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GABINETE DO PREFEITO DECRETO N° 013/2020 DE 23 DE JANEIRO DE 2020. DISPÕE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS FUNERÁRIOS E OUTRAS PROVIDÊNCIAS. RAMON WOLLINGER , Prefeito Municipal de Biguaçu, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 98, inciso VI, da Lei Orgânica do Município de Biguaçu, e de conformidade com a autorização que lhe confere o artigo 5º, da Lei Municipal n.º 586/1989, DECRETA: Capítulo I DOS SERVIÇOS FUNERÁRIOS Art. 1º . Os serviços funerários no Município de Biguaçu devem ser prestados por pessoas jurídicas permissionárias de serviços públicos, na forma disposta neste Decreto, após o parecer técnico e o licenciamento do órgão competente da Municipalidade. Art. 2º . As permissionárias organizadas para a exploração dos serviços funerários poderão exercer cumulativamente as seguintes atividades: I - Agências funerárias; II - Capelas mortuárias; III - Embalsamamento, tanatopraxia, conservação e/ou restauração de cadáveres. IV- Administradora de plano de assistência funerária de acordo com Lei Federal nº 13.261/2016. V – Serviços de cremação obedecidas as condições na legislação em vigor. Parágrafo Único. A permissionária que prestar serviço de apenas de plano de assistência funerária, são obrigadas a contratarem Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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GABINETE DO PREFEITO

DECRETO N° 013/2020 DE 23 DE JANEIRO DE 2020.

DISPÕE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS FUNERÁRIOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

RAMON WOLLINGER, Prefeito Municipal de Biguaçu, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 98, inciso VI, da Lei Orgânica do Município de Biguaçu, e de conformidade com a autorização que lhe confere o artigo 5º, da Lei Municipal n.º 586/1989,

DECRETA:Capítulo I

DOS SERVIÇOS FUNERÁRIOS

Art. 1º. Os serviços funerários no Município de Biguaçu devem ser prestados por pessoas jurídicas permissionárias de serviços públicos, na forma disposta neste Decreto, após o parecer técnico e o licenciamento do órgão competente da Municipalidade.

Art. 2º. As permissionárias organizadas para a exploração dos serviços funerários poderão exercer cumulativamente as seguintes atividades:

I - Agências funerárias;II - Capelas mortuárias;III - Embalsamamento, tanatopraxia, conservação e/ou restauração de cadáveres.IV- Administradora de plano de assistência funerária de acordo com Lei Federal nº 13.261/2016.V – Serviços de cremação obedecidas as condições na legislação em vigor.

Parágrafo Único. A permissionária que prestar serviço de apenas de plano de assistência funerária, são obrigadas a contratarem os serviços das permissionárias autorizadas nos incisos I, II, III e V, para os serviços funerários no Município de Biguaçu.

Art. 3º. O pedido de autorização para funcionamento de permissionárias de serviços funerários será instruído com os documentos definidos conforme regulamento.

Capítulo II

DAS AGÊNCIAS FUNERÁRIAS

Art. 4º. Consideram-se serviços das agências funerárias:I - Fabricação e venda de urnas, caixões e esquifes;II - Agenciamento de aluguéis de sepultura e da capela mortuária;Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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GABINETE DO PREFEITOIII - Transporte do corpo cadavérico humano;IV - Outros serviços estritamente necessários ao sepultamento do corpo cadavérico humano, obedecidas as disposições legais;V - Plano ou serviço de assistência funerária o conjunto de serviços contratados a serem prestados ao titular e a seus dependentes na realização das homenagens póstumas.

Parágrafo Único. As agências funerárias poderão exercer também a atividade de embalsamamento, tanatopraxia, conservação e/ou restauração de cadáveres, respeitadas as exigências legais.

Art. 5º. As agências funerárias deverão manter, obrigatória e permanentemente, depósito com número mínimo de 08 (oito) caixões, urnas e esquifes de modelos tabelados.

