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Wieglaf

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Campanha da mesa de Game of Thrones no RRPG. Personagem de Hitoshura. Narrado por mim ^^

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<Narradora>Stonedance estava numa semana comum e o comércio de frutos do mar tão intenso como sempre

estivera nos últimos tempos. Wieglaf tinha trabalho todos os dias, descansando somente depois do entardecer. Alfred,

aquele que o acolheu, explicava sobre o movimento intenso desses últimos dias e rumores diziam que a casa dos

Massey estavam se realinhando depois da grande batalha. O jovem viu ali alguns estandartes dos Baratheon e

Clegane, que seguiram para longe do "Gancho de Massey", para longe da baia de Blackwater. Ao que parecia, a

perseguição ao jovem já havia cessado e ali ele parecia seguro... pelo menos se sentia assim. "Leen" a jovem

misteriosa que sempre vinha para juntos dos humildes disse que iria contar um segredo ao rapaz e, embora

soubesse que ele não demonstrava quase nenhum interesse no que ela dizia, ela prometera que seria algo

interessante. Isso causou certo "ciúme" em Nana, que mesmo com toda gentileza, mantinha certo "nariz

empinado" para a garota. Wieglaf havia acabo seu trabalho, mais um dia bem sucedido. "Leen" o esperaria no

bosque onde, vez ou outra, os jovens brincavam, ao que lhe dissera... restava saber se ele iria...

<Wieglaf> *Wieglaf era apenas um rapaz, ainda com o corpo em desenvolvimento embora a barba e bigode o

dessem um aspecto de maior maturidade. Tinha um corpo bem trabalhado, mas não exatamente musculoso. Seus

olhos eram verdes como esmeraldas e faziam uma intrigante mistura com sua descendência, aparentemente de

Dorna. Usava apenas farrapos como era digno de um pescador em Stonedance... Depois de um dia de trabalho, o

que mais sentia falta era de um banho quente e um jantar que não fosse peixe... Mas o Ursupador havia

roubando-lhe tudo aquilo... Ele era agora apenas um pescador em Stonedance, e se o Deus de Muitas Faces fosse

misericordioso, o deixaria em paz ali por mais algum tempo. O mesmo se arrumava para ir ao encontro de Leen,

seu melhor amigo havia dito que era muito importante estar bem arrumado quando fosse encontrar as garotas,

sabe-se lá por que, então ele colocou seus melhores trapos. Seguiu então até o bosque, afinal estava curioso sobre

o segredo prometido* "Está um belo dia hoje... A pesca foi boa... Incrível como alguns meses me permitiram me

acostumar com uma vida tão simples, eu jamais me imaginaria pensando nisso um ano atrás... Pena que o preço

disso foi caro demais." *Pensava enquanto caminhava ao bosque, com sua postura neutra de sempre*

<Narradora>O local estava com algumas crianças e adolescentes, o que era bem comum. Alguns usavam simples

espadas de madeira e faziam suas disputas amistosas. Desde cedo se tinha o sonho de entrar para a guarda da

cidade, que era bem composta, diga-se de passagem. Nos rumores citavam um contingente de mais de dois mil

(2000) homens, fora a frota de navios. Wieglaf, um pouco mais bem vestido, não era dos mais perceptivos e

atenciosos, mas percebeu Nana o seguindo. Talvez estivesse curiosa no que a jovem misteriosa diria a ele. Ela

tentava, embora não fosse eficiente, se manter longe da vista do garoto. Já no local, ele não havia, ainda,

encontrado "Leen".

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<Wieglaf> "Ora bolas... O que está acontecendo aqui? Uma garota me seguindo e outra querendo me contar

segredos? Talvez o Jimmy estivesse certo sobre aquelas conversas estranhas..." *Pensava coçando a barbicha

enquanto procurava por Leen* "Droga de situação... Acho que vou me fazer de desentendido e deixar ela me

seguir... Afinal se eu e ela chegarmos em Leen ela não vai contar o segredo..." *Continuava em seu caleidoscópio

de pensamentos* "E ainda assim não seria honesto com Leen nem com Nana... Eu não posso ser egoísta nessas

horas." *Ele finalmente se virava, e dava um pequeno tchau para Nana, demonstrando que sabia que ela estava

ali*

<Narradora>Nana mudou de cor, de vergonha, na mesma hora, e procurou mudar um pouco seu curso, depois de

retribuir o aceno. Ao que parecia ela foi falar com outra jovem que estava ali. Dificilmente os garotos aceitavam

duelos com outras garotas e de certo foi por isso que Wieglaf não viu "Leen" com uma espada de treino na mão,

desarmando um rapaz, aparentemente dois anos mais velho do que ela. Depois de enviar a espada do rapaz a 4

metros dele, os outros garotos que acompanhavam a disputa começaram a zombar do rapaz. Assim que ela se

virou, ela sorriu ao ver que Wieglaf já havia chego e entregou a espada, educadamente, a outro jovem, para que

ele assumisse seu lugar na brincadeira. Não havia suor algum no semblante dela e ela trajava uma roupa simples,

como de costume, embora sempre com características nobres. Ao se aproximar ela disse:

** NPC: <"Leen"> -- Que bom que veio. Ela sorriu e fez um breve cumprimento polido. -- Podemos conversar?

Ela espera a reação do rapaz.

<Wieglaf> "Eu hein... O que será que deu em Nana? Pensei que ela queria falar comigo ou algo assim..." *Ele

coçou a cabeça ao ver a reação da mesma e então continuou seu caminho, admirando a beleza de força de

"Leen" em humilhar os garotos da região com sua espada de madeira e nem se cansar com isso.* -- Boa tarde,

Leen! Como vai? *Ele sorria gentilmente* -- Sem misericórdia como sempre, huh? *Ele assumia uma postura mais

aberta e amigável, se sentindo humilhado perto das roupas da mesma* -- Claro! É por isso que estou aqui.

** NPC: <"Leen"> -- Imagina, foi apenas um vacilo dele. Ficou feliz com o primeiro comentário do jovem e

prosseguiu -- Bom, vamos até mais próximo do lago. Não quero que os garotos fiquem ouvindo nossa conversa.

Ela olhou para ver a reação de Wieglaf. [§K4-- Não se importa com isso, não é? Sorriu.

<Narradora>Mais ao longe, Nana tentava ouvir o que os dois conversavam, mas parecia não estar sendo muito

feliz na tentativa

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<Wieglaf> -- Huh.... *Ele coçava o torso cabeludo e levemente exposto enquanto suas bochechas ficavam

levemente rosadas* -- Eu não vejo por que teria problemas... *Ele fitava o caminho e então começava a seguí-lo,

sem muita cerimônia* "O que será que tem de errado com a Nana? Espera... Ela está me perseguindo... Talvez ela

queira saber o segredo de Leen!" *Pensava preocupado, especialmente se suas suspeitas de que Leen fosse uma

nobre fossem verdades, ela provavelmente seria proibida de voltar a brincar com os outros garotos se isso

chegasse nos pais dela*

<Narradora>Leen conduziu o jovem até mais próximo do lago e Wieglaf teve a sensação de que ela também

percebeu a curiosidade excessiva e pouco furtiva de Nana. Por mais que a garota de cabelos negros fosse um poço

de gentileza, de nada isso a ajudava em suas tentativas de se ocultar. Era bem estabanada. Já no local, com a

noite quase chegando, a jovem respirou a brisa fresca que o local tinha. Era um dos poucos locais onde não se

podia ouvir o barulho do mar, pois os grilos cricrilavam alto ali. Depois de alguns segundos, ela começou:

** NPC: <"Leen"> -- Sei que já deve ter reparado... Ela mexeu na roupa dela, indicando o que estava dizendo.

-- Mas não foi pra isso que vim até aqui hoje. Vim para falar de você... Ela olhou para ele com seus olhos e

olhar misterioso.

<Wieglaf> -- Só pra falar comigo? *Ele parecia surpreso e confuso enquanto inclinava levemente o pescoço, um

maneirismo inevitável dele que o tornava fácil de ler, será que ela sabia quem ele era? Será que era aquele o

segredo? Será que ela iria chantageá-lo?* --E... Eu não fiz nada errado, fiz? *Ele dizia com um tom de

preocupação na voz e levemente nervoso com a situação. Como sabia onde Nana estava, falava em um tom de voz

que sabia que ela não iria ouvir pois os grilos iriam abafar, afinal podia ser a sua teoria inicial, ainda...* -- Em

minha defesa, não fui eu que colocou aquele peixe venenoso na barraca de venda! E nós tiramos antes que ele

fosse vendido! *Ele tentava manter a máscara do simples pescador*

** NPC: <"Leen"> Ela sorri, apertando os olhos e inspirando para começar a falar, na sua voz calma e

cristalina de sempre. -- Não é de peixes que venho falar. Soube do por quê de sua cicatriz. Ela faz uma pausa

rápida, não deixando dando brechas para nenhum comentário. -- Mas antes que pense qualquer coisa, ouvi de um

soldado que haviam pessoas atrás de você. Isso não me preocupou, no início, mas depois de descreverem você eu

tinha certeza que o conhecia. Ela fez um gesto com a mão dizendo que iria continuar, era quase como se

quisesse tranquilizar o rapaz. -- Um dos líderes Clegane disse que se o encontrasse, o alistaria em seu exército

pessoal Ela sorriu. -- Para eles você é o jovem habilidoso de cabelos cor de terra.

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<Wieglaf> -- Droga... *Dizia o mesmo dando um pequeno soco na terra ao lado dele* -- O que ele disse

provavelmente achava que era verdade, Leen... *Ele dizia com um tom triste* -- Mas você viu o que Ro... O que o

ursupador fez com todos os Targaryen... Não há segundas chances no jogo dos tronos, Leen... E mesmo que fosse,

eu iria optar pela morte a seguir os Clegane. *Ele dizia com um tom triste na voz* -- Eu vou precisar ir embora

então... Não é justo colocar em vocês um fardo tão grande. Obrigado por ser minha amiga e me avisar... *Ele

ficava alguns instantes silencioso, pensativo sobre o que fazer em seguida, parecia querer engolir lágrimas que

pareciam tentar surgir nos olhos*

** NPC: <"Leen"> Ela se sentiu compadecida com o que Wieglaf disse, mas para a surpresa do garoto ela

parecia saber exatamente o que ele iria responder. -- Seria ruim pensar em fugir, visto que eles deixaram a

cidade, mas não cessaram a perseguição. Pela manhã estarão na zona portuária fazendo buscas, acham você

realmente talentoso para se tornar um vagante. Ela virou de costas para ele e fitou o céu. -- O que fizeram

com os Targaryen foi horrível e sinto ser tão condescendente mas... orei por não ter sido minha família no lugar

deles... Ela volta-se novamente para Wieglaf. -- Não estará seguro partindo e por isso eu gostaria que confiasse

em mim... preciso que venha até minha casa... Ela diz, mantendo uma expressão suave. Não demonstrava nenhum

tipo de medo e falava com extrema segurança.

<Wieglaf> -- Eu não sou tão talentoso assim... *Ele mordia o lábio* -- Eu falhei em proteger Rhaenys... Ela era

como uma irmã pra mim... *Ele notava que as lágrimas escapavam de seus olhos, e enxugava* -- Você é estranha,

Leen, primeiro me diz que agradece aos seus deuses por não ter sido sua família, e então me pede para colocar

sua família no risco de seguir o mesmo caminho... *Ele dizia, levemente envergonhado com as lágrimas*

** NPC: <"Leen"> -- Não faria isso se não soubesse que daria certo Ela esboça um sorriso, não querendo

parecer insensível para com as lágrimas do jovem. -- Eu vim falar pessoalmente porque sei do perigo que está

correndo... consigo ver honra na suas palavras e gestos e... Ela coloca a mão no peito e cessa um pouco a

conversa, como se escolhesse as palavras. -- Bem... sei que você não aceitaria a proposta deles... Agora ela

demonstra um pouco de tristeza. -- A morte é uma moeda de troca... e você não deve ter esse fim... por isso,

peço que me acompanhe. Ela junta as mãos a frente do corpo e aguarda a decisão do garoto.

<Wieglaf> -- Eu... *Ele coçava a cabeça e então se levantava* -- Tudo bem... Mas se eu vou aceitar sua ajuda

eu vou ter que se mais um pouco egoísta e pedir uma coisa... *Ele tentava não olhar na direção de onde Nana

os espiava* -- Alfred e Lea, se os Clegane chegarem até eles por alguma razão... Eles não podem morrer por

minha causa. Você poderia se assegurar disso, milady? *Ele dizia em tom politizado, finalmente voltando á sua

verdadeira persona*

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** NPC: <"Leen"> Ela sorri, se sentindo bem com a resposta de Wieglaf. -- Sim, eles estarão seguros. Já deixei

preparada uma carta onde diz que você se encontra sob cuidados e não haverá problema algum em mantermos

alguém próximo para assegurar que eles fiquem bem. Ela olha na direção de Nana, que disfarça se escondendo

atrás de uma árvore. Em seguida ela volta a olhar para o rapaz. -- Quer falar com ela antes de partir?

<Wieglaf> -- Sim... Acho que ela merece saber... *Dizia coçando a cabeça, encabulado, enquanto seguia até a

mesma com sua postura neutra de sempre, embora tentando esconder o fato de que estava chorando há pouco* -

- Boa noite, Nana... Escuta... Eu tenho uma coisa muito séria para falar com você... *Ele tinha um tom triste na

voz, se perguntava se poderia realmente confiar em Leen, queria acreditar que sim, mas sentia que estava indo

para uma armadilha, mesmo que ela quisesse ajudá-lo seus pais provavelmente não iriam querer, especialmente se

fosse a casa que ele achava que era e especialmente depois dos rumores que circulavam a casa que ele achava

que era... De qualquer maneira ele não tinha muitas opções*

** NPC: <Nana> Abre um grande sorriso por ele vir falar com ela e depois percebe que ele está triste e acaba

ficando com um semblante preocupado. -- Séria? Séria como? Ah não... não é coisa triste é? Seria ruim se fosse

não é? Ela começa sua avalanche de perguntas demonstrando imensa preocupação e não deixando o rapaz falar.

-- Ela te fez algum mal? te deixou triste? Fez beicinho de choro.

<Wieglaf> -- Não é nada disso... *Ele tentava sorrir para Nana* -- Mas é sim uma coisa ruim. *Ele coçava a

cabeça, tentava pensar em falar aquilo tudo de uma maneira que não deixasse a mesma muito triste, mas não

conseguia pensar em muitas alternativas* -- Eu sou... Eu era um nobre. *Ele dizia com um semblante triste* -- E

minha família participou no lado errado da guerra... Eu pensei que eu conseguiria refúgio aqui, mas eu estava

errado... *Ele parecia criar forças para continuar falando* -- Eu adorei te conhecer, Nana, você foi a melhor amiga

que eu já tive até hoje... Você e o Jimmy provavelmente foram meus únicos amigos de verdade, obrigado por me

mostrar a cidade e... Por tudo. *Ele a abraçava*

** NPC: <Nana> Aceita o abraço e começa a chorar copiosamente. Ela tenta falar, entre lágrimas emocionadas,

parecendo não entender o que o garoto dizia. -- Mas... você... oque você vai fazer? o... oque você está dizendo...?

não conteve as emoções dela e chorou ainda mais. Soluçava confusa nos braços do rapaz. -- Pra... onde você vai

Wi.. egraf? ... Diz pra mim? Olhou para ele com muitas lágrimas no rosto... estava visivelmente abalada e mal se

sustentava de pé, sendo ajudada a manter-se assim pelo abraço do rapaz.

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<Wieglaf> -- Eu não sei, Nana... *Ele realmente não sabia de certeza* -- Eu vou continuar fazendo o que eu

estava fazendo até agora... Sobrevivendo. *Ele sorria, surpreso com a demonstração genuína de sentimentos de

Nana* -- Eu te prometo que eu vou ficar bem... E quando toda a poeira baixar vou voltar para visitá-la... Tudo

bem? *Apesar de estar sorrindo ele estava triste, teria que deixar para trás mais pessoas: Nana, Jimmy, Lea, Alfred...

Teria que abdicar deles. Mas aquilo era o melhor para eles... Tentando ser forte pelo menos para Nana e

demonstrar confidência no que falava, ele secava seus olhos*

** NPC: <Nana> Ela ouve muito sentida as palavras de Wieglaf, mas as aceita. Depois que ele fez a promessa,

ela pareceu se sentir melhor, mas ainda sim quis ter certeza. Indagando sobre a promessa. Depois de ouvir a

resposta de Wieglaf, ela o solta, desvencilhando do abraço e dando uns tropeços até se equilibrar. Ela vai com

passos firmes na direção de Leen e sussurra algo no ouvido dela. Em seguida ela retorna e abraça mais uma vez

Wieglaf com ternura e diz: Estarei esperando... E aguarda para vê-lo partir.

<Wieglaf> -- Até logo...Nana. *Ele dizia coçando levemente o nariz envergonhado e agradecido pela gentiliza da

mesma. Ele então fitava Leen, e começava a avançar na direção que achava que ela iria avançar, esperando pela

mesma*

** NPC: <Leen> Deu um breve aceno de despedida para Nana e foi seguindo caminho, esperando que o garoto

a acompanhasse. Depois de alguns minutos de caminhada, ela sem dizer uma palavra, chegaram nos arredores do

bosque onde havia um homem esperando com dois cavalos. Antes que Wieglaf pudesse perguntar qualquer coisa, ela

montou em um deles e o homem montou em outro, estendendo a mão ao garoto dizendo "Suba". Não havia

nenhuma insígnia ou brasão de casa em suas vestes, apenas uma túnica em três cores (verde, vermelho e azul).

Leen cortou o silêncio e a indecisão, se houvesse, do rapaz. -- Vamos Wieglaf. Quanto antes chegarmos melhor.

Disse ela com a mesma confiança.

<Wieglaf> *Montava no cavalo demonstrando ter uma razoável habilidade prévia nisso. Ele se perguntava se

deveria pegar suas armas escondidas... Não, seria uma rude demonstração se as intenções de Leen em ajudar

fossem genuínas... E ainda assim sem elas ele se sentia nú, vulnerável... Mas sabia que teria de ser assim.* --

Então... O que a Nana lhe disse lá atrás? *Ele parecia evitar de fazer a pergunta mais importante de propósito,

queria que ela falasse quando quisesse*

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<Narradora>Assim que o garoto montou, de maneira segura até, eles partiram a galope e praticamente não era

possível manter uma conversa. Subiram a enseada bem depressa e foram seguindo na direção da fortaleza algumas

léguas dali. Quando se aproximaram da amurada, Wieglaf viu as bandeiras da Casa dos Massey e nesse tempo os

cavalos voltaram ao ritmo mais calmo. Quando questionou sobre Nana, Leen respondeu que ela disse para cuidar

do garoto e que jamais a perdoaria se acontecesse algo com ele. Leen sorriu e disse ter concordado com o pedido.

Assim que se aproximaram do local, os portões pesados foram abertos e, ao invés de subir a ala alta para a

fortaleza, Leen guiou-se, junto do homem, para a parte rasa, onde se encontravam os estábulos. Ali desmontou e

esperou que o jovem fizesse o mesmo. Assim que ele o fez, o homem seguiu com os dois cavalos para a parte de

dentro e ela falou a Wieglaf:

** NPC: <Leen> -- Siga-me E começou a caminhar mais adentro da ala baixa.

<Wieglaf> *Sorria ao ouvir o que havia acontecido na conversa entre Leen e Nana, se fosse verdade ele tinha

conseguido duas amizades realmente genuínas, algo que ele nem tentava conseguir em Porto Real... Pelo visto tinha

uma guardiã. Quando nos estábulos, o mesmo desmontava coçando o nariz com o cheiro do lugar, um cheiro que

há muito tempo não sentia* -- Tudo bem... *Ele dizia sobre as orientações da mesma* -- Então, você não vai me

dizer nunca qual o seu verdadeiro nome? *Ele sorria enquanto avançava*

<Narradora>Ela seguiu com o jovem pela ala, ladeando o muro do passadiço. A fortificação era imponente e

Wieglaf notava certo respeito por parte dos guardas quando ela passava por eles. Ela seguiu até ir para a outra

ala, ao leste, onde havia um pequeno corredor até uma porta de madeira. Lá ela ouviu a pergunta de de Wieglaf

e resolveu responder antes de prosseguir.

** NPC: <Aileen Massey> -- Me chamo Aileen Massey Ela disse convicta e acrescentou. -- Mas não precisa

perder seu tempo com conjecturas e mudança de tratamento. Ela sorriu e apontou para a porta. -- Vamos... Ela

disse e a abriu indicando para que o garoto entrasse.

<Wieglaf> -- Tudo bem, milady... *Ele dizia desobedecendo a mesma com um sorriso de brincadeira no rosto,

sentindo que estava inapropriadamente vestido para o lugar... Se bem que aquelas eram suas melhores roupas...*

"Bem, se eles quisessem me matar não precisaria ter me guiado tão para dentro do castelo... Agora só resta a

possibilidade de um Montanha estar me esperando em meu destino... O que é menos pior que morrer, eu acho..."

*Pensava, e coçava o torso sentindo a cicatriz que havia recebido de presente*

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Após Wieglaf entrar, ele se deparou com um simples salão de armas, onde escudos e lanças adornavam o local. Era

um salão amplo, com duas colunas de cada lado, com um teto que chegava facilmente aos cinco metros. Iluminado

por tochas, o local apresentava, em destaque, apenas um homem vestido de armadura. Segurava um elmo em mãos.

Os pensamentos do rapaz foram interrompidos pelo barulho da porta atrás dele, pois Ailenn havia entrado também

no salão. Ela caminhou mais depressa, passando por Wieglaf e indo se juntar ao guerreiro veterano. O brasão da

casa, com os três redemoinhos, estava em relevo no peitoral de aço portado pelo homem de expressões sérias, que

recebeu a jovem com uma mesura, respeitosa, e colocando a mão em sua testa, ao que ela retribui com uma leve

inclinação de corpo. O guerreiro veterano se aproximou do rapaz, que ainda vislumbrava todo o cenário e falou

em voz grave e rouca.

** NPC: <Cavaleiro> -- Bem vindo sejas a casa dos Massey Ele retira de dentro da braçadeira metálica dele um

pedaço de pano vermelho e entrega para o rapaz. -- Carregue consigo, jovem. A partir de hoje será da guarda

pessoal de nossa casa. Lady Aileen solicita seus serviços. Ele esperou que o garoto aceitasse o tecido de grande

qualidade.

<Wieglaf> -- Meu lorde.... *Ele dizia com hesitação nos olhos* -- Eu não sou digno de tamanha honra... *Ele

parecia hesitante em aceitar a proteção daquela casa, se perguntava se o cavaleiro estava ciente de tudo que

acontecia ali* -- Eu fui ensinado que sorrir para a morte é a melhor maneira de evitá-la, mas que no fim ela é

a única verdade absoluta... Meu lorde está ciente de que me dando um escudo para protegê-lo estará se colocando

em posição de necessitá-lo? *Ele parecia cuidadoso nas escolhas das palavras*

** NPC: <Cavaleiro> -- Lady Aileen tomou todas as medidas cabíveis para que não fostes encontrado. Teve total

controle das ações para manter afastado teus perseguidores e não vejo porque não confiar nas convicções dela.

Peço que aceite, somente. E ele mostra o tecido para o jovem novamente.

<Wieglaf> *Ele aceitava o pano, embora hesitante... Se perguntava se estava tomando a decisão certa, se deveria

trocar mesmo a liberdade de um Dançarino das Águas... Mas que liberdade ele tinha realmente? Aquilo era uma

coisa boa que estava acontecendo com ele, não poderia renegar a misericórdia do Deus das Muitas Faces... Se ele

tentasse sobreviver sozinho iria morrer, descobriu isso no caminho de Stonedance, foi apenas sorte que o manteve

longe dos Shadowcats, ele não tinha nenhum treinamento para sobreviver áquelas coisas* -- Me desculpe, meu

Lorde, nunca me foram ensinadas as palavras de Juramento.

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** NPC: <Cavaleiro> Depois que o jovem aceitou o tecido, desembainhou demoradamente a espada e pediu que

o jovem se ajoelhasse. Assim que o jovem o fez ele disse na sua voz afirmativa. -- Preste atenção nessas Palavras

e repita (OFF: os sinais de || representam pausa na fala): Sobre o despenhadeiro || Meu pensamento se eleva

|| das causas justas serei o eleito || Fortaleza e esperança || das causas nobres serei confesso || Porto

seguro e confiança || Serei averso ao resto || Serei eu mesmo e sempre || Protetor e Farol para os

necessitados || Debruço-me sobre o ódio do mundo || Sou um juramentado cavaleiro || A partir de hoje ||

E sempre ||

<Wieglaf> *Ele se ajoelhava como imaginava que seria necessário e então repetia as palavras quando elas eram

ditas, sem muitas solenidades* -- Sobre o despenhadeiro || Meu pensamento se eleva || das causas justas

serei o eleito || Fortaleza e esperança || das causas nobres serei confesso || Porto seguro e confiança ||

Serei averso ao resto || Serei eu mesmo e sempre || Protetor e Farol para os necessitados || Debruço-me

sobre o ódio do mundo || Sou um juramentado cavaleiro || A partir de hoje || E sempre ||. *Só então

depois de falar ele notou que havia recebido o título de Cavaleiro, e inclinou a cabeça em alguns graus confuso, se

perguntando se eram apenas palavras ao vento ou havia recebido mesmo aquele status*

** NPC: <Cavaleiro> Bateu levemente com a espada nos ombros do garoto e em seguida disse, ainda com o

jovem de joelhos. -- Que essas não sejam palavras vazias e que a lua testemunhe seu juramento perante o mar

grandioso. Duas são as testemunhas desse dia, não mais do que isso nos importa. Que os indignos caiam sob sua

lâmina, que a maré de justiça engolfe aqueles que tentarem impor sua lei torpe e inescrupulosa. Seja homem nos

aspectos que lhe cabem, cavaleiro, e serás lembrado para todo sempre. Disse no seu tom sério, mas permitiu-se

esboçar um muito discreto sorriso. -- Mas não será nada sem uma espada... Ele pediu para que o jovem se

levantasse, fazendo um sinal e continuou. -- Seus desígnios começam amanhã. Por hora não temos mais o que

conversar. Fez uma mesura para Aileen e embainhou sua espada, saindo na direção da porta, deixando somente os

dois no salão.

<Wieglaf> *Se levantava quando recebia o sinal para fazê-lo* -- Então... *Dizia enquanto fitava o cavaleiro sumir

por uma porta daquela casa que mais parecia uma mansão* -- Eu sou um "Sor" agora? *Ele coçava a cabeça,

confuso com tudo aquilo e então visualizava melhor as armas naquele lugar... Pelo visto não iria precisar mais

manter escondida sua lâmina braavosiana, esperava ter a chance de usá-la*

** NPC: <Aileen> -- Ainda não. Ela se aproximou dele com um sorriso de satisfação. -- Precisa ainda

demonstrar lealdade e competência para se tornar um, mas por enquanto você está vivo e protegido. Desde que

boatos não corram os salões da fortaleza, não haverá problemas em manter sua identidade oculta, cavaleiro. Ela

sorriu mais uma vez e indicou a porta. Mais alguma pergunta antes de ir para o dormitório?

