44
nº 66 - ano VI outubro/2012 Alto custo das matérias-primas assusta. Mas temos o melhoramento genético a nosso favor WPC 2012: tendências e tecnologias em resumo EXCLUSIVO: Tabelas de entalpia para consulta

WPC 2012: tendências e tecnologias em resumo · Para obter mais informações sobre como reduzir custos alimentares e ... El Salvador Informações: : ... mensal de 500 milhões

Embed Size (px)

Citation preview

Prod

ução

Ani

mal

-Avi

cult

ura

A R

evis

ta d

o A

viSi

tenº

57

- jan

eiro

/201

2

nº 66 - ano VIoutubro/2012

Alto custo das matérias-primas assusta. Mas temos o melhoramento genético a nosso favor

WPC 2012: tendências e tecnologias em resumo

EXCLUSIVO:

Tabelas de entalpia para

consulta

axtra XB®

Danisco Animal Nutrition

Email: [email protected]

Tel: +55 11 46133800

www.danisco.com/animalnutrition

Axtra XB consegue uma proeza:

melhora de forma consistente o desempenho dos animais com dietas a

base de vários tipos de grãos

dosagem flexível e um produto com diferentes formas físicas para maior

conveniência e facilidade de uso

termoestável a 90°C

•Para obter mais informações sobre como reduzir custos alimentares e

conseguir um ótimo desempenho com o , entre em

contato com a Danisco Animal Nutrition.

novo Axtra XB

Primeira para suínos eTODAS as espéciesde aves

enzima xilanase/ß-glucanase

, incluindo patos, perus, faisões e outras aves.

Axtra XB coloca você na liderança

Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

axtra XB®

Danisco Animal Nutrition

Email: [email protected]

Tel: +55 11 46133800

www.danisco.com/animalnutrition

Axtra XB consegue uma proeza:

melhora de forma consistente o desempenho dos animais com dietas a

base de vários tipos de grãos

dosagem flexível e um produto com diferentes formas físicas para maior

conveniência e facilidade de uso

termoestável a 90°C

•Para obter mais informações sobre como reduzir custos alimentares e

conseguir um ótimo desempenho com o , entre em

contato com a Danisco Animal Nutrition.

novo Axtra XB

Primeira para suínos eTODAS as espéciesde aves

enzima xilanase/ß-glucanase

, incluindo patos, perus, faisões e outras aves.

Axtra XB coloca você na liderança

eDITORIAL

Agradecimentos

Na vida, tudo se transforma. E melho-

ra. Assim podemos afirmar sobre os traba-

lhos do desenvolvimento genético de

aves. A evolução genética – que maximi-

zou o potencial de produção de carne e de

ovos por ave, com menos consumo de ra-

ção e em menor tempo de alojamento –

ainda tem muito a fazer pela avicultura.

Nesta edição, trazemos as tendências e as

possibilidades que esta tecnologia prepara

para a atividade. Em tempos de matérias-

-primas caras para a produção de ração, o

que é possível fazer para a ave apresentar

desempenho semelhante – ou até supe-

rior. Outro destaque desta edição são as

tabelas de entalpia (quantidade de ener-

gia) para o conforto térmico de frangos de

corte (a partir da página 21). Estas tabelas

foram desenvolvidas pelo Núcleo de Estu-

dos em Ambiência Agrícola e Bem-Estar

Animal (Neambe), da Universidade Federal

do Ceará (UFC). Um material que pode ser

muito bem utilizado para estudos e con-

sultas práticas. É só destacá-lo da revista e

mantê-lo em fácil acesso.

Aqui também trazemos os resumos de

algumas das palestras apresentadas no

WPC 2012 (a cobertura do evento está na

edição anterior, número 65). Das 73 pa-

lestras apresentadas – entre ao mais varia-

dos temas da avicultura como manejo, sa-

nidade, genética, processamento de

carne, ambiência, economia e mercado,

sustentabilidade, produção de ovos e ou-

tras áreas das tecnologias aplicadas à avi-

cultura moderna – o surgiram discussões

práticas, experiências e tendências para o

setor, nos âmbitos da pesquisa, da produ-

ção e da comercialização. Dessa forma,

alguns dos temas apresentados no Con-

gresso seguem descritos, a partir da pági-

na 16, como pequenos parâmetros da va-

riedade e do conteúdo elaborado para o

evento.

Tenha uma boa leitura!

Transformações, melhorias e muita informação!

Muito obrigada aos profissionais que colaboraram com essa edição: Jairo Are-názio, Tércio Michelan, Fábio Carnevale, Rodrigo Terra Celidonio, Robson Bertoli-no, Mônica Corrêa Ledur, Jane de Olivei-ra Peixoto, Lucas Scherer, Zeca Delfino e à Comissão Organizadora do WPC 2012.

4 Avicultura | Produção Animal

PublisherPaulo [email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) [email protected]

Comercial Daniel Cannos Fernanda Bronzeado [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Innovativa [email protected]

InternetJessica Sousa Vinicius [email protected]

Administrativo e financeiroCaroline Esmi [email protected]

Circulação e assinaturaÉrika Guimarães(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

uímicuímic

Evolução, transformação e melhoramento para a avicultura por meio da genética aperfeiçoada

Quando o assunto é a alta das matérias-primas, a boa notícia é que você pode contar com a pioneira e líder em tecnologia de enzimas.

Complexo natural que aumenta arentabilidade através da liberação de nutrientes

do alimento balanceado.

Complexo que melhora a disponibilidadeda energia, proteína e aminoácidos das

fontes protéicas de origem vegetal.

Tel.: 41 3888-9200 [email protected]

alltech.com AlltechLA Twitter.com/Alltech @alltech alltechnaturally alltech.com/pt

uímicuímic

Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

Agosto

27 a 29 de agosto23º Congresso Brasileiro de Avicultura e Feira Brasileira de Avicultura Realização: UbabefLocal: Anhembi, São Paulo, SPContato: (11) 3031-4115Informações: www.abef.com.br/ubabef.phpE-mail: [email protected]

Novembro

12 a 15 de novembroCongresso latino-americano de aviculturaLocal: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: :www.avicultura2013.com/index.php/pt/home.htmlE-mail: [email protected]

2012

Novembro

21 a 23 de novembro AVISULAT 2012 - III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios e Feira de Equipamentos Serviços e TecnologiaLocal: Centro de Exposições Fundaparque, Bento Gonçalves, RSRealização: Asgav, Sips e SindilatContato: (51) 3228-8844Informações: www.avisulat.com.brE-mail: [email protected]

21 a 23 de novembro IV Simpósio de Qualidade da CarneLocal: Centro de convenções da FCAV - Unesp/JaboticabalRealização: Funep e FCAV - Unesp/Jaboticabal Contato: (16) 3209-1303Informações: www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=265E-mail: [email protected]

29 a 30 de novembro II Congresso sobre aditivos na alimentação animalLocal: Campinas, SP Realização: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA)Contato: (15) 9773-6355E-mail: [email protected]. Informações: www.cbna.com.br.

2013 Março

12 a 14 de março III Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais Local: São Pedro, SPContato: (19) 3481-9999 Informações: www.sbera.org.br/sigera2013E-mail: [email protected]

8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor

A edição de setembro da Revista do AviSite trouxe a primeira parte da cobertura do WPC 2012 com as particularidades do evento e todas as novidades das empresas expo-sitoras no AviGuia Expo 2012. Falamos também do papel da incubação moderna para maximização das linhagens.

Prod

ução

Ani

mal

-Avi

cult

ura

A R

evis

ta d

o A

viSi

tenº

57

- jan

eiro

/201

2

Quais são os desafios da incubação moderna?

nº 65 - ano VIsetembro/2012

AviGuiaEXPO

WPC 2012

E mais:

Em um formato variado e dinâmico, evento reuniu os principais nomes da avicultura mundial

Participe e envie seu comentário para

[email protected]

Naturalmente, as causas agora são diferentes (quebra das safras de soja e de milho). Mas, como em 2008, o mundo está em meio a uma nova crise econômica. E as carnes – que, antes, acompanharam bem à distân-cia a evolução de preços dos grãos – agora têm pre-ços em queda porque as dificuldades econômicas derrubaram a demanda. Ou seja: o que foi difícil há quatro anos, agora tende a se tornar impossível: vencer os custos de produção.

Edir Nepomuceno foi eleito presidente da WPSA durante o XXIV Congresso Mundial de Avicultura, realizado em Salvador, BA.

Marcos Banov, administrador de empresas, Diretor de Negócios da Uniquímica. Profissional com ampla experi-ência em gestão de pessoas, desenvolvimento de projetos e estratégias empresariais assina a coluna Ponto Final da edição de setembro da Revista do AviSite.

A melhor iniciativa seria uma pressão nacional, a começar mesmo pelos Estados, assim como foi feito em Santa Catarina! Se liga São Paulo....

Jamilson Barbon Godoy – Tambaú, SP

Os governantes devem estar suando muito pelas soluções eles tem encontrado.

Alexandre Cesar Grigolo - Nova Erechim, SC

E este governo incompetente bate recordes de exportação de milho e soja, componentes de maior custo nas rações. E a nossa presidenta cega surda e muda aos apelos dos produtores.

Eduardo von Atzingen – Goiânia, GO

Ate onde o Governo vai deixar essa situação? Deixando exportar o milho para fora do Brasil e aqui ficando sem?

Márcia Camarotti – Tapiratiba, SP

Primeiro é urgentemente necessário que o governo intervenha, exportando apenas o excedente de milho e soja abastecendo o que for necessário na avicultura e suinocultura, duas atividades de grande geração de empregos e das quais muitas famílias dependem. Segundo, temos que diminuir em muito a oferta do produto avícola no mercado interno, renumerando melhor o produto para fazer frente ao custo e, para sairmos da dependência dos grandes atacadistas que neste momento pagam o que querem por terem super oferta do produto.

Ari A. Kaefer – Manaus, AM

É com grande satisfação que recebemos a edição da revista do AviSite. É uma honra poder participar de tão importante veículo de informação.

Vocês, com certeza, desempenham um papel fundamental ao segmento avícola, não somente através do site, mas também com a Revista, com os quais vocês levam informação da mais alta qualida-de ao segmento.

Pessoalmente, e também em nome da Uniquími-ca, quero agradecer pela possibilidade de participar da última edição da Revista. Quero disponibilizar toda a experiência de nossa equipe, sempre que necessária, para auxiliá-los na construção da melhor informação à Avicultura.

Contem sempre conosco! Marcos Banov - Diretor de Negócios da Uni-

química - Diadema, SP

Parabéns ao amigo Edir e a certeza de que sua gestão será uma de realizações. Ganha a avi-cultura mundial.

Osler Desouzart Barueri, SP

Custo das matérias-primas: um desafio difícil de vencer

Um brasileiro na WPSA

Motivação: como obter o máximo desempenho de sua equipe

As opiniões publicadas de leitores não refletem a posição do veiculo

Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em setembro

Tudo indica que, embora com cerca de dois meses de atraso, começou enfim a entressafra da carne bovina, pois nos últimos dias o preço do boi (que, segundo o mercado, é quem determina o preço das demais carnes) deu novos sinais

de reativação. Por enquanto é pouco, pois o valor alcançado pelo animal em pé continua aquém do registrado nos primeiros dias de

2012 quando – considerada a sazonalidade do setor – se vivia o período de safra da carne bovina.

1

Depois de chegar aos 550 milhões de cabe-ças em dezembro de 2011, no primeiro

semestre de 2012 a produção brasileira de pintos de corte retrocedeu para uma média mensal de 500 milhões de cabeças. Porque – todos lembram – os elevados volumes produzi-dos no final do ano passado puseram a perder o mercado do frango durante boa parte dos seis primeiros meses deste ano.

A esta altura, com certeza, o setor já se cons-cientizou de que 550 milhões de pintos de corte são um exagero. Mas será que se deu conta de que, nas circunstâncias atuais, até 500 milhões de cabeças podem redundar em uma produção de carne de frango acima da demanda?

Se consumo tende a cair, quantos pintos de corte produzir?

5

3

Em função da alta de preços (necessária) que regis-trou de julho para agosto, a carne de frango vem

sendo colocada na berlinda como uma das responsá-veis pelo aumento da inflação verificada no País no mês passado. Entre os alimentos, o produto transfor-mou-se em vilão, como sugere o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas, no qual o frango liderou a lista de itens que mais contribuíram para a alta do mês na cidade de São Paulo: após uma queda de 0,35% em julho, aumen-tou 7,96% na cidade de São Paulo.

Frango, o “vilão”: comportamento igual ao da inflação

2

N o final de agosto, o AviSite observou que, do início de julho até aquela ocasião, os preços do

frango vivo (granja, interior de São Paulo) e do abati-do (grande atacado da cidade de São Paulo) vinham caminhando pari passu, ambos apresentando, à época, ganho de 25%-26% em relação ao início de julho.

Pois foi só fazer aquela observação e o caminhar “lado a lado” cessou: o frango vivo, já cotado a R$2,40/kg, continuou com a mesma cotação (e permanece assim há exatas três semanas). O frango abatido não conseguiu obter o mesmo desempenho: simplesmente desabou.

Preço do frango abatido despencou na segunda quinzena de agosto

Começou – parece – a entressafra da carne bovina

Desoneração da folha salarial não alcança avicultura

Entre surpresos e desiludidos alguns empresários estão descobrindo que a anunciada desoneração

da folha de pagamento não passa – pelo menos para eles – de um blefe.

É que, pela forma como foi anunciada a ampliação do benefício a novos setores, supunha-se que ele atin-giria toda a avicultura, indistintamente. Porém, a nova sistemática, que vigora somente a partir de 2013, seria aplicável exclusivamente à industria de aves, ou seja, aos abatedouros avícolas e pós-processadores. Leia mais na página 11.

4

Notícias

10 Produção Animal | Avicultura

1ª Queda do século USDA/ Produção

Depois de passar relativamente incólume pelas crises de 2006 (Influenza Aviária) e

de 2009 (economia mundial), a avicultura de corte do Brasil não vai se livrar dos efeitos da crise das matérias-primas de 2012: pela primei-ra vez no século XXI, a produção brasileira de carne de frango sofre redução em relação ao ano anterior.

A previsão é do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) que em relação ao ano passado prevê ligeira redução de produ-ção – por enquanto em níveis conservadores, como são conservadoras as estimativas para 2013 quando, enfim, a produção brasileira tende a alcançar os 13 milhões de toneladas. Mas, pelas projeções do USDA, se o incremen-to se confirmar será mínimo, de não mais que 2% sobre 2012.

Em outras palavras, o setor terá que esque-cer (de vez?) os elevados índices de crescimen-to anteriores. Como aqueles observados entre 2001 e 2011 quando, na maior parte do perío-do (seis anos não sucessivos) a produção apre-sentou incrementos anuais iguais ou superio-res a 10%.

Avicultura argentina em expansãoJá os hermanos...

Ao que tudo indica, os desafios de produ-ção que vem ocasionando a recessão da

avicultura brasileira não estão sendo sentidos pela avicultura vizinha, a da Argentina. Pelo menos é isso que sugere o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), para quem a produção de carne de frango argentina deve, neste ano, aumentar 4,5%, enquanto as expor-tações do produto podem apresentar incre-mento próximo de 20%.

E a evolução não cessa. Para 2013 estão sendo previstos aumentos de quase 10% na produção e de mais 14% nas exportações. O que corresponde, em um biênio, a um adicio-nal de aproximadamente 15% na produção e de mais de um terço nas exportações.

O consumo total previsto indica que entre 2012 e 2013 os argentinos passarão a consu-mir, anualmente, mais de 40 kg per capita de carne de frango.

