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EQUIPE: JARA – RAMONY –ARY –PR. PAULO- EDNALDO E RIBAMAR SOUSA.

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EQUIPE: JARA – RAMONY –ARY –PR. PAULO- EDNALDO E RIBAMAR SOUSA.

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1- O ISLAMISMO

SIGNIFICADO DO ISLAMISMO - Islamismo ou Islã é uma religião monoteísta fundada pelo profeta Maomé no início do século VII. Os fundamentos do islamismo estão representados no Alcorão, livro sagrado que serve de base para a fé muçulmana. "Islã" é uma palavra árabe que significa "submissão" ou "rendição" e se refere àqueles que obedecem a Alá, o único e verdadeiro Deus, o Criador, o Provedor e o Ceifador da vida. Aquele que segue a fé islâmica é chamado de muçulmano.

1.2-ORIGEM DO ISLAMISMO

O profeta Maomé, líder religioso máximo do Islamismo, nasceu na cidade de Meca por volta do ano de 570. Aos 40 anos de idade teria recebido o chamado do anjo Gabriel, que se dizia enviado por Deus para que o povo encontrasse o "verdadeiro Deus". Aqueles que acreditassem e obedecessem as leis do Alcorão seriam recompensados com o paraíso. A origem do Islamismo é remontada ao século VII d. C. com as revelações de Alá ao profeta Maomé. A religião reconhece Alá como seu único deus, assim como reconhece em Maomé o legítimo profeta de seu deus. Os textos sagrados islâmicos são: o Alcorão, obra que contém as revelações de Alá a Maomé; o Hadith, contendo os pensamentos e as ações de Maomé; o Sunnah, conjunto de regras de conduta a ser seguido pelos islâmicos.

1.3-. HISTÓRIA DO ISLAMISMO

"Islã" é uma palavra árabe que significa "submissão" ou "rendição" e se refere àqueles que obedecem a Alá, o único e verdadeiro Deus, o Criador, o Provedor e o Ceifador da vida. Aquele que segue a fé islâmica é chamado de muçulmano.

Segundo dados estatísticos, o Islamismo é a religião que mais rapidamente ganha adeptos na atualidade.

Duas vertentes são reconhecidas no Islamismo: os sunitas (o maior e mais ortodoxo grupo islâmico, constituindo

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maioria religiosa em países como o Iêmen e a Arábia Saudita, entre muitos outros) reconhecem a sucessão de Maomé por Abu Bakr e pelos três califas que o seguiram; os xiitas reconhecem a sucessão de Maomé por Ali, seu sobrinho. Os símbolos mais importantes para os islâmicos são a família e a mesquita, os elementos centrais da vida dos seguidores do Islamismo.

As práticas religiosas são fundamentais, como por exemplo as cinco preces diárias a Alá; há também o dever para com os necessitados de se oferecer uma parte dos bens; durante a data do Ramadan, entre o amanhecer e o entardecer, há a obrigação do jejum; todos os seguidores da religião, pelo menos uma vez em sua vida, devem realizar a peregrinação à cidade de Meca, simbolizando a própria peregrinação de Maomé à esta cidade

1.4-O ISLAMISMO POSSUI CINCO PILARES:

que são deveres religiosos essenciais destinados a desenvolver o espírito de submissão a Deus, são eles:

Profissão de fé – “só há um Deus e Maomé é seu profeta” é o credo fundamental do Islamismo;

Preces rituais – fazem orações cinco vezes ao dia – ao amanhecer, ao meio-dia, à tarde, ao por do sol e ao se deitar. Os muçulmanos oram coletivamente na mesquita ou individualmente, geralmente sobre um tapete, virados em direção a Meca;

Doações – uma contribuição anual chamada zakat é oferecida pelos muçulmanos com posse;

Jejum – durante o mês islâmico de Ramadan, os muçulmanos saudáveis fazem jejum durante as horas do dia;

Peregrinação – a peregrinação a Meca deve ser realizada pelo menos uma vez durante a vida de todo muçulmano. Lá os peregrinos circundam, sete vezes, o santuário sagrado (a Pedra Negra conhecida como Caaba) que fica no pátio da Mesquita de Al-Haram;

Algumas interpretações desta religião, principalmente por parte do Islamismo Radical, consideram o Jihad como um pilar da fé islã. O termo significa “luta”, sendo utilizado para descrever o dever de realizar “guerras santas” para disseminar a fé ou defender terras islâmicas. É também utilizado para indicar luta pelo desenvolvimento do espiritual.

