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Problemas e soluções no transporte público e na mobilidade CLIPPIN G Cidade Verde Material pesquisado para subsidiar discussão nos grupos de estudo do projeto de extensão Cidade Verde (UnB/DEX/FE) e da campanha comunitária De Olho no Trem, Ônibus Elétrico de Vizinhança, Tarifa Única. Anos: 2005, 2007, 2009 a 2013 POLÍTICAS / PAC MOBILIDADE: Planos, programas, licitação, recursos, equipamentos Lista de Reportagens 2013 - Prefeitos discutem a importância do planejamento urbano e reordenamento territorial. www.emds.fnp.org.br. 25/04/2013 - Respostas a desafios no DF. CB. 21/04/2013 - PAC libera 12 bi. CB. 24/11/2012 - Chefe da Casa Civil apresenta prioridades do GDF para 2013. CB. 07/02/2013 - Casa Civil faz balanço do PAC no Distrito Federal. Jornal de Brasília. 04/03/2013 - Casa Civil obtém verba para a via Gama-Plano. Jornal De Brasília. Francisco Dutra.19/12/2012 - R$ 15 Bilhões em Investimentos no DF. Brasília 247 com Agência Brasília. 18/02/2013 - Casa Civil apresenta projetos à Câmara Legislativa. 08/02/2013 - Ministro novo, caixa em baixa. CB. Karla Correia e Leandro Kleber. 04/04/2013 2012 - Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São Paulo. www.mobilize.org.br . Lincoln Paiva. 02/08/2012 - Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São Paulo. www.mobilize.org.br. Thiago Guimarães. 16/07/2012

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Problemas e soluções no transporte público e na mobilidade

CLIPPIN G Cidade Verde Material pesquisado para subsidiar discussão nos grupos de estudo do projeto de extensão Cidade Verde (UnB/DEX/FE) e da campanha comunitária De Olho no Trem, Ônibus Elétrico de Vizinhança, Tarifa Única.Anos: 2005, 2007, 2009 a 2013

POLÍTICAS / PAC MOBILIDADE:Planos, programas, licitação, recursos, equipamentos

Lista de Reportagens

2013- Prefeitos discutem a importância do planejamento urbano e reordenamento territorial. www.emds.fnp.org.br. 25/04/2013- Respostas a desafios no DF. CB. 21/04/2013- PAC libera 12 bi. CB. 24/11/2012- Chefe da Casa Civil apresenta prioridades do GDF para 2013. CB. 07/02/2013- Casa Civil faz balanço do PAC no Distrito Federal. Jornal de Brasília. 04/03/2013 - Casa Civil obtém verba para a via Gama-Plano. Jornal De Brasília. Francisco Dutra.19/12/2012 - R$ 15 Bilhões em Investimentos no DF. Brasília 247 com Agência Brasília. 18/02/2013 - Casa Civil apresenta projetos à Câmara Legislativa. 08/02/2013- Ministro novo, caixa em baixa. CB. Karla Correia e Leandro Kleber. 04/04/2013

2012- Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São Paulo. www.mobilize.org.br. Lincoln Paiva. 02/08/2012- Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São Paulo. www.mobilize.org.br. Thiago Guimarães. 16/07/2012- DF está pronto para receber R$ 1,8 bilhão de recursos do PAC Mobilidade. Agência Brasília. 04/09/2012- Atraso impede GDF de usar facilidades legislativas. Blog do Callado. 10/05/2012

2011- Mais dinheiro para o DF. CB.15/08/2011- Repasse variável. CB. 15/08/2011- Lerner é condenado. CB. 13/08/2011- Transformando o crescimento em redução da pobreza. CB. 13/08/2011- Indústria forte, Brasil melhor. CB. 13/08/2011- Em manifesto, senadores pedem que Brasília seja a sede da abertura da Copa. CB. Agência Brasil. 02/09/2011- Proposta de R$ 27,5 bilhões para orçamento do GDF em 2012 prioriza saúde. CB. Helena Mader. 02/09/2011- TCDF suspende licitação da Setrans para a compra de 900 ônibus. CB. 22/08/2011

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- Iniciativa é bem recebida. CB. Mara Puljiz. 22/08/2011- Brasília dá o mau exemplo. CB. Manoela Alcântara. 10/08/2011- Em discurso, Obama cita visita ao Brasil e trata de questões polêmicas. CB. Agência Brasil. 26/01/2011- Agnelo anuncia licitação de 1200 ônibus para o DF. CB. 04/05/2011- Câmara Legislativa aprova projetos que destinam mais verba ao GDF. CB. Ana Maria Campos. 28/09/2011- Orçamento do DF de 2012 prevê R$ 18 bilhões em investimentos. CB. Ricardo Taffner. 17/09/2011- Especialistas apontam pedágio urbano como solução para o trânsito. G1. Juliana Cardilli. 12/09/2011- Crise é oportunidade para a nação despontar. CB. 11/09/2011 - Ação contra novas regras de licitações. CB. Diego Abreu. 10/09/2011 - Ofensiva para tampar o ralo. CB. Vinicius Sassine.10/09/2011 - Nas entrelinhas. Alon Feuerwerker. CB. 07/09/2011 - Ônibus serão licitados. CB. 07/09/2011- UnB e BRB desenvolverão projetos para investir na economia regional. UnB Agência. 04/03/2011- Appel à projet : transports collectifs en site propre. ?. 23/02/2011- SNIT : consultation publique prolongée jusqu’au 20 mars. ?. 24/02/2011- Bancada do DF define emendas à LOA de 2012. Blog do Callado. 22/11/2011

2010- Rio prepara plano para incentivar uso de transporte não motorizado. CB. Agência Brasil. 12/10/2010- Uma visão global do transporte - Plano de Mobilidade Urbana. http://www.cidadessustentaveis.org.br. 27/07/2010- Além de bravatas e promessas. CB. 08/2010- Deu o que falar. CB. 08/2010- Habitação e desemprego: desafios urbanos de Brasília. CB. Aldo Paviani. 13/09/2010.- Detran instalou barreiras sem avaliação. CB. Adriana Bernardes. 08/2010- Semáforos fantasmas. CB. 08/2010- Da França, com (muito) carinho. CB. Jaime Pinsky. 15/08/2010- DFTrans analisa necessidade de novas linhas e ônibus. www.tribunadobrasil.com.br. 7/07/2010- Cidades excludentes ou acessíveis?. CB. Erika Cristine Kneib. 9/08/2010 - Flanelinha. CB. 08/2010- Transporte, um desafio. CB. Juliana Boechat. 07/06/2010- Fraga, entrevista a Ricardo Taffner. CB. 26/07/2010- Cerveja e campanha política. CB. Antonio Cunha. 06/2010

2009- Le premier appel à projets TCSP. ?. 04/2009- Suspensa restrição que impedia empréstimo do GDF. Blog do Callado. 05/08/2009

2007- Empresas terão 90 dias para renovar frota de ônibus. CB. Diego Recena. 04/01/2007

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- Acordo para renovar 20% da frota de ônibus. CB. Luísa Medeiros. 05/01/2007- História - Brasil tem a menor polícia do mundo: a Ferroviária Federal. Estado de Minas/Correioweb. Emmanuel Pinheiro e Maria Clara Prates. 2007- Sob o controle do Estado. CB. Talita Cavalcante e Breno Fortes. 16/03/2007

2005- Parte da Lei Orgânica do DF: Título VII- da política urbana e rural. Capítulo V - do transporte. http://jeferson.elt.zip.net. 14/06/2005- Mobilidade Urbana e desenvolvimento. www.cidades.gov.br. José Carlos Xavier. 14/04/2005

2013

- Prefeitos discutem a importância do planejamento urbano e reordenamento territorial. www.emds.fnp.org.br. 25/04/2013- Respostas a desafios no DF. CB. 21/04/2013- PAC libera 12 bi. CB. 24/11/2012- Chefe da Casa Civil apresenta prioridades do GDF para 2013. CB. 07/02/2013- Casa Civil faz balanço do PAC no Distrito Federal. Jornal de Brasília. 04/03/2013 - Casa Civil obtém verba para a via Gama-Plano. Jornal De Brasília. Francisco Dutra.19/12/2012 - R$ 15 Bilhões em Investimentos no DF. Brasília 247 com Agência Brasília. 18/02/2013 - Casa Civil apresenta projetos à Câmara Legislativa. 08/02/2013- Ministro novo, caixa em baixa. CB. Karla Correia e Leandro Kleber. 04/04/2013

25abr13

http://www.emds.fnp.org.br/

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Prefeitos discutem a importância do planejamento urbano e reordenamento territorialO uso de novas tecnologias pode contribuir para limpar a matriz energética, reduzir os desperdícios, despoluir o meio ambiente, universalizar o serviço de saneamento básico e mitigar os impactos dos desastres naturais. "Enfrentando os desafios sócio-ambientais" foi o assunto tratado pelos prefeitos no II Encontro de Municípios como Desenvolvimento Sustentável – Desafios dos novos governantes locais, que está sendo realizado em Brasília (DF). E uma solução bastante debatida foi o planejamento urbano e o reordenamento territorial. O diretor de Assuntos Fundiários Urbanos e Prevenção de Riscos do ministério das Cidades, Celso Carvalho,  acredita que o planejamento urbano é um desafio técnico e uma briga política nas cidades."Esse processo de urbanização acelerada nas nossas cidades tem uma característica injusta com a população mais pobre. Isso gerou cidades  irregulares, segregadas, com degradação ambiental e desastres naturais. " Os desastres naturais são potencializados com a ocupação desordenada. A causa, de acordo com Celso Carvalho, é que no processo de urbanização não se levou em conta os lugares pra colocar os pobres." Não basta trabalhar em obras de prevenção. Pra ter uma cidade mais segura, o desafio é concretizar o direito a moradia. E isso

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passa por regularizar os assentamentos precários e produzir habitações em áreas bem localizadas", conclui Celso.Exemplos de cidades sem planejamento são os que mais apareceram nos debates. A prefeita de Cubatão (SP), Márcia Rosa, trouxe informações sobre o processo de urbanizaçao  de seu município, que foi a primeira localidade no Brasil a ser industrializada.  A cidade cresceu de forma desordenada. “Houve crescimento econômico, sem crescimento humano e social . E aí a cidade foi conhecida como vale da morte, com problemas ambientais. Toda a poluição das indústrias impactava a vida da comunidade. Houve investimento em tecnologia para melhorar o meio ambiente. A cidade foi reconhecida em 1992, como cidade símbolo de restauração ambiental".Já  o diretor de Geo Lógica Consultoria Ambiental,Carlos Christian Della Giustina,falou sobre o planejamento urbano, dando como exemplo o Distrito Federal,onde a empresa tem atuado há 12 anos, prioritariamente. "Brasilia sempre sofreu ocupação desordenada. Por isso, houve explosão de condomínios irregulares, principalmente na década de 90". As soluções técnicas para o planejamento urbano ,segundo Della Giustina, passam pelo planejamento territorial, informações sobre o território, fiscalização e monitoramento.

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Respostas a desafios no DFPublicação: 21/04/2013 Os desafios de Brasília, aos 53 anos, não estão longe de se igualar aos das demais grandes metrópoles do país, embora esta seja uma cidade moderna, planejada, que encanta o mundo pelo urbanismo e pela arquitetura arrojados. Mas há esperanças.

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Um dos mais graves problemas, a questão fundiária começa a encontrar respostas justamente em áreas ocupadas por populações de baixa renda, com a entrega de escrituras a moradores da Estrutural e do Itapoã. O processo, contudo, é bastante mais complexo e exige ações rápidas. Afinal, há perto de 160 mil residências em terrenos irregulares na capital da República. Da mesma forma, o transporte público e o trânsito, que há tempos reclamam soluções, enfim, têm melhorias em andamento. A licitação que elevará o padrão dos ônibus, tirando do sistema empresas sem comprometimento com o usuário, é um exemplo. Outro, o Veículo Leve sobre Pneus (VLP), em estágio avançado, que promete desafogar a saída sul, com a oferta de conduções articuladas, de grande capacidade, que circularão em corredores exclusivos, favorecendo, em especial, os habitantes de Valparaíso, Santa Maria e Gama. Igual providência deve ser efetivada sem demora na saída norte, contemplando a região de Sobradinho e Planaltina. Mais: depois de guerra judicial que impediu a execução até agora, embora o canteiro de obras plantado no fim da Asa Sul seja mais um complicador para o trânsito, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) está sendo retomado. Em vez de ligar o aeroporto ao Estádio Nacional Mané Garrincha, até a Copa do Mundo de 2014, só conseguirá chegar à Estação Asa Sul do Metrô. De todo modo, o trecho curto é alento para quem deseja ver Brasília servida por transporte moderno. Nesse sentido, aliás, urge concluir as estações do metrô ao longo da Asa Sul e levá-lo para a Asa Norte, além de dar maior eficiência ao sistema, ainda apresentando problemas operacionais.No trânsito, o cidadão tem a percepção do caos, com congestionamentos cada vez mais frequentes e falta de vagas para estacionar. Mas o mais significativo dos avanços foi alcançado no ano passado. Pela primeira vez na história, o DF registrou índice de mortes no trânsito inferior ao preconizado pela ONU: 2,97 por 10 mil veículos, quando a taxa aceitável é 3. Observe-se, a propósito, que 17 anos atrás, em 1995, a relação era de 14,94. O alerta vermelho provocou a campanha Paz no Trânsito, em 1996, e uma sequência de outras medidas

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preventivas, então inéditas no país, como a prioridade para o pedestre na travessia das pistas sobre as faixas a eles destinadas, a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, a implantação de controladores eletrônicos de velocidade. Depois vieram os reforços do novo Código de Trânsito Brasileiro e da lei seca.

É verdade que as justas aspirações do brasiliense estão muito além do realizado até aqui, inclusive nos setores citados. Mais do que isso, a situação segue preocupante na segurança pública, agravada pela disseminação do crack país afora; na área da saúde, sobrecarregada pela explosão demográfica e a pressão dos moradores do Entorno sobre o sistema público local; e na educação, apesar de manter-se por três anos consecutivos em quarto lugar no ranking nacional das melhores escolas com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São áreas sensíveis que exigem esforço hercúleo dos governantes. É preciso atendê-las com a necessária urgência, intensificando as ações em andamento, antes que se tornem irreversíveis os sinais de envelhecimento da capital dos brasileiros.

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24/11/2012. cb.pac libera 12 bi

(…)Na área de transporte, que receberá R$ 5,5 bilhões, estão previstas as construções do Expresso DF Sul, obra em andamento que ligará Gama e Santa Maria a Brasília e dos Eixos Oeste e Norte; a ampliação do Metrô-DF e a construção de um trevo de triagem na Ponte do Bragueto. A expectativa é de que o Expresso DF Sul fique pronto no próximo ano.

A construção do trecho um do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) também está programada. “Ele estava incluído no PAC da Copa, mas não ficaria pronto a tempo. Agora, faz parte do programa das Grandes Cidades e realizamos estudo para fazer a licitação, no máximo, até fevereiro de 2013”, explicou o secretário da Casa Civil, Swedenberger Barbosa.

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Além de concluir as obras, o chefe da pasta pretende ampliar as ações. O GDF também apresentou algumas propostas ao governo federal para garantir mais recursos. “Estamos planejando uma integração para que o VLP (Expresso DF Sul) vá até Luziânia e o Eixo Oeste, que ligará Taguatinga e Ceilândia a Brasília, possa chegar até Águas Lindas”, adiantou. “O governo precisa de organização, planejamento e gestão de qualidade, rápida e eficiente para conseguir esses resultados”, completou.

Com as verbas garantidas para os investimentos nos próximos anos, o secretário da Casa Civil alertou sobre a necessidade de o Executivo planejar as ações de forma mais eficiente. “Estamos no caminho certo, mas precisamos melhorar”, opinou. O PAC prevê ainda dinheiro para a construção de unidades de pronto atendimento (UPAs), casas no Sol Nascente, em Ceilândia; e ainda no Arapoanga e em Mestre D’Armas, ambas em Planaltina.

Investimentos

Os recursos do PAC foram divididos em seis grandes eixos:

Área/Programa  /  Total de empreendimentos  /  InvestimentoTransporte  /  15  /  R$ 5,5 bilhõesEnergia  /  7  /  R$ 595 milhõesCidade Melhor  /  26  /  R$ 2,7 bilhõesComunidade Cidadã  /  104  /  R$ 76 milhõesMinha Casa, Minha Vida  /  9  /  R$ 5,7 bilhõesÁgua e Luz para todos  /  9  /  R$ 323 milhões

Vejas algumas das obras previstas para o Distrito Federal:

» Construção do Expresso DF/Eixo Sul, que ligará as cidades do Gama e de Santa Maria a Brasília; do Expresso DF/Eixo Oeste, que ligará Ceilândia e Taguatinga a Brasília; e do Expresso DF/Norte, que ligará Planaltina e Sobradinho a Brasília.

» Trevo de triagem Norte, na Ponte do Bragueto» Expansão e modernização do Metrô-DF

» Trecho 1 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que

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ligará o Aeroporto JK ao Terminal da Asa Sul=

07 de Fevereiro de 2013

Chefe da Casa Civil apresenta prioridades do GDF para 2013

 O secretário-chefe da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, apresentou à bancada governista, na Câmara Legislativa, na manhã desta quarta-feira (6), a projeção do Governo do Distrito Federal para 2013 e 2014 e a execução das prioridades do governo, além dos Projetos Estruturantes do Distrito Federal (PEDF) e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), recursos repassados pela União.O secretário abriu a apresentação com a evolução do orçamento, de 2009 a 2013, nas áreas de Pessoal, Custeio e Investimento. No setor de Pessoal foram investidos R$5.906, em 2009; R$6.842, em 2010; R$8.142, em 2011; R$8.147, em 2012 e R$8.794, em 2013, respectivamente. No setor de Custeio, os recursos foram da ordem de R$4.041, em 2009; R$4.001, em 2010; R$4.207, em 2011; 5.080, em 2012 e R$5.392, em 2013. Em Investimentos, R$ R$1.383, em 2009; R$1.041, em 2010; R$975, em 2011; R$2,227, em 2012 e R$3.729, em 2013.Swedenberger explicou que  as prioridades do governo estão

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organizadas em quatro eixos: agenda social, infraestrutura, gestão pública e qualidade de vida nas cidades. Eles vão receber investimentos de R$ 6 bilhões; R$ 3,6 bilhões; R$ 67 milhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente. De acordo com ele, essas áreas prioridades foram escolhidas pelo governador Agnelo Queiroz. “O GDF contará com o maior volume de orçamento próprio desde que foi montado o primeiro orçamento do DF. Temos condições extraordinárias de trabalho para atender todas as necessidades da população”, destacouPara essas áreas, além dos R$ 3,3 bilhões previstos na Lei Orçamentária Anual de 2013, o DF vai contar com mais R$ 12 bilhões oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Somente pelo PAC, serão 170 empreendimentos em várias regiões administrativas do Distrito Federal, até 2014. Somando investimentos pós-2014, o valor total chega a R$15 bilhões. Esses recursos serão distribuídos em projetos das seguintes áreas: Transportes (R$ 5,5 bilhões); Energia (R$ 595 milhões); Cidade Melhor (R$ 2,7 bi); Comunidade Cidadã (R$ 76 milhões); Minha Casa, Minha Vida (R$ 5,6 bi), e Água e Luz para Todos (R$ 323 milhões).“As medidas são necessárias para levar mais qualidade de vida para a população do DF. É o maior volume de recursos de investimento que o DF tem em orçamento próprio desde que foi montado o seu primeiro orçamento. Somado a isso, o volume dos recursos em relação ao PAC, nós temos uma situação extraordinária para que possa desenvolver bem as prioridades que a população tanto espera”, explicou Swedenberger.Swedenberger explicou que o grande volume de recurso só foi possível graças a eficiência orçamentária adotado pelo GDF e pelo empenho dos parlamentares da CLDF. “Os projetos estruturantes do Distrito Federal, ele cria uma otimização da gestão e da aplicação dos recursos públicos, e é uma inovação extraordinária que foi feito com base no que o Governo Federal fez ao elaborar o PAC”, destacou.

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Segunda, 04 Março 2013

Casa Civil faz balanço do PAC no

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Distrito FederalO secretário-chefe da Casa Civil do DF, Swedenberger Barbosa, e sua equipe se reuniram na sexta-feira com o secretário nacional do PAC, do Ministério do Planejamento, Maurício Muniz, para fazer um balanço do Programa de Aceleração do Crescimento no Distrito Federal. Na pauta, além dos empreendimentos existentes, eles trataram das seleções em andamento e de propostas de novas ações. Muniz afirmou que ajudará a agilizar os procedimentos junto aos demais ministérios e à Caixa Econômica Federal.

Na área de mobilidade urbana, foram discutidos os andamentos de quatro empreendimentos (Expresso Sul, Expresso Oeste, expansão do Metrô e VLT), que superam R$ 2,2 bilhões em investimentos, além de obras que complementam o eixo de transportes - o Expresso Norte, a marginal da via que liga o Torto ao Colorado e a construção do trevo de triagem norte. Também foram tratadas, na área de saneamento, as obras do sistema produtor de água de Corumbá, que movimenta um total de R$ 268,1 milhões. (Na foto, obras do Expresso DF - Eixo Sul, um dos projetos com recursos do PAC no Distrito Federal)

Expectativas - O Governo do Distrito Federal está com a expectativa de ser contemplado em novos empreendimentos nas áreas de pavimentação e saneamento. Só na área de saneamento, o GDF apresentou dez propostas no início do segundo semestre de 2012.

A Casa Civil do DF também tratou e tem avançado na negociação para novos empreendimentos para o DF e a área metropolitana, a Região do Entorno. A partir de determinação do governador Agnelo, o objetivo é conseguir garantir maior qualidade de vida e condições de competitividades para o DF e também para as cidades vizinhas.

Saiba mais

Trevo de Triagem NorteObjetivo: O projeto vai adicionar novas pistas à ponte do Bragueto, criar novos acessos diretos à L4 Norte e à W3 Norte, interligará as vias dos eixos L e W, com passagem sob o eixão. Alargará o trecho entre a ponte e o Balão do Torto, de modo a trazer melhorias na fluência do tráfego e diminuição dos engarrafamentos.

Marginal Torto ColoradoObjetivo: Implantação de uma pista suplementar, com três faixas de rolamento em cada sentido, entre o Balão do Torto e o Balão Colorado, reduzindo o tempo do percurso ao Plano Piloto em até 30 minutos para a população situada na região Norte do Distrito Federal e Entorno Norte.

Expresso DF - Eixo SulCorredor exclusivo de ônibus beneficiará cerca de 220 mil brasilienses, reduzindo o tempo de viagem em 50

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minutos. Haverá terminais em Santa Maria e no Gama, 15 estações, 15 passarelas, além de anexos de terminais nas Rodoviárias do Plano Piloto e do Gama.Trajeto: Plano Piloto – Gama – Santa Maria

Expresso DF - Eixo OesteCorredores exclusivos e preferenciais, com estações, passarelas e ciclovias ao longo do trajeto. Serão revitalizadas as vias e áreas urbanas adjacentes. O projeto também prevê um túnel abaixo da Avenida Central de Taguatinga.Trajeto: Plano – Taguatinga – Ceilândia (EPIG, ESPM, EPTG, Av. Comercial, Samdu, Hélio Prates, acesso e Avenida Principal do Sol Nascente)

Expansão e modernização do metrôExtensão total de 7,8 Km e cinco estações, sendo duas em Samambaia, duas em Ceilândia e uma na Asa Norte. Modernização dos sistemas de energia, sinalização e telecomunicação. Implantação de ciclovias com paraciclos nas estações.Trajeto: Asa Norte – Ceilândia – Samambaia

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)Linha 1 do Aeroporto Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Norte, fazendo a interligação com o transporte rodoviário e metroviário do DF. A primeira etapa das obras será entre o aeroporto e o Terminal da Asa Sul, com cerca de 6,5km.

Algumas propostas para a Área Metropolitana

- Expansão Expresso DF – Eixo Sul até Luziânia

- Anel Rodoviário do DF

- Pavimentação das DF 100 e DF 270

- Duplicação DF-180 e BR-080 – Via Estrutural - Pe. Bernardo

- Duplicação BR-040 - Luziânia-Cristalina

- Ramal Ferroviário de Carga: Brasília – Goiânia

Fonte: Casa Civil da Governadoria do Distrito FederalFonte: Jornal de BrasíliaPublicação: Segunda-feira, 04/03/2013 às 15:15:00Link original: http://www.clicabrasilia.com.br/site/noticia.php?casa-civil-faz-balanuo-do-pac-no-distrito-federal&;id=454407

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Casa Civil obtém verba para a via Gama-PlanoFrancisco Dutra - http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=93370

19/12/2012 - JORNAL DE BRASÍLIA

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A Caixa Econômica Federal (CEF) liberou o financiamento de R$ R$ 561,522 milhões para a conclusão das obras do Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Sul, o Expresso/DF. Ligarão Gama, Santa Maria, Park Way e Brasília com vias para veículos coletivos. O projeto integra o PAC da Mobilidade, gerenciado no DF pela Casa Civil.Com previsão de conclusão em 2013, o custo total do projeto é de R$ 785 milhões.Pelas estimativas da Casa Civil, após a conclusão 220 mil pessoas serão atendidas.E o tempo médio de percurso entre os pontos diminuirá de uma hora e meia para 40 minutos.O diretor-geral do Departamento de Trânsito (Detran) José Alves Bezerra, considera que o projeto irá aliviar a pressão do trânsito no centro de Brasília. "Acredito que, com isso, vamos proporcionar uma fluidez maior ao trânsito e o aumento de vagas para estacionar", concluiu.O professor de engenharia de tráfego da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Cesar Marques, afirma que o GDF ainda não explicou como se fará a integração institucional, operacional e tarifária dos investimentos em transporte público. "Existem experiências fora do DF, que em vez de ter integração houve competição, penalizando os usuários", disse.Josemar Gonçalves Swedenberger: ligações com o Planalto facilitaram liberação de verba pela Caixa Na liberação do financiamento da CEF, pesou favoravelmente para o DF o bom relacionamento do secretário da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, com o Governo Federal. Vindo do Palácio do Planalto, Berger sustenta expressiva articulação política junto aos órgãos federais.Dentro o contexto o PAC da Mobilidade, o DF ainda espera a liberação de recursos para outros dois eixos, um ligando Planaltina a Brasília e outro, Brasília a Brazlândia.Saiba mais» O Expresso-DF será composto por veículos articulados, com capacidade para 160 passageiros, e biarticulados, de duas cabines, que poderão transportar até 200 pessoas com conforto.» A capacidade nos horários de pico será de 20 mil passageiros por hora.» Serão construídos terminais em Santa Maria e no Gama, 15 estações e 15 passarelas.

=http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/93895/

R$ 15 BILHÕES EM INVESTIMENTOS NO DF

Essa é a previsão do secretário da Casa Civil do Distrito Federal, sobre o envio de verbas do governo federal, por meio do PAC; segundo Swedenberger Barbosa, os recursos vão ser usados em obras variadas, entre elas de infraestrutura e também em projetos

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sociais; para evitar erros com o dinheiro público, secretário destaca que é preciso "muita organização, gestão, controle e monitoramento" 18 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 14:17

Brasília 247 com Agência Brasília - Em 7 de fevereiro, o Chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Swedenberger Barbosa, apresentou, na Câmara Legislativa do DF, o plano para a execução das prioridades de governo em 2013 e 2014. "Representam políticas e ações fundamentais que o governador Agnelo Queiroz não abre mão que sejam executadas. Nenhuma pasta isoladamente tem a capacidade de atingir todas essas metas, apresentar resultados e entregar os produtos devidos à população. Por isso, é preciso ter um órgão central na governadoria que articule e organize. A Casa Civil tem o papel de facilitar para que as coisas aconteçam", explica o secretário.

A partir da reorganização da máquina governamental, feita durante o ano de 2012, a pasta comandada por ele desempenha papel fundamental. Com base em um modelo de gestão bem definido e com ferramentas que permitem o acompanhamento das políticas públicas, a Casa Civil articula as ações entre os diferentes órgãos do GDF, cuidando para que a carteira de projetos prioritários definida pelo governador, e pelo vice-governador, e apresentada ao conjunto do governo seja executada. Isso inclui desde ações administrativas até a reorganização do Orçamento do Distrito Federal e o fortalecimento das parcerias com a União.

Até 2015, o DF contará com cerca de R$ 15 bilhões do PAC. "Não é pouco! Para que esse recurso seja usado de forma eficiente, é preciso muita organização, gestão, controle e monitoramento", ressalta Swedenberger. Na entrevista, ele detalha as iniciativas e os instrumentos desenvolvidos pela pasta para atingir as metas para os próximos dois anos

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estabelecidas pelo governador Agnelo Queiroz.

