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ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL– MARVIN
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSORA: KARINE SAMPAIO
CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Desde o ano de 2009, o Ministério da Educação inseriu questões de Educação
Física nas provas do ENEM. O objetivo foi valorizar a Disciplina, colocando em relevância
a importância da prática esportiva e a aplicação do conteúdo no cotidiano do aluno.
Assim, é destacada a aplicação cotidiana da atividade física, levando em consideração a
fisiologia do exercício e seus benefícios, além dos seus aspectos sociais e culturais. Outro
quesito considerado relevante no Enem é a articulação da Educação Física com a
linguagem, a arte e a expressão corporal.
Nesse sentido, o Enem conta com diferentes questões. Algumas levam em
consideração o conjunto de aptidões físicas que um indivíduo deve apresentar para obter
melhora em sua qualidade de vida, enquanto outras correlacionam a dança, as
diversidades artística e cultural e a expressão corporal. Além dessas, em 2010, questões
abordaram conhecimentos gerais em determinadas atividades esportivas, como a
ginástica rítmica e o vôlei.
No Enem 2011, a Educação Física encontra-se na Matriz de Referência de
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Veja a seguir como a Educação Física é
solicitada:
Competência de área 3 (Educação Física) - Compreender e usar a linguagem
corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
O aluno deve reconhecer que as ações do homem são influenciadas pela sua
formação cultural e, ao mesmo tempo, que o homem, como participante de um grupo
social, é suscetível às influências do meio. Além disso, deve perceber que o ser humano
está inserido em um contexto social e que interage com a realidade e sofre sua influência,
moldando seu comportamento e transcrevendo-o por meio de manifestações corporais e
culturais.
H10 - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades sinestésicas.
Nessa habilidade, o aluno deve compreender que o homem contemporâneo utiliza
cada vez menos suas potencialidades corporais, reduzindo a atividade física, o que
resulta em alterações nas funções cognitivas e sinestésicas. A busca pela melhoria na
qualidade de vida e pela prevenção de doenças é discutida não só nas questões de
Educação Física, como também em outras áreas.
H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.
Exige-se uma visão mais ampla do aluno, trabalhando-se conceitos como a
linguagem corporal na interação social, levando-se em consideração a inclusão na escola
e na vida social. Percebe-se que no Ensino Médio a Educação Física deverá abordar
atividades que estejam relacionadas à proposta do Enem, ficando também cada vez mais
vidente a necessidade de o aluno buscar informações e relacioná-las aos diferentes
conteúdos apreendidos em cada disciplina.
Importância da Atividade Física
Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina da
humanidade sempre associada a um estilo de época, como a caça dos homens das
cavernas para a sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um
corpo perfeito, ou de cunho militar como, por exemplo, na formação das legiões romanas
com suas longas marchas e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o homem
em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.
E a medida em que as ciências e seus inventos facilitavam nossos afazeres, o
progresso trouxe uma situação um tanto dúbia, pois de um lado temos a redução da
mortalidade por doenças infecto contagiosas e o aumento da longevidade, do outro o
aumento de doenças crônico degenerativas e a perda da qualidade de vida, porque o fato
de viver mais não indica viver melhor, destacando a importância e a necessidade de
hábitos como o cuidado com a dieta, pratica de atividade física regular e evitar
substâncias e atividades que possam acelerar a degradação do corpo humano.
Se a tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, isso é inquestionável, mas
junto incrementaram as doenças silenciosas, formando epidemias que se estabelecem
sem maiores sintomas em suas primeiras fases e vão gradativamente se desenvolvendo
ao longo dos anos, identificadas como doenças crônicos degenerativas, que tem sua
origem em uma série de fatores, como a predisposição genética, influência do meio
externo e hábitos de vida e, nesse último, o nosso destaque ao grau de atividade física
praticado.
Mas apesar dessa fórmula milagrosa que é a atividade física estar presente em
quase todos os meios de comunicação, cada vez mais a população apresenta problemas
relacionados com a falta de exercícios. A desculpa mais frequente é a falta de tempo ou
falta de condições para prática, fatores agravados pela economia de movimentos em
nossa rotina, como a comodidade do controle remoto, telefone celular, elevadores e
escadas rolantes, sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador, o
que demonstra ser um fenômeno de dimensão mundial, pois uma das doenças
associadas a falta de exercícios, como a obesidade, tem prevalência em quase todo
planeta.
Com o avanço dessas epidemias silenciosas, até o conceito de saúde teve de ser
revisto e as instituições de saúde públicas governamentais e não governamentais
ressaltam a importância dos conceitos como promoção e prevenção na saúde com um
destaque em hábitos mais saudáveis ao logo de toda vida.
Essas iniciativas foram divididas em duas frentes, uma de âmbito macro com o
destaque em papel de políticas públicas (combate a poluição, preocupação com o meio
ambiente) e outra com a necessidade do compromisso pessoal com a manutenção da
própria saúde.
Para ressaltar o papel da atividade física, basta comparar uma pessoa ativa
fisicamente de 60 anos com um inativo de mesma idade. Quando comparadas as
diferenças em termos de índices fisiológicos, são consideráveis as marcas, mas o que
reflete em termos de qualidade de vida é que o ativo provavelmente terá maior
mobilidade, autonomia e manutenção de valências físicas como força muscular,
flexibilidade e capacidade aeróbia, tão importante em sua vida diária.
Baseado nesse novo paradigma, diversos programas e projetos foram
implementados ao longo dessas últimas décadas em vários países, todos sempre
destacando a importância do envolvimento pessoal e a necessidades de hábitos mais
saudáveis, como a prática regular de atividades físicas.
Mas por que toda essa preocupação com o grau de condicionamento físico da
população mundial? Porque estudos longitudinais apontam para a relação direta e
favorável entre o nível de aptidão física, o grau de atividade física praticada e a saúde.
Assim, com a prática de exercícios regulares, doenças como diabetes, osteoporose,
obesidade, hipertensão, câncer de cólon, mama, próstata e útero, ansiedade e depressão,
podem ser evitadas ou minimizadas.