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2 – MAOMÉ- FUNDADOR

O profeta Maomé, líder religioso máximo do Islamismo, nasceu na cidade de Meca por volta do ano de 570. Aos 40 anos de idade teria recebido o chamado do anjo Gabriel, que se dizia enviado por Deus para que o povo encontrasse o "verdadeiro Deus". Aqueles que acreditassem e obedecessem as leis do Alcorão seriam recompensados com o paraíso.

Em 622 Maomé migrou para Medina fugindo de seus opositores, migração que ficou conhecida como Hégira, marcou o início do calendário islâmico. Em Medina tornou-se chefe da nova comunidade religiosa. Em 629 foi em peregrinação a Meca, onde foi reconhecido como líder religioso. O profeta faleceu em 632, após ter espalhado o islamismo em grande parte da Península Arábica.

Maomé, cujo nome completo era Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim, foi fundador da religião e civilização islâmica . na cidade de Meca, localizada na Península Arábica, Maomé pertencia à tribo dos coraixitas, especificamente ao clã dos hachemitas, também conhecido pelo nome Banu Hashim,

Maomé era o filho de pais nascidos em Meca. Consta que seus nomes eram Abdallah (Servo de Alá) e Aminah (A Segura, ou A Protegida). A mãe pertencia aos Banu Zuhrah, e o pai era filho de Abd al-Muttalib, do clã chamado Banu Hashim. É certo que o pai do futuro Profeta morreu antes de o filho nascer, segundo dizem, quando visitava Yathrib, mais tarde conhecida como Medina. A mãe não sobreviveu por muito tempo ao marido, e seu túmulo, como afirmam alguns, encontra-se em Abwa, um lugar a meio caminho entre Meca e Medina, onde, cerca de cinquenta anos depois, seus ossos corriam o risco de ser exumados.

Como ficou órfão muito cedo, Maomé passou a ser criado por seu tio Abu Talib (também do clã Banu Hashim), de quem recebeu educação formal e aprendeu o ofício de comerciar especiarias nas caravanas de camelos transaarianas. Foi como chefe de caravana que, em 595, Maomé conheceu uma rica viúva, também hachemita, chamada Khadijha, passando a trabalhar para ela. Após demonstrar grande destreza na administração dos negócios de Khadijha, Maomé e a viúva, em comum acordo,

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casaram-se. Esse casamento transformou substancialmente a vida do então comerciante, que não tinha grande fortuna até o momento.

O fato é que, ao mesmo tempo em que começava a nova vida com Khadijha, Maomé também passou a viver as primeiras manifestações religiosas que definiriam a religião muçulmana. É importante ressaltar que, antes mesmo de o islamismo firmar-se como religião, em Meca e em outras regiões da Arábia, havia uma confluência de credos, tanto pagãos, politeístas, quanto judaicos e cristãos. Além do monoteísmo judaico e cristão, havia também um terceiro grupo, o dos hanifs, nascido em meio à miscelânea pagã dos grupos tipicamente árabes. . O domínio de Meca foi o primeiro passo da grande e rápida expansão islâmica que se veria nos anos seguintes. Maomé morreu dois anos após subjugar sua cidade natal. Sua morte provocou disputas sucessórias que definiriam, mais tarde, os grupos sunita e xiita , característicos do desenvolvimento do islamismo.

Após a morte do profeta Maomé (ou Mohammed), o fundador do Islamismo e autor do livro sagrado Alcorão, houve um processo de disputa para decidir quem deveria sucedê-lo, já que o Islã não consistia apenas em uma religião desconectada do poder político. O Islã, em si mesmo, está estruturado em uma proposta de civilização que articula princípios religiosos e políticos.

