43
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA NAYANA ROCHA LIMA DA SILVA AS CONDIÇÕES LABORAIS QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR TERESINA PI 2017

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

0

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ – FAESPI

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

NAYANA ROCHA LIMA DA SILVA

AS CONDIÇÕES LABORAIS QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DO

TRABALHADOR

TERESINA – PI

2017

Page 2: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

1

NAYANA ROCHA LIMA DA SILVA

AS CONDIÇÕES LABORAIS QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DO

TRABALHADOR

Monografia apresentada à Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Psicologia. Orientador: Prof.º Me. Carlos Antônio Santos.

TERESINA – PI

2017

Page 3: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

2

NAYANA ROCHA LIMA DA SILVA

AS CONDIÇÕES LABORAIS QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR

Monografia apresentada à Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Psicologia.

Aprovada em: _____ / _____ / 2017.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________ Prof.º Me. Carlos Antonio Santos

Orientador Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI

______________________________________________ Prof.ª Me. Thamya Tércia O. Ribeiro da Silva

1ª Examinadora Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI

_______________________________________________ Prof.ª Me. Denise Martins da Costa e Silva

2ª Examinadora Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI

Page 4: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha mãe, Maria do Socorro, que sempre foi minha maior fonte

de inspiração e força. Sou grata ao meu pai Josafá e a minha irmã Josy, por

acreditarem e apoiarem meu sonho. Aos meus amados sobrinhos, Débora e

Nícolas muito obrigada pelo carinho.

Ao meu esposo Júnior Campelo, obrigada por seu companheirismo,

lealdade, e incentivo, você foi uma das peças principais para que eu concluísse essa

etapa tão importante em minha vida. Agradeço a minha sogra Carmelita, a minha

enteada Thayna e a cunhada Crhistiane, pessoas admiráveis e que fizeram toda

diferença para conclusão desse ciclo. Ao meu bicho de estimação Show pelo

companheirismo das noites em claro e por alegrar a minha vida.

Agradeço todos os meus amigos, professores, colegas de faculdade, por

anos de convivências e aprendizados. Obrigada ao meu mestre Carlos Antonio, por

todo apoio e paciência nesses meses de muito trabalho, você é um grande exemplo

de profissional.

E finalmente agradeço a Deus, por proporcionar estes agradecimentos à

todos que tornaram minha vida mais afetuosa, além de ter me dado uma família

maravilhosa e amigos sinceros. Deus, que a mim atribuiu alma e missões pelas

quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco. Por isso lutar,

conquistar, vencer e até mesmo cair e perder, e o principal, viver é o meu modo de

agradecer sempre.

Page 5: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

4

A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento.

(Frederick Herzberg)

Page 6: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

5

RESUMO

As condições laborais que interferem na qualidade de vida dos trabalhadores torna-se um tema relevante tendo em vista que é um ponto fundamental, para melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e da própria organização. Buscou-se estudar esse tema porque apesar da importância ainda existem lacunas de conhecimentos, que necessitam de aprofundamento, principalmente em se tratando da qualidade de vida do trabalhador. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a partir da literatura, quais as condições laborais que interferem na qualidade de vida do trabalhador, identificar a partir da literatura quais as condições laborais dos trabalhadores segundo estudos anteriores, caracterizar os modelos de qualidade de vida no trabalho (QVT) segundo a literatura. Trata-se de uma revisão de literatura de caráter integrativo, com abordagem qualitativa. Foram selecionados 10 trabalhos científicos publicados em português do ano de 2012 ao ano de 2017, encontrados com os descritores: “Gestão de Pessoas”, “Cultura Organizacional”, “Psicologia Organizacional”, “Organizações”. Os trabalhos científicos selecionados estavam disponíveis em bases de dados como: Scielo, PEPSIC (Portal de periódicos em psicologia) e Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP). Embora seja popular, essa questão de implantar programas de QVT dentro das organizações, ainda não está tão alinhada; existe uma certa dificuldade e preocupação das empresas em assumir certos compromissos. Apesar de ser uma prática comum, mas que ainda é aplicada de uma forma incompleta.

Palavras-chave: Gestão de Pessoas. Cultura Organizacional. Psicologia Organizacional. Organizações.

Page 7: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

6

ABSTRACT The research aims to verify the working conditions that interfere in the quality of life of the worker. Working conditions that interfere with quality of workers' lives becomes a relevant issue in view of the fact that it is a fundamental point, to improve the quality of life of workers and the own organization. This theme was studied because despite the importance of there are still gaps in knowledge, which need to be deepened, especially in relation to the worker's quality of life. This research aims to analyze from the literature, the working conditions that quality of life, identify from the literature the working conditions of workers according to previous studies, characterize the models of quality of life at work (QWL) according to the literature. Its about an exploratory literature review with a qualitative approach. Were selected scientific papers published in Portuguese from the year 2012 to the year of 2017, found with the descriptors: "People Management", "Culture Organizational"," organizational Psychology "," Organizations ". The jobs selected databases were available in databases such as Scielo, PEPSIC (Portal of journals in psychology) and Library of the Pontifical University Catholic University of São Paulo (Puc-SP). Thus people management connects with the quality of life in order to promote a healthier environment and pleasant in several respects for the employee, since the QVT implies in the environmental, physical and psychological factors. Keywords: People Management. Organizational culture. Psychology Organizational. Organizations.

Page 8: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 8

2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................ 10 2.1 METODOLOGIA ......................................................................................... 10 2.2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 10 2.2.1 Os Sentidos do Trabalho ......................................................................... 10 2.2.2 Qualidade de Vida no Trabalho: Como o tema vem sendo discutido . 13 2.2.3 Problematizando as Condições de Trabalho ......................................... 15 2.2.4 A Psicologia Organizacional na Gestão de Pessoas ............................ 16 2.3 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................. 17 2.3.1 A evolução da Gestão de Pessoas .......................................................... 27 2.3.2 Objetivos da Gestão de Pessoas nas Organizações ............................. 29 2.3.3 Desafios para Gestão de Pessoas .......................................................... 32

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 35

REFERÊNCIAS .......................................................................................... 37

APÊNDICES ............................................................................................... 41

Page 9: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

8

1 INTRODUÇÃO

O aumento da competitividade entre as empresas, ocasionado por inúmeros

fatos ocorridos nos últimos anos no cenário mundial, dentre eles a própria

globalização, tem obrigado as empresas a buscar formas para se tornarem mais

competitivas. Os investimentos em tecnologia, marketing e qualificação profissional

são cada vez mais importantes, sendo que as máquinas, equipamentos e tecnologia

têm grande importância no sucesso das empresas. Por outro lado, as pessoas que

trabalham nas organizações são responsáveis por conduzir e produzir estes

resultados. Com base nisso, as empresas começam a perceber as pessoas como

seu recurso mais valioso, é o que alguns autores denominam de capital humano ou

intelectual. (ODEBRECH; PEDROSO, 2010).

Hoje em dia, percebem-se as consequências dos efeitos do emprego na

saúde e no bem-estar dos trabalhadores, se constituindo em problemática tornando

a situação preocupante. Isto se deve ao fato da existência de diversos fatores

internos da empresa que influenciam na geração de problemas não apenas

individuais, mas para a estrutura organizacional como um todo. (DRUCK; FRANCO,

2007).

Em uma abordagem focada no crescimento organizacional empresarial,

autores advertem que a problemática que implica no crescimento das empresas

possui uma fina relação com os problemas de adaptação e com os problemas de

gerência. A implantação de um programa de qualidade de vida gerenciado por um

psicólogo especialista em gestão organizacional empresarial modifica e melhora a

qualidade de vida dos empregados, porém faz necessário que todos os empregados

possam aderir a esta implantação, sem gerar dificuldades. (DRUCKER, 2000).

De acordo com Chiavenato (1999), o funcionário, quando motivado, tem

maior disposição e capacidade para desempenhar suas atividades laborais. Assim,

as organizações, para obterem de seus colaboradores uma melhor produtividade e

execução de suas funções, precisam investir em seus funcionários, proporcionando

aos mesmos, maior satisfação e motivação para a realização de suas atividades de

trabalho. (ANDRADE, 2012).

Diante do exposto, observa-se que a motivação é fator essencial para que o

colaborador tenha melhor desempenho e comprometimento com suas atividades

laborais. Assim, a organização que enfatiza a motivação de seus colaboradores

Page 10: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

9

apresenta, por conseguinte, maior produtividade e, além disso, propicia também

ambientes de trabalho mais agradáveis e melhor qualidade de vida para seus

funcionários. (ANDRADE, 2012).

Fundamentado pelo exposto acima a presente pesquisa teve como problema

de pesquisa o questionamento: “Quais são as condições laborais que interferem na

qualidade de vida do trabalhador”? Com o objetivo geral de analisar a partir da

literatura quais as condições laborais que interferem na qualidade de vida do

trabalhador e objetivos específicos: Identificar a partir da literatura quais as

condições laborais dos trabalhadores segundo estudos anteriores e caracterizar os

modelos de qualidade de vida no trabalho (QVT) segundo a literatura.