Produção Animal | Avicultura 11

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

Nova Agrinflação

Em Nova Veneza, GO

A verdadeira explosão de preços das commodities agrícolas está condu-zindo o mundo a um novo período de inflação agrícola – ou “agrinfla-

ção”, nas colocações do Rabobank. Pelas previsões do banco, os preços dos alimentos em 2013 irão alcançar níveis recordes, atingindo picos históricos por volta do terceiro trimestre, ou seja, daqui a um ano. Mas ao contrário da escassez de grãos de 2008, a escassez atual vai afetar especificamente as matérias- primas utilizadas na produção de rações, o que vai implicar em “sérias repercussões para as proteínas de origem animal”. Para Luke Chandler, chefe global de pesquisas de mercados de commodities do Rabobank, as altas atuais podem afetar, retardando, a tendência (de longo prazo) de melhoria protéica das dietas em populações da Ásia, Oriente Médio e Norte da África. Nas economias desenvolvidas – especialmente nos EUA e Europa – onde a elasticidade de preço da carne e do milho é baixa, os efeitos da alta de preços serão temporários, afirma.

Setor negocia com BB

Representantes de indústrias de carnes dis-cutiram com o Banco do Brasil um plano de

ajuda ao setor, que vem sofrendo com altos custos advindos dos preços dos grãos. Segundo nota da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o plano que está sendo negociado junto ao governo inclui a prorrogação de prazos de dívidas vencidas de custeio e investimento de agroindústrias.

A ajuda também prevê elevação de teto de recursos controlados por integrados para novas operações de custeio pecuário, uma linha espe-cial de comercialização, leilões de milho, deso-neração tributária e compra de produto pelo Programa Nacional de Alimentação (PNAE).

Asa Alimentos inaugura novas instalações

A empresa Asa Alimentos recebeu mais de 300 convidados para o evento de inauguração ocorrido no dia 19 de setembro em Nova

Veneza, Goiás. A expansão de abate salta de 30 mil frangos/dia para 100 mil frangos/dia, o que naturalmente tem importância econômica em toda região. O presidente da Asa Alimentos (Bonasa), Aroldo Silva Amorim Filho contou um pouco da trajetória da Asa Alimentos e Bonasa, e aproveitou a presença das autoridades do promeiro escalão do governo de Goiás e do prefeito de Nova Veneza para frisar a importância da libe-ração de recursos junto ao FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para a construção de mais 50 aviários e para a pavi-mentação que facilitará o acesso à fábrica, o que é um dos requisitos básicos para habilitar a marca para exportação. Foram investidos aproxi-madamente 15 milhões de reais nas novas instalações da fábrica.

Aroldo Silva Amorim Filho recebe os cumprimentos do vice-governador José Eliton de Figuerêdo Júnior

Rússia notifica BR

O Ministério da Agricultura foi comunicado pelo governo da Rússia sobre a contami-

nação de um lote de carne de frango congela-da com a bactéria “Listeria monocytogenes”. Em comunicado, o ministério informa que as autoridades russas solicitaram uma investiga-ção e a adoção de medidas para evitar a pre-sença da bactéria em outros carregamentos. De acordo com o ministério, o Sistema de Inspeção Federal (SIF) sediado na empresa exportadora do produto contaminado fará a investigação. Os resultados do processo serão enviados ao governo russo.

Avicultura inclusa

No final de setembro, o Diário Oficial da União publicou a Medida Provisória 582,

estendendo a desoneração da folha de paga-mento a toda uma nova série de setores da economia, entre eles a indústria de aves.

Corrige-se, dessa forma, a omissão contida na Lei 12.715, publicada na semana passada, que limitou a desoneração na área da produ-ção animal apenas à indústria de suínos, quan-do o prometido era desonerar, a um só tempo, suínos e aves. Acesse: www.in.gov.br/impren-sa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=2&data=21/09/2012

Fonte: Agência Estado e Valor Econômico

Rabobank

12 Produção Animal | Avicultura

Melhoramento genético

O que está por vir? O alto custo das matérias-primas assusta. O que ajuda é saber que podemos contar cada vez mais com a evolução da genética avícola para produzir mais carne com menor consumo de alimento no menor tempo possível

Quais serão os futuros caminhos do melhoramento genético avícola? O conhecimento correto das necessida-

des do mercado e das suas tendências é um bom norte. Para as casas genéticas, é necessá-rio saber o que se passa para balancear a in-tensidade de cada seleção e conseguir um progresso genético equilibrado que garanta o melhor retorno para a indústria de carne de frango. Contudo, seguir corretamente as tendências requer muito trabalho e conheci-mento global dos acontecimentos. Agora a pergunta que paira no ar: O quanto realmen-te essa questão pode determinar as necessida-des futuras da genética avícola?

Ainda está cedo para saber. Mas sabemos que a situação seria pior sem o desempenho das linhagens de hoje. Em especial, para ca-racterísticas como o peso, conversão alimen-tar, rendimento de peito. Jairo Arenázio, Di-retor Geral da Cobb-Vantress do Brasil conta que em relação aos índices de conversão ali-mentar, as casas genéticas garantem um ga-nho mínimo de dois pontos a cada ano. “Isso significa dizer que cada frango consome vinte gramas a menos de alimento para produzir um quilo de carne a cada ano que evolui”, conta. Por mais que a meta 2:1 (dois quilos de ração para um quilo de carne de frango) este-ja longe, os índices de conversão alimentar giram em torno de 1,5 a 1,8 quilos de ração para produzir um quilo de frango. Jairo cha-

DA REDAÇÃO

Produção Animal | Avicultura 13

ma a atenção para outras caracte-rísticas como a taxa de crescimen-to diário que a cada ano evolui 45 a 50 gramas por frango. “Isso seria o mesmo em dizer que a cada ano ganha-se um dia a idade de abate, ou seja, se processa o frango ao mesmo peso que no ano anterior, mas com um dia a menos”, com-prova.

Agora, em tempos mais difí-ceis, o mercado de melhoramento genético precisa amadurecer e procurar toda a melhoria de pro-dutividade possível para ajudar o produtor a sobreviver e ter lucro. “A genética avícola pode ajudar muito, principalmente melhoran-do a taxa de eficiência em trans-formar grãos e subprodutos da agroindústria em alimento de alto valor biológico. A avicultura tem

uma enorme oportunidade de melhorar ainda mais sua produti-vidade”, conta Tércio Michelan, Gerente de Produto da Aviagen América Latina.

Com uma crise à vista e um mercado consumidor exigente (e cada dia maior) a genética tem evoluído para oferecer um produ-to que atenda todas as demandas. Os frigoríficos querem um ótimo desempenho vivo, isto é, de cria-ção, com conversão alimentar baixa ao peso de abate, que in-fluencia diretamente no seu custo de produção e também buscam produtos com maior quantidade de carne pronta para venda. Já o consumidor anseia por atributos perceptíveis no desempenho zoo-técnico que afetam, diretamente ou indiretamente, a qualidade dos

Evolução genética do futuro: mais

carne, com menos alimento e em um menor tempo de

produção

14 Produção Animal | Avicultura

Melhoramento genético

animais e sua carne. Como resis-tência a doenças, que afetará posi-tivamente a saúde das aves sua viabilidade e a qualidade de sua carne, bem como o estudo da qualidade intrínseca da carne.

“A evolução genética no futuro deverá atender a necessidade por produtos melhores, mais eficien-tes em desempenho zootécnico, isto é, produzirão mais carne com o menor consumo de alimento, no menor tempo possível”, acredi-ta Rodrigo Terra Celidonio, Ge-rente de Produto da Cobb-Vantress Brasil. E também atender as exi-gências ambientais, que virão com a evolução da conversão ali-mentar e de bem-estar animal, com o investimento na área da saúde animal e no ambiente da criação. “Estes fatores deverão ser considerados no processo de me-lhoramento genético, o que torna-rá o trabalho, como um todo, muito mais desafiante para as ca-sas genéticas”, atesta.

Daqui para frente... Para alcançar essa missão, os

geneticistas poderão contar com um avanço tecnológico na coleta de informações dos plantéis. Sem dúvida, nos últimos anos, houve uma grande evolução na maneira de coletar, registrar e armazenar as informações. “Se a ciência não pára de disponibilizar novas téc-nicas e metodologias, então sempre vai ocorrer evolução na coleta, processamento de dados e seleção dos animais. O melhora-mento genético animal é uma das áreas de produção de carne que mais tem se beneficiado da evolução tecnológica”, conta Tércio da Aviagen.

O futuro aponta para todas aquelas tecnologias que possam avaliar um animal de forma mais precisa com menos custos. Como a evolução da metodologia na coleta de informações fenotípi-cas nos plantéis puros para tor-nar a seleção mais eficiente e

promover maior ganho genético anual.“Assim, tecnologias que permitam avaliações precisas das principais características de car-caça e da qualidade da carne nos animais vivos são de extrema utilidade”, explica Jane de Oli-veira Peixoto, pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves. “Obser-va-se tendência de automação na obtenção das mensurações, como acontece nos modernos sistemas que permitam obtenção da con-versão alimentar individual den-tro de grupos. Outra clara ten-dência é a utilização de diagnóstico por imagem”, com-pleta. Jane conta que atualmente com o uso do ultrassom e de sof-tware de interpretação de ima-gens, podem-se aferir todas estas mensurações (comprimento, lar-gura e profundidade do peito do frango, por exemplo). “Com esse avanço tecnológico, novas carac-terísticas estão sendo adiciona-das ao processo seletivo, como é o caso da profundidade de peito. No futuro, dados de expressão gênica e novos fenótipos poderão ser incorporados”, conclui. Tam-bém pesquisadora da Embrapa, sediada em Concórdia, SC, Mô-nica Corrêa Ledur corrobora com a colega: a eficiência do método tradicional pode ser melhorada com a inclusão de novos fenóti-pos, metodologias mais acuradas de mensuração das característi-cas e dos avanços obtidos nas metodologias de avaliação gené-ticas. “Esses fatores permitem que ganhos contínuos sejam ob-tidos utilizando-se do melhora-mento convencional. Ganhos adicionais poderão ser obtidos com o uso da seleção genômica aliada à seleção tradicional, que é baseada somente no fenótipo”, pontua. Saiba mais sobre novas tecnologias em: www.avisite.com.br/cet.

O custo da ração atingiu preços astronômicos. A genética ajuda ao investir tecnologia e garantir um ganho mínimo de dois pontos a cada ano. Em outras palavras: cada frango consome vinte gramas a menos de alimento para produzir um quilo de carne a cada ano que evolui

Produção Animal | Avicultura 15

16 Produção Animal | Avicultura

Evento

WPC Brasil figurou-se como uma

plataforma para a transferência de

informações, experiências e conhecimentos

técnicos atualizados para a avicultura

mundial

Transferência de informações e experiências

Produção Animal | Avicultura 17

O XXIV Congresso Mundial de Avicultura (WPC, da sigla em inglês, World Poultry Congress),

realizado em agosto, na cidade de Salva-dor, BA (veja mais detalhes sobre o evento na cobertura publicada na edição anterior da Revista do AviSite, número 65), reuniu 2.300 congressistas de 96 países e teve a apresentação de 73 palestras técnicas. Os assuntos abordados – entre manejo, sani-dade avícola, genética, processamento de carne, ambiência, economia e mercado, sustentabilidade, produção de ovos e ou-tras áreas das tecnologias aplicadas à avicultura moderna – trouxeram à tona discussões práticas, experiências e ten-dências para o setor, nos âmbitos da pes-quisa, da produção e da comercialização.

Dessa forma, alguns dos temas apre-sentados no Congresso seguem descritos nesta reportagem como pequenos parâ-metros da variedade e do conteúdo ela-borado para o evento. Assim como já de-fendia o filósofo Immanuel Kant, da Rússia antiga: “a ciência é conhecimento organizado e sabedoria é vida organiza-da”, o XXIV WPC se preocupou em reu-nir temas e profissionais altamente capa-citados para compor um programa científico que pudesse criar uma espécie de plataforma para a transferência de in-formações e de experiências para a comu-nidade avícola melhor se organizar.

O resultado do Congresso veio tradu-zido pelo sucesso de participação e de qualidade temática. Veja abaixo, o resu-mo de algumas das palestras do XXIV WPC, realizado no Brasil.

e teve a apresentação de 73 palestras técnicas

Evento reuniu 2.300 congressistasde 96 países ...

“Confira mais resumos das palestras e outros materiais em

www.avisite.com.br/cet.

E a cobertura científica do WPC continua na edição de novembro da

Revista do AviSite”

18 Produção Animal | Avicultura

Evento

Temas abordados: manejo, sanidade avícola, genética, processamento de carne, ambiência,

economia e mercado,

sustentabilidade, produção de ovos e

outras áreas das tecnologias aplicadas à

avicultura moderna

O consultor avícola Gordon Butland, da Tailândia, fez uma explanação sobre a produção avícola nos Estados Unidos e no Brasil e suas influências econô-micas sobre o setor no mundo. Segundo ele, desde 2006 a oferta de quantidade de proteína por habitante nos Estados Unidos caiu 11% e esta situação conti-nua em declínio. Na contramão, as exportações americanas de proteína só cresceram e a ten-dência é de que os volumes con-tinuem a subir. No Brasil, tanto a oferta, o consumo e a produção de proteína só aumentaram. “Hoje, o brasileiro consome mais de 47 quilos de carne de frango ao ano. Isso dá uma mé-dia de 140 gramas por dia”, cal-

cula Butland. De acordo com a sua apresentação, os quatro maiores exportadores de carne de frango (Brasil, Estados Uni-dos, União Europeia e Tailândia) continuarão aumentando as suas exportações nos próximos anos. “Os países em desenvolvi-mento serão, com certeza, os condutores desse crescimento, mas é difícil dizer se eles conse-guirão pagar pelos preços que os exportadores irão praticar para dar sustentabilidade aos seus negócios”. Segundo ele, o mais “pesa” na produção avícola de hoje é o preço do milho. “Um fator que vem se agravando des-de a utilização do milho para a fabricação do etanol há alguns anos. Isso reduz o volume de

oferta e aumenta a o preço do cereal para os produtores avíco-las que, sem saída acabam pa-gando caro pela saca de milho ou, como já estamos vendo em vários países, acabam abandona-do a atividade por não consegui-rem arcar com os custos”.

Em resumo, Butland disse que o modelo atual de produção avícola – baseado na produção em alta escala e com custos mais baixos – vem funcionando tão bem que a estratégia de reduzir o custo por ave, em meio a uma produção altamente tecnificada e de grandes volumes, não será mais a solução. “O segredo esta-rá no equilíbrio entre demanda e oferta e na qualidade do pro-duto”.

A indústria avícola em uma encruzilhada econômica

O desafio futuro para a segurança alimentar dos produtos avícolas

O professor da Escola de Medi-cina Veterinária da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, Paul Barrow, falou sobre a evolu-ção da qualidade e da segurança dos produtos avícolas nos últimos 30 anos. Isto, segundo ele, se deve ao aumento mundial do consumo de carne de aves e da melhora da saúde dos plantéis avícolas, prin-cipalmente nos países que expor-tam o produto. “A salmonella ainda é o patógeno de maior sig-nificância na avicultura quando se fala em segurança alimentar da sua carne e ovos”, destaca. No en-tanto, Barrow diz que o maior de-safio da avicultura global é con-trolar o acesso a antibióticos. “É

preciso ter mais controle e fiscali-zação sobre o uso desses medica-mentos, mas já tivemos alguns progressos nessa área”. Assim também , o especialista avaliou a prática da vacinação contra a sal-monella e preparação da flora in-testinal (exclusão competitiva) das aves por meio de uma nutrição de ponta. Barrow defende ainda a utilização da técnica de bacterió-fagos (introdução de vírus nas bactérias) para controlar infecções por salmonellas na avicultura. “Uma técnica que ainda precisa ser muito estudada e analisada, mas que pode ser uma alternativa futura para a segurança alimen-tar”, prevê.

Produção Animal | Avicultura 19

O fitato compromete o desempenho animalO efeito antinutricional do fitato pode trazer um custo da ordem

de U$ 6 / ton de ração em perda de performace.

Quantum® Blue é a solução.Desenvolvido para maxima quebra do fitato, Quantum® Blue traz mais

valor para a produção animal do que qualquer outra fitase.