Da disputa pelo direito de sucessão legítima do Profeta, duas correntes tornaram-se majoritárias: os xiitas e os sunitas. Tal disputa teve seu início em 632 d.C., quando os califas (sucessores de Maomé), que também eram sogros de Maomé, Abu Bakr e Omar, tentarem organizar a transmissão do poder político e da autoridade religiosa. Essa tentativa logrou êxito até o ano de 644 d.C., quando um integrante da família Omíada, também genro de Maomé, chamado Othmã, tornou-se califa e passou a ter sua autoridade contestada por árabes islamizados que viviam próximos à Medina. Othmã acabou sendo assassinado.

Ao asassinato de Othmã esteve associada a figura de Ali, primo de Maomé que sucederia ao califa assassinado. Os muçulmanos contrários a Ali declararam guerra ao califa e seus simpatizantes. A figura mais proeminente que contestou a autoridade de Ali foi o então responsável pelo

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poder da Síria, Muhawya. Esse último decidiu apurar o assassinato de Othmã e averiguar a participação de Ali no caso. Isso foi o bastante para que outro grupo muçulmano conspirasse contra Ali, que acabou também assassinado.

Além do livro sagrado do Alcorão, os sunitas também pautam-se pela Suna, livro dos feitos de Maomé, o que acentua sua diferença com os xiitas

Muhawya, então, tornou-se um califa poderoso e transferiu a capital do califado de Medina para Damasco, atual capital da Síria. Seus oponentes, que defendiam a sucessão do califado pela hereditariedade, isto é, pelos descendentes da família de Maomé, ficaram conhecidos como xiitas, um grupo ainda hoje minoritário e que se caracteriza por ser tradicionalista, conservando as antigas interpretações do Alcorão e da Lei Islâmica, a Sharia.

Já os membros do outro grupo, muito maior em número de adeptos ainda hoje, constituindo cerca de 90% da população islâmica, ficaram conhecidos como sunitas, primeiro por divergirem da concepção sucessória dos xiitas e, segundo, por sempre atualizarem suas interpretações do livro sagrado do Alcorão e da Lei Islâmica, levando em consideração as transformações pelas quais o mundo passou e valendo-se de outra fonte além das citadas, a Suna — livro onde estão compilados os grandes feitos e exemplos do profeta Maomé. Daí deriva o nome sunita.

3-O ALCORÃO- LIVRO SAGRADO DO ISLAMISMO

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3.1-Introdução texto sagrado do Islã. O nome, em árabe, significa ‘lido’ ou ‘recitado’. Esta palavra pode ser uma forma arabizada de origem síria e se aplica ao livro que contém, para os muçulmanos, uma série de revelações de Alá (Deus) a Maomé. Estas revelações começaram nas primeiras décadas do século VII, quando Maomé já tinha 40 anos, e ocorreram em Meca (Makka),( A Meca, situada na Arábia Saudita, é a cidade sagrada dos muçulmanos, sua fundação é atribuída aos descendentes de Ismael, primeiro filho de Abraão. Foi em Meca que nasceu e está enterrado o Profeta Maomé.) cidade natal do Profeta, e Medina (al-Madinah). As revelações foram feitas em árabe e, segundo as crenças muçulmanas, através do arcanjo Gabriel (Yibrail). Quando Maomé as proclamou, os ouvintes memorizavam e, às vezes, escreviam-nas em folhas de palma, fragmentos de osso ou peles de animais. Após a morte de Maomé, no ano 632 d.C., seus seguidores começaram a recolhê-las e, durante o califado de Omar, em 650, elas foram recompiladas no Alcorão, tal como o conhecemos hoje. A escrita árabe só exibe as consoantes e não as vogais. Reza a lenda que as vogais foram introduzidas no texto mais tarde.

3.2-Forma e conteúdo

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O Alcorão está dividido em 114 capítulos (suras), com títulos aleatórios que, geralmente, não estão associados ao texto. Os capítulos dividem-se em versículos (ayat), trabalho posterior à divisão em capítulos e que, dependendo da edição, nem sempre é igual. O Alcorão é similar, em número de palavras, ao Novo Testamento da Bíblia cristã.

