfica e a distribuição espacial da população, como resultado de diferentes fatores (econômicos, históricos, naturais e políticos).

Os indicadores demográficos refletidos na organização espacial.

3ºTRIMESTRE

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

As manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais e sua influência na sociedade atual.

As causas da mobilidade populacional e suas conseqüências na organização espacial.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As diferentes formas de regionalização do espaço, nas diferentes escalas geográficas.

7º ANO

TRIMESTREConteúdo

EstruturanteConteúdo

BásicoConteúdos

Específicos

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Formação e mobilidade das fronteiras e a

reorganização do território

O processo de ocupação e povoamento do território brasileiro e sua atual configuração. O processo de formação do

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1ºTRIMESTRE

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

brasileiro. território brasileiro e paranaense. As relações entre o território brasileiro no contexto mundial e suas relações econômicas, culturais e políticas com os demais países. A questão indígena no território brasileiro e paranaense.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção

O aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo do território brasileiro. As áreas de proteção ambiental para a preservação dos recursos naturais. O processo de transformação das paisagens brasileira e paranaense devido às formas de ocupação e as atividades econômicas desenvolvidas. Os diferentes tipos de climas e suas relações com as formações vegetais do território brasileiro e as alterações.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As diferentes formas de regionalização do espaço brasileiro e paranaense.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A diversidade cultural e regional no Brasil e no Paraná. As comunidades quilombolas no Brasil e Paraná.

Dimensão econômica do espaço geográfico

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os

Os fatores determinantes na distribuição espacial da população no território brasileiro e paranaense. As desigualdades sociais no território brasileiro e

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2ºTRIMESTRE

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

indicadores estatísticos da população.

paranaense. O processo de crescimento da população brasileira e paranaense, seus indicadores e os reflexos na organização espacial.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

O processo de ocupação e os movimentos migratórios no território brasileiro.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

Os fatores naturais e a sua importância no uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira e paranaense. As relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo. O processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do território.

As diferentes formas de desenvolver a agricultura As relações entre as formas de produção agropecuária e as questões socioambientais

A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

O processo de formação e a localização dos micro territórios urbanos. A industrialização e a modernização da agricultura e suas influências no processo de urbanização no Brasil. O processo de crescimento urbano e suas repercussões no meio ambiente.

Dimensão econômica do espaço geográfico

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)

Uso de tecnologias nas diferentes atividades produtivas e as mudanças nas relações socioespaciais

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3ºTRIMESTRE

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

organização do espaço geográfico.

e ambientais. A industrialização e a

exploração dos elementos da natureza e suas consequências ambientais.

As atividades produtivas no território brasileiro e paranaense.

As diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.

A Configuração do espaço de circulação de mão de obra, de mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.

As Redes de informação e comunicação para a organização das atividades econômicas em território brasileiro.

Os Meios de transporte na integração do território brasileiro.

8º ANO

TRIMESTREConteúdo

EstruturanteConteúdo Básico

Conteúdos Específicos

1ºTRIMESTRE

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

O processo de formação, transformação e diferenciação das paisagens mundiais

As diferentes formas de regionalização do continente americano.

A formação, a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.

A formação dos territórios e a (re) configuração das fronteiras do continente americano.

As relações de poder na configuração das fronteiras e territórios no contexto mundial.

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74

socioambiental do espaço geográfico A nova ordem

mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas, políticas, culturais e o papel do Estado.

O papel das organizações supranacionais na resolução de conflitos e crises econômicas.

A ONU como um organismo supranacional.

O comércio e suas implicações socioespaciais.

A constituição dos blocos econômicos e as relações políticas e econômicas.

O protecionismo nas relações do comércio mundial.

2ºTRIMESTRE

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações

A rede de transporte, comunicação e circulação das mercadorias, da mão de obra e de informações sobre a economia regional.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

As inovações tecnológicas sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e sociais.

A relação entre o processo de industrialização e a urbanização.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A produção industrial, agropecuária e a apropriação dos recursos naturais e as transformações socioambientais.

As interdependências econômicas e culturais entre

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75

o campo e cidade e suas implicações socioespaciais.

O espaço rural e a modernização da agricultura

O processo de modernização agrícola e os impactos socioambientais

A relação entre os elementos naturais (solo, clima, relevo, vegetação e hidrografia) e sua influência no desenvolvimento da agricultura.

3ºTRIMESTRE

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Os indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais.

Os principais fatores que interferem na distribuição espacial da população

As desigualdades sociais existentes no espaço geográfico.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

Os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial.

O processo migratório como um dos fatores de crescimento populacional.

As manifestações sócio espaciaisda diversidade cultural

As configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos em suas manifestações culturais.

Os conflitos étnicos nos continentes.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

A formação, a localização estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea.

A utilização dos recursos naturais e as questões ambientais.

O aumento do consumo e o

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76

esgotamento dos recursos naturais.

9º ANO

TRIMESTREConteúdo

EstruturanteConteúdo

BásicoConteúdosEspecíficos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As diferentes formas de regionalização do espaço geográfico mundial.

1ºTRIMESTRE

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

processo de globalização e as relações entre países e regiões.

A formação dos territórios supranacionais, decorrente das relações econômicas, políticas e culturais, e o papel do Estado.

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

A revolução técnico-científico-informacional e suas influências nos espaços de produção, na circulação de mercadorias e nas formas de consumo.

A tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço.

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação dos blocos econômicos e sua influência política e econômica na regionalização mundial.

A importância econômica, política e cultural do comércio mundial.

Dimensão econômica do espaço

A formação, mobilidade das fronteiras e a

A atual configuração do espaço e suas implicações sociais, econômicas e

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2ºTRIMESTRE

geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

reconfiguração dos territórios.

políticas. A reconfiguração das

fronteiras e a formação de novos territórios nacionais.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

A estrutura mundial da população, seus indicadores estatísticos e sua distribuição espacial.

Os indicadores sociais e econômicos da desigual distribuição de renda nos diferentes continentes.

Os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço geográfico.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

As diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural nos diferentes continentes.

A globalização como uma das formas de interferência na cultura das diversas sociedades.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

As motivações dos fluxos migratórios mundiais.

O aumento no fluxo populacional no mundo de corrente do processo de globalização.

3ºTRIMESTRE

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico.

Os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas na origem do processo de industrialização.

As atividades produtivas e sua interferência na organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua

As inovações tecnológicas nas atividades produtivas.

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cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

As transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego da tecnologia de exploração e produção.

O processo de transformação dos recursos naturais em fonte de energia.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

As redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas.

O processo de globalização e a ampliação das redes e dos fluxos no espaço geográfico mundial.

O transporte aéreo e marítimo e o intercâmbio de mercadorias entre os diferentes países no mundo.

A dinâmica das redes.

D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia proposta pelas Diretrizes Curriculares Estaduais considera que

o ensino da disciplina de Geografia deve permitir que os alunos se apropriem dos

conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e

transformação do espaço geográfico.

Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica

e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos,

comparando situações cotidianas local com situações cotidianas globais,

considerando o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao

conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.

Recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e

provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o

conhecimento, por isso, deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio,

a reflexão e a crítica.

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Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala

de aula é a contextualização do conteúdo. Contextualizar o conteúdo é mais do que

relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e

nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais

concretas, nas diversas escalas geográficas.

Sempre que possível, o professor deverá estabelecer relações

interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a

especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas

teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do

conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento0 sobre

esse assunto ultrapasse os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que

cada uma delas tem um foco de análise próprio.

O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse

procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a

formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e

crítica.

Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atrelada aos

fundamentos teóricos tornam-se importantes instrumentos para compreensão do

espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais nas diversas

escalas geográficas.

A aula de campo é importante encaminhamento metodológico para analisar a

área em estudo (urbana ou rural) de modo que o aluno poderá diferenciar, por

exemplo, paisagem de espaço geográfico. Jamais será apenas um passeio, porque

terá importante papel pedagógico no ensino de Geografia, onde o professor

delimitará previamente o trajeto, de acordo com os objetivos a serem alcançados.

A utilização de recursos audiovisuais como filmes, trechos de filmes,

programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges,

ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos conteúdos da

Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-

conceituais.

O uso de recursos audiovisuais como mobilização para a pesquisa, precisa

levar o aluno a duvidar das verdades anunciadas e das paisagens exibidas. Essa

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suspeita instigará a busca de outras fontes de pesquisa para investigação das raízes

da configuração sócio espacial exibida, necessária para uma análise crítica

(VASCONCELOS, 1993).

Para a cartografia propõe-se que os mapas e seus conteúdos sejam lidos

pelos estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação,

problematização e análise crítica, jamais como meros instrumentos de localização

dos eventos e acidentes geográficos.

A prática docente no ensino de Geografia também pode ser viabilizada por

instrumentos menos convencionais no cotidiano escolar que podem enriquecer o

processo de ensino e aprendizagem como, por exemplo, as obras de arte e a

literatura, em seus diversos gêneros, pode ser instrumento mediador para a

compreensão dos processos de produção e organização espacial; dos conceitos

fundamentais à abordagem geográfica e, também, instrumento de problematização

dos conteúdos (BASTOS, 1998).

As legislações obrigatórias contempladas na DCE de Geografia são: a cultura

e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a

Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma

contextualizada e relacionadas aos conteúdos de Geografia.

As demais legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os

conteúdos específicos, permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem

possíveis, elas serão atendidas em Atividades incorporadas a organização do

trabalho pedagógico da escola.

E – AVALIAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394/96 determina que

a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e

processual. As Diretrizes Curriculares Estaduais propõem que a avaliação deve tanto

acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.

Para isso, deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.

Ainda segundo as Diretrizes, considera-se que os alunos têm diferentes

ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção

pedagógica a todo o tempo.

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Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em

Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das

relações sócio espaciais para compreensão e intervenção na realidade.

O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos

e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para

compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

Para tanto, se faz necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de

avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar

técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,

como:

Interpretação e produção de textos de Geografia;

Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

Pesquisas bibliográficas;

Relatórios de aulas de campo;

Apresentação e discussão de temas em seminários;

Construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre

outros.

A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do

processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios

básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de

características e de ritmos de aprendizagem dos alunos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente

do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade

de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo

aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve

estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em

cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo não-linear

de construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que

acontece entre os sujeitos do processo: professor e aluno.

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F – REFERÊNCIAS

BASTOS, A.R.V.R. Espaço e Literatura: algumas reflexões teóricas. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1998.

BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. n. 248,1996.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.

_______. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - Geografia. Curitiba: SEED, 2008.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad - Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993.

HISTÓRIA

A - APRESENTAÇÃO E FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A finalidade da disciplina de História é expressa no processo de produção do

conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada

para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da

compreensão da provisoriedade deste conhecimento.

O ensino de História deve se beneficiar da diversificação dos documentos

(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do

conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras

áreas do conhecimento.

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Da mesma forma, a abordagem local, assim como os conceitos de

representação, prática cultural, secularidade cultural, possibilitam aos alunos e aos

professores, tratarem esses documentos através de problematizações mais

complexas em relação à História tradicional, desenvolvendo uma consciência

histórica que leve em conta a diversidade das práticas culturais dos sujeitos.

Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do

pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de

suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico.

Vale ressaltar que o ensino de História contribui para a formação de uma

consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do

passado permite formar pontos de vista históricos e abrindo inúmeras possibilidades

de reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam

mais abrangentes, permitindo também que o aluno elabore conceitos que o

permitam pensar historicamente, superando também a ideia de História como algo

dado, como verdade absoluta.

A disciplina de História tem como objeto de estudos os processos históricos

relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os

sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.

Dessa forma, o Ensino de História será pautado nas experiências passadas

dos seres humanos, investigadas por historiadores, professores e alunos, sendo

baseada no tempo e no espaço; através de sua percepção do passado e sua ação

no processo histórico.

Diante dessa perspectiva o processo ensino-aprendizagem se dará através

de procedimentos metodológicos articulados aos conteúdos estruturantes. Assim, o

processo de ensino aprendizagem se compõe através de um procedimento

metodológico, atrelados a uma concepção crítica da educação através das Relações

de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.

Relações de trabalho: articulados aos demais conteúdos estruturantes,

reconhecer as contradições de cada época, os impasses sociais da atualidade e

dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permite entender como as relações

de trabalho foram construídas no processo histórico e como determinam a condição

de vida em conjunto da população. Nas relações de trabalho encontramos diversas

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formas de organização social. Assim busca-se a leitura de todas as relações de

trabalho possíveis e suas características nos diversos contextos espaços temporais.