Professor: Fausto Arantes Porto - CREF 1387 - DF
Expressão e Linguagem Corporal
A Linguagem corporal também é tema do ENEM e está ligada à matriz de
habilidades da área de linguagens. Não é necessário participar de um grupo de dança ou
praticar várias atividades para entender o que é a linguagem corporal. Nosso corpo se
comunica através de cada movimento. A prova do ENEM avaliará a capacidade de
interpretação dos movimentos do corpo. É necessário compreender as diversas
manifestações culturais (danças, lutas, rituais e cerimônias), num aspecto que deve ser
mais ligado às ciências sociais, e reconhecer a importância das atividades físicas para do
o bem estar, conceito que pode ser cobrado na prova de Ciências.
É importante também diferenciar o termo expressão do termo linguagem
corporal. Enquanto a expressão diz respeito apenas aos movimentos do corpo
propriamente dito (danças e exercícios da academia), a linguagem corporal abrange a
movimentação corporal como meio de comunicação (não verbal). A Expressão Corporal,
segundo Stokoe e Harf (1987), é uma linguagem, através da qual o ser humano expressa
sensações, sentimentos e pensamentos com o seu corpo.
A Expressão Corporal desempenha e amplia todas as possibilidades humanas,
e é justamente constituída no movimento corporal, (Brikman, 1989). Este movimento
corporal é a possibilidade de conhecimento dessa linguagem individual. Por imediato, o
corpo tem a capacidade de se manifestar, o que, na expressão corporal, se apresenta
através do vivido corporal, da experiência do corpo, seja em situações do cotidiano ou da
arte.
É necessário que o aluno tenha uma leitura cultural de mundo. Como exemplo,
a prova pode mostrar uma imagem de um ritual indígena e pedir interpretações ao aluno.
Não apenas sobre o que o ritual mostra, mas de elementos que o circundam, como
história, geografia, língua portuguesa e sociologia.
O corpo na sociedade atual
Nunca na história da humanidade o culto ao corpo foi tão intenso como nos dias
atuais, as preocupações das pessoas em estar em forma, à procura por medidas ideais,
satisfação pessoal, alegria, prazer ou até mesmo motivação na vida tem sido intensa nos
últimos anos. As mulheres e os homens se preocupam cada vez mais com a forma física:
os quilinhos a mais, a pele, o cabelo, o corpo em geral. Manter uma aparência agradável
é, sem dúvida, algo positivo para a vida de qualquer pessoa hoje, pois isso faz com que
você se sinta mais feliz e mantenha uma boa autoestima.
O corpo, sem duvida, é o principal motivo de tanta inquietação, pois a beleza é vista
como algo necessário para que alguém possa obter completa felicidade. Muitas vezes as
coisas mais essenciais na vida são deixadas de lado por causa da busca intensa de um
corpo ideal, almejado por tais pessoas. O excesso de preocupação, entretanto, pode não
ser muito bom e muitas vezes interferem negativamente até mesmo na sua vida familiar e
nas relações com as outras pessoas.
Há uma infinidade de pessoas que ficam inibidas ou envergonhadas por estar acima
do peso, ter celulite ou não gostar disso ou daquilo no próprio corpo, muitas pessoas
estão dispostas a tudo para alcançar o padrão desejado ou ditado pela moda atual.
Pessoas se submetem as dietas rigorosas ou mesmo a inúmeras intervenções
cirúrgicas, fazem implantes de silicones, tudo para ter um corpo “sarado”. Muitas vezes
essa procura é apenas para causar impacto e admirações nas outras pessoas.
De nada adianta ter um corpo perfeito se a pessoa não estiver consciente do que
realmente conta para uma vida prazerosa e harmônica. E assim vai caminhando a
sociedade atual, em busca de um corpo perfeito que venha trazer benefícios pessoais,
nos relacionamentos de casais, e também nos relacionamentos sociais. Vive-se uma
ditadura da beleza onde o corpo é o alvo de todos os sacrifícios.
Fonte:http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-nasociedadeatual/#ixzz1TJO7e3AX
O corpo no mundo dos símbolos e como produção de cultura
Atualmente ocorre um fenômeno geral, a chamada "cultura do corpo" ou "cultura do
narcisismo".
Seriam, sobretudo, os segmentos das camadas médias das cidades aos quais —
por suas ilusões e obsessões pela perfeição física, por seu esmagamento pela
proliferação de imagens e por ideologias terapêuticas e, ainda, pelo consumismo — o
termo narcisismo se aplicaria com maior propriedade.
Hoje, tantos e ricos estudos lançam luz sobre um mosaico de "culturas" que se
engendram e reproduzem no complexo emaranhado da desigual sociedade urbana das
metrópoles.
Isso, não obstante, é justamente na análise da cultura do corpo desse segmento
social — as camadas médias das cidades — que estudiosos nos oferecem uma
interessante contribuição, mostrando como corpo e moda, e o conjunto infindável de
investimentos na aparência, são parte fundamental do estilo de vida. Cosméticos,
maquiagem, cirurgia estética, dermatologistas, personal trainer, estilistas e profissionais
da elegância permitem mobilizar recursos e operar expedientes para "estar em boa
forma", ideal ardentemente perseguido. Como fica mais bem explicitado no artigo "A
civilização das formas: o corpo como valor", que Goldenberg assina em co-autoria com
Marcelo Ramos, e no qual são desenvolvidas algumas das idéias centrais da
apresentação, a atenção é voltada para o que se poderia chamar de super
dimensionamento do corpo e da aparência no processo de revelação de identidades. Em
outros termos: o corpo estaria sendo apropriado por "muitos indivíduos ou grupos" como
"meio de expressão (ou representação) do eu" (p. 21), fenômeno que, segundo os
autores, é facilmente compreendido em "um contexto social e histórico particularmente
instável e mutante, no qual os meios tradicionais de produção de identidade — a família, a
religião, a política, o trabalho, entre outros — se encontram enfraquecidos" (p. 21).