O árabe em que está escrito o Alcorão é distingue-se de qualquer variante idiomática árabe. É uma mescla de prosa e poesia sem métrica, difundida, entre os beduínos, para veicular uma literatura essencialmente oral. Nesta língua, o Alcorão foi recitado e sua redução à palavra escrita - cujas regras gramaticais começaram a ser fixadas, no século VIII, por filólogos - gerou o árabe literário clássico que se tornou a língua oficial, embora inúmeros dialetos sejam falados no mundo islâmico. O estilo do Alcorão é alusivo e elíptico, com gramática e vocabulário difícil. Igual a outras escrituras, está sujeito a diferentes interpretações.

Em conteúdo, o Alcorão consiste num conjunto de preceitos e recomendações éticas e morais, advertências sobre a chegada do último dia e Juízo Final, histórias sobre profetas anteriores a Maomé e povos a quem foram enviados, preceitos sobre religião, vida social, matrimônio, divórcio ou herança. A mensagem, em essência, é que existe um só Deus, criador de todas as coisas, ao qual há que se servir, praticando o culto e observando conduta correta. Deus é sempre misericordioso e tem se dirigido à humanidade para que ela O venere nas pessoas dos diversos profetas enviados por Ele.

3.2-Importância e interpretaçãoOs islâmicos acreditam que o Alcorão é A Palavra de Deus. Por isto, é o centro da vida religiosa, sendo comparável à Torá dos judeus ou ao Novo Testamento cristão. A oração diária obrigatória inclui a recitação de versículos e capítulos. A educação dos jovens muçulmanos inclui sua aprendizagem de memória. Para os seguidores do Islã, o Alcorão é a fonte principal do Direito do Islã, juntamente com a sunna (comportamento e práticas do Profeta).

A interpretação do Alcorão (tafsir) é um campo de

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investigação que vem da época da codificação do texto até nossos dias. Foram escritos numerosos livros sobre o tema. Existem comentários atribuídos a estudiosos dos três primeiros séculos do islamismo, mas o trabalho recente mais importante de tafsir pertence a al-Tabari, falecido no ano 923. O trabalho de al-Tabari analisa cada verso do Alcorão e oferece diversas opiniões de estudiosos da época em relação à vocalização, gramática, lexicografia, interpretação ética, moral e a relação do texto com a vida de Maomé.

A tradição do tafsir reflete, muitas vezes, as divergências e tendências do islamismo. A interpretação xiita de alguns versos difere, radicalmente, da interpretação sunita. Nos últimos tempos, tanto os modernistas reformistas, como os fundamentalistas, têm interpretado o texto de maneira que este se adapte a seus respectivos pontos de vista. Alguns afirmam que o Alcorão, não só está de acordo com muitas ideias da ciência moderna, como, também, as predisse. É, muitas vezes, a própria natureza dúbia do texto corânico que favorece interpretações tão divergentes. Outras discrepâncias significativas incluem que o Alcorão confunde a mãe de Jesus, Maria, com Miriã, a irmã de Moisés, afirmando que Maria era irmã de Moisés e de Aarão, uma filha de Anrão (Sura 3:35-48, 19:27-28), apesar de mais de 1500 anos separarem as duas. Eles alegam que um samaritano esculpiu o bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai (Sura 20:85-88), apesar do fato de que os samaritanos não vieram à existência até várias centenas de anos depois do Êxodo (sendo esse o momento em que o bezerro foi feito – Êxodo 32. 1 – 4