Relações de poder: entender que as relações de poder são exercidas nas

diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas

e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu

cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão as arenas decisórias, por que

determinada decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada, e

como, quando e onde reagir a ela. As relações de poder se forma através das

relações sociais e ideológicas criadas entre quem exerce o poder e quem se

submete a elas. Quando nos referimos a relação de poder, pensamos na ideia de

um poder político, englobando as relações de trabalho e culturais. No entanto, as

relações de poder se formam por diversas instâncias sócio-históricas através de um

mundo de trabalho, pela política a as diversas instituições, levando o aluno a

perceber tais relações com seu cotidiano.

Relações culturais: o estudo das relações culturais deve considerar a

especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico

constituído nessa relação pode ser chamado de cultura comum, o que permite aos

historiadores construírem narrativas históricas que incorporam olhares alternativos

quanto às ações dos sujeitos. Nas relações culturais, entende-se a cultura como

aquela que permite conhecer os conjuntos de significados que os homens

conferiram a sua realidade para explicar o mundo. O estudo das relações culturais

deve estar voltado para as especificidades de cada sociedade e as relações entre

elas. Assim, o estudo das relações culturais deve se voltar para as necessidades e

características de cada sociedade, respeitando sua formação cultural, política, social

e econômica.

Diante de todas as informações acima mencionadas destaca-se que o ensino

da disciplina de História no currículo dos cursos de Ensino Fundamental e Médio é

primordial, pois a História é a ciência que busca o estudo do passado para a

compreensão do presente. Por essa razão, o historiador, em seu trabalho de

investigação, deve utilizar o método do duplo movimento: conhecer o passado

através do presente e conhecer o presente através do passado.

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Tendo em vista a globalização da economia e o rápido avanço tecnológico,

faz com que a velocidade da vida contemporânea, tudo envelheça muito

rapidamente e pareça sem valor para as novas gerações. Diante do domínio do

tempo presente, o passado é desqualificado como experiência digna de

conhecimento e interesse e condenado ao esquecimento. Assim sendo, o

movimento pela destruição do passado coloca para toda a sociedade, e em

particular para nós, historiadores, a difícil tarefa de combater o esquecimento e

preservar a memória coletiva, base para a afirmação da identidade cultural de todos

os povos.

B – OBJETIVOS GERAIS

Ampliar a compreensão da realidade do aluno, especialmente confrontando-a e

relacionando-a com outras realidades históricas, e assim, possam fazer suas

escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações;

Buscar a superação das carências humanas fundamentadas por meio de um

conhecimento construído por interpretações históricas;

Contribuir para a formação da consciência histórica dos alunos a partir da produção

do conhecimento.

C - CONTEÚDOS

6º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOSESPECÍFICOS

Relações de

Experiência humana do tempo

1°TRIMESTRE A formação do pensamento histórico e suas temporalidades e periodizações; O aluno e suas percepções: memórias e documentos familiares e locais; Análise dos documentos históricos; Entender as relações com a sociedade

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Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias

A cultura local e a cultura comum

no tempo (família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade, estado, país, mundo); As diversas temporalidades; As formas de periodização; O surgimento da humanidade na África e as teorias sobre seu aparecimento; A Pré-História brasileira e paranaense; As populações indígenas que habitaram o atual território do Brasil e do Paraná no período pré-colonial;

2° TRIMESTRE Os povos pré-colombianos; O confronto dos colonizadores portugueses e os indígenas americanos; A organização social e econômica dos antigos povos africanos e suas contribuições; Os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná; Os Hebreus; A civilização grega; Os Romanos;

3º TRIMESTRE Os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses; As manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos e as festividades religiosas; Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;

7º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOSBÁSICOS

CONTEÚDOSESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

As relações de propriedade

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade

1º TRIMESTRE

Formação da Europa Feudal: o fim do Império Romano e a ruralização da sociedade européia. O Feudalismo europeu: estrutura econômica, política e social no campo e na cidade. Relações de conflito e a formação do Estado Nacional: o mercantilismo;

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Relações de Poder

Relações culturais

As relações entre o campo e a cidade

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

2º TRIMESTRE

O processo de exploração dos impérios coloniais portugueses e espanhóis; Inicio da colonização do Brasil; As capitanias hereditárias; O complexo açucareiro colonial; Da exploração africana: relações entre senhores e escravos, homens brancos e indígenas no Brasil e no Paraná

3º TRIMESTRE

As bandeiras; As missões jesuíticas; O complexo minerador colonial; O tropeirismo e colonização do Paraná; A urbanização do interior do Paraná.

8º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOSESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

Relações de Poder

História das relações da humanidade com o trabalho

O trabalho e a vida em sociedade

O trabalho e as contradições da modernidade

1º TRIMESTRE

Introdução às formas de trabalho: comunismo primitivo, escravismo antigo, servidão e a transição para o assalariado; A organização do trabalho em comunidades paranaenses: quilombolas, caiçaras, ribeirinhos, faxinais e indígenas; A Revolução Industrial: êxodo rural, organização do trabalho, classes trabalhadores e direitos conquistados; Iluminismo e seu impacto na Europa e na América; A Revolução Francesa: aspectos sociais, econômicos e culturais;

2º TRIMESTRE

A vinda da família real: Independência da América Portuguesa;

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Relações culturais

Os trabalhadores e as conquistas de direito

Brasil Imperial: Primeiro Reinado; As regências; Segundo Reinado; A escravidão e resistência no Brasil;

3º TRIMESTRE

O complexo cafeeiro; O início da industrialização e as imigrações do século XIX; O fim do Império: campanha abolicionista e republicanismo.

9º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOSESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

A Constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerra e revoluções.

1º TRIMESTRE

Movimentos sociais de resistência no Brasil: revoltas coloniais e regenciais; Resistência no Paraná: resistência à colonização e à escravidão; A República do Brasil: militar e oligárquica; Revoltas regionais republicanas: Vacina, Chibata, Canudos e Contestado; A Primeira Guerra Mundial; A Revolução Russa e a URSS;

2º TRIMESTRE

Crash da Bolsa de Valores de 1929: impacto político, econômico e social; O Nazifascismo; Formação do estado brasileiro e a Era Vargas; O populismo na América Latina; A Segunda Guerra Mundial; O mundo Bipolar – A Guerra Fria - aspectos econômicos, políticos e sociais; Imperialismo, neocolonização e descolonização da África e Ásia no século XX;

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3º TRIMESTRE

Os governos democráticos brasileiros: de JK à Jango; O golpe militar: contexto, ação e resistência; Processo de redemocratização e abertura política no Brasil. O neoliberalismo brasileiro da década de 1990. O Brasil no século XXI.

D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da

consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com

os seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou

seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto

de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas

praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de

forma consciente ou não.

Ao planejar as suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do

conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,

considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste

modo exigirá que seja constantemente retomado.

Para adotar este encaminhamento metodológico, o professor terá que ir muito

além do livro didático. Este encaminhamento exige que o professor esteja atento à

rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas,

especializadas e também voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis

também nos meios eletrônicos.

A metodologia do estudo de História deverá estar voltada para formação do

pensamento histórico dos alunos. Assim, o professor se utilizará de métodos de

investigação articulados em diferentes fontes (livros, revistas, filmes, canções,

relatos de memórias, etc.). Incluindo ainda o uso do Portal Dia-a-dia educação, TV

Paulo Freire, OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativo), Folhas; assim como a

utilização de imagens, livros, jornais, história em quadrinhos, filmes, músicas,

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utilizados como material didático.

Ademais, deve-se priorizar no encaminhamento metodológico a discussão

sobre as legislações e temas que promovam os Direitos Humanos para todos os

cidadãos. Assim, abordar sobre o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no

currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para

o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o cumprimento da Lei n.

11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino da história e

cultura dos povos indígenas do Brasil; ações voltadas para o enfrentamento da

violência escolar, entre outros, considerando a possibilidade de contextualização e

conteúdos afins.

D - AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História objetiva-se favorecer a busca da coerência

entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o

processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar colocada a serviço

da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

Para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a

sua utilização de classificatória para diagnóstica. A partir da avaliação diagnóstica,

tanto o professor quanto os alunos poderão revisar as práticas desenvolvidas até

então para identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem, bem como

planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades

constatadas.

A fim de que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam

melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-

se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,

envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a

necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma

individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser

compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,

processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem

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ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos, como

por exemplo, atividades associativas:

Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes em

relação ao tema abordado;

Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de uma

narrativa histórica;

Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e

conceitos históricos;

Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de

documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias

em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.

Schmidt e Cainelli (2006) apontam duas sugestões de avaliações de documentos

de naturezas diferentes: textos e imagens.

Textos: Identificação: identificar o tema, o tipo de texto, a data de publicação, a época de

produção, o autor e o contexto em que foi produzido;

Leitura: sublinhar as palavras e expressões-chave, resgatar e reagrupar as ideias

principais e os temas secundários, e buscar o ponto de vista do autor;

Explicação: compreender o sentido das palavras e expressões e esclarecer as

alusões contidas no texto;

Interpretação: analisar a perspectiva do texto, comparar a outros fatos e pontos de

vista e verificar em que medida o texto permite o conhecimento do passado.

Imagens: Identificação: identificar o tema, a natureza da imagem, a data, o autor, a função

da imagem e o contexto;

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Leitura: observar a construção da imagem – o enquadramento, o ponto de vista,

os planos. Distinguir os personagens, os lugares e outros elementos contidos na

imagem;

Explicação: explicitar a atuação do autor de acordo com o suporte e contexto de

produção da imagem;

Interpretação: compreender a perspectiva da imagem, o valor do testemunho

sobre a época e os símbolos apresentados.

Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de História.

São indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas

avaliativas. Devem, também, estar articulados à investigação de como as ideias

históricas dos estudantes organizam essas estratégias de interpretação das fontes a

partir da construção de narrativas históricas e principalmente se os alunos tenham

condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações

de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem,

de modo a se fazerem sujeitos da própria História.

Os instrumentos de avaliação, devem atentar para a construção da autonomia

do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, leitura,

interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos

históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,

sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, dentre outras

possibilidades.

A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do

processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios

básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de

características e de ritmos de aprendizagem dos alunos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente

do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade

de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

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metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo

aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.

F - REFERÊNCIAS

Luckesi Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez. 2002.

Melati, Maria Raquel Apolinário, Editora Responsável pelo projeto. Projeto Araribá de história.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - História. Curitiba: SEED-PR, 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História. Curitiba.2008

Tuma, Magda Madalena Peruzin. Viver e Descobrir: História – Geografia Paraná.

LÍNGUA PORTUGUESA

A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio

da língua, como símbolo utilizado por uma comunidade linguística, são condições de

plena participação social. Pela linguagem o homem se comunica, tem acesso à

informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de

mundo e produz cultura.

Desse modo, pensar o ensino de Língua Portuguesa significa pensar numa

realidade que norteia todos os nossos atos cotidianos e a linguagem assume um

papel de extrema importância na estruturação do pensamento.

O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa e Literatura é um processo

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dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da

linguagem quanto dos sujeitos que por meio delas interagem. É vista como ação

entre os sujeitos históricos e socialmente situada que se constituem uns aos outros

e suas relações dialógicas. Os conceitos de textos e de leitura não se restringem à

linguagem escrita, eles abrangem além dos textos escritos e falados, a interação da

linguagem verbal com as outras linguagens.

Sendo assim, quanto às práticas discursivas no processo de ensino-

aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal (oral ou escrito) e também as

outras linguagens, comunidade básica como prática discursiva, que se manifesta

concretamente e cujas formas são estabelecidas na dinamicidade que caracteriza o

trabalho com experiências reais de uso da língua.

Desse modo, é tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de

diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a

finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Assim, é nas aulas de

Língua Portuguesa que o estudante pode aperfeiçoar a sua competência linguística

e inserir-se na sociedade, mas é no ambiente escolar, sobretudo, que o aluno

aprende a lidar com as palavras e fazer uso dela.

Diante do exposto a respeito da importância do estudo da disciplina é preciso

salientar que em Língua Portuguesa o objeto de estudo da disciplina é a língua e o

conteúdo estruturante é o Discurso como prática social.

B - OBJETIVOS GERAIS

Empregar a língua oral e escrita em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutora;

Reconhecer as intenções implícitas nos discursos e propiciar a possibilidade de um

posicionamento diante deles;

Produzir e analisar textos e ampliar conhecimentos linguísticos- discursivos;

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Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da

leitura e da escrita;

Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando

ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão.

C – CONTEÚDOS

6º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO

BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE

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GÊNEROS DISCURSIVOS

1º TRIMESTRE

Convite Bilhete (Mensagens online) Carta (e-mail)

2º TRIMESTRE

Poema Tiras HQS Cartaz Lei federal nº 11.645/08-História e Cultura Afro-brasileira e Indígena

3º TRIMESTRE

Fábulas Contos

Tema do texto Interlocutores Finalidade Argumentos do texto Elementos composicionais Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspa, travessão, negrito), figuras de linguagem

Contexto de produção Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Argumentatividade Discurso Direto e Indireto Elementos Composicionais do gênero Divisão do texto em parágrafos Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem Processo de formação das palavras Acentuação gráfica Ortografia Concordância Verbal/nominal

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; recursos semânticos.

