Www.cursosonlinesp.com.Br Product Downloads x 4 35633

Embed Size (px)

DESCRIPTION

ef

Citation preview

  • Seja Bem Vindo!

    Curso

    Introduo Educao Fsica

    na Educao Infantil

    www.CursosOnlineSP.com.br

    Carga horria: 20hs

  • Contedo Programtico:

    1. POLTICAS PARA O ENSINO DA EDUCAO FSICA

    2. EDUCAO FSICA NA EDUCAO INFANTIL

    3. LINGUAGEM CORPORAL

    4. PROFESSOR OU ALICADOR DE JOGOS?

    5. VISO SEXISTA

    6. VALORIZAO DO PROFISSIONAL DA EDUCAO

    BSICA

    7. A OBSERVAO, A IMITAO E A EXPERIMENTAO

    8. O MOVIMENTO E OS CAMPOS SENSORIAIS

    9. O AMBIENTE SOCIOCULTURAL

    10. O DESENVOLVIMENTO REAL E O DESENVOLVIMENTO

    POTENCIAL

    11. VISO CIENTFICA DA EDUCAO FSICA

    12. AS VIVNCIAS CULTURAIS NA EDUCAO FSICA

    13. O PROJETO EDUCATIVO E A EDUCAO FSICA

    14. A EDUCAO FSICA CONSTRI CIDADANIA

    15. O PRINCPIO DA DIVERSIDADE

    16. EDUCAO FSICA OU ATIVIDADE FSICA?

    17. O PROFISSIONAL DA EDUCAO FSICA

    18. EDUCAO FSICA E QUALIDADE DE VIDA

    19. EDUCAO FSICA E QUALIDADE DE VIDA II

    20. DESPORTO OU ESPORTE?

  • 1. POLTICAS PARA O ENSINO DA EDUCAO FSICA

    As discusses em torno da educao fsica na educao

    infantil vm se intensificando desde a publicao da Lei de

    Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB no.

    9.394/96). De acordo com a nova LDB (Art.26, 3o.), A

    educao fsica, integrada proposta pedaggica da

    escola, componente curricular da Educao Bsica,

    ajustando-se s faixas etrias e s condies da populao

    escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos. Pode-se

    considerar que a sua insero curricular na esfera da

    educao infantil significa um avano para o ensino da

    educao fsica. No entanto, sabe-se que a construo de

    uma educao pblica, democrtica e de qualidade, da

    qual a educao fsica seja parte integrante, no depende

    exclusivamente de leis, mas tambm, e

    fundamentalmente, de polticas e aes governamentais

    que garantam as condies objetivas para a sua

    concretizao. Nesse sentido, ainda se tem muito o qu

    refletir a respeito do espao da educao fsica na

    educao infantil. Um dos pontos essenciais dessa reflexo

    diz respeito organizao geral do currculo das creches e

    pr-escolas, levando em considerao a indissociabilidade

    entre educao e cuidado (educar e cuidar) no sentido de

    se buscar uma superao da dicotomia

    educao/assistncia no trabalho com a criana de zero a

    seis anos de idade.

    2. EDUCAO FSICA NA EDUCAO INFANTIL

    A educao fsica na educao infantil pode configurar-se

    como um espao em que a criana brinque com a

  • linguagem corporal, com o corpo, com o movimento,

    alfabetizando-se nessa linguagem. Brincar com a

    linguagem corporal significa criar situaes na qual a

    criana entre em contato com diferentes manifestaes da

    cultura corporal (entendida como as diferentes prticas

    corporais elaboradas pelos seres humanos ao longo da

    histria, cujos significados foram sendo tecidos nos

    diversos contextos socioculturais, sobretudo aqueles

    relacionados aos jogos e brincadeiras, s ginsticas, s

    danas e s atividades circenses, sempre tendo em vista a

    dimenso ldica como elemento essencial para a ao

    educativa na infncia. Ao que se constri na relao

    criana/adulto e criana/criana e que no pode prescindir

    da orientao do (a) professor (a): deixar a criana brincar

    como queira, como se jogar fosse algo da natureza

    biolgica da espcie, que no necessita de suportes

    culturais. Assume-se, ento, uma concepo

    espontanesta de educao que afasta o professor como

    figura de interao e interlocuo, ou seja, como parceiro

    da criana em seu processo de desenvolvimento,

    ignorando que neste processo certas noes esto se

    construindo, ou antes, podero se construir, desde que se

    cuide para a ocorrncia disto.