Quantum® Blue traz uma revolução no desempenho de fitases.• Maior liberação de fósforo • Incomparável termoestabilidade intínsica

• Comprovado incremento em desempenho

Para maiores informações: E: [email protected] T: (011)4688 2555 W: abvista.com

Uma revolução no desempenho

performance beyond phytase

20 Produção Animal | Avicultura

Evento

Salas simultâneas, com palestras sobre várias áreas da avicultura

Michael Doyle, pesquisador da Universidade da Geórgia, nos Esta-dos Unidos, fez uma apresentação com o resumo das novas tecnolo-gias aplicadas para testar a segu-rança alimentar dos produtos aví-colas, principalmente sobre a presença de salmonella na carne de frango crua. Doyle defende a utilização de testes moleculares como o mais recente teste rRNA (sobre os ribossomas). “Hoje, a maioria dos laboratórios que anali-sa amostras de carne de frango está somente interessada em identificar a presença ou a ausência da salmo-nella no alimento, sem analisar a fundo o grau da contaminação ou da possível contaminação”, co-menta. O pesquisador americano afirmou que o dilema de utilizar novos procedimentos moleculares

para detecção de patógenos em alimentos é que, apesar destes tes-tes serem mais rápidos, fáceis de manipular, terem a possibilidade da automatização e serem mais rentáveis que os métodos tradicio-nais de culturas, os testes molecu-lares não fazem o isolamento da subtipagem, o que pode afetar ne-gativamente a vigilância e o con-trole de doenças transmitidas por alimentos. “No entanto, para as análises bacteriológicas de rotina, esta nova geração de testes micro-biológicos moleculares pode per-feitamente simplificar os protoco-los, reduzir os custos do trabalho, diminuir a probabilidade de erros e de contaminação no laboratórios e melhorar a precisão dos resulta-dos dos atuais laboratórios de mi-crobiologia de alimentos”.

Nova geração de testes microbiológicos para produtos avícolas

Novas abordagens para a nutrição de aves

O professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Horácio Santiago Rostagno, falou ao públi-co do WPC sobre as novas aborda-gens para a nutrição das aves. Se-gundo ele, a pressão para diminuir os custos da ração - que representa aproximadamente 70% dos gastos com a produção - é constante. Para obter uma fórmula mais precisa para a dieta de frangos de corte, é necessário saber a exata composi-ção e valor energético de cada in-grediente, assim como suas limita-ções. Muitos estudos são realizados para atualizar os valores nutricio-nais dos ingredientes usualmente utilizados como também dos novos aditivos e subprodutos com o obje-tivo tornar as tabelas mais comple-

tas. Além de contribuir com o aprimoramento dos nutricionistas e profissionais da área, esses estu-dos contribuem para otimizar a utilização dos componentes pelos animais, reduzir os custos e ainda incrementar a eficiência dos siste-mas de produção. O estudo de Ros-tagno utilizou as equações e reco-mendações das Tabelas Nutri- cionais Brasileiras de Aves e Suínos (Ros-tagno et al. 2011) e também os re-centes dados e abordagens com o objetivo de aprimorar a eficiência da nutrição para os frangos de cor-te. Os resultados do estudo foram: fornecer uma dieta pós-natal o mais cedo possível aumenta a per-formance dos pintos de corte; adi-cionar glutamina ou ácido glutâ-

mico na dieta aumenta a uniformidade do lote; parte da va-riação da performance do animal é causada por falha no ajuste da composição da matriz nutricional; a qualidade do controle dos ingre-dientes permite uma formulação mais eficiente e econômica; as equações foram desenvolvidas para determinar a equivalência disponí-vel de fósforo de diferentes níveis de 3-Fitase e 6-Fitase; é recomendá-vel o uso de equações para a deter-minação dos nutrientes requeridos de acordo com a performance e a ração ingerida pelas aves e a neces-sidade da lisina e metionina + cisti-na pode ser maior para maximizar o ganho de carcaça e otimizar a curva de conversão alimentar.

Produção Animal | Avicultura 21

Ambiência

Autores: Marília Lessa de Vasconcelos Queiroz, José Antonio Delfino Barbosa Filho, Frederico Márcio Corrêa Vieira - Núcleo de Estudos em

Ambiência Agrícola e Bem-estar Animal (NEAMBE)

Avaliação do Conforto Térmico

de Frangos de Corte de Forma Direta e Prática

Os problemas decorrentes do mau uso dos processos de climatização de galpões de cria-ção de frangos de corte têm ocasionado per-

das consideráveis durante todo o processo de criação das aves. Estes problemas são provenientes da falta de controle das variáveis ambientais, principalmente, a temperatura e a umidade relativa do ar. Em situações em que há, por exemplo, o manejo incorreto da inter-mitência do sistema de nebulização, influenciando diretamente o microclima interno do galpão, pode ocorrer desde diminuição do ganho de peso diário, até a mortalidade do lote.

Uma vez que as aves são animais que estão em constante troca térmica com o ambiente onde se en-contram, frangos de corte submetidos a ambientes com temperaturas adequadas, “desperdiçam” menos energia para se reestabelecer de situações de frio ou calor e assim poderão alcançar a produtividade ideal. As aves tem um mecanismo que auxilia no controle da temperatura corporal, porém este mecanismo é eficiente somente quando a temperatura do ambiente se encontra dentro de certos limites. Casos extremos de variação ambiental impedem que as aves se ajus-tem perfeitamente, ficando a vida do animal ameaça-da. Todos estes fatores tornam o controle das variáveis ambientais, dentro dos galpões de criação, funda-

mental para o sucesso da atividade avícola.Os índices de conforto térmico auxiliam na ava-

liação dos ambientes, quantificando e qualificando o desconforto térmico dos animais. Identificar as zo-nas de conforto térmico adequadas às diferentes espé-cies minimiza os danos fisiológicos causados aos ani-mais, melhorando seu desempenho produtivo. Dentre os índices de avaliação de conforto térmico estudados, a entalpia tem sido proposta atualmente como o índice mais adequado para a avaliação do ambiente interno de galpões de frangos de corte, isso porque é um índice que depende basicamente da temperatura e da umidade relativa do ar. A entalpia expressa a quantidade de energia presente no am-biente e a facilidade de aquisição das variáveis neces-sárias para seu cálculo facilita o seu uso por parte dos produtores.

Para auxiliar no monitoramento do ambiente in-terno de galpões de criação de frangos de corte, atra-vés da entalpia, Barbosa Filho et al. (2007) criaram as Tabelas de Entalpia. As tabelas de avaliação prática da entalpia foram elaboradas com base no cálculo do índice indicador de conforto térmico Entalpia (IEC – Índice Entalpia de Conforto), e são divididas em 4 faixas: a de conforto (faixa verde), a de alerta (faixa amarela), a crítica (faixa laranja) e a letal (faixa ver-melha). Os valores inclusos nestas faixas são depen-dentes dos limites inferior e superior de conforto do índice em questão. Limites estes que foram determi-nados com base no desenvolvimento das aves, ou seja, baseados em cada semana do seu ciclo de criação.

Devido a importância do cuidado com o controle térmico constante no ambiente de criação das aves, o NEAMBE (Núcleo de Estudos em Ambiência Agrícola e Bem-estar Animal – UFC), atualizou as tabelas de Entalpia de acordo com Rodrigues et. al. (2011), para regiões que se encontram ao nível do mar, onde a pressão atmosférica é praticamente 1 atm.

Conecte-se!Maiores informações e detalhes sobre o uso das tabelas estão disponíveis em www.neambe.ufc.br. No site poderão ser encontradas outras tabelas (disponíveis para download), contendo outras faixas de temperatura e umidade relativa, para cada semana de idade das aves, bem como o guia de utilização. O Guia Prático está disponível em www.avisite.com.br/cet.

22 Produção Animal | Avicultura

Ambiência

A utilização das tabelas é instantânea, ou seja, os valores do Índice Entalpia de Conforto (IEC) são ava-liados para um determinado momento e isso não significa que estes permanecerão constantes durante todo o dia, ao contrario, os valores verificados dentro do galpão de criação servirão somente para uma ava-liação momentânea do ambiente interno. Assim, é recomendável que se faça pelo menos três leituras ao longo do dia, uma de manhã, outra no meio do dia (horário crítico) e uma no final da tarde, com estes três valores já será possível se ter uma idéia do com-portamento das variáveis ambientais ao longo do dia. Quando houver suspeitas de que as aves se encontram em condições de estresse térmico as leituras deverão ser realizadas de forma periódica, ou seja, avaliações deverão ser feitas de 30 em 30 minutos, juntamente com recursos de controle do ambiente interno do galpão, para que o ambiente interno do galpão possa

voltar novamente a se enquadrar dentro da faixa de conforto das tabelas (faixa verde).

Para um mesmo valor do IEC, diversas combina-ções de temperatura e umidade relativa do ar poderão ser encontradas, o que resultará em diferentes ações de manejo que deverão ser adotadas para a melhoria do ambiente interno da instalação. Na Figura 1, é apresentada a tabela do IEC para a sexta semana de vida das aves, nela são apresentados os valores de temperatura e umidade relativa do ar mais comu-mente encontrados no interior dos galpões de criação de frangos de corte em nosso país durante as épocas mais quentes do ano (primavera-verão).

É possível notar que os valores do IEC que se en-quadram dentro da zona de conforto térmico se en-contram na faixa verde da tabela, os valores de alerta estão na faixa amarela, enquanto que na faixa laranja estão os valores situados na chamada zona crítica e a

UR (%) 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 4140 51,9 54,3 56,8 59,4 62,1 64,8 67,7 70,6 73,7 76,8 80,0 83,4 86,9 90,441 52,4 54,9 57,5 60,1 62,8 65,6 68,5 71,5 74,6 77,8 81,1 84,5 88,0 91,742 53,0 55,6 58,1 60,8 63,6 66,4 69,4 72,4 75,5 78,8 82,1 85,6 89,2 92,943 53,6 56,2 58,8 61,5 64,3 67,2 70,2 73,3 76,5 79,8 83,2 86,7 90,4 94,144 54,2 56,8 59,5 62,2 65,1 68,0 71,0 74,2 77,4 80,8 84,2 87,8 91,5 95,445 54,8 57,4 60,1 62,9 65,8 68,8 71,9 75,1 78,3 81,7 85,3 88,9 92,7 96,646 55,4 58,1 60,8 63,6 66,6 69,6 72,7 75,9 79,3 82,7 86,3 90,0 93,9 97,847 56,0 58,7 61,5 64,3 67,3 70,4 73,5 76,8 80,2 83,7 87,4 91,1 95,0 99,148 56,6 59,3 62,1 65,0 68,1 71,2 74,4 77,7 81,2 84,7 88,4 92,2 96,2 100,349 57,2 59,9 62,8 65,8 68,8 72,0 75,2 78,6 82,1 85,7 89,5 93,3 97,3 101,550 57,8 60,6 63,5 66,5 69,5 72,7 76,1 79,5 83,0 86,7 90,5 94,4 98,5 102,751 58,4 61,2 64,1 67,2 70,3 73,5 76,9 80,4 84,0 87,7 91,5 95,5 99,7 104,052 59,0 61,8 64,8 67,9 71,0 74,3 77,7 81,2 84,9 88,7 92,6 96,6 100,8 105,253 59,6 62,5 65,5 68,6 71,8 75,1 78,6 82,1 85,8 89,7 93,6 97,7 102,0 106,454 60,1 63,1 66,1 69,3 72,5 75,9 79,4 83,0 86,8 90,7 94,7 98,9 103,2 107,755 60,7 63,7 66,8 70,0 73,3 76,7 80,2 83,9 87,7 91,6 95,7 100,0 104,3 108,956 61,3 64,3 67,5 70,7 74,0 77,5 81,1 84,8 88,6 92,6 96,8 101,1 105,5 110,157 61,9 65,0 68,1 71,4 74,8 78,3 81,9 85,7 89,6 93,6 97,8 102,2 106,7 111,458 62,5 65,6 68,8 72,1 75,5 79,1 82,7 86,6 90,5 94,6 98,9 103,3 107,8 112,659 63,1 66,2 69,5 72,8 76,3 79,9 83,6 87,4 91,4 95,6 99,9 104,4 109,0 113,860 63,7 66,9 70,1 73,5 77,0 80,7 84,4 88,3 92,4 96,6 100,9 105,5 110,2 115,061 64,3 67,5 70,8 74,2 77,8 81,4 85,3 89,2 93,3 97,6 102,0 106,6 111,3 116,362 64,9 68,1 71,5 74,9 78,5 82,2 86,1 90,1 94,3 98,6 103,0 107,7 112,5 117,563 65,5 68,7 72,1 75,6 79,3 83,0 86,9 91,0 95,2 99,6 104,1 108,8 113,7 118,764 66,1 69,4 72,8 76,3 80,0 83,8 87,8 91,9 96,1 100,5 105,1 109,9 114,8 120,065 66,7 70,0 73,5 77,0 80,8 84,6 88,6 92,8 97,1 101,5 106,2 111,0 116,0 121,266 67,3 70,6 74,1 77,7 81,5 85,4 89,4 93,6 98,0 102,5 107,2 112,1 117,2 122,467 67,8 71,3 74,8 78,4 82,2 86,2 90,3 94,5 98,9 103,5 108,3 113,2 118,3 123,768 68,4 71,9 75,5 79,2 83,0 87,0 91,1 95,4 99,9 104,5 109,3 114,3 119,5 124,969 69,0 72,5 76,1 79,9 83,7 87,8 92,0 96,3 100,8 105,5 110,4 115,4 120,7 126,170 69,6 73,1 76,8 80,6 84,5 88,6 92,8 97,2 101,7 106,5 111,4 116,5 121,8 127,371 70,2 73,8 77,4 81,3 85,2 89,4 93,6 98,1 102,7 107,5 112,4 117,6 123,0 128,672 70,8 74,4 78,1 82,0 86,0 90,1 94,5 99,0 103,6 108,5 113,5 118,7 124,2 129,873 71,4 75,0 78,8 82,7 86,7 90,9 95,3 99,8 104,6 109,5 114,5 119,8 125,3 131,074 72,0 75,6 79,4 83,4 87,5 91,7 96,1 100,7 105,5 110,4 115,6 120,9 126,5 132,375 72,6 76,3 80,1 84,1 88,2 92,5 97,0 101,6 106,4 111,4 116,6 122,0 127,7 133,576 73,2 76,9 80,8 84,8 89,0 93,3 97,8 102,5 107,4 112,4 117,7 123,1 128,8 134,777 73,8 77,5 81,4 85,5 89,7 94,1 98,7 103,4 108,3 113,4 118,7 124,2 130,0 135,978 74,4 78,2 82,1 86,2 90,5 94,9 99,5 104,3 109,2 114,4 119,8 125,3 131,1 137,279 75,0 78,8 82,8 86,9 91,2 95,7 100,3 105,2 110,2 115,4 120,8 126,5 132,3 138,480 75,5 79,4 83,4 87,6 92,0 96,5 101,2 106,0 111,1 116,4 121,9 127,6 133,5 139,681 76,1 80,0 84,1 88,3 92,7 97,3 102,0 106,9 112,0 117,4 122,9 128,7 134,6 140,982 76,7 80,7 84,8 89,0 93,5 98,1 102,8 107,8 113,0 118,4 123,9 129,8 135,8 142,183 77,3 81,3 85,4 89,7 94,2 98,8 103,7 108,7 113,9 119,3 125,0 130,9 137,0 143,384 77,9 81,9 86,1 90,4 94,9 99,6 104,5 109,6 114,9 120,3 126,0 132,0 138,1 144,685 78,5 82,6 86,8 91,1 95,7 100,4 105,3 110,5 115,8 121,3 127,1 133,1 139,3 145,8

INF SUP INF SUP INF SUP INF SUP77,0 88,3 88,6 106,5 106,6 122,0 122,4 145,8

TABELA PRÁTICA PARA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE GALPÕES DE FRANGOS DE CORTEFaixa de Conforto para Frangos de corte (1ª semana) - IEC de 77 a 88,3 KJ/Kg ar seco

Temperatura (°C)