Qual o papel da Casa Civil para a concretização das metas estabelecidas pelo governador Agnelo Queiroz para 2013 e 2014?

Em 20 de dezembro do ano passado, o governador Agnelo Queiroz apresentou ao governo como um todo – secretários, administradores, dirigentes de órgãos e empresas – as prioridades para os próximos dois anos de gestão: 2013 e 2014. Isso resultou em uma lista com questões fundamentais que ele não abre mão que sejam executadas, e implicou em tarefas para todos. Para que isso ocorra, é preciso melhorar a organização governamental e acompanhar todos os passos e condições para a entrega dos produtos. Isso significa tornar as ações mais eficientes, ágeis e bem-feitas. Desse modo, para que tenhamos um governo totalmente alinhado com essas metas, cabe à Casa Civil coordenar, articular e estruturar o processo. Essa foi a tarefa que nos foi repassada pelo governador.

De que forma a Casa Civil está organizando esse processo?

A partir das nossas estruturas internas e, evidentemente, com o apoio de várias secretarias e órgãos do governo. Estabelecemos os grandes eixos e, dentro deles, os diversos grupos, programas e ações. No eixo da infraestrutura, por exemplo, temos a mobilidade urbana, o transporte, o saneamento e vários outros. Já no que diz respeito à qualidade de vida nas cidades, temos um conjunto enorme de ações que vão envolver tanto as administrações regionais quanto os órgãos executores, como a CEB, a Caesb, a Novacap, a Terracap, o DER, o DFTrans, entre outros, para a realização dessas políticas públicas. Como temos um conjunto de itens bastante amplo, é preciso sincronizar tudo isso. Temos, ainda, outro eixo, a Agenda Social, que se desdobra em programas e ações em diferentes frentes: combate às drogas, Saúde, Educação, Habitação, Esportes e ampliação dos programas de inclusão social, por exemplo.

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E fazer parte do controle orçamentário também ajuda no cumprimento das prioridades do governo?

Sim. Aliás, é uma condição para que o orçamento esteja dirigido às prioridades. A Junta de Execução Orçamentária foi criada pelo governador quando ele recriou a Casa Civil, em março do ano passado. É presidida por ele e composta pelos secretários da Casa Civil (coordenador executivo), de Fazenda e de Planejamento. A Junta conseguiu reorganizar o Orçamento do DF garantindo uma série de ações essenciais, o que nos permitiu avanços importantes em 2012 que trarão resultados ainda melhores em 2013 e 2014.

Quais foram esses avanços?

O primeiro é que alinha o Orçamento às prioridades do governo. Portanto, há total correspondência entre a Lei Orçamentária Anual que enviamos à Câmara Legislativa e as prioridades que o governador Agnelo Queiroz apresentou em dezembro para a equipe. Segundo, incluímos na Lei Orçamentária Anual uma carteira de investimentos, os chamados projetos estruturantes (PEDF), que correspondem a R$ 3,2 bilhões em investimentos. Eles funcionarão no DF como o PAC funciona em nível nacional. Portanto, é uma carteira em que, chova ou faça sol, as questões colocadas ali estão previamente definidas como prioridade e seguem as distribuições já previstas em ações de urbanização, mobilidade, conservação urbana e patrimônio histórico cultural, grandes eventos esportivos, resíduos sólidos, saúde, abastecimento de água, saneamento básico e segurança pública. Outro ponto importante é que incluímos na LOA, de forma inédita, as prioridades do Orçamento Participativo, fazendo uma matriz das demandas da população com as prioridades de governo, de forma a aumentar a execução neste ano. Isso, somado ao que já está previsto no orçamento das secretarias e ao que vem de recurso federal pelo PAC, dá uma excelente condição para uma execução orçamentária muito satisfatória em 2013. Para isso, claro, temos de ser mais eficientes.

E como ter certeza de que essas prioridades serão

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seguidas e cumpridas?

Tudo isso será controlado e fiscalizado para que tenhamos a segurança de que os recursos destinados para determinada prioridade não sejam desviados para outra. A Junta já é um mecanismo de controle orçamentário. Outros instrumentos e ferramentas de gestão da Casa Civil e de outros órgãos, já colocados ou que estão sendo finalizados, ficarão à disposição do governador e do vice-governador para o acompanhamento de cada passo do governo, e juntos podermos atuar para que o que foi compromissado seja entregue. Esta, para mim, é a grande questão: a única possibilidade de ter um governo capaz de atingir as metas e colocar as ações em prática é a partir do casamento entre a decisão política e a execução orçamentária, que é de natureza técnica. Trata-se de melhorar a eficiência governamental – orçamentária e financeiramente – empenhando, executando, organizando, trabalhando e entregando os produtos. A execução orçamentária é, portanto, um dos principais elementos para alcançarmos isso, aliada aos mecanismos e estruturas de acompanhamento e monitoramento que citei há pouco.

Além de atuar internamente, a Casa Civil também articula as políticas locais com o governo federal. Qual o papel da pasta para a adesão do GDF a programas nacionais importantes?Já havia em curso um conjunto de projetos do GDF com o governo federal, o que demonstra, desde o primeiro momento, um interesse do governador Agnelo Queiroz por essas parcerias com a União. Nós recepcionamos essa situação toda e ampliamos as bases das parcerias. Montamos um grupo gestor e vários grupos executivos, responsáveis pela garantia da execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no DF. Isso envolve praticamente todo o governo, muito esforço e organização, afinal são recursos volumosos, e temos a obrigação de aplicá-los bem e com responsabilidade.

Como isso funciona na prática?

Com base nos seis eixos de ação do PAC, estamos coordenando todo o processo por meio de reuniões entre os

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órgãos federais e o governo local. Como forma de diálogo permanente e centralizado, aprofundamos as relações com a Casa Civil da Presidência da República e o Ministério do Planejamento. Com isso, foram estabelecidas novas formas para acelerar o processo de liberação de recursos. Até 2014, serão investidos mais de R$ 12 bilhões do PAC no DF em ações de infraestrutura, saúde, mobilidade urbana, saneamento, energia, entre outras.

E qual a novidade dentro dos investimentos captados junto ao PAC?

Nós estamos trabalhando uma outra linha com a Casa Civil da Presidência da República, uma espécie de PAC na área social. Essas ações se desdobram no DF e também no Entorno. Elas são essenciais porque abrangem as áreas de Educação, Saúde, saneamento, Segurança, assistência social e também alcança a mobilidade urbana e infraestrutura. Estamos discutindo isso há meses. O governador já teve uma resposta positiva da ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, quanto às demandas que enviamos por meio da Casa Civil do DF. O próximo passo será uma reunião de trabalho para ajustar as coisas.

As linhas do PAC apresentadas pela presidenta Dilma Rousseff durante o Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas também trazem novas possibilidades de parcerias entre o GDF e o governo federal?

Em todos os eixos há abertura de novas frentes, de novos empreendimentos e novas adesões, que poderão ser feitos por municípios e também por estados. Com isso, nós tivemos uma primeira conversa com a ministra Miriam Belchior (do Planejamento, Orçamento e Gestão) e temos reunião marcada para os próximos dias com a equipe dela. O objetivo é vermos as novas linhas do PAC que o DF poderá entrar. Estamos com expectativas muito positivas em relação ao governo federal. Eu diria que sem a parceria da União, o DF seria outra coisa. É ela que traz o principal volume de investimentos para cá. Nós estamos falando de R$ 12 bilhões até 2014. Serão R$ 15 bilhões até 2015. É

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muito recurso federal aqui para o DF. E, repito, para usar esse recurso de forma eficiente, é preciso muita organização, gestão, controle e monitoramento para que as ações sejam executadas.

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Casa Civil apresenta projetos à Câmara Legislativa8 de fevereiro, 2013Sem comentários

Swedenberger Barbosa apresentou as projeções de Governo para 2013 e 2014 e explicou como o GDF está organizado para executá-los

 O secretário-chefe da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, apresentou na quinta-feira (7), na Câmara Legislativa, as projeções do Governo do Distrito Federal para os próximos dois anos. A exposição aos deputados distritais da base governista foi organizada pela líder do governo na Câmara, deputada Arlete Sampaio. “Essa é uma iniciativa muito importante porque aproxima o governo da Câmara Legislativa”, afirmou a parlamentar.A reunião foi conduzida pelo presidente da CLDF, deputado Wasny de Roure. Também participaram o vice-presidente da Casa, Agaciel Maia; o líder do bloco PT-PRB, deputado Chico Vigilante, e o presidente da Comissão Especial de Governança, Transparência e Controle Social da CLDF, deputado Joe Valle.Em 20 de dezembro, o governador, Agnelo Queiroz, expôs a toda a equipe de governo as metas para 2013 e 2014, com os prazos e resultados previstos. “O governador determinou que garantíssemos as condições para executar os projetos. Sua apresentação foi uma síntese do que é para ser feito, que é inegociável”, alegou o secretário.O objetivo do encontro foi mostrar os principais eixos de ação e como o GDF está organizado para realizá-los. Segundo o secretário Swedenberger Barbosa, uma das principais iniciativas de 2012, que serviu de preparação para esse biênio que se inicia, foi organizar o Orçamento do DF. Nesse sentido, foi criada a Junta de Execução Orçamentária (JEO), presidida pelo governador e composta pela Casa Civil (coordenadora) e pelas secretarias de Planejamento e de Fazenda.

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O resultado dessa nova gestão foi a formação de uma carteira de investimentos na ordem de R$ 3,3 bilhões, chamada de Projetos Estruturantes do Distrito Federal (PEDF). “É uma inovação extraordinária, tendo em vista que seguimos o exemplo do PAC no governo federal para darmos mais eficiência às ações locais”, explicou o secretário.De acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013, o GDF pode remanejar os recursos dentro do PEDF, de uma ação para outra, conforme necessidade ou oportunidade. “É preciso destacar que essa flexibilidade só foi possível com a anuência da Câmara Legislativa. Isso é fruto da combinação da atuação dos poderes Executivo e Legislativo a favor dos interesses da população”, afirmou Swedenberger Barbosa.Qualidade de vida - Os investimentos prioritários para esses dois anos foram orientados a fim de garantir a qualidade de vida da população. Eles estão divididos em quatro eixos: Agenda Social (R$ 6 bilhões), Infraestrutura (R$ 3,6 bilhões), Qualidade de Vida nas Cidades (R$ 1,7 bilhão) e Gestão Pública (R$ 67 milhões).Para a eficiência na execução das prioridades, foram criados instrumentos como a JEO, o Grupo Gestor e o Grupo Executivo. O Grupo Gestor, formado pela Casa Civil e por secretários de Estado, é responsável por reuniões de gestão, preparação de balanços e coordenação do andamento de processos. Fazem parte do Grupo Executivo os dirigentes e as equipes dos órgãos executores (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – Novacap, Companhia Energética de Brasília – CEB, Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal – DER, entre outros).A Casa Civil do DF, por sua vez, está organizada em três coordenadorias centrais: das Cidades; de Planejamento e Gestão; e de Monitoramento de Projetos e Políticas Públicas. Além delas, a ouvidoria tem um papel importante de relação com a população, ao buscar forma itinerante e proativa de fiscalizar a execução dos projetos.No acompanhamento das execuções, também está em desenvolvimento o Sistema de Monitoramento. “O governador, o vice-governador e a Casa Civil acompanharão, por meio desse sistema, as políticas prioritárias de todas as áreas”, esclarece o secretário-chefe.Aceleração do crescimento - Outro importante eixo de governo apresentado pelo secretário Swedenberger Barbosa foi o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do qual a Casa Civil é gestora no DF. “O Distrito Federal é uma das unidades da Federação mais bem aquinhoadas, com R$ 15 bilhões de

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investimentos até 2016. Isso não é qualquer coisa, e, para executar tudo, precisamos estar muito bem organizados”, afirmou.São 170 empreendimentos divididos em seis eixos: Transportes (R$ 5,5 bilhões); Energia (R$ 595 milhões); Cidade Melhor (R$ 2,7 bilhões); Comunidade Cidadã (R$ 76 milhões); Minha Casa, Minha Vida (R$ 5,6 bilhões); e Água e Luz Para Todos (R$ 323 milhões). Segundo o secretário, o GDF também articula com o governo federal investimentos para toda a área metropolitana de Brasília, que inclui a região do Entorno.=

Ministro novo, caixa em baixaCésar Borges assume a pasta dos Transportes com dois propósitos: conseguir gastar os recursos disponíveis em obras de infraestrutura e consolidar o retorno do PR à base aliada• Notícia Gráfico

KARLA CORREIALEANDRO KLEBERPublicação: 04/04/2013 04:00

Dilma Rousseff e o novo ministro dos Transportes, César Borges, posam para fotógrafos: presidente quer acelerar as obras do setor no período pré-eleitoral

A solenidade de posse do novo ministro dos Transportes, César Borges, oficializou ontem o regresso do PR às fileiras da base

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aliada do governo Dilma Rousseff depois do exílio de um ano e nove meses. Desde julho de 2011, quando o então ministro, Alfredo Nascimento, foi defenestrado em meio a uma onda de denúncias de suposto superfaturamento em obras, a bancada federal do partido se inclinou para a independência em votações no Congresso. Mas os problemas de gestão da pasta — que abriga a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) — não foram resolvidos durante a gestão de Paulo Sérgio Passos. No ano passado, o ministério continuou sendo alvo de auditorias nos órgãos de controle e não conseguiu investir nem metade do orçamento previsto para empreendimentos: em 2011, teve o pior desempenho em comparação aos últimos anos, com apenas 45% de execução dos recursos disponíveis. A relação entre a indicação do novo ministro e a reaproximação com o partido ficou clara no discurso da presidente, na cerimônia promovida no Palácio do Planalto. “César Borges consolida a participação do Partido da República na nossa coalizão de governo. O que, para nós, também é muito importante”, afirmou Dilma, que enfatizou o peso da legenda na base de sustentação. “O PR é um partido que está conosco desde o dia em que o grande brasileiro José Alencar concorreu à Vice-Presidência da República em dobradinha com Lula”, completou. Agraciado com o ministério, César Borges assume uma pasta que tem perdido força na execução orçamentária da União. No ano passado, o Ministério dos Transportes deixou de investir o maior volume de recursos em toda a gestão petista, iniciada em 2003 com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Dos R$ 23,2 bilhões previstos para a compra de equipamentos e a execução de obras — principalmente as do Dnit relacionadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) —, somente R$ 10,5 bilhões foram efetivamente desembolsados. O valor representa apenas 45% do total estimado. Dilma cobrou do recém-empossado Borges agilidade nos investimentos no setor. “Nossos governos — o meu e o do presidente Lula — têm trabalhado intensamente pela melhoria da infraestrutura de transporte de nosso país. Sabemos que ainda há gargalos a serem superados, e que temos de avançar muito mais, mas muito já foi feito nestes anos”, disse. “Temos de ter uma visão dinâmica: sempre é possível atingir uma situação melhor.”

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Considerado um quadro técnico do PR, e não político, por não ter atuação partidária, o ex-ministro Paulo Sérgio Passos foi indicado por Dilma para a Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), apesar do desempenho à frente dos Transportes. No ano passado, R$ 12,7 bilhões deixaram de ser aplicados na compra de equipamentos e na execução de obras, principalmente as listadas no PAC. Esse é o maior montante já “desperdiçado” pelo órgão. EmpreendimentosEntre os projetos prejudicados pela falta de verba, estão o de manutenção de trechos rodoviários nas cinco regiões do país, que tinha orçamento de R$ 1,7 bilhão, e o de apoio à implantação de melhoramentos no canal de navegação da hidrovia do Rio Tietê, em São Paulo. Nenhuma das duas ações recebeu qualquer centavo do ministério. Até o fechamento desta edição, o Ministério dos Transportes não havia respondido por que o valor investido no ano passado ficou longe do ideal e por qual motivo vários projetos tocados pela pasta ficaram sem a aplicação de recursos.Com problemas para executar a verba, os Transportes tiveram a maior redução orçamentária da Esplanada dos Ministérios neste ano. A pasta perdeu R$ 1,6 bilhão em comparação ao valor previsto inicialmente em 2012 — apesar de seguir na ponta quando o assunto é investimento. A maioria dos órgãos teve aumento de recursos. O Ministério da Integração Nacional, por exemplo, chefiado por Fernando Bezerra Coelho (PSB), teve um acréscimo de R$ 1,4 bilhão. Já a pasta das Cidades, que administra o programa Minha Casa, Minha Vida e é comandada por Aguinaldo Ribeiro (PP), recebeu mais R$ 2 bilhões para desembolsar este ano. 

Saiba mais...Fichas sujas acompanham a posse=

2012

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- Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São Paulo. www.mobilize.org.br. Lincoln Paiva. 02/08/2012- Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São Paulo. www.mobilize.org.br. Thiago Guimarães. 16/07/2012- DF está pronto para receber R$ 1,8 bilhão de recursos do PAC Mobilidade. Agência Brasília. 04/09/2012- Atraso impede GDF de usar facilidades legislativas. Blog do Callado. 10/05/2012

www.mobilize.org.br« Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São PauloFalta de “sentido de pertencimento” contribui para os constantes incêndios de transportes públicos no Brasil »02

agosto

Governo federal lança PAC Mobilidade Médias Cidades, sem nenhuma ligação com planos municipais de mobilidadePublicado por Lincoln Paiva no dia 02 de agosto de 2012

 

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  Começou a vigorar em abril passado a lei nº 12.587/2012, de Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em janeiro pela presidente Dilma. A nova lei dá prioridade a meios de transporte não motorizados e aos serviços públicos coletivos, além da integração entre os modos e serviços de transporte urbano. Também exige que municípios acima de 20 mil habitantes elaborem um plano de mobilidade para ser integrado ao plano diretor, sob pena de perderem recursos públicos federais com prazo máximo de três anos. Ocorre que as cidades acima de 500 mil habitantes já eram obrigadas a apresentar um plano semelhante, mas o governo nunca solicitou um plano de mobilidade como um fator determinante para obtenção de verba do PAC Mobilidade. Na apresentação da ministra Miriam Belchior (Planejamento) sobre fatores determinantes para pleitear verba do PAC Mobilidade Médias Cidades, não há uma só linha sobre a importância de apresentar um projeto que esteja alinhado com o Plano de Mobilidade do município, embora 14 cidades acima de 500 mil habitantes da lista de cidades habilitadas para o PAC, sejam obrigadas a fazê-lo. O fato é que a lei de Mobilidade Urbana, já nasceu fadada ao fracasso, uma vez que o governo federal na prática distribui verba para cidades Médias e Grandes sem garantir que a verba será utilizada obedecendo a um plano de mobilidade do município. São raríssimas as cidades que possuem um plano de mobilidade urbana, e quando o tem, pouquíssimos foram de fato discutidos com a sociedade. Por que é importante ter um Plano de Mobilidade nas cidades ? Ele é um conjunto de cenários micro e macro-econômicos e diretrizes baseadas na projeção do crescimento econômico e demográfico de uma cidade, e que vai possibilitar o seu crescimento e desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma adequada com os sistemas de transportes e serviços públicos. Deverá ser condizente com a realidade que o país atravessa, para que os cidadãos possam ter acesso a bens e serviços por meio de um sistema de transporte público e privado adequados, com menos impacto negativo, possibilitando melhor qualidade de vida aos cidadãos.Os Planos de Mobilidade devem ser discutidos previamente com a população, de forma integrada ao Plano Diretor. Um Plano de Mobilidade evita que recursos federais sejam utilizados em obras eleitoreiras, sem alinhamento com as necessidades da população. E as melhores cidades do mundo para se viver têm planos de Mobilidade a longo prazo, tais como a maioria das cidades europeias. Falta de planejamento e desperdícioMatéria publicada no The New York Times desta semana, revela que a cultura latinoamericana é contra criar os filhos dos outros…Isso é evidente nas políticas públicas das cidades: como não existe um plano de longo prazo feito com a população, políticos engavetam projetos e planos das administrações anteriores e os recursos são desperdiçados em projetos pontuais sem nenhuma integração.

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 O governo latino gosta de “carimbar” a sua administração através de obras de infraestrutura e não gosta de planejar. Isso é fato. As cidades latinas simplesmente acontecem e os “filhos” ficam abandonados. Esta é uma triste realidade e tremendo desperdício de recursos e continuará sendo um enorme desafio para as cidades brasileiras.

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Sobre o autor

Lincoln Paiva é Presidente do Instituto Mobilidade Verde, fundador da Green Mobility, membro da Slocat (Sustainable Low Carbon Transport) e da rede Cities-for-Mobility=« Metrô carioca: novas estações ocupam as praças da cidadeGoverno federal lança PAC Mobilidade Médias Cidades, sem nenhuma ligação com planos municipais de mobilidade »

16julho

Eleições 2012: Propostas para desatar o nó do transporte em São PauloPublicado por Thiago Guimarães no dia 16 de julho de 2012

A primeira coisa que deve ficar clara para o futuro prefeito de São Paulo é que ele deve governar para a cidade, para os cidadãos paulistanos, até 2016, e não para turistas e fãs que assistirão aos jogos de futebol na Copa de 2014. Projetos de transporte são duradouros e devem ser levados com muito mais seriedade do que a exposição internacional da cidade em algumas semanas de 2014. Estamos falando aqui do impacto sobre milhões de deslocamentos diários de pessoas entre suas residências, empregos, escolas, universidades, serviços públicos, comércio e opções de lazer. Deslocamentos esses que se dão em redes cada vez mais sufocadas e em condições cada vez mais precárias. As políticas de mobilidade em uma cidade como São Paulo têm uma importância que ultrapassa as fronteiras do município. Pelo peso demográfico e econômico da cidade, políticas públicas na área da mobilidade podem impactar em toda a região metropolitana. Portanto, o primeiro compromisso sereno e responsável, digno de um estadista que deseje liderar um processo de

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transformação estrutural das condições de mobilidade, seria buscar alianças e sinergias com os prefeitos de outras cidades do espaço metropolitano, principalmente para propulsionar a integração tarifária (rumo ao bilhete único metropolitano) e amarrar o planejamento no plano regional. Como esse é um tema espinhoso, os primeiros esforços neste sentido devem ser feitos já em janeiro do ano que vem. Se bem arquitetada, a integração tarifária melhoraria muito a vida da massa de trabalhadores que já está no trem ou no ônibus no escuro da madrugada, rumo seu trabalho na capital. A capacidade de visão e liderança e a vontade de transformar pode ser avaliada já nos primeiros meses de mandato. O paulistano também já não aguenta mais ouvir o velho chavão “priorizar o transporte coletivo”. Se bem que, nesse ponto, houve uma sensível mudança no discurso, ao longo da última década. Antes, priorizar o transporte coletivo era sinônimo de melhorar o transporte por ônibus urbanos, sistema da alçada da prefeitura. Atualmente, a prefeitura afirma que os ônibus não são a solução e, com orgulho, promete investimentos no metrô. Os ônibus, pelo menos na atual gestão, são deliberadamente deixados de escanteio. Mas quem quiser fazer bonito nesta área terá de atualizar e executar o plano para o transporte coletivo publicado há oito anos. Este plano, que concebia o desenvolvimento de uma malha de corredores de ônibus, ficou à sombra da inauguração de pontes estaiadas e do alargamento de vias expressas ocorridos nos últimos anos. Neste sentido, é preciso chacoalhar a SPTrans, que deve atentar melhor à qualidade e fiscalizar com mais rigor os serviços prestados por aqueles que receberam a concessão de um serviço de interesse público. Além disso, as prioridades da companhia devem ser revistas. Antes de oferecer acesso sem fio à internet em algumas paradas de ônibus, seria mais adequado definir um nível de qualidade de estadia nas paradas de bairros mais distantes do centro e definir um plano para que todas tenham abrigos e informações sobre linhas e itinerários. Antes de equipar os ônibus com monitores de televisão, dever-se-ia estipular metas de qualidade para os veículos (piso rebaixado, acessibilidade universal, sistemas de informação a bordo). E melhorar a qualidade dos postos de atendimento. Hoje quem vai a um deles pedir informação, por exemplo, sobre o funcionamento do bilhete único, não recebe nenhum material sobre ele e é aconselhado a obter as informações pela internet. Também é importante que a equipe de governo esteja consciente de que mobilidade urbana não é futebol. Não se trata de deixar cada modo de transporte brigar entre si em busca da primeira colocação em termos de número de viagens. Não deve se deixar levar pelas pressões das torcidas organizadas a favor de um ou de outro meio de transporte, em detrimento dos demais. Mesmo assim, no caso de São Paulo, os investimentos em infraestruturas que beneficiam o trânsito de automóveis particulares são tão desproporcionalmente gritantes, que é indefensável dar continuidade à política de transportes atualmente desenvolvida.

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 As trágicas consequências da cidade refém do automóvel nunca estiveram tão à vista: tempo perdido e desperdício de combustível em congestionamentos que já beiram os 300 quilômetros na incompleta medição realizada dia a dia pela CET; estresse relacionado com o barulho intermitente emitido pelos motores; e principalmente a redução da expectativa de vida da população que respira um ar carregado de elementos insalubres. Já passou da hora de romper com esse paradigma de mobilidade e de política, sistematicamente estimulado pelo governo federal, que concede subsídios à indústria automobilística e mantém artificialmente a nível baixo os preços dos combustíveis fósseis e não renováveis. Em função deste contexto, o papel da Companhia de Engenharia de Tráfego também não pode ser mais o mesmo de quando a cidade era produzida para a massiva absorção de mais e mais automóveis. É necessário reorientar a companhia e dotá-la de meios para priorizar o trânsito seguro de pessoas pela cidade. O que significa, por exemplo, dar mais atenção aos pedestres e às calçadas – esses locais onde regularmente se flagra veículos da própria companhia estacionados irregularmente. Associações de ciclistas pedem que os candidatos a prefeito assinem um documento em que se comprometem a aumentar progressivamente a parcela do orçamento destinado à mobilidade por bicicleta e a elaborar um plano cicloviário para a cidade. Ainda que esses documentos, mesmo quando assinados, sejam vez ou outra considerados meros papeizinhos, sem valor algum, creio que o foco de tais compromissos deveria ser outro, com metas mais palpáveis e que façam sentido. Sentido não para o governante ou para os especialistas em transporte. Mas para os cidadãos. Por exemplo: assegurar que toda criança tenha acesso seguro a pé ou por bicicleta a estabelecimentos de ensino público em um intervalo de 20 minutos. O prefeito pode, para isso, construir mais escolas, instalar ciclofaixas e ciclovias, remodelar drasticamente o desenho das vias públicas ou repensar a localização de locais de moradia. Pode investir recursos de diversas origens e com diversas finalidades. Embora nem todas elas se encaixarem necessariamente no rótulo “bicicleta”, essas ações podem definitivamente favorecer a mobilidade por meios de transporte não motorizados. No entanto, as mais profundas mudanças nos padrões de mobilidade devem surgir de intervenções que não competem diretamente a uma secretaria de transportes. Como pode as decisões de aprovação ou reprovação de empreendimentos imobiliários em uma cidade como São Paulo, praticamente, dependerem apenas da assinatura de uma pessoa? Como pode haver shopping centers que funcionam há décadas sem oferecer o número mínimo de vagas de garagem estipulados pelas autoridades? Como pode a cidade ser tão refém do setor imobiliário e da construção civil e quase nada fazer em defesa da qualidade de vida de seus cidadãos? Como impedir que o próprio município desrespeite as leis urbanísticas que torna públicas, a começar pelo próprio Plano Diretor, que foi alvo de uma mal

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esclarecida tentativa de reforma? O candidato que quiser tratar seriamente a questão da (i)mobilidade urbana deve depositar sua atenção a essas perguntas que ficarão de fora dos debates televisionados e do horário eleitoral gratuito.=

04/09/2012

DF está pronto para receber R$ 1,8 bilhão de recursos do PAC Mobilidade

A Casa Civil do Distrito Federal entregou, na última sexta-feira (31/8), ao Ministério das Cidades as cartas-consulta para a realização das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades. Os documentos apresentam detalhamento da execução dos três projetos de infraestrutura de sistemas de transporte público coletivo: Expresso-DF(BRT-Sul), Expresso Oeste e expansão do Metrô-DF. Dos três, o mais adiantado éo BRT-Sul. 

 

O investimento é de R$ 2,2 bilhões, com financiamento da Caixa Econômica Federal. Agora, o agente financeiro deverá entregar as propostas  ao Tesouro Nacional – órgão responsável pela liberação das verbas federais. Esta etapa antecede o  repasse dos recursos que vão permitir o início das obras. 

 

A gestão do PAC no Distrito Federal é realizada pela Casa Civil do DF. Para o PAC da Mobilidade, o órgão avaliou a situação de cada empreendimento a fim de definir a melhor estratégia de divisão dos recursos, por fonte e para cada empreendimento. A Casa Civil também promoveu discussões com agentes financiadores para obter as condições (prazos e taxas) mais vantajosas para o GDF. 