Art. 6º. As permissionárias prestadoras de serviços funerários terão que possuir, no mínimo 1(um) veículo, com no máximo 8 (oito) anos de uso, apropriado para a remoção do corpo cadavérico humano.

Parágrafo Único. A qualquer tempo, os veículos terão que se apresentarem limpos e em perfeitas condições de funcionamento, conservação e estética.

Art. 7º Os veículos deverão ter dimensões mínimas compatíveis com o tamanho dos caixões, urnas ou esquifes existentes no mercado, e deverão:I - Atender as deliberações do DETRAN/SC sobre transporte de cadáver humano;II - Estar padronizados;

§ 1º. Os veículos serão vistoriados anualmente pelo órgão competente da Municipalidade.

§ 2º. Sempre que houver troca de veículo, em qualquer época, será obrigatória a vistoria pelo órgão competente da Municipalidade.

§ 3º. Atendidos todos os requisitos, será colocado no vidro frontal o selo de conformidade.

Art. 8º. A permissão para a instalação de novas agências funerárias dar-se-á quanto aos respectivos locais, sem prejuízo da legislação de zoneamento vigente, necessariamente visando ao maior interesse público e ao melhor atendimento aos usuários dos serviços.

Art. 9º. As agências funerárias terão que possuir no mínimo 1 (um) telefone.

Capítulo III

DO REGIME DE PLANTÃOPraça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 10º. Sem prejuízo da livre opção por parte dos familiares ou responsáveis pelo de cujus, contratantes dos serviços, fica instituído o regime de plantão, em sistema de rodízio, podendo atuar diariamente apenas uma permissionária.

§ 1º. O regime de plantão será administrado e fiscalizado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Obras, cabendo, entre outras atribuições previstas em lei e em regulamento, publicar, até o décimo-quinto dia do mês de cada ano, a escala de plantão para o ano vigente.

§ 2º. O órgão referido no parágrafo anterior dará atendimento externo 24 horas por dia e funcionará em local de fácil acesso.

Art. 11º. Fica proibida qualquer forma de agenciamento, negociação, publicidade ou venda de serviços e produtos funerários em unidade de saúde públicos ou privados, delegacias de polícia e Instituto Médico Legal, ou dentro do limite previsto no parágrafo seguinte.

§ 1º. Os estabelecimentos prestadores de serviços funerários não poderão estar localizados a uma distância menor de um raio de 100 (cem) metros dos estabelecimentos de saúde públicos ou privados, delegacias de polícia, Instituto Médico Legal e do local destinado do órgão municipal competente pela fiscalização.

§ 2º. O descumprimento desta norma sujeita a permissionária infratoras à pena de multa no valor 50.000,00 (cinquenta mil reais), e a cassação do respectivo alvará de funcionamento no caso de reincidência.

Art. 12º. É obrigatória a fixação, na sala do plantão, de listagem com todas as funerárias legalmente estabelecidas, com os respectivos endereços e telefones, possibilitando a livre escolha da prestadora dos serviços.

Art. 13º. Somente poderão participar do Regime do Plantão as permissionárias que:

I - Estiverem em dia com as obrigações fiscais municipais, a ser comprovada mediante apresentação de Certidão expedida pelo órgão competente da Municipalidade;II – Aderirem e observarem o Código de Ética e Regulação de Setor Funerário;III - Prestarem os serviços funerários permanentemente durante 24 (vinte e quatro) horas por dia, ininterruptamente;Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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GABINETE DO PREFEITOIV - Atenderem e fornecerem os serviços funerários e materiais necessários para a população de baixa renda, com padrões definidos pelo órgão competente da Municipalidade;V - Efetuarem, mediante remuneração, conforme valores a serem determinados, a execução de todo o serviço à população carente e/ou indigente do Município de Biguaçu, em sistema de rodízio entre as permissionárias com sede neste município, inclusive com traslado do Instituto Médico Legal da Grande Florianópolis, ou outro hospital da região, incluindo questões de urnas especiais e procedimentos exigidos por Lei Estadual, como embalsamento - tanatopraxia, uma vez encaminhado pelo serviço social da Administração Municipal. VI - Que não tiverem sido condenadas em processo administrativo pelo descumprimento de alguma das obrigações constantes no presente artigo.