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<Wieglaf> -- Só mais uma... Quem era esse? *Apontava para a porta por onde o homem havia saído* -- Eu

acho que eu agi feito um idiota pensando que tava falando com seu pai, hahahaha! *Ria embaraçado, coçando a

cabeça* -- Eu nem notei as pistas! *Ele ria de si mesmo, pelo menos não o havia ofendido, isso era bom* --

Obrigado por tudo, Le... Digo, milady.

** NPC: <Aileen> Foi saindo e conversando. -- Sir Toras Lanrien, chefe dos cavaleiros. Ela sorriu ante a risada

e o comentário dele. -- Sou muito próxima dele pois ele me ensinou o manejo com a espada. Agradeço-o por

isso. Ela aceita os agradecimentos e o leva pelo corredor, depois de sair pela porta e fechá-la. Seguiu a passos

calmos pela ala do outro lado até chegar no corredor, mantendo-se no começo dele. Ali ela disse. -- Siga até o

final. Você deverá ficar na última porta, lá haverá uma cama para repousar. A ala de banho é próxima dali e está

indicada por uma aviso em madeira. Espero que aproveite. Ela mantem sua voz calma e cristalina. -- Pela

manhã eu tenho meus afazeres e talvez venha no período da tarde saber de sua adaptação. Fique bem... Ela fez

menção de sair, mas esperou caso o jovem fizesse mais algum comentário.

<Wieglaf> -- Hahaha.... Sabia que não humilhava os pobres filhos de pescadores á toa. *Ele dizia com um sorriso

bobo no rosto* -- Escuta... O que Sir Toras disse é verdade... Mas eu não me sinto á vontade com as espadas de

Westeros, meu pai me ensinou a arte da batalha de Braavos, a arte de um Dançarino das Águas. Eu ainda tenho

minha espada... Se eu disser onde a escondi acha que o lorde seu pai permitiria seu uso? *Ele dizia ao notar que

ela ainda esperava, sentindo que já abusava da boa vontade de sua amiga e senhora*

** NPC: <Aileen> -- Meu lorde meu pai está entre as estrelas do leste, sob a ilha nevada e minha mãe junto

dele. Estou sob os auspícios de meu tio, Sir Ryan Massey. A ele devemos nosso respeito. Ela faz uma pausa

simbólica por lembra os nomes dos pais e depois continua. -- Suas habilidades já foram vistas e sua espada pode

levantar suspeitas. Quisera eu permitir que ficasse junto dela apenas em memória a sua história, mas qualquer

passo em falso e os estandartes amarelos estarão na amurada com suas lanças exigindo explicação. O que posso

permitir é que a traga para cá, após um dia onde esteja com alguém de confiança de minha parte. Assim que

trazê-la para cá, teremos de pedir ao ferreiro que a modifique. Que seu peso e gume não sejam alterados, mas

que ela se encaixe em uma de nossas bainhas, mesmo que apenas de maneira figurativa. Ela começa a se afastar

e diz por cima dos ombros. -- Rhaenys não iria querer que fosse descuidado... E tomou a direção da ala alta...

Page 13: Wieglaf

<Narradora>Depois de alguns dias se adaptando aos costumes dos Massey, Wieglaf aprendeu sobre os costumes

de Stonedance e sobre a guarda da casa mais importante da cidade. Pelo que conseguiu aprender, havia 1000

soldados leves, 600 soldados pesados, 300 lanceiros, 200 arqueiros, 200 cavaleiros leves, 100 cavaleiros pesados, 10

embarcações menores de ataque, 5 embarcações de transporte e 5 embarcações grandes de guerra. Além de tudo

isso, Wieglaf, mesmo que parecesse uma informação inútil, soube que na fortificação haviam 250 vassalos, com os

mais variados serviços. Mesmo não sabendo quais funções tinham e nem quem eram todos eles, já que ele só

tinha permissão de ficar na ala baixa, fosse treinando, fosse sendo levado para conhecer o contingente. Aileen

aparecia dia sim, dia não, para conversar rápidas. A jovem parecia ter grandes afazeres na fortaleza. Toras acabou

sendo uma companhia mais presente na vida de Wieglaf e ele insistia que ele aprendesse tudo isso para que um

dia pudesse ser um grande Líder. Depois de uma semana completa, haveria uma inspeção numa das pequenas

ilhotas próximas da baia. De lá, ao que parecia, rumariam para Driftmark, com autorização do Rei Roberth, pois

rumores diziam que haviam Targaryens remanescentes escondidos... Era de manhã e o sol ainda se demoraria a

encontrar a posição de meio dia, pelo menos mais algumas horas. Wieglaf havia acabado de fazer seus desjejum

junto aos guardas e Toras havia lhe dito que ele teria seu próprio cavalo. Ele o estaria aguardando dentro de

alguns minutos nos estábulos...

<Wieglaf> *Uma das coisas que Wieglaf mais odiava de quando era nobre eram os dias passados com tutores,

debruçados sobre livros cheios de poeira, noites de festas e bailes onde regras tediosas de etiqueta e expectativas

sociais esmagavam qualquer chance de emoção, uma vida cheia de uma combinação maçante de dever, lazer e

segurança... Por algum tempo havia sentido falta disso, mas agora já voltava a odiá-las... Por que precisava saber

tanto sobre a casa? Que diferença faria em suas obrigações saber que havia 2.500 homens a comando dos

Massey? O melhor para ele seria que nem 100 deles soubessem que ele existia. Mas ele notou a insistência de

Toras, e para não desagradá-lo aprendia e memorizava o que o mesmo o requisitava. Pouco a pouco tentava

mesclar seu estilo de combate para um mais típico de Westeros, embora fosse difícil ser um dançarino que não

dança nem se exibe para os inimigos nem ri da cara deles em sua frustração... E assim o tempo passou. Quando

menos se deu conta era agora um pau mandado do Ursupador, e deveria investigar a casa que havia servido no

passado e exterminar seus remanescentes... Obviamente ele não estava nenhum pouco feliz com aquilo, mas tentava

não demonstrar enquanto fazia seu desjejum... Um pão dormido e ovos, nada extraordinário e ainda assim deixava

um sabor amargo em sua boca. Depois de feito ele seguia com os outros cavaleiros até os cavalos, fazendo uma

breve oração silenciosamente* "Oh Deus da Morte, senhor das muitas faces... Não me obrigue a lhe enviar aqueles

que eu servi no passado para sua foice..."

Page 14: Wieglaf

<Narradora>Sir Toras Lanrien, em sua imponente armadura com o brasão dos Massey, aguardava os jovens se

aproximarem. O experiente cavaleiro indicou, quando viu Wieglaf, uma das porteiras e acompanhou o rapaz até lá.

Depois dos cumprimentos costumeiros, ele lhe indicou um dos cavalos

(http://www.usfriesianreferral.com/imagesforwebpage/costume2.gif). Assim que se aproximaram do animal ele disse:

* NPC: <Toras Lanrien> -- Esse é Fal-rur, um excelente cavalo. Criado para combate em campo aberto e

facilmente adaptado para batalhas na praia. Ótimo trotador, com uma resistência excelente. Não é tão veloz, mas

seus atributos compensam essa defasagem. Ele passa as rédeas para o rapaz. -- Que ele lhe traga bravura

quando faltar.

<Wieglaf> *Como sempre, Wieglaf usava as roupas mais leves que podia, ele simplesmente não gostava de

armaduras, não era capaz de dançar com elas, atrapalhavam demais seu estilo de batalha que o deixava tão

confidente, sem muitas cerimônias o mesmo acompanhava o cavaleiro por onde havia sido indicado, e ouvia suas

palavras, só então se aproximando da criatura* -- Hahaha... *Ele sorria de modo discreto ao ouvir as palavras de

Sir Toras* -- Fal-Rur? Nomes de Westeros para cavalos são estranhos... Um cavalo assim deveria ser Argentum, ou

Maximus... *Ele dizia enquanto investigava o animal, circulando* -- Não, eu não quis lhe ofender, você é um cavalo

bonito, é sim. *Acariciava o mesmo e então pegava as rédeas, montando no mesmo* -- Obrigado, Sor Toras. Vamos

então... *Dizia ao guiar o cavalo para fora da porteira, tentando se acostumar com o mesmo antes de forçá-lo a

coisas mais pesadas*

** NPC: <Toras Lanrien> Sorriu com o comentário de Wieglaf e prosseguiu, levando seu corcel branco para se

alinhar aos outros. -- Sim, de fato é um nome estanho, mas é tão antigo quanto as terras do oriente. Aileen fez

questão de passá-lo aos seus cuidados. Enquanto todos se agrupavam para sair pelos portões, Wieglaf viu próxima

as dobras metálicas rígidas da fortaleza, Aileen montada num corcel inteiramente negro. Ela vestia um corselete

esverdeado claro e estava com uma bela túnica sobre ele. Presa a cena uma belíssima bainha escondia uma

espada de punho prateado que faria inveja aos grandes ferreiros do norte. Ela fez um sinal para que os soldados

se organizassem e Toras foi ao encontro dela, dando sinal para que Wieglaf fizesse o mesmo. Ela parecia satisfeita

com a comitiva de 50 soldados ali reunidos. Ao que parecia a campanha para ilha demandaria um bom

contingente. Ela sorriu ao ver o jovem e fez sinal para que os portões se abrissem quando todos ficaram em

formação.

Page 15: Wieglaf

<Wieglaf> "O que será que encontraram em uma ilha minúscula para precisar de 50 soldados?" *Pensava

Wieglaf surpreso não só com o tamanho da comitiva, mas também pelo fato de Aileen se envolver diretamente

nela e liderá-la... Seu tio devia ser uma pessoa bastante compreensiva ou bastante ausente... Mas não importava

muito. Ao ver o sinal de que deveriam se organizar, o rapaz o fazia, seguindo Toras e então entrando em

formação próximo a mesma, por cortesia, ele então dizia:* -- Bom dia, milady. *Obviamente ele tentava não

demonstrar proximidade com a mesma, mas mesmo depois de tanto tempo ainda queria chamar ela apenas por

Leen e ás vezes ainda sentia o cheiro de peixe no seu corpo*

<Narradora> A comitiva seguiu em marcha na direção da praia e algo como um sentimento de "saudade" bateu

no peito do jovem. Já se completara uma semana sem ter notícias de seus novos parentes, tão pouco dos amigos

que aprendeu a gostar. Somente os três iam a cavalo e ao descer a encosta com todo cuidado, chegaram num

local que Wiegraf nunca havia visto. Ali, ainda ancorada na areia, uma grande embarcação de batalha com três

mastros. Haviam também homens ali, numa contagem rápida uns 30, pelo menos, trabalhando com cordas,

equipamentos de pesca, mexendo em caixotes e posicionando duas balestras. Tudo ficou pronto para a partida em

pouco tempo e outra embarcação veio em auxílio para posicionarem o enorme barco no mar, isso depois dos

cavalos e pessoas terem subido nele. Todos já começavam a sentir o cheiro do mar aberto, ouvindo os sons das

gaivotas de Stonedance. Aileen ficou no convés, orientando alguns soldados sobre suas posições e depois passou a

admirar a paisagem no guardio. Toras desceu, iria fiscalizar o grupo que ficaria nos remos. Wieglaf estava livre...

dentro do que se podia extrair do momento.

<Wieglaf> *Só então Wieglaf notava que havia apenas três pessoas montadas em cavalo e se sentia

desconfortável com isso, observado, chamando a atenção, já não bastava sua aparência levemente exótica e agora

tinha que se preocupar com isso...* "Poxa Aileen, o que estava pensando quando me colocou em cima de Fal-Rur?

Espero que seus homens sejam tão leais quanto não sejam curiosos..." *Ele pensava enquanto avançava, estralando

os pescoços levemente nervoso. Quando via a embarcação ele não conseguia esconder um sorriso, era um belo

navio... Pelo visto os Massey viviam bem, pena que tão próximos de Porto Real e do Ursupador. Ele se limitou a

seguir o influxo de pessoas e animais e subiu na embarcação no momento necessário... Uma semana havia sido

suficiente para fazê-lo sentir falta do cheiro do mar, da brisa contra seus cabelos e do vai e vem que havia

aprendido tanto a se acostumar nos meses anteriores. Quando se viu livre, quis seguir na direção de Leen e

conversar com a mesma, mas já havia chamado atenção desnecessária demais... Ele se limitava a passar por ela e

seguir até a Popa da Embarcação, tentando reviver as boas lembranças e inevitavelmente relembrar as pessoas que

havia aprendido a se afeiçoar*

Page 16: Wieglaf

<Wieglaf> "O que será que encontraram em uma ilha minúscula para precisar de 50 soldados?" *Pensava

Wieglaf surpreso não só com o tamanho da comitiva, mas também pelo fato de Aileen se envolver diretamente

nela e liderá-la... Seu tio devia ser uma pessoa bastante compreensiva ou bastante ausente... Mas não importava

muito. Ao ver o sinal de que deveriam se organizar, o rapaz o fazia, seguindo Toras e então entrando em

formação próximo a mesma, por cortesia, ele então dizia:* -- Bom dia, milady. *Obviamente ele tentava não

demonstrar proximidade com a mesma, mas mesmo depois de tanto tempo ainda queria chamar ela apenas por

Leen e ás vezes ainda sentia o cheiro de peixe no seu corpo*

<Narradora> A comitiva seguiu em marcha na direção da praia e algo como um sentimento de "saudade" bateu

no peito do jovem. Já se completara uma semana sem ter notícias de seus novos parentes, tão pouco dos amigos

que aprendeu a gostar. Somente os três iam a cavalo e ao descer a encosta com todo cuidado, chegaram num

local que Wiegraf nunca havia visto. Ali, ainda ancorada na areia, uma grande embarcação de batalha com três

mastros. Haviam também homens ali, numa contagem rápida uns 30, pelo menos, trabalhando com cordas,

equipamentos de pesca, mexendo em caixotes e posicionando duas balestras. Tudo ficou pronto para a partida em

pouco tempo e outra embarcação veio em auxílio para posicionarem o enorme barco no mar, isso depois dos

cavalos e pessoas terem subido nele. Todos já começavam a sentir o cheiro do mar aberto, ouvindo os sons das

gaivotas de Stonedance. Aileen ficou no convés, orientando alguns soldados sobre suas posições e depois passou a

admirar a paisagem no guardio. Toras desceu, iria fiscalizar o grupo que ficaria nos remos. Wieglaf estava livre...

dentro do que se podia extrair do momento.

<Wieglaf> *Só então Wieglaf notava que havia apenas três pessoas montadas em cavalo e se sentia

desconfortável com isso, observado, chamando a atenção, já não bastava sua aparência levemente exótica e agora

tinha que se preocupar com isso...* "Poxa Aileen, o que estava pensando quando me colocou em cima de Fal-Rur?

Espero que seus homens sejam tão leais quanto não sejam curiosos..." *Ele pensava enquanto avançava, estralando

os pescoços levemente nervoso. Quando via a embarcação ele não conseguia esconder um sorriso, era um belo

navio... Pelo visto os Massey viviam bem, pena que tão próximos de Porto Real e do Ursupador. Ele se limitou a

seguir o influxo de pessoas e animais e subiu na embarcação no momento necessário... Uma semana havia sido

suficiente para fazê-lo sentir falta do cheiro do mar, da brisa contra seus cabelos e do vai e vem que havia

aprendido tanto a se acostumar nos meses anteriores. Quando se viu livre, quis seguir na direção de Leen e

conversar com a mesma, mas já havia chamado atenção desnecessária demais... Ele se limitava a passar por ela e

seguir até a Popa da Embarcação, tentando reviver as boas lembranças e inevitavelmente relembrar as pessoas que

havia aprendido a se afeiçoar*

Page 17: Wieglaf

<Narradora>Era inevitável não se recordar de Nana e Jimmy, enquanto sentia o balançar do mar. Enquanto a

imensa embarcação seguia seu curso, Wieglaf pode se recordar de muitas coisas de sua vida, mas no íntimo sentiu

que algo grandioso estava para acontecer. Era quase como um presságio que podia ser lido nas nuvens ou na

expressão diferente de Aileen, que não tinha o costume de se debruçar no que quer que fosse, tampouco ficar

enrolando os cabelos perto da orelha. Wieglaf mal dava ouvidos aos gritos de ordem do capitão, pedindo para que

os tripulantes fizessem isso ou aquilo... Passou-se algum tempo ali e logo aquele momento foi quebrado pelo

chamado da refeição. Ao que parecia, Wieglaf iria comer junto com os soldados, como sempre estivera acostumado

a fazer. O interior do navio o aguardava.

<Wieglaf> *Wieglaf sorria se lembrando do primeiro dia que havia oferecido seus serviços como pescador em

Stonedance... Estava levemente aterrorizado com tudo aquilo e mesmo sendo um atleta razoável se perguntava se

iria conseguir nadar se o bardo afundasse... Se lembra de seu susto ao pegar um dos peixes com a mão e o

mesmo tentar fugir, ainda querendo sobreviver... Como ficou embaraçado ao deixar o peixe fugir enquanto Alfred

apenas sorriu e disse que não tinha problema* "Droga, pelo visto eu me apeguei demais a eles... Espero que

estejam bem..." *Pensava enquanto fitava as nuvens e o mar... Alguma coisa dentro dele dizia que haveria algo a

mais naquela jornada, que algo grande estaria para acontecer em breve... Se perguntava se seria algo bom ou

ruim enquanto decidiu tentar ajudar a tripulação onde quer que pudesse. Quando ouviu o chamado da refeição,

ele sentiu a barriga roncar e um pouco de suor na testa de calor, mesmo assim ele seguia para o interior do

navio, se deixando guiar pelo cheiro da refeição para chegar ao lugar correto*

<Narradora>A refeição era muito boa, embora simples. Própria para viagens no mar de curta duração e nada

que causasse um enjoo repentino. O hall de refeição era dividido em setores e em turnos. Os soldados comiam

primeiro, e nessa leva estava Wieglaf, Toras junto da mesa também. Depois viriam os subalternos, os tripulantes do

convés e somente depois os remadores comeriam. Aileen deveria estar na cabine do capitão, pelo que presumiu o

jovem. O almoço e o descanso pós refeição passou tranquilamente, sem nenhum tipo de problema maior, que não

fosse algumas ondas mais agitadas que sacudia as mesas, vez ou outra. Os dormitórios eram bem simples, reparou

Wieglaf agora que estava lá embaixo, com uma espécie de 2 beliches em cada pequeno compartimento. Enquanto

observava o mar passando pela escotilha, viu que o sol havia se escondido e que o tempo estava se fechando.

Seria um mal sinal? Talvez não... mas depois de algum tempo ali, ele viu um soldado passar correndo no corredor

onde estava. Ele se aproximou de Toras, que estava ali falando de quão importante era Wieglaf saber sobre os

Massey, quase como se repetisse o mesmo discurso alongado de sempre. Mas havia preocupação no rosto do

rapaz... e ele disse algo. "Navio Kraken, senhor... bandeira da tempestade"... distinguiu Wieglaf.

Page 18: Wieglaf

<Narradora>Era inevitável não se recordar de Nana e Jimmy, enquanto sentia o balançar do mar. Enquanto a

imensa embarcação seguia seu curso, Wieglaf pode se recordar de muitas coisas de sua vida, mas no íntimo sentiu

que algo grandioso estava para acontecer. Era quase como um presságio que podia ser lido nas nuvens ou na

expressão diferente de Aileen, que não tinha o costume de se debruçar no que quer que fosse, tampouco ficar

enrolando os cabelos perto da orelha. Wieglaf mal dava ouvidos aos gritos de ordem do capitão, pedindo para que

os tripulantes fizessem isso ou aquilo... Passou-se algum tempo ali e logo aquele momento foi quebrado pelo

chamado da refeição. Ao que parecia, Wieglaf iria comer junto com os soldados, como sempre estivera acostumado

a fazer. O interior do navio o aguardava.

<Wieglaf> *Wieglaf sorria se lembrando do primeiro dia que havia oferecido seus serviços como pescador em

Stonedance... Estava levemente aterrorizado com tudo aquilo e mesmo sendo um atleta razoável se perguntava se

iria conseguir nadar se o bardo afundasse... Se lembra de seu susto ao pegar um dos peixes com a mão e o

mesmo tentar fugir, ainda querendo sobreviver... Como ficou embaraçado ao deixar o peixe fugir enquanto Alfred

apenas sorriu e disse que não tinha problema* "Droga, pelo visto eu me apeguei demais a eles... Espero que

estejam bem..." *Pensava enquanto fitava as nuvens e o mar... Alguma coisa dentro dele dizia que haveria algo a

mais naquela jornada, que algo grande estaria para acontecer em breve... Se perguntava se seria algo bom ou

ruim enquanto decidiu tentar ajudar a tripulação onde quer que pudesse. Quando ouviu o chamado da refeição,

ele sentiu a barriga roncar e um pouco de suor na testa de calor, mesmo assim ele seguia para o interior do

navio, se deixando guiar pelo cheiro da refeição para chegar ao lugar correto*

<Narradora>A refeição era muito boa, embora simples. Própria para viagens no mar de curta duração e nada

que causasse um enjoo repentino. O hall de refeição era dividido em setores e em turnos. Os soldados comiam

primeiro, e nessa leva estava Wieglaf, Toras junto da mesa também. Depois viriam os subalternos, os tripulantes do

convés e somente depois os remadores comeriam. Aileen deveria estar na cabine do capitão, pelo que presumiu o

jovem. O almoço e o descanso pós refeição passou tranquilamente, sem nenhum tipo de problema maior, que não

fosse algumas ondas mais agitadas que sacudia as mesas, vez ou outra. Os dormitórios eram bem simples, reparou

Wieglaf agora que estava lá embaixo, com uma espécie de 2 beliches em cada pequeno compartimento. Enquanto

observava o mar passando pela escotilha, viu que o sol havia se escondido e que o tempo estava se fechando.

Seria um mal sinal? Talvez não... mas depois de algum tempo ali, ele viu um soldado passar correndo no corredor

onde estava. Ele se aproximou de Toras, que estava ali falando de quão importante era Wieglaf saber sobre os

Massey, quase como se repetisse o mesmo discurso alongado de sempre. Mas havia preocupação no rosto do

rapaz... e ele disse algo. "Navio Kraken, senhor... bandeira da tempestade"... distinguiu Wieglaf.

Page 19: Wieglaf

<Wieglaf> *Wieglaf explorava o interior da embarcação com curiosidade e olhos analíticos. Fazia então sua

refeição, achando a hierarquia organizada, embora levemente injusta... Se perguntava com quem teria que partilhar

o quarto e os beliches enquanto fingia ouvir o que Toras repetia continuamente. Aquele homem precisava de

hobbies, urgentemente... Se Jimmy estivesse ali diria que ele precisava de uma mulher. Pensou então sobre o tempo

que se fechava, um pescador iria voltar para a praia com aquele céu, mas ele não era mais um pescador... Seu

pequeno caleidoscópio de pensamentos se rompia quando um homem se aproximava de Toras, certamente mais

interessante que ele. A percepção de Wieglaf era boa, ele conseguia distinguir algumas palavras, e logo tratava de

engolir o restante da refeição que faltasse e se erguer. Fitava então o cavaleiro, esperando que ele tomasse as

providências necessárias, sentindo que sua arma, Nimbus, iria se alimentar com sangue de ferro em breve*

<Narradora>"Luneta!" Pediu Toras imediatamente e correu para o convés, interrompendo qualquer que fosse a

atividade dos remadores e os enviando de volta para seus postos. Lá em cima, o capitão esbravejava ordens sem

parar e velas e balestras eram posicionadas, bem como a tripulação estava toda bem atenta ao que poderia

acontecer. Aileen fazia pequenos sinais para os soldados, que pareciam entender perfeitamente. Eles se mesclavam

entre os tripulantes, alguns até ajudando com cordas e outras atividades. Ela parecia bem apreensiva e não era

por menos. Duas embarcações apontavam a bombordo e o capitão tentava usar o vento para ganhar velocidade e

se distanciar mais deles. Não era preciso grande conhecimento para saber de onde aqueles estandartes vinham.

Eram Greyjoys ou aliados destes, o que era realmente estranho naquela região. A menos que novas alianças

estivessem sendo formadas no novo reinado, Aileen, e todos ali, tratavam aquelas embarcações como inimigas de

grande potencial.

<Wieglaf> *Wieglaf seguia até seus aposentos, pegava então o escudo com o símbolo dos Massey, assim como

sua adaga, Nimbus era a única que sempre levava com ele... Só então acompanhava Sor Toras para o convés e

quando o fez já não precisava mais de Luneta para ver os Krakens se aproximando. O cavaleiro se mesclava aos

soldados ajudando os tripulantes, afinal ele havia passado meses fazendo aquele tipo de atividade. Quando via que

a proximidade das mesmas era relevante demais, se aproximava de Aileen, preparado para desembainhar a espada

e proteger a mesma com o pequeno escudo, com uma expressão séria e compenetrante nos olhos* "Eu não tenho

nada contra os Greyjoy... Talvez até respeito se eles quiserem desafiar o Ursupador, mas se eles vão tentar nos

atacar eu não acho que exista outra saída a não ser se defender..." * Pensava de modo apreensivo... E então

esperava*

Page 20: Wieglaf

<Narradora>Toras não pode esperar mais tempo, pediu que, imediatamente, todos os que sabiam atirar com o

arco de posicionassem. O capitão não teria mais tempo para se afastar das embarcações e nessas horas o diálogo

seria inútil. Toras estava acompanhando, pela luneta, o movimento nas embarcações, que se dividiram para manter

um ataque mais mortal ainda. Aileen parecia apreensiva, mas demonstrava total controle na voz, pedindo ao

capitão para seguir em direção das ilhas antes do destino, em Driftmark. Com sorte, poderiam atrasá-los e ganhar

espaço para um ataque mais bem elaborado, se fosse necessário, mas parecia que o mar carregava com a mão as

rápidas embarcações dos Greyjoy, tornando-os muito mais rápidos. Passou-se o tempo de apreensão e já não

restava dúvidas que eles buscavam o ataque. As armaduras reforçadas das ilhas de ferro cintilavam negras na

escuridão da quase tempestade. O céu enegrecido daria lugar a uma batalha em breve e a apreensão crescia nos

olhos dos soldados ali. Toras gritava ordens para eles se manterem em posição e os arcos estava preparados. Os

barcos menores, do que pareciam ser inimigos, estavam próximos, e antes que o primeiro relâmpago cortasse os

céus, a balestra foi utilizada contra eles, atingindo a lateral de uma das embarcações. Haveria conflito... muito em

breve...