NEAMBE - UFC

LIMITES1 SEMANA

UR (%) 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 3740 42,8 45,0 47,2 49,5 51,9 54,3 56,8 59,4 62,1 64,8 67,7 70,6 73,7 76,841 43,3 45,5 47,7 50,0 52,4 54,9 57,5 60,1 62,8 65,6 68,5 71,5 74,6 77,842 43,7 46,0 48,2 50,6 53,0 55,6 58,1 60,8 63,6 66,4 69,4 72,4 75,5 78,843 44,2 46,4 48,8 51,2 53,6 56,2 58,8 61,5 64,3 67,2 70,2 73,3 76,5 79,844 44,7 46,9 49,3 51,7 54,2 56,8 59,5 62,2 65,1 68,0 71,0 74,2 77,4 80,845 45,1 47,4 49,8 52,3 54,8 57,4 60,1 62,9 65,8 68,8 71,9 75,1 78,3 81,746 45,6 47,9 50,3 52,8 55,4 58,1 60,8 63,6 66,6 69,6 72,7 75,9 79,3 82,747 46,1 48,4 50,9 53,4 56,0 58,7 61,5 64,3 67,3 70,4 73,5 76,8 80,2 83,748 46,5 48,9 51,4 54,0 56,6 59,3 62,1 65,0 68,1 71,2 74,4 77,7 81,2 84,749 47,0 49,4 51,9 54,5 57,2 59,9 62,8 65,8 68,8 72,0 75,2 78,6 82,1 85,750 47,5 49,9 52,5 55,1 57,8 60,6 63,5 66,5 69,5 72,7 76,1 79,5 83,0 86,751 47,9 50,4 53,0 55,6 58,4 61,2 64,1 67,2 70,3 73,5 76,9 80,4 84,0 87,752 48,4 50,9 53,5 56,2 59,0 61,8 64,8 67,9 71,0 74,3 77,7 81,2 84,9 88,753 48,9 51,4 54,0 56,7 59,6 62,5 65,5 68,6 71,8 75,1 78,6 82,1 85,8 89,754 49,3 51,9 54,6 57,3 60,1 63,1 66,1 69,3 72,5 75,9 79,4 83,0 86,8 90,755 49,8 52,4 55,1 57,9 60,7 63,7 66,8 70,0 73,3 76,7 80,2 83,9 87,7 91,656 50,3 52,9 55,6 58,4 61,3 64,3 67,5 70,7 74,0 77,5 81,1 84,8 88,6 92,657 50,7 53,4 56,1 59,0 61,9 65,0 68,1 71,4 74,8 78,3 81,9 85,7 89,6 93,658 51,2 53,9 56,7 59,5 62,5 65,6 68,8 72,1 75,5 79,1 82,7 86,6 90,5 94,659 51,6 54,4 57,2 60,1 63,1 66,2 69,5 72,8 76,3 79,9 83,6 87,4 91,4 95,660 52,1 54,9 57,7 60,7 63,7 66,9 70,1 73,5 77,0 80,7 84,4 88,3 92,4 96,661 52,6 55,4 58,2 61,2 64,3 67,5 70,8 74,2 77,8 81,4 85,3 89,2 93,3 97,662 53,0 55,9 58,8 61,8 64,9 68,1 71,5 74,9 78,5 82,2 86,1 90,1 94,3 98,663 53,5 56,4 59,3 62,3 65,5 68,7 72,1 75,6 79,3 83,0 86,9 91,0 95,2 99,664 54,0 56,8 59,8 62,9 66,1 69,4 72,8 76,3 80,0 83,8 87,8 91,9 96,1 100,565 54,4 57,3 60,3 63,4 66,7 70,0 73,5 77,0 80,8 84,6 88,6 92,8 97,1 101,566 54,9 57,8 60,9 64,0 67,3 70,6 74,1 77,7 81,5 85,4 89,4 93,6 98,0 102,567 55,4 58,3 61,4 64,6 67,8 71,3 74,8 78,4 82,2 86,2 90,3 94,5 98,9 103,568 55,8 58,8 61,9 65,1 68,4 71,9 75,5 79,2 83,0 87,0 91,1 95,4 99,9 104,569 56,3 59,3 62,4 65,7 69,0 72,5 76,1 79,9 83,7 87,8 92,0 96,3 100,8 105,570 56,8 59,8 63,0 66,2 69,6 73,1 76,8 80,6 84,5 88,6 92,8 97,2 101,7 106,571 57,2 60,3 63,5 66,8 70,2 73,8 77,4 81,3 85,2 89,4 93,6 98,1 102,7 107,572 57,7 60,8 64,0 67,4 70,8 74,4 78,1 82,0 86,0 90,1 94,5 99,0 103,6 108,573 58,2 61,3 64,5 67,9 71,4 75,0 78,8 82,7 86,7 90,9 95,3 99,8 104,6 109,574 58,6 61,8 65,1 68,5 72,0 75,6 79,4 83,4 87,5 91,7 96,1 100,7 105,5 110,475 59,1 62,3 65,6 69,0 72,6 76,3 80,1 84,1 88,2 92,5 97,0 101,6 106,4 111,476 59,6 62,8 66,1 69,6 73,2 76,9 80,8 84,8 89,0 93,3 97,8 102,5 107,4 112,477 60,0 63,3 66,7 70,1 73,8 77,5 81,4 85,5 89,7 94,1 98,7 103,4 108,3 113,478 60,5 63,8 67,2 70,7 74,4 78,2 82,1 86,2 90,5 94,9 99,5 104,3 109,2 114,479 61,0 64,3 67,7 71,3 75,0 78,8 82,8 86,9 91,2 95,7 100,3 105,2 110,2 115,480 61,4 64,8 68,2 71,8 75,5 79,4 83,4 87,6 92,0 96,5 101,2 106,0 111,1 116,481 61,9 65,3 68,8 72,4 76,1 80,0 84,1 88,3 92,7 97,3 102,0 106,9 112,0 117,482 62,4 65,8 69,3 72,9 76,7 80,7 84,8 89,0 93,5 98,1 102,8 107,8 113,0 118,483 62,8 66,3 69,8 73,5 77,3 81,3 85,4 89,7 94,2 98,8 103,7 108,7 113,9 119,384 63,3 66,8 70,3 74,1 77,9 81,9 86,1 90,4 94,9 99,6 104,5 109,6 114,9 120,385 63,8 67,2 70,9 74,6 78,5 82,6 86,8 91,1 95,7 100,4 105,3 110,5 115,8 121,3

INF SUP INF SUP INF SUP INF SUP66,9 77,0 77,3 92,8 93,3 106,4 106,5 127,6

NEAMBE - UFCTABELA PRÁTICA PARA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE GALPÕES DE FRANGOS DE CORTE

Faixa de Conforto para Frangos de corte (2ª semana) - IEC de 66,9 a 77 KJ/Kg ar secoTemperatura (°C)

LIMITES2 SEMANA

Produção Animal | Avicultura 23

UR (%) 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 3640 40,7 42,8 45,0 47,2 49,5 51,9 54,3 56,8 59,4 62,1 64,8 67,7 70,6 73,741 41,1 43,3 45,5 47,7 50,0 52,4 54,9 57,5 60,1 62,8 65,6 68,5 71,5 74,642 41,6 43,7 46,0 48,2 50,6 53,0 55,6 58,1 60,8 63,6 66,4 69,4 72,4 75,543 42,0 44,2 46,4 48,8 51,2 53,6 56,2 58,8 61,5 64,3 67,2 70,2 73,3 76,544 42,4 44,7 46,9 49,3 51,7 54,2 56,8 59,5 62,2 65,1 68,0 71,0 74,2 77,445 42,9 45,1 47,4 49,8 52,3 54,8 57,4 60,1 62,9 65,8 68,8 71,9 75,1 78,346 43,3 45,6 47,9 50,3 52,8 55,4 58,1 60,8 63,6 66,6 69,6 72,7 75,9 79,347 43,8 46,1 48,4 50,9 53,4 56,0 58,7 61,5 64,3 67,3 70,4 73,5 76,8 80,248 44,2 46,5 48,9 51,4 54,0 56,6 59,3 62,1 65,0 68,1 71,2 74,4 77,7 81,249 44,6 47,0 49,4 51,9 54,5 57,2 59,9 62,8 65,8 68,8 72,0 75,2 78,6 82,150 45,1 47,5 49,9 52,5 55,1 57,8 60,6 63,5 66,5 69,5 72,7 76,1 79,5 83,051 45,5 47,9 50,4 53,0 55,6 58,4 61,2 64,1 67,2 70,3 73,5 76,9 80,4 84,052 45,9 48,4 50,9 53,5 56,2 59,0 61,8 64,8 67,9 71,0 74,3 77,7 81,2 84,953 46,4 48,9 51,4 54,0 56,7 59,6 62,5 65,5 68,6 71,8 75,1 78,6 82,1 85,854 46,8 49,3 51,9 54,6 57,3 60,1 63,1 66,1 69,3 72,5 75,9 79,4 83,0 86,855 47,3 49,8 52,4 55,1 57,9 60,7 63,7 66,8 70,0 73,3 76,7 80,2 83,9 87,756 47,7 50,3 52,9 55,6 58,4 61,3 64,3 67,5 70,7 74,0 77,5 81,1 84,8 88,657 48,1 50,7 53,4 56,1 59,0 61,9 65,0 68,1 71,4 74,8 78,3 81,9 85,7 89,658 48,6 51,2 53,9 56,7 59,5 62,5 65,6 68,8 72,1 75,5 79,1 82,7 86,6 90,559 49,0 51,6 54,4 57,2 60,1 63,1 66,2 69,5 72,8 76,3 79,9 83,6 87,4 91,460 49,5 52,1 54,9 57,7 60,7 63,7 66,9 70,1 73,5 77,0 80,7 84,4 88,3 92,461 49,9 52,6 55,4 58,2 61,2 64,3 67,5 70,8 74,2 77,8 81,4 85,3 89,2 93,362 50,3 53,0 55,9 58,8 61,8 64,9 68,1 71,5 74,9 78,5 82,2 86,1 90,1 94,363 50,8 53,5 56,4 59,3 62,3 65,5 68,7 72,1 75,6 79,3 83,0 86,9 91,0 95,264 51,2 54,0 56,8 59,8 62,9 66,1 69,4 72,8 76,3 80,0 83,8 87,8 91,9 96,165 51,6 54,4 57,3 60,3 63,4 66,7 70,0 73,5 77,0 80,8 84,6 88,6 92,8 97,166 52,1 54,9 57,8 60,9 64,0 67,3 70,6 74,1 77,7 81,5 85,4 89,4 93,6 98,067 52,5 55,4 58,3 61,4 64,6 67,8 71,3 74,8 78,4 82,2 86,2 90,3 94,5 98,968 53,0 55,8 58,8 61,9 65,1 68,4 71,9 75,5 79,2 83,0 87,0 91,1 95,4 99,969 53,4 56,3 59,3 62,4 65,7 69,0 72,5 76,1 79,9 83,7 87,8 92,0 96,3 100,870 53,8 56,8 59,8 63,0 66,2 69,6 73,1 76,8 80,6 84,5 88,6 92,8 97,2 101,771 54,3 57,2 60,3 63,5 66,8 70,2 73,8 77,4 81,3 85,2 89,4 93,6 98,1 102,772 54,7 57,7 60,8 64,0 67,4 70,8 74,4 78,1 82,0 86,0 90,1 94,5 99,0 103,673 55,2 58,2 61,3 64,5 67,9 71,4 75,0 78,8 82,7 86,7 90,9 95,3 99,8 104,674 55,6 58,6 61,8 65,1 68,5 72,0 75,6 79,4 83,4 87,5 91,7 96,1 100,7 105,575 56,0 59,1 62,3 65,6 69,0 72,6 76,3 80,1 84,1 88,2 92,5 97,0 101,6 106,476 56,5 59,6 62,8 66,1 69,6 73,2 76,9 80,8 84,8 89,0 93,3 97,8 102,5 107,477 56,9 60,0 63,3 66,7 70,1 73,8 77,5 81,4 85,5 89,7 94,1 98,7 103,4 108,378 57,3 60,5 63,8 67,2 70,7 74,4 78,2 82,1 86,2 90,5 94,9 99,5 104,3 109,279 57,8 61,0 64,3 67,7 71,3 75,0 78,8 82,8 86,9 91,2 95,7 100,3 105,2 110,280 58,2 61,4 64,8 68,2 71,8 75,5 79,4 83,4 87,6 92,0 96,5 101,2 106,0 111,181 58,7 61,9 65,3 68,8 72,4 76,1 80,0 84,1 88,3 92,7 97,3 102,0 106,9 112,082 59,1 62,4 65,8 69,3 72,9 76,7 80,7 84,8 89,0 93,5 98,1 102,8 107,8 113,083 59,5 62,8 66,3 69,8 73,5 77,3 81,3 85,4 89,7 94,2 98,8 103,7 108,7 113,984 60,0 63,3 66,8 70,3 74,1 77,9 81,9 86,1 90,4 94,9 99,6 104,5 109,6 114,985 60,4 63,8 67,2 70,9 74,6 78,5 82,6 86,8 91,1 95,7 100,4 105,3 110,5 115,8

INF SUP INF SUP INF SUP INF SUP57,7 66,9 67,2 80,6 80,7 92,5 92,7 121,9

NEAMBE - UFCTABELA PRÁTICA PARA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE GALPÕES DE FRANGOS DE CORTE

Faixa de Conforto para Frangos de corte (3ª semana) - IEC de 57,7 a 66,9 KJ/Kg ar secoTemperatura (°C)