O chamado "culto ao corpo", longe de servir como guia claro de orientação para os
comportamentos de indivíduos ou grupos, geraria um paradoxo na "cultura de classe
média". Embora mecanismo altamente eficiente de individualização, ao responsabilizar
cada indivíduo por sua aparência, isto é, instaurando uma nova moralidade, a da "boa
forma", referida à juventude, beleza e saúde e, conseqüentemente, acentuando
particularismos ao fazer de cada indivíduo uma espécie de escrutinador de cada detalhe
de seu corpo e aparência, não deixa de fazer coexistir, ao lado desses movimentos que
promovem ou acirram uma espécie de autocentramento ou individualização, alguns outros
imperativos, igualmente eficazes, porém opostos e contraditórios.
"Quanto mais se impõe o ideal de autonomia individual, mais aumenta a exigência
de conformidade aos modelos sociais do corpo. Se é bem verdade que o corpo se
emancipou de muitas de suas antigas prisões sexuais, procriadoras ou indumentárias,
atualmente encontra-se submetido a coerções estéticas mais imperativas e geradoras de
ansiedade do que antigamente" (p. 9).
A existência de uma ampla gama de procedimentos, como os regimes de
emagrecimento e de modelagem do corpo, a multiplicação e disseminação de
intervenções estéticas cirúrgicas e cosméticas que "corrigem" narizes, seios e outras
partes do corpo, testemunhariam "o poder normalizador dos modelos". Na "cultura do
corpo" há como que um confronto ou embate entre dois ideais distintos: "um desejo maior
de conformidade estética", de um lado, e "o ideal individualista e sua exigência de
singularização dos sujeitos" (p. 9), de outro.
De toda forma, seja como lugar de singularização, seja como projeção de modelos
idealizados, o corpo é caracterizado antes de mais nada com um valor nas camadas
médias, o que torna fácil entender por que seja uma "natureza cultivada" (BOURDIEU,
1987), isto é, um corpo coberto por signos distintivos que, segundo os autores,
sintetizariam simultaneamente três idéias: "a de insígnia (ou emblema) do policial que
cada um tem dentro de si para controlar, aprisionar e domesticar seu corpo para atingir a
'boa forma', a de grife (ou marca), símbolo de um pertencimento que distingue como
superior aquele que o possui e a de prêmio (ou medalha) justamente merecido pelos que
conseguiram alcançar, por intermédio de muito esforço e sacrifício, as formas físicas mais
'civilizadas'" (p. 39).
BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.
IAC: novo Índice de Adiposidade Corporal
Assunto que foi abordado em duas questões do ENEM 2011, o IAC significa Índice
de Adiposidade Corporal. É um novo método que usa o tamanho dos quadris para medir a
gordura do corpo. Isso significa que as mulheres com grandes quadris podem ser
consideradas acima do peso ou obesas! De acordo com o IAC (gordura do corpo), quanto
maior a circunferência dos quadris em relação à altura, maior a chance de estar acima do
peso.
Para calcular o IAC utiliza-se a seguinte fórmula: divide-se a medida da
circunferência do quadril pela altura multiplicada pela raiz quadrada da altura, diminuindo
18 do resultado final. Vamos fazer um exemplo: 1,60 de altura, 80 cm de quadril IAC =
[80/ (1,60 x √1,60)] – 18 = [ 80/ 2,016 ] – 18 = [39,68] – 18 = 21,68
Como interpretar o resultado:
Adiposidade Normal Sobrepeso Obesidade
Homens 8 a 20 21 a 25 Acima de 25
Mulheres 21 a 32 33 a 38 Acima de 38
O IMC, que é o sistema mais antigo, mede o índice de massa corporal relacionando
o peso e a altura. Não considera a massa muscular, considerando as pessoas muito
fortes (pesadas) como obesas. O IMC mostra o volume da pessoa, o quanto de massa
tem distribuída. E o IAC diferencia a massa gorda (gordura) da massa magra (músculos).
Fonte:http://www.magraemergente.com/obesidade-emagrecimento/iac-aprenda-a-calcular-o-novo-indice-
deadiposidade-corporal
Capacidades Físicas
Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num
organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras
passíveis de treinamento comumente classificadas em diversos tipos: Resistência, Força,
Velocidade, Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza).
Velocidade: É a capacidade física que permite ao músculo realizar uma sucessão
rápida de movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.
Agilidade: É a qualidade física que permite mudar a direção do corpo no menor
tempo possível. Conhecida como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a
flexibilidade é importante.
Força: É a capacidade física que permite deslocar um objeto, o corpo de um
parceiro ou o próprio corpo através da contração dos músculos.
Equilíbrio: É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações
musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei
da gravidade. Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.
Coordenação Motora (destreza): É a capacidade física que permite realizar uma
sequência de exercícios de forma coordenada.
Flexibilidade: É a capacidade física que permite executar movimentos com grande
amplitude, em uma ou mais articulações, sem causar lesões.
Resistência: É a capacidade física que permite efetuar um esforço durante um
tempo considerável, suportando a fadiga dele resultante e recuperando com alguma
rapidez, sem perder a qualidade da execução.
Alongamento
Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular,
que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o
seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é
a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais
alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele
músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.
Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade
incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho.
Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da
idade e da flexibilidade. Mesmo quem apresenta algum problema específico, como LER
ou hérnia de disco também pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade. Não é
preciso grande condição física ou habilidades atléticas.
Quando feitos de maneira adequada os alongamentos reduzem as tensões
musculares relaxam o corpo, proporcionam maior consciência corporal, deixam os
movimentos mais soltos e leves, previnem lesões, preparam o corpo para atividades
físicas e ativam a circulação.
No caso de estudantes eles podem ser feitos até no intervalo das aulas, o
alongamento ajuda na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o
raciocínio.
Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em
maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição
da flexibilidade. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida,
ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua
flexibilidade.
Nos dois casos, a consequência direta desse encurtamento de fibras é a maior
propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos.
Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como
entre atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da
musculatura das costas e posterior das coxas, associado a uma musculatura abdominal
fraca.
Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as
tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.
Fonte: http://intermega.com.br/personalnutri/alonga.htm
Práticas corporais e autonomia
Assistimos nos últimos 15 anos, à ascensão da cultura corporal e esportiva (que
denominaremos, de maneira mais ampla, “cultura corporal de movimento”) como um dos
fenômenos mais importantes nos meios de comunicação de massa e na economia.