3.4-Traduções

Outro motivo de controvérsia tem sido se o Alcorão deve

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ser traduzido do árabe original para outros idiomas. Em caso positivo, sob que circunstâncias pode se realizar esta tradução. Apesar desta discussão, o Alcorão tem sido traduzido por muçulmanos, e não-muçulmanos, para uma grande variedade de idiomas. A primeira tradução para uma língua européia foi a versão latina, realizada em 1143, pelo estudioso inglês Robert de Ketton, sob encomenda de Pedro, o Venerável. Ao que se saiba, as primeiras versões em língua vulgar foram em catalão, a mando de Pedro IV, e outra trilingüe - latim, castelhano e árabe -, de Juan de Segovia (1400-1458), hoje perdida.Como vimos, a história do Islã remonta ao profeta Maomé, um homem que professou anunciar uma revelação de Deus, uma revelação que deveria confirmar e substituir as "escrituras anteriores" (Sura 4:163; 5 :44-48; 10:94). Assim como vimos, o Alcorão contradiz completamente as escrituras anteriores. Como os muçulmanos conciliam essas contradições? Eles não o fazem. Ao invés de jogar fora o Alcorão, eles preferem, ao invés disso, jogar fora as escrituras anteriores. A alegação é que de alguma forma o Torá, os Salmos e os Evangelhos foram perdidos ou danificados além do reconhecimento e que os livros que temos hoje com os nomes "Torá", "Salmos" e "Evangelhos" são falsificações inteligentes. Essencialmente, o Alcorão tira a sua autoridade da Bíblia, contradiz a Bíblia e, depois disso, tenta enfraquecer a autoridade da Bíblia. É um paradoxo interessante. Aqueles que prestam lealdade ao Alcorão fazem isso acreditando que ele deva concordar com a Torá, os Salmos e os Evangelhos porque isso é o que diz de si mesmo. Em seguida, seu próximo passo é negar o Torá, os Salmos e os Evangelhos porque o Alcorão os contradiz.

3.4.1-SIGNIFICADO DE CALIFA. - Califa é um título atribuído ao líder religioso da comunidade islâmica, considerado pelos muçulmanos como um dos sucessores do profeta Maomé.O califa é o chefe máximo de um califado, que consiste numa espécie de sistema de governo dos muçulmanos que se baseia nas leis islâmicas (sharia).

Os califas representam a maior autoridade jurídica, política, militar, social e religiosa dentro de seus califados. Comparativamente, um califa pode ser considerado um tipo de imperador, sob a ótica do mundo ocidental.A palavra “califa” é derivada de khalifa, versão abreviada de khalifatu

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rasulil-lah, expressão que significa “Sucessor do Mensageiro de Deus”, na tradução do árabe.

De acordo com a história do islamismo, o primeiro califa teria sido Abu Bakr, o sogro do profeta Maomé, que assumiu a liderança da comunidade islâmica em 632 d.C.

Após várias dinastias de califados que comandaram o mundo islâmico, o título de califa foi oficialmente abolido quando o Império Otomano foi desfeito pela República da Turquia, em 1924.Porém, em 2014, um grupo de jihadistas sunitas anunciaram a criação de um califado na região que ficou conhecida por Estado Islâmico (entre a Síria e o Iraque), sob o comando do califa Abu Bakr al-Baghdadi.

3.4.2-Sharia: é um conjunto de leis islâmicas que são baseadas no Alcorão, e responsáveis por ditar as regras de comportamento dos muçulmanos.

Em árabe, sharia pode ser traduzida literalmente como “caminho para a fonte”, e atualmente é adotada em diversos países com predominância da cultura islâmica, seja de modo integral ou parcial.

Na Arábia Saudita, por exemplo, a sharia é integral, ou seja, o país usa as leis islâmicas como única fonte para a definição da sua legislação. Neste caso, a sharia forma a Constituição daquela nação.

Nos países onde a sharia domina, não existe uma separação entre a religião e o direito dos cidadãos, como acontece nos países ocidentais.

Todas as leis destes países são baseadas nos princípios religiosos do islamismo e nos ensinamentos deixados pelo profeta Maomé no Alcorão, o livro sagrado para o islã.

Porém, a maioria dos países islâmicos adotam a chamada sharia dual. O governo é oficialmente secular, mas existem tribunais especiais que julgam unicamente os muçulmanos, com base nas leis da sharia.

Os não-muçulmanos, no entanto, não deverão ser submetidos a esta legislação, mas sim à prevista pelo governo secularista.

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Existem países que adotam a sharia em diferentes níveis, ou seja, podem não adotar na sua totalidade. Por exemplo, alguns países adotam as indicações da sharia sobre o divórcio mas não adotam certas punições para as mulheres. Em alguns países islâmicos é recomendado para as mulheres o uso do hijab (uma espécie de véu que cobre a cabeça da mulher) e é culturalmente reprovável o ato de dirigirem automóveis.