7º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO

BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE

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1º TRIMESTRE

Autobiografia Biografia Relato Pessoal Diário (blog)

2º TRIMESTRE

Entrevista Memórias Lendas (mitos) Lei Federal nº11. 645/08- História e Cultura afro-brasileira e Indígena Lei Estadualnº17858/13-Política de proteção ao Idoso

3º TRIMESTRE

Propaganda Anúncio Notícia

Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto *Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres de acordo com a necessidade de cada gênero, e os conteúdos de análise linguística serão trabalhados de acordo com a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas já apresentadas. *Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas socais de Intertextualidade Argumentos do texto Contexto de produção Informações explícitas e implícitas Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Repetição

Contexto de produção Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem Processo de formação de palavras Acentuação gráfica Ortografia Concordância verbal/nominal.

Tema do texto Finalidade Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição Semântica

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Lei Federal nº 11.343/06- Prevenção ao uso Indevido de Drogas

Lei Estadual nº 17335/12-Programa de Combate ao Bullyng

proposital de palavras Léxico Ambiguidade Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

8º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO

BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE

1º TRIMESTRE

Charge Cartum Panfletos Lei Federal 11525/07/ Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente

2º TRIMESTRE

Memórias Conto Texto

Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Argumentos do texto Contexto de produção Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Informatividade Contexto de produção Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

Conteúdo temático Finalidade Argumentos Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras) Marcas linguísticas: coesão, coerência,

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Dramático Lei Estadual nº 17 858/13- Política de proteção ao Idoso

3º TRIMESTRE

Resumo Relatório Carta do leitor Decreto nº7037/09: Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3)- Educação em Direitos Humanos

gráficos (como aspas, travessão, negrito) Semântica:-operadores argumentativos;- ambiguidade; sentido figurado; expressões que denotam ironia e humor no texto

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito Concordância verbal e nominal Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto Semântica:-operadores argumentativos;- ambiguidade;- significado das palavras;- sentido figurado; expressões que denotam ironia e humor no texto

gírias, repetição Elementos semânticos Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc) Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

9º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO

BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE

1º TRIMESTRE

Reportagem Editorial Artigo de opinião Debate LeiFederal nº 11340/06- Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Lei Estadual nº 17 335/12- Programa de

Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Argumentos do texto Contexto de produção Intertextualidade Discurso ideológico presente no texto Vozes sociais presentes no texto Elementos

Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Informatividade Contexto de produção Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Relação de causa e

Conteúdo temático Finalidade Argumentos Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações

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Combate ao Bullyng.

2º TRIMESTRE

Abaixo assinado Carta de reclamação Crônica

3º TRIMESTRE

Letra de música Paródia Lei Estadual nº 17 858/13- Política de proteção ao Idoso Lei Federal nº11. 645/08- História e Cultura afro-brasileira e Indígena

composicionais do gênero Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto Partículas conectivas do texto Progressão referencial no texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito Semântica:- operadores argumentativos;- polissemia;- expressões que denotam ironia e humor no texto.

consequência entre as partes e elementos do texto Partículas conectivas do texto Progressão referencial no texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; Sintaxe de concordância;Sintaxe de regência;Processo de formação de palavras Vícios de linguagem; Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores- polissemia

linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras) Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.) Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

No processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto maior

o contato com a linguagem nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se

tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação

pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em

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atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita,

bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse modo,

sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas discursivas: oralidade,

escrita, leitura, análise linguística e literatura.

PRÁTICA DA ORALIDADETanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio as possibilidades de trabalho

com os gêneros orais são diversos e apontam diferentes caminhos, como:

apresentação de temas variados ( histórias de família, da comunidade, um filme, um

livro ); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas

do seu convívio; dramatização; recado, explicação; contação de histórias;

declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e

outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente, isso significa que as

atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a

fala, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é

necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da

linguagem, é o conteúdo de sua participação oral.

O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como a

argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da

sua fala quanto da fala do outro, sobre:

O conteúdo temático do texto oral;

Elementos composicionais, formas e estruturas dos diversos gêneros usados em

diferentes esferas sociais;

A unidade de sentido do texto oral;

Os argumentos utilizados;

O papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; observância da relação

entre os participantes, para adequar o discurso ao interlocutor;

As marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo.

PRÁTICA DA ESCRITAA prática da escrita é uma das práticas discursivas utilizadas pelo falante de

língua portuguesa, mas não deve ser a única a ser valorizada. O educando precisa

compreender o funcionamento de um texto escrito que se faz a partir de elementos

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como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor,

dentre outros.

A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo

nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem

preenchidas sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que ( Pécora

1983, p. 68 ) chama “estratégia de preenchimento”.

É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo

interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de

produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme

propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer, como dizer,

interlocutores para quem dizer.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na

verdade, se escreve fora da escola – e assim, sejam textos de gêneros que têm uma

função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”

( ANTUNES, 2003, P. 62-63 ).

A seguir, citam-se alguns; contudo, ressalta-se que os gêneros escritos não

se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia, editorial, artigo

de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa, resumos, resenhas,

solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de experiência, receitas.

Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com os gêneros digitais,

como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros,

experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.

Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares

sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que

podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:

Inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o alunoplanejem o

que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta;

ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a

esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a

intenção com que escreverá; prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a

situação em que o texto irá circular; organizar as ideias;

Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada,

levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus

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argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que essa

etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);

Depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao

produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu refletir sobre seus

argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a

continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao

gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às

condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a

pontuação, ortografia, paragrafação.

Além de todas essas metodologias, o professor ainda pode lançar mão de

apresentar o que foi trabalhado em sala afixando os textos dos alunos no mural da

escola, enviar cartas produzidas pelos alunos aos pais ou colegas entre si, organizar

uma coletânea, enviar cartas do leitor a um determinado jornal ou revista, enfim,

uma infinidade de propostas pode ser atribuída às produções escritas.

Quanto à análise linguística, deve ser observado o gênero a ser trabalhado e como

ele é construído linguisticamente, trabalhando verbos, pontuação, acentuação,

concordância verbal e nominal, organização dos períodos, tipos de discursos e

outros conteúdos que se fazem necessários na construção do texto.

PRÁTICA DA LEITURALer é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,

midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso

considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,

propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade

crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos

mencionados nestas Diretrizes.

É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem o

que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o

contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.

Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do

professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa,

diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que

pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o

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sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor

mostrar que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes

para o texto que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste

processo e não porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor

(GERALDI, 1997, p.188).

Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de

leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite

uma ampla variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não

possibilita tal liberdade de interpretação.

Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso

considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes

(2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas,

crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade

pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e,

ainda, conforme variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...),

variam também as estratégias a serem usadas.

Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está divulgada no

suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a

finalidade de cada uma delas. Na crônica do jornal, é importante considerar a data

de publicação, a fonte, os acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e

outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica do livro representa

um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal.

Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião.

Numa atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor

estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas

figuras de linguagem, as intenções. Diferente de um artigo de opinião, que tem outro

objetivo, e nele é importante destacar o local e a data de publicação, contextualizar a

temática, dialogar com os argumentos apresentados se posicionando, atentar para

os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas enunciativas

desse discurso que revelam a posição do autor.

O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda,

aqueles em que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens,

as telas de pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os

quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos

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textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito atento aos detalhes oferecidos

nos traços, cores, formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas, esquemas, a

preocupação estará em associar/corresponder o verbal ao não-verbal, uma vez que

este está posto para corroborar com a leitura daquele.

Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente

se comparada a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler

nessa esfera também mudam. O hipertexto - texto no suporte digital/computador -

representa uma oportunidade para ampliar a prática de leitura. Através do hipertexto

inaugura-se uma nova maneira de ler. No ambiente digital, o tempo, o ritmo e a

velocidade de leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há movimento, som,

diálogo com outras linguagens.

A leitura do texto digital exige, diante de tantos suportes eletrônicos, um leitor

dinâmico, ativo e que selecione quantitativa e qualitativamente as informações, visto

que ele escolhe o caminho, o percurso da leitura, os supostos, início, meio e fim,

porque seleciona os hiperlinks que vai ler antes ou depois (LÉVY, 1996). A leitura de

hipertextos exige que o leitor tenha ou crie intimidade com diferentes linguagens na

composição do texto eletrônico, bem como os aparatos tecnológicos.

No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66)

assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e

suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as

múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é essencial

considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar as atividades

de leitura.

Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e

compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos

linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores

envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado,

de outros textos (intertextualidade).

Os conteúdos serão apresentados levando em consideração a faixa etária e o

conhecimento prévio dos educandos, estabelecidos de acordo com as necessidades

e interesses dos mesmos e estarão articulados com as outras disciplinas e também

ao Projeto Político-Pedagógico da escola. Serão também inseridas questões

referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal Nº 10.639/08),

Indígena (Lei Federal Nº 11.645/03), Educação Ambiental (Lei Federal Nº 9597/99 e

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Decreto Nº 4201/02) tendo em vista a necessidade de contemplá-las, pois se tratam

de legislações obrigatórias que visam lançar um olhar ás questões primordiais a

serem discutidas na atualidade delas, compreendendo que a disciplina é efetivada a

partir do discurso enquanto prática social procuraremos abordaras legislações:

Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal Nº

11.525/07), Lei Federal nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro/ educação para o

trânsito; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;Lei Estadual nº 17858/13 -

Política de proteção ao Idoso;Lei Federal nº 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas; Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de Resistência às Drogas e à

Violência; Gênero e Diversidade Sexual; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos

para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher;Lei Federal nº 18447/15 -

Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de

maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de

Combate a Homofobia; Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a

Criança e o Adolescente; Lei Estadual nº 17335/12 - Programa de Combate ao

Bullying;Lei Federal nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como

conteúdo obrigatório;Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;Lei

Estadual nº 13381/01 - História do Paraná;Decreto nº 7037/09: Programa Nacional

de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em direitos humanos;Plano Nacional de

Educação em Direitos Humanos 2006 - Ministério da Educação;Portaria

Interministerial 413/02 MF/MEC e Decreto Estadual 5739/12- Educação Fiscal,

E – AVALIAÇÃO

A avaliação torna-se um instrumento não só de verificação, na medida em que

é significativa para o aluno. Sendo assim, para que ela aconteça em sua plenitude,

precisa ser contínua, formativa, diagnóstica e transformadora.

Quando o sujeito reconhece a linguagem como sendo tal instrumento, aprimora

a capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita. Sob

essa perspectiva, as diretrizes recomendam:

Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso aos diferentes

interlocutores situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,

numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são

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diferentes e isso deve considerada uma análise da produção oral. Assim, o professor

verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que

ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que

apresenta ao defender seus pontos de vista.

Leitura: Serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,

relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de

posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor

em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,

com argumento principal, entre outros. Também é importante avaliar se o aluno

ativou seus conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras

desconhecidas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e

outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do

texto.

Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,

nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto

escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos-textuais, verificando: a

adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o

contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência

textual, a organização dos parágrafos. No momento da refacção textual é importante

observar se os objetivos do texto foram alcançados, se a intenção do texto foi

alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há necessidade de cortes, se é

necessário substituir parágrafos.

Análise linguística: é no texto que a língua se manifesta em todos os seus

aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os

elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob

uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses

elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar o uso da

linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentido

causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas

pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações

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semânticas entre as partes do texto.

Assim sendo, a avaliação estará articulada com os objetivos e conteúdos

selecionados para cada série de acordo com a presente Proposta Pedagógica

Curricular de Língua Portuguesa e será diagnóstica, contínua e processual,

contemplando as práticas orais, leitura e escrita e a aferição das notas será por meio

de avaliações escritas e orais que contemplem a compreensão de texto e análise

linguística. Além disso, serão realizadas dramatizações, declamações de poemas,

apresentações orais, seminários, confecção de painéis, cartazes, maquetes,

trabalhos com recorte e colagem além de ser levado em consideração o

posicionamento crítico dos alunos em decorrência das várias leituras a serem

realizadas em todo o decurso do ano letivo. A recuperação de estudos dar-se-á de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem, através da

retomada dos conteúdos específicos e do uso de metodologias, estratégias e

instrumentos diversificados.

F –REFERÊNCIAS

____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed /DEB, 2012.

_____________. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2006.

____________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná.

MATEMÁTICA

A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

Após discussões entre estudiosos matemáticos para a educação escolar de

um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que

prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações,

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propuseram um ensino baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que

configurou o campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003).