O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais e as práticas de aptidão física
tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens) e
objetos de conhecimento e informação amplamente divulgados ao grande público.
Jornais, revistas, games, internet, rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura
corporal de movimento. Há muitas produções dirigidas ao público adolescente. Crianças
tomam contato precocemente com práticas corporais e esportivas do mundo adulto.
Informações sobre a relação práticas corporais-saúde estão acessíveis em revistas
femininas, jornais, noticiários e documentários de TV, nem sempre com o rigor técnico-
científico que seria desejável. Não obstante isso, o estilo de vida gerado pelas novas
condições socioeconômicas (urbanização descontrolada, consumismo, desemprego
crescente, informatização e automatização do trabalho, deterioração dos espaços
públicos de lazer, violência, poluição) leva um grande número de pessoas ao
sedentarismo, à alimentação inadequada, ao estresse, etc. O crescente número de horas
diante da televisão, especialmente por parte das crianças e adolescentes, diminui a
atividade motora, leva ao abandono da cultura de jogos infantis e favorece a substituição
da experiência de praticar esporte pela de assistir esporte.
Hoje, somos todos consumidores potenciais do esporte-espetáculo, como
telespectadores ou torcedores em estádios e quadras. A proliferação de academias de
ginástica e escolinhas de esportes atende às camadas média e alta.
Centros esportivos e de lazer públicos oferecem, embora de maneira ainda
insatisfatória, programas de práticas corporais à população em geral.
A cultura corporal de movimento tende a ser socialmente partilhada, quer como
prática ativa ou simples informação. Tal valorização social das práticas corporais de
movimento legitimou o aparecimento da investigação científica e filosófica em torno do
exercício, da atividade física, da motricidade, ou do homem em movimento. Inicialmente
restrito ao domínio da Fisiologia do Exercício, área da Medicina, esse campo de pesquisa
está presente hoje em muitas áreas científicas, como História, Psicologia e Sociologia,
além da Filosofia.
Por isso, não basta ao indivíduo apenas aprender habilidades motoras e
desenvolver capacidades físicas, aprendizagem esta necessária, mas não suficiente. Se
ele aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, precisa também
aprender a organizar-se socialmente para praticá-lo, precisa compreender as regras como
um elemento que torna o jogo possível (portanto é preciso também que aprenda a
interpretar e aplicar as regras por si próprio), aprender a respeitar o adversário como um
companheiro e não um inimigo, pois sem ele não há competição esportiva.
A pessoa, para ser uma praticante lúcida e ativa, deverá incorporar o esporte e os
demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito
possível. Tal ato implica também compreender a organização institucional da cultura
corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-la para ser uma consumidora do esporte-
espetáculo, para o que deve possuir uma visão crítica do sistema esportivo profissional.
E como o homem moderno poderá melhor usufruir do esporte- espetáculo veiculado
pelas mais diversas mídias?
Primeiro necessitamos instrumentalizá-lo para uma apreciação estética e técnica,
fornecendo-lhe as informações políticas, históricas e sociais para que ele possa analisar
criticamente a violência, o doping, os interesses políticos e econômicos no esporte. É
preciso preparar o cidadão que vai aderir aos programas de ginástica aeróbica,
musculação, natação, etc., em instituições públicas e privadas, para que possa avaliar a
qualidade do que é oferecido e identificar as práticas que melhor promovam sua saúde e
bem-estar. É preciso preparar o leitor/espectador para analisar criticamente as
informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura corporal de
movimento (Betti, 1992).
Em um segundo momento, o indivíduo deverá compreender o seu sentir e o seu
relacionar-se na esfera da cultura corporal de movimento. Esta intensidade e modalidade
de prática corporal foram adequadas para ele? Fizeram-no sentir bem? Foram
significativas para ele? Foram prazerosas? Ele fatigou-se? Quais são, para ele, os sinais
de fadiga? Quais práticas ele pode relacionar ao seu bem-estar ou fadiga? Que condições
a sociedade em que ele vive oferece para se praticar esta atividade? Quais são os grupos
sociais interessados nesta prática? Toda essa prática deve, progressiva e
cuidadosamente, conduzir o indivíduo a uma reflexão crítica que o leve à autonomia no
usufruto da cultura corporal de movimento (Betti, 1994a, 1994b).
Fonte: Adaptação de artigo de Mauro Betti e Luiz Roberto Zuliani, publicado na
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2002, I(I): 73 – 81.
Esportes
- Atletismo
O atletismo é um conjunto de atividades esportivas (corrida, saltos e
arremessos), que tem a origem nas primeiras Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga.
Nos primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C, eram realizadas provas de
corridas e arremessos de peso.
Grande parte das provas de atletismo é realizada em estádios fechados.
Nestes estádios, existem as demarcações específicas para cada prova e também os
equipamentos como, por exemplo, no salto com varas. Algumas competições como, por
exemplo, a maratona, é realizada em vias públicas.
As principais modalidades do atletismo são:
* Corrida de pista
É a mais tradicional competição do atletismo e envolve várias provas:
- Corridas disputadas em pistas ovais (cada atleta corre numa faixa): 100 metros
rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos,
- Corridas de Meio Fundo (os atletas não precisam ficar na raia): 800 metros e 1.500
metros.
- Corridas de Fundo (dentro da pista): 5.000 metros e 10.000 metros.
- Maratona (disputada nas ruas): percurso de 42,19 km.
*Corridas com obstáculos
São realizadas dentro dos estádios e se dividem em quatro modalidades: 100
metros (feminino), 110 metros (masculino), 400 metros (masculino e feminino) e 3.000
metros (feminino e masculino).
* Revezamento
As provas de revezamento são disputadas por grupos compostos por quatro atletas
cada. Cada atleta corre um quarto da pista e passa um bastão para o atleta seguinte de
sua equipe.
* Saltos
- Salto em distância: o atleta corre numa pista, de no mínimo 40 metros, e deve
efetuar o salto antes de uma tábua de 20 cm de largura. Ao cair na areia é feita a medição
da distância obtida. Vence o atleta que conseguir o salto com maior distância.