Esta pesquisa justifica, a relevância organizacional como essa reside no fato

de que as empresas atualmente vêm incorporando cada vez programas para

melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, aumentando com isto a confiança

do mesmo, sua motivação e, ao mesmo tempo, em tornar o ambiente de trabalho

mais agradável, surtindo efeitos na produtividade.

Estudar sobre as condições de trabalho do trabalhador trará à luz, mais

informações para o pesquisador e servirá também de estudos futuros sobre a

percepção do trabalhador quanto à responsabilidade social praticada pela

organização em termos de qualidade de vida no trabalho.

As pesquisas terão o período de março de 2017 a Novembro de 2017, tendo

como descritores: “Gestão de Pessoas”, “Cultura organizacional”, “Psicologia

Organizacional” e “Organizações”.

Este trabalho se divide em três partes. A parte 1, diz respeito a introdução,

onde se faz explanações introdutórias. A parte 2, se refere ao desenvolvimento,

sendo dividida em alguns tópicos: 2.1 metodologia, onde os demonstra os

procedimentos e técnicas para análise e coleta de dados; 2.2 referencial teórico, que

diz respeito ao embasamento teórico da pesquisa sendo dividido em 2.2.1 Os

Sentidos do Trabalho; 2.2.2.1 Qualidade de Vida no Trabalho: Como o Tema vem

sendo Discutido; 2.2.1.2 Probelmatizando as condições de Trabalho, 2.2.2.1 A

Impotância da Psicologia Organizacional na Gestão de Pessoas; e análise de dados

no qual se discute os dados coletados na pesquisa. E por fim a parte 3,

considerações finais, onde se expõe as conclusões obtidas através da pesquisa.

Page 11: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

10

2 DESENVOLVIMENTO 2.1 METODOLOGIA

Com respeito à metodologia utilizada nesse estudo, buscou-se realizar uma

revisão de literatura integrativa que é realizada baseada em materiais já publicados,

construída essencialmente a partir de livros e artigos científicos. (GIL, 2002). Com

caráter exploratório. De acordo com o autor acima citado as pesquisas exploratórias

possuem como principal objetivo favorecer mais conhecimentos com respeito a

temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses.

Possui ainda abordagem qualitativa, que possui menor formalidade que a

abordagem quantitativa, dependendo ainda de muitas condições, como fonte de

dados coletados, número de amostras, ferramentas de pesquisa e as bases teóricas

norteadora da pesquisa. (PRODANOV; FREITAS, 2013).

A busca e seleção dos periódicos estudados se deram nos meses de

Setembro a Novembro de 2017. Foram selecionados trabalhos científicos publicados

em português do ano de 2000 ao ano de 2017 visto a velocidade das mudanças no

contexto organizacional, encontrados com os descritores: “Cultura organizacional” “A

importância da Qualidade de vida” “Psicologia Organizacional”, “Gestão de pessoas”

pois após uma busca inicial foram os descritores mais encontrados nos artigos do

assunto estudado.

Os trabalhos científicos selecionados estavam disponíveis em bases de

dados como: Scielo, Portal de Periódicos CAPES, Fundação Getúlio Vargas –

Sistemas de Bibliotecas (FGV SB), e Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica

de São Paulo (Puc-SP). Ao todo foram encontrados 70 estudos científicos, porém

após uma leitura dos títulos e resumos dos mesmos, foram selecionados 15

trabalhos científicos, dos quais, uma dissertação de MBA, 1 trabalho de conclusão

de curso, 1 monografia, 1 artigo em seminário e 11 artigos científicos publicados em

revistas, todos abordando a temática investigada. Livros e periódicos que abordam a

temática complementaram e embasaram a pesquisa.

2.2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.2.1 Os Sentidos do Trabalho O trabalho é e continuará sendo importante para as sociedades, e as

diversas abordagens sobre os sentidos do trabalho fazem parte da vida das

Page 12: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

11

pessoas, e do cotidiano delas, exercendo valor importante e também influenciando a

motivação dos trabalhadores. O trabalho também se apresenta para uns como um

fardo ou um martírio, já para outros o trabalho representa um meio de sobrevivência

ou ainda uma autorealização.

O sentido do trabalho é fortemente influenciado pela organização do

trabalho, pois esta é capaz de alterar os comportamentos dos trabalhadores de

forma que paulatinamente passem a ter atitudes positivas para com as funções que

executam, com a organização e com eles mesmos. (MORIN, 2001).

Considerando a afirmação de Motta e Vasconcelos (2002, p. 302), segundo

os quais "para desenvolver-se e sobreviver, o grupo organizacional tem dois grandes

problemas a solucionar: adaptar-se ao ambiente e manter a coerência interna". Os

sentimentos de felicidade decorrentes de experiências gratificantes com relativa

constância no trabalho são produzidos por meio de interpretações cognitivas das

situações que, não raro, encontram vinculações com o que já existe de registro na

memória de quem as experimenta. Portanto, os sentimentos constituem

interpretações subjetivas do que está ocorrendo internamente, construídas por meio

do processamento cognitivo das reações fisiológicas e dos conteúdos da memória,

cujo conjunto repercute nas expressões faciais, gestuais e verbais de um ser

humano. (GONDIM; SIQUEIRA, 2004).

De acordo com Morin (2001, p. 16-17), o processo de trabalho ajuda o

indivíduo a desenvolver sua identidade. Tal autora enumera algumas

características/fatores do trabalho para que tal atividade tenha um sentido, deve: a)

ser realizado de maneira eficiente, sendo uma atividade produtiva que agrega valor

a alguma coisa; b) ser intrinsecamente satisfatório-o prazer e o sentimento de

realização que podem ser obtidos na execução de tarefas dão um sentido ao

trabalho; c) ser moralmente aceitável - por ser uma atividade que se inscreve no

desenvolvimento de uma sociedade ela deve respeitar as prescrições relativas da

sociedade, tanto na sua execução como nos objetivos que ele almeja e nas relações

que ele estabelece; d) ser fonte de experiências de relações humanas satisfatórias,

visto que o trabalho é também uma atividade que coloca as pessoas em relação

umas com as outras, o que contribui para o desenvolvimento da identidade delas; e)

garantir a segurança e a autonomia - em nossa sociedade o trabalho está associado

à noção de emprego e regulado por uma remuneração que propicie prover as

Page 13: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

12

necessidades básicas, permitindo o sentimento de segurança, autonomia e

independência; f) ser uma atividade programada que estrutura e permite organizar a

vida diária com horários e rotinas, estruturando o tempo e a vida profissional.

De acordo com Cimbalista (2010), o termo subjetividade pode ser definido

como um conceito operativo que permite a compreensão da dinâmica e da estrutura

social a partir da indissociabilidade do individual e do coletivo. Neste sentido, o

trabalho é um dos elementos da constituição da identidade do sujeito trabalhador,

expressando sua forma de ser e existir no mundo e em suas relações com as

pessoas e objetos.

O mesmo autor ainda discute que, se a atividade laboral do indivíduo lhe

confere bem-estar e saúde em todas as instâncias de sua existência, pode-se dizer

que sua subjetividade está participando de seu desenvolvimento de forma positiva e

adequada; mas se, ao contrário, a atividade laboral causa sofrimento e adoecimento

físico e psíquico nesses mesmos contextos, pode-se dizer que a sua subjetividade e

a sua identidade padecem do mesmo mal, inserindo o trabalhador em um contexto

alienado, sem sentido, em que sua atividade lhe causará um sentimento de vazio

existencial.

Analisando o contexto produtivo contemporâneo, muitas e amplas são as

mudanças observadas, no entanto, tal contexto ainda mantém a lógica do regime

capitalista de acumulação, como, por exemplo, o advento da globalização dos

mercados, o aumento da competitividade entre países e empresas, as inovações

tecnológicas e/ou sócio organizacionais, a flexibilização das relações de trabalho.

Estes, dentre outros fenômenos, têm ocasionado uma série de alterações estruturais

e conjunturais das mais diversas ordens no contexto do trabalho contemporâneo

com impactos diretos sobre o trabalho e a classe trabalhadora e no direcionamento

das novas condições de empregabilidade. (COUTINHO, 2009).

Cimbalista (2010) argumenta que o estado do sujeito resiliente é dialético; ao

mesmo tempo em que se sente enfraquecido, fortifica-se. Neste movimento

acontece como que um duplo estímulo, uma resposta à situação adversa,

encontrando forças em sentimentos como a superação. O indivíduo resiliente

suporta as situações adversas e se refaz. Mesmo quando momentaneamente sai

enfraquecido, relativiza os ganhos do enfrentamento na resiliência como

transformação e, menos como adaptação, resiste e transforma a adversidade em

Page 14: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

13

resistência para, de alguma forma, manter sua dignidade. Destarte, a relação entre a

subjetividade do trabalhador e o seu trabalho diz respeito ao fato de estruturar sua

existência a partir de suas vivências e experiências nesse ambiente, e a maneira por

meio da qual este sujeito resiste e se sujeita às demandas de seu trabalho cria uma

relação entre sua subjetividade e a cultura na qual está inserido, ditando formas de

ser e de agir no cenário laboral, o que favorece sua saúde e bem-estar ou

adoecimento físico e psíquico.

2.2.2 Qualidade de Vida no Trabalho: Como o tema vem sendo discutido

A qualidade de vida no trabalho, normalmente é analisada a partir da relação

da qualidade de vida do trabalhador com sua produtividade, mas, cada vez mais, os

estudos e intervenções estão focalizados também em aspectos da vida do

trabalhador não diretamente ligados ao seu trabalho para a análise da qualidade de

vida. (OLIVEIRA, 1997; LACAZ, 2000; VASCONCELOS, 2001).

Apesar disso, algumas discussões mais recentes trazem a terminologia

“qualidade de vida do trabalhador” deixando mais claro que a qualidade de vida não

se restringe somente ao local e ao momento do trabalho, mas sim, possui relação

com todos os outros aspectos que formam a vida das pessoas (trabalhador e sua

família) como a satisfação pessoal, relacionamento familiar, oportunidades de lazer,

dentre outros. (NAHAS, 2003).

Segundo Chiavenato (2004, p. 448) “A gestão da qualidade total nas

organizações depende fundamentalmente da otimização do potencial humano”.

Estudos recentes demonstram que a baixa motivação, falta de atenção, baixa

produtividade e alta rotatividade dentro de uma organização está ligada a ausência

de qualidade de vida no meio de trabalho.

Os processos de trabalho cada vez mais exigentes e complexos, carga

horária às vezes excessiva, bem como as graves transformações sociais com

repercussões na vida familiar e social, aliadas a dificuldades financeiras e a

crescente violência, têm determinado comprometimentos sérios à qualidade de vida

do trabalhador. (LIPP; TANGANELLI, 2002).

A qualidade de vida no trabalho envolve fatores como: condições de

trabalho, satisfação, salário, relações familiares, disposição, estado de saúde,

Page 15: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

14

longevidade, lazer, prazer, hereditariedade, estilo de vida e até espiritualidade, que

devem ser considerados para a sua obtenção e manutenção. (MARTINS, 2002).

A qualidade de vida implica em buscar mais do que obtenções materiais na

vida. Para Barros (2002), o equívoco de muitas pessoas está em planejar somente a

carreira profissional, quando o fundamental é cuidar das diversas "carreiras" que se

pode ter na vida. Ou seja, para preservar e promover a saúde psíquica no ambiente

de trabalho – a qualidade de vida no trabalho - o sujeito precisa encontrar espaço

para as diferentes "perspectivas" de sua realidade (profissional, pessoal, amorosa,

familiar), que caminham em paralelo as suas atividades profissionais.

O mundo do trabalho moderno parece tomar uma configuração sentida pelo

homem como mental e espiritualmente pouco saudável, e muitas pessoas adoecem

por causa do trabalho. Alguns indicadores – tais como: aumento dos índices de

acidentes, surgimento de novas doenças, alcoolismo, utilização crescente de

drogas, consumismo exagerado, perda do contato do homem com a natureza e até

depredação da mesma – evidenciam a deterioração da qualidade de vida.

(RODRIGUES, 2005).

O crescido no ambiente empresarial brasileiro a preocupação com a

qualidade de vida no trabalho, entendida como um conjunto de ações envolvendo.

"diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e

estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições

plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho". No

entanto, os autores destacam que as iniciativas desenvolvidas têm um caráter

predominantemente operacional e ainda estão pouco alinhadas à estratégia de

recursos humanos das organizações. (ALBUQUERQUE; LIMONGI-FRANÇA, 1998).

Em resumo, é de fundamental importância a existência do papel estratégico

dos gestores no campo da QVT, de forma especial do psicólogo que atua no campo

organizacional, a fim de que sejam seguidos os valores da empresa, empregando

também os conceitos do humanismo, participação do empregado em decisões de

gestão e bem-estar, gerando qualidade de vida no trabalho.

Prosseguindo as discussões, achou-se importante escrever a respeito das

condições de trabalho que influenciam nas condições laborais que podem afetar o

trabalhador de diversas formas. Assim, o tópico seguinte será sobre condições de

trabalho e suas influencias para QVT.

Page 16: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

15

2.2.3 Problematizando as condições de trabalho

Rocha e Debert-Ribeiro (2001) discutem a sobrecarga de trabalho devido a

prazos curtos, o alto grau de responsabilidade, a exigência mental do trabalho e a

complexidade da tarefa como fatores de incômodo para os trabalhadores de análise

de sistemas, com repercussões na saúde, sendo a fadiga apontada em grande

porcentagem das mulheres.

Entende-se que a fadiga pode atingir indivíduos de todas as faixas etárias no

desenvolvimento de qualquer tipo de atividade realizada por um período de tempo.

Além de ser um fenômeno que causa mal-estar, ele provoca alterações no estado

psicossomático, podendo ser encarada como resultante de esforço físico e/ou

mental associado às condições ambientais e psicológicas, individuais e de trabalho.

(MARZIALE; ROZESTRATEN, 1995).

Segundo Cury et al. (2006), deve-se buscar parceria com outros

profissionais da organização, a fim de juntos, refletirem sobre o problema da fadiga

profissional e delimitarem ações a curto, médio e longo prazo. É importante que o

psicólogo busque agir em conjunto com as outras estruturas de promoção da saúde

do trabalhador já presentes na organização, como o Serviço Especializado em

Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna

de Prevenção de Acidentes (CIPA), a fim de se realizar um trabalho conjunto e

multidisciplinar, formando equipes de trabalho.

Segundo Siqueira e Padovam (2008), o bem-estar no trabalho compreende

três componentes: a satisfação no trabalho, o envolvimento com o trabalho e o

comprometimento organizacional afetivo. A satisfação no trabalho envolve os

vínculos afetivos associados ao relacionamento interpessoal com chefes e colegas

de trabalho, à remuneração e promoções obtidas pelo trabalhador e às tarefas por

ele realizadas. Já o envolvimento com o trabalho associa-se a experiências positivas

de imersão em atividades laborais que apresentam desafios, ausência de

pensamentos e sentimentos contraditórios, feedbacks claros e imediatos à execução

de tais atividades e sensação de supressão ou diminuição temporal. O

comprometimento organizacional afetivo, por fim, caracteriza-se por uma ligação

positiva do empregado com o empregador, pela alta identificação do primeiro com os

objetivos da organização e pela percepção do reconhecimento da ligação do

indivíduo com a instituição em que trabalha.

Page 17: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

16

Em resumo, é de fundamental importância a existência do papel estratégico

dos gestores no campo da QVT, de forma especial do psicólogo que atua no campo

organizacional, a fim de que sejam seguidos os valores da empresa, empregando

também os conceitos do humanismo, participação do empregado em decisões de

gestão e bem-estar, gerando qualidade de vida no trabalho.

2.2.4 A Psicologia Organizacional na Gestão de Pessoas

Para superar os desafios atuais devemos pensar que a Gestão de Pessoas

é uma especialidade nova que surgiu após o forte impacto da Revolução Industrial e

sua principal finalidade é buscar o equilíbrio entre organização e pessoas, tornando-

se uma peça fundamental sob o ponto de vista empresarial; já que, através dela, os

superiores induzem seus subordinados a atingirem as metas da organização e a

buscar seu aprimoramento pessoal. (CHIAVENATO, 2004).

Para Sampaio (1998), a Psicologia do Trabalho e das Organizações se

desenvolveu no Brasil em três fases. A primeira corresponderia à chamada

Psicologia Industrial, inaugurada em meados da década de 1930, quando o

profissional ainda era intitulado de psicotécnico. O trabalho do psicólogo resumia-se,

primordialmente, à seleção e à colocação profissional no ambiente de indústrias,

especialmente nas empresas ferroviárias.

Ainda conforme os autores citados, o segundo momento é identificado pelos

autores como o da Psicologia Organizacional, representando uma ampliação do

objeto-alvo sem, contudo, uma ruptura radical com a fase anterior, visto que os

psicólogos permaneceriam voltados a assegurar a produtividade das empresas.

Nessa fase, agregam-se às atividades provenientes da Psicologia Industrial, ações

com os grupos que compõem a organização.

O papel do psicólogo dentro das organizações se caracteriza pela atuação

como facilitador e conscientização a respeito do papel dos vários grupos que

compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade individual dos

empregados, a dinâmica empresarial e a sua inserção no contexto amplificado da

organização. As atividades exercidas dentro desse papel se fundamentam em

diversas técnicas e instrumentos inerentes a psicologia e relacionadas ao binômio

homem-trabalho, podendo gerar desenvolvimento para a tríade empresa,

trabalhador e sociedade. (GOLEMAN et al., 2002).

Page 18: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

17

Sabe-se que a atuação do psicólogo é de grande importância, pois com a

ajuda do mesmo a organização tem a capacidade de ofertar aos seus colaboradores

um ambiente aprimorado e soluções aos problemas organizacionais, modificando o

comportamento dos funcionários para que eles sintam uma maior motivação a fim de

que desempenhem bem suas tarefas. (DRUCKER, 2000).

Druck e Franco (2007) afirmam que a psicologia, bem como a administração

são disciplinas que apresentam fundamentos teóricos e metodológicos que

contribuem na identificação dos elementos existentes no contexto de trabalho que se

assemelham com os possíveis fatores de Qualidade de Vida no Trabalho – QVT e

motivação.

Já para Fitz-Enz (2001) a psicologia na organização busca se preocupar

com o efeito provocados pelos diferentes fenômenos sobre a atividade psicológica,

exemplificado pela reação do indivíduo frente a situação de estresse, um termo que

possui múltiplos significados e que se encontra banalizada virtualmente,

ocasionando entendimentos errôneos.

Em suma, o papel do psicólogo dentro das organizações é atuar como

facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição,

considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a

sua inserção no contexto mais amplo da organização. As atividades exercidas

dentro desse papel, que são fundamentadas em técnicas e instrumentos da

Psicologia e relacionadas à díade homem e trabalho, podem trazer desenvolvimento

para a empresa, o trabalhador e a sociedade. (ORLANDINI, 2008).

É pertinente a importância do desenvolvimento do comportamento humano

dentro das organizações, pois será através deste que o individuo comum será

responsável por suas obrigações e terão a oportunidade de alcançar níveis

avançados de excelência na organização.

2.3 ANÁLISE DE DADOS

A busca e seleção dos periódicos estudados se deram nos meses de

Setembro a Novembro de 2017. Foram selecionados trabalhos científicos publicados

em português do ano de 2012 ao ano de 2017, encontrados com os descritores:

“Gestão de Pessoas” “Cultura organizacional”, “Psicologia Organizacional”,

“Organizações”. Os artigos selecionados foram encontrados nas bases de dados:

Page 19: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

18

Scielo, PEPSIC (Portal de periódicos em psicologia), Biblioteca da Puc-SP (Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo).

Após um estudo, se apresenta a seguir as análises de dados sobre As

Condições Laborais que interferem na Qualidade de Vida do Trabalhador. Busca-se

demonstrar os resultados encontrados em 10 estudos científicos que abordam a

temática estudada, os quais foram pesquisados entre os anos de 2012 a 2017, dos

quais são: 1 dissertação de MBA, 1 trabalho de conclusão de curso, 3 artigos em

seminários e 6 artigos científicos publicados em revistas.

O Quadro 1, apresentada abaixo, demonstra as obras que foram escolhidas

para serem analisadas neste estudo.

Quadro 1 – Dados Gerais dos artigos pesquisados

Nº TÍTULO AUTORES MODALIDADE DO TRABALHO CIENTIFICO

1 A Influência da Gestão

de Pessoas no

Desempenho

Empresarial através do

Perfil do Líder

MELO, et al. (2012)

Artigo cientifico-

IX Simpósio de Excelência

em Gestão de Tecnologia

(Seminários em

administração)

2 Gestão de Pessoas

como diferencial

competitivo das

organizações

Domenico (2014) Trabalho de Conclusão de

Curso especialista MBA

Gestão Financeira e

Controladoria

3 A importância da área

de Gestão de Pessoas,

para o sucesso da

organização.

PAULA e Nogueira

(2016)

Artigo cientifico-

XII congresso nacional de

excelência em gestão.

INOVARSE

(Seminários em

administração)

4 Gestão de Pessoas:

implantando qualidade

de vida no trabalho

sustentável nas

organizações

Carvalho (2014) Artigo cientifico-

Revista Científica - do

ITPAC, Araguaína

5 Gestão de Pessoas e

seu contexto na

sociedade

Magalhães Filho e

Pereira (2013)

Artigo cientifico-

Revista científica

Comunicação &

Page 20: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

19

Fonte: Própria, 2017.

Os dados do Quadro 1 demonstram que 1 (10%) dos estudos foram

realizado/publicados em 2007, 1 em 2008 (10%), 1 em 2012 (10%), 2 em 2013

(20%), 3 (30%) 2014 e 1 em 2016 (10%) e 1 em 2017 (10%). Apresentam também

que se dividem em 6 (60%) artigos científicos publicados em revistas diferentes, 1

(10%) trabalho de conclusão MBA Gestão Financeira e Controladoria, e 3 (30%)

artigos apresentados em seminário.

Seguindo a análise, destaca-se a seguir as modalidades dos trabalhos

científicos estudados e os descritores utilizados pelo mesmo, sendo expostos no

Quadro 2.

Quadro 2 – Tipos de pesquisas e descritores dos artigos pesquisados

contemporânea Mercado/UNIGRAN

7 Processos gerenciais de

Gestão de Pessoas em

empresas do setor da

construção civil.

Roncon Oliveira e

Beltrame (2013)

Artigo cientifico-

Revista de carreiras e

pessoas - RECAPE

8 Avaliação de

desempenho como um

instrumento de poder na

Gestão de Pessoas

Philadelpho e

Macêdo (2007)

Artigo cientifico-

PEPSIC – Periódicos

eletrônico em Psicologia

9 Gestão de Pessoas por

Competências em

Organizações Públicas

Amaral (2008)

Artigo cientifico-

XV Seminário Nacional de

Biblioteca Universitárias -

SNBU

10 A influência dos valores

organizacionais na

percepção de políticas e

práticas de Gestão de

Pessoas

Demo Fernandes e

Fogaça (2017)

Artigo cientifico-

REA. Revista eletrônica

administração

Nº TÍTULO TIPO DE PESQUISA PALAVRA CHAVE

1 A Influência da Gestão de

Pessoas no Desempenho

Empresarial através do

Perfil do Líder

Estudo de caso Gestão de pessoas;

Liderança; Organização;

Desempenho

Empresarial

2 Gestão de pessoas como

diferencial competitivo das

Pesquisa de campo Motivação; Qualidade de

Vida no trabalho;

Page 21: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

20

Fonte: Própria, 2017.

organizações

Treinamento;

Desenvolvimento.

3 A importância da área de

Gestão de Pessoas, para

o sucesso da organização

Pesquisa de campo Recursos Humanos;

Planejamento

Organizacional; Gestão

de Pessoas.

4 Gestão de pessoas:

implantando qualidade de

vida no trabalho

sustentável nas

organizações

Revisão de literatura Gestão de Pessoas;

Qualidade de Vida no

Trabalho;

Sustentabilidade.

5 Gestão de pessoas e seu

contexto na sociedade

contemporânea

Pesquisa de campo Gestão de Pessoas;

Comunicação

Organizacional;

Relacionamento

Interpessoal

6 Transformações

Organizacionais e Gestão

de Pessoas no Setor

Financeiro

Estudo de caso Transformações

Organizacionais;

Processos e Políticas de

Recursos Humanos;

Sistema Financeiro

Brasileiro.

7 Processos gerenciais de

gestão de pessoas em

empresas do setor da

construção civil.

Estudo de caso Gestão de Pessoas;

Modelo de Excelência da

Gestão; Processos

Gerenciais

8 Avaliação de desempenho

como um instrumento de

poder na gestão de

pessoas

Estudo de caso

Avaliação de

desempenho; Gestão de

pessoas; Poder.

9 Gestão de pessoas por

Competências em

Organizações Públicas

Revisão de Literatura Gestão de pessoas por

competência;

Mapeamento de

competências;

Organização pública.

10 A influência dos valores

organizacionais na

percepção de políticas e

práticas de gestão de

pessoas

Pesquisa de campo Gestão de Pessoas;

Políticas e Práticas de

Gestão de Pessoas;

Valores Organizacionais;

Estudo Relacional;

Empresa Pública.

Page 22: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

21

A partir do Quadro 2, foram encontrados com respeito a modalidade da

pesquisa: 4 pesquisas de campo (40%) e 2 revisões de literatura (20%) e 4 Estudos

de caso (40%). Os descritores encontrados foram: 9 “Gestão de Pessoas” (21%), 3

“Recursos Humanos” (14%) 2 “Qualidade de Vida no Trabalho” (28%), “Liderança”,

“Organização”, “Desempenho Empresarial”, “Motivação”, “Treinamento”,

“Desenvolvimento”, “Planejamento Organizacional”, “Sustentabilidade”,

“Comunicação Organizacional”, “Relacionamento Interpessoal”, “Transformações

Organizacionais”, “Processos”, “Políticas de Recursos Humanos”, “Sistema

Financeiro Brasileiro”, “Modelo de Excelência da Gestão”, “Processos Gerenciais”,

“Avaliação de desempenho”, “Poder”, “Gestão de pessoas por competência”,

“Mapeamento de competências”, “Organização pública”, “Políticas”, “Práticas de

Gestão de Pessoas”, “Valores Organizacionais”, “Estudo Relacional”, “Empresa

Pública”.

Prosseguindo com a análise, observa-se a seguir os objetivos e resultados

dos estudos científicos utilizados, no Quadro 3:

Nº TÍTULOS OBJETIVO PRINCIPAL DA

PESQUISA

RESULTADOS

1 A Influência

da Gestão

de Pessoas

no

Desempenh

o

Empresarial

através do

Perfil do

Líder

Identificar como o processo

de gestão de pessoas

influencia no desempenho

das organizações,

considerando o perfil do

líder que mais se adéquam

às exigências do mercado

Conclui-se que o perfil do líder

influencia no desempenho

empresarial e na gestão de

pessoas, e que o mesmo tem a

capacidade de levar a

organização em declive ou

ascensão, através de seu perfil

de liderança e da maneira que

é administrada a Gestão de

pessoas. Hoje no mundo dos

negócios a competitividade

está cada vez mais acirrada, e

é de suma importância que a

organização, além de propiciar

um ambiente de trabalho que

aflore a criatividade, propicie

também um clima de trabalho

harmonioso, onde toda a

equipe, além de valorizada,

Page 23: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

22

possa atuar de forma a somar

forças, conhecimentos e

talentos, fazendo da

improvisação, da adaptação,

da imaginação, bem como, da

criatividade, um trampolim para

o sucesso.

2 Gestão de

pessoas

como

diferencial

competitivo

das

organizaçõe

s

Analisar como a Gestão de

Pessoas atrai e retém

talentos, observando as

dificuldades enfrentadas

pelos conflitos

multigerecionais,

objetivando tornar as

pessoas o diferencial

competitivo das

organizações.

Percebe-se que a maioria das

empresas desenvolve políticas

de recrutamento, utilizando o

recrutamento misto. A maioria

desenvolve também políticas

de seleção de pessoas,

inicialmente através do

recrutamento misto buscando

identificar potencialidades

dentro do próprio ambiente,

caso nenhum perfil seja

encontrado optam em recrutar

e selecionar externamente.

Dentre as formas de seleção

mais utilizadas, a que se

destaca é a entrevista de

seleção e teste de avaliação

psicológica.

3 A

importância

da área de

Gestão de

Pessoas,

para o

sucesso da

organização

Demonstrar para as

organizações a importância

em investir no profissional

de Recursos Humanos.

A organização baseia-se em

uma administração obtusa,

onde sua inspiração é na teoria

clássica. Não se vê a evolução

que transcendeu décadas, a

organização parou no tempo.

Sua estrutura hierárquica é

engessada, onde a empresa é

administrada por profissionais

sem preparo nenhum e que

não pensam no bem-estar dos

colaboradores. Não há

investimento nos profissionais

e nem seguem um dos

processos da gestão de

pessoas, que é abordar

pessoas como seres humanos.

Page 24: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

23

Não há programa de qualidade

de vida no trabalho, o trabalho

é estressante por causa da

forte pressão sofrida. Essa é

uma das grandes queixas de

todos os colaboradores

entrevistados.

4 Gestão de

Pessoas:

implantando

qualidade de

vida no

trabalho

sustentável

nas

organizaçõe

s

Abordar a importância da

qualidade de vida no âmbito

das organizações.

O tema em questão ainda se

encontra de maneira bem

esporádica dentro do universo

organizacional. Sendo assim,

para Administração de Gestão

de Pessoas na atualidade, é

desafiador desempenhar um

papel com eficiência e eficácia,

que é o desenvolvimento

sustentável das pessoas,

visando alcançar os objetivos

empresariais através da mão

de obra disponível. Deve-se ter

em vista que o resultado

positivo da organização

acontece através de um

ambiente de trabalho

agradável, que valorize a

satisfação do individuo dentro

da empresa. É importante

ressaltar que, se uma empresa

investe em ações ambientais

tão somente, ela possui uma

boa gestão ambiental;

entretanto, a empresa deve

sempre estar voltada para o

social. Para ser considerada

sustentabilidade empresarial, é

necessário apresentar ações

voltadas para as três

dimensões básicas,

apresentadas no decorrer

deste artigo.

5 Gestão de

Pessoas e

Apresentar contexto

contemporâneo da gestão

Para acompanhamento dessas

constantes exigências, a

Page 25: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

24

seu contexto

na

sociedade

contemporân

ea

de pessoas e sua

importância para o alcance

de resultados das empresas

Gestão de Pessoas adequou-

se para atender as novas

demandas. Passou a ser um

agente transformador na busca

de reter talentos para alcançar,

em conjunto com a

organização, o sucesso

desejado. De extrema

importância para as relações

humanas, contribuiu para

moldar e profissionalizar os

talentos da empresa, através

de capacitações que provocava

inquietações do sujeito,

motivando a atender os

objetivos organizacionais

6 Transformaç

ões

Organizacio

nais e

Gestão de

Pessoas no

Setor

Financeiro

Investigar o impacto

provocado nos processos

de recursos humanos

utilizados em bancos no

Brasil que participaram do

processo de fusão e

aquisição.

A pesquisa apontou que em

ambos os bancos há políticas

de recursos humanos bem

desenvolvidos, mas que a

aplicação na prática deixa a

desejar devido à prioridade de

cumprir as metas

estabelecidas, principalmente

nas agencias e setores de

atendimento aos clientes.

Constatou-se também que os

conflitos nas relações de

trabalho nessas instituições

têm uma participação ativa do

sindicato da categoria que

resulta em questionamento das

políticas de gestão da força de

trabalho orientadas

estrategicamente pelo

departamento de recursos

humanos.

7 Processos

gerenciais

de Gestão

de Pessoas

em

Analisar como os processos

gerenciais são aplicados na

gestão de pessoas em

empresas do setor da

construção civil do norte

Demonstram que, nas

empresas pesquisadas,

destacam-se a promoção da

capacitação e desenvolvimento

por meio do programa de

Page 26: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

25

empresas do

setor da

construção

civil

paranaense

educação continuada, a

liberdade de trabalho e a

autonomia de cada colaborador

dentro de sua função e a

utilização de relatórios como

balizador do bom andamento

das relações entre as pessoas.

8 Avaliação de

desempenho

como um

instrumento

de poder na

gestão de

pessoas

Administrar as relações

interpessoais existentes na

organização e desta com as

pessoas.

No que se refere às políticas e

práticas de RH, diretores e

gerentes afirmaram que elas

estavam em processo de

reestruturação, pois as

consideravam falhas e

buscavam melhorias. No

discurso pôde-se observar que

para os diretores da empresa

as políticas e práticas de RH

eram constantemente

revisadas para poder melhorar

a forma de condução dos

trabalhadores em suas

atividades. Ao serem

questionados quanto a políticas

e práticas específicas da área

de RH relacionaram-nas com

as promoções, treinamento e

desenvolvimento, benefícios,

cargos e salários e demissões.

9 Gestão de

pessoas por

Competênci

as em

Organizaçõe

s Públicas

Discutir uma estratégia

realística que viabilize a

implantação da gestão de

pessoas por competências

(GPPC) nas organizações

públicas brasileiras.

A GPPC constitui um desafio

para qualquer organização que

a desejar implantar, devido às

mudanças organizacionais que

impõe. A liberdade de operar

ao nível das competências dos

indivíduos exigirá da

organização, como

contrapartida natural, dar as

condições tanto para a

evolução dos funcionários,

quanto para a efetivação dos

resultados dessa evolução. E

essas condições,

Page 27: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

26

Fonte: Própria, 2017.

invariavelmente, passam por

pontos tais como o aumento da

autonomia dos profissionais, os

quais obviamente afetam a

estrutura organizacional em

seus aspectos mais profundos.

Pontos esses, que no setor

público são muito menos

flexíveis do que no setor

privado.

10 A influência

dos valores

organizacion

ais na

percepção

de políticas

e práticas de

gestão de

pessoas

Analisar a relação existente

entre valores

organizacionais, como

variável independente, e

políticas e práticas de

gestão de pessoas, como

variável dependente

O resultado apresentou que os

valores relativos à

igualitarismo, predizem três

políticas e práticas de GP:

condições de trabalho, TD&E e

envolvimento. Além disso, os

valores concernentes à

inovação predizem as políticas

e práticas de TD&E; e os

valores concernentes à

harmonia predizem as práticas

de condições de trabalho. Por

fim, os resultados e

recomendações deste estudo

não são conclusivos ou

limitantes, porém, representam

um esforço inicial de

investigação da relação entre

as variáveis consideradas. É

importante ressaltar a

necessidade de constante

atualização e realização de

pesquisas para aprofundar o

conhecimento sobre esta

relação, com o objetivo de

contribuir para o avanço

relativo às políticas e práticas

de GP e os valores

organizacionais, elementos que

constituem o núcleo da cultura

organizacional.

Page 28: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

27

Após a exposição e análise dos dados dos estudos científicos utilizados, foi

feita uma releitura dos mesmos para não se perder a essência desse estudo. Assim

a partir das informações encontradas, surgiram as seguintes categorias: A evolução

da Gestão de Pessoas; Desafios para Gestão de Pessoas; Os Objetivos da Gestão

de Pessoas nas Organizações.

2.3.1 A evolução da Gestão de Pessoas

De acordo com Toledo (2003), as atividades de ARH, “desde a antiguidade

até o fim de século XVIII, tinham um caráter mais burocrático e eram vulgarmente

discriminadas nas organizações. Entretanto, esta realidade foi se alterando, sendo

exigido cada vez mais alcançar metas em níveis mais rigorosos”.

A ARH atual tende a acelerar seu movimento de mudança, adaptando-se às

transformações políticas, econômicas, sociais e tecnológicas, precisando adequar-

se cada vez mais rápido para se qualificar e poder administrar os colaboradores nas

organizações.

De acordo com Bertelli (2004), A ARH tem como propósito ajudar a

organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão, proporcionar

competitividade à organização e empregados bem treinados e bem motivados,

aumentar a autorealização e a satisfação dos empregados no trabalho, desenvolver

e manter qualidade de vida no trabalho, administrar a mudança, manter políticas

éticas e comportamento socialmente responsável.

O mundo esta mudando com uma rapidez incrível, transformando, até

mesmo, a área de Recursos Humanos, sendo nomeados como: Gestão de Pessoas,

Gestão com Pessoas, Administração do Capital Intelectual, Gestão de Talento

Humano, Gestão de Competência, entre outros para manterem configurados na área

e representados em um novo espaço. (CHIAVENATO, 2011).

De acordo com Ribeiro (2005, p. 16), o velho papel de Recursos humanos

era:

• Controlar rigidamente a carreira dos funcionários; Manter as escalas salariais em segredo, de tal forma que nem os gerentes saibam como tal escala funciona; • Manter a avaliação de potencial como uma tarefa exclusiva da função de Recursos Humanos; • Entender que a manutenção de um clima organizacional adequado é tarefa exclusiva de Recursos Humanos;

Page 29: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

28

• Manter tudo o que diga respeito a Recursos Humanos em um clima cheio de mistérios e segredos; • Conservar a imagem de Recursos Humanos com um departamento fechado e à parte da organização; • Valorizar excessivamente a área, em detrimento dos objetivos estratégicos da empresa; • Pressupor que as atividades operacionais e de linha de frente não tem a menor chance de funcionar sem a presença de Recursos Humanos; • Oferecer treinamento para todos, de maneira indiscriminada; • Fazer com que os custos de pessoal não digam respeito à área de Recursos Humanos, e sim a cada setor, respectivamente.

De acordo com a visão de Claro e Nickel (2002 p. 17), percebe-se um novo

formato para RH, uma vez que essa mudança foi contextualizada gradualmente. “Já

faz algum tempo que a área de Recursos Humanos passou de um simples

departamento de pessoal para um agente de transformação na organização,

provocando mudanças e oferecendo sustentação na implantação das mesmas”.

Ainda Ribeiro (2005, p. 17), aponta o novo papel de Recursos Humanos:

• Propor, definir e garantir um conjunto de normas e procedimentos alinhados com os princípios empresariais e de acordo com a Legislação Trabalhista; • Criar e operar sistemas que permitam que as oportunidades de emprego e desenvolvimento de carreira estejam disponíveis a todos; • Dar suporte às demais unidades da empresa prestadora de serviços ou funcionar como facilitador nos processos de administração de pessoas; • Dar suporte as demais unidades da empresa no recrutamento e desenvolvimento de pessoas; • Criar, propor e administrar instrumentos que possibilitem uma remuneração competitiva a todos os funcionários; • Buscar sempre a diversidade, com o objetivo principal de aumentar o capital intelectual, de modo a garantir a capacidade de atualização e inovação da empresa; • Ver as pessoas e a organização como seres espirituais e ajudá-las a dar o próximo passo em seu processo de desenvolvimento; • Ter no treinamento a principal ferramenta para retenção do capital humano, e desenvolver novas competências para atual era empresarial; • Dignificar o trabalho e o ser humano.

Conforme Fischer (2002), acompanhando toda mudança organizacional

encontra-se a área de Recursos Humanos, que procura atender às novas

demandas, em um ambiente atrativo e de crescimento mediante a implantação de

políticas e modelos flexíveis de gestão, para o desenvolvimento das competências

essenciais de cada empresa, estimulando, oferecendo suporte, gerando lideranças

Page 30: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

29

que inspirem e facilitem a transformação contínua. A importância que o

comportamento humano vem assumindo no âmbito dos negócios fez com que a

preocupação com sua gestão ganhasse maior espaço na teoria das organizações,

ocasionando o surgimento do conceito de modelo de Gestão de Pessoas.

De acordo com o que foi exposto avalia-se que as mudanças positivas no

âmbito organizacional se dar por conta da evolução do setor de Gestão de pessoas,

onde o capital humano se torna peça fundamental para o progresso das

organizações, mesmo com os avanços tecnológicos. Assim, consequentemente os

resultados satisfatórios foram surgindo para a evolução das organizações, uma vez

que, colaborador motivado, bem treinado e com seu potencial reconhecido,

certamente irá desempenhar com muito mais êxito a funções que irão desempenhar.

2.3.2 Objetivos da Gestão de Pessoas nas Organizações

Atualmente a então Gestão de Pessoas tem por objetivo governar os

comportamentos internos e potencializar o capital humano, no intuito de inserir ou

manter uma mão de obra qualificada no mercado. Devido aos avanços tecnológicos

e as mudanças rápidas na sociedade, a utilização dessa ferramenta passou a ser

indispensável na busca de talentos para as organizações. (MIRANDA; MIRANDA

2009).

A área de gestão de pessoas é um processo de planejamento, organização,

direção e controle de pessoas dentro da organização. Promovendo o desempenho

eficiente de pessoas, para alcançar os objetivos organizacionais e individuais,

relacionados direto ou indiretamente com a empresa. (VILAS et al, 2009).

A gestão de pessoas está se tornando cada vez mais estratégica,

competitiva e sustentável. Em um mundo de constantes transformações, está sendo

dada uma atenção especial para a área de Gestão de Pessoas, como fonte de valor

e resultados para a organização e stakeholders. (FREITAS, 2012).

Assim a moderna gestão de pessoas vem desempenhando com foco nos

negócios da organização, pois as organizações estão num período de mudanças.

Como sempre a gestão de pessoas vem na frente, coordenando todas essas

alterações, desenvolvendo e ampliando os horizontes das organizações e de seus

colaboradores. (CHIAVENATO, 2014).

Page 31: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

30

Nessa perspectiva a Gestão de Pessoas emerge como importante vertente

no entendimento da participação humana na execução das atividades

organizacionais, no sentido de se obter os resultados esperados (RONCON et al.,

2013). Este conceito foi ampliado por Lacombe (2005) ao defender que essa

participação diz respeito muito mais a uma finalidade do que a um cargo ou função

exercidos no campo de ação das organizações.

Como a organização depende das pessoas para atingir seus objetivos,

considera-se o gestor de pessoas o responsável pela interação entre os objetivos

pessoais e organizacionais. Cada vez mais a Gestão de Pessoas ocupa uma

posição estratégica dentro das organizações, e o gestor de pessoas passa a ter o

papel de transmissor de uma cultura de aprendizagem, buscando estimular a

geração de novas habilidades e conhecimento nos colaboradores. (KNAPIK, 2008b).

Segundo Ribeiro (2005), a área de Recursos Humanos (RH) tem como

objetivo principal administrar as relações interpessoais existentes na organização e

desta com as pessoas. O autor menciona que as políticas de RH contribuem para

melhoria das relações entre empregador e empregados, a partir do entendimento

das pessoas como parceiras de negócios, e não mais como recursos empresariais.

Esta nova visão do papel do trabalhador e contribuição ao desenvolvimento

organizacional exigiu que as organizações adequassem seu modelo de gestão à

otimização de seus processos administrativos. Ribeiro assinala:

Em uma época em que a globalização, a competição, o forte impacto da tecnologia e as célebres mudanças se tornaram os maiores desafios externos, “a vantagem competitiva das empresas está na maneira de utilizar o conhecimento das pessoas, colocando-o em ação de modo rápido e eficaz, na busca de soluções satisfatórias e de novos produtos e serviços inovadores”. (RIBEIRO, 2005, p.1).

Um modelo de Gestão de Pessoas, segundo Dutra (2004), pode ser definido

como a maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o

comportamento humano no trabalho. Para isso a empresa se estrutura definindo

princípios, estratégias, políticas e processos de gestão. Por meio desses

mecanismos, implementa diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores em

sua relação com aqueles que nela trabalham.

Page 32: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

31

De acordo com o quadro 4 se caracteriza os principais processos de gestão

do modelo.

Gestão de pessoas por competências

PROCESSOS CARACTERÍSTICAS

Treinamento e Desenvolvimento

Mecanismos de evolução das competências; Permite reconhecer e desenvolver os atributos de competência.

Recrutamento e Seleção

Construção de uma equipe mais eficiente e eficaz; Permite a recomposição da equipe de forma mais eficiente.

Avaliação de Desempenho

“Não existe evolução sem avaliação!”. Garante os mecanismos de avaliação (feedback) imprescindíveis a um modelo de gestão como esse, no qual a intervenção é uma parte fundamental.

Carreira e Sucessão

Motivação / Reconhecimento / Espaço ocupacional; Ao invés de valorizar apenas o “tempo de casa” do funcionário, esse modelo leva em consideração a forma como a carreira do profissional é construída, segundo os aspectos que agregam valor à organização.

Segurança e Saúde ocupacional

Com esse modelo, a empresa se torna mais apta a reconhecer e assumir suas responsabilidades junto a seus funcionários.

Relações trabalhistas

Esse modelo leva alguma desvantagem nesse quesito, frente ao modelo tradicional, mais bem adaptado às leis trabalhistas vigentes.

Remuneração

Esse modelo permite associar a remuneração ao desempenho, premiando os profissionais mais competentes, e aqueles que evoluem no sentido de agregar valor à empresa.