LIMITES3 SEMANA

UR (%) 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 3540 38,6 40,7 42,8 45,0 47,2 49,5 51,9 54,3 56,8 59,4 62,1 64,8 67,7 70,641 39,0 41,1 43,3 45,5 47,7 50,0 52,4 54,9 57,5 60,1 62,8 65,6 68,5 71,542 39,5 41,6 43,7 46,0 48,2 50,6 53,0 55,6 58,1 60,8 63,6 66,4 69,4 72,443 39,9 42,0 44,2 46,4 48,8 51,2 53,6 56,2 58,8 61,5 64,3 67,2 70,2 73,344 40,3 42,4 44,7 46,9 49,3 51,7 54,2 56,8 59,5 62,2 65,1 68,0 71,0 74,245 40,7 42,9 45,1 47,4 49,8 52,3 54,8 57,4 60,1 62,9 65,8 68,8 71,9 75,146 41,1 43,3 45,6 47,9 50,3 52,8 55,4 58,1 60,8 63,6 66,6 69,6 72,7 75,947 41,5 43,8 46,1 48,4 50,9 53,4 56,0 58,7 61,5 64,3 67,3 70,4 73,5 76,848 41,9 44,2 46,5 48,9 51,4 54,0 56,6 59,3 62,1 65,0 68,1 71,2 74,4 77,749 42,3 44,6 47,0 49,4 51,9 54,5 57,2 59,9 62,8 65,8 68,8 72,0 75,2 78,650 42,8 45,1 47,5 49,9 52,5 55,1 57,8 60,6 63,5 66,5 69,5 72,7 76,1 79,551 43,2 45,5 47,9 50,4 53,0 55,6 58,4 61,2 64,1 67,2 70,3 73,5 76,9 80,452 43,6 45,9 48,4 50,9 53,5 56,2 59,0 61,8 64,8 67,9 71,0 74,3 77,7 81,253 44,0 46,4 48,9 51,4 54,0 56,7 59,6 62,5 65,5 68,6 71,8 75,1 78,6 82,154 44,4 46,8 49,3 51,9 54,6 57,3 60,1 63,1 66,1 69,3 72,5 75,9 79,4 83,055 44,8 47,3 49,8 52,4 55,1 57,9 60,7 63,7 66,8 70,0 73,3 76,7 80,2 83,956 45,2 47,7 50,3 52,9 55,6 58,4 61,3 64,3 67,5 70,7 74,0 77,5 81,1 84,857 45,6 48,1 50,7 53,4 56,1 59,0 61,9 65,0 68,1 71,4 74,8 78,3 81,9 85,758 46,1 48,6 51,2 53,9 56,7 59,5 62,5 65,6 68,8 72,1 75,5 79,1 82,7 86,659 46,5 49,0 51,6 54,4 57,2 60,1 63,1 66,2 69,5 72,8 76,3 79,9 83,6 87,460 46,9 49,5 52,1 54,9 57,7 60,7 63,7 66,9 70,1 73,5 77,0 80,7 84,4 88,361 47,3 49,9 52,6 55,4 58,2 61,2 64,3 67,5 70,8 74,2 77,8 81,4 85,3 89,262 47,7 50,3 53,0 55,9 58,8 61,8 64,9 68,1 71,5 74,9 78,5 82,2 86,1 90,163 48,1 50,8 53,5 56,4 59,3 62,3 65,5 68,7 72,1 75,6 79,3 83,0 86,9 91,064 48,5 51,2 54,0 56,8 59,8 62,9 66,1 69,4 72,8 76,3 80,0 83,8 87,8 91,965 48,9 51,6 54,4 57,3 60,3 63,4 66,7 70,0 73,5 77,0 80,8 84,6 88,6 92,866 49,4 52,1 54,9 57,8 60,9 64,0 67,3 70,6 74,1 77,7 81,5 85,4 89,4 93,667 49,8 52,5 55,4 58,3 61,4 64,6 67,8 71,3 74,8 78,4 82,2 86,2 90,3 94,568 50,2 53,0 55,8 58,8 61,9 65,1 68,4 71,9 75,5 79,2 83,0 87,0 91,1 95,469 50,6 53,4 56,3 59,3 62,4 65,7 69,0 72,5 76,1 79,9 83,7 87,8 92,0 96,370 51,0 53,8 56,8 59,8 63,0 66,2 69,6 73,1 76,8 80,6 84,5 88,6 92,8 97,271 51,4 54,3 57,2 60,3 63,5 66,8 70,2 73,8 77,4 81,3 85,2 89,4 93,6 98,172 51,8 54,7 57,7 60,8 64,0 67,4 70,8 74,4 78,1 82,0 86,0 90,1 94,5 99,073 52,2 55,2 58,2 61,3 64,5 67,9 71,4 75,0 78,8 82,7 86,7 90,9 95,3 99,874 52,7 55,6 58,6 61,8 65,1 68,5 72,0 75,6 79,4 83,4 87,5 91,7 96,1 100,775 53,1 56,0 59,1 62,3 65,6 69,0 72,6 76,3 80,1 84,1 88,2 92,5 97,0 101,676 53,5 56,5 59,6 62,8 66,1 69,6 73,2 76,9 80,8 84,8 89,0 93,3 97,8 102,577 53,9 56,9 60,0 63,3 66,7 70,1 73,8 77,5 81,4 85,5 89,7 94,1 98,7 103,478 54,3 57,3 60,5 63,8 67,2 70,7 74,4 78,2 82,1 86,2 90,5 94,9 99,5 104,379 54,7 57,8 61,0 64,3 67,7 71,3 75,0 78,8 82,8 86,9 91,2 95,7 100,3 105,280 55,1 58,2 61,4 64,8 68,2 71,8 75,5 79,4 83,4 87,6 92,0 96,5 101,2 106,081 55,5 58,7 61,9 65,3 68,8 72,4 76,1 80,0 84,1 88,3 92,7 97,3 102,0 106,982 56,0 59,1 62,4 65,8 69,3 72,9 76,7 80,7 84,8 89,0 93,5 98,1 102,8 107,883 56,4 59,5 62,8 66,3 69,8 73,5 77,3 81,3 85,4 89,7 94,2 98,8 103,7 108,784 56,8 60,0 63,3 66,8 70,3 74,1 77,9 81,9 86,1 90,4 94,9 99,6 104,5 109,685 57,2 60,4 63,8 67,2 70,9 74,6 78,5 82,6 86,8 91,1 95,7 100,4 105,3 110,5

INF SUP INF SUP INF SUP INF SUP49,5 57,7 57,8 69,6 69,8 80,1 80,2 116,4

NEAMBE - UFCTABELA PRÁTICA PARA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE GALPÕES DE FRANGOS DE CORTE

Faixa de Conforto para Frangos de corte (4ª semana) - IEC de 49,5 a 57,7 KJ/Kg ar secoTemperatura (°C)

LIMITES4 SEMANA

24 Produção Animal | Avicultura

Ambiência

UR (%) 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 3440 36,6 38,6 40,7 42,8 45,0 47,2 49,5 51,9 54,3 56,8 59,4 62,1 64,8 67,741 37,0 39,0 41,1 43,3 45,5 47,7 50,0 52,4 54,9 57,5 60,1 62,8 65,6 68,542 37,4 39,5 41,6 43,7 46,0 48,2 50,6 53,0 55,6 58,1 60,8 63,6 66,4 69,443 37,8 39,9 42,0 44,2 46,4 48,8 51,2 53,6 56,2 58,8 61,5 64,3 67,2 70,244 38,2 40,3 42,4 44,7 46,9 49,3 51,7 54,2 56,8 59,5 62,2 65,1 68,0 71,045 38,6 40,7 42,9 45,1 47,4 49,8 52,3 54,8 57,4 60,1 62,9 65,8 68,8 71,946 39,0 41,1 43,3 45,6 47,9 50,3 52,8 55,4 58,1 60,8 63,6 66,6 69,6 72,747 39,3 41,5 43,8 46,1 48,4 50,9 53,4 56,0 58,7 61,5 64,3 67,3 70,4 73,548 39,7 41,9 44,2 46,5 48,9 51,4 54,0 56,6 59,3 62,1 65,0 68,1 71,2 74,449 40,1 42,3 44,6 47,0 49,4 51,9 54,5 57,2 59,9 62,8 65,8 68,8 72,0 75,250 40,5 42,8 45,1 47,5 49,9 52,5 55,1 57,8 60,6 63,5 66,5 69,5 72,7 76,151 40,9 43,2 45,5 47,9 50,4 53,0 55,6 58,4 61,2 64,1 67,2 70,3 73,5 76,952 41,3 43,6 45,9 48,4 50,9 53,5 56,2 59,0 61,8 64,8 67,9 71,0 74,3 77,753 41,7 44,0 46,4 48,9 51,4 54,0 56,7 59,6 62,5 65,5 68,6 71,8 75,1 78,654 42,1 44,4 46,8 49,3 51,9 54,6 57,3 60,1 63,1 66,1 69,3 72,5 75,9 79,455 42,5 44,8 47,3 49,8 52,4 55,1 57,9 60,7 63,7 66,8 70,0 73,3 76,7 80,256 42,8 45,2 47,7 50,3 52,9 55,6 58,4 61,3 64,3 67,5 70,7 74,0 77,5 81,157 43,2 45,6 48,1 50,7 53,4 56,1 59,0 61,9 65,0 68,1 71,4 74,8 78,3 81,958 43,6 46,1 48,6 51,2 53,9 56,7 59,5 62,5 65,6 68,8 72,1 75,5 79,1 82,759 44,0 46,5 49,0 51,6 54,4 57,2 60,1 63,1 66,2 69,5 72,8 76,3 79,9 83,660 44,4 46,9 49,5 52,1 54,9 57,7 60,7 63,7 66,9 70,1 73,5 77,0 80,7 84,461 44,8 47,3 49,9 52,6 55,4 58,2 61,2 64,3 67,5 70,8 74,2 77,8 81,4 85,362 45,2 47,7 50,3 53,0 55,9 58,8 61,8 64,9 68,1 71,5 74,9 78,5 82,2 86,163 45,6 48,1 50,8 53,5 56,4 59,3 62,3 65,5 68,7 72,1 75,6 79,3 83,0 86,964 45,9 48,5 51,2 54,0 56,8 59,8 62,9 66,1 69,4 72,8 76,3 80,0 83,8 87,865 46,3 48,9 51,6 54,4 57,3 60,3 63,4 66,7 70,0 73,5 77,0 80,8 84,6 88,666 46,7 49,4 52,1 54,9 57,8 60,9 64,0 67,3 70,6 74,1 77,7 81,5 85,4 89,467 47,1 49,8 52,5 55,4 58,3 61,4 64,6 67,8 71,3 74,8 78,4 82,2 86,2 90,368 47,5 50,2 53,0 55,8 58,8 61,9 65,1 68,4 71,9 75,5 79,2 83,0 87,0 91,169 47,9 50,6 53,4 56,3 59,3 62,4 65,7 69,0 72,5 76,1 79,9 83,7 87,8 92,070 48,3 51,0 53,8 56,8 59,8 63,0 66,2 69,6 73,1 76,8 80,6 84,5 88,6 92,871 48,7 51,4 54,3 57,2 60,3 63,5 66,8 70,2 73,8 77,4 81,3 85,2 89,4 93,672 49,0 51,8 54,7 57,7 60,8 64,0 67,4 70,8 74,4 78,1 82,0 86,0 90,1 94,573 49,4 52,2 55,2 58,2 61,3 64,5 67,9 71,4 75,0 78,8 82,7 86,7 90,9 95,374 49,8 52,7 55,6 58,6 61,8 65,1 68,5 72,0 75,6 79,4 83,4 87,5 91,7 96,175 50,2 53,1 56,0 59,1 62,3 65,6 69,0 72,6 76,3 80,1 84,1 88,2 92,5 97,076 50,6 53,5 56,5 59,6 62,8 66,1 69,6 73,2 76,9 80,8 84,8 89,0 93,3 97,877 51,0 53,9 56,9 60,0 63,3 66,7 70,1 73,8 77,5 81,4 85,5 89,7 94,1 98,778 51,4 54,3 57,3 60,5 63,8 67,2 70,7 74,4 78,2 82,1 86,2 90,5 94,9 99,579 51,8 54,7 57,8 61,0 64,3 67,7 71,3 75,0 78,8 82,8 86,9 91,2 95,7 100,380 52,1 55,1 58,2 61,4 64,8 68,2 71,8 75,5 79,4 83,4 87,6 92,0 96,5 101,281 52,5 55,5 58,7 61,9 65,3 68,8 72,4 76,1 80,0 84,1 88,3 92,7 97,3 102,082 52,9 56,0 59,1 62,4 65,8 69,3 72,9 76,7 80,7 84,8 89,0 93,5 98,1 102,883 53,3 56,4 59,5 62,8 66,3 69,8 73,5 77,3 81,3 85,4 89,7 94,2 98,8 103,784 53,7 56,8 60,0 63,3 66,8 70,3 74,1 77,9 81,9 86,1 90,4 94,9 99,6 104,585 54,1 57,2 60,4 63,8 67,2 70,9 74,6 78,5 82,6 86,8 91,1 95,7 100,4 105,3

INF SUP INF SUP INF SUP INF SUP39,6 54,9 55,1 66,2 66,3 76,3 76,7 111,1

NEAMBE - UFCTABELA PRÁTICA PARA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE GALPÕES DE FRANGOS DE CORTE

Faixa de Conforto para Frangos de corte (5ª semana) - IEC de 39,6 a 54,9 KJ/Kg ar secoTemperatura (°C)

LIMITES5 SEMANA

UR (%) 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 3340 34,7 36,6 38,6 40,7 42,8 45,0 47,2 49,5 51,9 54,3 56,8 59,4 62,1 64,841 35,1 37,0 39,0 41,1 43,3 45,5 47,7 50,0 52,4 54,9 57,5 60,1 62,8 65,642 35,4 37,4 39,5 41,6 43,7 46,0 48,2 50,6 53,0 55,6 58,1 60,8 63,6 66,443 35,8 37,8 39,9 42,0 44,2 46,4 48,8 51,2 53,6 56,2 58,8 61,5 64,3 67,244 36,1 38,2 40,3 42,4 44,7 46,9 49,3 51,7 54,2 56,8 59,5 62,2 65,1 68,045 36,5 38,6 40,7 42,9 45,1 47,4 49,8 52,3 54,8 57,4 60,1 62,9 65,8 68,846 36,9 39,0 41,1 43,3 45,6 47,9 50,3 52,8 55,4 58,1 60,8 63,6 66,6 69,647 37,2 39,3 41,5 43,8 46,1 48,4 50,9 53,4 56,0 58,7 61,5 64,3 67,3 70,448 37,6 39,7 41,9 44,2 46,5 48,9 51,4 54,0 56,6 59,3 62,1 65,0 68,1 71,249 38,0 40,1 42,3 44,6 47,0 49,4 51,9 54,5 57,2 59,9 62,8 65,8 68,8 72,050 38,3 40,5 42,8 45,1 47,5 49,9 52,5 55,1 57,8 60,6 63,5 66,5 69,5 72,751 38,7 40,9 43,2 45,5 47,9 50,4 53,0 55,6 58,4 61,2 64,1 67,2 70,3 73,552 39,1 41,3 43,6 45,9 48,4 50,9 53,5 56,2 59,0 61,8 64,8 67,9 71,0 74,353 39,4 41,7 44,0 46,4 48,9 51,4 54,0 56,7 59,6 62,5 65,5 68,6 71,8 75,154 39,8 42,1 44,4 46,8 49,3 51,9 54,6 57,3 60,1 63,1 66,1 69,3 72,5 75,955 40,2 42,5 44,8 47,3 49,8 52,4 55,1 57,9 60,7 63,7 66,8 70,0 73,3 76,756 40,5 42,8 45,2 47,7 50,3 52,9 55,6 58,4 61,3 64,3 67,5 70,7 74,0 77,557 40,9 43,2 45,6 48,1 50,7 53,4 56,1 59,0 61,9 65,0 68,1 71,4 74,8 78,358 41,2 43,6 46,1 48,6 51,2 53,9 56,7 59,5 62,5 65,6 68,8 72,1 75,5 79,159 41,6 44,0 46,5 49,0 51,6 54,4 57,2 60,1 63,1 66,2 69,5 72,8 76,3 79,960 42,0 44,4 46,9 49,5 52,1 54,9 57,7 60,7 63,7 66,9 70,1 73,5 77,0 80,761 42,3 44,8 47,3 49,9 52,6 55,4 58,2 61,2 64,3 67,5 70,8 74,2 77,8 81,462 42,7 45,2 47,7 50,3 53,0 55,9 58,8 61,8 64,9 68,1 71,5 74,9 78,5 82,263 43,1 45,6 48,1 50,8 53,5 56,4 59,3 62,3 65,5 68,7 72,1 75,6 79,3 83,064 43,4 45,9 48,5 51,2 54,0 56,8 59,8 62,9 66,1 69,4 72,8 76,3 80,0 83,865 43,8 46,3 48,9 51,6 54,4 57,3 60,3 63,4 66,7 70,0 73,5 77,0 80,8 84,666 44,2 46,7 49,4 52,1 54,9 57,8 60,9 64,0 67,3 70,6 74,1 77,7 81,5 85,467 44,5 47,1 49,8 52,5 55,4 58,3 61,4 64,6 67,8 71,3 74,8 78,4 82,2 86,268 44,9 47,5 50,2 53,0 55,8 58,8 61,9 65,1 68,4 71,9 75,5 79,2 83,0 87,069 45,3 47,9 50,6 53,4 56,3 59,3 62,4 65,7 69,0 72,5 76,1 79,9 83,7 87,870 45,6 48,3 51,0 53,8 56,8 59,8 63,0 66,2 69,6 73,1 76,8 80,6 84,5 88,671 46,0 48,7 51,4 54,3 57,2 60,3 63,5 66,8 70,2 73,8 77,4 81,3 85,2 89,472 46,3 49,0 51,8 54,7 57,7 60,8 64,0 67,4 70,8 74,4 78,1 82,0 86,0 90,173 46,7 49,4 52,2 55,2 58,2 61,3 64,5 67,9 71,4 75,0 78,8 82,7 86,7 90,974 47,1 49,8 52,7 55,6 58,6 61,8 65,1 68,5 72,0 75,6 79,4 83,4 87,5 91,775 47,4 50,2 53,1 56,0 59,1 62,3 65,6 69,0 72,6 76,3 80,1 84,1 88,2 92,576 47,8 50,6 53,5 56,5 59,6 62,8 66,1 69,6 73,2 76,9 80,8 84,8 89,0 93,377 48,2 51,0 53,9 56,9 60,0 63,3 66,7 70,1 73,8 77,5 81,4 85,5 89,7 94,178 48,5 51,4 54,3 57,3 60,5 63,8 67,2 70,7 74,4 78,2 82,1 86,2 90,5 94,979 48,9 51,8 54,7 57,8 61,0 64,3 67,7 71,3 75,0 78,8 82,8 86,9 91,2 95,780 49,3 52,1 55,1 58,2 61,4 64,8 68,2 71,8 75,5 79,4 83,4 87,6 92,0 96,581 49,6 52,5 55,5 58,7 61,9 65,3 68,8 72,4 76,1 80,0 84,1 88,3 92,7 97,382 50,0 52,9 56,0 59,1 62,4 65,8 69,3 72,9 76,7 80,7 84,8 89,0 93,5 98,183 50,4 53,3 56,4 59,5 62,8 66,3 69,8 73,5 77,3 81,3 85,4 89,7 94,2 98,884 50,7 53,7 56,8 60,0 63,3 66,8 70,3 74,1 77,9 81,9 86,1 90,4 94,9 99,685 51,1 54,1 57,2 60,4 63,8 67,2 70,9 74,6 78,5 82,6 86,8 91,1 95,7 100,4

INF SUP INF SUP INF SUP INF SUP37,4 52,1 52,2 63,0 63,1 72,6 72,7 106,0

NEAMBE - UFCTABELA PRÁTICA PARA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE GALPÕES DE FRANGOS DE CORTE

Faixa de Conforto para Frangos de corte (6ª semana) - IEC de 37,4 a 52,1 KJ/Kg ar secoTemperatura (°C)

LIMITES6 SEMANA

faixa vermelha engloba os valores de temperatura e umidade relativa do ar considerados letais para os animais.