SEÇÃO II

DOS ÓBITOS OCORRIDOS EM UNIDADES DE SAÚDE

Art. 14º. Os óbitos ocorridos em unidades de saúde, públicas ou privadas, deverão ter o seguinte encaminhamento:

I - A unidade de saúde deverá:

a) Comunicar imediatamente, mediante contato telefônico, a ocorrência do óbito ao órgão competente da Municipalidade; b) Informar ao familiar responsável pelo de cujus, que a funerária plantonista fará o seu acompanhamento até o órgão competente da Municipalidade, junto com a guia de comunicação de óbito que será emitida pela respectiva unidade de saúde;

II – O órgão competente da Municipalidade, deverá avisar imediatamente à funerária plantonista para que esta compareça à unidade de saúde em que ocorreu o óbito, mantendo planilha de controle de horário do óbito e da comunicação à funerária acionada;III - A funerária plantonista deverá encaminhar o familiar do de cujus, junto com a guia de comunicação de óbito, ao órgão competente da Municipalidade, onde será autorizada a liberação e sepultamento do corpo, e o familiar poderá optar ou não, pelos serviços da funerária de plantão;IV - A guia de comunicação de óbito será fornecida às unidades de saúde pelo órgão municipal e deverá possuir três vias, distribuídas da seguinte forma:

a) Via nº 1, ao familiar ou responsável pelo de cujus;b) Via nº 2, ao órgão municipal responsável;c) Via nº 3, à unidade de saúde.

V - Em caso do descumprimento das regras previstas neste artigo, os infratores ficam sujeitos às penalidades previstas no art. 11, § 2º desta Lei.

Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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GABINETE DO PREFEITOArt. 15º. O familiar ou responsável pelo de cujus apresentará a guia de comunicação de óbito ao órgão municipal responsável que indicará a relação das permissionárias e da plantonista, disponibilizando, ainda, os números dos telefones para contato e os respectivos endereços.

Parágrafo Único. Após a indicação expressa, pelo familiar ou responsável, da prestadora do serviço escolhida, o órgão municipal responsável certificará na via nº 01 a opção, devolvendo-a ao seu destinatário.

Art. 16º. A unidade de saúde somente poderá liberar o corpo cadavérico mediante a apresentação da via certificada pelo órgão municipal responsável, devendo, mediante recibo, devolvê-la ao destinatário.

Art. 17º. No caso de o sepultamento ocorrer nos limites do município, o administrador do cemitério somente liberará o ato mediante a apresentação da 1ª via da guia de comunicação de óbito, devendo retê-la para comprovações quando da ocorrência de eventuais fiscalizações.

Art. 18º. A prestadora de serviços funerários somente poderá trafegar dentro dos limites do município com o corpo cadavérico estando na posse da 1ª via da guia de comunicação de óbito, salvo no caso de traslado entre o local do óbito e o órgão responsável pelo exame constante no art. 22, desta lei.

Art. 19º. O descumprimento das regras previstas nos artigos 17, 18 e 19, desta lei, ocasionará as permissionárias, unidades de saúde e cemitérios, respectivamente, a pena de multa no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) exceto no caso do art. 19, se o cemitério for administrado pelo município.

Parágrafo Único. A reincidência da infração prevista no caput ocasionará a cassação do alvará de funcionamento.

Art. 20º. No caso de o corpo cadavérico estar sendo trasladado de outro município, fica dispensada a observância das regras previstas neste capítulo.

SEÇÃO III

DOS ÓBITOS SUJEITOS À NECROPSIA

Art. 21º. Quando a lei determinar a realização de exame por parte do Instituto Médico Legal, caberá à permissionária plantonista efetuar, de forma gratuita, o traslado do corpo cadavérico do local da ocorrência do óbito até o órgão responsável pela realização do exame.