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que

apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO,

2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre

os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,

está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e

envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se

apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,

desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral

como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de

modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,

influenciando na formação do pensamento do aluno.

A disciplina é organizada por meio dos Conteúdos Estruturantes, os

conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e

organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados

fundamentais para a sua compreensão, constituem-se historicamente e são

legitimados nas relações sociais.

Os Conteúdos Estruturantes propostos são:

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Funções

Tratamento da Informação

O conteúdo estruturante Números e Álgebra estabelecem as relações entre

os desdobramentos possíveis, o pensamento algébrico enquanto linguagem “pensar

algebricamente é produzir significado para situações em termos de números e

operações aritméticas e, com base nisso, transformar as expressões obtidas” (LINS,

1997, p.151).

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O Conteúdo Estruturante Geometrias não deve ser trabalhado rigidamente

separado da aritmética e da Álgebra. Ao contrário, por ser a Geometria rica em

elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela constitui um

conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do conhecimento.

O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorece o diálogo entre as pessoas,

Estados e diferentes países, deve ser abordada no contexto dos demais conteúdos

matemáticos. “A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem, faz parte de

seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p. 35). Para Machado, “a necessidade

de medir é quase tão antiga quanto à necessidade de contar” (2000, p. 08).

No mesmo sentido, o estudo das Funções deve ser visto como um importante

instrumento que permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando

matematicamente situações que a partir de resoluções de problemas possam

auxiliar nas atividades humanas. Enquanto conteúdo da disciplina de matemática

deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz de provocar, por

conta da noção de variabilidade e possibilidade de leituras do seu objeto de estudo e

atuação em outros conteúdos específicos da matemática.

O Tratamento da Informação é instituído como Conteúdo Estruturante diante

da necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de

realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem à sua volta; interpretando informações

que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados, percentuais, indicadores e

conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos. Isso se revela

necessário, pois vivemos num momento histórico, caracterizado pela facilidade e

rapidez no acesso às informações, o que exigem o desenvolvimento do espírito

crítico, e a capacidade de analisar e tomar decisões rápidas, porém conscientes,

diante de diversas situações da vida em sociedade.

O aprendizado da Matemática é parte essencial na formação de cidadãos em

sentido universal e não apenas no sentido profissionalizante. É um aprendizado útil

à vida e ao trabalho. Os conceitos matemáticos devem se transformar em

instrumentos de compreensão, intervenção, mudança e previsão da realidade. A

matemática deve assumir o papel que a sociedade espera dela: estar ao alcance

dos alunos e tornar-se prática em suas vidas, ajudando-os em suas relações com o

meio social em que vivem e fazendo interdisciplinaridade com as demais disciplinas.

Para isso deve ser contextualizado, inserindo aplicações dos conceitos matemáticos

da vida real.

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B - OBJETIVOS GERAIS

Reconhecer a disciplina enquanto campo de investigação e de produção do

conhecimento teórico e prático da matemática para que o estudante construa

valores e atitudes de natureza diversa, propiciando a formação do cidadão,

enquanto Ser Humano público, crítico, criativo e capaz de agir com autonomia nas

suas relações sociais, superando preconceitos e discriminações e convivendo com a

diversidade e com a pluralidade em todas as dimensões humanas.

Perceber o valor da matemática como construção humana, reconhecendo sua

contribuição para a compreensão e a resolução de problemas da humanidade

através do tempo.

Possibilitar aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de

conceitos e formulação de ideias.

Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,

generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar

fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

C – CONTEÚDOS

6º ANO

1° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

ConteúdosBásicos

ConteúdosEspecíficos

Números e Sistema de Criação dos números;

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Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

numeração; Números naturais; Medidas de ângulos; Medidas de tempo; Medidas de Comprimento e área; Geometria Plana.

Diferentes sistemas de numeração; Representação de números naturais e localização na reta numérica; Classificação dos números naturais; Operações com números naturais; Conceito de grandeza; Conceito de ângulo; Classificação de ângulos; Unidades de medida, seus múltiplos e submúltiplos; Transformações entre unidades de medida; Conceito de Espaço geométrico (bidimensional); Conceitos de ponto, reta e plano; Classificação de polígonos. Circulo e circunferência; Perímetro e área de diferentes figuras planas.

2° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Números e Álgebra

Geometrias

Grandezas e Medidas

Tratamento da Informação

Potenciação e radiciação; Múltiplos e divisores; Geometria Espacial; Medidas Massa; Medidas de Volume; Dados, tabelas e gráficos.

MMC e MDC de números naturais. Operações de potenciação e radiciação de números naturais, identificando-as como operações inversas. Expressões numéricas envolvendo adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números naturais. Unidades de medida, seus múltiplos e submúltiplos. Transformações entre unidades de medida. Organização de dados e informações em tabelas. Conceito de Espaço geométrico (tridimensional) Sólidos geométricos e seus elementos. A planificação de sólidos

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geométricos. Classificação de sólidos geométricos em poliedros e corpos redondos.

3° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Tratamento da Informação

Números fracionários; Números Decimais; Dados, tabelas e gráficos; Sistema Monetário; Porcentagem.

A fração como parte de um todo e significação de numerador e denominador. Simplificação de frações. Operações com números racionais nas formas fracionárias e decimais. Operações com números racionais. Representação de dados e informações em diferentes tipos de gráficos. Conceitos do Sistema Monetário Brasileiro. Conceito e cálculos de porcentagem.

7º ANO

1° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Números e Álgebra

Tratamento da Informação

Grandezas e Medidas

Geometrias.

Números Inteiros; Números Racionais; Pesquisa Estatística; Medidas de Temperatura; Geometria Plana.

Representação de números inteiros e localização na reta numérica. Comparação de números inteiros. Expressões numéricas envolvendo operações com números inteiros. Conceito de número racional. Localização e representação dos números racionais na reta numérica. Operações com números racionais Organização de dados e informações de pesquisas estatísticas em gráficos e tabelas.

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Medidas de temperatura. Planificação de prismas e pirâmides.

2° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Geometrias

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometria Espacial; Equações de 1° grau; Inequação do 1° grau; Medidas de ângulos.

Classificação de poliedros em prismas e pirâmides e identificação dos seus elementos. Classificação de corpos redondos em cilindros, cones e esferas. Conceito de incógnita e o princípio de equivalência das equações. Linguagem algébrica no estudo das equações. Inequações como uma desigualdade entre os membros de sentenças matemáticas. Ângulos congruentes, complementares e suplementares. Ângulos consecutivos, adjacentes e opostos pelo vértice. Medidas de um ângulo em graus e seus submúltiplos Operações com medidas de ângulos. Identificação de ângulos e polígonos. Definição e representação de bissetriz. Classificação de triângulos quanto às medidas de lados e ângulos.

3° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Números e Álgebra

Geometrias Tratamento da Informação

Razão e proporção; Regra de três simples; Geometria não Euclidiana; Juros simples; Pesquisa Estatística; Média aritmética,

Conceitos de razão e proporção entre grandezas. Regra de três simples. Grandezas direta e inversamente proporcionais. Noções topológicas (interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade,

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Moda e mediana. curvas e conjuntos abertos e fechados). Conceito de juro. Juros simples. Média aritmética e a moda de dados estatísticos.

8º ANO

1º Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Números Racionais e irracionais; Potências; Medidas de comprimento; Medidas de ângulos; Geometria Plana; Geometria Espacial.

Representação de números racionais e irracionais. Cálculos com números racionais e/ou irracionais, envolvendo as seis operações fundamentais. Notações científicas. Medidas de comprimento. Comprimento de Circunferência. Medidas de pares de ângulos formados por um feixe de retas paralelas e uma transversal. Quadriláteros, seus elementos e suas propriedades. Classificação de quadriláteros em trapézios e paralelogramos. Conceito de congruência de figuras planas Casos de congruência de triângulos Condição de existência de um triângulo na superfície plana. Pontos notáveis dos triângulos. Propriedade da soma dos ângulos internos de um triângulo na superfície plana. Teorema de ângulos externos de um triângulo na

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superfície plana.

2° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Geometrias

Números e Álgebra

Geometria Analítica; Monômios e polinômios; Produtos Notáveis;

Sistema de Coordenadas Cartesianas. Pares ordenados no Plano Cartesiano Monômios e polinômios e suas operações. Quadrado da soma de dois termos. Quadrado da diferença entre dois termos. Produto da soma pela diferença dois termos. Conceito de paralelismo entre retas.

3° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Tratamento da Informação

Sistema de Equação do 1° grau; Medidas de área; Medidas de volume; Não Euclidiana; Gráfico e Informação; População e amostra.

Resolução de equação do 1º grau. Resultados de pesquisas estatísticas realizadas por amostragem. Interpretação de dados e informações estatísticas por meio de sua representação gráfica. Pesquisas científicas. Conceito de volume Medidas de área e volume Formas fractais e as características de auto-similaridades e complexidade infinita. Medidas de áreas de polígonos e círculos.

9º ANO

1º Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Números e Números reais; Representação de

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Álgebra Propriedades dos radicais; Equação do 2° grau; Equações Irracionais e Biquadrada;

.

números reais Operações com números reais Propriedades dos radicais nas operações com números reais. Equação do 2º grau e suas raízes. Interpretação e representação da Equação do 2º grau algébrica e geometricamente. Equações irracionais e biquadradas.

2° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Números e álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Teorema de Pitágoras; Relações Métricas

no triângulo retângulo; Trigonometria no

triângulo retângulo; Geometria Plana; Geometria Espacial.

Teorema de Pitágoras como um procedimento de cálculo algébrico. Relações métricas no

triângulo retângulo. Relações métricas para

determinar medidas dos lados de um triângulo retângulo. Razões trigonométricas no

triângulo retângulo para obter relações entre ângulos e lados na determinação de suas medidas. Conceito de semelhança e

congruência de figuras. Conceitos de volume e

capacidade. Cálculo de volume e

capacidade de prismas.

3° Trimestre

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Geometrias

Funções

Tratamento de informação.

Geometria Analítica; Geometria Não Euclidiana; Noção intuitiva de Função Afim;

Noção intuitiva de Função Quadrática.

Teorema de Tales Representação de retas e parábolas no plano cartesiano. Conceitos básicos de geometria projetiva. Conceito de função, suas variáveis e lei de formação.

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Regra de três compostas. Juros compostos; Estatística; Noção de probabilidade; Analise Combinatória.

Função Afim nas suas representações algébrica e gráfica. Cálculo de juro composto. Princípio fundamental da contagem Variáveis estatísticas e frequência Cálculo das chances de ocorrência de um evento. Regra de três compostas.

D – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os Conteúdos Estruturantes articulados com os conteúdos específicos em

relações de interdependências enriqueçam o processo pedagógico de forma a

abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem

em patamares distintos e sem vínculos.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das

quais destacamos:

Resolução de problemas

Modelagem matemática

Mídias tecnológicas

Etnomatemática

História da Matemática

Investigações matemáticas

Estas apontadas com grau de importância similar entre si e complementam-se

uma às outras.

A resolução de problemas, uma metodologia pela qual o estudante tem

oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações,

de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003). Assim, o professor deve

fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, como

exposição oral e resolução de exercícios.

As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar

informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um

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plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova

estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de

situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre

situações de vida.

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a

intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,

por isso, contribui para sua formação crítica.

O uso de mídias tecnológicas no contexto da Educação Matemática dinamiza

os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os recursos

tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da

Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e

potencializado formas de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e

professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de

uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação,

trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto

entre a teoria e a prática.

Os recursos tecnológicos, como software, televisão, calculadoras, aplicativos

de internet, a TV Paulo Freire e o Portal Dia-a-dia Educação, entre outros favorecem

as experimentações e potencializam formas de resolução de problemas

matemáticos. As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no

desenvolvimento de ações em Educação Matemática, diversificam formas de

ensinar e aprender e valoriza o processo de produção do conhecimento.

A etnomatemática é uma importante fonte de investigação da Educação

Matemática com o papel de conhecer e registrar questões de relevância social que

reproduzem conhecimento matemático, valorizando a história dos estudantes pelo

reconhecimento às suas raízes culturais. O trabalho pedagógico deverá relacionar o

conteúdo matemático com a questão maior, fazendo com que o aluno seja capaz de

reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas a novas

circunstancias e aplicando a seus fazeres e saberes.

Entender a História da Matemática no contexto da prática escolar como

componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que

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os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da

humanidade.

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos

sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que

determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.

A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e

discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

A prática pedagógica de investigações matemáticas apresenta-se como forma

de contribuir para uma melhor compreensão da matemática, semelhante à realizada

pelos matemáticos podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples

exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Um problema é uma

questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele

não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata; enquanto que um

exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido.