    3. LINGUAGEM CORPORAL

    Favorecer a brincadeira no contexto da educao infantil

    no pode levar a uma atitude de laissez faire - abandono

    pedaggico, de abrir mo da mediao do adulto no

    processo educativo com a criana. Ao contrrio, no

    contexto da brincadeira que se precisa aprender a realizar

    o papel do professor como mediador, intencional e

  • explcito, do processo de elaborao dos conceitos

    sistematizados na relao de ensino. Na Educao Fsica a

    cultura corporal/de movimento traz no seu campo-objeto

    de conhecimento, manifestaes corporais j presentes na

    vida das crianas, que devero ser tematizadas com elas,

    no s na aula dessa disciplina, como tambm em outros

    momentos, atendendo assim, a perspectiva de articulao

    a ser desenvolvida pela equipe pedaggica. Sob essa tica,

    a linguagem corporal no uma propriedade da

    educao fsica e, embora seja a sua especificidade, deve

    ser trabalhada em outros momentos da jornada educativa,

    tendo a dimenso ldica como princpio norteador.

    4. PROFESSOR OU ALICADOR DE JOGOS?

    Pode-se observar que quando h professoras (es) de

    educao fsica trabalhando em diferentes espaos de

    educao infantil, acabam atuando, predominantemente,

    como meros aplicadores de joguinhos que tm como

    funo primordial divertir as crianas. O professor o

    especialista em brincadeiras responsveis pelo corpo,

    pelo movimento e pela diverso das crianas. Nesse caso,

    a presena dos (as) especialistas em educao fsica

    pode gerar uma concepo compartimentada de criana e

    acentuar velhas dicotomias bastante conhecidas no

    espao escolar: a professora de educao fsica fica

    responsvel pelo corpo das crianas e a professora

    "generalista" pelo intelecto, como se isso fosse possvel.

    Essa viso dicotmica, relacionada tradio racionalista

    ocidental, enfatiza, ainda, a superioridade do intelecto

    sobre o corpo. Outro aspecto a ser considerado que,

    muitas vezes, por existir um espao especfico para um

  • trabalho corporal nas aulas de educao fsica, nos demais

    tempos da jornada cotidiana, acentua-se um trabalho de

    natureza intelectual no qual a dimenso expressiva por

    meio da gestualidade praticamente esquecida. A aula de

    educao fsica passa, ento, a ser vista como a dona do

    corpo e do movimento das crianas. Somando-se a isso, o

    possvel carter ldico das atividades corporais, comum

    ver crianas sedentas pela aula de educao fsica quando

    chegam s escolas. Saltam aos olhos imagens de exploso

    corporal diante da possibilidade de se libertarem das

    carteiras escolares que funcionam, na maioria das vezes,

    como armaduras corporais, at mesmo em pr-escolas.

    5. VISO SEXISTA

    No se pode negar que a especificidade da educao fsica

    localiza-se justamente no mbito da cultura corporal.

    Assumir essa especificidade, sem a pretenso de ser os

    donos da expresso corporal das crianas, pode ser um

    importante ponto de partida para configurar

    entrelaamentos com diferentes reas de conhecimento.

    Outra situao a ser refletida diz respeito ao fato de no

    ser raro encontrar pr-escolas do setor privado com aulas

    de bal para as meninas e de jud para os meninos.

    Nesses casos, alm de se limitar as possibilidades das

    crianas de contato com diferentes temas da cultura

    corporal, refora-se uma viso sexista, extremamente

    equivocada. As crianas, desde muito cedo, vo

    aprendendo que dana coisa de menina e luta coisa

    de menino, reforando esteretipos em relao s prticas

    corporais e aos diferentes papis sociais desempenhados

    por meninas e meninos, mulheres e homens. Mais tarde,

  • sero o futebol dos meninos e o vlei das meninas

    alguns dos principais exemplos de estereotipias no mbito

    da educao fsica escolar, as quais tm reforado a ideia

    de turmas separadas em meninos e meninas nas aulas de

    educao fsica.