Parágrafo Único. A plantonista fica dispensada da obrigação prevista no caput, deste artigo, quando o familiar ou responsável indicar outra permissionária para realizar o traslado.Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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Art. 22º. No caso do artigo anterior, a guia de comunicação de óbito será emitida pelo órgão municipal competente, salvo quando o corpo cadavérico ingressar em unidade de saúde, aplicando-se, neste caso, a regra do art. 15.

Parágrafo Único. Após a escolha da permissionária que irá prestar os serviços funerários, o órgão municipal competente certificará a opção na 1ª via da guia referida e entregará ao responsável ou familiar do de cujus.

Art. 23º. O órgão responsável pelo exame previsto no art. 22 somente liberará o corpo cadavérico mediante a apresentação da guia de comunicação de óbito indicando a permissionária que efetuará os serviços funerários.

Art. 24º. As regras previstas na seção anterior serão aplicadas, nos casos que não conflitarem, à presente seção.

Capítulo IV

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 25º. Considera-se infração o descumprimento de quaisquer dispositivos legais e regulamentares que disciplinem a constituição e o funcionamento das permissionárias de serviços funerários.

Art. 26º. As infrações apuradas serão objeto de lavratura de auto de infração.

Parágrafo Único. O prazo para lavratura de auto de infração extingue-se decorridos 5 (cinco) anos da respectiva ocorrência.

Art. 27º. O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de proceder à regularização da situação que lhe deu causa, nem do ressarcimento do prejuízo causado.

Art. 28º. A cópia do auto de infração lavrado será encaminhada ao órgão competente da Municipalidade no prazo de 3 (três) dias.

Parágrafo Único. Decorridos 30 (trinta) dias da lavratura do auto e não comprovado o pagamento da multa imposta, o órgão competente da Municipalidade encaminhará o débito para a inscrição em Dívida Ativa.

Art. 29º. Do auto de infração caberá recurso ao órgão competente da Municipalidade, no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º. O processo originário do recurso será instruído com a primeira (1ª) via do auto de infração e com os documentos que se relacionem com a matéria.Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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§ 2º A apresentação de recurso suspende o prazo de ajuizamento da dívida.

§ 3º. O indeferimento do recurso impõe o pagamento da multa aplicada no prazo de 10 (dez) dias.

§ 4º. Proferida a decisão, o processo será encaminhado ao órgão competente da Municipalidade para conhecimento e providências.

Art. 30º. O titular da agência funerária fica obrigado a comunicar ao órgão competente da Municipalidade, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, a demissão do empregado com a credencial de agente funerário, devolvendo, nesse expediente, a carteira de agente.

Art. 31º. As multas serão graduadas de acordo com a gravidade da infração, a critério da autoridade competente, entre R$10.000,00 (dez mil reais) à R$50.000,00 (cinquenta mil reais), dobrando em caso de reincidência.

Art. 32º. O pagamento da multa deverá ser efetivado até 30 (trinta) dias após a lavratura do respectivo auto e comprovado junto ao órgão competente da Municipalidade.

Art. 33º. O uso indevido da habilitação concedido ao agente funerário acarretará a cassação liminar da respectiva credencial.

Art. 34º. A reincidência na prática de infração aos dispositivos legais e regulamentares poderá ensejar a suspensão temporária da permissão, em prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias.

Art. 35º. O órgão competente da Municipalidade promoverá a inscrição em Dívida Ativa dos débitos apurados das permissionárias inadimplentes, para cobrança executiva.

Art. 36º. O termo de Permissão poderá ser cassado pelo órgão competente da Municipalidade, quando constatadas práticas que desaconselhem a manutenção da permissão concedida.

Art. 37º. A suspensão ou a cassação da permissão não dispensa o infrator da obrigação de pagar as multas que lhe tenham sido impostas nem o exonera da reparação dos danos provocados.