Assim, há uma expectativa do professor de que o aluno recorra a conteúdos

já desenvolvidos em sala de aula. Além disso, exercícios e problemas são expressos

por meio de enunciados que devem ser claros e não darem margem a dúvidas. A

solução de ambos e a resposta do aluno, esteja ela certa ou errada, são conhecidas

e esperadas pelo professor, investigar significa procurar conhecer o que não se

sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.

Nesse contexto, demonstrar que a matemática é uma ciência em movimento,

em constante construção.

Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, nos anos finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio, o professor de Geografia deve abordar a cultura e

história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a

Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma

contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de Matemática. As demais

legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos específicos,

permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis, elas serão

atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da

escola.

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E – AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,

ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a

interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo

trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de

avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino-

aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar

aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir

sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada

aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação

sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades

diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades

devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de

ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e

calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

Compreende, por meio da leitura, o problema matemático

Elabora um plano que possibilite a solução do problema

Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático

Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

Partir de situações-problema internas ou externas à matemática

Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas

Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las

Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades

Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares

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122

Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada

Argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p.

29).

Para a avaliação dos conteúdos será utilizados instrumentos avaliativos

diversificados como prova objetiva, prova subjetiva, maquetes, relatórios, gincanas,

pesquisas, construções geométricas e listas de atividades resolvidas em equipes.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem, através da retomada dos conteúdos específicos.

Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados.

.

F – REFERÊNCIAS

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação matemática. Rio de Janeiro: MEM/USU/GEPEM, 1994.

BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.;JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004.

CARVALHO, J.B.P.F. O que é Educação Matemática. Temas e Debates, Rio Claro, v. 4, n.3, p.17-26, 1991.

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Editora Ática, 2003.

FIORENTINI, D.; LORENZATO, S.O profissional em educação matemática.Universidade Santa Cecília, 2001. Disponível em: <http://sites.unisanta.br/ teia do saber/apostila/matemática, acesso em: 23 mar. de 2006.

LINS, R. C.; GIMENEZ, J. Perspectivas em aritmética e álgebra para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.

________. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática. Curitiba: SEED, 2008.

POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência,

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123

2006.

SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (Org.). Euclides Roxo e a modernização do ensino de matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p. 11 - 45.

SOUZA, JOAMIR & PATARO, M. P. Vontade de Saber Matemática. Editora FTD, 9º ano, 2009.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

O ensino da Língua Estrangeira, bem como, a estrutura Curricular, a

metodologia empregada para ensiná-la na escola, recebe influências políticas,

econômicas, sociais, culturais e educacionais, o que implica superar a visão de

ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos, mas sim proporcionar um

espaço para o educando reconhecer e compreender a diversidade linguística e

cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de

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124

construção de significados em relação ao mundo em que se vive resgatando dessa

forma a função social e educacional desta disciplina na Educação Básica.

Sua relevância se faz presente quando permite que o estudante elabore a

sua própria identidade, tendo em vista que na medida em que se aproxima de outra

língua e de outra cultura, o educando perceba a língua como algo que se constrói e

é construído por uma determinada comunidade, apercebendo-se também como um

sujeito histórico e social.

Sendo assim, o ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês,

como meio de se construir sentidos, desempenham um importante papel como um

dos saberes essenciais, pois permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade

reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não

limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras

comunidades e outros conhecimentos.

Desta forma, o ensino-aprendizagem de língua estrangeira moderna deve

ser voltado para o uso efetivo da língua e não apenas da precisão, para a

autenticidade da língua e contextos, atendendo às necessidades dos alunos no

mundo real. A Língua Estrangeira Moderna deve estar impregnada de valores, tais

como: construção de identidade, cidadania, cultura, inclusão social, função social e

formação crítica.

Portanto, o discurso entendido como prática social, sob os seus vários

gêneros textuais por meio da leitura, escrita e oralidade, constituirá o eixo central do

ensino de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

Partindo dessas reflexões críticas a respeito do Ensino de Língua

Estrangeira, entendemos que o idioma a ser ensinado na escola e a opção

metodológica não são neutros, mas marcados por questões político-econômicas e

ideológicas e refletem muitas vezes o imperialismo de uma língua.

Sendo o Inglês a língua mundialmente usada nas comunicações entre

povos, seja por intermédio da mídia, da internet ou nos meios de produções

tecnológicas e científicas, faz-se necessária a compreensão da utilidade da mesma

por parte dos educandos. É papel do professor de Língua Estrangeira promover

esse entendimento para que o aluno compreenda que deve utilizar as diferentes

possibilidades que este instrumento de comunicação oferece.

Porém, há uma pergunta que deve permear o estudo da língua. Por que o

conhecimento da língua estrangeira é importante como saber escolar? O aluno deve

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125

entender sua importância no ato de conhecer outra cultura e outros costumes, para

se incluir socialmente num mundo cada vez mais globalizado. Descartar esse direito

é insensatez.

Desta forma, devemos contribuir para o aprendizado do educando

oportunizando diálogos e textos autênticos sobre assuntos diversos, apresentando-

os de forma a permitir a expansão do seu vocabulário, o domínio da estrutura

gramatical e o aprimoramento de seu espírito crítico, além de desenvolver sua

fluência na conversação e na leitura, preparando o educando para enfrentar

situações reais do cotidiano.

Assume-se dessa forma, como conteúdo estruturante os saberes mais

amplos da disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte

de um corpo estruturante de conhecimentos constituídos e acumulados

historicamente.

Também se assume como conteúdo estruturante da Língua Estrangeira

Moderna o discurso como prática social empregando estratégias como: classificar,

inferir, aplicar conhecimentos prévios, tirar conclusões, selecionar e organizar

informações.

Com esta visão temos a concepção de Língua Estrangeira como prática que

se efetiva nas diferentes instâncias sociais, notando-se que o objeto de estudo da

disciplina é a língua e o conteúdo estruturante é o discurso concebido como prática

social.

B - OBJETIVOS GERAIS

Usar a Língua Inglesa em situações de comunicação por meio da oralidade,

leitura e escrita, reconhecendo e compreendendo a diversidade cultural e linguística

que envolve seu estudo;

Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

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126

Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

C – CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

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127

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE

Gêneros Discursivos: Leitura, Escrita, Oralidade.

1º TRIMESTRE

Perfil (internet) Diálogo

2º TRIMESTRE

Música Cartaz Tirinha

3º TRIMESTRE

Listas(Compras, material escolar,frutas...); Álbum de família

Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia

Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica

Elementos extralinguísticos entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias, repetição Pronúncia

* Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas sociais de circulação, para atender as especificidades da instituição* Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres, de acordo com a necessidade de cada gênero. Os conteúdos de análise linguística serão trabalhados conforme a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas mencionadas.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

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CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICOORALIDADE

Gêneros Discursivos:LeituraEscritaOralidade.

1º TRIMESTRE

Bilhete;Receita culinária

2º TRIMESTRE

ConviteWebsite

3º TRIMESTRE

Agenda PessoalPoster

Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia

Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto; Intertextualidade Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, (Travessão, negrito) Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica.

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Vozes sociais presentes no texto Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria gírias, repetição Pronúncia

CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

8º ANO

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129

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICOORALIDADE

Gêneros Discursivos: Leitura Escrita Oralidade

1º TRIMESTRE

História em quadrinhos; Infográficos.

2º TRIMESTRE

Provérbios; Fábulas.

3º TRIMESTRE Biografia Entrevista

Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia

Tema do texto InterlocutorFinalidade do texto Intencionalidade do texto IntertextualidadeCondições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Vozes sociais presentes no texto LéxicoCoesão e coerência Funções das classes gramaticais no textoElementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística OrtografiaAcentuação gráfica

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Vozes sociais presentes no texto Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito Adequação da fala ao contexto Pronúncia

CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

9º ANO

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130

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

LEITURACONTEÚDO ESPECÍFICO

ESCRITA

CONTEÚDO ESPECÍFICOORALIDADE

Gêneros Discursivos Leitura Escrita Oralidade

1º TRIMESTRE

Anúncio classificado emprego; Anúncio

publicitário.

2º TRIMESTRE

Sinopse de filmes; Clip Musical

3º TRIMESTRE

Artigo de opinião; Anedotas.

Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Discurso direto e indireto Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia

Tema do texto; Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade Condições de produçãoInformatividade(informações necessáriaspara a coerência do texto Vozes sociais presentesNo texto Discurso direto e indireto Emprego do Sentido Denotativo e conotativono texto; Léxico Coesão e coerência Funções dasclasses gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos Estatísticos (figuras de linguagem) Marcas lingüísticas: Particularidades da línguapontuação; recursos gráficos (como aspas, travessãonegrito) Variedade lingüística Ortografia Acentuação gráfica.

Elementos extralinguísticos entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia.

D - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

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131

O educando é um ser em constante construção. Esse reconhecimento

aumenta a responsabilidade dos educadores, uma vez que a concepção sócia

interacionista das Diretrizes considera que a língua só existe em situações da

interação e por intermédio das práticas discursivas esses aspectos corroboram o

pressuposto de que não é coerente no ensino de língua a fragmentação desta em

conteúdos estanques determinados em séries.

A seleção desses conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um

processo histórico, social e detentor de um repertório linguístico singular que precisa

ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa nas

práticas sociais que é efetivada por meio de práticas discursivas que envolvem

leitura, oralidade e escrita.

O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido

apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações,

mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir

significados. O professor trabalhará de maneira a incentivar o aluno a interagir na

língua-alvo de modo que ele aprenda e sistematize conscientemente aspectos

escolhidos da nova língua. Apresentar situações reais com as quais o aluno possa

interagir de uma forma significativa como textos jornalísticos, entrevistas, filmes,

textos científicos, apresentando assuntos que ele conhece, e a que pode atribuir

significados, através de comparações e deduções possíveis devido ao conhecimento

de mundo que ele já tem.

O professor mostrará ao aluno que em inglês, bem como em português, a

palavra pode assumir diferentes significados, de acordo com o contexto, por isso é

importante a contextualização, contrariando antigos métodos de tradução e

estruturação como forma de ensino/aprendizagem de uma língua. É importante

também que o professor auxilie o aluno durante esse processo e que os alunos

trabalhem em duplas/grupos, para uma interação mais efetiva.

A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão

trabalhadas questões linguísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem

como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da

aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como unidade

de linguagem em uso.

Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira, o professor aborde os

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

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estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois

de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a

gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

O trabalho em sala de aula precisa partir de um texto, cuja linguagem esteja

presente num contexto em uso, tendo em vista que o objetivo do trabalho em sala de

aula é a construção do significado, ou seja, os alunos interagem ativamente com o

discurso, sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes formas discursivas

em diferentes tipos de texto e situações.

Sendo a língua heterogênea pode-se dizer que um texto apresenta várias

possibilidades de leitura, que traz em si um pré requisito pelo autor, desta forma o

importante papel pedagógico a ser desenvolvido em sala de aula dentro da leitura é

a não linearidade, por permitir o estabelecimento das relações com o conhecimento

já adquirido, o reconhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a

reflexão, o que possibilita a reconstrução da argumentação.

Na medida em que os educandos reconheçam que os textos são

representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais

crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-lo ou reconstruí-lo a partir de seu

universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção de significados.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos

a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem

discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a

expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações e é relevante

também que o educando se familiarize com os sons específicos da língua que está

aprendendo.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como

uma atividade sóciointencional, direcionada nas atividades de produção textual o

objetivo da produção e para quem se escreve em situações reais de uso para o

sujeito sócio – histórico - ideológico, com quem o educando produz um diálogo

imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de sua coerência. A

finalidade e o gênero discursivo são explicitados ao aluno no momento de orientá-lo

para produção, assim com a necessidade de adequação ao gênero, planejamento,

articulação das partes, seleção de variedades linguísticas adequadas- formal ou

informal, porque perante suas escolhas o aluno se constitui como sujeito crítico.

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O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando

necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua

Estrangeira. Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na

medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas

apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as

reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos

alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é

necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É reconhecer que

as novas palavras são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos. A

análise não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as palavras, e as

novas pronúncias são somente as distintas maneiras de articular sons, mas

representam um universo sócio histórico e ideologicamente marcado.

Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e

garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as

práticas de leitura escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática

sócio-cultural.

As leis nº.10639/03 e nº.11645/08 que se referem à Cultura e História Afro -

brasileira, Africana e Indígena serão contempladas nas diferentes séries sendo

relacionadas, quando conveniente, aos conteúdos que serão trabalhados levantando

questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos na memória do leitor, os

quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto. Com isso,

as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão valorizados.

Em suma, levando-se em conta que a língua é concebida como discurso,

não como estrutura ou código que deva ser decodificado, é indispensável que esses

discursos sejam apresentados ao educando em forma de textos pertencentes a

diferentes gêneros e que os mesmos sejam efetivados nas práticas discursivas.