Tomando como exemplo, a combinação da tem-peratura de 28ºC com uma umidade relativa de 65%, essa resultará em um valor de entalpia fora da faixa de conforto térmico (verde) para frangos de corte. Po-rém, mantendo a mesma umidade relativa do ar e re-duzindo a temperatura (Figura 1), percebe-se que o valor do IEC sai da zona critica (laranja), passa pela zona de alerta (amarela) e termina na faixa de confor-to térmico (verde).

Devido a estas variações de temperatura e umida-de relativa do ar que resultam em diferentes valores de entalpia, é interessante notar que os limites infe-rior e superior deste índice refletem o estresse térmico das aves pelo frio ou calor, respectivamente. Por

exemplo, para uma situação onde o valor da entalpia esteja na zona de alerta (amarela) acima do limite su-perior adequado de conforto, tem-se uma situação de condição de estresse pelo calor, esta situação poderá ser evidenciada, por exemplo, para valores de tempe-ratura acima de 29°C. Tal fato poderá ocorrer devido, por exemplo, a falhas relacionadas ao sistema de cli-matização (ventilação e/ou nebulização).

Os valores das variáveis ambientais situados den-tro da zona crítica (laranja) indicam que, se o ambien-te interno do galpão de criação estiver sob estas con-dições, o produtor deverá redobrar sua atenção, uma vez que, como se trata de uma região intermediaria entre a faixa de alerta (amarela) e a letal (vermelha), esta região, funcionará como um forte indicativo de que medidas urgentes para o controle do ambiente interno do galpão deverão ser adotadas.

Produção Animal | Avicultura 25

Desenvolvido a partir de estudos com linhagens de frangos

de corte, manejo e nutrição atuais, AVIAX® PLUS é o único

que contém a Senduramicina – o anticoccidiano ionóforo

mais recente e seguro para várias espécies animais – e

a Nicarbazina – o anticoccidiano químico mais utilizado

no mundo – juntas em um único grânulo. Essa inovação

assegura excelente mistura com as rações e favorece o

consumo do produto em proporções ideais pelas aves no

campo, resultando na mais alta segurança e eficácia contra

a coccidiose em frangos de corte.

Para saber mais, consulte nossa equipe técnica pelo

0800 722 8011 ou pelo email [email protected].

AVIAX® PLUS.Mais segurança e eficácia no controle da coccidiose.

Qualidade é nosso DNA®.www.phibro.com.br

Senduramicina + nicarbazina granuladaS juntaS

26 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Pfizer

Alto padrão técnico

Jaguariúna, no interior de São Paulo, foi o palco das apresentações e das aulas práticas do XX Cur-

so Básico de Sanidade Avícola promovido pela Pfizer Saúde Animal nos dias 11 a 14 de setembro. Cerca de 100 participantes estavam presentes nas pales-tras que discutiram temas como biosseguridade, manejo de cama, pontos críticos de controle, bron-quite infecciosa, reovirose, doença de Gumboro, Marek e outras enfermidades que acometem os plantéis avícolas. Temas de extrema relevância para a atualização dos profissionais, nas palavras de Adriano Ricardo Rodrigues dos Santos, responsável técnico da Coasul, localizada em São João, PR. “O nível técnico dos palestrantes foi altíssimo e as apre-sentações foram excelentes”, afirma o profissional que participou pela primeira do evento. “Estar aqui é extremamente relevante para agregar conhecimen-to técnico. Agora a minha função é transmitir aos meus colegas o que eu aprendi aqui”, completa relembrando que a troca de experiência com pesso-as de outras regiões do País foi outro ponto alto.

Enquanto pela manhã aconteciam as palestras, à tarde a programação incluía as aulas práticas. Técni-cas de necropsia foram apresentadas por Nair Ka-tayama, do SPAVE, no primeiro dia, enquanto Ma-theus Resende, da Pfizer, mostrou técnicas de vacinação no segundo dia. No terceiro, os partici-pantes fizeram uma análise dos sinais clínicos e ne-cropsia das aves inoculadas com diferentes enfermi-dades. Os presentes tiveram que descobrir quais

eram as patologias e sugerir condutas de tratamen-to. Alberto Back , pós-doutor em Microbiologia Veterinária, enfatiza a importância dessas ações para a capacitação dos profissionais. “Esse é um evento único no Brasil do ponto de vista sanitário. O alto nível técnico dos palestrantes em conjunto as aulas práticas oferece uma oportunidade singu-lar para a atualização e reciclagem prática dos par-ticipantes. Discutimos aqui as principais enfermida-des e isso é importante para os envolvidos com o dia a dia da avicultura. Esse é o único curso que oferece essa abrangência aqui no Brasil”, atesta acrescentando que modelos semelhantes só podem ser encontrados nos EUA e na Europa.

Mais de 2000 profissionais do Brasil e da Améri-ca Latina já passaram entre as 20 edições do evento e os diversos módulos In company que a empresa realiza com os principais parceiros.

Para Felipe Pelicione, Coordenador de Produtos Biológicos e Serviço de Vacinação, o curso repre-

senta a confirmação da Pfizer Saúde Animal como provedora de soluções totais para os clientes. “Além de termos a linha de produtos mais completa do mercado avícola (vacinas, medicamentos e equi-pamentos de vacinação in ovo), consideramos fun-damental auxiliarmos no desenvolvimento técnico dos profissionais da avicultura”, completa.

Novo Diretor Associado

A Pfizer Saúde Animal acaba de anunciar a chegada de Giankleber Diniz à companhia para assumir a liderança da unidade de ne-gócios Aves como diretor associado. Na nova posição, Diniz será responsá-vel por garantir a continuidade dos resultados desta área, identificar

novas oportunidades de negócios, bem como reforçar a atuação da unidade de negócios em biológicos, aditivos in feed e máquinas de vacinação in ovo. Saiba mais sobre a Pfizer em: www.pfizersaudeanimal.com.br.

Equipe técnica Pfizer Saúde Animal durante Curso Básico: Dario Filho, Lucas Colvero, Igor Santos, Diogo Ito, Lucielma Holtz e Matheus Resende

Diniz construiu uma carreira sólida no segmento avícola

Produção Animal | Avicultura 27

Alto padrão técnico

A Bayer Saúde Animal realizou em agosto um workshop inter-

no durante o XXIV World’s Poultry Congress (WPC 2012). O Workshop Aves Mundial Bayer reuniu a equipe da Unidade Aves, Suínos e Aquacultura e represen-tantes da empresa de sete países como Índia, Alemanha, Itália, Esta-dos Unidos, México, Costa Rica e Brasil. O objetivo do Workshop foi discutir estratégias internas e obter um direcionamento estratégico sobre a Avicultura mundial. “Partici-pamos de um workshop global para

trocar experiências e construir uma estratégia sustentável de longo prazo para a Unidade de Negócios Aves”, afirma Rogério Petri, Geren-te Nacional da Unidade.

Além do Workshop, a Bayer marcou presença no WPC 2012 com um estande e recebeu clientes do mundo todo. Para o Rogério Petri, estar presente no evento foi de grande importância a fim de mostrar aos clientes que é uma empresa global e com presença forte no mercado de Avicultura. Mais: www.bayeravesesuinos.com.br.

Bayer realiza workshop interno

WPC 2012

Vetanco

Ferramenta contra cascudinho

O curso de Ciências da Computa-ção da Unochapecó, em parceria

com a Vetanco, sediada em Chapecó, SC, trabalha na elaboração de um programa para o controle de cascudi-nhos através de bancos de dados e planilhas eletrônicas de cálculo dispo-níveis para celulares e tablets. A ferra-menta está sendo testada e em breve estará ao alcance da agroindústria. Desenvolvido com a orientação do

professor Radamés Pereira e de Mau-ro Felin, Gerente da Avicultura Sul da Vetanco, o projeto do software está associado ao produto Vetancid Pó. Entre os benefícios esperados com a implantação do programa, está a consulta de dados e estatísticas do controle de insetos nocivos existentes na produção avícola. Além disso, essa inovação tecnológica possibilitará aos técnicos acompanhar a produção, mensurando os resultados obtidos com o uso do programa e, em conse-qüência, permitirá reduzir a popula-ção do cascudinho. “Os trabalhos desenvolvidos em conjunto com a Vetanco permitem ampliar a seguran-ça avícola através de um programa de biosseguridade de referência”, assina-la o professor Radamés Pereira.Mais: www.vetanco.com.br.

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Inovação tecnológica possibilitará os técnicos acompanhar a produção mensurando os resultados

obtidos com o uso do programa

28 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Danisco-EUA Des-Vet

Reunião inédita

Novo gerente

Recém chegado

Yes reafirma compromisso

A Danisco Animal Nutrition, um segmento comercial da DuPont

Industrial Biosciences, anunciou a nomeação de Bill Gade como novo gerente de clientes-chave dos EUA.

Gade possui vasta experiência em vendas, marketing e desenvolvi-mento de novos produtos, além de um histórico variado em todas as principais áreas específicas e habili-dade comprovada de trabalhar em equipes interdisciplinares.

Seu objetivo na nova função é dirigir o processo de vendas dos clientes-chave, inclusive a análise de necessidades. “Estou ansioso para ajudar nossos clientes a desenvolver sua lucratividade em um clima tão volátil e fornecer soluções sustentá-veis”, afirmou Gade.

Ele trabalhará os estados de Nova Caledônia e Minesota, subor-dinado a Bill Stuever, gerente de negócios da Danisco Animal Nutri-tion. Saiba mais em:www.animalnutrition.dupont.com.

A nova contratação da Des-Vet tem como objetivo ampliar os investimen-

tos e conhecimentos da empresa. Osmar Zimmer Jr. trabalha há 20 anos na área de avicultura e suinocultura e atuou junto às principais empresas do setor agroindustrial de proteína animal.

Zimmer coordenará uma equipe de 17 colaboradores, entre gerentes técnicos, assistentes técnicos, distribuidores e repre-sentantes comerciais, conduzindo o pro-cesso de profissionalização proposto pela direção da Des-Vet. Será responsável

também pelo planejamento estratégico da linha de produtos, incluindo o gerencia-mento da parte técnica e do marketing e vendas.

Segundo Zimmer, “estamos em um momento onde investir em pessoas faz a diferença na vida das corporações, a Des-Vet reforça não apenas o seu time, mas a possibilidade de oferecer, além de produtos confiáveis, conhecimento, orientação e relacionamento”. Saiba mais sobre a Des-Vet: www.des-vet.com.br.

“A YES é uma empresa jovem que traz ao mercado a tradição e a qualida-

de de uma equipe especializada no merca-do de nutrição animal. Pretendemos seguir desenvolvendo tecnologias que atendam as necessidades de seus clientes visando uma melhora na produtividade e manten-do a saúde e qualidade da produção de proteína animal, respeitando sempre a ética e o meio ambiente”. Com essas pala-vras, Francisco Alves, Diretor Executivo da Yes, deu boas vindas ao público da reunião realizada pela empresa nos dias 09 e 10 de agosto em Salvador, BA. Logo após o Congresso Mundial de Avicultura, realiza-do alguns dias antes na mesma cidade, o profissional reforçou a qualidade dos produtos da Yes que visam exatamente

melhorar a produtividade e a rentabilidade da agroindústria, pois são aditivos de alta performance.

Outras palestras aconteceram no even-to que reuniu 12 representantes dos países México, Guatemala, Colômbia, Chile, Venezuela, Paraguai e Argentina.

Esse primeiro encontro com os distri-buidores da América Latina trouxe resulta-dos positivos, na avaliação de Renato Líbe-ra, Gerente Técnico Comercial Brasil. “Conseguimos consolidar nossa marca perante os distribuidores e finalizamos o processo de resgistros em vários países da América Latina. Esperamos com isso, al-cançar o mesmo sucesso e crescimento que estamos obtendo no Brasil”, afirma.Mais: www.yes.ind.br.

BILL GADE Objetivo é dirigir processo de vendas dos clientes-chave

Zimmer (dir.) vai reconduzir o processo de profissionalização proposto pela Des-Vet

Produção Animal | Avicultura 29

30 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e PreçosEstatísticas e Preços

Produção de pintos de corteJulho/2012515,160 milhões | 2,65%

Produção de carne de frango* Agosto/2012 978,8 toneladas | -5,22%

Exportação de carne de frango Agosto/2012 317,482 toneladas | -10,40%

Alojamento de pintainhas de postura Agosto/20127,596 milhões | 6,76%

Desempenho do frango vivoSetembro/2012R$2,47/kg | 25,47%

Desempenho do ovoSetembro/2012R$49,00/caixa | 18,02%

MilhoSetembro/2012R$ 33,07/saca | 3,60%

Farelo de SojaSetembro/2012 R$1.404,00/ton | 110,8%

Oferta interna de carne de frango*Agosto/2012 661,3 toneladas | -2,52%

Produção e mercadoem resumo

Estimativa sugere que volumes

mensais retrocedam cerca de 6,5% sobre o mesmo semestre

de 2011

Em relação a produção de pintos de corte, completados os sete primeiros

meses do ano, o volume de pintos de cor-te de 2012 soma pouco mais de 3,521 bilhões de cabeças e apresenta recuo de 1,21% sobre idêntico período de 2011. Mantida no restante do ano, a produção média alcançada nesses sete meses – 503.036 milhões/mês – projeta para 2012 volume da ordem de 6,036 bilhões, 3,3% menos que o registrado no ano passado (perto de 6,245 bilhões de cabeças em 2011).

Porém, considerando-se o que vem ocorrendo no setor de julho para cá, é pouquíssimo provável que a média dos cinco meses remanescentes do ano al-cance os 500 milhões de cabeças. Assim, o recuo tende a ser ainda maior que o projetado.

Já com a divulgação, pela APINCO, dos resultados da produção de pintos de corte de julho passado não é difícil – con-siderando-se as contingências do merca-do – projetar-se, ainda que aproximada-mente, a produção dos cinco meses restantes do ano. Os volumes mensais es-timados farão com que a produção do corrente semestre retroceda cerca de 6,5% sobre o mesmo semestre do ano passado, enquanto o volume anual ficará pelo menos 4% aquém do alcançado em 2011. Essas projeções sugerem, também, total anual ligeiramente inferior ao de 2010, ano em que a produção de pintos de corte ficou em 5,998 bilhões de cabeças.

Em 2012, portanto, deve ocorrer a se-gunda redução na produção de pintos de corte dos últimos 10 anos (a outra foi em 2006). Ainda assim, o setor terá evoluído, entre 2002 e 2012, a uma média ligeira-mente superior a 4,5% ao ano.