<Wieglaf> *Wieglaf sabia a postura de usar um arco e a maneira como propelir uma flecha na direção desejada,

ms isso era tudo... Ele tinha confidência suficiente para saber que só iria se envergonhar colocando um nas suas

mãos e deixou que os especialistas fizessem seu trabalho. Enquanto isso ele iria tentar proteger a si mesmo e a

Aileen de qualquer coisa que tentassem atirar na direção dos mesmos* "Hahaha... Está tentando me intimidar,

senhor de muitas faces? Essa não é a face da minha morte... Não hoje." *Ele pensava ao ver as embarcações se

separando, não havia muito o que pudessem fazer, seriam flanqueados, ele sabia disso a cada minuto que passava,

mas o que podia ele fazer? Esperar, respirar fundo e se preparar. Era o que ele fazia*

<Narradora>E logo pareceu que o senhor de muitas faces zombou de Wieglaf, lançando chuva intensa e ondas

altas na direção da grande embarcação. Para piorar a situação, os adversários derrubaram um mastro com um

disparo de boleadeira destrutiva e este pendia agora no centro do Galeão, sendo seguro apenas pelas mãos fortes

dos homens que faziam de tudo para que ele não tombasse. Toras abandonou o comando e também foi ajudar,

pois se a embarcação, com o mar agitado como estava agora, inclinasse em demasia, seria o fim para eles. Aileen

entrou na cabine e, quando retornou, estava com sua espada. Parecia mais calma do que nunca, como se a espada

fosse o que bastasse para que ela centrasse na batalha. As embarcações vieram sem nenhuma cerimônia e Toras

deu a ordem para que as flechas fossem disparadas. O som que se ouviu naquele instante seguinte foi de metal se

chocando com metal, e pode-se comprovar o quão bem feito eram os escudos nas ilhas de ferro. Armaduras

podiam ser vistas a pouca distância e, dentro dos elmos, sorrisos escancarados de deboche pela tentativa pífia do

ataque a distância. Novos disparos foram feitos, de ambas as embarcações e destroços voavam dos dois lados, com

a madeira se retorcendo. Não havia como carregar mais as balestras e o Capitão não quis arriscar nenhuma

manobra que não fosse a ofensiva. Jogou com tudo o Galeão para cima de um dos barcos e gritou para que

soltassem as cordas para que o mastro tombasse na direção deste. A inclinação fez muitos tripulantes deles caírem

no mar e, com o chão escorregadio, alguns soldados de Aileen também não conseguiram se manter ali, caindo

também.... (Teste de Agilidade)

Page 21: Wieglaf

<Wieglaf> *Wieglaf se assustava com o barulho do mastro sendo derrubado, odiava quando as coisas aconteciam

ao seu redor sem que ele pudesse fazer nada a respeito. Ele se oferecia então para ajudar Sor Toras a não

afundar a embarcação... O som das flechas sendo defletidas não lhe foi agradável, mas era certamente mais

agradável que se imaginar caçando Dragões, que seria o destino daquela embarcação que provavelmente não iria

mais se concretizar. Quando o Galeão era atirada em cima de um barco, Wieglaf soltava a corda que segurava...

Por sorte o rapaz tinha os reflexos rápidos de um dançarino e segurava a corda de outro mastro, sendo suficiente

para lhe ajudar a se manter em pé... Ele então avançava na direção de Aileen, para ajudá-la a se levantar.

Oferecendo-a uma mão com uma expressão severa no rosto*

<Narradora>Aileen havia cravado sua espada no convés para se manter segura, outros se seguraram nas cordas e

no que mais conseguiram. O capitão cuspia e zombava dos guerreiros que caíram nas águas turbulentas do mar

de Narrow e certamente afundariam com aquelas armaduras pesadas para nunca mais emergir. Porém, o outro

barco emparelhou com o Galeão e o combate agora era iminente. Guerreiros muito bem armados e equipados

(http://i409.photobucket.com/albums/pp173/suralacher/victarion_greyjoy_by_mattolsonart-d41bsk1.jpg) adentravam

o convés com cordas e pranchas improvisadas, o que fez os jovens soldados abandonarem os arcos e sacarem

suas espadas. Era difícil manter um combate justo ou equilibrado com o sacolejo da embarcação, ainda mais com

as ondas chegando a mais de um metro e aumentando gradativamente. Os trovões e relâmpagos ajudavam a

reluzir nas armaduras dos adversários e agora Wieglaf teria sua primeira prova do destino... A batalha estava

pendendo para derrota e nem mesmo com a grande habilidade de Toras, seria possível equiparar-se ao excelente

condicionamento e determinação daqueles guerreiros. Aileen recuou para o alto da cabine, onde se encontrava o

capitão, fugindo de machadinhas atiradas na direção dela...

<Wieglaf> *Wieglaf havia jurado proteger os Massey, mas ele só estava interessado mesmo em proteger sua

amiga, Leen... Dançando por entre os inimigos ele tentava cobrí-la em seu recuo. A vantagem de sua arma era que

o permitia penetrar nas falhas das armaduras, mesmo as mais pesadas. Ele então a acompanhava recuando para o

alto da cabine, sempre alerta e sem conseguir esconder seus movimentos elegantes e exóticos, embora soubesse que

ninguém estaria prestando atenção*

<Narradora>Se equilibrando com o balanço hostil da embarcação, prensada entre dois barcos, os dois se

mantiveram firmes evitando ataques de arremesso que vinham dos adversários lá embaixo. O confronto não estava

nada favorável e Aileen quase desceu desesperada quando viu que seu chefe da Cavalaria estava quase sendo

flanqueado por guerreiros lá embaixo. Mas não havia tempo para lamentos ou preocupações externas. Dois

perseguidores vieram na direção dos dois e fizeram seus arremessos iniciais...

Page 22: Wieglaf

<Wieglaf> *Com um movimento simples de um passo para a direita, Wieglaf desviava da arma que era atirada

na sua direção. Com seu escudo ele alterava a trajetória do segundo projétil, que errava Aileen. Ele então fitava a

mesma e dizia:* -- Lute, mas tente ficar na minha retaguarda, eu te protejo! *Dito isso ele avançava contra o

homem que havia atacado Aileen há pouco, com um movimento elegante ele fazia uma pequena finta parecendo

que iria atacar o torso do homem, mas no último momento mudava a direção do ataque com uma estocada

visando seu pescoço*

<Narradora>«!» Wieglaf realmente fora bom no golpe, mas não tão eficiente em atravessar a proteção da

armadura negra do guerreiro. O tilintar do metal ecoou junto aos relâmpagos e Wieglaf ouviu um outro som

parecido vindo da outra ponta. Aileen tinha ido ao combate e se mostrava bem habilidosa com a espada, embora

não conseguisse ser tão eficiente. Seus adversários agora atacariam e, pela experiência deles, não seria fácil vencê-

los...

<Narradora> O jovem consegue se mover com graça e agilidade para evitar o golpe do agressor, enquanto um

gemido seco e feminino pode ser ouvido às suas costas. Aileen havia sido ferida, certamente e um sentimento forte

começou a crescer dentro do peito do rapaz.

<Wieglaf> *Ouvir o gemido de dor de Aileen fez uma veia surgir na testa de Wieglaf, ele segurava sua arma

com força enquanto esbravejava*-- Droga! *Dito isso ele respirava fundo e com seriedade nos olhos atacava o seu

inimigo com uma estocada agressiva e cruel em uma das falhas da armadura do mesmo*

<Narradora> Com toda a fúria que ele sentiu, canalizou num golpe preciso que venceu as defesas do adversário.

Fazia tempos que o sangue não escorria e espirrava em seu rosto, mas ao girar para fora do alcance do escudo

do adversário, ele encontrou a brecha que precisava e cravou a lâmina braavosiana na junção abaixo do braço do

inimigo, fazendo a ponta sair rapidamente pela clavícula. Foi um golpe fatal. Ao se virar, imediatamente os instintos

de proteção o impeliam para Aileen, mas estava acabava de esquivar de um golpe de espada e no instante

seguinte havia cravado sua lâmina debaixo para cima, no queixo do guerreiro. Ela soltou um gemido de raiva por

ter sido atingida de raspão, mas havia vencido esse duelo... Sem tempo para comemorar, ela olhou com uma

expressão de tristeza no rosto. O barco mais uma vez se inclinava e os sentidos de Wieglaf captaram os

sentimentos dela... uma onde gigante se projetara sobre eles, como o punho de um deus furioso, que tinha a única

intenção de socar o grande Galeão... que perto da imensidão do mar, não passava de um pequeno peixe preso a

rede (Agilidade de novo)...

Page 23: Wieglaf

<Wieglaf> "Rápido como um tigre... Perceptivo como uma raposa!" *Pensava o mesmo se lembrando dos

treinamentos de seu pai, que eram de certa forma exóticos, quase que em câmera lenta o mesmo via a onda se

aproximar nas sombras de Aileen, que derrotava seu inimigo ao mesmo tempo que ele, queria ter tido tempo para

elogiá-la, mas seus reflexos foram mais rápidos que sua boca, e ele puxava a mesma pela armadura e então se

segurava na grade de Proteção, segurando os dois da fúria dos mares* "Pelo visto é verdade, os deuses do mar

ajudam os homens da ilha de ferro" *Pensava ele preocupado enquanto limpava o rosto ensopado e tentava

prestar atenção no que estava acontecendo*

<Narradora>Wieglaf salvou Aileen de ser engolfada pelo mar e ele teve de ser forte para manter-se firme com

ela no guardio e não ser levado com as águas violentas. Inteiramente encharcado, ele viu muitos homens serem

atirados ao mar, outro serem prensados contra a outra embarcação e viu o barco se inclinar quase a 90 graus.

Esse movimento fez com que o barco adversário, já inclinado, fosse mergulhado parcialmente e em meio ao caos

da tempestade e da fúria da batalha, o capitão gritava maldições e ria como se a sanidade tivesse o deixado.

Aileen agradeceu, enquanto ajudava o rapaz a fazer menos força, já recuperada do susto de quase ter sido levada

pelas águas. A embarcação voltou a ficar quase em posição e o convés era um pátio alagado de corpos lutando e

alguns, já mortos, boiando entre eles. Toras ainda estava vivo, mas visivelmente ferido. Aileen lançou um olhar para

Wieglaf e disse:

** NPC: <Aileen Massey> -- Temos que ajudá-lo!

<Wieglaf> "O que você está pensando, Wieglaf? Não existe um deus dos mares, existe apenas o Deus de Muitas

Faces... Mas por que ele está favorecendo o inimigo? Bem... Talvez não, ele levou para o fundo do mar um dos

inimigos... A morte sorri para nós... Só precisamos sorrir de volta" *Ele pensava enquanto fitava todo aquele

cenário após a onda, fazendo um rápido movimento de agitação no corpo para se livrar da massa de água. Só

então ele ouvia os agradecimentos de sua lady. Ao ouvir as ordens da mesma, ele dizia:* -- Não há de que, Leen...

Vamos ajudá-lo, mas tome cuidado que o navio está inclinado, vamos ficar de costas um para o outro... Cuidado

com esse ferimento e... Que "O Estranho" não nos leve... Valar morghulis *Ele dizia enquanto avançava assim que

ela fizesse o mesmo*

<Narradora>Wieglaf e Leen desceram cautelosamente as escadas ensopadas com a água salgada do mar. O

movimento acrobático de Wieglaf seria um pouco prejudicado com a água próxima da cintura , mas ele saberia se

virar melhor do Aileen, pelo menos era nisso que ele acreditava. Diferentemente dos inimigos, que apresentavam um

vigor incrível, mesmo naquelas condições, os soldados, embora outrora numerosos, não passavam de 10 espadas na

luta. Toras Lanrien se mantinha com toda sua experiência e Wieglaf chegaria logo em seu agressor. Assim, o

experiente cavaleiro não ficaria mais flanqueado, aumentando assim as chances dele de sobreviver.

Page 24: Wieglaf

<Wieglaf> -- Nossos números são inferiores, isso não está bom Leen! Por favor, fique sempre atrás de mim!

*Dizia o mesmo enquanto avançavam... Ele logo chegava em um dos agressores de Sor Toras e dizia:* -- Está bem,

Sor? Bem que agente podia usar mais uns 50 soldados dos 2500 não é mesmo? *Ele sorria e então seguia com

uma estocada contra o inimigo que flanqueava Sor Toras*

<Narradora>O jovem ganhara a atenção que necessitava e consegue um bom golpe do adversário, quase o

matando num único golpe. Este cambaleia e logo Leen vem pelas suas costas e termina o serviço, fazendo ela

voltar a posição de resguardo às costas de Wieglaf. Toras parece mais revigorado com a chegada de ajuda e

elimina seu adversário também. Dois machados são arremessados na direção de Toras e Wieglaf.

<Wieglaf> *Wieglav notava a arma e tentava se desviar da mesma, mas era tarde demais, e ela o acertava* --

Gah! *O rapaz esbravejava em um leve suspiro de dor ao notar a machadinha cortar seu braço de escudo, um

golpe superficial, mas como ele não tinha nenhuma armadura acabava causando mais dano do que deveria. Ele

então verificava a condição de Toras e então fitava seus atacantes com olhos raivosos*

<Wieglaf> -- Um por vez, Aileen! *Ele dizia enquanto avançava contra o inimigo que o havia acertado, sempre

dançando por entre as defesas do inimigo e tentando acertar onde fosse doer mais*

<Narradora>Wieglaf e Aileen fizeram um excelente ataque combinado, embora a jovem não conseguisse ser tão

eficiente quanto o rapaz, já que se para o corpo bem composto de Wieglaf a água atrapalhava, para o jovem

corpo da garota as dificuldades eram muito maiores. Ela quase não acompanhava os movimentos de Wieglaf,

mesmo assim aproveitou a brecha para estocar o corpo do adversário, fazendo-o perder seu movimento defendendo

com o escudo, facilitando o rapaz de cabelos cor de terra acabar com a vida dele no instante seguinte. Pouco a

pouco, a água era tingida de vermelho e o pior ainda estava por vir... Como se fosse o clamor de feiticeiros

bastardos, o mar se ergueu num som único e aterrorizante. Os ventos uivavam junto com a chuva que quase feria

a pele, de tão forte. Uma onda colossal se ergueu diante dos olhos dos jovens e Wieglaf sentiu que não haveria

como escapar. Um barco seria jogado sobre o outro... o fim estaria próximo... Aileen sempre tão focada ficou muda

ao ver o paredão de água e fúria se formando, um monolito ciclópico de terror, água e sal. Com muita sorte, eles

venceriam a correnteza e se jogariam no mar para não serem engolfados pelo mar... Tinham uma única chance...

(Agilidade e depois resistência)

Page 25: Wieglaf

<Narradora>O que se passou no instante seguinte foi um misto de loucura e força de vontade. Correr na direção

inimiga para chegar a proteção e impelir o corpo de Aileen junto do seu, foi a única esperança de Wieglaf. Mal ele

conseguiu gritar "Embainhe a espada!" correu junto da garota jogando fora o escudo. Não necessitaria dele

quando a morte o abraçasse e se era pra ter uma chance, que fosse a melhor possível. Em câmera lenta, ele viu

Aileen correr com ele, o melhor que pode, com os olhos fechados. Ela não queria ver aquela cena hedionda do

mar descer como um golpe de machado sobre os barcos. Quando a onda chegou a mais de 3 metros, a inclinação

quase arremessava o único barco bem postado sobre o galeão dos Massey. O salto, graças a Wieglaf, foi preciso, e

ela agarrou-se nele como um filhote em busca da proteção da mãe. O mar e o sal vieram e eles afundaram no

momento exato da colisão... A água abafou o som, mas mesmo assim se pode sentir a madeira partindo. Wieglaf

parecia estar em um pesadelo e a força da onda e dos barcos naufragando os impelia ainda mais para baixo...

não fosse ele conseguir se agarrar num pedaço de madeira, com Aileen, jamais teriam emergido... Wieglaf ainda

não acreditava no que havia acabado de acontecer e nem ele mesmo acreditou que pudesse estar vivo... ou talvez

nem estivesse... A fadiga o atingiu quando sua mente sucumbiu ao horror dos gritos dos que estavam morrendo e

das embarcações levando um a um... A prancha improvisada era o leito para o novo mundo... o munto além de

Westeros... A morte os carregava solenemente entre as águas e foi então que seus olhos conseguiram ver... Estava

morto... com certeza estava, pois ao seu lado estava Aileen, agora com os olhos quase abertos, debruçada sobre a

mesma prancha de madeira... a frente estava uma bela ilha e não havia sinais de guerra alguma... e foi então que

ele se lembrou de tudo o que lhe havia acontecido... e sua mente o colocou de volta nos eixos... eram

sobreviventes... algo muito maior permitiu que eles vivessem... Wieglaf sentiu algo estranho dentro dele... e Aileen

abriu um leve sorriso, falando vacilante...

** NPC: <Aileen Massey> -- Não... não sabia que morrer era assim...

Os jovens não demoraram muito para chegar próximos da enseada e Aileen passava muito mal. Estava mais do

que esgotada e ainda não discernia muito bem sobre tudo o que acontecera. Driftmark estava bem diante deles,

imponente e áustera como sempre. Não demoraria muito até aparecer um vigia da praia, sob a bandeira da casa

Velaryon para recebê-los. Ailenn torcia para que a recepção fosse suficiente para que ela conseguisse falar, mas no

estado que estava, tombando seu corpo e se escorando em Wieglaf, perdia totalmente sua nobreza. Quando

conseguiram se manter firmes na areia do mar, já conseguiam avistar uma torre fortificada com o símbolo de um

cavalo marinho branco sobre um escudo azul claro. Guardas com tridentes aguardavam a chegada dos dois e

Wieglaf conseguiu distinguir alguns arqueiros bem postados no alto da torre. Aileen nem tinha tempo de abraçar o

jovem e agradecer por tê-la salvo e a única coisa que conseguia fazer era tirar um pouco daquela massa de água

do rosto e dos cabelos. Ainda vacilava em seus passos, devido a extrema fadiga, mas ela mostrava uma fibra

incomparável. Ainda parecendo uma bêbada nas águas revoltas da praia, ela arrumou forças para dizer :

** NPC: <Aileen Massey> --Preciso ir na frente... não... discuta ... E foi a passos trôpegos na direção dos

guardas, punho elevado como se isso fosse um tipo de sinal.

Page 26: Wieglaf

<Wieglaf> *Tudo aquilo parecia rápido demais, forte demais, surrealista demais, uma batalha contra Krakens em

um mar tempestuoso. O único deus, aquele de muitas faces, fitava-o e ria de sua cara, decidido a devorá-los ao

personificar-se em um gigantesco monólito de água. Wieglaf não sabia nem se lembrava ao certo como havia

conseguido reagir tão rápido para ajudar a si mesmo e a Leen. Foi tudo muito rápido e muito cruel e agressivo.

Quando se dava conta estavam assustados e apoiados em uma prancha improvisada, boiando na direção de

Driftmark... Ele não conseguia deixar de se sentir aliviado, mas esse alívio foi passageiro, apenas até seus olhos

encontrarem os de Leen e ouvir as suas palavras... Só então ele se dava conta: Estavam todos mortos, Sor Toras,

todos os soldados, todos os Krakens, o capitão... Eles não haviam sorrido de volta para o deus da morte, e sua

foice os levou. Havia perdido também boa parte dos seus pertences, mas sabia o suficiente que eles eram menos

importantes que sua vida. Sem saber o que falar para a garota que havia jurado proteger, o dançarino das águas

juntava forças para tentar superar a fadiga e guiar o pequeno pedaço de madeira na direção da ilha... Ao

chegarem lá, ele estava exausto, encharcado e sentia todos os seus músculos reclamarem do esforço sobre-humano.

Tentando recuperar as forças o mesmo investigou melhor o lugar e viu pessoas armadas... Perguntava-se qual a

relação entre os Massey e aquela casa, mas imaginava que não fosse das melhores ou Alieen não estaria tão

pessimista. O homem se levantava ao ver a mesma cambalear na direção dos guardas, dizendo:* -- Tudo bem...

Mas se eles forem hostis, se lembre que eu jurei lhe proteger a Sor Toras... *Fazia uma pequena pausa, ofegante* -

-E eu não pretendo quebrar essa palavra. *Dito isso ele a acompanhava, tentando encontrar forças para superar a

areia fofa do lugar e checando se ainda tinha suas coisas, principalmente sua espada e sua adaga*

<Narradora>Os guardar com tridentes, ao ver Aileen se aproximando com o sinal baixaram as armas e se

aproximaram e por mais fibra que ela tentasse demonstrar era uma adolescente e suas pernas fraquejaram,

fazendo-a tombar para o lado e só não caindo porque Wieglaf ainda mantinha um pingo de resistência e suas

pernas eram mais fortes do que as dela. Ela colocou a mão no peito do rapaz e se ajeitou novamente, dando

passos a frente do jovem, fingindo estar melhor. Quando os guardar se aproximaram indagaram numa linguagem

estranha: "Eeissoy?" ao que Aileen, com extrema dificuldade respondeu: "Miriv Hawn". Os guardas se entreolharam

e um deles fez menção de ajudar a jovem e ela tranquilizou Wieglaf. No instante seguinte ela sucumbiu e tombou

nos braços do guarda, que a ergueu no colo e foi levando ela na direção do forte. O guarda diante de Wieglaf,

ofereceu a água de seu cantil: "Beba" disse na linguagem comum .

Page 27: Wieglaf

<Wieglaf> "Pensando bem, os 50 soldados eram para investigar os Targaryen remanescentes... Não Driftmark,

acho que esse lugar era apenas um ponto de parada..." *Pensava Wieglaf enquanto avançava junto com Aileen,

hesitante, mas sempre atento aos movimentos daqueles Cavalos-Marinhos. Quando dois deles se aproximaram, armas

empunhadas, ele guiou suas mãos até a bainha, mas logo foi tranquilizado por Aileen quando esta fez os mesmos

baixarem suas armas. Quando viu Leen tender para o lado, pensou em perguntar se ela estava bem, mas havia

entendido que ela não queria demonstrar estar fraca e apenas se limitado a dá-la suporte. Observou confuso a

conversa que iria acontecer em seguida e se assustou com a mesma caindo, por sorte na direção de um dos

guardas, embora ele dificilmente teria tido forças para segurá-la mesmo que quisesse. Ao ver que lhe era oferecido

água, o mesmo aceitava, mas não bebia antes de investigar sua cor e seu cheiro. Depois de beber ele passava a

acompanhá-los, mesmo estando exausto* -- O que acontece agora? *Ele dizia na esperança de que o homem

falasse mais palavras em comum além daquela*

** NPC: <Guarda> -- Vamos seguir para fortaleza. Disse ele num tom seco e sério. -- A jovem falará com nosso

regente. Prosseguiu tão sério quanto antes.

<Narradora>A caminhada até a fortaleza não demorou muito, mas depois de tudo o que havia ocorrido parecia

uma eternidade. O local era realmente uma fortificação e quanto tocaram a areia dourada da ilha, Wieglaf se

sentiu um pouco mais renovado. Seus sentidos se mantinham firmes por milagre ou pura determinação, mas o

guarda o guiou, indo junto com o que carregava Ailenn, para dentro da imponente construção. Após dois guardar

darem passagem a eles, abrindo uma porta dupla de madeira, eles entraram num hall circular, típico de uma torre

e o guarda seguiu com Aileen no colo até outra porta, na outra extremidade, onde outro guarda fez a gentileza

de abrir a porta para dar nova passagem. Passando por um corredor angulado, eles seguiram por mais um tempo

dentro da construção de depois de dobrar uma vez e seguir por mais um corredor, o guarda ficou diante de uma

porta e o que estava acompanhando Wieglaf a abriu. Com cuidado, o que carregava a jovem entrou e deitou-a

numa cama simples, feita com um amontoado de palha e folhas de árvores, coberta por duas camadas de tecido

grosso. Havia também uma esteira e uma rede, e um dos guardar indicou para que Wieglaf não perdesse mais

tempo e descansasse. Quando estavam de saída, um deles falou:

** NPC: <Guarda> -- Viremos depois... descanse. E trancou a porta pelo lado de fora.

Page 28: Wieglaf

<Wieglaf> "Bem, eles não são amigáveis, mas não importa muito... Eu não posso fazer nada além de segui-los."

*Pensava fechando o punho e encontrando forças para avançar. Quando menos se deu conta já estavam de frente

com a fortificação... Durante o caminho o garoto estava cansado, mas tentava memorizar a trajetória e as portas,

assim se acontecesse alguma coisa saberia a trajetória. Quando finalmente chegavam em um quarto, o mesmo

suspirava aliviado, pelo visto iriam descansar antes de decidirem qualquer destino possível para eles... O trancar da

porta lhe pareceu ofensivo, mas ele estava cansado demais para se importar. Sua primeira reação foi ir na direção

da rede, mas quando ele viu Aileen desacordada, ainda com partes da armadura e molhada, seguiu até a mesma*

- Nossa, Leen, se você dormir assim vai acordar toda doída amanhã... E talvez gripada. *Sussurrava sem querer que

ela ouvisse e acordasse. Ele tentava tirar as partes superficiais da armadura da mesma e colocava ao lado dela.

Não podia fazer muita coisa sobre dormir molhada, mas ele tirava sua capa e cobria a mesma gentilmente e o

aproximou a palha que estivesse distante dela* "Boa noite, Leen..." *Pensava o mesmo enquanto seguia até a

porta, barrava a mesma por dentro também com qualquer coisa, nem que fosse uma arma, assim não seriam

surpreendidos em meio á exaustão. Finalmente ele se atirava na rede, e antes que pudesse pensar em encontrar

uma posição confortável para dormir, já estava dormindo*

<Narradora>Com o cansaço que estavam, ambos dormiram por muitas horas e só acordaram por que o bater na

porta não foi nada discreto. Logo, a chave foi virada na fechadura, o que causou um segundo ruído de alerta e

quando a porta se abriu, Aileen e Wieglaf já estavam despertos. Um guarda entrou com o mesmo aspecto sério e

frio de sempre e deixou no centro da pequena sala um cesto com frutas e um jarro de água cristalina. Não disse

uma palavra sequer... Aileen ainda sentia como se seu corpo flutuasse na água e teve dificuldades para se levantar.

Ficou um pouco incomodada, inicialmente, pela ausência da armadura, mas voltou ao normal quando a viu ali

próxima. Seu ferimento já havia cicatrizado, ao que parecia e ela ajeitou os cabelos, da melhor maneira que pode

e falou, interrompendo o barulho das ondas e gaivotas na enseada:

** NPC: <Aileen Massey> -- Devo estar horrível... mas sinto-me vazia... Ela ainda parecia não estar no seu

melhor estado de controle mental. -- Vamos comer... Wieglaf ... E foi na direção do cesto....

<Wieglaf> -- O que, você horrível? Você não faz ideia de como Lea é quando acorda, não basta os cabelos dela

irem todo para cima... Não, ela ainda precisa acordar sempre de mau humor! Perto dela você parece a Rainha

Cersei. *Ele dizia com um sorriso no rosto, tentando animá-la. Ele também estava triste pelo que havia acontecido,

mas conhecia aquelas pessoas há pouco tempo, sabia que a dor de Aileen deveria ser muito maior e mais

profunda. Sem cerimônias ele se aproximava do cesto e dizia:* -- Como seu guardião, é minha obrigação comer de

todas as comidas antes de você, podem estar envenenadas! *Ele dizia em tom de brincadeira novamente* -- Vamos

ficar bem. *Ele dizia por fim, depois de comer uma das frutas e esperar pouco menos de um minuto antes de

entregar um dos frutos na mão dela* -- Ah, e me desculpe, eu tirei sua armadura ontem á noite, se você dormisse

com ela iria acordar fatigada e com dor nas costas, espero que não se importe. *Terminava ao beber um pouco

de água e continuar comendo*

Page 29: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> Tenta sorrir, demonstrando certo apreço pelas palavras reconfortantes de Wieglaf, mas se

sentia mal por tudo o que acontecera. Ela esperou que ele experimentasse primeiro a comida e comia quando a

fruta era dada em sua mão. Para ela, não fazia diferença se haviam maçãs ou peras, pêssegos ou amoras, elas

estava apática e fazia tudo de maneira mecânica, tentando arrumar forças de algum lugar para se manter firme.