Desse modo, como afirma BAKHTIN (1998), as aulas de Língua Inglesa tornar-se-ão

um espaço de

“[...] acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de [...] (conhecimentos necessários) para a vida contemporânea, estando

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entre eles os conhecimentos (em língua estrangeira) (MOITA LOPES, 2003, p. 43).

Portanto, a Língua Inglesa será abordada em sala de aula de maneira

dinâmica de tal modo que as práticas de leitura, escrita e oralidade, que tornam o

discurso efetivo, sejam contempladas. Trabalhar-se-á a leitura e a escrita sob os

aspectos da identificação dos temas dos gêneros discursivos apresentados, sua

Informatividade, a intenção do autor ao produzir esse texto, bem como o léxico e

questão de coesão e coerência, função das classes gramaticais e alguns outros

aspectos que possam emergir em decorrência do trabalho com o texto. A oralidade

será trabalhada pelo professor de tal forma que sejam enfocadas as variações

linguísticas como gírias e expressões idiomáticas, questões de pronúncia,

entonação dentre outros elementos inerentes à comunicação oral.

Os conteúdos serão apresentados levando em consideração a faixa etária e o

conhecimento prévio dos educandos, estabelecidos de acordo com as necessidades

e interesses dos mesmos e estarão articulados com as outras disciplinas e também

ao Projeto Político-Pedagógico da escola. Serão também inseridas questões

referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal Nº 10.639/08),

Indígena (Lei Federal Nº 11.645/03), Educação Ambiental (Lei Federal Nº 9597/99 e

Decreto Nº 4201/02) tendo em vista a necessidade de contemplá-las, pois tratam-se

de legislações obrigatórias que visam lançar um olhar a questões primordiais a

serem discutidas na atualidade.Além delas, compreendendo que a disciplina é

efetivada a partir do discurso enquanto prática social procuraremos abordaras

legislações: Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal

Nº 11.525/07), Lei Federal nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro/ educação para

o trânsito; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;Lei Estadual nº 17858/13 -

Política de proteção ao Idoso;Lei Federal nº 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas; Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de Resistência às Drogas e à

Violência; Gênero e Diversidade Sexual; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos

para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher;Lei Federal nº 18447/15 -

Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de

maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de

Combate a Homofobia; Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a

Criança e o Adolescente; Lei Estadual nº 17335/12 - Programa de Combate ao

Bullying;Lei Federal nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como

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135

conteúdo obrigatório;Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;Lei

Estadual nº 13381/01 - História do Paraná;Decreto nº 7037/09: Programa Nacional

de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em direitos humanos;Plano Nacional de

Educação em Direitos Humanos 2006 - Ministério da Educação;Portaria

Interministerial 413/02 MF/MEC e Decreto Estadual 5739/12- Educação Fiscal,

Dentro das práticas de leitura, escrita, oralidade e audição serão

trabalhadas as diversas modalidades de gêneros textuais, sendo os conteúdos

desenvolvidos através de textos verbais e não verbais, de diferentes tipos que

definirão os conteúdos linguísticos e discursivos a serem desenvolvidos.

Serão trabalhados textos como, por exemplo, os informativos de jornais e

revistas e Internet, textos de instrução como receitas, bulas de remédios e manuais

de aparelhos eletrônicos, e ainda textos poéticos e letras de músicas.

Os textos serão analisados observando-se em primeira mão o vocabulário

conhecido, as palavras cognatas, os aspectos gerais e específicos do assunto

abordado, a fonte, os papéis sociais representados, a diversidade cultural e a

intencionalidade do autor. Os conhecimentos linguísticos envolvendo as estruturas

fonéticas, sintáticas e morfológicas, como a ortografia e a gramática, abrangendo os

artigos, verbos, pronomes, adjetivos, etc; estarão contemplados em todas as séries

e serão trabalhados de forma gradativa e sempre inseridos dentro dos textos

apresentados.

E - AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo educando. Na avaliação devem ser considerados os resultados

obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

O ato de avaliar sugere que o professor deve apreciar e atribuir valor àquilo

que foi produzido pelo educando. Desse modo o processo de ensino/ aprendizagem

está diretamente envolvido na avaliação. A avaliação de aprendizagem em L.E.M.

Inglês está articulado aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes

Curriculares de Língua Estrangeira Moderna e na LDB Nº. 9394/96. A finalidade,

portanto, de se avaliar o educando é dar um norte ao trabalho do professor e ao

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mesmo tempo possibilitar ao aluno perceber o ponto do percurso pedagógico em

que se encontra. Esse é o verdadeiro papel da avaliação dentro do processo de

ensino.

O educando envolvido no processo de avaliação é também construtor do seu

conhecimento e deve entender seus erros como parte desta (autoavaliação). Ao

professor cabe auxiliá-lo nessa construção, mediando, acompanhando e orientando-

o bem como, planejar e propor outros encaminhamentos para a superação de

dificuldades.

A avaliação não visa apenas à simples verificação de conhecimentos

linguístico - discursivos, mas a construção de significados na interação com os

textos e nas produções textuais.

Dentro da leitura, espera-se que o educando: realize leitura compreensiva do

texto, localize informações explicitas e implícitas no texto, posicione-se

argumentativa mente, ampliem seus horizontes de expectativas, amplie seu léxico,

perceba o ambiente no qual circula o gênero, identifique a ideia principal do texto,

analise as intenções do autor, identifique o tema, reconheça palavras e/ou

expressões que denotem ironia e humor no texto, compreenda as diferenças

decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.

Na escrita espera-se que o educando: expresse suas ideias com clareza,

elabore textos atendendo as situações de produção propostas (gêneros, interlocutor,

finalidade...), à continuidade temática, diferencie o contexto de uso da linguagem

forma e informal, utilize recursos textuais como: coesão e coerência,

Informatividade, etc., utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,

uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc, empregue

palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

No tocante a oralidade espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo

com a situação de produção (formal/informal), apresente ideias com clareza, explore

a oralidade, em adequação ao gênero proposto, compreenda os argumentos no

discurso do outro, exponha seus argumentos, organize a sequência da fala, respeite

os turno de fala, analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados, participe ativamente de diálogos,

relatos, discussões, etc, mesmo que em língua materna, utilize conscientemente

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expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais,

entre outros elementos extralinguísticos, analisem recursos da oralidade em cenas

de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de

apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de

aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo

aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.

F - REFERÊNCIAS

____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.

____________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: Seed/DEB, 2008.

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PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR

Programa: Ampliação de Jornada Periódica

Macrocampo: Cultura e Arte

Atividade: Artes Visuais

A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada

Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de

ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de

Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos

tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de

aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que

está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação

Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica

Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais

e às necessidades da comunidade escolar.

A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por

meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem a criatividade e a

potencialidade artística. Articuladas aos conhecimentos necessários para a

formação humana integral dos alunos proporcionando a implantação de atividades

vinculadas as questões culturais, sociais e artístico-expressivas, faz desta prática

pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos

estudantes para o desenvolvimento artístico, tendo em vista benefícios que a prática

artística oferece para a vida social do aluno. A oferta da Atividade Periódica de Artes

Visuais promove a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de

tempo, espaço e oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola ou

no território em que está situada, a fim de atender as necessidades sócio

educacionais dos alunos e os anseios culturais da comunidade.

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B-OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA

Promover a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempos

espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que

está situada atendendo as necessidades sócioeducacionais dos alunos;

Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto Político

Pedagógico da instituição de ensino e inserido no Regimento Escolar em forma

de adendo, respondendo as demandas educacionais e aos anseios da

comunidade.

Possibilitar maior integração entre alunos, escolas e comunidade, democratizando

o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos de educação Básica da

rede pública estadual de ensino.

Possibilitar atividades organizadas por meio de macro campos que promovam o

desenvolvimento dos estudantes.

Ampliar as oportunidades de experiências significativas dos estudantes para

acesso aos bens culturais que contribuam para a formação humana integral.

C-OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE

Compreender a Arte (mural, pintura mural,parietal); sua origem, gênero, técnica e

principais artistas;

Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas

obras de arte;

Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários

tons;

Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Compreender a Arte (muralista, pintura mural, parietal) sua origem, gênero,

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técnica e principais artistas;

Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas

obras de arte;

Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários

tons;

Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

D-CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes/ Básicos Conteúdos Específicos

Elementos formais Ponto Linha Textura Cor Linha Superfície Luz Volume

Composição Figurativo Abstrato Bidimensional Semelhança Contraste Técnica: pintura, desenho. Gênero: ritmo visual, técnica.

Movimentos e períodos Arte Popular Arte Contemporânea Indústria Cultural Arte Contemporânea (Grafite).

O surgimento do grafite; Grafite e vandalismo; Tipos de materiais de um grafiteiro; Manipulação de spray; Equipamentos de proteção para determinados tipos de pinturas; Pintura de muros: tipos de letras em grafite; Estilos de pintura artística; Misturas de cores; O mundo dos pincéis; O poder da pintura; Técnicas de pintura artística; Exposições em ambientes públicos; Tipos de espaços para a criação de instalações; Utilização do material retornável; Cuidados com as mãos e materiais retornáveis; Ferramentas para tipos de cortes em materiais retornáveis.

E- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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A Atividade de Ampliação de Jornada Periódica – Artes Visuais é ofertada

para todos os alunos do Ensino Fundamental, priorizando os que se encontram em

situação de vulnerabilidade social, bem como para as necessidades

socioeducacionais. O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo

Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. É

organizada a partir do Macrocampo: Cultura e Arte; oferta-se: Artes Visuais com 4

(quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira das 16h05min às 17h40min e na 6ª

feira das 13h20min às 15h.

A atividade será desenvolvida tendo como principal referência as Diretrizes

Curriculares de Arte para a Educação Básica. A prática metodológica deverá

envolver três momentos: sentir e perceber, teorizar, e trabalho artístico,partindo da

análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de composição

em artes visuais, tais como de imagens bidimensionais: desenhos, pinturas,

gravuras, fotografia, propaganda visual e de imagens tridimensionais: esculturas,

instalações, produções arquitetônicas.

Nessa seleção, o professor pode considerar artistas, produções artísticas e

bens culturais da região, bem como outras produções de caráter universal.

Assim, é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do cotidiano

das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública.

Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista

percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros

aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a

leitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a

aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na obra de arte.

Tal processo pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações

entre os conhecimentos do aluno e a imagem proposta, explorando a obra em

análises e questionamentos dos conteúdos das artes visuais. Eis algumas questões

propostas:

• O que vemos?

• Já vimos isso antes?

• Quantos e quais elementos visuais percebemos?

• Como eles estão organizados?

• A obra foi elaborada por meio de desenho, pintura, fotografia, imagens produzidas

por computação gráfica?

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Para que se contemplem esses momentos importantes na fase artística do

aluno, se faz necessário, trabalhar com pesquisas em laboratório de informática

sobre a arte mural, e grafite, como por exemplo, seu conceito, origem, seus

principais representantes, obras e técnicas, etc., leitura e compreensão dos textos.

Visualizar imagens da arte mural, criar e/ou tirar desenhos com diversos temas, bem

como; paisagens, desenhos infantis, desenhos do gênero natureza morta, e/ou

cenas do cotidiano, a partir da própria criação; onde os mesmos serão esboçados no

muro, e/ou parede escolar para pintura.

Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos

conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear as

práticas em artes visuais: a cultura e história afro-brasileira e indígena (Leis no.

10.639/03 e no. 11.645/08) e também a Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que

institui a Política Nacional de Educação Ambiental). Tais temáticas obrigatórias,

deverão ser trabalhadas de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos. As

demais legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos

específicos, permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis,

elas serão atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho

pedagógico da escola.

F- AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte deve ser diagnóstica e

processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e

avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da

aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas) bem como a autoavaliação

dos alunos.

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação deve apontar para a busca,

valorizando o desenvolvimento do educando. Para cumprir essa função, a avaliação

deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que

envolva o ensino e a aprendizagem.

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A avaliação do rendimento da atividade de Ampliação de Jornada se dará a

partir de uma análise diagnóstica, visando o desempenho e realização do trabalho

dos alunos para que tenham uma leitura mais clara e ampla sobre os valores

conceituais adquiridos; bem como o interesse, assiduidade, participação nas aulas

teóricas e práticas. Ao final de cada proposta, os alunos deverão produzir uma auto-

avaliação, apontando seus avanços e dificuldades encontradas durante o processo.

Para uma efetiva aprendizagem em Arte, leva-se em consideração alguns

critérios específicos, tais como:

- A capacidade de compreender os elementos que estruturam e organizam a arte e

sua relação com a sociedade contemporânea.