Todas as porcentagens são variações anuais

*Tendências para a totalidade de 2012

Produção Animal | Avicultura 31

Produção de pintos de corte

Volume real alcançado em julho de 2012 foi o menor em três meses

Rompeu-se a praxe que apontava que, tiradas raríssimas exceções,

o segundo semestre de cada exercício é iniciado com volume mensal supe-rior ao dos seis meses anteriores. Em julho de 2012, conforme a APINCO, o volume de pintos de corte produzidos no Brasil foi, nominalmente, muito similar ao registrado no mês anterior, junho de 2012, com variação positiva de apenas 0,07%. Mas como julho tem 31 dias, os 515,160 milhões de pintos de corte do mês corresponde-ram, em termos reais, a uma redução de 3,16% sobre os 514,783 milhões de pintos de corte registrados no fechamento do semestre.

Comparativamente ao mesmo mês do ano passado, a produção de julho de 2012 significou aumento de 2,65%. Mas o incremento registrado ficou limitado a isso porque, por exemplo, considerada a produção diária, o volume de julho passado foi o menor do trimestre maio/julho.

Completados os sete primeiros meses do ano, o volume de pintos de corte de 2012 soma pouco mais de 3,521 bilhões de cabeças e apresenta recuo de 1,21% sobre idêntico perí-odo de 2011. Mantida no restante do ano, a produção média alcançada nesses sete meses – 503.036 milhões/mês – projeta para 2012 volume da ordem de 6,036 bilhões, 3,3% menos que o registrado no ano passado (perto de 6,245 bilhões de cabeças em 2011).

Porém, considerando-se o que vem ocorrendo no setor de julho para cá, é pouquíssimo provável que a média dos cinco meses remanescen-tes do ano alcance os 500 milhões de cabeças. Assim, o recuo tende a ser ainda maior que o projetado.

De toda forma, o que se produziu nos 12 meses encerrados em julho de 2012 permanece bem acima dessa média mensal, chegando aos 516,8 milhões de cabeças.

2012Jan

498,

849

8,8

Fev

485,

448

5,4

Mar

482,

648

2,6

Abr

483,

7

Mai

507,

450

7,4

Jun

514,

851

4,8

Jul

498,

5

Ago

513,

351

3,3

Set

515,

851

5,8

Out

521,

8

Nov

544,

754

4,7

Dez

532,

5

513,

3

Jul

485,

7

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMilhões de Cabeças

EVolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Agosto 514,822 530,405 3,03%

Setembro 496,915 515,772 3,79%

Outubro 513,130 539,183 5,08%

Novembro 511,532 544,747 6,49%

Dezembro 517,827 550,243 6,26%

Janeiro 499,350 515,465 3,23%

Fevereiro 473,309 469,206 -0,87%

Março 526,847 498,647 -5,35%

Abril 513,028 483,664 -5,72%

Maio 536,043 524,327 -2,19%

Junho 514,100 514,783 0,13%

Julho 501,880 515,160 2,65%

Em 7 meses 3.564,557 3.521,251 -1,21%

Em 12 meses 6.118,782 6.201,601 1,35%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

32 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Com a divulgação, pela APINCO, dos resultados da produção de pin-

tos de corte de julho não é difícil proje-tar-se, ainda que aproximadamente, a produção dos 5 meses restantes do ano.

- Ago: Embora o mês seja de 31 dias, como julho, é impossível que tenham se repetido os números do 7° mês do ano. Assim, pode-se contar com redução de pelo menos 5% em relação ao mês anterior. Note-se, aqui, que muitas empresas devem ter sido forçadas a reduzir sua produção em 10%, 15%, 20% ou até mais.

- Set: É de se supor que, com os ajustes forçados ocorridos em agosto e como não houve qualquer aceno mais favorável do mercado, a produção de setembro passado ficou estável em relação a agosto.

- Out: Com a persistência das difi-culdades, se deveria contar com uma produção ainda estável em relação aos meses anteriores e com números simi-lares aos de agosto, mês também de 31 dias. Mas há quem continue apostando no mercado natalino. Dessa forma pode-se contar com uma produção pelo menos 4% maior que a de agosto passado, nada impedindo que se che-gue a números similares aos de julho.

- Nov: Com a precocidade das linhagens hoje disponíveis, boa parte da produção do 11° mês do ano ainda atende o período de Festas. Por isso, a redução do mês, se ocorrer, deverá estar mais ligada ao número de dias de novembro (30), do que propriamente a um menor volume incubado.

- Dez: Supõe-se que, depois da crise experimentada logo no início deste ano (quando, em decorrência da alta produção de pintos de nov/dez de 2011, houve alta disponibili-dade de carne de frango no 1° bimes-tre de 2012, período de consumo mais recessivo do exercício), o setor terá o bom senso de manter algum controle sobre a produção.

Previsões para a produção de pintos de corte

Tendências para todo o segundo semestre de 2012

PINTOS DE CORTETendências de produção em 2012

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2011 2012 VAR. %

JAN 499,350 515,465 3,23%

FEV 473,309 469,206 -0,87%

MAR 526,847 498,647 -5,35%

ABR 513,028 483,664 -5,72%

MAI 536,043 524,327 -2,19%

JUN 514,100 514,783 0,13%

JUL 501,880 515,160 2,65%

AGO 530,405 490,000 -7,62%

SET 515,772 475,000 -7,90%

OUT 539,183 510,000 -5,41%

NOV 544,747 495,000 -9,13%

DEZ 550,243 490,000 -10,95%

1º SEM 3.062,677 3.006,092 -1,85%

2º SEM 3.182,229 2.975,160 -6,51%

TOT 2012 6.244,906 5.981,252 -4,22%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITEValores em vermelho: previsão

1,95

51,

864

2002

1,95

5

2,02

5

1,86

41,

955

1,95

5

1,88

220

032,

025

2,20

4

1,88

22,

025

2,02

5

2,07

420

042,

204

2,45

0

2,07

42,

074

2,20

42,

204

2,24

620

052,

450

2,45

0

2,38

4

2,24

62,

246

2,45

0

2,19

220

062,

384 2,65

1

2,38

42,

192

2,19

22,

384

2,38

4

2,50

120

072,

651

2,81

7

2,50

12,

651

2,65

1

2,65

120

082,

817

2,91

0

2,65

12,

651

2,81

72,

817

2,65

020

092,

910

3,06

7

2,65

02,

650

2,91

0

2,93

220

103,

067

3,18

2

2,93

22,

932

3,06

320

113,

182

2,97

5

3,06

33,

063

3,00

620

12

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2º Semestre (2012: previsão)

1º SemestreIncremento médio: 4,5% ao ano

2,50

1

1,88

2

1,86

4

Produção Animal | Avicultura 33

34 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Uma vez que, desde o início do se-gundo semestre, não têm sido

divulgadas estimativas sobre a evolu-ção da produção brasileira de carne de frango, nada impede que – uma vez efetuada a projeção da produção de pintos de corte do período agosto--dezembro de 2012, como mostrou matéria anterior, se projete, também, a possível produção de carne de fran-go deste segundo semestre e, por de-corrência, de todo o exercício de 2012.

Nas projeções sintetizadas no qua-dro ao lado, adotou-se como nível de produtividade dos pintos alojados o índice médio registrado no semestre inicial do ano, mas com ligeira redu-ção – supondo-se, neste caso, que frente aos altos custos de arraçoa-mento, os frangos em criação têm sido (e continuarão sendo) conduzidos ao abate mais precocemente e, por-tanto, com um peso final menor que o padrão.

Naturalmente, esse procedimento varia de empresa para empresa. As-sim, pode ocorrer que a produção efe-tiva seja, em determinados meses, ainda menor que a estimada. Mas também pode acontecer o contrário – a produção superando as projeções efetuadas, algo que, doravante, se en-contra na dependência, apenas, do bom senso do empresariado.

Note-se, a propósito, que mantido o rendimento médio registrado pelo setor nos últimos cinco anos, a produ-ção de carne de frango do semestre pode superar em até 20% o volume ora estimado, ultrapassando-se a casa dos 7 milhões de toneladas. Isso, a despeito da redução na produção de pintos de corte.

Claro que isso não vai ocorrer. Mas, repetindo, o que se vai produzir, efetivamente, depende apenas do bom senso do empresariado. Até aqui o que se tem de concreto é que o cus-to de produção permanece sensivel-mente maior que o de seis meses.

Produção de carne de frango

Tendência para a totalidade de 2012: com crise, recuo no volume produzido se acentua no segundo semestre

2012Jan

498,

849

8,8

Fev

485,

448

5,4

Mar

482,

648

2,6

Abr

483,

7

Mai

507,

450

7,4

Jun

514,

851

4,8

Jul

498,

5

Ago

513,

351

3,3

Set

515,

851

5,8

Out

521,

8

Nov

544,

754

4,7

Dez

532,

5

513,

3

Jul

485,

7

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMilhões de Cabeças

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

JAN 1.088,3 1.156,4 6,26%

FEV 950,6 1.051,6 10,63%

MAR 1.048,7 1.053,1 0,42%

ABR 1.079,0 996,1 -7,68%

MAI 1.121,0 1.033,4 -7,81%

JUN 1.089,2 1.041,3 -4,40%

JUL 1.094,7 1.029,1 -6,00%

AGO 1.032,7 978,8 -5,22%

SET 1.048,8 948,8 -9,53%

OUT 1.104,3 1.018,8 -7,75%

NOV 1.067,4 988,8 -7,37%

DEZ 1.138,4 978,8 -14,02%

1º SEM 6.376,8 6.332,0 -0,70%

2º SEM 6.486,4 5.943,0 -8,38%

TOT 2012 12.863,2 12.275,0 -4,57%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITEValores em vermelho: previsão

Produção Animal | Avicultura 35

Exportação de carne de frango

Índice de expansão dos embarques no ano cai a menos de 1% até agosto

De acordo com a SECEX/MDIC, em agosto passado o Brasil exportou

317.482 toneladas de carne de frango, volume que significou aumento de 1,66% sobre o mês anterior, mas impli-cou em queda de 10,4% sobre agosto de 2011, a maior variação negativa registrada nos últimos 12 meses.

Conforme o setor, à elevação dos custos somou-se a redução de ritmo dos embarques (greve dos fiscais agro-pecuários), daí o volume relativamente baixo exportado no mês. De toda forma, alguma redução deveria ser esperada. Não como reflexo das dificul-dades atuais, mas porque os embarques de agosto de 2012 foram um dos mais elevados do ano que passou.

Independente, porém, da previsível redução, o fato é que as exportações brasileiras de carne de frango conti-nuam marcadas por significativa desa-celeração. Assim, por exemplo, o volume médio embarcado nos oito pri-meiros meses de 2012 (327.130 tonela-das/mês) significa expansão de apenas 0,91% sobre idêntico período de 2011. E no ano passado, nesse mesmo espaço de tempo, a expansão, embora modesta, ultrapassava os 3%.

Mantida a atual média mensal no quadrimestre final de 2012, o total embarcado neste exercício ficará em torno dos 3,925 milhões de toneladas, perto de meio por cento a menos que em 2011. A redução só não ocorrerá se, entre setembro corrente e dezembro vindouro foram exportadas, em média, 331,4 mil toneladas mensais, ou seja, volume ligeiramente superior (+1,3%) ao registrado entre janeiro e agosto deste ano.

Por ora, em 12 meses (setembro de 2011 a agosto de 2012), o volume exportado permanece 1,71% acima do registrado em idêntico período anterior. O detalhe, aqui, é que, após três meses consecutivos acima dos 4 milhões de toneladas, o volume acumulado em 12 meses voltou a ficar abaixo dessa faixa.

Acumulado em 12 mesesMil Toneladas

2012Jan

3.97

6

Fev

3.96

13.

961

Mar

3.98

43.

984

Abr

3.98

93.

989

Mai

4.02

64.

026

Jun

4.00

24.

002

Jul

4.00

34.

003

Ago

3.96

6

3.90

0

Ago

3.90

0

Set

3.86

63.

866

3.86

9

Out

3.86

9

3.90

8

Nov

3.97

6

3.90

8

Dez

3.94

3

2011

EVolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Setembro 337,637 304,591 -9,79%

Outubro 333,406 335,733 0,70%

Novembro 319,802 358,704 12,16%

Dezembro 315,316 350,252 11,08%

Janeiro 295,398 328,877 11,33%

Fevereiro 296,585 281,674 -5,03%

Março 341,055 363,613 6,61%

Abril 325,263 331,001 1,76%

Maio 338,523 374,904 10,75%

Junho 331,321 307,194 -7,28%

Julho 310,874 312,297 0,46%

Agosto 354,337 317,482 -10,40%

Em 8 meses 2.593,356 2.617,041 0,91%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

36 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Completando o ciclo de proje-ções de produção que tratou

do pinto de corte e da carne de frango no corrente semestre de 2012, o quadro ao lado projeta a possível oferta interna de carne de frango no período. Nele estimou-se que as exportações do quadrimes-tre final do ano manterão a mesma média registrada nos oito primeiros meses do ano – 327,1 mil toneladas mensais – o que fará com que os embarques do ano, da ordem de 3,925 milhões de toneladas, recuem perto de meio por cento em relação a 2011.

O resultado final será uma oferta interna total aparente da ordem de 8,350 milhões de tonela-das, volume quase 6,5% inferior ao projetado para 2011 pela APINCO. E como, segundo o IBGE, a média da população brasileira em 2012 (dados válidos para 1º de julho) é de 193.946.886 habitantes, o con-sumo per capita aparente ficará em pouco mais de 43 kg, apontando um índice 7,15% menor que o esti-mado para o ano passado.

É importante ressalvar, neste caso, que o volume ofertado em 2011 não foi totalmente consu-mido, pois ao final do exercício for-maram-se elevados estoques de passagem, distribuídos ao longo do primeiro semestre de 2012. Assim, com absoluta certeza, a redução no consumo per capita, se vier a ser confirmada pelos números futuros, será bem menor que a prevista nes-tas projeções.

Ainda assim, mesmo aceita a redução ora projetada de 7,15%, a oferta per capita entre 2002 e 2012 estará evoluindo à média de 2,5% ao ano, bem acima, portanto, da evolução da população (média de 1,17% na década passada), o que continua assegurando aumento real no consumo per capita de carne de frango.

oferta interna de carne de frango

Tendências para todo o segundo semestre de 2012

CARNE DE FRANGOTendências de oferta interna

2012 MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

JAN 792,9 827,5 4,37%

FEV 654,0 769,9 17,73%

MAR 707,6 689,5 -2,56%

ABR 753,7 665,1 -11,76%

MAI 782,5 658,5 -15,84%

JUN 757,9 734,1 -3,14%

JUL 783,9 716,8 -8,56%

AGO 678,4 661,3 -2,52%

SET 744,2 621,8 -16,44%

OUT 768,6 691,8 -10,00%

NOV 708,7 661,8 -6,62%

DEZ 788,1 651,8 -17,30%

1º SEM 4.448,7 4.344,7 -2,34%

2º SEM 4.471,9 4.005,3 -10,43%

TOT 2012 8.920,5 8.350,0 -6,40%

PER CAPITA - KG(Pop. 193.946.886/hab.)

43,053 -7,15%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITEValores em vermelho: previsão

2004

2005

2006

2008

2009

2010

2011

2012

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

9000

10000

8000

2º Semestre1º SemestreEvolução média da oferta per capita: 2,5% ao ano

2007

2003

1000

2000

3000

4000

5000

2002

Evolução média da população: 1,17% ao ano

Carne de frangoOferta interna aparenteMil toneladas

Produção Animal | Avicultura 37

alojamento de pintainhas de postura

alheio às condições de mercado, alojamento de pintainhas de postura segue crescente

Como não há dados oficiais, à boca pequena comenta-se, na avicul-

tura de corte, que a crise financeira enfrentada vem fazendo cair assusta-doramente o volume de matrizes alo-jadas pelo segmento. Parece, no entanto, que isso não vem ocorrendo na avicultura de postura que, pelo menos até agosto passado, não só manteve seus alojamentos em um ritmo que pode ser caracterizado como normal, mas também continuou registrando novos e sucessivos recor-des.

Em agosto, por exemplo, foram alojadas apenas 1.671 pintainhas a mais que no mês anterior (+0,02%). Mas o total registrado - 7.596.204 pintainhas, 72,68% delas representa-das por linhagens produtoras de ovos brancos – representou novo recorde para o setor, superando o recorde que havia sido registrado em julho.