3.4.3- DEUS DA BÍBLIA X DEUS DO ALCORÃO

Sempre que a origem do Islã é discutida, uma questão em particular tende a surgir: são o Deus do Alcorão e o Deus da Bíblia um e o mesmo? A resposta é não. Este é um equívoco comum. O equívoco decorre do fato de que muitos personagens bíblicos parecem estar também no Alcorão, Abraão sendo um exemplo significativo. Entretanto, a verdade é que, enquanto o Alcorão usa os nomes de personagens bíblicos para descrever personagens do Alcorão, eles certamente não são as mesmas figuras históricas e o Deus da Bíblia não é de modo algum o Deus do Alcorão. O Deus da Bíblia é um Deus que se expressa em três pessoas (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo; não três Deuses trabalhando em uníssono, mas um só Deus manifestado em três Pessoas). O Alcorão, por outro lado, nega explicitamente a Trindade (Sura 4:171). Outros exemplos incluem a negação por parte do Alcorão da filiação singular de Cristo (o Alcorão condena o título de "Filho de Deus"; Sura 4:171, 9:30). Além disso, nega a divindade de Cristo (Sura 5:17, 75) e Sua preexistência pré-encarnada (Sura 3:59-60). A Bíblia, por outro lado, chama Jesus de "Filho de Deus" em várias ocasiões (veja Mateus 4:3, 6; 8:29; 14:33; 26:63; 27:40, 43, 54; Marcos 1:1; 3:11; 15:39; Lucas 1:35; 4:3, 9, 41; 8:28; 22:70; João 1:34, 49; 3:18; 5:25; 9:35; 10:36; 11:4, 27; 19:7; 20:31), afirma sua preexistência pré-encarnada (Isaías 9:6; Miqueias 5:2) e atribui-Lhe a posição de Deus encarnado (João 1:1-3, 14; 8:58, 14:8-9; 20:26-29; Filipenses 2:5-8; Colossenses 1:15-17; 2:8-10; Apocalipse 1:8,13-18, 21:4-7; 22:6-7,12-16, 20).

4.1- ISLAMISMO NO BRASIL

- A religião islã chegou em terras brasileiras ainda durante as primeiras expedições ao país, através de navegadores árabes.

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- No entanto, a disseminação do islamismo no Brasil só cresceu a partir da Primeira Guerra Mundial, com a chegada ao país de diversos refugiados libaneses e sírios.

- Atualmente, estima-se que existam mais de 1,2 milhões de praticantes do islamismo no Brasil.

- Muitos seguidores nos grandes centro (Rio, São Paulo, Curitiba e BH

- Maior população tríplice Fronteira (Foz do Iguaçu)

- Mais pacíficos que em outros Paises, bom relacionamento com Cristãos e Judeus.

4.2. ISLAMISMO, CRISTIANISMO E JUDAÍSMO

As raízes do Islamismo, assim como as do Cristianismo e do Judaísmo vêm do profeta Abraão, personagem bíblico citado no Livro do Gênesis como a nona geração de Sem, um dos filhos do patriarca Noé, que sobreviveu às águas do dilúvio.

O profeta Maomé, fundador do Islamismo, seria descendente de Ismael, primeiro filho de Abraão. Moisés e Jesus seriam descendentes de Isaac, filho mais novo de Abraão.

Na época de Maomé, vinham surgindo tendências novas no interior desse politeísmo tradicional: a influência das colônias judaicas e dos cristãos heréticos do mundo arameu, ao norte, e da Etiópia, ao sul, chamava os melhores espíritos para uma religião mais elevada. As divindades particulares continuavam a ser honradas, mas uma delas começava a predominar sobre as outras: Alá, reconhecido como “maior” – Allah akbar. Além disso, encontravam-se já alguns monoteístas – nem judeus nem cristãos – chamados hanifs.