- A capacidade de produção de trabalhos em arte, visando à atuação do sujeito em

sua realidade singular e social;

- A capacidade de apropriação prática e teoria dos modos de composição da arte

nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

A fim de se obter uma avaliação efetiva; individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos

individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas individuais e em grupo, registros em

forma de relatórios, portfólio, audiovisual e outros.

A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do

processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios

básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de

características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de

assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de

recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e

encaminhamentos metodológicos diversificados.

G-Referências

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas aprendizagem. Departamento de Educação Básica. 2012.

________, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.

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144

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro didático público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

- Resolução nº 3823/2015-GS/SEED. Institui, a partir de 2016, o Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Permanente e Periódica nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Ensino do Paraná.

- Orientações 22/2015-DEB/SEED – Procedimentos para a organização e desenvolvimento dos programas que compõem a Educação Integral em Turno Complementar a serem ofertados nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Paraná , mantidas pelo Governo do Estado do Paraná.

- Instrução 009/2013-SUED- Orienta a oferta de Ampliação da Educação Integral em Jornada Ampliada, para as instituições da Rede Pública Estadual de Ensino.

- Instrução 22/2012-SEED/SUED- Educação em Tempo Integral.

- Instrução 007/2012-SEED/ SUED - Dispõe sobre o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, nas Instituições de Ensino da Rede Estadual.

- Orientação 2011-SEED/ SUED - Orientações para a Implantação de Oferta de Educação em Tempo Integral.

- Orientações 2011-DEB/DED I- Orientações para Programa de Atividades X Complementares Curriculares em Contraturno.

- Instrução 004/2011-SUED/SEED- Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.

- RESOLUÇÃO1690/2011-GS/SEED - Institui a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades Complementares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino.

- NACHMANOVITCH, Stephen, Ser Criativo: Poder da Improvisação na Vida e na Arte. 3.ed. São Paulo: Summus editorial, 1993.

-CERTAU, Michel de. A Invenção do Cotidiano: Artes de fazer. Petrópolis, RJ, Vozes, 1996.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Programa: Ampliação de Jornada Periódica

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145

Macrocampo: Cultura e Arte

Atividade: Teatro

A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada

Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de

ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de

Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos

tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de

aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que

está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação

Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico e na Proposta Pedagógica

Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais

e às necessidades da comunidade escolar.

A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por

meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem a criatividade e a

potencialidade artística. Articuladas aos conhecimentos necessários para a

formação humana integral dos alunos proporcionando a implantação de atividades

vinculadas as questões culturais, sociais e artístico-expressivas, faz desta prática

pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos

estudantes para o desenvolvimento artístico, tendo em vista benefícios que a prática

artística oferece para a vida social do aluno. A oferta da Atividade Periódica de Artes

Visuais promove a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de

tempo, espaço e oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola ou

no território em que está situada, a fim de atender as necessidades sócio

educacionais dos alunos e os anseios culturais da comunidade.

B- OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA

Promover a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempos

espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que

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146

está situada atendendo as necessidades sócio educacionais dos alunos.

Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto Político

Pedagógico da instituição de ensino e inserido no Regimento Escolar em forma de

adendo, respondendo as demandas educacionais e aos anseios da comunidade.

Possibilitar maior integração entre alunos, escolas e comunidade, democratizando

o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos de educação Básica da

rede pública estadual de ensino.

Possibilitar atividades organizadas por meio de macrocampos que promovam o

desenvolvimento dos estudantes;

Ampliar as oportunidades de experiências significativas dos estudantes para

acesso aos bens culturais que contribuam para a formação humana integral;

C- OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE Conhecer a linguagem do teatro e suas especificidades.

Construir um processo de criação em teatro, desde a preparação corporal até a

encenação.

Desenvolver autonomia, criticidade e criatividade por meio da linguagem teatral.

Atuar de forma disciplinadora tendo o teatro como mecanismo de condução para

expressar a liberdade criativa e social.

Identificar e reconhecer os elementos essenciais para a construção cênica:

atuantes/papéis, atores/personagens, estruturas dramáticas/peça, roteiro/enredo,

cenário/espaço.

Experimentar a pesquisa e criação com os elementos e recursos da linguagem

teatral como maquiagem, figurino, máscaras, adereços, música, iluminação, entre

outros.

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Compreender e analisar diferentes formas teatrais regionais, nacionais e

internacionais, esclarecendo suas tradições, características e modos de

construção.

F- CONTEÚDOS

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOSBÁSICOS/ESPECÍFICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Teatro Personagem, ação, espaço cênico; Expressão corporal, facial, gestual; Alongamento, aquecimento corporal e vocal; Técnicas vocais e musicalização; Jogos teatrais; Jogos dramáticos; Improvisação; Mímica, pantomima e fiscalização; Gêneros teatrais: comédia, tragédia, melodrama, drama, tragicomédia, circo; Formas teatrais: dramático e naturalista; Roteiro, ensaio, direção teatral; Recursos cênicos: sonoplastia, cenário, iluminação, figurino, maquiagem, adereços; Cenas, esquetes e espetáculos; Teatro Grego; Teatro elisabetano; Comédia Dell Arte; Teatro popular brasileiro; Teatro de rua; Teatro Épico; Teatro do Oprimido.

E- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Atividade de Ampliação de Jornada Periódica: Artes Visuais - Teatro é

ofertado para todos os alunos do Ensino Fundamental, priorizando os que se

encontram em situação de vulnerabilidade social, bem como para as necessidades

socioeducacionais. O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo

Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. É

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148

organizada a partir do Macrocampo: Cultura e Arte: Teatro com 4 (quatro) aulas

semanais, duas aulas na 3ª feira das 13h20min às 15h e na 6ª feira das 13h20min

às 15h.

A atividade será desenvolvida tendo como principal referência as Diretrizes

Curriculares de Arte para a Educação Básica. A prática metodológica envolve três

momentos: sentir e perceber, teorizar e trabalho artístico.

No momento “sentir e perceber” o educando terá acesso às produções

teatrais construídas historicamente, para apreensão e apreciação com os objetos da

cultura, seguindo um caráter estético, imprimindo assim, sua visão de mundo, suas

ideologias através da arte produzida pela sociedade.

No método pedagógico “Teorizar” é passado ao aluno o fundamento e

conceito das produções artísticas, tendo como base os conteúdos específicos de

teatro a serem trabalhados – texto dramático, representação, roteiro, expressão

corporal, interpretação, etc. Através de formas teatrais variadas, o aluno entende a

obra artística levando em consideração a arte como forma de conhecimento.

O terceiro momento é o “trabalho artístico” que nada mais é do que a prática

artística do aluno – participar de jogos teatrais, improvisar, aprender técnicas de

encenação e representação, montar esquetes e espetáculos privilegiando sua

imaginação e criatividade. A partir do conhecimento construído durante o processo,

serão feitas apresentações para a comunidade escolar, local e demais

oportunidades em que os alunos entrem em contato com platéias variadas.

E - AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte deve ser diagnóstica e

processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e

avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da

aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas) bem como a auto-avaliação

dos alunos.

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação deve apontar para a busca,

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149

valorizando o desenvolvimento do educando. Para cumprir essa função, a avaliação

deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que

envolva o ensino e a aprendizagem.

A avaliação do rendimento da atividade de Ampliação de Jornada se dará a

partir de uma análise diagnóstica, visando o desempenho e realização do trabalho

dos alunos para que tenham uma leitura mais clara e ampla sobre os valores

conceituais adquiridos; bem como o interesse, assiduidade, participação nas aulas

teóricas e práticas (participação nos aquecimentos, alongamentos, jogos teatrais,

montagem de roteiros, leituras de textos dramáticos, ensaios e apresentações

teatrais) de acordo com sua capacidade cognitiva e relacional dentro do grupo e

também no seu individual. Ao final de cada proposta, os alunos deverão produzir

uma auto-avaliação, apontando seus avanços e dificuldades encontradas durante o

processo.

Para uma efetiva aprendizagem em Arte, leva-se em consideração alguns

critérios específicos, tais como:

- A capacidade de compreender os elementos que estruturam e organizam a arte e

sua relação com a sociedade contemporânea.

- A capacidade de produção de trabalhos em arte, visando à atuação do sujeito em

sua realidade singular e social.

- A capacidade de apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte

nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos

individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas individuais e em grupo, registros em

forma de relatórios, portfólio, áudio visual e outros, apresentações para públicos tais

como cenas, leituras dramáticas, esquetes e espetáculos.

A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do

processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios

básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de

características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de

assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de

recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e

encaminhamentos metodológicos diversificados.

Page 150:  · Web viewConceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito, implica valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente, com a escola

150

F - REFERÊNCIAS

BERTHOLD, M.História Mundial do Teatro. 2. Ed. Campinas: Perspectiva, 2004.

LABAN, R.Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.

_______, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro didático público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

- Resolução nº 3823/2015-GS/SEED. Institui, a partir de 2016, o Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Permanente e Periódica nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Ensino do Paraná

- Orientações 22/2015-DEB/SEED – Procedimentos para a organização e desenvolvimento dos programas que compõem a Educação Integral em Turno Complementar a serem ofertados nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Paraná, mantidas pelo Governo do Estado do Paraná.

- Instrução 009/2013-SUED- Orienta a oferta de Ampliação da Educação Integral em Jornada Ampliada, para as instituições da Rede Pública Estadual de Ensino.

- Instrução 22/2012-SEED/SUED- Educação em Tempo Integral

- Instrução 007/2012-SEED/SUED - Dispõe sobre o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, nas Instituições de Ensino da Rede Estadual.- Orientação 2011-SEED/SUED - Orientações para a Implantação de Oferta de Educação em Tempo Integral.

- Orientações 2011-DEB/DEDI - Orientações para Programa de Atividades X Complementares Curriculares em Contraturno.

- Instrução 004/2011-SUED/SEED- Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.

- RESOLUÇÃO1690/2011-GS/SEED - Institui a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades Complementares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino.

- http://www.brasilescola.com/artes/grafite.htm

Koudela, I.D. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984.

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151

Spolin, V. Improvisação para o Teatro, São Paulo: Perspectiva, 1982.

_____, O Jogo Teatral no Livro do Diretor. S.P.: Perspectiva, 2001.

_____, Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. S.P.: Perspectiva, 2001.

BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator. 6. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR

Programa: Aula Especializada em Treinamento Esportivo

Macrocampo: Esporte e Lazer

Atividade: Futsal

A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

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A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada

Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de

ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de

Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos

tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de

aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que

está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação

Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico e à Proposta Pedagógica

Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais

e às necessidades da comunidade escolar.

A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por

meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem potencialidades

esportivas e disciplinares. Articuladas aos conhecimentos necessários para a

formação humana integral dos alunos, proporcionando esta prática na implantação

de atividades vinculada as questões sociais, culturais e esportivas, faz desta prática

pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos alunos

para o desenvolvimento da cultura corporal e esportiva, tendo em vista

conhecimentos necessários para a formação humana integral dos estudantes. A

oferta das Aula Especializadas em Treinamento Esportivo na modalidade Futsal

possibilitará aos nossos alunos o acesso a prática esportiva visando pleno

desenvolvimento de suas habilidades específicas, bem como promoverá a

descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola que

possibilitarão equipes competitivas para a participação nos Jogos Escolares do

Paraná e em outros eventos similares seja ele local, regional, estadual e nacional.

B-OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA

Possibilitar aos alunos da rede pública de ensino o acesso a prática esportiva nas

diversas modalidades ofertadas, visando o pleno desenvolvimento de suas

habilidades específicas, de acordo com sua idade.

Possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogo

Escolares do Paraná e outros eventos similares.

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153

Propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva

em diversas modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades

específicas, levando em consideração a idade cronológica dos estudantes.

Promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da

instituição de ensino da rede pública estadual.

C – OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE Garantir aos alunos o direito de acesso à prática esportiva, adaptando-as a

realidade escolar;

Incentivar o aluno a participar de jogos e competições esportivas;

Contemplar o aprendizado dos fundamentos, técnicas, táticas e regras esportivas

durante o treinamento;

Proporcionar aos alunos interação social com outros alunos através de

competições e jogos Estudantis.

Incentivar os alunos a adotar atitudes de espírito esportivo, de não à violência, de

ética, de respeito às regras, integração social, aprender a interagir com o próximo

compreendendo a cidadania como exercício de direitos e deveres, conhecer o

próprio corpo e o dele cuidar valorizando e adotando aspectos saudáveis,

despertar o raciocínio, sendo um agente mediador dessas transformações dentro

e fora das quadras ou salas de aula.

Desenvolver os fundamentos técnicos do futsal para rendimento esportivo.

D - CONTEÚDOS

ConteúdoEstruturante

ConteúdoBásico

ConteúdoEspecíficos

Esporte Coletivo Futsal

CONDUÇÃO DE BOLA Parte interna e externa do pé, Condução simples alternando os pés, De costa e com a sola do pé.