 

BNDES – Já para as obras previstas no Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal  (Proinveste), o agente financeiro escolhido foi o BNDES. Para essa linha de crédito, estão previstos o trevo de triagem norte, a adequação viária do Torto-Colorado e o BRT Norte, ao custo de R$ 805milhões. 

 

Os projetos selecionados para o PAC Mobilidade Grandes Cidades foram anunciados, em 24 de março deste ano, pela presidenta da República, Dilma Rousseff. As cartas-consulta são necessárias para que os beneficiados possam informar ao Ministério das Cidades a descrição e a concepção das propostas –valores a serem investidos (contrapartida e financiamento externo), justificativas para as escolhas dos

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empreendimentos e definição do agente operador e financeiro. Os documentos apresentam, ainda, informações como a localização dos empreendimentos, licenças ambientais, prazos para a realização das obras, formas de operação e previsão de integração de tarifas.

 

Recursos – Os R$ 2,2 bilhões destinados para a execução das obras do Expresso-DF, Expresso Oeste e expansão do Metrô-DF estão divididos da seguinte forma: R$ 800 milhões serão repassados do Orçamento Geral da União (OGU); R$1,079 bilhão, por meio do financiamento da Caixa Econômica Federal; e R$332 milhões de contrapartida do GDF. 

 

O cronograma dos projetos contemplados no PAC da Mobilidade será redefinido a partir da assinatura do contrato com a Caixa Econômica Federal. Os três projetos do Distrito Federal selecionados pelo PAC da Mobilidade são: 

 

1 - Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Sul (BRT SUL - Bus Rapid Transit Sul) –ligará o Gama e Santa Maria ao Plano Piloto

Também conhecido como Expresso DF, o corredor exclusivo Eixo Sul faz parte do Plano Diretor de Transporte Urbano do Distrito Federal e Entorno (PDTU). De acordo com estudos preliminares,  o corredor atenderá uma população diária aproximada de 270 mil pessoas – cerca de 11% da população do DF –, onde estão localizadas algumas das maiores densidades populacionais da capital. Com35km de via exclusiva, o Expresso DF será uma importante conexão entre as regiões administrativas de Santa Maria, Gama, Park Way e Plano Piloto. Esse corredor atenderá, ainda, à população residente no Entorno Sul do DF —municípios do Estado de Goiás, que realiza grande parte das atividades em Brasília. 

 

1.1 - Terminal de Integração Park Way – construção do terminal responsável pela integração das linhas que vêm do Eixo Sudoeste (Guará, Riacho Fundo e Núcleo Bandeirante),do Eixo Sul (Gama e Santa Maria) e dos municípios do Entorno do DF, com destinos ao Eixo Leste (Lago Sul, Lago Norte, Paranoá e Aeroporto). O custo previsto é de R$ 23.936.443,00. 

 

As obras do Eixo Sul foram iniciadas, em 6 de novembro de 2011, pelo Consórcio BRT-SUL (site oficial: http://www.brtsul.com.br).O investimento total para a criação do Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Sul é de R$ 785.330.858,00. 

 

Principais intervenções:

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•         Implantação de corredores exclusivos de ônibus, estações de integração, passarelas para pedestres e melhoria na infraestrutura viária;

•         Implantação de edificações operacionais;

•        Melhoria  da acessibilidade;

•         CCO -Sistemas de controle centralizado da operação com regularização dos serviços, imagens online, fiscalização e tempos de viagem.

 

  2 - Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Oeste – Ceilândia ao Plano Piloto A área abrange desde Ceilândia até o Setor de Indústrias Gráficas (SIG) e Setor Policial Sul. Entre as obras está prevista a criação deum túnel abaixo da Avenida Central de Taguatinga. O objetivo é diminuir os gargalos que atravancam o trânsito na região. Alargamento de pistas e construção de faixas exclusivas de ônibus em vias importantes para o escoamento do trânsito na direção de Taguatinga também serão algumas das ações. A previsão de investimentos para a criação do Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Oeste é de R$ 725.675.884,00.

 

Principais intervenções:

•         Implantação de corredores exclusivos e preferenciais de ônibus, com melhoria na infraestrutura viária;

•         Implantação de estações de integração e passarelas para pedestres;

•         Aumento de capacidade viária para transporte público coletivo;

•         Melhoria da acessibilidade;

•         Implantação de ciclovias ao longo dos corredores;

•         Reforma, ampliação e construção de terminais de integração.

 

3 - Expansão e Modernização do Metrô-DF

 

Projeto consta da expansão do Metrô em Samambaia, Ceilândia e Asa Norte. Está previsto o aumento do modal ferroviário e a atualização tecnológica dos equipamentos de controle do Metrô-DF, por exemplo. Em Samambaia, a previsão é de mais 4 km e construção de duas estações. Em Ceilândia, a linha crescerá em 2,5km, além da construção de mais duas estações. A expansão para a Asa Norte prevê a construção de 1 km de linha e a construção de uma estação (na altura do Hospital Regional da Asa Norte).  A homologação do resultado da licitação para a elaboração do projeto de expansão do Metrô-DF foi publicada na edição do dia 11 de julho do Diário Oficial do

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DF. O contrato de R$ 17 milhões para realização dos estudos e especificações da obra será assinado com a empresa Engevix  Engenharia. O investimento para a expansão e modernização do Metrô-DF é de R$ 699.993.258,00.

 

A expansão e modernização do metrô:

•         Construção de cerca de 7 km de vias, sendo 1 km subterrâneo;

•         Implantação de cinco estações, sendo uma subterrânea;

•         Previsão de construção de estacionamentos subterrâneos para trens na Asa Norte;

•         Implantação de ciclovias compara ciclos nas estações;

•        Melhoria  da acessibilidade;

•         Adequação das estações Central, Águas Claras e Shopping;

•         Construção de viadutos rodoviários, passagem de pedestres e estacionamentos.

 

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Atraso impede GDF de usar facilidades legislativas10 de maio, 2012 blog do callado

Sem comentários

Em recomendação, MPF e MPDFT alertam governo distrital sobre proibição de utilizar RDC, ampliação do limite de endividamento e linha de crédito especial para obras de mobilidade da Copa

 

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Em ação conjunta, os Ministérios Públicos Federal (MPFDF) e do DF e Territórios (MPDFT) enviaram recomendação à Companhia do Metropolitano do DF (Metrô/DF) para evitar futuras irregularidades na implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Brasília, no trecho que pretende ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao terminal da Asa Sul.

No documento, os órgãos ressaltam que não há mais prazo hábil para concluir as obras antes da Copa do Mundo de 2014. Portanto, o governo do Distrito Federal (GDF) está impedido de utilizar as facilidades legislativas permitidas às obras que integram a Matriz de Responsabilidades para a Copa publicada pelo governo federal.

De acordo com o Ministério Público, o GDF está proibido de utilizar o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), lei que flexibilizou as regras de licitação das obras destinadas à Copa do Mundo. Também não poderá se valer da ampliação do limite de endividamento e da linha de crédito especial para financiar a obra, autorizadas, respectivamente, por resoluções do Senado Federal e do Conselho Monetário Nacional.

A recomendação alerta, ainda, que uma eventual dispensa emergencial de licitação para a obra, justificada pelo curto prazo para a realização do evento, será considerada ilegal e sujeita à responsabilização. “A situação emergencial decorre apenas de fato imprevisível. Como a Copa tem data certa, é inaceitável esse tipo de desculpa”, esclarece o procurador da República Paulo Roberto Galvão, um dos integrantes do Grupo de Trabalho da Copa do Mundo do Ministério Público Federal.

Atrasos – De acordo com o cronograma inicial da Matriz de Responsabilidades da União, as obras para o VLT de Brasília deveriam ter sido iniciadas em julho de 2010 e concluídas em março deste ano. Seriam

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necessários, portanto, ao menos 21 meses para a construção do empreendimento, além de outros seis para o período de testes, recomendado em qualquer obra deste porte.

A primeira revisão do documento, aprovada em novembro de 2011, admitiu o adiamento desse cronograma. A obra teria início em dezembro daquele ano e seria concluída em dezembro de 2013, prazo máximo para que, considerando o obrigatório período de testes, fosse inaugurada às vésperas da Copa do Mundo de 2014.

Em abril deste ano, uma nova revisão foi realizada na Matriz de Responsabilidades. O documento apenas postergou o prazo inicial de início das obras do VLT de Brasília para agosto de 2012, sem, contudo, trazer informações factíveis sobre a real viabilidade de conclusão da obra e funcionamento para servir ao evento.

Acontece que, ultrapassados 22 meses do primeiro prazo para início das obras, 5 meses do segundo, e a apenas três meses do terceiro, nenhuma providência foi adotada pelo GDF, sequer para dar início ao procedimento licitatório. Como ainda deve ser levado em consideração o período entre a abertura de licitação e o início da obra, assim como o prazo de testes após a conclusão do empreendimento, a inércia do GDF até agora inviabiliza, na prática, qualquer chance de o VLT estar em uso antes de janeiro de 2015, na melhor das hipóteses.

Dadas as circunstâncias, o Ministério Público afirma que o VLT não pode ser considerado obra destinada à Copa do Mundo 2014 e, consequentemente, não pode usufruir de benefícios legais criados com o único objetivo de facilitar e viabilizar a realização do evento.

Prevenção – Os órgãos do MP ressaltaram que o orçamento dos jogos Pan-Americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007 foi estourado em dez vezes ao inicialmente previsto e contou com obras superfaturadas e desvio de verbas, ocorridos, em grande parte, segundo o Tribunal de Contas da União (TUC), pela ausência e insuficiência dos projetos básicos das licitações.

Diante dessa constatação, foi recomendado ao GDF, ainda, que instrua a licitação que vier a ser realizada com o devido projeto básico. Segundo o TCU, o documento deve ter nível de precisão adequado e ser elaborado com base em estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade e o apropriado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e possibilitem a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.

Prazo para resposta – O GDF, por meio da Companhia do Metropolitano do DF, tem prazo de 30 dias para informar ao MPF e ao MPDFT as providências adotadas em relação à recomendação. O Ministério do Esporte, o TCU, a Controladoria-Geral da União e a Casa Civil da Presidência da República também foram informados do documento.

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A recomendação é um instrumento de atuação extrajudicial do Ministério Público. Em caso de descumprimento das medidas sugeridas, o caso pode ser levado ao Poder Judiciário.

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2011

- Mais dinheiro para o DF. CB.15/08/2011

- Repasse variável. CB. 15/08/2011

- Lerner é condenado. CB. 13/08/2011

- Transformando o crescimento em redução da pobreza. CB. 13/08/2011

- Indústria forte, Brasil melhor. CB. 13/08/2011

- Em manifesto, senadores pedem que Brasília seja a sede da abertura da Copa. CB. Agência Brasil. 02/09/2011

- Proposta de R$ 27,5 bilhões para orçamento do GDF em 2012 prioriza saúde. CB. Helena Mader. 02/09/2011

- TCDF suspende licitação da Setrans para a compra de 900 ônibus. CB. 22/08/2011

- Iniciativa é bem recebida. CB. Mara Puljiz. 22/08/2011

- Brasília dá o mau exemplo. CB. Manoela Alcântara. 10/08/2011

- Em discurso, Obama cita visita ao Brasil e trata de questões polêmicas. CB. Agência Brasil. 26/01/2011

- Agnelo anuncia licitação de 1200 ônibus para o DF. CB. 04/05/2011

- Câmara Legislativa aprova projetos que destinam mais verba ao GDF. CB. Ana Maria Campos. 28/09/2011

- Orçamento do DF de 2012 prevê R$ 18 bilhões em investimentos. CB. Ricardo Taffner. 17/09/2011

- Especialistas apontam pedágio urbano como solução para o trânsito. G1. Juliana Cardilli. 12/09/2011

- Crise é oportunidade para a nação despontar. CB. 11/09/2011

- Ação contra novas regras de licitações. CB. Diego Abreu. 10/09/2011

- Ofensiva para tampar o ralo. CB. Vinicius Sassine.10/09/2011

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- Nas entrelinhas. Alon Feuerwerker. CB. 07/09/2011

- Ônibus serão licitados. CB. 07/09/2011

- UnB e BRB desenvolverão projetos para investir na economia regional. UnB Agência. 04/03/2011

- Appel à projet : transports collectifs en site propre. ?. 23/02/2011

- SNIT : consultation publique prolongée jusqu’au 20 mars. ?. 24/02/2011

- Bancada do DF define emendas à LOA de 2012. Blog do Callado. 22/11/2011

Mais dinheiro para o DF

Para 2012, Fundo Constitucional terá reajuste de 13,94% - duas vezes acima da inflação dos últimos 12 meses - e chegará a quase R$ 10 bilhões. Mais da metade do recurso vindo da União vai custear a segurança. O restante será destinado às áreas de saúde e educação

Publicação: 15/08/2011 02:00

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Wasny, líder do governo: GDF vai detalhar aos deputados a divisão do bolo

A capital da República ganhará importante reforço no orçamento do próximo ano. O Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) será reajustado em 13,94% e significará um aporte de praticamente R$ 10 bilhões para investimentos em segurança, saúde e educação. O percentual de reajuste é o maior dos últimos três anos. Para se ter ideia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação acumulada nos últimos 12 meses — foi de 6,87%, menos da metade da correção do fundo. O governo local elaborou a proposta de uso dos recursos por área (veja quadro ao lado) e agora se prepara para discutir com a Câmara Legislativa, a partir desta semana, os eixos do plano de execução.

Os recursos são originários da União e o envio deles está definida pela Constituição Federal. Por isso, a forma de aplicação do fundo depende da aprovação do governo federal e do Congresso Nacional. O Governo do DF encaminha a proposta e aponta as necessidades locais, mas tem de negociar para ver efetivadas as próprias

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prioridades. A palavra final é dada com a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no parlamento e com a sanção pela presidente da República, Dilma Rousseff, o que deve ocorrer nos últimos dias deste ano.

De acordo com a proposta elaborada pelo GDF, a segurança pública receberá a maior fatia do fundo: R$ 5,185 bilhões, mais da metade do total. A área sempre foi a mais privilegiada pelos recursos federais, visto que era o primeiro objeto dos repasses — saúde e educação foram incluídas posteriormente. Desse valor, a Polícia Militar receberá a principal parte (43%). A Polícia Civil, apesar do contigente menor, comprometerá 30% da área e o Corpo de Bombeiros, 27%. O dinheiro é usado para custear o pagamento dos servidores ativos, inativos e pensionistas e a manutenção das corporações, além de ser aplicado em investimentos.

Saúde

Ao contrário do que ocorreu para o exercício de 2011, a atual gestão quer investir mais em saúde do que em educação. As duas áreas, juntas, despenderão R$ 4,78 bilhões, mas os servidores da Secretaria de Saúde receberão 54% das parcelas destinadas à assistência. No exercício de 2011, essa relação foi praticamente inversa, quando os servidores de ensino ficaram com 56% do montante reservado para as duas áreas. A medida segue o compromisso definido pelo atual governo de priorizar os investimentos na área do atendimento hospitalar e aponta o crescimento de gastos com pessoal no setor.

O Executivo local conta com 137.675 servidores em atividade e 57.079 inativos, de acordo com dados de abril fornecidos pela Secretaria de Administração. Desse contingente, 73,6% são pagos, em parte, com recursos do Fundo Constitucional. Só na educação, o salário de 47 mil pessoas é custeado pelo dinheiro do Tesouro Nacional. De acordo com o Plano Plurianual encaminhado pelo GDF à Câmara Legislativa, a previsão é de contratar mais 62 mil servidores entre 2012 e 2015. O documento serve como parâmetro para a elaboração da LOA do DF, mas ainda precisa ser aprovado pelos deputados distritais.

O PPA prevê a contratação de 45 mil pessoas só no próximo ano, em 32 projetos tocados pela administração pública. Somando recursos locais e da União, está previsto o investimento de R$ 67 bilhões na folha salarial do GDF — o que representa a metade do orçamento total calculado para os próximos quatro anos, de R$ 113,5 bilhões. Os números incluem a contratação de concursados e comissionados, com prioridade para os primeiros. A saúde será a área com o maior número de admissões, seguida pela segurança. As contratações e os concursos têm de estar descritos na LOA de cada exercício.

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Câmara Legislativa

A fim de explicar aos deputados distritais a definição da distribuição dos recursos do Fundo Constitucional, o líder do governo na Câmara, Wasny de Roure (PT), quer levar o secretário de Fazenda, Valdir Moysés Simão, à Casa ainda nesta semana. “Vou conversar com ele para ver se conseguimos promover essa conversa nos próximos dias”, afirma o líder. Segundo Wasny, o crescimento de praticamente 14% do FCDF dá uma condição muito privilegiada ao Executivo para investir na cidade. “Principalmente, se levarmos em conta que não há nenhum esforço para colocar o dinheiro em caixa. Há um crescimento real e agora temos de fazer um bom uso desses recursos do ponto de vista de políticas públicas.”

Wasny destaca, no entanto, a definição sobre dois pontos fundamentais. Eles dizem respeito à arrecadação do Imposto Retido na Fonte (IRF) e das contribuições previdenciárias relativas aos servidores remunerados com os recursos do fundo. Segundo parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), as receitas devem ser de responsabilidade do Tesouro Nacional e o GDF tem de ressarcir a União pela incorporação dos valores recebidos. “Acho que ambos devem ser destinadas ao Tesouro local, porque os servidores são do Distrito Federal. Precisamos ter isso normatizado e resolver com um procedimento republicano, junto ao Ministério da Fazenda, para acabar com essa guerra surda”, diz o líder do governo.

VEJA INFOGRÁFICO

Saiba mais...

Repasse variável

Repasse variável

Publicação: 15/08/2011 02:00

A manutenção das áreas de segurança, educação e saúde do DF sempre ficou sob a responsabilidade da União. O parágrafo XIV do artigo 21 da Constituição de 1988 estabelece como competência federal “organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio”. A instituição do fundo, e as normas para definir o montante e a forma de repasse, no entanto, só ocorreu em 2002, com a Lei nº 10.633.

O valor para cada área é sugerido pelo governo local, mas precisa ser definido na Lei Orçamentária Anual da União. Durante o ano, os recursos são transferidos

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mensalmente diretamente da conta do Tesouro Nacional para o fundo e o consequente pagamento de cada categoria. De toda forma, não há ingerência do GDF nas aplicações. A fórmula é contestada pelo Tribunal de Contas do DF. Os conselheiros do órgão defendem a vinculação da verba ao orçamento local.

O montante repassado pela União é variável e depende diretamente do crescimento econômico do país. Isso porque o valor calculado para o Fundo Constitucional segue a variação da receita corrente líquida nacional referente ao período entre julho do ano anterior e junho do ano da elaboração da LOA, ou seja, para o próximo período, as contas se referem à evolução da receita de julho de 2010 a junho de 2011. (RT)

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Lerner é condenado

13ago11

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve ontem uma condenação em primeira instância contra o ex-governador do Paraná Jaime Lerner por dispensa ilegal de licitação. O político, no entanto, não irá cumprir a pena. Tudo porque, apesar de o STJ haver negado o habeas corpus que pedia a prescrição do crime, uma decisão da 3ª Vara Criminal Federal em Curitiba, que a Corte desconhecia, extinguiu a punibilidade do processo.

O juiz substituto Tiago Martins determinou a prescrição do crime, em 7 de julho, porque o ex-governador foi condenado a três anos e meio, pena para a qual o prazo máximo de prescrição é de oito anos. Como Lerner tem mais de 70 anos, o período cai pela metade. O crime ocorreu em 2002 e a denúncia só foi recebida em 22 de outubro de 2008. O STJ só tomou conhecimento da decisão em primeira instância depois de ter julgado e negado o habeas corpus.

Jaime Lerner havia sido condenado em Curitiba e teve os três anos e meio de prisão revertidos em pena alternativa. O Ministério Público não recorreu. O habeas corpus julgado ontem, pelo STJ, pedindo a prescrição do crime, havia sido pedido há pouco mais de dois anos e, como não foi julgado, o processo em primeira instância foi mantido. Jaime Lerner foi condenado por conta de um aditivo contratual que estendia em 80km a concessão obtida pela empresa Caminhos do Paraná S.A. para estradas do estado, o que não estava previsto na licitação original. A mudança incluía trechos da BR-476 e PR-427.

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Transformando o crescimento em redução da pobreza

Vinod ThomasDiretor-geral de Avaliação do Grupo Banco MundialMarvin Taylor-DormondDiretor da Avaliação do Setor Privado do Grupo de Avaliação Independente (IEG)

Publicação: 13/08/2011 02:00

Nas últimas décadas, muitos países têm experimentado crescimento econômico sem precedentes e redução significativa da pobreza. Com taxa média de crescimento de 10%, a China conseguiu reduzir a pobreza em quase 75% desde 1990. Na América Latina e no Caribe, a pobreza caiu 25% de 1995 a 2005. Em termos globais, o aumento de um ponto percentual na renda está vinculado a um declínio na pobreza de cerca de 2,5 pontos percentuais.

Porém, mesmo com um crescimento econômico relativamente alto, a redução da pobreza tem sido muito variável entre os países, e os benefícios de crescimento nem sempre atingem as pessoas pobres e vulneráveis. Os números elevados são também impressionantes: em meados da última década, cerca de 1,4 bilhão de pessoas no mundo inteiro ainda vive em extrema pobreza. Portanto, permanece sumamente importante a agenda para manter o crescimento e assegurar que a sua natureza seja favorável à redução de pobreza.

Nesse contexto, o setor privado se reveste de importância especial pelo fato de apoiar crescimento capaz de reduzir acentuadamente a pobreza. As taxas de pobreza mundiais não teriam diminuído drasticamente sem um setor privado dinâmico. No entanto, o impacto do investimento privado sobre o crescimento e o impacto do crescimento sobre a pobreza não são automáticos. Alavancar o setor privado traz consigo o potencial de altas recompensas, mas os riscos importantes também precisam ser gerenciados.

Primeiro, a distribuição da renda é muito importante quanto ao grau em que a redução da pobreza reage ao crescimento econômico. A participação do setor privado deve ser favorável para possibilitar uma melhor distribuição da renda, especialmente quando a situação inicial é altamente distorcida.

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Segundo, o padrão de crescimento promovido pelo setor privado é crucial. O impacto da pobreza é ainda maior quando o crescimento enfoca áreas em que a pessoas pobres estão mais concentradas e se concentram mais nos setores em que ganham a sua subsistência. Os novos caminhos das atividades empresariais precisam envolver diretamente os pobres, como trabalhadores, fornecedores, distribuidores e consumidores de formas financeiramente sustentáveis.

Terceiro, quando os mercados fracassam ou são ineficientes, as respostas do setor privado aos sinais do mercado podem exacerbar as desigualdades, deixando os pobres em situação ainda pior. Por exemplo, distorções no acesso a ativos e finanças podem aprofundar ainda mais as diferenças na distribuição. Nessas situações, a Corporação Financeira Internacional (IFC), ramo do setor privado do Grupo Banco Mundial, pode ajudar a abortar os fracassos do mercado.

A IFC vem envidando esforços no sentido de combater a pobreza por meio de ênfase em atividades empresariais inclusivas e contribuições significativas para a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) — o fundo do Banco Mundial para apoiar os países mais pobres. A grande maioria dos projetos de investimentos da IFC contribuiu positivamente para o crescimento econômico e, na maior parte, ajudou a pobreza indiretamente. Mas incorporar questões relacionadas com a distribuição na formulação dos projetos tem sido um desafio. A evidência proporcionada pelas avaliações indica que o enfoque na pobreza não precisa ser à custa do sucesso financeiro e que uma ampla série de intervenções da IFC pode melhorar tanto o ritmo do crescimento como os benefícios para os pobres.

Várias ações da IFC podem aumentar o impacto dessa entidade sobre a pobreza e servir de exemplo para a redução da pobreza liderado pelo setor privado. Uma prioridade seria promover entendimento compartilhado para contar com um enfoque claro nas estratégias corporativas. A IFC pode também utilizar os vastos conhecimentos e recursos do Grupo Banco Mundial no sentido das melhores formas de atingir os pobres e implementar abordagens inovadoras em favor da redução da pobreza. Os vínculos entre crescimento, distribuição e benefícios para os pobres podem ser mais explícitos na formulação dos projetos. Valeria a pena também melhorar os indicadores de acompanhamento desses resultados.

Um enfoque no crescimento e uma melhor distribuição dos seus benefícios serão necessários para assegurar que o crescimento possa de fato ser sustentado e que represente diferença significativa para a redução de pobreza. O setor privado pode ser ator-chave para garantir que o crescimento seja sustentável e que os seus benefícios atinjam os pobres.

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Indústria forte, Brasil melhor

Rui CostaEconomista e deputado federal (PT-BA)

Publicação: 13/08/2011 02:00

Inovar para competir e competir para crescer. O slogan do programa Brasil Maior resume os objetivos da mais ousada medida da política industrial brasileira nos últimos tempos. No curto prazo, é uma resposta a uma conjuntura adversa e, no longo prazo, pode lançar as bases de um novo ciclo de desenvolvimento industrial, essencial para o crescimento do emprego formal e da renda e para a inserção soberana de nosso país no mercado internacional.

O atual momento da nossa indústria requer políticas de efeito rápido para a recuperação de sua competitividade. A valorização do real frente ao dólar e o euro tem causado danos a segmentos industriais mais vulneráveis, especialmente nos setores têxtil, calçadista, moveleiro e das Tecnologias da Informação e de Comunicação (TIC). Esses setores vêm sofrendo com a competição de produtos importados e, em certos casos, medidas de estímulo e proteção são urgentes, como no caso da indústria têxtil e de confecções, que poderia perder cerca de 600 mil postos de trabalho até o fim deste ano. Proteger e estimular a indústria é central para garantir que o Brasil continue sua trajetória de desenvolvimento com inclusão social pela expansão do emprego formal, da renda dos trabalhadores, que são responsáveis pelo novo dinamismo de nosso mercado interno.

As repercussões dessa nova política de desenvolvimento se fazem sentir de forma ainda mais relevante na inserção da economia brasileira no mercado externo. O desafio da competitividade é uma preocupação constante para os países industrializados desde os anos 1980. Parques industriais constituídos entre o início do século 20 e a década de 1960 ficaram em posição de desvantagem frente às indústrias jovens, inovadoras e eficientes, que emergiram no Japão a partir do fim da década de 1960, no sudeste asiático, no começo dos anos 80, e na pujante presença da indústria chinesa, que representa o polo dinâmico da economia mundial nos dias de hoje.

Tal realidade atinge tanto indústrias de países emergentes, como o Brasil, quanto as de países desenvolvidos, como os EUA, que viram empresas símbolo de sua indústria automobilística quase ruírem em 2008. A superação dos desafios impostos à indústria passa necessariamente por uma política de fomento a indústrias inovadoras e mais eficientes. Em entrevista concedida por ocasião do lançamento do programa, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, resumiu o

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objetivo do programa como uma experiência para fazer a indústria brasileira saltar do século 20 para o século 21. As principais medidas incluem a desoneração da contribuição ao INSS na folha de pagamento, que passará a ser cobrada com alíquota de 1,5% apenas após o faturamento, o crédito de R$ 2 bilhões do BNDES para o Finep e a devolução em dinheiro aos exportadores de 0,5% do valor faturado. A redução da arrecadação será compensada pelo Tesouro Nacional, mas a expectativa do governo é que os ganhos na expansão das exportações compensem as perdas.

Ao adotar essas medidas, o governo cria condições para um segundo semestre virtuoso para o crescimento econômico. Aliado às medidas macroprudenciais, que devem reverter a trajetória de apreciação cambial, e à retomada nos consumos das famílias nos países centrais, não seria exagero esperar que a atividade industrial atinja níveis históricos de atividade e produtividade. O segundo e talvez mais positivo dos resultados será a expansão dos bens industrializados na pauta das exportações do Brasil, tanto em participação na balança comercial quanto em volume absoluto de mercadorias e serviços exportados. A se confirmar a expectativa positiva gerada em torno do programa Brasil Melhor, a década de 2010 pode ficar para a história como a da revolução da produtividade e da inovação na indústria brasileira.

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Em manifesto, senadores pedem que Brasília seja a sede da abertura da Copa

Agência Brasil

Publicação: 02/09/2011 16:37 Atualização:

Um grupo formado por 44 senadores apresentou nesta sexta-feira (2/9), no plenário da Casa, um manifesto em apoio à candidatura de Brasília para sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014. Autor da iniciativa, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) disse que a capital do país representa todos os brasileiros e ainda reúne as melhores condições de infraestrutura para sediar o evento.