    6. VALORIZAO DO PROFISSIONAL DA EDUCAO

    BSICA

    A educao infantil foi inserida na educao bsica,

    portanto, seus profissionais requerem o mesmo tratamento

    dos outros que nela atuam. preciso eliminar preconceitos

    arraigados da tradio brasileira, como o de que o

    profissional que atua com crianas de 0 a 6 anos no

    requer preparo acurado equivalente ao de seus pares de

    outros nveis escolares, o que demonstra o

    desconhecimento da natureza humana e de sua

    complexidade, especialmente do potencial de

    desenvolvimento da faixa etria de 0 a 6 anos. Pensar em

    uma poltica de formao profissional para a educao

    infantil requer, antes de tudo, a garantia de um processo

    democrtico que permita a ascenso na escolaridade, em

    todos os nveis, e a valorizao dessa formao no

    patamar de outros cursos. Portanto, preciso pensar

    tambm nos leigos, no expulsar os recursos humanos que

    atuam no sistema. A diversidade brasileira requer

    propostas que atendam s especificidades do pas. Se o

    contexto social requer uma formao mais gil para essa

    faixa etria, uma poltica de formao profissional deve

    estimular o convvio de propostas diferentes, sem que a

    faina da quantidade obscurea a qualidade dessa

  • formao, sem que a discriminao anule a identidade do

    profissional.

    7. A OBSERVAO, A IMITAO E A

    EXPERIMENTAO

    A aprendizagem e o desenvolvimento esto

    interrelacionados desde que a criana passa a ter contato

    com o mundo. Na interao com o meio social e fsico a

    criana passa a se desenvolver de forma mais abrangente

    e eficiente. Isso significa que a partir do envolvimento com

    seu meio social so desencadeados diversos processos

    internos de desenvolvimento que permitiro um novo

    patamar de desenvolvimento. A criana, por meio da

    observao, imitao e experimentao das instrues

    recebidas de pessoas mais experientes, vivencia diversas

    experincias fsicas e culturais, construindo, dessa forma,

    um conhecimento a respeito do mundo que a cerca. Para

    que esses conceitos sejam desenvolvidos e incutidos no

    aprendiz, o meio ambiente tem que ser desafiador,

    exigente, para poder sempre estimular o intelecto e a ao

    motora desta pessoa. No entanto, no basta apenas

    oferecer estmulos para que a criana se desenvolva

    normalmente, a eficcia da estimulao depende tambm

    do contexto afetivo em que esse estmulo se insere, essa

    ao est diretamente ligada ao relacionamento entre o

    estimulador e a criana. Portanto, o papel da escola no

    mbito educacional deve ser o de sistematizar esses

    estmulos, envolvendo-os em um clima afetivo que serve

    para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que

    visam o desenvolvimento integral do ser humano.

  • 8. O MOVIMENTO E OS CAMPOS SENSORIAIS

    O principal instrumento da educao fsica o movimento,

    por ser o denominador comum de diversos campos

    sensoriais. O desenvolvimento do ser humano se d a

    partir da integrao entre a motricidade, a emoo e o

    pensamento. No caso especfico da educao fsica, o

    profissional dessa rea possui ferramentas valiosas para

    provocar estmulos que levem a esse desenvolvimento de

    forma bastante prazerosa: a brincadeira, o jogo e o

    esporte. A partir da brincadeira e do jogo, a criana utiliza

    a imaginao que um modo de funcionamento psicolgico

    especificamente humano, que no est presente nos

    animais nem na criana muito pequena. A partir da

    utilizao da imaginao, a criana deixa de levar em conta

    as caractersticas reais do objeto, se detendo no significado

    determinado pela brincadeira. Mesmo havendo uma

    significativa distncia entre o comportamento na vida real

    e o comportamento no brinquedo, a atuao no mundo

    imaginrio e o estabelecimento de regras a serem seguidas

    criam uma zona de desenvolvimento proximal, na medida

    em que impulsionam conceitos e processos em

    desenvolvimento. Esse impulso dado aos conceitos e

    processos de desenvolvimento dever ser fornecido pela

    educao fsica ao propiciar jogos e brincadeiras que,

    intencionalmente, estimulem a imaginao e a criatividade.

    Alm disso,

    9. O AMBIENTE SOCIOCULTURAL

    O processo de desenvolvimento dos indivduos tem relao

    direta com o seu ambiente sociocultural e eles no se

  • desenvolveriam plenamente sem o suporte de outros

    indivduos da mesma espcie. Dessa forma, percebe-se

    que a escola, e neste caso especfico a educao fsica, tem

    um papel fundamental no aprendizado e

    consequentemente no desenvolvimento dos indivduos,

    desde que estabelea situaes desafiadoras para seus

    alunos. A interferncia de outras pessoas (professor e

    outros alunos) fundamental para o desenvolvimento do

    indivduo. O papel do professor deve ser o de interventor

    intencional, estimulando o aluno a progredir em seus

    conhecimentos e habilidades atravs de propostas

    desafiadoras que o leve a buscar solues, por intermdio

    da sua prpria vivncia e das relaes interpessoais. Isto

    no deve significar uma educao autoritria, mas sim,

    uma educao que possibilite ao aluno, por meio de

    estratgias estabelecidas pelo professor, construir o seu

    prprio conhecimento, com a reestruturao e

    reelaborao dos significados que so transmitidos ao

    indivduo pelo seu meio sociocultural.

    10. O DESENVOLVIMENTO REAL E O

    DESENVOLVIMENTO POTENCIAL

    Qualquer processo de ensino para ser eficiente deve levar

    em conta o nvel de desenvolvimento real da criana e o

    seu nvel de desenvolvimento potencial adequado a sua

    faixa etria, conhecimentos e habilidades que j possui. O

    profissional de educao fsica ao trabalhar na educao

    infantil deve conhecer os estgios do desenvolvimento

    dessa fase, para proporcionar os estmulos adequados a

    cada etapa. Agindo dessa forma, o desenvolvimento ser

    mais harmnico no campo motor, cognitivo e afetivo-

  • social, trabalhando assim, o ser na sua forma integral. A

    evoluo infantil obedece a uma sequncia motora,

    cognitiva, e afetiva-social que ocorrer de forma mais lenta

    ou mais acelerada, de acordo com os estmulos recebidos.

    A criana entre de 01 ano e meio e os dois anos de idade

    age sem refletir. O ato precede o pensamento. A partir

    dessa fase, a criana j adquire duas funes

    importantssimas: o andar e a linguagem. O pensamento

    passa a ser projetado no exterior pelos movimentos e pela

    linguagem. Isto permitir uma maior participao na sua

    relao com o meio. A ao da criana sobre o meio

    estimular sua atividade mental. A partir da, a criana

    comea a ter maior conscincia sobre sua prpria pessoa,

    iniciando a formao da sua autoimagem. Em seguida, a

    criana vai iniciando a sua vida social ao formar pequenos

    grupos, porm ocorre uma troca constante de amizades e

    de grupos (escola, clubes, etc.). Esse intercmbio social

    essencial, pois leva a criana a se adaptar a diferentes

    papis, reconhecendo-se como pessoa.

    11. VISO CIENTFICA DA EDUCAO FSICA

    Cada fase de desenvolvimento infantil tem suas prprias

    caractersticas, portanto exigem estudos aprofundados

    sobre os mtodos pedaggicos, as qualidades dos

    estmulos fornecidos e a atuao intencional do profissional

    na aula de educao fsica. O professor deve levar em

    conta a peculiaridade de cada fase pela qual o aluno passa

    as particularidades de cada jogo, brincadeira ou esporte

    que possam auxiliar o educando no seu desenvolvimento

    integral. Pela importncia que a infncia representa na

    formao da personalidade do indivduo, esses estudos

  • devem estar respaldados por uma prxis pedaggica que

    leve a uma organizao didtica, modificando a viso de

    aulas de educao fsica de embasamentos estritamente

    empricos, para uma viso mais cientfica, evitando-se um

    choque entre teoria e prtica o que poder refletir

    negativamente na formao de nossos jovens.

    12. AS VIVNCIAS CULTURAIS NA EDUCAO FSICA

    Os jogos, os esportes, as danas, as lutas e as diversas

    formas de ginstica esto presentes na nossa cultura,

    influenciando o comportamento, transmitindo valores,

    fazendo parte do dia-a-dia das pessoas, seja como prtica

    nos momentos de lazer, seja como possibilidade para a

    atuao profissional ou de apreciao na mdia. Na escola,

    o ensino da Educao Fsica pode e deve incluir a vivncia

    dessas modalidades como contedos, ampliando as

    possibilidades de os alunos compreenderem, participarem

    e transformarem a realidade. No entanto, os professores

    polivalentes, com formao em Magistrio, ou em

    Pedagogia, e os especialistas, graduados em Educao

    Fsica, avaliam, muitas vezes, o ensino da rea como

    inadequado, refletindo uma prtica que se apia em um

    processo seletivo de alunos aptos para o padro

    competitivo. Excluem-se, nesse processo seletivo, muitos

    dos que no conseguem o desempenho esperado em um

    tempo predeterminado para o desenvolvimento de tais

    capacidades. preciso reconhecer que a ao educativa,

    quando centraliza o processo de ensino e aprendizagem

    em seqncias pedaggicas que tm como referncia um

    aluno ideal e no o aluno real, pode redundar em fracasso.