Fonte: Amaral et al. (2006).

Sovienski e Stigar (2008, p. 51) observaram que “a Gestão de Pessoas é

caracterizada pela participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento do

bem mais precioso de uma organização, o Capital Humano que nada mais é do que

as pessoas que a compõem”.

Para Fischer (2002), os componentes formais de um modelo de gestão de

pessoas se definem por princípios, políticas e processos que interferem nas relações

humanas no interior das organizações. Por princípios entendem-se as orientações

de valor e as crenças básicas adotadas pela empresa, e que determinam o modelo

Page 33: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

32

de gestão de pessoas; as políticas, por sua vez, estabelecem diretrizes de atuação

que buscam objetivos de médio e de longo prazo para as relações organizacionais;

já os processos são os elementos mais visíveis do modelo, pois são cursos de ação

previamente determinados, orientados por políticas específicas, instrumentalizados

mediante ferramentas de gestão, que são: Seleção e Recrutamento, Treinamento e

Desenvolvimento, Avaliação de Desempenho, Remuneração e Relação com o

Sindicato. E, nesses processos, a peça fundamental para colocá-los em prática é o

gestor de pessoas, pois é por intermédio dele que essas ferramentas tomam vida

quando são por ele utilizadas e sua inadequação põe em risco toda a composição

do modelo.

2.3.3 Desafios para Gestão de Pessoas

Entende-se como um dos principais desafios da gestão de pessoas a busca

do equilíbrio entre as dimensões do comportamento humano e os subsistemas da

gestão de pessoas dentro da cultura de uma organização. (KNAPIK, 2008a), no qual

os atores organizacionais apresentam formas particulares de desenvolver suas

práticas que são combinadas e alteradas de acordo com seu desenvolvimento.

(RONCON et al., 2012).

Diante de tantos desafios e do crescente entendimento da importância das

pessoas para a efetivação do negócio de uma organização considera-se Gestão de

Pessoas, na visão de França (2010), como a soma alinhada dos esforços humanos

nas áreas estratégicas, de gerenciamento e de produção, com vistas a atingir os

objetivos organizacionais e individuais.

Para Dutra (2001), o conceito de Gestão de Pessoas é uma nova

terminologia utilizada pelos que estudam e praticam a gestão de RH nas

organizações. Percebe-se uma busca por explicar o motivo das pessoas serem

vistas como vantagem competitiva para as organizações e convencê-las disto, como

forma de obter delas o que de fato interessa às organizações; dedicação e

desempenho para garantir lucro. Sob esta perspectiva, a terminologia recursos

humanos foi substituída pela expressão ‘gestão de pessoas’, com o argumento de

que as pessoas não são recursos, o que legitima a noção das pessoas ser vista

como participantes do desenvolvimento da organização como um todo.

Page 34: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

33

A Gestão de Pessoas é desafiada constantemente, e em muitas

organizações suas políticas estão desalinhadas com a realidade vivenciada e os

parâmetros exigidos pelo mundo moderno. Analisando essa situação fica difícil para

as organizações encontrar nas pessoas o ingrediente faltante para alavancar seus

negócios, em muitos casos suas políticas tendem a condicionar seus colaboradores

a uma postura passiva e reativa. A Gestão de Pessoas deve atuar como ferramenta

que agregue e integre todos os setores, buscando de maneira eficaz contribuir para

alcançar os objetivos da organização. Afirma Chiavenato (2010, p. 9) que “[...]

Gestão de Pessoas é a área que constrói talentos por meio de um conjunto

integrado de processos e cuida do capital humano das organizações”.

Pensando nisso Bolgar (2002) afirma que na medida em que há mudanças

nas organizações por causa das constantes pressões e por conta da grande

competitividade, será mais frequente e presente os novos papeis do profissional de

Gestão de Pessoas. Afirmou ainda que as metas assumidas pela área de Gestão de

Pessoas são mais complexas, múltiplas e interdependentes, os quais possuem um

objetivo de criar valor e trazer resultados para a organização.

A preocupação não esta mais focada apenas no objetivo final da empresa,

mas também comprometida com a satisfação dos colaboradores em quererem

progredir e crescerem junto à organização. Ainda nessa temática, contribui Claro e

Nickel, 2002: “A empresa que opta pela vanguarda em Gestão de Pessoas,

certamente obterá resultados benéficos a sua saúde organizacional, aumentando a

produtividade, garantindo a sobrevivência do negocio e propiciando satisfação aos

empregados”. (CLARO; NICKEL 2002 p. 17).

Albuquerque (2002) acredita que, com o fator humano se tornando peça vital

para o atingimento dos resultados das organizações, nas décadas de 1970 e 1980,

começa a haver uma vinculação dos modelos de Gestão de Pessoas às estratégias

organizacionais, ou seja, o modelo de Gestão de Pessoas passa a fazer parte

integrante das estratégias corporativas da empresa, considerando todas as pessoas

da companhia, e não apenas o grupo de executivos, tendo suas decisões ligadas ao

aprendizado, à comunicação, à participação e ao comprometimento das pessoas

com os objetivos e as estratégias.

Conclui-se que os desafios para Gestão de Pessoas vêm se alinhando de

acordo com o passar dos anos, mesmo com os inúmeros desafios que se veem

Page 35: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

34

enfrentando, como: buscar resultados satisfatórios para a empresa, alcançar níveis

elevados de qualidade de vida do colaborador, compreender a subjetividade do

individuo, identificar bons talentos, desenvolver líderes comprometidos com a

organização, atuar de forma estratégia e melhorar identificando a forma mais

assertiva dos processos a serem desenvolvidos. Enfim, os desafios são para serem

superados e é assim que a Gestão de Pessoas vem se estabelecendo, para manter

o recurso humano bem alinhado com as pretensões das organizações.

Page 36: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

35

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo buscou analisar as relações das condições laborais que

interferem na qualidade de vida do trabalhador, já que na atualidade apontam que

em muitas instituições empresariais há uma série de caracteres da violência

psicológica contra o trabalhador, ocasionando-lhe danos físicos e psicológicos,

dentre esses fatores estão, a má remuneração, sobrecarga de trabalho, ritmo

intenso de trabalho, horários mal distribuídos, podendo assim acarretar fadiga e

consequentemente diminuindo o ritmo de trabalho, podendo colaborar com o

absenteísmo ocupacional.

Desta forma, é de fundamental importância a existência do papel estratégico

dos gestores no campo da QVT, de forma especial a Gestão de Pessoas que atua

no campo organizacional, a fim de que sejam seguidos os valores da empresa,

empregando também os conceitos do humanismo, participação do empregado em

decisões de gestão e bem-estar, gerando qualidade de vida no trabalho, sendo

importante inferir que esta área é de fundamental importância dentro de qualquer

instituição empresarial.

Diante desse contexto é fundamental que as organizações se preocupem

com o bem estar de seus colaboradores, pois toda organização depende

exclusivamente de pessoas para o seu sucesso e desenvolvimento. Nesse caso a

Gestão de pessoas entrará como suporte para traçar metas e alcançar os objetivos

almejados pela organização principalmente quando se tratar de recrutamento e

seleção, benefícios e remuneração, avaliações de competências, treinamento e

desenvolvimento e a qualidade de vida do trabalhador. Portanto, com o alcance da

visão de reter talentos as organizações terão êxito no retorno de seu investimento no

capital humano.

Assim a Gestão de Pessoas se conecta com a qualidade de vida do

trabalhador em busca de favorecer um ambiente mais saudável e prazeroso em

diversos aspectos para o colaborador, já que a QVT implica nos fatores ambientais,

físicos e psicológicos. É importante ressaltar que as organizações devem se

preocupar em atender as demandas da saúde física e mental de seu clientes

internos aprimorando na gestão do bem estar como: oferecer planos de carreiras,

implantar ginásticas laborais, manter o colaborador motivado com oportunidades de

Page 37: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

36

crescimento e implementar rotinas flexíveis. Pois se sabe que investir na qualidade

de vida do colaborador aumenta a produtividade da empresa.

A evolução da Gestão de Pessoas antes caracterizada como departamento

de pessoal com o tempo designada como recursos humanos, até se estabilizar

como gestão de pessoas veio sofrendo grandes evoluções ao passar dos anos,

mesmo que essa evolução tenha sido gradualmente, com o aumento da

competitividade tanto nas pequenas como grandes empresas e a necessidade de

melhorias ao que se diz respeito a lucratividade, ajudou as organizações identificar

que o capital humano poderia contribuir com o desenvolvimento agregando valores.

Ao se falar sobre os objetivos da Gestão de Pessoas nas Organizações se

remete a valorização do patrimônio humano e a conservação da mão de obra

qualificada, pois se tornou vital a eficácia organizacional mediante os seguintes

fatores, manter a qualidade de vida e a motivação do colaborador, desenvolver

programas de treinamento e desenvolvimento profissional, possibilitar à empresa

uma abordagem competitiva e administrar as relações interpessoais. Assim, motiva-

se o colaborador e aumenta a eficácia no desempenho de suas funções.