“Brasília nos une. Une Norte, Sul, Leste e Oeste. Une o Amapá ao Rio Grande do Sul, a Paraíba ao Rio de Janeiro e, por isso, essa manifestação que iniciei ganhou rapidamente esse ensaio, uma manifestação de carinho de vários senadores”, discursou Rêgo. “Então, são esses homens e mulheres que construíram essa cidade, que amaram há 51 anos esta cidade e que vieram para cá e, agora, têm gerações enraizadas no solo candango, que merecem essa homenagem”, acrescentou.

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O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que acompanhou do plenário a sessão de hoje do Senado, disse que todo o país vai se sentir representado caso a Federação Internacional de Futebol (Fifa) escolha Brasília como sede da abertura da Copa de 2014. “É importante que, em um evento dessa magnitude, toda a população brasileira sinta-se representada. Nada melhor que fazer a abertura, que é uma grande recepção, aqui em Brasília”, disse.

Brasília concorre com São Paulo pelo direito de sediar a abertura do Mundial. A decisão será anunciada pela Fifa, no mês que vem. Agnelo reconheceu que, atualmente, Brasília apresenta problemas em sua infraestrutura, principalmente na área de transportes urbanos. No entanto, o governador prometeu entregar todas as obras a tempo para a abertura do Mundial.

“A maior virtude do Distrito Federal e de Brasília é a infraestrutura. Em estacionamento, oferecemos o dobro do que a Fifa solicita e estamos fazendo uma reforma no Aeroporto de Brasília, que vai aumentar [a capacidade] em 10 milhões de passageiros por ano, colocando o nosso aeroporto em outro patamar. Na Copa, o Distrito Federal será outro no transporte urbano. Hoje, praticamente não existe e é de péssima qualidade, mas será transformado em um transporte digno, correto, de vias exclusivas, que é sinônimo de dignidade”, prometeu.

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Autor: André Luiz MouraParabéns ao senador Vital do Rêgo pela iniciativa e fundamentação. De fato, Brasília é a capital do País e, assim, representa todos os Estados. Logo, a abertura deve sim ser aqui. E nossos senadores não devem se curvar aos ditames da FIFA e CBF.

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Autor: Marceio MartinsEnquanto Deputados anistiam deputado que recebe propina, os senadores mostram que representam não só seus Estados, mas todo o povo brasileiro. Espero que esse pensamento continue e não seja só em relação a COPA.

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Autor: Anilton MoccioE tem um grupo formado por milhões de brasileiros que acham que esses senadores são, com raras exceções, uns inúteis, não servem para nada, não atendem aos anseios do povo que os elegeram, poderiam ser reduzidos a 1/3 que não faria a menor diferença, não cuidam dos problemas de sua responsabilidade.

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Autor: Francisco BresolinVLT, onde está o VLT?

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Autor: Francisco BresolinSr. Governador, para se fazer uma copa não basta o estádio, a peça principal é o VLT, assim incluiremos Brasília em qualidade de transporte público. Cadê o VLT?

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Proposta de R$ 27,5 bilhões para orçamento do GDF em 2012 prioriza saúde

Helena Mader

Publicação: 02/09/2011 07:20 Atualização: 02/09/2011 15:39

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A área da Saúde, apontada pela população e pelo governo como um dos grandes problemas do DF, receberá atenção especial no próximo ano

O Governo do Distrito Federal terá cerca de R$ 27,5 bilhões para gastar em 2012. Até o próximo dia 15, o GDF vai enviar à Câmara Legislativa a proposta de orçamento, que deverá ser analisada e aprovada até dezembro. O Correio apurou que os valores estimados para 2012 devem aumentar cerca de 7% com relação à proposta orçamentária deste ano. O crescimento é bem inferior ao registrado em 2011, quando a alta foi de 13,5%. Segundo os técnicos do governo, essa diferença é consequência de emendas parlamentares apresentadas na última legislatura. Os deputados acrescentaram cerca de R$ 1 bilhão à previsão de arrecadação, o que não se concretizou.

Dos R$ 27,5 bilhões, a maior parte virá da arrecadação tributária do Distrito Federal. A previsão é que R$ 16 bilhões deverão chegar aos cofres públicos em 2012 com a cobrança de tributos como o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que, nos primeiros sete meses deste ano, rendeu R$ 2,8 bilhões ao GDF. O IPVA, o IPTU e o Imposto sobre Serviços (ISS) estão entre as principais fontes do Executivo local.

Além da arrecadação direta, o governo conta com R$ 1,6 bilhão do orçamento das estatais, como a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb). Para finalizar, virão R$ 9,9 bilhões do Fundo Constitucional do Distrito Federal — dinheiro da União usado para pagar os salários dos servidores da segurança pública e parte dos vencimentos do pessoal da saúde e da educação.

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O subsecretário de Orçamento do DF, Caio Abott, conta que os técnicos estão finalizando a análise das propostas apresentadas pelas unidades orçamentárias “O prazo acabou na semana passada e, agora, estamos fazendo a consolidação dos dados. Tudo será enviado à Câmara Legislativa antes do dia 15”, garante Caio. Ele explica que os números ainda estão sendo fechados, mas que o orçamento final ficará em torno de R$ 27,5 bilhões. “Poderá haver alterações de crédito”, explica.

Dos R$ 27,5 bilhões, mais de 90% serão aplicados para o custeio e a manutenção da máquina pública. Os recursos destinados a investimentos são divididos entre todas as áreas, mas, em 2012, a prioridade deverá ser o setor da saúde, um dos maiores alvos de reclamação. A Secretaria de Saúde informou que existe um grupo de trabalho instituído por meio de uma portaria e que está incumbido de estabelecer as prioridades para 2012. Mas a abertura de mais unidades de pronto atendimento e o fortalecimento da atenção básica devem estar entre os investimentos prioritários, por conta do plano de governo.

Uma das grandes contribuições para o orçamento do ano que vem será o Fundo Constitucional do Distrito Federal. O valor do repasse terá reajuste de 13,94%, percentual duas vezes superior à inflação dos últimos 12 meses. Os recursos são do governo federal e o repasse ao DF é determinado pela Constituição Federal. Em 2012, o Distrito Federal receberá R$ 9,9 milhões. Este ano, o repasse totalizou R$ 8,7 bilhões.

Pela lei, esses recursos têm que ser usados para pagar as folhas de pagamento dos servidores das áreas da Saúde, Educação e Segurança. Pelo menos 73% dos funcionários ativos e inativos do GDF têm seus salários custeados parcialmente pelos recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal.

Somente depois do dia 15, o governo vai detalhar a distribuição do orçamento. Este ano, por exemplo, R$ 1,2 bilhão ficaram reservados para atender a educação básica, valor que caiu 1,8% em comparação com 2010. O fundo de saúde recebeu R$ 2,1 bilhões e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Geração de Renda ganhou R$ 283 milhões.

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O CEF 11 do Gama oferece ensino integral: a meta é ampliar o modelo

Arrecadação

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Entre janeiro e julho deste ano, a arrecadação do GDF chegou a R$ 5,6 bilhões, um crescimento de 4% com relação ao registrado em 2010. Desse total, o ICMS representou 50,7% do total. Em segundo lugar, está o Imposto de Renda Retido na Fonte, que totalizou R$ 923 milhões.

Verba extra da União

Além dos recursos próprios do orçamento e do Fundo Constitucional, o Distrito Federal deverá ganhar mais R$ 2 bilhões do governo federal. Esse é o total reservado para o DF no Orçamento da União. Os recursos virão dos mais diversos ministérios e fazem parte de programas variados nas áreas de Saúde, Infraestrutura, Educação e Ciência e Tecnologia, por exemplo. Do total, a maior parte do bolo — R$ 1,9 bilhão — atenderá ações sociais. O restante vai para investimentos em infraestrutura e obras, como a construção do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, ligado ao Ministério da Integração Nacional, e do Centro Nacional de Capacitação e Difusão de Ciências Forenses, vinculado ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal. Cada uma das ações receberá R$ 15 milhões.A educação ficará com o maior percentual dos recursos da União. A área será beneficiada com R$ 1,2 bilhão. De acordo com o projeto do orçamento do governo federal para 2012, R$ 533 milhões serão gastos com projetos ligados ao ensino superior e R$ 89,9 milhões irão para o ensino profissionalizante. De acordo com a secretária de Educação, Reginha Vinhaes, os investimentos prioritários da pasta serão feitos na construção e na reforma de escolas, na formação de professores, no fortalecimento dos conselhos escolares e na implantação da educação integral.A saúde terá à disposição R$ 625 milhões, dos quais R$ 489 milhões serão destinados ao atendimento ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o professor de medicina da Católica e especialista em saúde pública Roberto Bittencourt, é preciso investir a maior parte dos recursos disponíveis na atenção primária. “Hoje, apenas 14% do DF é atendido pelo Programa Saúde da Família. Esse número tem que crescer para pelo menos 50% da população. Os gastos são altos e a efetividade está baixíssima”, comenta o especialista.

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TCDF suspende licitação da Setrans para a compra de 900 ônibus

Publicação: 22/08/2011 17:30 Atualização: 22/08/2011 20:33

O projeto básico apresentado pela Secretaria de Estado e Transporte para promover a concorrência pública de concessionárias foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal nesta segunda-feira (22/8). O tribunal determinou que terá de ser feito um estudo técnico pela secretaria para demonstrar se a licitação por frota é a melhor opção para a Administração. Existem outros modelos: linha, bacia e região.

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Os valores do edital foram calculados a partir de dados da empresa Fácil Brasília Transporte Integrado. O tribunal também determinou que a secretaria atualizasse os dados após a retomada do controle do Sistema de Bilhetagem Automática pelo DFTrans.

A licitação serviria para manter e operar 900 ônibus no Sistema de Transporte Público Coletivo do DF (STPC/DF) e seria lançada nessa terça-feira (23/8) pela secretaria, que poderá fazer as correções e responder os questionamentos do tribunal nos próximos 30 dias.

De acordo com o TCDF é preciso esclarecer no edital se os ônibus que operam de maneira irregular serão substituídos ou se estes continuaram rodando mesmo após a concessão ter sido completada. Segundo relatório, o aumento no número de veículos disponíveis causaria a redução no Índice de Passageiros por Quilometro (IPK) e consequentemente, nas receitas.

Tags: celular

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Autor: waldemir santanaÉ IMPRESSIONANTE O DESCASO QUE O GOVERNO GDF TRATA OS PROBLEMAS DA POPULAÇÃO. O TRANSPORTE PÚBLICO ESTÁ AÍ SUCATEADO NECESSITANDO DE MUDANÇAS E AINDA TEM MORCEGO QUERENDO MAMAR. PELO AMOR DE DEUS, TOMEM DECISÕES SÉRIAS. O POVO JÁ NÃO SUPORTA TANTO DESPRESO.

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Autor: Maurício GebrimTCDF é outra companhia do Canhedo e Amaral ou uma pseudoséria tribuneta?! Quanto custa um juíz/promotor ladrão, que tá cheio de gente querendo comprar mais um, enquanto não aumentam ainda mais os salários do judiciário, para serem "imunes" à corrupção?!

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Autor: Fabio AlmeidaMais uma vez o CARTEL DOS ONIBUS venceu. O TCDF já demonstrou sua submissão com esse CARTEL. E também com outros carteis, como HOTELEIRO, dos POSTOS DE COMBUSTIVEL entre outros. É dificil de acreditar, o GDF cumprindo uma decisão do MPDFT e o TCDF descomprindo a LEI. E quem ganha com isso?

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Autor: Paulo ReisEles so podem estar de sacanagem logico eles não pegam trasporte publico todo dia de manha e a tarde vivem gastando o dinheiro publico em belos

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carros viajens casas etc e agente fica andando em onibus super lotados e quebrados cuidado para não passar o braço em ferrugem tetano kkkkkkkk

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Autor: André PelegriniPeraí, deixa eu ver se entendi... Ainda há duvida se Irregulares devem ser substituidos?! KKKK. Só no DF mesmo, IPK quer dizer mesmo Onibus Lotado = Mais $$$ para Canhedo?! Brasília está perdida...

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Autor: dimas moreiraVejam bem a pergunta do TCDF: "...se os ônibus que OPERAM de maneira IRREGULAR serão substituídos ou se estes continuaram rodando...". Por aí vemos a razão pela qual o transporte no DF está um caos! Se está irregular e a resposta for sim então pode rodar... ??? kkkk

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Autor: valdecir rodriguesQUE BARBARIDADE!!!O TCDF ESTÁ PREOCUPADO COM A REDUÇÃO DA TARIFA E OS USUÁRIOS CONTINUARÃO COMO SEMPRE SENDO TRATADOS COMO CARGA VIVA, ATÉ QUANDO SENHORES MEMBROS DO TCDF.TRABALHEM E CUMPRAM SUAS FUNÇÕES COMO DETERMINA A CONSTITUIÇÃO E O ESTATUTO,NÃO SEJAM SOMENTE ENGRAÇADINHOS DE TERNOS.

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Autor: Leonardo MacedoEu duvidei na primeira noticia... BRASIL: UM PAÍS Q NÃO É SÉRIO!

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URBANISMO »

Iniciativa é bem recebida

Especialistas ouvidos pelo Correio acreditam que a ligação entre os setores de diversões e hoteleiros precisa ser debatida com a sociedade, mas apoiam o projeto

» MARA PULJIZ

Publicação: 22/08/2011 02:00

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O estacionamento que hoje abriga 500 vagas dará lugar a uma praça que permitirá o acesso de pedestres a diversos pontos da área central de Brasília

O projeto de construir uma grande praça de interligação entre os setores hoteleiros e a área central do Plano Piloto por meio dos setores de diversões ainda está longe de

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sair do papel, mas já é tema de discussão de especialistas. A ideia é garantir a travessia de pedestres pela área, e, consequentemente, evitar que hóspedes instalados na região e pessoas que circulam no local tenham que caminhar muito ou pegar táxis para chegar à Rodoviária do Plano Piloto, ao Teatro Nacional ou ao shopping Conjunto Nacional. A planta da ação prevê ainda a redução do deficit de vagas na área central, estimado em 40 mil, com a construção de um estacionamento subterrâneo com capacidade para 8 mil carros.

Para o professor de arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Flósculo, o projeto pode trazer muitos benefícios para a população, inclusive com a construção de um espaço que abrigará jardins, como previa o desenho feito pelo urbanista Lucio Costa. “Tem que ser uma obra boa, bonita, segura. Algo que dê orgulho, e não essas passagens chinfrins que dão medo”, destaca Flósculo.

O

plano de ligação foi feito pelo Conjunto Nacional e assinado pela filha de Lucio Costa, Maria Elisa Costa, com os arquitetos Fernando Andrade e Carlos Magalhães, atual representante de Oscar Niemeyer em Brasília. O governo ainda não foi comunicado oficialmente sobre a proposta, mas o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já manifestou ser favorável à ação. Um documento assinado pelo superintendente do órgão no DF, Alfredo Gastal, confirma a adequação do croqui ao tombamento de Brasília.

Gastal diz que a construção de uma praça, com passarelas e jardins é uma necessidade da cidade, mas que alguns pontos devem ser observados. “Precisamos criar espaços vitalizados, com amplitude e iluminação. Não é uma simples arquitetura e um traço qualquer. Deverá ser uma área para não dar condições à violência. Não adianta sonhar com certas soluções arquitetônicas, que são inteligentes, sem que o Estado, paralelamente, crie condições para isso”, destacou.

Parceria

O projeto deverá ser executado por meio de uma parceria público-privada. “O governo examina, eventualmente aprova e sugere padrões de qualidade e as empresas privadas constroem. É, na verdade, um investimento. Se essa interligação for bem feita, será criada uma verdadeira obra de arte e uma aliança de ouro na área central de Brasília”, opina Frederico Flósculo. Para ele, o grande temor é que um projeto como esse, previsto para custar R$ 60 milhões, não leve em consideração a segurança dos visitantes, turistas e pedestres que transitam pela área. “Essa possibilidade de projeto vai dar muita vitalidade ao centro, aos hotéis e aos setores de diversão. Mas é preciso muita atenção. Hoje, nós vemos grandes ideias sendo mal implementadas e, no fim, a gente se arrepende porque fica feio, velho e inseguro”, ressaltou o especialista.

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O arquiteto Carlos Magalhães, um dos profissionais que assinou o desenho, compartilha da mesma opinião. Ele destacou a importância de que a construção dessas ligações seja amplamente discutida pela sociedade e governo local e, inclusive, no âmbito do governo federal.

“A primeira providência é colocar essa ideia para discussão entre as autoridades de Brasília. Antes de mais nada, os órgãos que tratam da preservação da capital têm que examinar”, avaliou. Magalhães afirma que, em Brasília, é preciso dar uma ocupação consciente aos espaços, sobretudo, porque a cidade é tombada como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco. “No caso do Conic, ainda tem a questão do mal uso do espaço e das pessoas drogadas. Não é um projeto de arquitetura que resolve essas questões. O governo tem que estar presente porque isso envolve toda a cidade”, destacou.

A construção de passarelas foi prevista por Lucio Costa, mas, durante anos, essa ligação entre os setores hoteleiros e a área central de Brasília ficou esquecida. A coordenadora de Arquitetura e Ambiente do Conjunto Nacional, Helen Rachel Morais, disse que a construção vem sendo estudada pelo setor empresarial desde 2009. “A gente percebeu que muitas pessoas passam pelo shopping para poder pegar ônibus, mas, para ir ao Setor Hoteleiro Norte, é preciso subir sete metros de escada. É uma altura extremamente desconfortável.”

Helen afirmou ainda que o espaço deverá ser transformado num grande centro de convivência, levando em consideração aspectos culturais e de paisagismo. “A gente está abrindo discussão e percebe que essa área tem sofrido muito com a falta de segurança e o gargalho dos estacionamentos. É isso o que queremos evitar. É um projeto muito bonito para a cidade”, garantiu.

Precisamos criar espaços vitalizados, com amplitude e iluminação. Não é uma simples arquitetura e um traço qualquer”

Alfredo Gastal, superintendente do Iphan no DF

Gênio

O arquiteto Oscar Niemeyer é reconhecido internacionalmente pela genialidade de seus desenhos. Ele nasceu em 15 de dezembro de 1907, no Rio de Janeiro, e é

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considerado um dos nomes mais influentes na arquitetura moderna. Niemeyer é pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado. Entre os trabalhos mais conhecidos estão os monumentos de Brasília, como Congresso Nacional, Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, entre outros.

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Brasília dá o mau exemplo

Apesar de inspirar outras capitais a cobrar o uso das faixas de pedestres, o DF deixa a desejar na manutenção dos locais de travessia

» MANOELA ALCÂNTARA

Publicação: 10/08/2011 02:00

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Aurino da Silva reclama de faixa precária nas proximidades da escola na 210/211 Sul: "Deve estar visível para todos, e não assim, apagada"

Os moradores do DF podem se orgulhar de serem os que mais respeitam a faixa de pedestres no Brasil. Segundo levantamento do Departamento de Trânsito (Detran), 95% dos motoristas cumprem a Lei nº 9.503, de 1997, e param o veículo a fim de proporcionar a travessia dos que seguem a pé. Porém, no mesmo momento em que outras capitais começam a implantar o modelo que dá certo em Brasília há 14 anos, quem trafega nas ruas do Plano Piloto e de outras regiões administrativas tem encontrado um grande empecilho para obedecer à legislação: a falta de manutenção. Em diversas cidades, elas estão apagadas. Ao passar pelos locais, não é difícil perceber o que a precária visibilidade provoca. São freadas bruscas — que aumentam as estatísticas de batidas — e susto nos pedestres, que acabam voltando às calçadas para evitar acidentes graves.

A reportagem do Correio percorreu 120 quilômetros na última segunda-feira para identificar os pontos mais críticos. Encontrou pontos onde as pessoas preferem arriscar a vida correndo pela via a esperar que os motoristas vejam a sinalização apagada. Os problemas começam nas asas Sul e Norte, mas também atingem Samambaia, Ceilândia, Taguatinga e outras cidades. No DF, existem cerca de 5 mil faixas. Desse total, 1.013 foram revitalizadas entre janeiro e junho deste ano. Para reparar as demais, o órgão de fiscalização de trânsito conta com orçamento de cerca de R$ 6 milhões.

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Na Quadra 1 do Setor Comercial Sul, os pedestres colocam os pés na pista e atravessam sem temer o que restou da faixa. Em uma breve observação, é possível ver e ouvir vários condutores pisando forte no freio para evitar atingir alguém. Com uma rota diária pelo setor, o taxista Anderson de Mattos, 32 anos, afirma só parar no local pelo costume, mas, quem não conhece, acaba com dificuldades para identificar a passagem. “Até os pedestres se confundem. Alguns passam a 10 ou a 15 metros daqui, não identificam a faixa. Os que já conhecem atravessam na certeza de que os motoristas vão parar, mas nem sempre dá para ver. Fica mais difícil sem o chão estar pintado”, reclamou.

Se a falta de sinalização atrapalha o motorista, os alunos da Escola Classe 210/211 Sul são ainda mais prejudicados. Eles precisam recorrer aos pais para cruzar a via com segurança. Os que não podem contar com a presença do responsável na entrada ou na saída da aula redobraram a atenção. Em frente à escola do Plano Piloto, a faixa está completamente apagada, sendo identificada somente pelas placas de indicação. “Morador da cidade há 40 anos, o funcionário público Aurino Joaquim da Silva, 69 anos, enfatizou que logo quando a lei começou a ser aplicada as faixas eram brancas e visíveis. “Tem que limpar. Está em frente a uma escola. Deve estar visível para todos, e não assim, apagada”, lamentou.

Campanhas

Em maio, Belo Horizonte (MG) lançou uma campanha para reduzir os atropelamentos na capital. De janeiro a abril, ocorreram 914 acidentes com pedestres. O governo pretende distribuir panfletos e deixar mensagens em vias públicas com pedidos de respeito à faixa. Já São Paulo investiu no treinamento de 150 agentes de trânsito para fazer a lei valer. Na última segunda-feira, o trabalho nas ruas intensificou-se no intuito de reduzir entre 15% e 20% as mortes em decorrência de atropelamentos.

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Em discurso, Obama cita visita ao Brasil e trata de questões polêmicas

Agência Brasil

Publicação: 26/01/2011 09:44 Atualização: 26/01/2011 09:49

BBC Brasil

Brasília - Ao fazer na terça-feira (25/1) o discurso sobre o Estado da União – uma espécie de apresentação do programa de governo ao Congresso –, o presidente

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norte-americano, Barack Obama, mencionou temas controvertidos e a viagem ao Brasil, em março. No mesmo período, Obama irá ao Chile e a El Salvador, na sua primeira visita às Américas do Sul e Central. Segundo ele, a viagem será para “forjar novas alianças para o progresso nas Américas”.

“O presidente Obama espera se encontrar com a nova presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, para discutir áreas de interesse mútuo que ajudarão a fazer avançar a excelente relação que nós já temos com o governo brasileiro”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Mike Hammer.

O porta-voz acrescentou que essas áreas incluem “energia limpa, crescimento global, reconstrução, assistência ao Haiti, esforços de desenvolvimento colaborativo e outras questões de importância global”.

Na política externa, Brasil e Estados Unidos divergem em alguns aspectos. Os pontos de atrito envolveram diversos temas, como um acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia, que permitia aos americanos usar bases em território colombiano, e a crise gerada em torno do ex- presidente de Honduras, Manuel Zelaya.

Para os norte-americanos, também há controvérsias sobre as relações entre os governo do Brasil e o do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. No ano passado, o Brasil não apoiou a aplicação de uma quarta rodada de sanções da ONU contra o programa nuclear iraniano, aprovada pelo Conselho de Segurança em junho.

O discurso de Obama foi intenso e ele apelou para que a população colabore na busca por inovação e união. Em meio à divisão de poder no Parlamento norte-americano, com os republicanos agora no comando da Câmara dos Representantes (deputados federais) depois da vitória nas eleições legislativas de novembro, o presidente pediu que todos trabalhem de forma coesa.

“O que está em jogo não é quem vence as próximas eleições”, disse Obama. “Está em jogo se novos empregos e indústrias irão se estabelecer neste país ou em outro lugar.”

Segundo o presidente, é necessário investir em inovação, infraestrutura, educação, pesquisa biomédica, tecnologia da informação e energias limpas. “Este é o momento Sputnik da nossa geração”, disse ele, referindo-se ao satélite que os russos colocaram em órbita em 1957, antes dos Estados Unidos. “Dois anos atrás, eu disse que nós precisávamos atingir um nível de pesquisa e desenvolvimento não visto desde o auge

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da corrida espacial”, afirmou.

Para Obama, houve avanços após a recessão e a economia voltou a crescer, mas ainda há muito a fazer. De acordo com ele, é necessário redobrar os esforços para sustentar o “sonho americano”. Cada geração teve de se sacrificar, lutar e atender às demandas de uma nova era. “Agora é a nossa vez”, afirmou. “Nós temos de fazer da América o melhor lugar do mundo para se fazer negócios.”

O presidente afirmou que o país convive com o legado de um déficit que começou há quase uma década e que, durante a recessão, foi necessário adotar medidas para sustentar o crédito e salvar empregos. “Mas agora que o pior da recessão já passou, temos de confrontar o fato de que nosso governo gasta mais do que arrecada. Isso não é sustentável”, disse.

Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o déficit fiscal americano deverá ultrapassar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. Obama propôs congelar os gastos domésticos pelos próximos cinco anos, o que reduziria o déficit em mais de US$ 400 bilhões na próxima década.

A polêmica em torno da imigração ilegal nos Estados Unidos, que envolve divisões de opiniões por todo o país, também foi mencionada. Os EUA tem hoje cerca de 12 milhões de imigrantes ilegais. “Estou preparado para trabalhar com republicanos e democratas para proteger nossas fronteira, garantir o cumprimento de nossas leis e abordar o problema dos milhões de trabalhadores sem documentos que neste momento vivem nas sombras”, disse ele.

O presidente também citou ainda a decisão de retirar as tropas do Iraque neste ano e do início da retirada do Afeganistão. Ele mencionou a luta contra a rede extremista Al-Qaeda e o Talibã e o acordo para redução de arsenais nucleares firmado com a Rússia

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A agenda interna de reformulação do Mdic também vai mirar investimentos em inovação e competitividade industrial. Uma das missões mais importantes nessa área foi dada a Heloísa Regina Guimarães Menezes, uma escolha de caráter mais pessoal de Pimentel. Com mestrado em desenvolvimento agrícola, a ex-diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) será uma das responsáveis pela estratégia de proteção do parque produtivo.

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Deslealdade

Para o Ministério do Desenvolvimento, considera-se que há prática de dumping quando uma empresa exporta para o Brasil um produto a preço de exportação inferior àquele que pratica para o produto similar nas vendas para o seu mercado interno. Dessa forma, a diferenciação é, por si só, considerada como uma prática desleal de comércio.

No forno

Medidas em estudo pelo Mdic

» Reduzir burocracia

» Desonerar impostos

» Agilizar créditos

» Criar banco do exportador

» Reforçar Camex

» Combater fraudes

» Protestar na OMC

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Agnelo anuncia licitação de 1200 ônibus para o DF

Publicação: 04/05/2011 21:10 Atualização: 04/05/2011 22:00

O Governador Agnelo Queiroz anunciou na tarde desta quarta-feira (4/5), a licitação de 900 ônibus comuns e 300 articulados. O anúnciou ocorreu durante a cerimônia de sanção do Plano Diretor de Transportes Urbanos (PDTU) e de acordo com Agnelo o edital já teria sido encaminhado ao Tribunal de Contas do Distrito Federal.

Saiba mais...

Governador Agnelo Queiroz sanciona o Plano Diretor do Transporte Urbano

Melhorias no transporte previstas no PDTU custarão R$ 7,8 bilhões

Governador Agnelo Queiroz sanciona o Plano Diretor do Transporte Urbano

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O Governador anunciou ainda a instalação de equipamentos de GPS em todos os ônibus do Distrito Federal, para o controle absoluto relativo aos horários à qualidade das linhas. A instalação do equipamento nos ônibus foi uma das promessas de campanha de Agnelo para melhorar o transporte público da capital.

PDTU

O governador Agnelo Queiroz sancionou, nesta quarta-feira (4/5), o Plano Diretor do Transporte Urbano (PDTU). Por meio da medida, o GDF pode concorrer aos R$ 2,4 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, voltado a obras no sistema público de transporte de cidades com mais de 500 mil habitantes.

Tags: celular

Esta matéria tem: (17) comentários

Autor: vilson santosVIVA AO FRAGA, Graças a ele o transporte publico do GAMA é uma maravilha, até vendi meu carro!

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Autor: Luiz SouzaVaneide, a frota de ônibus do Gama foi renovada na época do Coronel Fraga, hoje temos Ônibus limpos, sem vidros emperrados e que não goteja mais dentro. E o Agnelão irá melhorar mais ainda nosso meio transporte deixando a cidade fora do Plano Diretor.