Capítulo V

DO AGENTE FUNERÁRIO

Art. 38º. O agente funerário é aquele a quem, na qualidade de titular, sócio, diretor ou empregado de permissionária de serviços funerários, com Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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GABINETE DO PREFEITOidade mínima de 18 anos (dezoito) anos, seja outorgada essa habilitação pelo órgão competente da Municipalidade, a requerimento das respectivas permissionárias.

Parágrafo Único. A habilitação de que trata este artigo será formalizada mediante a expedição de carteira de agente funerário, renovável anualmente.

Art. 39º. Aos agentes funerários são atribuídas atividades de contratação de serviços e planos funerários em nome das permissionárias que representam, sendo-lhes vedado o exercício de atividade em nome próprio, como profissionais autônomos, sem prejuízo da responsabilidade pessoal por crimes e danos provocados.

Art. 40º. Para a obtenção da carteira de agente funerário serão exigidos cópia de carteira profissional, cópia da carteira de identidade, duas fotografias 3x4, comprovante de residência e declaração de responsabilidade do titular da agência funerária à qual está vinculado.

Parágrafo Único. A carteira de agente funerário será assinada pelo órgão competente da Municipalidade.

Art. 41º. É vedado ao agente funerário atuar como responsável nos casos previstos no Capítulo III.

Capítulo VI

DAS TARIFAS E DA TABELA

Art. 42º. As tarifas dos serviços funerários serão fixadas, elaboradas e aprovadas por ato do órgão competente da Municipalidade, e os mesmo serão reajustados anualmente pelo INPC.

Art. 43º. Na fixação dos valores considerar-se-á a justa remuneração dos serviços prestados, levando-se em conta o interesse público e assegurando-se, em qualquer caso, amplos poderes de exame e investigação e publicidade dos trabalhos.

Art. 44º. As tarifas poderão ser fixadas em unidade de valor, a critério do órgão competente da Municipalidade, em valores mínimos e máximos para cada serviço tabelado.

§ 1º. As tarifas terão seus valores revistos sempre que assim o impuser flagrante distorção entre os valores fixados e a realidade dos respectivos custos;

§ 2º. Quando os serviços funerários puderem ser classificados em mais de um grau de qualidade, as tabelas poderão fixar preços para cada categoria.Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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Art. 45º. As agências funerárias não poderão negar urna, esquife ou caixão tabelados a quem os requeira, sob pena de fornecimento de modelo de maior valor pelo preço da tabela de urna, esquife ou caixão solicitado.

Art. 46º. As permissionárias prestadoras dos serviços funerários devem fixar em cada estabelecimento, em local visível ao público, a tabela das tarifas.

Parágrafo Único. Da tabela constarão o telefone e o endereço do órgão competente pela fiscalização dos serviços funerários.

Capítulo VII

DA FISCALIZAÇÃO E DO EMBALSAMAMENTO

Art. 47º. As permissionárias de serviços funerários ficam obrigados a remeter, mensalmente, ao órgão competente da Municipalidade, a relação das notas fiscais emitidas com a discriminação de todos os serviços prestados, contendo data, o número do documento, o valor da operação e o nome do sepultado.

Art. 48º. As permissionárias dos serviços funerários ficam obrigadas a apresentar, anualmente, até o último dia útil do primeiro trimestre civil, certidão negativa de débitos fiscais e tributários do Município de Biguaçu, bem como certidão atestando a inexistência de condenação em processo administrativo pelo descumprimento deste Decreto, especialmente das obrigações estabelecidas em seu artigo 14.

Art. 49º. As permissionárias dos serviços funerários sempre submeterão ao órgão competente da Municipalidade, previamente à sua realização, as alterações dos atos constitutivos da pessoa jurídica para a qual foi permitido o serviço.

Parágrafo Único. As permissionárias de serviços funerários discriminarão, obrigatória e individualizadamente, de acordo com a identificação constante da tabela de tarifas em vigor, todos os itens dos serviços tabelados contratados, indicando os respectivos valores.

Art. 50º. As permissionárias de serviços funerários são obrigadas a prestar ao órgão competente da Municipalidade as informações solicitadas e a apresentar os livros e documentos de registro das suas atividades.