Não teve como não notar uma lágrima solitária escorrer pelo rosto dela e, depois do banquete, ela agradeceu ao

jovem que a salvou. -- Obrigada... vou nos tirar em breve dessa situação... só preciso ser cautelosa... Tomou um

gole de água e respirou, buscando mais forças...

<Wieglaf> -- Então, Leen... *Ele dizia ao se aproximar da mesma e sentar-se ao seu lado, como fazia quando ele

não sabia quem ela era e ela pensava que ele era apenas um pescador. Ele a oferecia seu obro caso ela quisesse

algum tipo de consolo e então dizia:* -- Em que tipo de situação nós estamos, exatamente? *Dito isso, ele

enxugava a lágrima da mesma, estava confuso e perdido naquele lugar, não sabia com que tipo de pessoas estava

lidando* -- Não se preocupe, eu estou aqui para te ajudar.

** NPC: <Aileen Massey> Ela encostou a cabeça no ombro de Wieglaf e manteve a respiração entrecortada,

ainda estava muito sentida com tudo aquilo. -- Estamos em domínio neutro e ao que eles esperavam, eu viria

com um pequeno exército. Como naufragamos... Ela precisou ser forte para conter o choro e as lágrimas e, depois

de respirar um pouco e relaxar ela prosseguiu. -- Bem, eu posso ser tomada como refém... Ela não parecia nada

satisfeita com a situação e em seu rosto havia sinais de extrema preocupação.

<Wieglaf> *Primeiro atiçava seus sentidos, para estimar o nível da guarda que estavam recebendo, só quando

notava que havia apenas guardas no andar superior que ele sorria, dizendo:* -- Hahaha... Deixe-os tentar. *Dizia

Wieglaf com um sorriso aconchegante* -- Se isso acontecer, nós só precisaremos sair de fininho. Não notou como a

guarda daqui é precária? Não estamos muito longe de Stonedance, talvez até mesmo um barco de pesca seja

suficiente para chegar lá, não tem por que ter medo, Leen. *Ele dizia tentando tranquilizá-la*

** NPC: <Aileen Massey> Lançou a ele um sorriso amarelo e disse. -- Cada um de nós receberíamos 14 flechas

nas costas antes de subir em qualquer barco que seja. Mas não é hora de falar sobre qualidades militares... Ela

se levantou e avaliou seu estado lastimável. Tentou pensar em como pareceria mais importante e bem ajustada,

mas com o que vestia e o que lhe restava era difícil. Não havia outro jeito a não ser vestir novamente o couro

molhado e seguir. -- Bom, não tem jeito... vamos com o que temos mesmo. Se de tudo falhar, ainda podemos

negociar uma troca... Essas palavras saíram quase que forçadas de sua boca. Aileen parecia não admitir que

estava em péssima situação...

Page 30: Wieglaf

<Wieglaf> -- Só se fôssemos descobertos. *Ele dizia dando-a uma piscadela* -- Mas tudo bem, não tem por que

sofrer por antecedência, você está bem, Aileen, eu tenho certeza que vai ser capaz de conseguir nos tirar daqui

sem nenhum problema, basta ter confidência em si mesma, certo? *Ele se levantava então, arrumando seus trajes

rasgados também para ficarem um mínimo aceitável de apresentável* -- Quando o deus da morte ri para você,

você deve rir de volta para ele, Aileen... Mas isso não serve apenas para casos de vida ou morte. Não demonstre

hesitação ou esses cavalos marinhos vão notar, certo? *Ele dizia embainhando sua arma de volta na cintura* --

Então... Eu vou entender alguma coisa do que vocês vão falar? *Dizia levemente embaraçado*

** NPC: <Aileen Massey> -- O regente desta ilha fala bem em comum, mas se caso iniciemos uma conversa em

alto valiriano, significa que as coisas não estão indo nada bem. Ela inspirou um pouco e depois soltou o ar,

relaxando seu corpo e ajeitando mais uma vez suas coisas. -- Caso estejamos falando algo que você não entenda,

vou tentar com gestos fazer com que vc possa me compreender. Em geral, os Velaryon não tem nada contra os

Massey, mas como eu estou praticamente sozinha, frente a todo o exército da ilha, sou um alvo fácil. Ela buscou

algo que pudesse refletir o seu rosto e como não achou ela retirou de sua bota uma adaga de lâmina larga e

ajeitou, o melhor que pode, seus cabelos. -- Bata duas vezes na porta, Wieglaf... alguém deve vir abrir a porta

depois disso...

<Wieglaf> -- Tudo bem. *Ele dizia enquanto seguia até a porta e batia as duas vezes, como orientado* "Então

o que eles estavam falando ontem era alto valiriano? Incrível como mesmo os guardas souberam entender o que

ela havia falado, pensei que fosse um tipo de conhecimento limitado..." *Ele pensava enquanto se afastava da

porta, esperando* "Rhaenys falava esse idioma... Me pergunto se os Targaryen que iríamos perseguir estão a salvo

agora que afundamos..." *Pensava enquanto ajustava também seus cabelos e esperava, como um "não tão

majestoso assim" cavaleiro*

<Narradora>Logo veio um guarda, que destrancou a porta e o jovem cavaleiros dos Massey viu que ele portava

uma espada curta numa das mãos. Nem bem os dois saíram da sala, viram um guarda, também armado,

aguardando ali próximo do que havia aberto a porta. Os dois aguardaram que os jovens saíssem e os conduziram

até o uma porta de madeira, no final do corredor. Passando por ela, eles chegaram em um grande salão oval, com

duas escadas em arco que subia para o andar superior. Caminhando por algum tempo, eles chegaram no piso de

cima, em outro nobre e grande salão. Estandartes com os brasões

(http://www.westeros.org/Graphics/Heraldry/her_velaryon.gif) enfeitavam o local e lá, mais adiante, um trono estava

ocupado por um homem já de cabelos brancos, embora ele mantivesse sua imponência inabalada. Ao menos 20

guardas estavam no salão e uma lareira queimava toras de romeira, dando um aspecto agradável e acolhedor ao

ambiente. Ao adentrarem, ele se levantou e pediu para que se aproximassem. Aileen fez sinal para que ele se

mantivesse calmo e não fizesse nenhuma besteira

Page 31: Wieglaf

<Wieglaf> "Nossa... Vinte guardas além dos dois que nos escoltaram. Eles devem achar que eu sou o último

dragão dos Targaryen ou algo assim... Caso contrário são bastante neuróticos." *Pensava Wieglaf depois de

acompanhar os dois soldados armados até o grande e levemente agradável salão. O Dançarino das Águas se

colocava ao lado de Aileen como seu cavaleiro e seu guardião, e aquiescia ao pedido dela de não fazer nenhuma

besteira... Ele transparecia ser burro assim? Ele era bom em matemática o suficiente para saber que não seria

capaz de dançar ao redor de 22 inimigos*

<Narradora>O homem finalmente se aproximou dos dois pequenos e demonstrou muita curiosidade pelos dois

ainda se manterem tão firmes. Era certo que ele já deveria saber do ocorrido, mas se mostrou anfitrião até o

momento. Depois de pedir para que os guardas mantivessem formação, ele iniciou o diálogo.

** NPC: <Monford Velaryion> -- Nobre Aileen Massey. Fez uma breve reverência a ela e depois se voltou para

Wieglaf, fazendo uma discreta mesura. -- Cavaleiro. Deu um sorriso discreto. -- Sua chegada não foi como a

prevista pelas mensagens dos corvos. Meus sinceros sentimentos. E tanto ele quando os guardas fizeram uma

discreta mesura. Venham, vamos ficar mais a vontade em minha sala particular. Mesmo já sendo um senhor de

mais 30 anos, Monford carregava com sigo sua espada bastarda e tinha um porte de um grande guerreiro. Após

dispensar os guardas que vinham com os dois, ele entrou na porta, atrás do trono e se sentou em uma bela

cadeira de cabeceira oferecendo os lugares a mesa para os dois. A nova sala era pequena, mas ainda sim

aconchegante. Parecia uma sala de reuniões militares, como mapas e peças para se posicionar. -- Sintam-se a

vontade, senhores...

** NPC: <Aileen Massey> Acompanhou o lorde e pediu para que Wieglaf fizesse o mesmo. Assim que foi

convidada a se sentar, ela o fez, esperando o melhor momento para falar.

<Wieglaf> *Quando foi chamado como "cavaleiro", apenas anuiu a cabeça positivamente, queria falar alguma

coisa, mas temeu parece braavosiano demais... Não que Comum não fosse seu idioma nativo. Quando convidado

para acompanhar Aileen e Monford para outro cômodo ele o fazia e notava que um lugar era oferecido ao mesmo.

Ele se sentava junto com sua lady sem cerimônias, embora estudando o lugar com os olhos em busca de pistas

sobre o que esperar daquele homem*

<Narradora>Wieglaf pouco conseguia notar de Lord Monford Velaryon, pois este parecia cristalino quanto a água

do mar próximo da costa. Movia-se e falava de maneira simples e direta e o local parecia mesmo um local para

organizar-se e pensar em estratégias. Logo que se posicionaram, o Lorde se dirigiu a Aileen.

** NPC: <Monford Velaryon> -- Tomei a liberdade de enviar a seu tio uma mensagem de que você sobrevivera.

Ele iniciou a conversa mexendo em seu anel de esmeralda e olhando fixamente para a jovem. --Espero que possa

permanecer alguns dias para que ele se certifique disso. Haveria algum problema? Indagou de maneira direta, ele.

Page 32: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> -- Agradeço a preocupação, milorde, mas receio que eu mesma deva me pronunciar a

ele quanto a minha sobrevivência e os fatos ocorridos... Disse de forma polida. -- Poderia me conceder esse

privilégio? .

«Narradora> A conversa entre os dois transcorreu calma e pacífica e não houve grandes mudanças de

comportamento. Lorde Monford exigiu apenas saber o que houve com eles e Aileen achou melhor explicar todo o

ocorrido, embora tenha ficado emocionada em certas partes. O senhor da ilha ficou impressionado com o relato

dela sobre a bravura de Wieglaf e ele pareceu contente também com o ato heróico do rapaz. Assim que a

conversa cessou, ele terminou:

** NPC: <Monford Velaryon> -- Pedirei que levem roupas para que vocês possam se trocar e pedirei que vocês

tenham um banho adequado. Quero os dois no jantar desta noite comigo, em meu salão, e preciso que estejam

apresentáveis. Os guardas os escoltarão para o mesmo quarto, mas de certo já devem tê-lo deixado mais

confortável. Vejo vocês a noite. Fez um sinal com a cabeça e guardas vieram escoltá-los... Aileen agradeceu e

esperou para ver se o rapaz faria alguma coisa...

<Wieglaf> *Wieglaf se resumiu a ouvir o diálogo e negociações dos dois silenciosamente. Ele havia sido um

nobre no passado e aquela dança, aquele jogo eram algo que ele era bastante familiarizado, ele ficou alerta para

nuâncias e armadilhas, mas acabou por não notar nenhuma. Quando menos se deu conta Aileen narrava o ocorrido,

e exagerava algumas partes sobre feitios seus, deixando-o embaraçado parte dele e tentando consolá-la no

restante... Ao término da conversação notava que os jogos sociais não iriam terminar com aquela pequena

entrevista. Ao notar Aileen agradecendo, ele dizia, em tom politizado:* -- Obrigado por vossa hospitalidade e vossa

empatia, lorde Velaryon. *Dito isso ele abaixava sua cabeça em respeito, e se retirava junto com Leen* "Esse não é

o fim..." *Pensava ao sair, preocupado*

<Narradora>Aileen e Wieglaf voltaram para o mesmo local, escoltado pelos guardas de Lorde Monford Velaryon. Lá,

eles encontraram roupas secas e adequadas de boa costura e dois jarros com água quente haviam sido deixados

próximos de bacias lagas de mais de 1 metro de diâmetro, feitas de zinco, para se banharem. Os guardas, como

sempre, cerraram a porta e Wieglaf percebeu uma preocupação visível e crescente no rosto de Aileen. A situação,

embora aparentemente boa, poderia estar caminhando para algo que o jovem ainda não entendia. Fazer parte de

intrigas e conspirações era algo novo na vida do rapaz e talvez fosse hora de começar a se preparar para o que

pudesse vir. Aileen pediu, gentilente, que Wieglaf não olhasse para ela enquanto ela estivesse tirando a roupa e, só

depois do pedido atendido, é que ela se despiu e ficou de costas, sentada na banheira improvisada. Usando uma

buxa deixada para limpeza e água quente, ela começou a se banhar, em silêncio, como se tivesse totalmente

imersa em pensamentos. O tempo havia melhorado, Wieglaf percebeu, e não havia nenhum sinal daquela terrível

tempestade ciclópica.

Page 33: Wieglaf

<Wieglaf> "Eu acho que esse era o melhor cenário possível... Até onde pude ver ele não pretende usá-la como

refém, mas esse medo nos olhos de Aileen me diz outra coisa" *Pensava Wieglaf enquanto se virava quando ela

pedia que o fizesse, a verdade é que ele ainda era bastante imaturo naquela área, e aproveitou que a mesma

havia se virado para fazer o mesmo e entrar na banheira* "Isso sempre foi o que eu mais odiei sobre ser nobre,

esses jogos, como as pessoas sempre tentam tirar vantagem uma das outras..." *Ele pensava enquanto finalmente

se enxaguava, limpava a ferida que havia recebido durante a batalha no braço, a mistura dela com sal ardia e

incomodava um pouco... Enquanto tentava tirar a sujeira, ele notava que sua mão ainda tremia do que havia

acontecido no dia anterior* "Eu estive tão preocupado em sobreviver desde ontem que eu não tive tempo para

ter medo..." *Ele pensava enquanto tentava controlar a mão* "Mas eu preciso ser forte, ou pelo menos me

demonstrar forte, para que Leen tire forças de mim." *Ele continuava se banhando e finalmente quebrava o

desconfortante silêncio que havia se instalado ali* -- E então, Leen, por que você falou aquilo tudo sobre mim

mais cedo? *Ele dizia levemente embaraçado*

** NPC: <Aileen Massey> Se banhava e quase não notara a pergunta de Wieglaf, mas depois de alguns segundos

ela respondeu: -- Lorde Monford é um autêntico nobre e sua casa presa por qualidades que há muito estão

perdidas em Westeros. Ela parou um pouco para respirar. Sua voz estava entrecortada, o que denotava ainda mais

preocupação. -- Mas devemos dizer a verdade na presença dele. Acho que fiz o certo. Falou ela, como se não

soubesse como continuar a conversa...

<Wieglaf> -- Eu imaginei.... *Dizia jogando água contra os cabelos, que estavam cheios de sal* -- Não sabia que

existia uma casa que preferisse falar Valiriano a Comum em Westeros e ainda o ensinasse para guardas... *Dizia

pensativo* -- A propósito, acho que você vai ter que me re-ensinar a usar todos aqueles talheres estranhos. *Ele

dizia e ria, na tentativa de animar Leen*

** NPC: <Aileen Massey> De costas como estava, Wieglaf não percebia, mas de certo modo sentiu que ela havia

sentido algo próximo de uma ligeira alegria por pensar em coisas comuns naquele momento. Desse modo, ela

permitiu-se descontrair: -- Eles servirão frutos do mar. São apenas 3 peças diferentes. Um garfo, uma faca e uma

colher para os caldos. Mas ela pareceu querer desabafar, parecia que isso era o que mais a incomodava. -- Bom,

já que estamos nessa situação, acho bom você saber que poucos deles falam alto Valiriano. Mas como descendentes

daquelas terras, um ou outro tem essa prática... mas... Ela escolheu as palavras. -- Acho que essa noite nos

revelará mais surpresas do que gostaria... como Lorde Monford disse, ele enviou uma carta a meu tio e ao menos

que eu possa escrever... a situação tende a piorar daqui há algumas horas...

Page 34: Wieglaf

<Wieglaf> -- Hum... Você não precisa ser tão pessimista. *Dizia com um sorriso no rosto enquanto finalmente se

virava, passando a fitá-la* -- Algumas surpresas são boas, afinal. *Ele então mergulhava por alguns instantes,

saculejando a cabeça na esperança de tirar toda aquela areia e sal e então emergia novamente* -- Mas você me

surpreendeu quando falou Alto Valiriano também, você por acaso é descendente de lá também? Ou quem sabe tem

sangue de dragão? *Ele sorria ao dizer aquilo* -- Você é incrível.

** NPC: <Aileen Massey> Virou-se o suficiente para encará-lo, mas manteve seu busto oculto com as mãos e

cabelos. -- Tenho descendência de Roine, um pouco distante de Valyria... Ela disse um pouco sentimentalizada. --

Foi minha mãe que me ensinou esse idioma, para mantermos antigos acordos com as famílias. Quanto ao último

elogio, ela ficou ruborizada e virou-se novamente, mantendo a discrição. -- Já terminei, gostaria de me trocar...

<Wieglaf> -- Tudo bem. *Ele dizia se virando para que a mesma pudesse se trocar. Sentia que agora que ela

havia falado sobre sua mãe devia falar um pouco sobre a dele* -- Eu tenho inveja de você, mal lembro nada

sobre minha mãe... O nome dela era Elisa, segundo meu pai ela era a cortesã mais bela e disputada de toda

Braavos... Eu acho que me lembro da voz dela, e do perfume de cerejeiras. *Ele então voltava a se limpar* --

Papai dizia que a história dela é quase uma lenda por lá, mas eu acho que era bobagem dele. *Ele sorria e

continuava aproveitando o banho por mais um tempo*

** NPC: <Aileen Massey> Ela se levantou e começou a enxugar seu corpo e seus cabelos, saindo da banheira.

Assim que achou razoável, começou a vestir as roupas trazidas pelos guardas do local e colocou um vestido

azulado claro, com algumas mesclas de verde, que combinaram com seus olhos. Em seguida, ela prendeu a laço

para amarrar o cabelo numa trança bem feita, que ela mesma foi fazendo e isso ajudou a mascarar os mal tratos

provocados pelo naufrágio. Em seguida, quando todas as peças haviam sido colocadas, ela foi até a janela e ficou

um tempo por lá. Wieglaf achou que ela estava apenas pensativa, olhando para o horizonte, mas percebeu que

lágrimas escorriam do seu rosto. A mão da jovem foi rapidamente ao coração e então ele sentiu que as coisas

mudariam, realmente, naquela noite...

Page 35: Wieglaf

<Wieglaf> *Terminava seu banho e notava que ela estava na janela fitando o horizonte, ele escolhia quaisquer

trajes que fossem leves e confortáveis e não demorava muito para se vestir. Só quando se virava notava lágrimas

nos olhos da mesma...* "Droga, pelo visto ela está apavorada com isso tudo... É melhor eu tentar conversar com

ela." *Pensava o mesmo enquanto seguia até esta e tocava em seu ombro* -- Vem cá, senta comigo na cama...

*Ele dizia enquanto guiava ela pela mão e continuava segurando a mão desta* -- Você sabe que antes de ser seu

guardião e seu vassalo eu sou seu amigo, não sabe? Você não está sozinha. *Ele enxugava uma das lágrimas da

mesma* -- É normal ter medo, Leen, ele faz parte de todos, só precisamos enfrentá-los e aprender a conviver com

eles, mas ter medo não é uma coisa ruim, ele nos mantém vivos. Coragem é ter domínio do medo, não ausência

dele, entende? Ontem, quando eu vi aquela onda gigantesca eu acho que foi um dos momentos que eu mais tive

medo em toda minha vida... Mas não conte isso para ninguém. *Ele sorria de modo gentil* -- Então, por que ao

invés de alimentar o medo, não pensamos em uma maneira de contorná-lo? Eu já fui um nobre, sabia? *Ele não

era tão bom assim em manobras sociais, mas se era o que precisava ser feito para dar um pouco mais de

confidência para a mesma, iria tentar* -- Temos algumas horas antes da janta, vamos bolar um plano... Imbatível!

** NPC: <Aileen Massey> Aileen ouvia todo o discurso de Wieglaf de pé, sem se mover, mas permitiu que ele

lhe enxugasse as lágrimas. As palavras lhe fizeram se sentir melhor e isso o jovem pode notar. Quando ele

terminou, ela olhou para ele com os olhos brilhantes, mas depois se voltou para o horizonte, onde apontou para o

garoto. Agora, prestando atenção na paisagem e não na garota, Wieglaf via uma imensa e imponente embarcação,

com bandeiras amarelas e um cervo negro no centro. Ali estava, por algum motivo, a preocupação de Aileen, e ela,

depois de inspirar para reunir forças, disse ao rapaz: -- Não há plano Wieglaf. Ela pareceu realmente afetada. --

Você se comportará como meu cavaleiro sim, mas está liberado do fardo de ter que provar minha comida, ou isso

seria tido como ofensa para o Lorde da ilha. Tente manter-se calmo... estaremos lidando com grandes senhores... é

provável que haja negociação... Ela preferiu evitar continuar e terminou. -- Qualquer que seja a decisão, não

reaja... me prometa isso...

<Wieglaf> -- Então é isso. *Ele dizia notando a embarcação dos Baratheon* -- No fim você estava preocupada

comigo... Eu sou estúpido mesmo, não precisaram nem de algumas semanas para descobrirem. *Ele dizia enquanto

socava a cama de palha* -- Bem, eu acho que eu preciso lhe prometer isso, não é? No fim eu só lhe trouxe

problemas, me desculpe, Leen. *Ele suspirava, no fim sabia que Leen provavelmente teria morrido naquela

embarcação se não fosse ele, mas isso apenas o deixava com mais raiva, o que o deus da morte estava

maquinando para ele antes de levá-lo com sua foice afinal?*

Page 36: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> Ela não conteve a emoção e tentou abraçá-lo, pois o jovem não deveria se sentir tão

culpado. Ele a havia salvo e isso valia mais do que qualquer coisa nesse mundo. -- Para todos os fins, você é

meu cavaleiro sobrevivente. Disse ela em voz embargada. -- Nada além disso... Ela parecia buscar as palavras

certas. -- É hora de se preparar para o jantar... não devem se demorar a nos chamar e a embarcação logo estará

aqui. E ela sorriu pela primeira vez, com sinceridade. -- Vai ficar tudo bem com você...

<Wieglaf> *Se deixava ser abraçado feliz por ter conseguido consolá-la, embora muito mais preocupado do que

antes* -- Com nós dois, Leen, vai ficar tudo bem com nós dois. *Ele sorria tentando animá-la enquanto também

se preparava para o jantar, arrumando os cabelos e limpando sua espada* "É hora de outra de suas danças, Deus

das Muitas Faces" *Ele pensava enquanto respirava fundo, sentia que não iria conseguir degustar da comida com

todo seu sabor*

Aileen concordou e fez mais alguns preparativos mentais, além de ajeitar seu vestuário e cabelo mais

adequadamente. Quando chegou a hora, ambos caminharam de volta a corte escoltados, mas so invés de guardas

haviam mesas enorme e retangulares, de modo que muitas pessoas pudessem se sentar. Na cabeceira, como era de

se esperar, estava Lorde Monford e ao seu lado, à direita, um homem alto e forte, com certa calvice. Sua túnica

era bem visível e se destacava dentre as azuis e verdes da mesa. Esta era amarela e ele usava por baixo uma

armadura de metal. À esquerda de Monford estava um jovem de apenas 10 anos, mas muito parecido com o Lord

dos Velaryon, possivelmente fosse o filho dele e ao lado do garoto um lugar vago reservado para Aileen. Wieglaf se

sentaria ao lado dela e a sua frente havia um velho senhor de túnicas verdes e azuis, de exelente costura. Do lado

de Wieglaf estava um homem que mais parecia um soldado, que não fosse a túnica verde/mar, estaria pronto para

uma batalha. Aparentemente, armas não eram permitidas ali e isso estava sendo verificado logo na entrada.

Portanto, quem quer que estivesse armado, no máximo estava com uma arma de pequeno porte, como uma adaga,

por exemplo. Mesmo que, aparentemente, só eles estivessem ali, dava para se notar guardas postados, tanto dos

Velaryon quanto do que parecia ser do exército do homem de túnica amarela. || O Jantar foi servido em breve

e havia quase todo o tipo de frutos do mar, bem como alguns molhos de acompanhamento, saladas, maçãs

fatiadas, raspa de coco, vinho, água, suco de frutas e hidromel. Lord Monford deu início ao banquete, quando

levantou sua taça de vinho e logo todos da mesa começaram a comer. Aileen não colocou muita coisa em seu

prato e preferiu uma salada leve. Depois ela bebeu um pouco de suco de frutas e aguardou até que a conversa se

iniciasse, mantendo os modos de etiqueta. O lorde local, como era de costume, deu início a conversa, dizendo:

Page 37: Wieglaf

** NPC: <Monford Velaryon> -- Sou grato da presença de vós em minha mesa. Espero terem tido uma excelente

refeição. Levantou a taça mais uma vez. -- Sor Stannis Baratheon... Ele virou rapidamente para o homem calvo, de

aproximadamente 20 anos, de olhos azuis, rosto tenso e bochechas encovadas. -- Gostaria de lhe apresentar a filha

do redemoinho. Lady Aileen Massey. Nessa hora, a jovem fez uma breve reverência, ao qual o lorde Baratheon

respondeu apenas erguendo sua taça e um breve meneio de cabeça. --A jovem teve um embate naval inesperado

nas águas negras, contra Greyjoys, e pelo que me pareceu, iriam na direção de Sharp Point. Sendo da família do

rei, creio que já tenha em mente que as ilhotas próximas de Pentos, no outro continente, sirvam de base para

eles.

** NPC: <Stannis Baratheon> -- Minhas condolências pela tripulação, milady. disse ele numa voz grave e bem

audível a todos, embora parecesse pouco solene. -- Mas não vim até aqui para tratar de assuntos sentimentais.

Nossos inimigos se realinham bem embaixo de nossos narizes e temos alguns "intrusos" infiltrados a serem

eliminados. E ele lançou um olhar demorado e frio para Wieglaf.

<Wieglaf> *Wieglaf se deixou guiar pelos guardas, com sua postura neutra embora com uma expressão severa e

pensativa no rosto, como armas não seriam permitidas no jantar deixou a sua no quarto, era melhor que ter

algum guarda confiscando-a e notando que seu cabo e seu peso eram diferentes do padrão e então a

desembainhando. Ele fitou curioso as pessoas que haviam na mesa, estudando-as de modo meticuloso e discreto,

além deles dois havia quatro outros na mesa: Lorde Monford, o Baratheon, um senhor que concluiu ser o Maestre

da casa e por fim um soldado que concluiu ser duas coisas: O homem que o mataria ou o homem que o

prenderia. Curiosamente a refeição teve início sem grandes problemas, o mesmo comeu sem muitas cerimônias,

frutos do mar lhe eram uma comida familiar, embora não comessem com todos aqueles talheres, ele queria que

tivessem sido talheres mais sofisticados, entretanto, assim passaria a imagem de origens humildes, bebeu também

um pouco de suco de frutas, nunca falando uma palavra. Quando Monford quebrou a discreta dança dos talheres e

introduziu Stannis Baratheon, Wieglaf imediatamente ficou receoso* ”Como eu pensava, o estranho quer me levar

agora... Stannis é o mais rígido e inflexível dos três irmãos, se ele veio mesmo por mim é o meu fim” *Pensou

silenciosamente enquanto brindava junto aos outros de modo discreto por Aileen e pela visita de um visitante tão

ilustre. As palavras de Stannis em seguida teriam uma reação mais forte em Wieglaf, como uma adaga perfurando

seu peito* ”Se ele estiver blefando, esse é o momento de não demonstrar-se afetado, Wieglaf” *Pensou o mesmo

enquanto fingiu que não havia notado o olhar de Stannis em sua direção e bebia mais um gole de suco, ele então

“notava”, e erguia uma sobrancelha... Entretanto seus olhos o traíam um pouco, e neles havia uma pitada de ódio.