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Autor: Luiz SouzaWanderley, não diga isso, temos o melhor transporte do mundo e os motoristas todos são formados em boa educação.

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Autor: Bill SilvaEsse governo esta uma vergonha so falam em reunioes e prazos, acaba o prazo e nada melhora, saude, educação e transporte ta cada dia pior Agnelo faça alguma coisa essa sua equipe de secretarios ta uma bostaaaaaaaaaaa.

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Autor: WANDERLEY ALMEIDAtem que licitar novas empresas, tirar essa corja do transporte público e também motoristas, é um bando de irresponsáveis, mal educados, pensam que estão fazendo favor, não estão não seus infratores de trânsito, quem paga seu salário é o usuário, tem que haver fiscalização e punição

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Autor: Anderson Augusto de FigueiredoDeveria ser estipuladas multas para ônibus que quebram durante a viagem. Só hoje, vi 2 deles da linha sobradinho II. Além de

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causarem congestionamentos, prejudicam os passageiros que ficam no sol ou chuva esperando pelo próximo, que geralmente já está lotado também.

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Autor: Kelne SilvaQUE AS AUTORIDADES FIQUEM DE OLHOS ABERTOS NESSA LICITAÇÃO. MUITA CALMA NESSA HORA MEU POVO.

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Autor: Jhan seySÓ QUERIA saber pra que GPS nos onibus, será que tem motorista que não sabe o rota??? Esse Governo Tá curtindo com a cara do povo. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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Autor: joaquim fariasSr. Governador, só comprar onibus não basta, a secretaria de transportes junto ao DFTrans (que não fiscalizam nada) tem correr as ruas, os terminais pois até os motoristas fazem o que querem, visto é a calamidade das linhas de Sobradinho II, é uma falta de respeito tremenda.

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Autor: geraldo santosMuito bem Sr. Governador, agora vamos ver se o governo vai para frente, não como o Arruda e o Bezerra de Ouro, mas com competencia e seriedade. É o que nós do DF esperamos.

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Autor: Cesar FerreiraParece que a intenção é colocar super ônibus articulados para circular pela EPTG. Porque não o VLP? Aquela faixa de concreto exclusiva é propícia pra isso.

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Autor: Fabio AlmeidaNovamente o GDF vai em contramão a tendência mundial em substituir ônibus por outros modais. O pior, não tem que LICITAR ônibus novos, e sim LICITAR empresas novas operarem o SISTEMA e banir as empresas do Canhedo, Valmir Amaral e Constantito do sistema, pois senão eles vão continuar no cartel.

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Autor: Ademar NovaEsses 1.200 ônibus são poucos pra levar a cambada de corruptos dos 3 poderes pra Papuda !

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Autor: Rafael salesBoaz ai eu aprovo 100% continue assim

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Autor: Vaneide MartinsDemorou. Tem de acabar com os cacos da viplan. O Gama merece coisa boa.

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Autor: Moiséis dos SantosÓtimo que a nova frota tenha GPS. Teremos a exata posição nos congestionamentos!

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Autor: Fabui Mata SilveiraO primeiro passo é desclassificar as empresas atuais a participação dessa licitação, até mesmo, elas não tem nome para participar de licitações públicas.

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Câmara Legislativa aprova projetos que destinam mais verba ao GDF

Ana Maria Campos

Publicação: 28/09/2011 12:34 Atualização: 28/09/2011 16:16

Num gesto de paz aparente com o Executivo, a Câmara Legislativa aprovou ontem três dos 14 projetos de remanejamento de recursos do orçamento que o governo Agnelo Queiroz aguardava para tocar obras e pagar prestadoras de serviço. Em votação unânime, os deputados distritais aprovaram a suplementação de R$ 218 milhões dos R$ 610 milhões em análise na Casa.

Entre as propostas votadas ontem está a que muda a destinação de R$ 145 milhões da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) para que a empresa seja autorizada a atuar como braço executor de obras, função até então restrita à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

Num acordo que contou com a adesão de base e oposição, os parlamentares votaram também remanejamento de R$ 34,8 milhões para a Secretaria de Obras e de R$ 38 milhões para pagamento de serviços de Saúde, entre os quais à empresa Dinâmica, da família da deputada Eliana Pedrosa (DEM), que tem contrato para fazer a limpeza em postos e em hospitais. O Executivo aguardava havia mais de um mês a aprovação das matérias. Há, no entanto, um jogo político em curso pelo qual deputados usam o poder que o mandato lhes garante para ampliar espaço no GDF.

Proximidade

Agnelo se empenhou pessoalmente para conter a crise. Na semana passada, ele recebeu líderes de partidos. Durante o fim de semana, o governador conversou com o presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT), e, na manhã de ontem, tomou café da manhã com o bloco formado pelo PT-PRB. O líder do governo, Wasny de Roure (PT), afirmou que, muitas vezes, os distritais querem apenas ser recebidos pelo primeiro

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escalão do governo ou que as ligações sejam retornadas. Ele pediu mais proximidade com a cúpula do Palácio do Buriti para intermediar demandas dos deputados.

Nos próximos dias, Agnelo vai receber, também na Residência Oficial de Águas Claras, representantes de outros blocos. Para conter rumores de que o governo pretendia bloquear emendas parlamentares, a secretária adjunta de Planejamento, Vanderli Ferreira da Costa, foi à Câmara Legislativa para conversar com distritais e dizer que há necessidade de remanejamentos de recursos para pagamento de pessoal. O dinheiro, no entanto, garantiu o governo, não será retirado de projetos de distritais.

Verbas para a Terracap

Corte

» R$ 15 milhões — urbanização em Águas Claras

» R$ 15 milhões — urbanização no Bairro Taquari

» R$ 80 milhões — urbanização no Noroeste

» R$ 20 milhões — construção de prédios próprios da empresa

Suplementação

» R$ 20 milhões para estudos e projetos

» R$ 125 milhões para urbanização em todo o DF

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Orçamento do DF de 2012 prevê R$ 18 bilhões em investimentos

Ricardo Taffner

Publicação: 17/09/2011 08:24 Atualização:

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Os brasilienses contarão no próximo ano com R$ 18 bilhões para investimento nos serviços públicos e nas obras locais. A forma como esse montante vai ser gasto é definida pelo Governo do Distrito Federal (GDF) na Lei de Orçamento Anual (LOA). A proposta para 2012 acabou de ser elaborada e foi encaminhada, na última semana, para apreciação da Câmara Legislativa (CLDF). As áreas mais beneficiadas são educação, saúde e segurança. Juntas, as três representam 41% do orçamento fiscal e de seguridade (veja quadro acima). Mas enquanto o governo promete investir alto nesses setores, faltará condição para contratar mais servidores.

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O governo local espera investir R$ 3,6 bilhões em educação no próximo ano

A folha de pagamentos do Distrito Federal está próxima do limite prudencial estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e não pode ser mais comprometida. De acordo com a norma, o GDF deve usar apenas 46,55% da receita corrente líquida (RCL) com pessoal sem sofrer sanções restritivas — o Executivo já alcançou 45,12%. A diferença de um ponto percentual representa cerca de

R$ 130 milhões, por ano. Com esse valor, é possível nomear cerca de mil pessoas. Por isso, o governo não planeja fazer concurso no próximo ano a não ser que a receita local cresça além do esperado.

O secretário de Planejamento e Orçamento, Edson Nascimento, explica que a convocação de 1,3 mil profissionais da saúde e o aumento concedido aos professores, além do cumprimento dos acordos feitos por gestões anteriores, oneraram a folha em 17%. “Não podemos fazer muita coisa e a previsão de contratação é muito pouca. Mas é claro que, com o aumento da margem, vamos refazer os cálculos para chamar mais pessoas”, afirma. Segundo ele, a prioridade de nomeação será para saúde e educação, além de alguma área que necessite de demanda mais urgente.

As duas áreas são o carro-chefe do governo de Agnelo Queiroz. O governo espera investir R$ 3,6 bilhões em educação no próximo ano, ou 24% a mais em comparação com o Orçamento de 2011. Já a saúde contará com R$ 2,3 bilhões, ou 10% a mais. Isso sem contar a verba destinada pelo Fundo Constitucional, controlado pela União. No próximo ano, o DF receberá R$ 10 bilhões para investir nessas áreas e em segurança.

No entanto, o montante vem com o “carimbo” do governo federal e segue diretamente para o pagamento das despesas. “Estamos avançando nas negociações para trazer o fundo para o orçamento do DF. Acho que nos próximos anos isso será possível”, diz Edson Nascimento.

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Diretrizes

A LOA segue em consonância com o Plano Plurianual (PPA) 2012-2015, que também está em tramitação na Câmara Legislativa. O documento que rege a execução orçamentária do próximo quadriênio prevê R$ 22,7 bilhões em saúde, R$ 22,1 bilhões em segurança e R$ 18,5 bilhões para a educação. O valor para investimento passou da média de 5% ao ano para 9,5%. “As prioridades estão especificadas no PPA e traduzidas em números na LOA”, explica o secretário.

Para investir mais, o governo terá, por outro lado, gastar menos. Nesse sentido, a ordem do Palácio do Buriti para as secretarias é de controle e revisão das despesas de custeio, com o objetivo de reduzi-las em 10% em relação ao realizado em 2011. A Secretaria de Planejamento ensina o caminho. Nos últimos meses, ela conseguiu economizar 4% com a reorganização dos contratos de vigilância, limpeza, frota de veículos, telefonia e informática. Se a meta for alcançada por todos os órgãos, será possível poupar R$ 600 milhões no próximo ano.

Uma novidade na proposta do GDF é a inclusão do orçamento participativo na lei. Por meio de plenárias realizadas com parcelas da população de cada região administrativa, o governo recebeu as indicações de como investir parte dos recursos. As propostas preveem ações como construção de parques, creches, melhorias em vias públicas e realização de eventos. “Desconheço outra unidade federativa que trabalhe o orçamento participativo da forma como estamos fazendo no DF, colocando as propostas da sociedade na lei orçamentária”, enfatiza Nascimento.

Teto

A LRF estipula três limites para prevenir os excessos e tentar frear os gastos com pessoal: máximo, prudencial e de alerta. Para o Executivo, os índices são, respectivamente, 49%, 46,55% e 44,10% da receita corrente líquida. A primeira marca serve como sinal amarelo, de que é preciso reavaliar as despesas a fim de evitar maiores problemas. Caso a segunda seja superada, o órgão é impedido de fazer movimentação no quadro funcional de forma a gerar novas despesas. Se os gastos ultrapassarem o teto, o governo local ficará impedido de obter empréstimos para aplicar em programas e obras.

Esta matéria tem: (8) comentários

Autor: Gustavo QueirozVamos ver né! Queremos a contratação de todos os aprovados no CBMDF. A corporação necessita de 4,3 mil militares, 11 anos sem concurso, tropa velha e cansada e verba ta mais do que provado que tem.Então vamos ver qual é a desculpa.!!

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Autor: rodrigues costaOpa! a LRF não explica o quanto vai ser desviados pela corrupção engraçado, pelo fato de estar em todas as áreas então 100% de aumento em relação ao ano anterior.

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Autor: Aluisio amUm montante de R$ 18 bilhões bruto, liquido chega uns 10 bilhões, pois, desconta corrupção e etc, aí sobra liquido. E por isso q uma campanha eleitoral gastam 33 milhões ou mais. Em 01 anos restitui o gasto. Esquenta ñ? Aki é Brasil, desde 1500 q eles roubam 24 horas por dia, quebram ñ, é rico d .

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Autor: Elson De PaulaNeste valor já estão incluidos a corrupção e o desvio de verbas ?

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Autor: Fabio AlmeidaMais um orçamento de faz de conta. Primeiro todos estamos carecas de saber, que o GDF só virá começar a investir mesmo depois do carnaval, então veremos escolas sucateadas, hospitais caindo aos pedaços e pior, nada de VLT e expansão do metrô para asa norte, e viva a incompetência governamental.

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Autor: silva andreos cargos comissionados sem concursos estão ganhando em média 4 mil reais...cadê o MPDFT, quem tem que ser chefe é servidor de carreira...

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Autor: silva andrecargos comissionado sem concurso é sinônimo de corrupção...manifestação já!!"!!

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Autor: silva andrecargos comissinados no GDF são mais de 15 mil, um absurdo e cadê o MPDFT, que nunca fez nada contra esses puxa saco políticos. Galera que agita manifestações contra corrupção, vamos exigir que no GDF tenha no máximo 3 mil cargos comissionados sem concursos...

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Especialistas apontam pedágio urbano como solução para o trânsito

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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Para Cândido Malta Campos Filho, professor de planejamento urbano da Universidade de São Paulo (USP), com investimentos no metrô, microônibus de qualidade, repovoamento do centro e implementação de pedágio urbano, a cidade pode ser outra em 10 anos. “Se tudo for feito certinho e começar logo, em 10 anos o problema estaria resolvido e a cidade funcionaria como se fosse planejada”, conta.

Para o professor, o ponto chave para o início das mudanças é o pedágio urbano. “Sem ele, não vamos conseguir sair da situação existente hoje. Ele tem dupla função: desestimula o automóvel e gera dinheiro para uma implantação mais acelerada do metrô”.

A urbanista Nádia Somek também acredita que são necessárias medidas regulatórias, como o aumento dos dias ou horários do rodízio de veículos. Entretanto, ela ressalta que atitudes municipais e locais não adiantam muito enquanto o estado e a região metropolitana continuarem sendo o centro das riquezas do país.

A sua implantação, porém, depende de soluções em curto prazo para que as pessoas tenham uma alternativa no transporte público para o centro expandido que as façam deixar o carro em casa. O professor acredita que a solução imediata seria a implantação de um modelo semelhante ao de Porto Alegre - onde microônibus nos quais todos andam sentados, com ar-condicionado e tarifa 80% mais cara que o transporte comum, atraíram aqueles se deslocavam de carro até o Centro Histórico da cidade.

“Quanto mais rápido for implantado o pedágio, mais rápido a situação começaria a melhorar. Entretanto, essa medida é polêmica, e é necessária coragem política para defendê-la e implantá-la”. O professor acredita, porém, que a maior parte da população seria a favor. “Cerca de 60% das pessoas não usam o automóvel, portanto não seriam afetadas pela medida. E, entre os outros 40%, metade concordaria ao perceber que não há solução”.

Exemplos

Citadas como exemplos mundiais, as soluções encontradas para Bogotá, capital da Colômbia, e Curitiba, no Paraná, não seriam tão aplicáveis à realidade paulistana, de

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acordo com Cândido Malta. O sistema de ônibus encontrado nos dois locais, cortando as cidades, seria difícil de ser reproduzido em São Paulo.

“Em Bogotá, ele funcionou porque a cidade tem um modelo de construção espanhol, com sistemas viários mais amplos, com grandes avenidas. O modelo português, como o de São Paulo, é bem mais acanhado”, explica o professor. Para ele, em Curitiba as mudanças foram possíveis por causa de um planejamento urbano muito antigo, conseguido pela continuidade administrativa e apoio popular.

“O sistema viário de São Paulo é um gigantesco problema, pois está esgotado e privilegia os carros e motos. Acaba sendo mais barato comprar uma moto do que andar de ônibus”, considera Cândido Malta.

Indústria automobilística

A venda dos automóveis também é destacada como uma interferência no trânsito pela urbanista Nádia Somek. “O modelo de desenvolvimento econômico do país está concentrado nos automóveis”, afirma. Ela diz que a necessidade de muito mais transporte coletivo é amplamente conhecida, mas ninguém toma providências.

“Não podemos pensar que as indústrias vão querer deixar de produzir automóveis. Mas elas não perceberam que se continuar assim ninguém mais vai sair do lugar. Para que haja espaço para novos automóveis é preciso investimento no transporte coletivo”.

Ela cita como exemplo dessa necessidade o aumento dos congestionamentos quando chove na capital. “O problema não é apenas a chuva. Quando chove, as pessoas não querem se molhar. Como falta transporte público, elas acabam andando mais de carro, aumentando o fluxo de veículos”.

Juliana Cardilli

Do G1, em São Paulo

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Crise é oportunidade para a nação despontar

Publicação: 11/09/2011 02:00

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"Temos as condições para um novo projeto nacional, baseado no interesse coletivo e numa nova concepção, a de que a crise gera oportunidades"

Como o senhor viu as medidas de ajuste fiscal anunciadas recentemente pelo governo?

Recebi essa notícia com otimismo. A presidente Dilma Rousseff parece estar consciente de que o Estado gasta exageradamente, cobra da sociedade impostos pesados e continua se endividando demais e poupando de menos. O governo está consciente da necessidade de poupar para reduzir juros e investir. Reduzir a pressão monetária também seria a saída mais lógica para desvalorizar o câmbio e favorecer as exportações brasileiras. De toda forma, o Brasil precisa de um ajuste fiscal macro e de longo prazo.

Por que a crise global pode se revelar pior que a de 1929?

O que define as situações de turbulência são as respostas dos países aos desafios. O que vemos hoje são nações líderes, como as da Zona do Euro e os Estados Unidos, abdicando da responsabilidade reservada a elas. Para mim, o longo período de dificuldades, que chamo de a grande recessão, começou um ano antes da crise global de 2008 e 2009 e não tem data para acabar. Essa crise tem razões políticas, ao fomentar movimentos conservadores como o Tea Party, nos EUA, e ao desafiar o Estado do bem-estar europeu.

Qual a estratégia para o Brasil crescer de forma sustentável nos próximos anos?

Chegou a hora de se criar um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil. O país conseguiu se pensar estrategicamente apenas na Era Vargas, nos anos dourados de Juscelino Kubitschek e nos planos da gestão Ernesto Geisel. Agora, temos as condições para um novo projeto nacional, baseado no interesse coletivo e em uma nova concepção, a de que a crise gera oportunidades. Chegou a vez de construirmos um Produto Interno Bruto (PIB) verde e investir em um pacto pela inovação, unindo governo, empresas e universidades.

Na sua opinião, os manufaturados do país podem competir no mesmo nível com os da

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China?

Acredito que o modelo chinês já começou a fazer água. É engraçado ver a recente meta fixada pelo governo da China para a segunda maior economia do mundo. O Partido Comunista colocou como alvo estratégico a busca da felicidade individual. Somos, naturalmente, mais criativos que eles e duvido que um sistema político fechado consiga levar felicidade a seu 1,3 bilhão de habitantes. Não acredito em desindustrialização. Aposto, sim, na reindustrialização que acabe de vez com setores ditos primários e aproveite a criatividade, a biodiversidade e a matriz energética do país.

O pré-sal pode ser mais uma janela de oportunidades para o desenvolvimento do Brasil?

Tudo depende do que vamos fazer com os lucros das reservas petrolíferas. A Venezuela também é rica em petróleo e gás e está pior hoje, menos desenvolvida que há 30 anos. A riqueza do petróleo existe para se estruturar outros parques produtivos. Temos uma oportunidade única de investir na busca de educação universal, na criação das bases de uma grande economia do conhecimento. Por que não conseguimos desenvolver uma indústria de tecnologia maior e mais sofisticada que a da Índia? Temos condições para isso. Metade do PIB dos países desenvolvidos vem da geração, uso e difusão do conhecimento. Aí está o futuro.

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COPA E OLIMPíADAS »

10 - Ação contra novas regras de licitações

Procurador-geral da República contesta no Supremo o Regime Diferenciado de Contratações aprovado pelo Congresso

Diego Abreu

Publicação: 10/09/2011 02:00

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Gurgel argumenta que o RDC não fixa critérios mínimos nas obras

As novas regras aprovadas pelo Congresso para simplificar as licitações para obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 correm o risco de serem suspensas. Está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF) a análise sobre a

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constitucionalidade do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), o modelo que, segundo o governo, dará agilidade aos empreendimentos voltados para os eventos esportivos que serão realizados no Brasil. A ação que pede a declaração da ilegalidade da medida foi protocolada ontem pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

No processo, ele afirma que a nova regra, aprovada por medida provisória em julho, é inconstitucional. De acordo com o procurador, a norma não fixa parâmetros mínimos para identificar obras, serviços e compras que devem seguir o RDC. Segundo Gurgel, a ausência de critérios prejudica a igualdade na disputa pelas concorrências. O processo será relatado no Supremo pelo ministro Luiz Fux, a quem caberá levar o caso para julgamento em plenário.

Na ação, Gurgel aponta, ainda, que houve vício formal durante a aprovação do projeto, uma vez que os parlamentares incluíram “matéria estranha à tratada na medida provisória”, o que afronta, segundo ele, o processo legislativo e o princípio da separação de poderes.

“Isso porque essa espécie normativa é da iniciativa exclusiva do presidente da República, a quem compete decidir, também com exclusividade, quais medidas, pelo seu caráter de relevância e urgência, devem ser veiculadas por esse meio”, destaca o procurador.

Pan do Rio

Gurgel afirma que a experiência dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, mostra o risco que o novo regime de contratações representa para os cofres públicos. “Por ocasião dos Jogos Pan-Americanos de 2007, a União, o Estado e o Município do Rio de Janeiro não conseguiram organizar-se e identificar as obras e serviços que deveriam ser realizados. Essa foi uma das razões para que o orçamento inicial do evento, de R$ 300 milhões de reais, tenha sido absurdamente ultrapassado, com um gasto final na ordem de R$ 3 bilhões de reais”, detalha.

O procurador acrescenta que o Poder Executivo cometeu “deficiências graves” no planejamento e organização do Pan, falhas que, conforme Gurgel destacou, já se anunciam para a Copa de 2014. “A transferência, ao Executivo, do regime jurídico de licitação pública, sem quaisquer critérios preordenados na lei, além da ofensa ao artigo 37 da Constituição Federal, conspira contra os princípios da impessoalidade, moralidade, probidade e eficiência administrativa.”

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Na última quarta-feira, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, saiu em defesa do RDC, depois de Gurgel ter anunciado que entraria com a ação no Supremo. “Nós temos a convicção de que a lei é constitucional. Agora, o Ministério Público tem as suas competências e independência, e age da maneira que achar mais conveniente.”

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10 - Ofensiva para tampar o ralo

Depois de a CGU apontar prejuízo de R$ 682 milhões aos cofres públicos, ministério muda as regras para seleção de empreiteiras e o modelo de acompanhamento de execução das obras

» Vinicius Sassine

Publicação: 10/09/2011 02:00

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Entre as medidas anunciadas, está a revisão do projeto de extensão da Ferrovia Norte-Sul: novo modelo para o setor de transportes

Para fechar o ralo por onde escorrem R$ 682 milhões, prejuízo referente a apenas 10 obras, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, anunciou ontem mudanças na forma de selecionar as empreiteiras e no modelo de acompanhar a execução das obras. Passos está há um mês e meio à frente da pasta, alçado ao cargo pela presidente Dilma Rousseff depois de exercer a função de secretário executivo e de ministro por períodos específicos. Ele esperou o relatório final da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou na quinta-feira o prejuízo de R$ 682 milhões, para definir um novo modelo para o setor de transportes. A cúpula do ministério foi demitida em julho em meio a escândalos de corrupção na execução das obras pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pela Valec Ferrovias.

Os editais do Dnit serão modificados, numa tentativa de inibir o conluio de empreiteiras que disputam os lotes licitados. Esta é uma prática antiga: as empresas se associam e dividem entre elas as obras disponíveis, acertando quem vence cada lote. O conluio foi apontado no relatório final da auditoria especial da CGU, realizada no Ministério dos Transportes, no Dnit e na Valec por determinação da presidente Dilma. Agora, os editais do Dnit trarão menos restrições às empresas. O modelo mais amplo objetiva ampliar a participação de empresas, com ofertas de preços menores do que tradicionalmente é ofertado. “É preciso fazer valer para todo mundo. Mas queremos que entrem empresas capazes de entregar a encomenda”, disse o ministro, acompanhado do novo diretor-geral do Dnit, Jorge Fraxe. Ele prometeu para a próxima semana o início do processo de mudança.

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A análise dos projetos de engenharia, que dão origem às obras e servem de referência para a execução dos serviços pelas empreiteiras, será retirada da sede do Dnit em Brasília e levada para as superintendências do órgão nos estados. Um engenheiro da sede e outro da regional em questão vão fazer o acompanhamento dos projetos no local das obras, segundo o ministro. Ele diz que situações como a do lote 7 da BR-101, em Pernambuco, serão evitadas. A auditoria da CGU mostrou que os prejuízos nesse trecho somam R$ 53,8 milhões, principalmente em função de superfaturamento e pagamentos por serviços não realizados. O projeto original chegou a prever um trecho dentro de um açude que fornece água para a cidade de Ribeirão. O caso da BR-101 é tratado como o mais grave pela CGU, entre as obras auditadas.

“Está decidido que nenhum projeto de análise virá para Brasília. É difícil dar uma solução a 1 mil, 2 mil quilômetros do problema. A ordem baixada é para que os projetos sejam analisados no terreno”, disse o diretor-geral do Dnit. Segundo Fraxe, “os males todos nascem no projeto”. “Quando é mal elaborado, surgem os aditivos.” O ministro Paulo Passos garantiu que as supostas fraudes na terraplanagem da BR-101, no lote 7, resultarão em procedimentos de investigação contra os servidores e empreiteiras responsáveis, “com amplo direito de defesa”. Já os projetos de rodovias que ainda não foram colocados em prática, como são os casos da BR-280, em Santa Catarina, e BR-116, no Rio Grande do Sul, serão revistos. O mesmo procedimento será adotado para todos os projetos da Valec, com possibilidade de anulação de contratos. Passos disse não haver necessidade de paralisação de obras.

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Segundo o ministro, a presidente Dilma já autorizou a contratação de 100 engenheiros pelo Dnit, a partir de cadastros de reserva de concursos anteriores. Passos reconheceu que a fiscalização das obras é deficiente. “Agora podemos avançar com mecanismos mais aprimorados.” Ontem, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, explicou por que o relatório final da auditoria não trouxe nenhum culpado para os desmandos no Ministério dos Transportes, no Dnit e na Valec. “Se apontássemos responsáveis antes de ouvir um por um, em processos disciplinares específicos, essas mesmas pessoas iriam gritar, e aí com razão.”

O que será feito

Confira as medidas anunciadas pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos:

» Revisão dos projetos de obras não iniciadas pelo Dnit e com prejuízos potenciais já apontados pela CGU. É o caso das BR-280, em Santa Catarina, e 116, no Rio Grande

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do Sul.

» Revisão dos projetos da Valec, em especial a extensão sul da Ferrovia Norte-Sul e as Ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico).

» Diminuição da quantidade de restrições para participação das empresas nas concorrências do Dnit. A finalidade é ampliar a quantidade de empresas que disputam as licitações e evitar conluios de empreendimentos, como detectado pela CGU.

» Acompanhamento dos projetos das obras in loco por engenheiros da sede do Dnit e das superintendências estaduais.

» Criação de um escritório de gerenciamento de projetos na sede do Dnit, em Brasília.

http://impresso.correioweb.com.br/app/33,37/2011/09/08/interna_cidadesdf,269049/derrubada-de-eucaliptos-no-gama-fazem-parte-do-vlp-diz-administracao.shtml

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Nas entrelinhas

Por Alon Feuerwerker [email protected]

Publicação: 07/09/2011 02:00

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Da decepção à esperança

As coisas não se definem apenas pela personalidade ou por convicções dos líderes. As circunstâncias históricas moldam as ações de quem comanda. Mas que o indivíduo tem um papel na história, isso tem

O futuro da indústria brasileira é ponto de tensão entre economistas. Uns a consideram condenada, pela desvantagem competitiva diante de países com mão de obra abundante e barata. Outro defendem que não há como uma nação do tipo do Brasil alcançar a plena realização sem reconhecer papel central no setor.

A história brasileira registra a presença permanente de traços anti-industrializantes. Desde a colônia, quando manufaturas eram criminalizadas. Passando pelo Império,

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que levou um século quase inteiro para abolir a escravidão e nunca chegou a fazer a reforma agrária. Chegando à República, que na primeira fase (Velha) se limitou a estender no tempo o poder das oligarquias agrárias.

Aí veio Getúlio Vargas, e o Estado começou a arrastar a sociedade pelos cabelos rumo à industrialização forçada. Depois recebemos Juscelino, com a substituição de importações. E tivemos sorte na sequência. Assim como os argentinos, fomos vítimas de uma era ditatorial, mas nossos generais eram industrialistas, ao contrário dos generais deles, que destruíram a base manufatureira.

Claro que isso é uma redução, as coisas não se definem apenas pela personalidade ou por convicções dos líderes. As circunstâncias históricas moldam as ações de quem comanda. Mas que o indivíduo tem um papel na história, isso tem.