A respeito aos desafios da Gestão de Pessoas são diários não só pra quem

está na área de gestão, mas também para os líderes da organização, como já foi

explícito lidar com a subjetividade do individuo, captar suas imposições e estar de

acordo com o alcance das metas organizacionais requer uma permanente busca de

resultados.

A presente pesquisa trouxe dados relevantes por ampliar o conhecimento

dos campos de investigação que têm obtido destaque em gestão de pessoas e

qualidade de vida no trabalho na última década, assim podendo avaliar de fato as

atuações substanciais no mercado de trabalho.

Como dificuldades no levantamento dessa pesquisa foi a insuficiência de

trabalhos como artigos e periódicos que abordem o tema gestão de pessoas e a

qualidade de vida do trabalhador nos últimos 5 anos. Como sugestão, estudos

futuros poderiam centrar esforços nas áreas dos periódicos tanto de gestão de

pessoas como qualidade de vida, além de um número maior de estudos visando um

contexto e gama de informações a serem estudadas.

Page 38: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

37

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, L. G. de; FRANÇA, A. C. L.. Estratégias de recursos humanos e gestão da qualidade de vida no trabalho: o stress e a expansão do conceito de qualidade total. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 2, n. 33, p.40-51, abr. 1998. ALBUQUERQUE, L. G. A gestão estratégica de pessoas. In: FLEURY, M. T. L (Org.). As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002. p. 35-50. ANDRADE, R. M. Qualidade de vida no trabalho dos colaboradores da empresa Farben S/A indústria química. Monografia, 52 f (Pós-graduação em gestão empresarial) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2012. AMARAL, R.M. Desenvolvimento e aplicação de um método para o mapeamento de competências em inteligência competitiva. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, P.102. 2006. BARROS, B. T. O desafio de equilibrar resultados de negócio e qualidade de vida. Manual de gestão de pessoas e equipes: vol. 1. Estratégias e tendências. São Paulo: Gente, p. 365-382, 2002. BERTELLI, S. B. Gestão de pessoas em administração hospitalar. 1. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. BOLGAR, P. H. O papel do Profissional de RH. 2002. Disponível em: Portal online rh.com.br. Pernambuco: <http://www.rh.com.br/Portal/Carreira/Artigo/3374/o-papel-do-profissional-de-rh.html>. Acesso em: 10 nov. 2017. CIMBALISTA, S. Subjetividade e resiliência: o cotidiano adverso do trabalho flexível. In: Encontro Nacional da Abet, 10, 2010, Salvador. Artigo. ______. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ______. Como transformar Rh (de um centro de custo) em um Centro de Lucro. 2. ed. São Paulo: Marron Books, 2000. ______. Gestão de pessoas e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ______. Gestão de pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. ______. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2008. ______. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 – 6ª reimpressão.

Page 39: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

38

______. Os Novos desafios da Gestão de Pessoas. 2011, Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/66806312/Gestao-de-Pessoas-Chiavenato-Capitulo-01. Acessado em: 15 Jun. 2012. ______. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4 ed. São Paulo: Manole, 2014. CLARO, MAP; NICKEL, D. C. Gestão do capital humano. Fae Business School. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002. COUTINHO, M. C. Sentidos do trabalho contemporâneo: as trajetórias identitárias como estratégia de investigação. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 189-202, 2009. Cury, M., Daré, M. F., Goulart Júnior, E., Canêo, L. C. & Lunardelli, M. C. F. Fadiga profissional: consequências indesejáveis para os indivíduos e para as organizações. Em E. Goulart Júnior, L. C. Canêo, M. C. F. Lunardelli, S. E. Sposito (Org.). Contribuições do psicólogo para a promoção da saúde, qualidade de vida do trabalhador e desenvolvimento das organizações. Bauru, SP: Joarte, vol. 1, p. 135-141. 2006. DRUCK, G.; FRANCO, T. A perda da razão social do trabalho: Terceirização e precarização. 1º ed. São Paulo: Bontempo, 2007. pág. 485. DRUCKER, P. F. Desafios Gerenciais para o Século XXI. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 2000. DUTRA, J. S. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas S.A., 2004. Dutra, J. S. Gestão por competências. São Paulo: Editora Gente, 2001. FISCHER, A. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (Org.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002. v. 1, p. 11-34. FITZ-ENZ, J. Retorno do investimento em capital humano: Medindo o valor econômico do desempenho dos funcionários. 2. ed. São Paulo: Mackron Books, 2001. FRANÇA, A. C. L. Práticas de recursos humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. FREITAS, J. C. T. de. Estratégia organizacional: Utilizando a política de treinamento e desenvolvimento como vantagem competitiva. In: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. 24 a 26 out 2012, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro (RJ); Associação Educacional Dom Bosco (BR); 2012. p. 1-17. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Page 40: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

39

GOLEMAN, D. et al. Os Novos Líderes – a inteligência emocional nas organizações. Lisboa: Gradiva, p. 307, 2002. GONDIM, S. M. G. SIQUEIRA, M. M. M. Emoções e afetos no trabalho. In: Zanelli, J. C.; Borges-Andrade, J. E. & Bastos, A. V. B. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed. (2004). KNAPIK, J. Gestão de Pessoas e Talentos. 2 ed. Curitiba: Ibpex, 2008. LACAZ, F. A. C. Qualidade de vida no trabalho e saúde/doença. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.5, n.1, p. 151-61, 2000. LACOMBE, F. J. M. Recursos humanos: princípios e tendências. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005. LIPP, M. E. N.; TANGANELLI, M. S. Stress e qualidade de vida em Magistrados da Justiça do Trabalho: diferenças entre homens e mulheres. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 3, n. 15, p. 537-8, fev. 2002. MARTINS, M. M. Qualidade de vida e capacidade para o trabalho dos profissionais em enfermagem no trabalho em turnos. 2002. 85f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2002. MARZIALE, M. H. P.; ROZESTRATEN, R. J. A. Turnos alternantes: fadiga mental de enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem, v. 3, n. 1, p. 59-78. 1995. MIRANDA, K. F. de; MIRANDA, H. C. F. de. Compreendendo a gestão de pessoas. Revista Científica da Fecra, Costa Rica, v. 1, n. 1, p.1-5, jun. 2009. MORIN, E. M. Os sentidos do Trabalho. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 41,n. 3, p. 8-19, 2001. MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. G. Teoria geral da administração. São Paulo. Pioneira Thomson Learning, 2002. NAHAS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 3 ed. Londrina: Midiograf, 2003. ODEBRECH, T. A. C.; PEDROSO, R. Qualidade de Vida no Trabalho: Diferentes percepções de um mesmo processo. Revista Olhar Científico: Revista de publicações da FAAr, Rondônia, v. 1, n. 1, p.134-153, ago, 2010. OLIVEIRA, S. A qualidade da qualidade: uma perspectiva em saúde do trabalhador. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, p. 625-634, out. 1997.

Page 41: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

40

ORLANDINI, C. C. R. A importância da psicologia organizacional e do trabalho. Recuperado em 07 setembro 2009, da Coluna de Psicologia Virtual online:http://www.psicologiavirtual.com.br/psicologia/principal/ noticia_view.asp?id=25281 (2008). PRODANOV, C. C; FREITAS, E. C. Metodologia do Trabalho Cientifico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2 ed. Novo Hamburgo: Universidade Feevale, 2013. RIBEIRO, A. L. Gestão de Pessoas. 7 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2005. ROCHA, L. E.; DEBERT-RIBEIRO, M. Trabalho, saúde e gênero: estudo comparativo sobre analistas de sistemas. Revista Saúde Pública, São Paulo , v. 35, n. 6, p. 539-547, dez. 2001. RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. Evolução e Análise no Nível Gerencial. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2005. RONCON, A. et al. A estratégia como prática utilizada no reconhecimento de um curso de graduação pelo MEC. Revista de Administração da Ufsm, Santa Maria, v. 6, p.263-279, jul. 2013. SAMPAIO, J. E. Psicologia do trabalho em três faces. In Goulart, I. B., Sampaio, J. R. (Orgs.), Psicologia do Trabalho e Gestão dos Recursos Humanos: estudos contemporâneos, p. 19-40. São Paulo: Casa do Psicólogo. 1998. SIQUEIRA, M. M. M.; PADOVAM, V. A. R. Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psiciscologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 24, n. 2, p. 201-209, jun. 2008. SOVIENSKI, F.; STIGAR, R. Recursos humanos x gestão de pessoas. Revista Científica de Administração e Sistemas de Informação, Boa Vista, v. 10, n. 10, p.51-61, jan. 2008. TOLEDO, F. de. O que são recursos humanos. 9° ed. São Paulo: Brasiliense, 2003. VASCONCELOS, A. F. Qualidade de vida no trabalho: origem, evolução e perspectivas. Cadernos de Pesquisa em Administração, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 23-35, 2001. VILAS, B; ANA, A; BERNARDES, A.; RUI, O. Gestão estratégica de pessoas.1ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

Page 42: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

41

APÊNDICE

Page 43: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE ...grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc... · temática pesquisado, buscando torná-la mais clara e formular hipóteses

42

APÊNDICE – A

ARTIGO CIENTÍFICO

As Condições laborais que interferem na qualidade d vida do trabalhador

The Working Conditions that interfere in the quality of the worker's life