Agora, computados os alojamen-tos dos primeiros dois terços do ano, tem-se um volume total da ordem de 57,258 milhões de pintainhas de pos-tura, quase 8,5% a mais que o regis-trado em idêntico período de 2011. A média mensal alojada em oito meses (7,157 milhões de cabeças mensais) sinaliza, para a totalidade do ano, volume da ordem de 85,9 milhões de cabeças, cerca de 8% a mais que o alojado nos 12 meses de 2011. Mas, considerando que até aqui os volumes mensais vêm num crescendo contínuo desde o início do ano (em relação a dezembro/11, o alojamento tem aumentado – em valores reais – a uma média mensal próxima de 2%) nada impede que se alcancem os 88 milhões de cabeças, volume mais de 10% superior ao do ano passado.

Por ora, em 12 meses (setembro de 2011 a agosto de 2012) o total alojado em 12 meses vai pouco além dos 84 milhões de cabeças e supera em 6,33% o volume registrado em idên-tico período anterior.

2012Jan

79,5

77

Fev

80,2

4080

,240

80,2

40

Mar

80,9

7880

,978

Abr

80,9

0480

,904

80,9

04

Mai

81,7

9981

,799

81,7

99

Jun

82,6

7082

,670

82,6

70

Jul

83,5

4883

,548

83,5

48

Ago

84,0

29

79,5

7779

,577

79,5

77

80,2

4080

,240

80,2

40

79,5

49

DezSet

79,1

47

Out

79,1

75 79,5

7779

,577

79,5

77

79,5

4979

,549

79,1

75

Nov

79,1

74

79,1

47

79,1

75

Ago

79,0

30

2011

Acumulado em 12 MesesAgosto/2011 a Agosto/2012Milhões de cabeças

EVolução mEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS) - MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2010/11 2011/12 VAR.% 2010/11 2011/12

Set 6,818 6,935 1,72% 77,35% 75,96%

Out 6,595 6,622 0,42% 75,47% 75,52%

Nov 6,708 6,707 -0,01% 75,07% 74,38%

Dez 6,131 6,507 6,12% 72,19% 75,02%

Jan 6,613 6,641 0,42% 75,28% 75,68%

Fev 5,586 6,249 11,86% 75,18% 76,54%

Mar 6,554 7,292 11,26% 73,14% 75,89%

Abr 7,134 7,059 -1,04% 72,99% 74,73%

Mai 6,474 7,370 13,83% 73,28% 73,84%

Jun 6,587 7,458 13,22% 76,27% 76,32%

Jul 6,716 7,595 13,08% 76,55% 73,58%

Ago 7,115 7,596 6,76% 73,23% 72,68%

Em 8 meses 52,779 57,258 8,49% 74,46% 74,85%

Em 12 meses 79,030 84,029 6,33% 74,67% 74,97%

Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE

38 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Média mensal e variaçãoanal e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

SET/11 1,97 1,87% -5,55%

OUT 1,98 7,73% 0,71%

NOV 2,07 12,18% 4,69%

DEZ 2,11 1,47% 1,57%

JAN/12 1,58 -19,38% -25,11%

FEV 1,60 -20,31% 1,60%

MAR 1,80 -11,28% 12,35%

ABR 1,77 -0,76% -1,45%

MAI 1,70 6,00% -4,17%

JUN 1,85 14,60% 8,94%

JUL 1,86 4,89% 0,21%

AGO 2,30 10,41% 23,84%

SET 2,47 25,47% 7,33%

Desempenho do frango vivo em setembro

Renumeração obtida continua totalmente defasada

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em uma década2003 a 2012*

*2012: 01/Set a 30/Set

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$ 1,45

R$ 1,49

R$ 1,35

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 1,88

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2002/11

2012

100%

91%

88% 90% 95

% 99%

105% 109%

110%

107% 10

8%

97%

75%

76%

85%

84%

81% 88

%

88%

109%

117%

A recuperação de preços do frango vivo, embora sem a mesma intensidade observada em agosto,

teve continuidade em setembro. Dessa forma, o mês foi encerrado com um incremento de 7,33% em relação ao mês anterior, enquanto em comparação ao mesmo mês

do ano passado o aumento foi de 25,47%.Parece ser um resultado ótimo se considerado que a

inflação oficial dos últimos 12 meses não chega a 6%. Na realidade, porém, continua sendo um resultado mais do que sofrível porque, por exemplo, não chega a repor os custos de

produção e, assim, impossibilita a diminuição dos prejuízos acumulados que, ao contrário, só fazem aumentar, gerando

apreensão cada vez maior no setor produtivo.

Não só isso. Ainda que continuem sendo um amplo balizador de toda a avicultura de corte, os preços do fran-go vivo já não refletem com eficiência a realidade do mercado, especialmente porque nos últimos meses a criação in-dependente caiu de forma significati-va. Assim, o produto pode estar regis-trando evolução à frente da efetiva realidade de mercado.

E que realidade seria essa? Talvez a média entre granja (ave viva) e atacado (ave abatida). E, neste caso, os resulta-dos de setembro apontam que para um incremento anual de 25,47% do frango vivo, o abatido experimentou variação de 16,61%. E se, em relação ao mês anterior, a variação da ave viva ficou em 7,33%, a da ave abatida não passou de 2,22%.

Independente disso, entretanto, é notório que a remuneração obtida pelo frango vivo continua totalmente defa-sada. Prova disso é encontrada quando se retrocede às vésperas da primeira fase da crise que há quatro anos afeta a economia mundial. Pois em relação aos preços pagos e recebidos em agos-to de 2008, o frango vivo conseguiu, apenas, acompanhar de perto a infla-ção do período, que anda em torno dos 25%. Mas permanece com evolu-ção aquém da alcançada pelo milho (hoje, preço mais de 30% superior ao de então) e muitíssimo abaixo da regis-trada pelo farelo de soja.

Produção Animal | Avicultura 39

AF_origami teaser 205x275.indd 1 9/26/12 4:49 PM

Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasMilho registra leve queda Preço do farelo de soja sobe pelo

sétimo mês

Fonte das informações: www.jox.com.br

O farelo de soja (FOB, interior de SP) tem novo aumento em seu preço, sendo comercializado em setembro de

2012 ao preço médio de R$ 1,404/tonelada, valor 2,18% maior que o de agosto passado – R$1,374. Na comparação com setembro de 2011 – quando o preço médio era de R$666/t – a cotação atual registra aumento de 110,8%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a menor valorização do farelo de soja em relação

ao frango vivo, em setembro de 2012, foram necessários 568,4kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insu-mo, significando melhora de 5,1% no poder de compra em relação a agosto de 2012, quando foram necessários 597,4kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em se-

tembro de 2012 foram necessárias aproximadamente 32,6 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adqui-rir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo diminuiu na com-paração com agosto de 2012: piora de 10,83 % já que em agosto 29,1 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de fare-lo. Em relação a setembro de 2011, a piora no poder de compra é de 42,6%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 18,7 caixas de ovos.

O preço do milho diminuiu em setembro de 2012. O pre-ço médio do insumo da saca de 60 kg, interior de SP,

fechou o mês cotado a R$ 33,07 – valor 4,70% menor que a média de R$ 34,70 obtida pelo produto em agosto de 2012. A disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior é positiva. O valor atual é 3,60% maior, já que a média de setembro de 2011 foi de R$31,92/saca.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou setembro a R$2,47/kg

– média 7,33% maior que a de agosto de 2012. A valorização do produto contribuiu para o aumento do poder de compra do avi-cultor. Nesse mês, foram necessários 223,1kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média men-sal de ambos os produtos em setembro. Este valor representa aumento do poder de compra de 12,68% em relação ao mês anterior, pois em agosto a tonelada do milho “custou” 251,4 kg de frango vivo.Valores de troca – Milho/Ovo

O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), encerrou agosto cotado à média de R$43,00, queda de 8,8% sobre o mês anterior.

Aliado a alta dos insumos, o poder de compra do produtor diminuiu. Em setembro, foram necessárias 12,8 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em setembro foram ne-cessárias 12,2 caixas/t, uma piora de 4,39% na capacidade de compra do produtor.

40 Produção Animal | Avicultura

www.aviguia.com.br

Produção Animal | Avicultura 41

Aviguia - Portfólio de Produtos e Serviços

O AviGuia, a vitrine da avicultura na internet, agora também está presente na Revista Produção Animal-Avicultura. Além de um guia de produtos e serviços para o segmento avícola, ele reúne os lançamentos e novidades para o setor e dezenas de produtos em destaque. Divulgue o portfólio de produtos de sua empresa: (19) 3241-9292 ou [email protected].

Rua Padre Anchieta, 1142 – Bigorrilho. Cep 80.730-000Curitiba - PR - Telefone: 0800 -602-1112E-mail: [email protected]

Saiba mais em www.didatus.com.br

A história do DiDatus é pautada no sucesso e no êxito em especializar profissionais. Contan-do com a direção e experiência de mais de 40 anos no setor do renomado professor Wilson Mendes, sua implantação se deu em Curitiba, no ano de 2003, para atender as demandas de cursos no âmbito de pós-graduação, aperfeiço-amento e capacitação.

Ensi

no

MBA em AviculturaCurso de Pós Graduação “ Lato Sensu” de MBA em Avi-

cultura Industrial é um Curso de Especialização, que está de acordo com a Resolução 01,de 08 de junho de 2007 do CNE(MEC), que visa atender uma demanda cada vez maior por informações e novas técnicas de produção e gestão. Este é um segmento que apresenta grande e rápido avanço, existindo a necessidade de uma permanente atualização técnica.

Saiba mais em www.ecat-com.fr

Equ

ipam

ento

s

Rua Júlio de Castilhos, 1001 - Sala 304 – Centro - Lajeado/RS- CEP: 95.900-000 - Telefone (51) 3011 4434E-mail: [email protected]

ECAT S.A.S., empresa francesa, especializada em automação de incubatórios. Atua no Brasil desde 2010 com soluções em automação geral para incubatórios e vacinação In Ovo.

Contador automático de pintinhos (Automated Chick Counter and Boxing System):

É um equipamento que emprega alta tecnolo-gia para fazer a contagem e o encaixotamento de pintos de um dia de vida. Possui alta precisão e velocidade - 60.000 pintos x hora, é fácil de operar - interface em português, baixo custo operacional e de manutenção, exce-lente qualidade construtiva e utiliza componentes de primeira linha.

Saiba mais em www.ab-vista.com

Nu

triç

ão e

saú

de

anim

al

Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 1641 – 12 andar - São Paulo - SP - 05407-002 Telefone: (11) 3038-1803Email: [email protected]

AB Vista é uma compa-nhia dedicada à busca de soluções na área de ingre-dientes para nutrição animal, fazendo parte do grupo internacional ABF

(Associated British Foods), com atividades em mais de 44 países, atuante nos ramos de ali-mentação, ingredientes, dentre outros; empre-gando mais de 85 mil pessoas e faturamento global superior a U$ 16 bilhões/ano.

Quantum Blue é o resultado do desenvolvimento da família Quantum. Possui maior afinidade pelo fitato, com a contínua quebra mesmo em menores concentrações e no incremento da termo resistência da enzima, gerando benefícios econômicos e em performance.

Saiba mais em www.alltech.com/pt

Nu

triç

ão e

Saú

de

An

imal

Rua Curió, 312 - Araucária - PR - 83705-552Tel.: (41) 3888-9200 E-mail: [email protected]

Há 30 anos a Alltech tem conduzido pesqui-sas científicas para fornecer soluções natu-rais que beneficiem a saúde, desempenho e produtividade dos animais.

Mycosorb®

A Alltech é pioneira mundial na produ-ção de adsorventes de micotoxinas à base de glucanos e disponibiliza ao mercado, há mais de 25 anos, Mycosorb, registrado no MAPA com eficácia comprovada para todas as micotoxinas. Mycosorb é um aditivo à base de glucanos derivado da parede celular de uma cepa específica da levedura Saccharomyces cerevisiae para uso em ração de aves, animais de produção, aquicultura e animais de estimação.

42 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

Casas genéticas: investimentos constantes em pesquisas

Jairo Arenázio, é Diretor Geral da Cobb-Vantress Brasil, empresa mundial de fornecimento de aves reprodutoras para frangos de corte e em especialização técnica no setor avícola

A taxa de crescimento diário, medida pelo índice chamado de ganho de peso diá-rio (GPD) a cada ano evolui 45 – 50 gramas por frango. Isso seria o mesmo em dizer que a cada ano ganha-se 1 dia a idade de abate, ou seja, se processa o frango ao mesmo peso que no ano anterior, mas com 1 dia a menos.

Índice de rendimento de carcaça signifi-ca calcular o percentual de carne de primeira vendável ao final do abate em relação ao peso de chegada do frango ao abatedouro, sem sangue, penas e vísceras. Também é obervado no mercado uma evolução genéti-ca de 0,1 – 0,2% ao ano no percentual de ren-dimento de abatedouro. Para se ter uma di-mensão de o quanto isso é representativo, estes “pequenos” 0,2% de melhoria em ren-dimento ao ano, se calculado sobre um aba-tedouro médio no Brasil com abate de 140 mil aves ao dia, representaria uma quantida-de extra de carne a ser comercializada de 1,5 toneladas ao mês.

Estes itens de seleção genética menciona-dos são parte de uma gama de mais de 50 itens de seleção para o frango que chegará ao mercado no futuro. Isso também traz ganhos reais e anuais ao mercado, já que terão rendi-mentos em conversão alimentar, de peso e no abatedouro.

As casas genéticas transferem de 5 a 5,5% de ganho em custos dentro de toda a cadeia produtiva, todos os anos, por meio da evolu-ção genética de suas aves .

Com a evolução ano a ano do frango, com um ganho e melhoria genética em con-versão alimentar, é possível esperar que este frango vá comer menos, e, se come menos, vai tomar menos água, e, se come e bebe me-

nos vai produzir menos resí-duo, o chamado “esterco”.

Por outro lado, se afirma-do que a cada ano baixa-se 1 dia na idade média de abate do frango, podemos então as-sumir que a cada ano se pro-duz mais carne na mesma área ocupada, ou seja, mais carne/metro quadrado. Tam-bém lembrando que o rendi-mento de abatedouro trará to-dos os anos um ganho de produção/metro quadrado, já

que a mesma ave nos traz um ganho anual de carne vendável.

Atualmente, o que se busca é um equilí-brio da ave. Uma reprodutora que tenha um bom desempenho reprodutivo, com boa per-formance em produção de pintos de 1 dia, assim como um frango cada vez mais compe-titivo em conversão alimentar, ganho de peso e rendimento de carnes nobres, além de todas as demais características relacionadas ao bem estar animal, como mortalidade, rus-ticidade, adaptabilidade e capacidade de res-posta às principais enfermidades.

Portanto, o mercado contará com uma combinação entre os tradicionais programas de seleção e a engenharia molecular. As casas genéticas vêm investindo intensamente, nos últimos 10 anos, para conhecer os marcado-res genéticos de suas aves e a partir do mo-mento que se tiver conhecimento profundo do genoma (código genético) destas aves, a seleção por marcadores passará a fazer parte do programa de seleção das linhagens.

Desta forma, a combinação entre os pro-gramas de seleção tradicional e a seleção por marcadores genéticos será um novo passo dado na busca da evolução do frango.

Evoluir é uma atribuição dos seres huma-nos. E as casas genéticas buscam uma evolu-ção constante e equilibrada de suas aves, de maneira a dar sustentabilidade a toda a ca-deia do frango.

Para ser sustentável é preciso seguir sele-cionando intensamente as aves, cada vez mais focados a valores econômicos, ambien-tais e de bem estar animal, na busca da construção do frango que chegará ao merca-do no futuro.

F ruto de um trabalho intenso e cons-tante em seleção genética com mais de 90 anos, o frango de hoje é um

produto totalmente adaptado às necessi-dades globais do mercado. É uma das mais eficientes fontes produtoras de proteína de alta qualidade, dada sua eficiência alimen-tar, taxa de crescimento diário e índice de rendimento de carcaça.

Produção Animal | Avicultura 43

ESTÁ NASCENDO

DE POSTURA!O PORTAL

Um produto com a qualidade

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

44 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final