AULA 9

ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING

SISTEMA DE GESTÃO EMPRESARIAL

Conceito e história

Definições

Os sistemas integrados de gestão empresarial, ou como são conhecidos: Enterprise Resource Planning (ERP), são softwares que integram todas as informações e processos gerenciais de uma organização.

Estamos falando de:

Sistemas financeiros Contábil Recursos humanos Produção Marketing Vendas compras

O principal objetivo dos sistemas ERP é dar suporte ao processo decisório, municiando a alta gestão de informações confiáveis e rápidas para proporcionar segurança à tomada de decisão.

Os ERPs integram os departamentos da empresa, possibilitando a automação e armazenamento das informações sobre o negócio.

Contexto histórico.

O berço da tecnologia da informação, assim como a conhecemos, está na década de 1950, quando a computação começou a ser utilizada na gestão corporativa.

Naquela época, a TI era baseada nos mainframes, computadores gigantes que rodavam os primeiros programas de controle de estoque, atividade pioneira no uso desta tecnologia.

A informação daquela época era onerosa e morosa, pois já demandava bem menos tempo que os procedimentos manuais. Apenas as grandes corporações tinham acesso a esta tecnologia.

No início da década de 1970, o forte crescimento da economia foi o maior impulsionador da disseminação computacional. Como consequência, foram gerados os MRPs (Material Requirement Planning ou planejamento das requisições de materiais), antecessores dos sistemas ERP.

Estes sistemas surgiram como pacotes que conversavam entre si, possibilitando o planejamento dos insumos e da administração das mais várias fases dos processos de produção.

Seguindo a evolução natural, a década de 1980 deu início às redes de computadores conectadas a servidores, bem mais barato e simples de operar que os velhos mainframes – uma verdadeira revolução nas atividades de controle e gestão da produção e logística.

O MRP evoluiu para o MRPII que significava Material Resource Planning – planejamento dos recursos da manufatura, que passou a controlar outras atividades como: mão-de-obra e equipamentos.

O MRPII já poderia ser chamado de ERP em virtude da imensa variedade de controle e capacidade de gerenciamento.

Na década de 1980 aconteceu o grande boom da agilização dos processos, estabelecendo a comunicação entre as “caixas pretas” departamentais. Foram então agregados aos ERPs novos módulos de gestão como:

Finanças Compras Vendas Recursos humanos Etc.

Alguns setores com conotação mais administrativa e de apoio à produção também ingressaram neste cenário.

Estrutura de funcionamento de um ERP

Arquitetura de sistema ERP

Existem várias arquiteturas possíveis para um sistema ERP. A mais comum, até os dias de hoje, é a arquitetura cliente-servidor.

Nesta arquitetura a empresa disponibiliza um servidor que contém seu banco de dados e, em cada estação de trabalho, a aplicação que interagem com os dados do computador.

Outra arquitetura possível, que aliás está sendo gradativamente utilizada e tende a substituir o modelo anterior, é a arquitetura aberta web-based.

Nesta arquitetura, tanto o banco de dados quanto a aplicação estão inteiramente em um ou mais servidores. Para o cliente final interagir com o sistema, tudo o que ele precisa é do seu próprio navegador e de uma conexão com a internet.

Implantando um ERP

A implantação de um sistema ERP se dá nas seguintes etapas:

Levantamento de informações sobre o negócio da empresa. Aderência da empresa a filosofia dos sistemas Parametrização da empresa Migração dos dados

Levantamento de informações

A empresa responsável pela implantação do sistema, inicia, nesta etapa, o processo de conhecimento do negócio de seu cliente. Dependendo do escopo da contratação, este levantamento poderá perpassar todos os departamentos da organização, levando formulários de cadastro, modelos de relatórios operacionais, fluxos de processos e procedimentos.

Aderência

Aderência é o processo de conhecimento inverso, ou seja, a empresa passa por uma capacitação, iniciando pela alta gestão, passando pelos staffs tático e operacional, acerca da filosofia de funcionamento do sistema a ser implantado. Esta fase é extremamente importante, pois nela é que são gerados os elementos de motivação do grupo para a aceitação das novas rotinas e quebras de paradigmas de gestão e operação do negócio.

O objetivo primordial desta fase é convencer as pessoas a abandonar o modo operandi atual e aceitar um novo, negociando a perda do poder da informação para o sistema em troca do ganho de produtividade e da redução dos custos.