- Salto com Vara: os competidores usam uma vara longa e flexível para alçar altura
e passar por cima de uma barra.
- Salto triplo: combinação de três saltos sucessivos e coordenados. Vence o
competidor que obtiver o salto que com maior distância.
- Salto em altura: nesta competição o atleta deve percorrer uma pista (mínimo de 20
metros) e com uma vara saltar por cima do sarrafo (barra horizontal). O atleta pode tocar
o sarrafo, porém o mesmo não pode cair. A altura vai aumentando a cada salto positivo.
Vence o atleta que conseguir saltar maior altura sem derrubar o sarrafo.
* Arremessos e Lançamentos
Existem quatro modalidades nesta categoria: arremesso de peso, lançamento de
dardo, de martelo e de disco. Em todas elas, vence o atleta que conseguir arremessar o
objeto a uma distância maior.
- Federações e Confederações:
- As competições, regras e atividades internacionais de atletismo são organizadas
pela IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo). No Brasil, temos a
CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).
- Basquetebol
O basquetebol é um esporte criado em 1891 pelo professor de Educação Física
James Naismith, da Associação Cristã de Moços de Springfield, no Canadá. Esse é um
esporte jogado por 5 atletas que têm como objetivo passar a bola de mão em mão até que
ela chegue na cesta adversária. O basquete é jogado em uma quadra delimitada por
linhas. É colocada uma cesta em duas extremidades de forma que elas fiquem uma de
frente para a outra. O aro dessas cestas são colocadas a 3,05 metros de altura do chão.
Pode ser praticado em quadra fechada ou ao ar livre.
Os atletas do basquete podem caminhar em quadra desde que driblem, ou seja,
batam a bola no chão a cada passo; não é permitido andar sem driblar. O jogador pode
passar a bola para um companheiro ou arremessar na cesta adversária.
O primeiro jogo de basquete foi disputado em 1892, com 9 jogadores para cada
equipe e a bola era a mesma utilizada nos jogos de futebol. O basquete virou esporte
Olímpico em 1936, quando entrou oficialmente nos Jogos Olímpicos de Verão de Berlim.
As regras do basquete são bem fáceis e distintas. A cesta é o ato de passar a bola
no aro adversário e a pontuação de cada cesta é definida conforme a distancia que a
pessoa acertou. Então dois pontos valem se a pessoa lançou a bola da área do garrafão,
para os três pontos é preciso acertar fora da linha dos 6,75 metros. Cada equipe tem meia
quadra. A marcação é livre, desde que não se toque no jogador ou arranque a bola da
mão dele; é preciso interceptar um lançamento.
Os fundamentos básicos do basquete são: drible, passes, arremessos e rebote.
O campeonato mais importante de basquete é o realizado pela NBA, uma verdadeira
sensação internacional. A organização internacional do esporte fica a cargo da FIBA –
Federação Internacional de Basquetebol e é ela que administra a modalidade
mundialmente. No Brasil, temos a Confederação Brasileira de Basquetebol – CBB, como
responsável por esse esporte e aqui é realizado o NBB – Novo Basquete Brasil,
campeonato organizado pela Liga Nacional de Basquete com a chancela da CBB. Pela
FIBA, cada jogo de basquete tem duração de 40 minutos, divididos em 4 períodos iguais
de 10 minutos com intervalos de 15 minutos entre o 2º e o 3º período. A cada troca de
período, muda-se o lado da quadra que a equipe defende.
O basquete também ganhou uma adaptação para os deficientes, o basquete em
cadeiras de rodas, totalmente adaptado para as pessoas que estão em cadeiras de rodas
também poderem praticar o esporte.
- Futsal
O futebol de salão ou futsal começou a ser praticado em 1930 por jovens
freqüentadores da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo e em Montevidéu, no
Uruguai. Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram "peladas"
nas quadras de basquete e hóquei aproveitando as traves usadas na prática desse último
esporte. O Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi
bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA,
sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o
intercâmbio dentro da ACMs era constante.
Para os uruguaios, o criador do futsal foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da
ACM de Montevidéo. Nesta associação, um grupo de jovens alunos, empolgados com o
sucesso do futebol uruguaio, praticava-no como recreação em quadras de basquete.
Entretanto, os brasileiros, argumentam que o jogo praticado no Uruguai não estava
ainda organizado e poderia ser praticado por cinco, seis e até sete jogadores. Nas
décadas de 30 e 40, este "protótipo" do que viria a ser o futebol de salão era
intensamente praticado nas ACMs dos dois países.
Com isso, concluímos que, de fato, a prática de um tipo de futebol dentro de quadras
começou na Associação Cristã de Moços, seja ela no Brasil ou no Uruguai.
O futsal difundiu-se rapidamente por outros estados e na década de 50 começaram
a ser fundadas as federações estaduais de futebol de salão. Até 1958, São Paulo e Rio
de Janeiro disputavam a primazia do jogo, havendo divergências entre as regras locais.
Tudo se resolveu com a oficialização da prática pela Confederação Brasileira de
Desportos nesse ano, que padronizou as regras e aceitou as federações estaduais como
filiadas.
COMO SE JOGA
Futsal, ou futebol de salão, é uma adaptação do futebol de campo para quadra.
Joga-se em espaços chamados "quadras polivalentes", demarcados também para outros
esportes, como vôlei e basquete.
Participam duas equipes de cinco jogadores cada, com bola menor, mais pesada e
menos flexível que a do futebol tradicional.
O Futsal é disputado em quadras de 25 a 42 m de comprimento por 16 a 25 m de
largura. A bola pesa de acordo com cada categoria disputada. As metas medem três
metros de largura por dois de altura, à frente das quais se demarcam áreas cujas linhas
são equidistantes quatro metros da linha de gol. O objetivo do jogo é marcar tentos, como
no futebol de campo, mas algumas regras são exclusivas do Futsal.