Iria deixar que ele falasse o que queria falar, antes de tomar qualquer partida, havia prometido isso a Leen, a

última coisa que queria era estragar tudo antes de tudo acontecer de verdade*

Page 38: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> Aileen manteve a compostura e sabia que as coisas só piorariam a partir dali. Manteve

o gracejo e o sorriso gentil, o melhor que pode e tentou desviar o assunto para pensar na melhor estratégia. --

Fomos pegos de surpresa... começou bem tranquila e sentimental. -- Mas acho que isso serviu para nos abrir os

olhos. Podemos estar diante de um grande conflito na baia de Blackwater. Os dois lordes pareciam avaliar o peso

de cada palavra de Aileen e Monford interveio na conversa.

** NPC: <Monford Velaryon> -- Exato, milady. Mas os motivos os quais nos reúnem aqui merecem ser discutidos

antes de qualquer pesar sobre o ocorrido. Ele se volta para Stannis e depois para a jovem. -- Informei de sua

chegada ao lorde Baratheon quando comunicou-nos sua partida de Stonedance e sei que, depois de passar por

nossa ilha, iria na direção de Dragonstone. Stannis parecia despir toda pele da jovem, afim de enxergar sua alma

por completo, enquanto Monford falava. -- Recebemos uma ordem do rei para avisarmos qualquer movimento em

prol ou contra os Targaryen. Além disso, algumas pessoas pensam que milady abriga alguns foragidos da guerra,

bem como alguns traidores sobre o forte do redemoinho. Está correta essa informação?

** NPC: <Aileen Massey> Ela levantou a cabeça e olhou com seus olhos verdes para os dois dizendo. -- É

verdade, milorde. Stannis quase pareceu sorrir, mas era apenas impressão.

** NPC: <Stannis Baratheon> -- Caso em sua mente pense em estratagemas para negociação, saiba que Lorde

Monford jurou fidelidade ao rei, recentemente. Disse com sua voz grave e expressão tétrica. -- A diferença de sua

chegada, com ou sem exército não influencia em nada nossa decisão. Talvez déssemos um fim mais honroso do que

o caixão do mar, mas saiba que o destino seria o mesmo, caso você não aceite nosso acordo. Encerrou como se

fosse uma única saída para a jovem, ao que ela apenas assentiu, como se esperasse uma sentença.

<Wieglaf> "Eu não tenho certeza se eles sabem quem eu sou afinal... Mas de fato há refugiados de guerra em

Stonedance, Leen não mentiu... Entretanto, com esses olhos de Stannis eu acho que ele sabe." *Pensava o mesmo

silenciosamente, pelo visto ele iria propor um acordo bastante unilateral e sentia que Leen iria aceitar, ele estava

de mãos atadas assim como ela, mesmo que questionasse Stannis ali, iria apenas se expor ainda mais, não havia o

que fazer além de voltar a beber seu copo de suco e ouvir, como se fosse invulnerável, como se nada daquilo o

afetasse. Era algo difícil com seu coração acelerado, entretanto*

** NPC: <Monford Velaryon> -- Temos uma proposta razoável para você, milady. Interveio o lorde de forma mais

amistosa, como era de costume ser. Meu filho ainda é jovem, mas logo se tornará um adolescente. Ele olhou para

o garoto, que tinha bastante traços do pai e voltou a olhar a jovem. -- Você deve aceitar a proposta de unir

nossas casas, deixando as cidades portuárias livres para nossa passagem, bem como da família real. Teremos nossos

próprios soldados tanto em Sharp Point, controlado pelo seu tio, quanto Stonedance. Assim, teremos um maior

controle da baia de Blackwater, bem como poderemos proteger melhor King's Landing. Creio que isso pareça

razoável, não?

Page 39: Wieglaf

** NPC: <Ailenn Massey> Manteve a compostura e respirou, ponderando um momento e olhando para o jovem,

que era mais novo do que ela e depois para o lorde Baratheon e depois para o lorde Velaryon. Parecia pensar em

mil coisas ao mesmo tempo, mas só conseguiu dizer. -- Seria uma honra, milorde. E pareceu normal ao fazer uma

reverência, mas Wieglaf sentiu o peso dessa decisão.

** NPC: <Stannis Baratheon> -- Essa prioridade não inclui os Lannisters. Disse como se esse detalhe fosse de

suma importância. --Abandonará sua empreitada imediatamente e negaremos o fato de ter enviado barcos para

ajudar os dragões remanescentes. Quando eles se depararem com os selvagens de Essos, seu destino findará.

Wieglaf percebeu a jovem tendo um leve arrepio ante as palavras duras do Lorde Baratheon.

<Wieglaf> *Notava que era uma situação séria e que Aileen e ele estavam enrascados, mas mesmo assim tentava

remediá-la, de uma maneira singela* -- Senhores, por favor permitam a um humilde cavaleiro o direito da

palavra.... *Ele esperava ter a atenção deles e então dizia:* -- Eu jurei proteger milady Aileen, mas meu soberano

é Sir Ryan Massey, ele que responde pela casa. *Ele respirava fundo e continuava* -- Pois mais grave e difícil de

controlar que seja o influxo de refugiados de guerra, os senhores devem resolver esse problema com o responsável

pela mesma, não, me desculpem se isso ofendê-los, intimidando uma criança. *Ele sentia que havia ousado demais,

mas continuava* -- Por fim, eu gostaria de deixar claro que minhas ordens ao subir naquele navio eram de

eliminar dragões, era uma tentativa da casa em demonstrar sua lealdade jurada ao senhor regente Robert

Baratheon, é uma pena que essa intenção tenha sido mal interpretada. *Ele por fim se sentava, sentindo que havia

decepcionado Aileen*

** NPC: <Stannis Baratheon> -- Quero deixar bem claro, que a próxima vez que uma palavra for emitida de sua

boca perante a minha presença nesta noite, terá seu fim tão rápido quanto a pronuncia desta. Ele disse de

maneira hostil, mas não se abalava, não levantava o tom de voz e tampouco mudava sua expressão. Depois de se

pronunciar, ele voltou a Lorde Velaryon e disse. -- Prossiga...

** NPC: <Monford Velaryon> -- Então vejo que os acordos estão selados. Disse com um sorriso no rosto e depois

fez um breve meneio de cabeça ao filho do seu lado, que retribuiu olhando pela primeira vez nos olhos da jovem

e fazendo uma breve reverência. -- Trouxe um septão para honrar a ocasião e Lorde Stannis estará aqui como

testemunha de boa fé. Quando o acordo for assinado com os juramentos, você e seu cavaleiro voltarão no barco

da família real e devem atracar em Sharp Point. Seu tio já está sabendo disso, pois fui cuidadoso em antecipar os

fatos. Stannis não estará contigo e, portanto, ele pode oferecer resistência. Convença-o do contrário ou as

consequência aos filhos do redemoinho serão graves. E pela primeira vez ele fez uma expressão séria.

Page 40: Wieglaf

** NPC: <Stannis Baratheon> Ignorou o rapaz e olhou diretamente nos olhos de Aileen. -- Vamos manter soldados

alojados nas duas cidades e os filhos de Sor Ryan Massey devem ser depostos do cargo de capitães. Ele falava

incisivamente -- Qualquer aversão será retaliada com força e não mediremos esforços para que isso seja feito. Ele

limpou suas mãos e terminou sua refeição, fazendo menção de se retirar dali, por hora. -- Não tenho mais nada a

tratar a respeito disso, visto que a decisão foi tomada.

** NPC: <Aileen Massey> Manteve-se calma, mesmo com a intervenção de Wieglaf, mas sentiu bastante quando

ele foi obrigado a se manter em silêncio, ainda mais da maneira com o que aconteceu. -- Estou de acordo,

milordes.

<Wieglaf> “É como eu pensava, os Baratheon são tão podres e corrompidos quanto qualquer outra casa nobre...

Starks e Baratheons são pessoas honradas? Faz-me rir...” *Pensava o mesmo enquanto olhava fixamente para

Stannis Baratheon, sua vontade era de pegar a adaga de alguém e cortar a garganta do irmão daquele usurpador,

mas se fizesse isso quem iria fazer o mesmo por seu irmão mais velho? Ele fechava os punhos e ficava quieto,

sabia que agora quem iria querer matá-lo seria Sir Ryan Massey, ele começava a se perguntar se havia mesmo

sido uma boa idéia ter ficado em Westeros, podia ter ido para sua terra natal, procurar por seu pai... Lá

certamente as pessoas não seriam tão mesquinhas, egoístas e superficiais e não teria tanto jogo de poder assim*

<Narradora>O que se viu, depois do jantar, foi uma cerimônia forçada onde o filho de Sor Morford, o pequeno

Monterys Velaryon, assinou o acordo de casamento, o que em seguida lady Aileen Massey o fez. O lorde Stannis

Baratheon firmou o acordo como testemunha, bem como o homem que estava sempre próximo de Wieglaf. Aileen

tentou parecer forte, mas estava visivelmente abatida. Provavelmente a cerimônia aconteceria daqui a três anos e

se não fosse boa o suficiente em convencer seu tio a sucumbir aos desejos da família real, eles colocariam todos

da cidade em risco. Toda a sua história em um "Aceito", todo um legado nos reinos com um acordo imposto.

Aileen era jovem demais para carregar tanta culpa e um fardo tão imenso como aquele. No final de tudo, eles

foram de volta para o quarto arrumar suas coisas e em seguida conduzidos para a embarcação de Stannis.

Novamente Wieglaf e Aileen estavam num barco, numa situação totalmente diferente da última, onde o mar era o

inimigo. Agora, sobre águas calmas, eles navegavam rumo a um novo destino, e quando puderam, finalmente

conversar, Aileen sorriu, como se aquele pudesse ser o último sorriso, e disse:

** NPC: <Aileen Massey> -- Você é imprudente sabia? ... E uma lágrima correu dos seus olhos. -- Mas eu

mataria o filho de Lord Monford caso Stannis desse a ordem de sua execução... acho que valeria a pena...

Page 41: Wieglaf

<Wieglaf> -- Imprudente? *Dizia Wieglaf levemente irritado, era difícil de dizer se era com Stannis, com Aileen,

com os cavalos marinhos ou consigo mesmo* -- Não, milady, eu falhei com você. *Ele dizia fitando o mar á sua

frente* -- As aparências de um jantar me eludiram, aquilo era um julgamento, eu poderia ter provado sua

inocência, só me toquei disso agora que é tarde demais para remediar, e por isso eu peço seu perdão. *Ele

tentava disfarçar as lágrimas nos olhos como se fosse a brisa do mar irritando-os* "No fim eu sempre perco as

oportunidades mais importantes, sou um peso morto... Droga de jogos de poder..." *Pensava frustrado*

** NPC: <Aileen Massey> -- Não se julgue dessa maneira, Wieglaf. Ela disse num tom solidário, afinal ela sentia

muita dor por tudo aquilo que ocorrera. -- Depender de uma situação onde se envolvem espadas poderia não ter

sido o melhor caminho. De qualquer forma ainda tenho tempo para me preparar. Ela olhou para o horizonte

através da escotilha, que não mostrava nada além do mar passando. -- Meu tio pode querer evitar o tratado e

isso, além de ser um risco para nós, será também para a população... E sentou-se na cama, colocando a mão no

rosto, pensativa...

<Wieglaf> -- Tirar posições de prestígio de seus próprios filhos? Casar-lhe com uma casa que mora no fim do

mundo em um lugar escasso de recursos? Sim, eu não acho que ele irá aceitar isso tudo de modo agradável e

humilde. *Dizia enquanto seguia para a escotilha onde a mesma estava* -- Seu tio provavelmente vai lhe colocar

de castigo e me estrangular ou algo assim... Por minha desatenção perdemos nosso melhor caminho. *Ele fitava o

mar, pensativo* "É papai, parece que eu ainda não estou pronto para esse mundo... Viver como um pescador era

fácil, talvez voltar a ser um nobre não foi a decisão mais sensata... O que eu faço?* *Ele pensava enquanto

tocava em sua adaga, um presente de seu pai*

** NPC: <Aileen Massey> Pela situação terrível que estava, Aileen conseguiu até sorrir mais uma vez e depois de

um tempo ela disse. -- Não me preocupo pelos Velaryon, tenho certeza de que Lorde Monford fez o que fez para

me proteger... pelo menos penso assim. De qualquer forma, seria muito pior se eu tivesse que firmar um acordo

nupcial com um Lannister. Isso seria o nosso fim... Falou por fim...

<Narradora>Depois do último comentário de Aileen, bateu a porta do quarto um dos homens de Stannis. Com o

comando da jovem, ele adentrou o quarto, trazendo comida e água aos jovens, se retirando em seguida. A viagem

ainda duraria um dia inteiro até Sharp Point e era hora de se pensar numa melhor abordagem, quando

adentrassem o fronteira costeira...

Page 42: Wieglaf

<Wieglaf> *Apenas se limitava a observar o homem de Stannis entrar e sair do quarto, fitando-o com seus olhos

verdes e profundos de modo analítico e silencioso. Finalmente com ele embora voltava a fitar Aileen* -- Por que?

*Dizia se aproximando da mesma* -- O que você tem contra os leões, milady? *Ele sentia que havia mais algo

sobre Leen que ele não sabia, mas iria saber respeitar se ela não quisesse contar-lhe* -- Você quer conversar sobre

o que fazer em seguida? *Ele se sentava na cama, ainda irritado com toda aquela situação, mas pior de tudo,

consigo mesmo*

** NPC: <Aileen Massey> -- Eles assassinaram... E essa palavra pareceu doer demais no peito dela e a obrigou

respirar com calma e só então prosseguir. -- Mandaram assassinar meus pais... Na verdade eles visam ter o

domínio das terras da coroa há tempos. Prefiro... prefiro não falar sobre isso. Ela ficou com um semblante triste

e não conteve as lágrimas, deixando-as rolar dos olhos...

<Wieglaf> -- Somos todos peões para eles, tão fáceis de manipular... *Dizia se levantando e voltando para a

escotilha* -- Me desculpe por tocar em um assunto tão delicado, Leen, eu não sabia... Bem, pelo menos temos uma

coisa em comum: ódio. *Ele dizia enquanto fechava os punhos, estava muito transtornado com tudo aquilo para

notar que precisava confortá-la agora*

<Narradora>Aileen ficou um pouco em silêncio, comendo a comida sem pedir para que Wieglaf tivesse de prová-

la. Tinha ciência que ela era importante demais para que eles tentassem alguma coisa e ela viva valia muito mais

nos jogos de poder do que morta num barco da família real. Logo a local ficou escuro, sendo necessário acender a

lanterna coberta que havia no quarto. A jovem não quis sair do quarto e deixou a critério de Wieglaf querer

andar pelo navio ou não...

<Wieglaf> *Wieglaf só se lembrou de comer muito tempo depois, naquele momento não sabia exatamente quem

ele mais odiava: Gregor Clegane, Jaime Lannister, Robert Baratheon, Stannis Baratheon, lorde Monford ou a si

mesmo... Tudo que ele mais queria era que fizesse uma pequena prece recitando o nome deles e o deus de muitas

faces os levasse consigo... Em um esforço inútil ele tentava, um sussurro no meio das ondas. Quando se dava conta

a noite havia caído e ele acendia a lanterna para iluminar o quarto, notando a indisposição de Aileen, ele dizia:*

-- Eu vou andar um pouco, talvez a brisa do mar consiga me acalmar um pouco... *Dito isso, ele fitava a mesma

de modo respeitoso e se retirava, seguindo até o deck do navio*

<Narradora>O jovem saiu para caminhar no barco, depois de fazer uma breve reverência a Aileen. O local era

um pouco diferente da embarcação dos Massey, sendo quase metade se seu tamanho. Homens iam e vinham pelos

corredores, sempre aparentado estar muito ocupados e logo Wieglaf encontrou a escada que levava ao convés. Lá,

sobre a luz de archotes, ele pode ver um tempo calma, com céu estrelado. A brisa soprava calma e ao longe se

podia ver a silhueta da cidade, para onde iriam. Sua visão enebriante e agradável só foi interrompida pelo olhar

sério e imponente de Stannis, que ao lado do capitão, fitava o rapaz...

Page 43: Wieglaf

<Wieglaf> *Havia aprendido a gostar de barcos quando se "tornara" um pescador, infelizmente não se sentia á

vontade naquele lugar mesmo estando em um ambiente familiar... Aquele navio representava uma das muitas coisas

que odiava. Era uma pena que o mar não estivesse disposto a devorá-los naquela noite, seria interessante se

Stannis Baratheon morresse afogado junto com os documentos assinados por Aileen. O rapaz fitou o céu estrelado

e o mar á sua frente, sereno... Não demorou muito para notar o olhar daquele indivíduo que havia há poucos

minutos tentado amaldiçoar* "É melhor eu não falar nada... Esse homem parece mais arisco que qualquer coisa.

Como Vinny diria mesmo? Ah sim, de que ele precisa de uma mulher..." *Pensava o mesmo enquanto apenas

devolvia um olhar sério e analítico para Stannis, não conseguindo deixar de rir discretamente com o pensamento

(talvez acidentalmente de modo provocativo), ele então inspirava e sentia a brisa do mar contra seu rosto. Apesar

de tudo ele não demonstrava uma postura hostil, se encostava fitando a cidade de longe*

<Narradora>O movimento constante do mar e o tempo agradável ajudavam a abrandar a situação, se é que isso

era possível. Wieglaf percebeu que além do olhar gélido do irmão do rei, dos tripulantes fazendo serviços diversos,

do capitão ao lado do Lorde Baratheon, ainda existia um homem com uma túnica castanha avermelhada. Ele

estava bem próximo da proa e parecia segurar o que parecia ser um livro de capa de couro amarelado. Havia,

próximo a ele, um homem sentado, afiando uma espada curta...

<Wieglaf> -- Se me permitem... *Dizia Wieglaf se aproximando de modo singelo, pela amurada* -- É uma bela

espada, meu lorde, forjada em castelo? *Dizia com um tom neutro, iria tentar descobrir qualquer coisa sobre

aquelas pessoas, tentava uma abordagem discreta e singela, enquanto investigava mais de perto os dois indivíduos*

<Narradora>O homem com a espada olhou de soslaio para Wieglaf, enquanto o homem com a túnica

permaneceu lendo, entretido com seu livro. Após o homem analisar Wieglaf, ele disse:

** NPC: <Homem com a espada> -- Forjada em campo de batalha... E sorriu, de maneira um tanto débil para

o garoto. E acrescentou. -- A empunhadura de sua espada não me parece estranha... Andalos? *Ele indagou com a

sobrancelha levantada*

<Wieglaf> -- Hah, bem que eu achei o ferreiro grande demais, pensando bem talvez ele seja um dos Primeiros

Homens... *Dizia analisando a empunhadura de sua espada* -- Mas eu acho que eu tenho um pouco dos Ândalos

comigo, afinal herdei deles a tradição guerreira do cavaleiro. *Dizia tentando incitar a curiosidade do homem

intelectual*

Page 44: Wieglaf

** NPC: <Homem com a espada> Assentiu, sentindo-se satisfeito por ter conseguido a resposta que imaginava.

Deu mais duas passadas ágeis com o esmeril na lâmina ondulada e disse: -- Aproxime-se cavaleiro... parece que

está tão perdido nesse mundo quanto os tesouros de Norvos. Fez um gesto simples para que Wieglaf se

aproximasse. -- Chamo-me Mirohr da extinta Ny Sar. Este que vê é meu irmão... E o homem fecha o livro

quando fora citado e olha para Wieglaf com um semblante calmo e assente, levemente, com a cabeça. -- Alendar.

Wieglaf pode reparar melhor neles, agora próximos. O que amolava a espada não era forte, devendo ser um

combatente mais ágil. Deveria ter já seus 28 anos ou mais ao passo que o estudioso era mais velho, devendo ter

passado dos 35. Este tinha uma compleição mais avantajada, aparentando ser bem robusto abaixo daquela túnica.

<Wieglaf> -- Perdido, huh? *Ele dizia se aproximando com uma postura relaxada, apesar de estar relativamente

apreensivo* -- Eu conheço essa baía como a palma da minha mão... Mas talvez isso seja verdade. *Dizia com um

tom singelo* -- Prazer em conhecê-los, sou Wieglaf. Mas eu começo a achar que não sou o único perdido, Ny Sar...

Essos, eu diria. Triângulo de Rhyone? *Ele dizia tentando tirar isso de sua memória, sem muito sucesso* -- Não me

repreendam se eu errar, meu pai sempre reclamava quando eu usava os livros para praticar espada... *Ria de

modo singelo*

** NPC: <Mirhor> Ria do comentário do garoto e embainhava sua espada curta com calma e precisão. -- Está

correto garoto. Somos daquela região esquecida pelos homens... Mas nos diga: quais suas expectativas para a

chegada a Sharp Point? Questionou ele, agora com um olhar mais analítico.

<Wieglaf> -- Aah, eu tenho um péssimo costume de sempre imaginar o pior cenário possível, então se acontecer

qualquer coisa menos pior, é algo bom. *Ele dizia com um sorriso no rosto* -- E os senhores, se me permitem a

pergunta, o que fazem tão longe de casa? Por acaso servem aos Baratheon? *Dizia tentando ocultar qualquer tom

de ódio ou ríspido*

** NPC: <Mirhor> O homem, aparente culto, não fazia questão de prestar muito na conversa, embora tivesse

mudado de posição, como se deixasse seus ouvidos prontos para captar qualquer informação útil. Mirhor parecia

estar gostando da conversa, já que antes seu passa tempo era amolar sua espada. -- Estamos com Stannis já há

algum tempo. É um bom Lorde. Com a pergunta, o homem aproveitou para saber mais sobre o garoto. -- Você

não parece ser cavaleiro daquela jovem há tanto tempo, se me permite a observação. Espero que esteja disposto a

colaborar com a situação... você me parece um guerreiro sensato...

<Wieglaf> *Respirava fundo a brisa do mar e expirava, fitando Stannis de onde estava com um tom analítico* --

Eu mal me tornei um homem... *Dizia com um tom singelo* -- Não acho que qualquer peso sobre a situação á

frente recairá sobre mim, embora talvez suas repercussões. *Ele então voltava a fitá-los* -- Então vocês servem á

Stannis, mas não usam suas cores... O que exatamente fazem?

Page 45: Wieglaf

** NPC: <Mirhor> Olhou para o irmão e depois para Wieglaf. Em seu rosto um misto de seriedade e

descontração. -- O serviço sujo... Ele se levanta, ficando mais alto que o garoto, embora não tivesse grande

estatura e começa a se alongar, estralando o pescoço e deixando os músculos mais relaxados. Sharp Point se

aproximava cada vez mais e ao longe uma embarcação vinha fazer a primeira interceptação diplomática. Embora

tivesse a bandeira do rei, ninguém era tolo suficiente de permitir uma embarcação daquelas se aproximar sem

uma prévia avaliação. Por mais que Londe Monford Velaryon tivesse dito sobre a carta, Wieglaf acabou sentindo que

as coisas não seriam tão simples...

<Wieglaf> -- Hahaha... *Ele ria com o comentário de Mirhor* -- O senhor Alendar também? Vou ser sincero com

vocês, por alguns instantes pensei que era um Maester, me aproximei jurando que viria os elos. *Dizia em tom

amigável e de brincadeira, a verdade é que dentro dele sua mente pensava em coisas bem diferentes* "Então

Stannis precisa de algozes... Como pensei, não há honra nenhuma nesse homem, assim como o Usurpador, ele não

vai seguir nenhuma regra..." *Pensava silenciosamente enquanto se imaginava matando-os, ele então re-imaginava

a cena e notava um Mirhor ágil e sua morte* "Eu preciso parar de matar todo mundo na minha mente..."

*Pensava enquanto fitava Sharp Point de longe, com uma postura neutra e indiferente*

** NPC: <Alendar> Observou com uma expressão calma e compenetrada o comentário do jovem e, quando ele

terminou, inseriu-se na conversa. -- Os sábios são confundidos facilmente como pessoas de intelecto afiado,

cavaleiro, mas de pouco poder ofensivo. Meu irmão precisa de mim e de minhas palavras... do contrário ele não

saberia a hora de parar. E Mirohr sorriu ante ao comentário de seu irmão. O estudioso fez uma mesura leve,

como se pedisse licença, e foi na direção de Stannis. Wieglaf não viu se o Lorde Baratheon o chamou, mas talvez

ele tenha ido atender um chamado dele, junto ao capitão. Mirohr ficou observando atento a embarcação que vinha

de Sharp Point se aproximar. Stannis parecia pronto para uma guerra, como estava vestido, mas não demonstrava

preocupação alguma. Não havia guardas no convés e Wieglaf não imaginava o que poderia acontecer dentro de

alguns instantes...

<Wieglaf> "Hummm... Acho que esses dois seriam menos perigosos se fossem apenas dois algozes..." *Pensava

Wieglaf enquanto aproveitava que estava ali para continuar ali assistindo ao espetáculo que viria em seguida. Por

alguns instantes ele torcia para que Ryan Massey afundasse aquela embarcação, mas logo concluía que isso iria

significar que ele estaria abdicando de Aileen também* "Bem, essa super confidência pode ser seu fim um dia,

Lorde Stannis..." *Pensava silenciosamente enquanto apenas aguardava, de prontidão*

Page 46: Wieglaf

<Narradora>Logo, a embarcação dos Massey emparelhou com a do lorde Baratheon e imediatamente os homens

ali no convés providenciaram uma prancha para que o intermediador viesse ao navio. Era um homem magro, de

estatura média e tia as feições parecidas com as dos homens da corte de Stonedance, não que Wieglaf conhecesse

muitos. Stannis foi ao encontro dele, sendo o mais cordial que sua rigidez e condescendência permitiam. Após os

cumprimentos, os dois seguiram para a cabine do capitão e Wieglaf começou a sentir um clima de tensão no ar.

No outro barco, o jovem percebeu que haviam homens armados e Mirohr, ao lado do garoto, parecia ansioso com

o que pudesse acontecer, dali há alguns instantes.

<Wieglaf> *Sentia seu coração acelerar com a incerteza que permeava o lugar inteiro e sua respiração ficar

mais pesada* "Bem, aconteça o que acontecer eu tenho que proteger Aileen... Pouco me importa se esses dois se

digladiarem até a morte, que o estranho os leve..." *Pensava enquanto se aproximava da entrada que havia usado

para chegar até ali, iria fazer o caminho até Leen se qualquer ação ofensiva fosse tomada, até por que se isso

acontecesse, provavelmente usariam-na como refém ou escudo humano e isso... Isso ele não iria tolerar*

<Narradora>Wieglaf desceu as escadas e seguiu o corredor estreito e bem movimentado da embarcação até

chegar no quarto onde Aileen estava e quando chegou lá teve uma surpresa, não que fosse algo preocupante, a

princípio. Havia um homem com um traje amarelo de guarda, com uma espada bastarda descansando sobre os

ombros, quando ele viu o garoto se aproximar, ele deu um passo para o lado, liberando a porta para que Wieglaf

pudesse entrar. O garoto não havia visto aquele homem ainda, mas ele era jovem e não devia ter mais de 17

anos...