Os pais de Maomé e muitos membros do clã hachemita adoravam Allah, mas foi Maomé que, nos primeiros anos do século VII, começou a sistematizar a crença propriamente islâmica. A tradição muçulmana relata que Maomé começou a ter progressivas revelações dadas por Deus (Alá) por meio do Anjo Gabriel. Essas revelações teriam dado a Maomé a autoridade de ser o Profeta de Alá, isto é, aquele que teria a missão de corrigir as distorções que judeus e cristãos teriam feito das revelações passadas, e a

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responsabilidade de retirar as tribos árabes politeístas da “era da ignorância” e convertê-las ao Islã.

Fuga para Yatreb e confrontos militares com Meca

Maomé começou por converter aqueles que lhe eram mais próximos, como sua esposa, sogro, primos etc. Entretanto, sua radicalização monoteísta começou a ter efeitos sobre a dinâmica social e econômica da tribo coraixita. Outros clãs de Meca passaram a confrontar e perseguir Maomé e seu grupo de convertidos. Com a morte de seu tio e, depois, de sua primeira esposa, Khadijah, que faleceu em 619, Maomé decidiu aceitar o apoio e hospitalidade de famílias residentes na então cidade de Yatreb, para onde migrou em 622. Essa migração, ou fuga, ficou conhecida como Hégira.

Em Yatreb, Maomé conseguiu mais adeptos ao islamismo, de modo que a cidade tornou-se o seu reduto principal e também o seu quartel-general, a ponto de a cidade ter seu nome mudado para Medina (“a Cidade”, ou “Cidade do Profeta”). De Medina, Maomé passou a travar sucessivas batalhas contra Meca. A pregação religiosa passou a se entrelaçar com a guerra e a perspectiva de conquista. Duas das principais batalhas travadas por esse primeiro grupo de muçulmanos foram nas cidades de Badr, em 624, e de Ohod, em 625. Eles venceram a primeira e perderam a segunda. O principal inimigo mequense de Maomé nessa época era Abu Sufayan.

Sufayan, em 627, tentou sitiar Medina, mas os guerreiros muçulmanos conseguiram repelir um tropa de cerca de 10.000 mequenses. No ano seguinte, houve uma breve trégua com a permissão dada a Maomé, pelos mequenses, de poder peregrinar à sua cidade natal. Em 629, Maomé reuniu seus combatentes e cercou Meca. As batalhas pelo domínio da cidade demoraram até janeiro de 630, quando a resistência de Meca foi subjugada.

4.2.1-O que é o Estado Islâmico:

Estado Islâmico é um grupo terrorista formado por jihadistas muçulmanos ultraconservadores, que são

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conhecidos por defenderem fundamentos radicais do islamismo.

Também conhecido por ISIS (Islamic State of Iraq and ash-Sham) ou Daesh (transliteração do acrônimo árabe), o Estado Islâmico utiliza de táticas brutais contra todas as pessoas que não seguem a sharia (lei religiosa islâmica), como a crucificação, a decapitação e outros atos que provocam a indignação e o medo em todo o mundo.

O Estado Islâmico (EI) acredita em uma variante extremista do islão, seguindo literalmente todos os ensinamentos descritos no Alcorão, livro sagrado da fé islã que foi supostamente escrito pelo profeta Maomé.

Este grupo terrorista é chamado de Estado Islâmico porque os seus membros constituíram um califado, ou seja, uma espécie de “governo” que é dirigido por um representante religioso e político que mantém como base para as leis do Estado a sharia.

Atualmente, o território do Estado Islâmico abrange parte da Síria e do Iraque, sob o comando do califa Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do EI.

Oficialmente, a declaração do califado e a instituição do Estado Islâmico foi feita em 29 de junho de 2014.

Formado majoritariamente por membros sunitas, os principais inimigos do Estado Islâmico são os xiitas, outra seita que deriva do islamismo. Os Estados Unidos, a Europa, os membros de outras religiões e demais partidários do “estilo de vida ocidental”, também são considerados alvos a serem combatidos por estes terroristas.

Até o momento, o Estado Islâmico já realizou uma série de ataques terroristas em vários pontos mundo, com destaque para o massacre em Paris, em novembro de 2015, que matou mais de 130 pessoas e feriu outras 350.