O arremesso lateral e o arremesso de canto são cobrados com os pés; após a
quinta falta coletiva, a equipe infratora é punida com a cobrança de um tiro livre direto,
sem barreira, do local onde foi cometida a falta; o atleta que cometer cinco faltas será
desclassificado e o goleiro deve sempre repor a bola em jogo, com a mão ou com os pés,
quatro segundos após defendê-la. A partida tem a duração de quarenta minutos (dois
tempos de vinte) para a categoria Adulta, Sub-20 e Sub-17. Para a categoria Sub-15, a
partida dura trinta minutos (dois tempos de quinze). Para as categorias menores, cada
Federação fixa o tempo.
- Ginástica
A ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas
e envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e
coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental.
Desenvolveu-se, efetivamente, a partir dos exercícios físicos realizados pelos
soldados da Grécia Antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e
habilidades semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas.
Naquela época, os ginastas praticavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos
chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser retomada -
com ênfase desportiva e militar - no final do século XVIII, na Europa, através de Jean
Jacques Rousseau, do posterior nascimento da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn -
de movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de força - e da escola sueca, de Pehr
Henrik Ling, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prática do esporte.
Anos mais tarde, a Federação Internacional de Ginástica foi fundada, para
regulamentar, sistematizar e organizar todas as suas ramificações surgidas
posteriormente. Já as práticas não competitivas, popularizaram-se e difundiram-se pelo
mundo de diferentes formas e com diversas finalidades e praticantes.
A ginástica moderna, dirigida pela Federação Internacional de Ginástica, incorpora
seis modalidades distintas, com uma delas divida em duas ramificações de importância
igual, gerando assim um total de sete, de acordo com a visão da federação, que deu
ainda a cada uma delas um específico Código de Pontos. Uma dentre as demais, não
competitiva, reúne no concreto, o conceito da ginástica em si:
Modalidade Principal evento Primeira aparição
Ginástica artística (no Brasil, chamada também de olímpica)
Jogos Olímpicos 1896
Ginástica rítmica Jogos Olímpicos 1996
Trampolim acrobático Jogos Olímpicos 2000
Ginástica acrobática Campeonato Mundial 1974
Ginástica aeróbica Campeonato Mundial 1995
Ginástica geral Gymnaestrada 1953
Nas escolas, as modalidades mais praticadas são: Ginástica Artística e Ginástica
Rítmica.
A Ginástica Artística, também chamada de Olímpica, por ser a mais antiga de todas,
tem sua história constantemente confundida com a da própria ginástica. Enquanto cunho
esportivo, a ginástica artística foi a primeira ramificação da ginástica em si, em matéria de
combinação de exercícios sistemáticos, criada para diferenciar as técnicas e os
movimentos criados das práticas militares. Sua inserção nos Jogos Olímpicos da era
moderna, deu à ginástica o status de esporte olímpico, no qual se desenvolveram e são
disputadas suas demais modalidades competitivas dentro do conceito de esporte e
modalidade do Comitê Olímpico Internacional.
Suas competições dividem-se em duas sub modalidades. Enquanto os homens
disputam oito provas - equipes, concurso geral, cavalo com alças, argolas, barras
paralelas, barra fixa, solo e salto -, as mulheres disputam seis - equipes, individual geral,
solo, salto, trave e barras assimétricas. Os ginastas devem mostrar força, equilíbrio,
coordenação, flexibilidade e graça.
A Ginástica Rítmica - data do século XVI o primeiro relato acerca da prática da
ginástica ligada ao ritmo. A partir disso, foi mais de duzentos anos até se tornar um
conjunto uniforme de dança, levada à extinta União Soviética, onde passou a ser
ensinado como um novo esporte. Mais tarde, obteve sua independência da modalidade
artística - para a qual deixou a musicalidade - e um sistema organizado, com aparelhos e
competições próprios. Em 1996, tornou-se um esporte olímpico, cem anos após a entrada
da ginástica em Jogos Olímpicos. Esta modalidade envolve movimentos de corpo em
dança de variados tipos e dificuldades combinadas com a manipulação de pequenos
equipamentos. Em suas rotinas, são ainda permitidos certos elementos pré-acrobáticos,
como os rolamentos e os espacates. As atletas, durante suas apresentações, devem
mostrar coordenação, controle e movimentos de dança harmônicos e sincronizados com
as companheiras e a música.
- Handebol
O Handebol é mais uma das modalidades desportivas que o Velho Mundo nos
enviou. Anteriormente, o handebol já apresentou grandes distinções em termos de
preferência entre o que se chamou Handebol de campo e Handebol de Salão. Hoje, a
carência de locais no Brasil, ou melhor, a maior disponibilidade de quadras e não de
campos, fez prevalecer o handebol de salão, que absorveu a prática da modalidade em
todo País.
O handebol foi idealizado por um professor de Educação Física, o alemão Karl
Schelenz que, procurando dar às suas classes femininas uma atividade alegre e
movimentada, criou o handebol com base num jogo tcheco chamado “Azena”. Por volta
de 1914, Berlim foi palco das primeiras disputas que se desenrolaram num campo de
40x20 metros. Depois passou a ser praticado por homens, por isso, foram modificadas
algumas regras e aumentadas as dimensões do campo, passando para 40x80 metros,
Mais tarde, as medidas foram igualadas às de um campo de futebol, já com onze
jogadores, com a bola reduzida de tamanho, permitindo o manuseio com uma só mão.
Isto proporcionou maior movimentação e satisfação na prática do jogo. Esse era o
handebol de campo.
O handebol tomou maior impulso no meio estudantil. Suas características, facilidade
de na aprendizagem e execução natural dos fundamentos, permitiram o emprego da
velocidade, movimentação, força nos arremessos, e habilidade no manejo da bola. Em
1927, foi criada a Federação Internacional de Handebol, com 39 países inscritos, mas
somente em 1938 foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, sagrando-se campeão a
Alemanha.
Os rigores do inverno não permitiam a prática do handebol em campo aberto, fato
que levou este esporte a uma adaptação, para que pudesse ser praticado em recinto
fechado e de menor tamanho. Coube aos suecos a inovação que foi o “inne-hand-ball”
(handebol no interior) ou “hallen-handeball” (handebol de salão) como o chamam os
alemães, diminuindo o tamanho do campo e o numero de jogadores, que passou a ser de
sete atletas.