<Wieglaf> *Estudava o mesmo com um tom curioso e singelo e então adentrava no quarto, fitando Aileen* --

Stannis está interagindo com um senhor... *Ele descrevia o homem rapidamente* -- Estou com um mau

pressentimento, Leen, esteja pronta para qualquer coisa... *Ele iria esperar pela reação dela e então saía do quarto

novamente, se estacionando exatamente ao lado do guarda* -- Se quiser eu posso pegar esse turno de guarda, é

minha obrigação afinal. *Dizia em tom singelo, apoiando o pé na parede, enquanto tentava ouvir qualquer coisa

acontecendo lá em cima*

<Narradora>Aileen começou a se preparar, indo na direção de seu corselete e já se preparando para o pior.

Analisou com calma sua espada longa com o símbolo do redemoinho entalhado na bainha e prendeu ao cinto...

Nessa hora, Wieglaf já se encontrava na parte de fora do quarto e comentava sobre vigiar o local no lugar do

guarda. Este olhou com curiosidade para o garoto e, sem parecer prepotente, disse:

** NPC: <Guarda> -- Meu senhor acha que virão matá-la. Com exceção dele, todos são suspeitos... e, com todo

respeito cavaleiro, se me parecer suspeito, eu terei de tirar sua cabeça do corpo...

Page 47: Wieglaf

<Wieglaf> -- Bem, isso é desconfortante. *Dizia Wieglaf sorrindo para o guarda de modo relativamente

confidente* -- Se as negociações lá fora derem errado, acho que terei que cuidar da sua retaguarda então. *Ele

dizia em tom de deboche para o guarda* "Stannis quer proteger Aileen? Claro que quer... Mas apenas durante o

tempo que lhe for interessante, ela é uma ferramenta importante na mão dele..." *Pensava enquanto fechava o

punho, mas logo se colocava de prontidão, esperando pelo pior*

<Narradora>O guarda sorriu, pareceu se familiarizar mais com o estilo de Wieglaf do que ele imaginava e

assentiu ante ao comentário sobre protegê-lo. Já havia passado certo tempo da reunião e embora ainda não

houvesse indícios de alguma resolução, o clima era de tensão em ambos os lados. Só depois de alguns minutos é

que um homem, trajando vestes em tons mesclados de amarelo, verde e vermelho, numa túnica nobre, apareceu no

corredor. Ele vinha segurando algo com as duas mãos, como se fosse uma oferenda, mas ao se aproximar os

homens viram que era um travesseiro roxo com um diadema sobre ele. Wieglaf percebeu na hora a reação

ofensiva do guarda, já com a mão na espada, mas ainda havia tempo para uma conversa, antes que, por algum

motivo, os ânimos se exaltassem...

<Wieglaf> "Bem... Isso também é estranho." *Pensava Wieglaf ao notar o homem se aproximando, as cores do

redemoinho estavam claras no mesmo, mas qual o significado daquele gesto? Ele não sabia. Ao notar que o guarda

parecia querer desembainhar sua arma, o mesmo andou de modo singelo na direção do homem, e então disse:* --

Podemos ajudá-lo, senhor? *Ele dizia enquanto estudava o indivíduo mais de perto, queria ter tido tempo para

conhecer boa parte dos membros da casa, infelizmente não era o caso*

** NPC: <Homem> Tinha feições simples, mas de certa nobreza. Aparentava mais de 35 anos e parecia sempre

sereno. Era um pouco mais baixo do que o guarda, próximo de Wieglaf e ante a pergunta do jovem, ele

respondeu: -- Senhor, este diadema é para a filha do redemoinho, Aileen Massey. Seu tio enviou a joia, que

pertence a mesma, para que ela adentre os salões como representante da casa, que é. Ele diz em tom solene e

então prossegue: -- Pode me dar licença, senhor?

<Wieglaf> -- Sem problemas, senhor, mas aquele guarda ali está sob ordens irrevocáveis, ele não vai deixá-lo

passar sem uma revista. *Dizia com um sorriso amigável no rosto* -- Se importa se eu der uma olhada antes de

deixá-lo prosseguir em sua tarefa? *Dizia com um olhar analítico, sentia que aquilo não era tudo, e não iria

deixar sua defesa baixa de novo... Será que ele teria que lutar contra a família de Aileen se eles se colocassem

contra ela? Será que ele deveria ajudar Stannis Baratheon? Não, aquilo não tinha a ver com Stannis, mas sim com

Leen, ela era sua amiga, não iria deixar que as pessoas que se importasse morressem, não importa a quem isso

beneficiasse*

Page 48: Wieglaf

** NPC: <Homem> -- De maneira alguma senhor. Disse ele mantendo o diadema no travesseiro bem

confeccionado. -- Como pode ver só carrego isso mesmo, mas se sentir mais seguro com uma revista, não vejo

porque intervir. Fez menção de entregar o travesseiro com a joia para o guarda, que recusou prontamente,

mantendo o olhar fixo no homem e pronto para golpeá-lo com sua espada. Então, o homem aguardou Wieglaf

iniciar a revista ou o que quer que ele fosse fazer.

<Wieglaf> *De início pegava o diadema e o investigava de modo singelo, ele já havia visto que não havia nada

demais no mesmo com seus olhos analíticos, o que realmente lhe ativava um pique de paranoia era o travesseiro,

este ele estudava cautelosamente e cuidadosamente, procurando por qualquer anormalidade no mesmo* "A

armadilha está aqui, Wieglaf, encontre-a" *Pensava quase em voz alta*

<Narradora>Wieglaf fez o melhor que pode, ao analisar os objetos e sentiu a respiração firme do guarda

próximo a ele. Talvez ele nem conseguisse calcular quanto ele havia concentrado de força para o primeiro golpe e

certamente partiria em dois o homem, se assim ele julgasse certo. Voltando a sentir o travesseiro, ele detectou algo,

uma breve saliência, não muito perceptível, mas ainda sim notável ao toque mais incisivo. O jovem não teve

precisar o que era, mas era fino e pontudo, quase do tamanho de um antebraço de uma criança. Não tão longo

quanto uma adaga e nem tão pequeno como um estilete ou faca. Possivelmente um punhal ou algo similar.

Olhando para o homem, Wieglaf não identificou nenhuma reação diferente, sequer, e ele simplesmente aguardava

tranquilo a revista do garoto.

<Wieglaf> -- Senhor, eu fiz meus votos de juramento de que protegeria Aileen Massey de qualquer oposição...

*Ele dizia com um tom singelo* -- Eu vou abrir esse pequeno travesseiro com minha adaga, possui alguma

objeção? *Ele dizia enquanto analisava o homem cautelosamente, guiava sua mão até a arma, mas a preparado

para sacar sua espada caso se mostre necessário* "Eu posso estar enganado, prefiro não pular conclusões, então

seria ótimo se você se denunciasse, velho homem..." *Pensava com o coração acelerado*

** NPC: <Homem> -- Oh, mas seria uma pena estragar tão bem peça. Ele pareceu entristecido. -- Se é pela

segurança de Aileen, faça jus a seus votos. Espero que ela, ao menos, receba seu diadema inteiro. Disse, em tom

preocupado.

<Narradora>Embora Wieglaf não conseguisse perceber nada de anormal, viu o guarda dando um passo adiante.

Ele parecia desconfiado da situação e o homem começou a temer pela vida, pois o olhar do guarda era de quem

não iria tolerar um passo em falso, sequer...

Page 49: Wieglaf

<Wieglaf> -- Calminha, guarda, acha mesmo que ele iria facilmente derrubar nós dois, trespassar a porta e

assassinar Aileen? *Ele dizia com um sorriso no rosto enquanto pegava sua adaga e perfurava o travesseiro,

rasgando sua abertura, ele visualizava o que havia lá dentro, ainda com um meio-olhar neutro na direção do

homem* -- Eu me pergunto por que diz isso, senhor...

<Narradora>Wieglaf rasgou o travesseiro e percebeu com a própria adaga que se tratava de algo metálico,

sentindo o atrito da lâmina com a peça oculta. Ao que parecia, era um objeto bem peculiar e trabalhado, mas não

era uma arma. Parecia um tipo de porta-pergaminho bem sofisticado, que coubesse uma mensagem não tão

extensa. Nem o homem e nem o guarda ainda haviam visto a descoberta de Wieglaf e se encaravam de maneiras

diferentes. O homem com medo da morte e o guarda, esperando Wieglaf dizer qualquer coisa que pudesse

desencadear o golpe..

<Wieglaf> -- Está limpo. *Dizia com um tom singelo para o guarda* -- Senhor, se importa se eu mesmo

entregá-la pessoalmente? Poderá visualizar da porta e então retornar á sua embarcação com tarefa cumprida.

*Dizia o mesmo enquanto fechava o travesseiro e colocava a tiara em cima* -- Me desculpe pelo inconveniente.

*Terminava com um tom educado na voz, abaixando sua cabeça*

** NPC: <Homem> Fez uma breve reverência e disse em seguida. Não vejo pessoa melhor para entregar, meu

senhor. Estarei aqui, um tanto afastado da Lâmina deste homem. Ele faz mais uma mesura e se distancia do

guarda, que continua fitando-o nos olhos, mas agora com a mão menos rígida no cabo da espada.

<Wieglaf> *Dava uma piscadela para o guarda e seguia na direção do quarto, ocultando bem qualquer coisa que

pudesse denunciar o conteúdo no pergaminho* -- Aileen... *Dizia ao abrir a porta e se aproximar dela* --Seu tio

lhe enviou uma joia para que adentre os salões como uma Massey. *Ele entregava a tiara na mão da mesma e

então voltava, fechando a porta e então apontando para o travesseiro*

Page 50: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> Wieglaf adentrou o quarto e viu uma Aileen bem arrumada, com a roupa dada por

Stannis, um segundo conjunto de peça mais bem requintado. Ela ainda mantinha o corselete, mas sobre ele havia

uma túnica de cores mescladas. À cintura, um cinto bem trabalhado de couro de cobra, em cor branca, e os

cabelos bem ajeitados numa trança dupla que saiam das laterais da cabeça e se encontravam atrás, formando uma

única trança. Preso ao cinto, sua espada e agora ela demonstrava surpresa ao ver a joia enviada pelo seu tio. Já

com ela sobre a cabeça, assim que Wieglaf a entregou, ela pareceu não entender o que ele queria, mas assim que

viu o gesto dele e olhou para o travesseiro, ela disfarçou. -- Nunca gostei de usar essa joia. E retirou a peça

com cuidado, abrindo cuidadosamente. -- Acha que fico bem com ela Wieglaf? Perguntou em tom normal,

enquanto analisava, agora, o conteúdo e demonstrava imensa preocupação... -- Venha... venha ver mais de perto.

Não sei se ajustei direito na cabeça... sou péssima com isso... E ela fez um sinal para Wieglaf se aproximar e

quando ele o fez, Aileen mostrou-lhe o conteúdo. [Filha do redemoinho, Lady Aileen. Seu tio recebeu um

comunicado dos Velaryon e pretende te assassinar para que o acordo seja quebrado. Espero que os deuses

permitam que essa mensagem chegue até vós. Fiel até a morte, Loss Lanrien] E pelo sobrenome, Wieglaf soube

imediatamente que se tratava de alguém ligado ao cavaleiro que estava diante dele no dia de seu juramento...

<Wieglaf> -- É, está mesmo torto, Aileen. *Dizia o mesmo continuando aquela atuação* -- Aqui, deixe-me

arrumar... *Ele lia o conteúdo da carta, e notava que os temores de Stannis Baratheon haviam se concretizado.

Fitava então Aileen com uma expressão preocupada no rosto, sem saber muito o que falar, ele gesticulava com a

boca "Eu vou te proteger", mas francamente, o quão capaz de protegê-la ele seria? Era apenas um garoto afinal,

sabia disso, seria um jogo de sombras que duraria muito tempo, e poderia ser desfeito até os dois se casarem, ele

parecia se esquecer um pouco da dança que faziam e então dizia:* -- Pronto, agora está perfeito. Vamos, olhe no

reflexo. *Dizia com dentes amarelos e preocupação nos olhos*

** NPC: <Aileen Massey> Aileen não parecia preocupada, mas no instante seguinte, enquanto olhava para o

rapaz dizendo em silêncio aquelas palavras, ela deixou que lágrimas escorressem de seus olhos. Era uma menina

de novo e não uma representante de importância. Tinha todos os temores que qualquer adolescente de sua família

e de gerações com ela. -- O... brigada. Disse com a voz embargada, limpando as lágrimas em seguida e se

pondo de pé. Respirou fundo e teve tempo de esconder o objeto de volta no travesseiro antes que o guarda

abrisse a porta. Quando o fez, ele apenas disse: "Está na hora, Milady". E tanto ela quando Wieglaf sabiam que a

cada passo que descem, estaria sobre a mira de algum soldado escondido, pronto a acabar com a vida dos dois

com uma flecha ou virote. Quando o guarda se virou, ficando de costas para a sala, ela disse ao garoto: -- Vamos

Wieglaf... está na hora... E depois de dar um abraço no jovem, ela começou a sua caminhada para a morte, mas

mantinha o seu semblante digno de sempre...

Page 51: Wieglaf

<Wieglaf> "Que droga isso, eu preferia que ela não tivesse visto... Apesar disso testar a determinação dela e de

certamente deixá-la incrivelmente corajosa agora que sabe seu provável destino, eu não desejo isso para

ninguém..." *Pensava com um semblante levemente entristecido, mas logo se lembrava de que era a força dela, e

era o primeiro que tinha que se demonstrar forte. Ele sorria de modo gentil e reconfortante para o obrigado da

mesma e dava uma piscadela para ela. Quando o guarda abriu a porta ele já estava com sua postura de cavaleiro

demonstrando bastante segurança* -- Tudo bem, milady. *Dito isso ele seguia na frente da mesma, nunca antes em

tanta prontidão* "Eu não vou falhar com você, Aileen, eu já falhei com Rhaenys, eu não irei falhar novamente, te

juro..." *Pensava com determinação nos olhos andando imponente*

<Narradora>Os dois saíram do quarto como guerreiros destemidos indo para o campo de batalha. Generais de

cabeça erguida diante de uma situação adversa. Wieglaf talvez tivesse se sentido um pouco mais tranquilo, com o

guarda acompanhando-os, bem como o homem que recebeu um aceno de cabeça de Aileen. Wieglaf não soube

precisar direito, mas havia um olhar de gratidão no rosto do homem. Então, os quatro rumaram para o convés,

onde Stannis aguardava com seu jeito tétrico de sempre, com as mãos juntas as costas. Aileen recebeu dele apenas

a impressão de um aceno com a cabeça e o intermediador estava ao lado dele. Wieglaf também percebeu Mirhor

e Alendar ali próximos, bem como muitos guardas em ambos os barcos. Stannis calmamente veio na direção de

Aileen, como um titã invencível. Diante dela, também observando Wieglaf, ele disse:

** NPC: <Stannis Baratheon> -- Pode ser do seu jeito ou pode ser do meu... O que seu pescoço diz? E Aileen

engoliu a seco, olhando rapidamente para Wieglaf, tentando ver se encontrava uma resposta em seus olhos. O

garoto sabia que não havia tempo para negociações e qualquer que fosse a decisão, deveria ser tomada de forma

rápida e simples.

<Wieglaf> -- Senhor Stannis Baratheon, Aileen gostaria de agradecê-lo por vossa hospitalidade de modo reservado,

ela me disse que tinha um presente para entregá-lo. Acha que isso seria possível, antes de embarcarmos? *Dizia

notando que se entrassem naquele navio morreriam, se teria que usar diplomacia com Stannis Baratheon, uma das

pessoas que mais odiava naquele mundo, seria o que faria.*

** NPC: <Stannis Baratheon> Stannis pareceu pouco inclinado a ouvir o que Wieglaf pronunciava, mantendo seu

rosto carrancudo na direção de Aileen. Esta abaixou a cabeça e respirou alguns segundos. Ela ergueu o rosto

novamente e assentiu para ele, o qual o Lorde Baratheon pareceu levemente surpreso, mas satisfeito, por fim. Ainda

de costas para seus homens, fez um leve sinal com a mão esquerda, Wieglaf pode perceber, e diante dos olhos do

garoto, o Arauto foi morto por Mirhor, que num movimento rápido, atirou-lhe uma adaga no pescoço. A tripulação

de Ryan Massey foi pega desprevenida e o primeiro instante do embate foi rápido e violento, restando alguns

remanescentes no barco. Um arqueiro, posicionado no alto da cabine do capitão da embarcação do redemoinho, se

preparava para disparar uma flecha de aviso, mas foi abatido pelos disparos de homens posicionados no alto do

mastro principal do navio de Stannis... o banho de sangue havia começado... -- Com licença... Disse ele, se

virando e fazendo sinal para o guarda, que protegia a garota, vir com ele...

Page 52: Wieglaf

<Wieglaf> -- Ugh, isso vai ser feio. *Dizia enquanto se colocava dando cobertura para Aileen em relação ao

outro barco* -- Teremos guerra, e estaremos batalhando contra seu tio em prol dos Baratheon... *Ele dizia sem

acreditar nas palavras que falava* -- Com esse contingente, Stannis não terá chance contra seu tio. *Ele dizia

tentando ser frio e alheio aquilo tudo, mas a situação lhe doía bastante*

** NPC: <Aileen Massey> Visivelmente abalada com o peso da sua decisão, ela cambaleia um pouco, como se

tivesse acordado de um pesadelo. -- Torcerei para que eles cedam... só posso desejar isso... Aileen deixava claro

que seu Tio quisesse ter uma chance de se manter vivo, bem como sua família, deveria entregar a cidade ao

comando de Stannis. Pelo que a jovem aparentava, ele não faria isso, e, portanto, esse ato contra o irmão do rei,

poderia acarretar no fim de sua família...

<Narradora>A batalha se manteve e Wieglaf manteve a jovem segura, até que a matança cessasse. Poucos foram

os que entregaram as armas e se rendessem, o que fez com que muitos corpos mortos fossem atirados ao mar.

Stannis pareceu satisfeito com o desempenho de seus homens e Wieglaf viu Mirhor ensanguentado, embora depois

de uma análise percebesse que o sangue não era dele. Alendar retirou o manto do arauto e começou a trocar de

roupa com ele. Alguns guardas de Stannis também o fizeram com os reféns e com alguns mortos com ferimentos

que não tivessem prejudicado tanto o vestuário. Tanto Wieglaf quanto Aileen pareciam pasmos com aquilo. No

momento seguinte, esses homens de Stannis tomaram para si a embarcação e novamente ele se aproximou de

Aileen.

** NPC: <Stannis Baratheon> -- Espero que saiba se fingir de morta, milady.

<Wieglaf> *Wieglaf fitava de modo pasmo e levemente desconfiado o desenrolar dos acontecimentos, foi uma

batalha fácil para os homens de Stannis, não saberia dizer se eles eram muito melhores treinados ou se os Massey

apenas enviaram peões. Ele então fitava Stannis nos olhos ao ouvir suas palavras, e refletia sobre elas por alguns

instantes* "Um homem com um plano, ousado até... Eu lhe admiraria se não te odiasse tanto..." *Pensava com

sua postura neutra de sempre. Ele então fitava Aileen nos olhos e perguntava:* -- O quão íntimo de seus homens

seu tio é, milady? Acho que o funcionamento ou não desse plano depende disso. *Fitava então Stannis* -- Meu

lorde, o senhor chegou a ver o conteúdo da carta enviada pelos cavalos marinhos? Se sim eu fui mencionado? *Ele

parecia querer ouvir alguma coisa boa de um dos dois* "Pode dar certo... Mas se chegarmos próximos o suficiente

de Ryan Massey, o que faremos em seguida? A cabeça dele irá amanhecer em uma lança? Isso tudo por que eu

não pedi um julgamento por combate? Mas que droga..." *Pensava mordendo os lábios*

Page 53: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> Parecia um pouco aturdida com tudo o que estava acontecendo e não era para menos.

Seu tio queria sua cabeça e Stannis a colocaria em risco, talvez para toda sua vida. Wieglaf, que estava mais

próximo, percebeu a vontade dela de puxar a espada e tentar acabar com tudo, mas ela sabia que não seria

capaz de vencer Stannis tão facilmente. Assim que Wieglaf pronunciou as palavras, ela prosseguiu: -- Meu Tio

comanda as tropas dele com muito rigor, mas tem certo controle sobre os homens. Embora a estratégia pareça

boa, estaremos a mercê de nossa sorte... pelo visto o senhor não deseja só capturá-lo, não é mesmo? Aileen saiba

que não tinha tempo para diálogo, mas decidiu arriscar, usando de seus Status para tentar fazer Wieglaf também

ser ouvido.

** NPC: <Stannis Baratheon> -- Isso depende se ele oferecerá resistência ou não. Ele não olhava para Wieglaf,

pois o considerava desnecessário, isso era certo, mas prosseguiu em respeito a jovem filha do redemoinho. -- Seu

cavaleiro permanecerá vivo sob o dever de protegê-la com a vida. Asseguraremos isso, não tenha dúvidas, milady.

Os homens de Stannis se aproximaram e indicaram que era a hora de partir ou Ryan Massey desconfiaria.

** NPC: <Aileen Massey> Lançou um olhar confiante para Wieglaf e disse, antes de ir em direção ao barco. --

Confie, Wieglaf... vai ficar tudo bem...

<Wieglaf> -- Milady, eu insisto, permita-me ir junto, posso me mesclar aos outros. *Ele dizia notando que seria

deixado para trás se não agisse rapidamente... Pelo visto Stannis pretendia deixá-lo esperando, e isso era pior do

que ser ignorado pelo mesmo repetidamente... Muito pior. *De qualquer maneira ele a acompanhava até a outra

embarcação, onde iria ajudá-la a saltar de um navio para outro* "Vamos, deus da morte, deixe-me rir na sua cara

outra vez..." *Ele pensava apreensivamente enquanto estralava o pescoço e as mãos, um reflexo de nervosismo*

** NPC: <Aileen Massey> Ela sorriu e pegou na mão do garoto. -- Não existe permissão, Wieglaf, existe dever...

não é hora de ficar confuso. Ela o puxou para ir consigo. -- Não escutou o que ele disse? Até o fim da minha

vida deverá ser meu defensor...

<Narradora>E sorrindo, mais confiante, ela puxou Wieglaf com ela para o barco e Mirhor e Alendar entraram

também e o cavaleiro de Aileen percebeu como ele ficou parecido com o Arauto dos Massey com aquela roupa. O

disfarce dos soldados dava para enganar, numa observação rápida, mas algumas tinham manchas superficiais de

sangue e isso poderia ser um problema. Os homens deixaram Aileen se preparar para se fingir de morta na cabine

do comandante e, claro, ela pediu para que somente Wieglaf ficasse com ela, embora o garoto tivesse plenas

convicções de que os cães de Stannis estivessem ouvindo, de alguma maneira...

Page 54: Wieglaf

<Wieglaf> *Coçava a cabeça, com alívio nos olhos* -- Me desculpe, milady, acho que eu fiquei apreensivo demais

com isso tudo. *Dito isso ele saltava para o outro barco* -- Sua vida será longa, milady, tenho certeza que

eventualmente vai me substituir. *Ele dizia com um sorriso reconfortante no rosto, tentando animá-la. Logo em

seguida viriam os outros soldados junto com os algozes de Stannis... Seria maravilhoso se os dois morressem e

levassem aquele que servem juntos, mas sabia que não tinha tanta sorte assim. Para seus olhos atentos e que já

sabiam, era simples notar os defeitos da empreitada, mas ele não podia fazer nada sobre aquilo. Agora na cabine

do comandante, em frente a Aileen, ele se aproximou desta de modo pensativo, e disse:* -- E então, milady, como

prefere morrer? *Ele dizia se perguntando como iriam improvisar sangue, talvez houvesse um corpo fresco

próximo? Se não teria que ser o dele...*

** NPC: <Aileen Massey> -- Tentando salvar o meu povo... Disse ela, como verdadeira filha do Redemoinho. --

Faremos o que for necessário e não se preocupe, eu confio em você e para mim isso basta... Sem pedir licença,

Alendar abriu a porta, batendo nela só depois de ver os dois conversando. Ele pediu, com um aceno polido, se

poderia entrar, ao que Aileen concedeu...

** NPC: <Alendar> -- Lady Aileen, preciso que a senhora nos prepare para a primeira abordagem, já que

poucos estiveram em Sharp Point. Caso tenha certa aversão para com os homens de Stannis, vou entender, mas

gostaria que você me instruísse ou seu fiel cavaleiro, para que não tenhamos muitas chances de falhar... E ele

aguardou a resposta.

<Narradora>Aileen estava confiante, mais do que Wieglaf podia imaginar. Servindo de marionete no jogo dos

cavalos marinhos e dos Baratheons, a jovem se mostrava austera o suficiente para guiar e coordenar uma situação

de invasão rápida, caso o plano inicial falhasse. Disse que a costa era protegia por pelo menos cinco embarcações

e que se, por sorte, eles chegassem ao cais, deveriam ser recebidos por um chanceler ou outro emissário de Ryan

Massey, para assegurar que as coisas deram certo, ou não. Disse, também, que haveria a possibilidade do seu

próprio tio estar ansioso para vê-la morta e preparado para uma guerra contra os Cervos Reais. De qualquer

forma, haveriam, pelo menos, 100 homens a espera da chegada do barco e ao menos um bom tempo de

caminhada lenta até a fortaleza do redemoinho. Essa era a situação. Alendar, de forma educada, pediu a opinião

de Wieglaf...

<Wieglaf> -- O que eu acho? *Ele dizia fitando Alendar* -- Eu acho que o vinho de dorna é a bebida mais

saborosa do mundo, eu acho que o momento mais belo do dia é quando o sol nasce em auto-mar e pode-se ver

a luz se propagando pela água, ou quando a água está tão clara e transparente que se pode ver toda a vida

submersa... *Ele então fitava Alendar* -- Não importa o que eu acho, senhor, não importa o quão ruins serão

nossas chances ou não, eu vou proteger Milady Aileen contra 100 homens e 5 navios se necessário, e até mesmo

contra seu Lorde Stannis. *Ele dizia algo que estava engasgado na sua garganta e então voltava para o lado de

Aileen* -- Nós somos todos peões, senhor Alendar, espero que faça jus á sua esperteza... Por que isso irá acontecer.

*Dito isso ele voltava a arrumar Aileen*

Page 55: Wieglaf

<Narradora>Alendar se sentiu bem com a fala de Wieglaf e se despediu indo para o convés. Na cabine, Aileen

pensava em como se pareceria morta e achou que um ferimento de espada seria prudente e começou a cortar

seu vestido próxima do coração. Em seguida, ela foi, juntamente com Wieglaf, pegar o sangue de um dos homens

mortos próximos da amurada, para que ficasse mais verídico. O navio começou a se aproximar, pouco a pouco da

costa, e os homens já se preparavam para o pior. Havia tempo que Wieglaf não via onde estava Mirhor, vendo

apenas Alendar liderando os homens, como se fosse ele o arauto enviado para trazer Aileen, de volta, mesmo que

morta. A filha do redemoinho, com a ajuda de seu cavaleiro, fizeram o possível para dar mais veracidade ao

acontecimento de sua falsa morte e ela pediu que ele a carregasse nos braços, já que ele era quem ela mais

confiava. Alendar seguiria na frente e alguns homens desceram as escadas para o depósito da embarcação, caso o

pior acontecesse, eles usariam uma rota alternativa para conseguir concluir o objetivo. Wieglaf e nenhum dos

homens via o navio de Stannis, que deveria ter seguido seu rumo, para que a estratégia desse certo. Agora, a

poucas milhas do cais, a ansiedade aumentava a cada instante. Com a aproximação, Wieglaf viu ao menos um

regimento de duzentos homens, ou mais, aguardando a chegada deles. Aileen em seus braços estava solta e mais

leve, parecendo perfeitamente morta...