Art. 51º. O órgão competente da Municipalidade poderá instituir livros e outros documentos visando ao controle e à fiscalização dos serviços funerários.

Art. 52º. As atividades de embalsamamento, tanatopraxia, conservação e/ou restauração de cadáveres são permitidas em edificação de uso Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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GABINETE DO PREFEITOexclusivo de agência funerária e em local adequado, com acesso independente, obedecidas as condições na legislação em vigor.

Art. 53º. As atividades de embalsamamento, tanatopraxia, conservação e/ou restauração de cadáveres serão exercidas em compartimento de uso exclusivo cuja visibilidade não seja possível a pessoas estranhas à atividade.

Capítulo VII

DAS CAPELAS MORTUÁRIAS

Art. 54º. Para efeito da presente Decreto, considera-se Capela Mortuária a edificação dotada, no mínimo, de uma capela de velório, de sala de administração, de sanitários públicos, de um bebedouro elétrico e de uma cozinha.

Art. 55º. Para efeito da presente Decreto, considera-se Capela de Velório o compartimento destinado ao velório de corpo cadavérico humano, dotado de sala de repouso e instalação sanitária contíguas.

Art. 56º. As capelas mortuárias são:

I - Adequadas no interior de cemitérios;II - Toleradas em edificações situadas nos logradouros onde se localizem cemitérios;III - Toleradas, observada a legislação em vigor, ouvido o órgão competente da Municipalidade.

Art. 57º. Cada capela mortuária terá, obrigatoriamente:

I - Livro de Registro de Permanência, do qual constarão o número de ordem, a data, o nome do de cujus, o número da certidão de óbito (cartório, livro e folha), a hora de entrada, a hora de saída e a nota fiscal de serviço (série, data, valor, nome do pagante, procedência e destino);II - Livro de Registro de Reclamações.

§ 1º. Os livros a que se referem os incisos I e II deste artigo deverão ser autenticados previamente pelo órgão competente da Municipalidade;

§ 2º. Os livros serão mantidos nas melhores condições de guarda e conservação e exibidos à autoridade competente sempre que solicitado o seu exame.

Capítulo IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116

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GABINETE DO PREFEITOArt. 58º. A permissão para prestação de serviços funerários será concedida pelo órgão competente da Municipalidade, mediante lavratura de Termo de Permissão, aos requerentes que atendam às disposições deste Decreto e da legislação em vigor.

Art. 59º. O Termo de Permissão, de acordo com modelo aprovado pelo órgão competente da Municipalidade, será firmado a título precário, por tempo indeterminado, enquanto a permissionária bem servir e atender às disposições legais.

Art. 60º. O pedido de autorização para funcionamento de agências funerárias e de novos estabelecimentos das agências já licenciadas será feito, obrigatoriamente, ao órgão competente da Municipalidade.

Parágrafo Único. O pedido poderá ser feito em qualquer época e, embora revestido de todos os requisitos legais, não obriga o Poder Permitente, que só o deferirá em face da conveniência e oportunidade da Administração.

Art. 61º. As permissionárias de serviços funerários já licenciadas terão o prazo de 6 (seis) meses, a contar da publicação deste Decreto, para se adaptarem às disposições deste regulamento.

Parágrafo Único. A Prefeitura Municipal e as permissionárias terão o prazo de 90 (noventa) dias para implantar o "regime de plantão".

Art. 62º. As permissionárias de serviços funerários existentes na cidade de Biguaçu deverão apresentar ao órgão competente da Municipalidade, anualmente, até o dia 31 de janeiro, relatórios de suas atividades, de modo que seus serviços possam ser avaliados e julgada a sua eficiência e o atendimento do interesse público.

Art. 63º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Biguaçu, 23 de janeiro de 2020.

RAMON WOLLINGERPrefeito Municipal

Reg.publ.n/data

Marivalde Inêz KonsDiretoria Executiva de Legislação e Expediente

Praça Nereu Ramos, 90 – Centro – Biguaçu – SC – CEP – 88.160-116