Industrialização não é processo indolor, especialmente para quem chega tarde ao baile, e não pode portanto se movimentar livremente na busca de mercados consumidores e fontes de matéria-prima.

Essa tensão entre velhas e novas potências industriais ofereceu o substrato para as duas grandes guerras mundiais do século passado. Muitas dezenas de milhões de mortes ficaram no registro histórico para comprovar.

Industrializar exige sacrifícios. Exige poupança e também competitividade da força de trabalho. Mas não é, como se poderia supor, uma questão de destino. É sempre decisão política, e que, aí sim, depende em bom grau do que deseja a liderança política.

O viés anti-industrialista no Brasil não é danação de origem divina. É produto de escolhas. De uma sociedade que se acostumou a combinar: 1) a aversão ao trabalho braçal, traço herdado de quatro séculos de escravidão; 2) o hábito de contar com poupança alheia para sustentar o próprio consumo; 3) o recurso a uma agricultura de potencial supostamente infinito; 4) a ilusão de que o estado sempre virá em socorro quando as coisas derem errado.

Da colônia ao Império e deste à República o Brasil urbanizou-se, democratizou-se, deixou de ser uma sociedade de camadas congeladas. Mas aqueles traços não foram superados.

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Até temos indústria, mas nem de longe ela é o setor dinâmico da economia. Por estes dias assistimos a uma guerra que a Apple, paradigma planetário de inovação industrial, trava com a coreana Samsung. O Brasil, infelizmente, vai a anos-luz de ter uma empresa que possa competir com a Apple.

Nas ruas brasileiras trafegam cada vez mais marcas de automóveis. As montadoras instalam-se aqui para ocupar mercado. Só não há marcas brasileiras de carros.

Nossa indústria aeroespacial come poeira. Verdade que temos uma importante montadora de aviões, a Embraer, mas é só. Outro ramo estratégico, a nossa indústria bélica, deixou na prática de ter relevância, nacional e globalmente.

O leitor e a leitora poderão objetar com estatísticas sobre a participação da indústria no produto etc. Aqui os números mascaram o fato já dito, da ausência de dinamicidade industrial no país. Há quanto tempo você não ouve falar que o PIB industrial está puxando o crescimento econômico?

Para a acomodação à sina vale de tudo. Até a constatação de que o baixo crescimento ajuda a preservar o meio ambiente. Uma pedra verde juntada ao edifício ideológico de séculos.

Eis por que merece atenção o gesto do governo Dilma Rousseff, de, por meio do Comitê de Política Monetária, cortar os juros em cenário inflacionário desafiador. A resposta veio. O dólar pouco a pouco vai recuperando valor diante do real.

Para decepção dos que diziam que a hipervalorização da moeda pouco ou nada tinha a ver com o diferencial dos juros internos e externos. Para esperança dos que sonham com um Brasil independente, finalmente liberto das suas amarras anti-industrialistas.

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Ônibus serão licitados

Publicação: 07/09/2011 02:00

Por recomendação do Tribunal de Contas do Distrito Federal, o governo vai licitar, de uma só vez, toda a frota de ônibus e não somente 1,2 mil veículos como previa edital lançado no primeiro semestre e que estava suspenso pela Corte. A forma como será realizada a concorrência também vai mudar. Até então, o processo seria feito veículo a

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veículo e, agora, selecionará as empresas por sistema de bacia ou por regiões. Os técnicos do governo trabalham para adequar a proposta às orientações do TCDF e o novo edital deve ser lançado até o fim deste ano. Se tudo der certo, somente no fim de 2012 a população se verá livre da sucatas que circulam no DF.

O secretário de Transportes, José Walter Vazquez, informou que os vencedores da licitação deverão apresentar as melhores condições técnicas dos veículos e o oferecer o preço mais alto para obter a concessão do governo. A idade da frota continuará limitada a sete anos de fabricação. Quanto mais novos coletivos, mais pontos o empresário ganhará. Dessa forma, as companhias que já exploram o serviço no DF e iniciaram a renovação da frota não serão prejudicadas. “Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Goiânia licitaram o sistema por bacia e estão conseguindo resolver o problema do transporte. Vamos fazer de tudo para atrair grupos estruturados e evitar experiências que não deram certo”, informou Vazquez.

A licitação da frota é a aposta de especialistas em trânsito para melhorar a qualidade do serviço. Em série de reportagem publicada na segunda quinzena de agosto, o Correio denunciou a precariedade do sistema. O sucateamento dos carros impõe ao usuário uma rotina de perigo, de morte e de estresse. (AB)

Saiba mais...

Copa só terá parte do Veículo Leve sobre Trilhos

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vídeo

assalto onibus

7set

http://www.correioweb.com.br/tvbrasilia/index.htm?id=6871

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UnB Agência

CONVÊNIO - 04/03/2011

UnB e BRB desenvolverão projetos para investir na economia regional

Oferta de linhas de crédito para professores e técnicos foi uma das possibilidades de parceria discutidas em encontro entre o presidente do Banco de Brasília e o reitor

José Negreiros

- Da Secretaria de Comunicação da UnB

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O presidente do Banco de Brasilia (BRB), Edmilson Gama da Silva, e o reitor José Geraldo de Sousa Junior discutiram nesta sexta-feira, 4 de março, parcerias que o banco e a universidade podem firmar para investir no desenvolvimento da economia regional.

Uma das possibilidades é trabalhar num convênio que poderá agregar empresas privadas para trabalhar em estudos para subsidiar ações do banco na área de empreendedorismo, por exemplo. Outra alternativa são programas de capacitação em gestão bancária, combinando a participação de funcionários do banco e técnicos da universidade.

“O BRB tem muitos projetos, mas quer conhecer a vocação e as potencialidades de cada cidade. Sabemos que em Planaltina é o turismo rural e, em Ceilândia, o vestuário, mas precisamos estudar as outras regiões”, disse Gama e Silva. O reitor José Geraldo falou das potencialidades da comunidade da UnB, hoje uma universidade multicampi que atua em Planaltina, Ceilândia e Gama. Tem 30 mil alunos, 2 mil professores e 2,5 mil servidores.

O espaço para explorar uma atuação conjunta é amplo, acreditam Gama e Silva e o reitor. A integração dos estudantes no item práticas bancárias e o incentivo à inovação, por meio de transportes elétricos e energia solar, foram citados como boas possibilidades. Um curso de especialização em finanças públicas também está entre as ideias a serem desenvolvidas.

HABITAÇÃO - José Geraldo sugeriu que se trabalhe na criação de uma linha de crédito para financiar a aquisição de imóveis, a exemplo da que já existe na Caixa Econômica, pois a oferta atual de residências para técnicos e professores ainda é insuficiente. A UnB foi uma das primeiras instituições de ensino superior a aderir a um programa habitacional, que revelou-se um sucesso e depois se expandiu para outras universidades.

O presidente do BRB disse que gostaria de melhorar a qualidade dos serviços e o conforto da agência do BRB no campus Darcy Ribeiro. A notícia foi bem recebida. Como existe disponibilidade de terreno e o banco está disposto a utilizá-lo, será possível contar no futuro com uma nova e mais estruturada agência do banco no campus.

Em nome da UnB, a professora Maria Rosa Abreu, coordenadora do programa Cidade Verde, do Decanato de Extensão, agradeceu ao BRB o patrocínio do “Concurso Ideias de Brasília + 50”, instituído por ocasião do cinquentenário da cidade, no ano passado. Destinado a estudantes de arquitetura e urbanismo, seu objetivo é escolher a melhor proposta de revitalização da Rodoviária. O primeiro lugar ganhará R$ 5 mil. Além da UnB, participaram o BRB, o Instituto dos Arquitetos do Brasilia (DF) e a Administração de Brasília.

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UnB e BRB desenvolverão projetos para investir na economia regional

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Oferta de linhas de crédito para professores e técnicos foi uma das possibilidades de parceria discutidas em encontro entre o presidente do Banco de Brasília e o reitor

José Negreiros - Da Secretaria de Comunicação da UnB

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O presidente do Banco de Brasilia (BRB), Edmilson Gama da Silva, e o reitor José Geraldo de Sousa Junior discutiram nesta sexta-feira, 4 de março, parcerias que o banco e a universidade podem firmar para investir no desenvolvimento da economia regional.

Uma das possibilidades é trabalhar num convênio que poderá agregar empresas privadas para trabalhar em estudos para subsidiar ações do banco na área de empreendedorismo, por exemplo. Outra alternativa são programas de capacitação em gestão bancária, combinando a participação de funcionários do banco e técnicos da universidade.

“O BRB tem muitos projetos, mas quer conhecer a vocação e as potencialidades de cada cidade. Sabemos que em Planaltina é o turismo rural e, em Ceilândia, o vestuário, mas precisamos estudar as outras regiões”, disse Gama e Silva. O reitor José Geraldo falou das potencialidades da comunidade da UnB, hoje uma universidade multicampi que atua em Planaltina, Ceilândia e Gama. Tem 30 mil alunos, 2 mil professores e 2,5 mil servidores.

O espaço para explorar uma atuação conjunta é amplo, acreditam Gama e Silva e o reitor. A integração dos estudantes no item práticas bancárias e o incentivo à inovação, por meio de transportes elétricos e energia solar, foram citados como boas possibilidades. Um curso de especialização em finanças públicas também está entre as ideias a serem desenvolvidas.

HABITAÇÃO - José Geraldo sugeriu que se trabalhe na criação de uma linha de crédito para financiar a aquisição de imóveis, a exemplo da que já existe na Caixa Econômica, pois a oferta atual de residências para técnicos e professores ainda é insuficiente. A UnB foi uma das primeiras instituições de ensino superior a aderir a um programa habitacional, que revelou-se um sucesso e depois se expandiu para outras universidades.

O presidente do BRB disse que gostaria de melhorar a qualidade dos serviços e o conforto da agência do BRB no campus Darcy Ribeiro. A notícia foi bem recebida.

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Como existe disponibilidade de terreno e o banco está disposto a utilizá-lo, será possível contar no futuro com uma nova e mais estruturada agência do banco no campus.

Em nome da UnB, a professora Maria Rosa Abreu, coordenadora do programa Cidade Verde, do Decanato de Extensão, agradeceu ao BRB o patrocínio do “Concurso Ideias de Brasília + 50”, instituído por ocasião do cinquentenário da cidade, no ano passado. Destinado a estudantes de arquitetura e urbanismo, seu objetivo é escolher a melhor proposta de revitalização da Rodoviária. O primeiro lugar ganhará R$ 5 mil. Além da UnB, participaram o BRB, o Instituto dos Arquitetos do Brasilia (DF) e a Administração de Brasília.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência

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Appel à projet : transports collectifs en site propre

23 février 2011 - TRANSPORTS

Sommaire :

Les transports collectifs en site propre (TCSP)

Le premier appel à projets TCSP

Le deuxième appel à projets TCSP

Suivant

Les transports collectifs en site propre (TCSP)

Il s’agit d’un système de transport public de voyageurs, utilisant une voie ou un espace affectés à sa seule exploitation, bénéficiant généralement de priorités aux feux et fonctionnant avec des matériels allant des autobus aux métros, en passant par les tramways.

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Le développement des réseaux de transports collectifs urbains et périurbains constitue une priorité pour l’État afin de répondre aux objectifs de développement durable, de

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soutien à l’économie dans le secteur des transports et de désenclavement des quartiers prioritaires de la politique de la ville.

Dans le cadre du Grenelle Environnement, l’État a pris des mesures concrètes afin de mettre en œuvre ce développement et favoriser la mobilité urbaine durable. Ainsi, le développement des transports collectifs en site propre (TCSP) constituent une mesure phare du Plan ville durable lancé en novembre 2008 au même titre que les EcoQuartiers, les EcoCités et Nature en ville.

En 2009, un premier appel à projets a permis le soutien financier de 50 projets de transports collectifs en site propre dans 36 agglomérations.

En 2010, un deuxième appel à projets a sélectionné 78 nouveaux projets

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SNIT : consultation publique prolongée jusqu’au 20 mars

24 février 2011 (mis à jour le 10 mars 2011) - TRANSPORTS

Une nouvelle version de l’avant-projet du schéma national d’infrastructures de transport (Snit) a été présentée. Le Snit, qui devrait être adopté avant l’été, va définir la politique de la France en matière d’infrastructures de transport pour les 20 à 30 années à venir. La consultation publique sur le texte est prolongée jusqu’au 20 mars 2011.

A l’occasion de la réunion du comité national du développement durable et du Grenelle de l’Environnement mercredi 26 janvier, Nathalie Kosciusko-Morizet et Thierry Mariani ont présenté hier une nouvelle version de l’avant-projet du Snit.

Les principales évolutions concernent :

• Une affirmation renforcée de la modernisation et de l’optimisation des infrastructures existantes avant le développement de nouvelles. Un rattrapage important dans le domaine du ferroviaire est cependant nécessaire conformément aux engagements du Grenelle.

• Une meilleure intégration de la dimension européenne et une meilleure prise en compte des territoires transfrontaliers.

• Un renforcement du caractère multimodal et intégré :

• De nouvelles actions pour soutenir le développement des chaînes intermodales dans le transport de marchandises et de voyageurs, le développement des plates-formes multimodales, l’intermodalité ferroviaire.

• Une prise en compte renforcée des besoins de développement des réseaux ferrés et fluviaux et des plates-formes multimodales des grands ports maritimes.

• Une clarification du contenu de la politique de modernisation. En particulier :

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• s’agissant de la route, une meilleure prise en compte des enjeux liés à l’amélioration de l’accessibilité des territoires dont les populations souffrent d’enclavement,

• s’agissant du ferroviaire, une meilleure prise en compte des besoins d’adaptation de la capacité du réseau ferroviaire au développement des trafics et un accent mis sur la desserte optimisée des territoires non directement desservis par le réseau des lignes à grande vitesse.

• Une clarification des coûts en lien avec les actions et projets contenus dans le SNIT. La nouvelle version de l’avant-projet évalue non seulement les dépenses de développement mais aussi celles de modernisation et d’entretien.

Le Grenelle en actionLe Snit est une application de la première loi d'orientation du Grenelle environnement (dite Grenelle 1) votée à l'été 2009, qui fixe les grandes orientations de la France en matière de transport, d'énergie et d'habitat dans le souci de préserver l'environnement et le climat. Le nouveau texte tient compte de l’avis de l’Autorité environnementale, des remarques du Comité national du développement durable et du Grenelle de l’environnement ainsi que de contributions d’élus, d’acteurs du monde économique ou associatif ou encore de particuliers, selon le ministère.

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Justiça, Política

Arruda, TJDFT, VLT

Bancada do DF define emendas à LOA de 2012

22 de novembro, 2011

Sem comentários

A Bancada do DF no Congresso Nacional se reuniu ontem para definir as emendas que serão propostas à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2012.

Coordenador da bancada, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) disse que a maior prioridade foi para a saúde, área que recebeu quatro emendas. “Destinamos recursos para o Centro de Oncologia do HFA, para o Hospital Universitário da UnB, para o Hospital da Criança e para o Hospital Sarah Kubitschek”, detalha Rollemberg. “Destinaremos ainda emendas individuais ao Hospital Regional de Sobradinho”, acrescenta.

Também serão destinadas emendas para a Embrapa, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito

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Federal e Entorno (Ride), a ampliação do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o Veículo Leve sobre Pneus (VLP) de Planaltina ao Plano Piloto, o trem que liga o DF a Luziânia e para obras de drenagem, pavimentação e águas pluviais em Ceilândia, em Taguatinga e no Plano Piloto.

“Neste ano, atendemos a um maior número de instituições por acreditarmos que assim teremos mais chances de execução das emendas”, explicou Rollemberg, pouco depois da reunião.

Veja as emendas da Bancada do DF para a LOA de 2012:

1) Implantação do trecho ferroviário Brasília/DF – Luziânia/GO

R$ 120 milhões

2) Ampliação do Hospital da Criança

R$ 50 milhões

3) Drenagem no Plano Piloto e Taguatinga

R$ 100 milhões

4) Drenagem e Pavimentação do Pôr do Sol

R$ 180 milhões

5) Implantação do Veículo Leve sobre Pneus – VLP Norte (Trecho Planaltina – Plano Piloto)

R$ 180 milhões

6) Ampliação do Centro de Convenções

R$ 30 milhões

7) Construção da nova sede da Fundação de Apoio à Pesquisa – FAP/DF

R$ 30 milhões

8) Cobertura de quadras de escolas públicas no Distrito Federal

R$ 30 milhões

9) Construção do Serviço Integrado de Oncologia do Hospital das Forças Armadas

R$ 30 milhões

10) Investimento no Hospital Universitário (HUB) da UnB

R$ 40 milhões

11) Ampliação e revitalização da infraestrutura da Estação de Intercâmbio e de Quarentena Vegetal do Parque Estação Biológica da Embrapa

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R$ 25 milhões

12) Implantação da Circunscrição Judiciária da Região Administrativa do ITAPOÃ

R$ 35 milhões

13) Construção de sedes próprias para a Procuradoria Geral do Trabalho e Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região

R$ 20 milhões

14) Recursos para Infraestrutura Econômica e Social no âmbito da RIDE

R$ 30 milhões

15) Atendimento médico qualificado na rede de Hospitais Sarah

R$ 50 milhões

Emendas de Remanejamento

16) Tribunal Superior Eleitoral

R$ 3,05 milhões

17) Adequação de trecho rodoviário na BR 450 (Granja do Torto até o Balão do Colorado)

R$ 1 milhão

18) Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO)

R$ 10 milhões

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2010

- Rio prepara plano para incentivar uso de transporte não motorizado. CB. Agência Brasil. 12/10/2010- Uma visão global do transporte - Plano de Mobilidade Urbana. http://www.cidadessustentaveis.org.br. 27/07/2010- Além de bravatas e promessas. CB. 08/2010- Deu o que falar. CB. 08/2010- Habitação e desemprego: desafios urbanos de Brasília. CB. Aldo Paviani. 13/09/2010.- Detran instalou barreiras sem avaliação. CB. Adriana Bernardes. 08/2010

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- Semáforos fantasmas. CB. 08/2010- Da França, com (muito) carinho. CB. Jaime Pinsky. 15/08/2010- DFTrans analisa necessidade de novas linhas e ônibus. www.tribunadobrasil.com.br. 7/07/2010- Cidades excludentes ou acessíveis?. CB. Erika Cristine Kneib. 9/08/2010 - Flanelinha. CB. 08/2010- Transporte, um desafio. CB. Juliana Boechat. 07/06/2010- Fraga, entrevista a Ricardo Taffner. CB. 26/07/2010- Cerveja e campanha política. CB. Antonio Cunha. 06/2010

Rio prepara plano para incentivar uso de transporte não motorizadoAgência BrasilPublicação: 12/10/2010 15:50Rio de Janeiro - O governo do Rio de Janeiro dará amanhã (13/10) o primeiro passo para a elaboração de um plano diretor de transporte não motorizado no estado. Representantes das prefeituras de 27 municípios fluminenses – 15 da região metropolitana e 12 do interior – vão se reunir na sede da Secretaria Estadual de Transportes, para apresentar suas demandas, ideias e projetos para melhorar a mobilidade urbana de pedestres e ciclistas. Os dados coletados servirão para definir os projetos e investimentos do plano diretor, que terá financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).De acordo com a Secretaria de Transportes, o Rio de Janeiro será o primeiro estado do país a ter um plano diretor para o transporte não motorizado. “A meta é aumentar significativamente a utilização da bicicleta em todas as cidades do Rio de Janeiro, seguindo uma tendência mundial e crescente”, afirmou o secretário Sebastião Rodrigues.

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O governo fluminense lançou, em 2008, o programa Rio Estado da Bicicleta, que tem como meta a implantação de mil quilômetros de ciclovias em todo território fluminense, além de conscientizar a população quanto ao uso do veículo não motorizado.=

27/07/2010

Uma visão global do transporte - Plano de Mobilidade Urbana From: http://www.cidadessustentaveis.org.br/boas_praticas/exibir/68

Crédito: Uploaded on January 15, 2009 by Le Radiateur

O Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Lyon combinou uma série de objetivos - incluindo a redução do tráfego automóvel, o desenvolvimento do transporte público, o estímulo à locomoção de bicicleta e a pé, a redução do número de acidentes e da poluição - além de promover a igualdade social e a redistribuição do espaço urbano. A comissão nacional acompanhou o progresso do UMMP.

Descrição breve do projetoA lei de qualidade do ar na França, de 1996, determina o desenvolvimento dos planos de mobilidade urbana (‘plans de déplacements urbains’) a fim de promover o transporte público e assegurar um elevado nível de proteção ao meio ambiente. Para resolver os problemas relacionados com os transportes, a cidade de Lyon, França, iniciou um plano global de mobilidade, o Urban Mobility Master Plan UMMP (Plano Diretor de Mobilidade Urbana), que envolve os 55 municípios da mesma região. O plano aprovado em 1997, após dois anos de estudo e consulta, especifica objetivos e metas em todas as áreas da mobilidade. Foi criado um observatório da mobilidade para avaliar as diferentes ações. O observatório realizou uma extensa rede de monitoramento da qualidade do ar e passou a registrar todas as despesas ligadas à mobilidade. São acompanhados 19 temas, tais como redução do tráfego motorizado, desenvolvimento dos transportes públicos, intermodalidade, aumento das viagens a pé, desenvolvimento do ciclismo, estacionamento, movimentação de cargas na cidade,

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ruído gerado pelos veículos, segurança rodoviária, poluição do ar e consumo de energia, igualdade social, acessibilidade, qualidade dos espaços públicos, entre outros. O Plano Diretor de Mobilidade Urbana combinou uma série de objetivos - incluindo a redução do tráfego automóvel, o desenvolvimento do transporte público, o estímulo à locomoção de bicicleta e a pé, a redução do número de acidentes e da poluição - além de promover a igualdade social e a redistribuição do espaço urbano. A comissão nacional acompanhou o progresso do UMMP.

ObjetivosO principal objetivo da política de transportes de Lyon foi elaborar uma estratégia global, garantindo a coerência de todas as decisões sobre os meios de transporte e buscando as complementaridades. Também objetivou harmonizar a distribuição de meios de transporte, a fim de criar condições para uma cidade agradável e solidária e favorecer uma mobilidade sustentável.

Cronograma

ResultadosAlguns Resultados:

Lyon Vélo’v (Bicicletas de livre acesso): mais de 2 mil bicicletas estão disponíveis em 173 postos na área urbana de Lyon (perto de estações de transportes públicos), 24 horas por dia.

Tramways franceses: até hoje mais de 300 km de linhas de bonde foram construídos nas principais cidades francesas, entre elas Lyon, que hoje tem aproximadamente 50 km; a ampliação da rede foi possível devido aos inúmeros atrativos (boa acessibilidade e alta capacidade, conforto, baixo nível de ruído, emissões zero no local, pois são movidos a eletricidade); além disso, a inserção de tramways nas ruas com trânsito intenso oferece uma boa oportunidade para renovar as áreas urbanas degradadas, reduzir o tráfego rodoviário e devolver o espaço aos ciclistas e pedestres.

O eixo fluvial Rhone-Saone permite o tráfego de mercadorias através do porto de Villefranche-sur- Saone e de Porto Edward Herriot. O último tornou-se uma das portas principais do Porto Marselha.

Instituições envolvidasO comitê consultivo de mobilidade urbana foi criado para coordenar e acompanhar as diversas iniciativas. Incluiu alguns parceiros para a tomada de decisão: O Estado, a região, Departamento, Conselho do Grande Lyon e SYTRAL (JointTransport Administração para o departamento de Rhone e para a aglomeração de Lyon), os parceiros econômicos e quatro representantes dos usuários qualificados. Qualquer

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prefeito preocupado com a agenda foi convidado para as reuniões de trabalho da Comissão Consultiva.

Fonteshttp://www.tcl.fr/

http://sustainablecities.dk/en/city-projects/cases/lyon-an-overall-vision-for-transport-urban-mobility-master-plan

http://www.cardiff.ac.uk/archi/programmes/cost8/case/transport/france-lyon.pdf

http://www.grandlyon.com/Deplacements.48.0.html

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ELEIÇÕES 2010

Além de bravatas e promessasEspecialistas analisam algumas propostas controversas debatidas pelos candidatos ao GDF. Falta consenso, por exemplo, quanto às vans

Lilian Tahan e Helena Mader

Luis Tajes/CB/D.A Press

Brandão, Roriz, Toninho e Agnelo no embate da última terça-feira, promovido pelos Diários Associados: repercussão dos

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programas de governo

 

Ocupação do Catetinho, retorno das vans e expansão do Distrito Federal. Temas de repercussão na vida de praticamente todos os moradores da capital da República dinamizaram o debate entre candidatos ao GDF realizado pelos Diários Associados na noite da última terça-feira. Os concorrentes à chefia do Poder Executivo se posicionaram em relação a assuntos polêmicos, como a mudança das dimensões nas fronteiras do DF, uma proposta abertamente defendida pelo candidato Joaquim Roriz (PSC). O Correio consultou especialistas no assunto para saber o que pensam sobre as ideias dos políticos (veja quadro). Num dos pontos de destaque do debate realizado na sede do Correio Braziliense, Roriz foi questionado sobre o projeto de aumentar o tamanho do DF. O ex-governador demonstrou que está convicto sobre incluir no quadrilátero algumas cidades que hoje compõem o Entorno. A proposta, no entanto, é alvo de críticas de urbanistas e de ambientalistas. Para o geógrafo Aldo Paviani, especialista em planejamento urbano, a medida seria um “equívoco”. “O que as autoridades devem analisar é a organização socioespacial da cidade, ou seja, a forma como as pessoas estão dispostas em termos de moradia, transporte e acesso aos equipamentos públicos”, sugere. Área sensível A transformação do Catetinho em área habitacional também está nos planos de Roriz, que foi provocado por Toninho do PSol a se posicionar sobre o tema. O ex-governador, que pensa em construir um complexo de hospitais e clínicas na área próxima ao Gama, não deu certeza se concretizará esse projeto, caso eleito. Diante da hipótese, no entanto, opinaram estudiosos no assunto. Para o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Flósculo, a criação do Setor Catetinho traria impactos negativos para a capital do país. “A expansão urbana deve ser feita com respeito ao meio ambiente e à capacidade de suporte do local. A área do Setor Catetinho é sensível do

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ponto de vista ambiental e não deveria ser parcelada”, defende. Questionado se pretende retomar a circulação das vans no Distrito Federal, Agnelo Queiroz disse que esse projeto não faz parte de seu eventual governo. O tema é controverso. Há quem considere o retorno do transporte alternativo um retrocesso, como, por exemplo, Rosângela Battistella, diretora de trânsito de Curitiba, cidade que é uma referência em transporte público. Para ela, esse sistema não se adequa à proposta de transporte coletivo, que deve priorizar os meios que atendam o máximo de pessoas possível. Na opinião de José Leles de Souza, doutor em Engenharia de Transportes pela UnB, as vans podem complementar o transporte convencional, desde que com a devida regulamentação. Além de divergências temáticas, os concorrentes ao GDF evidenciaram diferenças partidárias. Os concorrentes cobraram uns dos outros coerência em relação a princípios ideológicos. A aliança entre o PT e o PMDB, por exemplo, foi criticada por Toninho do PSol. Para o cientista político e professor aposentado da UnB Octaciano Nogueira é muito difícil falar em ideologia partidária num país com 78 legendas registradas na Justiça Eleitoral: “Não é possível uma variedade tão grande de bandeiras ideológicas”. R$ 20 mil - Total, em 10 decisões do TRE, de multas aplicadas a candidatos por propaganda eleitoral irregular O NÚMERO30 de setembroÚltimo dia, antes do primeiro turno, em que é permitida a realização de debates entre candidatos

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Deu o que falarKleber Lima/CB/D.A Press - 6/8/07

Águas Lindas

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Edilson Rodrigues/CB/D.A Press - 25/4/07

Transportes

Saiba quais foram as polêmicas levantadas durante debate promovido pelos Diários Associados Aumento do quadrilátero O candidato Joaquim Roriz tem como uma de suas plataformas de campanha o aumento das dimensões do Distrito Federal, o que significaria a inclusão de cidades do Entorno, como as goianas Águas Lindas e Valparaíso, no território da capital da República. Com base nessa proposta, um repórter do Correio levantou a questão se a ideia do ex-governador não se trata de medida eleitoreira, uma vez que o GDF já enfrenta atualmente dificuldades para lidar com a demanda nas áreas de saúde, educação e transporte. Roriz buscou na Constituição de 1891 justificativa para ampliar os limites do DF. Disse que o projeto original que previa área de 14,4 mil quilômetros quadrados foi reduzido por uma questão financeira, decisão tomada por Juscelino Kubitschek. o que dizem os especialistas Aldo Paviani, geógrafo, especialista em planejamento urbano e professor da Universidade de Brasília (UnB) Considera a proposta um equívoco, por acreditar que a melhoria das condições de vida da população do Entorno não é uma questão geográfica. Defende a criação de uma área metropolitana, que seria gerida por meio de um convênio entre DF e Goiás. Frederico Flósculo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB É contra a proposta. Para ele, se isso acontecesse, haveria uma favelização do Distrito Federal por conta da incorporação de mais de 3 milhões de lotes. Flósculo classifica a medida como um “golpe” destinado à regularização fundiária de imóveis. César Victor do Espírito Santo, ambientalista, engenheiro florestal e superintendente executivo da Fundação Pró-Natureza (Funatura) Segundo o engenheiro florestal, a medida causaria o inchaço do Distrito Federal, com