<Wieglaf> *Wieglaf não gostava de nada daquilo, mas iria dançar aquela dança, e se fosse o momento de fazer

sua dança final, seria como iria acontecer, sabia que no outro mundo seu pai o receberia com orgulho, pois até

então havia trilhando seus passos. Ele preparou o "corpo" de Aileen e providenciou para que a ferida tivesse um

tanto de veracidade, improvisou até mesmo um pouco de verniz usado para pintar a embarcação para fazer seu

rosto ficar pálido. Ele estava nervoso por alguns instantes, sentia seu coração palpitar e querer saltar de seu rosto,

mas logo aquele pensamento inicial dissipou suas preocupações. Talvez fosse melhor morrer ali lutando para

proteger Aileen que dançando nas mãos de Stannis Baratheon para sempre. Ele via o regimento com tristeza nos

olhos, a tristeza de um cavaleiro que falhara em proteger sua milady... Não foi difícil, bastou se lembrar de

Rhaenys, ou dos olhos de Nana enquanto ele dizia adeus. Parece que a promessa que havia feito para a mesma

seria difícil de se concretizar. "Não, Wieglaf, essa não é a noite de sua morte, você vai cumprir suas promessas,

tanto as que fez para Leen quanto as que fez para Nana..." *Ele tocava em sua espadas por alguns segundos,

como se estivesse confirmando sua promessa para uma amiga distante e então esperou pela chegada da

embarcação com Aileen "sem vida" em suas mãos, sua apreensão havia se dissipado.* "Se a morte sorri para

você, sorria de volta para ela. Valar Morghulis." *Ele pensou, finalmente*

Page 56: Wieglaf

<Narradora>O destino se mostrava diante dos olhos de todos os homens, fossem de Stannis, fosse de Wieglaf.

Aileen viajava nos braços de seu cavaleiro, acreditando em suas forças e suas escolhas. Logo a embarcação se

aproximou do cais e se posicionou entre duas outras embarcações dos Massey. O corações dos homens menos

corajosos palpitavam quando viram duzentos homens, ou mais, muito bem armados os esperando. Alguns arqueiros

nas construções mais elevadas também faziam mira nos homens lá embaixo. Um passo em falso e tudo acabaria

ali, sem chance alguma de demonstrar qualquer valor, fosse em palavras, fosse lutando. Como Aileen havia previsto,

havia apenas um chanceler os aguardando, mas também imensamente protegido por dois cavaleiros de armaduras

de batalha. Estavam prontos para aniquilar quaisquer que fossem as ameaças e, depois das cordas serem presas,

Alendar deu sinal para Wieglaf vir atrás dele, e o homem, vestido de arauto, desceu a rampa corajosamente,

passando entre os soldados costeiros e parando diante do Chanceler, com pelo menos 30 espadas na sua direção...

<Wieglaf> *Wieglaf sabia que não havia honra ou masculinidade em chorar, mas sabia também que naquela

ocasião, lágrimas iriam ajudar a dar veracidade á cena. Ver Aileen pseudomorta lhe lembrava de Rhaenys, do que o

Montanha havia feito com ela antes de matá-la, de como havia falhado em salvá-la, em salvar o pequeno Aegon...

Uma ou outra lágrima vinham de modo natural. E quando isso acontecia ele avançava... Andava como um cavaleiro,

mas também demonstrando humildade. Ele fitava as armas em sua direção com uma expressão aparentemente

vazia nos olhos, esperava então pelas palavras de Alendar, segurando com firmeza o corpo da garota*

** NPC: <Alendar> -- Sob os olhos dos homens de Sharp Point, sobre as águas salgadas da baia de Blackwater,

relato a vós, nobre senhor, que Aileen Massey, filha do Redemoinho e herdeira da costa real, foi morta por não ter

aceito as condições exigidas por Ryan Massey, lord do redemoinho, e senhor dos homens de Blackwater. Ele fez

uma profunda reverência e disse em seguida. -- Que os raios de sol desta tarde nublada, sejam testemunhas de

sua bravura e coragem, tão quanto Ryan o foi ao tentar trazê-la, com vida, para seus domínios, não aceitando

qualquer acordo com a coroa que não o de manter essas terras intactas. Soberano e Lorde, também agora de

Stonedance. Wieglaf não imaginava o que Alendar estava fazendo, mas parecia estar dando certo. Os homens

pareciam não saber muito bem do plano de Ryan e se sentiram orgulhosos de achar que Stannis fugiu ao

confronto.

Page 57: Wieglaf

** NPC: <Chanceler> -- Sendo o conselheiro mais próximo de nosso senhor do redemoinho, aceito sua chegada,

embora com pesar no coração. Que todos saibam do valor de nossa soberana Aileen Massey e que seu sacrifício

seja lembrado por todos. Ele fez um sinal para que os homens recolhessem as armas e em seguida continuou: --

Levemos a jovem para nossa fortaleza... sigam-me. Embora parecesse algo inconcebível de se imaginar, Alendar

conseguiu seguir o plano com perfeição, para surpresa de Wieglaf. Os outros não iriam com eles e cada vez mais

ele se sentia sozinho. Pelo percurso íngreme da escadaria da alvorada, indo na direção da fortaleza do redemoinho,

eles seguiram e o garoto foi firme em manter Aileen bem segura nos braços. Com eles apenas soldados de Ryan

Massey e o cortejo seguiu, com os homens que se apresentavam no caminho fazendo longa reverência ao corpo

caído nos braços do jovem. Quando chegaram as escadarias principais, da imponente construção vertical, encravada

no pico mais alto da encosta e de frente dos portões verde-mar da fortaleza do redemoinho, Ryan os aguardava

com sua guarda pessoal e, embora ele fingisse estar ansioso e preocupado, Wieglaf podia sentir, lá de longe, um

cinismo odioso vindo dele...

<Wieglaf> "Como eu imaginei, Alendar é um homem esperto... Esperto demais. Isso é bom agora, entretanto..."

*Pensava de modo analítico, embora sempre tentando manter a máscara das aparências e da tristeza no rosto.

Quando ouviu as palavras do Chanceler, soube que havia dado certo... Mesmo que o homem soubesse que era uma

mentira, aquilo era apenas um jogo afinal, sua preocupação até então havia sido tola, verdade ou mentira era

exatamente o que ele queria e esperava ouvir, sabia que o homem estava feliz por dentro e isso o enojava. Ele

então continuou seguindo seu papel e se deixou ser guiado na direção da fortaleza. Se sentia desconfortável com

aquilo tudo, como se estivesse exibindo um troféu para os curiosos. Aproveitava para estudá-los enquanto a farsa

se mantinha, notava tristezas genuínas... Mas nos olhos de Ryan Massey havia apenas uma coisa, satisfação, mesmo

que não houvesse era o que ele via. O homem mordeu os lábios, se segurando para não fazer nenhuma besteira, e

esperava o homem falar, nesse instante tudo que havia se conscientizado era em vão, estava sozinho junto com

Aileen e Alendar, seu coração estava palpitante e acelerado, hesitante e temeroso. Mas em uma batalha interna ele

tentava não modificar sua postura*

Page 58: Wieglaf

** NPC: <Chanceler> Assim que todos se aproximaram de onde estava o regende de Sharp Point, ele, Ryan

Massey ordenou que os portões verde-mar fossem abertos para sua entrada e havia nele um semblante de vitória.

Com ele, os guardas pessoas vinham num cortejo defensivo e atrás deles o chanceler, Alendar e, então, Wieglaf

carregando Aileen. Alguns guardas vieram logo atrás, mantendo certa distância do cavaleiro e Wieglaf sentiu bestas

preparadas às suas costas. Tinham a mira perfeita para acabar com sua vida, mas talvez tivessem deixado para

fazê-lo dentro dos salões adornados do regente local. Depois de passar pelo átrio nobre, eles passaram por um

arco de mais de 6 metros de altura, entrando num salão imponente de mais de doze metros de comprimento.

Haviam doze colunas sustentando o local, seis de cada lado, e um nobre tapete nas cores do redemoinho, símbolo

da casa. O enorme salão, abrigava ao menos três arcos de passagem de cada lado, cada qual com seu guerreiro

guardião, com armaduras esverdeadas claras e lanças. Ryan caminhou até chegar ao altar, onde sua esposa Mireia

de Myr o aguardava. Alendar, a frente de Wieglaf, abria e fechava as mãos de tempos em tempos, como se fosse

um maneirismo pessoa, mas que poderia significar alguma coisa que ele não sabia. Quando o regente subiu os

degraus do altar e se sentou ao lado de sua esposa, em tronos tão bem feitos que ele próprio deveria se sentir o

rei dos sete reinos, ele falou:

** NPC: <Ryan Massey> -- Foi de extrema excelência seu desempenho, Arauto. receberá sua recompensa assim

que meu meistre assegurar a morte de minha sobrinha. Ele fez um sinal para que um homem velho, de

aproximadamente 50 anos, fosse até ela.

(Astúcia)

<Narradora>Alendar fez um sinal, deixando a palma da mão aberta, e Wieglaf percebeu que ele deveria ter

calma ante a chegada daquele senhor. Depois que ele se aproximou, fez um sinal para que Wieglaf a deitasse

cuidadosamente no chão, se posicionando próximo a ela. Alendar fez outro sinal discreto, enquanto o Meistre

começava sua análise visual, para que Wieglaf se abaixasse e esperou que ele tivesse entendido...

<Wieglaf> *Wieglaf seguiu o restante do caminho com passos pesados, o que mais temia era que suas mãos

tremessem e Aileen notasse, era um medo maior do que o que sentia de morrer... Mas o medo é a única forma

de ter coragem, sabia disso, se não tivesse medo seria apenas um estúpido. Ao avançar notava a mão que se

movimentava de Alendar* "Maneirismo? Não... Isso é um sinal, ele está se comunicando com homens comprados ou

homens infiltrados..." *Pensava Wieglaf sempre perceptivo, embora não fosse tão intuitivo quanto desejasse. Ele

continuou avançando e fitando o grande átrio com uma pitada de admiração nos olhos, mascarada em sua tristeza

aparente. Ele fitou o homem e sua esposa com um imperceptível escárnio e ouviu suas palavras de modo

apreensivo. Sob orientações de Alendar ele depositava a garota de modo gentil no chão, e então ficava ajoelhado,

um sinal de respeito e de última despedida... Ou não* "Você comprou todos os besteiros, Lord Stannis?" *Ele

pensava se perguntando o que aconteceria em seguida*

Page 59: Wieglaf

<Narradora>E foi então que Wieglaf viu dúvidas surgirem na expressão do Meitre, embora ele tivesse checado o

ferimento que parecia verdadeiro. Nesse momento, um homem se aproximou de Alendar com uma espada

desembainhada e outro às costas de Wieglaf. O cavaleiro, ainda sob o sinal de um Alendar que se ajoelhava,

esperando receber a morte de soldado, enviava o mesmo sinal de calma para Wieglaf e acima dele um homem

posicionava a espada para o golpe final...

(Astúcia)

<Narradora>Alendar seria o primeiro a ser morto e Ryan ria, como se ele tivesse descoberto todo o plano, então

o homem atravessou a espada na direção do coração do homem de Stannis, fazendo cair no chão. Foi por um

momento de muita atenção que Wieglaf conseguiu perceber que, embora o golpe pudesse ter matado Alendar, ele

não atingiu nenhuma região crítica, atravessando o ombro do mesmo com um movimento de extrema precisão.

Embora aquilo fizesse seu sangue fervilhar em alta temperatura o golpe de seu algoz passou por sobre seu ombro,

atingindo o meistre num golpe preciso no pescoço. Imediatamente os homens atrás de Wieglaf dispararam nos

guardas nas laterais e o confronto deu-se início. Aileen agora começava a acordar de sua falsa morte, sob os

gritos de batalha no salão. Mesmo sendo bem sucedidos nos disparos, os besteiros foram mortos, restando apenas

dois guardas com espadas e um lutando, aparentemente, de mãos livres, Alendar estava inconsciente, pois foi

necessário que a encenação iniciasse com veracidade e Ryan Massey havia ordenado que sua esposa se retirasse,

enquanto este sacava a espada para confrontar seus invasores. Wieglaf, agachado, se viu alvo de 2 adversários bem

equipados, com armaduras de anéis e espadas bastardas. Teria se ser rápido, pois Aileen estava ainda deitada e

poderia ser alvo fácil de um golpe preciso. O soldado que golpeou Alendar estava lutando com outro homem, mas

logo foi morto covardemente por Ryan. A desvantagem nesse primeiro início estava clara para os aliados de

Stannis, embora Wieglaf e Aileen não fizessem parte, inteiramente, desse time...

<Wieglaf> *Tudo acontecia muito rápido, mas Wieglaf conseguia acompanhar com os olhos e com os sentidos e

se orgulhava disso. Era improvável que tudo acontecesse como planejado, mas estavam longe o suficiente para que

pudesse dar certo* -- Vamos lá, Leen! É hora da verdade! Se levante, batalhe e me deixe lhe proteger mais uma

vez *Ele dizia sacando sua arma, sua Espada Braavosiana, Nana, aquela que lhe dava forças mesmo de longe. Em

conjunto com ela sacava sua adaga para ajudá-lo a se defender* "Finalmente algo que eu sou bom em fazer..."

*Pensava com excitação nos olhos enquanto partia com dois ataques rápidos e precisos contra ambos os

oponentes, uma dádiva que apenas uma arma feita para golpes rápidos permitia*

<Narradora>Wieglaf utilizou-se de sua agilidade e de sua incrível técnica para girar o corpo com sua espada,

golpeando os dois homens, que não fosse as armaduras dos mesmos teria tirado a vida de ambos. Com o

movimento, ele deu espaço para que Aileen se levantasse e se posicionasse para a sequência do combate.

Infelizmente, mesmo com toda a técnica defensiva de Wieglaf, um dos homens conseguiu golpeá-lo, mas o ferimento

não foi grave, descrevendo um corte na lateral do seu corpo esguio. Com sua técnica, ele percebia o ambiente a

sua volta, e os soldados aliados, em minoria, estavam levando a pior. Ryan Massey lutava, juntamente com outro

guarda pessoal, contra um dos aliados e este sucumbiria em breve... O combate era totalmente desleal...

Page 60: Wieglaf

<Wieglaf> -- Aileen, teremos que combater seu tio depois desses dois cavaleiros. É isso ou morrer... É nossa

única oportunidade. *Ele dizia enquanto sentia o corte arder e fechava um dos olhos sentindo o ferimento, mas

logo estava de volta á batalha, atacando com mais dois golpes seus oponentes, sempre tentando penetrar suas

armaduras, agora com a ajuda de Leen se sentia mais confidente, embora soubesse que quanto mais tempo

demorassem, pior a situação ficaria*

<Narradora>Com ataques combinados, Aileen e Wieglaf derrubaram os dois adversários, que tombaram sem vida

diante dos ataques muito bem sincronizados de Wieglaf, sendo o suporte da jovem um excelente ponto de

equilíbrio para enganar as defesas adversárias. Aileen consentiu diante da intenção de seu cavaleiro de enfrentar

seu próprio tio e sabia também da dificuldade de fazer isso. Voltando-se para ele, os dois viram que seu aliado

não aguentou ser golpeado tão agilmente e sucumbiu, tendo o tórax perfurado por ambas as espadas. Ryan Massey

vinha confiante, juntamente com seu guarda, levemente ferido. Às costas dos dois, Apenas um Soldado lutava contra

dois bem equipados com armaduras e o desespero aumentou quando pelo arco mais da entrada do salão do

redemoinho, mais oito soldados, pelo menos, avançavam...

<Wieglaf> -- É agora o momento decisivo... *Ele pensava alto, mas apenas Aileen podia ouvir* -- Atrás de nós

está um passado a que nós nunca podemos retornar... A nossa frente um futuro onde podemos corrigir nossos

erros, onde há esperança. *Ele então apontava para o tio da mesma* -- E ali está nosso obstáculo... Vamos

superá-lo, Leen, por Sir Toras, por Nana, por todos que ama. *Dito isso ele avançava, não iria haver diálogo, as

circunstâncias não permitiam isso... Apenas Ferro. Ferro e sangue* "Valar Morghulis" *Pensou ao engajar-se em

combate, se perguntava se uma batalha dividida era a melhor opção, iria tentar, se visse que era um oponente

forte demais, se concentraria totalmente nele*

<Narradora>O embate contra Ryan Massey, nos salões incrivelmente magníficos do redemoinho, deu-se início com

dois jovens que levavam a honra e a esperança de um lado, contra a corrupção e a ambição de outro. Experientes

em batalha quase todos eram e talvez Aileen fosse a que menos tivesse lutado durante sua vivência. Wieglaf se

movia agilmente, fintando tão bem que conseguia achar pontos fracos na boa postura do Lorde local e numa

dessas brechas ele atingiu o ombro do braço o qual Ryan Massey segurava sua espada e a partir desse ponto, a

luta foi se desenhando como vitoriosa para Wieglaf. Com o prejuízo nos movimentos, ele tinha dificuldades em

vencer a esgrima de Wieglaf, que parecia muito mais empenhado do que antes, mesmo com o ferimento. Ao seu

lado, Aileen lutava com excelência, vencendo o homem pelo cansaço de tentar acertá-la, fazendo com que ele

sentisse mais dor pelo ferimento que já tinha recebido. Aileen conseguiu golpear ele uma vez e, se antecipando ao

movimento dele, cravou sua espada no peito do homem, vencendo os anéis da cota de malha e atravessando seu

corpo com a arma. Nessa mesma hora, Wieglaf golpeou mais uma vez o Lorde do redemoinho... Aileen,

aproveitando a brecha da vitória, se posicionou mais atrás de seu tio, antes que fosse golpeada pelos dois que

vinham de traz e os oito ainda adentravam o salão, vindo correndo com espadas e lanças. A jovem fez, então, sua

última tentativa, esperando viver depois disso...

Page 61: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> -- ORDENE AGORA QUE ELES LARGUEM AS ARMAS, OU NÃO SEREI A ÚNICA A PERDER

MINHA CABEÇA Disse ela apontando a espada longa de lâmina azulada para o pescoço de Ryan Massey

<Wieglaf> *A batalha caminhava melhor do que Wieglaf imaginava, mesmo com o ferimento em seu torso, o

mesmo batalhava com uma bravura que não sabia que tinha dentro de si, e no meio de sua dança Sir Ryan

Massey parecia apenas uma criança sem um alvo. Ao notar a postura de Aileen, ele entendia o que deveria fazer,

se colocava a uma postura distante o suficiente do homem e então dizia, em tom elevado o suficiente para ecoar

pelos salões do lugar:*-- Meus senhores, lordes e cavaleiros da casa Massey. Hoje é um dia lamentável, no dia de

hoje, um homem nobre como o senhor Ryan Massey demonstrou sua verdadeira face ao arquitetar familicídio! O

homem que estão tentando defender com suas vidas se permitiu ficar cego á sua cobiça, ambição e status e

ordenou que assassinassem discretamente Milady Aileen! É essa criatura vil e asquerosa que pretendem defender

com suas vidas? Há bravura, honra e coragem em atacar uma garota? Esse homem só tem a lhes oferecer sangue,

sofrimento, lágrimas e suor! Mas não Aileen! Em sua misericórdia ela poupa até mesmo a vida do tio que tentou

ceifar sua vida! Ouçam-me senhores, guiem suas armas ao chão. Façam isso, façam justiça! Ou o fardo de vossas

consciências jamais os permitirá outra noite de sono! *Ele então respirava fundo, esperando ter sido persuasivo o

suficiente*

<Wieglaf> -- Por ela e por Sor Toras Lanrien! Com quem eu sangrei junto na meta de proteger Milady Aileen de

qualquer mal, e qual nunca antes vi ter uma morte tão honrada!

<Narradora>Todos eles foram cercados, antes mesmo de Wieglaf terminar sua última palavra, mas havia honra

nos olhos dos homens, como eram os homens de Stonedance, liderados por Sor Toras Lanrien, sob os auspícios de

Aileen. A menção do plano egoísta de Ryan Massey provocou dúvidas nos olhos dos homens e depois certeza

quando viram que Aileen era realmente aquela que eles sempre ouviram falar. Seu cavaleiro abdicou do golpe final

para manter convicta a honra e a nobreza do ato da jovem, além de alertar o lado onde os homens deveriam

depositar confiança. E foi então que um deles retirou o elmo com detalhes de escamas prateadas e abaixou a

arma, fazendo uma expressão de orgulho e com lágrimas nos olhos. Wieglaf nem precisou ser tão habilidoso para

perceber que se tratava do homem que enviara a carta para Aileen, Loss Lanrien, pois ele lembrava em muito Sor

Toras. Um a um, os homens foram abaixando as armas, enquanto a filha do redemoinho mantinha em riste a

espada no pescoço de Lorde Ryan Massey. E foi Loss que se aproximou de Wieglaf, dentre os muitos homens que

agora viam aquela cena, chegando aos poucos pelo salão. Loss, uma versão mais nova de seu nobre pai, com cerca

de 17 anos, colocou a mão no ombro do garoto e o agradeceu silenciosamente com um aceno de cabeça. Em

seguida, tomou a arma de Ryan e outro homem veio ao seu auxílio, retirando do cinto tiras bem flexíveis de

couro, algemando-o, as costas, e o prostrando diante de Aileen e Wieglaf. O sol aos poucos se punha no horizonte,

fazendo o local ficar num tom cada vez mais escuro. Alguns homens ainda não entendiam o que estava

acontecendo, mas Wieglaf pode ver Mirhor disfarçado de um deles, assentindo positivamente com a cabeça,

tranquilizando-o da situação. Alendar logo se levantou, o que até causou espanto em alguns dos homens, mas

Aileen fez sinal de que ele estava do lado dela..

Page 62: Wieglaf

<Narradora> Depois de enviar seu tio aos calabouços da fortaleza, ela pareceu cansada e preocupada com seu

cavaleiro, além de pedir imediatamente que Alendar fosse tratado, ao qual ele agradeceu com um gesto e se

retirou. Aos poucos os guardas foram sendo ordenados a voltarem aos seus postos, mas Aileen sabia que a notícia

iria se espalhar como areia em dia de vento forte. Foi então que Loss, diante de todos, se ajoelhou agora em

prantos diante de Aileen dizendo:

** NPC: <Loss Lanrien> -- Três vivas a minha senhora soberana e ao seu cavaleiro. Que do titã do mar a

salvou e das garras das profundezas afastou. Que seja a ela nossa força... a ela nossa força. E todos os homens

se ajoelharam em sinal de honra e respeito.

<Wieglaf> *Tensão e apreensão... Um frio inexplicável na barriga que atiçava todos os pelos de seu corpo... O

cheiro da morte que o circulava. Quando Wieglaf terminava de falar, se notava cercado... Seriam suas palavras

contra as espadas inimigas e se elas falhassem, aquele também seria o último dia de sua vida. Não soube se foi a

morte sorrindo de volta para ele quando mencionou o nome do cavaleiro que aprendera a respeita. Mas o alívio

de ver os homens abaixarem suas armas, uma a uma, foi tão prazeroso que até esqueceu de tudo que havia

passado para chegarem até ali. Ele não conseguia deixar de sorris aliviado para Aileen, um sorriso que significava

sucesso. Um sorriso que significava que havia cumprido sua palavra. Ele então acompanhou os acontecimentos se

sentindo distante, invulnerável. Só quando notava Loss se ajoelhar em respeito a Aileen, ele fazia o mesmo.

Tentando não chorar de felicidade feito um bebezão de 14 anos.*

** NPC: <Aileen Massey> Trêmula mais firme, com lágrimas evidentes nos olhos e diante de todos ajoelhados,

ela inspirou fundo, buscando a força que fora ensinada a ter, desde a morte de seus pais. Ergueu sua espada

como se ela pesasse sete vezes o normal e os homens abaixaram suas cabeças em reverência. Parecia não

conseguir falar ou ter perdido essa habilidade momentaneamente, movendo seus lábios em vão, como se o ar lhe

faltasse e só então, quando ela deixou que as lágrimas rolassem pelos olhos, é que se sentiu livre... uma liberdade

difícil de se sustentar, ainda mais depois de tudo que passaram. -- Sob a luz tênue da noite vindoura... eu... filha

do redemoinho, peço seus votos e serviços para a proteção de minha casa... que sejam nobres todos os dias de

nossas vidas... que sejam longos e prósperos...

<Narradora> E os homens nos salão do redemoinho, sobre o tapete nobre da casa protetora de Sharp Point, se

ergueram um a um e caminharam diante de Aileen, dizendo: -- Minha honra e minhas armas são suas, My Lady.

E foram se enfileirando no salão, de maneira organizada, aguardando instruções. A curta cerimônia demorou um

bom tempo e o no céu já havia estrelas quando o último chegou para fazer seus votos, sob um magnífico salão

agora iluminado por velas e cristais nobres. Aileen não sentou no trono do salão, não era seu desejo. Quando

enfim o último homem da fortaleza fez seu voto, sua tia foi trazida para diante dela... Aileen parecia sem forças

para, sequer, interrogá-la

Page 63: Wieglaf

<Wieglaf> *Pouco a pouco Wieglaf voltava a si, se dava conta de que Aileen havia ajudado o carrasco de Lorde

Stannis, Alendar... Mas quando via que o irmão dele estava infiltrado ali, sabia que havia sido a decisão mais

sensata, embora ainda o considerasse um indivíduo perigoso demais. Ele fitava o salão com outros olhos, e os

soldados ajoelhados criavam uma belíssima visão. Ele não conseguia deixar de sorrir, um sorriso de alívio, de

gratidão, de um misto de sentimentos que não sabia se seria capaz de descrever... Nem mesmo o fato de que

aquilo significava que Stannis havia vencido era capaz de estragar aquele momento. Ele fitava Aileen apreensivo e

notou que ela juntava forças após erguer sua espada. Nesse instante ele olhou para ela com determinação, e fez

um sinal afirmativo com a cabeça, era a única coisa que podia fazer para dar-lhe forças. Não soube se aquilo foi

suficiente, mas depois de falhar em soltar a voz uma vez, na segunda ela conseguiu, e falou o que precisava ser

falado. Orgulhoso, o mesmo se colocou como guardião e cavaleiro ao lado dela, e observou pelos votos um a um

de modo curioso, cansativo e levemente entediado. De certo foi bom ver o rosto de todos os cavaleiros da casa, se

perguntava se ainda deveria manter o seu escondido, mas depois do discurso, quem não saberia seu nome? Quando

a tia da mesma foi trazida a sua frente, Wieglaf fitava-a de modo incisivo e analítico, e dizia:* -- Milady Aileen

me disse que é uma pessoa pela qual possuía muita admiração, senhora Massey, por favor nos conte a verdade.

*Ele dizia o que Aileen parecia estar cansada demais para falar*

** NPC: <Mireia de Myr> Ajoelhou-se diante de Aileen e de todos presentes, dizendo: -- Falhei em manter meu

marido sobre a honra de sua família. Peço perdão. Sabia de seu plano sim, mas não sou forte o bastante para

intervir em suas decisões. Receberei a punição que lhe for imposta, milady. Confio plenamente em seu julgamento.

** NPC: <Aileen Massey> -- Levem-na para seus aposentos e a mantenham lá, sob vigilância. Disse ela para um

dos homens, que foram acompanhando a senhora até os andares superiores. -- Todos mantenham prontidão, ainda

não estamos livres de qualquer imprevisto... E os soldados ficaram um tanto quanto preocupados com o que a

jovem disse. -- Loss... Ela olhou com ternura para o filho de Toras. -- Meu cavaleiro e eu precisamos de

descanso e não temos mais ninguém em quem confiar... preciso que assegure nossa quietude e descanso, embora

Wieglaf, mesmo ferido, vá ser contra meu pedido... Precisamos de um meistre para ele...

** NPC: <Loss Lanrien> -- Assim será feito, minha senhora. Fez uma reverência aos dois e pediu para que

guardas trouxessem um meistre imediatamente. -- Vou pessoalmente ficar à vossa prontidão, minha senhora. E

chamando mais dois homens de confiança, ele foi conduzindo Aileen e Wieglaf para uma das laterais, assegurando

a eles um quarto grande e bem aconchegante. Ficando de guarda a frente da porta.

Page 64: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> Já no quarto, com mais de quatro metros por seis, de teto abobadado e com uma

coluna no centro, onde havia um lavador em forma de fonte, Aileen caminhou até a grande cama como entalhe de

madeira nos motivos dos Massey. Havia também um grande guarda roupa, mas a jovem seguiu para a sacada com

vista para o mar... estava exausta e nem era por cansaço físico... -- Me desculpe Wieglaf... Ela tentou dizer mais,

mas havia apenas pranto e dor em seu coração...

<Wieglaf> *Fitava a confissão de Mireia com alívio no rosto, talvez ela fosse capaz de causar dúvidas em algum

dos cavaleiros se negasse eu envolvimento em tudo aquilo, mas as coisas caminharam do melhor modo possível,

dentro das circunstâncias. Ele então ouvia a requisição de Aileen e sorria de modo gentil* -- Será uma das marcas

que me honrarei em portar, Milady. *A partir dali se limitava a seguir as orientações de Loss e se deixar ser

conduzido, estranhou ter acabado ficando no mesmo quarto de Aileen, logo notou que ela queria conversar com o

mesmo, e ouviu suas palavras* "Huh... Por que ela está falando isso?" *Ele pensava enigmado com tudo aquilo,

imediatamente assumia um de seus maneirismos de quando estava naquela situação, que era inclinar o pescoço em

cerca de 45 graus. Ele então se aproximava dela com uma sobrancelha erguida, e dizia, com um tom neutro e

inocente:* -- Pelo que, Milady? *Ele aguardava a resposta com uma expressão apreensiva no rosto. Será que Aileen

o havia traído? O entregaria para Stannis como parte de um acordo? Será que ele estava pensando cenários

hipotéticos e absurdos demais? Resolvia não pular nenhuma conclusão e acalmar seu caleidoscópio de pensamentos,

e aguardar pela resposta*

** NPC: <Aileen Massey> -- Por... não ser tão nobre em honrar acordos... Ela chorou ainda mais... e tentou

conter seu sentimento, em vão... respirando ofegante, ela tentou parecer uma líder, a representante de uma casa

nobre, mas falhou... era uma menina de treze anos e sentia o peso de toda Westeros sobre suas costas. -- E por...

trazer guerras e conflitos... por todos os dias de sua vida... Ela se virou para ele trêmula, frágil e fraca... -- Por

fazer da morte sua companheira confidente... que está sempre próxima de ti, chamando você pelo nome... te

pedindo para caminhar até ela... E ela ia dizer mais alguma coisa, mas não teve forças e apenas se deixou

encostar no corpo dele, abraçando-o, mantendo o compasso de seu coração com o som das ondas de Sharp Point.

Page 65: Wieglaf

<Wieglaf> *Wieglaf ficava um pouco pensativo sobre as palavras de Leen, e levemente desconfortável com a

situação, mas logo ele a olhava nos olhos de uma maneira estranha, e dizia:* -- A morte é a única verdade

absoluta... Nada mais certo do que a morte e nada mais incertos que o dia e a hora em que ela virá. A morte

carrega um homem que está carregando flores com a mesma frequência que carrega um com uma espada,

milady... Não há como escapar dela, mas ainda assim, eu gostaria de dizer-lhe que... Eu não sou digno de palavras

tão gentis... *Ele dizia tentando enxugar uma ou outra lágrima do rosto* -- Leen... Na verdade sou eu que devo

pedir desculpas, assim como agradecê-la... Pedir-lhe desculpas, pois eu fui parte do que lhe colocou nessa situação

tão difícil, foi minha desatenção que trouxe á tona esse cenário, eu falhei com você novamente e novamente... *Ele

dizia com lágrimas nos olhos* -- Obrigado por ter acreditado em mim, por ter sido minha senhora e minha

amiga, assim como minha força, por ter sido a única coisa que me fez seguir em frente. E por isso eu a serei

eternamente grato, você consertou um homem quebrado e perigoso até para si mesmo... Um garoto... E o deu um

propósito pelo qual viver e pelo qual sangrar. Por um presente dessa magnitude, caminhar mais próximo da morte

é um fardo pequeno, milady. *Ele dizia retribuindo o abraço, com grande gentileza e afetuosidade*

** NPC: <Aileen Massey> Manteve-se abraçada a Wieglaf por um bom tempo, deixando que o som das ondas do

mar levassem sua tristeza. Ali, no palácio do redemoinho, ela deixou seus pensamentos livres por alguns instantes e

sabia que Loss Lanrien vigiaria com sua vida a porta de seu quarto, garantindo privacidade. Aileen saiu de

maneira calma do abraço de Wieglaf e foi lavar seu rosto na pequena fonte no centro do quarto. Lavando também

suas mãos em seguida e tirando o equipamento, guardando-o com calma na prateleira próxima do guarda-roupa.

O cansaço mal deixava Aileen pensar sobre as coisas de maneira clara e depois de ficar mais a vontade, com

apenas roupas de baixo, ela caiu na cama e antes de sucumbir ao sono, disse: -- Obrigada... descanse bem

Wieglaf...

<Wieglaf> *Deixava o momento acontecer e então enxugava as lágrimas, engolindo-as se necessário ao notar que

o momento já havia passado. Wieglaf sabia que ela queria que ele dormisse ali... Não confiava mais em ninguém

além dele, mesmo Loss Lanrien estando de guarda na porta. Ele procurava algum lugar para descansar, a cama era

gigantesca, mas só de pensar em dormir ao lado dela suas bochechas já ficavam rosadas e seu coração acelerava...

O que era aquela sensação estranha? Ele definitivamente não iria dormir a vontade ali. Encontrou próxima a cama

uma poltrona e tentou se fazer confortável nela. Apesar de não estar cansado fisicamente, o cansaço mental era

bem maior. Era uma posição boa, podia vigiar tanto a porta quanto as janelas, e seu sono era leve. Sem muita

cerimônia, ele dizia:* -- Boa noite, Leen... Dormes bem. *Ele então apoiava os pés na cama, e se preparava para

dormir também*

Page 66: Wieglaf

<Narradora>A noite passou como um disparo de flecha e Wieglaf pareceu apenas ter fechado os olhos por alguns

minutos. Sentiu que o corpo estava bem, com poucos ferimentos, mas a mente ainda trabalhava em tudo o que

acontecera e estava para acontecer. Ainda era noite ou quase isso e Wieglaf viu nascer um por do sol

avermelhado no horizonte. Aileen dormir como se fosse uma criança, tranquila e serena, e nenhum empecilho

atrapalhou a tranquilidade dos dois. Somente quando o sol tomara uma cor alaranjada, clareando quase todo

quarto, é que Aileen acordou, espreguiçando-se na cama como uma jovem despreocupada, que teria um dia comum

pela frente. Vendo que Wieglaf não dormiu ao seu lado, ela sorri para ele, de um jeito dócil, e em seguida vai até

o guarda-roupa pegar algo apropriado para se vestir. Porém, manteve o diadema na prateleira, pois não queria

usá-lo. Já arrumada, com os cabelos escovados e o rosto lavado, ela chamou Wieglaf para ir com ela fazer o

desjejum. -- Vamos... ?

<Wieglaf> *A atenção de Wieglaf era muito apurada, mesmo quando estava dormindo conseguia manter uma

espécie de sexto sentido... Ele acordava com os movimentos de Aileen ao se levantar, e fitava o sorriso dócil

reconfortante da mesma de modo levemente encabulado... Se levantava de sua poltrona, e dizia, seguindo até a

janela* -- Bom dia, milady, é um belo dia lá fora. *Ele dizia com um tom neutro e ficava de costas para que ela

se vestisse, fitando o horizonte pela janela. Só quando ela o chamava, ele dizia:* -- Tudo bem, Milady. *Ele então

arrumava suas roupas como podia e a acompanhava, se perguntando se ela ficaria receosa de ficar longe dele em

qualquer outro momento... Não queria que ela se apegasse tanto assim a ele.* "Dormir sozinho com Aileen nessas

circunstâncias foi estranho... Espero que não surjam rumores maliciosos..." *Pensava enquanto avançava, ainda com

um pouco de sonolência nos olhos*

<Narradora>Depois da troca de bom dia, Aileen bateu suavemente a porta duas vezes e Loss a abriu de

imediato, recebendo-a com um gentil "Bom dia" e a Wieglaf com um aceno respeitoso. Os dois desceram as

escadarias do terceiro andar do castelo e chegaram ao primeiro, onde Aileen, conduzindo Wieglaf, cumprimentou

muitos súditos pelo caminho. Todos pareciam bem contentes com ela ali, mas as vezes Wieglaf sentia que algo

estava estranho, o que fazia parte de sua característica. Duvidava se todos eram mesmos leais, embora esperasse

que fossem, ou ao menos a maioria. Quando ela chegou na mesa do café, havia pelo menos quatro mesas, todas

cheias de frutas e pães diversos, além de cremes e pastas para acompanhamento. Chás de alguns tipos ajudavam a

perfumar o local, além de leite fresco. Aileen disse que Wieglaf poderia se servir do que quisesse e algumas jovens

serviçais ajudavam no preparo dos pratos, embora se ele quisesse, poderia fazê-lo ele mesmo, e era isso que Aileen

fazia. Quando se sentou a mesa, ela dispensou a preocupação de Wieglaf quanto a comida e começou a degustar

com muita vontade seu café, aproveitando o máximo de paz daquele imenso salão, iluminado por janelas em

vitrais com os motivos de sua casa. O verde, o azul e o vermelho, resplandeciam também nas cortinas e nos

ornamentos da louça e ela pediu que todos se retirassem quando terminou, ficando somente ela e seu jovem

cavaleiro...

Page 67: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> -- Meu bom e jovem Wieglaf... Disse ela calma, mas o guerreiro sabia de sua imensa

preocupação por dentro. -- Estou dando-lhe a oportunidade de seguir livre seu destino... qual é o seu desejo?

<Wieglaf> *Wieglaf os acompanhava de modo singelo e humilde, sentia que ainda era muito cedo para confiar

em todos aqueles que serviam á Aileen, e por isso redobrava sua atenção, apesar de ainda estar um pouco

sonolento. Ele se deixava ser servido, um hábito de quando ainda era um nobre com uma família e um título. E

então comia com uma pequena preocupação nos olhos ao notar Aileen comer sem preocupação. Mas ao não ver

nenhuma reação negativa á comida se fartava também, admirado com a beleza e magnificência daquele lugar. Ao

ouvir as palavras de Leen depois que os servos saíram, ele inclinava o pescoço em 45 graus, confuso* -- Ah... Eu

tenho direito a um desejo? *Ele sorria pensativo e então dizia em tom de brincadeira* -- Eu acho que vida

eterna e um dragão estão fora do escopo, não é? Bem... Eu acho que se atrapalharmos os planos de Stannis de

controlar a Baía Blackwater já estarei feliz. *Piscava para a mesma*

** NPC: <Aileen Massey> Sorria e ajeitava os cabelos sem graça. -- Sonhei que tinha me voltado contra ele...

declarei guerra... Ela parou um tempo pensativa... -- Perdemos, mas eu acho que morri feliz no sonho... Aileen

parou um tempo olhando a magnitude do local, como se lembrasse de tempos passados. Se sentiu sensibilizada,

mas contente. -- Ainda penso que veremos dragões, um dia... esse era o sonho do meu pai...

<Wieglaf> -- É o sonho de toda criança e de todo homem, milady... Mas eu acho que teria medo se visse um

na minha frente, especialmente se ele me quisesse como jantar. *Dizia com um sorriso no rosto, e então voltava a

degustar um dos pratos* -- Você acha que ainda existem dragões mundo afora, Leen? *Dizia notando que fariam

conversas pequenas por enquanto* -- Bem, agora existem "dragões", não é mesmo? *Ele falava com uma pequena

ênfase diferente, deixando a entender que não falava mais do mesmo tipo de criatura*

** NPC: <Aileen Massey> Ela parecia ficar completamente feliz quando faziam menção aos Targaryen. Era como

se conseguisse cumprir aquilo que era missão de seu pai, pelo menos por um breve momento. -- Sim... eles...

existem. E tenho certeza que jamais nos atacarão... E manteve o sorriso no rosto, fazendo o brilho dos seus olhos

verdes ficarem ainda mais intensos. -- Bom, Sor Wieglaf, será condecorado hoje. Como se sente? Ela riu,

aguardando a resposta dele.

<Wieglaf> *Ficava um pouco pensativo sobre as palavras de Aileen, podiam não feri-los diretamente, mas o dano

colateral ainda poderia existir... Ele pensava um pouco sobre a resposta á pergunta da mesma e então dizia:* --

Bem, eu ainda estou com fome... E com sono. *Dizia voltando a comer e rindo para a mesma* -- E você, o que

acha dessa condecoração?? *Dizia com um tom ainda neutro... Queria perguntar-lhe sobre Stannis, mas isso só iria

estragar o sabor da refeição.*

Page 68: Wieglaf

** NPC: <Aileen Massey> Ela escutou com calma a pergunta de Wieglaf e ponderou sobre muitos pontos. Depois

de observar certa apreensão quanto ao futuro, ela interviu de maneira mais agradável. -- Bom, por isso disse: Se

quer fugir agora, esse é o momento. E tomou se chá esbanjando graciosidade, coisa que não fazia há muito tempo.

-- Estaremos atrelados com os Baratheon pelo protetorado do Rei. Seremos abastados, sim, mas ficaremos a mercê

das escolhas mais acirradas. Ela parou de beber e deixou a xícara com cuidado sobre seu conjunto na mesa. --

Para mim, o que importa é que os dragões sobrevivam...

<Wieglaf> -- Vamos brindar a isso, milady. *Ele dizia erguendo seu copo de suco, era a casa que servia antes, as

pessoas que se importava quase como irmãos, havia sido um gesto pequeno, mas funcionara* -- Mas... Leen... Se

você quiser que eu vá, eu irei. *Dizia agora de modo mais analítico, havia se feito de desentendido da primeira

vez, mas não tinha mais por que continuar fazendo isso. Agora esperava pela resposta, de modo apreensivo. Mesmo

que quisesse ir embora, fugir, para onde iria? Não havia lugar para ele em Westeros, e não seria nada mais que

um estranho em Essos. Ele sabia disso, sabia que tinha conquistado uma coisa boa ali... Mas seria uma coisa ruim

ficar bem pertinho de Stannis Baratheon, esperando por um momento de deslize? Provavelmente. Mas era o que

pretendia fazer, manter seus inimigos próximos a ele tanto quanto eles o mantinham dele. Mas aquela escolha

estava nas mãos de Leen agora. Até por que havia pontos negativos também... A vida de um nobre lhe era

entediante e enfadonha*

** NPC: <Aileen Massey> Ela analisou com certa seriedade o pedido, mas não tardou em responder. -- Quero

que fique, Wieglaf, mas quero avisar que se ficar, ganhará um sobrenome e tarefas de um cavaleiro renomado. Ela

abriu um sorriso sincero depois do brinde e o manteve na continuação da conversa. -- Os cavaleiros do

redemoinho não tem vida fácil, você já percebeu não é? Ela se permitiu rir um pouco, embora provavelmente ela

tenha tido a lembrança do dia do naufrágio e ficou em silêncio por um minuto e somente depois disso falou. --

Faremos um funeral memorial para Sor Toras Lanrien, espero que participe. Será importante ter sua presença nessa

cerimônia... ele ficaria contente. E apertando os lábios, ela não conseguiu conter uma lágrima...

<Wieglaf> -- Bem, eu espero que sim, milady, caso contrário irei comprar um pequeno barco de pesca para

matar o tédio. *Ele dizia com um sorriso no rosto, anuindo ao que ela havia falado* -- Mas espera... Um

sobrenome? Tipo qual? *Ele arqueava a sobrancelha, preocupado, será que ela iria casá-lo com alguém de alguma

casa?. Ele parecia esta pensando atrocidades naquele momento, uma cena curiosa, e engraçada*

** NPC: <Aileen Massey> Ela pensou por um momento, imaginando qual seria o mais adequado. Depois resolveu

arriscar. -- Você não poderia receber Water, pois não é um bastardo dos Tully e tampouco Storm... Mas poderia

receber Maelstrom. Ela parece repetir um momento o sobrenome mentalmente. -- Wieglaf Maelstrom. Ela sorriu.

-- O que acha?

Page 69: Wieglaf

Wieglaf> -- Não parece ruim... *Ele dizia repetindo o som mentalmente* -- Espero que onde quer que esteja,

papai não fique triste quando eu abandonar os Thuranni... *Ele dizia como se fizesse uma pequena oração,

pedindo por isso. Ele então parecia querer mudar de assunto* -- Mas... Leen... E os Krakens? O que faremos sobre

eles? Se estão atacando tão perto de Porto Real... Eu não acho que vai demorar muito para os Greyjoys se

tornarem mais audaciosos.

** NPC: <Aileen Massey> -- Já está falando como um comandante. Sempre soube que eu não ia me arrepender

de minha escolha... Sorriu ela e se deixou a vontade na cadeira, embora ainda mantivesse a etiqueta. -- Eles

devem estar com algum plano sujo, mas o objetivo eram os Targaryen... de certo eles pensavam em se dar bem de

alguma forma, mas será prudente nos resguardar de qualquer problemas com eles. Os homens das ilhas de ferro

são grandes navegadores e possuem excelentes embarcações. Porém, teremos o apoio de Stannis, que sabe muito

bem conduzir guerras náuticas e já demonstrou isso. Ela tentava evitar ao máximo citar o irmão do rei, mas as

vezes era inevitável. -- Certamente que, depois da proclamação de seu título, lordes virão para começar os

acordos de casamento... espero que além de bom com sua espada, saiba se sair bem nesses tratados. Palavras

erradas não cabem, quando o assunto é a filha de um lorde, ainda mais se for de uma família soberana nos sete

reinos.

<Wieglaf> -- Ugh... *Ele dizia ao ouvir as palavras de Aileen* -- Talvez seja melhor eu fugir, afinal... *Dizia em

tom de brincadeira* -- Então de certa forma, quando batalhamos contra os Krakens, evitamos os planos dele...

*Ele dizia finalmente se dando conta* -- Bem, eu acho que há males que vem para o bem... Não que eu esteja

dizendo que todas aquelas pessoas precisassem morrer. *Ele tentava disfarçar a raiva sempre que Stannis era

mencionado, mas era algo um tanto inevitável* -- Mas eu não vejo por que iriam haver lordes pretendentes,

milady, continuarei sendo apenas um cavaleiro, não? *Ele coçava a cabeça, confuso, será que ela o daria terras?

Esperava que não o desse terras...*

** NPC: <Aileen Massey> Aileen pensava nas palavras de Wieglaf e se divertia ao ver como ele ficava tímido ante

aos novos fatos. Quando ele pronunciou a última pergunta, ela balançou negativamente a cabeça e disse. -- Acho

que você não ouviu direito... Você será Sor, Wieglaf, guardião da costa real, do protetorado dos mares e lorde da

baia de Blackwater. Ao erguer sua espada, poderá convocar um regimento de soldados leais do redemoinho e ao

direcioná-la, poderá seguir com duas frotas de navios, se for hábil para isso. Ela fez o gesto educado para se

levantar, de modo que isso fosse um sinal para ele fazer o mesmo. -- Sou noiva dos Monford, seremos o braço do

escudo para o rei... Ser meu lorde cavaleiro, te fará comandante. Terá algumas instruções, claro, mas depois... será

de sua responsabilidade guiar as tropas... Se não estou enganada, você tem dois anos para aprender tudo isso.

Ela sorriu. -- Caso queira correr me avise... prepararei sua partida secretamente...

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<Wieglaf> -- E perder a chance de comandar duas frotas navios inteiras? Eu posso escolher os nomes deles?

*Dizia como uma criança que havia acabado de ganhar um brinquedo* -- Mas é uma pena... Leen, que você não

pode escolher com quem dividir o restante dos dias... *Ele dizia com um tom agora mais triste e mais sério* --

Mas por que dois anos? *Dizia finalmente, sem entender o prazo*

** NPC: <Aileen Massey> -- Não se aprende a conquistar suas tropas em dois dias, Wieglaf. Esse tempo é o

necessário para você saber sobre tratados, lealdade, estratégia, territórios, tesouros, economia, rotas permitidas,

construções... E ela foi enumerando mais quatorze itens que julgou importante no momento. -- Se for

ganancioso, isso fará de você alvo de inveja e especulações... e claro que nós sabemos onde isso pode acabar...

Ela começou a caminhar, esperando que o garoto fizesse o mesmo, indo na direção do salão do redemoinho.

<Wieglaf> -- Talvez não seja tão interessante assim ter duas frotas de navios inteiras... *Dizia no décimo quinto

item enumerado, coçando a cabeça exausto com a lista sem fim. Ele então sorria para ela e a acompanhava...

Repassando em sua cabeça todas as coisas que ela havia dito e bocejando na metade, e então em 3/4... Sentia

que havia esquecido alguns dos itens.* "Foi para isso que você me preparou... Pai... Mas eu não sei se era

realmente isso que eu queria." *Pensava, já havia tomado sua decisão, só precisava se conscientizar com ela, e se

preparar para ela*

<Narradora>Aileen apertou os olhos junto com um sorriso simples, descendo as escadas em espiral até chegar no

imenso salão. No local, muitos soldados já a aguardavam, com suas faixas nas mãos para que ela os aceitasse

como seus soldados, a partir daquele momento. Respeitosa, Aileen não sentou no trono de seu tio e chamou Loss

Lanrien para que ele se aproximasse, conversando com ele sobre o estado de sua tia e se ela havia recebido

bom tratamento. Com a confirmação, Aileen inspirou longamente, do jeito que sempre fazia quando tinha que dar

algum anúncio difícil, olhando um tempo para baixo como se procurasse as palavras no piso de pedra enegrecida.

Ao levantar os olhos para os homens, notou os chacais de Stannis ali entre eles, o que Wieglaf também conseguiu

ver, e começou o discurso:

** NPC: <Aileen Massey> Sobre o despenhadeiro, que seus pensamentos se elevem e que das causas justas sejam

os eleitos... Fortaleza e esperança. Que das causas nobres sejam confessos, Porto seguro e confiança. Sejam aversos

ao resto, Sejam vocês mesmos e sempre. Protetores e Farois para os necessitados. Que debrucem sobre o ódio do

mundo. Considero-vos juramentados soldados. A partir de hoje E sempre.

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<Narradora>Aileen terminou o discurso e todos se ajoelharam perante ela. Em seguida, um homem com uma

aparência de 40 anos, ou mais, com uma armadura esverdeada, como Sor Toras costumava vestir, caminhou até

Aileen, subindo os degraus com calma. Ele, então, ficou ao lado da jovem e ela prosseguiu:

[** NPC: <Aileen Massey> -- Estes que estão diante de vos, são meus dois guardiões. Sor Milden Lanrien e Sor

Wieglaf Maelstrom. A eles devem também suas vidas e que sejam cumpridas suas palavras. E todos fizeram

reverência aos dois. Wieglaf notou que o senhor deveria ser bem próximo de Toras, pois havia algo nele que o

lembrava, além do semblante nobre. Porém, não era tão parecido quanto Loss, que era a versão mais jovem do

bravo comandante. -- Voltem as suas funções... tempos de tempestade nos aguardam... E todos foram se retirando

e Milden parou diante de Wieglaf e o cumprimentou, agradecendo pelas palavras do dia anterior.

<Wieglaf> *Wieglaf acompanhava tudo aquilo levemente apreensivo, homens de Stannis na sua presença

causavam isso, ele simplesmente não conseguia confiar neles, por mais que tivesse apostado sua vida neles no

passado. Ele se perguntava que destino a garota daria á sua tia, mas não pretendia abordar aquele assunto até

ela ter tomado sua decisão. Observou as palavras da mesma impressionado com sua dádiva oratória, provavelmente

ele nunca seria capaz de falar palavras bonitas e elegantes como aquelas... Mas aquela também não era sua

função... Ou assim esperava, se bem que precisaria de bons discursos se comandasse duas frotas...* "Ugh, isso vai

dar dor de cabeça" *Pensava enquanto se dava conta de que deveria se ajoelhar e o fazia. Notava então o

homem que lembrava Sor Toras se aproximar de Aileen e ser anunciado pela mesma. Ficou levemente encabulado

com as reverências, mas logo elas acabavam, e fitava o Sor e Cavaleiro á sua frente, respondendo ao mesmo:* --

Eu não fiz nenhum favor, Sor Milden, todas aquelas palavras foram de coração... E ainda bem que foram ouvidas.

*Ele sorria*

E assim, depois de um comando gestual de Aileen, um garoto de não mais do que oito anos, veio caminhando lá

do início do salão, fazendo os olhares de todos que foram se retirando passar por ele. Em suas mãos, ele trazia

algo como um traje curto, mas ao se aproximar ficou visível que era um tipo de armadura, mas bem distinta das

que Wieglaf já havia presenciado. Ele se ajoelhou perante Aileen e ela aceitou sua reverência, tocando-lhe o rosto e

o erguendo com graça e delicadeza. Em seguida ele mostrou a estranha vestimenta para Wieglaf e estendeu a ele.

Era algo como couro, mas bem liso e negro. Parecia muito frágil ao toque e estranhamente leve...

** NPC: <Aileen Massey> -- Vista-a por baixo de suas vestes, guardião Maelstrom. Receba de Sharp Point o

corselete mais raro da costa real, feito de couro de enguia, flexível e resistente, além de ser perfeito para situação

marítimas. Ela sorriu e disse em seguida. -- É um presente... mas muitos homens venderiam muitos tesouros

para tê-la... espero que cuide bem dela...

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Notas: Queridos leitores, aqui finda o primeiro arco da campanha deste personagem, mas é claro que teremos

outras aventuras. Aguardem a continuação em breve com o segundo arco.

Será que Aileen vai se voltar contra Stannis Baratheon?

Será que Wieglaf vai ficar ganancioso com o título conquistado?

O jogo dos tronos continua. Continuem acompanhando e obrigada pelos comentários.

Em breve os livros ganharão imagens. Vejo vocês em breve.

Kerol.

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