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DOMÍNIO Com sola do pé, Com a coxa, Com o peito.

PASSES Parte interna, De sola, Por elevação, Parte externa do pé.

CHUTE: Parte interna, De bico, Com o peito do pé, Voleio.

MARCAÇÃO Individual, Por zona Mista.

SISTEMAS DE JOGO 2x2 e 3x1

REGRAS

E - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo – AETE: Futsal, com o

objetivo de desenvolver e identificar talentos esportivos no contexto escolar, formar e

organizar equipes esportivas e participar dos Jogos Escolares do Paraná e outros

eventos similares, promovidos pela SEED e/ou comunidade, é ofertada para todos

os alunos do Ensino Fundamental, priorizando os que se encontram em situação de

vulnerabilidade social, bem como para as necessidades socioeducacionais. O

programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que

oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. A aulas são

organizadas com 4 (quatro) aulas semanais, duas na 2ª feira e duas na 4ª feira das

17h40min às 19h00min.

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155

As atividades esportivas têm a função social de contribuir para que os alunos

se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o

conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o

diálogo com as diferentes culturas.

A efetivação do processo pedagógico nas aulas de treinamento esportivo

propõe-se que seja destacado o conhecimento de bases teóricas que compõem o

universo das diferentes culturas, associando ao contexto histórico, político e social,

estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade e a Cultura Corporal.

Propõe-se um treinamento pautado no princípio de inclusão e igualdade, onde

a ação pedagógica possa constituir um ambiente de aprendizagem significativa que

possibilite ao aluno a troca de informações, estabelecendo questões e construindo

hipóteses, na tentativa de respondê-las. Como objetivo maior o refinamento das

destrezas motoras básicas e o domínio da técnica do futsal seguindo o princípio da

complexidade crescente. A iniciação ao futsal se desenvolve com a proposta de ser

uma continuidade do trabalho de desenvolvimento motor, quando são aplicados

diversos movimentos e experiências que proporcionam o aumento do acervo motor.

Gradativamente, através da combinação de exercícios com bola e pequenos jogos

que se tornarão cada vez mais complexos, tanto em regras como em movimentos, o

futsal irá se incorporando ao acervo motor dos alunos.

São propostas vivências de atividades pré-desportiva possibilitando o

aprendizado de fundamentos básicos do esporte e apreensão das regras; por meio

de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva com a

realização e organização de campeonatos, torneios, jogos colegiais; elaboração de

súmulas e montagem de tabelas, de acordo com sistemas diferenciados de disputa

e análise de jogos esportivos.

E- AVALIAÇÃO

A avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os

alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um

elemento externo a este processo.Para que a avaliação sirva à democratização do

ensino, é preciso modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. A

partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão revisar

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156

as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo, bem como

planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades

constatadas.

A fim de que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam

melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-

se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,

envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a

necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma

individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser

compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,

processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem

ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Em

relação ao futsal espera-se que o aluno reconheça e se aproprie dos fundamentos

básicos desse esporte, aprendendo as técnicas, táticas e regras, além de

compreender as práticas esportivas como esporte de rendimento ou como meio para

melhorar a aptidão física e a saúde. Tais critérios não esgotam o processo de

avaliação pelo professor, são indicativos a serem enriquecidos para orientar o

planejamento das práticas avaliativas.

O processo de avaliação para o treinamento contém dois momentos:

avaliação física e psicomotora e observação do rendimento e aproveitamento das

técnicas específicas do futsal através da análise dos resultados dos jogos, filmagens

e participação prática nos treinos.

Os instrumentos de avaliação, devem atentar para a construção da autonomia

do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem, podem

ser registros de reflexões críticas em debates, painéis, portfólio, apresentação de

seminários, dentre outras possibilidades.

A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do

processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios

básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de

características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de

assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de

recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e

encaminhamentos metodológicos diversificados.

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157

F- REFERÊNCIAS

Andrade Jr., J. R.Futsal. Aquisição, Iniciação e Especialização. Ed. Juruá, 2012

Barbieri, F. A.Futsal. Conhecimentos Teórico-Prático Para o Ensino e Treinamento. Ed. Fontoura, 2009

Instrução 004/2011-SUED/SEED- Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.

Instrução 007/2012-SEED/SUED - Dispõe sobre o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, nas Instituições de Ensino da Rede Estadual.

Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno.

Melo, R. S. Futsal 1000 Exercicio; Ed. Sprint, 2001.

Paraná- Instrução 01/2013-SEED/SUED- Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo.

Resolução nº 3823/2015-GS/SEED. Institui, a partir de 2016, o Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Permanente e Periódica nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Ensino do Paraná.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem – Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2010.

________, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. PPP-2016. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Programa: Aula Especializada em Treinamento Esportivo

Macrocampo: Esporte e Lazer

Atividade: Tênis de Mesa/Badminton

A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

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A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada

Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de

ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de

Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos

tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de

aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que

está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação

Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico e na Proposta Pedagógica

Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais

e às necessidades da comunidade escolar.

A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por

meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem potencialidades

esportivas e disciplinares. Articuladas aos conhecimentos necessários para a

formação humana integral dos alunos, proporcionando esta prática na implantação

de atividades vinculadas as questões sociais, culturais e esportivas, faz desta prática

pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos alunos

para o desenvolvimento da cultura corporal e esportiva, tendo em vista

conhecimentos necessários para a formação humana integral dos estudantes. A

oferta das Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo na modalidade Tênis de

Mesa possibilitará aos nossos alunos o acesso pratica esportiva visando pleno

desenvolvimento de suas habilidades específicas, bem como promoverá a

descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola que

possibilitarão equipes competitivas para a participação nos Jogos Escolares do

Paraná e em outros eventos similares seja ele local, regional, estadual e nacional.

B-OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA

Possibilitar aos alunos da rede pública de ensino o acesso a prática esportiva nas

diversas modalidades ofertadas, visando o pleno desenvolvimento de suas

habilidades específicas, de acordo com sua idade.

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Possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogo

Escolares do Paraná e outros eventos similares.

Propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva

em diversas modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades

específicas, levando em consideração a idade cronológica dos estudantes.

Promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da

instituição de ensino da rede pública estadual.

C - OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE

Desenvolver a aptidão física, sociabilidade e saúde dos alunos.

Conhecer os esportes de raquete;

Participar de eventos esportivos em Paranavaí e região;

Melhorar os indicadores de saúde dos alunos;

Trabalhar a interdisciplinaridade através dos esportes de raquete;

Desenvolver a motivação e esforço pessoal dos alunos através dos jogos e

brincadeiras;

Participar dos Jogos Escolares do Paraná;

Melhorar a condição de disciplina com a distribuição de funções durante as aulas;

Melhorar a autoestima dos alunos;

Incentivar a adoção de um estilo de vida ativo dos alunos.

D-CONTEÚDOS

ConteúdoEstruturante

ConteúdoBásico

ConteúdosEspecíficos

Esporte Individual Tênis de Mesa e Badminton

Histórico;

Regras;

Conhecimento da área de

jogo e equipamentos;

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Fundamentações Técnicas:

saque, recepção,

deslocamento;

Fundamentos Táticos:

posicionamento defensivo e

Ofensivo;

Brasil nos esportes de

raquete (Tênis de Mesa e

Badminton).

E- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo – AETE: Tênis de

Mesa/Badminton tem como objetivo desenvolver e identificar talentos esportivos no

contexto escolar, formar e organizar equipes esportivas e participar dos Jogos

Escolares do Paraná e outros eventos similares, promovidos pela SEED e/ou

comunidade, é ofertado para todos os alunos, priorizando os que se encontram em

situação de vulnerabilidade social, bem como para as necessidades

socioeducacionais. O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo

Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. A

aulas são organizadas com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira e duas

na 3ª feira das 16h55min às 17h40min.

As atividades esportivas têm a função social de contribuir para que os alunos

se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o

conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o

diálogo com as diferentes culturas.

O desenvolvimento das aulas do treinamento esportivo serão iniciadas pela

parte técnica, posteriormente serão praticadas as modalidades propriamente ditas.

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(jogos), para aprimorar as capacidades físicas e motivar os alunos respeitando a

seguinte organização:

- Recepção e Feedback da aula anterior;

-aquecimento articular;

- alongamento;

- atividade predominante aeróbica (lúdica, pré-desportiva ou técnica);

- exercícios de técnica dos esportes de raquete e coordenação motora;

- relaxamento prévio (volta a calma e hidratação - água).

Após, as habilidades dos esportes de raquete. Através da explicação e

práticas de exercícios de estimulação, os alunos realizarão atividades de

desenvolvimento da aptidão física geral e aprimoramento das capacidades técnicas

das modalidades.

Em seguida o Jogo de Tênis de Mesa e Badmimton: conhecimento das

regras, dimensão das áreas de jogo, exercícios lúdicos e técnicos para melhoria do

rendimento individual,alongamento final e recreação.

Serão trabalhadas de maneira lúdica e técnica as seguintes provas referentes

aos Jogos Escolares do Paraná: exercício do Tênis de Mesa de Saque e

recepção,exercício de coordenação motora e agilidade.

As atividades serão desenvolvidas respeitando a maturação biológica dos

alunos, partindo dos estudos de Gallahue e Ozmun (2005), “da exigência motora

mais simples para a complexa”, e de Freire (2006), da “fragmentação do movimento

para o movimento completo”.

Sempre que houver disponibilidade os alunos participarão de eventos

esportivos por se tratarem de situações extremamente necessárias para

desenvolvimento de percepção do aluno para a sociabilidade, integração e

conhecimento de outras culturas, além de adquirir responsabilidade e autonomia.

F- AVALIAÇÃO

Todo processo educativo deve ocorrer à avaliação. A avaliação no esporte

formador é construtiva e inclusiva. Para tanto, o processo de avaliação será

acumulativa visando a melhoria da aptidão física e habilidades motoras para

desenvolvimento da saúde, percebida pelos próprios alunos durante as aulas e

aplicação dos testes. Segundo Guedes e Guedes (2006) esta prática proporciona a

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reavaliação dos métodos empregados.

A fim de que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam

melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-

se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,

envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a

necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma

individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser

compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,

processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem

ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

Em relação ao tênis de mesa espera-se que o aluno reconheça e se aproprie

dos fundamentos básicos desse esporte, aprendendo as técnicas, táticas e regras,

além de compreender as práticas esportivas como esporte de rendimento ou como

meio para melhorar as capacidades físicas e habilidades motoras, contribuindo para

sua saúde e desenvolvimento corporal. Almeja-se também melhoria da percepção

de disciplina e sociabilidade através da integração com outros alunos, bem como

percepção de motivação e desenvolvimento de superação pessoal.

Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor, são

indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas

avaliativas.

Os instrumentos de avaliação, devem atentar para a construção da autonomia

do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem, podem

ser registros de reflexões críticas em debates, portfólio, participação em jogos,

torneios e competições, dentre outras possibilidades.

A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do

processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios

básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de

características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de

assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de

recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e

encaminhamentos metodológicos diversificados.

G-REFERÊNCIAS

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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.9.394 de 20 de dezembro de 1996. DOU, 23/12/1996.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BADMINTON. Histórico e regras do Badminton. Disponível em: <www.badminton.org.br/> Acesso em 01/09/2016.

CONFERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS DE MESA. Histórico, regras e treinamento do Tênis de Mesa. Disponível em <www.badminton.org.br/> Acesso em 01/09/2016.

DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física Na Escola: Implicações Para a Prática Pedagógica . Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2000.

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. Ed. 4, São Paulo: Scipione, 2006.

GALLAHUE, D. L; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. Esportes de Marca e com rede divisória ou muro/parede de rebote. Maringá: Eduem, 2014.

GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Crescimento composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997.

GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Manual prático para avaliação em educação física. São Paulo: Manole, 2006.

JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS. Cartilha de Jogos Pré-Desportivos para Educação Física no Ensino Fundamental. Disponível em: www.ceap.br/material/MAT12052014222252.pdf Acesso em 03/09/2016.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas aprendizagem. Departamento de Educação Básica. 2012.

________, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação, departamento de Ensino Fundamental e Médio. Diretrizes Curriculares de Educação Física. 2008.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. PPP-2016. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.

Orientações 22/2015-DEB/SEED - Procedimentos para a organização e desenvolvimento dos programas que compõem a Educação Integral em Turno Complementar a serem ofertados nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual, mantidas pelo Governo do Estado do Paraná.

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Instrução 01/2013-SEED/SUED - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo.

Instrução 004/2011-SUED/SEED - Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.

RESOLUÇÃO1690/2011-GS/SEED - Institui a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades Complementares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino.