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FACULDADE NOVAUNESC TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA ISANNARA FERNANDES INCIDÊNCIA AXIAL ÍNFERO-SUPERIOR DO OMBRO METODO DE WEST POINT

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FACULDADE NOVAUNESC

TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

ISANNARA FERNANDES

INCIDÊNCIA AXIAL ÍNFERO-SUPERIOR DO OMBRO

METODO DE WEST POINT

TERESINA, MAIO DE 2012.

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ISANNARA FERNANDES

INCIDÊNCIA AXIAL ÍNFERO-SUPERIOR DO OMBRO

METODO DE WEST POINT

Atividade discente do Curso

de Tecnologia em Radiologia,

disciplina exames radiográficos

convencionais, ministrado pela

prof. Dayane Arrais para

obtenção de nota.

TERESINA, MAIO DE 2012.

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SUMARIO

HISTORICO................................................................................................................4

ANATOMIA RADIOLOGICA DO OMBRO.................................................................5

POSICIONAMENO RADIOGRAFICO........................................................................9

CONSIDERACOES TECNICAS................................................................................10

PROTECAO RADIOLOGICA....................................................................................11

INDICACOES PATOLOGICAS..................................................................................12

ESTRUTURAS MOSTRADAS NAS RADIOGRAFIAS.............................................13

BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................14

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BREVE HISTORICO

Ao longo da História, diversas incidências foram criadas e publicadas por

vários autores. Por esse motivo muitas dessas incidências levaram o nome dos seus

inventores ou de onde foram criadas, uma delas é a INCIDÊNCIA AXIAL

ÍNFEROSSUPERIOR DO OMBRO (MÉTODO WEST-POINT).

Rokous et al (1972) descrevem uma incidência radiográfica denominada

“perfil axilar” modificada (popularizada como incidência de “West Point”, pelo local

em que foi criada) que visibiliza tangencialmente a borda anterior da cavidade

glenoidal. Ressaltam a frequência com que as alterações ósseas da borda anterior

da cavidade glenoidal podem ser demonstradas em pacientes com instabilidade do

ombro, por meio de uma incidência radiográfica apropriada para abordar esta região.

Pavlov et al (1985), em um estudo retrospectivo de 83 pacientes com

instabilidade do ombro, avaliou as projeções radiográficas e as correlacionam com

as lesões ósseas encontradas, concluiu que uma das melhores incidências

radiográficas para visibilizar a lesão óssea da borda anterior da cavidade glenoidal é

a de “West Point”.

Itoi et al (2003) realizam um estudo experimental e comparativo em peças

anatômicas entre as incidências radiográficas em “perfil axilar”, de “West Point” e da

tomografia axial computadorizada. Realizam osteotomias simulando os defeitos

ósseos com 9%, 21%, 34% e 46% do comprimento da cavidade glenoidal, baseados

em seu trabalho publicado previamente. Notam que lesões de 21% do comprimento

vertical da cavidade são visibilizadas na incidência de “perfil axilar” como 2,5%, na

incidência “West Point” como sendo de 20% e na tomografia axial computadorizada

como 51% do comprimento ântero-posterior. Concluem que a incidência de “West

Point” é uma boa forma para a avaliação pré-operatória de defeitos ósseos da borda

anterior da cavidade glenoidal e a tomografia deve ser adicionada a esta incidência

quando existe dificuldade em realizá-la.

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ANATOMIA RADIOLOGICA DO OMBRO

O ombro é uma articulação complexa

formada por 3 ossos (clavícula, escápula e

úmero) que são mantidos unidos por músculos,

tendões e ligamentos. Esta é a articulação mais

móvel do corpo e é presa por um grupo de

tendões.

Encontra-se ainda no ombro bursas que

são "saquinhos" cheios de líquido da consistência de um óleo de motor.

O ombro pode movimentar o braço em círculo completo. Quando isso

acontece outras articulações também trabalham juntas, tal como a acromioclavicular.

Por ser a articulação que mais se movimenta o ombro é também o mais

instável e por isso mais favorável a lesões.

OMBRO = PORCAO PROXIMAL DO UMERO + CINTURA ESCAPULAR

PORÇÃO PROXIMAL DO ÚMERO

A porção proximal do úmero é à parte do

membro superior que se articula com a escápula

Sua região mais proximal é a cabeça

arredondada.

A área um pouco afinada, diretamente

abaixo e lateral à cabeça, é o colo anatômico. O

colo anatômico aparece como uma linha de demarcação entre a cabeça

arredondada e 05 tubérculos maior e menor adjacentes.

O processo localizado logo abaixo do colo anatômico na superfície anterior é

o tubérculo menor (ou tuberosidade, na literatura antiga). O processo maior

localizado lateralmente é chamado de tubérculo maior. A fenda profunda entre esses

dois tubérculos é o sulco intertubercular (sulco bicipital).

A área estreitada abaixo da cabeça e dos tubérculos é o colo cirúrgico.

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Distalmente ao colo cirúrgico está o longo corpo (diáfise) do úmero.O colo

cirúrgico é assim chamado porque é sede freqüente de fraturas que exigem correção

cirúrgica da porção proximal do úmero. Fraturas ao nível do colo anatômico, mais

espesso, são menos comuns.

Anatomia da Porção Proximal do Úmero na Radiografia

Algumas partes são de visualização mais difícil nas radiografias que nos

desenhos esquemáticos, mas um bom conhecimento das localizações e das

relações entre as várias partes anatômicas ajuda na identificação das partes.