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consequente impacto no meio ambiente. Ele acredita que o aumento do quadrilátero não resolve os problemas da população do Entorno. Setor Catetinho Durante o debate, o candidato Toninho do PSol perguntou a Joaquim Roriz sobre a intenção do ex-governador de transformar a área próxima ao Catetinho em um bairro habitacional. O político do PSC respondeu que se trata de uma ideia para resolver o problema da saúde, já que a região seria usada para abrigar um complexo de clínicas e hospitais. Roriz, no entanto, não deixou claro se pretende ou não executar a proposta, pois, enquanto respondia ao adversário, chegou a admitir que o projeto poderia ser construído em outro lugar. Toninho se posicionou totalmente contra a intenção de Roriz e sugeriu que, no lugar, seja feito um parque, com preservação das nascentes e local de lazer para a população. o que dizem os especialistas Aldo Paviani Classifica a ocupação do Setor Catetinho como uma “burrice administrativa”. Ele garante que a área é destinada à captação de água e, por isso, não deveria ser usada para ocupação urbana e para a criação de habitação. Frederico Flósculo Para o professor, a implantação do Setor Catetinho causaria impactos negativos em Brasília. Ele defende que a área permaneça vazia e preservada. Segundo o especialista, a expansão urbana deve ser feita com respeito ao meio ambiente e à capacidade de suporte. César Victor do Espírito Santo É contra a ocupação da área e diz que construções na região provocariam impermeabilização do solo, desmatamento e destruição dos mananciais que abastecem o Distrito Federal. Vans O assunto das vans foi tema de uma das perguntas feitas por repórter do Correio Braziliense. Líder das pesquisas de opinião, Agnelo Queiroz foi questionado se pretende retomar o sistema de transporte alternativo no DF, como já havia insinuado em outras situações. Na noite de terça-feira, o petista afirmou que não faz parte de seus planos a volta das vans na capital. Esse tipo de transporte foi substituído no último governo pelos microônibus. o que dizem os especialistas Rosângela Battistella, diretora de Trânsito do município de Curitiba (PR) É contra o uso das vans nas metrópoles. Acha que o sistema não se adequa à proposta de transporte coletivo, que deve priorizar os meios que atendam o máximo possível de pessoas. A diretora acredita que a utilização do serviço estimula o transporte pirata por conta da

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dificuldades de fiscalização, o que aumenta a insegurança no trânsito. José Leles de Souza, doutor em Engenharia de Transportes pela UnB Considera que as vans podem ser complementares ao sistema de transporte convencional, desde que devidamente regularizadas. Também destaca que a fiscalização deve ser ostensiva, com definição de horário, linha e paradas. Ideologia política Em dois momentos do embate entre os candidatos ao GDF, a ideologia política foi pano de fundo da discussão. Os concorrentes cobraram uns dos outros coerência em relação aos princípios partidários. Toninho do PSol criticou a parceria entre o PT e o PMDB. Agnelo lembrou que Toninho, hoje no PSol, já foi o Toninho do PT e atacou o adversário ao insinuar que ele poderia estar fazendo papel de “linha auxiliar da direita do DF”. Toninho respondeu que ele e Roriz são como água e óleo, não se misturam. E depois ainda lembrou que, no passado, Agnelo já esteve na casa de Roriz. O petista retrucou à provocação, alegando que conversa com todas as cores partidárias sem perder a independência. o que diz o especialista Octaciano Nogueira, cientista político e professor aposentado da UnB Comenta que, no Brasil, há 78 partidos registrados na Justiça Eleitoral, marca só superada pela Itália, com 156 legendas. Segundo o especialista, não existem 78 ideologias diferentes, mas sim agremiações que buscam se manter o mais próximo possível do poder e, para tanto, se entregam a alianças oportunistas e fisiológicas=

Habitação e desemprego: desafios urbanos de BrasíliaALDO PAVIANI Professor aposentado e pesquisador associado do Departamento de Geografia e do Neur/Ceam-UnB

13set10.

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A capital federal foi sonhada para ser apenas o Plano Piloto, isto é, Brasília seria um núcleo fechado tal como idealizado pelo urbanista Lucio Costa. O sonho não se realizou plenamente. Nos primeiros momentos, o planejamento urbano foi ultrapassado por decisões governamentais ligadas à acomodação das correntes migratórias de trabalhadores e à rápida inauguração da capital, tudo submetido ao ritmo de Brasília. Os trabalhadores passaram a ocupar canteiros de obras, habitações precárias construídas na Cidade Livre e barracos em favelas localizadas nas proximidades do núcleo pioneiro. Transferiram-se esses moradores para Taguatinga, em 1958, o primeiro procedimento centrifugador do excedente populacional. No censo de 1970, Brasília registra 516 mil habitantes, a metade recenseada no Plano Piloto (236 mil pessoas) e os demais nos núcleos esparsos no território, como Guará, Gama, Núcleo Bandeirante, Taguatinga (com 106 mil habitantes), Sobradinho e as preexistentes Planaltina e Brazlândia, que receberam moradores transferidos dos acampamentos e das favelas. A cidade que nascera para ser o ícone do planejamento urbano deixa escapar o controle da urbanização com a abertura de novos núcleos periféricos ao Plano Piloto. Essa maneira de alocar moradias não foi precedida de planos para a localização de atividades nos assentamentos. Não se perguntou “onde trabalharão” os habitantes dessas localidades? A cidade cresce — espalha-se no território — mas com o desafio dos demorados deslocamentos pendulares diários periferia-centro. Esses deslocamentos se ligam ao trabalho no centro, pois os empregos se encontram basicamente no Plano Piloto. Segundo é divulgado, 70% dos postos de trabalho localizam-se no centro da capital. Todavia, se menos de 10% da população do DF moram no Plano Piloto, deduz-se que 90% da população das cidades-satélites podem contar com apenas 30% das oportunidades de trabalho. Aí está o desafio para os futuros governantes: aproximar o lugar de trabalho com a moradia. Isso exigirá esforço para descentralizar a cidade para além da doação de lotes e disseminação de habitações ocorrida nestes 50 anos de Brasília. No jubileu da capital e no ensejo da campanha eleitoral, pouco se escuta dos candidatos sobre como resolver globalmente o problema da cidade constituída de forma injusta e segregacionista no aspecto acima referido. O

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equipamento urbano de Primeiro Mundo é encontrado apenas no Plano Piloto e não se revelam propostas para dotar as cidades-satélites com o mesmo padrão de serviços. O polinucleamento exige do trabalhador longos deslocamentos para buscar serviços e trabalhar. Com os transportes deficitários, a sobrecarga das viagens diárias recai sobre o usuário de transporte coletivo (cansaço, custos e tempo perdido em cada viagem). A solução não será emendar esses núcleos com mais edificações. O lado cruel dessa periferização urbana em núcleos múltiplos se materializa no peso do desemprego, que atingiu 193 mil pessoas, segundo levantamento da PED/DF realizado em julho pelo Dieese. O desemprego, embora declinante, sugere uma cidade de porte médio totalmente sem ter onde trabalhar formalmente. As cidades-satélites apresentam forte contribuição para os 13,7% de desempregados da população economicamente ativa, de 1.409.000 pessoas. Outro agravante, ainda segundo o Dieese: o crescimento dos empregos com carteira assinada é menor do que o dos sem carteira, comparando-se junho com julho do corrente ano. De 2009 a 2010, a boa notícia é que foram criadas 58 mil novas ocupações, número que supera os 31 mil ingressos na PEA, ocasionando o declínio da taxa de desemprego de 15,9% para 13,7%, em um ano. Mas, esse decréscimo veio com a redução de 0,6% do rendimento médio dos ocupados no DF. Essa má notícia não deve ter atingido o Plano Piloto, onde, tradicionalmente, estão as ocupações com rendimentos mais elevados. Em conclusão, infere-se que não há pior impacto sobre a urbanização do que a desigualdade implantada em um território povoado sem planejamento para aproximar moradia e lugar de trabalho. Almeja-se que os futuros governantes realizem projetos e estabeleçam políticas públicas de longo prazo para avanços antes dos 100 anos de Brasília. Desejam-se planos compreensivos que completem os núcleos historicamente periferizados para que tenham capacidade de absorver a respectiva força de trabalho. =

Detran instalou

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barreiras sem avaliaçãoDocumento obtido com exclusividade pelo Correio mostra que 112 equipamentos eletrônicos foram colocados para fiscalizar excesso de velocidade sem um estudo técnico que definisse as ruas e avenidas onde havia necessidade

Adriana Bernardes

Fotos: Kléber Lima/CB/D.A Press

Barreiras eletrônicas instaladas no Sudoeste (acima) e em Planaltina: contrato de R$ 1,1 milhão por mês

 

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) instalou pelo menos 112 barreiras eletrônicas sem a realização prévia de um estudo técnico que comprovasse a necessidade de cada um dos equipamentos. Documentos obtidos com exclusividade pelo Correio revelam que a

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direção geral e a Diretoria de Segurança de Trânsito (Dirset) do órgão foram alertadas sobre a irregularidade e, mesmo assim, nada fizeram. A denúncia é relatada em um memorando datado de 13 de julho passado, elaborado pelo Núcleo de Sinalização e Manutenção de Equipamentos Eletrônicos (Numeq). Consta no documento que os 112 medidores de velocidade do contrato firmado em 2009 com a empresa Perkons não possuem estudos técnicos comprobatórios de sua necessidade. E não seriam os únicos. Nem todas as demais barreiras contratadas em 2006 teriam a justificativa técnica. Nas últimas linhas do texto, chama a atenção um trecho da denúncia: “Cabe ressaltar que este núcleo (…) por diversas vezes tentou alertar a Dirset e a Direção Geral sobre o assunto, não tendo suas solicitações atendidas”. A reportagem do Correio apurou que somente no mês passado o Detran pagou aproximadamente R$ 1,1 milhão pelas 112 barreiras colocadas sem o estudo exigido por lei. O custo anual chega a R$ 13,2 milhões. Na avaliação de José Leles de Souza, doutor em engenharia de transportes, a falta de justificativa da necessidade do medidor de velocidade dificilmente implica risco para a segurança de motoristas e pedestres, mas pode significar desperdício de dinheiro. “O estudo evita que os governos gastem dinheiro colocando equipamento onde não precisa. Com isso, esses equipamentos acabam se transformando em meros instrumentos arrecadadores de multas”, afirma o especialista. Os requisitos técnicos mínimos para a fiscalização de velocidades de veículos foram definidos há sete anos pela Resolução nº 146/2003, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)(1). Professor de engenharia de tráfego da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César Marques concorda que a falta do estudo não implica riscos para o cidadão. Mas adverte que a justificativa é um item de segurança. “As barreiras são colocadas para reduzir a velocidade dos motoristas em determinado ponto da via. Se o governo não sabe o motivo da redução, não há por que colocar um equipamento desse”, critica. Como nada disso foi feito, o Numeq pede esclarecimentos à Gerência de

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Engenharia, responsável pela execução do contrato com a empresa que fornece e mantém os equipamentos. No documento com data de 24 de maio deste ano, o Numeq informa que “não tem feito o acompanhamento da execução do tal contrato no que diz respeito à escolha das cidades/bairros, os estudos técnicos e a definição de localização dos pontos para a instalação dos equipamentos tipo barreira eletrônica” por definição do executor do contrato, que teria delegado tais funções a uma pessoa não lotada no núcleo. Em um documento datado de 22 de junho, a Gerência de Engenharia responde ao Numeq que “a escolha dos locais de implantação, bem como a localização dos pontos, foi feita antes da licitação, constando do projeto básico. Os estudos complementares estão sendo elaborados pelo Numeq, conforme minha determinação, enquanto gerente de engenharia”. Investigação A falta do estudo só veio à tona em meados de julho deste ano, quando a Diretoria de Segurança de Trânsito solicitou o levantamento à Gerência de Engenharia do Detran. Ao receber a resposta de que ele não existia, a irregularidade foi comunicada ao então diretor-geral, Geraldo Nugoli, em documento datado de 19 de julho. Dois dias depois, Nugoli deu um despacho à mão determinando à Corregedoria do órgão que apurasse o fato e à Dirset que viabilizasse os estudos técnicos das barreiras, conforme determina a legislação de trânsito. Na última segunda-feira, a denúncia foi formalizada no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pela Diretoria de Segurança de Trânsito do Detran, chefiada por Silvain Fonseca. Ao ser procurado pela reportagem, Fonseca preferiu não entrar em detalhes. A Gerência de Engenharia está subordinada à Diretoria de Trânsito, chefiada por Fonseca há três meses. Os fatos denunciados ao MP ocorreram antes de ele assumir o cargo. “A decisão de levar ao conhecimento do Ministério Público teve a anuência da direção geral. O Detran já tomou as providências para garantir o bom funcionamento da engenharia de trânsito, mas também quer a apuração de um órgão externo e independente”, resumiu. Os documentos foram endereçados

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diretamente à procuradora-geral de Justiça, Eunice Pereira Amorim Carvalhido. O Ministério Público informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os documentos estão com a chefia de gabinete da procuradora-geral e, após análise, serão distribuídos para a promotoria competente. No documento Irregularidades no âmbito da Gerência de Engenharia do Detran, a Dirset informa já ter concluído 60% dos estudos técnicos das barreiras com servidores do próprio órgão. Sobre a falta de estudo para a implantação das barreiras eletrônicas, a assessoria de imprensa da Perksons — empresa responsável pelos equipamentos — informou que cumpre ordem de serviço do Detran desde 21 de setembro de 2009. E que o estudo técnico determinado pela Resolução nº 146 do Contran é anterior à assinatura do contrato com a empresa e, portanto, não tem qualquer responsabilidade pela sua elaboração. 1 - O que diz a lei A Resolução nº 146/2003 do Contran atribui à autoridade de trânsito determinar a localização, a sinalização, a instalação e a operação dos instrumentos eletrônicos medidores de velocidade. E para determinar a sua necessidade, é necessário um estudo técnico que contemple, no mínimo, o número de pistas da via; se há trânsito de pedestre e ciclista; a velocidade do trecho; o número de acidentes nos seis meses que antecedem o início da fiscalização; a descrição dos fatores de risco da via e o histórico das medidas de engenharia adotadas antes da instalação do equipamento.

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Semáforos fantasmasNa mesma denúncia de irregularidades nas lombadas eletrônicas entregue ao Ministério Público há o relato de cancelamento do processo de licitação para contrato emergencial de manutenção dos semáforos do Distrito Federal. Há cerca de um mês, descobriu-se que no projeto básico — elaborado pela Gerência de Engenharia do Detran e sobre o qual as empresas calculam o valor do serviço — constava a

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existência de 4.132 postes de semáforos, espalhados em 451 cruzamentos. No entanto, na realidade existem 1.369 semáforos e 447 cruzamentos. (1) A discrepância de informações foi considerada grave e o Detran decidiu anular a licitação e começar o processo do zero. Na denúncia entregue ao MP, o órgão explica que a decisão foi necessária “visto que a empresa Sitran Comércio e Indústria de Eletrônica Ltda., que foi a vencedora da licitação quando apresentou a sua proposta de preços, se baseou na quantidade informada pelo Detran, elevando com isso os valores da prestação do serviço. Decerto os valores poderiam ser menores, caso, evidentemente, a quantidade de postes e semáforos fosse a que existe de fato”, descreve a denúncia. Ainda de acordo com o documento, há que se considerar um possível ato de favorecimento e não apenas um erro de digitação. Procurada pela reportagem, a Sitran não retornou as ligações. A secretária da direção da empresa informou que o diretor comercial estava fora de Brasília e passou o número do telefone celular do diretor técnico operacional. No entanto, ele também não retornou os recados gravados em sua caixa de mensagem. Por meio da assessoria de imprensa, o atual diretor-geral do Detran, Francisco Saraiva, ressaltou que tomou posse na última segunda-feira e soube das denúncias entregues ao MP dois dias depois. Saraiva garantiu que vai acompanhar a apuração dos fatos e tomar as providências necessárias para sanar as possíveis irregularidades. (AB=

Da França, com (muito) carinhoJaime PinskyHistoriador, professor titular aposentado da Unicamp, diretor da Editora Contextowww.jaimepinsky.com.br

CB. 15ago10(…) Os pedágios existem na França, mas apenas em autopistas. E elas são magníficas, muito bem conservadas. Mas, pelo que me informaram, o pedágio só pode ser cobrado se

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o motorista tiver alternativa sem pedágio. Assim, por exemplo, se o governo quiser cobrar pedágio na estrada que vai de Brasília a Goiânia, ou de São Paulo a Campinas (pela Bandeirantes), terá a obrigação de ter a Anhanguera não pedagiada. É uma ideia, não é? Quem tem mais pressa e quiser rodar a 130km por hora, vai pela autopista, quem não quiser ou não puder, vai pela via alternativa. Por escolha, peguei poucas autopistas, meu interesse maior era viajar pelas estradas regionais, aquelas que entram em pequenas cidade e vilas, onde parava para conversar com as pessoas. Mas, quando viajei pela A5, com três faixas de cada lado, observei uma coisa estranha: todos viajavam pela direita, ultrapassavam pela segunda faixa e voltavam para a direita. A última pista, pouco usada, era para motos superpotentes e alguns automóveis mais apressados, mas que também voltavam para a direita assim que concluíam a ultrapassagem. Aqui é frequente ver, em nossas raras estradas com três faixas, um convicto motorista em sua Brasília amarela seguindo a 70km por hora na faixa central, mesmo com a da direita deserta, o que leva a ultrapassagens pela direita, com todo o risco decorrente dessa situação. E nunca vi um policial rodoviário intimar um desses maus motoristas a andar pela direita, ou, menos ainda, multá-lo. A riqueza material deve ser acompanhada de atitudes decorrentes do processo civilizador, como dizia Norbert Elias no seu O processo civilizador. Já que nossa proposta é a de nos tornarmos uma potência econômica nas próximas décadas... =

7/07/2010

DFTrans analisa necessidade de novas linhas e ônibusDivulgacao

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Se nova lei do Passe Livre for aprovada, passagens podem subir

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0,15%

 

Renata Meliga

O Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) deverá fazer um estudo imediato para verificar a necessidade de licitações para novas linhas e frotas de ônibus na Capital, segundo decreto assinado ontem pelo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso. Segundo ele, haverá auditorias nas planilhas de todas as empresas que integram o sistema de transporte público, incluindo as cooperativas. O estudo será obrigatório e terá caráter permanente.“Teremos um prazo para estudar a necessidade de novas linhas. Não faremos nada de maneira afobada. Além disso, com a auditoria permanente, a população irá saber dos principais pontos que montam uma tarifa, como gasto de pneu, com pessoal, combustível, para ninguém ser pego de surpresa quando for sinalizado aumento de passagem”, disse Rosso, destacando que o GDF irá reestruturar o sistema de transporte com a criação de corredores exclusivos para ônibus em todo o DF, modernização e aumento das vias, fortalecimento do metrô e criação de competitividade no setor. “O governo está disposto a fazer o que for necessário, mesmo que em pouco tempo, para garantir um transporte de qualidade para a população”, afirmou. O governador divulgou, também, o resultado da auditoria nas planilhas de custo das empresas que fazem parte do sistema de transporte coletivo do DF e reiterou que não haverá aumento nas passagens, por não haver necessidade, já que o sistema está equilibrado. Os empresários do setor, no entanto, reclamavam que havia um déficit de 28,11%. Em contrapartida, o estudo mostrou que, com a legislação atual do Passe Livre Estudantil, as empresas teriam um lucro de 3,11%. Já com a nova lei, que poderá ser sancionada no próximo dia 30, o déficit seria de 0,15%.

AUMENTOO governador do DF não descartou a possibilidade de

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aumento de tarifa ainda para este ano. Aprovada na Câmara Legislativa no fim do mês passado, Rosso tem até o dia 30 de julho para apreciar a nova lei do Passe Livre. Se o novo texto for aprovado, pode haver um aumento nas tarifas de 0,15%. “Vamos sancionar ou vetar uma lei que pode aumentar a tarifa de forma permanente”, afirmou Rosso.Segundo ele, antigamente, estudantes pagavam 50% do valor da tarifa e o governo arcava com a outra metade. Atualmente, porém, o governo está pagando 100% das passagens. Com a nova lei, o GDF irá pagar um terço e o Sistema de Transporte Coletivo, dois terços.  “Como foi aprovado mês passado pela Câmara, o estudante não paga nada, o que é justo com alunos de baixa renda e de escolas públicas. Temos até o dia 30 para tomar uma decisão e, da forma como foi proposto pelo GDF, a criação de limitadores sociais, seria um avanço”, persistiu.http://www.tribunadobrasil.com.br/site/index.php?p=noticias_ver&id=25537

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Cidades excludentes ou acessíveis?Erika Cristine Kneib, Arquiteta e urbanista, mestre e doutora em transportes urbanos, professora adjunta e pesquisadora na Universidade Federal de Goiás

9ago 10 CB. Muito se fala, atualmente, sobre a questão da acessibilidade. Existem muitas discussões e significados para esse termo. Porém, quando relacionada à facilidade de acesso aos locais da cidade, corroborando o direito de ir e vir, existem leis federais que regulam o tema. As principais leis reguladoras sobre o tema acessibilidade são as leis federais 10.048 e 10.098, de 2000, e o Decreto Federal nº 5.296/2004. Segundo tais regulamentos, a acessibilidade consiste na possibilidade e condição de alcance

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para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. Esse assunto afeta muitos brasileiros. Segundo o IBGE, cerca de 24,6 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência. Isso corresponde a 14,5% de toda a população. Podem ser somadas aos deficientes as pessoas com dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, como gestantes, idosos, crianças, etc., denominadas portadores de mobilidade reduzida. Segundo o Ministério das Cidades, se forem adicionadas ao convívio social dessas pessoas, outras duas — pais ou amigos — o número de indivíduos envolvidos com pessoas com dificuldade de locomoção passa a ser, aproximadamente, de123 milhões de brasileiros. Ou seja, a maior parte da população do país tem alguma relação direta ou indireta com pessoas com mobilidade reduzida. Para ser acessível e adequar-se às leis federais, a cidade precisa adotar medidas simples, mas que fazem toda a diferença para quem tem alguma dificuldade para locomover-se. É imperioso possibilitar a essas pessoas autonomia e dignidade na realização de seus deslocamentos. Destacam-se aqui alguns pontos necessários: a) nas vias urbanas: são necessárias calçadas planas, com pisos e inclinações adequados, dotadas de rampas para vencer o degrau conformado pelo meio-fio, possibilitando as travessias; e ainda, caso possível, implementar a sinalização podotátil, para auxiliar os deficientes visuais. b) no sistema de transporte público: os pontos de parada devem ter abrigos com espaço para os cadeirantes, com informações para os usuários, inclusive em braile, e com sinalização podotátil, possibilitando aos deficientes visuais localizar o local de parada do veículo; além, é claro, de terminais e veículos dotados de equipamentos adequados, e que possibilitem vencer os desníveis, e de motoristas treinados para auxiliá-los. c) nas edificações: principalmente de uso público, é necessário destinar vagas de estacionamento específicas para deficientes, em locais adequados e com dimensões corretas; implementar sinalização podotátil; possibilitar o acesso aos edifícios por meio de rampas ou elevadores e, da mesma forma, para o acesso aos demais pavimentos da edificação; e ainda proporcionar portas e sanitários com largura adequada à utilização por todos. Com

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relação às cidades brasileiras, infelizmente, constata-se, de maneira geral, uma realidade excludente. O poder público e a população ainda não perceberam a necessidade de torná-las cidades democráticas. Na grande parte de nossas cidades observam-se calçadas irregulares (quando existem), sem rampas que possibilitem ao portador de deficiência ou mobilidade reduzida um deslocamento com autonomia, ou um percurso com segurança; um sistema de transporte público precário, com pouca atenção efetiva a essas pessoas; nas edificações, com exemplos notórios, como edifícios públicos e os reservados a shoppings, escolas, universidades, supermercados, entre muitos outros, que ainda não perceberam a necessidade de, mais do que atender à legislação federal, atender ao direito de muitos cidadãos. Destarte, destaca-se mais uma vez a importância do tema e da necessidade de se fazer cidades sem deficiências, que sejam capazes de possibilitar deslocamentos dignos para todos os seus cidadãos. Afinal, nossas cidades querem ser excludentes, ou acessíveis? =

FlanelinhaO GDF e a Câmara Legislativa legalizaram a profissão de guardadores de veículos, os flanelinhas, em estacionamento público. É uma coisa que a gente só acredita porque está no papel e foi publicada no Diário Oficial. Só não escreveram qual o valor a ser cobrado por esses profissionais pelo serviço prestado: se por hora ou por dia. Como, pela CLT, o trabalho não eventual e remunerado cria uma relação empregatícia e o proprietário do veículo não é obrigado a pagar pelo uso do estacionamento público, sendo que é proibida a prestação de serviço gratuito (art. 4º da Lei 8.112/90), é provável que o Distrito Federal, com essa lei, responda pelos salários desses novos servidores. É criar cobra para morder o dono. » José Lineu de Freitas, Vila Planalto

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Transporte, um desafioCandidatos ao Palácio do Buriti estabeleceram metas para a área, como a ampliação do metrô e construção de estacionamentos subterrâneos, inclusive na Esplanada dos Ministérios. Nem a volta das vans do sistema alternativo está descartada nas propostas

Juliana Boechat

Cadu Gomes/CB/D.A Press - 7/6/10

Queixas dos usuários de transporte público são muitas. Entre os itens alvos de reclamações estão o valor das passagens e a má condição dos ônibus

 

O caos no transporte público do Distrito Federal está entre os principais temas de debate dos candidatos que disputam as eleições deste ano. As propostas preveem ampliação da linha de metrô, implantação de ciclovias, melhorias no sistema rodoviário e até mesmo a expansão das áreas de estacionamento — inclusive na parte subterrânea da Esplanada dos Ministérios. Lado a lado com saúde, educação

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e segurança, a questão do transporte tem interferência direta na vida da população. Muitas pessoas moram nas regiões administrativas que cercam a capital federal e dependem de ônibus, trem ou carro para chegar ao trabalho. As reclamações diárias dos passageiros tratam da má condição dos veículos, do valor elevado das passagens e dos congestionamentos. Em ano eleitoral, os usuários do transporte coletivo enfrentaram paralisações dos rodoviários e panes no sistema metroviário.

Além de incrementar o transporte coletivo, o futuro governante deverá pensar em soluções voltadas à grande quantidade de carros que circulam nas ruas da cidade — são mais de 2 milhões. Segundo levantamento do Departamento de Trânsito (Detran), a cada ano, cerca de 100 mil veículos a mais tomam conta das ruas do DF. Esta realidade se reflete nos constantes engarrafamentos e na quantidade insuficiente de estacionamento para tantos veículos. Para amenizar os atuais problemas, o candidato a governador Agnelo Queiroz (PT) promete dar prioridade ao transporte coletivo, caso assuma o Palácio do Buriti em 1º de janeiro de 2011. No seu plano de governo, o petista garante a regularização da prestação de serviços de transporte é uma forma de tentar coibir a clandestinidade no setor. E ainda “romper o atual monopólio empresarial” com a renovação de concessões públicas e licitações. Entre as propostas de Agnelo está a implantação do Plano Diretor de Transporte Público Coletivo. Segundo o ex-secretário nacional de Transportes Urbanos do Ministério dos Transportes e um dos responsáveis pelo setor na campanha petista, José Luiz Valente, a ideia é montar um fórum para pensar nas questões relacionadas à área a longo prazo. “A ideia é fazer um fórum para discutir ideias e elaborar um plano diretor. Algumas questões são óbvias: a necessidade de ampliar a abrangência do metrô e o funcionamento integrado das linhas de ônibus”, explicou. Ele aposta ainda na possível implantação do Veículo Leve sobre Pneus, seguindo os moldes do transporte público de Curitiba. “Mais na frente podemos chegar ao ponto de ter um bilhete

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único que dure até duas horas e meia nas mãos do passageiro. Além de ciclovias decentes para o DF”, disse. Importância O principal adversário político de Agnelo nessas eleições, Joaquim Roriz (PSC), é mais ousado. Ele quer levar o metrô a todas as regiões administrativas do Distrito Federal e à cidade de Águas Lindas (GO), caso ganhe nas urnas. Ele considera de grande importância a ampliação do sistema de transporte alternativo e a instalação de um trem de média velocidade para ligar Brasília e Goiânia, passando por Luziânia (GO). “Temos que melhorar todo o sistema de transporte no DF. Temos que melhorar os ônibus, os micro-ônibus e ter um trem de velocidade. Isso é distribuição de riquezas”, disse Roriz em um evento com as cooperativas de micro-ônibus, no início do período eleitoral. Ele não descarta a volta das vans, como forma de dar espaço a todos os tipos de transporte. Quando José Roberto Arruda assumiu o GDF, em 2007, retirou as vans das ruas com a promessa de implantar o sistema de micro-ônibus com catraca. Grande parte dos motoristas e dos cobradores desse novo sistema é oriunda do período das vans. Mas as cooperativas reclamam que as linhas circulares mais lucrativas ficaram nas mãos dos grandes empresários do transporte público na cidade. Além de prometer a renovação da atual frota de ônibus e aperfeiçoar os horários e as rotas do transporte rodoviário alternativo, Roriz prevê um estacionamento subterrâneo para a Esplanada dos Ministérios. Dessa forma, ele acredita que diminuirá os engarrafamentos e a falta de espaço no coração de Brasília.