    A partir dessa constatao, propomos que nesta srie

  • sejam discutidos no s os diferentes jeitos de fazer e

    aprender, mas tambm os diferentes tempos necessrios

    para aprendizagem, baseados em situaes reais do

    cotidiano escolar.

    13. O PROJETO EDUCATIVO E A EDUCAO FSICA

    Neste debate, no direcionaremos as questes apenas para

    o professor especialista, mas tambm para o professor

    polivalente, que em muitos lugares assume o

    desenvolvimento dessa rea/disciplina nas sries iniciais.

    No cabe, neste momento, argumentar se deve, ou no, a

    Educao Fsica de 1 a 4 srie de o Ensino Fundamental

    ser desenvolvida por um professor especialista, pois

    independentemente das conquistas que possam ser obtidas

    pelos profissionais da rea, temos, de fato, que constatar

    uma realidade: em muitos lugares no existe o especialista

    e uma proposta de trabalho precisa ser desenvolvida. Essa

    proposta deve tornar-se parte do projeto educativo,

    valorizando o potencial formativo que a Educao Fsica

    tem para a educao global dos alunos. Neste momento,

    questiona-se a concepo de que a simples reproduo

    daquilo que foi ensinado seja uma evidncia da

    aprendizagem dos alunos sobre os contedos da Educao

    Fsica. O que se pretende que o aluno saiba fazer,

    entenda o que faz, como aprendeu, como pode continuar

    aprendendo sobre aquilo que o interessa, e que amplie seu

    olhar sobre as prticas da cultura corporal, podendo

    apreci-las e entend-las de forma no preconceituosa e,

    assim, capacitando-se a criticar os valores transmitidos

    como verdades finais.

  • 14. A EDUCAO FSICA CONSTRI CIDADANIA

    A Educao Fsica um componente importante na

    construo da cidadania, na medida em que seu objeto de

    estudo a produo cultural da sociedade, da qual os

    cidados tm o direito de se apropriar. Neste sentido,

    entende-se a Educao Fsica como uma rea de

    conhecimento da cultura corporal de movimento e a

    Educao Fsica escolar como uma rea/disciplina que

    introduz e integra o aluno nesta rea da cultura, formando

    o cidado que vai produzi-la, reproduzi-la e transform-la,

    instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos

    esportes, das danas, das lutas e das ginsticas em

    benefcio do exerccio crtico da cidadania e da melhoria da

    qualidade de vida. A incluso do aluno o eixo

    fundamental que norteia a concepo e a ao pedaggica

    da Educao Fsica escolar, considerando todos os aspectos

    ou elementos, seja na sistematizao de contedos e

    objetivos, seja no processo de ensino e aprendizagem,

    para evitar a excluso ou alienao na relao com a

    cultura corporal de movimento.

    15. O PRINCPIO DA DIVERSIDADE

    A perspectiva metodolgica de ensino e aprendizagem

    busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperao, a

    participao social e a afirmao de valores e princpios

    democrticos. Os conhecimentos construdos devem

    possibilitar a anlise crtica dos valores sociais, como os

    padres de beleza e sade, desempenho, competio

    exacerbada, que se tornaram dominantes na sociedade, e

    o seu papel como instrumento de excluso e discriminao

  • social. A Educao Fsica escolar deve considerar a

    diversidade como um princpio que se aplica construo

    dos processos de ensino e aprendizagem e orienta a

    escolha de objetivos e contedos, visando a ampliar as

    relaes entre os conhecimentos da cultura corporal de

    movimento e os sujeitos da aprendizagem. Busca-se

    legitimar as diversas possibilidades de aprendizagem que

    se estabelecem com a considerao das dimenses

    afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos.

    16. EDUCAO FSICA OU ATIVIDADE FSICA?

    A diferena entre a Educao fsica e a Atividade fsica

    que a atividade fsica qualquer movimento do corpo,

    produzido pelo msculo esqueltico que resulta em um

    aumento do gasto energtico. Atividade fsica se refere ao

    gasto calrico promovido por uma ao superior fsico,

    como um deslocamento, um movimento fsico qualquer.

    um conceito cartesiano e linear que aparta e fragmenta a

    motricidade humana em mero movimento. J a Educao

    fsica uma ao planejada e estruturada, que pode

    utilizar-se de vrios elementos como o esporte, a dana, a

    luta, o jogo, a brincadeira e a atividade fsica. A Educao

    Fsica nasce da maneira como a conhecemos hoje com o

    advento da modernidade, da sociedade urbana e industrial

    e a necessidade de preparar e educar os corpos para a

    produo nas fbricas, para a apropriao e disseminao

    de hbitos higinicos e de comportamentos saudveis.