Com isso, as jogadas ganharam em movimentação e rapidez. A natureza do piso
possibilitava a maior movimentação com a bola. O campo, por ser de dimensões
menores, permitia a todos os jogadores em campo atacarem e defenderem em bloco, o
que imprimia às jogadas uma espantosa velocidade, com grandes possibilidades de gol.
O handebol de salão tornou-se um esporte independente, com técnica e tática
própria, suplantando o handebol de campo, que sofreu a concorrência do futebol, mais
atraente e já implantado em todos os países do mundo.
O handebol veio para o Brasil por volta de 1930. Difundiu-se inicialmente em São
Paulo onde, em 16 de fevereiro de 1940, foi fundada a Federação Paulista de Handebol.
Inicialmente, o handebol foi praticado por onze jogadores isoladamente, por grupos de
colônias estrangeiras e por alguns clubes classistas e equipes de firmas comerciais.
A duração normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou
acima de 16 anos, é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de 10
minutos. A duração normal da partida para equipes de jovens é 2 X 25 minutos no grupo
de idade entre 12-16 anos e 2 X 20 minutos no grupo de idade entre 8-12 anos.
Atualmente, o handebol disputado por equipes de sete jogadores é o mais popular.
No handebol os jogadores movimentam a bola através de passes feitos com a mão
até chegarem na área do gol adversário. Os defensores fazem com o corpo uma barreira
na área de lançamento para tentar impedir o gol. Se o goleiro não defender, sua equipe
recomeça o jogo a partir do meio do campo.
O handebol de sete jogadores é disputado em quadras de 40 metros de
comprimento por 20 metros de largura com duas traves de 3 metros de largura por 2
metros de altura cada.
- Voleibol
O voleibol atualmente é o segundo esporte em popularidade no Brasil e nossas
seleções estão colocadas entre as melhores do mundo. É um esporte executado em uma
quadra retangular de 18 X 9 metros, com duas equipes separadas por uma rede e seu
objetivo é colocar a bola no chão da quadra da equipe adversária. Sua principal
característica é o uso das mãos, embora o uso de outras partes do corpo também seja
permitido pelas regras oficiais.
O voleibol surgiu nos Estados Unidos, em 1895,na Associação Cristã de Moços,
através de William George Morgan. O objetivo era criar um esporte onde não existisse
contato físico entre os praticantes, de modo a minimizar o risco de lesões. Ele procurou
mesclar elementos do tênis e do basquetebol. As primeiras regras surgiram em 1897 e
permitiam sua prática tanto em locais fechados, como quadras e ginásios, como em locais
abertos, como parques e praias. Nessa época, não havia limite no número de jogadores e
o objetivo era manter a bola em movimento sobre uma rede estendida de um lado a outro
da quadra. Quando a bola caia no chão da quadra adversária era marcado um ponto.
Hoje as regras oficiais definem que cada equipe deve ser composta por seis atletas.
Uma equipe inicia a partida sacando e à equipe adversária é permitido dar até três toques
na bola antes de devolvê-la. É ganhadora a equipe que primeiro vencer três sets, com 25
pontos cada.
Recentemente o Volei de Praia, modalidade derivada do voleibol de quadra e com
regras específicas, tem tido destaque em todo o mundo e o Brasil figura entre os países
de destaque na modalidade.
As principais habilidades utilizadas no voleibol são: saltar, correr, lançar e rebater.
Ou seja: para chegar à bola è necessário correr; para cortar a bola durante um ataque é
preciso saltar; para colocar a bola em jogo(sacar) é preciso lançar: e para devolver a bola
à quadra adversária é preciso rebater. Mas outras habilidades são específicas desse
esporte: bloqueio, saque, manchete e toque.
Os principais fundamentos do voleibol são:
- Manchete: as pernas devem estar afastadas até a largura dos ombros e levemente
flexionadas, com uma perna à frente da outra e os braços devem ser unidos pelas mãos
sobrepostas, estendidos à frente do corpo. A bola deve ser rebatida com os antebraços, o
que permite que ela seja amortecida e tome outra direção.
- Toque: as pernas devem estar abertas até na largura dos ombros e
semiflexionadas. Os braços também devem estar semiflexionados, direcionados acima da
cabeça e à frente do corpo. O contato das mãos com a bola darse-á por meio da parte
interna dos dedos.
- Saque: o movimento inicial deve acontecer com os pés em paralelo e a perna
contrária ao braço que irá bater na bola deve ficar à frente. A bola deve ser segurada à
frente da mão que fará o saque, enquanto o braço de ataque se movimenta de trás e cima
para golpear a bola.
- Cortada: trata-se de uma rebatida de bola, caracterizada pela alta velocidade que
esta atinge a quadra adversária.
Como curiosidade, existe no voleibol moderno, desde 1998, a função de líbero, um
atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo
do campo, isto é, recepção e defesa.
O objetivo foi o de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste
modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplicam
exclusivamente a este jogador, como utilizar equipamento diferente, não ser capitão do
time, nem atacar, bloquear ou servir. Quando a bola está fora de jogo ele pode trocar de
lugar com qualquer outro jogador sem notificar o árbitro, sem que essas substituições
contem para o número legalmente permitido em cada set. Ele só pode levantar de toque
do fundo da quadra.
- Danças
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e
da música.
Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos
(coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com
passos cadenciados, é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a
expressão de sentimentos potenciados por ela. A dança pode existir como manifestação
artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa
através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado
público, que ao longo do tempo foi se desvinculado das particularidades do teatro.
A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e
ritmos, criando uma harmonia própria. Não é somente através do som de uma música que
se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do som que se
ouve, e até mesmo sem ele. A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda
na pré-história, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais
intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos
com as mãos, através das palmas.
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, onde
as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros
registros dessas danças mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois mil anos
antes de Cristo.
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em
virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O Japão preservou o caráter religioso
das danças, onde as mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias dos tempos primitivos.
Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus
Baco (deus do vinho), onde se dançava em festas e bacanais.
Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que
estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito.
Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos
teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura.
No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, onde cada localidade
apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares,
como a valsa, a polca, o tango, dentre outras.
Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século
XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os ritmos
das danças. Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais
foram se difundindo.
- Lutas
Boxe
É um estilo de luta no qual são usado apenas os punhos, tanto para defesa tanto
para o ataque. A palavra Boxe vem do inglês to box que significa lutar, bater.
O boxe era muito praticado pelos ingleses e muitas vezes as lutas aconteciam com
as mãos nuas, assim as lutas se tornaram brutais e em 1872 foram criadas as regras
onde as lutas teriam 3 minutos de round e 1 minuto de intervalo, e os lutadores eram
obrigados a usar luvas.
Seus principais golpes são Jab ou jabe: Golpe frontal com o punho que está a frente
na guarda. Direto: Golpe frontal com o punho que está atrás na guarda.Cruzado (cross):
Tão potente quanto o direto, porém o alvo é a lateral da cabeça do adversário. Hook ou
gancho: Desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente a cabeça ou
abdome, dificultando a defesa do oponente. Uppercut: Golpe desferido de baixo para cima
visando atingir o queixo do oponente.
Judô
O judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor
de Educação Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como objetivo criar
uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente. Esta arte
marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa.
O judô teve uma grande aceitação no Japão, espalhando, posteriormente, para o
mundo todo, pois possui a vantagem de unir técnicas do jiu-jitsu (arte marcial japonesa)
com outras artes marciais orientais.
As lutas de judô são praticadas num tatame de formato quadrado (de 14 a 16 metros
de lado). Cada luta dura até 5 minutos. Vence quem conquistar o ippon primeiro. Se ao
final da luta nenhum judoca conseguir o ippon, vence aquele que tiver mais vantagens.
Jiu-Jitsu
Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou “arte suave”, nasceu na Índia e era
praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges
desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de
articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a
expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente,
chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.A partir do final do século XIX,
alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino
da arte marcial e das lutas que realizavam.
Karatê
O karatê é uma arte marcial que era usada pelos guerreiros japoneses na época das
guerras. Mas hoje não é só ensinada como arte marcial, mas também como
condicionamento físico, defesa pessoal, forma de socialização do indivíduo, com intuito de
competição e vários outros objetivos.
No ano de 1470, a ilha de Okinawa estava dominada pelos chineses, e os nativos
foram proibidos de usarem armas, que na época eram as espadas. Como eles não
podiam usar armas para se defender começaram a desenvolvertécnicas de luta utilizando
apenas as mãos, que por serem desarmadas a luta passou a ser conhecida como Karatê-
Dô.Em japônes mãos significa “TE”, vazias significa “KARA” e “DO” caminho, então
Karatê-Dô quer dizer “Caminho das Mãos Vazias”, ou seja, sem armas ou qualquer outro
objeto que possa ser usado para se defender.
Jogos e Brincadeiras
Brincar é uma invenção humana "um ato em que sua
intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para
modificar, imaginariamente, a realidade e o presente". (COLETIVO DE
AUTORES, 1992).
Os jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade
resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a (re)construção de
regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências culturais,
isto é, o imaginário. A natureza dos jogos e das brincadeiras não é discriminatória, pois
implica o reconhecimento de si e do outro, traz possibilidades de lidar com os limites
como desafios, e não como barreiras. Além disso, os jogos e as brincadeiras possibilitam
o uso de diferentes linguagens verbais e não verbais, o uso do corpo de formas diferentes
e conscientes; a organização, ação e avaliação coletivas. Alguns autores consideram os
termos "jogo", "brinquedo" e "brincadeira" como sinônimos, pois todos eles sintetizam a
vivência do lúdico. Huizinga, autor clássico na teoria do jogo, afirma ser esse um
fenômeno anterior à cultura. O jogo cumpre funções sociais. É sério, mas não é sisudo. É
uma ação voluntária, desinteressada, é liberdade. Provoca a evasão da vida real para
uma esfera temporária de atividade com orientação e espaços próprios. Todo jogo tem
regras, pois ele cria ordem e é ordem. Absorve inteiramente o jogador que, ativamente,
participa criando e recriando regras. Aquele que desrespeita as regras é considerado um
"desmancha-prazeres" (HUIZINGA, 1980).
Para CALLOIS (1990), os jogos, entendidos como motivações para a vivência lúdica,
podem ser categorizados em quatro grupos, a saber: os jogos de aventura, aqueles que
nos colocam diante do novo,do mistério (um filme, um livro, uma partida de futebol,
passeios e viagens, uma festa, dentre outros); os jogos de competição (e aqui entram
também os de cooperação); os jogos de vertigem, aqueles que dão um friozinho na
barriga, como os escorregadores, cama elástica, montanha-russa, pular, saltar; e, por fim,
os jogos de fantasia, que lidam com o simbólico, o imaginário e o faz de conta.
A festa, por sua vez, é entendida como um fenômeno social que inclui celebração,
fruição, diversão, evento, espetáculo, brincadeira, exaltação, trabalho e lazer. É tempo e
espaço para a expressão,encontro, rebeldia, devoção, oração, manifestação,
reivindicação (ROSA, 2002). É o que permite ao homem e à sociedade se manterem
vivos, pois é ela a própria humanidade do homem. Recuperar, relembrar, reconstruir,
vivenciar o brincar, o jogar e o "festar" na escola possibilitam a vivência do caráter lúdico
que acompanha tais práticas corporais. O jogo, a brincadeira e a festa, para além do
prazer, da satisfação, são entendidos como instantes de reconhecimento do homem como
produtor de história e de cultura, por isso merecem ser problematizados.
É importante considerar que as brincadeiras, por mais "ingênuas" que
possam parecer, podem contribuir com determinado projeto de sociedade, por isso
precisam ser discutidas e ressignificadas.
Quando contamos piadas sobre negros, louras ou homossexuais, por exemplo,
podemos estar reforçando o racismo e o preconceito. Além disso, muitos jogos e
brincadeiras têm como objetivo eliminar aqueles jogadores que "erram", reforçando a
exclusão. Os jogos e as brincadeiras tornam-se assim, espaços educativos de vivência e
reflexão dos princípios norteadores desta proposta.