A figura ao lado é uma radiografia em AP do ombro obtida com rotação ex-

terna, que coloca o úmero em uma posição AP verdadeira, ou frontal.

A. Cabeça do úmero

B. Tubérculo maior

C. Sulco intertubercular

D. Tubérculo menor

E. Colo anatômico

F. Colo cirúrgico

G. Corpo (diáfise)

A localização relativa entre os tubérculos maior e menor é importante na

determinação de uma incidência frontal verdadeira ou uma incidência AP verdadeira

da porção proximal do úmero. Observe que o tubérculo menor está localizado

anteriormente e o tubérculo maior está localizado lateralmente em uma incidência

AP verdadeira.

CINTURA ESCAPULAR

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A cintura escapular, através dos ossos que a constituem, a clavícula e a

escápula, juntamente com os músculos e seus respectivos ligamentos, conecta o

membro superior ao esqueleto axial, formando um complexo articular.

Anteriormente, a cintura escapular conecta-se

com o tronco ao nível da porção superior do esterno.

Posteriormente, a conexão com o tronco é incompleta,

porque a escápula está conectada ao tronco apenas por

músculos. A cintura escapular e o membro superior

comunicam-se na articulação do ombro, entre a

escápula e o úmero. Cada clavícula está localizada sobre as regiões superior e

anterior da caixa torácica. Cada escápula está situada sobre as regiões superior e

posterior da caixa torácica.

Através dessa conexão, a cintura escapular possui grande mobilidade

realizando diversos movimentos, tais como: depressão e elevação, abdução e

adução, protração e retração, rotação inferior e rotação superior, que são

movimentos que fazem parte de nossas atividades de vida diária, sendo assim, ela é

de grande importância.

Clavícula

A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo

curvado como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da

primeira costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente

com o acrômio da escápula. Tem duas

extremidades, duas faces e duas bordas.

A extremidade acromial da clavícula é

achatada e possui uma curvatura orientada

para baixo, ao nível de sua comunicação com

o"acrômio. A terminação esternal é de formato

triangular e também está orientada

inferiormente para articular-se com o esterno.

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Em geral, existe uma diferença de tamanho e de formato

da clavícula entre homens e mulheres. A clavícula feminina

é geralmente mais curta e menos encurvada do que a

masculina. A clavícula masculina tende a ser mais espessa

e encurvada, sobretudo em homens com a musculatura

muito desenvolvida

Anatomia da Clavícula na radiografia

A radiografia em AP da

clavícula na figura identifica as duas

articulações e as três partes da

clavícula:

Articulação esterno clavicular;

Extremidade esternal;

Corpo;

Extremidade acromial;

Articulação acromioclavicular.

Escápula

É um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma

a parte dorsal da cintura escapular. Tem a forma triangular apresentando duas

faces, três bordas e três ângulos.

Anatomia da escápula na radiografia

O conhecimento dos formatos e das relações entre as

regiões anatômicas ajuda na identificação de cada uma das

partes constituintes da escapula.

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POSICIONAMENTO RADIOGRAFICO DA INCIDENCIA

Posição do Paciente

Posicione o paciente em decúbito ventral sobre a mesa, com o ombro afetado

elevado a cerca de 3 polegadas (7,5 cm) do tampo da mesa

Posição das Partes

Abduza o braço afetado a 90°, com o cotovelo fletido para permitir que o

antebraço penda livremente ao lado da mesa.

Advertência: Não tente rodar o braço se houver suspeita de fratura ou

luxação

Rode a cabeça para o lado oposto da lesão, posicione o chassi em um

suporte de chassi vertical e fixe-o sobre a superfície superior.do ombro.

Raio Central

Horizontal em relacao a axila, angulado de 25 a 30 graus em relação a LCM.

DFoFi

Mínima de 10 polegadas (100 cm)

Colimação

A colimação deve ser feita nos quatro lados da área do ombro afetado.

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CONSIDERACOES TECNICAS

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm ou 24x30 cm, no sentido transversal em relação ao

paciente;

Suporte de chassi vertical (a grade não pode ser usada por causa do ângulo duplo

do RC);

KV: 60 a 70;

mAs: 40 a 50.

Respiração: apneia.

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PROTECAO RADIOLOGICA

Uso de Protetor Tiróidiano, Pulmonar e Pélvico e colimação rigorosa.

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INDICACOES PATOLOGICAS

Realizada para patologias específicas como o defeito de Hill-Sachs e fraturas

de Bankart, pesquisa de processos degenerativos na porção medial da cabeça do

úmero e de calcificações na articulação escapuloumeral.

Ombro (excetuando-se o traumatlsmo).

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ESTRUTURAS MOSTRADAS NA RADIOGRAFIA

Uma incidência lateral da cintura escapular é mostrada.

A face ântero-inferior da borda glenóide é bem evidenciada. A cabeça do

úmero é vista sem superposição do processo coracóide.

A combinação adequada de densidade e contraste sem nenhuma

movimentação mostrará o trabeculado ósseo de forma clara e definida, bem como

as partes moles. . A face distal do processo do acrômio deve ser parcialmente visível

através da cabeça do úmero.

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BIBLIOGRAFIA

Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica - 5º Edição

FERRASSA, Karina Damas. Tratado pratico de radiologia.3° edição, Yendis.

http://www.google.com.br