    Tambm para melhorar as condies sanitrias. a

    educacao fisica quer dizer que um movimento que ajuda

    fortalecer os ossos e melhora a sade de muitas pessoas.

  • 17. O PROFISSIONAL DA EDUCAO FSICA

    O profissional da Educao Fsica necessita de um curso

    superior, durante o qual estudar os aspectos fisiolgicos,

    bioqumicos, genticos, antropomtricos e neuromotores

    das atividades fsicas como tambm suas dimenses

    sociais e psicomotoras. Deve ser capaz de orientar jogos e

    atividades ldicas corretamente, cuidando da postura

    correta dos participantes, do respeito s normas do

    jogo/atividade, de assegurar o interesse de todos e do

    aproveitamento fsico por parte dos

    jogadores/participantes. Em princpio os profissionais de

    Educao Fsica tinham origem militar, mas atualmente

    existem escolas civis com preparao to boa quanto

    institutos militares. No Brasil, os profissionais da Educao

    Fsica tm no Conselho Federal de Educao Fsica

    (CONFEF), o orgo principal de organizao, normatizao

    e apoio das atividades pertinentes a sua rea de atuao.

    Os Conselhos Regionais de Educao Fsica (CREFs) so

    subdivises do CONFEF nos estados e tm a funo de

    orientar, disciplinar e fiscalizar o exerccio das atividades

    prprias dos profissionais de Educao Fsica. Atualmente

    so treze CREFs, abrangendo todos os estados brasileiros.

    Uma pessoa com bacharel em Educao Fsica caber a

    atuao em clubes, academias, centros esportivos,

    hospitais, empresas, planos de sade, prefeituras,

    acampamentos, condomnios e qualquer espao de

    realizao de atividades fsicas com exceo da escola de

    educao bsica. A escola de educao bsica atendida

    por aqueles que tem o grau ou ttulo de Licenciatura em

    Educao Fsica.

  • 18. EDUCAO FSICA E QUALIDADE DE VIDA

    Atividade fsica regular controlada por profissionais da

    Educao Fsica, est associada diretamente a melhorias

    da sade e condies fsicas dos praticantes. A reduo dos

    nveis de ansiedade,stress,um sistema imunolgico

    fortalecido, tornando o organismo menos sujeito a doenas

    como o cncer e causar ao seu tratamento reduo das

    nuseas e a dor. Sendo que a inatividade fsica associada a

    dietas inadequadas, ao tabagismo,ao uso do lcool e

    outras drogas so determinantes na ocorrncia e

    progresso de doenas crnicas que trazem vrios

    prejuzos ao ser humano, como, por exemplo, reduo na

    qualidade de vida e morte prematura nas sociedades

    contemporneas, principalmente nos pases

    industrializados.

    19. EDUCAO FSICA E QUALIDADE DE VIDA II

    Atividade fsica adaptada por vezes, torna-se necessria

    aos sujeitos que apresentem algumas contraindicaes

    mdicas ou dificuldades fsicas momentaneas/definitivas,

    mas tendo em conta o diagnstico feito pelos mdicos, o

    profissional da educao fsica dever ser capaz de criar ao

    paciente atividade fsica adaptada sem prejudicar a sade

    do paciente melhorando-a, havendo uma intereco de

    conhecimentos com as cincias mdicas.

    20. DESPORTO OU ESPORTE?

    Desporto ou Esporte uma atividade fsica sujeita a

    determinados regulamentos e que geralmente visa a

  • competio entre praticantes. Para ser esporte tem de

    haver envolvimento de habilidades e capacidades motoras,

    regras institudas por uma confederao regente e

    competitividade entre opostos. Algumas modalidades

    esportivas se praticam mediante veculos ou outras

    mquinas que no requerem realizar esforo, em cujo caso

    mais importante a destreza e a concentrao do que o

    exerccio fsico. Idealmente o esporte diverte e entretm, e

    constitui uma forma metdica e intensa de um jogo que

    tende perfeio e coordenao do esforo muscular

    tendo em vista uma melhora fsica e espiritual do ser

    humano.As modalidades esportivas podem ser coletivas,

    duplas ou individuais, mas sempre com um adversrio