A ideia é fazer um fórum para discutir ideias e elaborar um plano diretor”

José Luiz Valente, responsável pela área de transporte na campanha de Agnelo

=26jul10Fraga, entrevista a Ricardo Taffner - CB

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O senhor é a favor da volta das vans? Eu sou contra, por uma razão muito simples. O sistema implantado não permite esse tipo de veículo por ele não possuir corredores. Com isso, não tem como instalar uma catraca. Existiam dois tipos de vans: as chamadas “legalizadas” e as ilegais. O novo marco dos transportes, implantado através do programa Brasília Integrada, não prevê no seu perfil as vans. Por isso, as substituímos pelos micro-ônibus. A população, no início, ficou chateada porque a van pegava a pessoa na porta de casa. Mas isso aí é táxi. É por isso que ficava uma bagunça generalizada. Uma van daquela lucrava livre, por mês, R$ 25 mil. Quem perdeu essa guarida não vai bater palmas para mim.

Qual deve ser o foco do próximo governo na área de transportes? O próximo governo tem de concluir todos os projetos de transportes que são importantes para a cidade. Seja quem for o governador. Quem não quiser levar adiante o VLT (veículo leve sobre trilhos) ou é cego ou tem má-fé. Porque o VLT é muito importante para tirar mais de 800 ônibus do centro de Brasília. Não se pode deixar de levar adiante o projeto da Linha Verde, que não é só a EPTG. Ele tem início na Hélio Prates (em Ceilândia), na Fundação Bradesco, com corredores exclusivos. Depois do SIA, tem uma bifurcação. Uma linha continua pela Epig, cai no Eixo Monumental e vai para a Rodoviária. A outra linha entra pelo Setor Policial e segue para o terminal da Asa Sul. Lá a pessoa escolhe se pega o metrô ou o VLT. Isso é para descongestionar o centro da cidade, que não aguenta mais a quantidade de veículos. =

Cerveja e campanha política

Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press

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Após o recuo, ônibus circularam sem os cartazes de “greve geral”

 

Ao som de forró, funk e sucessos dos anos 80, motoristas e cobradores iam chegando para a assembleia, marcada às 9h de ontem. Desde cedo, o diretor do Sindicato dos Rodoviários Lúcio Lima implorava ao microfone, do alto do carro de som: “Pelo amor de Deus, não bebam! Não queremos apartar briga de companheiro embriagado hoje. Nem que vocês tomem decisões sérias sob efeito do álcool”. O pedido não adiantou muito. Teve quem voltasse para casa cambaleando. Enquanto o presidente do sindicato não chegava para dar início aos informes, deputados distritais da bancada do PT, todos de olho nas eleições de outubro, aproveitaram a categoria reunida para apertar a mão de um por um e treinar os discursos inflados. “Senhor Rogério Rosso, cuidado com os rodoviários. Quando eles param, a cidade para!”, deu o recado a deputada Érika Kokay, que deve se candidatar a uma cadeira na Câmara dos Deputados. O distrital Chico Leite (PT) seguiu enchendo a bola dos rodoviários e disparou: “Vocês sabem negociar, mas se for preciso radicalizar, vocês sabem também”. Paulo Tadeu, também do PT, foi outro que falou ao microfone e manifestou apoio aos grevistas. “Eu e o PT estamos do lado de vocês. Seja pelo bem ou pela greve, estamos com vocês.” Candidato à reeleição, o deputado distrital Cabo Patrício (PT) chegou atrasado. Não conseguiu discursar, mas durante toda a assembleia, que durou uma hora, esteve em cima do carro de som, sempre à vista da multidão. Geraldo Magela, também do PT e pré-candidato à reeleição na Câmara Federal, não pôde ir, mas fez questão de mandar cabos eleitorais distribuírem panfletos, muitos usados para cobrir as latinhas de cerveja. (DA)

Opinão do internautaEliana Sousa Agora, sim, decidiram por uma greve de verdade, que prejudicará os donos, e não a população! Parabéns pela

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iniciativa… Desejo vitória a vocês. Paulo Gomes Liberação das catracas é o melhor que eles têm a fazer. Não adianta prejudicar a população por um problema entre patrões e empregados. Se começarem a mexer no bolso “deles”, aí sim eles vão tomar atitude. Mas acho que, para melhorar o transporte público do DF, o governo tem que investir em integração. Sandro Araújo Há como pagar o aumento reivindicado pelos rodoviários sem necessidade de aumento de tarifa. Já está passando da hora de o governo, por meio de suas agências, retomar o controle efetivo do “transporte público”. Todos os ônibus são comprados com linhas de crédito com nosso dinheiro. E o que melhora? Nada. Ricardo Costa A passagem de ônibus no DF é a mais cara do país e a qualidade do serviço prestado está entre as cinco piores das 27 capitais brasileiras. Nessa queda de braços entre patrões e empregados, quem lembra os direitos do usuário, que sempre leva a pior e ainda paga as contas? Jocélio Ferreira da Silva Essa greve não é dos trabalhadores, e sim greve patronal. Eles dizem que não têm condições de pagar o aumento e forçam os trabalhadores a entrar em greve. Isso é uma falta de vergonha. Uma passagem tão cara como essa e as autoridades não fazem nada para mudar essa história.

Fique por dentroVeja como deve funcionar hoje o sistema de transporte por ônibus Catraca livre Os ônibus, segundo o Sindicato dos Rodoviários, devem circular sem a cobrança de passagem. Os empresários informaram que não irão impedir os motoristas de sair com os ônibus. O que mais pode acontecer » protestos nos terminais » piquetes » paralisações-relâmpago » carreatas » bloqueio do reforço de 30% na frota durante os horários de pico =

2009

- Le premier appel à projets TCSP. ?. 04/2009

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- Suspensa restrição que impedia empréstimo do GDF. Blog do Callado. 05/08/2009

Le premier appel à projets TCSPEn avril 2009, le ministère du Développement durable a annoncé que l’Etat apporterait 800 millions d’uros aux 50 projets de transports collectifs en site propre sélectionnés et qui seront lancés d’ici fin 2011, dans 36 agglomérations.

Ces projets de lignes nouvelles ou d’extension correspondent à des situations très variées, etapportent des solutions de transport sur mesure :

• 2 projets d’extension de lignes de métro à Marseille et Lyon ;

• des projets d'extension de lignes de tramway dans d’importantes capitales régionales ;

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• des projets de lignes nouvelles de tramway ;

• des projets de bus à haut niveau de service ;

• un projet de funiculaire à Grasse.

215 km de tramway et 150km de bus à haut niveau de service (BHNS) seront ainsi mis enservice dans les prochaines années.

Il est important de signaler que dans de nombreux cas, le projet d’un TCSP n’est pas une réflexion isolée, mais une démarche qui s’inscrit dans une stratégie de complémentarité des modes de déplacement, prévoyant des aménagements cyclables, des parkings relais…

Le deuxième appel à projets TCSPDébut février 2011, le ministère du Développement durable a

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annoncé la sélection de 78 projets et participera à hauteur de 590 millions d’euros dans ces réalisations. Ces réalisations sont des nouveaux exemples de la concrétisation du Grenelle Environnement. Cet investissement majeur de l’État marque une nouvelle étape dans la construction des villes de demain qui conjugue haute performance environnementale, attractivité économique et bien-vivre au quotidien.

78 projets ont été sélectionnés représentant 622 km de voies :  

• 45 bus à haut niveau de service (456 km),

• 29 tramways (152 km),

• 2 métros (14 km),

• 2 liaisons maritimes – concernées pour la 1ère fois par l’appel à

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projets.=

Cidade, Política

Ibram, Ministério Público, MPDFT, VLT

Suspensa restrição que impedia empréstimo do GDF5 de agosto, 2009

Sem comentários

 

O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as restrições impostas pela União que impediam o Governo do Distrito Federal de obter empréstimo, de cerca de R$ 365 milhões, para financiar a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Brasília. A decisão foi tomada na Ação Cautelar (AC) 2403, ajuizada no Supremo no dia 27 de julho.

 

Segundo o GDF, a Secretaria do Tesouro Nacional condicionou a concessão do aval para a obtenção de empréstimo – junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) –, à adimplência de diversos órgãos governamentais junto ao Cadastro Único de Convênios (Cauc). A União apontou supostas pendências que, segundo a ação, não seriam referentes ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do próprio governo do Distrito Federal, mas de órgãos de seu complexo administrativo e, até, da Câmara Legislativa do DF.

 

O GDF alega que esse entendimento da União, de impor restrições com base em pendências de órgãos da estrutura do estado que possuem CNPJs próprios, viola o postulado da intranscendência das sanções jurídicas (artigo 5º, inciso XLV, da Constituição Federal). Lembra, inclusive, que esse princípio “tem sido, sucessivamente, aplicado no âmbito do STF em situações bastante semelhantes à espécie”.

 

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Além disso, o governo do DF sustenta que não foi previamente notificado da inserção dos mencionados órgãos nos cadastros de inadimplentes do Governo Federal, o que violaria o princípio constitucional do devido processo legal.

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2007

- Empresas terão 90 dias para renovar frota de ônibus. CB. Diego Recena. 04/01/2007- Acordo para renovar 20% da frota de ônibus. CB. Luísa Medeiros. 05/01/2007- História - Brasil tem a menor polícia do mundo: a Ferroviária Federal. Estado de Minas/Correioweb. Emmanuel Pinheiro e Maria Clara Prates. 2007- Sob o controle do Estado. CB. Talita Cavalcante e Breno Fortes. 16/03/2007

Empresas terão 90 dias para renovar frota de ônibus

Diego RecenaDo CorreioWebhttp://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2695023&sub=Distrito%20Federal04/01/200718h35-A Secretaria de Transportes estabeleceu nesta quinta-feira um prazo de 90 dias para que 500 ônibus de empresas que prestam serviço de transporte público na capital sejam substituídos. Isso corresponde a quase metade da frota que está velha e precisa ser trocada. Em reunião com empresários nesta tarde, o Secretário de Transportes, Alberto Fraga, disse que a determinação deve ser cumprida até o dia 30 de março. Caso contrário, as linhas serão levadas à licitação pública. 

"Se dentro de 90 dias esses ônibus não forem apresentados para sociedade, não estiverem em condições de rodar, nós faremos a licitação das linhas", afirmou Fraga. O secretário disse que a medida atende provisoriamente o objetivo do governo de modernizar a frota. Hoje 2,4 mil veículos fazem parte do sistema. Desses, 1,2 mil têm mais de sete anos de uso e precisam ser renovados. A situação de 500 ônibus ainda é pior, pois têm entre 12 e 14 anos de uso. 

Os empresários prometeram cumprir a determinação, mas em contrapartida

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eles querem um combate maior à pirataria. O objetivo com isso é ter um aumento de receita. O investimento do empresariado na aquisição dos 500 novos ônibus está calculado em R$ 1,2 bilhão. Cada novo veículo custa R$ 250 mil. Os carros já virão equipados para permitir a instalação das catracas eletrônicas. O que não implica em demissão de cobradores, garante Fraga. 

O segundo passo do governo será viabilizar a bilhetagem única e a integração entre os transportes. Porém, para isso ainda será necessário garantir os recursos de US$ 250 milhões provenientes do BID. 

Tarifa Por enquanto o governo evita falar em aumento de tarifa com a aquisição dos 500 novos ônibus. Os empresários não são tão otimistas. "Se o governo não combater a pirataria, fazer o STPA e o STPAC cumprir a lei, que é não ter itinerário, nem concorrente e nem coincidente, ele terá que arrumar outra forma de aumentar a receita das empresas. Essa possibilidade (aumento da tarifa) não está descartada", afirmou Wagner Canhedo, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo.=

Acordo para renovar 20% da frota de ônibushttp://www2.correioweb.com.br/cbonline/cidades/pri_cid_218.htm

Luísa MedeirosDa equipe do Correio

05 de janeiro de 2007

Os empresários de transporte público terão até o fim de março para renovar pelo menos 20% da frota que circula no Distrito Federal. Caso a troca de 500 dos 2,4 mil ônibus não seja realizada em três meses, o governo promete realizar uma licitação para a entrada de novos concorrentes no sistema, ao contrário do prometido durante a campanha ao Palácio do Buriti. A substituição dos veículos custará mais de R$ 1 bilhão aos donos das empresas, que por sua vez, toparam o acordo com a condição da retirada do transporte pirata e do fim da concorrência nos itinerários. Caso contrário, os empresários vão cobrar um novo reajuste das passagens para pagar a troca da frota. 

O prazo para renovar parte da frota foi acordado ontem à tarde em uma reunião entre o governador José Roberto Arruda, o secretário de Transportes, Alberto Fraga, e empresários do setor. Alguns veículos têm mais de 12 anos de uso e estão em péssimas condições. 

Caso as 11 empresas de transporte público não obedeçam a determinação até 30 de março, o governo pretende licitar novas linhas. “O governador disse aos empresários que era para preparar o edital. Não é uma ameaça. Isso é uma determinação”, destacou. “O governo terá que retirar os piratas e não permitir

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a concorrência dos itinerários dos ônibus com o transporte alternativo, visando o aumento da receita das empresas. Se essa parte do acordo não for cumprida, poderá haver reajustes nas tarifas”, afirmou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp), Wagner Canhedo Filho. 

Cada novo ônibus custará R$ 250 mil aos empresários. Segundo Canhedo, governo terá que intermediar um financiamento no Banco de Brasília para viabilizar a compra dos veículos. Os novos ônibus já terão catraca eletrônica. O emprego dos cobradores, no entanto, será mantido por dois anos, como garantiram os empresários ao secretário de Transporte.

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História - Brasil tem a menor polícia do mundo: a Ferroviária Federal

Emmanuel Pinheiro - Maria Clara Prates - Do Estado de Minas

http://www2.correioweb.com.br/cbonline/brasil/pri_bra_275.htm

Ela nasceu no tempo do império, sob as bênçãos de Dom Pedro II, com o prestígio do tamanho de sua responsabilidade: cuidar da riqueza do Brasil, transportada em trilhos de ferro. Foi a primeira corporação policial especializada do país. Hoje, 155 anos depois, ela ostenta outro título, com bem menos glamour: o de menor polícia do mundo. A privatização das ferrovias brasileiras, em 1996, atirou definitivamente a Polícia Ferroviária Federal (PFF) no esquecimento: poucos sabem que ela existe, apesar da previsão constitucional. O efetivo de 3,2 mil homens antes das concessões se reduziu a 780, para fiscalizar 26 mil quilômetros de trilhos, destinados ao transporte de carga. 

O tamanho do abandono a que foi atirada a Polícia Ferroviária pode ser traduzido nos mais diversos números. Em Minas, estado com a maior malha ferroviária, são 17 homens, mas apenas cinco trabalham. Férias e licenças médicas desfalcam ainda mais a equipe. Desde 1996, com a desarticulação da corporação, já foram roubados 500 quilômetros de trilhos e dormentes, uma dilapidação no patrimônio da Rede Ferroviária Federal, estimados em R$ 12 bilhões. Além disso, pelo menos 10 mil quilômetros de ferrovias, não-privatizadas, estão abandonadas à própria sorte, com registro de várias invasões nas faixas de domínio. O último concurso para a corporação vai completar 18 anos e todo os seus agentes têm mais de 40 anos. No Rio, a falta de investimentos ainda é mais sentida. Sua frota de 33 carros é toda do longínquo ano de 1989. 

Os reveses vividos pela “polícia do império” pode ser retratado também pelos inúmeros decretos e leis editados no país desde a sua criação. São quase duas

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dezenas deles desde 1862, quando foi criada. Nos tempos áureos da malha ferroviária brasileira, o efetivo policial das ferrovias atuava também em casos de acidentes. “Se chegássemos no local primeiro, poderíamos autorizar a imediata remoção das pessoas com lesões e também dos veículos , se estivessem prejudicando o tráfego ou no leito da via pública”, conta Eduardo Coimbra, um dos policiais na ativa em Minas. 

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Sob o controle do Estado

Em vez das empresas, governo local é quem vai gerir o sistema, medir prejuízos, calcular e repartir o lucro. Concorrência entre os diferentes meios de locomoção não cabe no novo modelo que é projetado

Talita Cavalcante Da equipe do Correio Breno Fortes/CB - 16/3/07

Todos os novos veículos do sistema terão catracas eletrônicas

Um dos pontos mais importantes do programa Brasília Integrada é a retomada da gestão e do controle do sistema público de transporte pelo governo local. Hoje, 4% do que é arrecadado é repassado ao Executivo. Mas as próprias empresas de ônibus atestam quantas pessoas carregaram. Além disso, as despesas de produção e emissão de vales-transporte são descontados desse percentual. Só depois a verba é repassada aos cofres do Governo do Distrito Federal.

O controle do sistema ficará a cargo da Câmara de Compensação de Receitas e Créditos, que fará também a repartição do lucro para a remuneração dos meios de transporte envolvidos. A Câmara será responsável também por equalizar os lucros e os prejuízos das linhas. “Precisamos resgatar para nós esse controle. O GDF perde milhões deixando nas mãos das empresas esse serviço”, ressaltou o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga. Ele acrescenta que o Brasília Integrada está na fase de audiências públicas, nas quais o projeto é apresentado aos órgãos envolvidos na instalação e à população. Mas Fraga não sabe informar quando o programa entrará em vigor.

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Sem disputa O grande trunfo do Brasília Integrada é a interligação dos meios de transporte, sem que um exerça concorrência sobre o outro. Os sistemas devem trabalhar de forma diferenciada e com linhas distintas (confira arte), sem choques de itinerários. “O importante é que um modo de transporte não compita com o outro”, frisa o urbanista e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner. Ele foi o responsável pela implantação do sistema de transporte integrado em Curitiba, na década de 1970. Além disso, prestou consultoria à equipe de transição do atual governador José Roberto Arruda e entregou um relatório de 300 páginas ao secretário de Transportes com sugestões ao Brasília Integrada.

Para que a interligação entre ônibus e metrô seja efetiva, é preciso instalar catracas eletrônicas em todos os veículos que farão parte do programa inicialmente. Por meio de um cartão sem contato, o número de viagens será armazenado dentro de um chip e descontado a cada embarque. Assim, com a “integração aberta e de crédito temporal”, o passageiro pagará uma única viagem, mesmo que precise pegar outro meio de transporte, desde que esteja dentro do tempo preestabelecido e que não mude de sentido. Está prevista a implantação de quatro terminais de integração viária (confira arte). Dois já estão prontos: o da Asa Sul e o da Rodoviária de Brasília. Outros dois, no Park Way e no final da Asa Norte, ainda serão construídos.

O especialista em Política de Transporte da Universidade de Brasília (UnB) Joaquim Aragão compara a capital brasileira à Europa da década de 1960. “Estamos pelo menos 50 anos atrasados em relação a políticas de transporte. Precisamos urgentemente de um plano estratégico de mobilidade, que inclua ciclistas, pessoas com necessidades especiais e transeuntes”, argumentou. Segundo ele, o Brasília Integrada servirá principalmente às pessoas de baixa renda, por conta da implantação do bilhete único.

O trabalhador, lembra Aragão, faz várias viagens e gasta diversas vezes para chegar ao serviço por necessidade, e não por opção. Ele defende um sistema de transporte dinâmico, sob o controle do Estado: “Não dá mais para ficarmos nas mãos de empresas de ônibus e de permissionários. O governo descuidou e eles tomaram conta de tudo. É preciso retomar as rédeas da situação”. =

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2005

- Parte da Lei Orgânica do DF: Título VII- da política urbana e rural. Capítulo V - do transporte. http://jeferson.elt.zip.net. 14/06/2005- Mobilidade Urbana e desenvolvimento. www.cidades.gov.br. José Carlos Xavier. 14/04/2005

Parte da Lei Orgânica do DF.

TÍTULO VII - DA POLÍTICA URBANA E RURAL

CAPÍTULO V - DO TRANSPORTE

Art. 335. O Sistema de Transporte do Distrito Federal subordina-se aos princípios de preservação da vida, segurança, conforto das pessoas, defesa do meio ambiente e do patrimônio arquitetônico e paisagístico.

§ 1º O transporte público coletivo, que tem caráter essencial, nos termos da Constituição Federal, é direito da pessoa e necessidade vital do trabalhador e de sua família.

§ 2º O Poder Público estimulará uso de veículos não poluentes e que viabilizem a economia energética, mediante campanhas educativas e construção de ciclovias em todo o seu território.

§ 3º A lei estabelecerá restrições quanto a distribuição, comercialização e consumo de bebidas, com qualquer teor alcoólico, em estabelecimentos comerciais localizados em terminais rodoviários e às margens de rodovias sob jurisdição do Distrito Federal.

Art. 336. Compete ao Distrito Federal planejar, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre mediante licitação, os serviços de transporte coletivo, observada a legislação federal, cabendo à lei dispor sobre:

I - o regime das empresas e prestadores autônomos concessionários e permissionários de serviços de transporte coletivo, observada a legislação federal;

II - os direitos dos usuários;

III - a política tarifária, com a garantia de que o custo do serviço de transportes públicos coletivos deverá ser assumido por todos que usufruem do benefício, mesmo que de forma indireta, como o comércio, a indústria e o Poder Público;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

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§ 1º É dever do Poder Público instalar sinais sonoros em vias de acesso a estabelecimentos públicos ou privados que atendam a portadores de deficiência visual.

> (1) § 2º A lei disporá sobre a isenção ou redução de pagamento da tarifa do serviço de transportes públicos coletivos para estudantes do ensino superior, médio e fundamental da área rural e urbana do Distrito Federal, inclusive a alunos de cursos técnicos e profissionalizantes com carga horária igual ou superior a duzentas horas-aula, reconhecidos pela Fundação Educacional do Distrito Federal ou Ministério da Educação e Cultura, e a aluno de faculdades teológicas ou instituições equivalentes. (Redação modificada pela Emenda à lei Orgânica nº 05, de 31/05/96)

(1) Redação original:

§ 2º A lei disporá sobre a isenção ou redução de pagamento da tarifa do serviço de transportes públicos coletivos para estudantes do ensino superior, médio e fundamental da área urbana e rural do Distrito Federal

Art. 337. Compete ao Poder Público planejar, construir, operar e conservar em condições adequadas de uso e segurança o sistema viário público do Distrito Federal.

Art. 338. O sistema de transporte do Distrito Federal compreende:

I - transporte público de passageiros e de cargas;

II - vias de circulação de bens e pessoas e sua sinalização;

III - estrutura operacional;

IV - transporte coletivo complementar.

Parágrafo único. O sistema de transporte do Distrito Federal deverá ser planejado, estruturado e operado em conformidade com os planos diretores de ordenamento territorial e locais.

Art. 339. É assegurada a gratuidade nos transportes públicos coletivos a pessoas portadoras de deficiência, desde que apresentem carteira fornecida por órgãos credenciados, na forma da lei.

Art. 340. O Poder Público e as empresas operadoras dos serviços de transporte público coletivo do Distrito Federal reconhecerão as convenções e acordos coletivos de trabalho, garantindo aos trabalhadores do setor, além dos direitos previstos no art. 7º da Constituição Federal, outros que visem à melhoria da sua condição social.

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Art. 341. O Poder Público não admitirá ameaça de interrupção ou deficiência grave na prestação do serviço por parte das empresas operadoras de transporte coletivo.

Parágrafo único. O Poder Público, para assegurar a continuidade do serviço ou para sanar deficiência grave em sua prestação, poderá intervir na operação do serviço, assumindo-o total ou parcialmente, mediante controle dos meios humanos e materiais como pessoal, veículos, oficinas, garagens e outros.

Art. 342. A prestação dos serviços de transporte público coletivo atenderá aos seguintes princípios:

I - compatibilidade da tarifa com o poder aquisitivo da população;

II - conservação de veículos e instalações em bom estado;

III - segurança;

IV - continuidade, periodicidade, disponibilidade, regularidade e quantidade de veículos necessários ao transporte eficaz;

V - urbanidade e prestabilidade.

Escrito por Jeferson às 13h14

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14/06/2005

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Artigo

www.cidades.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=422&Itemid=0

acesso: 14/04/2005

Mobilidade Urbana e desenvolvimento

José Carlos Xavier Artigo

Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades

O crescimento urbano desordenado, a motorização crescente e o declínio dos transportes públicos estão comprometendo a sustentabilidade da mobilidade urbana e, por conseqüência, a qualidade de vida e a eficiência da economia das grandes cidades. No Brasil, mais de 80% da população vive nas cidades. Em apenas 380 delas concentra-se metade da população e produz-se mais de dois terços da riqueza nacional. Na ausência de políticas públicas efetivas, o desejável crescimento econômico implicará maiores níveis de congestionamento devido ao aumento da frota e da circulação de veículos.

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Levantamentos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que em apenas dez capitais brasileiras se perdem cerca de 240 milhões de horas anualmente em congestionamentos. As emissões de monóxido de carbono pelos transportes urbanos foram estimadas em mais de 123 mil toneladas por ano. Ao mesmo tempo, a população de baixa renda está sendo privada do acesso ao transporte público devido à baixa capacidade de pagamento e à precariedade da oferta para as áreas periféricas. Tal privação acarreta problemas nos deslocamentos para o trabalho, dificuldades de acesso aos equipamentos e serviços básicos e às oportunidades de emprego. Ou seja, as condições de transporte nas grandes cidades estão se tornando também uma barreira à inclusão social.

O desafio do crescimento sustentável passa, portanto, por políticas de transporte e mobilidade integradas ao desenvolvimento urbano. A Política Nacional para a Mobilidade Urbana Sustentável apresentada pelo Ministério das Cidades elegeu quatro eixos estratégicos de ação, que embasam os programas e projetos da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana: integração das políticas de transporte com as de desenvolvimento urbano; melhoria do transporte coletivo, com tarifas mais baratas; racionalização do uso dos veículos particulares; e valorização dos meios de transporte não-motorizados.

No que se refere aos transportes públicos, o atual modelo de prestação dos serviços não atende mais às necessidades da população. Torna-se necessária a construção de uma perspectiva de longo prazo, que incorpore o sistema de mobilidade urbana em toda a sua complementaridade e promova a sustentabilidade dos transportes urbanos. É imperiosa a definição de um marco regulatório claro e estável, para ampliar os investimentos e garantir a universalização do acesso ao transporte coletivo. Em 2005, a prioridade do Ministério das Cidades na área será a formulação de uma lei de diretrizes e a instituição da política nacional de mobilidade urbana sustentável. As diretrizes buscam estabelecer o quadro geral, com recomendações e orientações para a regulação dos serviços de transporte público pelos municípios, e explicitar os direitos dos usuários, visando à universalização do acesso. A instituição da política nacional buscará a adesão voluntária dos estados. De igual importância será a institucionalização da gestão integrada dos serviços nas áreas metropolitanas, onde as questões de mobilidade urbana são mais críticas.

A instituição de diretrizes e de uma política nacional são exigências há muito esperadas pela sociedade brasileira, cobrindo o vazio institucional existente desde o início da década de 1990. A criação do Ministério das Cidades e da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, reunindo o Denatran e as empresas federais de trilhos urbanos, veio preencher tal vazio. Vários eventos estão programados para a divulgação e o debate do anteprojeto de lei de diretrizes e da política nacional para o setor. Entendemos que só através da construção de consensos poderemos chegar à formulação de políticas públicas efetivas. Nesta empreitada para a sustentabilidade da mobilidade urbana, como elemento essencial para o desenvolvimento, estão todos convidados a dar sua contribuição.

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